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Auto Estradas do Atlântico
Relatório e Contas 2012
Relatório e Contas 2012
Conselho de Administração
pág. 03
Relatório de Gestão
// Análise Global
pág. 06
Relatório de Gestão
//Análise Funcional
pág. 09
Demonstrações Financeiras
pág. 29
Anexos às Demonstrações Financeiras
pág. 34
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
pág. 68
Certificação Legal das Contas
pág. 70
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Relatório e Contas 2012 - Conselho de Administração
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL
Presidente
José Luís da Cruz Vilaça
Secretário
Tiago Severim de Melo Alves dos Santos
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente
Lena Engenharia e Construções, S.A.
Representada por: Manuel de Sousa Pereira
Vogais
José Joaquim Cortiço da Costa Braga
MSF Concessões, SGPS, S.A.
Representada por: José Ernesto Cirilo Custódio dos Santos
Luís Rua Geraldes
João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
Guilherme Barata Pereira Dias de Magalhães
MSF - Sociedade Gestora de Participações Sociais , S.A.
Representada por: Eduardo Galán de Matos Coimbra
Lena Concessões e Serviços, SGPS, S.A.
Representada por: Paulo Jorge de Oliveira Pereira Reis
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Relatório e Contas 2012 - Conselho de Administração
CONSELHO FISCAL
Efectivo
Presidente
José Vieira dos Reis
Vogal
Fernando Marques Oliveira
Joaquim Oliveira de Jesus
Suplente Vogal
Mário José Silva Jerónimo
Pedro Manuel Palma Monteiro Varela
ROC
Deloitte & Associados, SROC S.A.
Representada por: João Luís Falua Costa da Silva
Suplente do ROC
Duarte Nuno Passos Galhardas
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Relatório e Contas 2012
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Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DO ANO 2012
ANÁLISE GLOBAL
Senhores Accionistas,
O décimo quarto ano de vida da Empresa foi afectado pela forte recessão económica, pelo aumento do
preço dos combustíveis e pelo recorrente anátema, sobre as PPP’s, que atingiu crescentemente o nosso
sector.
As Receitas de Portagem caíram 9% relativamente ao valor que havíamos orçamentado, apesar deste ter
sido determinado de forma que julgámos prudente.
A gestão implementada do lado dos Custos Operacionais, com redução de 1,2% sobre os custos orça-
mentados, revelou-se insuficiente, face à drástica perda de receitas, para manter a empresa com obten-
ção de Resultados Líquidos Positivos no terceiro ano consecutivo. Ainda assim, o EBITDA cifrou-se em
40.147.754,1 euros e o Resultado de Exploração em 20.532.756,9 euros.
Durante o ano, a Empresa acompanhou o processo de arbitragem sobre o litígio que a opõe ao Estado
Português, respeitante à reposição do reequilíbrio financeiro em consequência dos trabalhos que teve de
executar no Lanço Torres Vedras Norte / Bombarral, obras essas que eram da responsabilidade do Esta-
do, a coberto das garantias de Empreitada detidas pela ex – JAE. Note-se que este Lanço da A8 faz par-
te da designada A8 Sul adquirida na data de celebração do Contrato da Concessão Oeste (21 de De-
zembro de 1998).
Em 13 de Abril de 2012, a Auto-Estradas do Atlântico – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. notifi-
cou o Estado Concedente do seu direito à reposição do equilíbrio financeiro da Concessão, em conse-
quência das alterações legislativas que sujeitaram os lanços e sub lanços das EX-SCUT’s (Costa da Prata e
Beira Litoral / Beira Alta) ao regime de cobrança de taxas de portagem aos utilizadores. Nesta notifica-
ção, com fundamento nos factos aí descritos e nas disposições contratuais, a Empresa requereu a aber-
tura das devidas negociações, apresentando os cálculos que conduziram ao valor solicitado para reposi-
ção do equilíbrio financeiro da Concessão: € 398.400.000 (trezentos e noventa e oito milhões e quatro-
centos mil euros).
A esta solicitação respondeu o InIR (Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, IP), em 2 de Outubro de
2012, negando à Concessão qualquer direito a reequilíbrio financeiro.
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Em consequência desta decisão, com a qual a Empresa não se pode conformar está ser elaborado o
processo que suportará um pedido de submissão do litígio a tribunal arbitral.
No âmbito da operação, foi mantido o nível de qualidade de serviço aos clientes e melhorada a eficiên-
cia dos procedimentos de gestão, aspectos que são reconhecidos pelos relatórios de auditoria, produzi-
dos pela entidade certificadora do Sistema de Gestão de Qualidade.
Importa registar que foi, recentemente, renovada a certificação do Sistema de Gestão de Qualidade rela-
tivo à Exploração e Conservação, em regime de portagens, das Auto-Estradas A8 e A15, após auditoria
efectuada pela APCER.
Apesar das dificuldades inerentes à perda de receita, a Empresa manteve, durante o ano de 2012, uma
política de rejuvenescimento dos pavimentos e sinalização horizontal nos troços mais envelhecidos.
Na área financeira assinala-se que o rácio de cobertura anual do serviço da dívida (ADSRC) estabelecido
no Facility Agreement foi cumprido.
No seio da APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-Estradas ou Pontes
com Portagens, a Empresa continuou a participar nos Comités Permanentes para análise de questões
fundamentais para o sector rodoviário nas respectivas áreas temáticas: Portagens; Segurança e Ambien-
te; e Telemática Rodoviária.
Permitimo-nos concluir que, dado o forte comprometimento dos accionistas, não obstante as dificulda-
des surgidas, a robustez do projecto AEA mantém a total confiança dos parceiros envolvidos.
Cumpre-nos deixar uma palavra de apreço pelo profissionalismo, empenho e dedicação de todos os co-
laboradores, bem como o agradecimento à cooperação e apoio prestados pelo Conselho Fiscal, Revisor
Oficial de Contas e pelas Entidades Públicas e Financeiras.
Finalmente, o nosso reconhecimento aos accionistas pela continuada confiança.
Proposta de Aplicação de Resultados
Propõe-se que o Resultado Líquido (negativo) obtido no exercício, no montante de € 2.507.052,34 (dois
milhões, quinhentos e sete mil e cinquenta e dois euros e trinta e quatro cêntimos), seja transferido para
a conta de Resultados Transitados.
Catefica, 22 de Fevereiro de 2013
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ANÁLISE FUNCIONAL
A) ÁREA DE EXPLORAÇÃO
Tráfego e receita
O quadro anexo mostra os principais indicadores de tráfego e receitas da AEA para o ano de 2012. Con-
forme se pode verificar o tráfego regrediu globalmente na rede AEA, devido a vários factores relaciona-
do com a degradação da conjuntura económica no País, e principalmente após a introdução da cobran-
ça de portagens nas SCUT’s no corredor Litoral Lisboa / Porto.
1) TMDA (veículos) -Circulação / Kms / dias
2) Circulação - (Σ Veículos x Quilómetros x dias de operação) /106
3) Foram consideradas as extensões dos sublanços onde existe tráfego local
Lanços com portagem 2011 2012 ∆ % 2012/2011
A8 (Sul)
- Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) 26.599 23.667 -11,02%
- Circulação 530 473 -10,78%
A8 (Norte)
- Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) 10.610 8.861 -16,49%
- Circulação 191 160 -16,26%
A8 (Total)
- Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) 19.013 16.642 -12,47%
- Circulação 720 632 -12,23%
A15
- Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) 4.854 3.995 -17,70%
- Circulação 71 59 -17,48%
Total da Rede
- Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) 15.059 13.110 -12,94%
- Circulação 792 691 -12,70%
Receitas (103 €) 2011 2012 ∆ %2012/2011
Portagens 59.571,91 53.171,91 -10,74%
Assistência a clientes 13,96 12,14 -13,04%
Áreas de serviço 2.044,08 2.110,97 3,27%
Total 61.629,95 55.295,02 -10,28%
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A circulação da rede concessionada teve um decréscimo de 12,70% quando comparada com o ano an-
terior. O subsistema com maiores perdas foi a A15 (-17,48%) fundamentalmente devido à conjuntura
económica desfavorável. A A8 Sul apresentou-se como o subsistema com menor perda devido à forte
presença de tráfego pendular (-10,78%). O tráfego na A8 reduziu-se cerca de 12,23%.
O TMDA da rede pagante da concessão em 2012 foi de 13.110 veículos / dia que corresponde a uma
quebra de 12,94% quando comparado com o valor de 2011.
Os proveitos desceram 10,28% quando comparados com os valores do ano anterior. O perfil do tráfego
modificou-se com perda mais acentuada no longo curso e nos pesados.
As taxas de portagem sofreram um incremento de 4,36% no dia 1 de Janeiro de 2012 de acordo com a
fórmula do contrato de concessão e tendo em consideração a alteração introduzida pelo Despacho Con-
junto 39/2005 (de 17/Fevereiro) do Ministério das Finanças e do Ministério das Obras Públicas.
O IVA manteve-se constante ao longo do ano no valor de 23%.
O meio de pagamento mais utilizado pelos clientes foi a Via Verde (68,9%), seguido do numerário
(16,2%). O pagamento com cartões bancários foi o terceiro meio mais utilizado (14,7%).
Analisando a evolução nos métodos de pagamento utilizados, constata-se que o sistema Via Verde vol-
tou a avançar em termos percentuais relativamente aos anos anteriores (61,1% em 2010 e 64,8% em
2011), enquanto os métodos de pagamento de Via Manual perderam importância. Continua a assistir-
se a uma forte migração da utilização via manual para a Via Verde.
A facturação das áreas de serviço cresceu 3,3% quando comparada com o ano de 2011. O incremento
Meios de pagamento Valor %
Via Verde 36.638.255,95 68,9%
Contractos 36.455.910,43 68,6%
Facturas 182.345,52 0,3%
Via Manual 16.533.652,54 31,1%
Numerário 8.590.292,07 16,2%
Multibanco 7.828.057,02 14,7%
Facturas 85.091,07 0,2%
Outros 30.212,38 0,1%
Total 53.171.908,49 100,0%
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resultou da aplicação da regra de renda mínima (80% de vendas do estudo económico apresentado a
concurso). Esta variável representou 25,4% da facturação total das áreas de serviço.
A facturação de assistência a clientes foi de 12.140 € o que representa um decréscimo de 13,0% relativ
amente ao ano anterior.
Sinistralidade
A taxa de sinistralidade na rede da concessionária teve um decréscimo de 13.6% quando comparada
com o ano anterior. Este decréscimo face ao ano anterior é fundamentalmente devido ao reflexo do
agravamento da crise económica no decurso do ano, o que motivou uma redução sensível nas velocida-
des praticadas pelos condutores com o objectivo de diminuírem os consumos de combustível.
De salientar que o número de acidentes com mortos e o número de vítimas mortais aumentaram face
ao ano anterior, para 3 e 4, respectivamente, apesar da redução acentuada da taxa de sinistralidade.
Não se encontraram razões objectivas para o sucedido, dado não terem existido factores endógenos
potenciadores destes acidentes. Releva ainda referir que 3 das mortes registadas podem estar relaciona-
das com doença súbita do condutor.
Actividades
Durante o ano de 2012 a Direcção de Exploração realizou, entre outras, as seguintes actividades:
Com a entrada em funcionamento da praça de portagem de Leiria Sul Plena Via no final
de 2011, acompanhou a demolição da praça de portagem de Leiria Sul Nó.
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Em Fevereiro de 2012, realizou-se a 2ª auditoria de acompanhamento da APCER, tendo-
se mantido a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da AEA, obtida em 2010,
resultado do trabalho desenvolvido por todas as áreas da empresa. Durante o ano de
2012, com a introdução do processo “Conservação da Infra-estrutura Rodoviária”, alte-
rou-se o Manual da Qualidade e consolidaram-se as monitorizações dos processos. Com
o fim das obras de alargamento os indicadores do processo Operação (Indisponibilidade
de via e Rácio de reclamações de responsabilidade civil vs. Circulação) voltaram a ter valo-
res inferiores aos valores de referência estipulados como limite.
