Auno IH. Sabbado, 26 de Outubro de 1867. JN. 658. DIÁRIO...

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Auno IH. Sabbado, 26 de Outubro de 1867. JN. 658. DIÁRIO DE y^Ê ^k CAl'1'l'AI. Anno . rr- 12*000 Semestre. . 6ff000 Trimestre ....3 «000 As assignaturas, pagas adiantadas, abreirí-se em qualquer dia e finalisão Janeiro, Abril, Julho e Outubro.— Sutyscreve-se ua rua Direita n.° 32 "H/ EDITOR—Capitão IPaulo Delfino da Fonseca PAULO .'¦•'¦•'. n ; ¦!;'i-h of*,.' em PARA FORA Anno . . . Semestre '.. Trimestre « * 1Õ$000 7$500 41000 PARTE OFFICIAL I -f,! r. •' ¦'¦'•• ¦¦¦•¦¦ Expediente da presidência Dia 15 de Outubro ãe 1867 —Ao tenento-coronel Manoel Antônio Bit- tencourt. Communicando que foi julgado apto para o serviço da guerra o escravo Elias offerecido por seu intermédio, pelo cidadão Joaquim Bonifácio do Am.:ral. —A' Joaquim Bonifácio do Amaral.—Lou- vando-o e agradecendo a offerta supra. —Ao inspector do thesouro.—Participando que no dia 12 do corrente entrou em exerci- cio do commando do destacamento de Bra- gança o alferes Carlos Augusto Ramalho. —A' camara municipal de Campinas.— Coiumunicando que mandou entregar-lhe a quanlia de 2:000*000 réis, para ser applicada aos concertos da ponte denominada—Macacos —como havia a mesma representado. Dia 16 —Ao alferes João Luiz do Prado Mineiro.— Communicado-lhe que pelo ministério da guerra lhe forão concedidos 20dias de licença para ir á côrte tratar de negócios de seu in- lerçsse. —Ao inspector'da thesouraria.—Communi- candoque o promotor publico deParahybtiiia, bacharel José Pedro Marcondes, entrava no dia 6 do corrente no gozo de 8 dias de licença que lhe forão concedidos. ²Ao capitão do Porto de Santos.—Man- dando fazer seguir para a côrte o recruta, de nome Benedictò Cypriano. ²Resolução.—-O vice-presidente da provin- cia, sobre proposta respectivo capitão com- mandante interino, nomea para os postos va- gos no 1 ° batalhão de infantaria da guarda nacional/desta capital aos cidadãos seguintes: 1 e Companhia Alferes, o guarda Izidoro José Pereira. £tí Companhia Alferes, o guarda Carlos Soares de Souza. 3 a Companhia Tenente, o alferes Francisco Clemente Paes Leite. 5tí Companhia Chpilão, o tenente Pedro Carlos Oliva. 6 e Companhia 2 ° Alteres, o guarda Pedro Gonçalves Dente. larteMe ppuj$í.4. O borr&o do tinta CAPITULO VI ANATOLIO REI DO TOMBUCTÚ Uma hora antes da visita de Anatolio, Mr. Legong (que de ora em diante chamaremos do Prado para evitar a confusão) acabava de lor era uin jornal de Marseille o seguinte : "Recommendamos de novo aos nossos con- cidadãos que estejão precavidos contra as tramóias de um aventureiro que ultimamente entrou em nossas muralhas, e de quem o nosso ultimo numero narrou as audazes proe- zas. Repetimos, elle escolhe de preferencia para victimas as famílias ricas que contão em seu seio filhas em idade de casar. "Apresenta-se de modo conveniente; suas maneiras têm alguma distincçâo; cita um nome sonoro antes de contar a historia romã- nesca por meio da qual tera enganado a muitos." Mr. Lelong, do Prado, que vivia muito reti- rado e que tinha tjma lilha de 18 aunos, ás primeiras palavras de Anatolio, persuadio-se de que se achava em presença do malfeitor designado pelo jornal, e portanto não hesitou em entregal-o á justiça. De que crime accusavão a este joven ? Por que lino ladrão toinavão-n'o ? Ahi ti phantasia cede o lugar á realidade; e comquauto a narração que segue-se pareça incrível, comtudo é da mais exacta veracidade. Para comprovai o copiamos o Correio dos Tri- bnnaes de 9 de Julho de 1827 : "Ha alguns dias desembarcou em Marseille um' individuo que denominaremos Viclor. Apresentou-se á familia de MtvX***, para cuja familia, dizia elle, trazia cartas de recomnien- dações as quaes perdera no caminho. Com o espirito illustrado e dotado de arrebatadora eloeução, foi bem recebido. Um dia que Mr. í X*** e seus filhos se achavão á mesa, abre-se uma porta e apparece Victor com penas bran- cas em redor da-cabeça e do corpo, de braços nus, com as pernas cobertas de collares e tendo um arco na mão. Saúda profundamente seus hospedes, e, no meio da admiração geral, falia nestes termos: —Talvez me julguem doudo, enganão-se; sou rei, e rei do Tombuctú, vasto e poderoso reino situado no centro da África. Ides saber como, de simples aspirante de marinha que eu era, elevei-me ao alto gráo que ora occupo. folhetim Aohava-me a bordo da Medusa quando ella foi fcpique no banco de arêa de Arguin: todos os meus companheiros afogarão-se; mais forte do ç-,e elles, salvei-me a nado e cheguei ás costas do deserto de Sahara. Durante muitos mezes caminhei sem descobrir a menor habi- tação. Emfim, alguns mouros encontrarão-me, aprisionarão, levarão mo para o Tombuctú onde fui vendido ao rei, o qual teve muito prazer em possuir-me, quando soube qne eu tinha alguns conhecimentos de medicina. Pouco depois cahio o rei gravemente enfermo, e, por meus cuidados, foi restituido á saude. Esta cura deu-me honras extraordinárias. No fim de tres mezes tornou a cahir o rei doente, e morreu. O povo então lançou as vistas para mim e assentou-me no throno do Tombuctú. Possuidor de um reino onde es- trangeiro algum, excepto eu, jamais pisara, tornei-me celebre pela sabedoria de minhas leis. Sempre oecupado com o futuro, amontoei iaraensos thesouros; a oceasião mostrou-me que essa prudência não fora inútil. Um ambi- cioso formou o projecto de *me expulsar e usurpar o throno, e para isso excitou uma sedição em meus Estados. Tomei uma resolu- ção decisiva. N'uma noite, emquanto todos os meus sub- ditos dormião, tirei todos os meus thesouros e sahi da cidade. Caminhei sempre direito, e no lim de 40 dias de marcha forçada, achei-me uas praias do mai', onde um navio inglez que se achava para impedir o traíieo de negros, recebeu-me e levou-me á Inglaterra, para onde devo em breve voltar, alim de pôr-me á frente de 500 homens que me restaurarão no throno do Tombuctú. Porém ahi não parao todos os meus desejos. Aspiro á mão vossa filha, e, coraq::-:'.i;to ella não tenha senão eem mil fran- cos de dote, comtudo é-iiiè grato escolhol-a para rainha. O pai não fez-se esperar por muito tempo alim de dar a resposta, e com a voz abalada pela vaidade e surpreza, respondeu : «Sire, que vos dignasles abaixar até mi- nha filha, eu vol-a dou por esposa. Porém como, Sire, acerescentou olle, ptidestes es- quecer a pouca attenção que tivemos para comvosco?» —Como !... Não fallemos mais nisto, respon- deu Victor; permitti me unicamenle fazer um pequeno presente á rainha, minha futura es- posa. E mostrou um collar de grandes pedras falsas que pôz no pescoço de Mlle. X***, e começarão todos a admirar a belleza do dia- man te e a generosidade do monarcha. A'sobre- mesa beherão á saude de Victor, e gritos de Viva o rei! fizerão retinir o's vidros. r^ ..... —.^tM,1«.»*M. - A CASA DESERTA ROMANCE SEM PALAVRAS (Continuação do n. 650.) IV CASA PARA VENDER Reunirem-se emfim apoz longa e dolorosa separação ; fallarem-se depois do silencio vo- luntario, era sem duvida bom, mas perigoso. A considerar-se que nascera o amor destas duas poéticas creaturas ainda anles de troca- rem uma palavra, e que, havendo ambos como que se adivinhado, tiverão também dêem- pregar os maiores esforços para dominarem-se, que virão-se coagidos a olharem-se com iu- differença, a comprimir o menor gesto que os trahisse, é fácil de comprehender qual não se- ria agora a explosão de ternura,—depois á&s, imperiosas circumstancias que lheá havião trazido o isolamento, quer anles, quer depois da separação, —Nuiiôà porventura houve situação com- paravel á nossa, disse Gerard. Confesse, Ame- lir., que eu sabia conservar o meu segredo a seu respeito. —E eu o meu, disse ella brincando. Mas, acerescentou gravemente, como é triste o não No dia seguinte, apresenta-se Victor em casa de seu futuro sogro, e pede dez mil fran- cos para mandar fazer üm diadétoá. Nflo que lhe faltasse dinhefro, mas âesèiàvajbttito-se devedor de Mlle. "T*\ Era ümâ ftóèfca que elle fazia-lhe. ObomMr. X*"* adraira-sé mui- to por elle pedir tao pouco, e dá-lhe os dez mil francos. Victor sahio da casa e nfto voltou mais. E era prendendo a pessoa de Mr. de Bois- préau que julgavao agarrar o tal rei do Tom- buetú. O erro nao podia prolongar-se por muito tempo ; foi logo reconhecido, e o preso ia ser solto quando uma missiva acompanhada de ura pequeno embrulho foi entregue ao de- legado. .Segundo vossas ordens, dizia-se no relato- •rio, cercámos a morada presumida de Zhad- dahe de sua quadrilha. Todos havião desap- •parecido. Encontrámos alguns objectos sus- peitos, entre outros uraa carteira que ahi vai e que tem o nome de A. de Boispréau.» A' vista de sua carteira, Anatolio emp alli- deceu. Esta emoção foi desfavoravelmente in- terpretada pelo * magistrado que pôde crer, nao sem algum fundamento, que o velhaco que intitulava-se rei do Tombuctú fazia parte da quadrilha de Zhaddah. Sob o peso desta nova aceusação, Anatolio sahio de seu torpor e prostração. Indignou-se altamente e com um accentode verdade que nao podia illudir, nar- rou todas as tribulações por que passara desde sua partida de Paris. Elle acerescentou:—N uin dos bolsos da carteira está, se os ladrões res- peitarão, uma carta do capitão Lelong que corroborará minhas inserções. Encontrou-se a carta; o delegado leu-a e entregando-a a Boispréau, disse: —Estais certo de que este borrao de tinta não oceulte com sua sombra a cidade de Mar- seille?. Uma vez solto, Anatolio julgou que nao de- via procurar mais Mr. Lelong, irmão. Entregue a um ódio, em todo cttso,-descul- pavehmaldizendo da Providencia,San-Lucàrne e os xMarselhezes, entrou na diligencia que devia deixal-o em Avignon. Quando accal- mou-se, procurou a causa dos acontecimentos penosos que, em tão pouco tempo, lhe sobre- vierão; e depois a phrase do delegado de po- licia lhe veio á mente: «Estais certo de que este borrão de tinta não'oceulte com sua som- bra a cidade de Marseille?! —Sim, disse comsigo mesmo, não seria real- niente etn Marseille que rae derão reunião?... Com effeito, estas tres letras Ue poderião tam- bem significar Luuéville, Mello, Rochelle, Lille... era tempo de fazer esta observação. Chegando em Avignon, dirigio-se ímmedia- tamente ao hotel do Palais-Royai afim de pro- curar a sua berlinda. Sua surpreza nao teve limites quando soube que, na vespera, Mr. de San-Lucarne, servindo-se de uma carta de Boispréau, viera elle raesmo buscar o carro era •questão, para leval-o, dizia elle, ao proprie- tario. poder manifestar-se esta declaração senão á custa de tanto luto !... Estamos rodeados de cyprestes. —Que quer, Amélia ?... A nossa existência será corao esses campos de batalha onde a herva verdoenga e espessa brota sobre ruinas e esconde os sulcos ensangüentados. —Pois haverá para nós futuro ? disse com cerla melancolia. Mas elle erguendo-se energicamente, e sa- cudindo os seus bastos cabellos, exclamou : —O porvir é nosso, sim, e por bom preço o pagámos. Vem, Amélia,vem,minha querida!... Vamos coniiar do lago discreto as nossas juras de futuro !... Ella cobrio-se com uma capa, atou o cha- péo de palha, o seguio Gerard com a mesma submissão que outr'ora lhe mostrava, uas suas lições de musica. Passarão a grade que fecha o hotel e suas vastas dependências e acharão-se na margem que conduz do rio ao lago. Mr. Hirmaòker, activo administrado)', es- perava uma sege de posta que avistava ao longe ;<voltando-se, qual não foi o seu pasmo ao ver a bejlit condessa polo braço lo moço parisiense ! Qual! essa senhora adoentada cujos nervos delicados, irritavão-se á mais suave nota de um piano, não podia ser a inosma que passava então com o rosto tão expansivo ! Qual! essa nobre senhora sempre coberta de luto, em cujo todo havia a maior reserva, ir agora em companhia de um viajante que nessa mesma manhã ora-lhe inleiramente des- conhecido ! Tal era a alteração da physiouoinia no hon- rado allemão, que o par amoroso não pôde conter uma gargalhada. Mas esse riso não dillicultou»o enigma para o bom Mr. Hirmacker, como ainda trouxe uma tal ou qual mortiíicação. O bom do homem fez um grande ifompri- mento, não ousando adiantar observação al- guma. Os dous noivos—já se havião dado espon- taticamente esse doce nome—forão seguindo de vagar pela margem do Aar, entrarão a ci- dade tão curiosa com suas arcadas e passa- diços na altura dos sobrados, atravessarão a ponte e acharão-se na margem opposta, de aspecto todo campestre. Durante o passeio, Iratavão do futuro. Gé- rard sentia despertar dentro em si esse ardor de gloria o de honras que o olhar da mulher que se ama faz surdir com a força da paixão. lamentava haver gasto os primeiros annos da mocidade, embora na maior parte desse tempo se houvesse dado ao aperfeiçoamento das artes. Agora, dizia com enthúsiasmo :— Desde que sou feliz, quero ser útil ; quero servir meu paiz cora toda a força dos meus recursos; quero, minha Amélia, que, abdicando o aristocrático nome de Ludolf pelo appellido plebeu de Damblay, nada perca com a troca. —Gerard, respondeu ella com simplicidade, você possue a verdadeira nobreza, a nobreza de sentimentos. Acredite, que não formo votos tão ambiciosos. Mais me agrada viver em repouso, no retiro e na maior calma. Aqui. por exemplo, onde nos tornamos a encontrar, uão poderíamos constituir o mais delicioso oásis, para passar ao menos o verão ? —Já eu pensara nisso, replicou o moço com vivacidade ; é admirável este paiz ; não en- contrei ainda na Suissa sitio algum que me agradasse mais. —Nem eu. O meu ideal é uma casinha em Thun com o nosso piano, bvros e pincéis. —Justamente... disse Gerard. E, sem mais palavra, mostrou-lhe com o dedo uma linda casa de construcção recento, faceiramente edificada em -um pequeno de- olive, sombreada por verdejanles arvoredos, cercada por um gradil de madeira, e tendo a. seguinte inscripção, verdadeiramente helvetica MLUREllRO.,. -Oh! sim, disse ella, uma habitação como essa nos conviria a ambos. O aspecto e lin- dissimo. Mas...nl, -Mas... Adivinho-lhe o pensamento. Olhe com attenção, Amélia. Alli, na grade, junto de um pavi!liãozinho,sein duvida destinado ao guarda ou ao jardineiro, ha um escripto, e que diz: «Casa para vender». Não ha maior eloqüência, nem melhor achado. Vamos en- tíaí fazer o ajuste e comprar a propriedade em nome de ambos, emquanto esperamoique não haja mais condessa de Ludolf. yuer assim?,.D„o Por única resposta, Ameba ergueu a sua delicada mãozinha, e puxou o cordel da cam- Painha-(Continua) MANCHADA

