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    SOLDAGEM

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    SOLDAGEM - Captulo 1: Introduo

    1. Mtodo de Unio dos Metais

    Foras mecnicas macroscpicas Foras microscpicas

    Junta Parafusada Junta Soldada

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    2. Definio de SoldagemDefinies da Soldagem: processo de unio de metais por fuso;

    Operaoque visa obter a unio de duas ou mais peas, assegurandona junta a continuidade das propriedades fsicas e qumicas;

    Processo de unio de materiais usado para obter a coalescncialocalizada de metais e no metais, produzida por aquecimento at umatemperatura adequada, com ou sem utilizao de presso e/ou materialde adio;

    Processo de unio de materiais baseado no estabelecimento de foras deligao qumica de natureza similar s atuantes no interior dos

    prprios materiais, na regio de ligao entre os materiais que estosendo unidos.

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    3. Um breve histrico Existe no museu do Louvre, um pingente de ouro com indicao de ter sido soldado

    e que foi fabricado na prcia, por volta de 4000 a. C. O ferro cuja fabricao se iniciou em torno de 1500 a. C. Era produzido por reduo

    direta e conformado por martelamento na forma de blocos de poucos quilogramas.Quando pea maiores eram necessrias eram soldados por forjamento.

    O declnio da importncia da soldagem, vem com o incio da fundio e uniesrebitadas e parafusadas.

    Evoluo da soldagem, sculo XIX: Sir Humfrey Davy (1801 1806) experincias com arco eltrico; Edmund Davy descoberta do acetileno e desenvolvimento de fontes produtoras deenergia eltrica que possibilitaram o aparecimento dos processos de soldagem por

    fuso. Nikolas Bernardos e Stanislav Olszewsky Primeira patente de um processo de

    soldagem- Inglaterra (1885).

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    4. Formao de uma junta soldada

    Estrutura Cristalina

    Formao terica de uma solda pela aproximao das superfcies das peas

    Variao da energia x distncia de separaoentre dois tomos

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    4. Formao de uma junta soldadaDois mtodos principais so utilizados para

    superar estes obstculos, os quais originamos dois grandes grupos dos processos desoldagem. Soldagem por presso; Soldagem por fuso.Representao esquemtica da superfcie metlica

    Soldagem por presso ou deformao Soldagem por fuso

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    5. Processos de Soldagem5.1 Processos de soldagem por pressoEx: forjamento, por frico, por difuso, entre outros

    5.2 Processos de soldagem por fuso

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    SOLDAGEM Captulo 1: Introduo

    5. Processos de Soldagem5.2 Processos de soldagem por fuso

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentaisO arco eltrico a fonte de calor mais usada para soldagempor fuso:

    Fcil obteno

    Baixo custoTamanho reduzidoFcil controleAlta temperatura

    Alta potncia

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentaisO arco de soldagem opera

    entre um eletrodo plano ouaproximadamente plano (a pea) eoutro cilndrico (o arame, vareta oueletrodo), cuja rea muito menor

    do que a do primeiro. Assim, amaioria dos arcos de soldagem temum formato aproximadamentecnico ou desino, com o dimetro

    junto a pea maior do que odimetro prximo do eletrodo.

    Imagem do arco eltrico noprocesso TIG.

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentaisPrincipais parmetros: Diferena de potencial entre os

    eletrodos (tenso eltrica).

    Corrente eltrica.

    Distncia entre eletrodos(comprimento do arco)

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentais

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentais

    Elevados gradientestrmicos eltricos, naordem de 106 C/mm ede 10 a 105V/mm

    V = (Va + Vc) + E.la

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentais

    Curvas caractersticas estticas do arco do processo TIG

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    SOLDAGEM O Arco Eltrico

    1. O arco eltrico: Conceitos fundamentais

    Variao da diferena de potencial entre as extremidades de umarco de soldagem com a distncia de separao entre elas

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da SoldagemAbordagem: AosALOTROPIA: um fenmeno qumico que consisteem poder um elemento qumico cristalizar-se emmais de um sistema cristalino e ter por issodiferentes propriedades fsicas.

    FENMENO DE CRISTALIZAO: o fenmenoem que as clulas unitrias se renem e formauma rede cristalina ou retculo cristalino.

