AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM
REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA NOS MOMENTOS
INICIAIS PÓS-APLICAÇÃO
ENGª. ISAURA NAZARÉ LOBATO PAES
ORIENTADOR: PROF. DR. ELTON BAUER
CO-ORIENTADORA: PROFª. DRª. HELENA CARASEK
TESE DE DOUTORADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL
PUBLICAÇÃO: E.TD – 008A / 04
BRASÍLIA/DF: NOVEMBRO DE 2004
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FICHA CATALOGRÁFICA PAES, ISAURA NAZARÉ LOBATO Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de argamassa nos momentos Iniciais Pós-Aplicação. [Distrito Federal, 2004]. xxiv, 242p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Doutor, Estruturas e Construção Civil, 2004). Tese de Doutorado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. 1. Argamassas 2. Transporte de água 3. Porosidade 4. Revestimento I. ENC/FT/UnB II. Título (série) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PAES, I. N. L. (2004). Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa nos Momentos Iniciais Pós-Aplicação. Tese de Doutorado, Publicação E.TD 008A/04, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 242p. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Isaura Nazaré Lobato Paes TÍTULO DA TESE DE DOUTORADO: Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa nos Momentos Iniciais Pós-Aplicação GRAU/ANO: DOUTOR/2004 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta tese de doutorado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. A autora reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese de doutorado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito da autora.
_______________________________________________________ Isaura Nazaré Lobato Paes Avenida Teotônio Segurado, Quadra 501 Sul, Conj. 01, Lt. 07, Casa 15 Plano Diretor Sul – 77016-002 – Palmas/TO – Brasil E-mail: [email protected]
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“A força de vontade e a humildade transformam sonhos em realidade e nos fazem
verdadeiros seres humanos”.
(Márcio Henrique Araújo)
v
DEDICATÓRIA
A Deus, sobre todas as coisas, aos meus pais, João Lobato e Aurélia, pelo amor, dedicação e
incentivo – exemplos que balizam minha vida e minhas conquistas – e ao meu esposo Márcio
que contribuiu de forma inestimável para que esta conquista se tornasse realidade.
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AGRADECIMENTOS
No instante em que chegamos ao término de mais uma jornada importante como esta, tornasse
oportuno refletir sobre os que nos ajudaram a caminhar até aqui. Pessoas, organismos
acadêmicos e empresariais que, direta ou indiretamente, possibilitaram a concretização desta
pesquisa. Transformar em palavras todo o meu sentimento de gratidão num momento como
este é tarefa complicada, verdade, mas seria injusto não lembrar daqueles que mais se tornaram
personagens diários na construção desta conquista profissional.
Ao Profº. Dr. Elton Bauer que merece todo meu respeito e admiração pela conduta na orientação
deste trabalho. Seu incentivo e o exemplo marcante como profissional foram estímulos
constantes para vencer mais este desafio.
À Profª. Drª. Helena Carasek, co-orientadora desta pesquisa, pelos momentos em que aprendi
bastante no campo técnico, pelos ensinamentos ao longo de toda minha pós-graduação e pela
relação de amizade que desenvolvemos.
Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da UnB,
pelo apoio no decorrer deste trabalho, em especial aos Professores Nepomuceno e Nagato,
pelos ensinamentos transmitidos.
Aos queridíssimos técnicos do Laboratório de Ensaios de Materiais (LEM/UnB), Severino e
Xavier, pelo auxílio inestimável no desenvolvimento deste trabalho
Ao bolsista de iniciação científica Henrique Scholze Neto pela colaboração durante a realização
da parte experimental desta pesquisa.
Aos membros do GEMAT/UnB (Grupo de Estudos Avançados em Materiais de Construção), em
especial ao Getúlio, Patrícia, Carla, Cláudio, Nielsen, Sávio, Sérgio Ítalo, Dirceu, Tilson e Élvio
pelas valiosas discussões além da amizade, companheirismo, ajuda e incentivo.
vii
Ao senhor José Gonçalves, Chefe do Centro de Manutenção de Equipamentos da Universidade
de Brasília (CME/UnB), pela colaboração prestada no desenvolvimento experimental desta tese.
Às empresas ORIGINAL e CERÂMICA BRAÚNAS pela presteza na doação dos blocos de
concreto e cerâmicos utilizados na pesquisa.
Ao CNPq, pelo suporte financeiro em forma de bolsa de estudo.
Ao meu marido Márcio, pelo incentivo, ajuda e compreensão em todas as fases desta empreitada.
A você, minha sincera gratidão.
Aos meus pais, João Lobato e Aurélia, cujas palavras jamais serão suficientemente fortes para
expressar todo amor, orgulho e gratidão. Vocês são meu espelho de vida.
E, principalmente a Deus, eterna fonte de inspiração na busca de tesouros que engrandecem a
alma e nos leva até sua essência.