Foram realizadas acções de formação de sinalização vertical, horizontal e equipamentos
de segurança, com as equipas da Conservação.
Procedeu ao acompanhamento da fase final das obras de alargamento de 2 para 3 Vias
nos sublanços CRIL/Loures e Loures/Malveira.
Controlou a migração do prestador de serviço na área de transporte e contagem de valo-
res, incluindo a gestão de numerário dos equipamentos e-Toll.
Acompanhamento da passagem da exploração da A21 para a Estradas de Portugal, SA.
Foram automatizados alguns processos no âmbito da análise das actuações de portagei-
ros de Via Manual e remotos.
Foi realizado o acompanhamento e adequação às sucessivas alterações da Lei 25/2006.
Participação nas especificações de sistemas, para a produção de ficheiros SAF-T.
B) DIRECÇÃO TÉCNICA
Alargamentos
A8- Lanço CRIL/Loures - Alargamento para 2x3 vias
Foram concluídos os trabalhos complementares relativos à Empreitada de Construção do Alargamento
deste lanço, adjudicada ao Consórcio MSF/LENA/NOVOPCA/SOMAGUE.
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Relações com o Estado Concedente
Garantias de Obra/Recepções Definitivas
Durante o corrente ano, continuou a decorrer o processo interposto em tribunal arbitral pela AEA contra
o Estado Concedente, por forma a ver reconhecidos e fazer valer os seus direitos sobre as consequências
do incumprimento das obrigações que o Estado Concedente assumiu perante si, no tocante às garantias
do Lanço Torres Vedras Sul / Bombarral, que tem causado elevados prejuízos à Concessionária, cujo
montante, até ao momento, já ultrapassa os 2.000.000€.
Ambiente
Dando cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei n.º 146/2006, foram elaborados os Mapas Estraté-
gicos de Ruído, dos sublanços da A8 e A15 (sublanços com mais de 3.000.000 de veículos por ano).
Foi instalada mais uma barreira acústica (B8) situada no ramo B do Nó de Frielas.
Conservação e Manutenção
Relativamente aos trabalhos de conservação e manutenção há a salientar o seguinte:
Com base nos resultados das inspecções ao parque de obras de arte da rede da AEA,
realizadas em 2011, foi feita uma consulta ao mercado e adjudicada a empreitada de
reparação/manutenção das juntas de dilatação da A8 e da A15. Estes trabalhos deverão
ficar concluídos durante o 1º trimestre de 2013.
Procedeu-se à auscultação dos pavimentos (deflexões, atrito, textura e IRI) em toda a
extensão da rede concessionada, incluindo nós de ligação à rede viária. Com base no
resultado desta campanha foi realizada uma empreitada de beneficiação do pavimento
na A8 e A15, contemplando o reforço da estrutura do pavimento, o tratamento superfi-
cial com micro aglomerado betuminoso de dupla camada aplicado a frio, bem com a
aplicação de misturas betuminosas tradicionais nos ramos de alguns nós de ligação.
Realizaram-se ainda diversos trabalhos de selagem de fissuras no pavimento rígido, repa-
ração de pequenas deficiências de carácter pontual e reperfilamento de depressões exis-
tentes no pavimento.
Concluíram-se os trabalhos de inspecção dos pórticos e dos semi-pórticos de sinalização
vertical e respectivo carregamento na base de dados.
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Foi realizada a repintura da sinalização horizontal da A8 entre o Nó da Malveira e o Nó
de Leiria (eixos da secção corrente, vias de aceleração, vias de abrandamento e vias de
lentos).
Face às anomalias detectadas na cobertura da praça de portagem de À-dos-Negros, foi
elaborado um projecto de reparação e reforço das fundações. Após consulta ao merca-
do, foi adjudicada a respectiva empreitada, que terá início no primeiro trimestre de 2013.
Apesar do Inverno de 2011/2012 não ter sido muito desfavorável, foi necessário proce-
der à reparação de diversos órgãos de drenagem e à reconstrução de alguns taludes da
auto-estrada, tanto na rede nova como na rede transferida.
Continua a merecer particular atenção desta Concessionária a monitorização, com recurso a equipamen-
tos apropriados, dos taludes da auto-estrada que apresentem fenómenos de instabilidade. Assim, deu-
se continuidade aos contratos celebrados com um Consultor Externo, para monitorização e acompanha-
mento destas situações.
O Contrato de Prestação de Serviços para o Desenvolvimento do Sistema de Gestão de Obras de Arte,
celebrado com a Betar em 2008, foi renovado por um período de seis anos, tendo sido revistas em baixa
as condições de preço. Este contrato, contempla a manutenção e actualização do Software do sistema
de gestão de Obras de Arte, a realização de inspecções ao parque de obras de arte integrado da rede
explorada pela AEA, bem como, a elaboração de pareceres e relatórios.
C) SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Aplicações e Base de Dados
Ao nível aplicacional, além da manutenção corrente de todas as Aplicações e Base de Dados existentes,
destacam-se as seguintes actividades:
Sistemas SiDE e AtlanTIS
Automatização do módulo de Controlo de Portagens: Implementação de automatismos
nos processos de tratamento e correcção de transacções (trânsitos), realizados até à data
de forma manual.
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Actualizações de software de portagem: Durante o ano de 2012, foram instaladas na rede
da AEA quatro novas versões de software do SGMP (Sistema de Gestão e Monitorização
de Portagens). Por conseguinte, foram realizados os desenvolvimentos necessários nas
aplicações SiDE e AtlanTIS, ao longo do ano, de modo a contemplarem as alterações veri
ficadas ao nível do software de Portagens.
Migração da informação da A21: Com a transferência de exploração da A21 para a EP, foi
efectuado um desenvolvimento aplicacional para extrair toda a informação de backoffice
existente relativamente aos seguintes módulos: Facturação de Portagens, Reclamações e
Sinistralidade.
Data warehouse / BI
Com o objectivo de optimizar os tempos de execução dos processos mensais que apuram o tráfego e os
proveitos, deu-se seguimento ao trabalho realizado no ano transacto tendo-se conseguido obter resulta-
dos muito satisfatórios.
De modo a optimizar os backup´s da Base de Dados do Data warehouse, foi implementada a ferramen-
ta RMAN da Oracle.
Intranet
Gestão de Despesas: Todo o processo de conferência e aprovação de despesas de comu-
nicações e abastecimento de combustível passou a ser efectuado no portal da AEA dis-
pensando qualquer suporte em papel.
Gestão de Deslocações em Serviço: Foi desenvolvido no Portal da AEA uma nova funcio-
nalidade que possibilita o registo de deslocações em serviço das viaturas da empresa com
respectivo fluxo de aprovações.
Telemática e Equipamentos de Portagem
Na área da Telemática, além da manutenção corrente, destacam-se as seguintes actividades:
Instalação de uma nova câmara de plena via. Este equipamento foi instalado ao
pk 5+000 sentido Norte/Sul.
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Actividades relacionadas com a recepção provisória da telemática instalada durante a
obra de alargamento do CRIL-Loures: três pares de SOS´s, dois Painéis VMS e dois Conta-
dores de Tráfego.
Relativamente aos equipamentos de portagem, destaca-se a instalação, na Tornada, de um Centro Ope-
racional de Portagens (COP) redundante composto por dois postos de trabalho. Foram realizadas tam-
bém as actividades para a recepção provisória da nova praça de portagem de Leiria.
Redes e Sistemas
Na área de Redes e Sistemas, o ano de 2012 ficou marcado pelo Projecto de Reestruturação dos Equipa-
mentos de Rede. Este projecto resultou da necessidade de renovação de alguns equipamentos activos de
rede (Switching e Routing) nos Data Center’s de Torres Vedras e da Tornada. Foi definida uma nova ar-
quitectura de rede de modo a obter a redundância em falta nalguns pontos críticos nomeadamente nas
ligações ao Centro Controlo de Tráfego e ao Centro Operacional de Portagens. Este projecto possibilitou
uma redução significativa nos custos de manutenção de toda a componente CISCO incluindo os equipa-
mentos existentes em cada portagem.
Foram também realizadas as actividades necessárias para a recepção provisória de toda a componente
de comunicações na obra de alargamento do CRIL-Loures bem como na nova praça de portagem de
Leiria.
Sistema Gestão da Qualidade
No âmbito do Sistema de Gestão de Qualidade (SGQ) da AEA, foram realizadas pelo Serviço de Sistemas
de Informação (SSI) as seguintes actividades:
Desenvolvimento de novas funcionalidades no Portal AEA de modo a responder às neces-
sidades identificadas pela área de Gestão da Qualidade.
Manutenção de dashboard´s com os indicadores definidos nos processos da Direcção de
Exploração (DE) e do SSI.
Participação do SSI em várias auditorias internas quer na qualidade de auditado quer de
auditor.
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Programa Easyway
No âmbito das actividades do grupo de trabalho do CP3 da APCAP destacam-se as seguintes actividades
realizadas em 2012 relacionadas com o Programa Easyway:
Foi dado o devido apoio ao INIR no Programa Easyway no que respeita à tomada de de-
cisões e acções junto da Comunidade Europeia na defesa dos interesses de Portugal.
Participação no grupo de trabalho criado para análise das linhas de orientação para a
implementação dos serviços de telemática rodoviária.
D) ANÁLISE ECONÓMICO FINANCEIRA
Resultados Líquidos
A Concessionária apresentou no final do exercício, um resultado negativo de 2.507 mil euros, inverten-
do a tendência verificada nos dois exercícios anteriores que registaram resultados positivos (3.559 mil
euros em 2010 e 1.284 mil euros em 2011).
Para a inversão registada, contribuíram essencialmente os seguintes factores:
i) Ao nível dos proveitos salienta-se a prestação de serviços que, ascendendo a 55,3 mi-
lhões de euros, traduz uma redução, relativamente ao exercício anterior, de aproxima-
damente 6,3 milhões de euros. Esta redução deve-se essencialmente ao tráfego regista-
do na rede, com impacto negativo nos respectivos proveitos de portagem (menos 6,4
milhões de euros). No que respeita aos custos operacionais, é de salientar uma melho-
ria, relativamente ao ano transacto, da ordem dos 2,6 milhões de euros, de que se des-
tacam os gastos com o pessoal, que passaram de 7,1 para 5,9 milhões de euros, e, os
Fornecimentos e Serviços Externos que diminuíram cerca de 1,5 milhões de euros. A
conjugação do comportamento nestes proveitos e custos, determinou um Resultado
Operacional de 40,1 milhões de euros que representa uma redução relativamente ao
ano anterior da ordem dos 3,4 milhões de euros.
ii) Outras contas de Exploração
De salientar os valores registados como reversão de provisões (4,7 milhões de euros).
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Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Efectivamente os movimentos efectuados na conta de Provisões associadas ao plano de
grandes reparações (IFRIC12) - profundamente alterado, face à revisão das projecções
de tráfego que implicam a adopção de novas soluções técnicas para a sua execução e
reformulação do Planeamento das reparações, antes programadas, deram origem a
uma reversão de valor significativo. Em termos líquidos os referidos movimentos reduzi-
ram o saldo da provisão no final do exercício em aproximadamente 2,7 milhões de eu-
ros.
No que respeita à reversão na “Imparidade de Clientes” (141 mil euros), deve-se à alte-
ração, para critérios mais rigorosos, do método que determina os valores incobráveis.
De referir também uma ligeira diminuição das amortizações e depreciações, cerca de
219,7 mil euros, dado o elevado número de bens que verificou a sua total reintegração.
