AUTOESTIMA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO … · o amor próprio e aprender a gostar de si...

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1 ISSN 2317-661X Vol. 15 – Num. 02 – Julho 2018 www.revistascire.com.br AUTOESTIMA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL I Anágila ALVES 1 ; Brenda Vitória Marques dos SANTOS 1 ; Matheus Weber Marques dos SANTOS 1 ; Isabelle de Araújo PIRES 2 1 Alunas do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UVA/UNAVIDA. [email protected] 2 Orientadora. Professora. Professora de Letras - Língua Portuguesa da UVA/UNAVIDA. [email protected]. RESUMO: Na sociedade em que vivemos e principalmente no contexto escolar, a autoestima tem sido amplamente discutida, buscando-se novas maneiras de educar para a cidadania. Esta pesquisa teve como objetivo, esclarecer e analisar o processo de desenvolvimento da aprendizagem com relação à autoestima das crianças. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, por ter sido construída através de pesquisa bibliográfica especializada, de caráter investigativo exploratório, aplicando-se questionários com alternativas objetivas e subjetivas voltadas aos alunos, familiares e professores. Como aparato teórico, utilizamos estudiosos que versam acerca da autoestima relacionada ao ensino-aprendizagem, como Alencar (1982); Antunes (1996; 2003); Branden (2002); Brazelton (1988); Briggs (2000); Cavalcanti (2003); Coopersmith (1967); Freire (1996; 2003); Hart (1992); Içami Tiba (1998); Jesus (2013); Klausmeier (1977); Marques (2000); Monroe (1999); Morales (1918); Souza (2002); Vygotsky (1991,1993). Por meio da pesquisa realizada em dois colégios das redes pública e privada, pôde-se contatar que a grande parte do sucesso dos alunos está ao alcance dos pais e professores, desde que haja parceria, consciência e comprometimento de ambas as partes. Pois, o docente com metodologias de ensino significativas, proporcionando em suas aulas, reflexões que irão pertinentes, consequentemente, o desenvolvimento da aprendizagem terá êxito. Com isso, dividimos o trabalho nos seguintes tópicos: Autoestima versus aprendizagem; A importância da família no âmbito escolar; O papel do professor no desenvolvimento da autoestima do aluno; Resultados e Discussões. Nosso intuito foi levar o público docente a refletir sobre seus atos em virtude do processo da aprendizagem no Ensino Fundamental I. Palavras-chave: Crianças; Ensino; Afetividade; Motivação. ABSTRACT: In the society in which we live and especially in the school context, self-esteem has been widely discussed, seeking new ways of educating for citizenship. The purpose of this research was to clarify and analyze the learning development process in relation to children's self-esteem. It is characterized as a qualitative research, having been constructed through specialized bibliographic research, with an exploratory investigative character, applying questionnaires with objective and subjective alternatives aimed at students, families and teachers. As a theoretical apparatus, we use scholars that deal with self-esteem related to teaching-learning, such as Alencar (1982); Antunes (1996, 2003); Branden (2002); Brazelton (1988); Briggs (2000); Cavalcanti (2003); Coopersmith (1967); Freire (1996, 2003); Hart (1992); Içami Tiba (1998); Jesus (2013); Klausmeier (1977); Marques (2000); Monroe (1999); Morales (1918); Souza (2002); Vygotsky (1991, 1993). Through the research carried out in two public and private school colleges, it was possible to find that most of the students' success is within the reach of parents and teachers, provided there is partnership, awareness and commitment on both sides. Therefore, the teacher with significant teaching methodologies, providing in their lessons, reflections that will be pertinent, consequently, the development of learning will succeed. With this, we divided the work on the following topics: Self-esteem versus learning; The importance of the family in the school environment; The role of the teacher in the development of the student's self-esteem; Results and discussions. Our intention was to lead the teaching public to reflect on their actions by virtue of the process of learning in Elementary School I. Keywords: Children; Teaching; Affectivity; Motivation.

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ISSN 2317-661X Vol. 15 – Num. 02 – Julho 2018

www.revistascire.com.br

AUTOESTIMA NO PROCESSO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Anágila ALVES1; Brenda Vitória Marques dos SANTOS1;

Matheus Weber Marques dos SANTOS1; Isabelle de Araújo PIRES2

1 Alunas do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UVA/UNAVIDA. [email protected] 2 Orientadora. Professora. Professora de Letras - Língua Portuguesa da UVA/UNAVIDA.

[email protected].

RESUMO: Na sociedade em que vivemos e principalmente no contexto escolar, a autoestima tem sido amplamente discutida, buscando-se novas maneiras de educar para a cidadania. Esta pesquisa teve como objetivo, esclarecer e analisar o processo de desenvolvimento da aprendizagem com relação à autoestima das crianças. Caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, por ter sido construída através de pesquisa bibliográfica especializada, de caráter investigativo exploratório, aplicando-se questionários com alternativas objetivas e subjetivas voltadas aos alunos, familiares e professores. Como aparato teórico, utilizamos estudiosos que versam acerca da autoestima relacionada ao ensino-aprendizagem, como Alencar (1982); Antunes (1996; 2003); Branden (2002); Brazelton (1988); Briggs (2000); Cavalcanti (2003); Coopersmith (1967); Freire (1996; 2003); Hart (1992); Içami Tiba (1998); Jesus (2013); Klausmeier (1977); Marques (2000); Monroe (1999); Morales (1918); Souza (2002); Vygotsky (1991,1993). Por meio da pesquisa realizada em dois colégios das redes pública e privada, pôde-se contatar que a grande parte do sucesso dos alunos está ao alcance dos pais e professores, desde que haja parceria, consciência e comprometimento de ambas as partes. Pois, o docente com metodologias de ensino significativas, proporcionando em suas aulas, reflexões que irão pertinentes, consequentemente, o desenvolvimento da aprendizagem terá êxito. Com isso, dividimos o trabalho nos seguintes tópicos: Autoestima versus aprendizagem; A importância da família no âmbito escolar; O papel do professor no desenvolvimento da autoestima do aluno; Resultados e Discussões. Nosso intuito foi levar o público docente a refletir sobre seus atos em virtude do processo da aprendizagem no Ensino Fundamental I.

