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  • ESTRUTURA CRISTALINA DOS MATERIAIS

    CERMICOS

    PMT5783

    Antonio Carlos Vieira Coelho & Samuel M. Toffoli

    PMT EPUSP 2013

  • 2

    ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERMICOS

    Referncia Bibliogrfica:

    Chiang, Y.-M.; Birnie, D.P.; Kingery, W.D. - Physical Ceramics Principles for Ceramic Science and Engineering, John Wiley & Sons, New York, 1997.

    Opo simples:

    L.H. Van Vlack Propriedades dos Materiais Cermicos Editora Edgard Blcher Ltda. e EDUSP, So Paulo, 1973 (Original: Physical Ceramics for Engineers, Addison Wesley Publ. Co., Reading, MA, 1964).

    Excelente opo (menos estruturas, mas mais extensivo) :

    W.D. Kingery, H.K. Bowen, D.R. Uhlmann Introduction to Ceramics, 2nd Edition John Wiley & Sons, New York, 1976.

  • 3

    ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERMICOS

    Consideraes Iniciais as estruturas encontradas nos materiais cermicos so diferentes daquelas presentes nas outras

    classes de materiais, porque os materiais cermicos so compostos:

    Inorgnicos

    Contendo pelo menos dois e com muita frequncia, mais

    elementos qumicos

    Em aplicaes tecnolgicas podem ser usadas em uma

    variedade de morfologias: monolitos, ps finos, filmes finos ou

    espessos, fibras longas ou curtas

    Cada um desses pode ser um monocristal ou ser policristalino,

    ou ainda pode ser amorfo

    Podem ainda apresentar uma ou vrias fases (pela quantidade de componentes, o nmero de fase presentes geralmente maior do que o n de

    fases encontrado em sistemas exclusivamente metlicos)

  • 4

    ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERMICOS

    Reviso

    Slidos cristalinos e amorfos

    Estruturas cristalinas simples (CCC, CFC, HC)

  • 5

    Slidos Cristalinos e Slidos Amorfos

    Segundo a distribuio espacial dos tomos, molculas ou

    ons, os materiais slidos podem ser classificados em:

    Cristalinos: compostos por tomos, molculas ou ons

    arranjados de uma forma peridica nas trs dimenses. As

    posies ocupadas seguem uma ordenao que se repete

    para grandes distncias atmicas (de longo alcance).

    Amorfos: compostos por tomos, molculas ou ons que

    no apresentam uma ordenao de longo alcance. Podem,

    no entanto, apresentar ordenao de curto alcance.

  • 6

    Slidos Cristalinos e Slidos Amorfos

    Estruturas

    da

    slica

    cristobalita

    quartzo vidro de slica

  • 7

    Reticulado Cristalino

    Um cristal constitudo por motivos estruturais que se repetem regularmente.

    Esses motivos podem ser tomos, molculas, ons, ou grupos de tomos, de molculas ou de ons.

    Um reticulado cristalino a figura formada, no espao, pelos pontos que definem a localizao desses motivos.

    O reticulado cristalino , na realidade, um esqueleto abstrato da estrutura cristalina.

  • 8

    Reticulado Cristalino

    Cada ponto do reticulado determina a localizao de um motivo estrutural (um tomo, on, molcula ou grupo de tomos, ons ou molculas).

    O reticulado formado pelo conjunto de pontos.

  • 9

    Clula (Cela) Unitria

    A cela unitria um paraleleppedo imaginrio que constitui uma unidade fundamental com a qual se constri todo o cristal somente por deslocamentos de translao (tal como os

    tijolos numa parede).

  • 10

    Clula (Cela) Unitria

    Halita

  • 11

    Clula (Cela) Unitria

    Slido cristalino CFC

    Clula unitria

    representada por

    esferas rgidas

    Clula unitria de

    um reticulado

    cristalino.

    Qualquer ponto da clula unitria que for transladado de um mltiplo

    inteiro de parmetros de rede ocupar uma posio equivalente em

    outra clula unitria.

  • 12

    Geometricamente uma clula unitria pode ser representada por um paraleleppedo.

    A geometria da clula unitria univocamente descrita em

    termos de seis parmetros: o

    comprimento das trs arestas

    do paraleleppedo (a, b , c) e os

    trs ngulos entre as arestas

    (, , ). Esses parmetros so chamados parmetros de

    rede.