O comportamento destas contas contribuiu, de igual modo, para atenuar o efeito em
resultados produzido pelo impacto do nível de tráfego registado.
iii) Resultado Financeiro – A redução do passivo remunerado em cerca de 23 milhões de
euros, que teve como consequência uma redução nos custos e encargos financeiros,
permitiu, não obstante uma evolução negativa dos juros obtidos face às alterações das
taxas de Juro e a uma diminuição dos montantes aplicados, uma melhoria destes resul-
tados, relativamente a 2011, em aproximadamente 1,6 milhões de euros, e,
iv) Impostos sobre os Rendimentos do Exercício – De acordo com o que se encontra fiscal-
mente estabelecido, a empresa calcula os impostos sobre o rendimento com base nos
resultados tributáveis e considera, naturalmente, a tributação diferida. O montante
apurado de 3.768,9 mil euros deve-se essencialmente à reversão de Impostos Diferidos
relativos a prejuízos fiscais não recuperáveis de exercícios anteriores (3.625,7 mil euros),
agravado pelo saldo dos impostos resultantes dos movimentos efectuados à provisão
para grandes reparações (473,5 mil euros) e atenuado pelo imposto diferido do ano
(470 mil euros).
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Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
No quadro que a seguir se apresenta, evidencia-se a evolução dos principais indicadores relativos a 2012
e 2011:
De referir:
Para os Proveitos Operacionais, contribuíram ainda os provenientes das subconcessões das Áreas de Ser-
viço, 2.110,9 mil euros, que verificaram uma variação positiva (3,3%) e os valores registados, como
“Outros Rendimentos e Ganhos”, 1.603,6 mil euros, provenientes, basicamente, de multas e recupera-
ção de créditos vencidos (incumprimento de clientes 550 mil euros) e de indemnizações das seguradoras
por danos causados por terceiros à auto-estrada (969,4 mil euros).
(10^6 Euros)
Indicadores 2012 2011
Proveitos Operacionais 56,9 62,9
Proveitos de Portagem 53,2 59,6
Outros Proveitos Operacionais 3,7 3,3
Custos Operacionais 16,8 19,4
Fornecimentos e Serv. Externos 10,6 12,1
Gastos Com o Pessoal 5,9 7,1
Outros Custos Operacionais 0,3 0,2
"Cash-flow" Operacional (EBITDA) 40,1 43,5
Margem EBITDA (%) 70,6% 69,1%
Amortizações e Depreciações 22,5 22,7
Perdas Por Imparidade; valor líquido -0,1 0,2
IFRIC12 (grandes reparações; valor liquido) -2,8 -7,7
Resultados de Exploração (EBIT) 20,5 28,3
Margem EBIT (%) 36,1% 45,0%
Resultados Financeiros (19,3) (20,8)
Resultados Antes de Impostos 1,3 7,4
Impostos do Exercício (3,8) (6,2)
Resultados Líquidos (2,5) 1,3
Cobertura do Imobilizado (Unid.) 1,01 1,03
Autonomia Financeira (Unid.) (a) 0,16 0,14
(a) Considerando como capital, dada a sua natureza, os empréstimos dos accionistas
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 19
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Relativamente às principais naturezas de Custos de Exploração, regista-se uma redução na ordem dos
3.031,8 mil euros (-7,4 %) cuja localização se identifica no quadro abaixo:
Para as variações de maior materialidade assinala-se:
Fornecimentos e Serviços Externos – O comportamento aqui verificado tem justificação na redução
significativa que se registou nos custos com o tratamento de transacções (293 mil euros), em custos
com a conservação e reparação (721,7 mil euros), e em Honorários e Trabalhos Especializados, que foi
da ordem dos 767 mil euros.
No que respeita a Gastos com o Pessoal, a variação prende-se essencialmente com o facto de em 2011,
na sequência dos incentivos criados pela empresa no âmbito do projecto E-Toll, se ter assistido a um
conjunto de rescisões amigáveis, que levou à redução no efectivo de 37 colaboradores, acção esta
acompanhada pela atribuição de indemnizações (cerca de 869 mil euros).
O decréscimo nas amortizações e depreciações, decorre do elevado número de bens do activo imobiliza-
do que, desde 2011 e ao longo de 2012, verificaram a totalidade da sua reintegração.
O Activo
O Activo Fixo Líquido sofreu uma redução de, cerca de, 22.337 mil euros, resultante de aumentos do
Activo Bruto na ordem dos 287 mil euros, abates a rondar os 957,2 mil euros, e das Amortizações De-
preciações e Reintegrações do Exercício (líquidas das relativas a transferências e abates) de 22.490 mil
euros.
A evolução do Activo Fixo Líquido traduz, de forma acentuada, o forte investimento verificado até à
conclusão da totalidade da rede concessionada, em 2002, e a sua natural redução nos anos subsequen-
tes.
(Em 10^3 Euros)
Custos de Exploração 2012 2011 Variação Var. %
Fornec. E Serv. Externos 10.558,1 12.067,5 -1.509,4 -12,5%
Gastos com o Pessoal 5.857,3 7.147,9 -1.290,6 -18,1%
Amortizações e Depreciações 22.490,2 22.709,9 -219,7 -1,0%
Provisões do Período (IFRIC12) 1.789,8 1.775,8 14,1 0,8%
Perdas por Imparidade 60,1 222,0 -161,9 -72,9%
Outros Custos de Exploração 335,4 199,7 135,7 67,9%
Total 41.090,9 44.122,9 -3.031,8 -6,9%
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 20
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Quanto ao elevado montante (38.699,2 mil euros) registado em Caixa e Depósitos Bancários, deve assi-
nalar-se que os contratos de financiamento obrigam a provisionar contas de reserva, quer de investi-
mento, quer do serviço da dívida, que, a 31.12.2012, apresentavam os seguintes saldos:
- Bank Debt Service Reserve Account : 9.894.243 Eur
- EIB Debt Service Reserve Account : 10.410.667 Eur
- Investment Reserve Account : 13.819.514 Eur
- Outras : 956 Eur
O valor evidenciado em “Outras contas a receber”, 2.402,5 mil euros, corresponde essencialmente a
débitos diversos a várias entidades de que se destacam as Áreas de Serviço (690,2 mil euros) e Estradas
de Portugal S.A. (623,8 mil euros).
Por fim, uma nota relativa aos Activos por Impostos Diferidos onde se encontram registados 5.773,1 mil
euros, o que representa uma redução, relativamente a 2011 na ordem dos 4.160,7 mil euros, dos quais
3.625,7 mil euros referem-se a prejuízos fiscais de 2006 a 2009 que a Empresa já não espera recuperar.
O Capital Próprio e o Passivo
O prejuízo apurado no exercício – 2.507,1 mil euros - determinaram o agravamento do Capital Próprio
de 50.884,3 mil euros negativos, em 31.12.11, para 53.394,3 mil euros negativos em 31.12.12.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 21
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
O Passivo ascende, no final do exercício, a 435.829,2 mil euros, do qual, 405.436,1 mil euros (93,1 %)
corresponde a passivo remunerado que teve, no exercício, a seguinte evolução:
No quadro acima o financiamento bancário de curto prazo é o seguinte:
Empréstimo BEI: 12.825,5 mil euros.,
Banca Comercial: 18.365,6 mil euros,
De assinalar, relativamente ao empréstimos evidenciados no quadro anterior:
- A maturidade do empréstimo “Stand by Facility” verifica-se em Dezembro de 2019, e o
seu limite poderá ir até 46,2 milhões de euros, por forma a:
i) Suportar custos financeiros decorrentes da extensão em causa,
ii) Acomodar o excesso de utilização da Dívida Subordinada”,
iii) Acautelar variações inesperadas na taxa de juro (Euribor);
- A maturidade da Dívida Subordinada vence a 31 de Dezembro de 2018;
Mantém-se o actual esquema de garantias accionistas – irrevogáveis e incondicionais – constituídos no
âmbito do actual empréstimo “Stand by Facility”, bem como o seu reforço até ao montante máximo do
empréstimo revisto, i.e. 46,2 milhões de euros.
(Em 10^3 Euros)
Dívida Remunerada Em
31/12/2011 Movimentos
em 2012 Em
31/12/2012
Empréstimo do B.E.I. 150.947,6 (12.857,0) 138.090,6 Empréstimo da Banca Comercial 102.452,7 (17.555,4) 84.897,3 Dívida Subordinada 47.500,0 - 47.500,0 Stand-byFacility 24.147,2 4.181,6 28.328,8 Total da Dívida Bancária 325.047,6 (26.230,9) 298.816,7 Suprimentos 101.728,3 3.496,4 105.224,7 Accionistas 101.728,3 3.496,4 105.224,7 Outros * 1.652,2 (257,5) 1.394,7
Total 428.428,1 (22.992,0) 405.436,1
* Relativo a equipamento de portagem adquirido em leasing
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 22
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Nos termos do “Acordo de Subscrição e Realização de Capital e Suprimentos”, durante o exercício, os
suprimentos capitalizaram juros num total de 3.496,4 mil euros.
Dos 6.070,9 mil euros evidenciados em “Outras contas a pagar”, salientam-se os valores relativos Forne-
cedores de Investimento no montante de 3.089,8 mil euros, os que dizem respeito a Credores por acrés-
cimos de Gastos (1.684,5 mil euros) de que se destacam os acréscimos de custos técnicos (Subcontratos
e Trabalhos Especializados - 994,8 mil euros), os montantes a pagar ao Pessoal (678,7 mil euros) que
correspondem na sua quase totalidade a Férias e Subsídios de Férias relativos a 2012 a pagar em 2013 e
o valor do encontro de contas resultante da exploração conjunta a pagar à Brisal (617,4 mil euros).
O montante evidenciado em Diferimentos, num total de 6.113,3 mil euros e repartido entre corrente e
não corrente, diz, essencialmente, respeito às verbas recebidas no âmbito das subconcessões das áreas
de serviço de Torres Vedras, Óbidos, Rio Maior e Nazaré.
O Investimento
O Investimento efectuado pela empresa atingiu, em 2012, 287 mil euros e foi, na sua quase totalidade,
dirigido a equipamento de portagem e outro de apoio à operação.
Aquele valor apresenta a seguinte decomposição:
Uma referência ao facto de o alargamento do Lanço CRIL / Loures ter sido efectuado por conta do Esta-
do, razão que justifica que o montante despendido não figure no quadro acima.
E) DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E ADMINISTRATIVOS
Gestão das Pessoas
No final do ano de 2012 o quadro de pessoal de AEA era constituído por 185 colaboradores, verifican-
do-se, face a 2011, o aumento de 1 colaborador (transferência da GEIRA).
Natureza Em 10^3 Euros
Equipamento de Portagem 115,3
Outro de Apoio à Operação 100,3
Investimento Corrente Corpóreo 71,4
Total 287,0
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 23
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Evolução do Efectivo
A composição global do efectivo humano
da AEA, manteve-se semelhante à do ano
anterior.
Habilitações Literárias
2010 2011 2012
Básico 3 1 1
2º ciclo 7 4 4
3º ciclo 73 60 58
Secundário 106 93 93
Superior 32 26 29
Total 221 184 185
2010 2011 2012
Homens 144 126 126
Mulheres 77 58 59
Total em 31 Dez. 221 184 185
Efectivo médio 228 201 184
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 24
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Estrutura Etária
Mobilidade
O rácio de mobilidade geral (turnover) de
0,27 reflecte a quase inexistência de pro-
cessos de admissão ou cessação. A admis-
são registada resulta da transferência de
uma operadora de portagens da GEIRA
para AEA, no âmbito de uma situação de
baixa prolongada que, por essa via, não
pôde ser integrada no processo de licença
sem vencimento dos colaboradores da GEI-
RA em funções na Estradas de Portugal.
Absentismo
O absentismo de longa duração registado
em 2012, face ao registado em 2011, so-
freu uma queda substancial, com o óbvio
reflexo na taxa de absentismo geral, que
passa de 5% para 3,6%. Esta queda tem
origem numa grande diminuição das situ-
ações de baixas de longa duração
(superiores a 1 mês).