Palavras-chave: Crianças; Ensino; Afetividade; Motivação.

ABSTRACT: In the society in which we live and especially in the school context, self-esteem has been widely discussed, seeking new ways of educating for citizenship. The purpose of this research was to clarify and analyze the learning development process in relation to children's self-esteem. It is characterized as a qualitative research, having been constructed through specialized bibliographic research, with an exploratory investigative character, applying questionnaires with objective and subjective alternatives aimed at students, families and teachers. As a theoretical apparatus, we use scholars that deal with self-esteem related to teaching-learning, such as Alencar (1982); Antunes (1996, 2003); Branden (2002); Brazelton (1988); Briggs (2000); Cavalcanti (2003); Coopersmith (1967); Freire (1996, 2003); Hart (1992); Içami Tiba (1998); Jesus (2013); Klausmeier (1977); Marques (2000); Monroe (1999); Morales (1918); Souza (2002); Vygotsky (1991, 1993). Through the research carried out in two public and private school colleges, it was possible to find that most of the students' success is within the reach of parents and teachers, provided there is partnership, awareness and commitment on both sides. Therefore, the teacher with significant teaching methodologies, providing in their lessons, reflections that will be pertinent, consequently, the development of learning will succeed. With this, we divided the work on the following topics: Self-esteem versus learning; The importance of the family in the school environment; The role of the teacher in the development of the student's self-esteem; Results and discussions. Our intention was to lead the teaching public to reflect on their actions by virtue of the process of learning in Elementary School I. Keywords: Children; Teaching; Affectivity; Motivation.

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INTRODUÇÃO

Debruçamo-nos sobre esse tema em decorrência das vivências realizadas no campo de

estágio, onde nos deparamos com situações que nos inquietou, levando-nos a desenvolver

propostas para mudar tal realidade encontrada na mesma.

Na sociedade em que vivemos e principalmente no contexto escolar, a autoestima tem

sido amplamente discutida, buscam-se novas maneiras de educar para a cidadania e contribuir

com o desenvolvimento e crescimento intelectual.

Os alicerces da autoestima são lançados no início da vida, no contato direto com os

pais e com as pessoas que convivemos, pois é nas interações que a criança começa a adquirir

o amor próprio e aprender a gostar de si ou não.

A autoestima é fundamental no processo de desenvolvimento de qualquer indivíduo,

então nada melhor que conhecê-lo, pois a autoestima começa no âmbito familiar, produto da

relação da criança com seus pais e continua no âmbito escolar, na relação com o docente e o

grupo de colegas, pois a escola contribui com o processo de desenvolvimento cognitivo,

intelectual, afetivo, e moral da criança.

Diante dessas questões, optamos em realizar a pesquisa, aprofundando os

conhecimentos sobre o desenvolvimento da autoestima em relação à aprendizagem. Para isso

levantamos as seguintes hipóteses: A autoestima é um fator preponderante no processo de

aprendizagem das crianças; A autoestima comprometida faz aparecer comportamentos que

demonstram inseguranças e condutas de compensação como a agressividade, por exemplo;

Autoestima é o sentimento valorativo que a pessoa forma de sua própria personalidade.

Como aparato teórico, utilizamos estudiosos que versam acerca da autoestima

relacionada ao ensino-aprendizagem, como Alencar (1982); Antunes (1996; 2003); Branden

(2002); Brazelton (1988); Briggs (2000); Cavalcanti (2003); Coopersmith (1967); Freire

(1996; 2003); Hart (1992); Içami Tiba (1998); Jesus (2013); Klausmeier (1977); Marques

(2000); Monroe (1999); Morales (1918); Souza (2002); Vygotsky (1991,1993).

Os teóricos acima citados foram de grande importância para dar sustentação ao nosso

estudo. Por isso, propomos os seguintes objetivos: Analisar o processo de desenvolvimento da

aprendizagem com relação à autoestima das crianças; Compreender o processo de

aprendizagem do aluno, levando em consideração a autoestima; Identificar que a autoestima é

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um conceito individual que se constrói ao longo da vida; Conscientizar que a autoestima é o

conjunto de crenças e sentimentos que temos sobre nós mesmo.

Nesse contexto, mostraremos como a autoestima pode se tornar baixa ou alta desde a

infância. Diante disso, é possível perceber que esse termo está intimamente ligado ao outro: o

autoconceito. Este é a informação ou a opinião que cada sujeito forma de si, de acordo com

seus sucessos ou fracassos. Portanto, a criança deve ter decisões independentes para que possa

desenvolver uma autoestima positiva. Elas precisam de aceitação dos adultos, a fim de

desenvolver uma autoestima positiva. Toda criança procura afeto, aprovação e

reconhecimento junto de seus educadores e pessoas significativas.

Com isso, dividimos o trabalho nos seguintes tópicos: Autoestima versus

aprendizagem; A importância da família no âmbito escolar; O papel do professor no

desenvolvimento da autoestima do aluno; Resultados e Discussões. Nosso intuito foi levar o

público docente a refletir sobre seus atos em virtude do processo da aprendizagem no Ensino

Fundamental I.

DESENVOLVIMENTO

A aprendizagem em sua complexidade, envolve aspectos culturais, orgânicos,

cognitivos, psicossociais e emocionais. Faz-se necessário que cada indivíduo reflita e

apresente um conjunto de estratégias cognitivas que mobilizam o processo de aprendizagem.

Para tanto, cada pessoa aprende a seu ritmo, modo e estilo.

O ensino é compreendida em suas diversas perspectivas diferentes, pois

independentemente da prioridade dada em alguns fatores, um ponto comum dentro das teorias

da aprendizagem é a relação apresentadas nas condições internas do indivíduo e as situações

externas a ele.

