AUTOMONITORAMENTO DE EMISSES DE SUBSTNCIAS...

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL AUTOMONITORAMENTO DE EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS ODORÍFERAS Bragança Paulista 2008

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

AUTOMONITORAMENTO DE EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS ODORÍFERAS

Bragança Paulista 2008

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

AUTOMONITORAMENTO DE EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS ODORÍFERAS

Autora: Bárbara Juliana Gonçalves de Lima Orientadora: Profª Ana Carolina Garcia de Oliveira

Trabalho de Estágio apresentado à Banca

Examinadora do Curso de Tecnologia em

Gestão Ambiental – da Universidade São

Francisco como parte dos requisitos para

a obtenção da graduação de Gestor

Ambiental, sob a orientação de pesquisa

da Profa. Ana Carolina Garcia de Oliveira.

Bragança Paulista 2008

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

(GRADUAÇÃO)

AUTOMONITORAMENTO DE EMISSÕES DE SUBSTÂNCIAS ODORÍFERAS

Autora: Bárbara Juliana Gonçalves de Lima – RA 001200700109

________________________ Sheila Cristina Canobre

________________________ Ângela Sanches Rodrigues

________________________ Cândida Maria Costa Baptista

________________________ Jean Ferreira Silva

Dedico esta monografia:

Aos meus pais, José Napoleão e Benedita,

E à minha avó Nena,

Que sempre acreditaram no meu potencial e me deram condições para que eu

chegasse até aqui.

V

Lista de Figuras

Figura 1.1: Foto satélite da empresa Rigor Alimentos Ltda ........................................................ 2

Figura 3.1: Divisão das Regiões ................................................................................................. 9

Figura 3.2: Fluxograma das Funções e Atribuições .................................................................. 13

Figura 4.1: Fluxograma do Monitoramento de Substâncias Odoríferas .................................... 19

VI

Lista de Tabelas

Tabela 1.1: Padrões Nacionais de Qualidade do Ar: Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90 ...6

Tabela 1.2: Critérios para Episódios Agudos de Poluição do Ar – Níveis: Resolução CONAMA

n° 03 de 28/06/90 ......................................................................................................................... 6

Tabela 3.1: Direção Geográfica ................................................................................................... 9

Tabela 3.2: População / (Direção X Distancia) .......................................................................... 10

Tabela 4.1: Resultados do Monitoramento de Odores .............................................................. 20

VII

RESUMO

O crescimento populacional combinado com a evolução da industria no mundo todo,

gera uma série de problemas ambientais sabido por todos.

O presente trabalho trata do Monitoramento de Emissões de Substâncias Odoríferas,

através de um manual com planos de ação, visando o controle do ar de modo a obter

qualidade, minimizando e prevenindo fatores poluidores que venham a gerar os impactos

ambientais já citados, que podem comprovadamente interferir diretamente na saúde e bem

estar do homem.

Deste modo, planejamento, avaliação, controle e qualidade do ambiente são colocados

como chaves do processo de gestão ambiental.

Palavras-chaves: Monitoramento de odores, Qualidade do Ar, Controle Ambiental do Ar,

Poluição do Ar.

VIII

SUMÁRIO

Lista de Figuras ......................................................................................................................... V

Lista de Tabelas .........................................................................................................................VI

Resumo ..................................................................................................................................... VII

Sumário .................................................................................................................................... VIII

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1

1.1. Diagnóstico da Empresa (Rigor Alimentos Ltda.)................................................................. 1 1.2. Aspectos Teóricos ................................................................................................................ 3

1.2.1. Legislação .............................................................................................................. 5

2. OBJETIVOS ............................................................................................................................ 7

3. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................................... 8 3.1. Abrangência ......................................................................................................................... 8

3.2. Diretrizes Gerais de Implantação do Plano .......................................................................... 8

3.2.1. Levantamento do Perfil Populacional do Entorno .................................................. 8

3.2.2. Caracterização da Região .................................................................................... 10

3.2.3. Plano de comunicação Social .............................................................................. 11

3.2.4. Programa de Manutenção e Operação ................................................................ 12

3.2.5. Plano de Avaliação de Eficiência ......................................................................... 12

3.3. Estrutura Organizacional do Plano ..................................................................................... 13

3.4. Diretrizes para Implantação do Plano ................................................................................. 14

3.4.1. Metas e Objetivos ................................................................................................. 14

3.4.2. Garantia de Manutenção / Operação ................................................................... 14

3.4.3. Capacitação dos Recursos Humanos Empregados ............................................. 15

4. RESULTADOS ...................................................................................................................... 16

4.1. Acionamento do Plano de Avaliação de Emissão de Odores ............................................ 16

4.1.1. Avaliações Preliminares ....................................................................................... 16

4.1.2. Avaliação de Episódios de Emissão de Odores ................................................... 16

4.1.3. Avaliação de Emissão de Odores ........................................................................ 17

4.2. Implementação do Programa de Monitoramento ............................................................... 17

4.2.1. Ações Preliminares .............................................................................................. 17

4.2.2. Plano de Trabalho ................................................................................................ 18

IX

4.3. Fluxograma do Monitoramento ........................................................................................... 19

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 21

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 22

ANEXOS .................................................................................................................................... 23

1

1. INTRODUÇÃO 1.1. Diagnóstico da Empresa Rigor Alimentos Ltda. A empresa Rigor Alimentos Ltda. que tem como nome fantasia Frango Rigor, está

locada na Estrada Municipal Carlos Cavalaro, n° 460, bairro Ponte Alta na cidade de Jarinu/SP,

e segue um ramo de criação, abate e comercialização de aves, tendo como principal produto

vendido o frango, em cortes resfriados e congelados. A empresa conta com aproximadamente

910 funcionários.

