Avaliação Da Vida de Brocas de Aço-rápido Com Diferentes Afiações Na Usinagem Com Máquinas e...
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1 INTRODUÇÃO
A necessidade de se atender às demandas da humanidade ao longo dos tempos
norteou o curso da nossa história.
Essas demandas, cada vez mais guiadas pelo “querer” do que pelo “necessitar”,
exigem um grau cada vez mais alto de desenvolvimento em todas as áreas do
mercado, do setor de serviços à indústria.
No que diz respeito à indústria metal-mecânica, um produto deve ser feito por um
ou mais processos de fabricação (por exemplo: fundição, conformação, usinagem,
soldagem, metalurgia do pó, etc.). Estes processos devem ser capazes de produzir
uma peça levando-se em consideração quatro características básicas, as quais são:
custo, qualidade, conformidade e tempo de entrega.
Cada processo de fabricação tem características técnicas peculiares que são
usadas em função das exigências de projeto de cada peça. A usinagem é um
processo bastante flexível que consegue fabricar desde lotes unitários a lotes
grandes, típicos da produção seriada. As peças podem ter alguns gramas (como um
implante dentário) ou até mesmo várias toneladas (como um eixo ou pá de turbina
hidrelétrica, por exemplo). Os processos de usinagem são capazes de produzir
peças de geometrias simples ou complexas. Outra característica importante deste
processo é a alta precisão dimensional, de forma e de posição conferida às peças.
Os processos de usinagem ainda dividem-se em três categorias: com
ferramentas de geometria definida, com ferramentas de geometria não definida ou
ainda processos especiais. Muitas vezes faz-se uso de mais de uma categoria para
se obter o produto com as especificações exigidas. A usinagem com ferramenta de
geometria definida é a que tem maior participação nos processos de usinagem.
Dentre esses processos pode-se citar torneamento, faceamento, fresagem e
furação, por exemplo.
Dependendo das especificações de determinado produto, pode ser encontrado
maneiras diferentes de obtê-lo. Uma vez que elas são identificadas, observa-se o
custo de fabricação e a produtividade, e é escolhida a mais vantajosa, prestando
atenção nesses aspectos.
Dentro do custo de fabricação, pode-se citar o custo de mão-de-obra e o
custo do ferramental, por exemplo. Devido à alta competitividade do mercado atual,
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as empresas têm buscado meios de baixar o preço de seus produtos. E uma forma
de se fazer isso é reduzindo os custos referentes à fabricação.
Para se reduzir o custo de ferramental, há de se observar um fator importante:
o tempo de vida útil da ferramenta, ou seja, a vida da ferramenta. Ela determina os
gastos com ferramental em um determinado tempo ou um determinado número de
peças. Ela pode ser aumentada, quando possível, com o uso de fluido de corte, por
exemplo.
No cotidiano de uma empresa de médio ou pequeno porte, convive-se
geralmente com limitações de recursos, o que exige que máquinas e ferramentas
sejam usadas da forma mais versátil possível, evitando a compra de material de
pequena utilização. Além de serem usadas de forma versátil, ainda podem receber
pequenas modificações, para torná-las mais eficientes ou mais adequadas para o
que se necessita.
No caso específico do processo de furação, o movimento relativo entre peça e
ferramenta pode acontecer de três formas distintas: com peça em rotação, com
ferramenta em rotação ou com ambas girando em sentidos contrários. O processo
de usinagem é o mesmo, porém, esse movimento relativo apresenta-se como uma
variável que pode interferir na vida da ferramenta e na qualidade do furo.
1.1 OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivo geral a busca pela melhor condição de usinagem
na furação de aço ABNT 1045 por brocas helicoidais de aço rápido com 13 mm de
diâmetro, levando em conta a vida da ferramenta e a precisão dimensional dos
furos.
Os objetivos específicos deste trabalho são:
a) Comparar furos usinados com peça em rotação (torneamento) e ferramenta
em rotação (mandrilamento), avaliando vida da ferramenta e variação dimensional.
b) Avaliar a influência da presença ou ausência de fluido de corte na vida da
ferramenta e variação dimensional do furo realizado.
c) Verificar a influência do tipo de afiação da broca na vida da ferramenta e
variação dimensional do furo usinado.
23
1.2 JUSTIFICATIVA
A broca helicoidal de aço rápido sem revestimento está entre as ferramentas
mais baratas e mais utilizadas na indústria para o processo de furação. É de grande
importância saber em quais condições essa ferramenta apresenta melhor
desempenho, levando em conta a duração da vida e a precisão dimensional dos
furos usinados.
Este trabalho levou em consideração e tentou reproduzir a rotina e a forma de
trabalho das fábricas e oficinas mais simples, realizando tudo da forma menos
onerosa possível. Dessa forma, os resultados desta pesquisa podem ser utilizados
por um grande percentual da indústria metal-mecânica.
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2 O PROCESSO DE FURAÇÃO
O processo de furação é usado nas mais variadas áreas do conhecimento. A
indústria aeronáutica, por exemplo, sempre foi dependente desse processo. A
indústria petrolífera depende totalmente da furação para encontrar e extrair o seu
produto, assim como em alguns casos da indústria de mineração. A construção civil
faz uso da furação em diversas situações. Até mesmo o setor de serviços, com a
medicina e a odontologia, usa esse processo de forma sutil em alguns
procedimentos.
A furação é um processo amplamente utilizado na indústria metal-mecânica.
Segundo Stephenson e Agapiou (2006, p. 21), a furação é o processo mais comum
de usinagem. Grande parte das peças solicitadas por clientes requer operações que
possibilitem a execução de furos das mais diversas características. Os furos podem
ser executados por usinagem, conformação ou já no processo de fundição, embora
o acabamento dado pelo processo de fundição geralmente exija operações
posteriores de usinagem.
A furação por meio de conformação ocorre no processo chamado estampagem.
Um punção (ferramenta) é forçado contra o material de peça em uma matriz. Ocorre
cisalhamento do material da peça e o resultado é um furo com o formato e
dimensões aproximadas do punção. É um processo apropriado para grandes lotes
de peça e, evidentemente, se as características requeridas para a peça não
tornarem o processo tecnicamente inviável.
O processo de furação por usinagem pode ser feito com ferramentas de
geometria definida ou por processos especiais. Eles são vistos mais detalhadamente
a seguir.
2.1 FURAÇÃO COM FERRAMENTAS DE GEOMETRIA DEFINIDA
As ferramentas de geometria definida utilizadas na usinagem de furos são
denominadas brocas. A furação com brocas é sem dúvida o processo mais comum
para a usinagem de furos.
Dentre os tipos mais tradicionais de brocas, pode-se citar as brocas chatas, as
brocas helicoidais, as brocas canhão e as brocas ocas para trepanação.
25
Diferentes materiais e geometrias das brocas tornam essa operação possível
para uma grande variedade de condições de usinagem, levando em conta o
diâmetro e a profundidade do furo.
Stephenson e Agapiou (2006, p. 192) identificam como principais fatores para a
seleção da broca mais apropriada para a usinagem de uma determinada peça os
seguintes: material a ser usinado, dimensões do furo, existência ou não de um pré-
furo, o fato de o furo ser cego ou passante, características de entrada e saída da
ferramenta na peça, qualidade superficial requerida para o furo, características de
máquina-ferramenta e fixação, e as condições de corte.
A ferramenta de maior utilização é a broca de aço rápido com canais helicoidais
(ou simplesmente broca helicoidal), devido à sua grande aplicabilidade e custo
relativamente baixo. Ela será tratada mais detalhadamente a seguir. Outras
ferramentas foram desenvolvidas mais recentemente:
a) broca de aço rápido revestida com nitreto de titânio – possibilitou um substancial aumento da velocidade de corte e/ou da vida da ferramenta em relação à broca de aço rápido sem revestimento;
b) broca inteiriça de metal duro – quando o furo é pequeno (menor que 20 mm) e a máquina possui rotação, rigidez e potência suficientes, essa broca é uma boa alternativa;
c) broca com pastilhas intercambiáveis de metal duro – brocas deste tipo são inviáveis quando seu diâmetro é pequeno, devido à dificuldade de fixação dos insertos. Porém, para brocas de diâmetros médios, essa é uma boa opção, desde que, novamente, a máquina propicie sua utilização; (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2001, p. 177-178).
Também vem sendo utilizadas brocas de aço rápido sinterizado. As ferramentas
feitas por esse processo tendem a ter uma maior resistência ao desgaste.
Essas novas ferramentas têm o seu melhor uso em máquinas de grande
potência e alta rotação. E é mais apropriado que seja dessa forma, visando o
rendimento máximo de usinagem.
2.1.1 Brocas Helicoidais
Segundo Diniz, Marcondes e Coppini (2001, p. 178), “Atualmente no Brasil, mais
da metade das operações de furação ainda são realizadas com brocas helicoidais
de aço rápido com ou sem camada de cobertura.”
Stemmer (1995 B, p. 1) destaca que “A furação com brocas é uma operação de
desbaste”. Para se obter melhor qualidade superficial e precisão dimensional são
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executadas operações de acabamento, “tais como alargamento, brochamento,
mandrilamento, torneamento interno, retificação interna, etc.” (DINIZ; MARCONDES;
COPPINI, 2001, p. 178).
Figura 2.1 – Broca helicoidal com haste cilíndrica Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1978, p. 1)
Segundo Stemmer (1995 B, p. 1), deve-se levar em conta as condições severas
da operação, uma vez que a velocidade de corte varia de um valor nulo no centro
até um valor máximo na periferia do furo; e o fluido de corte que, além da sua função
lubri-refrigerante, desempenha a de transportar os cavacos, chega com muita
dificuldade ao local onde está sendo realizado o corte. Essas considerações ilustram
a situação severa a que a ferramenta está constantemente submetida.
Figura 2.2 – Broca helicoidal com haste cônica Fonte: König; Klocke, 1997
1 (apud CASTILLO, 2005, p. 24)
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (1978, p. 1) estabelece três tipos de
brocas helicoidais: a broca helicoidal com haste cilíndrica (Figura 2.1), a broca
helicoidal com haste cônica (Figura 2.2) e a broca helicoidal com furo para
1KÖNIG, W.; KLOCKE, F. Fertigungsverfahren: drehen, fräsen, bohren. 5. ed. Berlin: Springer,
1997, 471 p.
27
refrigeração (Figura 2.3). Embora a norma seja relativamente antiga, os três tipos
apresentam características muito úteis à realidade atual.
Figura 2.3 – Broca helicoidal com furo para refrigeração Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas (1978, p. 1)
2.1.1.1 Geometria das brocas helicoidais
De forma geral, as partes da broca que se envolvem diretamente no processo de
furação são o gume principal, a superfície de incidência, ou flanco, e a superfície de
saída, ou face, como é mostrado na Figura 2.4. Existem dois de cada elemento
citado.
Figura 2.4 – Partes ativas principais de uma broca helicoidal Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1978, p. 2)
De forma mais detalhada, os elementos que caracterizam uma broca helicoidal
são:
a) haste – destina-se à fixação da broca na máquina. Em brocas de diâmetro pequeno (até 15 mm), em geral usa-se brocas de haste cilíndrica e a fixação à máquina se dá por intermédio de mandris. Em brocas de diâmetros maiores, prefere-se prender a broca a um cone morse, que por sua vez é preso à máquina, o que possibilita maior força de fixação;
b) diâmetro – é medido entre as duas guias da broca. Normalmente tem tolerância dimensional h8;
28
c) núcleo – parte interior da broca de diâmetro igual a 0,16 D. Serve para conferir rigidez à broca;
d) guias – a superfície externa de uma broca helicoidal apresenta duas regiões (uma em cada aresta de corte) que têm diâmetro maior que o diâmetro das paredes da broca. Tais regiões são denominadas guias. Têm duas funções básicas – a primeira, como o próprio nome diz, é a de guiar a broca dentro do furo; a segunda é a de evitar que toda a parede externa da broca atrite com as paredes do furo, diminuindo assim os esforços necessários para a furação.
e) canais helicoidais – são as superfícies de saída da ferramenta. O ângulo de hélice de brocas normais, que na periferia da broca coincide com o ângulo de saída, pode ser 28 graus para brocas de aplicação geral (brocas do tipo N com ângulo de ponta = 118°), 15 graus para brocas destinadas à usinagem de materiais com cavacos curtos (brocas tipo H com ângulo de ponta igual a 60 ou 90°) e 40 graus para brocas destinadas à usinagem de materiais com cavacos longos e/ou materiais moles (broca tipo W com ângulo de ponta de cerca de 140°). O comprimento do canal helicoidal também pode variar dependendo do diâmetro da broca e do comprimento do furo que se deseja usinar. Além dessas brocas normais, existem uma infinidade de outros tipos de brocas helicoidais, tais como as destinadas a furos profundos, brocas extracurtas quando se deseja maior rigidez da broca, brocas escalonadas para usinagem de furos passantes escalonados, brocas de calibração para calibrar ou alargar furos fundidos, pré-estampados ou pré-furados, etc.
f) arestas de corte – numa broca helicoidal as duas arestas principais de corte não se encontram em um ponto, mas existe uma terceira aresta ligando-as. Esta terceira aresta é chamada de aresta transversal de corte. O ângulo formado entre as duas arestas principais, chamado de ângulo
de ponta () – (esta denominação não está de acordo com a norma brasileira NBR 6163, que chama de ângulo de ponta o encontro entre a aresta principal e secundária de corte), é normalmente igual a 118 graus. Em brocas para usinagem de materiais moles, seu valor é de 140 graus. (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2001, p. 179-181).
Na Figura 2.5 estão representados os principais ângulos da geometria da broca
helicoidal.
A aresta transversal de corte, ou gume transversal, tem o comprimento
diretamente proporcional ao diâmetro do núcleo da broca. Stemmer (1995 B, p. 6)
explica que o gume transversal age em péssimas condições de trabalho, e que é
responsável por até 65% da força axial de avanço. Por isso, deve ser mantido o
menor possível. Pode-se dizer que ele mais conforma o material à sua frente do que
propriamente corta.
29
Figura 2.5 – Geometria da cunha de uma broca helicoidal Fonte: Schroeter et al, 1999
2 (apud CASTILLO, 2005, p. 25)
2.1.1.2 Afiação das brocas helicoidais
A partir das geometrias padronizadas, as brocas helicoidais podem passar por
pequenas alterações para otimização do processo. Para a usinagem de aço, essas
afiações geralmente têm por objetivo a eliminação do gume transversal, devido aos
inconvenientes gerados por ele.
Stemmer (1995 B, p. 9) cita como principais processos de afiação para a
usinagem de aço:
a) a afinação do gume transversal (Figura 2.6), em que se retifica uma
reentrância na ponta da broca;
2 SCHROETER, R. B. et al. Estudo comparativo de desempenho de brocas DIN 338. Florianópolis,
1999. 32 p.
30
Figura 2.6 – Afinação do gume transversal Fonte: Stemmer (1995 B, p. 18)
b) a correção do ângulo de saída com afinação do gume transversal (Figura 2.7),
em que “se retifica uma canaleta que simultaneamente corrige o ângulo de saída da
broca, no centro e afina o gume principal, melhorando as condições de corte.”
(STEMMER, 1995 B, p. 9);
Figura 2.7 – Correção do ângulo de saída com afinação do gume transversal Fonte: Stemmer (1995 B, p. 18)
c) a afiação cruzada (Figura 2.8), onde se retifica um plano inclinado nos flancos
da ferramenta, eliminando a aresta transversal de corte. Com isso, o esforço de
compressão na ponta da ferramenta diminui consideravelmente.
Figura 2.8 – Dois casos de afiação cruzada Fonte: Stemmer (1995 B, p. 18)
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2.1.2 Máquinas para Furação com Brocas
Para a execução do processo de usinagem, a máquina-ferramenta deve produzir
movimentos relativos entre peça e ferramenta. Os mais importantes são citados e
explicados por Ferraresi (1977, p. 2-3):
O movimento de corte é o movimento entre a peça e a ferramenta, o qual sem o movimento de avanço origina sòmente uma única remoção de cavaco, durante uma volta ou um curso [...]. O movimento de avanço é o movimento entre a peça e a ferramenta, que, juntamente com o movimento de corte, origina um levantamento repetido ou contínuo de cavaco, durante várias revoluções ou cursos [...]. O movimento efetivo de corte é o resultante dos movimentos de corte e de avanço, realizados ao mesmo tempo.