No entanto, para a Psicologia, o conceito de aprendizagem não é tão simples assim. Há

diversas possibilidades de aprendizagem, ou seja, há diversos fatores que nos leva a aprender

um comportamento que anteriormente não apresentávamos um crescimento físico, de

descobertas, tentativas, erros e ensino.

De acordo com Vygotsky (1998, p. 115):

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[...] a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal, para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais, mas formadas historicamente (VYGOTSKY, 1998, p. 115).

Segundo Vygotsky (1993), uma vez admitido o caráter histórico do pensamento

verbal, devemos considerá-lo sujeito a todas as premissas do materialismo histórico na

sociedade humana. Ainda, afirma que o pensamento propriamente dito é gerado pela

motivação, isto é, por nossos desejos e necessidades, nossos interesses e emoções.

Por trás de cada pensamento há uma tendência afetivo-volitiva. Uma compreensão

plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível quando entendemos sua base

afetivo-volitiva (VYGOTSKY, 1991 p. 101).

De acordo com Vygotsky (1991), a aprendizagem sempre tem relações interpessoais.

A relação do sujeito para com o mundo está sempre medida pelo outro. Não há como aprender

e apreender o mundo se não tivermos o outro, aquele que nos fornece os significados que

permitem pensar o mundo a nossa volta. O teórico enfatiza que não há um desenvolvimento

pronto dentro de cada indivíduo que vai se modificando conforme o tempo passa. Portanto, o

desenvolvimento do indivíduo é um processo que se dá de fora para dentro, influenciando o

processo de ensino-aprendizagem.

Autoestima versus aprendizagem

De acordo com Paulo Freire (1996), o processo ensino-aprendizagem se inicia quando

o educador está vivendo na comunidade dos educando, observando suas vidas e pesquisando

sobre a comunidade, deixando de ser educador para ser educador-educando. O autor considera

ainda que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua

produção ou a sua construção” (FREIRE, 1996, p. 21).

Dito de outra forma, o docente deve transmitir o conhecimento buscando proporcionar

ao discente a compreensão do que foi exposto e, a partir daí, permitir que o mesmo dê um

novo sentido, ou seja, não dar respostas prontas, mas criar possibilidades, abrir oportunidades

de indagações e sugestões, de raciocínio, de opiniões, os erros e os acertos, isto é, todos esses

elementos permitirão que o aluno alcance o real conhecimento e continue a buscá-lo

incessantemente de forma autônoma e prazerosa.

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Desse modo, Freire (2003) afirma que “ao ser produzido, o conhecimento novo supera

outro que antes foi novo e se fez velho e se dispõe a ser ultrapassado amanhã” (FREIRE,

2003, p.28). Portanto, que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto

saber que estamos abertos e aptos a produção do conhecimento não existente.

Segundo Vygotsky, Jean Piaget, entre outros diversos autores, existe a necessidade do

reconhecimento de que a afetividade possui um caráter de ação volitiva, em toda a atividade

humana, e esta afetividade influi diretamente na ação comportamental e evolutiva do aluno.

De acordo com Içami Tiba (1998), a família cobra que a educação seja dada pela

escola, enquanto está diz que deve vim de casa. Ela é voltada para a postura crítica e nos diz

que o conhecimento é transformador e nos sugere um fazer pedagógico capaz de criar

oportunidades valorizando talentos, repassando solidariedade, altruísmo e dinamismo.

A autoestima vem sendo formada desde o nascimento da criança. Os seus primeiros

anos de vida são fundamentais para que ela possa adquirir confiança em si mesma, aprender a

se autovalorizar e a se superar em cada desafio. Neste processo, a atitude dos pais tem o papel

fundamental no desenvolvimento da autoestima dos filhos, pois estes representam o espelho

em que a criança vai formar sua própria imagem.

Os alicerces da autoestima são lançados no início da vida do ser humano, as crianças

adquirem o seu amor próprio através de relações que estabelecem com as pessoas do seu

cotidiano. Sendo assim, é importante as famílias proporcionarem condições de a criança

formar um bom conceito de autoestima, através da valorização e autorrespeito.

As famílias, educadoras que levam a sério sua missão na arte de educar, necessitam

lembrar que a criança não é apenas criança, ela é um ser humano, que necessita suprir as

necessidades físicas, psíquicas e sociais, que ela é dependente, precisa ser tratado sem

humilhações e castigos, ser orientada com critérios de verdade e justiça, que precisa de afeto,

de elogios, incentivos e sorrisos para a construção de seu caráter.

Klausmeier (1977) afirma que sem motivação não há aprendizagem. Ele argumenta

que professor e aluno podem ter todos os recursos didáticos disponíveis para um bom

desempenho intelectual, mas que tudo isso será em vão se faltar à motivação. E também

enfatiza que pode ocorrer a aprendizagem, mesmo com falta do professor, dos livros, da

escola, sem uma porção de tantas outras coisas mais se houver a motivação para elevar a

autoestima dos alunos, todas essas dificuldades são transponíveis.

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Para Antunes (1996) a relação professor aluno deve ser baseada em afetividade e

sinceridade, pois se um professor assume aulas para uma classe e acredita que não são

capazes de aprender, com essas atitudes negativas é certo terem imensas dificuldades. Se ao

invés disso, ele acreditar na capacidade da classe ele conseguirá uma mudança, isso se

justifica, porque o cérebro humano é muito delicado a essa expectativa sobre o desempenho.

Segundo Antunes (2003), a autoestima é muito além de querer o bem a si mesmo, ter

uma visão concreta e realista das limitações e das potencialidades que cercam o indivíduo,

pois quanto mais se conhece, maior é a possibilidade de adquirir a autoestima, neste sentido

atuante a partir da família e do professor (escola).

Sendo assim, acreditamos que a influência do contexto familiar e escolar é

fundamental no desenvolvimento da autoestima que eleva a aprendizagem da criança, pois a

família e a escola devem trabalhar em conjunto, cada uma desempenhando o seu papel,

família garantindo e satisfazendo necessidades básicas de afeto disciplina e autoestima, e a

escola estimulando as potencialidades do aluno.