    Parmetros de rede

  • 13

    (c) 2003 Brooks/Cole Publishing / Thomson Learning

    Reticulados de Bravais

  • 14

    Resumo Sistemas Cristalinos

  • 15

    ... estruturas cristalinas ...

    Por que as espcies preferem

    arranjar-se num cristal inico

    ao invs de permanecerem

    isoladas umas das outras?

  • 16

    Constante de Madelung

    uma definio precisa da energia de uma dada estrutura

    cristalina relativa ao mesmo nmero de componentes

    isolados.

    Medida da estabilizao eletrosttica de um cristal.

    A energia de ligao ction-nion tem duas componentes:

    atrao coulombiana e um segundo termo, devido, que

    a repulso devido ao Princpio de Excluso de Pauli, a qual

    torna-se mais forte para pequenas distncias de

    separao.

    CONSTANTE DE MADELUNG

  • 17

    CONSTANTE DE MADELUNG

    Energia de interao E entre dois ons

    onde Zi e Zj so ons. Cargas: Zie e o outro: Zje onde e = carga do eltron

    e0 a permissividade do vcuo, Bij uma constante emprica, Rij a separao interatmica, e o expoente n tem um valor de aproximadamente 10.

    Atrao coulombiana

    Repulso

  • 18

    CONSTANTE DE MADELUNG

    Energia de interao Ec - cristal com N ons

  • 19

    CONSTANTE DE MADELUNG

    Energia de interao Ec - cristal com N ons

    Considerando:

    ZC = valncia do ction e ZA = valncia do nion;

    Rij = xij.R0 , onde R0 = mnima separao entre os ons

    (R0 = RC + RA , ou seja, corresponde ao fundo do poo de potencial)

    Onde a constante de Madelung:

    i ij

    jjii

    X

    ZZZZ ||/||/

  • 20

    Energia eletrosttica de um cristal relativa ao mesmo nmero de componentes isolados

    Medida da estabilizao eletrosttica de um cristal

    Valores muito prximos, mesma composio POLIMORFISMO

    TIPO DE ESTRUTURA CONSTANTE DE MADELUNG

    Sal de rocha (NaCl) 1,748

    Cloreto de Csio (CsCl) 1,763

    Esfalerita (Zincblende - ZnS) 1,638

    Wurtzita (ZnS) 1,641

    Fluorita 2,519

    Crindon 4,040

    CONSTANTE DE MADELUNG

  • 21

    ...falando de estruturas cristalinas...

    Dado um composto, existe

    somente uma estrutura

    possvel?

    Qual a estrutura mais

    estvel para um composto?

  • 22

    REGRAS DE PAULING

    A constante de Madelung d a energia eletrosttica de um cristal relativa ao mesmo

    nmero de componentes isolados, mas sozinha no permite prever estruturas.

    Portanto: as 5 Regras de Pauling ( em ordem decrescente de importncia)

    PREMISSAS

    Baseadas na estabilidade geomtrica do empacotamento de ons de

    diferentes tamanhos + estabilidade eletrosttica.

    ons so considerados esferas rgidas (uma simplificao).

    Raios inicos mantm-se constantes para uma mesma valncia e mesmo

    nmero de coordenao (tambm uma simplificao).

  • 23

    REGRA 1

    Cada on se coordenar com um poliedro de ons de carga oposta.

    Esse poliedro possuir um nmero de ons determinado pela relao entre os tamanhos dos ons.

    Configuraes estveis so aquelas em que os ons menores (normalmente os ctions) tm dimenso similar ou ligeiramente maior do que os interstcios que devem ocupar na estrutura cristalina.

    REGRAS DE PAULING

  • 24

    Nmero de Coordenao

    Coordenao Cbica (NC=8) Coordenao Octadrica (NC=6)

    x 0,732 x 0,414

  • 25

    Nmero de Coordenao

    Coordenao Tetradrica (NC=4)

    x 0,225

    Coordenao Triangular (NC=3)

    x 0,155

  • 26

    Excees Regra 1 no so

    difceis de serem

    encontradas...

    tomos no so esferas rgidas

    neutralidade local (particularmente no caso

    de tomos muito grandes)

    tipo de ligao

    ligaes covalentes e metlicas

    tendem a diminuir a distncia

    interatmica

    Coordenao Linear (NC=2)

    x 0

    Nmero de Coordenao

  • 27

    REGRA 2

    Numa estrutura cristalina estvel, os poliedros de coordenao se arranjam nas trs dimenses de forma a preservar a neutralidade de carga local.

