Aula 3,4,5 Nutrição Nos Ciclos Da Vida
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Nutrição nos Ciclos da Vida
Elisa Cordenonsi
Grupos Populacionais
•Lactente (até 1 ano) •Pré-escolar (>1 a <7 anos) •Escolar (≥7 a <10 anos) •Adolescente (≥10 a <20 anos) •Adulto (≥20 anos a <60 anos) •Gestante
•Nutriz •Idoso (≥ 60 anos)
Gestação
Processo fisiológico normal associado à alterações que afetam os órgãos e os caminhos metabólicos do organismo da grávida. •MS
Fenômenos fisiológicos que acarretam uma série de transformações anatômicas e fisiológicas no organismo com a finalidade de garantir o crescimento e desenvolvimento do feto, manter a higidez da gestante para “proteger” o organismo materno e sua recuperação pós parto, bem como garantir a nutrição do recém nascido por meio do processo de lactação.
Metabólico
Estado metabólico dinâmico, onde um novo órgão endócrino, a placenta, secreta hormônios afetando o metabolismo de todos os nutrientes. Fato associado às alterações que afetam os órgãos e os caminhos metabólicos do organismo da grávida
Nutrição x Gestação
•Hoje sabe-se que o fenômeno reprodutivo não se dá isoladamente no contexto que a mulher vive, sendo influenciado por fatores que interagem com o meio ambiente
•O prognóstico da gestação é influenciado pelo estado nutricional materno antes e durante a gestação
Risco Gravídico
•É a “oportunidade” a agravos: –Físicos –Psíquicos –Sociais
•A depender da gravidade e quantidade de fatores de risco a gravidez poderá ser:
–Baixo risco
–Médio risco
–Alto risco
Risco gravídico
Fatores que podem interferir na evolução normal da gestante: •Biológicos: idade materna, altura materna, peso pré-gestacional, antecedentes obstétricos, alterações estruturais e antecedentes clínicos •Sócio culturais e econômicos: escolaridade, companheiro
•Comportamentais: uso de fármacos, drogas, álcool e fumo
•Institucionais: assistência pré natal e no parto
Fatores Biológicos
•Idade –Mulheres abaixo de 18 anos ainda imaturas fisiológica e emocionalmente
•Riscos: RN baixo peso, extremos de ganho de peso, pré-eclâmpsia, dificuldade no parto (desproporção pélvica), morte materna e fetal, prematuridade
–Mulheres acima de 35 anos morrem mais por complicações na gravidez, parto e puerpério
•Riscos: problemas placentários (>45 anos), hemorragia com morte fetal, anomalias congênitas, abortos espontâneos, hipertensão crônica
Síndrome de Down •>28 anos: 1/1350 partos •>30 anos: 1/800 partos •>35 anos: 1/260 partos •>40 anos: 1/100 partos •45 a 49 anos: 1/50 partos “Como o fator de risco idade não pode ser modificado,
é importante eliminar qualquer outro que possa potencializar os efeitos adversos como o baixo peso,
obesidade, deficiência de micronutrientes, tabagismo e álcool”
(Prisak, in Vitolo, 2005)
Fatores fisiológicos
•Altura da gestante –<1,45m dificuldade no trabalho de parto
–> incidência de baixo peso ao nascer –Maior risco de morte da criança
•Peso –Ganho deficiente: retardo no crescimento intra-uterino, > risco morte fetal, defeito tubo neural –Ganho excessivo: complicações secundárias (DM, anemia, ↑risco morte fetal e matena), dificuldade no parto e defeito do tubo neural
Fatores fisiológicos
•Idade ginecológica (IG) –Idade entre a menarca (IM) e o primeiro parto (IC)
•Ideal: >2 anos •De risco: <2 anos (imaturidade para reprodução)
•Obesidade –DM materna, “bebê obeso”
O sobrepeso está relacionado à maior incidência de parto cesariano, independente da idade
materna
Fatores fisiológicos
•Baixo peso: –Menor expansão de volume plasmático
–Diminuição do fluxo placentário
–Menor transporte de O2 e nutrientes ao feto
–RCIU (retardo no crescimento intra uterino) •Prejuízo no desenvolvimento neurológico
•Deficiência imunológica
•Sequelas no crescimento pós natal •Alterações na produção enzimática
•Distúrbios nas funções de órgãos como rins, pulmão e fígado
Fatores fisiológicos
•Antecedentes obstétricos –Paridade: prímara (maior risco de complicações) –Intervalo interpartal: ideal de 2 anos
•Alterações estruturais –Útero bicorne
–Colo uterino débil (incompetente)
Placenta
•É um anexo fetal constituído de porção fetal (derivada pelo saco coriônico) e porção materna (derivada do endométrio) •Permite trocas nutritivas materno-ovulares, representando para o feto a única via pela qual os nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos podem ser intercambiados
Placenta
•Funções: –Proteção física
–Nutrição: síntese de nutrientes (glicogênio, colesterol e ácidos graxos) –Respiração: possibilita trocas gasosas (transp O2) –Endócrina: produção hormonal essencial para evolução da gestação
Placenta
•Tem como combustível a glicose materna
•Complicações maternas (doença cardiovascular, renal, DM, pré-eclâmpsia) afetam a distribuição de nutrientes e oxigênio pela placenta
