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SANEAMENTOAula 24 - Sumário
AULA 24
INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA
• Poluição Hídrica e Saúde Pública.
• Substâncias poluentes.
• Causas e tipos de Poluição Hídrica.
• Massas de água e parâmetros relevantes.
Saneamento [A24.1]
POLUIÇÃO HÍDRICA E SAÚDE PÚBLICA:
POLUIÇÃO:
presença na água de substâncias que interferem, de forma relevante, na sua
utilização.
ETA:
Garantir água
com qualidade
para consumo
humano.
Saneamento [A24.2]
ETAR:
Garantir
efluentes
compatíveis
com a
capacidade do
meio receptor e
os usos
pretendidos.
Meio Receptor
POLUIÇÃO HÍDRICA
OBJECTIVO:
Determinar os parâmetros ambientais que podem ser controlados e as acções que
é necessário desenvolver para obter um objectivo específico de qualidade da
água que permita manter um desejado uso da água.
PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES DESEJÁVEIS DA ÁGUA:
• Abastecimento de água para consumo humano;
• Outros abastecimentos de água: industrial ou agrícola;
• Recreativo ou de lazer:
–Prática balnear (contacto directo ou indirecto); efeito estético;
• Pesca: Comercial ou desportiva
• Protecção dos Ecossistemas: Equilíbrio ecológico
Saneamento [A24.3]
Saneamento [A24.4]
Uso
Pretendido
Padrões de qualidade da
água para protecção da
saúde pública e do
equilíbrio ecológico
CONCENTRAÇÂO DO
PARÂMETRO DE
CONTROLO
Desejada vs. actual
Actuação sobre
Parâmetros de Controlo
Concentração actual
<> desejada
INPUTS
Fontes Poluidoras
(Pontuais ou difusas)
SISTEMA AQUÁTICO
(Rio, Lago, ...)
Reacções,
Transporte
PERSPECTIVA GERAL DA INTERVENÇÃO NO
CONTROLO DA QUALIDADE DA ÁGUA
POLUIÇÃO HÍDRICA E SAÚDE PÚBLICA:
CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA:
- Doenças de origem hídrica;
Causadas por determinadas substâncias químicas, orgânicas ou inorgânicas,
presentes na água em concentrações inadequadas.
- Doenças de transmissão hídrica;
A água actua como veículo de agentes infecciosos.
Os microrganismos patogénicos atingem a água através de excreta de pessoas
ou animais, causando problemas principalmente no aparelho intestinal do
homem.
- Doenças transmitidas por vectores relacionados com a água;
Causadas por vectores cujo ciclo evolutivo está relacionado com a água
(ex: malária, dengue, febre amarela, filariose).
Saneamento [A24.5]
CLASSES DE POLUENTES
1- Substâncias ou agentes infecciosos ou tóxicos.
2- Substâncias com carência de oxigénio.
3- Substâncias químicas orgânicas persistentes.
4- Nutrientes.
5- Substâncias químicas e minerais causadores de problemas
específicos.
6- Matéria em suspensão.
7- Substâncias radioactivas.
8- Calor.
CLASSES DE POLUENTES:
Saneamento [A24.6]
1.1- Microrganismos patogénicos (bactérias, vírus, …)
Origem: Águas Residuais Domésticas
Efeitos: Saúde Pública
Bacterianas: febre tifóide, cólera, disenteria bacilar, febre paratifóide, febre tifóide,
leptospirose.
Não Bacterianas: amebíase, ascaridíase, hepatite infecciosa, poliomielite,
giardíase, diarreias por vírus.
(Problema típico de Países em vias de desenvolvimento)
1.2- Substâncias tóxicas
(Ex: arsénio, chumbo, zinco, mercúrio, cádmio, …)
(problemas mais típicos de Países Industrializados)
Origem: águas industriais
Efeitos: . curto prazo (efeitos agudos) - eventualmente letais
. longo prazo (efeitos crónicos) - bioacumulação
CLASSES DE POLUENTES
1. Substâncias ou agentes infecciosos ou tóxicos.
Saneamento [A24.7]
Alguns Conceitos:
Oxigénio Dissolvido (OD) (mg/L de O2 )Os organismos vivos estão dependentes, em regra, do oxigénio para manter a actividade
metabólica que produz energia para o crescimento e para a reprodução.
