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ESTUDO DA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA DE REVESTIMENTOS
EXECUTADOS COM PASTA DE GESSO EM DIFERENTES SUBSTRATOS
JOSÉ GETÚLIO GOMES DE SOUSA(1); YURI KAJAREMO REMÍGIO DE ALMEIDA(2);
MARCONI OLIVEIRA DE ALMEIDA(3)
(1) UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco [email protected]; (2) UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco [email protected];
(3) UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco [email protected]
RESUMO
O presente trabalho objetivou avaliar experimentalmente a capacidade de aderência de
revestimentos executados com pasta de gesso, considerando diferentes substratos. Na
pesquisa utilizou-se um tipo de gesso classificado como gesso fino para revestimento.
Como variáveis foram testados dois tipos de blocos (blocos de concreto e blocos
cerâmicos), quatro tipos de preparo da base (com e sem chapisco, além de com e sem
pré-umedecimento). A variável resposta avaliada foi a resistência de aderência à tração.
Considerando os dois tipos de base utilizados, blocos de concreto ou cerâmico, sem
tratamento, o primeiro apresentou resultados de resistência de aderência, em média,
duas vezes maior que o segundo. Testando a utilização do chapisco, os valores obtidos
também foram, em média, superiores aos valores de resistência obtidos nos casos sem
utilização de chapisco. Quanto à recomendação de pré-umedecer a base, os resultados
não se mostraram expressivos, comparados com a condição sem pré-umedecimento.
Palavras-chave: gesso, revestimento de gesso, resistência de aderência.
STUDY OF ADHESIVE STRENGTH OF COATINGS EXECUTED WITH PLASTER PASTE IN
DIFFERENT SUBSTRATES
ABSTRACT
This study aimed to experimentally evaluate the capability of adherence of coatings
performed with gypsum plaster, considering different substrates. In the research used a
type of plaster classified as fine plaster coating. Variables as two types of blocks
(concrete and ceramic blocks), four types of preparation of base (with roughcast without
roughcast, with pre-wetting and without pre-wetting) were tested. The response
variable was assessed by tensile adhesive strength. Considering the two types of base
used, ceramic or concrete blocks without treatment results showed the first bonding
strength on average twice higher than the second. Testing the use of roughcast, values
were also obtained on average than the values obtained in the cases of resistance
without the use of roughcast. Regarding the recommendation to pre-moisten the base,
this treatment was not significant compared with the condition without pre-wetting.
Keywords: plaster, plaster coating, adhesive strength
1. INTRODUÇÃO
Na construção civil percebe-se, cada vez mais, o surgimento de novos materiais e
técnicas construtivas ocorrendo em consequência da necessidade de produzir mais, em
menos tempo, com qualidade e economia.
Quando se trata de revestimento interno de paredes, os principais aglutinantes usados
no Brasil são cimento, cal e gesso, com maior destaque para o primeiro. Entretanto, o
uso do modelo convencional com argamassa contendo cimento tem perdido espaço
para o uso da pasta de gesso para revestimento. Essa crescente ocorre em função de
algumas características que conferem ao gesso condições de competitividade bastante
satisfatórias, entre elas o endurecimento rápido, que permite uma elevada
produtividade e a lisura da superfície endurecida que favorece a qualidade do
acabamento(1). Outros autores destacam ainda as características de isolamento térmico
e acústico, a possibilidade de aplicação diretamente sobre a base (sem camada de
regularização) e a qualidade do acabamento (eliminando a necessidade de aplicação de
massa corrida) que resulta em uma redução de tempo de serviço(2). Esse conjunto de
fatores, aliados à facilidade de controle da execução, racionaliza essa etapa do serviço
podendo ser convertida em economia.
A pasta de gesso que é definida na NBR 13867 (1997)(3) como uma mistura pastosa de
gesso e água, possuindo capacidade de aderência e endurecimento, é o objeto de
estudo deste trabalho, destacando-se a importância de se verificar a capacidade
aderente já descrita em sua definição.
