Aula Princípio Inteligente

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Reunião Grupo de Estudos – 08/05/2010 “ Ciência Como Instrumento para Aprofundar os Fenômenos da Consciência” Alan Wallace – Monge Budista desde 1970, foi ordenado pelo próprio Dalai Lama. A Ciência determinista está com os dias contados, não mais ao absolutismo no sentido de quantificar fenômenos da natureza, não mais ao determinismo de Leibniz, que dizia que havendo un intelecto suficientemente grande, capaz de abarcar diversas variáveis seria possível conhecer o estado do universo em qualquer época no presente ou no passado, não haveria espaço para a criatividade. As Ciências passam por profundas mudanças de paradigma, embasadas por 3 teorias : - Relatividade (no qual o tempo transcorre de modos diversos dependendo da velocidade - paradoxo dos gêmeos) - Mecânica Quântica ( princípio da incerteza de Heisemberg) - Teoria do Caos (o foco de pesquisa dos fenômenos da natureza está sendo deslocado de padrões quantitativos para padrões qualitativos – simulações em computador de modelos climáticos e compreensão de sistemas vivos) Fenômenos da consciência são invisíveis aos nossos instrumentos de medida, ondas

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Reunião Grupo de Estudos – 08/05/2010

“ Ciência Como Instrumento para Aprofundar os Fenômenos da Consciência”

Alan Wallace – Monge Budista desde 1970, foi ordenado pelo próprio Dalai Lama.

A Ciência determinista está com os dias contados, não mais ao absolutismo no sentido de quantificar fenômenos da natureza, não mais ao determinismo de Leibniz, que dizia que havendo un intelecto suficientemente grande, capaz de abarcar diversas variáveis seria possível conhecer o estado do universo em qualquer época no presente ou no passado, não haveria espaço para a criatividade. As Ciências passam por profundas mudanças de paradigma, embasadas por 3 teorias :

- Relatividade (no qual o tempo transcorre de modos diversos dependendo da velocidade - paradoxo dos gêmeos)

- Mecânica Quântica ( princípio da incerteza de Heisemberg)

- Teoria do Caos (o foco de pesquisa dos fenômenos da natureza está sendo deslocado de padrões quantitativos para padrões qualitativos – simulações em computador de modelos climáticos e compreensão de sistemas vivos)

Fenômenos da consciência são invisíveis aos nossos instrumentos de medida, ondas mentoeletromagnéticas possuem velocidade supraluminal, partículas em diversos experimentos de física de altas energias tunelam, é como momentaneamente fossem para outra dimensão e depois voltassem. A Física teórica postula que podem existir partículas que viajam numa velocidade maior que a da luz, seriam os táquions, são partículas que voltam no tempo, então haveria a viagem no tempo ? E o paradoxo de que se eu fosse ao passado e matasse meu avô logo eu não poderia nascer ? A viagem se dá de outra forma, no divã do psicanalista, a pessoa volta ao passado, traz essa vivência para o presente e ela é trabalhada, por conseguinte ela se livra do trauma, não é simplesmente ir ao passado e a partir daí modificar o presente ?

Pessoas normais não enxergam pensamentos, apenas os clarividentes o fazem. Ainda vai demorar um bom tempo para que se construam aparelhos que enxerguem pensamentos, sendo assim será que pensamentos são virtuais ? Pela 1ª Lei da Termodinâmica podemos concluir que não, pois a

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energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. O pensamento desloca oxigênio e glicose e para onde ele vai ? Pelo Princípio da Conservação da Energia ele é transformado em ondas mentais.

Willian James propôs a criação de uma ciência da mente, movida primariamente pela instrospecção. A despeito da utilização de outros recursos como a análise de comportamentos e dos processos neuronais, estes últimos são métodos de pesquisa indiretos, a instrospecção é um método de estudo direto.

Como poderíamos argumentar no seio da sociedade a cerca da existência do espírito ?

- Fenomenologia Espirítica ( objetos que se movem sem ninguém os tocar, psicografia, psicofonia, materializações) sem dúvida são fenômenos incontestáveis, porém as ciências naturais se não o tratam com desdém pelo menos não dedicam todo o tempo e recursos para elucidar-lhes as causas. Por conseguinte não há teoria que abarque esses fenômenos, mas mesmo assim podemos inferir alguns fatos que demonstram indiretamente a existência do espírito. O primeiro já foi falado trata-se da 1ª Lei da Termodinâmica e o segundo é a 2ª Lei da Termodinâmica, através do princípio da entropia, que diz que na natureza as coisas tendem a máxima desordem (o gelo derrete e o café esfria - A Termodinâmica não proíbe que a água volte a ser gelo e o café esquente sozinho). Os organismos vivos porém tendem a organização e a complexificação, ou seja, a vida é teleonômica e neguentrópica. Outro aspecto é com relação ao EQM, o cérebro está desligado, como pode a pessoa lembrar-se de fatos ocorridos durante a EQM ? Se a mente fosse um produto do cérebro isso não poderia acontecer. Outro ponto a considerar é a TCI, a obtenção de comunicações com os desencarnados através de equipamentos eletrônicos, as vozes produzidas nos gravadores, rádios possuem uma freqüência bem acima da freqüência da voz humana.

