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Aula 7
Principais problemas ambientais e as legislações brasileiras
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Thalles Pedrosa Lisboa/ Prof. Rafael Arromba de Sousa
Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto de Ciências Exatas
Departamento de Química
Juiz de Fora, 2o semestre de 2015
Principais problemas ambientais e as legislações brasileiras
1. Principais causadores de poluição do ar
2. Efeito estufa
3. Chuva ácida
4. Depleção da camada de ozônio
5. Resoluções de CONAMA
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A poluição atmosférica
A interação com o meio ambiente produz resíduos que podem poluir o ar;
A presença de agentes poluentes varia em função da localização, atividades que são realizadas na área, etc;
Esta poluição é responsável por diversos problemas nos grandes centros urbanos, como por exemplo, a saúde humana;
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Efeito estufa
Refere-se a uma contenção de calor promovido pelas moléculas dos gases estufa;
Fenômeno normal e benéfico, tem as moléculas de vapor d’água como principais responsáveis;
Os efeitos causados pelo aumento exacerbado na concentração de gases estufa como o CO2, CH4 e o N2O, podem levar a problemas sérios relacionados ao aquecimento global;
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Efeito estufa
Princípio físico-químico: Moléculas como CO2, CH4, H2O e O3
Absorvem radiação solar e vibram na frequência da radiação
infravermelha
Contenção de calor
Assim o acréscimo de gases estufa na atmosfera modifica a quantidade de calor retido
A camada de ozônio funciona como um filtro natural para radiação solar ultravioleta de forma que apenas raios com comprimento de onda no visível atinjam a superfície terrestre. Os gases estufa funcionam com uma camada de bloqueio para a radiação infravermelho.
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Principais causadores de poluição do ar
Dióxido de carbono (CO2) – 60% do efeito estufa
Metano (CH4) – 15% do efeito estufa, potencial de aquecimento 25x
Óxido nitroso (N2O) – 5% do efeito estufa, potencial de aquecimento 300x
Ozônio (O3) – 8% do efeito estufa
Hidrofluorcarbonetos (HFCs) – 120-12000x (substitutos dos CFCs)
Perfluorcarbonetos (PFCs) – 6500-9200x
Halocarbonetos – destaque para os CFCs, 12% do efeito estufa, potencial
de aquecimento 10000x 7
Geração de gases estufa
Transportes 14%
Agricultura 13%
Produção e Distribuição de Combustíveis Fósseis
11%
Uso Residencial, Comercial e Serviços
10%
Processos Industriais 17%
Geração de Eletricidade 21%
Tratamento e Disposição de Resíduos
4%
Desmatamento 10%
0%
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Algumas curiosidades
Segundo o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) o Brasil está entre os 5 maiores emissores de gases estufa e isto se deve a atividades de desmatamento e manejo do solo;
Atualmente são despejados no ar cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 por ano. Há 100 anos eram lançados 60 milhões de toneladas.
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Emissões de GEE no Brasil
Instituída pela Lei nº 12.187, de 2009, a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) oficializa o compromisso voluntário do Brasil perante a ONU em diminuir a emissão de GEE até 2020.
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Chuva ácida
O termo “chuva ácida” refere-se à acidez acentuada produzida na água da chuva pela poluição atmosférica;
Foi utilizado pela primeira vez no século XVIII para descrever a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial;
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Chuva ácida
Naturalmente a chuva é ácida (pH aproximadamente 5,5) devido à presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera:
CO2 + H2O H2CO3 2H+ + CO32-
Em consequência da poluição atmosférica (óxidos de enxofre e nitrogênio) o pH da chuva pode variar entre 5,0 e 2,2; Além da chuva ácida pode ocorrer ainda a deposição de partículas
(precipitação seca) ou ainda a neve ácida;
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Reações na atmosfera
Reações dos compostos de nitrogênio:
2NO + O2 → 2NO2
2NO2 + H2O → HNO2 + HNO3
2HNO2 + O2 → 2HNO3
Reações dos compostos de enxofre:
SO2 + ½O2 → SO3
SO3 + H2O → H2SO4
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Consequências da chuva ácida
Efeitos sobre monumentos e construções:
H+ + CaCO3(s) → HCO3- + Ca2+
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Consequências da chuva ácida
Efeito sobre as plantas:
Europa, América do Norte e alguns países asiáticos são os mais afetados. No Brasil, as cidades mais afetadas são: Rio de Janeiro, São Paulo e Cubatão.
Floresta na Alemanha entre 1970 e 1983. 17
Consequências da chuva ácida
Efeitos sobre o ambiente aquático:
Tolerância de algumas espécies aquáticas em relação à acidez da água.
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Química do ozônio
Importante constituinte (estratosfera);
Mas também é um poluente (troposfera);
Um dos causadores do smog fotoquímico.
