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AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA (AII) COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO CARLA DE ALBUQUERQUE DIAS (IFAM ) [email protected] O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados obtidos através da Autoavaliação Institucional Interna (AII) realizada internamente junto aos públicos formados por DISCENTES de nível superior, DOCENTES e TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) ao final de 2013 e divulgados ao Ministério da Educação (MEC) através do Relatório Anual de Autoavaliação Institucional (RAAI) em março de 2014. A partir dos resultados obtidos, objetiva-se desenvolver um plano de gestão da segurança e saúde ocupacional do local estudado, e sistematizar estratégias para otimizar as chances de sucesso deste plano de gestão de segurança, saúde e condições de trabalho no IFAM. Esta é uma das aplicabilidades da engenharia de produção, e a escolha desse tema justifica-se pelo papel estratégico que a segurança do trabalho desempenha na organização do trabalho, tanto na área de atuação específica das organizações, como para a economia nacional, no que diz respeito aos afastamentos e pagamentos de indenizações trabalhistas, por exemplo. Palavras-chaves: gestão da segurança, autoavaliação institucional interna, nível de comprometimento, saúde ocupacional, organização do trabalho, melhoria da qualidade XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10 Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL INTERNA

(AII) COMO FERRAMENTA DE GESTÃO PARA

SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM

ESTUDO DE CASO

CARLA DE ALBUQUERQUE DIAS (IFAM )

[email protected]

O presente artigo tem como objetivo apresentar os resultados obtidos

através da Autoavaliação Institucional Interna (AII) realizada internamente

junto aos públicos formados por DISCENTES de nível superior, DOCENTES e

TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) ao

final de 2013 e divulgados ao Ministério da Educação (MEC) através do

Relatório Anual de Autoavaliação Institucional (RAAI) em março de 2014. A

partir dos resultados obtidos, objetiva-se desenvolver um plano de gestão da

segurança e saúde ocupacional do local estudado, e sistematizar estratégias

para otimizar as chances de sucesso deste plano de gestão de segurança,

saúde e condições de trabalho no IFAM. Esta é uma das aplicabilidades da

engenharia de produção, e a escolha desse tema justifica-se pelo papel

estratégico que a segurança do trabalho desempenha na organização do

trabalho, tanto na área de atuação específica das organizações, como para a

economia nacional, no que diz respeito aos afastamentos e pagamentos de

indenizações trabalhistas, por exemplo.

Palavras-chaves: gestão da segurança, autoavaliação institucional interna,

nível de comprometimento, saúde ocupacional, organização do trabalho,

melhoria da qualidade

XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10

Curitiba, PR, Brasil, 07 a 10 de outubro de 2014.

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1. Introdução

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM), como

instituição pública federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) por meio da

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), tem sede e foro em Manaus,

capital do Amazonas, o Estado de maior extensão territorial da Federação. No cumprimento

das finalidades, características e objetivos explicitados na Legislação voltada para a

Educação, o IFAM vem aumentando de maneira expressiva a oferta de vagas, nas

modalidades de ensino presencial e à distância. Atualmente existem dez unidades em

funcionamento localizadas em Manaus e no interior do Estado, dentre as quais estão os

Campus: Coari-CC, Lábrea-CL, Manaus Centro-CMC, Manaus Distrito Industrial-CMDI,

Manaus Zona Leste-CMZL, Maués-CM, Parintins-CP, Presidente Figueiredo-CPF, São

Gabriel da Cachoeira-CSGC e Tabatinga-CT. O Plano de Expansão já se encontra em sua fase

III, e abrange mais cinco municípios: Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Manacapuru e Tefé.

Conforme Regimento Geral do IFAM, sua administração ocorre de forma descentralizada, por

meio de gestão delegada, em consonância com os termos do Artigo 9° da Lei N° 11.892/2008.

Visando a eficácia administrativa e como medida de descentralização, a estrutura básica

organizacional do IFAM é composta por órgãos colegiados, executivos, de controle e de

assessoramento.