viii
SUMÁRIO Páginas
Lista de Tabelas xi
Lista de Figuras xiv
Lista de Fotografias xviii
Lista de Símbolos e Abreviações
Resumo
Abstract
xx
xxiii
xxiv
1.0- INTRODUÇÃO 1
1.1- Justificativa e Importância do Tema 1
1.2- Objetivos e Originalidade da Pesquisa 6
1.3- Estruturação da Tese 7
2.0- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9
2.1- Teoria das Ligações Interfaciais – Adesão entre Superfícies 10
2.2- Mecanismos de Transporte e Fixação de Água da Argamassa Fresca para o Substrato Poroso
15
2.3- As Características de Sucção dos Substratos 18
2.4- A Aderência Argamassa/Substrato 26
2.5- Equações Governantes do Fluxo de Água em Materiais Porosos em Meio Não Saturado
30
2.5.1- Equação diferencial que governa o movimento de água em meio não saturado – interação entre a lei de Darcy modificada e a equação da continuidade
32
2.5.1.1- Lei de Darcy 32
2.5.1.2- Equação da Continuidade 37
2.5.1.3- Difusividade Hidráulica 40
3.0- PROGRAMA EXPERIMENTAL 48
3.1- Definição das Variáveis de Estudo 49
3.1.1- Variáveis Independentes 49
3.1.2- Variáveis Dependentes 50
3.2- Descrição do Programa Experimental 53
3.2.1- Estudos-piloto 53
3.2.1.1- Caracterização dos substratos – Taxa inicial de absorção de água livre (IRA), absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) e absortividade
53
ix
3.2.1.2- Padronização da altura e da energia de aplicação das argamassas de revestimento por meio do uso de um dispositivo denominado “caixa-de-queda”
58
3.2.1.3- Instrumentação do conjunto argamassa/substrato por meio do uso de sensores de umidade
62
3.3- Caracterização dos Materiais Empregados 73
3.3.1- Cimento Portland 74
3.3.2- Cal hidratada 75
3.3.3- Agregados 76
3.3.4- Substratos 77
3.4- Metodologia 77
3.4.1- Dosagem das argamassas de revestimento 77
3.4.1.1- Procedimento de dosagem das argamassas de revestimento 79
3.4.1.2- Produção das argamassas no decorrer da pesquisa (aplicação sobre substratos isolados)
85
3.4.1.3- Avaliação das argamassas de revestimento 86
3.4.2- Transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso 96
3.4.3- Determinação da resistência de aderência à tração direta das argamassas 99
3.4.4- Caracterização da microestrutura porosa das argamassas e dos substratos 100
3.4.4.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio 100
3.4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água 101
4.0- APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 104
4.1- IRA, Absorção Total de Água, Absorção de Água (Ao Longo do Tempo) e Absortividade (S) dos Blocos
104
4.1.1- Estruturas de Poros dos Substratos de Blocos Cerâmicos e de Concreto Avaliadas Por Meio de Porosimetria Por Intrusão de Mercurio e Porosimetria Por Dessorção de Vapor de Água
107
4.1.1.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 107
4.1.1.2- Porosimetria por Dessorção de Vapor de Água 108
4.2- Movimentação e Fixação de Água da Argamassa Fresca 110
4.2.1- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em revestimentos de 30 mm
114
4.2.2- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em revestimentos de 50 mm
116
4.3- Estruturas de Poros das Argamassas Avaliadas Por Meio de Porosimetria Por Intrusão de Mercurio e Porosimetria Por Dessorção de Vapor de Água
121
x
4.3.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 121
4.3.2- Porosimetria por Dessorção de Vapor de Água 125
4.3- Resistência de Aderência 127
5.0- DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 129
5.1- Influência das Argamassas (A, B E C) na Movimentação de Água das Argamassas Frescas
129
5.2- Influência da Natureza do Substrato na Movimentação de Água da Argamassa Fresca
137
5.3- Influência da Espessura do Revestimento na Movimentação de Água da Argamassa Fresca
146
5.4- Resistência de Aderência
152
5.5- Contribuição para a Quantificação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa
157
6.0- CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
162
6.1- Conclusões 162
6.2- Considerações Finais 166
6.3- Sugestões para Futuras Pesquisas 168
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
169
APÊNDICE A – Procedimento Realizado para Obtenção do Número de Repetições
185
APÊNDICE B- Resultados Individuais do Monitoramento do Transporte de Água das Argamassas Frescas para os Substratos Porosos
190
APÊNDICE C- Resultados Individuais da Resistência de Aderência das Argamassas de Revestimento Aplicadas Sobre Substratos Cerâmicos e de Concreto
239
xi
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
Tabela 3.1 – Valores de densidade de massa das argamassas frescas aplicadas sobre painéis verticais 61 Tabela 3.2 –Valores médios de densidade de massa das argamassas frescas aplicadas sobre blocos de concreto, com auxílio da caixa-de-queda, em diferentes alturas 61 Tabela 3.3 – Caracterização do cimento Portland CP II-F-32 74 Tabela 3.4 – Caracterização física e química da cal hidratada CH-I 75
Tabela 3.5 – Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento 76 Tabela 3.6 – Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos 77 Tabela 3.7 – Caracterização dos blocos de concreto 77 Tabela 3.8 – Valores das Faixas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 80 Tabela 3.9 – Nomenclatura dada aos agregados utilizados nas argamassas, a partir da definição de suas composições granulométricas 81 Tabela 3.10 – Resultados dos proporcionamentos dos materiais componentes das argamassas (traço) obtidos no estudo de dosagem 83 Tabela 3.11 – Valores médios de resistência de aderência realizados sobre painéis verticais de blocos de concreto – Estudo de Dosagem das argamassas de revestimento 84 Tabela 3.12 – Proporcionamento dos materiais componentes das argamassas (traço) a serem utilizados na pesquisa, obtidos a partir do estudo de dosagem 85
Tabela 3.13 – Denominação fornecida as argamassas utilizadas na pesquisa, a partir da utilização dos agregados A, B e C 85 Tabela 3.14 – Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no estado fresco 96 Tabela 3.15 – Diâmetro do poro suscetível à condensação, em função da umidade relativa para a temperatura de 20ºC (Kjellsen & Atlassi, 1999) 102 Tabela 4.1 – Resultados de IRA, absorção total de água e absortividade dos blocos cerâmico e de concreto, com 45 dias, 6 meses de idade e superior aos 8 meses de idade 104 Tabela 4.2 – Resultados de porosimetria por intrusão de mercúrio dos substratos de blocos cerâmicos e de concreto 108 Tabela 4.3 – Nomenclatura utilizada na apresentação dos resultados das velocidades médias do transporte de água das argamassas para os substratos, nos regimes R1, R2 e R3 114
xii