A baixa solubilidade do oxigénio na água limita a capacidade de auto-depuração das águas
naturais e torna necessário o tratamento das águas residuais antes da sua descarga nos meios
receptores (linhas de água, lagos, naturais ou artificiais, e oceanos).
Saneamento [A24.8]
CLASSES DE POLUENTES
2. Substâncias com carência de oxigénio.
Carência de Oxigénio (mg/L de O2 )Está relacionada com o metabolismo de utilização dos compostos orgânicos pelos organismos
vivos (organismos heterotróficos).
Resulta da transformação da matéria orgânica (compostos de carbono) em, entre outros
compostos, CO2 e H2O e é uma reacção catalisada por organismos heterotróficos que existem
com abundância nas águas residuais.
Substâncias
orgânicas CO2, H2O …
Organismos
heterotróficos
As substâncias orgânicas usam o carbono como fonte de alimento e de energia.
Oxidação:
- condições aeróbias (O2)
- condições anóxicas e anaeróbias
(NO3, SO42-, …)
ARDegradação da
matéria orgânica (acção microbiológica)
em
CO2, H2O …
Águas Residuais
CBO
(mg/L de O2)
OD
(mg/L de O2)
Saneamento [A24.9]
CLASSES DE POLUENTES
2. Substâncias com carência de oxigénio.
• substâncias orgânicas sintéticas não biodegradáveis
(certos detergentes, por exemplo).
• pesticidas.
• hidrocarbonetos (DDT).
Saneamento [A24.10]
CLASSES DE POLUENTE
3. Compostos Orgânicos Persistentes.
CONSEQUÊNCIAS DESTE TIPO DE POLUENTES:
• Tratam-se de produtos bioacumuláveis na cadeia alimentar;
• Consoante os seres vivos em causa podem-se encontrar concentrações nos
tecidos muito superiores às que se observam no meio envolvente;
• Alguns são muito tóxicos para a fauna aquática e outros animais, mesmo em
pequenas concentrações (ex: Dieldrin);
por falta de controlo durante períodos longos, a entrada
anormal de nutrientes acelera processos metabólicos e
provoca o desequilíbrio;
por crescimento descontrolado, especialmente de plantas
verdes (autotróficos, clorofila “a”).
Acumulação gradual de organismos, matéria orgânica e
nutrientes (N e P) na massa da água.
EUTROFIZAÇÃO (clorofila a)
A Eutrofização pode ser definida como o excessivo crescimento de espécies
vegetais (produção primária) no meio aquático para concentrações em que se
considera que afecta a utilização normal e desejável da água.
CLASSES DE POLUENTES
4. Nutrientes.
Saneamento [A24.11]
CLASSES DE POLUENTES
4. Nutrientes.Zonas de Controlo do N e do P
Saneamento [A24.12]
Nutriente crítico
EUTROFIZAÇÃO:
Principais Consequências
As principais consequências que podem interferir com o uso pretendido
da água são as seguintes:
grandes variações diárias do OD que podem resultar em níveis muito baixos
nos períodos nocturnos (respiração) e elevados níveis nos períodos diurnos
(fotossíntese) com o consequente desaparecimento de certas espécies de
peixes (fauna aquática);
o excesso de fitoplancton provoca o aumento da sedimentação de matéria
orgânica no fundo de lagos e albufeiras com a consequente formação de
sedimentos orgânicos que contribuem para a redução do OD para níveis
muito baixos, no hipolimnio;
diminuição da transparência da água;
Saneamento [A24.13]
dificuldades nos processos de tratamento das águas para abastecimento
público: sabor e odor desagradáveis; produção de algas filamentosas que
obrigam à redução dos períodos de lavagem dos filtros;
proliferação das plantas aquáticas que constituem um obstáculo à pratica
da navegação;
degradação da qualidade da paisagem;
Incómodo para a prática balnear;
Algumas vezes, associados a processos de eutrofização, tem lugar a
proliferação de algas tóxicas, que em zonas costeiras afectam bivalves.
Sendo consumidos, dão origem a intoxicações graves que afectam o
sistema nervoso central.
