AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO...

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Universidade Federal do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO) Victor Hugo Souza de Abreu 2016

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR

ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE

UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)

Victor Hugo Souza de Abreu

2016

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR

ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE

UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)

Victor Hugo Souza de Abreu

Projeto de Graduação apresentado ao

Curso de Engenharia Civil da Escola

Politécnica, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, como parte dos

requisitos necessários à obtenção do

título de Engenheiro Civil.

RIO DE JANEIRO

MARÇO DE 2016

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO POR

ÔNIBUS REFERENTE À LINHA 936: CAMPO GRANDE - CIDADE

UNIVERSITÁRIA (ILHA DO FUNDÃO)

Victor Hugo Souza de Abreu

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA DE CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinada por:

_____________________________________________

Prof. Drª Sandra Oda – DET/UFRJ

_____________________________________________

Prof. Dr. Giovani Manso Ávila – DET/UFRJ

_____________________________________________

Eng. Marcelo Fernandes Elizardo Cardoso– Mestrando PEU

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

MARÇO DE 2016

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Abreu, Victor Hugo Souza de

Avaliação da Qualidade do Transporte Público por Ônibus

Referente à Linha 936: Campo Grande - Cidade Universitária (Ilha

de Fundão) / Victor Hugo Souza de Abreu – Rio de Janeiro: UFRJ /

Escola Politécnica, 2016.

XI, 132 p.: il,; 29,7 cm.

Orientador: Sandra Oda

Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso de

Engenharia Civil, 2016.

Referências Bibliográficas: p. 97- 100.

1. Transporte Público por Ônibus 2. Padrões de Qualidade 3.

Desenvolvimento Urbano 4. Mobilidade Urbana

I. Oda, Sandra. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,

Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Avaliação da

Qualidade do Transporte Público por Ônibus Referente a Linha

936: Campo Grande - Cidade Universitária (Ilha de Fundão).

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Agradecimentos

Agradeço e dedico este trabalho a minha amada família: meu porto seguro, as pessoas

que sempre contribuíram para o meu desenvolvimento e que me apoiaram nas

situações difíceis.

Aos meus pais, Nelson e Rosa, por terem acreditado em meu potencial e por terem me

incentivado a ir atrás dos meus sonhos.

Às minhas duas queridas irmãs, Suzana e Rosana, por terem sido, acima de tudo,

minhas amigas e por terem ajudado a minha mãe a cuidar de mim.

Aos meus três sobrinhos, Andrey, Maria Eduarda e Angelina, pelo carinho incondicional

que me oferecem.

À Deus, por me dado à capacidade e a oportunidade de escolher e trilhar meus

caminhos de maneira justa e correta.

À minha orientadora profa. Dr. Sandra Oda, pela paciência, simplicidade e pelo

conhecimento compartilhado.

À Universidade Federal do Rio de Janeiro, por todo aprendizado obtido e pelo meu

amadurecimento pessoal e profissional.

Aos meus amigos, pelos dias de luta que passaram ao meu lado.

Aos avaliadores voluntários e aos usuários do serviço de transporte em estudo, pela

contribuição extremamente preciosa.

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“Desenvolver força, coragem e paz

interior demanda tempo. Não espere

resultados rápidos e imediatos, sob o

pretexto de que decidiu mudar. Cada

ação que você executa permite que

essa decisão se torne efetiva dentro de

seu coração. ”

(Dalai Lama)

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Avaliação da qualidade do transporte público por ônibus referente à linha 936: Campo

Grande – Cidade Universitária (Ilha do Fundão)

Victor Hugo Souza de Abreu

Março/ 2016

Orientador: Sandra Oda

Curso: Engenharia Civil

O transporte público precisa ser priorizado para redução dos graves problemas de

mobilidade urbana existentes nas cidades brasileiras, como o aumento dos

congestionamentos, do número de acidentes, da poluição atmosférica, da poluição

sonora, do consumo de combustível etc. Dessa forma, precisam ser estudados

mecanismos de melhoria da qualidade do serviço prestado, necessários ao

desenvolvimento continuo do setor. Nesse sentido, foram desenvolvidas diversas

pesquisas de campo que buscaram avaliar o serviço prestado pela linha de ônibus 936

que conecta Campo Grande a Cidade Universitária a partir dos padrões de qualidade

do transporte público, a fim de determinar as principais dificuldades encontradas pelo

passageiro, no seu dia a dia, e propor ações que busquem aumentar a qualidade do

serviço. A contribuição deste estudo está no fornecimento de informações que auxiliem

os planejadores no oferecimento de um serviço de transporte coletivo capaz de atender

às expectativas dos usuários, inclusive dos portadores de deficiência física, idosos e

gestantes.

Palavras-chave: transporte público; padrões de qualidade, desenvolvimento urbano; mobilidade

urbana.

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Engineer.

Quality assessment of public transportation by bus regarding the line 936: Campo

Grande - University City (Ilha do Fundão)

Victor Hugo Souza de Abreu

March/ 2016

Advisor: Sandra Oda

Course: Civil Engineering

Public transportation has to be a priority in order to contribute to the reduction of existing

urban mobility problems in Brazilian cities, such as increased congestion, accidents, air

pollution, noise pollution, fuel consumption and others. In this way, the study of

mechanisms of improvement of the quality of the services provided by the public

transport is necessary for the continued development of the sector. In this sense, it was

developed several field researches to analyze the service provided by 936 bus line,

which connects the neighborhood of Campo Grande to the University City, considering

the public transportation essential quality standards, in order to determine the main

difficulties encountered by the passenger in their daily routine, and propose actions that

seek to increase the quality of the service offered. The contribution of this study is to

provide information to help planners of urban mobility to provide a public transport

service capable of attend the expectations of the users, including people with disabilities,

the elderly and pregnant women.

Keywords: public transport; quality standards, urban development; urban mobility.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1

1.1. Contextualização ........................................................................................................ 1

1.2. Problemática e Justificativa ...................................................................................... 2

1.3. Objetivo ........................................................................................................................ 3

1.4. Estrutura do Trabalho ................................................................................................ 3

2. ATORES DO TRANSPORTE PÚBLICO URBANO ..................................................... 5

2.1. Governo ....................................................................................................................... 5

2.2. Usuários ....................................................................................................................... 6

2.3. Operadores .................................................................................................................. 7

2.4. Empresas de ônibus .................................................................................................. 8

2.5. Comunidade ................................................................................................................ 8

3. PADRÕES DE QUALIDADE DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO

URBANO ................................................................................................................................... 10

3.1. Acessibilidade ........................................................................................................... 11

3.2. Frequência de atendimento .................................................................................... 11

3.3. Tempo de viagem ..................................................................................................... 12

3.4. Capacidade e lotação do veiculo ........................................................................... 13

3.5. Confiabilidade ........................................................................................................... 14

3.6. Segurança ................................................................................................................. 14

3.7. Características do veículo ....................................................................................... 15

3.8. Características dos locais de parada .................................................................... 16

3.9. Sistemas de informação .......................................................................................... 17

3.9.1. Moovit ................................................................................................................. 19

3.9.2. Rio Bus ............................................................................................................... 20

3.10. Conectividade ........................................................................................................... 21

3.11. Comportamento dos operadores ........................................................................... 22

3.12. Estado das Vias ....................................................................................................... 23

4. AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE: PARÂMETROS DE

QUALIDADE ............................................................................................................................. 29

5. ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 37

5.1. Principais áreas abrangidas pelo serviço ............................................................. 37

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5.1.1. Campo Grande.................................................................................................. 37

5.1.2. Avenida Brasil ................................................................................................... 40

5.1.3. Ilha do Fundão – Cidade Universitária .......................................................... 44

5.2. Pesquisas de Campo ............................................................................................... 45

5.2.1. Acessibilidade ................................................................................................... 45

5.2.2. Frequência de Atendimento e confiabilidade ............................................... 50

5.2.3. Tempo de viagem ............................................................................................. 54

5.2.4. Capacidade e lotação do veículo ................................................................... 56

5.2.5. Segurança.......................................................................................................... 58

5.2.6. Características dos Veículos .......................................................................... 62

5.2.7. Características dos Locais de Parada........................................................... 65

5.2.8. Sistemas de informação aos usuários .......................................................... 70

5.2.9. Conectividade.................................................................................................... 77

5.2.10. Comportamento dos Operadores ................................................................... 82

5.2.11. Estado das Vias ................................................................................................ 85

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 91

6.1. Limitações Relativas às Pesquisas ....................................................................... 95

6.2. Avaliação do Processo e Recomendações .......................................................... 96

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 97

ANEXO I ..................................................................................................................................... 101

ANEXO II .................................................................................................................................... 102

ANEXO III ................................................................................................................................... 107

ANEXO IV .................................................................................................................................. 115

ANEXO V .................................................................................................................................... 117

ANEXO VI .................................................................................................................................. 132

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Padrões de qualidade do transporte público urbano. ................................... 10

Figura 2: Mapa presente no aplicativo Moovit. ............................................................ 19

Figura 3: Mapa do Google Maps presente no aplicativo Rio Bus. ............................... 21

Figura 4: Parâmetros da acessibilidade no ponto de vista do usuário. ........................ 29

Figura 5: Parâmetro da frequência de atendimento no ponto de vista do usuário. ...... 30

Figura 6: Parâmetro do tempo de viagem no ponto de vista do usuário. ..................... 30

Figura 7: Parâmetro da lotação no ponto de vista do usuário. .................................... 30

Figura 8: Parâmetro da confiabilidade no ponto de vista do usuário. .......................... 31

Figura 9: Parâmetro da segurança no ponto de vista do usuário. ............................... 31

Figura 10: Parâmetros das características do veículo no ponto de vista do usuário.... 32

Figura 11: Parâmetros das características dos locais de parada no ponto de vista do

usuário. ....................................................................................................................... 33

Figura 12: Parâmetros do sistema de informações no ponto de vista do usuário. ....... 34

Figura 13: Parâmetros da conectividade no ponto de vista do usuário........................ 35

Figura 14: Parâmetros do comportamento dos operadores no ponto de vista do

usuário. ....................................................................................................................... 36

Figura 15: Parâmetro do estado das vias no ponto de vista do usuário. ..................... 36

Figura 16: Vista frontal do Park Shopping Campo Grande, importante polo gerador de

tráfego na atualidade. ................................................................................................. 38

Figura 17: Localização do bairro de Campo Grande. .................................................. 39

Figura 18: Obras do BRT TransBrasil. ........................................................................ 43

Figura 19: Localização da Ilha do Fundão (Cidade Universitária). .............................. 44

Figura 20: Ponto de ônibus da linha localizado na Estação de Integração de Campo

Grande........................................................................................................................ 47

Figura 21: Passeio presente na Estação de Integração de Campo Grande com espaço

limitado e revestimento com mau estado de conservação. ......................................... 48

Figura 22: Amplo espaço físico disponível na Estação de Integração da Cidade

Universitária. ............................................................................................................... 49

Figura 23: Infraestrutura adequada aos portadores de deficiência física e sinalização

para realização da travessia da rua. ........................................................................... 50

Figura 24: Veículo D58561 com assento solto. ........................................................... 63

Figura 25: Veículo D58561 com dispositivo de alerta de paradas apresentando mau

funcionamento do lado direito e ausente do lado direito. ............................................ 64

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Figura 26: Ponto de ônibus da Estrada da Posse (próximo ao número 906). .............. 67

Figura 27: Ponto de ônibus da Cidade Universitária localizado em frente ao Prédio da

Faculdade de Letras. .................................................................................................. 70

Figura 28: Reclamação, na integra, realizada por um usuário no site do Reclame Aqui.

................................................................................................................................... 73

Figura 29: Resposta, na integra, da empresa de ônibus. ............................................ 73

Figura 30: Réplica, na integra, do usuário. .................................................................. 74

Figura 31: Resposta, na integra, a reclamação por e-mail. ......................................... 75

Figura 32: Estação de Integração de Campo Grande. ................................................ 77

Figura 33: Estação de Trem de Campo Grande que compõe o Ramal de Santa Cruz.

................................................................................................................................... 78

Figura 34: Trecho da ciclovia de Campo Grande com revestimento e pintura em mau

estado de conservação. .............................................................................................. 79

Figura 35: Estação de Integração da Cidade Universitária. ........................................ 80

Figura 36: BRT Transcarioca: Terminal Aroldo Melodia. ............................................. 82

Figura 37: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cautela”. ........................ 84

Figura 38: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cordialidade”. ................. 84

Figura 39: Um dos diversos trechos localizados na Av. Brasil II com graves problemas

na pavimentação. ....................................................................................................... 89

Figura 40: Trecho da Av. Bento Ribeiro Dantas com pavimentação em ótimo estado de

conservação. .............................................................................................................. 89

Figura 41: Trecho da Avenida Horácio Macedo (Cidade Universitária) com graves

problemas na pavimentação. ...................................................................................... 90

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Fatores que influenciam no tempo de viagem. .................................................. 12

Tabela 2: Identificação de defeitos nos pavimentos e dos seus respectivos níveis

severidade. ................................................................................................................................ 24

Tabela 3: Regiões Limítrofes a Campo Grande. ................................................................. 38

Tabela 4: Contagem volumétrica de veículos – março de 2013. ...................................... 40

Tabela 5: Bairros atendidos pelo traçado da Avenida Brasil. ............................................ 42

Tabela 6: Resultado da avaliação da Estação de Integração de Campo Grande. ........ 47

Tabela 7: Resultado da avaliação da Estação de Integração da Cidade Universitária. 49

Tabela 8: Frequência de Atendimento disponibilizada pelo aplicativo Moovit. .............. 51

Tabela 9: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia

12/01/2016. ................................................................................................................................ 52

Tabela 10: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia

14/01/2016. ................................................................................................................................ 53

Tabela 11: Quantitativo de usuários na fila de embarque à espera dos coletivos nos

períodos de maior intervalo entre atendimentos. ................................................................ 54

Tabela 12: Tempo de viagem por ônibus. ............................................................................ 55

Tabela 13: Tempo de viagem por automóvel. ..................................................................... 55

Tabela 14: Quantidade de embarques e desembarques por região durante o percurso

realizado de Campo Grande a Cidade Universitária. ......................................................... 58

Tabela 15: Acompanhamento dos assaltos a coletivos na Cidade Universitária. .......... 58

Tabela 16: Análise das Características dos Locais de Parada da Região de Campo

Grande. ...................................................................................................................................... 66

Tabela 17: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Avenida

Brasil. .......................................................................................................................................... 68

Tabela 18: Análise das Características dos Locais de Parada da Avenida Bento

Ribeiro Dantas. ......................................................................................................................... 68

Tabela 19: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Cidade

Universitária. ............................................................................................................................. 69

Tabela 20: Algumas reclamações realizadas no site do ReclameAqui a respeito do

serviço prestado pela linha em estudo. ................................................................................ 71

Tabela 21: Serviço de Atendimento ao Cliente disponibilizado pela Fetranspor. .......... 74

Tabela 22: Valor de Serventia Atual. ..................................................................................... 88

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Tabela 23: Resumo dos resultados obtidos pelas pesquisas de campo......................... 91

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIRJ – Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro

Av. – Avenida

BRS – Bus Rapid Service

BRT – Bus Rapid Transit

CBPF – Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas

CCS – Centro de Ciências da Saúde

CEGN – Centro de Excelência em Gás Natural

CENPES – Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de

Mello

CEPEL – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica

CETEM – Centro de Tecnologia Mineral

CTB – Código de Trânsito Brasileiro

DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DP – Delegacia de Polícia

EEFD – Escola de Educação Física e Desportos

Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do

Rio de Janeiro

GE – Centro Tecnológico Global da General Electric

HUCFF – Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Lamce – Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia

NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos

PM – Polícia Militar

SIU – Sistemas de Informação Aos Usuários

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro

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SIGA – Sistema Integrado de Gestão Acadêmica

SMT – Secretaria Municipal de Transportes

SMTR – Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro

VSA – Valor de Serventia Atual

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

O transporte público representa o meio de integração necessário ao desenvolvimento

das atividades econômicas e sociais no contexto urbano. Tem como principal objetivo

fazer a ligação entre as várias regiões, proporcionando, principalmente para população

com menos recursos, alternativas de deslocamento dentro dos padrões mínimos

aceitáveis de qualidade e custo e reduzindo de maneira significativa os

congestionamentos, a poluição ambiental (sonora, atmosférica e visual), o número de

acidentes e o consumo de combustível.

Boareto (2003) considera que, nos grandes centros urbanos das principais metrópoles

brasileiras, há uma crise de mobilidade, ilustrada diariamente pelos longos

congestionamentos gerados pela grande quantidade de automóveis. Vasconcelos

(2001) acrescenta que os veículos privados vêm causando prejuízo crescente ao

desempenho dos coletivos, onerando assim diretamente os custos da operação, a

confiabilidade, a atratividade e as tarifas do transporte público.

Para NTU (2013), o transporte público urbano é o modo mais importante no

deslocamento dos indivíduos, sendo assim precisa ter preferência em relação aos

modos individuais.

Ainda de acordo com NTU (2013), apesar de ter perdido importância devido à intensa

valorização do automóvel nos últimos 30 anos, o transporte público coletivo por ônibus

representa hoje a mais importante ação para superar a crise da mobilidade urbana

brasileira e pode significar a quebra do ciclo vicioso, que decorre da falta de prioridade

e infraestrutura, alta carga tributária e aumento dos insumos e gratuidades e produz

congestionamentos, poluição, acidentes e desigualdades urbanas.

“Por meio da priorização dos ônibus, existe o potencial de recuperar parte do espaço

viário e devolvê-lo à maior parte da população urbana. Além disso, o aumento da

velocidade operacional, da confiabilidade dos serviços e a redução dos custos

operacionais serão provavelmente percebidos a curtíssimo prazo” (NTU, 2013).

A lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui a Política Nacional de Mobilidade

Urbana e representou importante passo na valorização do transporte público, apresenta,

dentre outras, as seguintes diretrizes contidas no Art. 6o:

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2

Priorização dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e

dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual

motorizado;

Integração entre os modos e serviços de transporte urbano;

Priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território

e indutores do desenvolvimento urbano integrado;

Mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de

pessoas e cargas na cidade; e

Incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias

renováveis e menos poluentes.

Mas para que os cidadãos realizem seus deslocamentos por ônibus é essencial que

sejam realizados investimentos na melhoria da qualidade do serviço, tanto para atrair

novos usuários quanto para manter os habituais. Desta forma, o desenvolvimento dessa

pesquisa busca caracterizar a qualidade do serviço de ônibus, em especial o da linha

936, e propor ideias que busquem a desenvolvimento contínuo do setor.

1.2. Problemática e Justificativa

Segundo IPEA (2011), os problemas relacionados à mobilidade das pessoas e das

mercadorias nos centros urbanos afetam diretamente a qualidade de vida da população,

com as externalidades geradas na produção do transporte e, também, o desempenho

econômico das atividades urbanas. Somado a isso, sistemas de mobilidade ineficientes

pioram as desigualdades sócio espaciais e pressionam as frágeis condições de

equilíbrio ambiental no espaço urbano, o que demanda, por parte dos governantes, a

adoção de políticas públicas alinhadas com o grande objetivo de se construir uma

mobilidade urbana sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental.

A existência de um serviço de transporte coletivo acessível, qualificado, eficiente e de

preço justo pode aumentar consideravelmente a disponibilidade de renda e influenciar

nos hábitos da população. Em vários países desenvolvidos como na Alemanha, por

exemplo, até mesmo o cidadão que possui elevado poder aquisitivo faz uso do

transporte coletivo, tornando assim as cidades mais silenciosas e despoluídas. Além

disso, em muitos desses países há elevada integração entre os sistemas de transportes

diferenciados, havendo, inclusive, vasta quantidade de ciclovias que incentivam o uso

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de bicicleta que além de evitar a poluição da atmosfera, melhora o desempenho físico

e mental dos usuários contribuindo assim para melhor qualidade de vida da população.

As graves deficiências do setor de transporte coletivo em nosso país, que se

intensificaram com expansão de formas clandestinas de transporte público e com a

intensa valorização do transporte particular, causam prejuízos inaceitáveis e constituem

como um importante obstáculo para o desenvolvimento econômico brasileiro. Sendo

assim, faz-se necessário a utilização de mecanismos de aperfeiçoamento que

estimulem a sua melhor qualificação e a criação de políticas urbanas que visem à

modificação deste quadro tendenciosamente negativo. É de extrema necessidade que

sejam definidos padrões que auxiliem no planejamento e na execução do serviço,

satisfazendo, desta forma, a maiorias dos habituais usuários do coletivo.

1.3. Objetivo

O presente projeto de graduação possui como objetivo central realizar a avaliação

detalhada da qualidade do sistema de transporte público por ônibus referente à linha

936 que conecta Campo Grande à Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio

de Janeiro (UFRJ) através de pesquisas de campo desenvolvidas a partir dos padrões

de qualidade estabelecidos por Ferraz e Torres (2004).