Tabela 4.4 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 114 Tabela 4.5 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.6 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.7 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.8 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.9 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 116 Tabela 4.10 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 117 Tabela 4.11 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 117 Tabela 4.12– Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 118 Tabela 4.13 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 118 Tabela 4.14 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 119 Tabela 4.15 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 119 Tabela 4.16 – Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato Cerâmico 122 Tabela 4.17 – Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato de concreto 124 Tabela 4.18 – Resultados médios da resistência de aderência, aos 28 dias de idade 127 Tabela 5.1 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico - Camada Próxima à superfície do revestimento – 30mm 130 Tabela 5.2 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico - Camada Próxima à interface argamassa/substrato – 30mm 130 Tabela 5.3 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à superfície do revestimento – 30mm 130 Tabela 5.4 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à interface argamassa/substrato – 30mm 130
xiii
Tabela 5.5 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à superfície do revestimento – 50mm 131 Tabela 5.6 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Intermediária (inf.) ao revestimento – 50mm 131 Tabela 5.7 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próximo à interface argamassa/substrato – 50mm 132 Tabela 5.8 – Variação da natureza do substrato (30mm): Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto. Região da superfície – 30 mm 139 Tabela 5.9 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da interface – 30mm 139 Tabela 5.10 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada da superfície – 50mm 140 Tabela 5.11 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada intermediária – 50mm 141 Tabela 5.12 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada da interface (inf.) – 50mm 141 Tabela 5.13 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da superfície 147 Tabela 5.14 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da interface 148 Tabela 5.15 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico- Região próxima à superfície 148 Tabela 5.16 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico – Região próxima à interface 148 Tabela 5.17 – Análise de variância realizada com os resultados de resistência de aderência: avaliação da influência do bloco, da argamassa e da interação bloco/argamassa 153 Tabela 5.18 – Determinação do valor de z (Helene, 1993) 161
xiv
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
Figura 2.1 – Superfície de um líquido em contato com uma parede sólida. A diferença entre a tensão superficial sólido–vapor (γSV) e a sólido–líquido (γSL) definem o ângulo de contato entre o líquido e o sólido: (a) γSV > γSL e 0º < θ < 90º, diz-se que o líquido molha o sólido; (b) γSV < γSL e 90º < θ < 180º, diz-se que o líquido não molha o sólido; (c) γSV = γSL e θ=90º (Sears & Zemansky, 1978) 12 Figura 2.2 – Umidade acumulada para blocos cerâmicos (Leal, 2003) 25 Figura 2.3 –Umidade acumulada para blocos de concreto (Leal, 2003) 25 Figura 2.4 – Representação esquemática do mecanismo de aderência entre a argamassa de cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996) 27 Figura 2.5 – Transporte de água em uma amostra de material poroso, conforme as condições (a), (b) e (c) definidas anteriormente (Hall, 1989) 32 Figura 2.6 – Movimento variado de água numa coluna de areia uniforme (Prevedello, 1996) 33 Figura 2.7 – Elemento de volume de um meio não saturado no qual ocorrem variações nas componentes da densidade de fluxo (Prevedello, 1996) 38 Figura 2.8 – Condições consideradas para um corpo em meio não saturado devido à ação do potencial capilar (Ψ) 44 Figura 3.1 – Fluxograma de apresentação geral do programa experimental 52 Figura 3.2 – Resultados de absorção de água dos blocos cerâmicos (ao longo do tempo) 56 Figura 3.3 – Resultados de absorção de água dos blocos de concreto (ao longo do tempo) 56 Figura 3.4 – Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para blocos cerâmicos 57 Figura 3.5 – Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para blocos de concreto 57 Figura 3.6 – Esquema dos sensores de umidade desenvolvidos 63 Figura 3.7 – Representação gráfica da relação corrente-umidade observada em um dos sensores testado quanto ao ganho e perda de umidade 65 Figura 3.8 – Avaliação da perda de água, por sucção do substrato, através de retirada de camadas em tempos pré-definidos (argamassa de revestimento com 30 mm de espessura) 66 Figura 3.9 – Monitoramento da perda de água da argamassa por retirada de camadas e pelo uso de sensores de umidade interna 69 Figura 3.10 – Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas e uso de sensores (Bloco cerâmico) 70
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Figura 3.11 – Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas e uso de sensores (Bloco de concreto) 70 Figura 3.12 – Caracterização granulométrica do cimento por meio de granulômetro a laser 74 Figura 3.13 - Caracterização granulométrica da cal por meio de granulômetro a laser 75 Figura 3.14 – Curvas das composições granulométricas dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 76 Figura 3.15 - Caracterização granulométrica das areias por meio de granulômetro a laser 76 Figura 3.16 – Curvas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 80 Figura 3.17 – Curvas das faixas granulométricas dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 81 Figura 3.18 – Relação cal/cimento versus parâmetro “E” 83 Figura 3.19 – Relação água/cimento versus parâmetro “E” 83 Figura 3.20 – Relação observada entre a resistência de aderência e a relação água/cimento 84 Figura 3.21 – Perfis das curvas de retenção de água das argamassas (A, B eC) utilizando o funil de Bücnher modificado 95 Figura 3.22 - Tipos de rupturas obtidas na determinação de resistência de aderência (NBR 13528, 1995) 100 Figura 4.1 – Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico e de concreto, para determinação da absortividade, aos 6 meses de idade (S) 106 Figura 4.2 – Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso de porosimetria por intrusão de mercúrio 108 Figura 4.3 - Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso de porosimetria por dessorção de vapor de água 109 Figura 4.4 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto: revestimento de 30mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas) 110 Figura 4.5 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto: revestimento de 50mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas) 111 Figura 4.6 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico: revestimento de 30mm – Linearização das camadas 112 Figura 4.7– Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico: revestimento de 50mm – Linearização das camadas 113
xvi