A motivação para o desenvolvimento do trabalho está baseada na carência de estudos
que norteiem o rumo da análise qualitativa e quantitativa dos revestimentos executados
com pasta de gesso e, ainda, na ausência de padronização nacional de ensaio de
resistência de aderência à tração nesses revestimentos, apesar desse ser um parâmetro
importante para o controle de qualidade do produto final.
Logo, este trabalho se propõe a avaliar experimentalmente a capacidade de aderência de
revestimentos executados com pasta de gesso, considerando diferentes substratos.
2. PROGRAMA EXPERIMENTAL
2.1. Materiais
Para a escolha dos materiais, algumas visitas foram realizadas em obras de Juazeiro-BA
e Petrolina-PE, destacando o acompanhamento da execução de um revestimento com
pasta de gesso em um edifício de 20 pavimentos na cidade pernambucana.
Levando em consideração a indicação de empresas especializadas, o gesso escolhido foi
o Gesso de Revestimento Cristal, produzido no polo gesseiro do Araripe. O produto é
vendido em saco de papel de 40,0 kg e pode ser encontrado no comércio local.
A caracterização do gesso utilizado na pesquisa, conforme exigências da NBR 13207
(1994)4, encontra-se na Tabela 1.
Tabela 1 – Caracterização do gesso de utiliza no estudo.
Abertura das peneiras padrão (mm)
Unidade Resultado Limite segundo
NBR 13207(1994)(4)
Módulo de finura - 1,08 < 1,10
Tempo de início de pega Min 12,5 > 10
Tempo de fim de pega Min 50,0 > 45
Massa unitária Kg/m³ 709,70 > 700,00
Dureza N/mm² 37,23 > 30,00
Resistência à compressão MPa 8,58 > 8,40
2.2. Variáveis do Estudo
As variáveis independentes deste estudo foram todas as condições controláveis e
adotadas. A escolha do tipo de bloco, o uso ou não de pré-tratamento com chapisco ou
umedecimento da superfície, antes da aplicação do revestimento.
2.2.1. Tipo de bloco
O tipo de bloco foi testado em dois níveis: bloco de concreto e bloco cerâmico. Os
diferentes processos produtivos para os dois tipos de blocos adotados, provavelmente,
interferem nos resultados de aderência da pasta de gesso. Esta suspeita ocorre em
virtude das diferenças existentes nos dois materiais utilizados. O bloco cerâmico
apresenta menor rugosidade e porosidade mais refinada, enquanto o bloco de concreto
maior rugosidade e porosidade mais aberta.
2.2.2. Uso de Chapisco:
O chapisco é um elemento utilizado na construção civil principalmente para obter
melhores condições de aderência. Seu uso é estimulado em superfícies
demasiadamente lisas, com baixa absorção ou quando existe uma necessidade
específica de melhoria de aderência do revestimento5. No estudo, essa condição foi
avaliada em dois níveis: com e sem chapisco, nos dois tipos de blocos estudados.
2.2.3. - Umedecimento da superfície antes da aplicação do revestimento:
A aderência é fruto da interação entre a camada de gesso e a base. A união entre esses
materiais ganha resistência à medida que a pasta de gesso adentra nos poros vazios da
base e endurece, causando a ligação. A NBR 13867 (1997)(3) recomenda que uma
superfície esteja umedecida quando receber o revestimento, entretanto, ao molhar essa
superfície, uma grande parte dos poros vazios é preenchida com água, o que pode
resultar numa menor quantidade de ligações entre as camadas. Nessa condição, apenas
as bases com blocos cerâmicos, com e sem chapisco, foram testados nos níveis com pré-
umedecimento e sem umedecimento.
No presente estudo, a variável resposta avaliada (variável dependente) foi a resistência
de aderência à tração, determinada conforme procedimento recomendado na avaliação
de revestimentos de argamassa(6). Na Figura 1, apresenta-se um resumo das variáveis
consideradas.
Figura 1 – Variáveis do estudo
2.3. Execução das bases
Os diferentes tipos de blocos foram escolhidos com o cuidado de apresentar condições
apropriadas para receber o revestimento.
