aula2.pdf

download aula2.pdf

of 18

Transcript of aula2.pdf

  • iniciao fotograa / j.paulo cou5nho Maio, 2014 1

    A luz o barro de quem fotografa, com ela que fotografamos. Nos l5mos 30 anos descobrimos, que longe de vermos tudo, ns no vemos pra5camente nada. A nossa melhor es5ma5va de que mais de 99% de nosso Universo est, na verdade, escondido na escurido.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 2

    Euclides demonstrou que a luz viaja em linha reta.

    A histria de como usamos a luz, para revelar o cosmos, comea no Sculo III A.C Ao tentar compreender os truques de perspec5va, o matem5co grego Euclides descobriu que, a luz, viaja em linha reta. Assim, se pudssemos desvi-la de seu percurso re5lneo, poderamos mudar a forma com que vemos o mundo.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 3

    Muitos anos aps a descoberta de Euclides, em 1670, o astrnomo dinamarqus Ole Roemer descobriu que a luz viajava a uma velocidade nita, hoje calculada em 300.000 KM /seg, descoberta esta que teria uma implicao profunda. Isso signica que, quanto mais longe olhssemos para o universo, mais alm estaramos vendo de volta no tempo, por exemplo estamos de facto a ver o sol com 8 min de atraso, vemos sempre o passado. Na Itlia renascen5sta, 2.000 anos depois de Euclides, Galileu fez exatamente isso, usando as lentes de seu simples telescpio, para revelar nosso verdadeiro lugar no cosmos; e ,Isaac Newton, anos mais tarde foi o primeiro a demonstrar que a luz branca era composta por diversas cores , u5lizando para o demonstrar a rarefao um prisma .

    DR

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 4

    Vemos pois que a luz uma forma de energia. E assim uma forma visvel de radiaes detectadas pelo olho humano, as outras so invisveis, como os raios-X, ultravioletas, ou mesmo os infravermelhos.

    A luz pois um conjunto de ondas que se propagam de forma sinusoidal, e a variao desses comprimentos de onda determinam a luz que vemos, com a frequncia mais alta no azul violeta e a mais baixa no vermelho: temperatura da cor.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 5

    DR

    DR

  • A cor

    Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 6

    Shane Gray

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 7

    As cores no existem na realidade, so antes sensaes, uma realidade criada pelo nosso crebro. Uma energia electromagn5ca que oscila entre as bandas visveis dos 400 aos 700 nanmetros de comprimento de onda, que nos es5mula essas sensaes a que chamamos cor.

    Fenmeno psicofsico, a cor convida-nos, por isso, a dois tipos diferentes de consideraes as que abordam as formas e mecanismos sensoriais da viso humana e as que estudam a realidade fsica dos estmulos energtico

    DR

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 8

    A luz branca assim, incide sobre qualquer objecto e superhcie, e uma parte absorvida, a outra ree5da: a cor dos objectos. Pois para compreender a fotograa a cores, ela parte da mistura das trs cores primrias: o vermelho, o verde e o azul E usando o mtodo adi5vo temos que o vermelho com o verde temos o amarelo, e o verde com o azul temos o verde e para chegar ao magenta combinamos o vermelho com o azul.

    DR

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 9

    Outro facto a considerar quando falamos de cor: a percentagem rela5va de cada uma das cores sempre igual em cada espectro emi5do. A Temperatura de Cor expressa a aparncia de cor da luz emi5da pela fonte de luz. Essa denio est baseada na relao entre a temperatura de um material hipot5co e padronizado, conhecido como "corpo negro radiador", e a distribuio de energia da luz emi5da medida que a temperatura do corpo negro elevada a par5r do zero absoluto.

    A temperatura de cor de uma fonte de luz consiste na temperatura de um radiador de corpo negro ideal que emite luz numa tonalidade comparvel dessa fonte de luz. habitualmente denida em unidades de temperatura absoluta, graus kelvin (K). As cores com temperaturas mais elevadas (5000 K ou mais) so designadas como cores frias (brancos de tons azulados), e as cores com temperaturas mais baixas (2700-3000 K) so conhecidas por cores quentes (brancos amarelados a vermelhos).