August Conte era um fundamentalista científico, pois afirmava que a ciência era o único caminho verdadeiro para explicar o mundo. O mundo ainda hoje reflete esse paradigma, há muita intolerância e não só no mundo científico. Qual a diferença entre um fundamentalista religioso e um cientista materialista ? Em princípio nenhuma, apenas que o fundamentalista religioso utiliza métodos mais contundentes.

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Uma possível interpretação do Teorema de Gödel é a de que as coisas não se justificam ou explicam por si sós, ha que se utilizar algo mais amplo no caso da justificativa para o fenômeno da vida deve-se utilizar um metassistema no caso o espírito.

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Prótons – são formados por 3 quarks, mp= 1,673 x 10-27 kg

Nêutrons – são formados por 3 quarks, mn= 1,675 x 10-27 kg

Léptons – partículas que viajam sozinhas. Ex. : elétron, elétron-neutrino

Glúon – responsável pela força nuclear forte, serve de adesivo entre quarks. Glue = Cola

Massa do neutrino – ¼ de 0,001 da massa do elétron, me = 9,109 x 10-31 kg

Energia Escura – é responsável pela expansão do Universo, também chamada de partícula de Deus.

Universo é composto de :

- 5% Matéria Bariônica;- 25% Matéria Escura;- 70% Energia Escura;

Rotação da Via-Láctea é rápida demais para ser explicada sem a energia escura.

Matéria Bariônica emite ondas de rádio, luz visível, raios X, raios gama, mas é apenas 5% da matéria do cosmos. Matéria Escura não emite nenhum tipo de radiação conhecida.

A Matéria Escura não é detectável diretamente, apenas observamos seus efeitos na matéria bariônica. Não se poderia fazer uma analogia da atuação do espírito no corpo através do perispírito ?

Distância de Planck 10-33 centímetros.

Neutralinos – Possível candidato a Matéria Escura.

Nebulosa – nuvem de gás H2 e poeira no espaço, onde nascem as estrelas.

Nebulosas condensam-se da fase Éter através das fases gás, líquido,sólido.

Éter é forma de transição entre matéria e energia.

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Componentes elementares do Universo não são partículas (estruturas puntiformes), mas cordas unidimensionais como elásticos que vibram sem cessar. Supercordas tem o comprimento de Planck.. A Teoria das Cordas se propõe a unir a gravitação com a Mecânica Quântica.

“Embora as cordas tenham extensão espacial, a sua composição é desprovida de conteúdo. São elementares, se as cordas fossem feitas de algo menor do que elas então não seriam elementares. Elemento mínimo constituinte do Universo. Como não há nada mais elementar não se pode dizer que sejam compostas por nenhuma outra substância. É a última das numerosas camadas da subestrutura do mundo microscópico.”

FCU pode assumir 2 estados distintos :

- Eterização ou Imponderabilidade, pode-se considerar o primitivo estado normal (matéria escura e energia escura)

- Materialização ou Ponderabilidade (matéria visível)

Partículas mais pesadas têm cordas internas que vibram mais.

Prováveis partículas que compõem a matéria escura : áxions e neutralinos.

Poeira Interestelar : composta por pedaços microscópicos de carbono e silicatos.

- 73% da massa do Universo visível é H

- 23% da massa do Universo visível é He

- 2% da massa do Universo visível são os elementos mais pesados

Os elementos químicos observados nos diferentes sistemas físicos foram formados por 3 grandes classes de processos :

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- Nucleossíntese Primordial :

Big Bang temperatura e densidade extremamente alta. No início havia apenas partículas elementares, elétrons, prótons, neutrinos e fótons (radiação). Com o passar do tempo e a formação de estrelas e galáxias houve predomínio da matéria sobre a radiação. Inicialmente as temperaturas eram de 10¹² K na idade de 10-4 s. A temperatura baixou para 10+10 em 100 s iniciando-se a Nucleossíntese primordial formando deutério (2H) Trítio (3H) 3He, 4He e 7Li.

- Nucleossíntese Estelar : a maior parte dos elementos químicos que conhecemos é formado no interior das estrelas. A transformação de um elemento em outro é um subproduto da geração de energia nas estrelas.

A formação dos elementos químicos pode ocorrer durante a vida das estrelas ou quando elas explodem, neste último caso dando origem a elemento mais pesados que o Ferro.

O processo mais simples de Nucleossíntese Estelar é a queima de H para formação de He, é a reação que ocorre no nosso sol sendo a responsável por sua luminosidade.