Para facilitar o processo de revestimento, as bases foram executadas deitadas, tendo o
piso como um fundo nivelador que oferecesse a melhor condição possível de prumo
quando levantadas para receber a pasta de gesso.
A aplicação do chapisco, nas paredes que necessitaram deste tipo de preparação, foi
realizada seguindo os parâmetros estabelecidos na NBR 7200 (1998)(7). Destacou-se a
necessidade de produzir um chapisco com traço forte de 1:3 (cimento e areia média) e
de consistência fluida, que permitiu uma boa penetração na base após o seu
lançamento.
Pro
gram
a Ex
pe
rim
enta
l
Variáveis independentes
Bloco cerâmico
Com chapisco
Superfície úmida
Superfície seca
Sem chapisco
Superfície úmida
Superfície seca
Bloco de concreto
Com chapisco Superfície seca
Sem chapisco Superfície secaVariável
dependenteResistência de
aderênciia
2.4. Aplicação da pasta de gesso nas bases
Com as bases prontas, o passo seguinte consistiu na aplicação da pasta de gesso.
Essa etapa seguiu o procedimento exposto na NBR 13867 (1997)3. Para as bases que
foram pré-umedecidas, o procedimento foi realizado com uma broxa, tendo o cuidado
de não encharcar a superfície.
O tempo necessário de espera entre a aplicação do revestimento e o ensaio de
aderência é uma informação que ainda merece estudo. Inicialmente estimou-se que
sete dias seriam suficientes para a realização do ensaio, entretanto, passado esse
período, verificou-se a existência de umidade significativa no revestimento, possível de
ser identificada facilmente por um teste de tato.
Dessa forma, a fim de garantir melhores condições de realização do ensaio, e
consequentemente, maior secagem do revestimento, o tempo de espera entre a
aplicação do revestimento e o ensaio de aderência seguiu o indicado para argamassa de
cimento(6), ou seja, 28 dias.
2.5. Ensaio de resistência de aderência do revestimento de gesso
Inicialmente cada uma das paredes revestidas foi submetida a cortes circulares
realizados com auxílio de uma serra-copo espaçados. Os cortes foram realizados a seco,
em grupos de 12 corpos de prova para cada um dos seis tipos de base, totalizando 72
cortes.
Após limpeza das superfícies, pastilhas metálicas foram coladas com massa
plástica em cada um dos respectivos corpos de prova.
A aplicação da carga foi realizada com um dinamômetro acoplado à pastilha
(Figura 2) que produziu uma força de tração até o destacamento do corpo de prova.
Figura 2 – Ensaio de resistência de aderência.
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Após a realização dos ensaios, os dados fornecidos pelos experimentos foram
submetidos a avaliações de qualificação do revestimento.
Nas Tabelas 2 a 7 contam os valores obtidos para a resistência de aderência à
tração dos revestimentos, para os doze corpos de prova de cada revestimento avaliado.
O tipo de ruptura observado, de acordo com os critérios da NBR 13528 (ABNT, 2010)6,
também está indicado.