    CLULA UNITRIA: o agrupamento dos tomosmetlicos que procuram ocupar posies definidas eordenadas que se repetem em trs dimenses

    formando uma figura geomtrica regular.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Diagrama de transformao isotrmica para uma liga ferro - carbono

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Perlita grosseira Perlita fina Cementita globulizada

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Diagrama de transformao isotrmica para uma liga ferro - carbono

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosSolidificao/Cristalizao

    Regies de vazios formadas em uma junta soldada de ao carbono comvelocidade de resfriamento inadequada, Eisenhuttenleute (1997).

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos Em particular, na soldagem por fuso, trabalha-se com fontes de calor elevada

    temperatura e concentradas. Altos gradientes trmicos 100 a 1000 C/mm. Variaes bruscas de temperatura de at 1000 C/s

    Fluxo de Calor

    Etapas bsicas do fluxo decalor: Fornecimento decalor a junta e dissipaodeste calor pela pea.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Ciclo trmico de soldagem (esquemtico) Curvas esquemticas de repartiotrmica em soldas realizadas comdiferentes energias de soldagem (H1e H2)

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosOs ciclos trmicos de soldagem e a repartio trmica dependem de diversasvariveis, entre elas:

    Tipo de metal de base; Geometria da junta;

    Espessura da junta; Energia de soldagem e temperatura inicial da pea;

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosMacroestrutura de soldagem por fuso

    Regies de uma solda por fuso (esquemtica)

    Zona Fundida; Zona Termicamente Afetada; Metal de Base.

    Diagrama esquemtico mostrandodiferentes alteraes que podemocorrer na zona fundia de uma soldaem um ao de baixo carbono

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosCaractersticas da poa de fuso

    Coeficiente de diluio

    Composio qumica da ZF

    Varia de 100% (solda sem metal

    de adio) e 0% brasagem

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Variao da solubilidade do hidrognio no ferro lquido e slido

    O controle da diluio importante

    Materiais dissimilares;Deposio de revestimentos;

    Soldagem de metais com composio qumica desconhecida.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosUm fator importante na soldagem de aos a solubilizao do

    oxignio e slidos e lquidos insolveis na poa, esse ltimo pode causarincluses se for capturado pela frente de solidificao. Esses fatores dependem: Do processo e do procedimento de soldagem; Da composio do meio de proteo da poa de fuso e do arco; Composio qumica do metal de base e de adio se houver.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Seo transversal esquemtica de uma peafundida, mostrando as suas trs regiescaracterisricas

    Metalografia da regio de transioentre a ZTA e ZF

    Solidificao da poa de fuso

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosSolidificao da poa de fuso

    Representao esquemtica do crescimento epitaxial

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosSolidificao da poa de fuso

    Influncia do ciclo trmico de soldagem na largura do gro de solidificao

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: Aos

    Macrografia de uma solda de vrios passesrealizada em um ao de baixo carbono

    Formao de estruturas secundrias

    Diagrama esquemtico mostrandodiferentes alteraes que podemocorrer na zona fundia de uma soldaem um ao de baixo carbono

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosCaractersticas da Zona Termicamente Afetada

    Estrutura da ZTA de um ao de baixo carbono (esquemtico). A regio de crescimentode gro, B Regio de refino de gro, C regio intercrtica.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosCaractersticas da Zona Termicamente AfetadaA regio de crescimento de gro

    B Regio de refino de gro

    C regio intercrtica

    A estrutura final dependera do teor de carbono e de elementos de liga emgeral, do tamanho do gro austentico e da velocidade de resfriamento

    Aps o processo de soldagem, esta regio caracterizada, geralmente,por uma estrutura fina de ferrita e perlita, no sendo problematica namaioria dos casos.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosDescontinuidades Comuns em Solda

    Decontinuidades dimensionais Distoro

    Dimenses incorretas de solda Perfil incorreto de solda

    Descontinuidades estruturais Porosidade

    Incluses de tungstnio Falta de fuso Falta de penetrao Mordedura Trincas

    Propriedades inadequadas Propriedades mecnicas Propriedades qumicas

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosDistoro

    Origem: deformaes plsticas pela temperaturaCausas prtica: Soldagem em excessoConsequncia: Mudanas de forma e dimenso

    Medidas corretivas: Diminuio da quantidade de calor e metal depositado

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosPerfil incorreto de solda

    Um perfil inadequado de um cordo de solda esta relacionado com a

    manipulao ou posicionamento imperfeitos do eletrodo e ou utilizao deparmetros de soldagem incorretos

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosFormato incorreto da junta

    Posicionamento e/ou dimensionamento inadequado das peas.