A empresa foi fundada em 1998, pelos atuais sócios, na cidade de Atibaia – SP. Visando

a aplicação do “know-how” saber como fazer algo (MARQUES,1999) adquirido ao longo dos

anos, arrendou-se um abatedouro com capacidade limitada de abate, mas com o conhecimento

adquirido pela equipe foi possível atingir a marca de 40.000 aves/dia.

Em 2000, a empresa iniciou a própria criação de aves, com um plantel, ou seja, grupo de

animais de raça selecionados para reprodução, (ROCHA, 1996) de aproximadamente 400.000

aves alojadas.

No ano de 2004, a empresa transferiu o abate para a cidade de Jarinu – SP, com um

abate inicial de 40.000 aves/dia.

Atendendo a um planejamento estratégico no ano de 2006, a Rigor Alimentos Ltda.

ampliou o abate de 40.000 para 70.000 aves/dia, através da terceirização de outro abatedouro

na região e posteriormente a implantação do 2º turno na empresa.

A planta industrial está equipada com o que há de mais moderno no segmento de abate

de aves; projetada com vistas a dobrar as suas capacidades produtivas, que atualmente gira

em torno de 125.000 aves/dia originário de um plantel próprio (sistema de integração).

Em meados de 2007, através de parcerias teve início o importante seguimento da

Criação de Matrizes e Incubação de ovos férteis, que atualmente vem atendendo a criação de

aves com 2.200.000 pintos/mês, através de um plantel de 350.000 matrizes, devendo até o final

de este ano estar totalmente verticalizado.

Neste ano a empresa fez sua primeira exportação.

A infra-estrutura da empresa conta com o prédio administrativo, área fabril, câmara fria

onde há o armazenamento do produto e local onde ocorrem as movimentações destes,

almoxarifado, cozinha industrial e refeitório, Estação de Tratamento de Água, Estação de

Tratamento de Esgoto, Fábrica de Farinha e Óleo juntamente com o Sistema de Tratamento de

Gases, ocupando uma área útil de construção de 11.420 m². (RIGOR ALIMENTOS LTDA, s/a.)

2

Figura 1.1.: Foto satélite Rigor Alimentos (Google Earth, 2008)

3

1.2. Aspectos Teóricos

Para o assunto do automonitoramento de odores, e como este deve ser implantado nas

empresas, primeiramente segue a definição de Poluente Atmosférico, segundo a Companhia de

Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB): Poluente atmosférico é toda e qualquer forma de

matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos em legislação, e que tornem ou possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade. (CETESB, s/a)

Os problemas de poluição do ar não são recentes, pois acompanha a humanidade

desde tempos remotos, porém só passou a ter relevância quando as pessoas começaram a

viver em assentamentos urbanos de grande densidade demográfica, em conseqüência da

Revolução Industrial, a partir da utilização do carvão mineral como fonte de energia. A história antiga registra que na Inglaterra surgiram as primeiras reclamações a respeito

do assunto, onde o Rei Eduardo assinou as primeiras leis de qualidade do ar, proibindo o uso

do carvão com alto teor de enxofre. Posteriormente, em 1300, o Rei Ricardo III fixou taxas para

permitir o uso do carvão. A despeito dos esforços do reinado, o consumo de carvão aumentou.

(BRAGA et al, 2006)

Vários eventos de graves conseqüências demonstraram que a poluição do ar se

constitui numa ameaça grave à saúde pública.

Um episódio muito conhecido de graves conseqüências ocorreu em Bhopal, na Índia, em

1984 onde a liberação acidental do composto isocianato de metila, provocou a morte de cerca

de 2 mil pessoas. E no Brasil, a primeira ocorrência que se tem notícias deu-se na cidade de

São Paulo em 1972, provocado por emissões de veículos e indústrias, devido a inversão

térmica com a ausência de chuvas e ventos, levando a cidade ficar coberta por uma densa

névoa. (ASSUNÇÃO,2004)

O conceito de ar limpo é relativo, considerando que os seres vivos já estão

acostumados com concentrações normais de substâncias na atmosfera. No entanto, quando

ocorrem alterações significativas, alguns efeitos poderão ser observados, para controlar esse

problema, definiu-se os Padrões de Qualidade do Ar, segundo a Resolução n.3 do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 1990, que define legalmente um limite máximo de

4

concentração de um poluente no ar atmosférico que garanta a proteção à saúde e ao bem-estar

das pessoas.