Hormônios
•Responsáveis por desencadear uma série de alterações no organismo materno:
–1º momento: manter a gestação, estimular e desencadear ajustes metabólicos para evolução da gestação
–2º momento: amadurecimento e desenvolvimento fetal, parto e preparar o organismo para lactação
Hormônios
•FASE OVARIANA: –Logo após a concepção até a 8ª semana
–Corpo lúteo e a placenta atuam juntos secretando hormônios que alterarão o metabolismo materno e manterão a gestação
Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG)
•Impede a rejeição imunológica do embrião
•Inibe a contratilidade espontânea do útero
•Quantidades séricas e urinárias são detectadas 8 dias após a fecundação e atinge seu pico por volta de 8 semanas
Progesterona
•Inibe a contratibilidade espontânea do útero
•Diminui a formação de prostaglandinas envolvidas no parto
•Diminui ação imunológica dos Linfócitos T envolvidos na rejeição
•Diminui a motilidade Intestinal (>absorção nutrientes) •Aumenta apetite materno (efeito até 20 semanas de gestação) •Altera metabolismo de ácido fólico
•Favorece a deposição de gorduras
Hormônios
•FASE PLACENTÁRIA: –A partir da 9ª semana até o parto
–Placenta é o principal secretor de hormônios em quantidades crescentes
Hormônio Lactogênico Placentário (HPL)
•Seus níveis séricos aumentam progressivamente durante toda a gestação
•Antagoniza a ação da insulina pela deposição de glicose no sangue a partir do glicogênio
•Aumenta resistência insulínica da mãe, aumenta glicose para o feto, aumenta glicemia materna
•Ação semelhante ao GH: deposição de proteínas nos tecidos
Progesterona
•Sua [ ] aumenta progressivamente durante a gestação passando a ser produzida pela placenta a partir de 8 a 10 semanas
•Efeito anabólico: favorece deposição de gordura materna e estimula o apetite na primeira metade da gestação
•Disponibiliza os nutrientes que ficam armazenados no endométrio para o feto
Progesterona
•Estimula elementos glandulares nas mamas permitindo a deposição de nutrientes nestas células •Aumenta excreção renal •Causa letargia e aumento de sono
•Diminui peristaltismo intestinal •Aumenta tempo de esvaziamento gástrico
•Faz retenção hídrica e consequente aumento da volemia (ação mineralocorticóide)
Estrogênio
•É produzido pelo corpo lúteo nas primeiras semanas de gestação
•Passa a ser secretado pela placenta na 16ª semana (fase que está 30x seu valor normal) •Promove rápida proliferação da musculatura uterina
•Aumento do sistema vascular para o útero
•Dilatação do orifício vaginal e dos órgãos sexuais externos e relaxamento dos ligamentos pélvicos para passagem do feto (parto) •Aumento da adiposidade das mamas •Aumento do estradiol = Aumento da frequência cardíaca e da força contrátil do miocárdio
•Tiroeptropina Corionica Humana (HCT): produzido pela placenta, estimula hormônios da tireóide
•Hormônio do crescimento (HC): produzido pela pituitária eleva glicemia, estimula crescimento dos ossos longos, promove retenção de N
•Tireoxina: produzido pela tireóide regula a taxa de oxidação celular (TMB) •Insulina: produzida pelas células β do pâncreas reduz a glicemia para promover a produção energética e síntese de gordura
•Glucagon: eleva glicemia (garante energia para o feto em jejum prolongado da mãe)
•Cortisona: produzida pelo córtex adrenal, eleva a glicemia pela proteólise tecidual •Aldosterona: promove a retenção de sódio e a excreção de potássio, aumentando a sede
•Renina – Angiotensina: produzida pelos rins, estimula a produção de Aldosterona
•Calcitonina: produzida pela tireóide, inibe a reabsorção óssea de cálcio
Metabolismo de Lipídeos
•A partir da 10ª semana de gestação a concentração a concentração de TGL é 20% maior que a normal e ao final 3x maior que em mulheres não grávidas para garantir a conservação da glicose e assim minimizar o catabolismo proteico e preservar aminoácidos para o feto Mulheres Adultas Gravidas
TGL <160 <260mg/dl
Colesterol 120 a 180mg 180 a 280mg/dl
Bilirrubina total 0,3 a 1mg/dl Sem alterações
Metabolismo de Proteínas
•No 2º e 3º trimestre ocorre aumento na síntese de proteínas de 15% e 25% respectivamente
•Os níveis séricos de AA são menores durante a gestação
•Hemodiluição (aumento do volume plasmático – 40 a 50% mais que o normal - Hemodiluição)
Metabolismo de Carboidratos
•Gestação - período anabólico que requer energia extra para:
–Crescimento e manutenção do feto e da placenta
–Formação de novos tecidos maternos
–Armazenamento de gordura de ambos –Aumento da TMB
–Aumento da função renal –Aumento da função cardíaca (10 a 20%)
Assistência Nutricional – pré-natal
•Iniciar 3 meses antes da concepção ou 1 ano antes do parto
•Identificar fatores de risco
•< problemas indesejáveis durante a gestação e puerpério
