Auto da barca do inferno

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Comentário

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Florença (mulher do Frade) simbolizaa infidelidade do Frade a Deus e à suaprofissão.

A Espada, o Broquel e o Cascosimbolizam a Esgrima quecorresponde ao facto do frade levaruma vida mundanal e não a vidaespiritual de um frade.

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Estes elementos cénicos completam a personagemfortalecendo ainda mais a crítica ao Frade, referindo a vidade prazeres que ele levava e o quanto estes prazeres oafastavam do seu dever religioso.

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A afirmação do Frade alarga a crítica feita, pois o Fradeapesar de se acusar só a ele, acusa todos os membros doconvento de fazerem o mesmo , de cometerem o mesmopecado, terem mulher.

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Com esta crítica, Gil Vicente pretende não só criticarum indivíduo mas sim uma classe social, o Clero.

Elabora esta crítica mostrando que é um hábitocomum entre os membros do Clero quebrarem os votosde castidade e terem mulher.

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Exemplos:“Frade – (…) Eu hei-de ser condenado? / Um padre tão namorado / e

tanto dado à virtude ? (…)” vv. 396 – 398 , pág. 78“Frade – (…) Por ser namorado / e folgar com ua mulher / se há um

frade de perder, / com tanto salmo rezado?” vv. 409 – 412 , pág. 79

O Frade sentia-se numa posição muito importante, em que nadanem ninguém lhe fazia mal, ou seja apesar de ter cometido váriospecados ele julgava que estava imune ao fogo ardente que não temeuvivendo, isto é, o Inferno.

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“Frade – Pela fé de Jesus Cristo / que eu nom posso entender isto! / Eu hei-de ser condenado? / Um padre tão namorado / e tanto dado à virtude ? (…)” vv. 394 – 398 , pág. 78

Tendo em conta o contexto sócio-histórico do Portugal do séculoXVI, a utilização deste argumento era óbvia vinda de um frade, pois elespensavam que lá por estarem ao serviço da fé e por rezarem deveriamestar livres do Inferno.

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• “Devoto padre marido!” v.415, pág. 75

Cómico de Linguagem

• pensava que a relação que tinha com a moça seria perdoada pela suas rezas

Cómico de Caráter

• A entrada do Frade em cena com a moça pela mão

Cómico de Situação

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Personagemque vai embarcar

SímbolosCénicos

Percurso Cénicos

Argumentos Caraterização Sentença

De defesa (das personagens

que vão embarcar)

De acusação (das outras

personagens)

Frade Florença , um broquel (escudo), a espada, um casco (capacete) e o hábito

Cais –Barca do Inferno –Barca da Glória -Barca do Inferno

O Fradedefende-sedizendo quereza muito eque por serFrade fez umacordo comDeus logo temde ir para oParaíso.

O Diaboacusa-o detrair a suareligião eprofissão ede sermundano(dar-se aosprazeres domundo).

-Hipócrita-Orgulhoso-Convencido-Mundano-Profano

Inferno/Barca doInferno

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1. “Haveis, padre, de viir” (v. 473). Que fenómeno ocorreu na forma verbal“viir”, dando origem à palavra atual?

Contração ( - crase ) “viir” --------------------------vir

2. Altera o número dos seguintes nomes: “cortesão” (v. 372); “serão” (v.376).

Cortesão – Cortesãos Serão – Serões

3. Identifica os elementos da oração presentes na seguinte passagem.“Vem um frade com ua moça pela mão […]”Sujeito - um fradePredicado - Vem…com ua moça pela mãoComplemento Directo - com ua moçaComplemento Circunstancial de Modo - pela mão

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4. Aponta na primeira didascália a conjunção que permite a ligação entrevários símbolos cénicos do Frade.

“Vem um Frade com ua Moça pela mão, e um broquel e ua espada naoutra, e um casco debaixo do capelo; e, ele mesmo fazendo abaixa, começou a dançar, dizendo: […]”

4.1 Classifica-a, justificando.E - Conjunção Coordenativa Copulativa, porque permite a ligação entrevários símbolos cénicos e dá uma ideia de adição.

4.2 Reescreve uma passagem dessa didascália, substituindo tal conjunçãopor uma locução conjuncional do mesmo tipo.

Vem um frade com ua Moça pela mão, traz não só um broquel mastambém ua espada na outra […]

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‘O hábito não faz o monge’Este provérbio significa que apesar de

alguém se ‘mascarar’ de algo não quer dizerque o seja, isto é, não podemos julgar alguémpelas aparências.

Podemos associá-lo ao Frade porque ele vestia-se de acordo com a suaprofissão, vivia num convento, rezava e acreditava em Deus masprofanava, ou seja, tratava mal os usos da religião e da sua profissão, poistinha mulher (Florença), acusava os seus colegas de profissão de fazerem omesmo (‘E eles fazem outro tanto’, v.383 pág.77), e ainda mostra que viveuma vida luxuosa e cortesã pelo facto de saber Esgrima e o tordião.

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