Tabela 2 – Resultados aderência: Bloco cerâmico sem chapisco e sem molhar.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 0,34 Substrato/Gesso
2 0,33 Substrato/Gesso
3 >0,66 Substrato
4 0,37 Substrato/Gesso
5 0,35 Substrato/Gesso
6 0,34 Substrato/Gesso
7 0,62 Substrato/Gesso
8 0,50 Substrato/Gesso
9 0,52 Substrato/Gesso
10 0,48 Substrato/Gesso
11 0,41 Substrato/Gesso
12 0,38 Substrato/Gesso
Média (MPa) 0,44
Desvio padrão (MPa) 0,10
Coeficiente de variação (%) 23,6
Tabela 3 – Resultados aderência: Bloco cerâmico com chapisco e sem molhar.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 0,30 Substrato/Chapisco
2 0,28 Substrato/Chapisco
3 >0,66 Gesso
4 0,86 Substrato/Chapisco
5 0,64 Substrato/Chapisco
6 0,73 Substrato/Chapisco
7 >1,08 Gesso
8 0,46 Substrato/Chapisco
9 0,60 Substrato/Chapisco
10 1,08 Substrato/Chapisco
11 0,20 Substrato/Chapisco
12 0,58 Substrato/Chapisco
Média (MPa) 0,62
Desvio padrão (MPa) 0,29
Coeficiente de variação (%) 46,4
Tabela 4 – Resultados aderência: Bloco cerâmico sem chapisco e molhado.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 0,38 Substrato/Gesso
2 0,57 Substrato/Gesso
3 0,15 Substrato/Gesso
4 0,30 Substrato/Gesso
5 0,60 Substrato/Gesso
6 0,39 Substrato/Gesso
7 0,18 Substrato/Gesso
8 0,26 Substrato/Gesso
9 0,35 Substrato/Gesso
10 0,34 Substrato/Gesso
11 0,26 Substrato/Gesso
12 0,30 Substrato/Gesso
Média (MPa) 0,34
Desvio padrão (MPa) 0,16
Coeficiente de variação (%) 40,0
Tabela 5 – Resultados aderência: Bloco cerâmico com chapisco molhado.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 0,25 Substrato/Chapisco
2 0,76 Substrato/Chapisco
3 0,67 Chapisco/Gesso
4 0,51 Gesso
5 1,02 Substrato/Chapisco
6 0,49 Substrato/Chapisco
7 0,65 Substrato/Chapisco
8 0,67 Substrato/Chapisco
9 0,62 Substrato/Chapisco
10 0,63 Substrato/Chapisco
11 0,28 Gesso
12 0,46 Substrato/Chapisco
Média (MPa) 0,59
Desvio padrão (MPa) 0,21
Coeficiente de variação (%) 35,6
Tabela 6 – Resultados aderência: Bloco de concreto sem chapisco sem molhar.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 1,01 Substrato/Gesso
2 0,81 Substrato/Gesso
3 1,29 Substrato/Gesso
4 1,01 Substrato/Gesso
5 0,72 Substrato/Gesso
6 0,72 Substrato/Gesso
7 1,02 Substrato/Gesso
8 0,77 Substrato/Gesso
9 0,74 Substrato/Gesso
10 0,74 Substrato/Gesso
11 1,04 Substrato/Gesso
12 1,16 Substrato/Gesso
Média (MPa) 0,92
Desvio padrão (MPa) 0,19
Coeficiente de variação (%) 21,1
Tabela 7 – Resultados aderência: Bloco de concreto com chapisco sem molhar.
Corpo de prova Tensão (MPa) Tipo de ruptura
1 0,85 Substrato/Chapisco
2 1,26 Substrato/Chapisco
3 0,90 Chapisco/Gesso
4 >1,01 Gesso
5 0,64 Substrato/Chapisco
6 0,75 Substrato/Chapisco
7 1,75 Substrato/Chapisco
8 1,23 Substrato/Chapisco
9 1,13 Substrato/Chapisco
10 1,37 Substrato/Chapisco
11 >0,95 Gesso
12 0,92 Substrato/Chapisco
Média (MPa) 1,07
Desvio padrão (MPa) 0,33
Coeficiente de variação (%) 30,9
Os resultados obtidos permitiram o desenvolvimento de gráficos que tornam
mais visíveis a interferência das variáveis: tipo de base, o uso do chapisco e o
umedecimento das superfícies antes da aplicação do revestimento, em relação à
resistência de aderência à tração.
O tipo de base adotado influenciou de forma expressiva nos valores da
resistência de aderência do revestimento (Figura 3). De modo geral, foi observado que
o bloco cerâmico apresentou menores valores de aderência quando comparado com o
bloco de concreto. Provavelmente, a superfície mais porosa e áspera do bloco de
concreto permitiu que uma maior quantidade da pasta de gesso penetrasse em seus
poros, contribuindo com a aderência.
Figura 3 – Influência do tipo de bloco na resistência de aderência.