Nessa composição interna existe a Comissão Própria de Avaliação (CPA), responsável por

coordenar a Autoavaliação Institucional Interna (AII), desde a elaboração do método,

passando por sua implementação e sistematização dos resultados, até a elaboração do

Relatório Anual de Autoavaliação Institucional (RAAI), que subsidia os Planejamentos

Administrativo e Pedagógico da Instituição e é usado pelo INEP (Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e MEC para o recredenciamento

institucional e reconhecimento dos cursos, entre outras atividades.

Desta forma, a CPA é elemento obrigatório para todas as IES (Instituições de Ensino

Superior) do País e tem por objetivo avaliá-las de forma autônoma, apresentando seu RAAI

para o dirigente institucional e para o INEP, possibilitando à IES o aperfeiçoamento de seus

processos internos no que diz respeito as dez Dimensões do SINAES (Sistema Nacional de

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Avaliação do Ensino Superior): Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional (1),

Políticas para o Ensino, Pesquisa e Extensão (2), Responsabilidade Social (3), Comunicação

com a Sociedade (4), Políticas de Pessoal (5), Organização e Gestão da Instituição (6),

Infraestrutura Física (7), Planejamento e Avaliação (8), Políticas de Atendimento ao

Estudante (9), Sustentabilidade Financeira (10).

Assim, os pilares da Avaliação das IES no SINAES tratam da avaliação:

− Interna (Autoavaliação Institucional) – Realizada pela CPA;

− Externa – Realizada pelo INEP/MEC;

− Desempenho dos Estudantes – Realizada pelo INEP/MEC através do ENADE.

Desta forma, a AII está em obediência à Legislação de Ensino Superior do MEC que

estabelece o SINAES (Lei N°10.861 de 14/04/2004, Portaria MEC Nº 2.051 de 09/07/2004 e

Decreto Nº 5.773, de 09/05/2006).

A CPA também está prevista na Lei Nº 10.861, de 14/04/2004, e prevê em seu artigo 2º,

inciso IV, que a AII deverá assegurar "a participação do corpo DISCENTE, DOCENTE e

TÉCNICO-ADMINISTRATIVO das instituições de educação superior, e da SOCIEDADE

CIVIL, por meio de suas representações".

A AII é, portanto, um processo contínuo com o qual a Instituição adquire conhecimento sobre

sua própria realidade, buscando compreender os significados do conjunto de suas atividades

para melhorar a qualidade educativa e maior relevância social.

Nesse sentido, o presente artigo apresenta os resultados do RAAI no exercício de 2013,

específicos quanto à Dimensão 6 (Organização e Gestão da Instituição), onde procurou-se

identificar junto aos participantes da pesquisa, a situação da segurança e saúde do trabalho

no IFAM através da seguinte questão:

“Como você avalia o nível de comprometimento da instituição com a segurança e saúde

dos (DISCENTES/DOCENTES/TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS)?”

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Tal instrumento avaliativo foi aplicado internamente apenas aos segmentos de DISCENTES

de cursos de nível superior, dos campi onde são oferecidos tais cursos (Licenciaturas,

Tecnologias e Engenharias), bem como aos DOCENTES e TÉCNICOS

ADMINISTRATIVOS (sem distinção, para todas as unidades do IFAM). Não foi realizada

AII ao segmento da SOCIEDADE CIVIL, em virtude da pouca representatividade de tal

segmento nesta CPA. Além disso, em virtude de a CPA ter sido criada apenas no 2º semestre

de 2013, houve pouco tempo para planejamento das ações, que basicamente limitaram-se à

elaboração e aplicação dos questionários para os três segmentos e tabulação de dados para

emissão do RAAI, que contou com um total de 2.085 participantes, conforme abaixo:

− DISCENTES = 1.286

− DOCENTES = 681

− TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS = 118

2. Referencial Teórico

O trabalho consome um terço, ou mais, do tempo de nossa existência, passando a determinar

um estilo de vida e influir diretamente em nossa personalidade. Possivelmente, a primeira

manifestação em favor da organização do trabalho tenha sido a Administração Científica

utilizada por Taylor, tentando ampliar a eficiência do trabalhador. Taylor imaginava como

conciliáveis os interesses do empregado e do empregador, contanto que fosse dado a ambos o

que pretendiam, ou seja, para este, baixo custo de produção, para aquele, salários mais altos

(VENDRAME, 2008, p.47).