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Auno IH. Sabbado, 26 de Outubro de 1867. JN. 658.

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As assignaturas, pagas adiantadas, abreirí-se em qualquer dia e finalisãoJaneiro, Abril, Julho e Outubro.— Sutyscreve-se ua rua Direita n.° 32

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EDITOR—Capitão IPaulo Delfino da Fonseca

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Expediente da presidênciaDia 15 de Outubro ãe 1867

—Ao tenento-coronel Manoel Antônio Bit-tencourt. — Communicando que foi julgadoapto para o serviço da guerra o escravo Eliasofferecido por seu intermédio, pelo cidadãoJoaquim Bonifácio do Am.:ral.

—A' Joaquim Bonifácio do Amaral.—Lou-vando-o e agradecendo a offerta supra.

—Ao inspector do thesouro.—Participandoque no dia 12 do corrente entrou em exerci-cio do commando do destacamento de Bra-gança o alferes Carlos Augusto Ramalho.

• —A' camara municipal de Campinas.—Coiumunicando que mandou entregar-lhe aquanlia de 2:000*000 réis, para ser applicadaaos concertos da ponte denominada—Macacos—como havia a mesma representado.

Dia 16—Ao alferes João Luiz do Prado Mineiro.—

Communicado-lhe que pelo ministério daguerra lhe forão concedidos 20dias de licençapara ir á côrte tratar de negócios de seu in-lerçsse.

—Ao inspector'da thesouraria.—Communi-candoque o promotor publico deParahybtiiia,bacharel José Pedro Marcondes, entrava nodia 6 do corrente no gozo de 8 dias de licençaque lhe forão concedidos.