2010 2011 2012
25 – 34 69 47 34
35 – 44 111 99 108
45 – 54 34 32 37
+ 55 7 6 6
Total 221 184 185
Média Etária 39,0 39,7 40,7
2010
2011
2012
Admissões 2 2 1
Rescisões 20 39 0
Rácio Admissões 0,88 0,99 0,54
Rácio Saídas 8,77 19,31 0,00
Rácio Geral 4,82 10,15
0,27
2010 2011 2012
Taxa Absentismo Curta Duração 1,9% 1,6% 1,5%
Taxa Absentismo Longa Duração 3,5% 3,4% 2,0%
Taxa Absentismo Remunerado 0,7% 0,6% 0,6%
Taxa Absentismo Não
Remunerado 4,7% 4,43% 3,0%
Taxa Absentismo Geral 5,4% 5,0% 3,6%
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 25
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Relações Laborais
O Acordo Colectivo de Trabalho, subscrito por AEA e GEIRA e pelo Setaccop – Sindicato da Construção,
Obras Públicas e Serviços Afins, foi objecto de mais um processo de negociação que culminou na assina-
tura, pelas partes, do texto da revisão do ACT e respectivo envio ao Ministério da Economia e do Empre-
go para efeitos de depósito e publicação.
Operadores de Vias Automáticas de Portagens
Foi negociado com o Setaccop – Sindicato da Construção, Obras Públicas e Serviços Afins, no âmbito da
Comissão Paritária prevista no Acordo Colectivo de Trabalho, a criação de uma nova categoria profissio-
nal, respectiva carreira e enquadramento, intitulada Operador de Vias Automáticas de Portagem. Esta
nova categoria vem consolidar, na componente de RH, o modelo de cobrança e-toll e será aplicada, a
partir de 1 de Janeiro de 2013, a todos os Colaboradores seleccionados para operar com o e-toll.
Formação Profissional
Em 2012 foram efectuadas 3.407 horas de formação profissional, envolvendo 71 formandos.
De entre as acções de formação, executadas ou em curso, destacar a continuação do projecto de forma-
ção em língua inglesa, destinado aos operadores do Centro de Controle de Tráfego e do Centro Opera-
cional de Portagens e estendido aos colaboradores da área de Clientes e Portagens, que envolveu 43
formandos e cerca de 3.000 horas de formação, entre formação presencial e online.
Segurança e Saúde no Trabalho
Mantendo um padrão muito acima dos mínimos legais requeridos, na vertente da medicina do trabalho
foram efectuadas 190 consultas médicas (incluindo ECG), entre consultas periódicas, de regresso de
baixa e por indicação do médico do trabalho. Realizaram-se ainda 172 pacotes de análises clínicas.
No âmbito da medicina curativa, realizaram-se 97 consultas médicas de clínica geral. Ainda no âmbito
da saúde, e no aspecto particular da prevenção, foram fornecidas e/ou administradas vacinas anti-gripe
sazonal a 112 Colaboradores.
Gestão Administrativa
Relativamente ao fornecimento de bens e serviços na empresa, assim como à gestão dos contratos que
estão atribuídos a esta área destacamos:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 26
Relatório e Contas 2012 - Relatório de Gestão
Viaturas
A frota de Auto-Estradas do Atlântico era constituída, em 31 de Dezembro de 2012, por 44 viaturas, 43
delas contratadas em regime de aluguer operacional e uma propriedade da empresa (viatura pesada
alocada à área de conservação do CAM). No ano de 2012, a renovação da frota passou pela devolução
de 22 e pela recepção de 15 viaturas.
Correspondência
No ano de 2012 deram entrada em Auto-Estradas do Atlântico 10.455 cartas/volumes e foram expedi-
das 16.417.
Documentos Contabilísticos
Passaram pela Área Administrativa, para conferência e aprovação, 1.582 Facturas/Notas de Crédito/
Notas de Débito, constituindo cerca de 57% de todos os documentos desta natureza que deram entra-
da em Auto-Estradas do Atlântico.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 27
Relatório e Contas 2012
Auto Estradas do Atlântico
Relatório e Contas 2012 - Demonstrações Financeiras
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 29
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Montantes expressos em Euros)
ACTIVO Notas 31.12.2012
31.12.2011
ACTIVO NÃO CORRENTE:
Activos fixos tangíveis 7 15.200.452 17.801.021
Activos intangíveis 8 314.569.800 334.306.418
Activos por impostos diferidos 10 5.773.120 9.933.824
Total do activo não corrente 335.543.372 362.041.263
ACTIVO CORRENTE:
Clientes 13 3.584.325 2.789.281
Estado e outros entes públicos 14 1.838.202 971.248
Outras contas a receber 11 2.402.472 1.923.736
Diferimentos 12 343.359 358.803
Caixa e depósitos bancários 4 38.699.178 40.685.220
Total do activo corrente 46.867.536 46.728.288
Total do activo 382.410.908 408.769.551
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO:
Capital realizado 15 55.000.000 55.000.000
Reserva legal 15 82.302 82.302
Outras reservas 17.408 17.408
Resultados transitados (105.994.294) (107.277.923)
Outras variações no capital próprio 15 7.376 10.286
(50.887.208) (52.167.927)
Resultado líquido do exercício (2.507.052) 1.283.629
Total do capital próprio (53.394.260) (50.884.298)
PASSIVO:
PASSIVO NÃO CORRENTE:
Provisões 16 11.181.972 14.480.176
Financiamentos obtidos 9, 18 373.994.321 398.184.367
Passivos por impostos diferidos 10 916.976 1.375.464
Diferimentos 12 5.239.381 -
Total do passivo não corrente 391.332.650 414.040.007
PASSIVO CORRENTE:
Provisões 16 562.516
Fornecedores 3.131.762 3.577.358
Estado e outros entes públicos 14 2.391.562 1.834.362
Financiamentos obtidos 9, 18 31.441.823 30.243.777
Outras contas a pagar 19 6.070.922 6.664.610
Diferimentos 12 873.933 3.293.736
Total do passivo corrente 44.472.518 45.613.842
Total do passivo 435.805.168 459.653.850
Total do capital próprio e do passivo 382.410.908 408.769.551
O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de Dezembro de 2012.
Relatório e Contas 2012 - Demonstrações Financeiras
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 30
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DOS EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Montantes expressos em Euros)
RENDIMENTOS E GASTOS Notas 31.12.2012
31.12.2011
Vendas e serviços prestados 20 55.295.010 61.629.955
Rédito associado a serviços de construção - 611.406
Fornecimentos e serviços externos 21 (10.558.092) (12.067.489)
Gastos com o pessoal 22 (5.857.295) (7.147.924)
Imparidade de dívidas a receber 13 80.635 (183.543)
Provisões (aumentos / reduções) 16 2.794.610 7.692.078
Encargos associados a serviços de construção - (611.406)
Outros rendimentos e ganhos 24 1.603.554 1.263.689
Outros gastos e perdas 25 (335.423) (199.721)
Resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de financia-
mento e impostos 43.022.999
50.987.045
(Gastos) / reversões de depreciações e de amortizações 7 e 8 (22.490.241) (22.709.927)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 20.532.758 28.277.118
Juros e rendimentos similares obtidos 23 679.558 743.958
Juros e gastos similares suportados 23 (19.950.481) (21.581.075)
Resultado antes de impostos 1.261.835 7.440.001
Imposto sobre o rendimento do exercício 10 (3.768.887) (6.156.372)
Resultado líquido do exercício (2.507.052) 1.283.629
Resultado por acção básico 26 (0,23) 0,12
O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.
Relatório e Contas 2012 - Demonstrações Financeiras
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 31
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Relatório e Contas 2012 - Demonstrações Financeiras
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 32
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Montantes expressos em Euros)
Notas 31.12.2012 31.12.2011
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de clientes 70.473.633 75.701.282
Pagamentos a fornecedores (14.109.117) (13.001.162)
Pagamentos ao pessoal (5.082.976) (5.242.444)
Fluxos gerados pelas operações 51.281.540 57.457.675
Pagamento de imposto sobre o rendimento 112.317 (180.360)
Outros pagamentos relativos à actividade operacional (9.542.691) (10.204.363)
Fluxos das actividades operacionais (1) 41.851.166 47.072.952
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de:
Juros e rendimentos similares 715.760 722.504
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis e intangíveis (2.104.016) (5.910.257)
Fluxos das actividades de investimento (2) (1.388.256) (5.187.753)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes:
Outras operações de financiamentos 109 501
109 501
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (30.222.340) (29.229.697)
Juros e gastos similares (9.676.699) (11.254.665)
Comissões de garantias bancárias (1.863.339) (2.033.259)
Outros encargos financeiros (370.035) (220.192)
Amortizações de contratos de locação financeira (316.648) 225.142
(42.449.061) (42.512.671)
Fluxos das actividades de financiamento (3) (42.448.951) (42.512.169)
Variação das contas de reserva (4) 4 (827.750) 1.486.640
Variação de caixa e seus equivalentes (5) = (1) + (2) +
(1.158.292)
(2.113.610)
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 4 5.732.090 7.845.700
Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 4.573.798 5.732.090
O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de Dezembro de 2012.
Relatório e Contas 2012
Auto Estradas do Atlântico, SA
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2012
(Montantes expressos em Euros)
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Auto-Estradas do Atlântico – Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A. (“Empresa” ou
“Concessionária”) tem sede em Torres Vedras, foi constituída em 4 de Novembro de 1998 e tem
como objecto social a concepção, construção, financiamento, exploração e conservação de auto-
estradas e outras redes viárias, na zona Oeste de Portugal. De acordo com os seus estatutos, a
Empresa durará pelo período em que vigorar a concessão que lhe foi atribuída.
Através do Decreto-Lei nº 393-A/98, de 4 de Dezembro, foram aprovadas as bases da concessão
atribuída à Empresa dos lanços de auto-estrada e conjuntos viários associados na zona Oeste de
Portugal, tendo em 21 de Dezembro de 1998 sido assinado, com o Estado Português, o contrato
de concessão. Este prevê que a concessão seja válida pelo período compreendido entre as vinte e
quatro horas de 21 de Dezembro de 1998 e as vinte e quatro horas de 21 de Dezembro de 2028,
bem como estabelece as disposições e modalidades de extinção e resgate antecipado da conces-
são e ainda as garantias que perduram para além do seu termo.
Na data de entrada em vigor da concessão foram transferidos para a Empresa, entre outros, um
conjunto de lanços de auto-estrada, equipamentos e instalações afectos, bem como pessoal e
garantias associadas aos troços já construídos. Pela transferência dos lanços de auto-estrada já em
funcionamento a Empresa pagou um valor de 88.536.627 Euros (Nota 8).
Em 9 de Outubro de 2001 entraram em exploração o lanço de auto-estrada A8 – Caldas da Rai-
nha/Marinha Grande (Este) e a totalidade da auto-estrada A15 – Caldas da Rainha/Santarém. Em
28 de Março de 2002 entrou em exploração o lanço Marinha Grande (Este)/Leiria, ficando assim
concluída a construção dos lanços viários incluídos na concessão.
Os poderes de fiscalização do cumprimento das obrigações da Concessionária, emergentes do
contrato de concessão, são exercidos pelo Ministério das Finanças nos aspectos de natureza eco-
nómica e financeira e pelo Ministério da Economia e do Emprego nos demais.
Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração na reunião de
25 de Fevereiro de 2013.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 34
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma
verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenho finan-
ceiro e fluxos de caixa.
2. REFERENCIAL CONTABILISTICO DE PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em
Portugal, vertidas no Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura con-
ceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro (“NCRF”) e normas interpretativas (“NI”)
consignadas, respectivamente, nos avisos 15652/2009, 15655/2009 e 15653/2009, de 27 de
Agosto de 2009, as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística
(“SNC”). De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas generi-
camente por “NCRF”.
O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não dêem resposta às necessidades dos utilizadores
em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão supletivamente
recorrer, em primeiro lugar, às IFRS tal como adoptadas pela União Europeia e, de seguida, às
outras IFRS ainda não adoptadas pela União Europeia.
Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público em geral, e
ao caso da Empresa em particular, a interpretação efectuada pelo International Accounting Stan-
dards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 – Contratos de Concessão
de Serviços Públicos (“IFRIC 12”).
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras
anexas são as seguintes:
3.1 Bases de apresentação
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a
partir dos registos contabilísticos da Empresa, seguindo os princípios definidos no Sistema de Nor-
malização Contabilística (SNC), complementadas supletivamente pelas normas internacionais de
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 35
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
contabilidade.
3.2 Activos fixos tangíveis reversíveis
Em conformidade com o actual contrato de concessão, os bens directamente relacionados com a
actividade concessionada revertem, sem qualquer compensação, para o Estado no final dos res-
pectivos contratos de concessão. Estes bens estão sujeitos ao regime de domínio público e estão
afectos à actividade, podendo ser administrados livremente nesse âmbito, mas não no que diz
respeito ao comércio jurídico privado.
Os activos fixos tangíveis reversíveis são originalmente contabilizados pelo respectivo valor de cus-
to de aquisição ou de construção, incluindo os custos indirectos que lhes sejam atribuíveis duran-
te o período de construção.
Os activos fixos tangíveis reversíveis são depreciados pelo método da linha recta, por duodécimos,
ao longo da sua vida útil estimada, como segue, tendo como limite a data de término do contra-
to de concessão:
Anos de
vida útil
Edifícios e outras construções 10 - 28
Equipamento de transporte 4
Ferramentas e utensílios 4 - 8
Equipamento administrativo 3 - 10
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de
gerar benefícios económicos futuros adicionais são registadas como gastos no período em que
são incorridas.
O ganho (ou perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado
como a diferença entre o valor do montante recebido ou a receber na transacção e a quantia lí-
quida de depreciações acumuladas, escriturada no activo e é reconhecida em resultados no perío-
do em que ocorre o abate ou a alienação.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 36
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
3.3 Activos fixos tangíveis não reversíveis
Os activos fixos tangíveis não reversíveis são registados ao custo de aquisição, incluindo despesas
imputáveis à compra.
São depreciados utilizando o método da linha recta ao longo de uma vida útil estimada, tal como
para o caso dos activos fixos tangíveis reversíveis.
3.4 Activos fixos intangíveis
Os activos intangíveis que compreendem despesas incorridas em projectos específicos com valor
económico futuro, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações
acumuladas e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são reconhecidas pelo método da linha recta durante a vida útil estimada dos
activos.
No caso particular do direito associado ao contrato de concessão, cujo custo corresponde aos
valores pagos ao concedente, acrescido dos dispêndios suportados directamente com a constru-
ção da infraestrutura, a amortização é efectuada no período que decorre até ao final do contrato
de concessão.
3.5 Perdas de imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis
Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangí-
veis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que possam
estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos
activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é
possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a quantia recuperá-
vel da unidade geradora de caixa mais pequena a que esse activo pertence.
A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o
justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso,
os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto antes de im-
postos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto
aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as esti-
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 37
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
mativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua
quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é regista-
da de imediato na demonstração dos resultados.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando há
evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A rever-
são das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados. A reversão da
perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de
amortizações e depreciações) caso a perda não tivesse sido registada.
3.6 Locações
Os contratos de locação são classificados como: (i) locações financeiras, se através deles forem
transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à sua posse; e, (ii) locações
operacionais, se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vanta-
gens inerentes à sua posse.
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não
da forma do contrato.
Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as cor-
respondentes responsabilidades, são contabilizados pelo método financeiro, reconhecendo o acti-
vo fixo tangível, as depreciações acumuladas correspondentes e as dívidas pendentes de liquida-
ção de acordo com o plano financeiro contratual. Adicionalmente, os juros incluídos no valor das
rendas e as depreciações do activo fixo tangível são reconhecidos como custos na demonstração
dos resultados do exercício a que respeitam.
Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na
demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação.
As rendas contingentes são reconhecidas como gastos no período em que são incorridas.
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Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
3.7 Subsídios
Os subsídios estatais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor, quando existe uma ga-
rantia razoável de que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas
para a sua concessão.
Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de activos fixos tangíveis são reconhe-
cidos inicialmente no capital próprio e subsequentemente imputados numa base sistemática co-
mo rendimentos do exercício, de forma consistente e proporcional com as depreciações dos acti-
vos a cuja aquisição se destinaram.
3.8 Provisões, passivos contingentes e activos contingentes
São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou
implícita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obriga-
ção ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
O montante reconhecido em provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data
de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo
em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
Em particular são constituídas provisões para fazer face à obrigação contratual de manter ou re-
por a infra-estrutura a um nível de serviço especificado, tendo por base os planos de intervenção
programados correspondentes às repavimentações.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como
provisões. Existe um contrato oneroso quando a Empresa é parte integrante das disposições de
um acordo, cujo cumprimento tem associados custos que não é possível evitar que excedem os
benefícios económicos derivados do mesmo.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa
a essa data.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados
sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos
não seja remota. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras,
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 39
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
3.9 Activos e passivos financeiros
Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte
das correspondentes disposições contratuais.
Activos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado
Os activos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado
deduzido de eventuais perdas por imparidade acumuladas, quando:
- Sejam à vista ou tenham maturidade definida; e
- Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e
- Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado corresponde à quantia pela qual um activo financeiro ou passivo financeiro é
mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amorti-
zação cumulativa, usando o método da taxa de juro efectiva, de qualquer diferença entre essa
quantia inicial e a quantia na maturidade. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta os paga-
mentos ou recebimentos futuros estimados na quantia líquida escriturada do activo ou passivo
financeiro.
Os activos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:
- Clientes;
- Outras contas a receber;
- Fornecedores;
- Outras contas a pagar;
- Financiamentos obtidos.
Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em cai-
xa, depósitos à ordem e a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de 3 meses, e
que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 40
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Imparidade de activos financeiros
Os activos financeiros classificados na categoria “ao custo ou ao custo amortizado” são sujeitos a
testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade
quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocor-
ridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados
negativamente.
Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer
corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente dos novos fluxos
de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original.
Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer correspon-
de à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser
objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da
perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quan-
tia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente regista-
da. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados.
Desreconhecimento de activos e passivos financeiros
A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus flu-
xos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os activos financeiros e todos os
riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os activos
financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios signi-
ficativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja
liquidada, cancelada ou expire.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 41
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
3.10 Rédito e especialização de exercícios
Os proveitos decorrentes da prestação de serviços são reconhecidos na demonstração dos resulta-
dos com referência à fase de acabamento da prestação de serviços à data do balanço.
No que respeita ao serviço de construção, quando é possível estimar com fiabilidade a correspon-
dente margem, os correspondentes gastos e rendimentos são reconhecidos por referência à per-
centagem de acabamento do contrato na data de relato. A percentagem de acabamento é deter-
minada de acordo com as fases de realização dos trabalhos efectuados na obra. Quando não é
possível estimar com fiabilidade o resultado do contrato de construção, o rédito do contrato é
reconhecido até à concorrência dos gastos do contrato incorridos que se espera recuperar. Os
gastos do contrato são reconhecidos no exercício em que são incorridos. Quando é provável que
os gastos do contrato vão exceder os seus rendimentos, a correspondente perda esperada é reco-
nhecida de imediato como um gasto.
Os juros e outros gastos e rendimentos similares são reconhecidos de acordo com o princípio da
especialização dos exercícios e de acordo com a taxa de juro efectiva aplicável.
Os gastos e rendimentos são contabilizados no período a que dizem respeito, independentemen-
te da data do seu pagamento ou recebimento. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja
conhecido são estimados.
Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocor-
rerão em períodos futuros, bem como as despesas e as receitas que já ocorreram, mas que respei-
tam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo
valor que lhes corresponde, são registados como activos ou passivos.
3.11 Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis da
Empresa e considera a tributação diferida.
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis (os quais
diferem dos resultados contabilísticos) da empresa de acordo com as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos activos e dos
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 42
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
passivos para efeitos de registo contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributa-
ção, bem como os resultantes de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o
resultado fiscal e contabilístico.
Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e periodicamente avaliados, utilizando
-se as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças tem-
porárias.
Os passivos por impostos diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributá-
veis e os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas
razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Anualmente é efectuada uma reapre-
ciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos, no sentido de
os reconhecer ou ajustar em função da expectativa anual de recuperação futura.
3.12 Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os custos com empréstimos são reconhecidos na demonstração dos resultados do período a que
respeitam.
Os encargos financeiros de empréstimos obtidos, directamente relacionados com activos que de-
morem um período de tempo substancial a estarem concluídos (incluindo activos fixos tangíveis e
intangíveis), são capitalizados fazendo parte integrante do custo do activo.
3.13 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associada a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimati-
vas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos,
assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conheci-
mento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções
em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão
ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das
demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimati-
vas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma
prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das tran-
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 43
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
sacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas formulados pelo Conselho de Administração na prepa-
ração das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes:
- Imparidades dos activos não correntes
A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de
diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da Empresa, tais como a disponibi-
lidade futura de financiamento, o custo de capital ou quaisquer outras alterações, quer internas
quer externas. A identificação dos indicadores de imparidade e a determinação do valor recuperá-
vel dos activos implicam um elevado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração
no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de
caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores de transacções;
- Vidas úteis de activos fixos tangíveis
A vida útil de um activo é o período durante o qual a Empresa espera que um activo esteja dispo-
nível para seu uso e deve ser revista pelo menos no final de cada exercício económico. A determi-
nação das vidas úteis dos activos, do método de depreciação a aplicar e das perdas estimadas
decorrentes da substituição de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por motivos de obso-
lescência tecnológica ou outros, é essencial para determinar o montante das depreciações a reco-
nhecer na demonstração dos resultados de cada exercício. Estes parâmetros são definidos de
acordo com a melhor estimativa da gestão, para os activos em questão;
- Reconhecimento de activos por impostos diferidos
São reconhecidos activos por impostos diferidos apenas quando existe forte segurança de que
existirão lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização das diferenças temporárias, ou
quando existam passivos por impostos diferidos cuja reversão seja expectável no mesmo período
em que os activos por impostos diferidos sejam revertidos. A avaliação dos activos por impostos
diferidos é efectuada pela Gestão no final de cada exercício, tendo em atenção a expectativa de
performance no futuro;
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 44
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
- Provisões
As provisões, em particular as relacionadas com a obrigação contratual de manter ou repor a
infra-estrutura a um nível de serviço específico, têm por base planos de intervenção programa-
dos. O momento e o custo das intervenções estimadas incorporam um grau de incerteza. A
variação dos pressupostos considerados e a ocorrência de determinados eventos poderá condu-
zir a ajustamentos significativos ao valor da provisão.
3.14 Acontecimentos após a data do balanço
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre con-
dições que existiam à data do balanço (“eventos ajustáveis”) são reflectidos nas demonstrações
financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições
que ocorram após a data do balanço (“eventos não ajustáveis”) são divulgados nas demonstra-
ções financeiras, se forem considerados materiais
4. FLUXOS DE CAIXA
A rubrica de Caixa e depósitos bancários inclui numerário, depósitos bancários imediatamente
mobilizáveis e outros financiamentos de curto prazo equivalentes.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica era composta por :
Os valores em depósitos à ordem mantidos junto do BPI, vencem juros a taxas normais de mer-
cado para operações similares.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 45
31-12-2012 31-12-2011
Caixa 372.825 374.325
Depósitos à ordem 4.200.973 5.357.765
4.573.798 5.732.090
Contas de reserva
Depósitos à ordem 272.337 6.200
Depósitos a prazo 33.853.043 34.946.930
34.125.380 34.953.130
Caixa e depósitos bancários 38.699.178 40.685.220
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
As contas de reserva sob a forma de depósitos à ordem e a prazo resultam dos termos dos con-
tratos de financiamento, que obrigam à manutenção de saldos de depósitos suficientes para fazer
face ao próximo vencimento do serviço de dívida (Nota 18) e aos compromissos de investimento e
vencem juros a taxas normais do mercado.
