Aula de Leitura Vozes Discursivas(1)

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Leitura:AUTOR, LOCUTOR E ENUNCIADOR(VOZES DISCURSIVAS DO/NO TEXTO)

Prof. Ms. Magna Campos

Ex1:

Um homem/ companhia diz:

funcionrio

da

L1: Geraldo, voc no concorda que o presidente da companhia, coitadinho, no ganha quase nada. L2: Como a gente, no , Geraldo?Autor/ Locutor/ Enunciador

PARA REDUZIR PENA, PRESOS LEEM "PEQUENO PRNCIPEOs presos mais perigosos do pas tero disposio, ainda no primeiro semestre, ttulos como "O Pequeno Prncipe", clssico de Saint Exupry, e "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer", de Steven Jay Schneider.

(Jornalista: Marco Antnio Martins)

Uma comisso avalia a resenha e, se consider-la de boa qualidade, concede ao detento mais um dia de reduo. Os livros "Crime e Castigo", de Dostoievski, e "Incidente em Antares", de rico Verssimo, foram obras trabalhadas na unidade, que tem 60 presos participando do projeto. Em Campo Grande, so trs dias de reduo para cada 20 dias que o detento utilize para ler um livro e preparar uma resenha. A avaliao feita por um juiz federal. Segundo agentes penitencirios, BeiraMar, que j passou pelas duas penitencirias, um "consumidor voraz" de livros. J leu "O Caador de Pipas", de Khaled Housseini, alm de "Arte da Guerra", de Sun Tzu, e "Cdigo da Vinci", de Dan Brown.

A d a p t a d o

Podero escolher, ainda, a trilogia "Crepsculo", de Stephenie Meyer, e "De Malas Prontas", de Danuza Leo. O Programa do Ministrio da Justia vai distribuir 816 livros para as quatro penitencirias federais do pas. O projeto, orado em R$ 34.170, permitir que detentos como Fernandinho BeiraMar, condenado a 120 anos, reduzam sua pena. Por enquanto, duas concedem benefcios de reduo da pena aos detentos-leitores: Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS). No Paran, o juiz concede at quatro dias para quem, em at 12 dias, ler um livro e apresentar uma resenha.

Durma-se com mais essa agora...(Fonte: Folha de So Paulo, C4,

Locutor/ Enunciador Pergunta simples:

Por que o frango atravessou a estrada? A) Respostas simples:PROFESSORA PRIMRIA: Porque o frango queria chegar ao outro lado da estrada. CRIANA: Porque sim.

POLIANA: Porque o frango estava feliz.

B. Respostas complexas:

PLATO Porque buscava alcanar o Bem.ARISTTELES da natureza do frango cruzar a estrada. MARX O atual estgio das foras produtivas exigia uma nova classe de frangos, capazes de cruzar a estrada. NELSON RODRIGUES Porque viu sua cunhada, uma galinha sedutora, do outro lado. MARTIN LUTHER KING Eu tive um sonho. Vi um mundo no qual todos os frangos sero livres para cruzar a estrada sem que sejam questionados seus motivos.

FREUD A preocupao com o fato de o frango ter cruzado a estrada um sintoma de insegurana sexual. DARWIN Ao longo de grandes perodos de tempo, os frangos tm sido selecionados naturalmente, de modo que, agora, tm uma predisposio gentica a cruzar estradas.EINSTEIN Se o frango cruzou a estrada ou a estrada se moveu sob o frango, depende do ponto de vista. Tudo relativo. MACONHEIRO Foi uma baita viagem do frango na real

ADVOGADO DE DEFESA Porque foi induzido a atravessar por seus genitores, ainda que no tivesse condies psicolgicas para isso.

ZECA PAGODINHO Porque do outro lado da rua tinha uma Brahma gelada. FEMINISTAS Para humilhar a franga, num gesto exibicionista, tipicamente machista, tentando, alm disso, convenc-la de que, enquanto franga, jamais ter habilidade suficiente para cruzar a estrada. DATENA uma pouca vergonha Uma Barbaridade Pe no ar Pe no ar a as imagens do frango atravessando a estrada. Olha s o tamanho dos buracos na estrada, minha gente... FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Por que ele atravessou a estrada, no vem ao caso. O importante que, com o Plano Real, o povo est comendo mais frango. CAETANO VELOSO O frango amaro, lindo, uma coisa assim telrica. Ele atravessou, atravessa e atravessar a estrada porque Narciso, filho de D.Can, quisera com-loou no! LUIZ INCIO LULA DA SILVA Porque queria se juntar aos outros mamferos.

A DIFERENA ENTRE PONTO DE VISTA DO TEXTO E PONTO DE VISTA PESSOALAtividade: Assumir o ponto de vista da pessoa discursiva indicada e escrever um pequeno pargrafo sobre o tema indicado. TEMA: A MINERAO EM MARIANA 1. Um homem, acionista majoritrio de uma das mineradoras. 2. Um jovem, empregado da mineradora. 3. Uma ambientalista radical. 4. Um sindicalista, ex-empregado da mineradora. 5. Um senhor, morador antigo da cidade de Mariana. 6. Uma jovem, estagiria da mineradora. 7. Uma comerciante da regio. 8. Um dono de uma prestadora de servio para uma das mineradoras. 9. Um padre mais antigo da regio. 10. Um sindicalista em incio de carreira na atividade. 11. Um pastor evanglico da regio. 12. Uma ambientalista progressista. 13. Um mdico (clnico geral) que atende na cidade. 14. O prefeito da cidade. 15. Uma criana, filha de funcionrios da mineradora. 16. Um ex-empregado, aposentado por invalidez devido silicose (DOENA PULMONAR OCUPACIONAL DO TRABALHADOR DE MINERAO) 17. Uma estudante de Direito. 21. Uma estudante da rea de segurana do trabalho. 18. Um advogado das mineradoras. 22. Uma dona de casa de um local prximo s minas. 19. Uma estudante de engenharia. 20. Um estudante da rea de recursos humanas.

REFERNCIA BIBLIOGRFICA:ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.. Produo de texto: interlocuo e gneros. So Paulo: Editora Moderna, 2007. CAMPOS, Magna. Leitura e escrita: nuances discursivo-culturais. Par de Minas: Virtualbooks, 2011.

DUCROT, Oswaldo. O dizer e o dito. Campinas: Pontes, 1987.FIORIN, J. L. e SAVIOLI F. P. Para entender o texto: leitura e redao. So Paulo: tica, 1997. RIBEIRO, Ana Elisa; VILLELA, Ana Maria Npoles. Leitura e escrita nas engenharias do CEFET-MG. Disponvel em: . Acesso em: 2 ago./2011.

Ducrot estabelece a diferena entre enunciadores e locutores, distinguindo o locutor do sujeito falante emprico, e o locutor do enunciador. O locutor o agente da enunciao, o ser a quem fazem referncia o eu e as marcas de 1a pessoa, o papel social encenado. J os enunciadores so as vozes posicionadoras apresentadas no enunciado (crtica, ironia, ideologias...) (DUCROT, 1987)

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