•Adequação de nutrientes (ácido fólico) •Controle de doenças crônicas e metabólicas (DM, fenilcetonúria, hipertensão) •Suporte global a saúde da mãe e do bebê
–Psicológica (incluindo preparo para o parto) –Amamentação
–Diagnosticar e tratar doenças pré existentes
Avaliação Nutricional da Gestante
•Identificar gestantes com desvio ponderal no início da gestação
•Detectar gestantes com ganho menor ou excessivo para idade gestacional •Subsidiar intervenções adequadas: melhorar estado nutricional materno e do recém nascido e as condições do parto
- Antropométrico - Bioquímico
- Clínicos - Dietéticos
Estatura materna - Antropométrico
•Indicador aproximado do crescimento infantil e da estrutura óssea pélvica
–<1,47 a 1,53 - RCIU (retardo crescimento intra uterino) –<1,40 a 1,50 - Complicações no parto
<1,40 a 1,53 - Riscos gestacionais
OBS: Avaliar antes da 20º semana quando a postura fica mais alterada (lordose)
Perímetro braquial - Antropometria
•Reflete o estado nutricional prévio à gestação e o atual •Menos sensível que o peso em relação as alterações a curto prazo das condições de saúde e nutrição
•Usado na ausência de recurso para aferir peso
<21 – 23 risco de baixo peso ao nascer
Altura uterina - Antropometria
•Reflete o tamanho global do útero
•Indicador de crescimento fetal (diretamente relacionado a condição nutricional da mãe) •Permite avaliar desvios de crescimento fetal:
–PIG: pequeno para idade gestacional (<P10) –GIG: gigante para idade gestacional (>P90)
Classificação de estado nutricional e recomendação de ganho de peso
IMC Ganho de peso TOTAL (kg)
Abaixo do peso (IMC < 19,8) 12,5 – 18
Peso normal (IMC = 19,8 – 26) 11,5 – 16
Sobrepeso (IMC = 26,1– 29) 7 – 11,5
Obesidade (IMC > 29) 7 – 9,1
IMC Ganho de peso SEMANAL (g)
Abaixo do peso (IMC < 19,8) 500 a partir do 2º trimestre
Peso normal (IMC = 19,8 – 26) 400 a partir do 2º trimestre
Sobrepeso (IMC = 26,1– 29) 300 a partir do 2º trimestre
Obesidade (IMC > 29) 200 a partir do 2º trimestre
Necessidades Nutricionais
•GET = GEB x FA
Idade GEB (Kcal/dia)
10 – 18 anos 12,2xP (Kg) + 746
18 – 30 anos 14,7xP (Kg) + 496
30 – 60 anos 8,7xP (Kg) + 829
Natureza da atividade Fator atividade física
Leve 1,56
Moderada 1,64
Intensa 1,82
Necessidades Nutricionais
•Recomendação adicional de energia para as gestantes segundo:
Comitês Adicional energético Observação
OMS + 285 Kcal (ativas) + 200 Kcal (sedentárias)
Por toda a gestação.
RDA + 300 Kcal 2º e 3º trimestres, não sendo considerado o 1º trimestre.
Necessidades Nutricionais
PROTEÍNA
•> oferta o maior consumo calórico deve ser acompanhado por um consumo de proteínas •FAO/OMS (1985) de 0,75 a 1,0g/kg/dia + adicional de 6g/dia
Necessidades Nutricionais
VITAMINAS
Ácido fólico crescimento normal •Deficiência de ácido fólico anemia megaloblástica e DTN
•Alimentos-fonte: levedo de cerveja, fígado de boi, espinafre cozido, feijão branco cozido, brócolis, germe de trigo, suco de laranja, repolho cru. •DRI: 600 g/dia
Vitamina B12 (cianocobalamina) •Evita anemia megaloblástica
•Alimentos-fonte: produtos de origem animal como leite e derivados, carnes em geral, vísceras, frutos do mar (mexilhões e ostras), embutidos e ovos. •DRI: 2,6 g/dia
Necessidades Nutricionais
Vitamina B6 (piridoxina) •Indicada para o tratamento de hiperêmese gravídica •Alimentos-fonte: fígado, cereais integrais, leguminosas, frango, banana, aveia, carne de porco, batatas. •DRI: 1,9 mg/dia
Vitamina C (ácido ascórbico) •Deficiência parto prematuro
•Alimentos-fonte: acerola, laranja, goiaba, morango, manga, mamão, pimentão, bertalha, espinafre, couve refogada, couve-flor cozida. •DRI: 18 anos – 80 mg/dia e > 19 anos – 85 mg/dia
Necessidades Nutricionais
Vitamina A
•Deficiência ou excesso comprometimento gestacional •Alimentos-fonte: fígado, azeite de dendê, leite em pó integral, manteiga sem sal, queijo prato, couve, agrião, abóbora, cenoura, manga
•DRI: 14 a 18 anos – 750 g/dia e 19 anos – 770 g/dia
Vitamina D
•Equilíbrio do cálcio e fósforo durante a gravidez •Alimentos-fonte: arenque fresco, salmão, sardinha enlatada, fígado de frango, gema de ovo
•DRI: 5 g/dia
Necessidades Nutricionais MINERAIS
Cálcio •Mineralização óssea •Alimentos-fonte: leite pasteurizado e derivados, sardinha, ostras, salmão, soja
•DRI: 14 a 18 anos – 1300mg/dia e 19 anos – 1000 mg/dia
Fósforo •Mineralização óssea
•Alimentos-fonte: carne bovina, peixe, ovos, leite e derivados, nozes e leguminosas, cereais e grãos •DRI: 18 anos – 1250 mg/dia e > 19 anos – 700 mg/dia
Ferro •Responsável pela eritropoiese e suprimento fetal •Deficiência anemia ferropriva comprometimento fetal •Alimentos-fonte: fígado, carne bovina, vegetais de cor verde-escuro (bertalha, espinafre, brócolis, couve, etc), leguminosas, melado de cana
•DRI: 27 mg/dia
Necessidades Nutricionais