O que a criança sente em relação de si mesma, afeta no seu modo de viver. Uma

autoestima elevada é de suma importância no desenvolvimento da criança, a mesma precisa

saber que é um ser importante justamente porque existe, dessa forma, necessitando sempre de

ser amada e valorizada.

É de suma importância que os professores saibam que toda criança tem o potencial de

gostar de si mesma, construindo sua autoimagem a partir das palavras e atitudes existentes em

seu meio social. Se faz necessário, que as escolas se preocupe com a formação continuada dos

docentes, que hoje tem como papel de mediar, no processo de ensino-aprendizagem,

formando profissionais que inclua na sua visão e dimensão educacional como fundamental

para a aprendizagem.

Para tanto, a escola para cumprir o seu papel deve ser um lugar de vida e, sobretudo,

de sucesso e realização pessoal para alunos e professores e assim, elevam sua autoestima na

conquista da aprendizagem. Segundo Briggs (2000) “A chave da paz interior e da vida feliz é

a autoestima elevada” (BRIGGS, 2000, p. 27).

Enfim, a solução para a educação pode estar na afetividade, que esta inclua

crescimento e valorização do indivíduo, pois é através desse vínculo afetivo que contribui na

formação da autoestima do aluno.

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A Importância da Família no Âmbito Escolar

A família é a primeira sociedade do ser humano, portanto, sendo a primeira sociedade,

a criança em seu seio familiar já ler - se, lê o outro, lê o seu todo e para isso o papel da família

é fundamental, pois uma família que estimula uma criança a pensar, a dar sua opinião, que

ouve e respeita os limites e os gostos da criança, vai potencialmente criar ou desenvolver um

ser humano que pensa e argumenta e isso é de grande importância no desenvolvimento da

autoestima da criança.

Nela se desenvolve o habito de falar, trocar ideias e debater. Nesse aspecto, Hart

(1992) aborda que a qualidade dos relacionamentos entre as crianças e aqueles que são

importantes em suas vidas é essencial para seu próprio desempenho.

Ainda nesta vertente, segundo Jesus (2013, p. 15):

A família e outras pessoas que convivem com a criança, fazem parte do seu primeiro grupo social representando neste momento, seu contato afetivo, que pode ser positivo ou negativo, influenciando no futuro dela. O autoconceito que essa criança terá de si refletirá em suas ações e na forma como será tratada ou mesmo percebida pelos outros (JESUS, 2013, p. 15).

Os discentes necessitam confiar em seus responsáveis, e esses devem ser reflexo de

credibilidade, tendo em vista que a criança se desenvolve enquanto os outros se faz presentes.

Para tal, depende dos pais a criação de um ambiente seguro para os filhos, que fortaleçam os

alicerces da confiança e da saúde, porquanto um ambiente inseguro é solo fértil para o

aparecimento de neuroses, como relata Brazelton (1988). Dessa forma, faz-se necessário que a

família respeite o ritmo da criança, que os pais transmitam confiança para seus filhos,

forneçam um ambiente conveniente, seguro e confortável para ela crescer.

Outro dado importante para a autoestima é dá voz às crianças. Algumas crianças se

sentem rejeitadas, sem valor ou não amadas quando não são ouvidas; podem bloquear-se ou

retrair-se, segundo Alencar (1982). Desse modo, é essencial que os pais tenham um tempo

direcionado para criança, abrindo um espaço para o diálogo, trocas de experiências, atenção e

cuidado.

Do mesmo modo, as reações e os comentários dos pais e dos docentes em relação aos

sucessos e aos insucessos da criança, são possivelmente decisivos para a sua autoestima, para

seu autoconceito. Por este motivo, é de grande importância evitar julgar o comportamento e

sim acreditar que ele pode ser melhor, acreditar sempre em seu potencial. Também é

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importante não fazer comparações de uma criança com a outra, mas estimular a mesma diante

de suas qualidades e sua capacidade de produção.

Assim sendo, as experiências que resultam em alegria, motivação e satisfação para

aprender, vão despertar na criança uma autoestima positiva. Já as que têm efeitos negativos,

apresentam-se como resultados de castigos, zombarias e pressões e potencialmente irão

desencadear na criança uma baixa autoestima. Elas não podem ver a si mesmas diretamente,

mas podem ver como os outros reagem e respondem a elas: se são consideradas e ouvidas, se

respeitadas e apreciadas. Sendo assim, tiram conclusões e observam que se tornam suas

crenças básicas e verdades sobre quem são e o que merecem na vida, muitas vezes, remates

falhos, mas é tão-somente uma forma assimilar as coisas (BRANDEN, 2002 p.22).

Dessa forma, é primordial que a família, principalmente os pais, elogie a criança,

incentive-as, façam críticas construtivas e estimulem-na à superação, para que ela se torne

uma pessoa equilibrada, pois quando uma pessoa possui uma autoestima elevada, ela sente-se

capaz de enfrentar qualquer obstáculo e superar qualquer conflito. Assim, Coopersmith (1967)

relata que:

Uma pessoa com autoestima alta mantém uma imagem bastante constante das suas capacidades e da sua distinção como pessoa, e que pessoas criativas têm alto grau de autoestima. Estas pessoas com autoestima alta também têm maior probabilidade para assumir papéis ativos em grupos sociais e efetivamente expressam as suas visões. Menos preocupados por medos e ambivalências, aparentemente se orientam mais diretivamente e realisticamente às suas metas pessoais (COOPERSMITH, 1967, p. 4).

Diante das ideias apresentadas, a família e a escola tem ampla importância no

desempenho da autoestima, uma vez que quando se trata de articular a família e a escola deve-

se conter o cuidado de não colocar o problema do aluno, somente na responsabilidade do

grupo familiar ou da instituição de ensino, pois ambos necessitam uma da outra para o

processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista que a família é a base de toda construção do

ser, pois é no ambiente familiar que devem ser compreendidos os primeiros comportamentos

das crianças, algo que muitas vezes só é alcançado no âmbito escolar.