A Administração Científica peca na conceituação de seu principal objetivo: Assegurar o

máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao

empregado. O grande equívoco foi considerar como necessidade do trabalhador unicamente o

salário e nada mais. Segundo Maslow (1970), as necessidades vão se refinando e, uma vez

que o trabalhador encontra suas necessidades básicas satisfeitas, serão criadas novas

necessidades, tais como autorrealização e estima não contempladas pela Teoria da

Administração Científica.

Nesse contexto, algumas patologias do trabalho têm evoluído no sentido de que sua origem

não mais está associada aos fatores clássicos, como por exemplo, à exposição de uma

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substância, ou mesmo, às más condições de trabalho. Nos idos tempos, o trabalhador estava

exposto à uma substância; hoje, ele está exposto a diversos agentes, e mesmo que esta dose

seja menor, a combinação das exposições acaba por ser mais lesiva, com direta repercussão

no envelhecimento precoce. Assim, as patologias do trabalho tendem a se produzir não só por

razões afetas ao local físico do trabalho, como também fora do ambiente laboral, passando a

ser consideradas multifatoriais.

Finalmente, os efeitos da organização do trabalho estão presentes na vida do trabalhador

moderno, que aliados ao estresse produzem uma insidiosa e alarmante situação de risco ao

trabalhador, seja agindo independentemente, seja pelo sinergismo que proporciona a outros

agentes. As causas, muitas vezes, estão bastante ocultas: o diagnóstico é difícil, mas a

correção só depende da boa vontade, tanto dos empregados, como do empregador, que, antes

de qualquer coisa, precisam estar com o espírito desarmado e receptivo para promover

mudanças inevitáveis (INSTITUTO ETHOS, 2003).

Partindo da premissa que a gestão de segurança, saúde e condições de trabalho busca garantir

a preservação da saúde e a segurança dos trabalhadores no desempenho de suas funções,

estabelecendo ações sistemáticas de controle, monitoramento e prevenção de acidentes,

optou-se por focar o estudo nas relações que o IFAM tem na região norte, ciente de suas

dificuldades e peculiaridades, mas, sobretudo, de suas potencialidades, tendo em vista que

neste ambiente não há apenas trabalhadores, mas também alunos.

Para Slack (2009, p. 60-61) decisões estratégicas geralmente significam as decisões que:

− têm efeito abrangente na organização à qual a estratégia se refere;

− definem a posição da organização relativamente a seu ambiente;

− aproximam a organização de seus objetivos de longo prazo.

A avaliação, comunicação e controle de riscos nos locais de trabalho tem por objeto de estudo

os ambientes e atividades de trabalho e os respectivos riscos à segurança e saúde dos

trabalhadores, com foco nos riscos relacionados a exposições a agentes ambientais. Seus

objetivos são desenvolver/aplicar métodos qualitativos ou quantitativos de avaliação de riscos,

métodos de comunicação de riscos e métodos ou medidas de controle para eliminação ou

redução de riscos. Inclui também o estudo das práticas ou modelos de gestão de riscos no

âmbito das organizações produtivas. Os projetos podem ser tanto disciplinares, com foco em

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fatores de riscos específicos, como interdisciplinares envolvendo os diversos aspectos do

ambiente e das atividades de trabalho (FUNDACENTRO, 2005).

Assim, nos últimos anos, existe uma tendência de enfatizar os fatores organizacionais, como a

cultura de segurança, como causas de acidentes de trabalho, pois a segurança de

trabalhadores, além de fatores de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos e

ergonômicos presentes nos processos de trabalho, também é condicionada por fatores

culturais, sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais (NEAL, GRIFFIN; HART,

2000; HARRISSON; LEGENDRE, 2003; COX; CHEYNE, 2000; MEARNS; WHITAKER;

FLIN, 2003).

A influência dos fatores organizacionais sobre os acidentes do trabalho é estudada há mais de

duas décadas, mas existe ainda grande necessidade de criação de instrumentos para detectar,

descrever e classificar estes fatores, com o objetivo de analisar os seus impactos na segurança

do trabalho. Tais fatores influenciam os acidentes de trabalho em fatores relativos à estrutura

da organização, fatores relativos a estratégias e objetivos, e fatores relativos à cultura de

segurança (VUUREN, 2000).

