Aula 4 Investigaçao em C. Sociais - Raymond.pdf
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AULA 4
INVESTIGAÇÃO EM
CIÊNCIAS SOCIAIS
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(R. Quivy e Luc Van Campenhoudt)
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Procedimento Metodológico segundo R. Quivy e L. Campenhoudt
• Atos do procedimento metodológico;
• Etapas do procedimento metodológico.
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Panorâmica
INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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FASES ou ACTOS do PROCEDIMENTO
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• com:
• pos ições parc iais ;
• ilusões e preconceitos ;
• falsas aparênc ias .
P r o c e d i m e n t o
M e t o d o l ó
g i c o ( Q u i v y )
R U P T U R A
C O N S T R U Ç Ã O
V E R I F I C A Ç Ã
O
• de um Quadro Teórico de Referência.
• a pro pos ição c ien tífi ca t em que ser v eri fi cáve l pelo s fac to s;
• deve ser sujeita à verificação ou experimentação.
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ETAPAS do PROCEDIMENTO
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A Pergunta de Partida
Leituras Entrevistas exploratóriasEXPLORAÇÃO
PROBLEMÁTICA
CONSTRUÇÃO DO MODELO DE ANÁLISE
“O facto científico é conquistado, construído e verificado.” G. Bachelard P
r o c e d i m e n t o
M e t o d o l ó
g i c o ( Q u i v y )
OBSERVAÇÃO
ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
CONCLUSÕES
R U P T U R A
C O N S T R U Ç Ã
O
V E R I F I C A
Ç Ã O
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FASES E ETAPAS do PROCEDIMENTOAtividades a Desenvolver
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•Formular a A PERGUNTA DE PARTIDA;•Decompor a PERGUNTA DE PARTIDA em PERGUNTAS DERIVADAS;
•EXPLORAR o TEMA através de Leituras e Entrevistas;
•Fazer o Balanço, a Definição e a Explicitação da PROBLEMÁTICA
(Perspectiva teórica a adoptar).
CONSTRUÇÃO DO MODELO DE ANÁLISE•Definir um Corpo de Conceitos;•Formular as HIPÓTESES.
P r o c e d i m e n t o
M e t o d o l ó
g i c o ( Q u i v y )
•Recolher dados (Entrevista, Questionário, Análise Documental, etc.);• Tratar os dados (transformar os dados em informações);•Confrontar as informações com as HIPÓTESES (Testar as HIPÓTESES);• Apresentar as CONCLUSÕES (Sumário, Contributos e Recomendações).
R U P T U R A
C O N S T R U Ç Ã O
V E R I F I C A Ç Ã O
PERGUNTA DE PARTIDA QUESTÃO CENTRAL
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ETAPAS do PROCEDIMENTO
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• form a de exprim ir o que o inves tigado r procura saber;
• prim eiro fio con du to r da inv est igação;
• deve reun ir qualid ades de:
• clareza;
• exequibi l idade;
• pert inênc ia,
P
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1 – A PERGUNTA DE PARTIDA
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Exemplos de perguntas formuladas por autores conceituados:
1 – “A des ig ua ld ade de oportun id ades em relação ao ens ino tem ten dênc ia
a dim inuir nas so ciedades industriais?” - Raymond Boudon, L’Inégalité deschances: la mobilité sociale dans les societés industrielles (Paris, Armand Colin, 1973);
2 – “A lu ta es tudan ti l (em Fr ança) éapenas uma ag it ação em que se
mani fes ta a cr is e da un ivers idade, ou co ntém em si um mov im ento social
cap az de lutar em nome de ob jec tiv os g erais con tra um a dom inação social?”
Alain Touraine – Lutte étudiente (Paris, Seuil, 1978);
3 – “O qu e predis põe algumas pesso as a frequen tarem os museus , ao
contrário da gran de maio ri a das que os não frequentam?” Pierre Bourdieu e Alain Darbel – L´Amour de l’árt (Paris, Éditions de Minuit, 1969).
(Quivy & Campenhoudt, 32-33) P r o c e d i m e n t o
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1 – A PERGUNTA DE PARTIDA
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Exemplos de perguntas mal formuladas ou deficientes:
1 – “ Qual é o impacto das mudanças na organização do espaço urbano sobre a
vida dos habitantes?” – Demasiado vaga.
2 – “ Em que medida o aumento das perdas de emprego no sector da construçãoExplica a manutenção de grandes projectos de trabalhos públicos, destinados nãosó a manter este sector , mas também a diminuir os riscos de conflitos sociaisinerentes a esta situação?” - Demasiado longa e desordenada; contém suposições
e é difícil de compreender .
3 – “Os dirigentes empresariais dos diferentes países da Comunidade Europeia têmuma percepção idêntica da concorrência económica dos Estados Unidos e do
Japão?” - Exige 2 anos de dedicação, um orçamento de milhões, etc.
(Quivy & Campenhoudt, 35-37) P r o c e d i m e n t o
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1 – A PERGUNTA DE PARTIDA
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Exemplos de perguntas mal formuladas ou deficientes (cont.):
4 – “ A forma como o fisco está organizado no nosso país é socialmente justa?” – O objectivo é julgar, no plano moral, o funcionamento do sistema fiscal e não
estudá-lo.
5 – “ Será que os patrões exploram os trabalhadores?” - É uma “falsa pergunta” = uma afirmação disfarçada de pergunta. O autor temna mente a resposta “SIM”.