1.4. Estrutura do Trabalho

O presente projeto encontra-se dividido em seis capítulos, no qual o primeiro deles é

uma introdução ao tema, contendo a contextualização, a problemática, a justificativa e

o objetivo principal do trabalho.

O segundo capítulo aborda sobre os atores do sistema de transporte público por ônibus

apresentando seus principais direitos, deveres, metas e objetivos, na busca pela

garantia de satisfação de todos envolvidos na prestação do serviço. O terceiro capítulo

trata da descrição dos padrões de qualidade do transporte público por ônibus e o quarto

apresenta propostas de avaliações desses padrões através do estudo dos parâmetros

de qualidade criados por Ferraz e Torres (2004).

O quinto capítulo, estudo de caso, se inicia com a descrição das principais áreas

abrangidas pelo serviço disponibilizado pela linha em estudo, apresentando suas

principais características e peculiaridades. Nesse capítulo também se encontra a

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descrição, minuciosa, de todas as pesquisas de campo realizadas para avaliação de

cada um dos padrões de qualidade do transporte público por ônibus, assim como, os

resultados obtidos e a melhor forma de resolução dos problemas apresentados.

O sexto capítulo apresenta as considerações finais do projeto, contendo as limitações e

observações relativas às pesquisas, a avaliação do processo e as recomendações para

o desenvolvimento de novas pesquisas.

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2. ATORES DO TRANSPORTE PÚBLICO URBANO

“A qualidade no transporte público urbano deve ser contemplada com uma visão geral,

isto é, deve considerar o nível de satisfação de todos os atores direta ou indiretamente

envolvidos no sistema: usuários, comunidade, governo, trabalhadores do setor e

empresários do ramo” (FERRAZ e TORRES, 2004).

Para que seja garantida a satisfação de todos os atores envolvidos na prestação do

serviço de transporte público é necessário que cada ator reconheça o seu papel no

funcionamento do sistema, tenha suas metas, objetivos, direitos e obrigações bem

determinados e possua a capacidade de reconhecer essas características dos outros

agentes envolvidos. A satisfação do conjunto deve ser garantida a fim de evitar o

desequilíbrio no sistema (perda de qualidade, eficiência e demanda), o que poderia

ocasionar o fim do serviço prestado.

2.1. Governo

“O principal objetivo do governo é proporcionar um transporte coletivo urbano com

qualidade (segurança, comodidade e rapidez), a um custo compatível com a renda dos

usuários e que atenda aos interesses maiores da comunidade no que concerne à justiça

social, preservação do meio ambiente, segurança e fluidez no trânsito, ocupação e uso

racional do solo, sustentabilidade econômica do sistema, etc.” (FERRAZ e TORRES,

2004).

O poder público representa o papel de arbitro nos conflitos naturais entre os vários

agentes de transporte e tem o dever de regulamentar e fiscalizar o sistema de maneira

clara e objetiva de modo a garantir a satisfação de todos os setores envolvidos na

prestação do serviço.

De acordo Reck (2015), no transporte particular as tarefas do governo se restringem a

implantação do sistema viário, a regulamentação do seu uso e o controle operacional

do sistema de transito em geral. Entretanto, no transporte público o comportamento do

usuário deve ser enfocado com muito mais profundidade, pois, segundo ele, o cliente

se apresenta de forma passiva, diferentemente do usuário do transporte particular.

Dessa forma, há necessidade de uma gerência do poder público com conhecimento

mais diversificado e complexo com necessidade de realizar intervenções em todos os

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seus quatro componentes do transporte público: infraestrutura, material rodante,

comportamento do usuário e equipamentos de operação.

“As obrigações do governo são principalmente três: fazer o planejamento do transporte,

implementar as obras e as ações que lhe dizem respeito e realizar a gestão do sistema.

Para isso, tem de contar com uma adequada estrutura administrativa, técnica e jurídica,

constituída por pessoal preparado” (FERRAZ e TORRES, 2004).

Na Cidade do Rio de Janeiro, a fiscalização e monitoramento do serviço de transporte

público por ônibus e vans são realizados pela Secretaria Municipal de Transportes do

Rio de Janeiro (SMTR, 2015).

“A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) monitora e fiscaliza toda a frota de

ônibus da cidade do Rio de Janeiro de maneira eletrônica, por meio de GPS instalado

nos coletivos, que contam também com câmeras de segurança. Dessa forma, é possível

fazer um monitoramento "inteligente" do serviço prestado ao usuário em tempo real. A

SMTR realiza também constantes ações de fiscalização nas ruas, principalmente nos

corredores BRS (faixas preferenciais para ônibus), e nas garagens das empresas. As

ações presenciais são realizadas por cerca de 40 fiscais da SMTR que verificam o

cumprimento do Código Disciplinar dos Ônibus. Os fiscais atuam em conjunto com a

Guarda Municipal que fiscaliza o cumprimento das regras estabelecidas pelo Código de

Trânsito Brasileiro (CTB) ” (SMTR, 2015).

2.2. Usuários

O usuário é considerado a razão de existir do sistema de transporte público e tem como

principal objetivo o deslocamento em um meio de transporte que ofereça qualidade,

conforto e segurança. Quando insatisfeito tem todo o direito de exigir mudanças ou

buscar outra opção de transporte que melhor satisfaça os seus desejos. Além disso, o

cliente insatisfeito pode fazer uma propaganda negativa do transporte e assim levar

consigo outros clientes, o que ocasionará perda significativa de demanda.

De acordo com o artigo 14º da Lei nº. 12.587/2012, são direitos dos usuários do Sistema

Nacional de Mobilidade Urbana:

Receber o serviço adequado;

Participar do planejamento, da fiscalização e da avaliação da política local de

mobilidade urbana;

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Ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma

gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de

interação com outros modais; e

Ter ambiente seguro e acessível para a utilização do Sistema Nacional de

Mobilidade Urbana.

Além disso, é de extrema importância que os usuários conheçam as suas obrigações,

dentre elas: respeito às normas e regras de segurança, conservação do veículo e das

instalações do sistema evitando pichações e depredações, uso obrigatório de fones de

ouvido quando estiverem escutando música e tratar bem os demais usuários e os

operadores do transporte.

“Para obter um comportamento adequado dos usuários, é importante o desenvolvimento

de programas de educação no transporte agregados aos programas de educação no

trânsito” (FERRAZ e TORRES, 2004).

2.3. Operadores

A fim de obter melhor desempenho pessoal e motivação para realização das tarefas é

necessário que os objetivos dos operadores sejam alcançados, sendo assim, a empresa

de transporte deve propiciar salários compatíveis com o cargo, benefícios sociais e

jornada de trabalho adequados, além de possibilitar que o trabalhador possa contribuir

nas decisões que melhorem a qualidade e a eficiência do serviço.

Dentre as principais obrigações dos operadores do transporte público podem ser

citadas: a realização da tarefa de maneira qualificada, eficiente e segura, o respeito aos

chefes e usuários do transporte público e a iniciativa em resolver possíveis problemas

que possam vir a acontecer ao longo do percurso.

“O motorista capacitado e satisfeito conduz os ônibus com eficiência, precaução e

paciência. Dessa forma, há redução do consumo de combustível e de pneus e aumento

da vida útil dos coletivos e das peças e acessórios, com consequente diminuição dos

custos de operação e manutenção. Dirigindo adequadamente, também evita quebras

que poderiam provocar interrupções das viagens e deixar os veículos fora de operação,

com prejuízo para a qualidade do serviço e para as finanças das empresas” (FERRAZ

e TORRES, 2004).

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2.4. Empresas de ônibus

Visando obter o máximo lucro de seus investimentos, os empresários possuem entre

seus principais objetivos a manutenção da prestação do serviço por maior tempo

possível, um retorno econômico justo e o reconhecimento da importância de seu

trabalho pelos outros agentes de transporte.

Conforme Faesarella, Sacomano e Carpinetti (2007), as empresas de transporte público

devem satisfazer as seguintes pretensões dos outros agentes a fim de garantir assim o

prestigio desejado e o aumento pela demanda pelo serviço ofertado:

Consumidores: precisam estar satisfeitos com os produtos e os serviços prestados

pela empresa;

Funcionários: devem ter oportunidades de crescerem como pessoas e como

profissionais, recebendo salários justos e condições de trabalho favoráveis;

Acionistas: devem receber dividendos; e

Comunidade: deve ser respeitada através do controle ambiental.

Além de possuir boa estrutura física e organizacional, as empresas de transporte público

necessitam estar sempre alerta às novas técnicas de aperfeiçoamento do setor

buscando melhorar a qualidade do serviço continuamente. Segundo Travassos (2000),

devem também encontrar novas formas de relacionamento com os órgãos gestores que

apesar de muitas vezes possuírem interesses divergentes, não precisam ser,

necessariamente, entidades antagônicas em litigio permanente.

Segundo Ferraz e Torres (2004), são obrigações dos empresários: pagar corretamente

impostos e encargos sociais, obedecer à legislação trabalhista, pagar salários justos,

tratar os empregados com respeito e humanidade, melhorar a qualidade e a eficiência

do sistema e promover a permanente capacitação de seus funcionários.

2.5. Comunidade

A principal preocupação da comunidade refere-se aos impactos provocados pelas

externalidades do sistema de transportes como ruído excessivo, poluição atmosférica,

conflitos relacionados ao uso do solo etc.

Por outro lado, segundo Ferraz e Torres (2004), a comunidade precisa apoiar o sistema

de transporte público e reconhecer a sua importância social e econômica. Sendo assim,

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é dever da comunidade colaborar com os coletivos no trânsito, respeitar os locais de

parada, vigiar e denunciar possíveis depredações dos coletivos e das instalações etc.

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3. PADRÕES DE QUALIDADE DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO

URBANO

“Qualidade em transporte público urbano é definida com a adequação dos fatores

críticos gerenciais e seus resultados aos requisitos dos clientes da prestadora dos

serviços, que são: usuários, poder público, acionistas das empresas, funcionários e

comunidade” (LIMA, 1995).

Com o intuito de avaliar a qualidade do transporte público urbano, os principais padrões

que a influenciam, segundo Ferraz e Torres (2004), encontram-se expostos na figura 1.

Figura 1: Padrões de qualidade do transporte público urbano.

Para Ferraz e Torres (2004), é importante que cada padrão de qualidade seja avaliado

em conformidade com a percepção individual e conjunta, uma vez que esses

indicadores variam em função da classe social e econômica do usuário, dos costumes,

da cultura, da tradição da região, da idade, do sexo, do nível de deficiência física, etc.

Ferraz e Torres (2004) ainda acrescenta que deve ser estabelecido o equilíbrio entre

custo e benefício do serviço, já que quase sempre o aumento da qualidade significa

maiores tarifas. Caso haja investimentos elevados em qualidade, há a possibilidade de

que usuário que possui menor poder aquisitivo seja excluído, o que geraria uma perda

significativa de demanda.

AcessibilidadeFrequência de atendimento

Tempo de viagemCapacidade e

lotação do veiculo

Confiabilidade SegurançaCaracterísticas do

veículo

Características dos locais de

parada

Sistemas de informação

ConectividadeComportamento dos operadores

Estado das Vias

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3.1. Acessibilidade

Entende-se como acessibilidade a facilidade de chegar ao embarque, embarcar e

alcançar o destino final, segundo Ferraz e Torres (2004).

É de fundamental importância que o órgão gerenciador planeje precisamente os pontos

de paradas dos coletivos, visando obter para a maior parte dos usuários uma caminhada

curta e segura, melhorando assim a qualidade do serviço ofertado.

Para Aguiar (1985), um item que reflete a acessibilidade do sistema de transportes é o

número de estações ou pontos de embarque e desembarque, já que quanto maior for

esse número, maior será a área de influência do sistema, sendo assim, maior será a

quantidade de clientes atendidos e satisfeitos.

Cabe ressaltar que a acessibilidade também está relacionada à facilidade de acesso

aos portadores de deficiência física e idosos. Esses indivíduos apresentam uma série

de dificuldades que podem ser minimizadas quando o serviço ofertado apresenta

características positivas ao seu descolamento. Rampas de acesso, passeios amplos e

bem revestidos, elevadores para cadeira de rodas nos veículos, bancos diferenciados

no interior dos ônibus e terminais, apoio no embarque e desembarque etc. são de

fundamental importância para uma melhor utilização do transporte público por essa

parcela da população, que assim como qualquer outro individuo possui o direito ao

transporte público, conforme estabelecido pela Lei 10.098/2000, regulamentada pelo

Decreto Federal Nº. 5.296/04, que define acessibilidade como: condição para utilização,

com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e

equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos,

sistema e meio de comunicação, e informação, por pessoas portadoras de deficiência

ou mobilidade reduzida. O artigo 16o da lei determina que os veículos de transporte

coletivo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas

técnicas específicas.

3.2. Frequência de atendimento

“A frequência de atendimento está relacionada ao intervalo de tempo entre a passagem

de veículos sucessivos do transporte coletivo, o qual afeta diretamente o tempo de

espera nos locais de parada para os usuários que não conhecem os horários e chegam

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aleatoriamente aos mesmos, bem como reduz a flexibilidade de utilização do serviço

aos usuários que conhecem os horários” (RODRIGUES, 2008).

De acordo com Kawamoto (1984), a frequência de atendimento é um dos elementos

mais importantes do nível de serviço, uma vez que reflete o volume do serviço ofertado

por unidade de tempo e provoca impactos em diversos aspectos como as aglomerações

no interior dos veículos e o aumento do tempo de espera nos pontos de parada, fazendo

com que os usuários insatisfeitos procurem outros modos de transporte, reduzindo

assim a demanda pelo serviço. Sendo assim, é importante que os intervalos das viagens

sejam criteriosamente estudados pelo órgão gestor, visando estabelecer o equilíbrio da

oferta diante das variações da demanda.

3.3. Tempo de viagem

Segundo Ferraz e Torres (2004), o tempo de viagem é o tempo necessário no interior

do veículo para realizar o deslocamento dos usuários. Esse padrão de qualidade

depende fundamentalmente da velocidade média de transporte e da distância percorrida

entre os locais de embarque e desembarque.

Na tabela 1 são apresentados os fatores determinantes na duração da viagem e seus

respectivos motivos de acordo com Ferraz e Torres (2004).

Tabela 1: Fatores que influenciam no tempo de viagem.

Fator Motivo

Grau de

segregação das

vias

Velocidades maiores são conseguidas quando os coletivos

utilizam vias preferenciais e transitam em faixas segregadas ou

exclusivas. Quando compartilham as vias com veículos

individuais sofrem com os efeitos relacionados aos

congestionamentos.

Condições da

superfície de

rolamento

A falta de pavimentação das vias, assim como a existência de

buracos, lombadas e valetas reduz a velocidade do veículo,

aumentando o tempo de deslocamento.

Condições do

trânsito

O movimento compartilhado com o trânsito normal em

condições de tráfego intenso reduz a velocidade e aumenta o

tempo de viagem.

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Fator Motivo

Tipo de tecnologia

utilizada no

veículo

A capacidade de aceleração e frenagem dos veículos influi na

velocidade média de percurso.

Traçado das vias

Rotas abertas nas pontas, bem como sinuosas e tortuosas,

aumentam o tempo de viagem, pois aumentam as distâncias

percorridas e exigem redução da velocidade nas conversões.

Assim, um aspecto importante no tempo de viagem é a retidão

das rotas, ou seja, quão reta elas são.

Distância entre os

locais de parada

Quanto menor for a distância média entre paradas, menor será

a velocidade média de operação e maior o tempo de viagem.

Na avaliação da qualidade do transporte coletivo em relação ao tempo de viagem é

necessário comparar a duração do percurso realizado pelo coletivo com a duração do

percurso realizado por transporte privado, uma vez que os usuários realizam essa

comparação intuitivamente e o estudo permite determinar a capacidade do transporte

público em competir com o transporte privado.

3.4. Capacidade e lotação do veiculo

Capacidade refere-se à quantidade de passageiros que cada veículo pode comportar

em uma mesma viagem.

Segundo Ferraz e Torres (2004), um dos principais problemas relacionados aos veículos

que comportam um grande número de passageiros é a grande quantidade de pessoas

em pé que gera desconforto decorrente da proximidade entre os usuários e a limitação

de seus movimentos, dificultando até mesmo o embarque e desembarque dos

passageiros.

“A densidade de passageiros encontrada nos transportes públicos urbanos reflete, em

parte, na incapacidade de atendimento à demanda” (RODRIGUES, 2006).

Ainda de acordo com Ferraz e Torres (2004), “a avaliação da qualidade do parâmetro

lotação pode ser feita com base na taxa de pessoas em pé por metro quadrado que

ocupam os espaços livres no interior dos veículos”.

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3.5. Confiabilidade

Para Ferraz e Torres (2004), a confiabilidade é o grau de certeza dos usuários de que

o veículo vai passar na origem e chegar ao destino na hora prevista, considerando uma

margem de tolerância relacionada a possíveis imprevistos que possam acontecer no

trajeto como acidentes, assaltos, defeitos nos ônibus e trânsito. Esse padrão de

qualidade pode ser determinado pelos seguintes conceitos: pontualidade e efetividade,

que são definidos como:

A pontualidade consiste no cumprimento dos horários estimulados pelo itinerário; e

A efetividade é a realização da programação operacional pré-estabelecida, ou seja,

é a porcentagem das viagens realizadas em relação às viagens programadas.

“A avaliação da confiabilidade pode ser realizada pela porcentagem de viagens

programadas não realizadas por inteiro ou concluídas com atraso superior a cinco

minutos ou adiantamento superior a três minutos” (FERRAZ e TORRES, 2004).

3.6. Segurança

A segurança se traduz no desejo de proteção física e moral dos agentes do transporte

público durante o deslocamento. Está relacionada aos acidentes envolvendo os veículos

de transporte público e os incidentes como agressões e roubo no interior dos ônibus e

nos locais de parada e terminais.

Cabe ao condutor do veículo zelar pela segurança dos passageiros evitando manobras

perigosas, procurando sempre parar nos locais destinados a este fim, não ultrapassando

sinais fechados e respeitando o limite de velocidade determinado pelas placas dispostas

ao longo da via.

Segundo Volvo (2014), as principais causas dos acidentes envolvendo ônibus nas

principais Rodovias Federais no período de 2008 a 2012 são: a falta de atenção do

motorista, a não manutenção da distância segura em relação ao veículo da frente, a

velocidade incompatível com a via, a presença de animais na pista e a ingestão de álcool

pelo condutor. Outra estimativa realizada constata que a maioria dos acidentes ocorre

em pleno dia, porém, a maior parte dos acidentes com vítima fatal, que gera maior

prejuízo aos cofres públicos, cerca de 25 vezes mais custos que os sem vítima, ocorre

de noite. Os dados coletados mostram a necessidade da atuação em conjunto de todos

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os setores das empresas de ônibus responsáveis pela coordenação do tráfego e pela

melhor orientação aos motoristas.

Outra preocupação constante se refere à segurança em relação a possíveis assaltos,

tanto dentro dos veículos públicos quanto nos locais de embarque e desembarque. É

necessário que a Polícia Militar reforce o patrulhamento e intensifique as investigações

relacionadas aos assaltos a coletivos garantindo maior segurança aos usuários do

transporte.

Os furtos no interior dos transportes públicos são cada dia mais comuns na realidade

dos brasileiros devido à grande facilidade que o assaltante encontra em entrar no

veículo e realizar o assalto, uma vez que se trata de uma ação rápida (geralmente dura

o intervalo entre dois pontos), lucrativa (é fácil vender o que foi arrecadado) e de baixo

risco (muitos desses crimes não chegam aos boletins de ocorrência).

Na maior parte das vezes o condutor ou cobrador do coletivo nem percebe o ataque,

visto que o salteador prefere atacar os passageiros, principalmente mulheres

desacompanhadas, evitando possíveis reconhecimentos futuros, sendo assim, é

importante que a população se conscientize e procure realizar procedimentos como

sentar na frente quando o veículo estiver vazio e procurar ficar visível em relação às

câmeras de segurança.

Segundo Ferraz e Torres (2004), a questão da violência no interior dos veículos e nos

locais de parada extrapola o sistema de transporte público, devendo ser tratada como

um problema de segurança da comunidade. Dessa forma, o poder público e as

empresas de ônibus precisam traçar estratégias que busquem reduzir os casos de furtos

a coletivos nos grandes centros como a utilização do monitoramento embarcado que é

constituído por uma ou mais câmeras e um DVR veicular, que faz o armazenamento

das imagens, e a intensificação do patrulhamento das vias pela Polícia Militar (PM).

3.7. Características do veículo

Segundo Ferraz e Torres (2004), as características dos veículos que mais influenciam

na qualidade do serviço são: o grau de sensação térmica dentro do veículo (temperatura

e ventilação), a quantidade de ruídos emitidos, a aceleração/ desaceleração, a altura

dos degraus, a largura das portas, a aparência interna e externa, a perfeita

funcionalidade de seus componentes como os sinais de alerta e a disposição e o

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material dos assentos. Também é necessário que haja conservação e limpeza do

interior dos veículos evitando assim cheiros indesejáveis, poeira, ou até elementos

enferrujados que possam ferir os passageiros.