A relevância desta pesquisa está no seu provável impacto social, econômico e ambiental. A

partir dos resultados levantados na AII do IFAM, ou seja do diagnóstico atual, possibilita-se

desenvolver uma cultura de segurança, uma vez que, as instituições federais de ensino

poderão melhorar seu sistema de gestão de segurança do trabalho, minimizando impactos no

ambiente de trabalho, e consequentemente, reduzindo as taxas de afastamentos e doenças

ocupacionais que, além de impactos sociais, têm também impactos econômicos para a

instituição (neste caso, o Governo Federal) e a sociedade, com reflexos no campo da

seguridade social.

3. Metodologia

As organizações, atualmente, cumprem novo papel no desenvolvimento da nação, e assumem

o papel de agente de uma nova cultura e construtora de uma sociedade mais justa. Neste

contexto de transformações sociais, econômicas e ambientais o presente estudo visa contribuir

para o fortalecimento da Gestão de Segurança do Trabalho em uma instituição federal de

ensino.

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Foram elaborados questionários específicos aos três segmentos da comunidade acadêmica

(público interno): DISCENTES, DOCENTES e TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS. Os

questionários completos com as 10 Dimensões do SINAES foram disponibilizados no

Aplicativo Q-Acadêmico para os segmentos DISCENTES e DOCENTES no período de

27/11/2013 a 31/12/2013. Para os TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS foi enviado correio

eletrônico à lista de servidores, informando link de acesso ao questionário.

Com o objetivo de ampliar a amostra de pesquisa, as avaliações foram aplicadas para

DOCENTES e TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS de todas as Unidades do IFAM. Para o

segmento de DISCENTES, as avaliações foram aplicadas apenas aos alunos de nível superior,

totalizando 16 Cursos distribuídos no CMC, CMDI, CMZL e CSGC.

A seguir são apresentados os resultados estatísticos da AII aplicada, bem como comentários,

críticas e sugestões dos seguintes segmentos:

− DISCENTES (CMC, CMDI, CMZL e CSGC = 1.286 participantes);

− DOCENTES (CC, CL, CMC, CMDI, CMZL, CM, CP, CPF, CSGC e CT = 681

participantes);

− TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS (CC, CL, CMC, CMDI, CMZL, CM, CP, CPF,

CSGC, CT e Reitoria = 118 participantes).

Para avaliar as 10 Dimensões do SINAES, utilizada nos questionários de autoavaliação

online, adotou-se a Escala Likert com os seguintes Conceitos/Critérios: 1-Ótimo, 2-Bom, 3-

Regular, 4-Ruim, 5-Péssimo e 6-Não sabe avaliar ou desconhece (NSA/D), a fim de verificar

a atuação do IFAM.

A informatização dos questionários e sua aplicação aos três segmentos avaliados foi

satisfatória com a utilização do Q-Acadêmico (DOCENTES e DISCENTES) e do recurso

DRIVE do Google (TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS). No entanto, a exportação dos dados

foi realizada manualmente devido à limitação de tais ferramentas no que diz respeito ao

agrupamento das respostas para cada dimensão aplicada, tornando a tabulação de dados uma

etapa lenta, trabalhosa e cansativa, para a elaboração e consolidação dos dados primários.

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4. Resultados Obtidos

4.1. Discentes

O quantitativo de discentes de cursos de nível superior respondentes da pesquisa institucional

por curso de graduação e por campus pode ser visualizado da Tabela 1, a seguir:

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Em geral, os conceitos atribuídos pelos DISCENTES dos 4 campus avaliados variaram entre

BOM e REGULAR.

Na Tabela 2 é possível observar que no grupo de respondentes discentes dos Cursos de

Tecnologia do CMC, a avaliação variou entre os conceitos BOM e REGULAR. Importante

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registrar que este Campus apresenta o maior quantitativo de respondentes da Pesquisa, se

comparado com os demais Campus.

Na Tabela 3 é possível observar que no grupo de respondentes dos Cursos de Licenciatura do

CMC, a avaliação foi um pouco melhor para os discentes de Licenciatura em Física,

Matemática e Química, enquanto que para os discentes de Licenciatura em Ciências

Biológicas, a avaliação quanto ao nível de comprometimento da instituição com a segurança e

saúde dos discentes foi avaliada como REGULAR.