As direções desses movimentos estão representados na Figura 2.9.
Figura 2.9 – Direção dos principais movimentos na furação Fonte: Stemmer (1995 A, p. 12)
No caso da furação, o movimento de rotação é obrigatório para que ocorra o
movimento de corte. Essa rotação pode ser somente da peça, somente da
ferramenta, ou de ambas, em sentidos contrários.
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2.1.2.1 Peça em rotação
Para a execução da furação com a peça em rotação, a máquina mais adequada
é o torno mecânico, tanto o convencional quanto o CNC.
No torno, a usinagem de furos é possível como explica Rosa (p. 13): “Fazer um
furo cilíndrico por deslocamento de uma broca montada no cabeçote e com o
material em rotação.” Dessa forma, a peça sofre a rotação que possibilita o
movimento de corte. E a broca, presa ao cabeçote do torno, realiza o movimento de
avanço (Figura 2.10). A broca pode ser presa ao cabeçote com a utilização de
pinças.
Figura 2.10 – Furação em um torno Fonte: Adaptado de Rosa (p. 14)
2.1.2.2 Ferramenta em rotação
Neste caso a ferramenta gira e a peça permanece em repouso. É o processo
mais comumente utilizado nos ramos da indústria metal-mecânica, construção civil e
na mineração, por exemplo.
Na área de usinagem, é o processo mais comum e geralmente o único processo
viável quando a peça não apresenta geometria cilíndrica.
As máquinas utilizadas podem ser furadeiras de bancada, furadeiras de coluna,
furadeiras radiais, centros de usinagem CNC e mandriladoras, por exemplo.
Segundo Kunrath (p. 39), “As furadeiras são máquinas relativamente simples,
onde o movimento de corte é rotativo e o avanço linear tem apenas uma direção”.
Então, nesse caso, a peça fica estática e os movimentos, tanto de avanço como de
33
rotação, são realizados pela ferramenta, devidamente fixada à máquina. A Figura
2.11 apresenta um exemplo de furadeira.
Figura 2.11 – Furadeira de coluna com avanço manual Fonte: Kunrath (p. 39)
O uso da mandriladora é basicamente igual ao uso da furadeira, com exceção de
que o avanço geralmente ocorre na direção horizontal.
Na mandriladora também pode ocorrer de o movimento de avanço ser realizado
pela peça, com o deslocamento da mesa. Para isso, a mesa deve ser capaz de se
deslocar de forma linear e estável. Caso contrário, podem ocorrer desvios no furo e
até mesmo a quebra da ferramenta.
2.1.2.3 Peça e ferramenta em rotação
Neste caso, peça e ferramenta giram em sentidos contrários, com o movimento
de avanço sendo realizado por uma das duas.
A rotação relativa entre peça e ferramenta pode ser muito elevada, gerando
maiores velocidades de corte.
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2.2 FURAÇÃO POR PROCESSOS ESPECIAIS
2.2.1 Furação a Laser
Segundo o Instituto Fábrica do Milênio (2005, p. 130) a furação a laser consiste
na pulsação de raios laser de alta intensidade de radiação em curtos intervalos de
tempo. A intensidade é suficientemente alta para aquecer, fundir e evaporar o
material da peça quase que instantaneamente. Essa evaporação do material da
peça gera o resultado desejado da operação, ou seja, o furo.
Brown (1998, p. 360) identifica algumas características do processo a laser.
Pode-se citar o tempo curto de setup, a não-utilização de ferramentas propriamente
ditas, a eliminação da necessidade de fixação da peça e a menor probabilidade de
defeitos superficiais gerados pela movimentação do material.
O Instituto Fábrica do Milênio (2005, p. 130-131) ainda salienta as vantagens da
furação a laser, como a ausência dos problemas referentes a ferramentas de corte,
a irrelevância da dureza do material de peça, a facilidade de se furar superfícies
curvas ou angulares, a boa precisão no posicionamento, a possibilidade de se fazer
furos de diâmetros muito pequenos, a produtividade alta e a razão
profundidade/diâmetro do furo em um valor máximo de aproximadamente 50. Além
de uma alta precisão dimensional e de forma.
Esse processo tem como principal ponto negativo o alto custo do sistema, o que
torna inviável sua aquisição para execução de pequenos lotes de peças ou
operações esporádicas.
2.2.2 Eletroerosão
Conforme explica o Instituto Fábrica do Milênio (2005, p.133-139), a usinagem
por eletroerosão, ou EDM (Electrical Discharge Machining), caracteriza-se por um
sistema em que são produzidas faíscas elétricas entre o eletrodo e o material da
peça. As faíscas são de uma temperatura altíssima, e quando atingem a peça
provocam a fusão de partículas e, dessa forma, ocorre a erosão. O sistema é todo
envolto por fluido dielétrico. O eletrodo não deve tocar a peça. O espaço entre os
dois é preenchido pelo fluido, que torna mais apropriada a ocorrência das faíscas, e
também tem papel fundamental na remoção das partículas erodidas.
35
O formato e dimensões do furo são determinados pelo formato e dimensões do
eletrodo. As dimensões do furo serão pouco maiores que as do eletrodo, devido a
um pequeno intervalo (denominado gap) entre as laterais do furo e o eletrodo, vital
para a passagem do fluido dielétrico.
Brown (1998, p. 127-129) ainda cita o processo de eletroerosão a fio (wire EDM),
um caso particular e bastante usado do processo. Ao invés do eletrodo
convencional, é utilizado um fio em alimentação contínua. Ele vai erodindo o
contorno do furo desejado. Com o auxílio das tecnologias CNC (comando numérico
computadorizado) e CAM (Computer Aided Manufacturing) é possível se fazer furos
dos mais diversos formatos.
A eletroerosão a fio apresenta uma limitação peculiar: só podem ser executados
furos passantes. Outra limitação, não somente do processo a fio, mas também do
tradicional, é que o material de peça tem de apresentar certa condutividade elétrica.
Segundo Brown (1998, p. 116) a eletroerosão apresenta como vantagem o fato
de a dureza da peça ser irrelevante, podendo ser feito mesmo após tratamento
térmico ou termoquímico de endurecimento.
2.3 VIDA DA FERRAMENTA
A vida de uma ferramenta de corte é o período no qual ela pode ser utilizada
para uma função específica, produzindo uma peça com a qualidade exigida.
Durante sua utilização, a ferramenta é submetida a diversos mecanismos de
natureza física e química, que causam diferentes formas de desgaste na ferramenta.
A ação dos mecanismos de desgaste durante certo tempo causa alterações
dimensionais na ferramenta, fazendo com que as peças produzidas passem a não
ter mais as dimensões aceitáveis dentro de uma faixa de tolerância. Quando isso
ocorre, é o fim da vida da ferramenta, e ela deve ser substituída ou reafiada.
2.3.1 Mecanismos de Desgaste
Existem vários mecanismos de desgaste que incidem sobre a ferramenta de
corte durante o processo de usinagem. Dentre os principais, pode-se considerar:
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a) Abrasão mecânica (ou atrito) – segundo Diniz, Marcondes e Coppini (2001, p.
108-109), essa é uma das causas de desgaste mais comuns. Ela atinge a face e o
flanco da ferramenta (superfície de saída e superfície de incidência,
respectivamente). O desgaste no flanco é maior, porque ele atrita com a peça, que é
mais rígida que o cavaco, que atrita com a face.
Stemmer (1995 A, p. 132) ainda destaca que a presença de partículas duras no
material da peça resulta num aumento nesse tipo de desgaste. E, como a abrasão
gera calor, o material da ferramenta deve ter considerável dureza a quente.
b) Aderência – sobre esse mecanismo de desgaste, Stemmer (1995 A, p. 132-
133) afirma que:
A aderência entre o material da peça e as asperezas superficiais da ferramenta se deve à ação das altas temperaturas e pressões presentes na zona de corte e ao fato de que a superfície inferior do cavaco, recém arrancada, apresenta-se limpa, sem camadas protetoras de óxidos e, portanto, quimicamente muito ativa. A prova de que tais aderências se podem formar, é o gume postiço, formado por partículas que se soldam na face da ferramenta e apresentam um elevado grau de deformação a frio, isto é, estão encruadas, duras e resistentes. Elas dificultam o deslizamento do cavaco, aumentando o coeficiente de atrito na face e provocando um maior recalque do cavaco. O aumento do atrito provoca um aumento progressivo da força de deslizamento do cavaco, até que as partículas soldadas são arrancadas. O arrancamento destas partículas pode-se dar por cisalhamento das asperezas da ferramenta, por separação na solda ou por cisalhamento dentro das próprias partículas. No primeiro caso ocorre maior desgaste na face da ferramenta. De modo geral, o deslocamento de partículas encruadas e duras separadas do gume postiço, sob alta pressão, provoca desgaste abrasivo no flanco e na face da ferramenta. O gume postiço ocorre em baixas velocidades de corte. O desgaste aumenta, inicialmente, com a velocidade, pois vão se alcançando temperaturas e pressões que favorecem a aderência. Já em velocidades mais elevadas, a temperatura sobe a ponto de amolecer as partículas aderidas, que recristalizam, enquanto o material da ferramenta, muito mais resistente ao calor, não é afetado. Não havendo mais condições de formação do gume postiço, o desgaste da ferramenta diminui, bem como o recalque do cavaco, pois o mesmo desliza mais facilmente pela face da ferramenta.
c) Deformação plástica – segundo Stemmer (1995 A, p. 132), ela ocorre quando
são usados avanços maiores na operação, o que põe à prova a dureza e resistência
a quente do material da ferramenta. Com o tempo, esse tipo de avaria pode inutilizar
a ferramenta.
d) Difusão – consiste na migração de determinados átomos do cavaco para a
ferramenta.
Esse mecanismo de desgaste ocorre em condições propícias na zona de corte,
que podem ser a alta temperatura, determinado tempo de contato entre cavaco e
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ferramenta e afinidade físico-química existente entre eles (DINIZ; MARCONDES;
COPPINI, 2001, p. 110).
Segundo Stemmer (1995 A, p. 133), esse fenômeno não é observado em
ferramentas de aço rápido, pois a temperatura propícia para a difusão é muito maior
que a temperatura de amolecimento do material da ferramenta.
e) Oxidação – as altas temperaturas do processo de corte podem tornar a
superfície da ferramenta quimicamente ativa, ocorrendo a formação de camadas de
material oxidado (carepas). Na remoção dessa carepa é que ocorre o desgaste
propriamente dito.
Para Stemmer (1995 A, p. 133), esse mecanismo também não atinge
ferramentas de aço rápido, devido à temperatura de amolecimento ser bem inferior à
de oxidação.
Pode-se dizer que os mecanismos de desgaste agem sobre a ferramenta em
faixas de temperatura diferentes. Essa temperatura depende, por exemplo, da
velocidade de corte e do avanço. A diferença de faixas de atuação dos mecanismos
está ilustrada na Figura 2.12.
Figura 2.12 – Faixas de atuação dos mecanismos de desgaste Fonte: König; Klocke, 1997
3 (apud CASTILLO, 2005, p. 37)
3 KÖNIG, W.; KLOCKE, F. Fertigungsverfahren: drehen, fräsen, bohren. 5. ed. Berlin: Springer,
1997, 471 p.
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2.3.2 Formas de Desgaste em Brocas Helicoidais
Existem várias formas de desgaste, sendo que alguns são comuns a diversos
tipos de ferramenta. Esses desgastes mais comuns são citados no Quadro 2.1, junto
a suas possíveis causas e prevenções.
Tipo de Desgaste e/ou avaria
Possíveis Causas Ações para Minimização
Desgaste de Flanco
Velocidade de corte muito alta ou muito baixa (se a causa for a ocorrência da aresta postiça de corte).
Resistência insuficiente ao desgaste da ferramenta.
Abrasão.
Redução da velocidade de corte.
Seleção de classe de ferramenta mais resistente ao desgaste.
Aumento da velocidade de corte se o desgaste for causado pela aresta postiça de corte.
Desgaste de Entalhe
Oxidação. Seleção de fluido de corte com agentes antioxidantes.
Redução da velocidade de corte.
Desgaste de Cratera
Difusão. Seleção de classe de ferramenta que possua cobertura de óxido de alumínio, exceto na usinagem de alumínio
Deformação Plástica
Altas temperaturas combinadas com altas pressões na região de corte.
Ferramenta com baixa resistência a quente
Seleção de classe de ferramenta com maior dureza a quente.
Redução da velocidade de corte.
Trincas de Origem Mecânica
Variação excessiva de esforço na aresta de corte.
Seleção de uma classe de ferramenta mais tenaz.
Redução do avanço.
Suavização do primeiro contato da ferramenta com a peça.
Aumento da estabilidade.
Trincas de Origem Térmica
Excessiva variação de temperatura.
Seleção de classe de ferramenta mais tenaz.
Aplicação do fluido de corte em abundância ou não-aplicação.
Lascamento Classe da ferramenta muito frágil.
Geometria da ferramenta muito fraca.
Choques da ferramenta com a peça.
Seleção de classe de ferramenta mais tenaz.
Aumento do ângulo de ponta, raio de ponta e/ou do ângulo de cunha (chanframento da aresta).
Suavização do primeiro contato da ferramenta com a peça.
Quadro 2.1 – Tipos de desgaste com possíveis causas e ações corretivas Fonte: Adaptado de Diniz, Marcondes e Coppini (2001, p. 105)
Dois dos desgastes mais comuns e facilmente mensuráveis em brocas são a
marca de desgaste no flanco e a cratera na face, muito usados nas considerações
39
sobre a vida útil da ferramenta. Além desses dois, Castillo (2005, p. 41) ainda cita os
desgastes do gume transversal, da quina e das guias laterais. A Figura 2.13 mostra
a localização de todos esses desgastes.
Figura 2.13 – Formas de desgaste em uma broca helicoidal Fonte: König; Klocke, 1997
4 (apud CASTILLO, 2005, p. 41)
Estudos mais detalhados encontraram ainda mais formas de desgaste, conforme
cita Castillo (2005, p.41).
Kanai et al. (1978)5 realizou testes de desempenho de brocas na
usinagem de aço carbono S45C, onde quantificou e avaliou sete tipos diferentes de desgaste [...] em brocas helicoidais,:
Desgaste de quina, W;
Desgaste de flanco médio, VB;
Desgaste de flanco máximo, VBmax;
Desgaste de guia lateral, Mw;
Desgaste de cratera, Kw;
Desgaste no gume transversal medido em relação ao gume de corte (altura), C
t, e desgaste no gume transversal medido em relação ao gume de
corte (largura), Cm;
Altura (Pt) e largura (Pm) do lascamento.
4 KÖNIG, W.; KLOCKE, F. Fertigungsverfahren: drehen, fräsen, bohren. 5. ed. Berlin: Springer,
1997, 471 p. 5 KANAI, M. et al. Statisticals characteristics of drill wear and drill life for standardized
performance tests. Annals of the CIRP, 27, p. 61-66, 1978.
40
Esses desgastes são mostrados na Figura 2.14, sendo que os desgastes de
flanco médio e máximo são representados juntos.
Figura 2.14 – Tipos de desgaste em brocas Fonte: Kanai et al, 1978
6 (apud CASTILLO, 2005, p. 42)
Como foi citado anteriormente, o gume transversal atua sob condições críticas na
usinagem. E isso é preocupante do ponto de vista do desgaste da ferramenta. A
conformação que ele causa no material da peça dá origem a um desgaste
progressivo. Para Castillo (2005, p. 42) tais “esforços podem causar lascamentos e
consequente destruição do gume transversal, podendo provocar caldeamento da
ferramenta e quebra da mesma”. A Figura 2.15 mostra duas formas de desgaste da
aresta transversal de corte.
Assim como no gume transversal a velocidade de corte é mínima, na quina da
ferramenta ela é máxima. Dessa forma ocorrem, segundo Castillo (2005, p. 43),
6 KANAI, M. et al. Statisticals characteristics of drill wear and drill life for standardized
performance tests. Annals of the CIRP, 27, p. 61-66, 1978.