Saneamento [A24.14]
EUTROFIZAÇÃO:
Principais Consequências
• Sulfatos e cloretos ex: corrosão de metais
• Fenol (água e cloro clorofenol odores e sabor na água)
turvação
Efeitos redução da penetração da luz (eq. ecológico)
redução do rearejamento
carência de oxigénio (após depósito) (demanda bentónica)
Saneamento [A24.15]
CLASSES DE POLUENTES
5. Substâncias químicas e minerais causadoras de problemas específicos
6. Matérias em Suspensão
- Risco de acumulação nas cadeias alimentares
- Risco em rios ou outros corpos de água que alimentam circuitos de refrigeração de
centrais nucleares
- Redução de solubilidade do O2 e aumento do consumo de oxigénio
- Odores (intensificação) e aumento da taxa de mortalidade da fauna aquática
CLASSES DE POLUENTES
7. Substâncias radioactivas
8. Calor
Saneamento [A24.16]
a) Cursos de água
b) Lagos e albufeiras
c) Sapais e águas de transição
d) Águas costeiras
Relatividade do conceito “boa qualidade da água”
TIPO DE MEIO RECEPTOR
Ex. de Parâmetros Relevantes
Curso de Água SST, CBO5, CQO
Albufeira, Lago SST, CBO5, CQO, N e/ou P
Águas de transição SST, CBO5, CQO, N e/ou P
Águas costeiras SST, CF/CT
Corpos de água e parâmetros relevantes de controlo
Massas de água
Saneamento [A24.17]
SST- Sólidos Suspensos Totais; CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio aos 5 dias;
CQO – Carência Química de Oxigénio; N – Azoto total; P – Fósforo total;
CF/CT – Coliformes Fecais/Coliformes Totais
SANEAMENTOAula 25 - Sumário
AULA 25
INTRODUÇÃO À QUALIDADE DA ÁGUA E TRATAMENTO
• Exemplos de Legislação no âmbito da Qualidade da Água.
• Introdução ao Tratamento de Águas para Abastecimento.
• Introdução ao Tratamento de Águas Residuais.
Saneamento [A25.1]
Exemplos de Legislação no âmbito da
Qualidade da Água e Controlo da Poluição
Saneamento [A25.2]
Legislação no âmbito da Protecção de Origens e
Qualidade da Água para Consumo Humano
Saneamento [A25.3]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
A ETA trata da água que é proveniente das captações e permite obter água de boa
qualidade para consumo humano e o seu fornecimento contínuo.
Principais etapas do
tratamento convencional:
coagulação/floculação;
decantação;
filtração;
desinfecção
Saneamento [A25.4]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
Coagulação/Floculação
A coagulação tem por objectivo transformar as impurezas que se
encontram em suspensão fina, em estado coloidal e algumas que se
encontram dissolvidas, em partículas que possam ser removidas por
decantação (sedimentação) e filtração.
Floculação refere-se aos processos de tratamento de água que
combinam ou “coagulam” partículas pequenas em partículas maiores,
que se separam da água como um sedimento.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
Decantação
É um processo de separação de partículas em suspensão na água.
Estas partículas, sendo mais pesadas que a água, tendem a depositar-
se no fundo do decantador, “clarificando” a água e reduzindo, em
grande percentagem, os sólidos suspensos.
É um processo gravítico que remove as partículas floculadas da água.
Saneamento [A25.6]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
Filtração
A filtração consiste a passagem da água através de um meio poroso que
retém a matéria que se encontra em suspensão.
Nas instalações de filtração das estações de tratamento de água, o meio
poroso costuma ser, geralmente, de areia, areia e antracite ou carvão
activado granulado.
Normalmente, utiliza-se para a remoção de materiais em suspensão e
substâncias coloidais e microorganismos presentes na água.
A filtração resulta em “clarificação” da água e aumento da eficácia da
desinfecção.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
Desinfecção
A água é frequentemente desinfectada antes de entrar no sistema de
distribuição, para garantir que organismos patogénicos são destruídos
ou inactivados.
O cloro, as cloroaminas ou o dióxido de cloro são os desinfectantes
mais usados, porque são muito eficazes, não só na estação de
tratamento, mas também nas condutas que distribuem a água, uma vez
que podem ser mantidas concentrações residuais para prevenir a
contaminação biológica do sistema de distribuição.
