Estruturas de aço - EcivilUFES | O blog da Engenharia Civil – … · ·...
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1. Ligações em estruturas de aço
Bibliografia:
ABNT NBR 8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estrutura mista de aço e concreto de edifícios
QUEIROZ, G.; VILELA, P. M. L. Ligações, regiões nodais e fadiga de estruturas de aço. Belo Horizonte: Código Editora, 2012.
PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de aço. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009
Manual de Construção Metálica – Ligações em estruturas metálicas – Volume 1 e 2Fonte: www.cbca-ibs.org.br
Manual de Construção em Aço – Interfaces Aço-ConcretoFonte: www.cbca-ibs.org.br
1.1. Introdução
O termo ligação é aplicado a todos os detalhes construtivos que promovam a união de partes da estrutura entre si ou a sua união com elemento externos a ela (fundações).
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(a) Viga-viga
Exemplos de ligações
(b ) Placa de base para pilares
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(c) Viga-pilar transmitindo apenas esforço cortante
(d) Viga-pilar engastada
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(e) Emenda de pilar
(f) Emenda de viga
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(g) Ligação em treliça
As ligações são compostas por:
• A) Elementos de ligação:
São todos os componentes incluídos no conjunto para permitir ou facilitar a transmissão dos esforços.
• B) Meios de ligação:São os elementos que promovem a união entre as partes da estrutura para formar a ligação.
• C) Região Nodal:
É o conjunto de todas as ligações de barras que se interceptam, mais as regiões dessas barras afetadas pelas ligações, mais eventuais reforços (enrijecedores), mais a região de eventual elemento de concreto afetada pelas ligações.
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(a) Enrijecedores: (b) Placa de base: (c) Cantoneiras:
A) Elementos de ligação:
(d) Chapas gusset: (e) Talas de alma e de mesa: (f) Partes das peças ligadas envolvidas localmente na ligação:
• B) Meios de ligação:
(a) Soldas: (b) Parafusos:
(c) Barras rosqueadas (chumbadores):
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• C) Região nodal:
Cálculo de ligação
Verificação dos elementos de ligação
Verificação dos meios de ligação
Rd ≥ Sd
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D) Requisitos a serem atendidos pela ABNT NBR 8800:2008
� Permitir a execução de maneira adequada e em boas condições de segurança da fabricação, do transporte, do manuseio e da montagem da estrutura;
� As ligações devem ser dimensionadas para uma força solicitante mínima de 45 kN, com direção e sentido da força atuante.
Exceção: diagonais e montantes de travejamento de barras compostas, barras redondas para tirantes, terças e longarinas.
� Ligações de barras tracionadas ou comprimidas devem ser dimensionadas no mínimo para 50% da força axial resistente de cálculo da barra.
1.2. Classificação das ligações
1.2.1. Segundo os esforços solicitantes
1.2.2. Segundo a rigidez
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1.2.1. Segundo os esforços solicitantes:
Dependendo dos esforços solicitantes e das posições relativas desses esforços e dos grupos de parafusos ou linhas de solda resistentes, as ligações podem ser:
(a) CISALHAMENTO CENTRADO
(b) CISALHAMENTO EXCÊNTRICO
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(c) TRAÇÃO (OU COMPRESSÃO) CENTRADA
(d) TRAÇÃO (OU COMPRESSÃO) COM CISALHAMENTO
1.2.2. Segundo a rigidez:
A rigidez das ligações é a capacidade de impedir a rotação relativa local das peças ligadas.
OU
Capacidade de restrição ao giro imposto pela ligação.
�Uma conexão pode ser flexível (articulada) ou rígida (engastada).
�Ao se aplicar o momento fletor uma ligação rígida não permite rotação, ou seja, o ângulo de rotação entre as partes conectadas é zero.
�Na ligação flexível, ao contrário, esse ângulo seria infinito, ou seja, a rotação é livre.
�Na prática esses limites são inatingíveis.
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�Por análise experimental, pode-se determinar o valor do ângulo de rotação entre as partes conectadas, isto é, o GRAU DE RIGIDEZ da ligação.
�Para efeito de projeto, as ligações “mais rígidas” serão admitidas rígidas, e as ligações “menos rígidas”, flexíveis.
�Atualmente é possível considerar via programas de computador, a semirrigidez das ligações.