41
problemas de desgaste de natureza térmica nessa região, podendo incluir, além da
quina, as guias da broca.
Figura 2.15 – a) Desgaste do gume transversal; b) arredondamento do gume transversal Fonte: Schroeter et al, 1999
7 (apud CASTILLO, 2005, p. 42)
2.3.3 Determinação do Fim de Vida da Ferramenta
A ação de mecanismos de desgaste por determinado tempo torna a ferramenta
inapropriada para uso, dando fim à sua vida útil. O fim da vida da ferramenta,
propriamente dito, pode ocorrer quando:
a) os desgastes atingirem proporções tão elevadas que se receia a quebra da aresta de corte. Isto é crítico em operações de desbaste onde, por não ser necessária a obtenção de tolerâncias apertadas e bons acabamentos superficiais, permite-se que os desgastes cheguem a valores altos;
b) devido ao desgaste da superfície de folga da ferramenta, não é mais possível a obtenção de tolerâncias apertadas e/ou de bons acabamentos superficiais da peça. Isso é crítico em operações de acabamento;
c) os desgastes crescem muito, fazendo com que a temperatura da aresta cortante ultrapasse a temperatura na qual a ferramenta perde o fio de corte (a aresta de corte se decompõe). Isso é crítico em ferramentas de aço rápido, que suportam temperaturas menores que outros materiais para ferramentas;
d) o aumento da força de usinagem, proveniente dos desgastes elevados da ferramenta, interfere no funcionamento da máquina. (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2001, p. 113)
7 SCHROETER, R. B. et al. Estudo comparativo de desempenho de brocas DIN 338. Florianópolis,
1999. 32 p.
42
Stemmer (1995 A, p. 136-137) ainda salienta que a determinação de um ponto
exato para o fim da vida da ferramenta de corte é algo importante nos estudos sobre
usinagem e usinabilidade. Ele ainda cita, entre outros, os seguintes critérios para
determinar o fim da vida da ferramenta:
a) Falha total da ferramenta, que a inutiliza por lascamento, quebra ou
superaquecimento;
b) Falha parcial da ferramenta, caracterizada por forte atrito entre a peça e o
flanco da ferramenta;
c) Largura da marca de desgaste, no flanco da ferramenta;
d) Vibrações intensas, que impedem a continuidade da operação;
e) Profundidade da cratera, na face da ferramenta;
f) Piora do acabamento superficial, de forma repentina;
g) Aparecimento de rebarbas de usinagem, na peça;
A largura da marca de desgaste, medida na superfície de incidência da
ferramenta de corte, “é o critério de emprego mais frequente na indústria para a
determinação do fim de vida da ferramenta de metal duro e cerâmica” (STEMMER,
1995 A, p. 137).
Mas ele pode ser aplicado também para ferramentas de aço rápido e outros
materiais, pois o desgaste de flanco, ou desgaste frontal, “É o tipo de desgaste mais
comum. Todo processo de usinagem causa desgaste frontal” (DINIZ; MARCONDES;
COPPINI, 2001, p. 101).
Segundo Ferraresi (1977, p. 362), a medição da marca de desgaste no flanco da
ferramenta pode ser feita facilmente por meio de uma lupa ou um microscópio de
oficina.
A Figura 2.16 mostra a localização e medição da marca de desgaste em uma
broca helicoidal. Castillo (2005, p. 43) salienta que no caso de ter acontecido
“deformação plástica ou desgaste do gume, ou seja, retração do mesmo, a marca de
desgaste deve ser medida em relação à posição original do gume considerado”,
fazendo uso, se necessário, de uma referência.
43
Figura 2.16 – Desgaste médio VB e desgaste máximo VBmax no flanco de uma broca Fonte: Schroeter et al, 1999
8 (apud CASTILLO, 2005, p. 43)
2.4 MEIOS LUBRI-REFRIGERANTES EM USINAGEM
Diversas variáveis podem ter influência sobre a duração da vida de uma
ferramenta de corte. Uma delas diz respeito à aplicação de fluido de corte no
sistema peça-ferramenta durante a operação, proporcionando um meio de
refrigeração e lubrificação para o processo.
Stemmer (1995 A, p. 149) cita como objetivos da utilização de fluido de corte:
- Aumentar a vida da ferramenta - Aumentar a eficiência da remoção de material. - Melhorar o acabamento superficial - Reduzir a força e potência de corte.
Como funções dos fluidos lubri-refrigerantes, pode-se identificar:
a – Refrigeração da ferramenta – É especialmente importante em altas velocidades de corte. Quando se utiliza ao máximo as possibilidades da ferramenta e a temperatura do gume se aproxima do ponto de amolecimento, pequeno esfriamento pode provocar grande aumento na vida da ferramenta. [...] b – Lubrificação – Deve atuar especialmente na zona de contato da peça e do cavaco com a face da ferramenta. Para diminuir a temperatura no gume da ferramenta pode-se eliminar pela refrigeração o calor gerado, como também procurar reduzir a geração de calor. Este segundo caminho é realizado pela lubrificação. [...] A medida que aumenta a velocidade de corte, o tempo para a entrada do fluido entre as superfícies atritantes e para a reação química dos aditivos se torna insuficiente, perdendo-se progressivamente o efeito lubrificante. Em
8 SCHROETER, R. B. et al. Estudo comparativo de desempenho de brocas DIN 338. Florianópolis,
1999. 32 p.
44
altas velocidades, de qualquer forma o efeito refrigerante é mais importante que a lubrificação. c – Proteção contra a corrosão – O fluído de corte deve proteger a peça, assim como a máquina contra a corrosão. Isso obriga, no caso de utilização de água, que tem excelentes qualidades de refrigeração, ao emprego de óleos com emulsificadores ou de aditivos anti-corrosão. d – Arrastamento de cavacos – O fluído de corte, quer por ação mecânica de arrastamento, quer pelo esfriamento brusco e fragilização do cavaco, quer por alteração da forma do cavaco, tem uma importante função na eliminação dos cavacos da área de trabalho. Esta ação é especialmente útil na furação profunda, na trepanação e na furação com brocas canhão, onde se usa fluído injetado sob pressão, através da ferramenta de corte, para forçar os cavacos para fora do furo. e – Eliminação do gume postiço – O gume postiço se forma especialmente em baixas velocidades de corte, prejudicando seriamente o acabamento superficial. A lubrificação da face da ferramenta (superfície de saída) por fluídos com aditivos de extrema pressão (EP) ou por óleos graxos, pode evitar a formação do gume postiço. f – Qualidades acessórias – Os meios lubri-refrigerantes devem ter ainda as seguintes qualidades acessórias: - Resistência á infectação por bactérias e fungos. - Não ter tendência ao envelhecimento (formação de borras, espumas, oxidação, perda de estabilidade). - Não afetar a saúde, quer pelo contato direto, quer pelos seus vapores e névoas. - Facilidade de preparação e manutenção. - Não atacar metais, plásticos, tintas, borrachas, elementos de vedação e outras peças da máquina. - Não atacar ligantes dos rebolos (na retificação). - Boa transparência, para permitir a observação do processo de usinagem. - Baixa inflamabilidade. - Não afetar ou poluir o meio ambiente, nem na utilização nem no descarte. - Não ter cheiro incomodativo. - Poder de remover impurezas. - Boa molhabilidade e resistência a altas pressões. - Boa filtrabilidade. - Não formar espuma. As qualidades exigidas variam de acordo com a aplicação e, as vezes, são até contraditórias. Não existe um fluído de características universais, que atende a todas as exigências. No desenvolvimento de meios lubri-refrigerantes, a melhoria de certas qualidades, por exemplo pelo uso de aditivos, induz frequentemente a piora de outras. [...] g – Do ponto de vista econômico – A análise é em geral bastante complexa, pois devem ser computados os custos globais de aquisição, estocagem, aplicação, manutenção e descarte, os quais devem ser balanceados com os benefícios obtidos. O custo simples do meio lubri-refrigerante tem pouca significação, representando em geral menos de 1 a 2% do custo de usinagem.” (STEMMER, 1995 A, p. 149-152)
2.4.1 Tipos de Lubri-Refrigerante
Segundo Ferraresi (1977, p. 526), os meios lubri-refrigerantes podem ser sólidos,
líquidos ou gasosos.
45
2.4.1.1 Sólidos
Ferraresi (1977, p. 526-527) explica que os lubri-refrigerantes sólidos são
aplicados para se obter lubrificação no processo. Antes do início da operação, o
sólido é aplicado na superfície de saída da ferramenta, e durante o processo isso
acaba diminuindo consideravelmente o atrito entre ferramenta e cavaco.
Um exemplo é a pasta de bissulfeto de molibdênio, que apresenta boa
lubrificação a altas pressões.
2.4.1.2 Líquidos
Os meios líquidos para lubrificação e refrigeração em usinagem podem ser
aquosos ou óleos.
Como principais fluidos de corte à base de água pode-se citar as emulsões e as
soluções químicas, analisadas a seguir:
a) Emulsões – “consistem da mistura de óleo com água, com a adição de um
agente emulsificador, que faz com que o óleo fique distribuído, de modo uniforme e
estável, na água, sob a forma de finas gotículas.” (STEMMER, 1995 A, p. 154)
Esse fluido tem como principal característica a alta capacidade de refrigeração
da operação. E a presença do óleo e outros aditivos diminuem a ação corrosiva dele
sobre o sistema. Dessa forma, é utilizado quando a maior preocupação é com a
temperatura do sistema.
b) Soluções químicas – também chamadas de fluidos sintéticos, “decorrem da
mistura com água, de um concentrado de produtos orgânicos ou inorgânicos,
solúveis em água. Não contem derivados de petróleo.” (STEMMER, 1995 A, p. 153)
Têm por característica, o alto poder de refrigeração; a transparência, que permite
visualizar o processo; e uma vida útil maior, devido aos aditivos biocidas, que não
permitem a ação de bactérias. (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2001, p. 170)
Os óleos, ainda segundo Diniz, Marcondes e Coppini (2001, p. 171), são
utilizados em operações de desbaste pesado, onde a principal causa de aumento de
temperatura é o atrito na região do corte. Isso se deve ao seu alto poder de
46
lubrificação. Seu poder de refrigeração é bem menor que o da água. Quanto mais
viscoso o óleo, menor a refrigeração proporcionada por ele.
Entre os óleos utilizados como fluido de corte, Stemmer (1995 A, p. 152) cita os
óleos minerais puros, os óleos graxos, os óleos mistos, os óleos com aditivos
polares e os óleos com aditivos de extrema pressão.
Como desvantagens dos óleos, pode-se citar a inflamabilidade, o fato de boa
parte ser derivada do petróleo e o risco à saúde do operador. (DINIZ; MARCONDES;
COPPINI, 2001, p. 171)
2.4.1.3 Gasosos
Ferraresi (1977, p. 526) destaca que os gases podem ser utilizados como meios
lubri-refrigerantes devido a sua ação física, retirando o calor do sistema; sua ação
química, reagindo com a superfície do cavaco recém-formado; e sua ação mecânica,
expulsando os cavacos da região do corte.
O ar comprimido é de grande utilização, e bem adequado à usinagem de ferro
fundido, devido às características dos cavacos. Outros gases como hélio e argônio
também podem ser utilizados, no caso de proteger peça e ferramenta contra
oxidação.
2.5 QUALIDADE DO PROCESSO DE FURAÇÃO
Segundo Agostinho, Rodrigues e Lirani (1977, p. 1-3), o mercado atualmente
exige produtos que possam ser fabricados em diferentes situações, porém de forma
e qualidade iguais. Dessa forma, se obedece ao princípio da intercambiabilidade,
segundo o qual se pode substituir qualquer peça por outra igual em um sistema
complexo que o seu funcionamento não fica comprometido.
A qualidade dos furos está associada ao processo, ao material, à ferramenta e aos parâmetros de corte que são utilizados. Porém, a perfeição na realização de furos é muito difícil, devido aos vários fatores que a influenciam. Temos a situação ideal e a real para realizar a operação, e nem sempre a ideal se aproxima da real. (PANGRÁCIO, 2003, p. 41)
Na furação, observa-se a qualidade da peça usinada por meio da avaliação das
tolerâncias dimensionais, tolerâncias geométricas e acabamento superficial.
47
2.5.1 Tolerâncias Dimensionais
Pode-se entender o conceito de tolerância da seguinte forma:
(...) quando se mede as dimensões de diferentes peças cujo funcionamento foi experimentado e considerado adequado, verifica-se que essas dimensões podem oscilar dentro de certos limites, mantendo-se as condições de funcionamento anteriormente previstas. (AGOSTINHO; RODRIGUES; LIRANI, 1977, p. 3)
Pangrácio (2003, p. 41) define tolerância dimensional como “a faixa de valores
que a medida obtida pode variar da nominal e permanecer aceitável.” Ela se refere
propriamente ao valor numérico de determinada medida, podendo ser feitos estudos
estatísticos sobre a tolerância para determinado lote de peças iguais. Um fator
determinante para essa variação dimensional em um lote de peças é o desgaste da
ferramenta de corte.
2.5.2 Tolerâncias Geométricas
Em muitos casos, a medida do diâmetro de determinado furo não é suficiente
para atestar sua qualidade para a aplicação. Por isso, deve-se observar as
tolerâncias geométricas do furo, que podem ser referentes aos erros de forma do
furo ou aos erros de posição do furo. Na Figura 2.17 são ilustrados os principais
erros geométricos na furação.
Segundo Da Silva (20019 apud ALMEIDA, 2008, p. 22-23), alguns fatores
determinantes para a ocorrência de erros geométricos na furação podem ser:
defeitos da máquina-ferramenta, deformação elástica, fixação incorreta da peça,
desgaste da ferramenta, dilatação térmica da peça, endurecimento da superfície,
tratamentos térmicos inadequados e formação de rebarbas.
9 DA SILVA, R. B., 2001, Alargamento Cônico do Ferro Fundido Nodular GGG40, Dissertação de
Mestrado – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
48
Figura 2.17 – Erros geométricos mais comuns em furação Fonte: König; Klocke, 1997
10 (apud CASTILLO, 2005, p. 55)
2.5.3 Acabamento Superficial
A análise do acabamento superficial pode ser feita por meio da medição da
rugosidade de determinada superfície. Segundo Kloth (2007, p. 15), a rugosidade “é
o conjunto das irregularidades microgeométricas que resultam em uma superfície
após um trabalho e que são formadas por numerosos sulcos e ranhuras mais ou
menos variáveis em forma, direção e profundidade.”
Agostinho, Rodrigues e Lirani (1977, p. 192) destacam que as especificações
referentes ao acabamento superficial são fundamentais em peças sujeitas a: atrito,
desgaste, corrosão, análise de aparência, fadiga, fenômenos térmicos, fenômenos
ópticos, escoamento de fluidos e medição com instrumentos mais sensíveis.
A rugosidade superficial é função do tipo de acabamento ou da máquina-ferramenta. Na análise dos desvios da superfície real da superfície geométrica, distinguem-se: a) erros macrogeométricos ou erros de forma, que podem ser medidos com instrumentos de medição convencionais; b) erros microgeométricos ou rugosidade, que só podem ser medidos através de aparelhos especiais tais como: rugosímetros [...]. A separação entre um erro e outro é arbitrária.
10
KÖNIG, W.; KLOCKE, F. Fertigungsverfahren: drehen, fräsen, bohren. 5. ed. Berlin: Springer,
1997, 471 p.
49
Sendo impraticável a determinação dos erros de todos os pontos de uma superfície, faz-se uso da determinação ao longo das linhas que constituem os perfis das peças usinadas. (AGOSTINHO; RODRIGUES; LIRANI, 1977, p. 195-196)
O rugosímetro é o aparelho com a função específica de quantificar a rugosidade
de uma superfície. O aparelho tem um sensor que é deslizado por uma linha da
superfície que tem a rugosidade a ser medida. O rugosímetro exibe o valor da
grandeza, geralmente dado em micrometros (m).