Estrelas mais massivas com núcleos mais quentes formam He a partir de H por meio do ciclo C, N,O, sendo que o carbono não foi formado na própria estrela, mas já fazia parte da nuvem interestelar que deu origem a ela.

Depois que acaba o H a estrela queima He e forma 12C, sendo que parte desse 12C pode se transformar em 16O.

Estrelas acima de 8 MS (MS= 2 x10+30 kg), nos seus estágios finais formam elementos mais pesados como 20Ne, 24Mg, 28Si, 32S, 38Ar, 40Ca. Alguns desses elementos também podem ser formados a partir do C e O.

Na Nucleossíntese Interestelar há formação dos elementos 6Li, 7Li, 9Be, 10B, possivelmente 11B.

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Formação dos Planetas

Mesmo os maiores planetas têm início bastante humilde, começam como microgrãos de poeira cósmica imersos num disco de gás. Grãos colidem, formam caroços e crescem. Os grãos menores são varridos pelo gás ou maiores que 1 mm sofrem ação de uma força de arrasto e espiralam para dentro. Na linha de gelo, as condições locais são tais que a força de arrasto inverte a sua direção. Os grãos tendem a se acumular e imediatamente se aglutinam formando corpos maiores chamados planetesimais. Depois bilhões de planetesimais de dimensões quilométricas que se formaram durante o estágio anterior se aglomeram em corpos conhecidos como embriões, cujo tamanho varia entre o tamanho da Lua e da Terra. Relativamente pouco numerosos os embriões dominam suas respectivas zonas orbitais; essa oligarquia de embriões disputa o material que sobrou. Na parte interna do Sistema Solar os embriões planetários não crescem alimentando-se de gás, mas colidindo uns com os outros, para tanto suas órbitas devem se interceptar e para isso alguma coisa precisa perturbar as órbitas circulares originais. Ao se formarem os embriões têm órbitas circulares ou quase circulares que não se interceptam. As interações gravitacionais entre os embriões ou com un planeta gigante perturbam suas órbitas. Os embriões se aglomeram formando um planeta do tamanho da Terra. Depois o planeta volta a ter uma órbita circular perturbando o gás remanescente e espalhando os planetesimais que restaram.

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Gênese Capítulo VI Item 20 Os Sóis e os Planetas

Sucedeu que, num ponto do Universo, perdido entre as miríades de mundos, a matéria cósmica se condensou sob a forma de imensa nebulosa, animada esta das leis universais que regem a matéria, Em virtude dessas leis, notadamente da força molecular de atração, tomou ela a forma de um esferóide, a única que pode assumir uma massa de matéria insulada no espaço.

O movimento circular produzido pela gravitação, rigorosamente igual, de todas as zonas moleculares em direção ao centro, logo modificou a esfera primitiva, a fim de a conduzir, de movimento em movimento, à forma lenticular. Falamos do conjunto da nebulosa.

Novas forças surgiram em conseqüência desse movimento de rotação : a força centrípeta e a força centrífuga, a primeira tendendo a reunir todas as partes no centro, tendendo a segunda a afasta-las dele. Ora, acelerando-se o movimento, à medida que a nebulosa se condensa, e aumentando o seu raio, à medida que ela se aproxima da forma lenticular, a força centrífuga, incessantemente desenvolvida por essas duas causas, predominou de pronto sobre a atração central.

Assim como um movimento demasiado rápido da funda lhe quebra a corda, indo o projétil cair longe, também a predominância da força centrífuga destacou o circo equatorial da nebulosa e desse anel uma nova massa se formou, isolada da primeira, mas, todavia, submetida ao seu império. Aquela massa conservou o seu movimento equatorial que, modificado, se lhe tornou movimento de translação em torno do astro solar. Ao demais, o seu novo estado lhe dá um movimento de rotação em torno do próprio centro.

A nebulosa geratriz, que deu origem a esse novo mundo, condensou-se e retomou a forma esférica; mas, como o primitivo calor, desenvolvido por seus diversos movimentos, só com extrema lentidão se atenuasse, o fenômeno que acabamos de descrever se reproduzirá muitas vezes e durante longo período, enquanto a nebulosa não se haja tornado bastante densa, bastante sólida, para oferecer resistência eficaz às modificações de forma, que o seu movimento de rotação sucessivamente lhe imprime.

Ela, pois, não terá dado nascimento a um só astro, mas a centenas de mundos destacados do foco central, saídos dela pelo modo de formação mencionado acima. Ora, cada um de seus mundos, revestido, como o mundo primitivo, das forças naturais que presidem à criação dos universos gerará sucessivamente novos globos que desde então lhe gravitarão em torno, com ele, juntamente com seus irmãos, gravita em torno do foco que lhes deu existência e vida. Cada um desses mundos será um Sol, centro de um turbilhão de planetas sucessivamente destacados do seu equador. Esses planetas

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receberão uma vida especial, particular, embora dependente do astro que os gerou.