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O ozônio na estratosfera
Presente naturalmente na estratosfera o O3 absorve a radiação UV na faixa de 220 a 320 nm;
O3(g) Radiação UV O2(g) + O(g)
O2(g) Radiação UV 2O(g)
O(g) + O2(g) O3(g)
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O ozônio da estratosfera na presença de poluentes Na estratosfera, podem ocorrer reações fotoquímicas com os
poluentes possibilitando a decomposição do ozônio catalisada por estes poluentes resultando assim na degradação da camada de ozônio;
CCl3F(g) Radiação UV CCl2F(g) + Cl(g)
Cl(g) + O3(g) ClO(g) + O2(g)
ClO(g) + O(g) O2(g) + Cl(g)
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O ozônio da estratosfera na presença de poluentes As reações podem ocorrer também com percursores de NO;
2O(g) + O(g) 2NO(g)
NO(g) + O3(g) NO2(g) + O2(g)
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Smog fotoquímico Smog fotoquímico é o efeito visível
(camada roxo-acinzentada) na atmosfera do resultado de poluentes e de suas reações catalisadas pela luz solar (reações fotoquímicas);
Historicamente descobriu-se esse tipo de fenômeno pela primeira vez e Los Angeles, de década de 1940.
Oxigênio (O2) + Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) + Óxidos de Nitrogênio (NOx)
Ozônio (O3) Troposférico
Luz
Sola
r
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Aspectos sócio-políticos
Criado em 1985 foi formalizada a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio;
Em 1987 surgiu o Protocolo de Montreal que entrou em vigor a partir de 01 de janeiro de 1989;
O Protocolo de Montreal visa proteger a camada de ozônio através da redução e substituição de substâncias nocivas à mesma;
O Brasil se aderiu em 1990 por meio do Decreto nº 99.280;
Tem sido alterado através de emendas (Reuniões Internacionais Regulares);
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Protocolo de Montreal
Divisão das substâncias destruidoras de ozônio em 7 famílias compostas à bases de cloro, flúor ou hidrocarbonetos à bases de bromo:
Clorofluorcarbonos (CFCs); Hidroclorofluorcarbonos (HCFCs); Halons; Hidrobromofluorcarbonos (HBFCs) Tetracloreto de carbono (CTC); Metil clorofórmio (TCA); Brometo de metila (MeBr);
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Qualidade do ar e legislações Resolução CONAMA nº 005/89, de 15/06/1989 que instituiu o
Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR;
Resolução CONAMA nº 003/90, de 18/06/1990 → Estabeleceu os padrões nacionais de qualidade do ar
→ Definiu a forma de amostragem
→ Definiu os métodos para a monitoração de diferentes parâmetros:
- Partículas totais em suspensão - Fumaça
- SO2 - Partículas inaláveis
- CO - NO2
- O3
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Qualidade do ar e legislações
Define-se que “poluente atmosférico” é qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:
→ impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
→ inconveniente ao bem-estar público;
→ danoso à fauna e flora;
→ prejudicial à segurança e às atividades cotidianas;
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Qualidade do ar e legislações
Métodos de análise propostos pelo INMETRO e na ausência deles recomendados pelo IBAMA;
O monitoramento é de responsabilidade dos Estados;
Ficam estabelecidos os Níveis de Qualidade do Ar para elaboração do Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar;
Níveis de ATENÇÃO, ALERTA e EMERGÊNCIA.
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Qualidade do ar e legislações
Resolução CONAMA nº 018/86, de 06/05/1986 que dispões sobre a criação do programa de controle da poluição causada por veículos automotores – PROCONVE.
→ Estabelece os limites máximos de emissão para motores e veículos novos;
→ Exigências tecnológicas (prazos);
→ Os limites máximos para emissão de compostos de chumbo não são regulamentados no Brasil, visto que o uso dos compostos de chumbo tetraetila como aditivo foram abolidos na década de 1980.
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Qualidade do ar e legislações
Resolução CONAMA nº 297/02, de 26/02/2002 que institui o programa de controle da poluição do ar por motocicletas e veículos similares – PROMOT.
“...enquanto um carro roda em média 30 km/dia, as motos de entrega percorrem até 180 km/dia, poluindo tanto quanto os automóveis...”
→ Observou-se que entre 2000 e 2009 houve uma redução de 70 a 80% nas emissões de gases poluentes.
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Referências Bibliográficas
Baird, C. Química Ambiental; Tradução Maria Angeles Lobo Recio e Liz Carlos M. Carrera, 2 ed, Porto Alegre, Bookman, 2002;
Nascentes, C. C; Costa, L. M. Quimica Ambiental, Universidade Federal de Minas Gerais, 2011;
http://www.fundacaoaprender.org.br/legislao-sobre-emisses-atmosféricas;
http://www.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-de-ozonio/convencao-de-viena-e-protocolo-de-montreal;
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0390.html;
http://www.risco.com.br/NL/MOL/14/Quimica-do-Ozonio-na-Atmosfera.htm;
http://camada-de-ozonio.info/chuva-acida.html;
http://protocolodemontreal.org.br/eficiente/repositorio/publicacoes/573.pdf.
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