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Na Tabela 4 é possível observar que no grupo de respondentes dos Cursos de Engenharia do

CMC, a avaliação dos alunos, apesar de apresentar maior frequência no conceito BOM,

mostra também certa insatisfação entre os respondentes.

Na Tabela 5, são apresentados os quantitativos e percentuais de respondentes dos cursos de

Engenharia e Tecnologia do CMDI. Com um quantitativo de 307 respondentes, o conceito

atribuído pelos respondentes daquele campus, ao nível de comprometimento da instituição

com a segurança e saúde dos discentes variou entre BOM e REGULAR.

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Na Tabela 6 são apresentados os quantitativos e percentuais de respondentes do curso de

Tecnologia do CMZL. Com um menor quantitativo de respondentes em comparação aos

demais campus, os discentes avaliaram como REGULAR o nível de comprometimento da

instituição com a segurança e saúde dos discentes daquela unidade.

Na Tabela 7 são apresentados os quantitativos e percentuais de respondentes do curso de

Licenciatura do CSGC. Com o menor quantitativo de respondentes em comparação aos

demais campus, os discentes avaliaram como BOM o nível de comprometimento da

instituição com a segurança e saúde dos discentes daquela unidade.

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Na última questão (aberta) foram inseridos comentários, críticas e sugestões referentes às

questões abordadas na avaliação. Dentre os diversos itens de melhoria apontados pelos três

segmentos, destacam-se os seguintes relatos dos discentes:

“Quanto às condições de saúde e segurança, recentemente precisei da assistência da

Enfermaria, mas a mesma estava fechada por falta de profissional... Sei que foi aberto

recentemente um concurso justamente para atender necessidades como essa, mas deviam

pelo menos deixar alguém lá.”

“Poderia haver mais transparência nos processos de licitações para a Instituição, e um

maior comprometimento com a segurança dos Discentes do IFAM.”

“Quanto à saúde e segurança tenho somente a reclamar, pois no quesito segurança

deveríamos ter segurança nas paradas ao redor da escola, pois são desertas e perigosas, e no

quesito saúde não temos nenhuma assistência e só por sorte se consegue encontrar o Clínico

trabalhando.”

“Melhorar a segurança em relação à quem pode entrar no Instituto. Por exemplo, qualquer

pessoa que souber a senha padrão da catraca está apto a realizar o que bem entender nas

dependências do IFAM, isso quando a mesma se encontra funcionando.”

“Falta de segurança dentro da Instituição é muito grande, pois os vigilantes não impedem

que qualquer pessoa entre na Instituição, as catracas não funcionam, e as carteirinhas da

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instituição que era pra terem chegado desde o começo do ano, até agora nada... A instituição

só deverá tomar tal atitude, quando acontecer uma tragédia, ou alguém entrar na Instituição

atirando nos alunos como tem acontecido constantemente Brasil afora.”

“Acho que deveria ter um convênio de assistência relativa à saúde do aluno, como convênios

para aqueles que não podem pagar.”

“SEGURANÇA: não existe isso no IFAM.”

“Falta de comunicação mais esclarecida no IFAM. No quesito saúde o IFAM deixa muito a

desejar.”

“Deve-se reforçar a segurança, pois existem vários casos de furtos à mão armada na

instituição. Não há iluminação na área de estacionamento dos alunos. A limpeza nos

banheiros deixa a desejar, possuindo algumas privadas fora de uso pela falta de manutenção.

Precisamos que a instituição ofereça infraestrutura necessária para abrigar os cursos.

Precisamos frear o oferecimento de cursos de nível superior sem que haja a infraestrutura

necessária para atender as necessidades dos alunos.”

“Quase todos os meses temos ocorrências de assalto em frente a portaria do CMDI. O que

queremos é uma escola mais segura para todos que estudam e trabalham neste recinto.”

“Necessária a melhoria na segurança externa e um estacionamento digno aos Discentes.”