Três dos principais valores de rugosidade que devem ser obtidos, segundo
Almeida (2008, p. 27-29), são:
a) Rugosidade média (Ra), que é a média aritmética das distâncias atingidas
entre os extremos (cristas e vales) do perfil (y1, y2, y3,..., yn) e a linha média do
perfil, dentro do comprimento de avaliação (La), como aparece na Figura 2.18;
Figura 2.18 – Rugosidade média (Ra) de uma superfície Fonte: Adaptado de Almeida (2008, p. 28)
b) Rugosidade total (Rt), que é a medida entre o vale mais profundo e a crista
mais alta do perfil, no comprimento de avaliação (La), como mostra a Figura 2.19;
50
Figura 2.19 – Rugosidade total (Rt) de uma superfície Fonte: Adaptado de Almeida (2008, p. 28)
c) Rugosidade média (Rz), onde o comprimento de avaliação (La) é dividido em
comprimentos de amostragem (L1,..., L4), e cada um tem sua rugosidade total
(z1,..., z4). A média entre esses valores resulta em Rz, como mostra a Figura 2.20.
Figura 2.20 – Rugosidade média (Rz) de uma superfície
Fonte: Adaptado de Almeida (2008, p. 29)
51
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Nesta seção estão descritos os métodos para a realização dos ensaios, bem
como os materiais, máquinas e ferramentas utilizadas neste trabalho. Todos os
processos foram executados nas dependências da UTFPR – Campus Ponta Grossa,
exceto a afiação e reafiação das brocas, que foi executada na empresa IN DOOR
Manutenções - Curitiba.
3.1 CORPOS DE PROVA
Para a realização dos ensaios, foram confeccionados corpos de prova cilíndricos
com aproximadamente 24 mm de diâmetro e 40 mm de comprimento, como os
mostrados na Figura 3.1.
Figura 3.1 – Corpos de prova
3.1.1 Análise da Matéria-Prima
Para a confecção dos corpos de prova foram utilizadas cinco barras de aço
ABNT 1045. Para poder afirmar que as cinco barras eram do mesmo material e,
logo, terem propriedades mecânicas aproximadamente iguais, foi realizado o ensaio
de dureza e a micrografia das barras.
52
3.1.1.1 Ensaio de dureza
Para o ensaio de dureza foi utilizado o durômetro do Laboratório de Metrologia
da UTFPR – Campus Ponta Grossa.
Foram feitas cinco leituras de dureza para cada uma das barras, utilizando-se a
escala de dureza Rockwell B (HRb). A média e desvio-padrão encontrados estão na
Tabela 3.1.
Tabela 3.1 – Dureza da matéria-prima
Dureza (HRb)
Média 90,06
Desvio-Padrão 3,07
O percentual do desvio-padrão em relação à dureza média é de
aproximadamente 3%, o que não representa uma diferença de dureza relevante,
dado o enfoque deste trabalho.
3.1.1.2 Micrografia
Para a micrografia foram utilizados os equipamentos do Laboratório de Materiais
da UTFPR – Campus Ponta Grossa.
As amostras foram embutidas em baquelite da marca Arotec, sendo comprimidas
na prensa Maxi Press Metalotest. Elas foram lixadas e polidas em um equipamento
da marca Buehler, formado pelo cabeçote Vector Power Head e pela base Beta
Grinder-Polisher.
O ataque químico foi feito com nital a 5%. As amostras foram secas em um forno
tipo mufla da marca Jung, com potência de 2 kW. Para visualização foi utilizado o
microscópio Olympus BX60, onde foi acoplada a câmera Media Cybernetics
Evolution LC Color. A análise foi feita com o uso do software Analysis 5.1. O
resultado pode ser visto na Figura 3.2.
53
Figura 3.2 – Micrografia das cinco barras com as respectivas ampliações
A micrografia não mostra uma diferença microestrutural significativa entre as
cinco barras.
Nesta análise da matéria-prima conclui-se que o material das cinco barras não
apresenta diferença significativa entre elas. Logo, o material a ser usinado nestes
ensaios não aparece como uma variável a ser considerada para a obtenção do
resultado final.
54
3.1.2 Preparação dos Corpos de Prova
Para a fabricação dos corpos de prova foram utilizadas as cinco barras de aço
ABNT 1045 descritas no item anterior. As barras tinham aproximadamente 5 metros
de comprimento. No total foram fabricados 600 corpos de prova.
Os corpos de prova foram fabricados no torno Nardini, modelo Mascote, também
utilizado na execução dos ensaios. A fabricação consiste em torneamento externo,
corte da barra e quebra de cantos.
Para o torneamento externo e quebra de cantos das peças foi utilizado o inserto
Sandvik Coromant TNMG160408-PR e o suporte Sandvik Coromant DTJNR
2020K16.
Para o corte dos corpos de prova da barra foi utilizado o bedame Sandvik
Coromant R123H2-0400-0502-CM, montado no suporte Sandvik Coromant
RF123H13-2020BM.
3.2 PROJETO EXPERIMENTAL
Os ensaios foram divididos em oito condições com as respectivas réplicas. As
condições foram criadas na relação entre as variáveis:
- máquina-ferramenta, podendo ser o torno ou a mandriladora;
- fluido de corte, sendo usado ou não e
- afiação da broca, podendo ser convencional ou cruzada.
A definição das condições pode ser vista no Quadro 3.1.
CONDIÇÕES MÁQUINA FLUIDO DE CORTE AFIAÇÃO
Condição 1 Mandriladora
Sem Fluido Convencional
Condição 2 Cruzada
Condição 3 Com Fluido Convencional
Condição 4 Cruzada
Condição 5 Torno
Sem Fluido Convencional
Condição 6 Cruzada
Condição 7 Com Fluido Convencional
Condição 8 Cruzada
Quadro 3.1 – Projeto Experimental
55
3.3 MÁQUINA-FERRAMENTA
Os ensaios foram realizados na mandriladora e no torno. As condições de 1 a 4
foram executadas na mandriladora, enquanto as condições de 5 a 8 foram feitas
com o torno, assim como as respectivas réplicas.
3.3.1 Mandriladora
A mandriladora é da marca Union, modelo BFT 63, do Laboratório de Mecânica
da UTFPR, como pode ser visto na Figura 3.3. A máquina dispõe de uma árvore
horizontal com rotação máxima de 1400 rotações por minuto.
Figura 3.3 – Ensaio realizado com a mandriladora
Nesta máquina, foi necessária a instalação de um sistema de fixação da peça.
Foi um componente retirado de outra máquina do laboratório. Ele consiste
basicamente em uma placa com três castanhas, muito similar ao sistema de fixação
de peças no torno.
Ele foi fixado à mesa da mandriladora, e a mesa foi corretamente posicionada
para garantir que o centro da peça estivesse alinhado com o centro da ferramenta.
56
Nesta situação, é na ferramenta que se realiza os movimentos de avanço e de
rotação, dando origem ao movimento de corte.
3.3.2 Torno
O torno é da marca Nardini, modelo Mascote, com rotação máxima no eixo
árvore de 2500 rotações por minuto. O equipamento pode ser visto na Figura 3.4.
Figura 3.4 – Ensaio realizado com o torno
Diferente da mandriladora, neste caso a broca sofre apenas o movimento de
avanço e a rotação que dá origem ao movimento de corte é realizada na peça.
3.4 FERRAMENTAS DE CORTE
Neste trabalho, foram utilizadas oito brocas de aço rápido. As ferramentas
utilizadas foram brocas da marca Lenox Twill, modelo TW104 de 13 milímetros de
diâmetro, com 101 milímetros de comprimento da hélice e 151 milímetros de
comprimento total, como pode ser visto na Figura 3.5.
57
Figura 3.5 – Broca com afiação convencional e com afiação cruzada
A fabricação da broca segue a norma DIN 338, de aço rápido HSS, o qual
proporciona alta dureza e tenacidade à ferramenta. Os canais são de geometria do
tipo N, retificados com máxima precisão e simetria, garantindo excelente
estabilidade operacional e eficiente remoção de cavacos.
O diâmetro externo foi obtido pelo processo de retífica centerless. O acabamento
superficial é polido, o mais usual para brocas de aço rápido. Possui baixo coeficiente
de atrito, o que diminui a adesão a frio do cavaco nas arestas de corte. Disponível
nas normas DIN 338 e DIN 340.
As brocas foram afiadas e reafiadas por serviço externo com rebolo de desbaste
da marca Norton, modelo AA46-K6-V6 e rebolo de acabamento da marca Norton,
modelo CRT-AS-80-o.
No processo de afiação citado anteriormente, foram obtidas as brocas com
afiação cruzada, Figura 3.6.
Figura 3.6 – Broca com afiação convencional e com afiação cruzada
58
A afiação cruzada, onde foi retifica um plano inclinado nos flancos da ferramenta,
com uma inclinação de 27,5° em relação ao eixo da ferramenta, eliminando a aresta
transversal de corte, como mostra a Figura 3.7. Com isso, o gume transversal deu
lugar a dois novos gumes principais.
Figura 3.7 – Broca com afiação cruzada
Para os ensaios com as brocas com afiação convencional a geometria das
brocas foram mantidas, como na Figura 3.8.
Figura 3.8 – Broca com afiação convencional
59
A reafiação foi feita tanto nas brocas de afiação cruzada quanto nas de afiação
convencional, obtendo as respectivas geometrias anteriores.
3.5 PARÂMETROS DE CORTE UTILIZADOS
Os ensaios realizados no torno foram feitos com a peça girando a 500 rotações
por minuto, resultando em uma velocidade máxima de corte de 20,42 m/min. O
avanço da ferramenta foi feito de forma manual e intermitente, para possibilitar a
saída dos cavacos.
Os ensaios na mandriladora também foram realizados com a ferramenta girando
a 500 rotações por minuto, originando uma velocidade de corte de 20,42 m/min. O
avanço da ferramenta também foi feito manualmente e de forma intermitente.
3.6 MEIO LUBRI-REFRIGERANTE
Metade dos ensaios foi realizada com fluido de corte e outra metade sem a
presença dele.
O fluido de corte selecionado é líquido, diluído em água. Fluido sintético da
marca Amphora Química LTDA, modelo Hydria EP, a 5% de concentração. A
composição do fluído é de óleo vegetal, aminas, amidas, glicóis, antiespumante,
bactericida e corante.
O fluido de corte foi borrifado manualmente com a utilização de bisnagas, sendo
consumido em média 1 litro da solução a cada lote de seis peças. A forma de
aplicação pode ser vista na Figura 3.9.
3.7 MEDIÇÃO DO DESGASTE
O desgaste da ferramenta foi avaliado por meio da medição da largura da marca
de desgaste na superfície de incidência, ou seja, no flanco da broca. Mais
propriamente o desgaste máximo (VBmax), que foi mostrado na Figura 2.16.
O desgaste foi medido após a conclusão de cada grupo de seis peças. Dessa
forma, ele foi medido após a 6ª, a 12ª, a 18ª, a 24ª, a 30ª e a 35ª peça, para uma
determinada condição.
60
Figura 3.9 – Aplicação do fluido de corte
A medição foi feita com o microscópio Motic SMZ-168, com a lente de 5 vezes de
aumento. A ferramenta foi iluminada pelo dispositivo Motic MLC-150c. As imagens
foram capturadas com o uso da câmera Moticam 2000 2.0 MPixel, acoplada ao
microscópio, e do programa Motic Images Plus 2.0. A leitura foi realizada com a
cotagem da marca de desgaste na foto.
O resultado considerado para a análise consiste na média aritmética entre o valor
de desgaste encontrado na aresta 1 e na aresta 2 da broca. Os resultados
analisados foram encontrados a partir da média aritmética entre os valores das
condições e os valores das réplicas. Os valores de desgaste na qual houve a quebra
da broca foram descartados para evitar distorções nos resultados.
3.8 MEDIÇÃO DO DIÂMETRO DO FURO
O diâmetro do furo foi medido com a peça apoiada em um prisma Mitutoyo,
fazendo uso do micrômetro interno marca, conforme a Figura 3.10.
Foi medido o diâmetro da 1ª, 6ª, 12ª, 18ª, 24ª, 30ª e 35ª peça, em cada condição
de ensaio.
Foi medido o diâmetro do furo no local de entrada da broca (A), na região central
da peça (B) e na saída do furo (C), como mostra a Figura 3.11.
61
Figura 3.10 – Medição do diâmetro do furo
Foram realizadas três leituras do diâmetro de entrada, três leituras do diâmetro
do meio da peça e três leituras do diâmetro de saída. Foi obtida a média aritmética
dessas três leituras, tanto para as condições como para as réplicas. A média
aritmética entre os valores das condições e os valores das réplicas foram
considerados para a análise dos resultados. Os valores de diâmetros na qual houve
a quebra da broca foram descartados para evitar distorções nos resultados.
Figura 3.11 – Pontos de medição do diâmetro
62
4 EXECUÇÃO DOS ENSAIOS
4.1 ENSAIOS
Como variáveis de entrada foram definidas a máquina-ferramenta, usada para a
execução dos ensaios, o uso ou não do fluido lubri-refrigerante e o tipo de afiação
das brocas. As variáveis de saída são a vida da ferramenta e a variação dimensional
do furo da peça.
Foram definidas oito condições com as variáveis de entrada, como pode ser
verificado na sequência.
4.1.1 Condição 1
A condição 1 foi realizada com a mandriladora, sem a presença de fluido de corte
e com a broca com afiação convencional. A afiação da broca não foi alterada, foi
mantida a geometria fornecida pelo fabricante. Para uma análise mais precisa as
arestas da broca foram analisadas separadamente. Foram observados a aresta 1
(Figura 4.1) e a aresta 2 (Figura 4.2).
Figura 4.1 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.2 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.3) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4030 milímetro. A quina da aresta 1 apresentou material aderido
que não interferiu na medição. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.4) também
desgastou mais na quina, 0,4210 milímetro.
63
Figura 4.3 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.4 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.5) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,5670 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura 4.6)
também foi na quina, 0,5850 milímetro.
Figura 4.5 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.6 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Na furação da décima quinta peça a ponta da broca começou a escurecer para a
cor azul. Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O
desgaste da aresta 1 (Figura 4.7) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,6770
milímetro. A aresta 2 (Figura 4.8) apresentou uma quebra no gume, próximo à quina,
mas o desgaste também foi maior na quina, 0,6400 milímetro. A quina da aresta 2
apresentou material aderido que não interferiu na medição.
64
Figura 4.7 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.8 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada novamente
para medição do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.9) foi
verificado na quina da ferramenta, de 0,8590 milímetro. Da mesma forma a aresta 2
(Figura 4.10) também desgastou mais na quina, 0,8960 milímetro.
Figura 4.9 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.10 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.11) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,9880 milímetro. A presença de material aderido à quina da aresta
01 não interferiu na medição do desgaste. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.12)
também desgastou mais na quina, 0,9710 milímetro.
65
Figura 4.11 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.12 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.13) foi verificado na quina da
ferramenta, de 1,0420 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.14) também
desgastou mais na quina, 0,9880 milímetro. Ao final dos ensaios, a ponta da
ferramenta estava com coloração azul escura.
Figura 4.13 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.14 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.2 Condição 2
A condição 2 foi realizada com a mandriladora, sem a presença de fluido de corte
e com a broca com afiação cruzada. Com a afiação da broca a geometria fornecida
pelo fabricante foi alterada, como pôde ser verificado nos capítulos anteriores. Para
uma análise mais precisa as arestas da broca foram analisadas separadamente.
Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.15) e a aresta 2 (Figura 4.16).
66
Figura 4.15 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.16 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.17) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2108 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.18) também
desgastou mais na quina, 0,2378 milímetro.
Figura 4.17 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.18 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.19) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3293 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.20) também foi na quina, 0,2750 milímetro.
67
Figura 4.19 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.20 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.21) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3659 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.22) também desgastou mais na quina, 0,2927
milímetro.
Figura 4.21 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.22 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
A partir da peça de número vinte a ponta da ferramenta começou a apresentar
uma coloração azulada. Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi
levada para medição do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.23) foi
verificado na quina da ferramenta, de 0,4211 milímetro. Da mesma forma a aresta 2
(Figura 4.24) também desgastou mais na quina, 0,3663 milímetro.
68
Figura 4.23 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.24 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.25) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4573 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.26) também
desgastou mais na quina, 0,4024 milímetro.