“No que diz respeito ao estado de conservação dos veículos, contam a idade, a limpeza,

o aspecto geral e a existência ou não de ruídos decorrentes de partes soltas” (FERRAZ

e TORRES, 2004).

Na maior parte dos ônibus, a presença de apenas 2 portas dificulta o desembarque,

sobretudo, quando o veículo apresenta maior quantidade de pessoas em pé, desta

forma, faz-se necessário a existência de mais uma porta no meio do ônibus para facilitar

a descida e diminuir o tempo gasto durante o desembarque. Alguns ônibus apresentam

essa terceira porta, porém, muitos dos motoristas só as utilizam quando há presença de

portadores de deficiência física, já que nesta porta há elevador para a cadeira de rodas,

mantendo-a inutilizada frequentemente.

3.8. Características dos locais de parada

“Em relação às características físicas dos locais de parada, os seguintes aspectos são

importantes: sinalização adequada, existência de cobertura e bancos para sentar

(sobretudo nos locais de maior movimento) ” (FERRAZ e TORRES, 2004).

De acordo com Ferraz e Torres (2004), a sinalização dos locais de parada é importante

para evitar a ocorrência de paradas em distâncias curtas e paradas de outros veículos

em locais de embarque e desembarque de passageiros. Cabe acrescentar ainda, a

necessidade da presença de painéis que apresentem informações relativas às linhas

que abastecem o local e horário em que elas costumam passar, orientando assim,

principalmente, os usuários não habituais do serviço.

A presença de cobertura e assentos nos locais de parada aumenta significativamente o

conforto dos usuários do transporte público durante a espera para embarcar nos

coletivos, uma vez que as coberturas fornecem proteção, principalmente, durante os

dias de sol inteiro ou de chuva e os bancos para sentar possibilitam descanso,

principalmente, para idosos, crianças, deficientes físicos e mulheres grávidas.

Outra característica que precisa ser verificada refere-se à presença de iluminação

noturna adequada, já que muitos usuários realizam seus deslocamentos durante a noite

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e a má iluminação dos locais de embarque e desembarque facilita os furtos a usuários

durante a espera pelos coletivos.

3.9. Sistemas de informação

Uma vez que os transportes públicos não são somente utilizados pelos usuários

habituais, se faz necessário à utilização de instrumentos de informação que ajudem a

entendê-lo e utiliza-lo sem dificuldades, melhorando assim de forma significativa o

serviço prestado e evitando perda de mercado para outras formas alternativas de

transporte.

Em conformidade com Fontenele e Silva Jr. (2006), o Sistema de Informações aos

Usuários (SIU) que estiver de acordo com as necessidades dos passageiros conquistará

novos clientes e fidelizará os habituais, visto que, através de informações claras e

objetivas é possível realizar a programação antecipada da viagem, gerando comodidade

e eficiência na utilização do transporte público urbano.

De acordo com a Lei nº 12.587/2012, que institui diretrizes da Política Nacional de

Mobilidade Urbana, é obrigação do poder competente informar a população a respeito

do serviço de transporte público coletivo. Assim, passa a ser direito do usuário ser

informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita

e acessível, sobre: itinerários; horários; tarifas dos serviços; e modos de interação com

outros modais. Ainda, pela nova lei, o usuário do transporte público coletivo tem o direito

de ser informado, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre: seus direitos

e responsabilidades; direitos e obrigações dos operadores dos serviços; padrões pré-

estabelecidos de qualidade e quantidade dos serviços ofertados; e meios para

reclamações e seus respectivos prazos de resposta.

Segundo Ferraz e Torres (2004), o SIU envolve os seguintes pontos: disponibilidade de

folhetos com a correta determinação dos horários e itinerários das linhas, informações

sobre o trajeto da linha no inteiro do veículo através de mapa geral simplificado da rede,

fornecimento de informação quando necessário pelos motoristas ou cobradores, postos

fixos de fornecimento de informações nos terminais e disponibilidade de um canal de

reclamações via telefone, internet ou até mesmo pessoalmente.

Silva (2000) cita que o SIU é composto por diversas funções e pode ser subdividido em

promocional, de ensinamento, operacional e de moderação. As informações

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promocionais têm como objetivo motivar a utilização do transporte público urbano,

disponibilizando informações sobre o sistema e promovendo a melhoria da imagem do

transporte pela visão dos usuários, os de ensinamento divulgam como utilizar da melhor

forma o transporte público e as regras para a utilização do sistema. As informações

operacionais têm a finalidade de capacitar os usuários para um melhor aproveitamento

na utilização dos equipamentos do sistema. E os de moderação visam influenciar no

comportamento do usuário e promover um maior controle na escolha sobre as diversas

opções disponíveis.

Também é importante que seja estudado e conhecido o perfil de cada usuário do

coletivo de maneira a prestar o melhor atendimento possível. Para cada grupo de

usuários é necessário determinar a melhor informação com relação as suas

necessidades, a determinação dos locais dos pontos de informação e sua distribuição.

Conforme Molinero e Sanchez (1998) encontram-se listados em seguida os quatro tipos

de usuários do transporte coletivo:

Usuário regular em rota cotidiana: é cativo, rotineiro, costuma utilizar o serviço

frequentemente, como exemplo, podem ser citados os estudantes e

trabalhadores;

Usuário regular em uma rota nova: é aquele que desconhece o caminho, mas usa

o sistema constantemente;

Usuário potencial: este grupo é constituído por habitantes que conhecem a cidade,

mas não utilizam o sistema de transporte público constantemente; e

Turista: são visitantes que desconhecem os sistemas de transportes da cidade.

É perceptível que os usuários regulares são os que menos necessitam de informações

sobre o transporte, já que o serviço faz parte de sua rotina, enquanto os turistas

representam o grupo que mais precisa de informação, dentre as quais podem ser

citados o mapa da rede, o mapa da rota, o itinerário e o preço da passagem.

Na atualidade, diversos aplicativos foram desenvolvidos visando auxiliar o usuário do

sistema de transporte público a programar suas viagens e evitar perdas desnecessárias

de tempo nos locais de parada. Esses aplicativos são de extrema necessidade em

regiões como o Rio de Janeiro que não apresentam o mínimo aceitável de informações

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aos clientes nos locais de embarque e desembarque de passageiros e no interior dos

veículos.

3.9.1. Moovit

O Moovit é um software de navegação que permite que o usuário de transporte público

possa se programar e realizar o seu deslocamento da maneira mais eficiente possível.

O aplicativo apresenta diversas funções como o “Planejador de Viagens” que determina,

através do preenchimento das posições inicial e final, as melhores formas de

deslocamento, o tempo gasto durante a viagem, os locais onde o usuário precisa realizar

as transferências e o valor gasto durante o percurso.

O Moovit possui mapa próprio, figura 2, contendo a localização de todos os pontos de

parada dos coletivos e as linhas que são ofertadas no local.

Figura 2: Mapa presente no aplicativo Moovit.

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Outra função, denominada “Horário”, determina a hora em que o veículo de um

determinado modal (ônibus, trem, metrô, teleférico, barca etc.) passará nos pontos

destinados ao embarque e desembarque de passageiros, possibilitando que o usuário

se programe e não perca tempo desnecessário nos locais de parada. Esse tipo de

serviço é eficiente quando as empresas de transporte público e os funcionários

destinados ao controle das viagens consigam cumprir com os horários pré-

estabelecidos e quando o aplicativo é capaz de apresentar dados atualizados referentes

a atrasados inesperados.

3.9.2. Rio Bus

O aplicativo gratuito Rio Bus, apesar de mais simples que o Moovit, desempenha

importante papel na programação das viagens dos usuários do transporte público por

ônibus. O software possui um mapa, originário do Google, que apresenta a posição

geográfica dos veículos de uma determinada linha e sua velocidade, através de dados

coletados diretamente do Data Rio, um serviço público, aberto e gratuito da Prefeitura

Municipal do Rio de Janeiro. As informações apresentadas no aplicativo são atualizadas

minuto a minuto pelo servidor e tem sua confiabilidade inteiramente relacionada aos

dados que a prefeitura oferece.

Com uma navegação simples e objetiva, o usuário do aplicativo, ao digitar a linha de

ônibus na caixa de busca, obtém a posição de cada coletivo no mapa e ao clicar sobre

o marcador obtém ainda informações como velocidade, sentido, número do veículo e

horário da última atualização dos dados como apresentado na figura 3.

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21

Figura 3: Mapa do Google Maps presente no aplicativo Rio Bus.

As principais críticas refeitas pelos usuários em relação ao aplicativo são:

Atualização dos dados: algumas vezes, os dados disponibilizados apresentam

atualizações com atrasos significativos;

Frota incompleta: nem sempre todos os veículos circulantes da linha encontram-

se no mapa; e

Linhas não apresentadas: muitos usuários reclamam da ausência de linhas,

principalmente, daquelas circulantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro;

3.10. Conectividade

“O termo conectividade é utilizado para designar a facilidade de deslocamento dos

usuários de transporte público entre dois locais quaisquer da cidade. Essa facilidade é

avaliada pela porcentagem de viagens que não necessita de transbordo e pelas

características dos transbordos realizados” (FERRAZ e TORRES, 2004).

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22

Ainda segundo Ferraz e Torres (2004), quando há necessidade de transbordo é

necessário que exista a integração física e tarifária. A primeira existe quando a

transferência é realizada em um local fechado e apropriado, dotado de cobertura e

bancos. A segunda ocorre quando o usuário não necessita pagar novamente ou pagam

um valor menor ao trocar de veículo para concluir a viagem.

Atualmente, a integração tarifária é realizada através da utilização do cartão RioCard.

Descrito como um sistema de bilhetagem eletrônica que apresenta tecnologia moderna,

prática e eficiente, é utilizado em várias cidades brasileiras e nos maiores centros

urbanos do mundo. O sistema utiliza a tecnologia de cartões smartcard sem contato,

que funcionam por rádio frequência, permitindo assim uma comunicação segura com o

equipamento que faz a leitura dos cartões, o validador, para débito da tarifa e liberação

da roleta ou recarga de créditos. No Rio de Janeiro é produzido, gerenciado e distribuído

pela Fetranspor e seus associados, sendo distribuído através da rede de agências do Itaú,

pela internet e postos de atendimento.

A integração tarifária permite a utilização seguida de dois ou mais meios de transporte

(ônibus, metrô, trem ou barcas) dependendo do tipo de cartão utilizado pelo passageiro.

Esses cartões permitem economia de dinheiro, pois a viagem integrada tem valor menor

que a soma das tarifas dos meios de transporte utilizados se fossem pagos

separadamente, além disso, facilitam e agilizam o processo de embarque dos usuários

nos coletivos.

3.11. Comportamento dos operadores

No transporte coletivo o contato do usuário com o operador do serviço é permanente e,

quase sempre, direto, dessa forma, caraterísticas como aparência e comportamento dos

funcionários contribuem, significativamente, para a percepção da qualidade do serviço

por parte dos passageiros.

“Os seguintes aspectos são importantes em relação ao comportamento dos motoristas:

conduzir o veículo com habilidade e cuidado, tratar os passageiros com respeito,

esperar que os usuários completem as operações de embarque e desembarque antes

de fechar as portas, responder a perguntas dos usuários com cortesia, não falar

palavras inconvenientes etc. Em relação ao cobrador valem as mesmas observações,

exceto as que se relacionam ao modo de dirigir” (FERRAZ e TORRES, 2004).

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23

Por mais que sejam dadas recomendações aos condutores dos veículos, é necessário

que os usuários se conscientizem, respeitem e perguntem apenas o extremamente

necessário, uma vez que realizando este procedimento estará protegendo a sua vida e

a dos demais passageiros.

“A avaliação do fator comportamento dos operadores pode ser feita com base nos

seguintes itens: condutores dirigindo com habilidade e cuidado e condutores e

cobradores prestativos e educados” (FERRAZ e TORRES, 2004).

3.12. Estado das Vias

Segundo Ferraz e Torres (2004), em relação ao estado das vias por onde os veículos

se deslocam é necessário que haja qualidade na superfície de rolamento, a fim de evitar

solavancos provocados por buracos, lombadas e valetas. Além disso, a existência de

sinalização adequada garante segurança e conforto aos passageiros.

No Brasil, grande parte das vias encontra-se em má condição de utilização,

principalmente, devido ao excesso de carga a que são submetidos, a qualidade do

material utilizado durante a pavimentação e a sua execução. Além disso, segundo Oda,

Fernandes Jr e Zerbini (1999), muitos organismos rodoviários e prefeituras de

municípios brasileiros realizam atividades de manutenção e reabilitação de pavimentos

a margem das recomendações técnicas, devido à ausência de investimentos técnico-

gerenciais e do mau preparo, da falta de especialização e da desmotivação das equipes

técnicas.

Dessa forma, faz-se necessária o desenvolvimento da gerencia de pavimentos que, de

acordo com Haas, Hudson e Zaniewski (1994), é um processo que abrange todas as

atividades que objetivam fornecer e manter os pavimentos em um nível adequado de

serviço. Envolve desde a obtenção inicial de informações para o planejamento e

elaboração de orçamento até a monitorização periódica do pavimento, passando pelo

projeto e construção e a sua manutenção e reabilitação ao longo do tempo.

Os principais problemas presentes nos pavimentos estão apresentados na tabela 2 e

precisam ser atentamente estudados pelas equipes técnicas de avaliação dos

revestimentos, de modo a maximizar os resultados obtidos durante a pesquisa e aplicar

as medidas de reabilitação ou manutenção dos pavimentos da maneira mais correta

possível.

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Tabela 2: Identificação de defeitos nos pavimentos e dos seus respectivos níveis severidade.

Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)

Trincas por

Fadiga do

Revestimento

Conjunto de trincas

interligadas sem direções

preferenciais,

assemelhando-se ao

aspecto de couro de

jacaré. Estas trincas

podem apresentar, ou não,

erosão acentuada nas

bordas (DER/SP, 2006)

· BAIXA: poucas trincas

conectadas, sem erosão nos

bordos e sem evidência de

bombeamento

· MÉDIA: trincas conectadas e

bordos levemente erodidos, mas

sem evidência de bombeamento

· ALTA: trincas erodidas nos

bordos, movimentação dos blocos

quando submetidos ao tráfego e

com evidências de bombeamento

Trincas em

Blocos

Conjunto de trincas

interligadas caracterizadas

pela configuração de

blocos formados

por lados bem definidos,

podendo, ou não,

apresentar erosão

acentuada nas bordas

(DER/SP, 2006)

· BAIXA: trincas com abertura

média inferior a 6 mm ou seladas

com material selante em boas

condições

· MÉDIA: trincas com abertura

média entre 6 e 19 mm ou com

trincas aleatórias adjacentes com

severidade baixa

· ALTA: trincas com abertura média

superior a 19 mm ou trincas

aleatórias adjacentes com

severidade média a alta

Trincas nos

Bordos

São trincas longitudinais

próximas à borda do

pavimento, usualmente

provocadas pela umidade

no acostamento. O

recalque do terreno de

fundação ou a

ruptura de aterros podem

causar trincas longas,

longitudinais ou

parabólicas

BAIXA: sem perda de material ou

despedaçamento

MÉDIA: perda de material e

despedaçamento em até 10% da

extensão afetada

ALTA: perda de material e

despedaçamento em mais de 10%

da extensão afetada

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25

Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)

Trincas

Longitudinais

Trinca isolada que

apresenta direção

predominantemente

paralela ao eixo da via.

Quando apresentar

extensão de até 1 m é

denominada trinca

longitudinal curta.

Quando a extensão for

superior a 1 m, denomina-

se trinca longitudinal longa

(DER/SP, 2006)

BAIXA: trincas com abertura média

inferior a 6 mm ou seladas com

material selante em boas condições

MÉDIA: trincas com abertura média

entre 6 e 19 mm ou com

trincas aleatórias adjacentes com

severidade baixa

ALTA: trincas com abertura média

superior a 19 mm ou trincas com

abertura média inferior a 19 mm,

mas com trincas aleatórias

adjacentes com severidade média

a alta

Trincas por

Reflexão

As trincas por reflexão

manifestam, na superfície

do pavimento, o mesmo

padrão de trincas

originadas nas camadas

inferiores, assim como

também refletem suas

juntas. Elas podem ser

longitudinais, transversais

ou em blocos (ODA, 2014)

BAIXA: trincas com abertura média

inferior a 6 mm ou seladas com

material selante em boas condições

MÉDIA: trincas com abertura média

entre 6 e 19 mm ou com trincas

aleatórias adjacentes com

severidade baixa

ALTA: trincas com abertura média

superior a 19 mm ou trincas com

abertura média inferior a 19 mm,

mas com trincas aleatórias

adjacentes com severidade média

a alta

Trincas

Transversais

Trinca isolada que

apresenta direção

predominantemente

perpendicular ao eixo da

via.

Quando apresentar

extensão de até 1 m é

denominada trinca

transversal curta.

Quando a extensão for

superior a 1 m, denomina-

se trinca transversal longa

(DER/SP, 2006)

BAIXA: trincas com abertura média

inferior a 6 mm ou seladas com

material selante em boas condições

MÉDIA: trincas com abertura média

entre 6 e 19 mm ou com trincas

aleatórias adjacentes com

severidade baixa

ALTA: trincas com abertura média

superior a 19 mm ou trincas com

abertura média inferior a 19 mm,

mas com trincas aleatórias

adjacentes com severidade média

a alta

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26

Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)

Remendos

É a correção, em área

localizada, de defeito do

pavimento. Considera-se

remendo superficial quando

houver apenas correção do

revestimento; ou profundo

quando, além do

revestimento,

forem corrigidas uma ou

mais camadas inferiores,

podendo atingir o subleito

(DER/SP, 2006)

Função da severidade dos defeitos

apresentados pelo remendo

Panelas

Cavidade que se forma no

revestimento por diversas

causas, inclusive por falta

de aderência entre

camadas superpostas,

causando o desplacamento

das camadas, podendo

alcançar as

camadas inferiores do

pavimento e provocar a

desagregação dessas

camadas

BAIXA: profundidade menor que 25

mm

MÉDIA: profundidade entre 25 e 50

mm

ALTA: profundidade maior que 50

mm

Deformação

permanente

Caracterizada por

depressão da superfície do

pavimento, acompanhada,

ou não, de pequena

elevação do revestimento

asfáltico, podendo

apresentar-se sob a forma

de afundamento plástico ou

de consolidação (DER/SP,

2006)

Substituídos pelas medições da

deformação permanente a cada 15

m

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Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)

Corrugação

Deformação caracterizada

por irregularidades

longitudinais, com

pequenos comprimentos

de onda e amplitude

irregular, acompanhadas

ou não de

escorregamentos,

resultando em

sensíveis vibrações para

os veículos em movimento

(DER/SP, 2006)

Associados aos efeitos sobre a

qualidade do rolamento

Exsudação

Excesso de ligante

asfáltico na superfície do

pavimento, causado pela

migração do ligante através

do revestimento (DER/SP,

2006)

BAIXA: mudança de coloração em

relação ao restante do pavimento

devido ao excesso de asfalto

MÉDIA: perda de textura superficial

ALTA: aparência brilhante; marcas

de pneus evidentes em tempo

quente; agregados cobertos pelo

asfalto

Agregados

Polidos

Resultantes de uma ação

abrasiva do tráfego, os

agregados sofrem um

grande desgaste,

removendo o ligante

asfáltico presente no local

e expondo os agregados

mais graúdos

Níveis de polimento podem ser

associados à redução no

coeficiente

de atrito pneu-pavimento

Desgaste

Perda de adesividade do

ligante betuminoso e

desalojamento dos

agregados caracterizado

pela aspereza superficial

do pavimento

BAIXA: início do desgaste, com

perda de agregados miúdos

MÉDIA: textura superficial torna-se

áspera, com perda de agregados

miúdos e de alguns graúdos

ALTA: textura superficial muito

áspera, com perda de agregados

graúdos

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Defeito Definição Níveis de Severidade (SHRP, 1993)

Desnível

(degrau) entre

a Pista e o

Acostamento

Desnível entre a pista e o

acostamento devido a

erosão ou consolidação do

acostamento

Substituídos pelas medições do

desnível

Bombeamento

Pressão exercida pelas

cargas do tráfego sob a

água dos vazios do

revestimento

Não aplicáveis porque o

bombeamento depende do teor de

umidade das camadas inferiores do

pavimento

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4. AVALIAÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE: PARÂMETROS DE QUALIDADE

Embora haja toda complexidade em relação a melhor determinação dos padrões de

qualidade, é preciso avalia-los para efeito de planejamento e projeto. Sendo assim,

Ferraz e Torres (2004) estabelece parâmetros baseados na opinião da maior parte dos

usuários, em geral, clientes correspondentes às classes economicamente menos

favorecidas. Os parâmetros de avaliação encontram-se apresentados nas figuras de 4

a 15.