Assim estas contas de reserva, apresentam valores em depósitos à ordem e em depósitos a prazo,
com a seguinte descriminação:
5. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS
E ERROS
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2012 não ocorreram alterações de políticas
contabilísticas e estimativas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa
ao exercício de 2011, apresentada para efeitos comparativos, nem foram registados erros materi-
ais relativos a exercícios anteriores.
6. PARTES RELACIONADAS
Identificação de partes relacionadas
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o capital totalmente subscrito e realizado, era composto
por 11.000.000 acções com valor nominal de 5 Euros, detidas pela Auto-Estradas do Oeste, S.A.
e Via-Oeste, SGPS, S.A. com 50% do capital cada uma.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 46
31-12-2012 31-12-2011
Dep.
Ordem Dep. Prazo Total Dep.
Ordem Dep. Prazo Total
Reserva do serviço de dívida -
Banca comercial - 9.894.243 9.894.243 154 10.286.560 10.286.714
Reserva do serviço de dívida - BEI 167 10.410.500 10.410.667 159 10.885.370 10.885.529
Reserva de investimento 271.214 13.548.300 13.819.514 4.933 13.775.000 13.779.933
Outras 956 - 956 954 - 954
272.337 33.853.043 34.125.380 6.200 34.946.930 34.953.130
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Saldos e transacções
Em 31 de Dezembro de 2012 os saldos e as transacções efectuadas durante o exercício findo na-
quela data com empresas do grupo e relacionadas, são como segue:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 47
AEA - EMPRESAS DO GRUPO A 31-12-2012
EMPRESA
SALDOS TRANSACÇÕES
Fornecedores Financiamentos
obtidos (Notas 9, 18)
Outras contas a pagar
(Nota 19)
Outras contas a receber (Nota 11)
Aquisição de activos fixos
tangiveis
obras de pavimentação
Fornecimentos e serviços externos
(Nota 21)
Gastos com o pessoal
Juros e gastos similares (Nota
23)
Lena Engenharia e Construções, S.A. 794.663 - - - - 432.000 828.697 - -
Lena Concessões e Serviços, S.A. 43.598 - - - - - 5.409 176.280 -
MSF, Concessões, SGPS, S.A. 27.913 - 2.500 - - - - 30.000 -
MSF-SGPS, S.A. 27.913 - 2.500 - - - - 30.000 -
Brisa - Auto-Estradas de Portugal, S.A. - - 60.030 80.109 - - - 232.501 -
Brisa - O & M, S.A. 653.039 - 423 - - - 1.584.181 - -
Brisa Inovação e Tecnologia, S.A. 178.859 1.394.729 270.237 - 156.837 - 1.100.340 - 79.077
Brisa Eng. E Gestão, S.A. 76.030 - - - - - - - -
Brisal, S.A. - - 617.414 - - - - - -
Via Verde, S.A. 32.603 - 76.069 3.901 - - 1.540.102 - -
Viamarca, S.A. 130.040 - 37.516 - - - 292.371 - -
MSF, Engenharia, S.A. (Alarg: CRIL/Loures) - - 2.252.646 26.654 - - - - -
LMNS Atlantico S.A. (Alarg. Loures/Malv) 147.657 - 436.440 242.740 - - - - -
Via Oeste, SGPS - 52.612.363 - - - - - - 1.748.201
Autoestrada do Oeste, S.A. - 52.612.363 - - - - - - 1.748.201
TOTAL 2.112.315 106.619.456 3.755.775 353.404 156.837 432.000 5.351.100 468.781 3.575.479
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Os saldos em 31 de Dezembro de 2011 e as transacções durante o exercício findo naquela data
efectuados com empresas do grupo e relacionadas, são como segue:
Remunerações dos órgãos chave da gestão
As remunerações dos órgãos sociais nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,
foram como segue (Nota 22):
7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Os activos fixos tangíveis subdividem-se em reversíveis e não reversíveis, conforme revertam ou
não para o Estado no final da Concessão, sem qualquer compensação.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 48
AEA - EMPRESAS DO GRUPO A 31-12-2011
EMPRESA
SALDOS TRANSACÇÕES
Fornecedores Financiamentos
obtidos (Notas 9, 18)
Outras contas a pagar
(Nota 19)
Outras contas a receber (Nota 11)
Aquisição de activos fixos
tangiveis
Fornecimentos e serviços externos (Nota 21)
Gastos com o pessoal
Juros e gastos similares (Nota
23)
Lena Engenharia e Cons- 1.073.991 - 30.500 - - 1.250.732 168.000 -
MSF, Concessões, SGPS - - 60.000 - - - 60.000 -
Brisa - Auto-Estradas de 239.895 - 3.972 66.829 - 44.882 228.000 -
Brisa - O & M, S.A. 632.897 - (91.706) - - 1.422.193 - -
Brisa Inovação e Tecnolo- 176.021 1.652.166 368.023 - 1.469.251 2.708.044 - 91.104
Brisa Eng. E Gestão, S.A. 130.646 - 168.778 - - 582.066 - -
Brisal, S.A. - - 514.831 - - - - -
Via Verde, S.A. (60.234) - 147.331 1.883 - 2.009.379 - -
Viamarca, S.A. 40.082 - 25.872 - - 262.387 - -
MSF, Engenharia, S.A. - - 2.790.764 209.223 - - - -
LMNS Atlantico S.A. 147.657 - 436.440 172.801 649.374 - - -
Via Oeste, SGPS - 50.864.162 - - - - - 1.483.398
Autoestrada do Oeste, S.A. - 50.864.162 - - - - - 1.483.398
TOTAL 2.380.955 103.380.490 4.454.804 450.735 2.118.625 8.279.682 456.000 3.057.900
31-12-2012 31-12-2011
Conselho de Administração 420.000 420.000
Conselho Fiscal 36.400 36.939
Presidente de Mesa da Assembleia Geral 2.000 2.008
458.400 458.947
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Em conformidade com o actual contrato de concessão, os bens directamente relacionados com a
actividade concessionada revertem, sem qualquer compensação, para o Estado no final do con-
trato de concessão (activos reversíveis). Estes bens estão sujeitos ao regime de domínio público e
estão afectos à actividade da Empresa que os pode administrar livremente, nesse âmbito, mas não
dispor dos mesmos no que diz respeito ao comércio jurídico privado.
O movimento ocorrido nos activos fixos tangíveis reversíveis, durante os exercícios de 2012 e
2011, foi o seguinte:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 49
2012 Saldo Aumentos
Diminuições
Saldo
inicial final
ACTIVO FIXO TANGÍVEL REVERSÍVEL
Activo bruto
Edifícios e outras construções 17.393.010 - (167) 17.392.843
Equipamento básico 24.077.707 284.283 (842.250) 23.519.740
Equipamento de transporte 66.160 - - 66.160
Equipamento administrativo 1.312.041 1.508 (65.787) 1.247.762
Outros activos fixos 384.656 - (6.358) 378.298
Total 43.233.574 285.791 (914.562) 42.604.803
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras construções 8.700.889 768.616 (165) 9.469.340
Equipamento básico 15.203.360 1.870.835 (709.354) 16.364.841
Equipamento de transporte 66.160 - - 66.160
Equipamento administrativo 1.205.155 41.073 (64.834) 1.181.394
Outros activos fixos 331.345 18.281 (6.222) 343.404
Total 25.506.909 2.698.805 (780.575) 27.425.139
ACTIVO FIXO TANGÍVEL REVERSÍVEL LÍQUIDO 17.726.665 15.179.664
2011 Saldo Aumentos
Diminuições
Transferências / Reclassificações
Saldo
inicial final
ACTIVO FIXO TANGÍVEL REVERSÍVEL
Activo bruto
Edifícios e outras construções 17.337.567 35.562 - 19.881 17.393.010
Equipamento básico 19.880.460 1.494.635 - 2.702.612 24.077.707
Equipamento de transporte 66.160 - - - 66.160
Equipamento administrativo 1.324.414 22.118 (34.491) - 1.312.041
Outros activos fixos 380.506 4.150 - - 384.656
Total 38.989.107 1.556.465 (34.491) 2.722.493 43.233.574
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras construções 7.913.990 774.941 - 11.958 8.700.889
Equipamento básico 13.142.116 2.061.631 - (387) 15.203.360
Equipamento de transporte 66.160 - - - 66.160
Equipamento administrativo 1.189.681 49.965 (34.491) - 1.205.155
Outros activos fixos 312.584 18.761 - - 331.345
Total 22.624.531 2.905.298 (34.491) 11.571 25.506.909
ACTIVO FIXO TANGÍVEL REVERSÍVEL LÍQUIDO 16.364.576 17.726.665
2012 2011
Equipamento de sinalização e segurança 8.048.470 7.948.132
Equipamento de telecomunicações 1.743.744 2.554.899
Instalações electricas e iluminação 947.650 960.925
Equipamento de portagem 8.198.960 8.032.835
Equipamento de apoio à exploração 2.826.012 2.826.012
Obras acessórias e outras infraestruturas diversas 1.754.904 1.754.904
23.519.740 24.077.707
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
O equipamento básico reversível bruto a 31 de Dezembro de 2012 e 2011, era composto dos
seguintes itens ao custo de aquisição:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 50
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Os activos fixos tangíveis não reversíveis, tiveram durante os anos de 2012 e 2011, o seguinte
movimento:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 51
2012 Saldo Aumentos
Diminui-ções
Saldo
inicial final
ACTIVO FIXO TANGÍVEL NÃO REVERSÍVEL
Activo bruto
Equipamento administrativo 1.206.899 1.250 (42.662) 1.165.487
Outros activos fixos 64.903 - - 64.903
Total 1.271.802 1.250 (42.662) 1.230.390
Depreciações acumuladas
Equipamento administrativo 1.152.127 49.805 (42.662) 1.159.270
Outros activos fixos 45.319 5.013 - 50.332
Total 1.197.446 54.818 (42.662) 1.209.602
ACTIVO FIXO TANGÍVEL NÃO REVERSÍVEL LÍQUIDO 74.356 20.788
2011 Saldo Aumentos
Diminui-ções
Transferên-cias / Reclassi-
Saldo
inicial final
ACTIVO FIXO TANGÍVEL NÃO REVERSÍVEL
Activo bruto
Edifícios e outras construções 19.881 - - (19.881) -
Equipamento administrativo 1.271.681 9.119 (74.288) 387 1.206.899
Outros activos fixos 64.635 268 - - 64.903
Total 1.356.197 9.387 (74.288) (19.494) 1.271.802
Depreciações acumuladas
Edifícios e outras construções 10.136 1.822 - (11.958) -
Equipamento administrativo 1.165.121 60.907 (74.288) 387 1.152.127
Outros activos fixos 40.038 5.281 - - 45.319
Total 1.215.295 68.010 (74.288) (11.571) 1.197.446
ACTIVO FIXO TANGÍVEL NÃO REVERSÍVEL LÍQUIDO 140.902 74.356
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
8. ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os activos intangíveis tiveram o
seguinte movimento:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 52
2012 Saldo Aumentos
Saldo
inicial final
ACTIVO INTANGÍVEL
Activo bruto
Software informático 795.776 - 795.776
Direito contratual 528.882.678 - 528.882.678
Total 529.678.454 - 529.678.454
Activo intangível em curso 440.866 - 440.866
Total bruto 530.119.320 - 530.119.320
Amortizações acumuladas
Software informático 795.776 - 795.776
Direito contratual 195.017.126 19.736.618 214.753.744
Total 195.812.902 19.736.618 215.549.520
ACTIVO INTANGÍVEL LÍQUIDO 334.306.418 314.569.800
2011 Saldo Aumentos
Diminuições
Transferências / Reclassificações
Saldo
inicial final
ACTIVO INTANGÍVEL
Activo bruto
Software informático 795.776 - - - 795.776
Direito contratual 498.925.821 - - 29.956.857 528.882.678
Total 499.721.597 - - 29.956.857 529.678.454
Activo intangível em curso 33.067.013 672.073 (638.363) (32.659.857) 440.866
Total bruto 532.788.610 672.073 (638.363) (2.703.000) 530.119.320
Amortizações acumuladas
Software informático 795.776 - - - 795.776
Direito contratual 175.280.508 19.736.618 - - 195.017.126
Total 176.076.284 19.736.618 - - 195.812.902
ACTIVO INTANGÍVEL LÍQUIDO 356.712.326 334.306.418
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Tal como referido na Nota Introdutória, aquando da entrada em vigor da concessão foram trans-
feridos para a Empresa um conjunto de lanços de auto-estrada, equipamentos e instalações afec-
tos aos troços já construídos aos quais foi atribuído um valor de 88.536.627 Euros, e que passa-
ram a ser designados de Infraestrutura inicial, fazendo parte do direito contratual.