Atendendo a necessidade de um controle e monitoramento de odores, Laércio Vechini,

gerente de análise técnica e controle da CETESB, explica que quando a companhia recebe

uma reclamação, cabe a ela realizar uma inspeção no estabelecimento delatado emitindo um

auto de inspeção e um auto de advertência confirmando a percepção de odor. Posteriormente é

dado um prazo para que o problema seja resolvido, relatando as medidas providenciadas e,

findo o prazo estabelecido para adequação, cabe à companhia efetuar nova inspeção,

consultando a comunidade e verificando a solução adequada. (VECHINI, 2008)

A crescente preocupação com o meio ambiente devido à evolução da sociedade

determina, como visto, através de padrões, legislações, órgãos, controles e monitoramentos

uma amenização da poluição, e por meio destes que trataremos a seguir um plano de ações de

controles a serem utilizados para diminuir ou evitar a emissão de substâncias odoríferas que

venham a poluir a atmosfera, e prejudicar a vida dos seres vivos.

5

1.2.1. Legislação A legislação determina que os odores de um local de emissão não podem ser

percebidos fora de seu terreno. Segundo a CETESB, há uma legislação ambiental estadual,

regulamentada pelo Decreto 8468/76 que institui o Plano de Emergência para Episódios

Críticos de Poluição do Ar. Esse plano deve coordenar as medidas necessárias a serem

adotadas pelo Estado, Municípios, entidades privadas e a comunidade, prevenindo a emissão

de odor, medidas básicas da gestão ambiental que são estabelecidas conforme o Estado

declarado (Atenção, Alerta e Emergência) e o nível de concentração do poluente, sendo que

cabe ao Secretário do Meio Ambiente declarar os níveis de Atenção e de Alerta e ao

Governador o de Emergência.

Outro aspecto legal é o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR,

que foi criado como um dos instrumentos que visa a proteção da saúde e bem estar das

populações e uma melhoria na qualidade de vida, permitindo o desenvolvimento econômico e

social do País, limitando os níveis de emissões de poluentes atmosféricos, reservando o uso

dos padrões de qualidade do ar como ação complementar de controle. (BRAGA, 2006)

Como citada na introdução, no Brasil, os Padrões da Qualidade do Ar estão definidos

pela Resolução n.3 do Conselho Nacional do Meio Ambiente: Art. 2º - Para os efeitos desta Resolução ficam

estabelecidos os seguintes conceitos: I - Padrões Primários de Qualidade do Ar são as

concentrações de poluentes que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população.

II - Padrões Secundários de Qualidade do Ar são as concentrações de poluentes abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna, à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

Parágrafo Único - Os padrões de qualidade do ar serão o objetivo a ser atingido mediante à estratégia de controle fixada pelos padrões de emissão e deverão orientar a elaboração de Planos Regionais de Controle de Poluição do Ar. (CONAMA, 1990)

Como se pode observar, a Resolução estabelece padrões primários designados à

proteção da saúde pública, e os secundários, que são destinados à proteção do meio ambiente

em geral e o bem-estar da população, conforme Tabelas 1.1 e 1.2:

6

Tabela 1.1: Padrões Nacionais de Qualidade do Ar

(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Poluente

Tempo de Amostragem

Padrão Primário

µg/m³

Padrão Secundário

µg/m³

Método de Medição

Partículas totais em suspensão

24 horas¹ MGA²

240 80

150 60

Amostrador de grandes volumes

Partículas inaláveis 24 horas¹ MMA³

150 50

150 50

Separação inercial/filtração

Fumaça 24 horas¹ MAA³

150 60

100 40

Refletância

Dióxido de Enxofre 24 horas¹ MAA³

365 80

100 40

Pararosanilina

Dióxido de Nitrogênio

1 hora¹ MMA³

320 100

190 100

Quimiliminescência

Monóxido de Carbono

1 hora¹

8 horas¹

40.000 35 ppm 10.000 9 ppm

40.000 35 ppm 10.000 9 ppm

Infravermelho não

dispersivo

Ozônio 1 hora¹ 160 160 Quimiluminescência 1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual.

Tabela 1.2: Critérios para Episódios Agudos de Poluição do Ar - Níveis

(Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90)

Parâmetro Atenção Alerta Emergência

Dióxido de Enxofre

SO2 (µg/m³) – 24 h

800

1.600

2.100

Partículas totais em suspensão

SO2 (µg/m³) – 24 h

375

625

875

SO2 X Partículas Totais em Suspensão 65.000 261.000 393.000

Partículas Inaláveis (µg/m³) - 24h 250 420 500

Fumaça (µg/m³) - 24h 250 420 500

Monóxido de Carbono (ppm) – 8h

15

30

40

Ozônio (µg/m³) - 1h 400 800 1.000

Dióxido de Nitrogênio (µg/m³) - 1h 1.130 2.260 3.000

7

2. OBJETIVOS Na Rigor Alimentos, o Plano de Prevenção de Controle e Emissão de odores, que teve

como objetivo o gerenciamento do processo e sistemas de controle de poluentes de modo à

minimizar ao máximo a possibilidade de ocorrência de cenários de emissão de substâncias

odoríferas para a atmosfera e no caso de ocorrência minimizar os efeitos à população externa.

Esse Plano foi sistematizado de forma a englobar todos os fatores que contribuem para

a ocorrência de episódios de emissão de substâncias para a atmosfera.

Sendo assim, o objetivo do Plano de Monitoramento de Substâncias Odoríferas foi o

desempenho satisfatório dos sistemas de controle da empresa de modo a garantir o

funcionamento das instalações sem causar incômodos à população residente nas

circunvizinhanças; visando principalmente:

- implantação de procedimentos preventivos que garantam o bom desempenho do

sistema,

- implantação de procedimentos corretivos que minimizem possíveis incômodos aos

moradores vizinhos,

- minimização das emissões de substâncias odoríferas, e

- integração com a comunidade.