6 – “ Que mudanças afectarão a organização do ensino nos próximos vinte anos?” - O autor pretende fazer previsões sobre a evolução de um sector da vida
social que não obedece a leis estáveis.
7 – “ Os jovens são mais afectados pelo desemprego do que os adultos?” - Pode exigir uma resposta puramente descritiva. Pouco ambiciosa.
(Quivy & Campenhoudt, 38-41) P r o c e d i m e n t o
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LEITURAS
• cr itérios d e esco lh a :
• ligações com a pergu nta de part ida;
• elem en to s de análi se e in ter p re tação;
• abord agens diversif icadas.
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2 – A EXPLORAÇÃ O
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ENTREVISTAS EXPLORATÓRIAS
• atitu de a ado tar :
• pôr o mínimo de pergun tas pos sível ;
• int ervir de form a aberta;
• abs ter-se de se imp licar a si mesmo no conteúdo .
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2 – A EXPLORAÇÃ O
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Éa abo rdagem ou a pers pec tiva teórica qu e dec idim os adoptar para tratar
o prob lema posto pela pergu nta de part ida.
Conc ebe-se em três mom entos :
1. Balanço do Prob lema:
- identificar e descrever as diferentes abordagens do problema;- detectar as ligações e oposições entre elas.
2. Def in ição de uma Prob lemáti ca:
- inscrever o nosso trabalho num dos quadros teóricos de referência; ou - conceber uma nova problemática.
3. Exp li c it ação da Prob lemáti ca:
- expor os conceitos fundamentais e a estrutura conceptual em queassentam as proposições que elaboramos em resposta à pergunta de
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3 – A PROBLEMÁTICA
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Escolha e explicitação de uma problemática(Quivy & Campenhoudt, 105)
Que abordagens foram reveladas nas leituras exploratórias?
Quais as diferentes perspectivas possíveis para o seu trabalho?
Qual a problemática que considera mais adequada para o seu trabalho e
por que razão?
Quais são as ideias-chave dessa problemática?
São necessárias leituras complementares para aprofundar essaproblemática? Onde pode encontrar essa informação?
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3 – A PROBLEMÁTICA
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ETAPAS do PROCEDIMENTO
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Éo pro lon gamento natur al da problemática, sendo co ns tituído p or conceitos
e hip óteses artic ulados entr e si.
CONSTRUÇÃ O:
1. CONCEITO:
- definir as dimensões que o constituem;- precisar os seus indicadores (instrumento para medição das dimensões).
2. HIPÓTESE:
- proposição que prevê uma relação entre dois termos;- os termos podem ser conceitos ou fenómenos.- antecipação de uma relação entre um fenómeno e um conceito que
o explica;- antecipação de uma relação entre dois conceitos.
(Raymond QUIVY e Luc Van CAMPENHOUDT, 1998, pg 136 e 137) P r o c e d i m e n
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4 – A CONSTRUÇÃ O DO MODELO DE ANÁLISE
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ETAPAS do PROCEDIMENTO
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Conceitos, suas dimensões e indicadores(Quivy & Campenhoudt, 113)
CONCEITO: COESÃ O SOCIAL
DIMENSÕES INDICADORES
Coesão Relig iosa - Influência da religião na vida quotidiana- Prática em comum de numerosos ritos
Coesão Fam il iar (…)
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4 – A CONSTRUÇÃ O DO MODELO DE ANÁLISE (Conceito s)
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Compreende o con junto de operações através das quai s o Modelo de Análise
éconfr on tado com dado s ob serv áveis .
CONSTRUÇÃ O - Equ ivale a res ponder às três perg un tas :
1. Observar o quê?
(Objecto de estudo, variáveis e indicadores)2. Observar em quem?
3. Observar como? (técnicas e instrumentos de recolha de dados)
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)5 – A OBSERVAÇÃ O
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Etapa que trata a in fo rmação o btida at ravés da obser vação , para a apresen tar
de form a a po der com parar os resultado s ob servado s com os esperados a
Partir das hipóteses .
Compor ta três Operações:
1. Descrever os dados ; Tratamento dos dados
2. Med ir a relação en tr e as var iáveis ;
3. Comparar as relações obser vadas com as esperadas a parti r da
h ipótese, medi ndo a d iferença ent re as duas. (teste das hipóteses)
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)6 – A ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES
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Compreende três par tes :
1. Retrosp ect iva das grandes l inhas do pro cedimento seguid o;
2. Ap resen tação do s no vos cont rib ut os para o conh ecim ento ;
3. Cons id erações e consequências práticas .
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)7 – CONCLUSÕES
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CONCLUSÃO
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• Procedimento Metodológico segundo R. Quivy
• Actos do procedimento metodológico;
• Etapas do procedimento metodológico.
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Bibliografia
• QUIVY, Raymond et CAMPENHOUDT, Luc Van (1997). anual de investigação
em iências Sociais. Lisboa: Gradiva.
• MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria (1990). Técnicas dePesquisa. 2ª ed. revista e ampliada, São Paulo: Editora Atlas S. A.
• NOVAK, Joseph e Gowin, D. Bob. (1999). Aprender a Aprender . Lisboa: Plátano
Edições Técnicas.
• http://mapaconceptual.no.sapo.pt/sobre.htm
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