AUSCULTA CARDÍACA - LACCIC

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    Universidade do Estado do Mato Grosso UNEMATCampus Cidade Universitria Cceres

    Curso de Medicina

    Liga Acadmica de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular LACCIC

    Ligantes Amanda e Camila

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    Ponto 1: excitao eltrica fechamento valva mitral Ponto 2: aumento presso IV abertura valva artica Ponto 3: ejeo ventricular fechamento valva artica Ponto 4: diminuio presso IV abertura valva mitral

    B1 = fechamento atrioventricular B2 = fechamento semilunar

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    Estetoscpio;

    Ambiente de ausculta;

    Posio do paciente e do examinador; Orientao do paciente;

    Escolha do receptor adequado;

    Aplicao correta do receptor.

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    Focos servem como ponto de referncia (informaes

    das respectivas valvas);

    Ausculta cardaca correta inclui todo o precrdio eregies circunvizinhas (axilar esquerda, dorso epescoo);

    A definio de uma sequncia lgica vai depender doexaminador. Entretanto, deve conter todos os itens aserem avaliados: caracterizao do ritmo, frequncia,bulhas, rudos adicionais, sopros e atritos.

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    Foco mitral: 5 espao intercostal esquerdo na linha

    hemiclavicular; corresponde ao ictus cordis ;

    Foco pulmonar: 2 espao intercostal esquerdo, junto aoesterno;

    Foco artico: 2 espao intercostal direito, justaesternal;

    Foco tricspide: base do apndice xifoide, ligeiramentepara a esquerda.

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    1. PRIMEIRA BULHA (B1)

    O principal elemento o fechamento das valvas mitral e

    tricspide, o componente mitral (M) antecedendo otricspide (T);

    Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotdeo,

    possuindo timbre mais grave (expresso TUM);

    Tem maior intensidade no foco mitral e pode ser

    auscultada separadamente (TLUM).

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    2. SEGUNDA BULHA (B2)

    So audveis os grupos de vibraes do fechamento dasvalvas artica e pulmonar, ouvindo-se o primeiro em toda aregio precordial, e o segundo ficando restrito;

    Em condies normais, o componente artico precede opulmonar, o timbre da bulha mais agudo, soando demaneira seca (TA) aps o pequeno silncio;

    Durante a expirao, ausculta-se rudo nico, enquanto nainspirao percebe-se um desdobramento (TLA);

    Possui maior intensidade nos focos da base (artico epulmonar).

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    3. TERCEIRA BULHA (B3)

    Consiste em rudo protodiastlico de baixa frequnciaque se origina das vibraes da parede ventriculardistendida (dilatao alm do normal);

    Ausculta-se com mais frequncia em crianas e adultos jovens de maneira fisiolgica, sendo mais audvel narea mitral, representada pela expresso TU. Podetambm ser patolgica.

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    4. QUARTA BULHA (B4)

    Rudo dbil que ocorre no fim da distole ou pr-sistole

    e pode ser ouvida geralmente em condies

    patolgicas;

    Admite-se que seja originada pela desacelerao dofluxo sanguneo de encontro massa existente no

    ventrculo, no final da distole.

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    Aps reconhecimento das bulhas, determina-se o ritmo do corao eo nmero de batimentos por minuto;

    Apenas duas bulhas: ritmo de dois tempos ou binrio;

    Presena de trs bulhas: ritmo trplice

    FC NORMAL = 60 A 100 BPM

    Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: > 100 bpm

    A partir da pode-se verificar a presena de alteraes no ritmo e/oufrequncia (arritmias cardacas).

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    O reconhecimento de sons patolgicos ao exame fsico o meio habitual de diagnosticar inicialmente uma

    valvulopatia cardaca.

    As valvulopatias constituem, na maioria das vezes,leses adquiridas de diversas etiologias, constituindo,

    assim, mais comumente a insuficincia valvular ou aestenose valvular .

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    ESTENOSE INSUFICINCIA OUREGURGITAO

    Incapacidade de abertura completa da valva, tornandomais lento o fluxo sanguneo

    que sai de uma cmara.

    Ausncia de fechamento completo da valva, geralmentepor causa da formao de umndulo sobre as vlvulas que

    impede o encontro ou oalinhamento de suas margens.

    TrabalhoCardaco

    Refluxo para a

    cmara

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    So sons de alta frequncia (agudos): melhores audveiscom o diafragma do estetoscpio.

    Ocorrem prximos a B1 (cliques de ejeo) ou B2(estalidos de abertura).

    Geralmente, surgem quando h estenose valvular.

    Desaparecem quando a valva calcifica ou torna-seimvel.

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    ESTALIDO DEABERTURA

    CLIQUE DEEJEO

    DIASTLICOS SISTLICOS

    Protossistlicos Mesossistlicos

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    ESTALIDO DE ABERTURA MITRAL: A abertura da valva mitral ocorre aps o relaxamento

    isovolumtrico, no incio da distole. Rudo seco, agudo, de curta durao e costuma ser intenso. Mais audvel com o paciente em DLE na rea mitral e na borda

    esternal esquerda na altura do 3 e 4 espao intercostal.

    NO DEVE SER CONFUNDIDO COM B2 DESDOBRADA E B3.

    B2 DESDOBRADA: Db mais notado na reapulmonar.

    Estalido: + agudo e +seco.

    B3: B3: tonalidade baixa. Estalido: agudo e metlico. B3: notada na ponta do

    corao. Estalido: ponta, borda e

    frcula esternal.