Ao capitão do Porto de Santos.—Man-dando fazer seguir para a côrte o recruta, denome Benedictò Cypriano.

Resolução.—-O vice-presidente da provin-cia, sobre proposta dò respectivo capitão com-mandante interino, nomea para os postos va-gos no 1 ° batalhão de infantaria da guardanacional/desta capital aos cidadãos seguintes:

1 e CompanhiaAlferes, o guarda Izidoro José Pereira.

£tí CompanhiaAlferes, o guarda Carlos Soares de Souza.

3 a CompanhiaTenente, o alferes Francisco Clemente Paes

Leite.5tí Companhia

Chpilão, o tenente Pedro Carlos Oliva.

6 e Companhia2 ° Alteres, o guarda Pedro Gonçalves Dente.

larteMeppuj$í.4.

O borr&o do tintaCAPITULO VI

ANATOLIO REI DO TOMBUCTÚ

Uma hora antes da visita de Anatolio, Mr.Legong (que de ora em diante chamaremosdo Prado para evitar a confusão) acabava delor era uin jornal de Marseille o seguinte :

"Recommendamos de novo aos nossos con-cidadãos que estejão precavidos contra astramóias de um aventureiro que ultimamenteentrou em nossas muralhas, e de quem já onosso ultimo numero narrou as audazes proe-zas. Repetimos, elle escolhe de preferenciapara victimas as famílias ricas que contão emseu seio filhas em idade de casar.

"Apresenta-se de modo conveniente; suasmaneiras têm alguma distincçâo; cita umnome sonoro antes de contar a historia romã-nesca por meio da qual já tera enganado amuitos."

Mr. Lelong, do Prado, que vivia muito reti-rado e que tinha tjma lilha de 18 aunos, ásprimeiras palavras de Anatolio, persuadio-sede que se achava em presença do malfeitordesignado pelo jornal, e portanto não hesitouem entregal-o á justiça.

De que crime accusavão a este joven ? Porque lino ladrão toinavão-n'o ?

Ahi ti phantasia cede o lugar á realidade; ecomquauto a narração que segue-se pareçaincrível, comtudo é da mais exacta veracidade.Para comprovai o copiamos o Correio dos Tri-bnnaes de 9 de Julho de 1827 :

"Ha alguns dias desembarcou em Marseilleum' individuo que denominaremos Viclor.Apresentou-se á familia de MtvX***, para cujafamilia, dizia elle, trazia cartas de recomnien-dações as quaes perdera no caminho. Com oespirito illustrado e dotado de arrebatadoraeloeução, foi bem recebido. Um dia que Mr.

í X*** e seus filhos se achavão á mesa, abre-seuma porta e apparece Victor com penas bran-cas em redor da-cabeça e do corpo, de braçosnus, com as pernas cobertas de collares etendo um arco na mão. Saúda profundamenteseus hospedes, e, no meio da admiração geral,falia nestes termos:

—Talvez me julguem doudo, enganão-se;sou rei, e rei do Tombuctú, vasto e poderosoreino situado no centro da África.

Ides saber como, de simples aspirante demarinha que eu era, elevei-me ao alto gráoque ora occupo.

folhetim

Aohava-me a bordo da Medusa quando ellafoi fcpique no banco de arêa de Arguin: todosos meus companheiros afogarão-se; mais fortedo ç-,e elles, salvei-me a nado e cheguei áscostas do deserto de Sahara. Durante muitosmezes caminhei sem descobrir a menor habi-tação. Emfim, alguns mouros encontrarão-me,aprisionarão, levarão mo para o Tombuctúonde fui vendido ao rei, o qual teve muitoprazer em possuir-me, quando soube qneeu tinha alguns conhecimentos de medicina.Pouco depois cahio o rei gravemente enfermo,e, por meus cuidados, foi restituido á saude.Esta cura deu-me honras extraordinárias.

No fim de tres mezes tornou a cahir o reidoente, e morreu. O povo então lançou asvistas para mim e assentou-me no throno doTombuctú. Possuidor de um reino onde es-trangeiro algum, excepto eu, jamais pisara,tornei-me celebre pela sabedoria de minhasleis. Sempre oecupado com o futuro, amontoeiiaraensos thesouros; a oceasião mostrou-meque essa prudência não fora inútil. Um ambi-cioso formou o projecto de *me expulsar eusurpar o throno, e para isso excitou umasedição em meus Estados. Tomei uma resolu-ção decisiva.

N'uma noite, emquanto todos os meus sub-ditos dormião, tirei todos os meus thesourose sahi da cidade.

Caminhei sempre direito, e no lim de 40dias de marcha forçada, achei-me uas praiasdo mai', onde um navio inglez que lá se achavapara impedir o traíieo de negros, recebeu-mee levou-me á Inglaterra, para onde devo embreve voltar, alim de pôr-me á frente de 500homens que me restaurarão no throno doTombuctú. Porém ahi não parao todos osmeus desejos. Aspiro á mão dè vossa filha, e,coraq::-:'.i;to ella não tenha senão eem mil fran-cos de dote, comtudo é-iiiè grato escolhol-apara rainha.

O pai não fez-se esperar por muito tempoalim de dar a resposta, e com a voz abaladapela vaidade e surpreza, respondeu :

«Sire, já que vos dignasles abaixar até mi-nha filha, eu vol-a dou por esposa. Porémcomo, Sire, acerescentou olle, ptidestes es-quecer a pouca attenção que tivemos paracomvosco?»

—Como !... Não fallemos mais nisto, respon-deu Victor; permitti me unicamenle fazer umpequeno presente á rainha, minha futura es-posa.

E mostrou um collar de grandes pedrasfalsas que pôz no pescoço de Mlle. X***, ecomeçarão todos a admirar a belleza do dia-man te e a generosidade do monarcha. A'sobre-mesa beherão á saude de Victor, e gritos deViva o rei! fizerão retinir o's vidros.

r^..... —.^tM,1«.»*M. -

A CASA DESERTA

ROMANCE SEM PALAVRAS

(Continuação do n. 650.)

IV

CASA PARA VENDER

Reunirem-se emfim apoz longa e dolorosaseparação ; fallarem-se depois do silencio vo-luntario, era sem duvida bom, mas perigoso.

A considerar-se que nascera o amor destasduas poéticas creaturas ainda anles de troca-rem uma só palavra, e que, havendo amboscomo que se adivinhado, tiverão também dêem-pregar os maiores esforços para dominarem-se,que virão-se coagidos a olharem-se com iu-differença, a comprimir o menor gesto que ostrahisse, é fácil de comprehender qual não se-ria agora a explosão de ternura,—depois á&s,imperiosas circumstancias que lheá haviãotrazido o isolamento, quer anles, quer depoisda separação,

—Nuiiôà porventura houve situação com-paravel á nossa, disse Gerard. Confesse, Ame-lir., que eu sabia conservar o meu segredo aseu respeito.

—E eu o meu, disse ella brincando. Mas,acerescentou gravemente, como é triste o não

No dia seguinte, apresenta-se Victor emcasa de seu futuro sogro, e pede dez mil fran-cos para mandar fazer üm diadétoá. Nflo quelhe faltasse dinhefro, mas âesèiàvajbttito-sedevedor de Mlle. "T*\ Era ümâ ftóèfca queelle fazia-lhe. ObomMr. X*"* adraira-sé mui-to por elle pedir tao pouco, e dá-lhe os dez milfrancos.

Victor sahio da casa e nfto voltou mais.E era prendendo a pessoa de Mr. de Bois-

préau que julgavao agarrar o tal rei do Tom-buetú. O erro nao podia prolongar-se pormuito tempo ; foi logo reconhecido, e o presoia ser solto quando uma missiva acompanhadade ura pequeno embrulho foi entregue ao de-legado.

.Segundo vossas ordens, dizia-se no relato-•rio, cercámos a morada presumida de Zhad-

dahe de sua quadrilha. Todos havião desap-•parecido. Encontrámos alguns objectos sus-

peitos, entre outros uraa carteira que ahi vaie que tem o nome de A. de Boispréau.»A' vista de sua carteira, Anatolio emp alli-

deceu. Esta emoção foi desfavoravelmente in-terpretada pelo

* magistrado que pôde crer,

nao sem algum fundamento, que o velhacoque intitulava-se rei do Tombuctú fazia parteda quadrilha de Zhaddah. Sob o peso destanova aceusação, Anatolio sahio de seu torpor eprostração. Indignou-se altamente e com umaccentode verdade que nao podia illudir, nar-rou todas as tribulações por que passara desdesua partida de Paris. Elle acerescentou:—N uindos bolsos da carteira está, se os ladrões res-peitarão, uma carta do capitão Lelong quecorroborará minhas inserções.

Encontrou-se a carta; o delegado leu-a eentregando-a a Boispréau, disse:

—Estais certo de que este borrao de tintanão oceulte com sua sombra a cidade de Mar-seille? .