Ligação rígida:
�O ângulo entre os elementos estruturais que se interceptam permanece essencialmente o mesmo após o carregamento da estrutura.
�Transmissão integral de momento fletor, força cortante e força normal.
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As ligações rígidas devem ser concebidas de forma a garantir:
�Que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga que as recebem;�A rotação em torno do eixo longitudinal e a rotação de uma peça em relação à outra no plano da flexão sejam impedidas.
�Os esforços externos são transferidos dos pilares e vigas, por meio de momento fletor, força cortante e força normal (tração ou compressão).
�Admite-se que o binário que compõe o momento fletor atue somente nas mesas da viga, então o momento fletor é transferido da viga ao pilar ao se ligar às mesas.
�A alma também deve ser ligada para transmissão da força cortante.
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Exemplos de ligações rígidas:
Nas ligações rígidas é comum a colocação de enrijecedores na alma do pilar, em continuidade às mesas da viga.
Esse procedimento tem objetivo de impedir a ocorrência de estados-limites últimos relacionados às forças localizadas de compressão e tração na mesa do pilar e também prevenir deformações da mesa e da alma do pilar.
• Ligação rígida viga-pilar segundo a NBR 8800:2008:
Válida somente:
Se a 1ª condição for satisfeita e a 2ª não, a ligação deve ser considerada semi-rígida.
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Ligação flexível:
A restrição à rotação relativa entre os elementos estruturais deve ser tão pequena quanto se consiga obter na prática.
O momento fletor transmitido é muito pequeno, na prática considera-se nulo.Há transmissão integral de força cortante e pode haver transmissão de força normal.
A deformação axial dos parafusos tracionados e, principalmente, a deformação por flexão das cantoneiras permitem a ocorrência da rotação necessária.
As ligações flexíveis devem ser concebidas de maneira a garantir:
�Que as reações de apoio sejam transmitidas ao pilar ou viga que as recebem;
�A rotação de uma peça em relação à outra no plano da flexão (plano da alma no caso de uma viga com seção em forma de “I”;
�Que a rotação em torno do eixo longitudinal seja impedida.
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Exemplos de ligações flexíveis:
• Ligação rotulada viga-pilar segundo a NBR 8800:2008:
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Ligação semi-rígida:
Apresenta um comportamento intermediário entre a ligação rígida e a flexível.
O momento transmitido através da conexão não é nem zero (ou próximo de zero) como no caso das ligações flexíveis e nem o momento máximo (ou próximo dele) como no caso das ligações rígidas.
Ligação semi-rígidaNecessário conhecer a relação
de dependência entre:
Momento resistente e a rotação
Diagrama momento / rotação
Indicadas:-Curvas relativas às ligações rígidas, semi-rígidas e flexíveis;-Reta que relaciona momentos e rotações nos apoios para uma viga submetida a carga uniforme.
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Para viga com carga uniformemente distribuída temos:
- Considerando as conexões nas extremidades teoricamente rígidas, o momento nos apoios será:
- Considerando que a ligação não é teoricamente rígida e permite alguma rotação das seções nos apoios (θ), o alívio do momento nos apoios será:
- O momento real nos apoios será:
- Para θ = 0: (ligação teoricamente rígida)
- Para Μ = 0: (ligação teoricamente flexível)θ
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1.3. Tipos de ligações mais usuais
1.3.1. Ligações viga com viga
1.3.2. Ligações viga com pilar
1.3.3. Emendas de pilar tipo I, H e tubular
1.3.4. Ligação pilar com fundação
1.3.1. Ligações viga com viga
Elevação e perspectiva de uma solução viga-viga parafusada com o uso de cantoneira
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Solução de uma viga soldada diretamente a outra.
1.3.2. Ligações viga com pilar
Solução para cisalhamento com cantoneira ou chapas na alma.
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Com cantoneira de assento para cisalhamento e ou pequenos momentos e chapas de extremidade para ligações a cisalhamento e momento, todas com uso de parafusos.
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Ligações vigas com pilares soldadas:
Ligações vigas com pilares parafusadas e soldadas
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1.3.3. Emendas de pilar tipo I, H e tubular
Emendas de pilares tipo I ou H parafusadas
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Emendas de pilares tipo I ou H soldadas
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1.3.4. Ligação pilar com fundação