Avaliando os resultados obtidos com o uso do chapisco (Figura 4), observou-se a
expressiva contribuição desse tipo de preparação de base, quando se leva em conta a
resistência de aderência. Provavelmente, a rugosidade fornecida pelo chapisco é a
característica que mais contribui com o aumento da resistência de aderência. As
diferenças observadas na resistência de aderência, considerando os tipos de blocos
(concreto e cerâmico), também são ampliadas com a aplicação do chapisco.
Sem chapisco Com chapisco
Base seca de bloco cerâmico 0,44 0,62
Base seca de bloco deconcreto
0,92 1,07
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
Resis
tência
de a
derê
ncia
(M
Pa)
Figura 4 - Influência da presença do chapisco na resistência de aderência.
Analisando a Figura 5, observou-se que a recomendação de molhar a base antes
da aplicação da pasta de gesso não implicou no aumento de resistência de aderência.
Esse procedimento provavelmente diminuiu a capacidade de absorção do substrato e,
consequentemente, reduziu a quantidade de pasta de gesso penetrada nos poros da
base, reduzindo a resistência de aderência.
A condição mais adequada seria uma alvenaria produzida com base de concreto,
com chapisco e sem umedecimento antes da aplicação do revestimento. Foi constatado
que essa condição apresentou o maior valor médio de aderência dentre todas as
condições estudadas, 1,07 MPa.
Base molhada de blococerâmico
Base seca de blococerâmico
Base seca de bloco deconcreto
Sem chapisco 0,34 0,44 0,92
Com chapisco 0,59 0,62 1,07
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
Resis
tência
de a
derê
ncia
(M
Pa)
Figura 5 – Influência do umedecimento da superfície na resistência de aderência.
De um modo geral, os resultados forneceram valores sempre superiores aos
mínimos aceitáveis para argamassas de cimento. Nenhuma das médias ficou abaixo do
mínimo exigido para paredes internas sobre reboco ou para tetos que é de 0,20 MPa
(conforme recomenda a NBR 13749 (1994)(8)). Em média, o menor valor de resistência
de aderência foi obtido para a situação de base de bloco cerâmico, sem chapisco e com
pré-umedecimento, 0,34 Mpa.
4. CONCLUSÕES
Do estudo se destaca a seguintes conclusões:
Apesar de alguns resultados de resistência de aderência se
destacarem mais que outros, observa-se que, comparando com as exigências
para revestimentos de argamassa de cimento, a pasta de gesso atendeu os
valores mínimos exigidos.
O uso do chapisco confere melhorias na resistência de aderência
do revestimento, enquanto que o ato de pré-umedecer a superfície antes da
aplicação da pasta de gesso pode diminui sua capacidade de aderência. Além
Com chapisco Sem chapisco
Base seca 0,62 0,44
Base molhada 0,59 0,34
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
Resis
tência
de a
derê
ncia
(M
Pa)
disso, o uso de blocos de concreto, mesmo sem chapisco, quando comparado
com o bloco cerâmico, favorece o aumento da resistência de aderência.
5. REFERÊNCIAS
1. JOHN, V. M.; CINCOTTO, M. A. Gesso de Construção Civil. In: ISAIA, G. C (Ed.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010. p. 727-760. v.1.
2. DIAS, A. M. N.; CINCOTTO, M. A. Revestimento à Base de Gesso de Construção. São Paulo: EPUSP. 1995. (Boletim Técnico PCC n. 142).
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13867: Revestimento Interno de Paredes e Tetos com Pastas de Gesso. Rio de Janeiro, 1997.
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13207: Gesso para construção civil: Especificação. Rio de Janeiro, 1994. 2p.
5. YAZIGI, W. A técnica de edificar. 6ª ed. São Paulo: Pini, 2004.
6. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13528: Revestimento de paredes de argamassas inorgânicas: Determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro: 2010.
7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 7200: Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas: Procedimento. Rio de Janeiro, 1998.
8. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 13749: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação. Rio de Janeiro, 1994.