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 10

    Assim se explica a tendncia avermelhada nas temperaturas mais baixas, e a azulada nas temperaturas mais altas . Subindo a temperatura para os 3200K da luz incandescente, ou em exteriores temos 3000K ao nascer e pr do sol, ao meio dia sob o sol teremos 4900K a 5800K e o cu azul com sol teremos entre 12000 a 18000. Com estas variaes, as cores primrias que vo dar origem ao branco tero de ser equilibradas para que no sensor de imagem seja gerado um branco tecnicamente correto. A temperatura de cor expressa em graus Kelvin. Na hora de almoo, a escala aponta para 5560K e quanto mais alta a temperatura, mais clara a tonalidade. Temos tambm que considerar a direo da luz, pois delas advm sombras fortes ou suaves, conforme as condies ambiente, incidente ou ree5da

    reporter eng

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 11

    Na fotograa temos que considerar no s a luz natural mas tambm a luz ar5cial, proveniente dos ash, e de outros 5pos de lmpada promovendo a acentuao de diversas cores. Temos tambm a considerar as variaes atmosfricas e a variao da luz solar ao longo do dia para alterarem a temperatura de cor.

  • O olhar

    Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 12

    FRANCE. 1987 Josef Koudelka / Magnum Photos

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 13

    Paul Strand 1916-cega

    A mecnica do olhar para comprender o ver

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 14

    DR H uma similaridade muito grande entre o funcionamento entre a mquina fotogrfica e o olho humano.

    DR

    DR

    O principal sen5do para aprendizagem o olhar. Envolve uma complexa teia de captao de dados. A luz atravessa a re5na, e numa zona chamada fvea encontram-se 2 5pos de clulas. As clulas chamadas cones , que se manifestam quando h uma grande quan5dade de luz. As batanetes atuam com baixa intensidade de luz.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 15

    Ambas as clulas foto receptoras tm o papel de converter a luz e toda a informao recebida em impulsos eltricos at ao crebro, tal e qual se passa numa mquina digital. De realar que estas clulas tambm elas no so totalmente sensveis a todo o espectro eletromagn5co, mas apenas sensveis ao intervalo entre os 400 e os 700 nanmetros, cando de fora, como vimos por exemplo os infravermelhos e os ultravioletas. na regio do crtex, na superhcie do crebro que se formam as imagens e se desenvolvem os sen5dos , enquanto no centro temos principalmente as emoes.

    DR Pensa-se que o olho humano tem potencialmente 100 milhes de clulas foto-receptoras, bem longe portanto da capacidade das mquinas digitais.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 16

    A luz ree5da por um objecto , passa a crnea e a ris, que podemos equivaler ao diafragma de uma lente, e captada pelas fveas, onde calcula a cor, como um sensor de cmara em RGB, e de seguida leva atravs do nervo p5co leva a informao at ao crebro, no tlamo e da para o nercotex onde se processa a informao, cor, luz e espao.

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 17

    Materiais fotossensveis

    Mar5n Parr Ucrnia. Yalta. 1995

    Martin Parr Japo. Miyazaki. A praia artificial no interior do Ocean Dome. De 'Small World'. 1996

  • Maio, 2014 iniciao fotograa / j.paulo cou5nho 18

    No so s os olhos que so sensveis a luz. Na verdade a pele e quase toda a natureza sensvel luz; fora do espectro visvel, das ondas manifestam-se de formas vrias: os infravermelhos, nas plantas a clorola, o papel amarelece, as fotograas degradam-se... os nega5vos tambm. A pelcula fotogrca cons5tuda por uma emulso de halogenetos de prata (brometo, cloreto e iodeto) assentes numa pelcula de triacetato de celulose. Assim que a luz a5nge essa estrutura dos halogenetos de prata e conforme a sua intensidade, mais a pelcula afectada, formando a imagem, que revelada por qumicos transforma os em prata e formam a imagem, cando a imagem gravada em tons nega5vos. A pelcula do lme a cor difere do de preto e branco. No primeiro cons5tuda por 3 camadas diferentes , cada uma sensvel a uma das cores primrias. As atuais cmaras fotogrcas digitais tm so6ware que emula as vrias situaes de luz natural e ar5cial, possibilidade de escolha de se fotografar a cores, preto e branco, spia, etc.