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  AVALIAÇÃO DE RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO DE UMA EMPRESA DO SETORIAL DE MARMORES E GRANITO Jessica Ferreira da silva (UFCG)  jessica.p [email protected] Maria Betania Gama dos Santos (UFCG) [email protected] Maria Aparecida Fragoso Soares (UFCG) aparecida_ fragososoares@hot mail.com Perseu Padre de Macedo (UFCG) [email protected] Ivanildo Fernandes Araujo (UFCG) [email protected]  Este artigo tem como objetivo analisar as condiçõe s de Saúde e Segurança do Trabalho, em uma marmoraria na cidade de Campina Grande, Paraíba. A metodologia utilizada foi construída a partir da observação direta e de entrevistas realizadas ccom funcionários do setor fabril da empresa. O levantamento de dados objetivou verificar as condições de trabalho no que se refere às condições físicas, ergonômicas e higiênicas, mediante a legislação vigente que é regulada através das Normas Regulamentadoras. A partir dos resultados obtidos, foram encontrados alguns problemas quanto à inobservância à legislação específica, tais como a conservação da estrutura física da fábrica, a não utilização dos equipamentos de  proteção individual, a prevenç ão e combate ao fogo e a falta de sinalização de segurança. Palavras-cha ves: Avaliação de riscos, prevenção de riscos, seguranç a do trabalho XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A integração de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentável.  Rio de Janeiro, RJ, Bras il, 13 a 16 de outubro de 200 8  

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AVALIAÇÃO DE RISCOS NOAMBIENTE DE TRABALHO DE UMA

EMPRESA DO SETORIAL DEMARMORES E GRANITO

Jessica Ferreira da silva (UFCG) [email protected]

Maria Betania Gama dos Santos (UFCG)[email protected]

Maria Aparecida Fragoso Soares (UFCG)[email protected]

Perseu Padre de Macedo (UFCG)

[email protected] Fernandes Araujo (UFCG)[email protected]

 Este artigo tem como objetivo analisar as condições de Saúde e

Segurança do Trabalho, em uma marmoraria na cidade de Campina

Grande, Paraíba. A metodologia utilizada foi construída a partir da

observação direta e de entrevistas realizadas ccom funcionários do

setor fabril da empresa. O levantamento de dados objetivou verificar 

as condições de trabalho no que se refere às condições físicas,ergonômicas e higiênicas, mediante a legislação vigente que é 

regulada através das Normas Regulamentadoras. A partir dos

resultados obtidos, foram encontrados alguns problemas quanto à

inobservância à legislação específica, tais como a conservação da

estrutura física da fábrica, a não utilização dos equipamentos de

 proteção individual, a prevenção e combate ao fogo e a falta de

sinalização de segurança.

Palavras-chaves: Avaliação de riscos, prevenção de riscos, segurança

do trabalho

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1. Introdução

Para o alcance do sucesso em qualquer ramo empresarial é importante ter consciência de quese faz necessário manter o trabalhador em ótimas condições de saúde, já que este é o elementoessencial para assegurar este objetivo.

Desde a Antiguidade já se tinha registros da preocupação com os problemas de saúderelacionados ao trabalho, mas foi em 1700 que isto se tornou concreto com a publicação daobra  De Morbis Artificum Diatriba do médico italiano Bernardino Ramazzini, onde estãodescritas por volta de 100 profissões e seus riscos específicos. A importância da obra érelevante porque o autor detectou que o trabalho pode afetar diretamente a saúde e integridadefísica do ser humano. Essa idéia foi reforçada e comprovada com a chegada da RevoluçãoIndustrial, marco inicial da industrialização moderna, onde os operários estavam expostos a

diversos tipos de riscos e condições inóspitas de calor, ventilação, umidade e ruído. (GRAÇA,2006)

Devido a essas precárias condições de trabalho ocorreram eventos catastróficos como, porexemplo, grandes incêndios e números exorbitantes de acidentes de trabalho. Motivados porestes acontecimentos, os órgãos competentes criaram e adaptaram leis e resoluções e comitêspara regulamentar a situação das condições de trabalho com um aspecto prevencionista. Nadécada de 50 no Brasil, teve início a expansão industrial e já na década de 70 o país eracampeão mundial em acidentes de trabalho. Este índice chamou a atenção do mundo e, apartir disso, foram desenvolvidas as primeiras leis trabalhistas brasileiras. (FIESP, 2003)

Mas como existe uma distância entre a teoria e a prática, ainda hoje podem ser encontradasdeficiências em nível de segurança e higiene do trabalho nos diversos setores empresariais.Como, por exemplo, no setor de extração e beneficiamento de mármores e granitos.