    Desalinhamento em junta de topo

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosPorosidades

    Formas de porosidade: (a) distribuda, (b) agrupada, (c) alinhada e (d)vermicular

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosIncluses de escria

    Figura esquemtica incluso de escria

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosFalta de fuso

    Falta de fuso (esquemtica)

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosTrincasClassificao de acordo com a localizao

    1 trinca na cratera

    2 trinca transversal na ZF

    3 trinca transversal na ZTA

    4 trinca longitudinal na ZF

    5 trinca na margem da solda

    6 trinca sob o cordo

    7 trinca na linha de fuso

    8 trinca na raiz de solda

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosTrincas

    Formao de trincas a quente favorecida

    pelo formato do cordo em:

    a uma solda de filete cncava

    b passe de raiz cncavo em junta de

    topo

    c solda de topo com elevada razo

    penetrao/largura

    d em cordo em forma de sino

    Esquema de formao de trincas em junta

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Metalurgia da Soldagem - Abordagem: AosPara obter a solda, no basta apenas colocar duas peasmetlicas prximas, aplicar calor com ou sem presso. Para que a

    soldagem realmente se realize, os metais a serem unidos devemter uma propriedade imprescindvel: a soldabilidade.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsIsso produz uma chama concentrada de alta temperatura que

    funde o metal-base e o metal de adio, se ele for usado.

    Embora esse processo

    gere temperaturas elevadas,estas ainda so baixas secomparadas com as geradaspelo arco eltrico. Por causadisso, a velocidade de soldagem baixa e, apesar dasimplicidade e baixo custo, ouso em processos industriais dasoldagem a gs muito restrito.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gs

    A vazo de sada dos gases determinase a chama ser forte, intermediria ousuave. Finalmente, a proporo dos

    gases determina se a chama seroxidante, neutra ou redutora, cujaimportncia voc ver mais adiante.

    Para realizar a soldagem ags, o equipamento bsico necessrio composto por dois cilindros, umcontendo oxignio e outro contendo ogs combustvel, dotados dereguladores de presso, mangueiraspara conduzir os gases at omaarico.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsBasicamente, existem dois tipos de maaricos:a) O maarico de baixa presso, do

    tipo injetor, que fornece umamistura de gs e oxignio semvariao de proporo;1. Entrada de oxignio2. Entrada de gs3. Injetor4. Mistura entre os gases5. Cmara de mistura6.Bicob) O maarico misturador usado com cilindrosde gs de mdia presso.

    1. Entrada de oxignio2. Entrada de gs3. Ponto de encontro dos gases4. Misturador de gases5. Cmara de mistura6.Bico

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsO regulador de presso tem a funo de controlar a presso dos gases que

    saem dos cilindros de modo que ela diminua at atingir a presso de trabalho. Ele podeser de dois tipos: de um ou dois estgios. O desenho ao lado ilustra as partescomponentes de um regulador de um estgio.

    As mangueiras tm a funo deconduzir os gases. Elas devem ser flexveis ecapazes de resistir alta presso e a uma

    temperatura moderada. Para facilitar aidentificao, a mangueira para os gasescombustveis deve ser vermelha e ter roscaesquerda. A mangueira de oxignio deve serverde e ter rosca direita. Cada mangueira deveser protegida por vlvulas de segurana

    presentes no regulador de presso e no maarico.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsprocesso precisa de dois gases: o oxignio e um gs combustvel.

    O oxignio usado puro no processo; tem a funo de acelerar as reaes eaumentar a temperatura da chama.

    O gs combustvel, por sua vez, precisa apresentar algumas caractersticas. Porexemplo: ele deve ter alta temperatura de chama, alta taxa de propagao de chama,alto potencial energtico e mnima reao qumica com os metais de base e de

    adio. Gases como o hidrognio, o propano, o metano, o gs natural e,principalmente, o acetileno apresentam essas caractersticas.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsprocesso precisa de dois gases: o oxignio e um gs combustvel.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Soldagem a gsprocesso precisa de dois gases: o oxignio e um gs combustvel.