Uma vez solto, Anatolio julgou que nao de-via procurar mais Mr. Lelong, irmão.

Entregue a um ódio, em todo cttso,-descul-pavehmaldizendo da Providencia,San-Lucàrnee os xMarselhezes, entrou na diligencia quedevia deixal-o em Avignon. Quando accal-mou-se, procurou a causa dos acontecimentospenosos que, em tão pouco tempo, lhe sobre-vierão; e depois a phrase do delegado de po-licia lhe veio á mente: «Estais certo de queeste borrão de tinta não'oceulte com sua som-bra a cidade de Marseille?!

—Sim, disse comsigo mesmo, não seria real-niente etn Marseille que rae derão reunião?...Com effeito, estas tres letras Ue poderião tam-bem significar Luuéville, Mello, Rochelle,Lille...

Já era tempo de fazer esta observação.Chegando em Avignon, dirigio-se ímmedia-

tamente ao hotel do Palais-Royai afim de pro-curar a sua berlinda. Sua surpreza nao tevelimites quando soube que, na vespera, Mr. deSan-Lucarne, servindo-se de uma carta deBoispréau, viera elle raesmo buscar o carro era•questão, para leval-o, dizia elle, ao proprie-tario.

poder manifestar-se esta declaração senão ácusta de tanto luto !... Estamos rodeados decyprestes.

—Que quer, Amélia ?... A nossa existênciaserá corao esses campos de batalha onde aherva verdoenga e espessa brota sobre ruinase esconde os sulcos ensangüentados.

—Pois haverá para nós futuro ? disse comcerla melancolia.

Mas elle erguendo-se energicamente, e sa-cudindo os seus bastos cabellos, exclamou :

—O porvir é nosso, sim, e por bom preço opagámos. Vem, Amélia,vem,minha querida!...Vamos coniiar do lago discreto as nossasjuras de futuro !...

Ella cobrio-se com uma capa, atou o cha-péo de palha, o seguio Gerard com a mesmasubmissão que outr'ora lhe mostrava, uassuas lições de musica.

Passarão a grade que fecha o hotel e suasvastas dependências e acharão-se na margemque conduz do rio ao lago.

Mr. Hirmaòker, activo administrado)', es-perava uma sege de posta que avistava aolonge ;<voltando-se, qual não foi o seu pasmoao ver a bejlit condessa polo braço lo moçoparisiense !

Qual! essa senhora adoentada cujos nervosdelicados, irritavão-se á mais suave nota deum piano, não podia ser a inosma que passavaentão com o rosto tão expansivo !

Qual! essa nobre senhora sempre cobertade luto, em cujo todo havia a maior reserva,ir agora em companhia de um viajante que

nessa mesma manhã ora-lhe inleiramente des-conhecido !

Tal era a alteração da physiouoinia no hon-rado allemão, que o par amoroso não pôdeconter uma gargalhada.

Mas esse riso não só dillicultou»o enigmapara o bom Mr. Hirmacker, como ainda trouxeuma tal ou qual mortiíicação.

O bom do homem fez um grande ifompri-mento, não ousando adiantar observação al-guma.

Os dous noivos—já se havião dado espon-taticamente esse doce nome—forão seguindode vagar pela margem do Aar, entrarão a ci-dade tão curiosa com suas arcadas e passa-diços na altura dos sobrados, atravessarão aponte e acharão-se na margem opposta, deaspecto todo campestre.

Durante o passeio, Iratavão do futuro. Gé-rard sentia despertar dentro em si esse ardorde gloria o de honras que o olhar da mulherque se ama faz surdir com a força da paixão.Já lamentava haver gasto os primeiros annosda mocidade, embora na maior parte dessetempo se houvesse dado ao aperfeiçoamentodas artes. Agora, dizia com enthúsiasmo :—Desde que sou feliz, quero ser útil ; queroservir meu paiz cora toda a força dos meusrecursos; quero, minha Amélia, que, abdicandoo aristocrático nome de Ludolf pelo appellidoplebeu de Damblay, nada perca com a troca.

—Gerard, respondeu ella com simplicidade,você possue já a verdadeira nobreza, a nobrezade sentimentos. Acredite, que não formovotos tão ambiciosos. Mais me agrada viver

em repouso, no retiro e na maior calma. Aqui.

por exemplo, onde nos tornamos a encontrar,uão poderíamos constituir o mais deliciosooásis, para passar ao menos o verão ?

—Já eu pensara nisso, replicou o moço comvivacidade ; é admirável este paiz ; não en-contrei ainda na Suissa sitio algum que meagradasse mais.

—Nem eu. O meu ideal é uma casinha emThun com o nosso piano, bvros e pincéis.

—Justamente... disse Gerard.E, sem mais palavra, mostrou-lhe com o

dedo uma linda casa de construcção recento,faceiramente edificada em -um pequeno de-olive, sombreada por verdejanles arvoredos,cercada por um gradil de madeira, e tendo a.

seguinte inscripção, verdadeiramente helveticaMLUREllRO. ,. „

-Oh! sim, disse ella, uma habitação comoessa nos conviria a ambos. O aspecto e lin-

dissimo. Mas... nl,-Mas... Adivinho-lhe o pensamento. Olhe

com attenção, Amélia. Alli, na grade, juntode um pavi!liãozinho,sein duvida destinado ao

guarda ou ao jardineiro, ha um escripto, e

que diz: «Casa para vender». Não ha maioreloqüência, nem melhor achado. Vamos en-

tíaí fazer o ajuste e comprar a propriedadeem nome de ambos, emquanto esperamoiquenão haja mais condessa de Ludolf. yuerassim? ,. „ D„o

Por única resposta, Ameba ergueu a suadelicada mãozinha, e puxou o cordel da cam-

Painha- (Continua)

MANCHADA

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ti

2

Anatolio recebeu philosophicamente esteg-olpe. Emfim, isto nao era senão questão dedinheiro. Tomou o caminho de Paris e chegouás portas da capital sem accidente digno demenção.

CAPITULO VII

CONCLUSÃO

Emquanto passarao-se estes acontecimentosno Sul, no outro lado da: França as cousas mu-davao de aspecto. Cada vez mais indignadocom a descortezia e silencio de Mr. de Bois-préau, o capitão Lelong desmanchara o casa-mento e jurara por innumeros milhares de ca-tapultas que jamais sua pupilla havia de casarcom um homem tao malcriado. Depois, á for-ça de ouvil-a dizer que nao desejava separar-' se de seu tutor, que talvez se acabaria porachar um marido cuja posição permittisse rea-

.lizar este desejo, elle abri o os olhos. Compre-liendeu então que Máximo e Alicia, criados,conhecendo-se ej estimando -se mutuamente,poderião fazer um excellente casal... Assimpois, todo contente por haver concluído a ul-tima linha de sua grande obra, bruscamenteperguntou n'uraa manha á sua pupilla se, poracaso, Mr. Máximo Lelong- lhe conviria paraesposo.

Alicia córou e abraçou pelo pescoço a seututor.

—Cego que eu era, murmurou elle, tinha ámao a felicidade de meus dous filhos, e naoadivinhava '

—Vês, padrinho, disse Alicia enchendo-sede caricias, assim viveremos sempre juntos :no inverno em Lille, no verão no Joliraetz, eestarei ainda ahi para corrigir, rever e aug-mentar sua 2a edição da Arte obsidional entreos Romanos.

Nessa mesma tarde o casamento estavaajustado.

Ura mez depois, achámo-nos no mesmo sa-lao em que se passou o primeiro acto destahistoria. Tornámos a vêr Mr. Pivert assenta-do no mesmo lugar, fazendo, diante das mes-mas pessoas, a leitura do contracto de casa-mento de Mlle. Barthés. Apenas fez-se umaligeira modificação nos autos: o nome de Mr.Máximo Lelong, engenheiro residente emLille, substitue o de Mr. de Boispréau. Des-ta vez o noivo esta presente, e as partes con-trahentes assignao coin o tabelliao e as tes-temunhas. Depois, como no começo destanarração, o capitão Lelong grita para os con-vidados : «Para a mesa, meus amigos !• e,mais alegres do que no dia 30 de Maio iãosatisfazer ao convite, quando a porta abre-see um criado annuncia:

—Mr. Anatolio de Boispréau !Se um raio cahisse no saião nao produziria

mais commoçao do que esta visita inesperada.O furor do capitão, o ar perturbado de Alicia,o ar embaraçado de Auatolio, a admiração dosconvivas formavao um quadro que nem teu-taremos esboçar.

Mr. Léipngvrompeu o silencio, e, sem pre-canções oratórias, annunciou á Mr. de Bois-préau o casamento de Alicia.