O Papel do Professor no Desenvolvimento da Autoestima do aluno

É notório no âmbito escolar, a problemática de alunos com baixa autoestima, que

consequentemente ocasiona problemas como, dificuldades de convivência, notas baixas,

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timidez, falta de interesse nas atividades e até sinais de agressividade. Dentro desse contexto,

a criança não se sente segura, quanto a sua capacidade de apreender e interagir com o

próximo, resolver problemas e dentre esses fatores, acaba havendo um bloqueio no seu

processo de aprendizagem.

Segundo Cavalcanti (2003) a autoestima e a aprendizagem se relacionam de maneira

direta, uma vez que as dificuldades de aprender podem provocar uma baixa na autoestima e os

problemas de baixa valorização pessoal culminam para desajustes e dificuldades de

aprendizagem. Então é necessário que, segundo Jesus (2013, p. 20):

A escola deve propiciar melhores condições de aprendizagem, selecionando atividades e posturas necessárias, que promovam o resgate da autoestima do aluno. O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento, e determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará e, na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo que, desenvolvem-se paralelamente. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral (JESUS, 2013, p. 20).

Para o professor promover a autoestima do alunado, é necessário ter uma parceria com

a família, pais, professores e todos os funcionários da escola, são o ponto de partida para que

esse processo da autoestima tenha êxito.

Sendo assim, pais e docentes devem trabalhar juntos, estimulando um sentimento

positivo do próprio eu, focando principalmente da afetividade, pois um ambiente com amor,

respeito, e carinho serve de estímulo na construção da autoestima.

Ainda nessa vertente, Sousa (2002) descreve que a autoestima no ambiente familiar e

na escola a partir do desenvolvimento humano não está pautada somente nos aspectos

cognitivos, mas também principalmente, em aspectos afetivos. De acordo com Souza (2002,

p. 24):

Relata que necessariamente o professor deve rever as práticas pedagógicas que apenas preocupam-se com o conteúdo a ser trabalhado, avaliando somente o lado cognitivo, e com isso, desprezando o que o aluno tem a oferecer ou precisa receber, que é a afetividade nesta relação, favorecendo assim, um melhor desempenho (SOUZA, 2002, p. 24).

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O docente exerce um papel de líder em sala de aula. Cabe ao professor transmitir essa

liderança de forma positiva, com o domínio de sala, firmeza no que socializa com a turma,

estando sempre motivado.

É preciso que o docente tenha um perfil de profissional, em que, leve os alunos a

profundas reflexões, promovendo momentos especiais para os alunos, propondo situações

diferenciadas de aprendizagem.

De acordo com Monroe (1999), os líderes se tornam atraentes pela sua capacidade de

inspirar os outros a se tornarem o melhor que podem. São pessoas capazes de atrair e tirar o

melhor das outras pessoas. Por isso, a necessidade de se ter lideranças com excelência nos

espaços escolares.

É papel docente, como mediador, conhecer bem seu aluno, e promover um vínculo de

afetividade com a criança, que será importante na construção da sua identidade e na

socialização com os demais alunos. Pois assim como a família, o professor é a referência na

construção da personalidade do indivíduo, no seu amadurecimento e desenvolvimento como

um todo.

No âmbito escolar, o discente tem que ser incentivado a mostrar suas ideias, e ser

levado a perceber, que no decorrer da história, outros alunos tiveram a mesma coragem de

defender seu ponto de vista, mesmo que eles pudessem ser derrubados. Pois desta forma, o

discente provavelmente irá adquirir confiança e motivação para vencer os seus desafios.

De acordo com Morales (1918), a postura do professor influi sobre a motivação, a

afetividade e a dedicação do aluno ao aprendizado. Pode-se afirmar que o discente se vê

influenciado em relação ao professor. O docente deve sempre estimular a autoconfiança

destes, fazendo com que sempre prevaleça o respeito.

METODOLOGIA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nossa pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, por ter sido construída

através de pesquisa bibliográfica especializada, de caráter investigativo exploratório,

aplicando-se questionários com alternativas objetivas e subjetivas voltadas aos alunos,

familiares e professores. Por meio da pesquisa realizada em dois colégios das redes pública e

privada.

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Para que o objetivo deste estudo seja concretizado, foi realizada uma pesquisa

qualitativa, em duas instituições de ensino - uma pública, outra privada para pesquisar se

havia problemáticas encontradas no âmbito escolar com relação à falta de autoestima dos

alunos e quais seriam suas principais causas.

Dentro desse contexto, observamos que havia grupos de alunos na faixa etária de 7 a 9

anos cursando o 3° ano do Fundamental I, tanto na rede pública quanto na rede privada.

Todos eles, das duas instituições, citaram ter uma boa convivência entre eles e afirmaram

gostar uns dos outros.

Então, aqui, como apontaram uma boa relação entre eles, mesmo com idades distintas,

o que poderia incorrer em preconceitos, ou mesmo bullying, parece-nos que essa diferença é

sutil e a convivência acontece naturalmente. Possivelmente esses alunos são trabalhados para

a tolerância e o respeito mútuos no contexto da sala de aula.

Quanto a gostar da escola, os pesquisados da escola privada, disseram-se satisfeitos e

também, vimos pelos dados analisados, que os pais ou responsáveis auxiliam seus filhos nas

atividades em casa.

Assim, como a teoria aponta, alunos que são acompanhados pelos pais e/ou

responsáveis mostram-se mais atentos, calmos e conscientes de si e do meio em que vivem,

ainda, das regras sociais e o resultado é a satisfação pessoal, pois têm em casa o estímulo e a

autoconfiança de que precisam.

Já na escola pública, o resultado foi diferente, pois eles pediram mudanças na escola e

seus pais não os auxiliam em suas atividades de casa.