    Em funo da quantidade de gs combustvel e de oxignio, o maaricopode fornecer diferentes tipos de chama, aplicveis soldagem de diferentes tipos demetais. a regulagem da chama que vai permitir o aparecimento de seus trs tiposbsicos:

    1. Chama redutora ou carburante: obtida pela mistura de oxignio e maiorquantidade de acetileno. Esse tipo dechama caracterizado pela cor amarelaclara e luminosa e pela zona carburante

    presente no dardo da chama. usada

    para a soldagem de ferro fundido,alumnio, chumbo e ligas de zinco.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Soldagem a gsprocesso precisa de dois gases: o oxignio e um gs combustvel.

    2. Chama neutra ou normal: formadaa partir da regulagem da chamaredutora, obtida pela mistura deuma parte de gs, uma de oxignio domaarico e 1,5 parte de oxignio do ar,e se caracteriza por apresentar umdardo brilhante. Ela usada para a

    soldagem de cobre e todos os tipos deaos.

    3. Chama oxidante: obtida a partir dachama neutra, diminuindo a quantidade

    de acetileno e aumentando a quantidade deoxignio. usada para a soldagem de aosgalvanizados, lato e bronze.

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    SOLDAGEM Metalurgia

    Soldagem a gsAlm dos gases, mais dois tipos de materiais so svezes necessrios para a realizao da soldagem a gs: osfluxos e os metais de adio. Juntamente com o gs, esses

    materiais so chamados de consumveis.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsEtapas e tcnicas da soldagem a gs

    O processo de soldagem a gs apresenta as seguintes etapas:

    1.Abertura dos cilindros e regulagem das presses de trabalho.2.Acendimento e regulagem da chama.3. Formao da poa de fuso.4. Deslocamento da chama e realizao do cordo de solda,com ou sem metal de adio.5. Interrupo da solda.6. Extino da chama.Dentro desse processo, duas tcnicas de soldagem podem serempregadas: a soldagem esquerda e a soldagem direita.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsA soldagem direita acontece quando a chama dirigida para a

    poa de fuso e o metal de adio depositado atrs da chama. O nguloentre o maarico e a chapa deve ficar entre 45 e 60 e o ngulo entre avareta e a chapa de aproximadamente 45.

    Nessa tcnica, o maarico se desloca em linha reta, enquanto avareta de solda avana em movimentos de rotao no banho de fuso. Ela empregada para a soldagem de materiais com espessura acima de 6 mm.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gsA soldagem direita apresenta uma srie de vantagens:

    maior facilidade de manuseio do maarico e da vareta desolda;

    maior velocidade de soldagem; melhor viso do ponto de fuso e, consequentemente,

    melhor controle durante a soldagem; menores esforos de dilatao e contrao; possibilidade de soldagem de ampla faixa de espessuras de

    materiais.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem a gs

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosComo j vimos na outra parte desta aula, todos os processos desoldagem por arco eltrico usam um eletrodo para auxiliar na criao do

    arco. Isso acontece com todos os processos que acabamos de listar.

    O que voc ainda no sabe queesse eletrodo ao se fundir, precisa de algumtipo de proteo para evitar a contaminaoda poa de fuso pela atmosfera. Essacontaminao, que pode ser, por exemplo, pelo

    oxignio e pelo nitrognio que existem no ar,faz com que a junta soldada apresentepropriedades fsicas e qumicasprejudicadas.

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    O eletrodo revestido constitudo de um ncleo metlico chamado alma,que pode ser ou no da mesma natureza do metal-base porque o revestimento pode,entre outras coisas, complementar sua composio qumica. Desse modo, se omaterial a soldar um ao de baixo carbono e baixa liga, a alma ser de ao comcarbono (ao efervescente). Se o material for ao inoxidvel, a alma ser de ao de

    baixo carbono (efervescente) ou ao inoxidvel. Se for necessrio soldar ferrofundido, a alma ser de nquel puro ou liga de ferro-nquel, de ferro fundido, de ao.

    O revestimento composto de elementos de liga e desoxidantes (tais comoferro-silcio, ferro-mangans), estabilizadores de arco, formadores de escria,materiais fundentes (tais como xido de ferro e xido de mangans) e de materiais

    que formam a atmosfera protetora (tais como dextrina, carbonatos, celulose).