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    ESTALIDOS PROTOSSISTLICOS: Produzidos na artria pulmonar e na aorta. Indicam sbita ejeo de sangue nos vasos da base (cliques de

    ejeo). Alta frequncia, agudos e intensos.

    ESTALIDO PROTOSSISTLICOPULMONAR:

    Ouve-se melhor na rea pulmonar

    e na BEE ( Db B1). Estenose pulmonar moderada;dilatao idioptica da artriapulmonar; comunicao interatriale hipertenso pulmonar grave.

    ESTALIDO PROTOSSISTOLICOARTICO:

    Ouve-se melhor na regio do 4EIE junto borda esternal at a

    mitral. Estenose valvular; insuficinciavalvular; coarctao; dilataoartica; cardiopatia congnitaciantica (tetralogia de Fallot).

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    ESTALIDOS MESOSSISTLICOS: So os rudos entre a B1 e B2. Origem: brida pericrdica/pleropericrdica ou prolapso da valva

    mitral.

    Alta frequncia, seco, agudo, situado no meio ou no fim da sstolee cuja intensidade varia de acordo com:

    - Movimentos respiratrios- Mudana de posio

    Audveis nas reas mitral ou tricspide.NO SE DEVE CONFUNDI-LOS COM O Db DA B1, COM O

    ESTALIDO PROTOSSISTLICO PULMONAR/ARTICO NEMCOM O ATRITO PERICRDICO!!!

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    So produzidos por vibraes decorrentes de alteraesdo fluxo sanguneo.

    Os sopros aparecem na dependncia de alteraes doprprio sangue, da parede do vaso ou das cmaras

    cardacas, incluindo os seguintes mecanismos: Aumento da velocidade da corrente sangunea; Diminuio da viscosidade sangunea; Passagem de sangue atravs de uma zona estreita; Passagem de sangue para uma zona dilatada; Passagem de sangue para uma membrana de borda livre. Avaliao semiolgica: ciclo cardaco, localizao,

    intensidade, timbre e tonalidade, modificao com a fasede respirao, com a posio do paciente e com o

    exerccio fsico.

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    Quanto ao ciclo cardaco, os sopros podem sersistlicos, diastlicos e sistodiastlicos ou contnuos.

    SOPROS SISTLICOS:1) Sopro de ejeo:

    - Centsimos de segundos aps B1 (contrao isovolumtrica)- Pintraventricular= Fechamento Mitral e Tricspide B1- Contudo, Pintravascular > Pintraventricular Valvas articas e

    pulmonares continuam fechadas: impedem a sada do sangue dosventrculos = Sopro.- Trmino: antes da B2.

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    2) Sopro de regurgitao:- Audvel desde o incio da sstole: aparece com a B1,

    recobrindo-a, mascarando-a.- Ocupa todo todo o perodo sistlico e termina antes da B2.

    - Causado pela regurgitao de sangue dos ventrculos paraos trios quando h insuficincia mitral ou tricspide.- Motivo: o sangue regurgita para o local de menor presso

    durante a contrao isovolumtrica (as valvas mitral e tricspideesto se fechando) a presso dentro dos ventrculos > trio.

    SOPROS DIASTLICOS: Conforme o momento da distole, so classificados em: protodiastlicos , mesodiastlicos e telediastlicos/pr-sistlicos .

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    1) Estenoses atrioventriculares (mitral e tricspide):- Ocupa a parte mdia da distole (rpido enchimento dos

    ventrculos).- Ntido intervalo entre B2 e o incio dos sopros: Pintra-atriais

    Pintraventriculares e passa pouco sangue pelos orifcios valvares.- Baixa frequncia e tonalidade grave ( carter de ruflar).

    2) Insuficincia das valvas artica e pulmonar:- Incio imediato aps B2.- Comeo, meio ou fim da distole.- Alta frequncia, decrescendo e tonalidade aguda (carter

    aspirativo) .- Consequncia do refluxo de sangue de um dos vasos da

    base para um dos ventrculos.

    Sopros diastlicos contnuos: So ouvidos durante toda a

    sstole e a distole; Recobrem e mascaram B1 e B2; Parte sistlica: + intensa e +

    rude (sopros em maquinaria) ; Aparecem na persistncia do

    canal arterial, fstulasarteriovenosas, anomalias dosseptos aortopulmonares e norumor venoso.

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    Origina-se na distenso do pericrdio endurecido. Somente audvel quando h comprometimento do

    pericrdio. Regio apical e face anterior do corao (rea mitral e

    tricspide). Ocorre no perodo diastlico: fim do enchimento

    ventricular rpido, um pouco mais precoce que B3. Timbre alto e um rudo seco, por isso no se confunde

    com B3. Asemelha-se com o estalido de abertura mitral, que

    audvel em todos os focos de ausculta.

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    um rudo provocado pelo roar de folhetos pericrdicos queperderam suas caractersticas normais.

    Geralmente, esses folhetos so lisos, ligeiramente umedecidos,

    capazes de deslizar um sobre o outro sem provocar qualquervibrao.

    Causa: pericardite fibrinosa, quando os folhetos se tornamsecos e rugosos.

    No coincide com nenhuma fase do ciclo, no mantmrelao fixa com as bulhas. Habitualmente, contnuo com reforo sistlico. Localizado na ponta do corao e na BEE.

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    PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Mdica . 6.ed.

    Guanabara Koogan, 2009.

    MOORE, K. L.; DALLEY A. F.Anatomia orientada paraa clnica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2011.

    PAZIN FILHO A; SCHMIDT A & MACIEL BC. Auscultacardaca: bases fisiolgicas - fisiopatolgicas. Medicina,Ribeiro Preto, 37 : 208-226, jul./dez. 2004.