    Contribuio de cada on (e.v.) e.v. = z / NC

    A carga contrria que cada on sente igual (em mdulo) sua prpria carga.

    Estrutura da Halita (NaCl)

    Regra 1: Coordenao Octadrica

    rNa = 0,102nm rCl = 0,181nm rNa/rCl = 0,564

    REGRAS DE PAULING

  • 28

    Estrutura da Fluorita (CaF2) Regra 1:

    Coordenao Cbica

    rCa = 0,112nm rF = 0,131nm rCa/rF = 0,855

    Para preservar a neutralidade de carga local, como os ons tem valncias diferentes, existem duas coordenaes diferentes.

    REGRAS DE PAULING

  • 29

    REGRA 3

    Os poliedros de coordenao

    preferem, em ordem de

    estabilidade, compartilhar

    vrtices a compartilhar

    arestas, e compartilhar

    aresta a compartilhar faces

    inteiras.

    Razo: aumento da distncia

    entre ctions!!

    Coordenao tetradrica

    Coordenao octadrica

    REGRAS DE PAULING

  • 30

    REGRA 4

    A Regra 3 torna-se tanto mais importante quanto menor o

    nmero de coordenao e mais elevada a valncia do on

    menor (que geralmente o ction).

    Em cristais contendo diferentes ctions, aqueles com valncia maior e

    menor nmero de coordenao tendem a no compartilhar poliedros com

    os outros, e, se isso ocorrer, as arestas dos poliedros se contraem (para

    concentrar carga negativa entre os ctions), e os ctions podem se

    deslocar de suas posies no centro dos poliedros na direo contrria

    aresta ou face compartilhada (para minimizar a repulso entre os ctions).

    REGRAS DE PAULING

  • 31

    REGRA 5

    Estruturas simples so sempre preferidas em relao a

    estruturas mais complicadas (...keep it simple...) . Por exemplo:

    Quando diferentes ctions de dimenses similares e de mesma valncia

    esto presentes em um cristal, eles freqentemente ocupam o mesmo

    tipo de stio, porm distribudos de forma aleatria, formando um tipo de

    soluo slida.

    No entanto, se esses diferentes ctions forem suficientemente distintos

    em dimenses e em valncia, eles podem ocupar stios com

    coordenaes diferentes, aumentando a complexidade da estrutura.

    REGRAS DE PAULING

  • 32

    Aplicao das Regras de Pauling

    Quem o maior: ction ou nion?

    Se o nion o maior (o que o mais comum),

    supe-se um arranjo compacto de nions (HC ou

    CFC), com os ctions ocupando stios intersticiais.

    A relao entre os raios inicos vai indicar quais

    sero as posies ocupadas as mais comuns so

    as tetradricas e as octadricas .

  • 33

    ESTRUTURAS CRISTALINAS MAIS COMUNS

    Grande parte dos compostos que formam as cermicas

    cristalizam-se em estruturas baseadas no empacotamento

    compacto de ao menos um dos elementos que os compem

    (com o outro on ocupando um conjunto especfico de stios intersticiais).

    Os empacotamentos:

    CFC (em ingls FCC );

    HC (em ingls HCP ).

    OBS: as estruturas de cermicas com ligaes altamente covalentes

    no so determinadas pelas regras de Pauling, mas sim pelas

    direes das ligaes.

  • 34

    Empacotamento HC (HCP)

    Posies C

  • 35

    Empacotamento HC (HCP)

    Posies C

    Posies A

    Posies B

  • 36

    Empacotamento CFC (FCC)

  • 37

    Posies A

    Posies B

    Posies C

  • 38

    SAL DE ROCHA (NaCl) : baseado em CFC

    Haletos xidos Sulfetos

    LiF, LiCl, LiBr, LiI, NaF, NaCl, NaBr, NaI, KF,

    KCl, KBr, KI, RbF, RbCl, RbBr, RbI

    MgO, CaO, SrO, BaO, NiO, CoO, MnO, PbO

    MgS, CaS, MnS, PbS, FeS2 ( pirita )

    Compostos baseados no empacotamento CFC posies octadricas ocupadas; posies tetradricas vazias

  • 39

    SAL DE ROCHA (NaCl): baseada em CFC

    Plano (110) da estrutura da halita

  • 40

    FLUORITA ( MX2 ) E ANTI-FLUORITA ( M2X )

    Compostos baseados no empacotamento CFC posies tetradricas ocupadas; posies octadricas vazias

    Fluorita (CaF2): nions nas posies tetradricas, e ctions formando empacotamento CFC; Antifluorita: posies dos ons invertidas posies com coordenaes diferentes.