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodoAlm de proteo contra a contaminao atmosfrica, o revestimento tem asseguintes funes:

    1. Reduzir a velocidade de solidificao, por meio da escria.2. Proteger contra a ao da atmosfera e permitir a desgaseificao do metal de soldapor meio de escria.3. Facilitar a abertura do arco, alm de estabiliz-lo.4. Introduzir elementos de liga no depsito e desoxidar o metal.5. Facilitar a soldagem em diversas posies de trabalho.6. Guiar as gotas em fuso na direo da poa de fuso.7. Isolar eletricamente na soldagem de chanfros estreitos de difcil acesso, a fim deevitar a abertura do arco em pontos indesejveis.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    O quadro ao lado resume asprincipais informaes sobreos diversos tipos de eletrodosrevestidos.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    A classificao mais simples, aceita em quase todo o mundo, foi criada pelaAWS American Welding Society (Sociedade Americana de Soldagem).

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    Os eletrodos so classificados por meio de um conjunto de letras ealgarismos, da seguinte maneira:

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidos1.A letra E significa eletrodo para soldagem a arco eltrico.2. Os dois primeiros dgitos, que tambm podem ser trs, indicam o limite mnimo deresistncia trao que o metal de solda admite. Eles devem ser multiplicados por 1 000

    para expressar e resistncia em psi.3. O dgito seguinte indica as posies de soldagem nas quais o eletrodo pode serempregado com bons resultados:

    1.todas as posies2.posio horizontal (para toda solda em ngulo) e plana;3.posio vertical descendente, horizontal, plana e sobre cabea

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    4. O dgito que vem em seguida vai de zero a oito e fornece informaes sobre: acorrente empregada: CC com polaridade negativa ou positiva, e CA; a penetrao doarco; a natureza do revestimento do eletrodo. psi, do ingls pound per squareinch, que quer dizer libra por polegada quadrada, uma unidade de medida de

    presso equivalente a uma libra-fora por polegada quadrada ou a 6,895 Pa.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosO eletrodo

    Vamos dizer, ento, que voc tenha um eletrodo E 6013. Essenmero indica que se trata de um eletrodo com 60 000 psi,para soldar em todas as posies em CC+, CC- ou CA.

    5. Grupo de letras e nmeros (nem sempre utilizados) quepodem indicar a composio qumica do metal de solda.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosCuidados com os eletrodos revestidos

    Cuidados especiais devem ser tomados com o manuseio e armazenamentodos eletrodos, pois estes podem ser facilmente danificados. Em caso de choque,queda ou se o eletrodo for dobrado, parte de seu revestimento pode ser quebrada,deixando exposta sua alma. Nesse caso, ele no deve ser usado em trabalhos de

    responsabilidade.A absoro de umidade tambm pode comprometer o desempenho de

    alguns tipos de eletrodos. Por isso, eles so fornecidos em embalagens fechadasadequadamente. Uma vez aberta a embalagem, estes eletrodos devem ser guardadosem estufas especiais para esse fim.

    Os eletrodos revestidos devem ser manuseados e guardados de acordo comas instrues dos fabricantes.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosEquipamentos

    A soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidos um processo manualpresente em praticamente todos os tipos de indstrias que usam a soldagem comoprocesso de fabricao. tambm largamente empregada em soldagem demanuteno.

    Embora amplamente usado, esse processo depende muito da habilidade do

    soldador. Portanto, a qualidade do trabalho de soldagem depende do profissional quedeve ser muito bem treinado e experiente. Como a experincia s se adquire com aexecuo de muitas soldas, a preparao da mo-de-obra demorada e, por isso, custacaro.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosEquipamentos

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    SOLDAGEM Oxiacetileno

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosEquipamentos

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidosEtapas do processo

    O processo de soldagem ao arco eltrico com eletrodo revestido apresenta asseguintes etapas:

    1. Preparao do material que deve ser isento de graxa,leo, xidos, tintas etc.2. Preparao da junta;3. Preparao do equipamento.4.Abertura do arco eltrico.5. Execuo do cordo de solda.6. Extino do arco eltrico.7. Remoo da escria.

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    SOLDAGEM Eletrodo revestido

    Soldagem ao arco eltrico com eletrodos revestidos

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    SOLDAGEM TIG

    Soldagem TIGComo voc j deve ter percebido, TIG uma sigla. Ela deriva do ingls

    Tungsten Inert Gas e se refere a um processo de soldagem ao arco eltrico, com ousem metal de adio, que usa um eletrodo no-consumvel de tungstnio envolto

    por uma cortina de gs protetor.Esse processo

    aplicvel maioria dosmetais e suas ligas numaampla faixa de espessuras.Porm, devido baixa taxade deposio,sua aplicao limitada soldagem de

    peas pequenas e no passe deraiz, principalmente demetais no-ferrosos e de aoinoxidvel.