Os planetas são, assim, formados de massas de matéria condensada, porém, ainda não solidificada, destacadas da massa central pela ação de força centrífuga e que tomam, em virtude das leis do movimento, a forma esferoidal, mais ou menos elíptica, conforme o grau de fluidez que conservaram. Um desses planetas será a Terra que, antes de se resfriar e revestir de uma crosta sólida, dará nascimento à Lua, pelo mesmo processo de formação astral a que ele próprio deveu a sua existência. A Terra, doravante inscrita no livro da vida, berço de criaturas cuja fraqueza as asas da divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa tem de vibrar no concerto universal dos mundos.

Responda as questões abaixo :

1- Como o sol se formou ?

2 – Como a Terra se formou ?

3 – Como a Lua se formou ?

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Evolução em Dois Mundos Capítulo I Fluido Cósmico

Plasma Divino – O fluido cósmico é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio.

Nesse elemento primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.

Co-criação em plano maior – Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, os grandes Devas da teologia hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religiosos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade, em serviço de Co-criação em plano maior, de conformidade com os desígnios do Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Criação Excelsa.

Essas inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e convertem-no em habitações cósmicas, de múltiplas expressões, radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis predeterminadas, quais moradias que perduram por milênios e milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o Criador de Toda a Eternidade.

Impérios estelares – Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas galáxias as organizações estelares como vastos continentes do Universo em evolução e as nebulosas intragaláticas como imensos domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potencial, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável uniformidade coordenadora.

É aí, no selo dessas formações assombrosas, que se estruturam, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se renovarem constantes, oferecendo campos gigantescos ao progresso do Espírito.

Cada galáxia quanto cada constelação guardam no cerne a força centrífuga própria, controlando a força gravítica, com determinado teor energético, apropriado a certos fins.

A engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizando energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportando consigo os planetas constituídos e em formação, que se lhes vinculam magneticamente ao fulcro central, como os elétrons se conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados na órbita que se lhes assinala de início.

Nossa Galáxia – Para idearmos, de algum modo, a grandeza inconcebível da Criação, comparemos a nossa galáxia a grande cidade,

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perdida entre incontáveis grandes cidades de um país cuja extensão não conseguimos prever.

Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos com apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que em derredor repontam outros edifícios em todas as direções.

Assestando instrumentos de longo alcance da nossa sala de estudo, perceberemos que nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza.

Aprendemos que, além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus como Betelgeuze, no distrito de Órion, Canôpus, na região do Navio, Arctúrus, no conjunto do Boieiro, Antares, no centro do Escorpião, e outras muitas residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam.

Por processos ópticos, verificamos que a nossa cidade apresenta uma forma espiralada e que a onda de rádio, avançando com a velocidade da luz, gasta mil séculos terrenos para percorrer-lhe o diâmetro . Nela surpreenderemos milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, instituídos de há muito, recém-organizados, envelhecidos ou em vias de instalação, nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.

Forças atômicas – Toda essa riqueza de plasmagem, nas linhas da Criação, ergue-se à base de corpúsculos sob irradiações da mente, corpúsculos e irradiações que, no estado atual dos nossos conhecimentos, embora estejamos fora do plano físico, não podemos definir em sua multiplicidade e configuração, porquanto a morte apenas dilata as nossas concepções e nos aclara a introspecção, iluminando-nos o senso moral, sem resolver, de maneira absoluta, os problemas que o Universo nos propõe a cada passo, com os seus espetáculos de grandeza. Sob a orientação das Inteligências Superiores, congregam-se os átomos em colméias imensas, e, sob a pressão, espiritualmente dirigida, de ondas eletromagnéticas, são controladamente reduzidas as áreas espaciais intra-atômicas, sem perda de movimento, para que se transformem na massa nuclear adensada, de que se esculpem os planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado berço ao desenvolvimento.

Semelhantes mundos servem à finalidade a que se destinam, por longas eras consagradas à evolução do Espírito, até que, pela sobrepressão sistemática, sofram o colapso atômico pelo qual se transmutam em astros cadaverizados. Essas esferas mortas, contudo, volvem a novas diretrizes dos Agentes Divinos, que dispõem sobre a desintegração dos materiais de superfície, dando ensejo a que os elementos comprimidos se libertem através de explosão ordenada, surgindo novo acervo corpuscular para a reconstrução

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das moradas celestes, nas quais as obra de Deus se estende e perpetua, em sua glória criativa.

Luz e calor – Os mundos ou campos de desenvolvimento da alma, com as suas diversas faixas de matéria em variada expressão vibratória, ao influxo ainda dos Tutores Espirituais, são acalentados por irradiações luminosas e caloríficas, sem nos referirmos ás nossas forças de outra espécie que são arrojadas do Espaço Cósmico sobre a Terra e o homem, garantindo-lhes a estabilidade e a existência.