Figura 4: Parâmetros da acessibilidade no ponto de vista do usuário.

Acessibilidade

Distância de

caminhada no início e

no fim da viagem

(metros)

Bom

< 300

Regular

300-500

Ruim

> 500

Declividade dos percursos

não exagerada por

grandes distâncias,

passeios revestidos e em

bom estado, segurança

na travessia das ruas,

iluminação noturna etc.

Satisfatório

Deixa a

desejar

Insatisfatório

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Figura 5: Parâmetro da frequência de atendimento no ponto de vista do usuário.

Figura 6: Parâmetro do tempo de viagem no ponto de vista do usuário.

Figura 7: Parâmetro da lotação no ponto de vista do usuário.

Frequência de

atendimento

Intervalo entre

atendimentos (minutos)

Bom

< 15

Regular

15-30

Ruim

> 30

Tempo de viagem

Relação entre o tempo

de viagem por ônibus e

por carro

Bom

< 1,5

Regular

1,5-2,5

Ruim

> 2,5

LotaçãoTaxa de passageiros em

pé (pass/m2)

Bom

< 2,5

Regular

2,5-5,0

Ruim

> 5,0

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Figura 8: Parâmetro da confiabilidade no ponto de vista do usuário.

Figura 9: Parâmetro da segurança no ponto de vista do usuário.

Confiabilidade

Viagens não realizadas

ou realizadas com

adiantamento maior que

3 min ou atraso acima de

5 min (%)

Bom

< 1,0

Regular

1,0-3,0

Ruim

> 3,0

SegurançaÍndice de acidentes

(acidentes/100 mil km)

Bom

< 1,0

Regular

1,0-2,0

Ruim

> 2,0

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Figura 10: Parâmetros das características do veículo no ponto de vista do usuário.

Características

dos ônibus

Idade e estado de

conservação

(anos)

Bom

< 5

Regular

5-10

Ruim

> 10

Número de portas

e largura do

corredor

Bom

3 portas e corredor largo

Regular

2 portas e corredor largo

Ruim

Outras situações

Altura dos

degraus, sobretudo

do primeiro

Bom

Pequena

Regular

Deixa a desejar

Ruim

Grande

Aparência

Satisfatória

Deixa a desejar

Insatisfatória

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Figura 11: Parâmetros das características dos locais de parada no ponto de vista do usuário.

Características

dos locais de

parada

Sinalização

Bom

Em todos

Regular

Falta em alguns

Ruim

Falta em muitos

Cobertura

Bom

Na maioria

Regular

Falta em muitos

Ruim

Em poucos

Banco para

sentar

Bom

Na maioria

Regular

Falta em muitos

Ruim

Em poucos

Aparência

Satisfatória

Deixa a desejar

Insatisfatória

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Figura 12: Parâmetros do sistema de informações no ponto de vista do usuário.

Sistema de

informações

Folhetos com

itinerários e

horários disponíveis

Bom

Sim

Regular

Sim, porém precário

Ruim

Não existem

Informações

adequadas nas

paradas

Bom

Sim

Regular

Sim, porém precário

Ruim

Não existem

Informações e

reclamações

(pessoalmente ou

por telefone)

Bom

Sim

Regular

Sim, porém precário

Ruim

Não existem

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Figura 13: Parâmetros da conectividade no ponto de vista do usuário.

Conectividade

Transbordos (%)

Bom

< 15

Regular

15-30

Ruim

> 30

Integração física

Bom

Sim

Regular

Sim, porém precário

Ruim

Não existem

Integração

tarifária

Bom

Sim

Regular

Não

Ruim

Não

Tempo de espera

nos transbordos

(min)

Bom

< 15

Regular

15-30

Ruim

> 30

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Figura 14: Parâmetros do comportamento dos operadores no ponto de vista do usuário.

Figura 15: Parâmetro do estado das vias no ponto de vista do usuário.

Comportamento

dos operadores

Motoristas dirigindo com

habilidade e cuidado

Satisfatório

Deixa a desejar

Insatisfatório

Motoristas e cobradores

prestativos e educados

Satisfatório

Deixa a desejar

Insatisfatório

Estado

das vias

Vias pavimentadas e sem

buracos, lombadas e

valetas e com sinalização

adequada

Satisfatório

Deixa a desejar

Insatisfatório

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5. ESTUDO DE CASO

Como já mencionado anteriormente, o transporte coletivo por ônibus é de grande

importância para o desenvolvimento urbano e contribui de maneira significativa para o

aumento das oportunidades, principalmente para a população com menos recursos.

No presente capítulo serão abordados os seguintes conteúdos a fim de realizar o estudo

da qualidade do transporte por ônibus referente à linha que conecta Campo Grande a

Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro:

Descrição das principais áreas abrangidas pelo serviço prestado;

Coleta de dados através de pesquisas de campo sobre cada um dos padrões de

qualidade relativo à linha em estudo;

Desenvolvimento de ações que resultem na melhoria do serviço prestado;

5.1. Principais áreas abrangidas pelo serviço

5.1.1. Campo Grande

De acordo com o Censo Demográfico de dois mil e dez (2010), Campo Grande

apresenta-se como o bairro mais populoso do município do Rio de Janeiro, com cerca

de 328.370 habitantes e mais de 120.049 domicílios. Sendo assim, é crescente a

quantidade de investimentos do poder público e privado, atraídos pelo grande mercado

consumidor, no desenvolvimento econômico da região. Entretanto, esse crescimento

não significou melhoria na infraestrutura viária, já que a criação de novos polos

geradores de tráfego como o Park Shopping Campo Grande, figura 16, inaugurado em

2012, e de diversos Condomínios Residenciais acarretou no aumento dos

congestionamentos.

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Figura 16: Vista frontal do Park Shopping Campo Grande, importante polo gerador de

tráfego na atualidade.

A região está localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro e faz fronteira com dez bairros

e com o município de Nova Iguaçu, da Baixada Fluminense, conforme observado na

tabela 3 e na figura 17. É intenso o fluxo diário de pessoas para região, principalmente

originarias dos bairros a Oeste (Paciência, Cosmos e Inhoaíba), atraídos pelas melhores

oportunidades de emprego e pelos centros comerciais existentes na localidade. Da

mesma forma, inúmeros cidadãos realizam seu deslocamento de Campo Grande para

regiões do Rio de Janeiro como Centro da Cidade e Barra da Tijuca.

Tabela 3: Regiões Limítrofes a Campo Grande.

Região Limítrofe Posição em Relação a Campo Grande

Paciência Ao Oeste

Cosmos Ao Oeste

Inhoaíba Ao Oeste

Guaratiba Ao Sul

Vargem Grande Ao Sul

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Região Limítrofe Posição em Relação a Campo Grande

Jacarepaguá Ao Sudeste

Bangu Ao Leste

Senador Camará Ao Leste

Senador Vasconcelos Ao Leste

Santíssimo Ao Leste

Nova Iguaçu Ao Nordeste

Figura 17: Localização do bairro de Campo Grande.

Fonte: Google Maps (2016)

O bairro está ligado aos grandes centros econômicos por meio de corredores de

transporte de massa – Avenida Brasil e Ferrovia – e conta com eixos viários

considerados estruturantes do Município na escala intermunicipal como a Rodovia Rio-

Santos e a antiga Estrada Rio-São Paulo. A primeira permite o acesso à região sul-

fluminense e, a segunda, serve de ligação ao município de Nova Iguaçu e ao estado de

São Paulo. No âmbito municipal, os principais eixos de conexão com a cidade são a

Avenida das Américas, em direção à Barra da Tijuca, e à Avenida Brasil e Avenida Santa

Cruz, como ligação à Zona Norte e Centro.

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5.1.2. Avenida Brasil

Com 58,5 quilômetros de extensão, a Avenida Brasil apresenta-se como a maior

avenida em extensão do Brasil e o maior trecho urbano da BR-101, ligando a BR-101

norte (Ponte Rio-Niterói e Rodovia Rio-Vitória/Niterói-Manilha) à BR-101 sul (Rodovia

Rio-Santos). A região também faz parte do percurso da BR-040, da BR-116 e da BR-

465, abrangendo assim, todas as rodovias federais que passam pela cidade do Rio de

Janeiro.

De acordo com Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do documento relativo

ao volume diário de veículos, a Avenida Brasil apresenta-se como a principal

responsável pelo fluxo viário no município do Rio de Janeiro. Na tabela 4, encontram-

se os valores relacionados à contagem volumétrica de algumas das principais vias

cariocas.

Tabela 4: Contagem volumétrica de veículos – março de 2013.

Logradouro Referência Volume Diário de Veículos

Av. Ayrton Senna Altura da Av. Embaixador Abelardo Bueno

168.485

Av. Armando Lombardi Altura da Av. Afonso de Taunay

109.670

Av. Brasil Altura da Fundação Osvaldo Cruz

260.685

Av. Brasil Próximo à Rod. Washington Luís

175.263

Av. Brasil Próximo à Av. Pastor Martin Luther King Junior

162.048

Av. Brasil Altura da Rua Recife 30,4 Km

127.202

Av. das Américas Próximo à Av. Min. Afrânio Costa

136.554

Av. Infante Dom Henrique Altura do Rua Silveira Martins

105.264

Av. Ministro Ivan Lins Próximo à Praça Euvaldo Lodi

162.157

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41

Logradouro Referência Volume Diário de Veículos

Av. Padre Leonel Franca Altura da Rua Prof. Manuel Ferreira

118.415

Av. Presidente Castelo Branco (Radial Oeste)

Altura da Rua General Canabarro

126.359

Av. Presidente Vargas Altura da Pça da República

120.796

Av. Princesa Isabel Altura da Av. Nossa Senhora de Copacabana

71.718

Av. Rio Branco Altura da Av. Sete de Setembro (nº 110)

38.156

Av. Rodrigues Alves Altura da Rua Professor Pereira Reis

67.772

Av. Venceslau Brás Altura da Av. Pasteur 92.207

Estrada do Galeão Altura da Rua Haroldo Lobo

106.329

Linha Amarela Próximo ao Túnel da Covanca

122.778

Linha Vermelha Altura do Km 5,5 (Favela da Maré)

154.723

Praia de Botafogo Altura da Rua Professor Alfredo Gomes

116.966

Rua Humaitá Altura da Rua Visconde de Silva

93.414

Rua Teixeira Soares Altura da Rua Pará 70.966

Túnel Novo Altura da Av. Princesa Isabel

130.528

Túnel Rebouças - 157.640

Túnel Zuzu Angel - 118.415

Túnel Acústico - 97.529

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42

A maior parte das viagens realizadas no local é de natureza pendular, isto é, o

deslocamento diário de trabalhadores da Zona Norte, Zona Oeste e da Baixada

Fluminense ao Centro da Cidade e a sua volta para casa. A lista de bairros atendidos

pela Avenida Brasil encontra-se na tabela 5.

Tabela 5: Bairros atendidos pelo traçado da Avenida Brasil.

Zona Bairro

Oeste Deodoro

Oeste Realengo

Oeste Padre Miguel

Oeste Bangu

Oeste Vila Kennedy (*)

Oeste Santíssimo

Oeste Campo Grande

Oeste Santa Cruz

Norte Ricardo de Albuquerque

Norte Guadalupe

Norte Barros Filho

Norte Fazendo Botafogo (*)

Norte Coelho Neto

Norte Irajá

Norte Vista Alegre

Norte Parada de Lucas

Norte Vigário Geral

Norte Cordovil

Norte Penha

Norte Olaria

Norte Ramos

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43

Zona Bairro

Norte Manguinhos

Centro Benfica

Centro Vasco da Gama

Centro Bairro Imperial de São Cristóvão

Centro Cajú

Centro Bonsucesso

(*) Bairro não oficial

Fonte: Google Maps (2016)

Devido a sua grande interferência no cenário não apenas carioca, mas também,

brasileiro é importante que sejam realizados investimentos de melhoria da infraestrutura

viária e de redução dos elevados índices de violência existentes na região. É necessário

que sejam desenvolvidos novos projetos de mobilidade como o já iniciado BRT

TransBrasil, que conectará Deodoro ao Centro da Cidade, além de instalação de polícia

pacificadora nos locais mais violentos, permitindo assim melhores condições de vida

aos habituais usuários e aos moradores da região.

Figura 18: Obras do BRT TransBrasil.

Fonte: O Globo (2016).

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44

5.1.3. Ilha do Fundão – Cidade Universitária

A Cidade Universitária, figura 19, está localizada na Zona Norte da cidade do Rio de

Janeiro e sedia a UFRJ. Na região, encontram-se diversas unidades acadêmicas e

administrativas da universidade em uma área superior a cinco milhões de metros

quadrados. Importantes empresas e centros de pesquisas constituem seu parque

tecnológico que apresenta alta tecnologia e prestígio internacional.

Figura 19: Localização da Ilha do Fundão (Cidade Universitária).

Fonte: Google Maps (2016).

Os seguintes Centros, dentre outros, constituem seu Parque Tecnológico:

Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello

(CENPES) da Petrobras;

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) da Eletrobrás;

Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) do Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação;

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45

Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) do Ministério da Ciência,

Tecnologia e Inovação;

Centro Tecnológico Global da General Electric (GE);

Centro de Excelência em Gás Natural (CEGN); e

Centro de realidade virtual vinculado ao Laboratório de Métodos Computacionais

em Engenharia (Lamce);

A região conta com transporte integrado de linhas de ônibus que circulam em toda

extensão. Apresenta linhas internas gratuitas que são responsáveis pelo deslocamento

de milhares de usuários diariamente entre os polos de estudo existentes na localidade.

Apresenta ainda linhas intercampi que assim como as internas são gratuitas, planejadas

e gerenciadas pela Prefeitura Universitária. Além dessas, uma vasta quantidade de

linhas externas realiza o transporte dos alunos da UFRJ até suas residências ou locais

de trabalho.

5.2. Pesquisas de Campo

Nesse tópico encontram-se desenvolvidas as diversas pesquisas de campo sobre cada

um (1) dos doze (12) padrões de qualidade do sistema de transporte público por ônibus

referente à linha em estudo. Embora tenham sido elaboradas para determinação dos

patrões referentes a uma linha em específico, as pesquisas elaboradas no presente

projeto servem para avaliar qualquer outra linha de ônibus, desde que as características

peculiares de cada uma sejam bem estabelecidas e consideradas nas avaliações.

5.2.1. Acessibilidade

A acessibilidade varia de maneira significativa de usuário para usuário, uma vez que as

regiões de embarque e desembarque e o trajeto percorrido são diferentes. O

desenvolvimento da pesquisa de campo relacionada a este padrão de qualidade limitou-

se na verificação das características de acesso das Estações de Integração de Campo

Grande e da Cidade Universitária.

Assim como proposto por Ferraz e Torres (2010), os parâmetros da acessibilidade foram

avaliados de acordo com os seguintes conceitos:

Satisfatório;

Deixa a desejar; e

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46

Insatisfatório.

Buscando analisar da maneira mais clara e objetiva possível, cinco (5) avaliadores de

campo, estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro ou pacientes do Hospital

Universitário Clementino Fraga Filho, que costumam embarcar e/ou desembarcar nas

Estações estudadas, realizaram uma avaliação visual da estrutura física presente

nessas localidades e em seu entorno, no dia dez de junho de dois mil e quinze

(10/06/2015), quarta-feira, e preencheram a ficha relativa aos parâmetros da

acessibilidade presente no ANEXO I.

O quinteto de avaliadores foi formado pelo autor da monografia e pelos seguintes

avaliadores voluntários:

Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de

Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro;

Aline de Oliveira Nogueira Costa (código 02): pesquisadora voluntária no

Laboratório de Imunobiofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro;

Rosana de Abreu Barbosa do Nascimento (código 03): mãe de uma paciente do

Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; e

Suzana Souza de Abreu de Freitas (código 04): paciente do Hospital Universitário

Clementino Fraga Filho.

Com as fichas devidamente preenchidas foi possível criar a tabela relativa à qualidade

da acessibilidade e o resultado final de cada parâmetro consistiu no conceito que

apresentou maior ocorrência. No dia doze de junho de dois mil e quinze (12/06/2015),

sexta-feira, foi realizada uma reunião final onde os avaliadores explicaram os motivos

dos conceitos atribuídos, a fim de evitar grandes discrepâncias, e caso algum parâmetro

apresentasse conceitos com mesmo número de ocorrências seria atribuído um conceito

final através do consenso dos avaliadores. Os resultados finais estão apresentados nas

tabelas 6 e 7.

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Tabela 6: Resultado da avaliação da Estação de Integração de Campo Grande.

Parâmetro da Acessibilidade Estação de Integração de Campo Grande

Passeios

Declividade Deixa a desejar (3/5)

Largura Insatisfatório (5/5)

Revestimento Insatisfatório (3/5)

Sinalização adequada para

realização da travessia das

ruas

Insatisfatório (3/5)

Iluminação noturna Insatisfatório (4/5)

Infraestrutura necessária aos

portadores de deficiência

física

Insatisfatório (5/5)

Como pode ser constatado pelos dados presentes na tabela 6, a Estação de Integração

de Campo Grande, figura 20, apresenta infraestrutura inadequada ao deslocamento dos

usuários de transporte público. Dos seis (6) parâmetros analisados na pesquisa, cinco

(5) receberam conceito “insatisfatório” e um (1) recebeu conceito “deixa a desejar”.

Figura 20: Ponto de ônibus da linha localizado na Estação de Integração de Campo

Grande.

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48

De acordo com Jeniffer Figueira e Suzana Freitas, um dos principais problemas

apresentados na Estação de Integração de Campo Grande refere-se ao limitado espaço

físico dos passeios. Para elas, durante os horários de maior demanda, a circulação de

pedestres é intensa e a velocidade de deslocamento até os pontos de embarque é

reduzida, o que faz com que muitos usuários circulem por entre os ônibus parados e até

mesmo na rua, colocando em risco sua segurança.

Rosana Nascimento critica a ausência de infraestrutura adequada aos portadores de

deficiência física, que não possuem condições adequadas de conforto, autonomia e

segurança para realizarem o deslocamento. Passeios altos, irregulares e estreitos,

figura 21, e inexistência de rampas dificultam o deslocamento das cadeiras de rodas,

por exemplo, e causam constrangimentos a esses usuários.

Figura 21: Passeio presente na Estação de Integração de Campo Grande com espaço

limitado e revestimento com mau estado de conservação.

Outro problema, dessa vez apresentado por Aline Costa, refere-se à iluminação noturna.

Para ela, é impossível se deslocar sozinha durante a noite na Estação de Integração de

Campo Grande, a falta de iluminação adequada aliada a ausência de policiamento

facilita os furtos na região durante a noite.

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Tabela 7: Resultado da avaliação da Estação de Integração da Cidade Universitária.

Parâmetro da Acessibilidade Estação de Integração da Cidade Universitária

Passeios

Declividade Satisfatório (3/5)

Largura Satisfatório (4/5)

Revestimento Satisfatório (3/5)

Sinalização adequada para

realização da travessia das

ruas

Satisfatório (3/5)

Iluminação noturna Satisfatório (4/5)

Infraestrutura necessária aos

portadores de deficiência

física

Satisfatório (3/5)

Os avaliadores consideram a Estação de Integração da Cidade Universitária, figuras 22

e 23, mais acessível aos usuários do transporte público por ônibus. Com espaço amplo

e bem revestido, com presença de coberturas, assentos e boa iluminação e com

sinalização adequada para realização da travessia das ruas, a Estação analisada obteve

todos os seis (6) parâmetros com conceito “satisfatório”.

Figura 22: Amplo espaço físico disponível na Estação de Integração da Cidade

Universitária.

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Figura 23: Infraestrutura adequada aos portadores de deficiência física e sinalização

para realização da travessia da rua.

Jeniffer Figueira destaca que anteriormente o terminal das linhas que circulam na região

era localizado próximo a passarela da Linha Vermelha em frente ao Hospital

Universitário e possuía péssimas condições de utilização com passeios estreitos, má

iluminação e ausência de coberturas e assentos.

5.2.2. Frequência de Atendimento e confiabilidade

Apesar de possuir alta demanda pelo serviço, a linha apresenta baixa frequência de

atendimento inclusive nos horários de pico, o que gera superlotação do veículo e

insatisfação do usuário (perda da confiabilidade).

Segundo o aplicativo Moovit, que apresenta informações originárias da Federação das

Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), a

frequência de atendimento aos passageiros varia, considerando as partidas do coletivo

da Estação de Integração de Campo Grande, de acordo com a tabela 8.

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Tabela 8: Frequência de Atendimento disponibilizada pelo aplicativo Moovit.