Figura 4.25 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.26 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.27) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4756 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.28) também
desgastou mais na quina, 0,4476 milímetro.
A força exigida para o avanço da ferramenta no ensaio da condição 2 foi
notavelmente menor do que no ensaio da condição 1.
69
Figura 4.27 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.28 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.3 Condição 3
A condição 3 foi realizada com a mandriladora, com a presença de fluido de corte
e com a broca com afiação convencional. A afiação da broca não foi alterada, foi
mantida a geometria fornecida pelo fabricante. A aplicação do fluido de corte foi de
forma contínua. Para uma análise mais precisa as arestas da broca foram
analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.29) e a aresta 2
(Figura 4.30).
Figura 4.29 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.30 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.31) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3846 milímetro. O gume da aresta 2 quebrou próximo à quina, mas
mesmo assim a aresta 2 (Figura 4.32) desgastou mais na quina, 0,4211 milímetro.
70
Figura 4.31 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.32 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.33) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,4207 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.34) também foi na quina, 0,4760 milímetro.
Figura 4.33 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.34 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.35) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,4588 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.36) também desgastou mais na quina, 0,5125
milímetro. O material aderido na aresta 2 não interferiu na medição do desgaste.
71
Figura 4.35 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.36 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.37) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,5488 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.38) também
desgastou mais na quina, 0,5857 milímetro.
Figura 4.37 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.38 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.39) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,6222 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.40) também
desgastou mais na quina, 0,6768 milímetro.
72
Figura 4.39 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.40 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.41) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,7500 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.42) também
desgastou mais na quina, 0,7866 milímetro.
Figura 4.41 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.42 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.4 Condição 4
A condição 4 foi realizada com a mandriladora, com a presença de fluido de corte
e com a broca com afiação cruzada. Com a afiação da broca a geometria fornecida
pelo fabricante foi alterada. As características da geometria podem ser verificadas
nos capítulos anteriores. O fluido de corte foi aplicado de forma contínua. Para uma
análise mais precisa as arestas da broca foram analisadas separadamente. Foram
observadas a aresta 1 (Figura 4.43) e a aresta 2 (Figura 4.44).
73
Figura 4.43 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.44 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.45) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2927 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.46) também
desgastou mais na quina, 0,1656 milímetro.
Figura 4.45 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.46 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.47) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3659 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.48) também foi na quina, 0,2561 milímetro. O material aderido à aresta 2 não
interferiu na medição do desgaste.
74
Figura 4.47 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.48 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.49) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3841 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.50) também desgastou mais na quina, 0,3110
milímetro.
Figura 4.49 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.50 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.51) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4024 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.52) também
desgastou mais na quina, 0,3476 milímetro.
75
Figura 4.51 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.52 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.53) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4939 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.54) também
desgastou mais na quina, 0,4211 milímetro.
Figura 4.53 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.54 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.55) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,5305 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.56) também
desgastou mais na quina, 0,4577 milímetro.
76
Figura 4.55 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.56 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.5 Condição 5
A condição 5 foi realizada com o torno, sem a presença de fluido de corte e com
a broca com afiação convencional. A afiação da broca não foi alterada, foi mantida a
geometria fornecida pelo fabricante. Para uma análise mais precisa as arestas da
broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.57)
e a aresta 2 (Figura 4.58).
Figura 4.57 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.58 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. Notou-se que o desgaste ocorreu ao longo do gume, ao contrário do
desgaste dos gumes analisados anteriormente.
O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.59) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2203 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.60) também
desgastou mais na quina, 0,1646 milímetro.
77
Figura 4.59 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.60 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.61) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3298 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.62) também foi na quina, 0,2561 milímetro.
Figura 4.61 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.62 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.63) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3480 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.64) também desgastou mais na quina, 0,3476
milímetro. O material aderido no gume da aresta 2 não interferiu na medição do
desgaste.
78
Figura 4.63 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.64 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.65) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3841 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.66) também
desgastou mais na quina, 0,3663 milímetro.
Figura 4.65 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.66 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.67) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4024 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.68) também
desgastou mais na quina, 0,4756 milímetro.
79
Figura 4.67 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.68 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.69) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,5125 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.70) também
desgastou mais na quina, 0,5491 milímetro.
Figura 4.69 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.70 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.6 Condição 6
A condição 6 foi realizada com o torno, sem a presença de fluido de corte e com
a broca com afiação cruzada. A geometria da broca foi alterada conforme a afiação
citada nos capítulos anteriores. Para uma análise mais precisa as arestas da broca
foram analisadas separadamente. Foram observados a aresta 1 (Figura 4.71) e a
aresta 2 (Figura 4.72).
80
Figura 4.71 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.72 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.73) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,1829 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.74) também
desgastou mais na quina, 0,2020 milímetro.
Figura 4.73 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.74 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.75) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2385 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.76) também foi na quina, 0,2378 milímetro.
81
Figura 4.75 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.76 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.77) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,2744 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.78) também desgastou mais na quina, 0,2927
milímetro.
Figura 4.77 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.78 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.79) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2933 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.80) também
desgastou mais na quina, 0,3115 milímetro.
82
Figura 4.79 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.80 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.81) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3293 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.82) também
desgastou mais na quina, 0,3480 milímetro.
Figura 4.81 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.82 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.83) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3841 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.84) também
desgastou mais na quina, 0,3911 milímetro.
83
Figura 4.83 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.84 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.7 Condição 7
A condição 7 foi realizada com o torno, com a presença de fluido de corte e com
a broca com afiação convencional. A afiação da broca não foi alterada, foi mantida a
geometria fornecida pelo fabricante. Para uma análise mais precisa as arestas da
broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.85)
e a aresta 2 (Figura 4.86).
Figura 4.85 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.86 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.87) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2378 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.88) também
desgastou mais na quina, 0,1829 milímetro.
84
Figura 4.87 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.88 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.89) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2744 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.90) também foi na quina, 0,2020 milímetro.
Figura 4.89 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.90 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.91) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3110 milímetro.
Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.92) também desgastou mais na quina, 0,2561
milímetro.
85
Figura 4.91 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.92 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.93) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3659 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.94) também
desgastou mais na quina, 0,3110 milímetro.
Figura 4.93 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.94 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.95) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4211 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.96) também
desgastou mais na quina, 0,3476 milímetro.
86
Figura 4.95 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.96 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.97) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4573 milímetro. O material aderido à aresta 1 não interferiu na
medição do desgaste. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.98) também desgastou
mais na quina, 0,4029 milímetro.
Figura 4.97 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.98 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.1.8 Condição 8
A condição 8 foi realizada com o torno, com a presença de fluido de corte e com
a broca com afiação cruzada. A afiação da broca foi alterada conforme geometria
descrita nos capítulos anteriores. Para uma análise mais precisa as arestas da broca
foram analisadas separadamente. Foram observado a aresta 1 (Figura 4.99) e a
aresta 2 (Figura 4.100).
87
Figura 4.99 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.100 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.101) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,1829 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.102) também
desgastou mais na quina, 0,1475 milímetro. O material aderido ao gume da aresta 2
não interferiu na medição do desgaste.
Figura 4.101 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.102 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.103) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2020 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.104) também foi na quina, 0,1829 milímetro.
88
Figura 4.103 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.104 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.105) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,2568
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.106) também desgastou mais na
quina, 0,2561 milímetro.
Figura 4.105 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.106 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.107) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,2750 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.108)
também desgastou mais na quina, 0,3476 milímetro.
89
Figura 4.107 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.108 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.109) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3476 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.110) também
desgastou mais na quina, 0,3841 milímetro.
Figura 4.109 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.110 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.111) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,3841 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.112)
também desgastou mais na quina, 0,4760 milímetro.
90
Figura 4.111 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.112 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2 RÉPLICAS
Depois da execução dos ensaios das oito condições, as ferramentas foram
reafiadas e os ensaios foram realizados mais uma vez. As condições e variáveis
foram iguais às adotadas nos ensaios.
4.2.1 Réplica 1
A réplica 1 foi realizada com a mandriladora, sem a presença de fluido de corte e
com a broca com afiação convencional. Para uma análise mais precisa as arestas
da broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura
4.113) e a aresta 2 (Figura 4.114).
Figura 4.113 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.114 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
91
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.115) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2561 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.116) também
desgastou mais na quina, 0,3293 milímetro.
Figura 4.115 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.116 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.117) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3110 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.118) também foi na quina, 0,4211 milímetro.
Figura 4.117 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.118 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.119) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3480
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.120) também desgastou mais na
quina, 0,4939 milímetro.
92
Figura 4.119 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.120 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.121) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,4942 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.122)
também desgastou mais na quina, 0,5308 milímetro.
Figura 4.121 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.122 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.123) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,5488 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.124) também
desgastou mais na quina, 0,6039 milímetro.
93
Figura 4.123 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.124 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.125) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,6222 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.126)
também desgastou mais na quina, 0,6768 milímetro.
Figura 4.125 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.126 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.2 Réplica 2
A réplica 2 foi realizada com a mandriladora, sem a presença de fluido de corte e
com a broca com afiação cruzada. Para uma análise mais precisa as arestas da
broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura
4.127) e a aresta 2 (Figura 4.128).
94
Figura 4.127 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.128 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.129) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2927 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.130) também
desgastou mais na quina, 0,2195 milímetro.
Figura 4.129 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.130 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.131) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3480 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.132) também foi na quina, 0,4577 milímetro.
95
Figura 4.131 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.132 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.133) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,4029
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.134) também desgastou mais na
quina, 0,5491 milímetro.
Figura 4.133 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.134 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.135) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,4573 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.136)
também desgastou mais na quina, 0,6220 milímetro.
96
Figura 4.135 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.136 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.137) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,5122 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.138) também
desgastou mais na quina, 0,6585 milímetro.
Figura 4.137 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.138 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.139) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,5488 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.140)
também desgastou mais na quina, 0,7502 milímetro.
97
Figura 4.139 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.140 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.3 Réplica 3
A réplica 3 foi realizada com a mandriladora, com a presença de fluido de corte e
com a broca com afiação convencional. Para uma análise mais precisa as arestas
da broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura
4.141) e a aresta 2 (Figura 4.142).
Figura 4.141 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.142 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.143) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2203 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.144) também
desgastou mais na quina, 0,1656 milímetro.
98
Figura 4.143 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.144 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.145) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,3110 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.146) também foi na quina, 0,2378 milímetro.
Figura 4.145 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.146 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.147) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3476
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.148) também desgastou mais na
quina, 0,2568 milímetro.
99
Figura 4.147 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.148 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.149) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,6220 milímetro. A quina da aresta 2 (Figura 4.150) quebrou, a
medida desta quebra foi de 1,1524 milímetro.
Figura 4.149 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.150 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.151) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,9329 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.152) também
desgastou mais na quina quebrada, 1,3721 milímetro.
100
Figura 4.151 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.152 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e três peças a ferramenta quebrou. O desgaste da
aresta 1 (Figura 4.153) estava avançando normalmente. A quebra da quina da
aresta 2 (Figura 4.154) dificultou o corte. Com a quina quebrada, o corte se tornou
mais pesado e a temperatura da ferramenta subiu muito. Para evitar o
superaquecimento das peças 31, 32 e 33 foi utilizado aproximadamente 1 litro de
fluido de corte, que é a quantidade utilizada normalmente para as seis peças.
Figura 4.153 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.154 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.4 Réplica 4
A réplica 4 foi realizada com a mandriladora, com a presença de fluido de corte e
com a broca com afiação cruzada, conforme definido anteriormente. Para uma
análise mais precisa as arestas da broca foram analisadas separadamente. Foram
observadas a aresta 1 (Figura 4.155) e a aresta 2 (Figura 4.156).
101
Figura 4.155 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.156 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.157) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3659 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.158) também
desgastou mais na quina, 0,5674 milímetro.
Figura 4.157 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.158 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.159) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,4394 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.160) também foi na quina, 0,7317 milímetro.
102
Figura 4.159 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.160 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.161) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,5488
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.162) também desgastou mais na
quina, 0,9695 milímetro.
Figura 4.161 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.162 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.163) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,5854 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.164)
também desgastou mais na quina, 1,0610 milímetro.
103
Figura 4.163 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.164 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.165) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,6405 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.166) também
desgastou mais na quina, 1,1810 milímetro.
Figura 4.165 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.166 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.167) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,6768 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.168)
também desgastou mais na quina, 1,2627 milímetro.
104
Figura 4.167 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.168 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.5 Réplica 5
A réplica 5 foi realizada com o torno, sem a presença de fluido de corte e com a
broca com afiação convencional. Para uma análise mais precisa as arestas da broca
foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.169) e a
aresta 2 (Figura 4.170).
Figura 4.169 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.170 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.171) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,1838 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.172) também
desgastou mais na quina, 0,1463 milímetro.
105
Figura 4.171 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.172 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.173) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2195 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.174) também foi na quina, 0,2020 milímetro.
Figura 4.173 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.174 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.175) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3110
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.176) também desgastou mais na
quina, 0,2378 milímetro.
106
Figura 4.175 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.176 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.177) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,3841 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.178)
também desgastou mais na quina, 0,3476 milímetro.
Figura 4.177 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.178 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.179) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4024 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.180) também
desgastou mais na quina, 0,3859 milímetro.
107
Figura 4.179 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.180 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.181) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,4760 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.182)
também desgastou mais na quina, 0,4573 milímetro.
Figura 4.181 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.182 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.6 Réplica 6
A réplica 6 foi realizada com o torno, sem a presença de fluido de corte e com a
broca com afiação cruzada. Para uma análise mais precisa as arestas da broca
foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.183) e a
aresta 2 (Figura 4.184).
108
Figura 4.183 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.184 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.185) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,1098 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.186) também
desgastou mais na quina, 0,1098 milímetro.
Figura 4.185 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.186 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.187) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2020 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.188) também foi na quina, 0,1838 milímetro.
109
Figura 4.187 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.188 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.189) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,2378
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.190) também desgastou mais na
quina, 0,2378 milímetro.
Figura 4.189 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.190 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.191) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,2568 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.192)
também desgastou mais na quina, 0,3110 milímetro.
110
Figura 4.191 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.192 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.193) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,3298 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.194) também
desgastou mais na quina, 0,3480 milímetro.
Figura 4.193 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.194 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.195) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,4207 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.196)
também desgastou mais na quina, 0,3663 milímetro.
111
Figura 4.195 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.196 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.7 Réplica 7
A réplica 7 foi realizada com foi realizada com o torno, com a presença de fluido
de corte e com a broca com afiação convencional. Para uma análise mais precisa as
arestas da broca foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1
(Figura 4.197) e a aresta 2 (Figura 4.198).
Figura 4.197 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.198 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.199) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2020 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.200) também
desgastou mais na quina, 0,1838 milímetro.
112
Figura 4.199 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.200 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.201) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,2385 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.202) também foi na quina, 0,2195 milímetro.
Figura 4.201 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.202 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.203) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,3110
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.204) também desgastou mais na
quina, 0,2561 milímetro.
113
Figura 4.203 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.204 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.205) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,3841 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.206)
também desgastou mais na quina, 0,2927 milímetro.
Figura 4.205 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.206 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.207) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,4394 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.208) também
desgastou mais na quina, 0,3298 milímetro.
114
Figura 4.207 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.208 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.209) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,5854 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.210)
também desgastou mais na quina, 0,4024 milímetro.
Figura 4.209 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.210 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
4.2.8 Réplica 8
A réplica 8 foi realizada com o torno, com a presença de fluido de corte e com a
broca com afiação cruzada. Para uma análise mais precisa as arestas das brocas
foram analisadas separadamente. Foram observadas a aresta 1 (Figura 4.211) e a
aresta 2 (Figura 4.212).
115
Figura 4.211 – Gume da aresta 1 da ferramenta nova
Figura 4.212 – Gume da aresta 2 da ferramenta nova
Depois de furar as seis primeiras peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.213) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,0933 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.214) também
desgastou mais na quina, 0,1113 milímetro.