    COMPOSTOS : Li2O, Na2O, K2O (antifluorita); ZrO2, UO2, CeO2 (fluorita)

    Fluorita Antifluorita

    CTION NC = 8 NC = 4

    NION NC = 4 NC = 8

    vazia

    ocupada

    (F) (Ca)

  • 41

    FLUORITA ( MX2 ) E ANTI-FLUORITA ( M2X )

    Plano (110) do ZrO2 estrutura da fluorita

  • 42

    ESFALERITA (ZnS) Zincblende

    Esfalerita ou blenda, mineral, o principal minrio de zinco. Estrutura cbica

    Ctions ocupam apenas a metade das posies tetradricas ctions pequenos tm maior estabilidade em coordenao tetradrica

    Ctions e nions tm coordenao tetradrica

    Tetraedros compartilham vrtices

    COMPOSTOS: xidos e sulfetos (ZnO, ZnS, BaO); SiC; compostos semicondutores III-V, de forte carter covalente (GaAs, CdS, GaP, InSb)

    Derivativo da estrutura do diamante

  • 43

    ESFALERITA (Zincblende)

    Estrutura da esfalerita Estrutura do diamante

  • 44

    ESFALERITA (Zincblende)

    (c) 2003 Brooks/Cole Publishing / Thomson Learning

  • 45

    Estrutura da

    Esfalerita (Cbica)

    Estrutura da

    Wurtzita (HC)

    EM AMBAS: Metade das posies tetradricas ocupadas

    Coordenao dos ons igual a 4

    ocupada

    vazia

    Tambm ZnS (mas pode ser FeS)

    WURTZITA (tambm ZnS) Wurtzite

  • 46

    POLIMORFOS E POLITIPOS

    POLIMORFISMO : transformaes entre as fases podem ocorrer simplesmente atravs de deslocamentos de tomos (= displacive transformations ).

    Fases polimorfas apresentam simetria cristalina diferente e diferentes distncias interatmicas e inter-planares, MAS fases polimorfas tem sempre a mesma coordenao de ctions e de nions. Os trs polimorfos da zircnia (ZrO2): cbica, tetragonal e

    monoclnica

    Quartzos low e high; cristobalitas low e high.

    Obs: outras transformaes de fases requerem quebra de ligaes e rearranjo

    e so conhecidas como reconstructive transformations (ver frente)

  • 47

    POLIMORFISMO

    Algumas das caractersticas das Displacives Transformations :

    A forma de alta temperatura (high) sempre a forma com estrutura mais aberta.

    A forma high tem maior volume especfico

    A forma high tem maior capacidade calorfica e maior entropia

    A forma high tem maior simetria na verdade, a

    forma low tem sua estrutura derivada da forma high

    Como existem duas formas de estrutura low (uma imagem de espelho da outra), transformaes no resfriamento podem formar defeitos de macla (twins).

    formas low

    high

  • 48

    Exemplo: ZrO2

    Trs polimorfos da zircnia

    Importncia da zircnia: entre outros, uso em condutores inicos de oxignio para sensores de O2 e clulas combustvel e como gema, substituindo o diamante.

  • 49

    POLIMORFOS E POLITIPOS

    Transformation toughening Transformao de tetragonal a

    monoclnico envolve expanso volumtrica de 4,7%

  • 50

    Transformation toughening Transformao de tetragonal a

    monoclnico envolve expanso volumtrica de 4,7%

  • 51

    POLITIPISMO

    Tipo especial de polimorfismo.

    Para que possam ocorrer as transformaes entre as fases necessria quebra de ligaes e rearranjos Reconstructive

    Transformation .

    Algumas das caractersticas das Reconstrutive Transformations :

    Necessidade de energia de ativao para quebra de ligaes.