Horário Frequência Teórica (min)

04:00 30 em 30

05:00 30 em 30

06:00 10 em 10

07:00 10 em 10

08:00 10 em 10

09:00 15 em 15

10:00 15 em 15

11:00 15 em 15

12:00 15 em 15

13:00 15 em 15

14:00 15 em 15

15:00 15 em 15

16:00 15 em 15

17:00 10 em 10

18:00 10 em 10

19:00 10 em 10

20:00 30 em 30

21:00 30 em 30

22:00 30 em 30

23:00 30 em 30

00:00 30 em 30

01:00 30 em 30

Buscando avaliar se as informações exibidas no aplicativo apresentam semelhança com

a realidade e determinar a real frequência de atendimento, foi realizada uma pesquisa

de campo nos dias doze e quatorze de janeiro de dois mil e quinze (12/01/2016 e

14/01/2016), terça e quinta-feira, respectivamente, que contabilizou os primeiros

horários reais de saída dos coletivos da Estação de Integração de Campo Grande,

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tabelas 9 e 10, e que englobou os horários de maior demanda pelo serviço durante a

manhã que segundo informações do Moovit apresenta frequência de atendimento de

dez (10) em 10 (dez) minutos. Por fim, a frequência real foi comparada com os limites

estabelecidos por Ferraz e Torres (2004) que são:

Bom: Intervalo de atendimento menor que (<) quinze (15) minutos;

Regular; Intervalo de atendimento entre quinze (15) e trinta (30) minutos; e

Ruim: Intervalo de atendimento maior que (>) trinta (30) minutos.

Tabela 9: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia

12/01/2016.

Horário de Saída do Veículo Frequência de Atendimento Real

04:00 -

04:15 00:15

04:30 00:15

04:45 00:15

05:00 00:15

05:15 00:15

05:30 00:15

05:45 00:15

06:00 00:15

06:50 00:50

07:00 00:10

07:50 00:50

08:10 00:20

08:45 00:35

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53

Tabela 10: Frequência de atendimento obtida pela pesquisa realizada no dia

14/01/2016.

Horário de Saída do Veículo Frequência de Atendimento Real

04:00 -

04:15 00:15

04:30 00:15

04:45 00:15

05:00 00:15

05:15 00:15

05:30 00:15

05:45 00:15

06:00 00:15

06:15 00:15

06:35 00:20

07:20 00:45

08:05 00:45

08:30 00:25

Com os dados apresentados, percebe-se que os horários disponibilizados no aplicativo

não apresentam semelhança com a realidade. O intervalo de atendimento no período

entre quatro (4) e seis (6) horas da manhã, horários em que os coletivos se originam da

garagem da Empresa, é de 15 minutos, desempenho regular segundo os limites

estabelecidos, e após as seis (6) horas há uma grande inconstância de horários de

saída, baixo desempenho.

A causa do alto intervalo de atendimento aos usuários entre seis (6) e oito (8) horas da

manhã, segundo a fiscal responsável pelo gerenciamento dos veículos da linha, é a

grande variabilidade das condições de tráfego da Av. Brasil que quando congestionada

impede a volta dos veículos a Estação de Integração.

A tabela 11 apresenta o número de usuários presentes na fila do ponto de ônibus da

Estação segundos antes do coletivo chegar nos períodos em que a frequência de

atendimento foi superior a trinta (30) minutos, desempenho ruim.

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Tabela 11: Quantitativo de usuários na fila de embarque à espera dos coletivos nos

períodos de maior intervalo entre atendimentos.

Dia Período Intervalo de

Atendimento

Quantidade de

Usuário

12/01/2016 Entre 06:00 e 06:50 50 Minutos 48

12/01/2016 Entre 07:00 e 07:50 50 Minutos 37

12/01/2016 Entre 08:10 e 08:45 35 minutos 28

14/01/2016 Entre 06:35 e 07:30 45 minutos 40

14/01/2016 Entre 07:20 e 08:05 45 minutos 25

Analisando os dados obtidos, contata-se o mau gerenciamento realizado pelos

operadores, uma vez que, uma quantidade significativa de usuários, principalmente os

estudantes e funcionários da UFRJ que precisam estar em seus destinos as oito (8)

horas da manhã, realizam o deslocamento nos horários de alto intervalo entre

atendimentos e maior inconstância, diminuindo assim a confiabilidade dos passageiros.

Sendo assim, há a necessidade do aumento da frota disponível ou do maior

espaçamento entre as frequências iniciais assim como estabelecido teoricamente pela

Fetranspor no aplicativo Moovit.

5.2.3. Tempo de viagem

A fim de avaliar o tempo de viagem gasto por uma pessoa que realiza seu deslocamento

diário de Campo Grande a Cidade Universitária pelo serviço prestado pela linha,

realizou-se uma pesquisa de campo onde foram determinados os horários de entrada e

saída do veículo e a duração do trajeto. Além disso, seguindo os parâmetros de

qualidade referentes ao tempo de viagem também foi determinado o tempo gasto por

um cidadão que realiza seu deslocamento através de transporte privado.

Dois voluntários realizaram a pesquisa durante os mesmos horários e dias. Buscando

considerar todas as variáveis que possam mascarar os resultados, ambos iniciaram o

percurso no mesmo lugar e o voluntário que possuía automóvel realizou o mesmo trajeto

do ônibus, exceto nas vias laterais que em que o coletivo precisava passar para

embarcar/desembarcar passageiros. Por fim, foi determinada a relação entre o tempo

de viagem por ônibus e por carro com a finalidade de determinar o nível de qualidade

do serviço. Os resultados encontram-se apresentados nas tabelas 12 e 13.

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55

Tabela 12: Tempo de viagem por ônibus.

Data Dia da

Semana

Espera Horário de

Embarque

Horário de

Desembarque

Duração do

Percurso

04/05/2015 Segunda 00:34:00 06:12:00 08:18:00 02:06:00

05/05/2015 Terça 00:20:00 06:10:00 08:25:00 02:15:00

06/05/2015 Quanta 00:18:00 06:26:00 08:45:00 02:19:00

07/05/2015 Quinta 00:15:00 06:05:00 08:02:00 01:57:00

08/05/2015 Sexta 00:10:00 06:00:00 08:00:00 02:00:00

Tabela 13: Tempo de viagem por automóvel.

Data Dia da

Semana

Espera Horário de

Embarque

Horário de

Desembarque

Duração do

Percurso

04/05/2015 Segunda - 06:12:00 07:10:00 00:58:00

05/05/2015 Terça - 06:10:00 07:05:00 00:55:00

06/05/2015 Quanta - 06:26:00 07:35:00 01:09:00

07/05/2015 Quinta - 06:05:00 07:00:00 00:55:00

08/05/2015 Sexta - 06:00:00 06:55:00 00:55:00

Com os dados obtidos, foi possível determinar o tempo médio de viagem através da

média aritmética dos valores observados em cada dia da semana, obtendo- se assim

os seguintes resultados:

Tempo Médio por ônibus: duas horas, sete minutos e vinte e quatro segundos

(02:07:24); e

Tempo Médio por automóvel: cinquenta e nove minutos e vinte e quatro segundos

(00:59:24).

Por fim, a avaliação do padrão de qualidade consistiu na determinação da razão entre

os tempos de viagem por ônibus e por automóvel e na comparação do resultado obtido

e os seguintes limites:

Bom: razão >1,5

Regular: 1,5< razão < 2,5

Ruim: 2,5 < razão

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Assim, considerando que a razão entre os tempos de viagens foi de dois vírgula dois

unidades (2,2), o serviço apresenta qualidade regular quando analisado em relação ao

tempo de viagem. Porém, caso fosse considerado o tempo de espera dos usuários no

ponto de ônibus, necessário para que este consiga um assento no coletivo, a razão

subiria para dois vírgula cinco unidades (2,5), o que representaria qualidade ruim do

serviço.

5.2.4. Capacidade e lotação do veículo

Buscando avaliar a lotação dos veículos da linha, foi realizada uma pesquisa de campo,

onde foram contabilizadas todas as entradas (embarques) e saídas (desembarques) do

veículo, em cada ponto de ônibus existente ao longo do trajeto da linha, durante uma

viagem realizada no período entre 6 e 8 horas da manhã (horário de pico do serviço).

Com isso, foi determinado o número máximo de pessoas presentes no coletivo durante

a viagem, necessário para determinação da taxa de passageiros em pé (pass./m2).

Também foi realizada a medição aproximada dos espaços livres presentes no veículo.

De acordo com Ferraz e Torres (2004), foram atribuídos os seguintes limites para

determinação da qualidade do serviço quanto a sua capacidade:

Bom: Taxa de passageiros em pé < 2,5 pass./m2;

Regular: 2,5 ≤ Taxa de passageiros em pé ≤ 5,0 pass./m2; e

Ruim: Taxa de passageiros em pé > 5,0 pass./m2.

A pesquisa foi realizada no dia oito de junho de dois mil e quinze (08/06/2015), segunda-

feira, e iniciou-se as seis e dez da manhã (06:10). Durante esse período, um avaliador

de campo realizou a contabilização de todos os usuários que embarcavam no coletivo

e outro avaliador realizou a contagem dos usuários que desembarcaram. Ambos

utilizaram a ficha desenvolvida para avaliação do padrão, ANEXO II, com a posição

aproximada dos locais de parada dos coletivos e contaram com a ajuda do aplicativo

Moovit. A dupla de avaliadores foi formada pelo autor da monografia e pelo seguinte

avaliador voluntário:

Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de

Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro;

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O coletivo, de número 58571, que foi utilizado na análise da capacidade, apresenta

quarenta e um (41) assentos totais, duas (2) portas, duas (2) catracas para cobrança da

tarifa e ausência de cobrador. A contabilização de todas as entradas e saídas do coletivo

durante a viagem encontra-se no ANEXO III.

Foram contabilizados setenta e nove (79) usuários no momento em que o coletivo

apresentou quantidade máxima de passageiros em seu interior. Dessa forma, a

quantidade de usuários em pé foi de trinta e oito (38) pessoas.

No que se diz respeito ao dimensionamento do espaço físico livre, o seguinte raciocínio

foi realizado:

Área livre = Comprimento do corredor de circulação de passageiros x Largura do

corretor de circulação dos passageiros

Assim a área aproximada foi de sete metros quadrados (7,0 m2). Com os dados obtidos,

a taxa de passageiros em pé durante a viagem foi de cinco vírgula quatro passageiros

por metro quadrado (5,4 pass./m2). Comparando o resultado com os limites

estabelecidos, constata- se que o serviço apresenta qualidade ruim quando analisado

em relação à capacidade. Também é importante destacar que o veículo deveria

apresentar no interior a quantidade máxima de passageiros, mas essa caraterística foi

apagada, provavelmente em função das novas disposições dos assentos e pela perda

de espaço físico livre geradas pela colocação de duas catracas.

O resultado da pesquisa reforça a necessidade de reestruturação da programação das

viagens, como, por exemplo, aumento da frequência de atendimento que acarretaria na

redução da quantidade máxima de usuários nos coletivos e no aumento do conforto dos

passageiros.

É necessário, ainda, alertar que o resultado obtido não é consequência, unicamente, do

alto intervalo de atendimento dos veículos da linha, mas também, na frequência de

atendimento dos coletivos de outras linhas que abastecem os pontos de parada do

trajeto, pois uma grande quantidade de passageiros desembarca na Avenida Brasil e

diversas linhas realizam o mesmo trajeto até essa região, como, por exemplo, a linha

398 que conecta Campo Grande ao Centro da Cidade.

A pesquisa desenvolvida também serviu para obter diversas considerações a respeito

do serviço, como os pontos de parada com maior número de embarques e

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desembarques ou a quantidade de usuários que embarcam e desembarcam por região,

tabela 14.

Tabela 14: Quantidade de embarques e desembarques por região durante o percurso

realizado de Campo Grande a Cidade Universitária.

Região Embarques Desembarques

Campo Grande 74 7

Avenida Brasil 56 70

Av. Bento Ribeiro Dantas 5 5

Cidade Universitária 0 53

Total 135 135

Como a pesquisa foi desenvolvida, inicialmente, apenas para determinar a capacidade

dos veículos não foi realizada avaliação referente ao retorno dos usuários do serviço

para casa.

5.2.5. Segurança

Foi realizada uma pesquisa nas redes sociais com o intuito de obter relatos sobre furtos

a ônibus que circulam na Cidade Universitária a partir do mês de março de dois mil e

quinze (03/2015). Os dados colhidos durante esse período encontram-se apresentados

na tabela 15.

Tabela 15: Acompanhamento dos assaltos a coletivos na Cidade Universitária.

Linha Dia Horário Local Descrição Observação

913/616

Del

Castilho -

Fundão

09/03/2015 13:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Dois homens

realizaram o

assalto.

-

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59

Linha Dia Horário Local Descrição Observação

913/616

Del

Castilho -

Fundão

13/03/2015 12:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Três homens

entraram

separadamente

no veículo e em

pontos

diferentes.

-

410T Barra

da Tijuca -

Fundão

26/03/2015 13:30

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Três jovens

renderam o

motorista e

realizaram o

assalto.

Roubaram

diversos

pertences dos

passageiros.

Os usuários

furtados

registraram

uma

ocorrência na

delegacia da

Ilha do

Fundão.

913/616

Del

Castilho -

Fundão

16/04/2015 15:30

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Dois homens

entraram no

veículo como

passageiros e

anunciaram o

assalto. Roubo

de celulares.

O motorista

levou o

ônibus para

delegacia de

Bonsucesso

e os

passageiros

que foram

furtados

registraram a

ocorrência.

913/616

Del

Castilho -

Fundão

18/05/2015 11:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Dois homens

realizaram o

assalto. Roubo

de celulares.

-

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60

Linha Dia Horário Local Descrição Observação

913/616

Del

Castilho -

Fundão

20/05/2015 12:30

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Três homens

realizaram o

assalto. Roubo

de celulares.

-

913/616

Del

Castilho -

Fundão

21/05/2015 15:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Roubo de

celulares. -

616 Del

Castilho -

Fundão

22/05/2015 15:30

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Dois homens

realizaram o

assalto.

-

913/616

Del

Castilho -

Fundão

25/05/2015 13:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Um homem

realizou o

assalto.

Os usuários

assaltados

registraram a

ocorrência

.

Ponto de

Ônibus

CCMN

29/05/2015 16:30 CCMN

Dois homens

de moto

realizaram o

assalto.

-

616 Del

Castilho -

Fundão

02/06/2015 07:30

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Três homens

realizaram o

assalto.

-

616 Del

Castilho -

Fundão

02/06/2015 15:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Três homens

realizaram o

assalto.

-

Ponto de

Ônibus

EEFD

03/06/2015 10:00 EEFD

Um homem em

uma moto

realizou o

assalto. Roubo

de celular.

-

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61

Linha Dia Horário Local Descrição Observação

616 Del

Castilho -

Fundão

09/06/2015 22:00

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Um homem

realizou o

assalto

-

Ponto de

Ônibus

EEFD

10/06/2015 16:00 EEFD

Três homens

realizaram o

assalto.

Armados com

estilete e chave

de fenda.

-

410T Barra

da Tijuca -

Fundão

26/06/2015 16:15

Linha

Amarela -

Altura da

Maré

Dois homens

realizaram o

assalto.

Os usuários

assaltados

registraram a

ocorrência no

21ª DP -

Bonsucesso.

913 Del

Castilho -

Fundão

23/07/2015 07:15 Linha

Amarela –

Saída 7

Dois homens

realizaram o

assalto.

-

Com o levantamento realizado entre os meses de março e julho, constatou-se que

grande parte dos assaltos registrados pela pesquisa, setenta e seis por cento (76%),

concentrou-se na região da Linha Amarela, altura da Maré. No final do mês de maio a

situação piorou e os assaltos ocorreram praticamente todos os dias nessa região.

Assustados com a intensa ocorrência de furtos a ônibus na região, muitos estudantes

evitam, hoje em dia, utilizar as linhas que circulam pela Linha Amarela (Av. Bento Ribeiro

Dantas), principalmente nos horários em que a quantidade de passageiros dentro do

coletivo é reduzida, já que a inexistência de pessoas em pé facilita a livre circulação do

assaltante e torna o furto mais rápido e eficiente.

Os alunos resolveram se unir na busca pela redução da criminalidade no campus da

Cidade Universitária realizando reclamações à Ouvidoria da instituição, prestando

boletins de ocorrência nas delegacias mais próximas e entrevistas em diversos meios

de comunicação (televisão, rádio, jornal etc.).

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62

Através do Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGA), a Prefeitura Universitária,

responsável pela segurança no Campus da Cidade Universitária, divulgou uma nota à

comunidade acadêmica esclarecendo que:

A Polícia Militar, a Fetranspor e as empresas de ônibus que atendem à Cidade

Universitária foram procuradas para traçar estratégias que visem a reduzir a

violência nas linhas que atendem ao campus.

Os casos de violência relatados ocorrem fora do campus universitário e não há,

legal e operacionalmente, como intervir para melhoria da segurança sem recorrer

às forças de segurança do Estado do Rio de Janeiro.

Para a melhoria da eficiência das polícias Civil e Militar, que atuam repressiva e

preventivamente conforme a demanda dos cidadãos, é fundamental que todos os

casos de violência no campus universitário sejam notificados, bem como aqueles

que ocorrem nos deslocamentos até a Cidade Universitária. É com base nas

informações que as forças de segurança atuam para identificar e capturar os

infratores.

O Grupamento de Policiamento Transportado em Ônibus Urbano, unidade da

Polícia Militar criada para reduzir os crimes no interior da frota que atende o Rio

de Janeiro, foi procurado para que intensifique o patrulhamento.

Além dos esclarecimentos, a Prefeitura Universitária recomendou que integrantes da

comunidade acadêmica evitassem andar desacompanhados e, sobretudo, notificassem

à Divisão de Segurança quando fossem vítimas de algum tipo de violência. Para a

prefeitura, muitas vítimas não realizam boletim de ocorrência nas Delegacias de Polícia

presentes na região e, dessa forma, favorecem os criminosos que se valem do clima de

medo e insegurança para realizar mais ataques. Por fim, informou que está agindo

dentro dos limites legais para assegurar o direito de ir, vir e permanecer em segurança

nos campi.

5.2.6. Características dos Veículos

Com o intuito de avaliar o padrão de qualidade relacionado às características dos

veículos foi desenvolvido um estudo de campo que consistiu em analisar os veículos

presentes na frota durante o período de abril/2015. Os dados coletados encontram-se

no ANEXO IV.

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63

Todos os veículos utilizados são antigos e reaproveitados de outras linhas da empresa.

Também é importante destacar que a frota de veículos não é fixa, havendo mudanças

com o passar dos dias. Muitos deles apresentam mau estado de conservação, sendo

frequente o número de paradas por mau funcionamento. A limpeza é outro aspecto que

deixa a desejar, muitos veículos são disponibilizados aos usuários empoeirados e com

elementos enferrujados e soltos como pode ser observado nas figuras 24 e 25. Nenhum

dos veículos avaliados apresentou ar condicionado e apenas sete por cento (7%)

apresentou presença de cobrador.

Figura 24: Veículo D58561 com assento solto.

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64

Figura 25: Veículo D58561 com dispositivo de alerta de paradas apresentando mau

funcionamento do lado direito e ausente do lado direito.

Atualmente a frota dispõe de veículos adaptados que apresentam catraca dupla para a

cobrança da tarifa, o que supostamente facilitaria o embarque dos passageiros. Esses

ônibus com duas catracas funcionam da seguinte forma: uma é exclusiva para quem usa

Bilhete Único ou vale transporte e a outra se destina, principalmente, aos usuários que

pagam a passagem com dinheiro ou quem usa os cartões de idoso, portador de deficiência

ou estudante. O principal problema causado por essa mudança refere-se à perda de espaço

físico do veículo causado pela colocação das duas catracas que reduzem a capacidade

do veículo e o número de assentos, diminuindo assim a comodidade dos passageiros.

No que diz respeito às características relacionadas aos portadores de deficiência física,

os veículos que possuem três (3) portas, quatorze por cento (14%) dos analisados,

apresentam elevador para as cadeiras de rodas, porta exclusiva para embarque e

desembarque desses passageiros, espaço destinado à colocação da cadeira de rodas

e assento preferencial para acompanhante. Nesses veículos o número de assentos

totais e o espaço de livre circulação é menor.

Todos os veículos possuem assentos, na cor amarela, disponibilizados,

preferencialmente, para gestantes, idosos, portadores de deficiência, obesos e

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65

mulheres portando crianças de colo de acordo com as Leis Federais nº 10.48/00 e nº

10.098/00 regulamentadas pelo Decreto nº 5.296/04.

Os resultados da pesquisa de campo demostram a necessidade de avaliações

periódicas por parte do poder público (SMTR) nos coletivos circulantes na Cidade do

Rio de Janeiro.

5.2.7. Características dos Locais de Parada

A partir dos parâmetros de qualidade referentes às características dos locais de parada

foi realizada uma pesquisa de campo que buscou avaliar as condições físicas de todos

os locais de embarque e desembarque disponibilizados ao longo do trajeto da linha.