Zinco •Evita malformações congênitas •Alimentos-fonte: carne bovina, peixe, aves, leite e seus derivados, ostras, mariscos, fígado, queijos, cereais integrais, leguminosas e nozes. •DRI: 14 a 18 anos – 13 mg/dia e > 19 anos – 11 mg/dia
Magnésio •Excesso ou deficiência malformação fetal •Alimentos-fonte: sementes, nozes, leguminosas, grãos de cereais, vegetais verde-escuros •DRI: 18 anos – 400 ,g/dia, 19 a 30 anos – 350 mg/dia e > 31 anos – 360 mg/dia
Iodo •Cobrir as necessidades extras do feto e evitar cretinismo no recém-nascido (deficiência mental) •Alimentos-fonte: frutos do mar, peixes de água salgada e de água doce, ovo, queijo, ricota, sal iodado. •DRI: 200 /dia
Característica da alimentação da gestante
Aumentada em calorias e proteínas, rica em minerais e vitaminas
De fácil digestão
Refeições pouco volumosas
Rica em fibras
Calendário consultas
•Até o 6º mês: 1x ao mês
•7º e 8º mês: 15 em 15 dias •Até o parto: semanal
Totalizar pelo menos 13 consultas
Gravidez com complicações ajustar de acordo com a necessidade
•Classificação: –1º trimestre: até 13 semanas –2º trimestre: 14 a 27 semanas –3º trimestre: acima de 28 semanas
Queixas comuns na gestação
•Náuseas, Vômitos – fracionamento e volume
–Evitar frituras, alimentos gordurosos e alimentos com odor forte ou desagradável ou os que causem desconforto/intolerância. –Evitar o uso de condimentos picantes. –Preferir alimentos sólidos pela manhã e ricos em CHO – ingestão de líquidos nos intervalos das refeições. –Para prevenir a anorexia, evitar a monotonia alimentar. –Evitar deitar-se após as grandes refeições. –Em caso de hiperêmese, referenciar a gestante para o serviço de assistência pré-natal de alto risco.
Queixas comuns na gestação •Pirose (Azia)
– fracionamento e volume
–Elevar a cabeceira da cama e evitar deitar-se após as refeições. –Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras, pastelarias. –Excluir alimentos que causem desconforto / intolerância. –Evitar a utilização do leite como alimento único na refeição.
•Sialorréia ou Ptialismo (Salivação Excessiva) – fracionamento e volume
– ingestão de líquidos. –Estimular o consumo de frutas com caldo. –Orientação semelhante à indicada para náuseas e vômitos.
• Fraquezas e Desmaios – fracionamento e volume
–Evitar jejum prolongado e grandes intervalos entre as refeições. –Orientar para a utilização normal do sal na alimentação, exceto em casos de hipertensão arterial grave.
Queixas comuns na gestação •Sensação de Plenitude
– fracionamento e em casos graves modificar a consistência das preparações (pastosa), principalmente no jantar e ceia. – volume e densidade calórica, ajustando a alimentação conforme a tolerância –Indicar complemento nutricional caso o valor energético da dieta não seja alcançado. –Evitar deitar após a refeição. –Orientar para preferir roupas amplas e confortáveis.
•Obstipação Intestinal e Flatulência – ingestão de alimentos laxantes – ingestão de fibras: frutas, vegetais (preferencialmente crus) e cereais integrais. –Observar a tolerância a alimentos flatulentos. – atividade física (caminhadas e movimentação em geral). –Orientar para o atendimento do reflexo retal. –Criar o hábito sanitário diário, de preferência pela manhã, após o café da manhã. – ingestão de líquidos. –Mastigar bem os alimentos, evitar falar durante as refeições e comer devagar. –Fazer as refeições em ambiente calmo.
Queixas comuns na gestação •Hemorróidas
–Dieta para evitar obstipação.
•Picamalácia –Investigar problemas emocionais ou familiares –Orientar a gestante que evite o contato com a substância “desejada”. –Esclarecer que as substâncias não alimentares podem contribuir para o agravo da anemia e interferir na absorção de nutrientes ou mesmo acarretar doenças (exemplo: parasitoses).
•Cafeína
–FDA (1980) advertência quanto ao consumo excessivo de café e aos efeitos teratogênicos sobre o concepto. –Estudos conflitantes sobre os efeitos adversos da cafeína no feto BPN, prematuridade e RCIU
–Nehlig & Debry (1994) 4 xícaras de café/dia
–Cnattingius e cols (2000) risco de aborto espontâneo no 1º trimestre
Edulcorantes Associação Americana de Dietética (1998):
•Sacarina: efeito transplacentário e prejuízos fetais •Aspartame: apesar da presença de fenilalanina não é considerado nocivo durante a gestação pela impossibilidade de se ingerir quantidades nocivas •Acessulfame-K: estudos em ratos não mostraram efeitos deletérios durante a gestação. A ADA considera seu uso seguro
•Sucralose: derivado da sacarose (600x + doce). Não fornece energia e é excretado pela urina sem alterações. A FDA considera que seu consumo não confere riscos carcinogênicos, reprodutivos ou neurológicos •Esteviosídeo: composto natural. Não há evidência sobre efeitos deletérios na gestação. Pode ser usado em conjunto com outros adoçantes (cuidado!), devido ao sabor amargo que pode ter.