Temos, assim, a luz e o calor, que teoricamente classificamos entre as irradiações nascidas dos átomos supridos de energia. São estes que, excitados na íntima estrutura, despedem as ondas eletromagnéticas.

Todavia, não obstante tatearmos com relativa segurança as realidades da matéria, definindo a natureza corpuscular do calor e da luz, e embora saibamos que outras oscilações eletromagnéticas se associam, insuspeitadas por nós, na vastidão universal, aquém do infravermelho e além do ultravioleta, completamente fora da zona de nossas percepções, confessamos com humildade que não sabemos ainda, principalmente no que se refere á elaboração da luz, qual seja a força que provoca a agitação inteligente dos átomos, compelindo-os a produzir irradiações capazes de lançar ondas no Universo com a velocidade de 300.000 km/s, preferindo reconhecer, em toda a parte, com a obrigação de estudarmos e progredirmos sempre, o hálito divino do Criador.

Co-criação em plano menor – Em análogo alicerce, as Inteligências humanas que ombreiam conosco utilizam o mesmo fluido cósmico, em permanente circulação no Universo, para a Co-criação em plano menor, assimilando os corpúsculos da matéria com a energia espiritual que lhes é própria, formando assim o veículo fisiopsicossomático em que se exprimem ou cunhando as civilizações que abrangem no mundo a Humanidade Encarnada e a Humanidade Desencarnada. Dentro das mesmas bases, plasmam também os lugares entenebrecidos pela purgação infernal, gerados pelas mentes desequilibradas ou criminosas nos círculos inferiores e abismais, e que valem por aglutinações de duração breve, no microcosmo em que estagiam, sob o mesmo princípio de comando mental com que as Inteligências Maiores modelam as edificações macrocósmicas, que desafiam a passagem dos milênios.

Cabe-nos assinalar, desse modo, que, na essência, toda a matéria é energia tornada visível e que toda a energia, originariamente, é força divina de que nos apropriamos para interpor os nossos propósitos aos propósitos da Criação, cujas leis nos conservam e prestigiam o bem praticado,

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constrangendo-se a transformar o mal de nossa autoria no bem que devemos realizar, porque o Bem de Todos é o seu Eterno Princípio.

Compete-nos, pois, anotar que o fluido cósmico ou plasma divino é a força em que todos vivemos, nos ângulos variados da Natureza, motivo pelo qual já se afirmou, e com toda a razão, que “em Deus nos movemos e existimos”

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Como definir a vida ?

Cientistas eminentes tem dificuldades em identificar a vida, consideram-na mais com um processo, pois não ha substância , objeto ou força especial que possa ser identificada com a vida. A definição de vida para os vitalistas e espiritualistas passa por uma definição mais ampla e transcendente. A vida é teleonômica e neguentrópica, isto é, tem uma direcionamento e tende a complexificação. A neurociência define a mente, assim como a vida é definida atualmente com um processo, ou seja, a mente é um produto do cérebro. Experimentos em EQM sugerem o contrário : o cérebro está subordinado a mente, a mente ocupa o hiperespaço, é um metasistema. A ciência moderna criada por Galileu Galilei consagrou o empirismo, ou seja, o estudo e análise de fatos observáveis. Criador da hipótese do heliocentrismo foi perseguido pela igreja, os escolásticos recusaram-se a olhar na luneta de Galileu, que mostrava que a lua tinha crateras, eles acreditavam que as lentes distorciam sua visão. Willian James psicólogo e Filósofo norte-americano, no final do século XIX tentou criar uma ciência da mente, não conseguiu, a dogmática científica arraigada ao seu fundamentalismo não considerava nada que não fosse empírico. Estado alterados de consciência não podiam ser considerados com fatos científicos, não havia como observar. Velha crença da ciência clássica , observador afastado do objeto observado. A nova ciência da mente não vingou, pois a maioria das pessoas não enxergam pensamentos, apenas os clarividentes o fazem. Ainda hoje a Biologia organísmica ainda considera a vida como um processo através do princípio da sinergia (mas como pode a soma do todo ser maior que a soma de suas partes individuais), fica clara a falta de um princípio organizador. Se alguém procura um profissional da saúde dizendo ouvir vozes, ainda vai ouvir : "eu acredito que você acha estar ouvindo vozes".