Com isso, neste presente trabalho temos como objetivo descrever e discutir a

implementação desse Plano na empresa citada.

8

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Abrangência O Plano de Automonitoramento de Substâncias Odoríferas abrange a implantação de

métodos e procedimentos a serem observados nas operações da Fábrica de Farinha e Óleo

juntamente com um Sistema de Tratamento de Gases da empresa que possam a vir gerar

poluentes atmosféricos e odor, através dos processos e dos equipamentos de controle de

poluentes instalados e o monitoramento externo da área compreendida num raio de 2,0 km dos

limites de perímetro do empreendimento.

3.2. Diretrizes Gerais de Implantação do Plano O presente Plano de Controle de Emissão de Odores prevê, em última análise, a

obtenção de uma sistemática de procedimentos e serem seguidos para prevenção e correção

de episódios de lançamento de substâncias odoríferas para a atmosfera constando de:

- Levantamento do Perfil Comunitário do Entorno;

- Caracterização da Região;

- Programa de Comunicação Social;

- Programa de Operação e Manutenção (Equipamentos Produtivos e de Controle

de Poluentes);

- Plano de Avaliação de Eficiência. (BITTENCOURT et al, 2004)

3.2.1. Levantamento do Perfil Comunitário do Entorno Encontra-se concluído o Levantamento Comunitário de toda a população residente num

raio de 2,0 km dos limites do empreendimento que está devidamente alocado em planta do

Sistema Cartográfico Metropolitano com legenda de localização, identificação dos

ocupantes/responsáveis e respectivos usos (residencial, comercial, rural, etc).

Esse levantamento constituiu-se na base de informações que foram processadas e

catalogadas em função de vários perfis, tais como:

9

- Direção Geográfica: A região de interesse, ou seja, raio de 2,0 km do

empreendimento, foi subdividida graficamente em 08 setores orientados por quadrantes

geográficos, segundo a Tabela 3.1:

Tabela 3.1: Direção Geográfica (BITTENCOURT et al, 2004).

Setor Região Direção

Setor 01 S1 N¹ NE²

Setor 02 S2 NE² E³

Setor 03 S3 E³ SE4

Setor 04 S4 SE4 S5

Setor 05 S5 S5 SO6

Setor 06 S6 SO6 O7

Setor 07 S7 O7 NO8

Setor 08 S8 NO8 N1

1 – Norte. 2 – Nordeste. 3 – Leste. 4 – Sudeste. 5 – Sul. 6 – Sudoeste. 7- Oeste. 8 – Noroeste.

- Distância da Fonte: Para determinação dos observadores, a região foi

subdividida em círculos concêntricos com distâncias múltiplas de 200,00 m a partir da fonte,

como mostra a Figura 3.1 (BITTENCOURT et al, 2004):

Figura 3.1: Divisão das regiões

10

- Posição das Ocupações: Desta forma, as posições das ocupações foram classificadas

em função da distância X direção, cuja distribuição está resumida na Tabela 3.2, onde mostra o

número de moradores por região e distância:

Tabela 3.2: População / (Direção X Distância)

SETOR

DIS

TÂN

CIA

(m)

M S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 Total GLOBAL

200 0 0 0 12 0 0 0 0 12 12 400 0 0 0 36 0 18 0 12 66 78 600 6 0 0 30 0 0 12 6 54 132 800 12 0 30 18 6 138 24 0 228 360

1.000 36 0 18 0 12 12 0 12 90 450 1.200 48 6 0 30 12 18 6 12 132 582 1.400 60 0 36 0 12 10 6 6 130 712 1.600 6 0 12 10 18 8 6 42 102 814 1.800 6 0 6 26 18 0 42 66 164 978 2.000 36 0 0 42 0 0 24 42 144 1.122 Total 210 6 102 204 78 204 120 198 1.122

3.2.2. Caracterização da Região

A região circunvizinha ao empreendimento caracteriza-se por baixa densidade de

ocupação, com vocação predominantemente rural caracterizada por extensas áreas de cultivo e

173 edificações distribuídas com os seguintes usos: Residencial (69), Comercial (15), Rural (83)

e de Lazer (6). (BITTENCOURT et al, 2004)

Quanto à distribuição dos observadores, verifica-se que a maior concentração se dá no

setor S1 (N – NE), sendo que os observadores mais próximos encontram-se à distância

aproximada de 550 m.

O setor com menor ocupação é o S2 (NE – E) com apenas 6 observadores à cerca de

1.100 m.

O único setor que apresenta ocupação num raio inferior à 200 m é o S4 (SE – E) que

apresenta 23% de sua população concentrada à distância inferior a 400 m.

11

No cômputo geral apenas 12,3% do total geral da população do entorno encontra-se à

distância inferior à 600 m; o que implica dizer que 87,7% da população encontra-se à distância

superior à 600 m.

Isto se revela um quadro favorável considerando que os incômodos a serem avaliados

dizem respeito à emissão de substâncias odoríferas que têm sua intensidade abrandada com

efeito da diluição que aumenta com a distância.

Esse quadro revela a possibilidade de uma maior concentração de atenção à população

fixada num raio de 600 m que perfaz um total de 132 moradias.