Figura 4.213 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da sexta peça
Figura 4.214 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da sexta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada novamente para
medição do desgaste. O maior desgaste da aresta 1 (Figura 4.215) foi verificado na
quina da ferramenta, de 0,1098 milímetro. O maior desgaste da aresta 2 (Figura
4.216) também foi na quina, 0,1463 milímetro.
116
Figura 4.215 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima segunda peça
Figura 4.216 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima segunda peça
Após ter furado dezoito peças foi medido o desgaste da ferramenta. O desgaste
da aresta 1 (Figura 4.217) prosseguiu na quina da ferramenta, com 0,1656
milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.218) também desgastou mais na
quina, 0,2012 milímetro.
Figura 4.217 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da décima oitava peça
Figura 4.218 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da décima oitava peça
Depois da furação de vinte e quatro peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.219) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,2012 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.220)
também desgastou mais na quina, 0,2203 milímetro.
117
Figura 4.219 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Figura 4.220 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da vigésima quarta peça
Depois de furar mais seis peças a ferramenta foi levada para medição do
desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.221) foi verificado na quina da
ferramenta, de 0,2378 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.222) também
desgastou mais na quina, 0,2385 milímetro.
Figura 4.221 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima peça
Figura 4.222 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima peça
Depois da furação de trinta e cinco peças a ferramenta foi levada para medição
do desgaste. O desgaste máximo da aresta 1 (Figura 4.223) foi verificado na quina
da ferramenta, de 0,2927 milímetro. Da mesma forma a aresta 2 (Figura 4.224)
também desgastou mais na quina, 0,2927 milímetro.
118
Figura 4.223 – Gume da aresta 1 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
Figura 4.224 – Gume da aresta 2 da ferramenta depois da trigésima quinta peça
119
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo está contida a análise dos resultados deste trabalho, são os
resultados em relação ao desgaste da ferramenta e em relação ao diâmetro do furo
dos corpos de prova usinados.
5.1 ANÁLISE DO DESGASTE DA FERRAMENTA
O desgaste da ferramenta foi analisado de forma comparativa levando em conta
a máquina-ferramenta, o meio lubri-refrigerante e o tipo de afiação da ferramenta.
5.1.1 Análise Comparativa em Relação à Máquina-Ferramenta
As combinações entre as variáveis fluido de corte e tipo de afiação da ferramenta
geram quatro condições para a comparação entre as máquinas-ferramenta. Essas
quatro condições são abordadas a seguir.
5.1.1.1 Sem fluido de corte e com afiação convencional
A comparação entre as máquinas-ferramenta sem a presença de fluido de corte
e com a afiação convencional da ferramenta resultou numa diferença expressiva
entre a mandriladora e o torno.
O desgaste da ferramenta no ensaio realizado com a mandriladora foi bem maior
do que o do ensaio realizado com o torno. O desgaste depois de trinta e cinco peças
foi de 0,8323 milímetro na mandriladora e de 0,4987 milímetro no torno, como pode
ser visto no Gráfico 5.1.
O desgaste da broca ensaiada com o torno foi menor porque o desgaste ocorreu
ao longo do gume, enquanto o desgaste da broca ensaiada com a mandriladora
ocorreu apenas na quina da ferramenta.
Na furação em que a broca é posta em rotação, a broca não tem uma rotação
perfeitamente concêntrica. Com isso a quina da ferramenta é mais solicitada,
aumentando seu desgaste. Além disso, os esforços, tanto de corte como de avanço,
são exigidos na ferramenta. Na furação em que a peça sofre rotação, os esforços
120
são divididos. O esforço de corte é exigido na peça e os esforços de avanço são
exigidos na ferramenta.
Gráfico 5.1 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes máquinas-ferramenta sem fluido de corte e com afiação convencional
Tabela 5.1 – Dados do Gráfico 5.1 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Mandriladora 0,3524 0,4710 0,5397 0,6950 0,7779 0,8323
Torno 0,1788 0,2519 0,3111 0,3705 0,4166 0,4987
5.1.1.2 Sem fluido de corte e com afiação cruzada
A diferença entre as máquinas-ferramenta sem a presença de fluido de corte e
com a afiação cruzada da ferramenta foi pequena. O desgaste da ferramenta no
ensaio realizado com a mandriladora foi maior do que o do ensaio realizado com o
torno. O desgaste ao final do ensaio foi de 0,5556 milímetro na mandriladora e de
0,3906 milímetro no torno, como pode ser visto no Gráfico 5.2.
121
O corte dos dois ensaios foi suave, isto é, as forças de corte foram divididas ao
longo da aresta de corte. O desgaste da broca usada no ensaio da mandriladora não
se manteve apenas na quina da ferramenta.
Gráfico 5.2 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes máquinas-ferramenta sem fluido de corte e com afiação cruzada
Tabela 5.2 – Dados do Gráfico 5.2 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Mandriladora 0,2402 0,3525 0,4027 0,4667 0,5076 0,5556
Torno 0,1511 0,2155 0,2607 0,2932 0,3388 0,3906
5.1.1.3 Com fluido de corte e com afiação convencional
A diferença entre as máquinas-ferramenta com a presença de fluido de corte e
com a afiação convencional da ferramenta foi considerável. O desgaste da
ferramenta no ensaio realizado com a mandriladora foi maior do que o ensaio
realizado com o torno. O desgaste ao final do ensaio foi de 0,7683 milímetro na
mandriladora e de 0,4620 milímetro no torno, como pode ser visto no Gráfico 5.3.
122
Ao iniciar o furo no ensaio com a mandriladora a broca se movimentava
excentricamente. Depois da ponta da ferramenta estar completamente dentro da
peça, o movimento excêntrico diminuía gradativamente. Esse movimento excêntrico
gerou um maior desgaste nas primeiras peças. A partir da sexta peça o desgaste
das duas brocas manteve-se num aumento semelhante.
Gráfico 5.3 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes máquinas-ferramenta com fluido de corte e com afiação convencional
Tabela 5.3 – Dados do Gráfico 5.3 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Mandriladora 0,2979 0,3614 0,3939 0,5673 0,6495 0,7683
Torno 0,2016 0,2336 0,2836 0,3384 0,3845 0,4620
5.1.1.4 Com fluido de corte e com afiação cruzada
A diferença entre as máquinas-ferramenta com a presença de fluído de corte e
com a afiação cruzada da ferramenta foi pequena. O desgaste da ferramenta no
ensaio realizado com a mandriladora foi maior do que o do ensaio realizado com o
123
torno. O desgaste ao final do ensaio foi de 0,4941 milímetro na mandriladora e de
0,3614 milímetro no torno, como pode ser visto no Gráfico 5.4.
O desgaste das duas brocas foi relativamente constante ao longo das arestas. O
corte dos dois ensaios foi suave, isto é, as forças de corte foram divididas ao longo
da aresta de corte. O desgaste da broca usada no ensaio da mandriladora não se
manteve apenas na quina da ferramenta.
Gráfico 5.4 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes máquinas-ferramenta com fluido de corte e com afiação cruzada
Tabela 5.4 – Dados do Gráfico 5.4 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Mandriladora 0,2292 0,3110 0,3476 0,3750 0,4575 0,4941
Torno 0,1338 0,1603 0,2199 0,2610 0,3020 0,3614
5.1.2 Análise Comparativa em Relação ao Fluido de Corte
As combinações entre as variáveis máquina-ferramenta e tipo de afiação geram
quatro condições para a comparação entre a presença e ausência de fluido lubri-
refrigerante no processo. Essas quatro condições são abordadas a seguir.
124
5.1.2.1 Com afiação convencional e na mandriladora
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com a
mandriladora e com a afiação convencional da ferramenta resultou em determinada
diferença. O desgaste da ferramenta no ensaio realizado sem fluido de corte foi
maior do que o ensaio realizado com fluido de corte.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,8323 milímetro na aresta da
broca ensaiada sem fluido de corte e de 0,7683 milímetro na aresta da broca
ensaiada com fluido de corte, conforme pode ser visto no Gráfico 5.5.
A broca ensaiada sem fluido de corte sofreu maior desgaste porque não houve
refrigeração e lubrificação. O cavaco encontra maior atrito ao sair do furo,
aumentando o calor na broca e na peça.
Gráfico 5.5 – Comparação de desgaste da ferramenta em presença ou ausência de fluido de corte na mandriladora e com afiação convencional
Tabela 5.5 – Dados do Gráfico 5.5 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Sem fluido de corte 0,3524 0,4710 0,5397 0,6950 0,7779 0,8323
Com fluido de corte 0,2979 0,3614 0,3939 0,5673 0,6495 0,7683
125
5.1.2.2 Com afiação cruzada e na mandriladora
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com a
mandriladora e com a afiação cruzada da ferramenta apresentou resultados muito
semelhantes. O desgaste final da ferramenta no ensaio realizado sem fluído de corte
foi um pouco menor do que o ensaio realizado com fluído de corte.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,5556 milímetro na aresta da
broca ensaiada sem fluido de corte e de 0,4941 milímetro na aresta da broca
ensaiada com fluido de corte, conforme o Gráfico 5.6.
Foi observado que as brocas com afiação cruzada tiveram maior facilidade na
remoção do cavaco. Isso evitou que a broca chegasse a temperaturas elevadas e,
como consequência, sofresse maior desgaste.
Gráfico 5.6 – Comparação de desgaste da ferramenta em presença ou ausência de fluido de corte na mandriladora e com afiação cruzada
Tabela 5.6 – Dados do Gráfico 5.6 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Sem fluido de corte 0,2402 0,3525 0,4027 0,4667 0,5076 0,5556
Com fluido de corte 0,2292 0,3110 0,3476 0,3750 0,4575 0,4941
126
5.1.2.3 Com afiação convencional e no torno
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com o torno e com
a afiação convencional da ferramenta resultou numa pequena diferença. O desgaste
da ferramenta no ensaio realizado sem fluido de corte foi um pouco maior do que o
ensaio realizado com fluido de corte.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,4987 milímetro na aresta da
broca ensaiada sem fluido de corte e de 0,4620 milímetro na aresta da broca
ensaiada com fluido de corte, conforme o Gráfico 5.7.
A broca ensaiada sem fluido de corte sofreu maior desgaste porque não houve
refrigeração e lubrificação. O cavaco encontrou maior atrito ao sair do furo,
aumentando o calor na broca e na peça. A diferença foi pequena porque o ensaio foi
realizado com o torno, no qual o corte foi suave.
Gráfico 5.7 – Comparação de desgaste da ferramenta em presença ou ausência de fluido de corte no torno e com afiação convencional
Tabela 5.7 – Dados do Gráfico 5.7 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Sem fluido de corte 0,1788 0,2519 0,3111 0,3705 0,4166 0,4987
Com fluido de corte 0,2016 0,2336 0,2836 0,3384 0,3845 0,4620
127
5.1.2.4 Com afiação cruzada e no torno
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com o torno e com
a afiação cruzada da ferramenta apresentou pouca diferença. O desgaste final da
ferramenta no ensaio realizado sem fluido de corte foi pouco menor do que o ensaio
realizado com fluido de corte.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,3906 milímetro na aresta da
broca ensaiada sem fluido de corte e de 0,3614 milímetro na aresta da broca
ensaiada com fluido de corte, conforme o Gráfico 5.8.
As brocas com afiação cruzada tiveram maior facilidade na remoção do cavaco.
Isso evitou que a broca chegasse a temperaturas elevadas e, como consequência,
tivesse maior desgaste. Como as brocas com afiação cruzada tiveram um bom
escoamento do cavaco, a função de lubrificação do fluido de corte não alterou
significativamente os resultados.
Gráfico 5.8 – Comparação de desgaste da ferramenta em presença ou ausência de fluido de corte no torno e com afiação cruzada
128
Tabela 5.8 – Dados do Gráfico 5.8 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Sem fluido de corte 0,1511 0,2155 0,2607 0,2932 0,3388 0,3906
Com fluido de corte 0,1338 0,1603 0,2199 0,2610 0,3020 0,3614
5.1.3 Análise Comparativa em Relação à Afiação da Ferramenta
As combinações entre as varáveis máquina-ferramenta e fluido de corte geram
quatro condições para a comparação a afiação cruzada e a afiação convencional da
ferramenta. Essas condições são vistas a seguir.
5.1.3.1 Sem fluido de corte e na mandriladora
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas na mandriladora sem fluido de corte resultou em uma diferença
expressiva. O desgaste da broca com afiação convencional foi bem maior do que o
da broca com afiação cruzada.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,8323 milímetro na broca com
afiação convencional e de 0,5556 milímetro na broca com afiação cruzada, conforme
o Gráfico 5.9.
O desgaste da broca com afiação cruzada foi menor porque o atrito entre a peça
e a ferramenta é menor. Ao realizar a afiação cruzada os flancos da ferramenta
ficaram reduzidos, diminuindo a área de contato com a superfície a ser cortada.
Tabela 5.9 – Dados do Gráfico 5.9 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Afiação convencional 0,3524 0,4710 0,5397 0,6950 0,7779 0,8323
Afiação cruzada 0,2402 0,3525 0,4027 0,4667 0,5076 0,5556
129
Gráfico 5.9 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes afiações da broca na mandriladora e sem fluido de corte
5.1.3.2 Com fluido de corte e na mandriladora
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas na mandriladora com fluido de corte resultou em uma diferença
considerável. O desgaste da broca com afiação convencional foi maior do que a
broca com afiação cruzada.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,7683 milímetro na broca com
afiação convencional e de 0,4941 milímetro na broca com afiação cruzada, conforme
o Gráfico 5.10.
O desgaste da broca com afiação cruzada manteve-se porque o atrito entre a
peça e a ferramenta é menor. Já o desgaste da broca com afiação convencional
aumentou devido ao atrito entre a peça e a ferramenta.
130
Gráfico 5.10 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes afiações da broca na mandriladora e com fluido de corte
Tabela 5.10 – Dados do Gráfico 5.10 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Afiação convencional 0,2979 0,3614 0,3939 0,5673 0,6495 0,7683
Afiação cruzada 0,2292 0,3110 0,3476 0,3750 0,4575 0,4941
5.1.3.3 Sem fluido de corte e no torno
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas no torno sem fluido de corte resultou em uma diferença
relativamente pequena. O desgaste da broca com afiação convencional foi maior do
que o da broca com afiação cruzada.
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,4987 milímetro na broca com
afiação convencional e de 0,3906 milímetro na broca com afiação cruzada, conforme
o Gráfico 5.11.
131
A broca com afiação cruzada permaneceu com desgaste menor em função do
atrito entre a ferramenta e a peça. O corte mais suave com o torno melhorou o
resultado de ambas as brocas.
Gráfico 5.11 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes afiações da broca no torno e sem fluido de corte
Tabela 5.11 – Dados do Gráfico 5.11 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Afiação convencional 0,1788 0,2519 0,3111 0,3705 0,4166 0,4987
Afiação cruzada 0,1511 0,2155 0,2607 0,2932 0,3388 0,3906
5.1.3.4 Com fluido de corte e no torno
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas no torno com fluido de corte resultou em uma diferença pequena.
O desgaste da broca com afiação convencional foi maior do que o da broca com
afiação cruzada.
132
O desgaste depois de trinta e cinco peças foi de 0,4620 milímetro na broca com
afiação convencional e de 0,3614 milímetro na broca com afiação cruzada, conforme
o Gráfico 5.12.
Através de um corte suave, oferecido pelo torno, e a presença do fluido de corte
deixaram o desgaste das duas brocas bem próximo. Com a aplicação do fluido de
corte o atrito entre o flanco da ferramenta e a peça foi reduzido e o resultado foi bem
expressivo na broca com afiação convencional, comparando-a com o ensaio feito
sem fluído de corte.
Gráfico 5.12 – Comparação de desgaste da ferramenta em diferentes afiações da broca no torno e com fluido de corte
Tabela 5.12 – Dados do Gráfico 5.12 (dimensões em mm)
Peça 6 12 18 24 30 35
Afiação convencional 0,2016 0,2336 0,2836 0,3384 0,3845 0,4620
Afiação cruzada 0,1338 0,1603 0,2199 0,2610 0,3020 0,3614
133
5.2 ANÁLISE DO DIÂMETRO DO FURO USINADO
O diâmetro do furo usinado nos corpos de prova foi analisado de forma
comparativa levando em conta a máquina-ferramenta, o meio lubri-refrigerante e o
tipo de afiação da ferramenta.