Os seres vivos destacam-se por inúmeras características, dentre elas :

- Composição química;- Organização celular;- Metabolismo;- Capacidade de reação;- Movimentação;- Crescimento;- Reprodução;- Hereditariedade;- Variabilidade genética;

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- Mutação;- Seleção natural;- Adaptação;

Composição química : os seres vivos são formados pelas mesmas substâncias que formam as demais estruturas da natureza, apenas em proporções diferentes. Formas vivas possuem H, C, N, P S, º Muitos desses elementos unem-se para formar as chamadas substâncias orgânicas, tais como : proteínas, glicídios e ácidos nucléicos. Mas então o que distingue a vida das outras estruturas ? A vida segue as mesmas leis da matéria inanimada, mas contraria o 2º Princípio da Termodinâmica. Esse mesmo princípio nos assevera que as coisas no nosso universo tendem a máxima entropia. Caso tivéssemos em um compartimento 2 recintos separados, sendo que em cada um deles houvesse areia branca e no outro areia escura, misturando as duas areias depois de decorrido certo tempo teríamos uma mistura homogênea de cor cinza. O que faríamos para separar novamente ? Bem, poderíamos seguir sacudindo indefinidamente o recipiente para separá-las, mas provavelmente o faríamos por alguns milhares de anos, e é possível que mesmo assim não o conseguíssemos. Mas utilizando algum processo tecnológico conseguiríamos mas para isso houve interferência externa ao sistema. A mesma coisa é com a vida, ela tende a complexificação, pois é teleonômica, nossas células , órgãos, tecidos se regeneram na medida exata impelidos pela ação de nosso espírito.

Organização celular e metabolismo : nos seres vivos as moléculas das substâncias orgânicas organizam-se em estruturas complexas as células consideradas as unidades fundamentais da vida. A célula é um compartimento membranoso fechado onde ocorrem os processos fundamentais que mantém a vida. Esses processos em conjunto constituem o metabolismo (transformação). Muitos biólogos não consideram os vírus como seres vivos por não apresentarem organização celular e por conseguinte não tem metabolismo. Os vírus podem ser considerados a interface entre os que é animado e inanimado.

A teoria mais aceita atualmente sobre a origem da universo á a do Big Bang. As equações de Einstein já previam que o universo está em expansão. Se as galáxias estão se afastando é lógico imaginar que no passado elas estavam mais próximas. Levando essa idéia ao extremo poderíamos imaginar que o universo começou como um grão primordial extremamente denso, não se sabe ainda por que razões o universo se expandiu e de origem ao espaço, tempo e toda a matéria que existe. O chamado Big Bang teria ocorrido ha mais ou menos 13,7 bilhões de anos atrás.

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A temperatura no universo primordial era tão alta que não era possível a existência de elementos químicos. Com o passar do tempo o universo foi se resfriando e desse forma originaram-se ao átomos de H.

Somente depois de algumas centenas de milhões de anos é que surgiram as estrelas formadas basicamente por H. Conjuntos de estrelas e de matéria cósmica atraídas pela força gravitacional formaram as galáxias.

A energia emitida pelas estrelas é oriunda de reações de fusão nuclear e a partir disso surgiu o elemento Hélio. Os demais elementos químicos foram surgindo através dessas reações com o passar do tempo.

Dessa forma os diversos tipos de elementos químicos que existem inclusive aqueles que formam o nosso corpo forma gerados no interior das estrelas. Depois de um certo tempo de vida as estrelas explodem ejetando os seus elementos químicos no espaço, esses se juntam com a poeira cósmica e formam uma nebulosa (constituída por gases, poeira cósmica e átomos ejetados das estrelas). As nebulosas podem dar origem a outras estrelas ou até mesmo a planetas.

A nossa galáxia , a Via-Láctea, é formada por 100 bilhões de estrelas. Os cientistas calculam que o nosso sol surgiu a mais ou menos 5 bilhões de anos a partir de uma compactação de uma nebulosa.

Devido a força gravitacional, partículas de gases e de poeira aglomeram-se no centro da nebulosa. A medida que essa massa crescia aumentava a sua força gravitacional e consequentemente atraia mais matéria, depois de alguns milhões de anos de compactação a temperatura na região central do futuro sol atingiu 10 milhões de graus. Dessa forma iniciaram-se reações de fusão nuclear, onde a partir de H é produzido He.

Cientistas acreditam que restos da nebulosa ficaram girando ao redor do Sol como um nuvem gasosa, a partir daí surgiram pontos de condensação gerando aglomerados compactos que deram origem aos planetas, satélites, asteróides, cometas.

Estudos científicos tem demonstrado que o nosso planeta surgiu ha cerca de 4,6 bilhões de anos a partir de um ponto de condensação de matéria que orbitava o sol em formação (poeira, rochas e gases).

Durante formação da Terra a pressão no aglomerado de rochas, poeira e gases aumentou tanto que o material acabou se fundindo fazendo com que lava incandescente escapasse para a superfície da Terra em erupções vulcânicas internas. A Terra também era constantemente bombardeada por meteoritos vindos de espaço. As condições eram tão adversas que nenhum tipo de vida poderia existir na Terra no seus primeiros 700 milhões de anos.

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Teorias sobre a Origem da Vida

Panspermia : essa teoria assevera que a vida teve origem na Terra a partir de organismos vivos, ou a partir de substâncias químicas precursoras da vida que vieram de outros lugares do universo. Essa teoria é digna de credibilidade no momento em que se descobriu que o espaço não é um lugar tão hostil quanto se pensava.