Especial atenção deverá ser dada aos moradores mais próximos fixados em 03

residências localizadas a cerca de 200m no setor S4 (SE – S), os quais deverão possuir

tratamento diferenciado devido à proximidade e potencial de exposição.

3.2.3. Plano de Comunicação Social O Plano de Comunicação Social tem como objetivo a implantação de canais de

comunicação com a população no sentido de captar a percepção da mesma em relação à

operação do empreendimento. Para tanto, o Plano conta com os seguintes procedimentos

(BITTENCOURT et al, 2004):

- ENTREVISTAS: Procedimento adotado para verificação da percepção da

população quanto a possíveis incômodos causados ou eficiência de medidas adotadas. Este

procedimento ocorre através de consulta via telefone, entrevista pessoal ou, ainda, pelo

preenchimento de fichas de avaliação a serem distribuídas em pontos estratégicos como forma

de manifestação estimulada.

- ENVIO DE CIRCULARES: Procedimento pró-ativo para comunicar fatos e

providências.

- VISITA ÀS INSTALAÇÕES: Procedimento adotado para conscientização da

população quanto às atividades desenvolvidas e os sistemas de controle existentes.

- RECEBIMENTO DE RECLAMAÇÕES: Procedimento implantado para

sistematizar o recebimento de reclamações e encaminhamento interno das demandas.

12

3.2.4. Programa de Manutenção e Operação

Esse programa prevê a sistematização de todos os procedimentos a serem observados

na rotina de operação da Fábrica de Farinha e Óleo, já que esta, em suas operações, pode

gerar gases com odor. Mesmo a empresa contando com um Sistema de Tratamento de Gases,

é necessário a formalização em documentação específica indicando passo a passo as

instruções e procedimentos a serem observados pelos operadores.

Segundo Almir Bittencourt, esses manuais deverão tratar com ênfase todos os possíveis

desvios passíveis de causarem emissão de odores para a atmosfera, assim sendo, são

necessários todos os manuais citados a seguir:

- Manual dos procedimentos de recebimentos de carga;

- Manual dos procedimentos de identificação e classificação dos produtos;

- Manual dos procedimentos de destinação de cargas segregadas;

- Manual dos procedimentos de processamento de matérias primas; e

- Manual dos procedimentos de inspeção de equipamentos e controle de poluição.

(BITTENCOURT et al, 2004)

3.2.5. Plano de Avaliação de Eficiência O Plano de Avaliação de Eficiência tem como objetivo a implantação de um sistema de

avaliação que estabeleça índices de desempenho para os principais Programas a serem

implantados, como já citado.

O desempenho do Programa de Comunicação Social deve-se ater às freqüências de

reclamações recebidas pela comunidade participante, sendo que tempo de respostas aos

reclamantes deve ser os mais rápidos possíveis, levando-se em conta também, a quantidade de

opiniões favoráveis à conduta da empresa, mostrando que o Programa de Comunicação Social

gera resultados.

O desempenho do Programa de Operação e Manutenção deve-se ater às freqüências

dos desvios operacionais, o tempo gasto para o encaminhamento e dos reparos dos

equipamentos para a correção dos desvios operacionais, e quanto tempo levou-se para

solucionar tais problemas.

Assim sendo, o Plano de Avaliação de Eficiência gera o controle para eventuais

problemas que possam a vir surgir, e como se pode solucionar em um prazo curto de tempo.

13

3.3. Estrutura Organizacional do Plano

Coordenador Geral

Coordenador de Operações

Coordenação de Manutenção

Coordenador de Programas

Funcionários da Fábrica de Farinha e Óleo

Funcionários da Manutenção

Funcionários Administrativos

Figura 3.1: Fluxograma das Funções e Atribuições. (BITTENCOURT et al, 2004)

O Coordenador Geral tem como função a Implementação do Plano de Controle de

Emissões Atmosféricas, devendo planejar, coordenar, fixar metas, implementar planos de ação,

procedimentos operacionais, comprar materiais e contratar/dispensar/alocar pessoas. Tem um

alto grau de responsabilidade por planejar, fixar prioridades e ter uma tomada ampla de

decisões.

Com um médio grau de responsabilidade o Coordenador de Operações tem como

principal função a Implementação do Programa de Manutenção e Operação, devendo

supervisionar todo o funcionamento e operação do Setor da Fábrica de Farinha e Óleo

juntamente com o Sistema de Tratamento de Gases, incluindo os procedimentos de

recebimento, armazenamento provisório de cargas e processamento de matérias primas. Deve

também, inspecionar o desempenho do sistema de controle de poluentes.

O Coordenador de Manutenção, também com um médio grau de responsabilidade, suas

atribuições são de planejar e programar serviços de manutenção corretiva e preventiva,

supervisionar os trabalhos de manutenção e da operação dos sistemas de controle de

emissões, deve solicitar a compra de materiais e equipamentos necessários.

O Coordenador de Programas tem a responsabilidade da Implantação do Programa de

Comunicação Social, coordena programas de treinamento e capacitação de funcionários, e

sistematiza e organiza documentos, recebendo um grau de responsabilidade médio.

Com um grau de responsabilidade menor, os Funcionários da Fábrica de Farinha e Óleo

devem executar os serviços normais inerentes à função, comunicando desvios operacionais e

solicitando serviços de manutenção e reparos.