Figura 4.8 – Argamassa A - Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 121 Figura 4.9 – Argamassa B - Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 121 Figura 4.10 – Argamassa C – Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 122 Figura 4.11 – Argamassa A - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.12 – Argamassa B - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.13 – Argamassa C - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.14 – Argamassa A - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 125 Figura 4.15 – Argamassa B - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 126 Figura 4.16 – Argamassa C - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 126 Figura 4.15 – Distribuição do tamanho de poros dos substratos – Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 125 Figura 5.1 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato cerâmico. (a) região da superfície. (b) região da interface 129 Figura 5.2 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato de bloco de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 130 Figura 5.3 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 50mm. Substrato de bloco de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 131 Figura 5.4 – Relação entre o teor de cal e a água transportada das argamassas (A, B e C) aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface. (a) Regime 1 (5 minutos). (b) Regime R1 + R2 (60 minutos) 133 Figura 5.5 – Relação entre as massas unitárias das areias e a água transportada das argamassas (A, B e C), aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface, com 60 minutos (R1 + R2) 133 Figura 5.6 – Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região intermediária ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre substrato de concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre substrato cerâmico 135
xvii
Figura 5.7 – Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região da interface ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre substrato de concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre substrato cerâmico 135 Figura 5.8 – Variação da natureza do substrato (30mm): Argamassa C aplicada sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 139 Figura 5.9 – Variação da natureza do substrato (50mm). Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região intermediária. (C) região da interface 140 Figura 5.10 – Espectro de poros dos blocos cerâmicos e de concreto – Porosimetria por dessorção e porosimetria por intrusão de mercúrio 142 Figura 5.11 – Absorção capilar de água (ao longo do tempo) das amostras maciças retiradas dos substratos de concreto e cerâmico 144 Figura 5.12 – Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) de amostras maciças e vazadas retiradas do substrato cerâmico 145 Figura 5.13 – Variação da espessura do revestimento. Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto. (a) Região da superfície do revestimento. (b) camada da interface do revestimento 147 Figura 5.14 – Variação da espessura do revestimento. Argamassa A sobre substrato cerâmico. (a) camada próxima à superfície do revestimento. (b) camada próxima à interface argamassa/substrato 148 Figura 5.15 – Variação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto) sobre a resistência de aderência das argamassas 154 Figura 5.16 – Influência das argamassas (A, B e C) sobre a resistência de aderência dos revestimentos 154 Figura 5.17 – Interação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto) e das argamassas (A, B e C), sobre a resistência de aderência dos revestimentos 155
Figura 5.18 – Influência do tipo de substrato (bloco cerâmico e bloco de concreto) na resistência de aderência dos revestimentos. (a) Substrato cerâmico. (b) Substrato de concreto (R1 + R2) 156 Figura 5.19 – Avaliação da resistência de aderência, nos primeiros 60 minutos, em função da água transportada nas argamassas (A, B e C) 157 Figura 5.20 – Esquema do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o Substrato poroso com o uso de sensores de umidade 158
xviii
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia Página
Fotografia 2.1 – Sucção da água de amassamento da argamassa fresca pelo sistema de poros do bloco de concreto 46 Fotografia 3.1 – Aparato utilizado para a realização do ensaio de IRA e absorção de água ao longo do tempo 54
Fotografia 3.2 – Determinação da massa específica da argamassa sobre painel vertical, auxiliar na definição da altura de queda da argamassa. Na Fotografia vê-se a fixação dos recipientes utilizados na determinação da densidade de massa 59 Fotografia 3.3 – Teste realizado para determinar a altura de lançamento da Argamassa com o auxílio da caixa-de-queda. (a) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 15 cm. (b) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 60 cm. (c) Argamassa lançada sobre o bloco preenchendo inteiramente sua superfície a ser revestida 60 Fotografia 3.4 – Equipamentos utilizados na calibração dos sensores de umidade 64 Fotografia 3.5 – Monitoramento do transporte de água da argamassa. (a) Posicionamento dos sensores. (b) Realização do monitoramento 67
Fotografia 3.6 – Posicionamento dos sensores no suporte de alumínio 68 Fotografia 3.7 – Vista dos sensores posicionados verticalmente após monitoramento do transporte de água da argamassa (argamassa já endurecida) 68 Fotografia 3.8 – Suportes testados para realização do monitoramento do transporte de água da argamassa 71 Fotografia 3.9 – Posicionamento dos sensores – espessura de 30 mm 72 Fotografia 3.10 – Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm 72 Fotografia 3.11 – Argamassadeira utilizada na produção das argamassas 85 Fotografia 3.12 – Determinação do índice de consistência. (a) adensamento executado com soquete. (b) golpes na mesa de ensaio. (c) medição do diâmetro 87 Fotografia 3.13 – Cone de penetração - ensaio de consistência das argamassas 88 Fotografia 3.14 – Aparelho Vane Tester, - para medir tensão limite de escoamento 89 Fotografia 3.15 – Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47:95 91 Fotografia 3.16 – Equipamentos necessários para determinação da retenção de água, segundo a NBR 13277/95 93 Fotografia 3.17 – Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, através do funil de Büchner modificado 94
xix