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Equipamento bsicoO equipamento usado na soldagem TIG composto basicamente por:

    uma fonte de energia eltrica; uma tocha de soldagem;

    uma fonte de gs protetor; um eletrodo para a abertura

    do arco;

    unidade para circulao degua para refrigerao datocha.

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Equipamento bsicoA tocha de soldagemtem como funo suportar o eletrodo de tungstnio e conduzir ogs de proteo de forma apropriada. Ela dotada de uma pina interna que serve

    para segurar o eletrodo e fazer o contato eltrico. Possui tambm um bocal que podeser de cermica ou de metal e cuja funo direcionar o fluxo do gs.

    Todas as tochas precisamser refrigeradas. Isso pode

    ser feito pelo prprio gs deproteo, em tochas decapacidade at 150 A ou,

    para tochas entre 150 e 500A, com gua correntefornecida por umcircuito de refrigeraocomposto por um motoreltrico, um radiador e umabomba dgua.

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    EletrodosO eletrodo usado no processo de soldagem TIG uma vareta sinterizada de

    tungstnio puro ou com adio de elementos de liga (trio, zircnio, lantnio e crio).Sua funo conduzir a corrente eltrica at o arco. Essa capacidade de conduovaria de acordo com sua composio qumica, com seu dimetro e com o tipo decorrente de soldagem.

    A seleo do tipo e do dimetro do eletrodo feita em funo do material que vai sersoldado, da espessura da pea, do tipo da junta, do nmero de passes necessrios realizao da soldagem, e dos parmetros de soldagem que vo ser usados no

    trabalho.ConsumveisPara a realizao da soldagem TIG, alm dos eletrodos, so necessrios tambm ositens chamados de consumveis, ou seja, o metal de adio e o gs de proteo.

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Etapas do processo de soldagem TIG manualPara realizar a soldagem TIG, o operador deve seguir as seguintes etapas:

    1. Preparao da superfcie, para remoo de leo, graxa, sujeira, tinta, xidos, pormeio de lixamento, escovamento, decapagem.2.Abertura do gs (pr-purga) para expulsar o ar da mangueira de gs e da tocha.3. Pr-vazo, ou formao de cortina protetora antes da abertura do arco.4.Abertura do arco por meio de um ignitor de alta freqncia.5. Formao da poa de fuso.6.Adio do metal na poa de fuso, quando aplicvel.7.Ao final da junta, extino do arco por interrupo da corrente eltrica.8. Passagem do gs inerte sobre a ltima parte soldada para resfriamento doeletrodo e proteo da poa de fuso em solidificao (ps-vazo).9. Fechamento do fluxo do gs.

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Etapas do processo de soldagem TIG manual No incio da soldagem, a tocha deve

    permanecer no ponto de partida porum tempo entre 3 e 5 segundos, paraque se forme uma poa de fuso.

    Usualmente durante a soldagem, atocha deve permanecer perpendicularem relao superfcie da junta de

    modo que o ngulo de trabalho sejade 90. Ao mesmo tempo, ela deveestar ligeiramente inclinada para

    trs (ngulo de soldagem de 5 a15).

    Soldagem TIG

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    SOLDAGEM TIG

    Alm disso, deve-se tambm considerar o conjunto de parmetrosque asseguram a penetrao e o perfil do cordo desejados. Eles so, porexemplo:

    o comprimento do arco, que varia entre 3 e 10 mm, dependendo do tipo e dalocalizao da junta.

    a intensidade da corrente de soldagem, relacionada principalmente com a

    espessura do metal de base, dimetro e tipo de eletrodo. a bitola da vareta escolhida de acordo com a quantidade de metal a ser

    adicionado poa de fuso. vazo do gs que influencia na qualidade do cordo de solda.

    A determinao dos parmetros de soldagem feita em funo domaterial a ser soldado, da espessura das peas, da posio de soldagem e dosequipamentos disponveis. Isso vlido tambm para a deciso de uso ou no demetal de adio.

    Soldagem TIG

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    Problemas operacionais e defeitos nas soldas