14

Os Funcionários da Manutenção com menor grau de responsabilidade devem checar o

funcionamento de equipamentos produtivos e de controle, executar serviços de manutenção e

reparos, e requisitar, quando necessário materiais e equipamentos.

E, os Funcionários Administrativos tem como atribuição a sistematização de toda

documentação dos Planos e Programas a serem implantados, suporte logístico para aquisição

de materiais, realização de entrevistas, tarefas das equipes de rastreamento, distribuição de

circulares, entre outros, obtendo um grau baixo de responsabilidade dentro do Plano.

3.4. Diretrizes para Implantação do Plano 3.4.1. Metas e Objetivos As metas e objetivos a serem alcançados com a implantação do Plano de

Automonitoramento de Emissões de Substâncias Odoríferas dizem respeito à implantação de

métodos e procedimentos operacionais que garantam a operação satisfatória do setor de

Sistema de Tratamento de Gases, dentro da Fábrica de Farinha e Óleo.

3.4.2. Garantia de Manutenção / Operação Como citado anteriormente, o Coordenador de Inspeção e Manutenção deve ficar

responsável pelos manuais de instalação e manutenção dos equipamentos e acessórios. A

implantação do Plano de Controle de Emissões prevê a implantação de plano de manutenção

preventiva de todos os equipamentos instalados; isso foi feito com base nas especificações dos

respectivos fabricantes principalmente no tocante aos fatores de desempenho e condições de

operação.

Os fluxogramas devem sempre estar atualizado de todos os processos implantados com

codificação de cada constituinte, com indicação dos principais parâmetros de operação

previstos tais como taxa de carregamento dos digestores, tempo, temperatura e pressão de

operação para todas as fases do processo de Sistema de Tratamento de Gases, sendo o

responsável por isto, o Coordenador de Operações.

E o Coordenador de Programas com base em documentação atualizada, elaborou

manuais de procedimentos para operação dos equipamentos produtivos (digetores) e sistemas

15

de controle ambiental instalados, discriminando todas tarefas a serem realizadas pelos

operadores.

3.4.3. Capacitação dos Recursos Humanos Empregados A capacitação dos recursos humanos deu-se através de cursos de capacitação e

formação, treinamentos de funcionários para desenvolvimento consciente das tarefas que foram

executadas, juntamente com treinamentos periódicos específicos ministrados para fixação e/ou

aperfeiçoamento de fundamentos essenciais ao bom desenvolvimento da função, sendo de

responsabilidade do Coordenador de Programas.

16

4. PROCEDIMENTOS 4.1. Acionamento do Plano de Avaliação de Emissão de Odores 4.1.1. Avaliações Preliminares A implantação da sistemática de Avaliações Preliminares deve ocorrer desde o início

das operações do Sistema de Tratamento de Gases com o objetivo de definição de parâmetros

de percepção de possíveis incômodos.

Isso se faz necessário uma vez que não existem parâmetros objetivos e quantificáveis

de níveis de odores a partir dos quais estes podem vir a causar incômodo; até porque as

sensações de inconvenientes variam de indivíduo para indivíduo dependendo de sua

sensibilidade.

Nesta fase, durante operação normal, os responsáveis pela implantação do Plano

empenharam-se no sentido de perceber quaisquer alterações de emissão de odores e mobilizar

as equipes envolvidas no sentido de detectar a percepção da vizinhança.

A idéia é de que esse procedimento serviu para uma fonte de dados como base para

determinação dos níveis / limites mínimos de emissão de odores associados à direção e

velocidade dos ventos incidentes que foram perceptíveis além dos limites do empreendimento.

A adoção de critérios bem fundamentados revelou perfis de extensão x intensidade x

pessoas envolvidas em função das condições de ventos x operação do Sistema de Tratamento

de Gases.

Todos os dados e relatórios foram processados no sentido de se obter um modelo que,

mesmo empírico, serviu como base para previsão de ocorrências e coordenação de futuras

ações resultando no Plano de Ações de Avaliação de Emissão de Odores.

4.1.2. Avaliação de Episódios de Emissão de Odores As futuras ações para avaliação de episódios de emissão de substâncias odoríferas se

basearão no Plano de Ações de Avaliação de Emissão de Odores a ser definido após o início

da operação o qual foi prever a emissão de Relatórios conclusivos para encaminhamento das

17

providências cabíveis, a ser enviados, como exigência, à Companhia de Saneamento Básico –

CETESB.

4.1.3. Avaliação de Emissão de Odores A avaliação dos episódios de emissão de odores tem que ser feita por equipes dirigidas

pelo Coordenador Geral e Coordenador de Programas com ações desenvolvidas por equipes

interna e externa.

A equipe externa tem a função de percorrer a área externa do empreendimento para

uma avaliação da intensidade e extensão da área atingida pela pluma de odor. Essa avaliação

será feita por funcionários que circularão por roteiros independentes e pré-definidos em função

da direção dos ventos incidentes no momento que orientarão a localização dos potenciais

receptores incomodados.

A equipe contou com telefones móveis para a comunicação, se necessário, fora do

horário da avaliação; cópia do mapa da região para orientação (anexo 1); planilha do

monitoramento dos moradores, contendo a data, horário e tipo de odor perceptível (anexo 2).