Teoria da evolução química ou molecular : a vida teria surgido a partir de un processo de evolução química em que compostos inorgânicos teriam se combinado e dado origem a moléculas orgânicas relativamente simples (aminoácidos, açúcares, bases nitrogenadas, ácido graxos, etc.), essas por sua vez se combinaram originado, moléculas ainda mais complexas como proteínas, lipídios, ácidos nucléicos, etc.). Finalmente moléculas complexas teriam gerado estruturas capazes de se autoduplicar e realizar metabolismo, que seriam os primeiros seres vivos.

Essas teorias não são antagônicas, na medida em que os panspermistas acham que onde quer que a vida tenha surgido ela surgiu por evolução química. Os que defendem a teoria da evolução química acham que as condições para eclosão da vida estavam presentes na Terra primitiva e não era necessário ela ter vindo do espaço.

Condições da Terra Primitiva

O início do planeta Terra foi muito turbulento, a temperatura era tão alta que as rochas se fundiam. A Terra também era constantemente bombardeada por asteróides vindos do espaço.

O jovem planeta Terra logo ficou envolto por uma atmosfera formada por CO2, NH3, CH4, N2, H2º A maioria dos cientistas concordam quanto a composição da atmosfera, mas discordam quanto a origem dos gases. Uma corrente acha que vieram do interior da Terra, outra acha que vieram em cometas e asteróides. Pesquisas recentes sugerem que a maior parte da água e do elemento carbono vieram com asteróides. Com o passar do tempo a Terra perdia calor para o espaço e foi se resfriando permitindo a formação de uma fina camada de rocha, a Crosta Terrestre. A temperatura ainda era muito alta para permitir a presença de H2O liquido essa subia para a atmosfera na forma de vapor. Como a parte de cima da atmosfera era mais fira o vapor se condensava e formava nuvens que caiam como chuva, na Terra de pouco mais de 500 milhões de anos de idade, tempestades torrenciais caíram sem parar por dezenas de milhões de anos.

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A partir de determinado momento a superfície já havia se esfriado de moda a comportar H2O liquido. Essa por sua vez acumulou-se nas partes mais baixas formando extensas áreas alagadas precursoras dos atuais oceanos. Foi nesse cenário que surgiu a vida.

A origem das moléculas orgânicas que formaram os primeiros seres vivos ainda é motivo de discussão. Diversas experiências tem mostrado que as moléculas orgânicas podem ter surgido a partir de reações de gases atmosféricos. Descobertas mais recentes sugerem que as substâncias precursoras da vida podem ter vindo em cometas e asteróides.

Em 1953 o norte-americano Stanley Lloid Miller construiu uma espécie de simulador. Esse simulador era constituído por tubos e balões de vidro interligados onde foram colocados diversos gases para reagir, CH4, NH3, H2 e H2º Os gases eram submetidos a fortes descargas elétricas simulando as produzidas pelas tempestades na Terra primordial. No simulador havia um condensador onde a mistura de gases esfriava. O vapor de H2O presente na mistura se condensava e descia para a parte de baixo do aparelho onde se acumulava. Com isso Miller simulava as chuvas, os mares e lagos da Terra primitiva. Um aquecedor fervia a H2O para iniciar novamente o processo.

Depois do aparelho funcionar por uma semana, Miller examinou o líquido acumulado na parte inferior do aparelho e notou a presença de diversas substâncias que não estavam presentes inicialmente como os aminoácidos alanina e glicina, além de outros compostos orgânicos.

O experimento de Miller hoje tem apenas valor histórico, pois sabemos que a composição da atmosfera da Terra primitiva era muito diferente da utilizada no simulador. Evidências recentes mostram que a composição da atmosfera da Terra primitiva era ha 4 a 3,5 bilhões de anos atrás :

- 80% CO2- 10% CH4- 5% CO- 5% N2

Muitos cientistas tem realizado experimentos tentando simular as condições da Terra primitiva, nesses experimentos já foram encontrados diversas substâncias orgânicas existentes nos seres vivos, dando a sustentação de que as substâncias precursoras da vida poderiam ter surgido espontaneamente nas condições existentes no planeta naquela época.

A questão a saber é como esses compostos moleculares adquiriram a compacidade de autoduplicação e metabolismo.

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Nos seres vivos atuais os processos químicos que caracterizam a vida ocorrem no interior das células. As células possuem uma finíssima camada, a membrana, a membrana plasmática, essa membrana isola a célula do ambiente externo. Essa membrana garante um ambiente adequado a ocorrência dos processos químicos essenciais a vida. Se a membrana da célula for rompida a célula se desorganiza e morre. Os cientistas acham que uma etapa fundamental no processo de aparecimento da vida foi sistemas químicos delimitados por uma membrana que separava a estrutura do meio externo.

