Aula 6 - Formação de Impressões

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Formar uma impresso significa organizar a informao disponvel acerca de uma pessoa de modo a podermos integr-la numa categoria significativa para ns Asch,1946

Cognitivamente a formao de impresses de fato um processo de organizao da informao, sendo mais adequada a expresso organizao de impresses Quando se trata de primeiras impresses um componente fundamental dessa organizao a categoria avaliativa Afetivo Moral Instrumental

A partir do momento em que fica estabelecida a avaliao positiva ou negativa, e sem mais informaes, sentimo-nos capazes de fazer inferncias bvias acerca da inteligncia, da integridade, da ambio, do sucesso profissional, etc. da pessoa em causa. EFEITO DE HALO Uma vez que se crie uma primeira impresso imediatamente positiva ou negativa da outra pessoa, h tendncia a perceber nela caractersticas que sejam consistentes com a impresso formada Deste modo, se, ao conhecermos algum, o consideramos simptico, no teremos dificuldade em ver obviamente que um indivduo honesto, inteligente, afvel...

Significado

...revela que a informao no processada no vcuo e que as pessoas utilizam as suas estruturas cognitivas ou esquemas para completarem e tornarem coerente. Importncia

Tornam-se importantes porque contribuem como se fossem uma grelha que permite a pessoa filtrar a variabilidade imensa do comportamento da outra pessoa e fixar determinados traos assumidos como estveis. Esta estabilidade atribuda permite, por sua vez, perceber a coerncia e a continuidade da pessoa, assim como predizer inclusive seu comportamento futuro

Os estudos sobre a formao de impresses foram orientados basicamente a partir de trs proposies tericas: O modelo Gestltico de Asch

O modelo Algbrico de Anderson

Teorias Implcitas da Personalidade de Brunner

O modelo Gestltico supe que, na formao de impresses, as pessoas integram os vrios elementos informacionais, reinterpretando-os de modo a constiturem um todo coerente. O significado de cada elemento construdo em funo de suas relaes contextuais com os restantes

O modelo Algbrico ...cada elemento de informao tem um valor prprio, contribuindo independentemente, medida que conhecido, para a impresso geral. A impresso ser resultado da combinao de valores de cada item, sem a subordinao do contexto

Teorias Implcitas da Personalidade

Uma primeira tentativa de resposta para o problema

y GESTLTICO

Segundo Asch, a formao de impresses seria um conjunto de avaliaes afetivas, morais e instrumentais que as pessoas elaboram das outras. Com o objetivo de analisar como se daria esse processo, Asch desenvolveu uma srie de experimentos nos quais ele apresentava duas listas iguais de adjetivos a dois grupos de pessoas, sendo que numa inclua o adjetivo caloroso, enquanto na outra substitua esse pelo adjetivo frio. Seus resultados levaram-no a concluir que a mudana num trao altera a impresso global das pessoas e que podem existir que alguns traos podem ser mais importantes ou centrais nesse processo.

Em vrios experimentos ele testou essa hiptese modificando tanto a posio dos traos nas listas quanto incluindo outros. Seus resultados demostraram que no a caracterstica do trao que lhe confere centralidade, mas o contexto onde ele est inserido. Um exemplo seria o que se denominou de efeito de primazia onde os primeiros traos indicam a direo que a impresso deve seguir. Seguindo as mesmas hipteses de Asch, Kelley (1950) desenvolveu um experimento no qual apresentou, a uma turma de alunos, um suposto palestrante que viria substituir o professor faltoso. A metade da turma foi apresentado, antes da palestra, a lista de adjetivos com o trao caloroso, e a outra metade a lista com o trao frio. Seus resultados indicaram que os alunos que receberam a lista com o trao caloroso tiveram uma impresso mais positiva e interagiram mais freqentemente com o palestrante. Estes resultados permitiram concluir que mesmo com poucas informaes, as pessoas so capazes de formular impresses coerentes sobres as outras e que algumas caractersticas so mais centrais que outras, indicando, assim, o sentido a impresso.

Mas o que determinaria o fato de um trao ser mais central que outro num dado contexto?

Rosenberg e colaboradores (1968) propuseram duas

dimenses explicativas para essa questo: a sociabilidade e a intelectualidade,Osgood

e Col. (1957) elaboraram o diferenciador semntico e afirmaram que um trao seria central na medida com que eles se relacionassem com estas dimenses.

y ALGEBRICO

Numa outra perspectiva, Anderson props trs modelos algbricos para o estudo da formao de impresses. Este autor props que cada trao teria um valor prprio e a impresso seria o resultado da combinao dos valores de cada trao. No seu modelo aditivo, ele hipotetizou que a impresso seria a soma dos valores de cada trao. Devido a severas crticas recebidas pela simplicidade desse modelo, ele desenvolveu um segundo chamado de modelo da mdia simples.

Nesse modelo, a soma dos valores de cada trao dividida pelo nmero de traos envolvidos na impresso. Este tambm foi muito criticado porque no considerava que alguns traos poderiam ser mais importante que outros na avaliao dos sujeitos. Assim, ele desenvolveu um mtodo mais sofisticado chamado de modelo da mdia ponderada, no qual o valor do trao multiplicado pelo seu peso e dividido pela quantidade de traos envolvidos na impresso.

Tanto o modelo de Anderson (Algbrico), quanto o de Asch (Gestaltico) padecem do mesmo problema. Enquanto Asch no tinha meios para predizer a centralidade de um trao, Anderson no tinha como explicar porque uns traos eram mais importantes que outros.

y TEORIAS IMPLCITAS DA PERSONALIDADE

Uma primeira tentativa de resposta para esse problema so as teorias implcitas da personalidade (Brunner, Sapiro e Tagiuri, 1958). Para Brunner e colaboradores (1958) as informaes que uma pessoa tem da outra so organizadas a partir de uma matriz ou teoria. Essa matriz seria o que se denominou de teorias implcitas da personalidade. A partir de resultados de vrias pesquisas esses autores concluiriam que o significado de um trao isolado relaciona-se com outros que o observador infere implicitamente.

Assim, quando nos sentimos inseguros quanto a natureza do mundo sociais, usamos esquemas para preencher buracos . Esse tipo de esquema nos possibilita extrapolar de um volume pequeno de informaes para outro muito maior, criando uma personalidade para ela. Bondosa Honesta, Afetuosa, Generosa, Simptica...

utilizamos um tipo importante de esquema para determinar que tipo de traos de personalidade nela aparecem junto