5.2.1 Análise Comparativa em Relação à Máquina-Ferramenta
As combinações entre as variáveis fluido de corte e tipo de afiação da ferramenta
geram quatro condições para a comparação entre as máquinas-ferramenta. Essas
quatro condições são abordadas a seguir.
5.2.1.1 Sem fluido de corte e com afiação convencional
A comparação entre as máquinas-ferramenta sem a presença de fluido de corte
e com a afiação convencional da ferramenta resultou numa pequena diferença entre
a mandriladora e o torno, como mostra o Gráfico 5.13.
Afiação convencional sem fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,180
13,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Mandriladora - entrada
Torno - entrada
Mandriladora - meio
Torno - meio
Mandriladora - saída
Torno - saída
Gráfico 5.13 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em diferentes máquinas com afiação convencional da ferramenta e sem fluido de corte
134
O diâmetro de entrada entre as duas condições apresentou valores próximos
durante todo o ensaio, porém, o diâmetro das peças ensaiadas com a mandriladora
foi um pouco maior. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados
com a mandriladora está entre 13,236 milímetros e 13,328 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com o torno está entre
13,244 milímetros e 13,329 milímetros.
Tabela 5.13 – Dados do Gráfico 5.13 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,312 13,307 13,295
Torno 13,296 13,373 13,285
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,328 13,338 13,287
Torno 13,329 13,365 13,243
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,313 13,338 13,279
Torno 13,280 13,337 13,246
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,296 13,327 13,277
Torno 13,276 13,319 13,254
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,309 13,290 13,241
Torno 13,274 13,293 13,246
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,290 13,290 13,233
Torno 13,277 13,330 13,211
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,236 13,237 13,185
Torno 13,244 13,322 13,170
135
O diâmetro medido no meio da peça apresentou diferenças maiores, onde o
diâmetro do furo das peças ensaiadas com o torno foi, em geral, maior que o
diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora. A variação entre os
diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas com a mandriladora está
entre 13,237 milímetros e 13,338 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros
do furo medido no meio das peças ensaiadas com o torno está entre 13,293
milímetros e 13,373 milímetros.
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou valores próximos, mas
o diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora foi maior. A variação
entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados com a mandriladora está entre
13,185 milímetros e 13,295 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos
furos ensaiados com o torno está entre 13,170 milímetros e 13,285 milímetros.
5.2.1.2 Sem fluido de corte e com afiação cruzada
A comparação entre as máquinas-ferramenta sem a presença de fluido de corte
e com a afiação cruzada da ferramenta resultou numa diferença considerável entre a
mandriladora e o torno, conforme o Gráfico 5.14.
Afiação cruzada sem fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Mandriladora - entrada
Torno - entrada
Mandriladora - meio
Torno - meio
Mandriladora - saída
Torno - saída
Gráfico 5.14 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em diferentes máquinas com afiação cruzada da ferramenta e sem fluido de corte
136
Tabela 5.14 – Dados do Gráfico 5.14 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,180 13,188 13,124
Torno 13,112 13,112 13,118
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,175 13,199 13,142
Torno 13,102 13,137 13,108
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,185 13,163 13,109
Torno 13,073 13,135 13,127
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,141 13,174 13,090
Torno 13,109 13,156 13,131
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,150 13,190 13,102
Torno 13,091 13,128 13,091
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,154 13,144 13,102
Torno 13,063 13,118 13,090
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,145 13,144 13,105
Torno 13,089 13,216 13,074
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições foi diferente durante
todo o ensaio. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com o torno foram
menores que os furos das peças ensaiadas com a mandriladora. A variação entre os
diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a mandriladora está entre 13,141
milímetros e 13,185 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros de entrada
dos furos ensaiados com o torno está entre 13,063 milímetros e 13,112 milímetros.
O diâmetro medido no meio da peça, da mesma forma, apresentou diferenças
durante todo o ensaio, onde o diâmetro do furo das peças ensaiadas com o torno foi
137
menor que o diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora, exceto na
última medição. A variação entre os diâmetros do furo medido no meio das peças
ensaiadas com a mandriladora está entre 13,144 milímetros e 13,199 milímetros,
enquanto a variação entre os diâmetros do furo medido no meio das peças
ensaiadas com o torno está entre 13,112 milímetros e 13,216 milímetros.
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou valores próximos,
variando valores do diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora e o
diâmetro do furo das peças ensaiadas com o torno. A variação entre os diâmetros de
saída dos furos ensaiados com a mandriladora está entre 13,090 milímetros e
13,142 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com
o torno está entre 13,074 milímetros e 13,131 milímetros.
5.2.1.3 Com fluido de corte e com afiação convencional
A comparação entre as máquinas-ferramenta com a presença de fluido de corte
e com a afiação convencional da ferramenta resultou numa pequena diferença entre
a mandriladora e o torno, como mostra o Gráfico 5.15.
Afiação convencional com fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Mandriladora - entrada
Torno - entrada
Mandriladora - meio
Torno - meio
Mandriladora - saída
Torno - saída
Gráfico 5.15 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em diferentes máquinas
com afiação convencional da ferramenta e com fluido de corte
138
Tabela 5.15 – Dados do Gráfico 5.15 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,110 13,135 13,064
Torno 13,116 13,133 13,061
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,121 13,119 13,076
Torno 13,083 13,074 13,089
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,096 13,110 13,068
Torno 13,128 13,115 13,054
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,113 13,122 13,098
Torno 13,090 13,118 13,080
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,120 13,092 13,074
Torno 13,064 13,089 13,117
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,088 13,115 13,074
Torno 13,118 13,094 13,055
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,114 13,048 13,164
Torno 13,138 13,095 13,064
O diâmetro de entrada entre as duas condições apresentou valores diferentes
durante todo o ensaio, variando valores do diâmetro do furo das peças ensaiadas
com a mandriladora e o diâmetro do furo das peças ensaiadas com o torno. A
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a mandriladora
está entre 13,088 milímetros e 13,121 milímetros, enquanto a variação entre os
diâmetros de entrada dos furos ensaiados com o torno está entre 13,064 milímetros
e 13,138 milímetros.
139
O diâmetro medido no meio da peça apresentou diferenças relativamente
pequenas, onde o diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora foi, em
geral, maior que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com o torno. A variação
entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas com a
mandriladora está entre 13,048 milímetros e 13,135 milímetros, enquanto a variação
entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas com o torno está
entre 13,074 milímetros e 13,133 milímetros.
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou valores próximos, mas
o diâmetro do furo das peças ensaiadas com a mandriladora foi maior. A variação
entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados com a mandriladora está entre
13,064 milímetros e 13,164 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos
furos ensaiados com o torno está entre 13,054 milímetros e 13,117 milímetros.
5.2.1.4 Com fluido de corte e com afiação cruzada
A comparação entre as máquinas-ferramenta com a presença de fluido de corte
e com a afiação cruzada da ferramenta resultou numa diferença considerável entre a
mandriladora e o torno, como mostra o Gráfico 5.16.
O diâmetro de entrada entre as duas condições apresentou valores bem distintos
entre a furação com o torno e a mandriladora. O diâmetro dos furos das peças
ensaiadas com o torno foi maior que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com
a mandriladora. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com
a mandriladora está entre 13,125 milímetros e 13,167 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com o torno está entre
13,196 milímetros e 13,220 milímetros.
O diâmetro medido no meio da peça apresentou poucas diferenças, onde o valor
do diâmetro dos furos das peças ensaiadas com o torno ficou próximo do diâmetro
dos furos das peças ensaiadas com a mandriladora. A variação entre os diâmetros
do furo medido no meio das peças ensaiadas com a mandriladora está entre 13,153
milímetros e 13,188 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros do furo
medido no meio das peças ensaiadas com o torno está entre 13,140 milímetros e
13,192 milímetros.
140
Tabela 5.16 – Dados do Gráfico 5.16 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,167 13,188 13,133
Torno 13,220 13,192 13,147
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,155 13,188 13,122
Torno 13,216 13,178 13,156
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,167 13,182 13,162
Torno 13,198 13,157 13,129
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,148 13,160 13,135
Torno 13,210 13,164 13,110
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,147 13,168 13,140
Torno 13,217 13,164 13,127
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,143 13,172 13,147
Torno 13,196 13,175 13,140
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Mandriladora 13,125 13,153 13,130
Torno 13,204 13,140 13,100
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou valores próximos, mas
a partir da décima segunda peça o diâmetro do furo das peças ensaiadas com a
mandriladora foi maior. A variação entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados
com a mandriladora está entre 13,122 milímetros e 13,147 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com o torno está entre 13,100
milímetros e 13,156 milímetros.
141
Afiação cruzada com fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Mandriladora - entrada
Torno - entrada
Mandriladora - meio
Torno - meio
Mandriladora - saída
Torno - saída
Gráfico 5.16 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em diferentes máquinas com afiação cruzada da ferramenta e com fluido de corte
5.2.2 Análise Comparativa em Relação ao Fluido de Corte
As combinações entre as variáveis máquina-ferramenta e tipo de afiação geram
quatro condições para a comparação entre a presença e ausência de fluido lubri-
refrigerante no processo. Essas quatro condições são abordadas a seguir.
5.2.2.1 Com afiação convencional e na mandriladora
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com a
mandriladora e com a afiação convencional da ferramenta resultou em uma
diferença considerável, como mostra o Gráfico 5.17.
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições é bem distinto. O
diâmetro dos furos das peças ensaiadas sem fluido de corte é bem maior do que o
diâmetro dos furos das peças ensaiadas com fluido de corte. A variação entre os
diâmetros de entrada dos furos ensaiados sem fluido de corte está entre 13,236
milímetros e 13,328 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros de entrada
142
dos furos ensaiados com fluido de corte está entre 13,088 milímetros e 13,121
milímetros.
Mandriladora com afiação convencional
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
sem fluido de corte - entrada
com fluido de corte - entrada
sem fluido de corte - meio
com fluido de corte - meio
sem fluido de corte - saída
com fluido de corte - saída
Gráfico 5.17 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em presença ou ausência de fluido de corte na mandriladora e com afiação convencional da ferramenta
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas sem fluido de corte
é bem maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com fluido de corte.
A variação entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas sem
fluido de corte está entre 13,237 milímetros e 13,338 milímetros, enquanto a
variação entre o diâmetro dos furos medidos no meio das peças ensaiadas com
fluido de corte está entre 13,048 milímetros e 13,135 milímetros.
Da mesma forma, os valores do diâmetro de saída verificados entre as duas
condições foram bem diferentes. Enquanto o diâmetro dos furos das peças
ensaiadas com fluido de corte foram bem menores. A variação entre os diâmetros de
saída dos furos ensaiados sem fluido de corte está entre 13,185 milímetros e 13,295
milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com fluido
de corte está entre 13,064 milímetros e 13,164 milímetros.
143
Tabela 5.17 – Dados do Gráfico 5.17 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,312 13,307 13,295
Com fluido de corte 13,110 13,135 13,064
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,328 13,338 13,287
Com fluido de corte 13,121 13,119 13,076
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,313 13,338 13,279
Com fluido de corte 13,096 13,110 13,068
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,296 13,327 13,277
Com fluido de corte 13,113 13,122 13,098
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,309 13,290 13,241
Com fluido de corte 13,120 13,092 13,074
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,290 13,290 13,233
Com fluido de corte 13,088 13,115 13,074
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,236 13,237 13,185
Com fluido de corte 13,114 13,048 13,164
5.2.2.2 Com afiação cruzada e na mandriladora
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com a
mandriladora e com a afiação cruzada da ferramenta resultou numa pequena
diferença, como mostra o Gráfico 5.18.
144
Tabela 5.18 – Dados do Gráfico 5.18 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,180 13,188 13,124
Com fluido de corte 13,167 13,188 13,133
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,175 13,199 13,142
Com fluido de corte 13,155 13,188 13,122
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,185 13,163 13,109
Com fluido de corte 13,167 13,182 13,162
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,141 13,174 13,090
Com fluido de corte 13,148 13,160 13,135
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,150 13,190 13,102
Com fluido de corte 13,147 13,168 13,140
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,154 13,144 13,102
Com fluido de corte 13,143 13,172 13,147
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,145 13,144 13,105
Com fluido de corte 13,125 13,153 13,130
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições manteve uma
diferença relativamente pequena, porém o diâmetro dos furos das peças ensaiadas
sem fluido de corte foi maior. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos
ensaiados sem fluido de corte está entre 13,141 milímetros e 13,185 milímetros,
enquanto a variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com fluido
de corte está entre 13,125 milímetros e 13,167 milímetros.
O diâmetro medido no meio da peça também não variou muito. A variação entre
os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas sem fluido de corte está
145
entre 13,144 milímetros e 13,199 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros
do furo medido no meio das peças ensaiadas com fluido de corte está entre 13,153
milímetros e 13,188 milímetros.
Mandriladora com afiação cruzada
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
sem fluido de corte - entrada
com fluido de corte - entrada
sem fluido de corte - meio
com fluido de corte - meio
sem fluido de corte - saída
com fluido de corte - saída
Gráfico 5.18 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em presença ou ausência de fluido de corte na mandriladora e com afiação cruzada da ferramenta
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou certa diferença. A peça
ensaiada com fluido de corte teve valores maiores do diâmetro do furo a partir da
décima segunda peça. A variação entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados
sem fluido de corte está entre 13,090 milímetros e 13,142 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com fluido de corte está entre
13,122 milímetros e 13,147 milímetros.
5.2.2.3 Com afiação convencional e no torno
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com o torno e com
a afiação convencional da ferramenta resultou numa grande diferença, como mostra
o Gráfico 5.19.
146
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições é bem distinto. O
diâmetro do furo das peças ensaiadas sem fluido de corte é bem maior do que o
diâmetro do furo das peças ensaiadas com fluido de corte. A variação entre os
diâmetros de entrada dos furos ensaiados sem fluido de corte está entre 13,244
milímetros e 13,329 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros de entrada
dos furos ensaiados com fluido de corte está entre 13,064 milímetros e 13,138
milímetros.
Torno com afiação convencional
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
sem fluido de corte - entrada
com fluido de corte - entrada
sem fluido de corte - meio
com fluido de corte - meio
sem fluido de corte - saída
com fluido de corte - saída
Gráfico 5.19 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em presença ou ausência de fluido de corte no torno e com afiação convencional da ferramenta
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas sem fluido de corte
é bem maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com fluido de corte.
A variação entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas sem
fluido de corte está entre 13,293 milímetros e 13,373 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas com fluido
de corte está entre 13,074 milímetros e 13,133 milímetros.
147
Tabela 5.19 – Dados do Gráfico 5.19 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,296 13,373 13,285
Com fluido de corte 13,116 13,133 13,061
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,329 13,365 13,243
Com fluido de corte 13,083 13,074 13,089
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,280 13,337 13,246
Com fluido de corte 13,128 13,115 13,054
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,276 13,319 13,254
Com fluido de corte 13,090 13,118 13,080
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,274 13,293 13,246
Com fluido de corte 13,064 13,089 13,117
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,277 13,330 13,211
Com fluido de corte 13,118 13,094 13,055
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,244 13,322 13,170
Com fluido de corte 13,138 13,095 13,064
Da mesma forma, os valores do diâmetro de saída verificados entre as duas
condições foram bem diferentes. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com
fluido de corte foi bem menor. A variação entre os diâmetros de saída dos furos
ensaiados sem fluido de corte está entre 13,170 milímetros e 13,285 milímetros,
enquanto a variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com fluido de corte está
entre 13,054 milímetros e 13,117 milímetros.
148
5.2.2.4 Com afiação cruzada e no torno
A comparação entre a furação com e sem fluido de corte feita com o torno e com
a afiação cruzada da ferramenta resultou numa grande diferença, como mostra o
Gráfico 5.20.