•Maior risco desses produtos consumo indiscriminado e excessivo
•Indicação + apropriada gestantes diabéticas
Aleitamento Materno
•Vínculo mãe e filho
•Desenvolvimento cognitivo
•Desenvolvimento do aparelho mastigatório
•Proteção contra doenças crônicas, hipertensão, obesidade, câncer •Vantagem econômica
•Proteção contra alergia
•Aleitamento materno exclusivo: Criança recebe exclusivamente para sua alimentação leite humano
•Aleitamento materno predominante: Além do leite humano a criança recebe suplementos a base de água, sucos de frutas, soros de reidratação oral e xaropes de vitaminas e minerais
•Aleitamento materno complementado: Além do leite materno a criança recebe outros alimentos sólidos e semi-sólidos, incluindo aleitamento artificial
Padrão OURO
•Amamentação exclusiva até 6 meses de idade
•Manutenção da amamentação até 2 anos de idade com introdução adequada de alimentação complementar
•Envolve fatores: –Fisiológicos –Ambientais –Emocionais
Prolactina
•Secretado pela hipófise desde a 5ª semana de gestação, responsável pela produção de leite
•Estrogênio e progesterona: efeito supressor da secreção láctea
•Secreção de alguns mililitros/dia até o nascimento – colostro
•Após nascimentos níveis de estrogênio e progesterona caem rapidamente, promovendo o efeito lactogênico da prolactina
•Prolactina: ativada toda vez que ocorre estímulo de sucção
Ocitocina •Provocar contrações das células microepiteliais que envolvem as paredes dos alvéolos, expelindo o leite dos alvéolos para os ductos (descida do leite). Esse processo também é desencadeado pelo estímulo de sucção do bebê
•Contração da musculação do útero prevenindo hemorragia pós-parto e recuperação mais rápida do tamanho do útero
•A descida do leite pode ser prejudicada por dores, tensão, cansaço, partos traumáticos
Necessidades Nutricionais da Nutriz
•Estima-se a necessidade adicional de 500Kcal/dia
•Aumento energético acompanhado de alimentação equilibrada, fracionamento adequado e aumento na ingestão de líquidos
•DRI: usa as mesmas fórmulas adicionando:
–500Kcal para o 1º semestre
–400Kcal para o segundo semestre
Necessidades e recomendações •Energia
•Proteínas
Estágio da vida Recomendação diária de energia para o lactente
0 a 6 meses 108 kcal/kg/dia
7 a 12 meses 98 kcal/kg/dia
>1 a 2 anos 102 kcal/kg/dia
Estágio da vida Recomendação diária de proteína para o lactente
0 a 6 meses 2,2 g/kg/dia
7 a 12 meses 1,6 g/kg/dia
>1 a 2 anos 1,2 g/kg/dia
Necessidades e recomendações
•Lipídeos
•Carboidratos
Estágio da vida Recomendação diária de lipídios para o lactente
0 a 6 meses 40 a 50% das calorias totais
7 a 12 meses 30 a 40% das calorias totais
>1 a 2 anos 30 a 40% das calorias totais
Estágio da vida Recomendação diária de carboidratos para o lactente
0 a 12 meses 40 a 50% das calorias totais
>1 a 2 anos 45 a 65% das calorias totais
Necessidades e recomendações
•Micronutrientes
Nutriente 0 – 6 meses 7 – 12 meses 13 – 24 meses
Cálcio 210 mg/dia 270 mg/dia 500 mg/dia
Ferro 0,27 mg/dia 11 mg/dia 7 mg/dia
Zinco 2 mg/dia 3 mg/dia 3 mg/dia
Vitamina A 400 g/dia 500 g/dia 300 g/dia
Vitamina D 5 g/dia 5 g/dia 5 g/dia
Vitamina C 40 mg/dia 50 mg/dia 15 mg/dia
Micronutriente Importância para o lactente
Cálcio Mineralização adequada e manutenção do crescimento ósseo.
Participa de inúmeros processos metabólicos que envolvem
função hormonal, transmissão nervosa, coagulação sanguínea,
contração muscular e transporte à nível de membrana.
Ferro Transporte de oxigênio (hemoglobina e mioglobina).
Desempenho cognitivo (mielinização de fibras nervosas e
síntese de neurotransmissores).
Zinco Necessário para divisão e diferenciação celulares, construção e
reparação dos tecidos.
Vitamina A Acuidade visual, desenvolvimento e manutenção dos tecidos,
integridade do sistema imunológico.
Vitamina D Manutenção dos níveis plasmáticos de cálcio e fósforo.
Vitamina C Fundamental para o sistema imunológico, principalmente na
resposta imune, nas cicatrizações de feridas e reações
alérgicas. Papel importante na absorção do ferro não heme,
metabolismo do ácido fólico e de alguns aminoácidos. Também
atua como antioxidante.