Este trabalho tem como objetivo analisar algumas condições de higiene e segurança dotrabalho e sugerir algumas melhorias em uma marmoraria de médio porte da cidade deCampina Grande, Paraíba.

2. Setor de rochas ornamentais

O setor de rochas ornamentais tem características inerentes a uma indústria tradicional. Trata-se de uma atividade extrativa cujos traços mais marcantes são: o processamento de recursosnaturais; a baixa intensidade tecnológica; a reduzida exigência em termos de escala mínima de

produção; o caráter exógeno da inovação tecnológica, pois ela costuma vir incorporada nosequipamentos; e o fato da capacidade empreendedora do dirigente ser um fator crítico para acompetitividade.

As rochas ornamentais e de revestimento, também chamadas pedras naturais, rochas lapídease rochas dimensionais, do ponto de vista comercial, são basicamente classificadas emmármores e granitos. Estas duas categorias respondem por 90% da produção mundial. Osdemais tipos são as ardósias, quartzitos, pedra sabão, serpentinitos, basaltos e conglomeradosnaturais (PEITER et al, 2001).

O mercado internacional de rochas ornamentais é caracterizado pela participação de grandesgrupos compradores que controlam o fluxo de material oriundo de países do Terceiro Mundo

em relação aos países industrializados da Europa e Ásia. Empresas produtoras de rochasornamentais estabelecidas no mercado internacional, sobretudo as italianas, detêm avançada

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tecnologia no que se refere à extração e beneficiamento, bem como o domínio dos canais dedistribuição. Entretanto este quadro está se transformando devido aos avanços e agressividade

da indústria chinesa. (NERY; SILVA, 2001).Com avaliação da situação do setor de rochas ornamentais no Brasil em 2007 verificou-se queo mercado interno apresenta situação muito positiva devido ao crescimento da construçãocivil a desvalorização do dólar e a supervalorização do real, a facilidade para financiamentode imóveis, a queda de juros, ou seja, fatores que movimentam o mercado imobiliário. Já nomercado externo o Brasil vem perdendo espaço para países como Índia e China devido àperda cambial que vem ocorrendo. Pode-se perceber que empresas italianas e espanholasestão se instalando no Brasil para buscarem mais competitividade neste mercado, o que nãoocorria mais em suas origens, mas a situação atual do país é vista de forma otimista devido aomercado interno a implantação de novas tecnologias e a geração de empregos rendas edivisas.

3. Metodologia

Este trabalho utilizou como metodologia uma pesquisa exploratória a partir de um estudo decaso, no qual foram realizadas diversas visitas no ambiente fabril onde foram aplicadasentrevistas com os funcionários, totalizando um universo de 31 trabalhadores. Além daavaliação dos dados obtidos através das entrevistas, foram feitas também avaliações doambiente de trabalho com base nas Normas Regulamentadoras vigentes no Brasil.

4. Princípio de funcionamento da fábrica pesquisada

O primeiro estágio de cadeia produtiva das rochas ornamentais é a lavra de blocos a céuaberto desempenhada pelas empresas extratoras. O beneficiamento primário é feito nasserrarias. Compreende o corte de blocos brutos em chapas, por meio de equipamentoschamados teares, ou em tiras e ladrilhos por meio de talha-bloco para a produção de ladrilhos.O último processo de transformação ocorre nas marmorarias, cujos principais produtos sãomateriais de revestimento interno e externo em construções, além de peças isoladas comobancadas, soleiras, rodapés e objetos de decoração. Para atender à demanda do consumidorfinal, as marmorarias situam-se na fase do corte que dá dimensões e detalhes de acordo comas especificações requeridas.

Na Figura 1, apresentam-se as principais transformações técnicas pelas quais passam asrochas ornamentais, da matéria prima ao produto final.

Adiante, na Figura 2, tem-se a dinâmica do processamento da fábrica estudada.

 A. Setor Pátio de Blocos: neste setor ocorre a armazenagem dos blocos que chegam daspedreiras e a preparação das cargas para alimentar os teares.

 B. Setor Tear: neste ponto é feito o desdobramento do bloco no equipamento mais comum naserragem de granitos: o tear convencional, constituído por multi-lâminas. O corte do bloco sedá pela combinação da lama abrasiva (mistura de granalha, cal e água), conduzido por umconjunto de lâminas movimentadas pelo tear em um movimento pendular alternativo.(SPÍNOLA, 2002).