O ozono é um desinfectante poderoso, e a radiação ultravioleta é um
desinfectante eficaz, para origens de água com reduzida concentração
de SST, mas nenhum deles é eficaz no controlo de contaminação
biológica nas condutas de distribuição.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
Outros Processos Complementares
OUTROS TRATAMENTOS A ADOPTAR, QUANDO NECESSÁRIOS:
Pré-oxidação - no início do processo de tratamento;
- Utiliza-se Cloro ou o dióxido de cloro, normalmente, para eliminar matéria
orgânica e amónia.
- O Ozono pode ser usado para a eliminação de algas e outra matéria
orgânica.
- O Permanganato de potássio é adicionado, normalmente, à água para
eliminar ferro e manganês.
Adsorção por carvão activado – Remoção de cor, cheiro e sabor indesejáveis;
Permuta iónica - Usada para remover impurezas inorgânicas que não possam
ser removidas adequadamente por filtração ou sedimentação.
A permuta de iões pode ser usada para tratar águas duras ou para remover
arsénio, crómio, fluoretos, nitratos, rádio e urânio.
Remineralização - com cal e dióxido de carbono - é efectuada para reduzir a
agressividade da água e, assim, não danificar as condutas.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
ETA de Castelo de Paiva
(Qmáx = 30 000 m3/dia)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
ETA de Areias de Vilar (Barcelos)
(Qmáx = 230 000 m3/dia; pop. = 900 000 hab.)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Água de Abastecimento
ETA da Asseiceira
(Qmáx = 625 000 m3/dia)
Mistura rápida
Floculadores
Filtros
Oficinas
Saturadores
de cal
Espessadores
Desidratação
de lamas
Armazenamento
de cloro e CO2
Edifício
dos reagentes
Edifício
de exploração
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Decreto-lei nº 152/97, de 19 de Junho
Tratamento preliminar:O tratamento das águas residuais tendo em vista a remoção de sólidos grosseiros
(gradagem), e/ou areias (desarenação) e/ou óleos e gorduras (desengorduramento).
Tratamento primário:O tratamento das águas residuais urbanas por qualquer processo físico e ou químico
que envolva a decantação das partículas sólidas em suspensão, ou por outro
processo em que a CBO5 das águas recebidas seja reduzida de, pelo menos, 20%
antes da descarga e o total das partículas sólidas em suspensão das águas recebidas
seja reduzido de, pelo menos, 50%.
Tratamento secundário:O tratamento das águas residuais urbanas que envolve geralmente um tratamento
biológico com decantação secundária ou outro processo que permita respeitar os
valores constantes do Quadro 1.
Tratamento apropriado:O tratamento das águas residuais urbanas por qualquer processo e ou por qualquer
sistema de eliminação que, após a descarga, permita que as águas receptoras
satisfaçam os objectivos de qualidade que se lhes aplicam.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Decreto-lei nº 152/97, de 19 de Junho
Para Pop ≤2000 em zonas interiores (ou Pop ≤ 10000 para zonas costeiras):
Tratamento Apropriado.
Pop >2000 ep (ou >10000): Tratamento secundário, como referência base.
Parâmetro CBO5 CQO SST*
Concentração (mg/l) e/ou
% de redução
25
70-90
125
75
35
90
*parâmetro facultativo
ZONAS SENSÍVEIS (riscos de eutrofização ou contaminação bacteriológica)
(Pop >10000 ep) tratamento adicional
Parâmetro P N
Concentração (mg/l)
% redução
2 (<100 000)
1 (≥100 000)80
15 (<100 000)
10 (≥100 000)70-80
Saneamento [A25.5]
Quadro 1
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Decreto-Lei nº 149/2004, de 22 de Junho
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Exemplo de fraccionamento de Sólidos Totais em Águas Residuais:
Sólidos totais
Sólidos em Suspensão Sólidos não filtráveis
Sólidos
dissolvidos
Partículas
coloidais
Sólidos não
decantáveis
Sólidos
decantáveis
90%10%40%60%
65%
100%
35%
Saneamento [A25.5]
Fixos (não volatizam até 600ºC)
Sólidos
Voláteis (matéria orgânica, volatiliza a 600ºC)
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio aos 5 dias, e a 20ºC.
Corresponde ao consumo de oxigénio que tem lugar, por actividade biológica,
em 5 dias e a 20ºC. É um indicador da quantidade de oxigénio necessária para
estabilizar a matéria orgânica biodegradável.