Leite Materno
• Colostro: 1 a 7 dias
• Transição: 7 a 15 dias
• Maduro: > 15 dias
Leite Materno Colostro
•Leite produzido na 1ª semana após o nascimento
•Volume de 2 a 20 ml/mamada
•Líquido espesso de coloração amarelada (betacaroteno) •Maior concentração de proteína
•Menor quantidade de carboidrato (lactose) e gordura (AGCL) •Menor valor energético
•Maior concentração de Na, K, Cl e Zn
•Maior quantidade de vitamina A, E e carotenóides •Papel imunológico
Leite Materno
Leite de transição
•A partir da 1ª semana após o nascimento até 15 dias •Composição intermediária entre o colostro e o leite maduro
•Volume varia de 500 a 700ml/dia
•Coloração amarelada
Leite maduro •Após 15 dias do parto
•Volume varia de 800 a 1000ml/dia
•Líquido branco opaco, com pouco odor e sabor ligeiramente adocicado
Aleitamento Artificial •Na impossibilidade do aleitamento materno (infecção materna pelo HIV..., hérpes, varicela, hepatite C, hanseníase, doença de chagas, tuberculose pulmonar, quimio/radioterapia, mães em exposição ocupacional/ambiental a metais pesados – chumbo, mercúrio..., medicamentos e drogas), os leites industrializados constituem uma alternativa para atender as necessidades do bebê. •Fórmulas lácteas modificadas (seguir modo de preparo fornecido na embalagem pelo fabricante) •Leite integral em pó
Cças < 4 meses: para cada 100ml de leite pronto 30ml de água filtrada e fervida, deixar esfriar e acrescentar 1 colher de sobremesa rasa de leite em pó (10g). Bater com garfo até dissolver todo o pó e acrescentar água até completar os 100ml. Cças > 4 meses: para cada 100ml de leite pronto 1 colher de sopa rasa de leite em pó (15g). Modo de diluir é o mesmo.
•Não utilizar açúcar ou outro adoçante
•Oferecer água filtrada ou mineral ou fervida após esfriar à criança nos intervalos entre as refeições
Aleitamento Artificial
Idade Volume Nº de refeições/dia
Do nascimento a 30 dias 60 – 120 ml 6 a 8 refeições de leite. Oferecer água nos intervalos das refeições.
1 – 2 meses 120 – 150 ml 6 a 8 refeições de leite. Oferecer água nos intervalos das refeições.
2 – 4 meses 150 – 180 ml 5 a 6 refeições de leite. Oferecer água nos intervalos das refeições.
4 – 8 meses 180 – 200 ml 5 a 6 refeições de leite. Iniciar transição alimentar. Oferecer água nos intervalos das refeições.
Avaliação Nutricional de Crianças
•Medidas antropométricas: –Peso (com excessão para quadros de edema) –Estatura
–Perímetro braquial (para crianças de 1 a 5 anos quando não é possível aferir a altura e/ou peso por algum motivo
Avaliação Nutricional de Crianças
•Percentil:
É a distribuição dos indivíduos de uma determinada amostra populacional em relação as medidas antropométricas. O P50 é considerado ideal, pois considera que 50% da população apresenta o valor referido, indicando portanto normalidade naquela população.
Avaliação Nutricional da Criança
•Indicadores:
–Estatura por idade (E/I) –Peso por idade (P/I) –Peso por estatura (P/E) –Relação cintura-quadril –IMC
–Escore Z para P/E e E/I
Avaliação Nutricional da Criança
•Recém nascido: É importante avaliar a condição nutricional do recém nascido, verificando a idade gestacional (<37 semanas – pré termo; 38 a 42 semanas – termo e >42 semanas – pós termo) e o peso ao nascer a ela correspondente:
–<P10: pequeno para a idade gestacional (PIG) –Entre P10 e P90: adequado para IG (AIG) –Maior que P90: grande para IG (GIG)
Avaliação de acordo com a faixa etária
•Baixo peso: <2.500g
•Peso insuficiente: 2.500g a 3.000g
•Peso adequado: 3.000
Puffer e Serrano (1987)
•Nos primeiros 6 meses de vida o ganho de peso mensal é a medida mais importante para avaliação nutricional da criança
•A curva de peso por idade (MS) – Cartão da Criança – é o meio de avaliar o crescimento e a velocidade de ganho de peso
•Considera-se o melhor indicador o ganho de peso acima de 20g/dia para crianças abaixo de 6 meses
•Crianças de 1 a 10 anos: Existem diferentes indicadores e critérios para se avaliar o estado nutricional da criança
•Percentuais de adequação dos indicadores (P/I) (P/E) e (E/I) em relação aos valores de peso e estatura no P50 de uma tabela referencial
•Para <5anos são utilizados os valores das curvas da WHO e para >5anos são utilizados os valores de referência do NCHS
Escore Z
•É a medida de quanto o indivíduo se afasta ou aproxima da mediana em desvio-padrão (DP). •Esse método é mais aceito na literatura científica e é um excelente método de estudos populacionais.