C. Setor Pilotriz: acontece o polimento e levigamento – modo pelo qual são retiradas asranhuras das chapas antes da aplicação da resina, para facilitar a aplicação da mesma – das

chapas em uma máquina chamada politriz, onde as chapas correm longitudinalmente,apoiadas em correia transportadora de velocidade variável, passando sucessivamente pelos

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diversos cabeçotes, cujo número varia em função do tipo do material a ser trabalhado e dovolume desejado.

 D. Setor Marmoraria: ocorre o corte das chapas em forma de ladrilhos, de acordo com aespecificação do cliente.

 E. Setor Expedição: retira-se a umidade das chapas através de um forno para a aplicação daresina, que oferece maior resistência e durabilidade do brilho à peça. Posteriormente, aschapas são organizadas em cavaletes de madeira e, em seguida, transportadas em containeres,destinados ao mercado externo, em sua maioria.

Figura 1 – Transformações Técnicas e Principais Produtos da Indústria de Rochas

Fonte: Villasch Filho e Pinto, 2000 apud Spínola (2002)

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Figura 2 – Dinâmica do Processo Produtivo da Marmoraria

5. Resultados obtidos

A marmoraria pesquisada funciona há aproximadamente 11 anos e sua atividade estáenquadrada no nível 4 de grau de risco, de acordo com a NR 4 – Serviço Especializado emSegurança e Medicina do Trabalho.

5. Condições físicas do local de trabalho

Através das entrevistas e observação direta, puderam ser constatadas condições na ambiente

fabril que ferem a NR 8 – Edificações nos itens 8.3.1 “Os pisos dos locais de trabalho nãodevem apresentar saliências nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a

movimentação de materiais.” e 8.4.3 “As coberturas dos locais de trabalho devem assegurar 

 proteção contra as chuvas.”. Respectivamente, os itens abordam as condições do piso ecoberturas dos locais de trabalho, que por sua vez apresentam saliências e depressões, além dedurante o período de chuva apresentar acumulação de água nas estruturas internas do teto,devido a falhas na cobertura.

Pode-se observar a partir da Figura 3 que as condições físicas do ambiente fabril não seencontram em estado satisfatório para os funcionários, em relação ao piso, cobertura eiluminação de tais instalações.

ARMAZENAGEM CORTE POLIMENTO

LADRILHOSBRUTOS LADRILHOS

ESTOCAGEM

RESINAMENTO POLIMENTO LADRILHOS

A B

D D

C E

E C D

4 = MUITO BOM

3 = BOM2 = REGULAR1 = RUIM0 = MUITO RUIM

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 Figura 3 – Opinião dos funcionários em relação ao piso, cobertura e iluminação. 

5.2. Utilização dos equipamentos de proteção individual

Quanto à utilização dos EPI’s por parte dos funcionários, registrou-se um descaso quanto aessa questão, infringindo assim a NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual no item6.7.1.a “Cabe ao empregado como quanto ao EPI: usar, utilizando-o apenas para a

 finalidade a que se destina;”, onde esclarece que o empregado deve utilizar todos osequipamentos fornecidos pelo empregador de maneira correta, o que não acontece no real.Podemos citar o exemplo do setor de expedição, onde se faz necessário o uso de máscara eluva para proteção contra agentes químicos, além do protetor auricular e bota de segurança,pois nessa atividade há aplicação de uma resina sobre a chapa de granito já polida. O descasomaior foi com relação à não utilização do protetor auricular, seja do tipo plug ou concha,

pelos funcionários de modo geral. A Partir da Figura 4 pode-se observar uma discrepânciaentre o discurso dos funcionários e a situação real.

Figura 4 – Freqüência de utilização dos EPI’s por parte dos funcionários. 

5.3. Prevenção e combate ao fogoQuando foram analisados os aspectos de prevenção e combate ao fogo, foram percebidasalgumas falhas no sistema da empresa. Tendo início na política de baixo investimento nacapacitação dos funcionários no exercício de combate ao fogo, observando o item 23.8.1 da NR 23 onde se aborda que “Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos

 periodicamente, objetivando: a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; b) que

a evacuação do local se faça em boa ordem; c) que seja evitado qualquer pânico; d) que

sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; e) que seja

verificado se a sirene de alarme em todas as áreas.” A NR 23 – Proteção contra Incêndios,esclarece que os treinamentos devem ser realizados periodicamente. Quanto à disposição dos

extintores foi possível observar falha com relação à quantidade disponível segundo o item

4 = SEMPRE3 = MUITAS VEZES2 = ÀS VEZES1 = POUCAS VEZES0 = NUNCA

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23.15.1.1 “Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois) extintores

 para cada pavimento.”, o que não ocorre na prática.