Naturalmente Mr. de Boispréau já contavacom esta noticia; e como além disso seu co-ração nada tinha com seus projectos de união,nao mostrou surpreza nem descontentamento ;inclinou-se respeitosamente. Mas quando Mr.Lelong pronunciou as palavras—descortezia,inconveniência, etc, etc, Anatolio ergueu ai-tivamente a cabeça. Disse que chegava do.Tolimetz, que ahi ensinarao-lhe a morada emLille de Mr. Lelong e de sua pupilla ; contou

. depois suas peregrinações ao Sul, e uma par-te de suas desventuras.—Porém, meu Deos, dizia a cada instante

o capitão, que diabo ieis fazer em Mar-seille ?

—Ora, muito obrigado ! Essa é boa; ia en-contrai--me coinvosco.

—Em Marseille ?!!!—Pois nao me escrevestes isto ? Nao me

dissestes que unheis um irmão que se esta-belecêra nesta cidade ?—Talvez que vos tivesse fallado de um ir-m&o fallecido ha dous annos e que se tinharetirado para o Havre :—Bem dizia commigo que era nas praiasdomar....

—Sim, mas vos enganastes de porto.—Seja; porém vossa carta nao podia meenganar, eil-a... ; lede : apezar deste borraode tinta distinguem-se perfeitamente estas ul-timas letras : Ue, isto é, Marseille...,-Ou Lille....—Ou Lille... ; é, é verdade.... pensei nisto

quando para aqui me dirigi.Os convivas com muito custo reprimirão

estrondosas gargalhadas. Alicia, unicamente,e que parecia coramovida e confessa. Mr. Le-long, depois destas explicações tao francasvio-se acalmado. Estendeu "a mao ao jovene deu-lhe sinceras desculpas.

Então Alicia adiantou-se toda tremula edingjndo-se á Mr. de Boispréau :—Senhor, disse ella, eu também venho ne-dir-vos desculpas.... Este borrão de tinta,causa de vossos desgostos..., foi feito pormim.... Se pudesse suspeitar que uma briií-cadeira viesse a produzir taes resultados,ncai certo, senhor, que eu nao a faria, e queme censuraria a mim mesma por toda a vidaPor excepção, Anatolio sahio-se bem deuma posição assaz complicada :—Minha senhora, respondeu elle, muitasvezes Deos manifesta sua vontade por iuter-médio dos menores meios; elle nao queria quenos uníssemos um ao outro, incliuemo-nosdiante de seus decretos.—12; como no sitio de Troya, interrompeuo capitão: guerreavao havia já dez annos; eeis que um maldito cavallo de madeira é por

astucia, introduzido na praça, e a cidade cahtuem poder dos sitiantes.

De volta á Paris, Anatolio entregou-se no-vãmente á vida de prazer e ociosidade ; oc-cupou-se sempre de sua pessoa e cultivouespecialmente a arte de dar laços nas gravatas I

N'uma bella manha, uma carreta bastantecarregada parava diante de sua porta. O ne-gociante de Marseille, segundo sua promes-sa, enviava á Mr. de Boispréau, seu clientecontra a vontade, 12 caixas de sabão e 6 barrisde óleo, de superior qualidade!!!

A. Carré.S. Paulo, 2G de Setembro de 1867. !

iiililíSs plíliitJTaliú

(Continuação do n. 655.)Eu julgava-me incapaz de faltar ao meu

compromisso, e amigo intimo do sr. Navarrolia em seu caracter'as mesmas condições.

Estava no meu direito. 'Em sessão, o directorio resolveu por unani-

midade acceder a que o mestre fosse para essaobra particular.

Começando a obra do Teixeira apresenta-rão-se algumas difficuldades : pouca quedad'agua, má escolha do terreno, etc. Nós, comonão entendíamos, na melhor boa fé aceitava-mos a facilidade que nos expunha Teixeira eo mestre, que para examinar tudo foi conduzi-do ao lugar. Todas estas difficuldades forãosuperadas por nossos esforços.

O mestre, com um interesse natural, e Tei-xeira, pouco se importando com os sacrifíciosde seus bemfeitores, levarão a obra para maio-res proporções e polidez, de sorte que achava-se qüa&i em principio e o dispendio subia a7(305000 réis.

Nesta occasiao recebo esta carta do senhorthesoureiro (lê). Respondi que não éra tempode ponderações daquella ordem, que deviãoter tido lugar em outra occasiao ; que nossapalavra e dinheiro já erão demais compromet-tidos ; que, retirando nós nossa protecção aTeixeira nesta occasiao, não só importava pre-juizo e quebra de dignidade da nossa parce,como íamos desmoralisarè dar muito prejuizoa Teixeira. Respondeu-me por esta carta (lê).Diz que só eom nossa vista conversaremos me-lhpr. Beni. No dia seguinte ápparçòeu emminha casa o sr. Teixeira coin ares de riso,em virtude de nossa correspondência* anterior.Fez as mesmas Objécçõés do antes sobre o sa-crificio que estávamos fazendo,acerescentandoa neiiliuma capacidade de Teixeira, etc. Res-pondi com as mesmas razões, aliás de muitaforça. Nesta occasiao ficámos, mais quenunca, certos de levar nossa cruz ao Calvário.

Qual seria, senhor presidente, a minha de-cepção quando notei dahi a algum tempo omeu amigo e companheiro do trabalho fugia, eevitava encontrar me ? e dizia a quem queriaouvil-o que elle não tinha parte alguma nafactura da serra de Teixeira, e que eu só áminhas expeusas a.estava fazendo?! Foi'duro,senhor presidente. Recolhi-me ao silencio efiz um voto particular de concluir a obra deTeixeira, e fosse qual fosse o meu sacrifício,deixar era paz o amigo, que não sabia respei-tar um compromisso de palavra !

Sem fazer publica a minha intenção foi con-cluida a serra de Teixeira, subindo o dispen-dio a mais de três contos de réis, enem o meuamigo e companheiro disse mais palavra arespeito ! Não havia entre nós um contractofirmado por escripto; todavia, existia firmadopela palavra! Precisavade provas. Havia-as dosobra. Para provas de nosso contracto, sa-bião-o os senhores membros do directorio; sabião-o o mestre e officiaes, sabia-o o publicoem geral, e sabia-o a própria consciência dosenhor thesoureiro. Foi heróico o meu saci-ficio !

Mas, senhor presidente, isto era apenas oofferecimento do Calix, era necessário tragargotta a gotta de seu conteúdo, e finalmente atéás'fezes.

Concluída a serra de Joaquim Teixeira, vol-larão mestre e officiaes para as obras da ma-triz.

Fui fazendo (todas as despezas destas obrascom os dinheiros das esmolas em meu poder,o inteirando de minha bolsa para, passadostempos, recebel-o do senhor thesoureiro ; sen-do que de uma vez subio o alcance do dire-ctorio ao procurador em mais de 700^000 rs.,como tudo.provão asactas anteriores.

O directorio havia affixado um edital con-viciando proponentes ás madeiras da serra,afim de serem coutractadas com quem melho-res vantagens apresentasse.

Apresentou-se unicamente Joaquim Teixei-ra com seu requerimento e annexo a receitafornecida pelo mestre, na qual trazia os pre-ços estipulados. Allegando commodidade, ba-rateza, etc, pedia adiantada toda a quantiaem que montava a mencionada receita, subiu-do a 2:817$6_0 réis. Para garantia offereciaa firma de um cidadão garantido do lugar. O

MANCHADA

caso era serio. Bem : Foi nomeada pelo se-nhor presidente e approvada pela directoriauma commissão, composta pelo senhor thesou-reiro e Francisco das Chagas Ribeiro, mestredas obras. Retirando-se os membros da com-missão para uma sala immediata, tratarão deestudar minuciosamente a matéria, e voltarãocom seu parecer escripto e assignado-no qualdizião acharem de muita vantagem fa_er-se ocontracto com Teixeira, adiantando-lhe a so-bredita quantia em vista das vantagens queofferecia. Foi pela directoria em sua unanimi-dade approvado o parecer, e em virtude lavra-do o contracto Jcom Joaquim Teixeira, assi-guando-se juntamente o íiador, tanto no con-tracto, como na receita.

Nesse contracto reza a maior brevidade emseu cumprimento e prohibe a Teixeira tirarem sua serra outras madeiras antes do seutotal cumprimento.

Teixeira começa a tirar as ditas madeiras,eu continuando a lhe fornecer os meios comolim delle desempenhar o seu contracto, de eu-jo fornecimento me acho no desembolso dedous contos de réis.

O directorio ficando no conhecimento daincapacidade do mestre o despachou, e justououtro que julgou mais na altura das obras. Es-te não se conformando com a receita forneci-da pelo seu autecessor,e havendo uma mudançano plano da'obra, o directorio forneseu aTeixeira outra receita, sem sobre isso ser ou-vido o seu íiador.

O mestre e officiaes acharão-se nas obrasda matriz, os materiaes da primeira necessi-dade estavão no lugar, o carreto tinha-se con-seguido a fazer por preços baratissimos, por-que isso os.meus esforços e sacrilicios puderãoconseguir, todos os membros do directoriomarchavão de accôrdo em todas as suas deli-berações, sem acontecer haver a mais pequenadivergência; emfim, parecia que a obra deNossa. Senhora milagrosamente marchava todacheia de vigor. Eu olhava com prazer e satis-lação a tudo isso, qual o viajante fatigadopara o grande espaço vencido e approxima-sede sua Divindade aíim de depor a seus pés aofferenda promettivia, motivo de sua roraagem.

