AULAS 4 e 5 · É formado por 7 perguntas de ordem cardiovascular, ósteo-mio-articular e...

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1 AULAS 4 e 5 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO / CREF 1 2124/G http://lattes.cnpq.br/7222342538968001 www.avaliacaoemeducacaofisica.com.br Face: Professora Ana Beatriz Monteiro

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AULAS 4 e 5Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO / CREF 1 2124/G

http://lattes.cnpq.br/7222342538968001

www.avaliacaoemeducacaofisica.com.br

Face: Professora Ana Beatriz Monteiro

Ver Livro Didático: pág. 37 à 45; 46 à 50 e 65 à 71.

SUMÁRIO

• Anamnese / PAR-Q

• Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

• Interpretação de gráficos e tabelas para classificação

da PA, IMC e Obesidade Central.

AULAS 4 e 5Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

Anamnese é uma entrevista onde o avaliador iráconhecer a história e os hábitos do avaliado.Vem do grego, ana – trazer de novo, mnesis –memória.

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Anamnese

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Tópicos de uma Anamnese

• Dados de identificação

• Objetivos com a prática de atividade física

• História Clínica

• Doença(s) atuai(s)

• Medicamento(s)

• Alergia(s)

• Cirurgias(s)

• História Familiar

• Hábitos Alimentares

• Atividades da Vida Diária (AVD)

• Sono

• Atividades Escolares

• Atividades extras-escolar

• Atividades de Lazer

• Crescimento e Desenvolvimento

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O PAR-Q (Questionário de Prontidão para

Atividade Física) foi desenvolvido por

canadenses para avaliar a prontidão para a

prática de atividade física leve a moderada em

indivíduos de 15 à 69 anos.

É formado por 7 perguntas de ordem

cardiovascular, ósteo-mio-articular e

metabólica.

Caso alguma resposta seja positiva

recomenda-se avaliação médica.

Não substitui o Atestado Médico

PAR-QPhysical Activity Regular Questionnarie

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PAR-QPhysical Activity Regular Questionnarie

1) Alguma vez seu médico lhe disse que você possui um problema no coração e recomendouque só fizesse atividade física sob supervisão médica?( ) Sim ( ) Não

2) Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física?( ) Sim ( ) Não

3) Você sentiu dor no peito no último mês?( ) Sim ( ) Não

4) Você tende a perder a consciência ou cair, como resultado de tonteira?( ) Sim ( ) Não

5) Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática deatividade física?( ) Sim ( ) Não

6) Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão arterial oucondição cardiovascular?( ) Sim ( ) Não

7) Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento médico, dealguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física?( ) Sim ( ) Não

Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes

De acordo com o American Heart Association (AHA, 2010)

os principais fatores de risco para doenças cardíacas

coronarianas (DCC) são:

• Hipercolesterolemia.

• Hipertensão.

• Tabagismo.

• Obesidade.

• Hiperglicemia.

• Sedentarismo.

Lipídeos e Lipoproteínas Sanguíneas

Quando pedir ao responsável a análise do perfil lipídico?

✓Pais ou avós com história de aterosclerose com idade menor que 55 anos.

✓Pais com CT > 240 mg/dL

✓Possuem outros fatores de risco como hipertensão, obesidade, tabagismo ou

dieta rica em gorduras.

✓Possuir mais de 10 anos

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VALORES DE PAS E PAD CLASSIFICAÇÃO

< 90° NORMAL

≥ 90° e < 95° LIMÍTROFE

≥ 95° < 99 ° HIPERTENSÃO estagio 1

≥ 99 ° HIPERTENSÃO estagio 2

Hipertensão

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição em que ocorre o

aumento da pressão arterial sistólica e/ou diastólica. A pressão arterial

sistólica está associada a pressão máxima exercida sobre a parede

arterial durante a contração ventricular e a diastólica está associada a

pressão mínima exercida durante o relaxamento do ventrículo.

A prevalência atual de HA na idade pediátricaencontra-se em torno de 3% a 5%, enquanto ade pré-hipertensão (PH) atinge 10% a 15%,sendo tais valores principalmente atribuídos aogrande aumento da obesidade infantil (SBC,2016).

Crianças com nível pressórico acima do percentil90 têm risco 2,4 vezes maior de apresentarhipertensão na fase adulta.

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Hipertensão

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/v_diretrizes_brasileira_hipertensao_arterial_2006.pdf

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APLICATIVO

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Tabagismo

A iniciação precoce ao fumo é um preditor de uso de outras substâncias, comoálcool e drogas ilícitas. Torna-se, portanto, importante monitorar a iniciação emadolescentes, por ser uma ação passível de prevenção (PEDEN et al., 2008).