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o valor bruto dos activos intangíveis correspondente ao
direito contratual apresentava o seguinte detalhe:
O activo intangível em curso em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 está relacionado com o investi-
mento de construção associado à obra de alargamento Malveira / Torres Vedras Sul.
9. LOCAÇÕES FINANCEIRAS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Empresa tem equipamento de exploração em regime de
locação financeira, como segue:
Em 31 de Dezembro de 2012, as responsabilidades por amortizações de capital de locação finan-
ceira, ascendem a 1.394.729 Euros (Notas 6 e 18), e vencem-se nos próximos exercícios, como
segue:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 53
2012 2011
Pavimentos e equipamentos conexos 236.043.946 236.043.946
Obras de arte e equiparadas 171.436.784 171.436.784
Infraestrutura inicial (Nota 1) 88.536.627 88.536.627
Obras acessórias e outras infraestruturas diversas 15.117.721 15.117.721
Equipamento de telecomunicações 3.853.765 3.853.765
Instalações electricas e iluminação 3.241.306 3.241.306
Equipamento de sinalização 10.652.529 10.652.529
528.882.678 528.882.678
31-12-2012 31-12-2011
Custo Depreciação acumulada
Valor líquido
Valor líquido
Equipamento de exploração 2.471.100 1.796.870 674.230 1.033.603
2013 250.809
2014 264.149
2015 278.198
2016 e seguintes 601.573
1.394.729
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
10. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
A Empresa encontra-se sujeita a IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (“IRC”)
à taxa normal de 25%. O referido imposto pode ser incrementado pela Derrama até à taxa máxi-
ma de 1,5% sobre o lucro tributável. Adicionalmente, a partir de 1 de Janeiro de 2010, os lucros
tributáveis que excedam os 2.000 milhares de Euros, são sujeitos a Derrama estadual à taxa de
2,5%, nos termos do artigo 87º-A do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colec-
tivas.
Para o exercício de 2012, a taxa nominal de imposto poderá variar entre 26,5% e 31,5%, depen-
dendo do valor de lucro tributável (“LT”) apurado, o qual será tributado às seguintes taxas:
- Taxa de IRC: 25% sobre o LT;
- Derrama municipal: 1,5% sobre o LT;
- Derrama estadual: 3% sobre o LT se 1.500.000 Euros < LT <= 10.000.000 Euros ou 5% sobre
o LT se LT > 10.000.000 Euros.
Para o exercício de 2013, a taxa de Derrama estadual foi alterada como segue:
- 3% sobre o LT se 1.500.000 Euros < LT<= 7.500.000 Euros ou 5% se LT > 7.500.000 Euros.
Nos exercícios de 2014 e seguintes, o LT que exceda os 2.000 milhares de Euros é sujeito a Derra-
ma estadual à taxa de 2,5%, conforme referido em cima.
Nos termos do artigo 88º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a
Empresa encontra-se sujeita a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas pre-
vistas no artigo mencionado.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção
por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco para a Segurança
Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fisca-
is, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependen-
do das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fis-
cais da Empresa dos anos de 2009 a 2012 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. O Conselho
de Administração entende que eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte
das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas de-
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 54
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
monstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012.
O prazo de reporte dos prejuízos fiscais reportáveis (“PFR”) apurados em períodos de tributação
iniciados em ou após Janeiro de 2012 passou de quatro para cinco períodos de tributação (este
prazo é de quatro anos para os PFR apurados nos períodos de tributação de 2010 e 2011 e de
seis anos para os períodos de tributação anteriores).
Adicionalmente, a dedução dos PFR passou a estar limitada a 75% do lucro tributável, sendo esta
regra aplicável às deduções efectuadas nos períodos de tributação iniciados em ou após 1 de Ja-
neiro de 2012, independentemente dos períodos de tributação em que tenham sido apurados.
Os prejuízos fiscais reportáveis, que em 31 de Dezembro de 2012 ascendiam a 31.043.940 Euros,
expiram como segue:
Impostos diferidos
O imposto sobre o rendimento contabilizado nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e
2011, encontra-se ajustado pelo efeito da contabilização dos impostos diferidos. São apenas re-
conhecidos activos por impostos diferidos, quando exista razoável segurança de que possam vir a
ser utilizados na redução do resultado tributável futuro.
O detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, de
acordo com as diferenças temporárias que os geraram, era conforme segue:
(a) Em 31 de Dezembro de 2012, a Empresa estima que o valor recuperável de prejuízos fiscais
ascendia a 5.383.314 Euros.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 55
2012 11.825.018
2013 7.374.652
2014 7.311.821
2015 2.651.748
2017 1.880.701
31.043.940
Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos
2012 2011 2012 2011
Prejuízos fiscais reportáveis (a) 1.345.829 4.501.309 - -
Provisão para obras de repavimentação 3.363.779 3.837.247 - -
Ajustamentos de conversão para NCRF 1.063.512 1.595.268 916.976 1.375.464
5.773.120 9.933.824 916.976 1.375.464
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
a) Movimentos nos activos por impostos diferidos:
b) Movimentos nos passivos por impostos diferidos:
c) conciliação da taxa de imposto:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 56
2012 2011
Saldo inicial 9.933.824 16.509.749
Provisão para obras de repavimentação (473.468) (2.430.880)
Desreconhecimento de prejuízos anteriores (3.625.655) (3.613.289)
Prejuízos fiscais reportáveis do período 470.175 -
Ajustamentos de conversão para as NCRF (531.756) (531.756)
Saldo final 5.773.120 9.933.824
2012 2011
Saldo inicial 1.375.464 1.833.952
Ajustamentos de conversão para as NCRF (458.488) (458.488)
Saldo final 916.976 1.375.464
31-12-2012 31-12-2011
Resultado antes de impostos 1.261.835 7.440.001
Taxa nominal de imposto (matéria colectável até 12.500€) 12,5%
Taxa nominal de imposto (matéria colectável superior a 12.500€) 25,0% 26,5%
Imposto esperado 315.459 1.969.850
Diferenças permanentes:
Quotizações (29.847) (28.949)
Outras situações, líquidas (124.351) (135)
(154.198) (29.084)
Taxa nominal de imposto 25,0% 26,5%
(38.550) (7.707)
Ajustamentos à colecta (i) 66.671 38.569
Prejuizos fiscais reportáveis não recuperáveis 3.625.655 3.617.847
Efeito da alteração da taxa de imposto na derrama estadual (200.348) 535.813
Imposto do exercício 3.768.887 6.154.372
Imposto corrente (Nota 14) 66.671 38.935
Imposto diferido 3.702.216 6.117.437
3.768.887 6.156.372
(i) Este montante corresponde à parcela de IRC que resulta da tributação autónoma das despesas
com viaturas ligeiras de passageiros
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
11. OUTRAS CONTAS A RECEBER
A composição desta rubrica a 31 de Dezembro de 2012 e 2011, era a seguinte:
(i) Estes saldos referem-se, essencialmente, às rendas devidas pelas áreas de serviço.
O valor relativo à EP- Estradas de Portugal, S.A. diz principalmente respeito a um valor em dívida
referente à comparticipação desta entidade nas obras de alargamento Cril-Loures.
As outras contas a receber em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, incluem saldos com partes rela-
cionadas nos montantes de 353.404 Euros e 450.735 Euros, respectivamente (Nota 6).
Os valores relativos a Exploração conjunta, correspondem a receitas da Empresa cobradas por
outras concessionárias.
12. DIFERIMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os diferimentos activos tinham a seguinte composição:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os diferimentos passivos correntes e não correntes referem-
se a rendas das Áreas de serviço, pagas antecipadamente.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 57
31-12-2012 31-12-2011
Pessoal 5.819 12.844
Devedores por acréscimo de rendimento (i) 690.247 601.576
Estradas de Portugal, S.A. 623.772 198.864
Débitos diversos 822.933 842.941
Exploração conjunta:
Brisa - Auto Estradas de Portugal, S.A. 80.109 66.829
LusoLisboa- Auto-estradas da Grande Lisboa, S.A. 59.416 73.787
EP- Estradas de Portugal, S.A. 120.176 126.895
2.402.472 1.923.736
31-12-2012 31-12-2011
Seguros 268.791 263.093
Outros gastos a reconhecer 74.568 95.710
343.359 358.803
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
É de salientar que, no decurso do mês de Dezembro de 2012, a Empresa firmou aditamentos aos
contratos de exploração das áreas de serviço da Nazaré e de Rio Maior, com a BP Portugal – Co-
mércio de Combustíveis e Lubrificantes, S.A. (“BP”), alterando as condições inicialmente estabele-
cidas. Ao abrigo dos referidos aditamentos a Empresa facturou à BP, ainda em 2012, 1.000.000
Euros relativamente à área de serviço de Rio Maior, referente às rendas fixas dos próximos 10
anos de exploração e 2.140.000 Euros relativos à área de serviço de Nazaré relativos aos próximos
5 anos. Em 31 de Dezembro de 2012 estes montantes encontram-se diferidos, devidamente se-
gregados entre corrente e não corrente. Daquele montante, em 31 de Dezembro de 2012, encon-
tram-se por receber 1.060.000 Euros (Nota 13)
13. CLIENTES
As principais rubricas de clientes, em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, eram:
(a) Em 31 de Dezembro de 2012, este montante inclui 1.060.000 Euros a receber de BP (Nota 12).
As perdas por imparidades apresentavam os seguintes movimentos nos exercícios findos a 31 de
Dezembro de 2012 e 2011:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 58
2012 2011
Portagens 4.567.045 4.865.656
Assistência a utentes 49.506 78.280
Áreas de serviço (a) 1.104.842 61.343
Diversos (4.063) (2.358)
5.717.330 5.002.921
Imparidades (2.133.005) (2.213.640)
3.584.325 2.789.281
31-12-2012 31-12-2011
Saldo inicial 2.213.640 2.229.035
Reversão (140.763) (237.416)
Reforço 60.128 222.021
Saldo final 2.133.005 2.213.640
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
14. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os saldos com estas entidades tinham a seguinte composi-
ção:
15. CAPITAL E RESERVAS
Capital realizado: Em 31 de Dezembro de 2012, o capital da Empresa, estava totalmente subscrito
e realizado, e era composto por 11.000.000 de acções com o valor nominal de 5 Euros cada.
Os dois únicos accionistas da Empresa são a Auto-Estradas do Oeste, S.A. e a Via-Oeste, SGPS,
S.A., com 50% do capital cada um.
Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual
tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capi-
tal. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utili-
zada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Aplicação de resultados de 2010: Na Assembleia Geral de Accionistas realizada em 31 de Março
de 2011 foi deliberada a transferência do resultado líquido negativo do exercício de 2010 para
resultados transitados.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 59
31-12-2012 31-12-2011
Saldos devedores
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (a) 1.838.202 971.248
Saldos credores
Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.216.962 1.651.012
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 71.270 75.979
Contribuições para a Segurança Social 103.330 107.371
2.391.562 1.834.362
(a) Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, este saldo compôe-se como segue:
31-12-2012 31-12-2011
Retenções na fonte 1.252.873 428.183
Pagamento especial por conta 652.000 582.000
Estimativa de imposto do exercício (Nota 10) (66.671) (38.935)
1.838.202 971.248
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
Aplicação de resultados de 2011: Na Assembleia Geral de Accionistas realizada em 22 de Março
de 2012 foi deliberada a transferência do resultado líquido positivo do exercício de 2011 para
resultados transitados.
