Aula 4 - fermassa.com 04 VF 2018(1).pdf · Aula 4 Prof. Fernando Massa ... Projeto de CI Ajustando...

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Microeletrônica Aula 4 Prof. Fernando Massa Fernandes (Prof. Germano Maioli Penello) http://www.lee.eng.uerj.br/~germano/Microeletronica_2016-2.html Sala 5017 E [email protected] https://www.fermassa.com/Microeletronica.php

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Microeletrônica

Aula 4

Prof. Fernando Massa Fernandes

(Prof. Germano Maioli Penello)

http://www.lee.eng.uerj.br/~germano/Microeletronica_2016-2.html

Sala 5017 E

[email protected]

https://www.fermassa.com/Microeletronica.php

Fabricação

• Circuitos integrados CMOs são fabricados em bolachas (wafers) de Si.

• Cada bolacha contém diversos Chips (die)

http://en.wikipedia.org/wiki/Wafer_%28electronics%29

O diâmetro mais comum de bolacha de Si é de 300 mm (12 in)

Ex. de bolachas de 2, 4, 6 e 8 in

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Etapas recorrentes2

Sala limpaTodas as etapas recorrentes são feitas em um ambiente controlado chamado de sala limpa.

– Indispensável na fabricação de CI, ela também é usada na industria farmacêutica, em áreas de biotecnologia, e outras áreas sensíveis à contaminação.

– A sala limpa foi inventada para determinar a idade da terra (4,54Bi anos)! (quantidade de chumbo em meteoritios – Decaimento radioativo do Uranio)

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Sala limpa

Turbulenta Laminar http://en.wikipedia.org/wiki/Cleanroom

Ambiente normal - 35,000,000 partículas/m3 com tamanhos acima de 0.5mSala Limpa Classe 100 (ISO 5) – 3,520 partículas/m3 com tamanhos acima de 0.5mSala Limpa Classe 1 (ISO 3) – 35 partículas/m3 com tamanhos acima de 0.5m

Sala limpa (ISO 1) – 12 partículas/m3 com tamanhos acima de 0.3m

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Sala limpaAmbiente controlado: temperatura, umidade, fluxo de ar, descargas eletrostáticas, baixa quantidade de poluentes, poeira, partículas suspensas, vapores químicos

A roupa é para proteger a sala limpa do usuário!

Os móveis são feitos de materiais que não liberem partículas (teflon, aço inox)

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Sala limpa (sala amarela)

Sala onde a luz ambiente não contém radiação UV.

O fotorresiste é sensível à radiação UV e pode ser manuseado nesta sala sem preocupação.

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Projetando CMOS

Especificação do circuito(entradas e saídas)

Cálculos e esquemático

Simulação do circuito

Leiaute

Simulação com parasitics*

Circuito dentro das especificações?

Fabricação do protótipo

Testes e avaliações

Circuito dentro das especificações?

Produção

Circuito dentro das especificações?

*Parasitics – capacitância e indutância parasíticas; junções pn e seus problemas

Problemaespec.

Problemafabricação.

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Projeto de CI

Ajustando Electric + LTSpice:

http://cmosedu.com/cmos1/ltspice/ltspice_electric.htm

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Página dos Tutoriais para os trabalhos:

http://cmosedu.com/videos/electric/electric_videos.htm

Tutoriais do electric:

http://cmosedu.com/videos/electric/tutorial1/electric_tutorial_1.htm

Siga este tutorial para ajustar as configurações que usaremos ao longo do curso!

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Projeto de CI

Sistema Live: UbuntUERJ_beta

Sistema operacional (Live) para rodar direto do DVD ou pendriveElectric e Ltspice pré-configurados

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Fabricação de dispositivos

Resistores

Capacitores

MOSFET

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Poço

Primeira camada a ser fabricada no circuito integrado CMOS (* após oxidação - FOX)

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Substrato e poçoOs circuitos CMOS são fabricados num substrato de Si.Dopante tipo-n (P - fósforo)Dopante tipo-p (B - Boro) – substrato mais comum de ser usado em CI CMOS

No substrato tipo-p, NMOS são fabricados diretamente, enquanto PMOS são fabricados em um poço-n.

O substrato ou o poço são chamados de corpo do MOSFET.

Normalmente, uma camada epitaxial de Si é crescida antes do processamento. Não faremos distinção entre essa camada e o próprio substrato.

Um processamento que usa o substrato tipo-p com um poço-n é chamado “processo poço-n” (“n-well process”). Um processamento que usa o substrato tipo-n com um poço-p é chamado “processo poço-p” (“p-well process”).

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Diodo parasíticoUm poço-n num substrato tipo-p forma um diodo

Para evitar que este diodo seja polarizado diretamente (conduza corrente), o substrato é normalmente o ponto de menor tensão do circuito (aterrado).Idealmente, não existe corrente fluindo no substrato.

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Resistor (poço-n)

Além de ser usado como o corpo do PMOS, o poço pode ser usado como um resistor.

Se as tensões nos terminais do resistor forem maiores que a tensão do substrato, podemos evitar que o diodo parasítico seja polarizado diretamente.

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Procesamento do poçoAcompanhe os três primeiro passos do applet

• Oxidação• Depósito de fotorresiste• Iluminação seletiva• Remoção seletiva do fotorresiste• Remoção do óxido• Dopagem

http://jas.eng.buffalo.edu/education/fab/invFab/index.html

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Com o substrato completamente limpo, a primeira etapa é a de crescimento de óxido (SiO2 – também chamado de vidro! Excelente isolante elétrico).