Grandes e incomprehensiveis são os mysle-rios da Providencia ! tudo isto era apenas umsonho dourado pela dedicação e esforços. Eranecessário que o bafo impuro e nojento damaledicencia, sem respeitar ao menos umaobra pia, a casa de Nossa Senhora do Patro-cinio, viesse com seu vendaval infernal sopraro pedeslal de uma obra toda cheia de heróicoss&orilicios e lançal-a por terra !

A malvada politica de lugarejo, mais de in-teresses pequeninos que de idéas, susceptívelao mais leve embate de interesse individual,chocou-se e com todo o seu cortejo de ruinas,eis de permeioja esses ínfimos planos lucrativos.

Tinha o directorio recebido um.officio dojuiz municipal dr. Antônio José da Rocha, noqual arguio-os de negócios inteiramente es-tranhos, e chamando-os á prestação decontas.Não podem comparecer desta vez alguns dosmembros, e outros deixão do o fazer.

Logo foi o directorio novamente intimadopor officio do 1 ° supplente Francisco Xavierde Mendonça.

Desta vez comparecemos e prestámos ascontas era audiência dada por estejuiz. Forãoos autos de prestação de contas com vista aosolicilador de resíduos, este deu seu parecerachando-os legaes, por preços baratissimos eAnalisava pedindo que ellas fossem sentencia-das approvando-as.

Nesta occasiao receberão os membros dodirectorio. daquelle juiz, a expressa prohibi-ção de fazerem continuar as obras da matriz,sem que fossem aquellas contas approvadas.Forão feitas-ao mencionado juiz todas asobservações sobre os graves prejuízos que li-nhão de resultar de qualquer demora nessadecisão, por isso que achavão-se todos os ma-teriaes expostos ao tempo e roubos, o mestreentregue da obra, etc

Com excepção do senhor thesoureiro, todosos de mais membros receberão tal intimação,tão iusta como ruinosa, cora a maior indigna-ção , e retirámo-nos para nossas casascom os corações maguados por esse infelizacontecimento.

Começarão esses autos a representar umaverdadeira contradauça. Reraettidos para oRio-Claro ao dr. juiz municipal, este, depoisde examinal-os conscienciosamente deixou desentencial-os, e remetteu-os para Brotas aodito Io supplente. Este, com a consciênciadelicada que o caracterisa, depois de muitoexaminai-os, enterrou-os no pó do cartório,para descansarem de tanta folgança. Espera-mos e desesperamos de esperar.

Debalde assignámos no Jornal do Commer-cio um estirado artigo, pelo qual queixávamosde injustiças, e expúnhamos Iodos os prejui-zos que as obras da matriz estavão soffrendo;nada foi attendido, nem a própria dignidadedestes juizes. Assim decorrerão mais de trêsannos, tempo mais que sulficiente para arrui- !narein-se todas as madeiras expostas ao rigor 'do tempo e outras a serem roubadas.

O mestre seguio seu ruino.^ Joaquim Tei- jxeira, com receios de perder o seu trabalho, '

DOBRAM

como todos lhe dizião, inclusive o Br. thesou-reiro, também (foi-se embora.

Emquanto esses autos repousavão das fa-digas, não obstante irem oificios reservadosdo exm. presidente da provincia, atirarão-metoda a sorte de calumnias. Fazião propalarde propósito e com a maior injustiça que euestava me enriquecendo com os dinheiros daigreja: que estava fazendo uma serra a Joa-quim Teixeira. Não dispensarão ao menos omeu parente e amigo, que nessa occasiaoachava-se na presidência do directorio, poisesses mendigos sem dignidade dizião que ellotambém estava fazendo machina, etc. Tudoisto se passava ao passo que todo o dinheiroachava-se, e acha-se até hoje, em paz, semdetrimento algum, no bolso do sr. thesou-reiro.

Estaria esta ordem de cousas até hoje, anão ser a vinda para Brotas do digno juiz mu-nicipal dr. Paula Martins. Este juiz, pautan-do a sua justiça unicamente na lei, proferiosentença nos autos, approvando plenamentetodas as contas!!

Ficando assim justificadas as victimas econfundidos esses miseráveis interesses pe-queninos.

Qual seria, sr. presidente,' a causa dessaforça hercúlea que arrancou a penna dasmãos dos juizes, afim de não ser proferida asentença nesses autos por mais de três longosannos, não sendo por elles ignorado o pre-juizo, que disso resultava, e havendo mesmoa maior pievenção contra os membros do di-rectorio, á excepção do sr. thesoureiro ? Seriao motivo estarem as contas illegaes, havernellas vicio ou nullidades? Não creio, sr. pre-sidente.

Essas contas não forão originadas na torrede Babel; serião bastantes algumas horaspara um juiz, que não puzesse em jogo e ámercê de qualquer dignidade de sua toga,para aprecial-as, e glozal-as todas se assimfossem, fazendo justiça a uma obra pia e cas-tigando o criminoso. Por que não o fizerão ?Só milagres de Santo Antônio! Dizem muitoa respeito?... Dizem muito'!.';. Acho incríveltanta perversidade reunida. Mesmo acho es-Iravagante haver quem disso queira tirar par-tido, imitando a criança que com uma cuiazi-nha pretendia transpor o oceano para umburaquinho! Suspendendo o meu juizo, façosinceros votos para que meus amigos hoje,depois de tudo desmantelado, consigão comseus .esforços levantar o templo de Nossa §e-nhora~ do Patrocínio ' do Jahú, sendo assimmais felizes do que em outro tempo, e qu«essa hydra invejosa não se levante mais a parde novo esforço, lançando a baba impura emuma obra toda sagrada.

A respeito da fiança a Joaquim Teixeira deToledo:

Eu nada entendo de direitos, sr. presidente,mas a razão está nos mostrando ser duro eviolento que uma pessoa inteiramente estra-nha á tudo o que se passou venha hoje res-ponder pelos verdadeiros promotores dos pre-juizos. O directorio deve extrahir precato-ria alim de conduzir Joaquim Teixeira á estelugar (digo precatória, porque estou conven-cido de elle cá não vir por outra maneira),obrigal-o a entregar as madeiras tiradas e atirar o resto; e se porventura houver algumprejuizo, acho menos duro ser este repartidopelos membros do directorio, achando-rae euprompto a satisfazer o que me couber.

Cumpre-me agradecer a meus amigos ecollegas do directorio as maneiras delicadascom que sempre usarão tratar-me, e peço des-culpa por eu ousar retirar-me nesta occasiaoem ,que o directorio se acha desembaraçadopara de novo começar em seu trabalho; af-firmando a meus amigos que se assim proce-di, foi seguindo os dictames da minha con-sciencia, que me affirraava ser em proveito damesma causa.

Jahú, 5 de Outubro de 1867.Antônio Benedicto de Campos Arruda.

VasconceilosPor um esquecimento involuntário deixei

de mencionar o nome do sr. Oswald no artigoque fiz publicar nesta folha, no qual agrade-cia á todas as pessoas que me prestarão relê-vantes serviços para o bom êxito do beneficiode meu filho. Queira, pois, o sr. Oswalde des-culpar-me esta falta involuntária-, na certezade que lhe estou inteiramente agradecido,não só por haver posto generosamente o seupiano á minha disposição, mas também pelaamabilidade com que consentio que seu filhoHenrique coadjuvasse o menino Vasconceilos.

J. P. de Vasconceilos.

GAZETILHA.Na noite de 23 para 24, falleceu em seu si -

tio, na freguezia de Itapecerica, o distineto ei-dadao capitão Manoel José de Moraes, chefede numerosa familia espalhada em diversospontos da provincia. Morreu cora setentae tantos annos, deixando numerosa familia.

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-si* •

3

Era uma das influencias políticas real-mente legitimas no primeiro districto: os con-servadores perderão nelle um amigo sinceroe sempre dedicado. Quasi toda a freguezià deItapecerica o considerava como pai; os seusraros adversários politicos na localidade o res-peitavao. Certo tempo forao excitados com la-mejntavel imprudência. Esta povoação deve áelle o progresso que hoje apresenta. Pai cari-nhoso, sincero amigo, político firme, cidadãoprestante, catholico fervoroso, homem probo,deveu a essas qualidades e virtudes a estimageral de que era cercado nesta provincia e emalgumas localidades da do Rio de Janeiro ondeera conhecido.

Sentimos, como sua numerosa família, esseinfausto successo.

Em conseqüência de achar-se com licençao dr. juiz de orphãos Aguiar Barros, acha-seem exercício dò cargo o dr. Joaquim Xavierda Silveira.