Os dados da PeNSE (2009 – 2012) para as capitais brasileiras mostraram que onúmero de escolares que experimentaram cigarro alguma vez na vida reduziude 24,2%, em 2009, para 22,3%, em 2012. Mas, manteve-se estável opercentual de escolares que fizeram uso de cigarros nos últimos 30 dias, emtorno de 6,0% de 2009 e 2012.

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Obesidade

• A obesidade é geralmente avaliada através do IMC (kg/m²)

• Dados do Excesso de Peso e Obesidade no Brasil

– Meninos/Rapazes

– Meninas/MoçasIdade Excesso de Peso Obesidade TOTAL

5-9 anos 32 % 11,8 % 43,8 %

10-19 anos 19,4 % 4 % 23,4 %

Idade Excesso de Peso Obesidade TOTAL

5-9 anos 34,8 % 16,6 % 51,4 %

10-19 anos 21,7 % 5,9 % 27,6 %

Fonte: Pesquisa de Orçamento Familiar, IBGE 2008-2009

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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE, 2009).

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Classificação do IMC para crianças e adolescentes

Classificação do IMC por percentil: OMS 2006/2007

P < 3 Magreza

P ≥ 3 < 85 Eutrofia (Normal)

P ≥ 85 < 97 Sobrepeso

P ≥ 97 Obesidade

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Obesidade

Sobrepeso

Magreza

Eutrofia

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27http://www.who.int/growthref/sft_bmifa_girls_perc_5_19years.pdf

28

http://www.who.int/growthref/sft_bmifa_boys_perc_5_19year.pdf

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P. Cintura (cm) – medido um pouco

acima da borda superior lateral do ílio

direito ao final de uma expiração normal.

Situação

de

Risco

Gordura Abdominal

P. Abdominal (cm) - ponto médio, entre

a borda do último arco costal e a borda

da crista ilíaca anterior ao final de uma

expiração normal. Habitualmente, essa

altura coincide com a linha da cicatriz

umbilical.

Fonte: Ministério da Saúde - Caderno de Atenção Básica, Nº 24 (Saúde na Escola, 2009).

Uma das formas de

diagnosticar a DM2 é através

da Glicemia de jejum (definida

como ausência de ingesta

calórica durante período

mínimo de 8 h) ≥ 126 mg/dl

(SBD, 2015-2016).32

Hiperglicemia

• Há poucos estudos sobre a prevalência de sedentarismo emcrianças e adolescentes no Brasil, variando de 42 a 93,5%,dependendo do critério utilizado (SBC, 2005).

• “A fim de melhorar a aptidão cardiorrespiratória, muscular, asaúde óssea e metabólica de crianças e jovens entre 5 e 17anos recomenda-se a pratica de atividade física moderada avigorosa durante pelo menos 60 minutos diários (0MS, 2011).”

• Quatro pontos avaliados:

1. Deslocamento para a escola;

2. Aulas de Educação Física na escola;

3. Outras atividades físicas extraescolares;

4. Tempo gasto por dia em frente a TV, computador, etc.

Sedentarismo

A PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, 2009) verificou que mais da

metade (56,9%) dos estudantes brasileiros são inativos ou insuficientemente

ativos. Sendo os meninos (56,2%) mais ativos que as meninas (31,3%).

Este quadro se agrava em 2012, onde 69,9% dos estudantes brasileiros são

inativos ou insuficientemente ativos (PeNSE, 2012)

A Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional)

determina a obrigatoriedade da prática de aulas de Educação Física nas

escolas . Este incentivo é fundamental para que a prática de esportes se

consolide como hábito saudável desde a adolescência.

Evolução do Sedentarismo no Brasil (estudantes do 9º ano)

Fonte: Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar – PeNSE / IBGE, 2009, 2012 e 2015.

Bibliografia

• PORTO. Semiologia Médica, Guanabara Koogan, 2001

• I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica,Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 2005.

• I Diretriz Brasileira de prevenção da aterosclerose na infância e adolescência. SBC,2005.

• VII Diretriz Brasileira de Hipertensão. SBS, 2016.

• MACHADO, C. A. EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO E CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃOARTERIAL. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. BRASIL: 2006.

• Sociedade Brasileira de Pediatria: Obesidade na Infância e na adolescência -manual de orientação, 2012.

• PITANGA, F. J. G. EPIDEMIOLOGIA DA ATIVIDADE FÍSICA, EXERCÍCIO FÍSICO ESAÚDE. SÃO PAULO:PHORTE, 2004.

• Pesquisa de Orçamento Familiar (PeNSE), IBGE 2008-2009

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