•As curvas de WHO e NCHS/WHO fornecem valores em escore Z
•É utilizado para caracterizar deficiência (<2DP) ou excesso (>2DP). O normal é entre -2 e +2DP
Recomendações Nutricionais para Crianças
•Determinação do VET por Kcal/Kg/peso ideal
•Pode-se estimar o valor energético recomendado utilizando o seu peso ideal para estatura e multiplicando-se o mesmo pelas calorias/kg recomendadas para faixa etária correspondente
Recomendações Diárias de Energia
Crianças (anos) Energia diária (Kcal) Por Kg (Kcal)
0 – 0,5 650 108
0,5 – 1,0 850 98
1 – 3 1300 102
4 – 6 1800 90
7 - 10 2000 70
Recomendações Nutricionais para Crianças
•Método para cálculo simplificado do VET
–1.000Kcal para o primeiro ano
–Adicionar 100Kcal para cada ano até a idade de 11 anos
–Cálculo simplificado do VET para meninos e meninas
SEXO FEMININO SEXO MASCULINO
11 a 15 anos: adicionar 100Kcal por ano depois da idade de 10 anos
11 a 15 anos: adicionar 200Kcal por ano depois dos 10 anos
>15 anos: calcular como para adulto
15 anos, adicionar: 10Kcal/Kg (muito ativo) 8Kcal/Kg (atividade leve) 7Kcal/KG (sedentário)
Método GEB (DRIs)
•Meninos (3 a 18 anos): GEB (Kcal/dia) = 68-(43,3 x idade (a))+ 712 x estatura (m) + 19,2 x peso (Kg) •Meninas (3 a 18 anos): GEB (Kcal/dia) = 189-(17,6 x idade (a))+ 625 x estatura (m) + 7,9 x peso (Kg)
Pré-Escolar
•Alimentação saudável e equilibrada –Acessível física e financeiramente
–Saborosa
–Variada
–Colorida
–Harmônica
–Segura quando aos aspectos sanitários
•A promoção da alimentação saudável vem sendo considerada um eixo prioritário de ação para promoção da saúde e, neste contexto, o ambiente escolar é apontado como espaço fundamental de ação por documentos nacionais e internacionais
Promoção de alimentação saudável nas escolas
PNAN elegeu a promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis durante todas as etapas do curso de vida como uma de suas diretrizes, identificando o papel transformador da educação alimentar e nutricional e do ambiente escolar na formação e disseminação de uma cultura alimentar que valorize a saúde.
1º ano de vida •1º semestre:
–uso exclusivo de leite humano
–Impossibilidade de amamentação – uso de formulas lácteas infantis
•2º semestre de vida –Alimentação complementar –Oferta de novos alimentos –Progressão da consistência da dieta
•10º e 12º mês de vida –Alimentação modificada com formas de preparo e qualidade semelhantes a alimentação consumida pela família
Pré-escolar
•Crianças: Grupo potencialmente vulnerável (tb a deficiências, ex: Ferro, vit A)
Dependem completamente dos pais ou responsáveis para alimentação equilibrada
•No período pré-escolar – Processo de crescimento diminui seu ritmo (↑peso: 2-3kg/ano e ↑altura: 6-8cm/ano) – Cavidade oral sofre alterações em forma e função nos dois primeiros anos de vida
– Dentição durante o 2º ano, há erupção de 8 dentes, incluindo os primeiros molares e os caninos
Pré-escolar
• Controle dos esfíncteres em geral, o controle intestinal precede o controle urinário
– Aos 2 anos cerca de 2/3 das crianças controlam a defecação e em torno dos 3 anos, 90%. – O controle do fluxo urinário é adquirido mais tarde. Cerca de 50% das crianças controlam fluxo urinário diurno aos 2 anos e 85% aos 3 anos, sendo que o controle no horário diurno precede o horário noturno.
• Amadurecimento da habilidade motora, linguagem e habilidades sociais relacionadas à alimentação seletividade alimentar
Escolar
•O crescimento durante esse período é lento, constante e acompanhado de aumento na ingestão alimentar. •Ocorre crescente maturação das habilidades motoras e ganho no crescimento cognitivo, social e emocional. •Estabelecimento de hábitos alimentares, gostos e aversões. •A criança apresenta mais interesse pelos alimentos, suas necessidades são maiores e gasta mais energia em atividades esportivas. •São mais independentes e capazes de selecionar seus próprios alimentos e determinar a quantidade que vai comer. •Atenção: mais acesso a refrigerantes, frituras e guloseimas em excesso, ↑ do peso
Escolar •Trato gastrointestinal capacidade digestiva semelhante a do adulto preparações mais elaboradas e requintadas •Lanche escolar: assume grande importância
–estabelecer dias que compra e leva de casa
–ajudar no preparo do lanche: preservar bons hábitos alimentares •Rendimento escolar ↔ alimentação
•Criança desnutrida:
–indisposta, desatenta e agressiva
–mau aprendizado, repetência de série escolar, abandono do curso
•Assistência e educação alimentar combate a desnutrição, melhora da saúde e desenvolvimento, promover educação
Programas de alimentação escolar
Escolar
• Requerimento energético
– 1 a 3 anos: 102Kcal/Kg/dia (1300Kcal) – 4 a 6 anos: 90Kcal/Kg/dia (1800Kcal) – 7 a 10 anos: 80Kcal/Kg/dia (2000Kcal)
Permanência na escola: 5 a 6 horas/dia
Adolescente
•10 a 19 anos (OMS) •Velocidade máxima de crescimento
•Puberdade –Modificações ligadas ao amadurecimento sexual –Passagem da infância a adolescência
–Início 9 a 13 anos meninas e 10 a 14 anos meninos