4.2. Docentes

Participaram da Pesquisa Institucional Docentes de todos as unidades do IFAM, independente

das modalidades de ensino (Ensino Técnico - Integrado, Subsequente e PROEJA e Ensino

Superior - Engenharia, Licenciatura e Tecnologia). Em geral, os conceitos atribuídos pelos

DOCENTES variaram entre BOM e REGULAR.

Na Tabela 8 é possível observar que no grupo de respondentes docentes das unidades

localizadas no interior do Estado, a avaliação variou entre os conceitos BOM e REGULAR.

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Na Tabela 9 é possível observar que para o grupo de respondentes das unidades localizadas na

capital amazonense, a avaliação quanto ao nível de comprometimento da instituição com a

segurança e saúde dos docentes é REGULAR.

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Na última questão (aberta) foram inseridos comentários, críticas e sugestões referentes às

questões abordadas na avaliação. Dentre os diversos itens de melhoria apontados pelos três

segmentos, destacam-se os seguintes relatos dos docentes:

“Melhorar a qualidade do atendimento ao aluno no que se refere às grades do curso, equipar

e manter o Laboratório de Química, atendendo às normas de segurança. Atender ao apelo

dos Docentes da área de Química: compra de equipamentos novos, capela laminar, melhorar

exaustores, mobiliários, criar almoxarifado, etc... Prestar atenção à saúde do servidor e da

sua família envolvida.”

“Em relação à Questão “Como você avalia o nível de comprometimento da instituição com a

segurança e saúde ocupacional dos docentes?”: Nós, do Campus Zona Leste, trabalhamos

em uma fazenda (sujeitos a doenças tropicais, animais de peçonha, sol e chuva e outras

sujeições) e área de risco (pelos índices de criminalidade) e não recebemos adicionais

relacionados.”

“Achei interessante esse questionário, espero que nossa participação contribua para

melhoria de pontos essenciais, tais como qualificação profissional, qualidade de vida e saúde

ocupacional dos servidores.”

“Em relação à Dimensão 6 não há comprometimento da instituição com a segurança e saúde

ocupacional dos Docentes.”

“Vivencio a negligência da Instituição em relação à minha saúde laboral, pois, no momento

estou passando por dois tratamentos medicamentosos. Um, por fins respiratórios, ocasionado

aqui, que tem afetado meu coração, conforme exames. Outro por ter desmaiado em sala e ter

batido com a cabeça e costas e até então precisar tomar anti-inflamatório.”

“Quanto à segurança e saúde ocupacional dos Docentes e demais colaboradores, percebo

que os mesmos possuem grau elevado de conhecimento técnico. Contudo, o grau de tensão e

estresse tem se apresentado em alguns colaboradores e já se tornou um fato normal. Sugiro

um momento de ginástica laboral entre os colaboradores coloco-me a disposição desta

instituição para elaborar o referido projeto.”

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4.3. Técnicos Administrativos

Participaram da Pesquisa Institucional os Técnicos Administrativos de todos as unidades do

IFAM, inclusive aqueles lotados na Reitoria. Os conceitos atribuídos pelos TÉCNICOS

ADMINISTRATIVOS variaram entre BOM, REGULAR, RUIM e PÉSSIMO.

Na Tabela 10 é possível observar que para o grupo de respondentes das unidades do interior

do Estado, a avaliação quanto ao nível de comprometimento da instituição com a segurança e

saúde variou de BOM a PÉSSIMO.

Na Tabela 11 é possível observar que para o grupo de respondentes das unidades de Manaus,

a avaliação variou entre os conceitos BOM a RUIM, caracterizando novamente, uma

insatisfação quanto ao que foi avaliado na pesquisa.

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Na última questão (aberta) foram inseridos comentários, críticas e sugestões referentes às

questões abordadas na avaliação. Dentre os diversos itens de melhoria apontados pelos três

segmentos, destacam-se os seguintes relatos dos técnicos administrativos:

“Não existe manutenção nos equipamentos de seguranças. Não existem programas voltados a

atender pessoas com dificuldade de locomoção, sejam deficientes mesmo ou pessoas com

problemas de saúde temporários.”

“A Instituição deveria zelar mais pela saúde mental do servidor, observa-se muita gente

atendendo o público de forma ranzinza e até mesmo os próprios funcionários.”