Para determinação da qualidade em relação à presença de coberturas e bancos para

sentar, os limites estabelecidos foram:

Bom: sessenta por cento ou mais (≤ 60%) dos pontos de parada apresentam o

parâmetro analisado;

Regular: trinta por cento ou mais (≥ 30%) e menos de sessenta por cento (< 60%)

dos pontos de parada apresentam o parâmetro analisado; e

Ruim: menos de trinta por cento (< 30%) dos pontos de parada apresentam o

parâmetro analisado.

Na análise referente à iluminação noturna e a sinalização, os pontos de parada de

passageiros foram avaliados separadamente pelos seguintes conceitos:

Satisfatório;

Deixa a desejar; e

Insatisfatório.

A análise individual de cada ponto de ônibus atendido pela linha em estudo foi realizada

no dia cinco de agosto de dois mil e quinze (05/08/2015), quarta-feira, com veículo

apresentando velocidade reduzida, compatível com a mínima exigida em cada via, nos

locais onde era inviável a parada do automóvel. Em todas as regiões onde era possível

estacionar o veículo de maneira segura foi realizada uma inspeção a pé com o objetivo

de obter uma análise mais criteriosa do ponto.

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66

A dupla de avaliadores de campo foi constituída pelo autor da monografia e pelo

seguinte avaliador voluntário:

Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de

Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Com auxílio do aplicativo Moovit e do Google Maps, recursos que apresentam a posição

aproximada de todos os locais de parada dos coletivos, a dupla de avaliadores analisou

os aspectos físicos presentes nos pontos de ônibus em relação a presença de cobertura

e assentos, iluminação noturna e sinalização assim como proposto por Ferraz e Torres

(2004). Os dados coletados durante a pesquisa encontram-se no ANEXO V. As tabelas

16, 17, 18 e 19 apresentam o resultado final da análise por região.

Tabela 16: Análise das Características dos Locais de Parada da Região de Campo

Grande.

Parâmetro Conceito Atribuído Campo Grande Porcentagem

Cobertura Presente 26 40%

Ausente 39 60%

Assento

Presente 24 37%

Ausente 41 63%

Iluminação

Satisfatório 0 0%

Deixa a desejar 38 58%

Insatisfatório 27 42%

Sinalização

Satisfatório 0 0%

Deixa a desejar 0 0%

Insatisfatório 65 100%

Com os dados é possível constatar que a região de Campo Grande possui qualidade

regular quando analisada em relação à presença de coberturas e bancos para sentar,

uma vez que ambos os parâmetros de qualidade apresentaram resultado entre trinta e

sessenta por cento (30% e 60%). A ausência de coberturas e assentos reduz a

sensação de conforto dos usuários e os expõem ao clima, sol intenso ou chuva, como

pode ser verificado na figura 26.

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67

Figura 26: Ponto de ônibus da Estrada da Posse (próximo ao número 906).

Em relação à iluminação noturna, cinquenta e oito por cento (58%) dos pontos de parada

apresentaram conceito “deixa a desejar” e quarenta e dois por cento (42%)

apresentaram conceito “insatisfatório”. Na análise da sinalização presente nos locais de

parada de Campo Grande, cem por cento apresentaram conceito “insatisfatório”, uma

vez que, apesar de possuírem placa de indicação de parada dos coletivos, os locais não

apresentam painéis com informações que auxiliem na orientação dos usuários em

relação às linhas que abastecem o local e os horários de circulação dos coletivos.

Segundo SMT (2015), até o final do segundo ano de concessão, dois mil e doze (2012),

os concessionários que prestam serviço público de transporte coletivo de passageiros

por ônibus no município do Rio de Janeiro deveriam ter implantado, em todos os pontos

de parada, dotados de infraestrutura, informações (vista e numeral) de todas as linhas

e serviços que se utilizam do ponto e seus horários de funcionamento, dentro dos

padrões estabelecidos pelo poder concedente. As informações deveriam estar em local

de fácil visibilidade para os usuários e deveriam ser atualizadas sempre que houvesse

alteração em alguma linha ou serviço.

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68

Tabela 17: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Avenida

Brasil.

Parâmetro Conceito Atribuído Av. Brasil Porcentagem

Cobertura

Presente 52 41%

Ausente 74 59%

Assento

Presente 50 40%

Ausente 76 60%

Iluminação

Satisfatório 7 6%

Deixa a desejar 67 53%

Insatisfatório 52 41%

Sinalização

Satisfatório 0 0%

Deixa a desejar 0 0%

Insatisfatório 126 100%

A Região da Avenida Brasil apresentou quarenta e um por cento (41%) dos pontos com

cobertura, qualidade regular, e quarenta por cento (40%) com assentos, qualidade

regular. Outro aspecto que precisa ser considerado refere-se à baixa qualidade em

relação à iluminação noturna que apresentou apenas sete por cento (7%) dos pontos

com iluminação satisfatória. Pelos mesmos motivos citados na análise da região de

Campo Grande, a sinalização apresentou cem por cento (100%) dos pontos com

conceito insatisfatório.

Tabela 18: Análise das Características dos Locais de Parada da Avenida Bento

Ribeiro Dantas.

Parâmetro Conceito Atribuído Av. Bento Ribeiro Porcentagem

Cobertura

Presente 3 75%

Ausente 1 25%

Assento Presente 3 75%

Ausente 1 25%

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69

Parâmetro Conceito Atribuído Av. Bento Ribeiro Porcentagem

Iluminação

Satisfatório 0 0%

Deixa a desejar 2 50%

Insatisfatório 2 50%

Sinalização

Satisfatório 0 5%

Deixa a desejar 0 0%

Insatisfatório 4 100%

O pequeno trecho em que os coletivos da linha realizam paradas na Avenida Bento

Ribeiro Dantas também foi analisado quanto à presença de cobertura e assentos

(presente em setenta e cinco por cento dos locais de parada – boa qualidade),

iluminação (deixa a desejar em cinquenta por cento e é insatisfatória em outro cinquenta

por cento) e sinalização que é insatisfatória em cem por cento (100%) dos locais

estudados.

Tabela 19: Análise das Características dos Locais de Parada da Região da Cidade

Universitária.

Parâmetro Conceito Atribuído Cidade Universitária Porcentagem

Cobertura

Presente 14 67%

Ausente 7 33%

Assento

Presente 14 67%

Ausente 7 33%

Iluminação

Satisfatório 11 52%

Deixa a desejar 5 24%

Insatisfatório 5 24%

Sinalização

Satisfatório 0 0%

Deixa a desejar 1 5%

Insatisfatório 20 95%

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70

A região com melhor desempenho foi a Cidade Universitária que apresentou sessenta

e sete por cento (67%) dos pontos com coberturas e assentos, boa qualidade. É

importante destacar que a grande maioria desses locais possui excelente espaço físico

com grande quantidade de assentos, presença de lixeiras e coberturas amplas, figura

27. Outro aspecto positivo refere-se à iluminação, que em cinquenta e dois por cento

(52%) dos casos apresentou conceito satisfatório.

Figura 27: Ponto de ônibus da Cidade Universitária localizado em frente ao Prédio da

Faculdade de Letras.

É fato que para oferecer um sistema de transporte de qualidade é necessário que sejam

realizadas melhorias na infraestrutura dos locais destinados ao embarque e

desembarque de passageiros. Dessa forma, as empresas de ônibus e os órgãos

públicos precisam se unir na busca pelo aumento do conforto oferecido aos usuários e

no estabelecimento de informações adequadas.

5.2.8. Sistemas de informação aos usuários

Como os parâmetros de qualidade “Folhetos com itinerários e horários disponíveis” e

“Informações adequadas nas paradas” foram considerados de qualidade ruim na

avaliação referente às características dos locais de embarque e desembarque, a

pesquisa desenvolvida nesse item avaliou a qualidade referente ao parâmetro “Serviços

Informações e reclamações (pessoalmente ou por telefone) ” e se dividiu em três etapas:

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71

Primeira etapa: busca por reclamações realizadas no site do Reclame Aqui a

respeito do serviço realizado pela linha em estudo e verificação das soluções

encontradas pela empresa de ônibus;

Segunda etapa: verificação da serventia do “Fale Ônibus”, um serviço de

atendimento aos passageiros do transporte público por ônibus do Estado do Rio

de Janeiro disponibilizado pela Fetranspor; e

Terceira Etapa: descrição do serviço de atendimento da Secretaria Municipal de

Transportes do Rio de Janeiro (SMTR), poder público.

São frequentes as reclamações a respeito do serviço prestado pela empresa Auto

Viação Bangu no site do Reclame Aqui, tabela 20. Além de queixas relacionadas ao

estado de conservação do veículo e da baixa frequência de atendimento, muitos clientes

demostram-se insatisfeitos com o comportamento dos condutores que se negam a parar

em determinados pontos, realizam trajeto diferente do estabelecido ou dirigem com

velocidade acima da permitida, colocando em risco a vida do passageiro.

Tabela 20: Algumas reclamações realizadas no site do ReclameAqui a respeito do

serviço prestado pela linha em estudo.

Data da Reclamação

Destinatário Reclamação Data da Resposta

Solução Encontrada

13/11/2013 Fetranspor Frequência de atendimento e trajeto realizado

14/11/2013

A Fetranspor respondeu pedindo que a reclamação fosse enviada para empresa de ônibus

09/10/2013 Empresa de Ônibus

Comportamento dos operadores

11/10/2013 Promete aplicar as medidas cabíveis

08/01/2014 Empresa de Ônibus

Frequência de atendimento e comportamento dos operadores

09/01/2014

Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas

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72

Data da Reclamação

Destinatário Reclamação Data da Resposta

Solução Encontrada

13/11/2014 Empresa de Ônibus

Comportamento dos operadores

02/11/2014

Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas

08/04/2015 Empresa de Ônibus

Comportamento dos operadores

13/04/2015

Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas

25/06/2015 Fetranspor Comportamento dos operadores

26/06/2015

A Fetranspor respondeu pedindo que a reclamação fosse enviada para empresa de ônibus

02/10/2015 Empresa de Ônibus

Não cumprimento do trajeto estipulado pela linha durante a noite

06/10/2015

Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas

09/12/2015 Empresa de Ônibus

Estado de conservação dos veículos, frequência de atendimento e comportamento dos operadores

14/12/2015

Promete averiguar a natureza das informações e aplicar as medidas necessárias caso seja verificada a veracidade das queixas

Apesar das inúmeras críticas, a empresa de ônibus demostra estar preocupada com o

bem-estar do usuário e sempre responde agradecendo as informações e prometendo

aplicar as medidas cabíveis caso seja comprovada a veracidade das queixas. Mesmo

com o esforço, muitos problemas permanecem sem solução e se repetem diariamente.

No dia nove de dezembro de dois mil e quinze (09/12/2015), por exemplo, um usuário

do serviço realizou uma reclamação a respeito do comportamento dos condutores, da

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73

frequência de atendimento e do estado de conservação dos veículos, conforme

apresentado na figura 28.

Figura 28: Reclamação, na integra, realizada por um usuário no site do Reclame Aqui.

No dia quatorze de dezembro de dois mil e quinze (14/12/2015), cinco dias depois, a

empresa de ônibus respondeu agradecendo as informações e prometendo averiguar as

informações conforme apresentado na figura 29.

Figura 29: Resposta, na integra, da empresa de ônibus.

Insatisfeito com a resposta, aparentemente automática, apresentada pela empresa de

ônibus, o usuário realizou uma réplica apresentando novas reclamações e pedindo que

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74

a sua reclamação não fosse respondida por mensagens prontas como pode ser

observado na figura 30.

Figura 30: Réplica, na integra, do usuário.

Em resposta a réplica do usuário, infelizmente, a empresa de ônibus respondeu ao

segundo questionamento exatamente da mesma forma que havia respondido a primeira

reclamação, ou seja, realizando uma mensagem automática, o que demostra a falta de

comprometimento da empresa com a resolução do problema do usuário.

Na segunda etapa, foram realizadas reclamações diretamente ao serviço de

atendimento ao cliente disponibilizado pela Fetranspor, que se orgulha em resolver 98%

dos casos e de possuir uma média de atendimentos por mês de 35 mil usuários.

No que se diz respeito aos meios de comunicação disponíveis para realização das

reclamações ou sugestões de melhoria, o serviço “Fale Ônibus” apresenta ótimo

desempenho, uma vez que existe uma variedade de meios de comunicação, muitos

deles gratuitos, conforme pode ser observado na tabela 21.

Tabela 21: Serviço de Atendimento ao Cliente disponibilizado pela Fetranspor.

Serviço Contato

Telefone 0800 886 1000

SMS 28511

WhatsApp 99992-8511

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Serviço Contato

Chat Online http://www.fetranspor.com.br/faleonibus

E-mail http://www.faleonibus.com.br

Facebook http://www.facebook.com/faleonibus

Twitter http://www.twitter.com/faleonibus

No dia dezesseis de maio de dois mil e quinze (16/05/2015), o autor da monografia

realizou uma reclamação a respeito da frequência de atendimento e do estado de

conservação dos veículos pelo WhatsApp, 13 minutos depois, um funcionário que se

identificou como Lucas informou que tinha sido enviada uma manifestação a empresa

de ônibus e que uma resposta da reclamação seria enviada por e-mail após no máximo

5 dias.

Como pode ser percebido, a Fetranspor apresenta-se como porta voz do usuário em

relação à reclamação, porém, não realiza medidas relacionadas à resolução do

problema, apenas direciona a questão para empresa de ônibus.

No dia vinte e cinco de maio de dois mil e quinze (25/05/2015), nove (9) dias após a

reclamação, a empresa de ônibus respondeu da mesma forma que sempre responde

as reclamações no site do Reclame Aqui conforme apresentado na figura 31.

Figura 31: Resposta, na integra, a reclamação por e-mail.

Nessa etapa da pesquisa se pode concluir que apesar da Fetranspor possuir serviço de

atendimento ao cliente altamente moderno e especializado, os problemas permanecem

sem solução e se repetem diariamente na vida dos usuários.

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76

Constatada a ineficiência relacionada à resolução dos problemas apresentados pelos

passageiros, foi realizada a terceira etapa da pesquisa, que consistiu em analisar o

serviço de ouvidoria disponibilizado pela SMTR, responsável pela fiscalização do

serviço de transporte público por ônibus na cidade do Rio de Janeiro.

O serviço de atendimento aos usuários é constituído pelos seguintes passos:

Primeiro passo: o cidadão realiza sua reclamação, crítica, elogio ou sugestão pelo

número 1746 ou pelo endereço eletrônico www.1746.rio.gov.br, com

funcionamento a qualquer dia da semana, inclusive domingos e feriados, 24 horas.

Após a conclusão do seu atendimento, recebe um número de protocolo no modelo

“RIO-999999-9”.

Segundo Passo: o cidadão acessa o endereço eletrônico

http://www21.rio.rj.gov.br/siso/internet/frmcadastro.cfm da Prefeitura do Rio de

Janeiro e digita a natureza do assunto e o protocolo fornecido, para que assim

possa realizar o acompanhamento do seu pedido.

As principais críticas relativas à ouvidoria são:

A SMTR não apresenta um canal de comunicação próprio, utiliza-se da central de

atendimento aos cidadãos disponibilizado pela Prefeitura da Cidade do Rio de

Janeiro;

O serviço de atendimento é pouco divulgado pelos meios de comunicação;

As ligações realizadas por telefone não são gratuitas, custam o preço de uma

ligação local, e demoram bastante para serem concluídas; e

Muitos problemas, apesar da Prefeitura estabelecer prazo de resolução,

permanecem sem solução.

Com a pesquisa foi possível constatar que apesar de existirem diversos meios de

comunicação entre os usuários e as empresas de ônibus ou poder público, o contato é

pouco eficaz quanto a resolução dos problemas apresentados, dessa forma, a qualidade

dos Sistemas de Informação aos usuários quanto ao parâmetro “Serviços Informações

e reclamações (pessoalmente ou por telefone) ” foi considerada de nível ruim.

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77

5.2.9. Conectividade

A pesquisa de Campo relativa ao padrão de qualidade conectividade buscou, através

de pesquisas bibliográficas e visitas técnicas, descrever e avaliar a serventia das

Estações de Integração de Campo Grande e da Cidade Universitária quanto a sua

localização e integração física.

A Estação de Integração de Campo Grande se localiza na região central do bairro, onde

estão presentes diversas lojas, bancos, farmácias, restaurantes, centros comerciais,

shoppings etc. O local apresenta uma quantidade significativa de rotas de ônibus e vans

para regiões como Palmares, Jesuítas, Base Área de Santa Cruz, Cidade Universitária,

São Fernando, Centro do Rio de Janeiro, Angra dos Reis etc. Quanto à integração física,

os transbordos são realizados em espaços abertos e sem presença de coberturas ou

assentos, figura 32.

Figura 32: Estação de Integração de Campo Grande.

Na proximidade encontram-se o (a):

Terminal Rodoviário Senador Antônio Mendes Canale (Rodoviária de Campo

Grande): possui rotas de ônibus para as zonas Norte, Noroeste, Metropolitana,

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Centro-Sul e Serrana do Rio de Janeiro. Além disso, possui horários diários para

São Paulo assim como para as cidades Cabo Frio, Itaperuna, Angra dos Reis e

Belo Horizonte;

Estação de Trem de Campo Grande, figura 33, compõe o Ramal de Santa Cruz

(Santa Cruz – Central do Brasil) que atente diversos bairros do Rio de Janeiro

como Cosmos, Paciência, Bangu, Deodoro, Madureira, Méier, Engenho Novo,

Maracanã, São Cristóvão e Central do Brasil.

Terminal BRT TransOeste de Campo Grande: possui linha para Santa Cruz,

atendendo bairros como Inhoaíba, Cosmos e Paciência. Possui ainda ônibus

alimentadores para a estação do Mato Alto que apresenta rotas para Alvorada,

Recreio dos Bandeirantes, Pingo D’agua, Paciência e Santa Cruz.

Figura 33: Estação de Trem de Campo Grande que compõe o Ramal de Santa Cruz.

No local também podem ser encontradas ciclovias, figura 34, que contornam o traçado

da linha férrea em ambos os lados com quarenta e dois quilômetros (42 km) de extensão

total que se inicia no Bairro de Santa Cruz e termina no bairro de Bangu. Porém,

problemas como reduzida presença de passarelas, má conservação do revestimento e

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da pintura e ausência de espaços adequados para estacionamento das bicicletas fazem

com que o número de pessoas que utilizem as ciclovias seja reduzido e que o volume

de tráfego motorizado nas mediações seja elevado.

Figura 34: Trecho da ciclovia de Campo Grande com revestimento e pintura em mau

estado de conservação.

A Estação de Integração da Universidade Federal do Rio de Janeiro, figura 35,

inaugurada em agosto de dois mil e dez (08/2010), está localizada na Rua Professor

Rodolpho Paulo Rocco em frente à Escola de Educação Infantil da UFRJ e está

estrategicamente posicionada próxima ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

(HUCFF) e ao Centro de Ciências da Saúde (CCS).

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Figura 35: Estação de Integração da Cidade Universitária.

Com a construção da Estação os usuários do transporte público por ônibus da Cidade

Universitária passaram a contar com uma área urbanística bem planejada com espaço

físico amplo, iluminação noturna adequada e com presença de coberturas e assentos,

que oferecem melhor conforto e segurança aos passageiros. O único problema

apresentado é a falta de local fechado para realização dos transbordos.

As linhas externas que realizam parada na Estação de Integração da UFRJ, segundo o

site da Prefeitura Universitária, são:

321 Castelo / Bancários (via Linha Vermelha)

322 Castelo / Ribeira

323 Castelo / Bananal (via Linha Vermelha)

324 Castelo / Ribeira

325 Castelo / Ribeira (via Linha Vermelha)

326 Castelo / Bancários

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327 Castelo / Ribeira

328 Castelo / Bananal

329 Castelo / Bancários (via Praia da Rosa)

386B Anchieta / Cidade Universitária

634 Saens Peña / Freguesia

696 Méier / Praia do Dendê

901 Bonsucesso / Bananal

910 A Terminal Aroldo Melodia (BRT) / Bananal

911 Bonsucesso / Cidade Universitária (1 ônibus diário)

914 Vigário Geral / Freguesia

915 Bonsucesso / Galeão (AIRJ)

945 Pavuna / Cidade Universitária

933 Bangu / Cidade Universitária

936 Campo Grande / Cidade Universitária

Próximo à região, encontra-se o Terminal do BRT Transcarioca da Ilha do Fundão,

Aroldo Melodia, figura 36, que foi inaugurado em outubro de dois mil e quatorze

(10/2014) e que modificou a vida de milhares de estudantes e trabalhadores do campus

da UFRJ. A existência de um corretor exclusivo diminuiu significativamente as viagens,

principalmente, dos usuários residentes da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

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Figura 36: BRT Transcarioca: Terminal Aroldo Melodia.