Outras variações do capital próprio: A rubrica de outras variações do capital próprio é composta
pelos subsídios do governo que de acordo com o normativo contabilístico em vigor são inicial-
mente reconhecidos em capital próprio.
A Empresa, face às características da actividade de concessão de auto-estradas, tem apresentado
resultados líquidos negativos, tal como previsto no plano de negócios aprovado. Nos termos do
contrato de concessão estão previstos mecanismos de regularização do equilíbrio financeiro da
Empresa no sentido de assegurar a continuidade das suas operações.
16. PROVISÕES
A provisão registada reflecte a obrigação contratual da Empresa de manter e repor a infra-
estrutura a um nível de serviço especificado nos termos do Contrato de Concessão, nomeadamen-
te através da realização de obras de repavimentação.
Esta provisão é constituída ao longo do período que medeia entre a ocorrência das referidas inter-
venções, por contrapartida de um gasto operacional, com base no valor presente do gasto esti-
mado a incorrer em cada momento.
O movimento das provisões, durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,
foi como segue:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 60
2012 2011
Corrente Não corrente Não corrente
Saldo inicial - 14.480.176 21.614.231
Transferência 1.051.215 (1.051.215) -
Utilizações (413.505) - -
Reversões (1.035.835) (3.548.624) (9.467.854)
Aumentos 960.641 1.301.635 2.333.800
562.516 11.181.972 14.480.176
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
De referir que em 2012, face à diminuição do tráfego, tendência que se prevê manter no futuro
próximo, foram igualmente revistas as projecções de investimentos relativos às referidas interven-
ções, suportadas no entendimento dos consultores técnicos, do que resultou a reversão das provi-
sões anteriormente constituídas.
A provisão é sujeita a actualização financeira em cada data de relato financeiro, por contrapartida
de um gasto financeiro, sendo a taxa de actualização correspondente à taxa de financiamento
contratada.
De realçar que o reforço da provisão tem duas componentes, correspondentes à dotação de cada
período e à actualização financeira da posição constituída:
17. GARANTIAS PRESTADAS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a Empresa tinha solicitado a emissão de garantias bancárias
a favor do Estado português no montante de 5.216.233 Euros e 5.025.534 Euros, respectivamen-
te.
18. FINANCIAMENTOS OBTIDOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a composição dos financiamentos obtidos era a seguinte:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 61
2012 2011
Dotação do período 1.789.849 1.775.778
Actualização financeira (Nota 23) 472.427 558.022
2.262.276 2.333.800
31-12-2012 31-12-2011
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos
Capital
BEI (a) 12.825.453 125.265.110 138.090.563 12.406.468 138.541.115 150.947.583
Banca Comercial (b) 18.365.561 66.531.730 84.897.291 17.600.193 84.852.544 102.452.737
Divida Subordinada (c) - 47.500.000 47.500.000 - 47.500.000 47.500.000
Stand-by (d) - 28.328.834 28.328.834 - 24.147.334 24.147.334
31.191.014 267.625.674 298.816.688 30.006.661 - 295.040.993 - 325.047.654
Locação financeira (Notas 6 e 9) 250.809 1.143.920 1.394.729 237.116 1.415.050 1.652.166
Suprimentos (e)
Capital - 69.113.562 69.113.562 - 69.113.561 69.113.561
Juros - 36.111.165 36.111.165 - 32.614.763 32.614.763
- 105.224.727 105.224.727 - 101.728.324 101.728.324
TOTAL 31.441.823 373.994.321 405.436.144 30.243.777 398.184.367 428.428.144
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
(a) O empréstimo obtido junto do Banco Europeu de Investimento (EIB – Facility Agreement) é
composto por três tranches, que vencem juros às taxas anuais de 4,94%, 5,07% e 2,361%
respectivamente. Este empréstimo apresenta o seguinte plano de pagamento:
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, relativamente a este empréstimo, os accionistas da Empre-
sa solicitaram a apresentação de garantias bancárias apresentadas a favor do BEI, de 138.541.115
Euros e 151.361.220 Euros, respectivamente.
(b) O “Term Loan Facility” obtido junto de um sindicato bancário vence juros à taxa Euribor a
seis meses acrescida de 1,5%, e deverá ser amortizado de acordo com o seguinte plano de
pagamento:
(c) Em 31 de Dezembro de 2012, o empréstimo “Subordinated-Debt Facility” obtido junto do
Banco BPI, S.A. e da Caixa - Banco de Investimento, S.A., vencia juros à taxa Euribor a seis
meses acrescida de 5,0%. Este empréstimo deverá ser amortizado em 31 de Dezembro de
2018.
(d) Em 31 de Dezembro de 2012, o empréstimo “Stand-by Facility” obtido junto de um sindicato
bancário constituído pelo Banco BPI, S.A. e pela Caixa – Banco de Investimento, S.A. vence
juros à taxa Euribor a um mês acrescida de 2,5%. Este empréstimo tem vencimento em 18 de
Dezembro de 2019.
(e) Os suprimentos foram concedidos em partes iguais por cada um dos accionistas. O capital em
dívida em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 ascendia a 69.113.562 Euros, em ambos os
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 62
2013 12.825.453
2014 13.746.870
2015 14.240.680
2016 14.749.454
2017 15.302.122
2018 15.869.754
2019 16.475.295
2020 17.103.780
2021 17.777.155
125.265.110
138.090.563
2013 18.365.561
2014 18.568.262
2015 18.917.611
2016 19.273.286
2017 9.772.571
66.531.730
84.897.291
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
anos, ao qual acresciam 36.111.165 Euros e 32.614.763 Euros respectivamente, correspondentes
a juros à taxa Euribor a 12 meses, acrescida de 1,5%. É expectativa da Empresa que o reembolso
destes montantes ocorrerá a médio e longo prazo.
Alguns daqueles contratos de financiamento obrigam à manutenção de saldos de depósitos sufi-
cientes para fazer face ao próximo vencimento do serviço da dívida e aos compromissos de inves-
timento (Nota 4).
19. OUTRAS CONTAS A PAGAR
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, as outras contas a pagar tinham a seguinte composição:
As rubricas de outras contas a pagar incluem saldos com empresas do grupo e relacionadas em
31 de Dezembro de 2012 e 2011, no montante de 3.755.775 Euros e 4.454.804 Euros respecti-
vamente (Nota 6).
20. RÉDITO
As vendas e serviços prestados nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, tive-
ram a seguinte composição:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 63
31-12-2012 31-12-2011
Pessoal 678.700 664.606
Fornecedores de investimento 3.089.809 3.672.962
Credores por acréscimo de gastos
Custos financeiros a liquidar 2.392 1.950
Outros acréscimos de custos financeiros 72.956 86.728
Outros acréscimos de custos administrativos 114.888 135.629
Outros acréscimos de custos tecnicos 994.836 1.175.502
Outros acréscimos de custos 499.413 412.402
1.684.485 1.812.211
Exploração conjunta -Brisal-Auto-estradas do Litoral, S.A. 617.414 514.831
Outros credores 514 -
6.070.922 6.664.610
31-12-2012 31-12-2011
Portagens 53.284.636 59.671.189
Áreas de serviço 2.110.965 2.044.084
Assistência a utentes 12.136 13.958
Descontos e abatimentos (112.727) (99.276)
55.295.010 61.629.955
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
21. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
O detalhe dos Fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de
2012 e 2011, era o seguinte:
A rubrica de fornecimentos e serviços externos inclui transacções com empresas do grupo e relaci-
onadas nos exercícios findos de 31 de Dezembro de 2012 e 2011, no montante de 5.351.100
Euros e 8.279.682 Euros, respectivamente (Nota 6).
22. GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,
era detalhada como segue:
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, o número médio de pessoas ao servi-
ço da Empresa foi de 184 e de 201, respectivamente.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 64
31-12-2012 31-12-2011
Subcontratos 5.756.733 6.139.616
Serviços especializados 3.080.411 4.164.058
Materiais 51.380 59.234
Energias e fluídos 717.060 745.580
Deslocações e estadas 13.363 26.345
Serviços diversos 939.145 932.656
10.558.092 12.067.489
31-12-2012 31-12-2011
Remuneração dos orgãos sociais (Nota 6) 458.400 458.947
Remuneração do pessoal 4.217.228 4.448.970
Indemnizações - 869.389
Encargos s/ remunerações 949.263 988.465
Seguro acidentes de trabalho 26.425 25.317
Gastos de acção social 122.346 128.953
Outros gastos com o pessoal 83.633 227.883
5.857.295 7.147.924
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
23. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011,os juros e outros gastos similares deta-
lham-se como segue:
A rubrica de juros e gastos similares inclui transacções com empresas do grupo e relacionadas nos
exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, no montante de 3.575.479 Euros e
3.057.900 Euros, respectivamente (Nota 6).
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, os juros e outros rendimentos simila-
res incluem, essencialmente, juros de depósitos à ordem e depósitos a prazo nos montantes de
679.486 Euros e 743.016 Euros, respectivamente.
24. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de Outros rendimentos e ganhos decompunha
-se do seguinte modo:
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 65
31-12-2012 31-12-2011
Juros suportados
Juros de empréstimos 13.347.107 15.274.126
Juros de suprimentos 3.496.403 2.966.796
Outros Juros 80.266 91.171
Sub-total 16.923.776 18.332.093
Actualização financeira - provisão IFRIC 12 (Nota 16) 472.427 558.022
Gastos financeiros com empréstimos 2.554.247 2.690.958
Outros gastos financeiros 31 2
19.950.481 21.581.075
31-12-2012 31-12-2011
Portagens suplementares (multas, taxas máximas) 550.032 508.649
Indemnizações de acidentes 969.393 658.766
Amortização de pagamentos do EP 2.911 10.133
Outros rendimentos e ganhos 81.218 86.141
1.603.554 1.263.689
Relatório e Contas 2012 - Anexo às Demonstrações Financeiras
25. OUTROS GASTOS E PERDAS
Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de Outros gastos e perdas decompunha-se do
seguinte modo:
26 RESULTADO POR ACÇÃO
O Resultado por acção básico dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foi de-
terminado conforme segue:
Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 não existem quaisquer efeitos diluído-
res, pelo que o resultado por acção diluído é igual ao resultado por acção básico.
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 66
31-12-2012 31-12-2011
Alienações e abates 118.035 -
Tarifas da SIEV 55.466 104.286
Quotizações 59.359 65.449
Indemnizações de acidentes 84.512 26.421
Outros gastos e perdas 18.051 3.565
335.423 199.721
2012 2011
Resultado líquido do exercício (2.507.052) 1.283.629
Número de acções em circulação 11.000.000 11.000.000
Resultado por acção básico (0,23) 0,12
Relatório e Contas 2012
Auto Estradas do Atlântico, SA
Relatório e Contas 2012
RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 68
Relatório e Contas 2012
Auto Estradas do Atlântico, SA
Relatório e Contas 2012
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 70
Relatório e Contas 2012
FICHA TÉCNICA
Propriedade
Auto-Estradas do Atlântico
Concessões Rodoviárias de Portugal, S.A.
Catefica - Apartado 327
2560 - 587 Torres Vedras
Portugal
Tel.: +351 261 318 500
Fax.: +351 261 318 501
www.aeatlantico..pt
E-mail: [email protected]
Edição
AEA - Gabinete de Comunicação e Imagem
Agosto 2013
Sociedade Anónima—Capital Social 55.000.000 euros
Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Torres Vedras,
Com o nº 3830
Contribuinte nº 504 290 592
Auto Estradas do Atlântico, SA pág. 71