Fotografia 3.18 – Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm 97 Fotografia 3.19 – Lançamento da argamassa sobre os blocos 98 Fotografia 3.20 – Monitoramento do transporte de água da argamassa 98 Fotografia 3.21 – Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à superfície do revestimento 98 Fotografia 3.22 – Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à interface do revestimento 98 Fotografia 3.23 – Representação esquemática da posição de extração das amostras Das argamassas e dos substratos 101 Fotografia 3.24 – Ensaio de porosimetria de dessorção de vapor d’água. (a) Recipientes de armazenamento das amostras do ensaio. (b) Controle da umidade relativa no interior dos recipientes 102 Fotografia 5.1 – Vista da superfície das argamassas através de lupa com aumento de 50 vezes. (a) Argamassa A . (b) Argamassa B. (c) Argamassa C 136 Fotografia 5.2 – Vista da superfície dos blocos. (a) cerâmico. (b) concreto – Aumento de 40 vezes 138 Fotografia 5.3 – Representação da natureza e geometria dos blocos utilizados na pesquisa. (a) Concreto (39x14x19)cm. (b) cerâmico (38,5x11,5x19)cm 143 Fotografia 5.4 – Amostras do bloco de concreto e do bloco cerâmico, respectivamente - avaliação da absorção capilar de água (ao longo do tempo) 144 Fotografia 5.5 – Amostras de bloco cerâmico. (a) Existência de áreas vazadas (b) amostra maciça 145 Fotografia 5.6 – Adesão inicial insatisfatória. (a) Fissura com início de desplacamento. (b) Desplacamento e escorrimento da argamassa ainda fresca. (c) Material totalmente descolado do substrato 152
xx
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES
SÍMBOLO
OU SIGNIFICADO
ABREVIAÇÃO
A Força adesiva
A1 Área de entrada de água no corpo
AF(x) Quantidade final de água no trecho (x)
AF(y) Quantidade final de água no trecho (y)
AI(x) Quantidade inicial de água no trecho (x)
AI(y) Quantidade inicial de água no trecho (y)
CH-I Cal hidratada tipo I
CP II-F-32 Cimento Portland composto de clínquer + sulfato de cálcio e material carbonático
D Diâmetro da palheta
D(θ 1 ) Difusividade hidráulica
D(C) Difusividade devido ao gradiente de umidade
F Parâmetro Fischer para o teste de significância dos efeitos
FA Relação água/argamassa fresca
Fcal Parâmetro Fischer calculado
Ftab Parâmetro Fischer tabelado
g Aceleração da gravidade
GL Graus de liberdade
H Altura da palheta
h Energia hidráulica da água por unidade de peso
i Volume acumulado de água absorvido por unidade de área
IRA Taxa inicial de absorção de água livre
k Condutividade hidráulica
k e Permeabilidade específica
M soma das massas dos componentes anidros
Mfc Massa do funil cheio e filtro
Mfi Massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção
xxi
Mfv Massa do funil vazio e filtro
MQ Média dos quadrados
Mw Massa total de água utilizada na argamassa
q Densidade de fluxo
R2mod Coeficiente de determinação do modelo
Ra Retenção de água
Rmod. Coeficiente de correlação do modelo
S Absortividade
s Coordenada de posição
SQ Soma dos quadrados
t Tempo
t(FT) Tempo final no trecho avaliado
t(IT) Tempo inicial no trecho avaliado
Tm Torque máximo
V Volume de água na amostra
Vm(T) Velocidade média (entre camadas), no trecho avaliado
VP Volume de pasta
VP/Vva relação entre o volume de pasta e o volume de vazios da areia
Vva Volume de vazios da areia
W a Trabalho de adesão para uma interface entre duas superfícies
x Profundidade de penetração de água no material
z Energia potencial gravitacional
θ Ângulo de contato
θ 1 Umidade
ν1 e ν2 Graus de liberdade do efeito avaliado e do resíduo
∂C/∂t Conteúdo volumétrico de água
dh/ds Gradiente de potencial hidráulico
p/ρg Pressão da água nos meniscos capilares
γ SV Tensão superficial na interface sólido-vapor
γ SL Tensão superficial na interface sólido-líquido
γ LV Tensão superficial na interface líquido-vapor
γ 12 Tensão superficial na interface entre as superfícies 1 e 2
xxii
∆(V ag )/ ∆t Taxa de acumulação de água
η Viscosidade dinâmica do fluído
ρ Massa específica do fluído
τ0 Tensão limite de escoamento ou resistência ao cisalhamento
xxiii
RESUMO
AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA NOS MOMENTOS INICIAIS PÓS-APLICAÇÃO
Autora: Isaura Nazaré Lobato Paes Orientador: Elton Bauer Co-Orientadora: Helena Carasek Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil (UnB) Brasília, novembro de 2004 O presente trabalho avalia experimentalmente o transporte de água na argamassa fresca,
por sucção dos substratos cerâmicos e de concreto, nos momentos iniciais pós-aplicação.
Foram analisados aspectos relacionados à interação da estrutura de poros das argamassas
frescas e dos substratos porosos, em relação à água transportada em diferentes regiões da
camada de revestimento, e a influência desse transporte no desempenho dos revestimentos
nos momentos pós-aplicação. No estado endurecido foi avaliada a propriedade de
resistência de aderência relacionando-se o seu desenvolvimento ao transporte de água
ocorrido entre os materiais (argamassa e substrato). As variáveis experimentais estudadas
foram: 3 argamassas mistas (variação da faixa granulométrica dos agregados); 2 substratos
porosos (blocos cerâmicos e de concreto) e 2 espessuras de revestimento (30 e 50 mm).
Foi constatado o efeito significativo das variáveis empregadas na avaliação do transporte
de água das argamassas para os substratos. Com relação às argamassas percebeu-se a
influência direta do proporcionamento dos materiais, em especial, da granulometria da
areia. O transporte de água foi majorado a partir do uso de areias de granulometria mais
grossa e, principalmente, quando se utiliza revestimento de menor espessura.
A natureza do substrato, por meio de seu maior ou menor poder de sucção da água da
argamassa, bem como de suas características superficiais mostrou-se decisiva no referido
transporte de água. Neste sentido, o substrato de concreto foi o que propiciou,
quantitativamente, maior extração de água da argamassa em virtude de sua rede de poros e
textura superficial mais rugosa. Estas características também foram as que ocasionaram
valores mais elevados de resistência de aderência ao se aplicar as argamassas sobre o
substrato de concreto. Ainda com relação à resistência de aderência foi constatada, por
meio de análise de variância, a influência do tipo de substrato e da argamassa, tanto
individualmente, quanto das interações entre os fatores, ressaltando assim um efeito
sinérgico.
xxiv
ABSTRACT
EVALUATION OF WATER TRANSPORTE IN RENDERING OF MORTAR IN THE EARLY MOMENTS AFTER APPLICATION
Author: Isaura Nazaré Lobato Paes Supervisor: Elton Bauer Co-supervisor: Helena Carasek Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil (UnB) Brasília, november of 2004
The present work evaluates the water transport in the fresh mortar, by suction of the
ceramic substrate and of concrete, in the early moments after application. Aspects related
to the interaction of the pore structure in the fresh mortar and its influence in the rendering
performance were analyzed. The bond strength property of the rendering was studied
relating its evolution with the water transport from mortar to substrate.
The experimental variables used were: 3 mixes of mortars (variation of the grading curve
of the aggregate); 2 porous substrates (ceramic and concrete) and 2 rendering thickness
(30 mm and 50 mm).
It was verified the significant effect of the variables used in the evaluation of the water
transport from mortars to the substrates. Regarding the mortars, the sand grading
influenced, directly, the water transport. The water transport was larger when coarse sands
was used and mainly when smaller rendering thickness was used.