Com a pesquisa, contata-se que ambas as Estações de Integração apresentam posição

privilegiada, próximas de grandes polos geradores de viagens e de estações de outros

meios de transporte como BRT ou trem, sendo assim a qualidade relativa à sua

localização foi considerada satisfatória. Quanto à integração física, a Estação de Campo

Grande apresentou qualidade ruim, devido à ausência de espaço fechado, coberturas e

assentos, enquanto que a Estação da UFRJ recebeu conceito regular, devido ausência

de local fechado para realização dos transbordos.

5.2.10. Comportamento dos Operadores

Com o intuído de avaliar o padrão de qualidade referente ao comportamento dos

operadores, foi realizada uma pesquisa de opinião dos habituais usuários do serviço,

através de abordagem pessoal e aplicação individual.

A pesquisa foi realizada no decorrer do calendário acadêmico de 2015.1, iniciada no

dia primeiro de abril de dois mil e quinze (01/04/2015), e finalizada no dia trinta de julho

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de dois mil e quinze (30/07/2015). Durante o período em que a pesquisa foi realizada,

100 pessoas responderam ao questionário.

A coleta de dados foi realizada através de abordagens no interior dos veículos e em

questionário disponibilizado no endereço eletrônico http://goo.gl/forms/KnMgdcfEt0,

divulgado nas redes sociais de forma a atingir o maior número possível de usuários

aptos a participar do projeto e obter resultados mais confiáveis.

É importante salientar que o questionário não apresentava apenas questões relativas

ao comportamento dos operadores, mas a pesquisa desenvolvida nesse projeto de

graduação avaliará apenas esse padrão de qualidade. Posteriormente, será

desenvolvido um artigo contendo a pesquisa de opinião relativa a todos os padrões de

qualidade do transporte público por ônibus referente à linha como um estudo

complementar.

Com o intuído de comparar os dados obtidos pela pesquisa com os conceitos dos

parâmetros referentes ao comportamento dos operadores foram realizadas as seguintes

considerações:

Nível de qualidade “Satisfatório”: mais de 60 % consideram os condutores cordiais

ou cautelosos nas suas respectivas avaliações;

Nível de qualidade “Deixa a desejar”: de 40 a 60 % consideram os condutores

cordiais ou cautelosos nas suas respectivas avaliações; e

Nível de qualidade “Insatisfatório”: menos de 40 % consideram os condutores

cordiais ou cautelosos nas suas respectivas avaliações.

As figuras 37 e 38 apresentam as questões desenvolvidas para o questionário relativas

ao comportamento dos operadores.

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Figura 37: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cautela”.

Figura 38: Avaliação referente ao parâmetro de qualidade “Cordialidade”.

Analisando os dados presentes nas figuras, constata-se que apenas vinte por cento (20

%) dos entrevistados consideram os condutores cautelosos, nível de qualidade

Sim 20%

Não80%

VOCÊ CONSIDERA O COMPORTAMENTO DA MAIORIA DOS CONDUTORES SATISFATÓRIO QUANTO A CAUTELA (SEGURANÇA)?

Sim 43%

Não57%

VOCÊ CONSIDERA O COMPORTAMENTO DA MAIORIA DOS CONDUTORES SATISFATÓRIO QUANTO A CORDIALIDADE?

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insatisfatório, e quarenta e três por cento (43%) consideram os condutores cordiais,

nível de qualidade deixa a desejar.

Considerando a grande quantidade de usuários insatisfeitos com a cautela dos

operadores, durante as entrevistas realizadas pessoalmente, foi pedido que os

entrevistados explicassem o motivo da avaliação. Os usuários criticam a velocidade com

que os motoristas trafegam nas vias, o uso indevido do celular, as conversas com

passageiros durante a viagem e as manobras perigosas realizadas, ações que colocam

em risco diariamente a vida dos passageiros. As principais críticas relacionadas à

cordialidade dos motoristas são: não parar em pontos de ônibus em que usuários

esperam para embarcar nos coletivos, seguir trajetos diferentes do estabelecido e

desembarcar usuários em locais diferentes dos pontos desejados.

Com a pesquisa, contata-se a necessidade de treinamentos mais eficazes e de medidas

de punição mais severas aos condutores que realizam procedimentos de conduta

duvidosa, pois como já dito anteriormente, o contato do motorista com os passageiros

é direto e a falta de confiança pode ocasionar perda de demanda.

5.2.11. Estado das Vias

Com o intuito de avaliar o padrão de qualidade referente ao estado das vias utilizadas

no deslocamento de Campo Grande a Cidade Universitária foi realizada uma pesquisa

de campo baseada no método de análise subjetiva do pavimento descrito na norma

DNIT 009/2003 e através de observações a respeito dos principais problemas

encontrados pelos avaliadores.

Segundo a norma DNIT 009/2003, entende-se com valor de serventia atual (VSA), a

medida subjetiva das condições de superfície de um pavimento, feita por um grupo de

avaliadores que percorrem o trecho sob análise, registrando suas opiniões sobre a

capacidade do pavimento de atender às exigências do tráfego que sobre ele atua, no

momento da avaliação, quanto à suavidade e ao conforto.

O método origina-se de Carey e Irick (1960) que determinaram o estado de deterioração

dos pavimentos utilizando-se do conceito de serventia considerando as seguintes

hipóteses:

O propósito principal de um pavimento é servir ao público que trafega sobre ele;

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As opiniões dos usuários são subjetivas, mas se relacionam com algumas

características passiveis de serem medidas objetivamente;

A serventia de uma seção pode ser expressa através de avaliações realizadas

pelos usuários; e

O desempenho é o histórico de sua serventia ao longo do tempo.

A pesquisa de campo buscou seguir as condições estabelecidas pela norma DNER-

PRO 07/94 (Avaliação Subjetiva da Superfície de Pavimentos - DNER, 1994) que são:

Cada avaliador precisa considerar somente o estado atual da superfície de

rolamento;

As avaliações devem ser realizadas sob condições climáticas totalmente

favoráveis;

Devem ser ignorados os aspectos do projeto geométrico (largura de faixas,

traçado em planta, rampas, etc.) assim como a resistência a derrapagem dos

pavimentos;

Devem ser considerados principalmente os buracos, saliências e as

irregularidades transversais e longitudinais da superfície;

Cada trecho deve ser avaliado individualmente e não deve haver troca de

informações entre os avaliadores;

Cada avaliador deve considerar o conforto proporcionado pelo pavimento caso

tivesse que utiliza-lo dirigindo um veículo por 8 horas ou longo de 800 km.

O trajeto percorrido pelos veículos da linha em estudo foi dividido em cinco grandes

regiões que foram analisadas separadamente, conforme descrito a seguir:

Campo Grande: da Rua Campo Grande a Estrada do Quafá;

Avenida Brasil I: da Av. Brasil (próximo ao n° 34935) a Av. Brasil (próximo ao n°

24277);

Avenida Brasil II: da Av. Brasil (próximo ao n° 24277) a Av. Brasil (próximo ao n°

4500);

Av. Bento Ribeiro Dantas: Linha Amarela; e

Cidade Universitária.

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No dia quinze de junho de dois mil e quinze (15/06/2015), segunda-feira, foi realizada

uma reunião, onde o autor da monografia apresentou aos demais avaliadores uma

explicação técnica a respeito dos principais problemas apresentados nos pavimentos e

os seus níveis de severidade, a fim de maximizar os resultados obtidos.

Três (3) avaliadores de campo percorreram as regiões selecionadas no dia dezessete

de junho de dois mil e quinze (17/06/2015), quarta-feira, e através de análises individuais

atribuíram notas de 0 (péssimo) a 5 (ótimo), conforme proposto na norma DNIT

009/2003, a fim de determinar o valor de serventia atual do pavimento.

O trio de avaliadores foi composto pelo autor da monografia (código 03) e pelos

seguintes avaliadores voluntários:

Jeniffer Nascimento Figueira (código 01): mestranda em Ciência e Tecnologia de

Polímeros da Universidade Federal do Rio de Janeiro; e

Aline de Oliveira Nogueira Costa (código 02): pesquisadora voluntária no

Laboratório de Imunobiofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Com o objetivo de avaliar a qualidade do pavimento em cada trecho estudado foram

estabelecidos os seguintes limites de acordo com CAREY e IRICK (1960):

Péssimo: 0< VSA ≤ 1;

Ruim: 1 < VSA ≤ 2;

Regular: 2 < VSA ≤ 3;

Bom: 3 < VSA ≤ 4; e

Ótimo: 4 < VSA ≤ 5.

Em virtude da impossibilidade de realização de uma análise a pé, o que sofisticaria os

dados obtidos, por causa do tráfego intenso das vias analisadas, a avaliação foi

realizada com automóvel apresentando velocidade reduzida e compatível com a mínima

permitida em cada via nos locais onde era inviável a parada do automóvel. Nos demais

locais, os avaliadores percorrem consideráveis extensões na busca por melhores

informações a respeito dos problemas.

A ficha disponibilizada aos avaliadores, presente no ANEXO VI, apresentou, além de

espaço destinado a atribuição das notas, região onde era possível apresentar os

principais defeitos encontrados nos pavimentos e o nível de severidade dos mesmos. A

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tabela 22 apresenta os valores obtidos durante a pesquisa por cada avaliador e a

situação final do trecho obtida através da média aritmética entre as notas atribuídas.

Tabela 22: Valor de Serventia Atual.

Trecho sob Análise VSA (01) VSA (02) VSA (03) VSA final Situação

Campo Grande 2,5 3,0 3,0 2,8 Regular

Avenida Brasil I 2,5 2,5 2,5 2,5 Regular

Avenida Brasil II 1,5 1,5 2,0 1,7 Ruim

Av. Bento Ribeiro Dantas

4,0 4,0 3,5 3,8 Bom

Cidade Universitária 2,0 2,0 2,0 2,0 Regular

Analisando os dados obtidos na tabela 22 constata-se que um (1) trecho apresentou

qualidade ruim, três (3) apresentaram qualidade regular e apenas um (1) apresentou

boa qualidade quanto ao propósito de servir o tráfego que circula sobre ele.

O pavimento das vias de Campo Grande apresentou quantidade relevante de trincas

por fadiga, mas com nível de severidade considerado baixa pelos avaliadores por

estarem pouco conectadas, sem erosão nos bordos e sem evidência de bombeamento.

Outro defeito, bem recorrente, foi a trinca nos bordos que, em sua maioria, não continha

perda de material ou despedaçamento, dessa forma, os avaliadores também

consideraram a severidade do problema baixa. O trecho apresentou a segunda melhor

pontuação.

No primeiro trecho da Avenida Brasil, os problemas mais recorrentes foram os

remendos, as trincas por fadiga com severidade baixa e média (conectadas e com

bordos levemente erodidos), desgastes e as trincas longitudinais com severidade baixa.

O segundo trecho da Avenida Brasil apresentou piores condições de utilização que os

demais trechos estudados, com grande desconforto durante a realização das viagens

devido às lombadas e valetas, elevada quantidade de trincas por fadiga com severidade

média e alta (erodidas nos bordos), trincas nos bordos, panelas profundas, remendos,

trincais transversais com abertura significativa, deformação permanente e desgaste.

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Figura 39: Um dos diversos trechos localizados na Av. Brasil II com graves problemas

na pavimentação.

O melhor trecho avaliado foi o da Avenida Bento Ribeiro Dantas (Linha Amarela), figura

40, que apresentou bom desempenho quando a aparência, conforto, qualidade dos

materiais utilizados na pavimentação e capacidade de servir os veículos que trafegam

sobre ele. O trecho não apresentou quantidade significante de defeitos.

Figura 40: Trecho da Av. Bento Ribeiro Dantas com pavimentação em ótimo estado de

conservação.

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Embora tenha obtido desempenho regular, a cidade universitária apresenta

revestimento com má condição de utilização em consideráveis extensões como o da

Avenida Horácio Macedo, figura 41, que apresenta diversos problemas como as trincas

por fadiga, as trincas nos bordos, o desgaste, as panelas e a deformação permanente.

Figura 41: Trecho da Avenida Horácio Macedo (Cidade Universitária) com graves

problemas na pavimentação.

Com os resultados obtidos, contata-se a necessidade do desenvolvimento de atividades

de manutenção (detecção e resolução dos problemas no estágio inicial) e de reparo

(resolução dos defeitos em estágio avançado) de modo a evitar agravamento do quadro

e, consequentemente, maiores gastos aos cofres públicos. Como citado anteriormente,

há, ainda, a necessidade de criação de um plano de gerenciamento dos pavimentos

para a cidade do Rio de Janeiro.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da revisão bibliográfica foi possível estabelecer o conceito de qualidade relativo

ao transporte público por ônibus e identificar e descrever um conjunto de padrões

necessário para sua avaliação. Com isso, diversas pesquisas de campo foram

realizadas, onde aspectos quantitativos e qualitativos sobre a qualidade do serviço

disponibilizado pela linha que conecta Campo Grande a Cidade Universitária foram

considerados, bem como itens associados à infraestrutura de transporte local.

Os resultados das pesquisas de campo, figura 23, refletem o estado atual da linha em

estudo, demostram a necessidade de intervenções, significativas, do poder público na

fiscalização do transporte público por ônibus, não só da linha em estudo, mas também

das outras linhas que circulam na cidade do Rio de Janeiro e ressaltam a importância

de estudos relacionados diretamente ao setor, na busca pelo aumento da qualidade do

serviço prestado e, consequentemente, no aumento da demanda pelo transporte

público, que como já mencionado, contribui para redução dos graves problemas

relacionados à mobilidade urbana nos grandes centros.

Tabela 23: Resumo dos resultados obtidos pelas pesquisas de campo.

Padrão de

Qualidade

Região Parâmetro da

Acessibilidade

Conceito

Acessibilidade

Estação de

Integração de

Campo

Grande

Passeios

Declividade Deixa a

desejar

Largura Insatisfatório

Revestimento Insatisfatório

Sinalização adequada para

realização da travessia das

ruas

Insatisfatório

Iluminação noturna Insatisfatório

Infraestrutura necessária aos

portadores de deficiência

física

Insatisfatório

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Padrão de

Qualidade

Região Parâmetro da

Acessibilidade

Conceito

Acessibilidade

Estação de

Integração da

Cidade

Universitária

Passeios

Declividade Satisfatório

Largura Satisfatório

Revestimento Satisfatório

Sinalização adequada para

realização da travessia das

ruas

Satisfatório

Iluminação noturna Satisfatório

Infraestrutura necessária aos

portadores de deficiência

física

Satisfatório

Frequência de

Atendimento

Estação de

Integração de

Campo

Grande

Intervalo entre atendimentos

(minutos)

Regular a

Ruim

Tempo de Viagem

Percurso de

Campo

Grande a

Cidade

Universitária

Relação entre o tempo de

viagem por ônibus e por carro Regular

Lotação

Percurso de

Campo

Grande a

Cidade

Universitária

Taxa de passageiros em pé

(pass./m2) Ruim

Confiabilidade

Estação de

Integração de

Campo

Grande

Viagens não realizadas ou

realizadas com adiantamento

maior que 3 min ou atraso

acima de 5 min (%)

Ruim

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Padrão de

Qualidade

Região Parâmetro da

Acessibilidade

Conceito

Segurança

Cidade

Universitária

Segurança em relação a

possíveis assaltos Ruim

Características

dos Ônibus -

Idade e estado de

conservação (anos) Ruim

Número de portas e largura do

corredor Regular

Altura dos degraus, sobretudo

do primeiro Bom

Aparência Insatisfatória

Presença de ar condicionado Ruim

Infraestrutura necessária aos

portadores de deficiência

física

Ruim

Características

dos locais de

parada

Campo

Grande

Sinalização Insatisfatório

Cobertura Regular

Bancos para sentar Regular

Iluminação noturna

Deixa a

desejar, na

maioria

Avenida Brasil

Sinalização Insatisfatório

Cobertura Regular

Bancos para sentar Regular

Iluminação noturna

Deixa a

desejar, na

maioria

Avenida

Bento Ribeiro

Dantas

Sinalização Insatisfatório

Cobertura Bom

Bancos para sentar Bom

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Padrão de

Qualidade

Região Parâmetro da

Acessibilidade

Conceito

Características

dos locais de

parada

Avenida

Bento Ribeiro

Dantas

Iluminação noturna

Deixa a

desejar ou

insatisfatório

Cidade

Universitária

Sinalização Insatisfatório,

na maioria

Cobertura Bom

Bancos para sentar Bom

Iluminação noturna Satisfatório,

na maioria

Sistemas de

informação aos

usuários

-

Folhetos com itinerários e

horários disponíveis Ruim

Informações adequadas nas

paradas Ruim

Serviços Informações e

reclamações (pessoalmente

ou por telefone)

Ruim

Conectividade

Estação de

Integração de

Campo

Grande Localização

Satisfatória

Estação de

Integração da

Cidade

Universitária

Satisfatória

Estação de

Integração de

Campo

Grande Integração Física

Ruim

Estação de

Integração da

Cidade

Universitária

Regular

Comportamento

dos Operadores

-

Motoristas dirigindo com

habilidade e cuidado Insatisfatório

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Padrão de

Qualidade

Região Parâmetro da

Acessibilidade

Conceito

Comportamento

dos Operadores

- Motoristas e cobradores

prestativos e educados

Deixa a

desejar

Estado das Vias

Campo

Grande

Vias pavimentadas e sem

buracos, lombadas e valetas e

com sinalização adequada

Regular

Avenida

Brasil I Regular

Avenida

Brasil II Ruim

Linha

Amarela Bom

Cidade

Universitária Regular

Com o estudo contatou-se a extrema incapacidade do serviço em oferecer condições

mínimas de qualidade aos usuários transportados, uma vez que padrões de qualidade

como a frequência de atendimento, a confiabilidade, o comportamento dos operadores

e as características dos veículos deveriam ser prioridades da Empresa na busca pelo

aumento da demanda, mas em vez disso, apresentam desempenho insatisfatório /ruim.

O projeto serviu ainda para desenvolver um panorama da região de Campo Grande,

que apesar de apresentar um grande crescimento econômico e populacional,

infelizmente, não possui estudos relativos à mobilidade urbana e, especificamente, ao

transporte público.

6.1. Limitações Relativas às Pesquisas

As principais dificuldades encontradas durante a realização das pesquisas foram:

Dificuldade de obtenção de dados, disponibilizados pela Fetranspor, pela

Empresa de ônibus ou pelo Poder Público, relativos à linha em estudo;

Grande quantidade de pesquisas desenvolvidas; e

Necessidade de adequação dos horários livres destinados a pesquisa pelos

avaliadores de campo;

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96

6.2. Avaliação do Processo e Recomendações

Apesar das dificuldades e limitações deste projeto, a metodologia aplicada conseguiu

atingir os objetivos propostos, de maneira a se obter um resultado condizente com a

realidade da linha em estudo.

É extremamente necessário que seja dada continuidade a esse tipo de pesquisa, com

uma amplitude maior, englobando assim outras linhas de ônibus da Cidade de Rio de

Janeiro, na busca pela melhoria da qualidade do serviço de transporte público por

ônibus na região.

Também é importante destacar que a pesquisa de opinião, embora seja menos

específica que as pesquisas de campo, também contribui para descrever a qualidade

do sistema e é complementar aos resultados obtidos na pesquisa de campo.