    Transformaes lentas.

    Estruturas de alta temperatura podem ser mantidas em baixa temperatura sem que haja a reverso forma termodinamicamente estvel.

  • 52

    Reconstructive transformations

    podem se dar de diversas formas:

    Nucleao e crescimento no

    estado slido.

    Vaporizao condensao.

    Precipitao a partir de fase

    lquida na qual a fase instvel tem

    maior solubilidade.

    Fornecimento de energia

    mecnica.

    Qualquer estratgia que permita

    que a barreira de energia da

    transformao seja suplantada

    facilita transformaes

    reconstrutivas.

  • 53

    EXEMPLO : Polimorfos da Slica

  • 54

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS

    Cela unitria do crindon

    (-alumina), mostrando apenas as posies catinicas

    ALU

    MIN

    A

    Al 2

    O3

  • 55

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS A

    LU

    MIN

    A

    Al 2

    O3

    Existem diversos

    polimorfos da alumina,

    sendo a forma alfa a mais

    comum e a nica estvel

    a partir de 1200C.

  • 56

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS A

    LU

    MIN

    A

    Al 2

    O3

    Geralmente, o monocristal de

    -alumina chamado de

    safira, sendo tambm a base

    para o rubi (vermelho, por

    causa das impurezas de cromo)

    e para a safira azul (com

    impurezas de ferro e titnio).

    A dureza 9, na escala de

    Mohs (diamante = 10)

    Monocristais de safira

  • 57

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS

    Rutilo (um dos polimorfos do TiO2, ao lado do anatsio e brookita)

    Estrutura HC com metade das posies de ctions preenchida

    ndice de refrao altamente anisotrpico

    Grande poder de espalhamento de luz na forma de p micromtrico

    Uso como opacificante em tintas e papis.

    RU

    TIL

    O,

    TiO

    2

  • 58

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS E

    SP

    IN

    LIO

    A

    B2O

    4

    Quando os ctions A e B so bivalentes e trivalentes (AO.B2O3)

    Estrutura CFC com uma frao dos stios tetradricos e octadricos preenchida

    Cela unitria representada por oito celas CFC de oxignio

  • 59

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS E

    SP

    IN

    LIO

    A

    B2O

    4

  • 60

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS E

    SP

    IN

    LIO

    A

    B2O

    4

    O membro do grupo mais comum e importante (encontrado em refratrios cermicos, p.ex.): MgAl2O4

    Alm desse, existem outros espinlios de alumnio (ex., ganita, ZnAl2O4) e tambm outras famlias: Espinlios de ferro (ex., magnetita, Fe3O4, ou seja, FeO.Fe2O3 ,

    ou ainda, Fe2+Fe3+2O4)

    Espinlios de cromo (ex., cromita, FeCr2O4 , colorante verde para vidros)

    Etc.

    Espinlios de magnsio e alumnio

    (dureza Mohs = 8) ocorrem na

    forma de gemas, frequentemente

    vermelhas, brilhantes, e so muito

    confundidas com rubis (Al2O3, dureza

    Mohs = 9), pela colorao e porque

    frequentemente ocorrem nas

    mesmas regies (mas podem ser

    incolores ou de vrias outras cores) MgAl2O4

  • 61

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS

    Muitos compostos ternrios que tm os ctions A e B

    de tamanhos muito diferentes cristalizam nessa

    estrutura

    Estrutura pode ser considerada como derivada de um

    CFC, com o ction grande (A) e os oxignios formando

    o retculo

    O ction menor B ocupa um stio octadrico, rodeado

    apenas por oxignios

    Exemplos: BaTiO3, CaTiO3, PbTiO3, PbZrO3, etc.

    Representa tambm a unidade estrutural parcial de

    supercondutores base de cobre

    PE

    RO

    VS

    KIT

    A

    AB

    O3

  • 62

    PE

    RO

    VS

    KIT

    A

    AB

    O3

    EXEMPLOS DE ESTRUTURAS MAIS COMPLEXAS

    Pb ou Ba

    (NC=12)

    Distoro do retculo piezoeletricidade

    O

    Ti (NC=6)

    Constante Dieltrica: vcuo = 1; quartzo = 5; BaTiO3 = 1000-10000

  • 63

    CERMICAS COVALENTES

    Muitas das estruturas mais duras, mais refratrias e

    mais tenazes dentre os materiais cermicos

    Exemplos:

    Nitretos

    Nitreto de silcio (Si3N4)

    Oxinitretos: solues slidas entre nitretos e xidos (tais

    como os sialons, compostos do sistema Si-Al-O-N)

    Nitreto de boro (BN)

    Carbetos

    Carbeto de boro (B4C)

    Carbeto de silcio e seus vrios polimorfos (SiC)

    Etc.