Crescimento de SiO2

Consome Si do substrato durante o processo de crescimento

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Si puro em contato com O2 tem como resultado:

Si + O2 SiO2

Requer um ambiente com altas temperaturas (~1000 oC)

Crescimento de SiO2

Requer um ambiente com altas temperaturas – Fornos de oxidação

Consome Si do substrato durante o processo de crescimento

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Si puro em contato com O2 tem como resultado:

Si + O2 SiO2

Para que o SiO2 tenha excelentes propriedades elétricas e para controlar precisamente a sua espessura, existem dois métodos de crescimento de óxido.

Método molhado – crescimento mais rápido, mas pior qualidade elétrica

Método seco – crescimento mais lento, mas melhor qualidade elétrica

Crescimento de SiO2

Requer um ambiente com altas temperaturas

Consome Si do substrato durante o processo de crescimento

Por efeito de interferência de luz, dá para se estimar a espessura do óxido apenas analisando a sua cor!

Mesma explicação do efeito de coloração observada quando existe óleo derramado sobre a água na rua.

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Elipsometria

Fotorresiste FotolitografiaSpin coating - spinner

Tipicamente~3000 a 4000 rpmDurante alguns minutos.

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Fotorresiste (PR)•Pre-cozimento (ou promotor de adesão)

Substrato sem umidade facilita a aderência do PR

•Spin coating

Camadas bem homogêneas de PR por todo o substrato (~m)

•Cozimento suave

Remover o solvente do PR. Converter PR de líquido para sólido.

•Iluminação seletiva

PR iluminado se torna solúvel (revelação positiva)

•Revelação

PR iluminado é removido (revelação positiva)

•Cozimento duro

Fortalecer o PR para não ser removido com ácido

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Remoção do óxidoApenas a região exposta do óxido (sem fotorresiste), é atacada pelo ácido!

(Produtos Quimicos com pureza Grau Eletrônico ou Grau Semicondutor)

Normalmente utiliza-se ácido fluorídrico (HF) para a remoção do óxido.Buffered oxide etch (BOE) – H20(DI):HF - 6:1

Desenho fora de escala!

Tanto o óxido quanto o fotorresiste servem para proteger o substrato na etapa de difusão que seguirá no próximo slide.

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Difusão

Difusão de átomos doadores (tipo-n).

Elemento da coluna V da tabela periódica

P - Fósforo.

Note que a difusão ocorre também embaixo do fotorresiste protetor

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Difusão

Difusão de átomos doadores (tipo-n) no silício (Si).

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Difusão Note que a difusão ocorre também embaixo do fotorresiste protetor

O tamanho final do poço-n não é exatamente igual ao da máscara fotolitográfica.

As companhias que fabricam os chips podem aumentar ou diminuir as máscaras para compensar este efeito.

Após a remoção do fotorresiste, ficamos apenas com o substrato e o poço-n

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Leiaute do poço-nO leiaute das máscaras fotolitográficas é feita consideranto a visão superior. Um dos pontos chaves do leiaute é o fator de escala. Ex.:Dimensões mínimas = 50nmQuadrado de 10x10 (adimensional) tem seus lado de 500nm desprezando a difusão lateral e outras imperfeições.

Usar números inteiros para desenhar o leiaute simplifica o processamento.

Vista superior

Seção reta

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Regras de design (poço-n)Existem regras que determinam o espaçamento e tamanhos mínimos requeridos para todas as camandas do processamento CMOS!

O engenheiro de processo é quem especifica essas regras e também quem projeta as mascaras. As regras variam dependendo da tecnologia usada (processos com fator de escala 1m tem diferentes regras de processos com fator de escala de 50nm)

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ResistênciaAlém de servir como base para o transistor PMOS, o poço-n também é utilizado para criar resistores.

Lembrando:

A resistência de um material depende de propriedades intrínsecas do material e da sua geometria.

Propriedade do mateiral: ResistividadeGeometria: Comprimento e área de seção reta

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ResistênciaAlém de servir como base para o transistor PMOS, o poço-n também é utilizado para criar resistores.

A espessura t de um processo CMOS é normalmente fixa, mas o comprimento L e a largura W são determinados pela máscara do leiaute. Podemos controlar L e W, e com isso fabricar um resistor com o valor desejado.

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ResistênciaAlém de servir como base para o transistor PMOS, o poço-n também é utilizado para criar resistores.

A espessura t de um processo CMOS é normalmente fixa, mas o comprimento L e a largura W são determinados pela máscara do leiaute. Podemos controlar L e W, e com isso fabricar um resistor com o valor desejado.

E o fator de escala?

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ResistênciaAlém de servir como base para o transistor PMOS, o poço-n também é utilizado para criar resistores.

A espessura t de um processo CMOS é normalmente fixa, mas o comprimento L e a largura W são determinados pela máscara do leiaute. Podemos controlar L e W, e com isso fabricar um resistor com o valor desejado.

E o fator de escala?O valor projetado não é alterado pelo fator de escala!

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Resistência de folhaUma grandeza comum é a resistência de folha de um material. Ela é utilizada em sistemas de filmes finos e implica que o fluxo de corrente se dá ao longo do plano da folha, e não perpendicular a ela.

Unidade de Rs : /sq ou /

Esta unidade serve para evitar a confusão entre a resistência de folha e a resistência

Ex. Um quadrado com Rs = 100 /sq tem resistência de 100 .Um retângulo de lado 1 e comprimento 3 do mesmo material tem resistência de 300

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