•Preocupação com corpo e imagem corporal •Ansiedade
•Resultados imediatos •Influência dos colegas •Resistência aos padrões dietéticos da família
Adolescência
•Para diagnóstico nutricional é necessário levar em consideração critérios de maturação sexual
–Critérios de Tanner: considera mamas, pelos pubianos, genitália masculina
•IMC segundo sexo e idade (OMS) •Padrão de referência NHANES II
OMS, 1995 – Pontos de corte
Percentis IMC Classificação Nutricional
<P5 Baixo peso
≥P5 e <P85 Eutrófico
≥P85 e <P95 Sobrepeso
≥95 Obesidade
OMS, 2006 VALORES CRÍTICOS ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS
Percentil Escore Z IMC/I E/I
≥P0,1 e P3 ≥Escore Z -3 e <Escore Z -2
Magreza acentuada
Muito baixa estatura para idade
≥P3 e <P15 ≥Escore Z -2 e <Escore Z -1
Magreza Baixa estatura para idade
≥P15 e ≤P85
≥Escore- Z -1 e ≤Escore Z +1
Eutrofia Estatura adequada para idade
>P85 e ≤97 >Escore Z +1 e ≤ Escore Z +2
Sobrepeso
>P97 e ≤P99,9
>Escore Z +2 e ≤Escore Z +3
Obesidade
>P99,0 >Escore Z +3 Obesidade grave
Classificação de Tanner
Classificação de Tanner
Crescimento médio anual
•Durante a puberdade –Meninos: 9 a 10cm e 8Kg
–Meninas: 8cm e 6 a 8Kg
•Após o estirão ocorre desaceleração gradual até a parada do crescimento
–Meninos: 17 aos 18 anos –Meninas: 15 a 16 anos
Adulto • Faixa etária que se completa o crescimento físico
• Grande preocupação: manutenção do peso ideal
prevenir DCNT e propiciar melhor qualidade de vida
Boa alimentação
Capacidade de
produção
Saúde
Capacidade aquisitiva
Adulto
• IMC:
IMC Classificação
< 18,5 Baixo Peso
18,6 – 24,9 Peso Ideal
25 – 29,9 Sobrepeso
30 – 34,9 Obesidade grau I
35 – 39,9 Obesidade grau II
Acima de 40 Obesidade grave
Adulto
SBAN (1990) SBC (2005)
Fibras 20g/dia ou 8 a 10g/1000kcal 20 a 30g/dia
SBAN
(1990)
WHO
(2003)
DRI – AMDR
(2002)
Proteína
10 a 12% VET
(idosos 12 a
14%)
10 a 15% VET 10 a 35% VET
Carboidratos 60 a 70% VET 55 a 75% VET 45 a 65% VET
Lipídios 20 a 25% VET 15 a 30% VET 20 a 35% VET
Adulto
• Cálculo do dispêndio energético (NET ou GET)
O cálculo da Necessidade Energética Total (NET) é
necessário para definir o Valor Energético Total (VET).
O gasto calórico diário do indivíduo é determinado pelo
gasto energético de repouso ou basal + o gasto energético
para desempenho das atividades diárias, digestão,
absorção, metabolismo e manutenção da temperatura.
Adulto
• Cálculo do dispêndio energético (NET ou GET):
FAO/OMS
DRI
Harris & Benedict
Método simplificado
Equações mais citadas:
• FAO/OMS, 1985 Normalmente empregada em indivíduos sadios
• Harris & Benedict, 1919 Usada comumente em planejamentos dietoterápicos
Adulto • Distribuição de Macronutrientes:
RDA (1989) SBAN (1990) DRI’s (2001) OMS (2003) SBC (2005)
CHO 50 a 60% 60 a 70% 45 a 65% 55 a 75% 50 a 60%
PTN 10 a 15% 10 a 12% 10 a 35% 10 a 15% 15%
LIP 25 a 30% 20 a 25% 20 a 35% 15 a 30% 25 a 35%
RDA: Ingestão Dietética Recomendada.
SBAN: Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.
DRI’s: Recomendações de Ingestão Dietética.
OMS: Organização Mundial da Saúde.
SBC: Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Adulto • Distribuição das refeições:
Desjejum:15% do VET
Colação: 5 a 10% do VET
Almoço: 30% do VET
Lanche da tarde: 5 a 10% do VET
Jantar: 25 a 30% do VET
Ceia: 5 a 10% do VET
Idoso
•População acima dos 60 anos •Perfil crescente da população
•Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos serviços de saúde
•Envelhecimento Saudável x Envelhecimento Patológico
•Envelhecimento Fisiológico (senescência): processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos
Patologias mais prevalentes
•Transtornos motores do esôfago
•Catarata
•Osteoartrite
•Parkinson
•Alzheimer
Hábitos + Genética = Patologia
Outras comorbidades frequentes
•Neoplasias •HA, dislipidemias, DM
•Pneumonias, infecções urinárias, tuberculose
•Hipotireoidismo
•Anemia
•Deficiência de B12
Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos Principais
•Composição corporal / Nutrição
•Metabolismo hidroeletrolítico
•Imunossenescência (imunidade) •Termorregulação
•Órgãos dos sentidos (visão e audição) •Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral •Pele e anexos •Sistemas (endócrino, cardiovascular, respiratório, gênito-urinário, gastrointestinal, nervoso)
Antropometria
•Perda de massa muscular •Aumento de gordura corporal •Encurvamento da coluna
•Flacidez da pele
Nutrição
•Redução de olfato e paladar •Redução do metabolismo basal •Insuficiência dos mecanismos reguladores da sede, fome e saciedade
•Aumento da necessidade proteica
•Redução da biodisponibilidade da vitamina D
•Redução da absorção intestinal de Cálcio
•Deficiência na utilização de B6
•Redução de acidez gástrica: ↓B12, Fe, Ca, B9 e Zn
Recomendações Nutricionais
•Homens > 51 anos: 2.300Kcal •Mulheres > 51 anos: 1.900Kcal
•Harris e Benedict, 1919:
–Homens 66,5+(13,8xP(Kg))+(5xE(m))-(6,8xI(anos))
–Mulheres 655,1+(9,5xP)+(1,8xE)-(4,7xI)
Proteínas
•WHO: –0,8 a 1,0g/Kg/dia
•RDA –Homens 56g/dia e Mulheres 46g/dia
•Lipídeos e Cálcio semelhante ao adulto