Esses sistemas podem ter sido aglomerados de moléculas orgânicas originados na atmosfera ou vindo do espaço em meteoritos e que por sua vez se acumularam nos mares e lagos primitivos. Essa idéia baseia-se em que aglomerados de proteínas podem formar-se espontaneamente em soluções aquosas com certa acidez e salinidade. Esses aglomerados se mantém estáveis graças a uma película de moléculas de água que se mantém ao seu redor, tais estruturas são os coacervatos. Pode ocorrer também das próprias proteínas formarem uma película ao redor das moléculas orgânicas formando a microsfera.

Coacervatos e microsferas estão longe de serem seres vivos ou apontarem um caminho definitivo para a resolução do enigma da origem da vida, mas servem com um primeiro indício do surgimento dos seres vivos.

Moléculas precursoras da vida podem ter dado origem a aglomerados que adquiriram a capacidade de manter sua organização por um certo tempo isolados do ambiente. O grande salto ocorreu quando esses isolados moleculares adquiriram a capacidade de produzir sue próprios componentes podendo crescer e se reproduzir.

Um passo crucial na origem dos primeiros seres vivos foi quando adquiriram a capacidade de se reproduzirem, ou seja, produzir novos seres com características semelhantes. Sabe-se que na reprodução biológica, instruções para funcionamento da célula (informações genéticas) são transmitidas do genitor para sua descendência. Nos seres vivos as informações genéticas estão inscritas num código químico nas moléculas do DNA.

Ha algumas décadas surgiu a idéia de que o RNA foi o material genético primordial. Testes mostraram que moléculas de RNA podem ser produzidas em condições abióticas. Podendo se multiplicar e gerar moléculas semelhantes. Moléculas de RNA podem atuar diretamente no controle de reações químicas. Alguns cientistas usam o termo "Mundo do RNA" para designar o período anterior ao aparecimento de vida na Terra. Acredita-se ser possível que nessa época passou a atuar a seleção natural na medida em que o

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RNA quando se multiplicava dava origem a moléculas ligeiramente diferentes umas das outras, algumas tinham maior capacidade de se perpetuar e se reproduzir transmitindo essa capacidade a descendência.

O passo seguinte é tentar explicar a passagem do RNA para o DNA.

Não se tem uma idéia exata dos primeiros seres vivos, mas imagina-se que eram microscópicos, isolados parcialmente do meio por uma membrana. Em seu interior ocorriam reações químicas controladas pelo código genético que transformavam moléculas energéticas de alimentos em componentes de seu próprio corpo permitindo o crescimento e reprodução.

Os seres vivos quanto a produção de alimentos classificam-se em 2 grupos :

- Autotróficos : produzem o seu próprio alimento a partir de CO2 e da energia do ambiente. Ex. : alguns tipos de bactérias, algas plantas atuais.

- Heterotróficos : não produzem o seu próprio alimento obtém do meio ambiente. Ex. : fungos, certas bactérias, quase todos os protozoários e todos os animais.

É provável que os primeiros seres vivos eram autotróficos, não havia moléculas orgânicas suficientes para produção de alimentos. Provavelmente os primeiros seres vivos obtinham energia para produção de seus alimentos a partir de reações de compostos inorgânicos como sulfeto de ferro e gás sulfídrico. Essa descoberta tem sido aceita na medida em que foram descobertas formas de vida vivendo em lugares altamente inóspitos como fontes de água quente e vulcões submarinos. Houve uma evolução dos seres quimiolitoautotróficos para os que realizavam a fermentação depois para a fotossíntese que inicialmente era com H2S depois com H2O.

Na medida em que os seres fotossintetizantes se multiplicaram pelo planeta houve aumento significativo da produção de O2 até chegar a 21% (nível atual).Os organismos que não se adaptaram ao efeito oxidante do O2 desapareceram. As células de todos os seres vivos atuais (exceção, bactérias anaeróbicas obrigatórias) possuem mecanismos eficientes para sua proteção contra efeitos oxidantes do O2.

Os ancestrais das bactérias fotossintetizantes atuais (cianobactérias. proclorófitas) além de desenvolverem mecanismos eficientes contra oxidação

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ainda utilizam o O2 para quebrar moléculas de compostos orgânicos produzidas por elas mesmas. A oxidação controlada dessas substâncias orgânicas agora utilizadas como alimento garantia alta eficiência noa produção de energia, surgia a respiração aeróbica, processo que consiste na oxidação de substâncias orgânicas do alimento (por exemplo glicídios par obtenção de energia).

A equação da respiração aeróbica é praticamente o inverso da equação da fotossíntese. Ha cerca de 2 bilhões de anos começou esse equilíbrio energético e prevalece até hoje. A presença de O2 na atmosfera também contribui para formação da camada de ozônio que protege os seres vivos dos raios ultravioletas do sol, antes disso a vida restringia-se a lagos e mares. O surgimento da camada de ozônio permitiu que seres vivos colonizassem a terra firme.