A equipe interna será responsável pela organização das planilhas recolhidas, a

realização do relatório a ser encaminhado à CETESB contendo a situação dos episódios de

emissões odoríferas, e as possíveis soluções cabíveis a elas.

4.2. Implementação do Programa de Monitoramento 4.2.1. Ações preliminares O primeiro passo para a implantação do Programa de Comunicação Social é a

constituição dos membros componentes que desempenharão as seguintes funções:

- Coordenador do Programa: Função a ser ocupada por profissional com

habilidades em práticas de gerenciamento de comunicação, relações humanas e sociais para

planejamento e supervisão das práticas e metodologias a serem implantadas.

- Entrevistadores: Função a ser desempenhada por profissionais com habilidades

em relações humanas que foram responsáveis pelo contato e levantamento de informações

junto à população, podendo ocupar funções externas e internas.

18

4.2.2. Plano de Trabalho A implantação do plano prevê a aquisição de um medidor de velocidade dos ventos

(anemômetro) e um indicador de direção para orientação das ações de monitoramento de

emissões de substâncias odoríferas.

Após algum tempo, conhecidas a velocidade, a direção dos ventos incidentes e as áreas

afetadas num determinado instante, torna-se possível fazer correlações e extrapolações para

cenários semelhantes.

Com base no Levantamento Comunitário realizado, serão selecionadas

estrategicamente várias residências cobrindo toda área do entorno que serão catalogadas em

relação à posição (direção e distância), tanto para manifestação espontânea (preenchimento de

questionário) como para manifestações estimuladas.

São consideradas manifestações espontâneas aquelas em que membros da vizinhança

manifestam-se espontaneamente através dos canais de comunicação a serem disponibilizados

(via telefone ou comparecimento à empresa).

São consideradas manifestações estimuladas todas aquelas resultantes de consultas

originadas por parte da empresa que poderão ser por entrevistas pessoais, via telefone o

através de preenchimento de formulários distribuídos.

O critério prevê a subdivisão da região de interesse em sub-áreas em cada uma das

quais serão praticadas todas as modalidades de consulta.

A metodologia a ser implantada prevê ainda o estabelecimento de mecanismos de

filtragem de informações que permitam distinguir a qualidade das informações recebidas ou

enviadas.

Foram feitas previamente comunicação e esclarecimento às pessoas catalogadas todas

as formas de comunicação disponibilizadas e os objetivos do Programa de Monitoramento. O

principal objetivo desse procedimento é o estímulo à manifestação espontânea dos moradores

diretamente à empresa sobre qualquer incômodo percebido que dará inicio ao processo de

estabelecimento de vínculos de compromissos e confiança entre as partes envolvidas. Nesta

fase o programa de comunicação social será mobilizado com a utilização de todo o quadro de

funcionários envolvidos em todas as modalidades de comunicação previstas.

Uma vez estabelecida a interação da população através dos canais de comunicação e

definido o cronograma de ativação das instalações (que está condicionado à anuência da

CETESB), o mesmo foi divulgado para que os moradores da vizinhança possam colaborar

espontaneamente concretizando o Plano de Monitoramento.

19

4.3. Fluxograma do Monitoramento

Reclamação

Identificação

Entrevista

Comunica Coordenador

Coordenador Operações Comunica Coordenador

Verifica Processo Comunica Coordenador

Desvio Operacional? Comunicação Interna Comunicação Externa

Par

alis

a O

pera

ções

Dirige-se ao local Entrevista Vizinhos Comunicação Interna Corrige Desvio?

Confirma

Figura 4.1: Fluxograma do Monitoramento de Substâncias Odoríferas

Incômodo?

Prossegue Entrevistas

Confirma Incômodo?

Confirma Incômodo?

Prossegue Entrevistas Prossegue Entrevistas

Comunica Coordenadores

Interpreta Cenário

Retorno à População

Relatório dos Fatos

Comunica Diretoria

Legenda Não

Sim

Não

20

Recebida uma reclamação da população inicialmente fez-se a identificação do

reclamante que foi entrevistado para apuração dos incômodos percebidos. Terminada a

entrevista, o Coordenador foi comunicado do ocorrido, comunicou-se então, o Coordenador de

Operações que verificou as condições de operação da Fábrica de Farinha e Óleo.

Paralelamente, através dos dados do reclamante foi identificada a área em que se originou a

queixa, foram feitas aa leituras dos dados atmosféricos para a identificação da área

potencialmente atingida e mobilizadas as equipes de comunicação interna e externa. A equipe

externa se deslocou-se para a área de onde partiu a reclamação para constatação da situação,

foi realizada a entrevista com o reclamante e verificou-se durante o percurso a incidência de

odores.

A equipe de comunicação interna fez contato telefônico com moradores vizinhos e áreas

adjacentes para confirmação dos incômodos.

Terminadas todas as verificações o Coordenador de Operações recebeu todas as

informações e fez um diagnóstico do ocorrido. Passou essas informações às equipes de

comunicação que fizeram contato com a população para a comunicação do ocorrido e das

providências adotadas. Nestas ocasiões a população foi estimulada a se manifestar se a

conduta da empresa satisfez ou não às expectativas.

Conforme as informações das planilhas (anexo 2), verificou-se uma melhora no decorrer

dos meses nas quantidades das reclamações, segundo a Tabela 4.1 verifica-se os resultados

nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, onde as quantidades de reclamações decresce,

mostrando que o Plano de Monitoramento de Odores resulta em dados eficientes.