Percebemos, assim, que os alunos que participam da escola pública sentem-se

descontentes, pois não sabemos de quais mudanças eles se referem nas suas respostas, se

estruturais, se sociais, no entanto há um incômodo e uma sensação de faltas, o que acontece

na base de onde vêm, ou seja, nas suas casas. Eles não recebem atenção e acompanhamentos

os quais possam se sentir confiantes e plenos para seguir no processo de ensino e

aprendizagem seguros. Assim, a criança não tem autonomia ainda, nem personalidade

formada, sendo extremamente necessário acompanhar tarefas, comportamentos e todo o

processo com a presença e interesse para que percebam que são importantes.

Dessa forma, coletamos alguns dados através de questionários, direcionados aos pais,

alunos e professores para fazermos o diagnóstico da pesquisa, com o intuito de analisar se a

autoestima se faz presente em seu meio social e os resultados foram elencados a seguir:

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Figura I: Questionários aplicados aos alunos

Figura 01. Dados referentes aos questionários aplicados aos alunos. A - Gênero dos alunos entrevistados; B - Opinião dos alunos referente ao professor; C - Mudanças a serem feitas na escola para motivar à aprendizagem; D - Disciplinas preferidas pelos alunos.

Ressaltamos na figura 01, os alunos que foram entrevistados, mais do gênero

masculino, em ambas as redes de ensino, como mostra o gráfico A. O gráfico B faz referência

à opinião dos alunos sobre o professor e aqui, observamos que na rede privada de ensino, a

maioria dos alunos identifica seu professor como um ser legal, divertido, inteligente e

carinhoso. Porém na escola pública alguns alunos identificaram o seu professor de forma

pejorativa, tendo em vista o docente como um sujeito “chato”.

Numa análise, percebemos uma discrepância nas duas realidades elencadas. Na rede

privada a qualidade de “ser legal”, dada ao professor nos diz muito de como esse se porta e

qual tipo de relação desenvolve com seus alunos. Nesse espaço, possivelmente, há diálogo. O

aluno se sente seguro e, como vimos, quando os pais acompanham e estão presentes no

cotidiano escolar, o aluno desenvolve uma autoconfiança que dificilmente é conquistada por

outras vias.

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Por ser um docente que consegue negociar ações, que planeja suas aulas, cujos alunos

opinam nas aulas, são ouvidos, sendo atencioso e esforçado, consequentemente, fomenta uma

turma de sujeitos motivados, em quem seus alunos se espelham e tem um vínculo de

afetividade efetivo.

Já na escola pública, apesar dos alunos manterem uma boa relação entre si, alguns

alunos apontaram como “chato” o professor. A relação vertical nesse contexto é prejudicada,

mesmo com a relação horizontal sob controle.

A metodologia, a postura e a aprendizagem dos alunos, nessa escola pública, talvez

aconteçam num ambiente hostil. Essa definição nos mostra, possivelmente, um professor que

não negocia, de caráter conteudista e tradicional, que não estimula o diálogo e não desenvolve

laços de afetividade como parte do processo de ensino e aprendizagem na escola. Portanto,

conferimos muita importância à relação afetiva entre docente e aluno, pois manter vínculos de

respeito e afetividade contam pontos na hora de desenvolver a aprendizagem.

Pensando ainda, que na escola pública, parte dos alunos não tem acompanhamento de

pais, são criados, muitas vezes, por terceiros e são carentes de assistência de muitos tipos,

esses deveriam ser assistidos, sobretudo pelo professor, pois, como vimos, uma característica

significativa para eles que caracteriza um professor é ser “legal”, preferencialmente a ser

“inteligente” ou “capacitado”. Então, que o professor tenha o domínio dos conteúdos, mas que

a sua relação afetiva com os alunos seja a melhor possível, pois isso irá melhorar o

desempenho na aprendizagem desse público.

No gráfico C, que faz menção às mudanças a serem feitas na escola, foi visto, que na

escola privada, a maioria dos alunos, responderam que não precisa de muitas mudanças.

Sugeriram armários (necessidade de organização e cuidado com materiais) e um pula-pula na

escola (necessidade do lúdico, da brincadeira). No âmbito público, notamos que boa parte

relata também não precisar de mudanças, apenas sugeriram um ginásio de esportes e alguns

brinquedos. O que são respostas equiparadas.

Percebemos que para algumas crianças da escola privada, a relação afetiva com seu

professor é mais importante do que ter brinquedos na escola, ao contrário da escola privada,

os alunos optaram por mais brinquedos, visto que o mais importante para eles é ter um

ambiente divertido.

Diante do exposto, atentamos para a insuficiência com que o aluno dessa rede pública

emerge. Pela pouca assistência da família, um ambiente familiar conturbado, muitas vezes e o

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poder aquisitivo mais baixo (entre outros fatores), todos esses aspectos parecem convergir

para que o aluno veja o professor como aquela figura de auxílio, de suprimento, de solução

para o que lhes falta. Em quem eles vão se espelhar, ter confiança, cuja relação de afetividade

traga-lhes segurança, o que no ambiente pesquisado, não acontece. Contrariamente, na escola

privada, como os pais dão uma assistência maior e a família é mais presente, as crianças não

sentem tanto a falta da afetividade.

No gráfico D, em ambas as instituições, os alunos têm as disciplinas de Matemática e

Artes como preferências. Vemos que, na rede privada, sendo boa a relação com o professor, a

aprendizagem flui tranquilamente, pois é consequência da boa relação entre professores e

alunos, um aprendizado eficaz.

No entanto, nos chama a atenção que os resultados para a escola pública foram

praticamente os mesmos da rede privada. Na escola pública, sendo o professor considerado

“chato” são implicações curiosas como os alunos apontam gostar dessas disciplinas,

sobretudo Artes, que envolve certa sensibilidade tanto para ensinar, como para aprender.