“Parece-me que, devido ao processo de expansão do Instituto ocorrido recentemente, ainda

há muito que se construir, melhorar e normatizar, inclusive, para que se possa trabalhar com

mais segurança do que se está trabalhando atualmente. É preciso orientar e normatizar as

atividades de forma correta, pois isso faz muita falta, principalmente a quem está há pouco

tempo na casa. Por outro lado, não há uma política de incentivo para que os servidores se

sintam bem na instituição e fiquem nos lugares por mais tempo. O que se vê são "jeitinhos"

por parte da gestão para dar mobilidade às pessoas que pelos mais diversos motivos não

ficam nos lugares por tempo suficiente para construir um trabalho mais duradouro e

significativo.”

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“Clima e inter-relação é algo ideológico, pois o que ocorre é o corporativismo; quanto à

segurança e saúde do servidor, isso não é prioridade. Perguntem qual projeto, iniciativa,

promoção etc. nessa área existe dentro do IFAM?”

5. Sugestões de Melhoria

Dentre os diversos itens de melhoria apontados acima pelos três segmentos, a CPA apresentou

recomendações de melhoria. Ficou claramente observado que o entendimento quanto ao grau

de comprometimento da instituição no que diz respeito à SEGURANÇA e SAÚDE

compreendeu situações distintas.

Faz-se necessário esclarecer que a SEGURANÇA foi citada pelos respondentes na última

questão do questionário sob dois aspectos diferentes: No que diz respeito à SEGURANÇA

DE PESSOAS E AMBIENTES, recomenda-se planejar ações de segurança patrimonial e

pessoal; gerenciar de forma sistêmica e preventiva os processos de segurança para diminuir os

riscos inerentes ao ambiente acadêmico, principalmente aqueles referentes a furtos, assaltos,

arrombamentos ou até mesmo depredações do patrimônio, que comumente ocorre entre

alunos que “brincam” com extintores, por exemplo; identificar situações de risco nas

atividades pessoais e organizacionais e adotar providências para mitigá-lo; gerir e

operacionalizar dispositivos de segurança (necessidade de instalação de circuitos internos de

câmeras e catracas, por exemplo, e utilização de mecanismos que diminuam a frequência de

assaltos nos arredores da instituição); disseminar informações e orientações de procedimentos

de segurança preventiva de ambientes e pessoas. No que diz respeito à SEGURANÇA E

SAÚDE DO TRABALHO, recomenda-se criar Política de Saúde e Segurança do Trabalho

destinada não apenas aos Servidores (DOCENTES e TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS),

mas que também atenda aos DISCENTES. Recomenda-se que suas diretrizes tratem da

prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, disseminando as orientações

necessárias a todo o corpo funcional e discentes, no que diz respeito aos riscos ocupacionais,

legislação trabalhista e previdenciária, sinalizações de combate a incêndio, sistemas de

combate à incêndio, ergonomia, saúde e qualidade de vida. Recomenda-se desenvolver ações

sobre segurança do trabalho e promoção da saúde, capacitando-se a disseminar a cultura de

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prevenção a riscos ocupacionais (grupos de abandono, planos de abandono, instalação de

extintores/hidrantes sinalizados e desobstruídos, escadas de emergência, portas corta-fogo,

faixas antiderrapantes nas escadas, corrimãos nas escadas, sinalização de segurança,

iluminação de emergência, rotas de fuga).

Ademais, a Autoavaliação Institucional Interna do IFAM aponta também para uma possível

necessidade de revisão das infraestruturas institucional e curricular, com novos planos e metas

a curto e médio prazos, que contribuam positivamente para uma melhor gestão participativa

entre os integrantes da instituição.

REFERÊNCIAS

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Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, 2005, 48 p.

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INSTITUTO ETHOS, Práticas Empresariais de Responsabilidade Social: Relações entre os Princípios do

Global Compact e os indicadores Ethos de Responsabilidade Social. São Paulo: Instituto Ethos, 2003

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Corrêa. São Paulo: Editora Atlas, 2009. p. 60-61.

VENDRAME, Antônio Carlos. Gestão do Risco Ocupacional: o que as empresas precisam saber sobre

insalubridade, periculosidade, PPRA, PPP, LTCAT, FAP, NTEP, entre outros documentos legais. 2. ed. -

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