O governo da provincia pôz á disposição dacâmara municipal de Campinas a quantia de2:000$000 rs. para serem applicados nos con-certos da ponte sobre o ribeirão denomiuadodos Macacos.

Amanhã, na Sé Cathedral, celebra-se a fes-ta do Divino Espirito-San to cora missa solem-ne, Senhor Exposto, orando ao Evangelho oconego arcipreste Joaquim Anselmo de Oli-veira.

Hon lem entrou no porto de Santos o paque-te Picardie trazendo jornaes da corte. As no-ticias são destituídas de interesse.

A partida da Concórdia, que devia effec-tuar-se hoje, ficou transferida para quinla-feira 31 do corrente.

Hoje, ás 5 hoi-as da tarde, fecha-se a malada linha da marinha.

Pindamonhangába (2 ° districto)Dr. Antônio Moreira de Barros . . 30Dr. Américo Antônio Ayres .... 30Dr. Cândido José do Andrade ... 30Dr. Francisco de Paula Ferreira . . 30Dr. Antônio F. de Aguiar e Castro . 30Dr. Luiz Dias Novaes 30Dr. Miguel Monteiro de Godoy ... 30Dr. Francisco de A. e Oliveira Braga. 30Vigário Jacintho M. G. de Andrade . 30Vigário José Pereira da Silva Barros . 30Major José Rodrigues de T. Veiga , 30Tenente José Pedro de Gouvêa Veiga 30

o o mme rtc IO

AGENCIA DE NEGÓCIOSRaphael Tobias de Oliveira Martins, resi-

dente na casa n. 86, pateo de S. Bento, pro-move compra e vendas e oulras transacçõesde escravos, casas, terrenos, animaes, etc,etc, cobranças amigáveis e judiciaes, passa-portes e despachos nas repartições publicas,bem como negócios civis, criminaes e eccle-siasticos.

Módica retribuição, e muita promptidão. 5-1

O abaixo assignado pede á pessoa, queachou o meio bilhete n. 2952 da 36 °" loteriaconcedida para as obras do hospital geral daMisericórdia, o favor de entregal-o no largo depalácio ao sr. Avelino de Souza Figueiredo,no poder de quem se acha outro de igual nu-mero .

S. Paulo, 25 de Oulubro de 1867. 4—1Antônio de Araújo Lima Macedo.

Na audiência de 27 do corrente (segunda-feira ao meio-dia na casa da policial o sr. dr.juiz de orphãos mandará continuar com a pra-ça para arrematação da morada de casas n. 50,sita á rua da Esperança, pertencente á heran-ça do finado Climaco da Rocha Lima, cujaavaliação foi reformada em 4:000*000.

S. Paulo, 25 de Outubro de 1867. 2—1O escrivão.

Januário Moreira.

]?M A1*PA. demonstrativo dos gêneros importadosá Praça do Mercado em o dia 35 do corrente

Gênero»

IToucinho . . .íCaráPolvilho. . . ,OvosjMilho . . . ,¦Leitões . . .Queijos . . .Feijão ....Farinha . . .Dita de milhoBatata doceBatatinha. . ,Arroz CaféFubá

Quanl. Unida., 3K*m"«5V*»'*

350

94172

77

149632

251/2

112

Arrbs.Carga.Alqrs.DuziaAlqrs.Um

»Alqrs.

Arrbs.Alqrs.

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Concórdia Paulistana^ A partida annunciada para hoje fi-

yl^ cou para quinta-feira 31 do corrente.yiJ 0 1° Secretario,*) Martinho Prado Júnior.

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Do Ésplrito-Santo. Celebra-se na Sé Cathedral a festa do

Q Espirito-Santo da parochia da mesma$ Sé, no domingo seguinte 27 do corrente,Y com missa solemne, Senhor Exposto, e

sermão, orando ao Evangelho o illm. ervdm. sr. commendador conego arei-preste Joaquim Anselmo de Oliveira.Principiará ás 11 horas e meia da ma-nhã. O império, na rua do Imperador n.2, estará franco de Ave-Mariaemfdiante.

S. Paulo,25 de Outubro de 1867. 2—1O cura,

Mareellino Ferreiaa Buenoi&:>t*---<iMg^*<5re>~cg*^^

Aluga-se, para o serviço doméstico de umaCasa de familia, uraa escrava que cosinha eserve bem. Quem a pretender dirija-se á ruaDireita n. 30. ' 4—2

do reino, londrinos, de prato,frescos, chegarão ao armazém delouça de Antônio Pereira de Mel-Io, rua da Quitanda n. 6. 5—1

Maçãs e laranjas do Rioao armazém de louça, de Anto-nio Pereira de Mello, rua da Qui-tanda n. 6. 2—1

AGENCIA DE LEILÕESRua de Palácio u. 2, esquina da

rua do RosárioExposição de grande quautidade de fazen-

das, roupas feitas, calçado, louças, Irasles, etc,pelos preços de leilão; a^saber: balões nioder-nos de gaiola a 2u000 cada ura—calças decassineta, durandina, brim de Angola, etc, delu500 a 2u600 cada uma, paletots modernosde alpaca, ditos de patino e sohre-casacas pre-Ias de 6u000 a 12u000, calças de casimira8u000, calçado de 2u000 a 6u000, duzia dechicaras de porcelana 3u600, duzia de pratospó de pedra, rasos e fundos a 2u200, marque-zas enveruizadas a 8u000, ditas de ferroIOuOOO, lavatorios de ferro 3u000, cadeirasamericanas 36u000 a duzia, e muitos outrosartigos. Pagamento a dinheiro no aclo da en-trega. 2—2

EMJundiahy

O abaixo assignado faz sciente aos seusamigos e freguezes que mudou o seuestabe-lecimento da rua Direita n. 44 para a rua doRosário n. 46, onde continua a ter sempre ex-cellente café, cerveja e refrescos por preçoseommodos.

Jundiahy, 22 de Outubro de 1867.Mathias Dias de Souza. 5—2

Pharmacia e DrogariaAndré Dyrbye & C. fazem sciente ao res-

peitavel publico desta capital que estão deposse da bem conhecida e antiga botica dosr. Antônio José de Oliveira, sita á rua Direi-ta n. 15, a qual está remontada com drogasnovas, todas de primeira qualidade; poden^por isso, os auiiunciantes garantir ao publicopromptidão e bom serviço a todos os respei-

2

Este estabelecimento, fundado na cidade da Limeira pelo bacharel em direitoJoaquim Carlos Bernardino Silva, será installado á 7 de Janeiro de 1868.—A' vistadas vantagens que offerece este collegio, já pelas condições matenaes, já pela escolhasevera e escrupulosa do pessoal que têm nelle de fun.ccionar, quer na administraçãointerna, quer na direcção das varias cadeiras que tétn de ser ensinadas, está conven-cido o director de que saberá o publico illustrado aquilatar do merecimento que pudeter tal instituição. Fundado nisso, conta ser honrado com a confiança dos senhorespães de familia, sem cujo auxilio seria em vão tentar a fundação de um collegio emlocalidades do interior. Para maior conhecimento, porém, dos mesmos senhores pães'de familia, cumpre notar ainda, que neste estabelecimento se pôde com proficiênciapreparar um alumno para o curso de direito, visto a variedade das matérias e o pes-soai dos professores, cujos nomes é mais um titulo para que o collegio S. Carlosmereça a confiança do publico. Convencido demais da inconveniência do systema decastigos, até hoje prescripto em estabelecimentos desta ordem, systema ha muitoreconhecido como anachronico e ineflicaz, o director se tem resolvido a reger o seucollegio por um systema moral de correoção, banindo os castigos physicos ou cor-poraes.

Matérias que se eusinão:Primeiras lettras, caligraphia, cathecismo da doutrina christã, historia pátria

historia sagrada, inglez, francez, latim, geographia, historia universal, arithmetica,,-, geometria, philosophia racional e moral, rhetorica e poética, gramraatica philoso-\ , phica da lingua portugueza, e musica.

PensõesPagará pelo anno lectivo, que começa a 7 de Janeiro e que íinalisa a 30 de NovenbroCada alumno internoDito semi-pensionarios de aulas maioresDito semi-pensionario de aulas menoresDito externo de primeiras lettras. . .Dito externo de aulas maiores. . -'.i .

Cada trimestre é sempre pago adiantado.Professores das matérias principães

Dr. Paulo Egydio de Oliveira Carvalho.Dr. Esequiel de Paula Ramos.Dr. José de Barros Duarte.Dr. Francisco Isidoro de Almeida Júnior.

• O director.Os senhores pães de familia que desejarem mais rainnuciosos esclarecimentos

concernente ás condições da admissibilidade para entrada dos alumnos, podem desd e ^já se dirigir ao Director,

Joaguim Carlos Bernardino Silva.

Cumpre-me observar que alterei a animalidade dos alumnos internos segundo oprogramam; que distribui em razão da extraordinária alta de preço que começão asoffrer os gêneros de toda a espécie.12—2 Joaquim Carlos.