The substrate type (ceramic or concrete) through its larger or smaller power of suction of
water from the mortar, as well as, of their surface characteristics was shown to be decisive
in water transport. In this sense, the concrete substrate was what propitiated, quantitatively,
the largest extraction of water of the mortar due to its pore structure and more wrinkled
surface texture. These characteristics were also the ones that caused highest values of bond
strength when applied the mortars on the concrete substrate. In the evaluation of this
property (bond strength) it was verified, through variance analysis, the influences of the
substrate type and of the mortar, so much individually, as of the interactions between the
factors, which has produced a synergic effect.
1 – INTRODUÇÃO
1.1- JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DO TEMA
Os revestimentos de argamassa são amplamente utilizados nas edificações, tanto
interna como externamente. As funções destes vão desde a proteção à alvenaria,
regularização das superfícies, estanqueidade à água e aos gases, até funções de
natureza estética, uma vez que estes (revestimentos) se constituem no elemento de
acabamento final das vedações.
Apesar do avanço no estudo das argamassas e no desenvolvimento de novos
materiais, em determinadas avaliações ainda é notório o caráter empírico nas
proposições de algumas soluções. Um exemplo claro é a formulação de argamassas
de revestimento que atendam, no estado fresco, dentre outras, condições adequadas
de trabalhabilidade, coesão, retenção de água e tixotropia. Na maioria das vezes
para se chegar a essas, opta-se por soluções empíricas, baseadas na experiência de
oficiais pedreiros, com resultados imprevisíveis e, logicamente, com grandes
possibilidades de desenvolvimento de manifestações patológicas. Fissuração,
pulverulência, desagregação, descolamento, eflorescências e infiltrações de água de
chuva são problemas freqüentemente encontrados. A elevada e constante incidência
dessas e de outras anomalias ocasiona uma série de prejuízos que afetam
diretamente moradores, que têm sua qualidade de vida afetada, e/ou as construtoras
que são obrigadas a realizar reparos não programados e que ainda podem ter a
imagem de sua empresa comprometida.
Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de pesquisas, de cunho científico
e tecnológico, que visem dirimir muitos questionamentos que envolvem os
revestimentos. No âmbito nacional deve-se enfatizar que diversos trabalhos1.1
teóricos e experimentais têm fornecido subsídios para que os revestimentos possam
1.1 Selmo (1989); Kazmierczak (1989); Tristão (1995); Bauer & Carasek (1997 e 1998); Candia (1998); Oliveira (1999); Cortez (1999); Silva (2001); Carneiro (1999); Calhau (2000); Gomes & Neves (2001); Alves (2002); Leal (2003); Santos (2003) e Do Ó (2004).
2
vir a ter desempenho compatível ao esperado. Para tanto, é necessário o
conhecimento dos materiais a serem utilizados e de sua interação, inclusive com o
meio a que o revestimento está exposto. Há uma série de fatores característicos a
esses que, de certo modo, podem ser controlados de maneira a reduzir a incidência
de processos de deterioração dos revestimentos pela ação preventiva.
Neste sentido, cabe ressaltar, que o desempenho mecânico da argamassa endurecida
está intimamente ligado ao transporte de água presente na argamassa fresca pela
sucção do substrato poroso. A resistência de aderência à tração, por exemplo, têm
seus valores mais elevados atribuídos à maior penetração de pasta aglomerante no
interior do substrato (Carasek, 1996; Scartezini, 2002 e Gonçalves, 2004).
A retração da argamassa, fenômeno que muitas vezes provoca fissuração nos
revestimentos, também está diretamente relacionada à perda de água da argamassa
fresca para o substrato poroso. As fissuras podem originar-se por diferentes tensões,
resultantes de movimentos diferenciais que se manifestam quase que de imediato na
interface dos materiais que constituem o revestimento. Obviamente, as tensões
possuem diferentes magnitudes e caso essas superem a resistência de aderência,
existente na interface argamassa/substrato, pode-se comprometer a estanqueidade
dos revestimentos à água e aos gases (Lejeune,1985; Bastos 2001). Groot (1988)
comenta que a perda de água por sucção da base, nos primeiros minutos pode ser de
50 a 60%, da perda de água total, dependendo da combinação substrato/argamassa.
Todos os aspectos mencionados envolvem um processo fundamental, o movimento
de água em materiais porosos cuja concentração de água não é uniforme e
geralmente menor que a saturação. Trata-se, portanto, de problemas de fluxo em
meio poroso não saturado. Esta movimentação de água, por sua vez, depende em
grande parte da estrutura de poros desses materiais. Ressalta-se, porém, que esses
apresentam poros altamente irregulares e tortuosos e, no caso da argamassa,
fortemente indefinidos nos momentos inicias.
3
Apesar do progresso alcançado no estudo dos sistemas de revestimento, muitas
lacunas ainda encontram-se presentes, principalmente, no que tange às pesquisas
voltadas ao entendimento dos mecanismos de transporte de água, principalmente
nas idades iniciais, bem como a concepção de modelos que permitam correlacionar
os parâmetros que caracterizam este fluxo com a estrutura porosa dos materiais.
Em âmbito nacional, o uso de métodos para analisar quantitativamente o transporte
de massa tem sido pouco explorado. Uma referência nesta área é o trabalho de
Sato (1998), que trata da análise da influência da porosidade nas propriedades de
transporte de água, íons cloretos e CO2 em concretos, sendo abordado em maior
profundidade o transporte de água. Em 2001, Sato et al., apresentaram no IV
Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas, uma pesquisa que discute a
influência da porosidade nos processos de fixação e transporte de água em pastas de
gesso, enfatizando mecanismos que podem ser associados aos que ocorrem nos
revestimentos em argamassas.
Silva (1999) realizou um estudo para implementar um programa usando o Método
de Elementos Finitos de modo a permitir simular a penetração de água em corpos-
de-prova de concreto e argamassa a partir dos parâmetros característicos de cada
material usado, sendo estes obtidos experimentalmente.
Ainda no Brasil, vale ressaltar, os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no
Laboratório de Meios Porosos do Departamento de Engenharia Mecânica da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), trabalhos estes voltados
principalmente ao desenvolvimento de técnicas de caracterização da estrutura
porosa por meio da análise de imagens de microscopia e ao estudo de mecanismo de
fixação de umidade em meios porosos (Fernandes, 1990; Yunes, 1992; Souza,
1993; Pieritz, 1994; Magnani, 1994).