Tabela 4.1.: Resultados do Monitoramento de Odores

AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO

Número de Moradores

Entrevistados 50 50 50

Quantidade de

Reclamações 32 26 21

Quantidade de Horas

Reclamadas 500 215 109

% Reclamações

Suportáveis 47 72 87

% Reclamações

Insuportáveis 53 28 13

21

5. CONCLUSÕES A gestão do ar envolve mecanismos administrativos, legais, técnicos, tecnológicos,

econômicos e socioculturais, além de necessitar da participação da sociedade. Planos de

gestão do ar devem considerar a necessidade de manter baixos os níveis de poluição em

regiões onde a qualidade do ar é boa e corrigir situações em que a qualidade do ar já apresenta

níveis considerados inadequados. (ASSUNÇÃO, 2004)

Os estudos que foram conduzidos nesse trabalho destacaram a importância da gestão

dos odores para as empresas, visando coordenar as medidas necessárias a serem adotadas

pela empresa para evitar riscos à saúde da população.

Com o trabalho de monitoramento de substâncias odoríferas na empresa, alcançamos

uma melhor performance ambiental, na redução das emissões de odor, provando-se através

dos resultados vistos na Tabela 4.1, melhor desempenho operacional, da redução do número

de comunicação de odor recebidas, da redução do odor interno/externo da área fabril, e

principalmente através da conscientização e do comprometimento de todos envolvidos.

22

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSUNÇÃO, João Vicente de. Controle Ambiental do Ar. In: PHILIPPI JR., Arlindo; ROMÉRO,

Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet. Curso de Gestão Ambiental. São Paulo: 1ª

edição. Editora Manole, 2004.

BITTENCOURT, Almir; GARCIA, Glauce Margarida; SILVA, Luiz Henrique R.B. Engenharia de

Controle Ambiental. Guarulhos:24/11/2004.

BRAGA, Benedito; HESPANHOL, Ivanildo; CONEJO, João G. Lotufo; MIERZWA, José Carlos;

BARROS, Mario Thadeu L.de; SPENCER, Milton; PORTO, Mônica; NUCCI, Nelson;

JULIANO, Neusa; EIGER, Sergio. Introdução à Engenharia Ambiental. 2.ª edição. Editora

Pearson Prentice Hall. São Paulo, 2006.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL – CETESB. Ar. Disponível

em <www.cetesb.sp.gov.br> Acesso em 02/09/2008.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 3 de 1990. "Dispõe

sobre padrões de qualidade do ar, previstos no PRONAR" - Data da legislação: 28/06/1990 -

Publicação DOU, de 22/08/1990, págs. 15937-15939.

GOOGLE EARTH. Foto Satélite empresa Rigor Alimentos Ltda. Acesso em 11/11/2008.

MARQUES, Amadeu. Dicionário Inglês Português. 21.ª edição. Editora Ática. São Paulo, 1999.

p. 172.

RIGOR ALIMENTOS LTDA. Histórico da empresa. Disponível em <www.rigor.com.br>

Acesso em 17/08/2008.

ROCHA, Ruth. Minidicionário / Ruth Rocha. Ilustrações Maria Luiza Ferguson. 10ª edição.

Editora Scipione, São Paulo: 1996.

VECHINI, Laércio. Revista Química e Derivados. Editora QD. 2008. Disponível em

<www.quimicaederivados.com.br> Acesso em 10/10/2008.

23

ANEXOS

24

Anexo 1: Mapa da Região Monitorada

25

Revisão Data

1 14/6/2005

NOME _____________________________________________________________________________ENDEREÇO _______________________________________N°_________ Tel.: ___________________BAIRRO ______________________________________ CIDADE ____________________________SEMANA DE ________________ À ______________ MÊS/ANO ____________________________MORADOR RESIDENTE NO MESMO ENDEREÇO HÁ _____________________Registro:

HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Tipo de odor: Tipo de odor: Tipo de odor:

HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL

( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )

Tipo de odor: Tipo de odor: Tipo de odor:

HORA DURAÇÃO SUPORTÁVEL INSUPORTÁVEL Qtde/dias Qtde/horas Período SUP. INSUP. Chuvas T.~°C Ar Incomôdo

( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )

Tipo de odor:* Planilha entregue em ___/____/_____ e recolhida em ____/____/____

Obs.:

PARA USO DA RIGORDuração Suportável

( ) Fumaça ( ) Poeiras ( ) Odor ( ) OutrosEspecificar

Região:Atendido por Data Hora Visto

RIGOR ALIMENTOS LTDAPESQUISA JUNTO A COMUNIDADE

Quinta - Dia ___/___/200___ Sexta - Dia ___/___/200___ Sábado - Dia ___/___/200___

REGISTRO DE CONTROLE DE EFLUENTE GASOSO

Segunda - Dia ___/___/200___ Terça - Dia ___/___/200___ Quarta - Dia ___/___/200___

Domingo - Dia ___/___/200___ Resumo Estatístico

Qtde./Dias Precipitações / PeríodoDias da Semana

Temp. °C Ar Incômodos Registrados

Qtde./Horas Insuportável

Anexo 2: Planilha de Monitoramento de Moradores