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Realidade dos Sistemas de Transporte Público de Passageiros. Revista dos

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101

ANEXO I

Ficha de Avaliação Relativa a Acessibilidade das Estações de Integração

Nome do Avaliador: ____________________________________________________

Código de Identificação: _________________________________________________

Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________

Estação de Integração Avaliada:

( ) Campo Grande ( ) Cidade Universitária

INFOMAÇÕES SOBRE A ESTAÇÃO DE INTEGRAÇÃO E SEU ENTORNO

1- Passeios

1.1- Declividade

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

1.2- Largura

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

1.3.- Revestimento

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

2- Sinalização para realização segura da travessia das Ruas

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

3- Iluminação noturna

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

4- Infraestrutura necessária aos portadores de deficiência física

( ) Satisfatória ( ) Deixa a Desejar ( ) Insatisfatória

5- Observações Importantes:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

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102

ANEXO II

Ficha de Avaliação Relativa aos Embarques e Desembarques da Linha em Estudo

Nome do Avaliador: ____________________________________________________

Código de Identificação: _________________________________________________

Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________

Veículo Avaliado: ______________________________________________________

Análise:

Embarque ( ) Desembarque ( )

Ponto de Parada:

Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque

A001 Rua Campo Grande - Estação de Integração CG

A002 Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac

A003 Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234

A004 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 40

A005 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 434

A006 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 40

A007 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 316

A008 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 3665

A009 Estrada da Posse - próximo ao n° 3655

A010 Estrada da Posse - próximo ao n° 3675

A011 Estrada da Posse - próximo ao n° 1180

A012 Estrada da Posse - próximo ao n° 692

A013 Estrada da Posse - próximo ao n° 558

A014 Estrada da Posse - próximo ao n° 1011

A015 Estrada da Posse - próximo ao n° 1000

A016 Estrada da Posse - próximo ao n° 1024

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103

Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque

A017 Estrada da Posse - próximo ao n° 1945

A018 Estrada da Posse - próximo ao n° 735

A019 Estrada da Posse - próximo ao n° 1863

A020 Estrada da Posse - próximo ao n° 636

A021 Estrada da Posse - próximo ao n° 467

A022 Estrada da Posse - próximo ao n° 340

A023 Estrada da Posse - próximo ao n° 611

A024 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001

A025 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526

A026 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 158

A027 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 47

A028 Estrada do Quafá - próximo ao n° 187

A029 Estrada do Quafá - próximo ao n° 34935

A030 Av. Brasil - próximo ao n° 34935

A031 Av. Brasil - próximo ao n° 1086

A032 Av. Brasil - Praça Miami

A033 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301

A034 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003

A035 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543

A036 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511

A037 Av. Brasil - próximo ao n° 32045

A038 Av. Brasil - próximo ao n° 31425

A039 Av. Brasil - próximo ao n° 31425

A040 Av. Brasil - próximo ao n° 3099

A041 Av. Brasil - próximo ao n° 29689

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104

Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque

A042 Av. Brasil - próximo ao n° 29663

A043 Av. Brasil - próximo ao n° 29627

A044 Av. Brasil - próximo ao n° 29579

A045 Av. Brasil - próximo ao n° 29503

A046 Estrada do Engenho - próximo ao n° 28783

A047 Av. Brasil - próximo ao n° 27101

A048 Av. Brasil - próximo ao n° 26785

A049 Av. Brasil - próximo ao n° 25039

A050 Av. Brasil - próximo ao n° 23377

A051 Av. Brasil - próximo ao n° 24277

A052 Av. Brasil

A053 Av. Brasil - próximo ao n° 2267

A054 Av. Brasil - próximo ao n° 2373

A055 Av. Brasil - próximo ao n° 22935

A056 Av. Brasil - próximo ao n° 22253

A057 Av. Brasil - próximo ao n° 21887

A058 Av. Brasil - Shopping Guadalupe

A059 Av. Brasil - próximo ao n° 20971

A060 Av. Brasil - próximo ao n° 20971

A061 Av. Brasil - próximo ao n° 20431

A062 Av. Brasil - próximo ao n° 20001

A063 Av. Brasil - próximo ao n° 19405

A064 Av. Brasil

A065 Av. Brasil - próximo ao n° 19001

A066 Av. Brasil - próximo ao n° 17719

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105

Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque

A067 Av. Brasil - próximo ao n° 19003

A068 Av. Brasil - próximo ao n° 17241

A069 Av. Brasil - próximo ao n° 17091

A070 Av. Brasil - próximo ao n° 16741

A071 Av. Brasil - próximo ao n° 15555

A072 Av. Brasil - próximo ao n° 15455

A073 Av. Brasil - próximo ao n° 12235

A074 Av. Brasil

A075 Av. Brasil - próximo ao n° 12211

A076 Av. Brasil

A077 Av. Brasil - próximo ao n° 11875

A078 Av. Brasil

A079 Av. Brasil - próximo ao n° 11211

A080 Av. Brasil - próximo ao n° 10857

A081 Av. Brasil - próximo ao n° 8701

A082 Av. Brasil - próximo ao n° 9727

A083 Av. Brasil - próximo ao n° 9201

A084 Av. Brasil - próximo ao n° 8883

A085 Av. Brasil - próximo ao n° 8491

A086 Av. Brasil - próximo ao n° 7971

A087 Av. Brasil - próximo ao n° 6691

A088 Av. Brasil - próximo ao n° 6869

A089 Av. Brasil - próximo ao n° 6325

A090 Av. Brasil - próximo ao n° 6011

A091 Av. Brasil - próximo ao n° 5575

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106

Ponto Descrição do Ponto de Parada Embarque ou Desembarque

A092 Av. Brasil - próximo ao n° 4500

A093 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João

A094 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro

A095 Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321

A096 Rua Milton Santos - próximo ao n° 1

A097 Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN

A098 Av. Horácio Macedo - CT

A099 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA

A100 Av. Pedro Calmon - CETEM

A101 Av. Pedro Calmon - CETEM

A102 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA

A103 Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras

A104 Av. Horácio Macedo - CENPES 2

A105 Av. Carlos Chagas Filho -EEFD

A106 Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio

A107 Av. Carlos Chagas Filho - CCS

A108 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco - HUCFF

A109 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco

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107

ANEXO III

Embarques e Desembarques realizados no Sentido de Campo Grande a Cidade Universitária

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A001 Rua Campo Grande - Estação de Integração CG 37 0 37 37

A002 Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac 1 0 38 38

A003 Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234 0 0 38 38

A004 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 40 0 0 38 38

A005 Estrada da Capoeira - próximo ao n° 434 3 0 41 41

A006 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 40 1 0 42 42

A007 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 316 3 1 44 45

A008 Estrada do Mendanha - próximo ao n° 3665 2 0 46 47

A009 Estrada da Posse - próximo ao n° 3655 4 0 50 51

A010 Estrada da Posse - próximo ao n° 3675 0 0 50 51

A011 Estrada da Posse - próximo ao n° 1180 2 1 51 53

A012 Estrada da Posse - próximo ao n° 692 3 1 53 56

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108

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A013 Estrada da Posse - próximo ao n° 558 0 0 53 56

A014 Estrada da Posse - próximo ao n° 1011 3 1 55 59

A015 Estrada da Posse - próximo ao n° 1000 1 0 56 60

A016 Estrada da Posse - próximo ao n° 1024 1 0 57 61

A017 Estrada da Posse - próximo ao n° 1945 0 0 57 61

A018 Estrada da Posse - próximo ao n° 735 0 0 57 61

A019 Estrada da Posse - próximo ao n° 1863 2 1 58 63

A020 Estrada da Posse - próximo ao n° 636 0 0 58 63

A021 Estrada da Posse - próximo ao n° 467 1 0 59 64

A022 Estrada da Posse - próximo ao n° 340 0 0 59 64

A023 Estrada da Posse - próximo ao n° 611 3 1 61 67

A024 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001 1 0 62 68

A025 Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526 2 0 64 70

A026 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 158 2 1 65 72

A027 Estrada dos Sete Riachos - próximo ao n° 47 2 0 67 74

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109

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A028 Estrada do Quafá - próximo ao n° 187 0 0 67 74

A029 Estrada do Quafá - próximo ao n° 34935 0 0 67 74

A030 Av. Brasil - próximo ao n° 34935 0 0 67 74

A031 Av. Brasil - próximo ao n° 1086 0 0 67 74

A032 Av. Brasil - Praça Miami 10 5 72 84

A033 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301 2 0 74 86

A034 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003 0 0 74 86

A035 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543 0 0 74 86

A036 Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511 0 0 74 86

A037 Av. Brasil - próximo ao n° 32045 0 0 74 86

A038 Av. Brasil - próximo ao n° 31425 2 0 76 88

A039 Av. Brasil - próximo ao n° 31425 0 0 76 88

A040 Av. Brasil - próximo ao n° 3099 0 0 76 88

A041 Av. Brasil - próximo ao n° 29689 1 0 77 89

A042 Av. Brasil - próximo ao n° 29663 0 0 77 89

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110

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A043 Av. Brasil - próximo ao n° 29627 0 0 77 89

A044 Av. Brasil - próximo ao n° 29579 1 0 78 90

A045 Av. Brasil - próximo ao n° 29503 0 0 78 90

A046 Estrada do Engenho - próximo ao n° 28783 0 0 78 90

A047 Av. Brasil - próximo ao n° 27101 1 0 79 91

A048 Av. Brasil - próximo ao n° 26785 0 0 79 91

A049 Av. Brasil - próximo ao n° 25039 0 0 79 91

A050 Av. Brasil - próximo ao n° 23377 1 4 76 92

A051 Av. Brasil - próximo ao n° 24277 0 0 76 92

A052 Av. Brasil 1 2 75 93

A053 Av. Brasil - próximo ao n° 2267 2 1 76 95

A054 Av. Brasil - próximo ao n° 2373 0 0 76 95

A055 Av. Brasil - próximo ao n° 22935 0 0 76 95

A056 Av. Brasil - próximo ao n° 22253 0 0 76 95

A057 Av. Brasil - próximo ao n° 21887 0 2 74 95

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111

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A058 Av. Brasil - Shopping Guadalupe 4 2 76 99

A059 Av. Brasil - próximo ao n° 20971 0 0 76 99

A060 Av. Brasil - próximo ao n° 20971 0 0 76 99

A061 Av. Brasil - próximo ao n° 20431 0 0 76 99

A062 Av. Brasil - próximo ao n° 20001 1 0 77 100

A063 Av. Brasil - próximo ao n° 19405 0 0 77 100

A064 Av. Brasil 0 0 77 100

A065 Av. Brasil - próximo ao n° 19001 0 0 77 100

A066 Av. Brasil - próximo ao n° 17719 2 4 75 102

A067 Av. Brasil - próximo ao n° 19003 0 0 75 102

A068 Av. Brasil - próximo ao n° 17241 2 4 73 104

A069 Av. Brasil - próximo ao n° 17091 1 1 73 105

A070 Av. Brasil - próximo ao n° 16741 0 0 73 105

A071 Av. Brasil - próximo ao n° 15555 2 2 73 107

A072 Av. Brasil - próximo ao n° 15455 1 0 74 108

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112

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A073 Av. Brasil - próximo ao n° 12235 0 3 71 108

A074 Av. Brasil 0 0 71 108

A075 Av. Brasil - próximo ao n° 12211 2 3 70 110

A076 Av. Brasil 0 0 70 110

A077 Av. Brasil - próximo ao n° 11875 0 2 68 110

A078 Av. Brasil 1 2 67 111

A079 Av. Brasil - próximo ao n° 11211 0 2 65 111

A080 Av. Brasil - próximo ao n° 10857 0 2 63 111

A081 Av. Brasil - próximo ao n° 8701 0 1 62 111

A082 Av. Brasil - próximo ao n° 9727 0 2 60 111

A083 Av. Brasil - próximo ao n° 9201 0 3 57 111

A084 Av. Brasil - próximo ao n° 8883 0 2 55 111

A085 Av. Brasil - próximo ao n° 8491 0 2 53 111

A086 Av. Brasil - próximo ao n° 7971 0 1 52 111

A087 Av. Brasil - próximo ao n° 6691 5 10 47 116

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113

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A088 Av. Brasil - próximo ao n° 6869 5 1 51 121

A089 Av. Brasil - próximo ao n° 6325 1 2 50 122

A090 Av. Brasil - próximo ao n° 6011 2 1 51 124

A091 Av. Brasil - próximo ao n° 5575 2 1 52 126

A092 Av. Brasil - próximo ao n° 4500 4 3 53 130

A093 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João 3 3 53 133

A094 Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro 2 2 53 135

A095 Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321 0 3 50 135

A096 Rua Milton Santos - próximo ao n° 1 0 6 44 135

A097 Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN 0 8 36 135

A098 Av. Horácio Macedo - CT 0 7 29 135

A099 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA 0 5 24 135

A100 Av. Pedro Calmon - CETEM 0 0 24 135

A101 Av. Pedro Calmon - CETEM 0 0 24 135

A102 Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA 0 0 24 135

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114

Ponto Descrição Embarque Desembarque Total de Usuários no Coletivo

Total de Usuários Transportados

A103 Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras 0 1 23 135

A104 Av. Horácio Macedo - CENPES 2 0 2 21 135

A105 Av. Carlos Chagas Filho -EEFD 0 6 15 135

A106 Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio 0 2 13 135

A107 Av. Carlos Chagas Filho - CCS 0 2 11 135

A108 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco - HUCFF 0 8 3 135

A109 Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco 0 3 0 135

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115

ANEXO IV

Avaliação dos Veículos da Linha em Estudo

N° do Carro

N° de Portas

N° de Catracas

Cobrador N° de

Assentos Totais

N° de Assentos Especiais

Aparência Altura dos Degraus

Elevador para a

Cadeira de Rodas

Ar condicionado

Idade (anos)

D58512 2 2 Não 41 3 Insatisfatória Pequena Não Não >10

58514 2 2 Não 41 2 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58537 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58540 3 2 Não 35 6 Insatisfatória Pequena Sim Não >10

D58541 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58545 3 2 Não 33 6 Insatisfatória Pequena Sim Não >10

D58561 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58564 2 1 Sim 35 6 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58669 2 2 Não 41 2 Insatisfatória Pequena Não Não >10

58571 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

58672 2 2 Não 39 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

58673 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

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116

N° do Carro

N° de Portas

N° de Catracas

Cobrador N° de

Assentos Totais

N° de Assentos Especiais

Aparência Altura dos Degraus

Elevador para a

Cadeira de Rodas

Ar condicionado

Idade (anos)

D58590 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

D58593 2 2 Não 41 4 Insatisfatória Pequena Não Não >10

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ANEXO V

Avaliação dos Pontos de Ônibus: Trajeto A - Campo Grande – Cidade Universitária

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A001 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Campo Grande - Estação de Integração -

A002 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Barcelos Domingos - próximo ao Senac -

A003 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Barcelos Domingos - próximo ao n° 234 -

A004 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 40 -

A005 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 434 -

A006 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 40 -

A007 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 316 -

A008 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 3665 -

A009 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3655 -

A010 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3675 -

A011 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1180 -

A012 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 692 -

A013 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 558 -

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118

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A014 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1011 -

A015 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -

A016 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1024 -

A017 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1945 -

A018 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 735 -

A019 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1863 -

A020 Precário Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -

A021 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 467 -

A022 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 340 -

A023 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 611 -

A024 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1001 -

A025 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 526 -

A026 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 158 -

A027 Precária Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 47 -

A028 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 187 -

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119

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A029 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Est.do Quafá - próximo ao n° 34935 -

A030 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 34935 -

A031 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 1086 -

A032 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - Praça Miami -

A033 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34301 -

A034 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 34003 -

A035 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 33543 -

A036 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Carlos Sampaio Correa - próximo ao n° 1511 -

A037 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32045 -

A038 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31425 Passarela

A039 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31425 Ponte

A040 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 3099 Passarela

A041 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29689 Passarela

A042 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29663 Passarela

A043 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29627 Passarela

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120

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A044 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29579 -

A045 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29503 Passarela

A046 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Engenho - próximo ao n° 28783 -

A047 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 27101 Passarela

A048 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 26785 -

A049 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 25039 -

A050 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23377 Passarela

A051 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 24277 -

A052 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -

A053 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2267 Passarela

A054 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2373 Passarela

A055 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22935 Passarela

A056 Padrão (3) Padrão (3) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22253 Passarela

A057 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21887 Passarela

A058 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - Shopping Guadalupe Passarela

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121

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A059 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20971 Ponte

A060 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20971 -

A061 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20431 -

A062 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20001 Passarela

A063 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19405 Passarela

A064 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Ponte

A065 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19001 Passarela

A066 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17719 Passarela

A067 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19003 Passarela

A068 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17241 Passarela

A069 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17091 Passarela

A070 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16741 Passarela

A071 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 15555 Passarela

A072 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 15455 Passarela

A073 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12235 Passarela

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122

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A074 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil Passarela

A075 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12211 Passarela

A076 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -

A077 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11875 Passarela

A078 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -

A079 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11211 Passarela

A080 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10857 Passarela

A081 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8701 Passarela

A082 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9727 -

A083 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9201 -

A084 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8883 Passarela

A085 Padrão (5) Padrão (5) Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8491 Passarela

A086 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7971 Passarela

A087 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6691 Passarela

A088 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6869 Passarela

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123

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A089 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6325 Passarela

A090 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6011 Passarela

A091 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5575 Passarela

A092 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 4500 -

A093 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do João Passarela

A094 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - Vila do Pinheiro Passarela

A095 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 321 -

A096 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Rua Milton Santos - próximo ao n° 1 -

A097 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Athos da Silveira Ramos - CCMN -

A098 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - CT -

A099 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA -

A100 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - CETEM -

A101 Satisfatório Satisfatório Deixa a desejar Insatisfatório Av. Pedro Calmon - CETEM -

A102 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Pedro Calmon - Reitoria EBA -

A103 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - Faculdade de Letras -

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124

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

A104 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - CENPES 2 -

A105 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - EEFD -

A106 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - Bio- Rio -

A107 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Carlos Chagas Filho - CCS -

A108 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - HU -

Avaliação dos Pontos de Ônibus: Trajeto B - Cidade Universitária - Campo Grande

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B001 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Satisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - Estação UFRJ -

B002 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Prof. Rodolpho Paulo Rocco - HU -

B003 Satisfatório Satisfatório Satisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - Avenida 1 -

B004 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Horácio Macedo - próximo ao n° 1823 -

B005 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Maria Paulina de Souza - -

B006 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Lobo Carneiro - próximo ao n° 1 -

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125

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B007 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - próximo ao n° 263 Passarela

B008 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Bento Ribeiro Dantas - próximo ao n° 217 -

B009 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5493 Passarela

B010 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 5900 Passarela

B011 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6288 Passarela

B012 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7022 Passarela

B013 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 6892 -

B014 Padrão (3) Padrão (3) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 8362 Passarela

B015 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 7836 Passarela

B016 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 9020 Passarela

B017 Padrão (2) Padrão (2) Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10500 Passarela

B018 Presente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10550 -

B019 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10590 Passarela

B020 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 10590 -

B021 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 11288 -

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126

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B022 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12049 Passarela

B023 Padrão (4) Padrão (4) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 12300 Passarela

B024 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 1300 Passarela

B025 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 13724 -

B026 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 13768 Passarela

B027 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 532 Passarela

B028 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Passarela

B029 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 14804 Passarela

B030 Padrão (2) Padrão (2) Satisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16000 Passarela

B031 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil -

B032 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16000 -

B033 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 16700 Passarela

B034 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 17810 Passarela

B035 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18200 Passarela

B036 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18508 Passarela

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127

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B037 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 18476 Passarela

B038 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil Passarela

B039 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 19850 -

B040 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 20204 Passarela

B041 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21484 -

B042 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil Passarela

B043 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -

B044 Presente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 22300 -

B045 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 21918 Passarela

B046 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 460 Passarela

B047 Padrão (3) Padrão (3) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23090 Passarela

B048 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23109 Passarela

B049 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23390 Passarela

B050 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 23800 -

B051 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao Corpo de Bombeiros -

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128

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B052 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil -

B053 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28350 Passarela

B054 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 27101 -

B055 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 2870

B056 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28820 -

B057 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29003 Passarela

B058 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29578 -

B059 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29010 Passarela

B060 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 29672 Passarela

B061 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 28960 Passarela

B062 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 30801 -

B063 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 31034 Passarela

B064 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32400 Passarela

B065 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32400 -

B666 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 32800 -

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129

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B067 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 3460 -

B068 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 33542 Passarela

B069 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 33542 Passarela

B070 Padrão (2) Padrão (2) Deixa a desejar Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 35170 -

B071 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 36200 -

B072 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 34964 -

B073 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Av. Brasil - próximo ao n° 37868 -

B074 Padrão Padrão Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 340 -

B075 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 340 -

B076 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 487 -

B077 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. do Quafá - próximo ao n° 161 -

B078 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. dos Sete Riachos - próximo ao n° 161 -

B079 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1319 -

B080 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Teixeira Campos - próximo ao n° 1011 -

B081 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 38 -

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130

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B082 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 373 -

B083 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -

B084 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 636 -

B085 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 522 -

B086 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 784 -

B087 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 7460 -

B088 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -

B089 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1000 -

B090 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1040 -

B091 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1171 -

B092 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 4171 -

B093 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1171 -

B094 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 4209 -

B095 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - EM Visconde do Rio Branco -

B096 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 1058 -

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131

Ponto Cobertura Assento Iluminação Sinalização Descrição Próxima à

B097 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Posse - próximo ao n° 3840 -

B098 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 185 -

B099 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. do Mendanha - próximo ao n° 81 -

B100 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Est. da Capoeira - próximo ao n° 301 -

B101 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Rua Rio do A - próximo ao n° 1416 -

B102 Padrão Padrão Deixa a desejar Insatisfatório Est. Rio - São Paulo -

B103 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Barcelos Domingos -

B104 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Alfredo de Morais - próximo ao n° 163 -

B105 Ausente Ausente Insatisfatório Insatisfatório Rua Alfredo de Morais - próximo ao n° 536 -

B106 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Ido do Prado - próximo ao n° 205 -

B107 Ausente Ausente Deixa a desejar Insatisfatório Rua Ido do Prado -

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ANEXO VI

Ficha de Avaliação Relativa a Pavimentação das Vias em Estudo

Nome do Avaliador: ____________________________________________________

Código de Identificação: _________________________________________________

Data e Horário da Avaliação: _____________________________________________

Trecho analisado:

( ) Campo Grande ( ) Av. Brasil I ( ) Av. Brasil II

( ) Av. Bento Ribeiro ( ) Cidade Universitária

Valor de Serventia Atual do Pavimento:

1- Observações Importantes:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________