Em nível internacional, o interesse pelo tema é mais antigo, sendo a teoria do fluxo
não saturado estudada na área de física dos solos. Philip (1955), até onde se pôde
4
constatar, foi um dos pioneiros neste estudo, com a publicação do artigo The
concept of diffusion applied to soil water.
A teoria de fluxo não saturado passou a ser testada para materiais de construção,
principalmente a partir da década de 70 em trabalhos realizados por Hall (1977,
1981, 1983, 1989, 1994) e Hall e colaboradores (1980, 1982, 1984, 1986),
comprovando a aplicabilidade da teoria. Algumas destas pesquisas têm se destacado
também pela utilização de métodos não destrutivos no estudo da transferência de
umidade na região de cobrimento do concreto, como o método da ressonância
nuclear magnética e da tomografia por raios X. A aplicação destes métodos permite
acompanhar o deslocamento da frente de umidade absorvida por uma superfície
exposta à água. No entanto, os resultados encontrados até o momento nessas
pesquisas ainda não puderam ser generalizados, visto que sua aplicação está restrita
aos materiais e condições de estudo analisadas.
Outros pesquisadores trataram do uso do método de elementos finitos para estudar o
fluxo da água em meio poroso, dentre eles podem ser citados: Neuman (1973) e
Desai (1981). Neuman, por meio de um método denominado “Galerkin Iterativo”,
utilizado para resolver as equações de infiltração transiente em meio poroso não
saturado, desenvolveu um programa que podia ser aplicado a regiões de fluxo não
uniforme, tendo condições de contorno complexas e graus arbitrários de anisotropia
local. Desai, apresentou um método que poderia ser empregado por várias ciências
do conhecimento. Este autor, com o estudo do meio poroso, analisou as leis
constitutivas do movimento, as equações governantes para fluxo saturado, fluxo
parcialmente saturado, fluxo unidirecional, fluxo que não segue a lei de Darcy e as
categorias de infiltração com suas respectivas condições de contorno.
Kalimeres, em sua dissertação de mestrado (1981) e em sua tese de doutorado
(1984) desenvolveu um estudo sobre a aplicabilidade da lei de Darcy e da lei
ampliada de Darcy a materiais de construção porosos. O autor questiona métodos de
5
ensaios, sugere outros e, por fim, aplica o método de elementos finitos para resolver
a equação de fluxo em meio poroso não saturado.
Mais recentemente tem-se o trabalho de McCarter et al. (1992), que consideraram a
absorção de água com cloreto e perceberam que, neste tipo de absorção, após um
período maior - aproximadamente uma semana - ocorre um desvio na velocidade de
penetração, e o ganho de volume de fluido absorvido diminui. Os referidos autores
encontraram uma equação (polinominal) que, segundo eles, melhor representa o
movimento analisado.
Dentre os trabalhos que objetivam correlacionar as propriedades de transporte com
a estrutura dos materiais à base de cimento, podem ser destacados aqueles
realizados no National Institute of Standards and Technology, nos Estados Unidos,
pelo grupo de Edward J. Garboczi (Garboczi, 1990; Bentz & Garboczi, 1991 e1992;
Winslow et al., 1994; Garboczi & Bentz, 1996).
Destacam-se, também, os trabalhos realizados na Inglaterra pela equipe de L. J.
Parrott (Parrott, 1988, 1992 e 1994), dedicada ao estudo de transferência de água na
forma líquida, caracterizando-se por apresentar muitos resultados experimentais de
estudos efetuados em campo, em especial para o concreto.
Pelo exposto e sendo este um tema bastante atual, ainda com muitos
questionamentos no âmbito nacional e mesmo internacional, é que se decidiu pela
realização desta pesquisa, a fim de responder, de forma científica e também
tecnológica, algumas das questões relacionadas à influência da movimentação de
água entre a argamassa fresca e o substrato poroso, nos momentos iniciais, em
revestimentos de argamassa. No caso em questão, o revestimento é composto de
argamassas mistas (cimento, cal e areia) e de substratos de blocos cerâmicos e de
concreto. Ressalta-se que este estudo está inserido na Linha de Pesquisa referente a
Sistemas Construtivos e Desempenho de Materiais e Componentes, do Programa de
Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil da Universidade de Brasília
6
(PECC/UnB), particularmente, no tema “Sistemas de Revestimento, de
Impermeabilização e de Proteção”.
1.2- OBJETIVOS E ORIGINALIDADE DA PESQUISA
O objetivo geral da presente tese consiste na avaliação do transporte de água entre a
argamassa fresca e os substratos porosos nos momentos iniciais pós-aplicação.
Com o entendimento da proposta global do trabalho, são, então, apresentados os
objetivos específicos da pesquisa, conforme dispostos nos tópicos a seguir:
• Avaliar os aspectos que envolvem os mecanismos de transporte entre as
argamassas aplicadas e os substratos porosos por meio da interação da estrutura de
poros dos materiais;
• Definir os fatores, relacionados com o transporte de água entre os materiais, que
exercem influência na aderência. Uma vez constatado efeito significativo desses
fatores, indicar quais características das argamassas e dos substratos melhor
explicam os comportamentos detectados;
• Contribuir na quantificação de parâmetros relevantes que possam ser empregados
em modelações matemáticas que envolvem problemas de fluxo de água em meio
poroso não saturado;
A originalidade do trabalho está calcada na quantificação do transporte de água das
argamassas em diferentes regiões dessas (ao longo do tempo), bem como na forma
desenvolvida para obtenção de tais medidas (desenvolvimento de sensores de
umidade interna). Os dados obtidos nesta pesquisa, como por exemplo, a quantidade
de água transportada para o substrato e, conseqüentemente, a concentração de água
contida no interior da argamassa, é um dos parâmetros macroscópicos fundamentais
na caracterização dos materiais porosos em relação ao movimento de água em seu
interior. Uma previsão mais refinada da movimentação e distribuição de umidade
7
nos materiais permite entender, dentre outros, como se processam os fenômenos da
retração por secagem, da formação de fissuras e da adesão entre os materiais.