CBO5 (particulado + dissolvido) gama usual em águas residuais domésticas,
entre 200 e 500 mgO2/l.
CQO – Carência Química de Oxigénio.
Corresponde ao consumo de oxigénio por oxidação química por reagentes com
alto poder oxidante (dicromato de potássio), em 2 horas.
Em águas residuais domésticas “brutas” a relação CBO5/CQO varia, em regra,
entre 0,3 e 0,8. No efluente final a relação varia, em regra, entre 0,1 e 0,3.
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Tratamento físico ou físico-químico:
Essencialmente, tratamento por decantação e filtração, com ou sem ajuda de
reajentes.
Tratamento biológico:
A CBO solúvel é transformada em CBO particulada, ou seja, a matéria orgânica
solúvel é sintetizada pelos microrganismos e transformada em biomassa, que
posteriormente pode sedimentar e ser removida da solução.
Saneamento [A25.5]
Tipos de tratamento
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Exemplos de sistemas de tratamentoEficiência (%)
Níveis de Tratamento
Operações/Processos/Sistemas SST CBO
Preliminar Gradagem (m)
Desarenação (≥0,2 m)Tamisação (até 5 mm)
Primário e Primário Avançado
Decantação simples Ex:
c/ precipitação Química(poliectrólitos, sulf. Alumínio)
60-70%
85%
30%
50%
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Exemplos de sistemas de tratamentoEficiência (%)
Níveis de Tratamento
Operações/Processos/Sistemas SST CBO
Secundário Leitos percoladores (biomassa fixa)
Lamas activadas (biomassa suspensa)
Lagunagem/leitos de macrófitasBiofiltração/biodiscos
75-90% 80-95%
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
Níveis de Tratamento
Operações/Processos/Sistemas Objectivos principais
Terciário Cloragem/radiação ultra-violeta
Precipitação químicaNitrificação - desnitrificação.Permuta iónicaMicrotamisação
Carvão activado
Desinfecção
Remoção de P e SSTRemoção de NRemoção de NRemoção adicional de SS e de CBO5, e CFRemoção de CQO e cor
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas Residuais
ESTABILIZAÇÃO E DESIDRATAÇÃO DE LAMAS DE ETAR
• Digestão aeróbia (estabilização biológica)
• Digestão anaeróbia (estabilização biológica)
• Estabilização química (Ex: com cal)
• Leitos de secagem (em ETAR de pequena dimensão)
• Espessamento gravítico
• Desidratação mecânica (filtros banda, filtros prensa, …)
A estabilização tem em vista, fundamentalmente, o controlo dos microrganismos
patogénicos e de riscos de odores ofensivos.
ESTABILIZAÇÃO
Saneamento [A25.5]
A desidratação tem em vista a redução do conteúdo em água.DESIDRATAÇÃO
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR do Portinho da Costa, Almada
(tratamento preliminar, primário avançado (físico-químico) e biofiltração)
Saneamento [A25.5]
ETAR Quinta da Bomba, Almada
(tratamento preliminar, primário/decantação e filtração biológica) (em beneficiação)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR de Machico, Madeira
(tratamento preliminar, primário avançado
(físico-químico) e biofiltração)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR Meia Serra, Lixiviados, Madeira
Lagoa arejada, físico-químico e osmose inversa
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR da Ericeira
(tratamento preliminar, lamas activadas, desinfecção com UV e digestão
anaeróbia de lamas)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR de S. João da Talha
(tratamento preliminar, tanque de homogeneização, tratamento físico-químico,
tratamento biológico por lamas activadas; digestão anaeróbia de lamas)
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
entrada da ETAR jusante do tratamento primário tanque de arejamento efluente final
ETAR de Fataca, Odemira
(fossa séptica e leito de macrófitas)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
ETAR Sado, Beja
(Lagunagem, leitos de macrófitas (2 ha) e desinfecção)
Saneamento [A25.5]
Introdução ao Tratamento de Águas ResiduaisEXEMPLOS DE ETAR
SANEAMENTOAula 26 - Sumário
AULA 26
AULA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Saneamento [A26.1]
PROBLEMA I (4,0 valores): distribuição de água
1. Calcule os diâmetros de cada troço atendendo apenas ao critério de velocidade máxima; (1,5 val.)
2. Admita que, após a construção da rede projectada, foi necessário construir uma fábrica junto do nó 4, com
um consumo localizado de 5 l/s, que não tinha sido previsto anteriormente. Nestas condições, determine o
nível de água no reservatório por forma a garantir a pressão mínima no nó 4, considerando que existem
edifícios de 2 pisos. Não é necessário proceder à verificação do critério de velocidades. Se não resolveu a
alínea anterior admita todos os diâmetros iguais a 125 mm (1,5 val.)