Torno com afiação cruzada
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
sem fluido de corte - entrada
com fluido de corte - entrada
sem fluido de corte - meio
com fluido de corte - meio
sem fluido de corte - saída
com fluido de corte - saída
Gráfico 5.20 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados em presença ou ausência de fluido de corte no torno e com afiação cruzada da ferramenta
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições é bem diferente. Ao
longo de todo o ensaio o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com fluido de
corte foi maior. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados sem
fluido de corte está entre 13,063 milímetros e 13,112 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com fluido de corte está
entre 13,196 milímetros e 13,220 milímetros.
De forma semelhante ao diâmetro de entrada, o diâmetro medido no meio da
peça apresentou uma diferença considerável. O diâmetro dos furos das peças
ensaiadas com fluido de corte foram maiores durante todo o ensaio, porém na última
leitura o diâmetro do furo da peça ensaiada sem fluido de corte foi maior. A variação
entre os diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas sem fluido de corte
149
está entre 13,112 milímetros e 13,216 milímetros, enquanto a variação entre os
diâmetros do furo medido no meio das peças ensaiadas com fluido de corte está
entre 13,140 milímetros e 13,192 milímetros.
Tabela 5.20 – Dados do Gráfico 5.20 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,112 13,112 13,118
Com fluido de corte 13,220 13,192 13,147
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,102 13,133 13,108
Com fluido de corte 13,216 13,178 13,156
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,073 13,135 13,127
Com fluido de corte 13,198 13,157 13,129
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,109 13,156 13,131
Com fluido de corte 13,210 13,164 13,110
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,091 13,128 13,091
Com fluido de corte 13,217 13,164 13,127
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,063 13,118 13,090
Com fluido de corte 13,196 13,175 13,140
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Sem fluido de corte 13,089 13,216 13,074
Com fluido de corte 13,204 13,140 13,100
O diâmetro de saída entre as duas condições apresentou diferentes resultados.
Os diâmetros dos furos das peças ensaiadas com fluido de corte foram maiores,
exceto na décima oitava peça, onde o diâmetro do furo da peça ensaiada sem fluido
de corte foi maior. A variação entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados sem
150
fluido de corte está entre 13,074 milímetros e 13,131 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com fluido de corte está entre
13,100 milímetros e 13,156 milímetros.
5.2.3 Análise Comparativa em Relação à Afiação da Ferramenta
As combinações entre as varáveis máquina-ferramenta e fluido de corte geram
quatro condições para a comparação a afiação cruzada e a afiação convencional da
ferramenta. Essas condições são vistas a seguir.
5.2.3.1 Sem fluido de corte e na mandriladora
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas na mandriladora sem fluido de corte resultou numa diferença
expressiva, como mostra o Gráfico 5.21.
Mandriladora sem fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Afiação convencional - entrada
Afiação cruzada - entrada
Afiação convencional - meio
Afiação cruzada - meio
Afiação convencional - saída
Afiação cruzada - saída
Gráfico 5.21 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados com diferentes afiações da ferramenta sem fluido de corte e na mandriladora
151
Tabela 5.21 – Dados do Gráfico 5.21 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,312 13,307 13,295
Afiação cruzada 13,180 13,188 13,124
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,328 13,338 13,287
Afiação cruzada 13,175 13,199 13,142
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,313 13,338 13,279
Afiação cruzada 13,185 13,163 13,109
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,296 13,327 13,277
Afiação cruzada 13,141 13,174 13,090
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,309 13,290 13,241
Afiação cruzada 13,150 13,190 13,102
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,290 13,290 13,233
Afiação cruzada 13,154 13,144 13,102
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,236 13,237 13,185
Afiação cruzada 13,145 13,144 13,105
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições é bem distinto. O
diâmetro do furo das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional é
maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com afiação
cruzada. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca
com afiação convencional está entre 13,236 milímetros e 13,328 milímetros,
enquanto a variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca
com afiação cruzada está entre 13,141 milímetros e 13,185 milímetros.
152
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com
afiação convencional é maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com
a broca com afiação cruzada. A variação entre os diâmetros do furo medido no meio
das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional está entre 13,237
milímetros e 13,338 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros do furo
medido no meio das peças ensaiadas com a broca com afiação cruzada está entre
13,144 milímetros e 13,199 milímetros.
Da mesma forma, os valores dos diâmetros de saída verificados entre as duas
condições foram bem diferentes. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a
broca com afiação cruzada foram bem menores. A variação entre os diâmetros de
saída dos furos ensaiados com a broca com afiação convencional está entre 13,185
milímetros e 13,295 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos furos
ensaiados com a broca com afiação cruzada está entre 13,090 milímetros e 13,142
milímetros.
5.2.3.2 Com fluido de corte e na mandriladora
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas na mandriladora com fluido de corte resultou numa diferença
expressiva, como mostra o Gráfico 5.22.
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições apresenta uma
diferença considerável. O diâmetro do furo das peças ensaiadas com a broca com
afiação cruzada é maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a
broca com afiação convencional. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos
ensaiados com a broca com afiação convencional está entre 13,088 milímetros e
13,121 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros de entrada dos furos
ensaiados com a broca com afiação cruzada está entre 13,125 milímetros e 13,167
milímetros.
153
Tabela 5.22 – Dados do Gráfico 5.22 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,110 13,135 13,064
Afiação cruzada 13,167 13,188 13,133
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,121 13,119 13,076
Afiação cruzada 13,155 13,188 13,122
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,096 13,110 13,068
Afiação cruzada 13,167 13,182 13,162
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,113 13,122 13,098
Afiação cruzada 13,148 13,160 13,135
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,120 13,092 13,074
Afiação cruzada 13,147 13,168 13,140
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,088 13,115 13,074
Afiação cruzada 13,143 13,172 13,147
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,114 13,048 13,164
Afiação cruzada 13,125 13,153 13,130
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com
afiação cruzada é maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a
broca com afiação convencional. A variação entre os diâmetros do furo medido no
meio das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional está entre 13,048
milímetros e 13,135 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros do furo
medido no meio das peças ensaiadas com a broca com afiação cruzada está entre
13,153 milímetros e 13,188 milímetros.
154
Mandriladora com fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Afiação convencional - entrada
Afiação cruzada - entrada
Afiação convencional - meio
Afiação cruzada - meio
Afiação convencional - saída
Afiação cruzada - saída
Gráfico 5.22 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados com diferentes afiações da ferramenta com fluido de corte e na mandriladora
Os valores dos diâmetros de saída verificados entre as duas condições foram
bem diferentes também. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca
com afiação convencional foram bem menores, exceto na última medição, em que o
diâmetro do furo da peça ensaiada com a broca com afiação convencional foi maior.
A variação entre os diâmetros de saída dos furos ensaiados com a broca com
afiação convencional está entre 13,064 milímetros e 13,164 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com a broca com afiação cruzada
está entre 13,122 milímetros e 13,147 milímetros.
5.2.3.3 Sem fluido de corte e no torno
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas no torno sem fluido de corte resultou numa diferença expressiva,
como mostra o Gráfico 5.23.
155
Torno sem fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Afiação convencional - entrada
Afiação cruzada - entrada
Afiação convencional - meio
Afiação cruzada - meio
Afiação convencional - saída
Afiação cruzada - saída
Gráfico 5.23 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados com diferentes afiações da ferramenta sem fluido de corte e no torno
O diâmetro de entrada verificado entre as duas condições é bem distinto. O
diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional é
maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com afiação
cruzada. A variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca
com afiação convencional está entre 13,244 milímetros e 13,329 milímetros,
enquanto a variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca
com afiação cruzada está entre 13,063 milímetros e 13,112 milímetros.
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com
afiação convencional é maior do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas com
a broca com afiação cruzada. A variação entre os diâmetros do furo medido no meio
das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional está entre 13,293
milímetros e 13,373 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros do furo
medido no meio das peças ensaiadas com a broca com afiação cruzada está entre
13,112 milímetros e 13,216 milímetros.
Da mesma forma, os valores dos diâmetros de saída verificado entre as duas
condições foram bem diferentes. O diâmetro do furo das peças ensaiadas com a
156
broca com afiação cruzada foram bem menores. A variação entre os diâmetros de
saída dos furos ensaiados com a broca com afiação convencional está entre 13,170
milímetros e 13,285 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos furos
ensaiados com a broca com afiação cruzada está entre 13,074 milímetros e 13,131
milímetros.
Tabela 5.23 – Dados do Gráfico 5.23 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,296 13,373 13,285
Afiação cruzada 13,112 13,112 13,118
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,329 13,365 13,243
Afiação cruzada 13,102 13,137 13,108
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,280 13,337 13,246
Afiação cruzada 13,073 13,135 13,127
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,276 13,319 13,254
Afiação cruzada 13,109 13,156 13,131
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,274 13,293 13,246
Afiação cruzada 13,091 13,128 13,091
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,277 13,330 13,211
Afiação cruzada 13,063 13,118 13,090
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,244 13,322 13,170
Afiação cruzada 13,089 13,216 13,074
157
5.2.3.4 Com fluido de corte e no torno
A comparação entre a broca com afiação convencional e a broca com afiação
cruzada ensaiadas no torno com fluido de corte resultou numa diferença grande,
como mostra o Gráfico 5.24.
Torno com fluido de corte
13,00013,02013,04013,06013,08013,10013,12013,14013,16013,18013,20013,22013,24013,26013,28013,30013,32013,34013,36013,380
1 6 12 18 24 30 35
Peças
Diâ
metr
o
Afiação convencional - entrada
Afiação cruzada - entrada
Afiação convencional - meio
Afiação cruzada - meio
Afiação convencional - saída
Afiação cruzada - saída
Gráfico 5.24 – Comparação entre o diâmetro dos furos realizados com diferentes afiações da ferramenta com fluido de corte e no torno
O diâmetro de entrada entre as duas condições é bem distinto. O diâmetro do
furo das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional é menor do que o
diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com afiação cruzada. A
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca com
afiação convencional está entre 13,064 milímetros e 13,138 milímetros, enquanto a
variação entre os diâmetros de entrada dos furos ensaiados com a broca com
afiação cruzada está entre 13,196 milímetros e 13,220 milímetros.
O diâmetro medido no meio da peça apresentou resultados semelhantes aos
diâmetros de entrada. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com
afiação convencional é menor do que o diâmetro dos furos das peças ensaiadas
com a broca com afiação cruzada. A variação entre os diâmetros do furo medido no
158
meio das peças ensaiadas com a broca com afiação convencional está entre 13,074
milímetros e 13,133 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros do furo
medido no meio das peças ensaiadas com a broca com afiação cruzada está entre
13,140 milímetros e 13,192 milímetros.
Tabela 5.24 – Dados do Gráfico 5.24 (medidas dos diâmetros em mm)
Peça 1
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,116 13,133 13,061
Afiação cruzada 13,220 13,192 13,147
Peça 6
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,083 13,074 13,089
Afiação cruzada 13,216 13,178 13,156
Peça 12
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,128 13,115 13,054
Afiação cruzada 13,198 13,157 13,129
Peça 18
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,090 13,118 13,080
Afiação cruzada 13,210 13,164 13,110
Peça 24
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,064 13,089 13,117
Afiação cruzada 13,217 13,164 13,127
Peça 30
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,118 13,094 13,055
Afiação cruzada 13,196 13,175 13,140
Peça 35
Local de Medição Entrada Meio Saída
Afiação convencional 13,138 13,095 13,064
Afiação cruzada 13,204 13,140 13,100
159
Os valores dos diâmetros de saída verificados entre as duas condições foram
bem diferentes. O diâmetro dos furos das peças ensaiadas com a broca com afiação
cruzada foram bem maiores. A variação entre os diâmetros de saída dos furos
ensaiados com a broca com afiação convencional está entre 13,054 milímetros e
13,117 milímetros, enquanto a variação entre os diâmetros dos furos ensaiados com
a broca com afiação cruzada está entre 13,100 milímetros e 13,156 milímetros.
160
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo são apresentadas as conclusões do trabalho, em relação à vida
da ferramenta e à precisão dimensional dos furos. E também as sugestões para
futuros trabalhos que sigam a mesma linha de pesquisa.
6.1 SOBRE A VIDA DA FERRAMENTA
As conclusões são feitas com base nos objetivos específicos, sendo analisadas
em relação à máquina-ferramenta, à presença ou ausência de fluido de corte e à
afiação da broca.
6.1.1 Máquina-Ferramenta
Em todas as variações de ensaios, as brocas utilizadas na furação com o torno
apresentaram um desgaste menor que na furação realizada com a mandriladora.
Dessa forma, conclui-se que a execução da operação com a peça em rotação
proporciona uma vida maior à ferramenta de corte.
6.1.2 Fluido de Corte
Todas as variações mostraram um aumento da vida da ferramenta com a
utilização de fluido de corte na furação. Assim, conclui-se que a aplicação do fluido
de corte é benéfica para a vida da ferramenta, embora ela tenha se apresentado
como a variável de menor influência no desgaste medido.
6.1.3 Afiação da Ferramenta
As brocas sofreram um desgaste menor com afiação cruzada do que com
afiação convencional, em todos os testes, embora essa diferença tenha sido mais
expressiva apenas nos testes realizados na mandriladora. Conclui-se que a afiação
cruzada é a mais benéfica para a vida da ferramenta.
161
6.2 SOBRE A PRECISÃO DIMENSIONAL
As conclusões são feitas com base nos objetivos específicos, sendo analisadas
em relação à máquina-ferramenta, à presença ou ausência de fluido de corte e à
afiação da broca.
6.2.1 Máquina-Ferramenta
A oscilação excêntrica da broca no momento de entrada na peça foi
determinante para que, na maioria dos casos, o diâmetro dos furos realizados na
mandriladora fosse maior que os realizados no torno. Então, conclui-se que a
furação com a peça em rotação é a que confere a melhor precisão dimensional ao
furo.
6.2.2 Fluido de Corte
Na maioria dos casos, a presença do fluido de corte teve uma contribuição
considerável para um diâmetro menor dos furos. Assim, conclui-se que a furação
com uso de fluido de corte proporciona uma melhor precisão dimensional ao furo.
6.2.3 Afiação da Ferramenta
A análise desta variável não apresentou resultado conclusivo. Em alguns casos a
afiação cruzada apresentou resultado melhor, em outros a convencional foi melhor,
e não foi identificado padrão de resultados.
6.3 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Como sugestões de trabalhos futuros, pode-se fazer:
- este mesmo tema, porém com a utilização de máquinas CNC e uma aplicação
automatizada e mais eficiente de fluido de corte;
- testar as afiações das brocas helicoidais em diferentes materiais de peça;
162
- avaliar a vida da ferramenta e precisão dimensional com a utilização de dispositivo
que permita rotação de peça e ferramenta de forma simultânea;
- realização dos ensaios com a presença de furo de centro nas peças, e
- realização dos ensaios com broca com afiação cruzada de fábrica.
163
REFERÊNCIAS AGOSTINHO, Oswaldo L.; RODRIGUES, Antonio C. S.; LIRANI, João.
Tolerâncias, Ajustes, Desvios e Análise de Dimensões. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
ALMEIDA, Déborah Oliveira. Investigação de Desvios Geométricos no
Alargamento de Ferro Fundido com Ferramentas Revestidas. 2008. 117 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2008. Disponível em: <http://www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/1/TDE-2008-07-30T102327Z-1105/Publico/Deborah.pdf>. Acesso em: 06 nov. 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Norma TB- 111 Emenda
1: brocas helicoidais: terminologia. Rio de Janeiro, 1978. BROWN, James. Advanced Machining Technology Handbook. New York:
McGraw-Hill, 1998. CASTILLO, Willian Jefferson González. Furação Profunda de Ferro Fundido
Cinzento GG25 com Brocas de Metal-duro com Canais Retos. 2005. 134 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. Disponível em: <http://www.tede.ufsc.br/teses/PEMC0867.pdf>. Acesso em: 28 set. 2009.
DINIZ, Anselmo E.; MARCONDES, Francisco C.; COPPINI, Nivaldo L.
Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 3. ed. São Paulo: Artliber, 2001. FERRARESI, Dino. Fundamentos da Usinagem dos Metais. São Paulo:
Edgard Blücher, 1977. INSTITUTO FÁBRICA DO MILÊNIO. Tecnologias Avançadas de Manufatura.
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