E ainda observando o item 23.18.1 “Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios,deverá haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da

construção.”, não foi encontrado nenhum sistema do gênero em todas as instalações daempresa.

5.4. Sinalização de segurança

Além de não existir a presença de extintor de espécie alguma na sala de controle dos teares,onde se encontram equipamentos eletrônicos, foi possível observar também algumasobstruções dos extintores, que infringem o item 23.17.7 “Os extintores não poderão ser 

cobertos por pilhas de materiais.”, além da falta de sinalização de advertência e/ou orientaçãoquanto ao uso de EPI’s e dos mapas de risco, pois a exposição destes nos setores é obrigatória,

como previsto na NR – 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.Diante do que já foi exposto, percebe-se a necessidade da intensificação da presença doprofissional tecnicamente habilitado em higiene e segurança do trabalho pertencente aoquadro de funcionários da empresa para gerir as medidas de segurança nas instalações dafábrica. Pois, como foi dito anteriormente, a empresa possui grau de risco 4 e um númerosuperior a 50 funcionários, dessa forma se faz necessária a presença constante do profissionaldurante todo o expediente de trabalho, como previsto na NR 4. Porém isto não pode serobservado na prática, pois em todas as visitas realizadas à empresa não foi detectada suapresença em nenhum momento.

6. Considerações

Com o estudo dos dados analisados, pode-se concluir que as instalações da fábrica e ocomportamento dos empregados, em sua grande maioria, apresentam desvios significativos aocumprimento das diretrizes estabelecidas pelas normas NR-4 – Serviços Especializados emEngenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, NR-5 – Comissão Interna dePrevenção de Acidentes, NR-6 – Equipamento de Proteção Individual, NR-8 – Edificações eNR-23 – Proteção contra incêndios.

Estes itens, caso sejam respeitados, irão garantir uma maior proteção ao trabalhador,viabilizando condições favoráveis para uma maior produtividade.

Diante do que foi observado, podem ser feitas algumas sugestões. Com relação ao piso e

cobertura, uma manutenção corretiva nos aspectos construtivos da instalação resolveria oproblema da irregularidade do piso e as falhas na cobertura da fábrica.

A inspeção freqüente, treinamento e a orientação seriam os instrumentos necessários parasanar a dificuldade dos trabalhadores usarem os EPI’s adequadamente, assim como também,treinamentos de combate ao fogo devem ser ministrados periodicamente a um grupo defuncionários para estejam capacitados, caso ocorra algum sinistro.

A sinalização é um fator demasiado importante na prevenção de acidentes. Para tanto, ulga-seinteressante a presença de quadros sinalizadores que indicassem o uso correto dos EPI’s, alémde ser necessária a regularização da sinalização horizontal dos extintores, que não existe.

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Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.  NBR 6023: elaboração de referências. Rio de

Janeiro, 2002. 2 p. FIESP. Legislação de Segurança e Medicina no Trabalho. Disponível em:<http://www.fiesp.com.br/download/legislacao/medicina_trabalho.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2008.

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Ed. São Paulo : Atlas, 2007.

GRAÇA, L. Textos sobre Saúde e Trabalho. Lisboa, 22 nov. 2006. Disponível em:<http://www.ensp.unl.pt/lgraca/textos_papers.html>. Acesso em: 29 mar. 2008.

NERY, M. A. C.; SILVA, E. A.   Balanço mineral de rochas ornamentais 1988-2000. [S.l.], 2001.Mimeografado. 

PEDROSA, S. C. Curso de Serrador. CETEMAG, 2000.

PEITER, C.C. et al. Rochas Ornamentais no século XXI: bases de desenvolvimento sustentado das exportações

brasileiras. Rio de Janeiro: Cetem/Abirochas. 150p, 2001.SALIBA, T. M.; PAGANO, S. C. R. S.  Legislação de Segurança, Acidente do Trabalho e Saúde do

Trabalhador. 4ª Ed. São Paulo : LTr, 2007.

SPÍNOLA, V.  Potencial Exportador e Política Pública para uma Evolução Virtuosa: a Indústria de Rochas

Ornamentais da Bahia. Dissertação (Mestrado em Economia). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2002,179 p.

SPÍNOLA, V.; GUERREIRO, Luis Fernando; BAZAN, Rafaela.  A indústria de rochas ornamentais. Desenbahia, 2004.

ANEXOS

QUESTIONÁRIO APLICADO NA EMPRESA ESTUDADA

O objetivo deste questionário é coletar as informações necessárias para estabelecer um pré-diagnóstico dos riscos no ambiente de trabalho de uma marmoraria da cidade de CampinaGrande – PB.