Se pensarmos em Artes, como apenas recortes, colagens e aplicação de desenhos,

concluímos que, apesar de errada essa metodologia para a disciplina, arriscamos dizer que

seria um momento de “escape” desses alunos da rede pública, diante de uma realidade

apresentada como inóspita. Já para o gosto pela matemática, sendo uma disciplina

considerada difícil por grande parte dos alunos, podemos inferir que no caso da escola pública

em questão, ou o professor tem uma metodologia específica que funciona, ou pela “pressão” e

“punição” dos métodos tradicionais de avaliação que possa utilizar, os alunos se veem

coagidos a aprenderem, dando bons resultados. No entanto, Souza (2002, p. 24) afirma que:

[...] necessariamente o professor deve rever as práticas pedagógicas que apenas preocupam-se com o conteúdo a ser trabalhado, avaliando somente o lado cognitivo, e com isso, desprezando o que o aluno tem a oferecer ou precisa receber, que é a afetividade nesta relação, favorecendo assim, um melhor desempenho (SOUZA, 2002, p. 24).

Devemos, enquanto docentes considerar não apenas o currículo formal, mas também,

o currículo oculto, aquele que não estando explícito e fundamentado, está latente e faz parte

do processo de construção e desenvolvimento do conhecimento, como nos apontou o autor. A

afetividade é elemento de trocas, de aprendizagem, sendo facilitadora e construtora de

relações no grupo.

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Na maioria das vezes, os professores estão muito voltados ao ensino dos conteúdos,

desejando cumprir o currículo, vencer os manuais didáticos e ignoram que lidamos com

sujeitos que se relacionam de modo afetivo dentro de um espaço social, que é a escola, e, mais

intimamente, a sala de aula. O processo de aprendizagem se dá por meio, não de transferência

de conteúdo, mas, e, sobretudo, por meio de conquistas, desafios, negociações,

encantamentos.

Alunos que têm boas relações com seus colegas e seus professores, mostram-se mais

animados a aprender e trocar conhecimentos. É importante dar espaço para escutas,

questionamentos, argumentações, críticas. Isso torna o aluno apto a discutir dentro do meio

em que vive, de analisar e ponderar situações – problema, de auxiliar colegas e manter uma

relação de respeito à opinião alheia. A formação se efetiva por muitas vias, não apenas por

livros, papel. O professor deve estar atento às oportunidades para além dos conteúdos

predeterminados.

Figura II: Questionários aplicados à família

Figura 02. Dados referentes aos questionários aplicados à família. A - Auxílio dos pais nas atividades de casa; B - Interesse dos alunos ao realizar as atividades de casa; C - Grau de elogio de pais para filhos; D – Tempo determinado pelos pais para estudo dos filhos.

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Mesmo que o professor goste e se identifique com a disciplina, não deve priorizar a

apreensão do conteúdo como objetivo principal de suas aulas e negligenciar fatores com a

afetividade e as relações sociais na sala de aula, sendo esta uma primeira sociedade para

sujeitos em formação de caráter.

Na figura 02, referente aos dados da família, os gráficos descrevem que em ambas as

redes de ensino, grande parte dos questionários foram respondidos pelas mães, uma pequena

quantidade por pai e irmãos. Observamos que na rede privada, a grande maioria dos pais

auxiliam seus filhos nas atividades em casa, nessa grande parte está presente o público

feminino representado pelas mães, dando suporte necessário para que seus filhos possam

desempenhar as atividades (Gráfico B). Tendo em vista que na escola privada as mães estão

mais presentes no acompanhamento das atividades e que a autoestima que eles desenvolvem

com a assistência e apoio da família, os dados apontam para um melhor desenvolvimento no

campo escolar.

Já na escola pública, os alunos possuem dificuldade com a ausência dos pais no

auxilio nas atividades, na parceria da família com a escola, sendo a desestrutura familiar, entre

outros fatores, prejudiciais ao aprendizado, como já mencionamos. É notório através do

gráfico, que alguns alunos não têm o auxílio devido. Dessa forma, sem essa parceria, a

indisciplina aumenta, na maioria dos casos, a criança se torna nervosa e agressiva e o

ambiente escolar vira algo rotineiro, sem objetivo.

Em seguida, no gráfico C como se era de esperar, identificamos que boa parte dos pais

na escola privada está sempre elogiando seus filhos, isso ressalta que autoestima recebida a

partir da família baliza um bom desempenho dentro da escola. Assim como da mesma

maneira, o gráfico D apresenta o compromisso maior desses pais nas atividades com seus

filhos, consequentemente, os alunos não terão dificuldades nas atividades.

A respeito do questionário sobre a família, os pais especificaram que seus filhos

gostam de frequentar a escola e que em relação às atividades escolares, demonstram interesses

em realizá-las, também há um acompanhamento no seu desenvolvimento escolar. No

cotidiano familiar, alguns pais citaram o comportamento dos seus filhos como: tranquilo (a),

esforçada (o), ativo (a), amorosa (o), alegre, comunicativo (a), atencioso (a), animada (o). Os

pais mencionaram que há um diálogo em casa sobre a relação dele com seus professores e

seus colegas e também todos incentivam seus filhos a estudar, todos os dados em ambas as

escolas, com maior ênfase na rede privada.

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Figura III: Questionários aplicados aos professores

Figura 03. Dados referentes aos questionários aplicados aos professores. A - Reflexão afetiva de professores para com os alunos; B - Desistência de professores em suas profissões, por falta de interesse dos alunos.

De acordo com a figura 03 - A, que versa sobre a afetividade dos professores para com

os alunos, mostra que três dos quatro docentes da escola privada responderam no questionário

que praticam a reflexão afetiva com seus alunos antes do início das aulas. Já na escola

pública, todos os discentes afirmaram praticar reflexões afetivas.

Já o gráfico B ressalva que três dos quatro professores, tem interesse em desistir da

profissão por falta de comprometimento dos alunos. Enquanto os professores da rede pública

de ensino, não têm interesse em desistir da profissão. Diante do gráfico A e B, analisamos que

um professor que trabalha de modo satisfatório, que tem uma boa relação afetiva com seus

alunos e que recebe suporte da escola, dificilmente se sentirá desanimado ou irá pensar em

desistir da profissão. Portanto, o professor que tem plenitude na profissão, convicção e apoio

faz a diferença na aprendizagem de seus alunos.