'Ct^rW^^vx— g|g§Ê-:

36()$000 réis; por trimestre 900000 réis2200000 „ „ 55$00O „2000000 „ „ 508000 „600000 „ „ 15$000 „

1440000 „ „ 36$000 „

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' ilSISilt I ISf IIIIIIMSÍvJiÍ IO Rua Direita IO /-

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Christiano Clausen participa a seus ami-gos e frçgiiezos, que mudou o seu depositode calçado para a rua e numero acima.

Participa também que acaba de rece-ber um grande sortimento de calçado de to-das as qualidades, tanto nacional como es-traugeiro, pelo preço mais favorável possivel.

10—MA DIREITA—10 12—

tos, no seu estabelecimento. r»_

«csü

12 Rua Direita 12Vende-se as seguintes obras :

Historia do Consulado e do Impe-rio, por Thiers, 20 vs. por . . , 350000

Historia de Portugal por A. Hercu-lano, 4 vs. por 12$000

Conferências de N. S, de Paris, pelopadre Felix, por cada volume . . 1J280

2-2

POR

Octavio FeuilletVertida para o portuguez

VENDE-SE NESTA TYPOGRAPHIA

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Page 4: Auno IH. Sabbado, 26 de Outubro de 1867. JN. 658. DIÁRIO ...memoria.bn.br/pdf/709557/per709557_1867_00658.pdf · comquauto a narração que segue-se pareça incrível, comtudo é

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MEDICAMENTOS DE GRIMAULTPharmaeeuticos de S. A. I. o Principe Napoleão

7, rua de la Feuillade PARIS 7, rua dela Feuillade «p

de que se compõem, assim como a sua conservação inalterável,

Devemos citar, entre estas preparações *

PASTILHAS PEITORAESCom sueco de alface e loureiro-oerejo.

Gonfeito delicioso e agradável á visla, contendo os dois prin-cipiSSs caEntes na mateira medicai; não se deveconfundircom árduas ou tres massas, formadas de substancias narco-Ss conhecidas tanto sob o nome de codeina, como nos demorph nafo!o laíWio. Novas experiências practicadas pe osmeEs de' Paris derão a prova que ^S^JJ?SLparte das outras ditas preparações, as pastilhas peüoraes tidocontôem ópio algum.

XAROPE DE RABANO IODADOConsiderado como o melhor suecedaneo do Oleo de fígado

DB BACALHÁO. Consta das numerosas experiências practicadasnosprincipaes hospitaes de Paris que não somente este xarope é d umgosto mui agradável, porém ainda, obteve resultados superioresfof que dl o olho, tão repugnante aos doentes Não ha meninoslymphaticos, sujeitos á obstrucção das glândulas ou a quaes-quer ouiros inconvenientes resultando diurna traqueza de con-stituição que não tenhão sido curados com o emprego d estexarope.

XAROPE PEITORAL DE SÃOJORGENovo calmante, tendo por base as propriedades medicinaes

de certas plantas descobertas pelos trades da abbadia de Sao-Jorge no Anjou e cuja receita foi cedida por acto aulhentico aMM GRIMAULT e C*. Este xarope delicioso, tao agradável aopaladar como constante nos seos resultados, emprega-se com oSor suecesso contra a tosse, os defluxos, calarrhos, irritaçõesdo peito, dores da garganta, grippe (catarrho epidêmico), es-

quinancià, bronchitcs, etc. Basta provar este remédio paraadopíaío immediatamente, em lugar dos peitoraes os mais acere-ditados

XAROPE DHYPOPHOSPHITO DE CALExcellente remédio contra todas as affecções do peito; calma a

tosse, pára os suores nocturnos e restabelece as forças do doente.

.' INJECÇÃO E CÁPSULAS DE MATICOCompostas com a essência extrahida da planta d'esle nome.

Forão sempre empregadas para curar o mal venereo com o exi oo mais brilhante. Reúnem a maior efficacia com a vantagem dcnão oceasionarem no seo emprego nenhum dos inconvenientesdos antigos remédios.

CIGARROS INDIOS DE CANABIS INDICAContra o asthma e as diversas doenças das vias

respiratórias.Todos os meios preconisados até hoje conlra o asthma não forão

outra coisa senão paliativos sob todas as fôrmas, tendo por basea belladona, o eslramonio, o ópio, etc. As recentes experiênciasfeitas na Allemanha, e repetidas em França, derão a prova queo cânamo índio dc Bengala (canabis indica) possuía proprieda-des mui notáveis contra esta doença, assim como contra a tossenervosa e a tisica laryngca, ronquidos, extineção de voz, ne-vralgias faciaes, e insomnias.

PHOSPHATO OE FERRO LIQUIDO DO D" LERASEncerrando om sua composição os elementos dos ossos e

do saneuc- 6 o mais racional dos ferruginosos constitutivos,convém ás moças dacompleixão a mais delicada cujo desenvol--imento ÍS lendo pòr principal acção a de restituir ao san-lúccxhau sio o erro què lhe falta e aos ossos o phosphato,*Sita o e aconselhado ás pessoas débeis, quer esta debilidadeS^déSSSt ou de qualquer outra coisa; o seo empregonunca falta de dar resultados admiráveis.

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VERDADEIRO LE ROIde SIGNORET, Docteur-Médecln

Rue de Seine, 51, à PARIS.

Iri ií í *l •I §9 I r- W Z fò II S ¦ IS ° 5 7 59 Is2 f íl* I â -=• S 11Nl P ÍS5lS°"S I I^. MB • *** I ****¦ Èmt •" lt^

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Em cidt «rrth, nl, «ntre • rolta t o papel -aijl

que levi o meu linete, um rotulo fqMffi^'nilo como Sano iHFÍani M MjMMJjgW;

N. B. - Remettendo-ie uma lettra de SOO fren-oesobre Pmíi, aeelUvel a 60 diu de »UU, ao maxtao,

goza-ie do abatimento e do maior detconto.Deposito principal

do legitimo Le Royem Caza do nossounico agente peloBrazil a Snr Anto-nio Franc : de Li-cerdá na Bahia enoi principaes phar-maccutécoá.

í O di-.Virgilio Augusto de Araujo, médicoi effectivo da fabrica de ferro de S. João de

j Ipanema, será encontrado todos os sabbadosI em Sorocaba no seu gabinete da rua do Ko-1 sario n. 28, das 9 da manhã ás 5 da tarde,! onde dará consultas e fará operações grátis: aos pobres, das 11 á 1 hora da tarde,i As pessoas quejiãp se acharem compro-

hendidas no caso acima, se regularão pela: tabeliã de preços affixada no mesmo gabt-

nete. 10—3

MUITA Bill:Vende-se um escravo, bonita ligura, pro-

prio pnra substituto no exercito ou para a! lavoura, de idade de 2G aniios, mulalo, robus-

to e sadio; garante-se a boa condueta. Para

| ver e tratar dirija-se quem o pretender á rnaDireita n. 2, loja. 3~"1

THEATRO DE S. JOSÉHIPRKADBAHATICA NACIONAL

Domingo 21 de Outubro de 1867

,^Senejffe/o t/cac/ct Q/ode CAc/oUno

ESPECTACULO TODO NOVO E VARIADO

Honrado com a -presença de s; exc.

O PRESIDENTE DA PROVÍNCIARepresentar-se Im a muilo moral e espiró

tttosa comedia em 2 actos, intitulada;

O ESPELHO DO DIABO(A; actriz d. Julia, desempenha um dos seus

bons papeis, nesta comedia.)Seguir-se-lií^ recitada pelo beneficiado, a

linda poesia allegorica, a caráter e cotn scena-rio apropriado, intitulada: \

Pedro Marret participa a seus freguezesque tendo de ir ao Rio de Janeiro, vende.para acabar, o resto de sabão que tem, pelomódico preço de ÍOO réis tt libra; rua da Qui-tanda n. lü. 4—3

Casa sle commissãoJosé Ferreira dos Santos recebe todo e

qualquer gênero á commissão em sua casa na

Luz u U e 109, devendo os gêneros ser acom-

panhados de uma guia conforme determina o

regulamento da praça do mercado. 4—4

Fugio de Campinas um moleque de nome

Clemente, pertencente ao dr. Francisco Euge-

nio Pacheco e Silva, de idade vinte annos

mais ou menos, crioulo, preto, baixo, sembarba, nariz aberto, cara redonda, tendo uma

pústula sobre o pé. fi—1QnemMo mesmo der noticias, ou entregar

a seu senhor, em Campinas, será gratificado.

O sr. João Eloy, em obséquio, recitará a en-

graçada scena-cômica (do sr. Vasques doGi/ninasio), ornada de musica :

MâlSUIGOPOLOGOü!Terminará com a graciosa comedia ornada

de musica :

0IVEÉ9DESTI10!...O beneficiado de ante-mão agradece a

benigna coadjuvação quo o illuslrado publicodesta cítpital costuma dai* aos artistas.

Começará ás horas do costume.

S. Paulo. —Typ. Americana.