RESPONDA MARCANDO COM “X” (Exceto 2, 3, 4, 5)

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2. IDADE

3. HÁ QUANTO ESTÁ NA EMPRESA

4. FUNÇÃO

5. HÁ QUANTO TEMPO A DESEMPENHA

6. FUMANTE SIM NÃO

7. A EMPRESA REALIZOU EXAMES ADMISSIONAIS SIM NÃO

9. JÁ ESTEVE AFASTADO DO TRABALHO SIM NÃO

10. CASO AFIRMATIVO, POR QUAL MOTIVO ACIDENTE DOENÇA OUTRO

11. ONDE SÃO REALIZADAS SUAS REFEIÇÕES CASA REFEITÓRIO OUTRO

MARQUE COM UM “X” NO NÚMERO MAIS ADEQUADO

SEMPRE MUITAS VEZES ÀS VEZES POUCAS VEZES NUNCA4 3 2 1 0

MUITO BOM BOM REGULAR RUIM MUITO RUIM

4 3 2 1 04 3 2 1 0

 

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA ÓCULOS DE SEGURANÇA PARA PROTEÇÃO DOSOLHOS CONTRA RESPINGOS DE GRANALHA

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA PROTETOR FACIAL CONTRA RESPINGOS DEGRANALHA

 

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA LUVAS DE SEGURANÇA PARA PROTEÇÃO DAS MÃOSCONTRA RESPINGOS DE GRANALHA

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA CALÇADO QUE PROTEGE OS PÉS CONTRA UMIDADE ERESPINGOS DE PRODUTOS QUÍMICOS

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA MACACÃO PARA PROTEÇÃO DOS TRONCOS EMEMBROS SUPERIORES E INFERIORES CONTRA RESPINGOS DE GRANALHA E UMIDADE

FREQÜÊNCIA COM QUE VOCÊ USA CONJUNTO DE SEGURANÇA FORMADO POR CALÇA EBLUSA, PARA PROTEÇÃO CONTRA UMIDADE E RESPINGOS DE GRANALHA

O ESTADO DO PISO PODE SER CARACTERIZADO COMO

A CONDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DOS LOCAIS DE TRABALHO PODE SERCARACTERIZADA COMO

 

O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA COBERTURA PODE SER CARACTERIZADO, NO QUECONCERNE ASSEGURAR PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES, COMO

O DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS PODE SER CARACTERIZADO COMO

O SISTEMA DE ESCOAMENTO DE ÁGUA E RESÍDUOS SÓLIDOS DO LOCAL DE TRABALHOPODE SER CARACTERIZADO COMO

O SISTEMA DE EMISSÃO DE EFLUENTES DOMÉSTICOS/SANITÁRIOS PODE SERCARACTERIZADO COMO

 

A DISPOSIÇÃO DAS SINALIZAÇÕES DE ADVERTÊNCIA, COMO “USO OBRIGATÓRIO DEEPI”, PODE SER CARACTERIZADA COMO

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O PROCEDIMENTO PARA EVITAR E COMBATER INCÊNDIOS, QUANDO ANALISAMOSEQUIPAMENTOS ADEQUADOS, EQUIPAMENTOS EM NÚMERO E EXECUÇÃO DEEXERCÍCIOS DE COMBATE A FOGO, PODE SER CARACTERIZADO COMO

AS CONDIÇÕES PARA DESCANSO DOS TRABALHADORES QUE REALIZAM SUASATIVIDADES DE PÉ PODEM SER CARACTERIZADAS COMO

ACOMETIDO POR DOR MUSCULAR, LOMBAR

ACOMETIDO POR DIFICULDADE DE RESPIRAR

QUANTO A EXISTÊNCIA DE LAVATÓRIOS, VASOS SANITÁRIOS, MICTÓRIO E CHUVEIROSE AS CONDIÇÕES DE USO ESTES PODEM SER CARACTERIZADAS COMO

AS CONDIÇÕES DE HIGIENE E DE LIMPEZA DOS LOCAIS ONDE SE ENCONTRAM ASINSTALAÇÕES SANITÁRIAS PODEM SER CARACTERIZADAS COMO

AS CONDIÇÕES DE HIGIENE E LIMPEZA DO ALMOXARIFADO PODEM SERCARACTERIZADAS COMO

AS CONDIÇÕES DE HIGIENE E DE LIMPEZA DO LOCAL ONDE OS FUNCIONÁRIOSREALIZAM SUAS REFEIÇÕES PODEM SER CARACTERIZADAS COMO