Outro motivo relevante é ter parceria com os pais. Quando os alunos são

acompanhados pelos pais na escola, onde eles têm compromisso na educação dos filhos,

consequentemente os alunos terão uma boa relação com o seu professor e o processo de

aprendizagem funcionará de modo tranquilo e progressivo.

No questionário dos professores, foi visto que todos os docentes dizem encorajar os

alunos quando eles revelam dificuldades no âmbito familiar e elogiam seus alunos quando

desempenham bem as atividades, que há uma conversa com os pais sobre a importância da

autoestima no processo de aprendizagem. Foi observado que planejam suas aulas diariamente

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antes de atuarem em sala de aula, que promovem trabalhos coletivos, rodas de conversas e

debates.

Os docentes apontaram que se sentem realizados quando contribuem de forma positiva

a sua aula planejada e que traçam estratégias para motivar aquele aluno com baixa autoestima.

Ressaltamos também que um dos quatro professores que responderam o questionário não

pretende ser professor durante todo seu percurso profissional. Esse profissional trabalha

frustrado e não desenvolve relações afetivas com vínculo com seus alunos. Não é raro ouvir

depoimentos afins. No entanto, não consideramos justo esse discurso, nem quaisquer

argumentos que justifiquem essa postura hostil. Docência é para os que têm convicção de uma

ação transformadora pela educação. Registramos a atitude lamentável desse professor.

Diante desse dado do professor sobre desistir da profissão, podemos elencar ainda

alguns fatores, que vão ao encontro dessa insatisfação. Entre eles, possivelmente, a falta de

reais condições de trabalho, que pode implicar nesse descontentamento profissional. Em

alguns casos, as famílias não são presentes, outro ponto relevante é a questão salarial,

insatisfeito e desmotivado não produz bem, enfim, vai se tornando um ciclo desgastante, em

que o docente, por não está motivado, não desenvolve essa autoestima no âmbito escolar e

desiste da profissão.

No entanto, a despeito de todas essas (dez) motivações, cabe a cada profissional sair

do conforto do discurso e buscar alternativas de escape para sua satisfação pessoal. Os alunos

não podem fazer parte desse descontentamento para que não se tornem vítimas do tiranismo e

do desafeto desses docentes.

Com relação às práticas do docente sobre autoestima com seus alunos, é preciso que

ele proporcione um ambiente confortável e estimulante, pois o aluno com uma boa autoestima

geralmente tem mais facilidade para se relacionar, é mais produtivo, aprende melhor, tem uma

vida mais saudável, se cuida e se considera, se adaptando bem mais rápido ao meio social.

Outro fator proeminente nesse processo da autoestima, é que o docente tenha

percepção, que mesmo que na escola, todos tenham a mesma idade e o nível de aprendizado e

capacidade de fazer as atividades sejam as mesmas, um aluno nunca será igual ao colega.

Então, é preciso evitar comparações, é importante que cada aluno, compreenda sua

peculiaridade.

Outra prática docente preponderante é a exposição de ideias. Os alunos precisam ser

estimulados a falarem o que pensam sobre o assunto abordado na aula, a desenvolverem

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críticas e argumentação. Em muitas escolas, há muitos docentes que se colocam como

superiores e “donos da verdade”, considerando que os alunos não têm capacidade de reflexão.

Esse é um erro cometido, pois o aluno se sente reprimido, não aprende a argumentar e essa

situação afeta sua autoestima.

Então, é importante que o professor promova atividades extracurriculares, como

trabalhos em grupo, projetos com objetivo de oportunizar o aluno ao desenvolvimento da

coletividade, socialização, pois essa prática vai melhorar sua autoestima, e,

consequentemente, o aluno irá sentir-se útil e valorizado.

É necessário do mesmo modo, o professor e todo o grupo escolar, criar espaços de

discussões na escola, para o compartilhamento de experiências e sentimentos, igualmente

convocar os familiares a falar sobre suas experiências, com o intuito de fazer o aluno

perceber, que através de uma atitude tudo pode mudar ou ser modificado. São práticas válidas

para que a escola seja esse espaço onde as crianças possam exercer cidadania e humanidade.

CONCLUSÃO

O presente estudo buscou estabelecer uma relação entre a autoestima do aluno e do

professor no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem. Nesse contexto,

percebemos que a autoestima motiva o aluno a não desistir de um aprendizado, de um desafio,

mesmo que seja abstruso, fazendo-o acreditar que conseguirá atingir o seu objetivo.

E o professor, que se sente satisfeito e pleno na sua escolha profissional, cujas

condições de trabalho o favorecem, fomentam vínculos de afetividade com seus alunos e o

processo de ensino e aprendizagem se dá de modo natural e eficaz.

Vimos, ainda, que o préstito dos pais e responsáveis pelo aluno nessa trajetória aponta

para uma satisfação pessoal e segurança na hora de aprender, pois o aluno sentindo-se amado,

respeitado e acompanhado, motiva-se para os desafios que a aprendizagem encerra.

Sendo assim, grande parte do sucesso dos alunos está ao alcance dos pais e

professores, desde que haja parceria, consciência e comprometimento de ambas as partes,

gerando assim, um processo de troca de conhecimento, saberes, experiências e afetividade,

pois se não houver troca a magia não acontece.

É preciso que essa relação afetiva esteja presente, tanto na família, quanto na escola,

pois essa é fator primordial na produção da autoestima, pois o docente com metodologias de

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ensino significativas, proporcionando em suas aulas, reflexões que irão pertinentes,

proporcionando bem estar com o próximo e fortalecendo o vínculo afetivo do professor com

os alunos e dos discentes entre si, serão a melhor possível, e, consequentemente, o

desenvolvimento da aprendizagem terá êxito.

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