3. O nível estabelecido na alínea anterior permite respeitar o critério das pressões máximas em cada nó?
Justifique. Se não resolveu a alínea anterior admita que o reservatório se encontra à cota 60 m. (1,0 val.)
Considere o sistema de distribuição de água representado na
figura, onde o troço R-1 não apresenta consumo de percurso
e os troços 1-2 e 2-4 apresentam consumo unitário de
percurso de 0,02 l/(s.m).
O troço 1-3 não apresenta consumo de percurso, existindo
apenas um consumo localizado de 3,0 l/s no nó 3. Todos os
nós encontram-se à cota 10 m. A rede poderá ser usada para
combate a incêndio, sendo a zona de grau de risco 2.
Notas:
Considere condutas de PEAD, com KS=110 m1/3s-1 e a seguinte gama de diâmetros nominais (DN): 63, 80, 90, 110, 125, 140, 160,
200, 250, 315, 400 e 500 mm. Admita que estes diâmetros correspondem aos diâmetros interiores.
EXTRACTO DO DECRETO REGULAMENTAR Nº 23/95, DE 23 DE AGOSTO
PROBLEMA II (4,0 valores): drenagem de águas residuais
O colector de águas residuais domésticas representado na
figura, em PVC (Ks=80 m1/3s-1), corresponde a um troço de
rede que serve, a montante, 2 750 habitantes, aos quais
corresponde um caudal de dimensionamento de 18,6 L/s. A
este troço aflui, na caixa 2, um segundo trecho com a cota
de coroa indicada no perfil longitudinal e que serve 250
habitantes.
Admita que:
• a população e a capitação se mantêm constantes ao
longo do horizonte de projecto;
• a capitação assume o valor de 200 L/(hab.dia);
• o factor de ponta éPop
fp60
5,1
• o caudal de infiltração é igual ao caudal médio de águas
residuais;
• o factor de afluência à rede é de 0,80;
• a profundidade mínima de assentamento, ao extradorso
dos colectores, é de 1,0 m;
• a gama de diâmetros nominais é a seguinte: 110, 140,
160, 180, 200, 250, 315, 400 e 500 mm (considerando
que estes diâmetros correspondem a diâmetros
interiores).
Nestas condições:
a) Calcule o caudal de dimensionamento do troço Cx.2-Cx.3.
b) Dimensione os troços Cx.1-Cx.2 e Cx.2-Cx.3 em termos de diâmetro, inclinação e profundidades de
assentamento, por forma a respeitar as disposições regulamentares e a minimizar movimentos de terras.
c) Complete o perfil longitudinal do colector.
21
32
s iRSKQ
4,06,1
6,0
1 063,6 nnn DiK
Qsen
FORMULÁRIO E ELEMENTOS DE APOIO À RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS
Trecho População [hab eq] Qm40 fp 40 Qinf40 Qpt40 D imín h/Dimín Vreal40 Qsc Vsc
Ano 0 Ano 40 p/ imín p/ imín
[ - ] afl acu afl acu [l/s] [ - ] [l/s] [l/s] [mm] [m/m] [ - ] [m/s] [l/s] [m/s]
1-2 2 750 2 750 2 750 5.09 2.64 5.09 18.56 250 0.004 0.48 0.79 39.11 0.80
2-3 250 3 000 3 000 5.56 2.60 5.56 19.97 250 0.067 0.24 2.22 159.69 3.25
Método analítico
Método gráfico
Grandeza Unidade Valor
D m 0.25
Qsc m3/s 0.039
Q/Qsc - 0.47
h/D - 0.48 <0.5 ok
V/Vsc - 0.98
Vsc m/s 0.80 >0.6
V m/s 0.78 <3 e >0.6 ok