  • 64

    CERMICAS COVALENTES

    NITRETOS

    Nitreto de silcio (Si3N4): trs polimorfos, usado em ferramentas de corte, rolamentos, tubeiras de foguetes, partes de motores a combusto, rotores de turbo, etc. Decompe a 1900C. Fase difcil de obter.

    trigonal -Si3N4 hexagonal -Si3N4 cubic -Si3N4

    azuis = N ; cinza = Si

  • 65

    CERMICAS COVALENTES

    NITRETOS

    Nitreto de boro (BN): o polimorfo hexagonal (~grafite) mole, mas o CBN (cubic boron nitride, estrutura da esfalerita) tem dureza prxima do diamante)

    Hexagonal: grafite branco

  • 66

    CERMICAS COVALENTES

    CARBETOS

    Carbeto de boro (B4C): quase to duro quanto o CBN, usado em veculos militares blindados, coletes

    prova de bala, etc. A estrutura complexa: icosaedros

    constitudos por 12 tomos de boro formam uma

    estrutura rombodrica, o centro da cela unitria

    contm um grupo C-B-C (o carbono a esfera preta, a

    esfera verde e os icosaedros so boro)

  • 67

    CERMICAS COVALENTES

    CARBETOS

    Carbeto de silcio (SiC): material muito duro (decompe-se a 2730C), usado em abrasivos, rebolos e ferramentas de corte h muito tempo: variedade industrial em produo desde 1893 (processo Acheson: areia + carvo em forno de arco), mas variedades mais puras e usadas em coletes prova de balas, como elementos de aquecimento e, em eletrnica, como semicondutores para aplicaes em alta temperatura / alta tenso, bem mais recentes.

    Politipo -SiC (~blenda de zinco) (porm, a variedade mais comum a alfa, com

    estrutura hexagonal, ~wurtzita)

  • ANEXO

    - Caractersticas dos reticulados de Bravais

    - Densidades atmicas:

    Volumtrica

    No plano

    Linear

  • 69

    a = b = c

    = = = 900

    cbico simples cbico de corpo centrado (CCC)

    cbico de faces centradas (CFC)

    Sistema Cbico

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 70

    Sistema Hexagonal

    a = b c

    = = 900 e = 1200

    hexagonal

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 71

    Sistema Tetragonal

    a = b c

    = = = 900

    tetragonal simples tetragonal de corpo centrado

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 72

    Sistema Rombodrico

    a = b = c

    = = 900

    rombodrico (R)

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 73

    Sistema Ortorrmbico

    a b c

    = = = 900

    ortorrmbico simples

    ortorrmbico de corpo centrado

    ortorrmbico de bases centradas

    ortorrmbico de faces centradas

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 74

    Sistema Monoclnico

    a b c

    = = 900

    monoclnico simples

    monoclnico de bases centradas

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 75

    Sistema Triclnico

    a b c

    triclnico

    Detalhes de reticulados de Bravais

  • 76

    Fator de empacotamento atmico (FEA)

    clula

    tomos

    V

    VFEA

    74,0)22(

    3

    44

    3

    44

    3

    3

    3

    3

    R

    R

    a

    R

    FEA CFC

  • 77

    Densidade Atmica Planar (DP)

    555,028

    22

    2

    R

    R

    A

    ADP

    P

    C

    2822)4( 2RRRADACAP

    CFC plano (110)

    2)2( RAC

    Assim :

    cela unitria

    CFC

    plano

    planonotomos

    rea

    reaDP

    ACAP

  • 78

    Densidade Atmica Linear (DL)

    866,02

    3

    R

    R

    L

    LD

    L

    AL

    L

    A

    linha

    atomosL

    L

    L

    L

    LD

    3

    4RarestaLL

    CCC direo [100]

    RLA 2

    Assim :

    cela unitria

    CCC