1.3- ESTRUTURAÇÃO DA TESE
Este trabalho encontra-se estruturado em seis capítulos, sendo este a introdução que
tem um caráter geral de apresentação do tema, indicando os motivos que levaram à
pesquisa, a importância, as delimitações e os objetivos desta.
O Capítulo 2 compreende uma revisão bibliográfica sobre o tema destacando,
dentre outros assuntos, os mecanismos de transporte e fixação de água da argamassa
fresca para o substrato poroso, as características de sucção dos substratos e sua
inter-relação com o desempenho do revestimento, a aderência argamassa/substrato
e as equações governantes do fluxo de água em materiais porosos em meio não
saturado.
O programa experimental é abordado no Capítulo 3, onde são apresentadas as
variáveis do estudo, os estudos-piloto necessários para o desenvolvimento da
pesquisa, os ensaios de caracterização dos materiais, os procedimentos de ensaios
empregados na avaliação das propriedades das argamassas (no estado fresco) e a
metodologia adotada para obtenção dos perfis de movimentação de água da
argamassa fresca para os substratos porosos.
O Capítulo 4 apresenta os resultados obtidos no programa experimental, sendo
inicialmente mostrados os comportamentos dos substratos quanto à absorção de
água livre. Em seguida, apresentam-se os resultados em forma de gráficos (perfis)
do transporte de água da argamassa fresca, para os substratos porosos (blocos
cerâmicos e de concreto). Posteriormente, têm-se os resultados de resistência de
aderência à tração das argamassas. Finalmente, mostram-se os resultados
relacionados ao espectro de dimensões de poros das argamassas e dos substratos,
8
obtidos por meio de porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por
dessorção de vapor de água.
O Capítulo 5 trata da discussão dos resultados. Neste momento são analisados os
efeitos da variação da espessura do revestimento, das diferentes argamassas, da
natureza e geometria dos blocos e da microestrutura dos materiais, na
movimentação e fixação de água da argamassa e, conseqüentemente, no
desempenho global do revestimento, confrontando os resultados obtidos com outros
disponíveis na literatura.
Finalizando, tem-se o Capítulo 6, onde são tecidas as conclusões da tese, as
considerações finais e as sugestões para futuras pesquisas. Após este capítulo, são
apresentados seqüencialmente, as referências bibliográficas e os anexos.
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A argamassa de revestimento, em especial a aplicada sobre fachadas, sofre de
maneira intensa a ação da perda de água de amassamento pela ação conjunta da
sucção na face de contato com o substrato e dos agentes climáticos, em decorrência
da sua superfície exposta ao ar, muito extensa em relação ao seu volume.
A absorção de água pelo substrato, além de afetar as características de
endurecimento do aglomerante, acelerando-os, condiciona fortemente as
características mecânicas da argamassa endurecida. Logo, toda a avaliação das
potencialidades deste material, quanto à variação de massa, que irá influenciar as
propriedades no estado fresco e endurecido, deve passar não só pela caracterização
do material (argamassa) isoladamente, como também pelo estudo do seu
desempenho, considerando sua aplicação no substrato e a interação com o meio.
Depreende-se, no que diz respeito ao sistema de revestimento em argamassa, que
tão importante quanto as características adesivas da argamassa são as propriedades
e características do substrato. Neste sentido, o estudo da adesão2.1 entre materiais
distintos e porosos, como é o caso da argamassa aderida ao substrato, passa pelo
entendimento do que acontece na superfície dos materiais e na interface gerada
com a união destes. Desta forma, a seguir são discutidos, primeiramente, alguns
tópicos relativos a adesão entre superfícies para, em seguida, abordar os
mecanismos de transporte que influem diretamente na movimentação e fixação de
água da argamassa fresca para o substrato poroso.
2.1 No âmbito da físico-química, a palavra “adesão” é uma maneira clássica de se referir às ligações entre materiais, sem distinção com relação à expressão “aderência” (usado para a argamassa endurecida).
10
2.1- TEORIA DAS LIGAÇÕES INTERFACIAIS - ADESÃO ENTRE
SUPERFÍCIES
A adesão entre dois materiais, por meio de suas superfícies, é um fenômeno
complexo e, possivelmente, formado pela interação de alguns mecanismos atuantes
tanto na interface quanto a pequenas profundidades nos materiais aderidos.
Ao se garantir o contato interfacial íntimo e adequado, são geradas forças
intrínsecas de adesão entre as superfícies (na interface); essas forças devem ser
fortes e estáveis o suficiente para assegurar que essa interface formada não seja o
elo fraco na união dos materiais.
O mecanismo de adesão, e mesmo de separação entre as superfícies, compreende
vários tipos de forças de natureza variada que passam a atuar na interface
adesivo2.2-sólido, a saber: de London e Van der Waals (dispersão e dipolares),
eletrostáticas, estéricas (decorrentes da adsorção de polímeros e detergentes),
ácido-base, coordenativas, covalentes, de capilaridade e de oclusão (ou mecânicas)
(Galembeck, 1995).
Os princípios que regem a adesão são, fundamentalmente, os mesmos para
quaisquer que sejam os materiais utilizados. Em todos os casos o material adesivo é
aplicado, primeiramente, no estado plástico em um material sólido. Após a
aplicação, o material adesivo modifica seu estado quimicamente e, na maioria das
vezes, fisicamente. Alguns como as argamassas de revestimento e assentamento,
endurecem; outros como os polímeros e os elastômeros ficam plásticos ou elásticos
(Addleson, 1992).
2.2 O termo adesivo é usado para designar qualquer agente da aderência, e não exclusivamente para materiais comumente conhecidos ou usados como adesivos.
11
O contato interfacial adequado é primordial para o desenvolvimento da adesão entre
as superfícies a serem unidas; para tanto, deve-se ter um contato molecular íntimo, o
que significa um espalhamento apropriado do adesivo na superfície sólida, sem a
presença de ar e outros contaminantes. Deve-se considerar também: o equilíbrio
higrotérmico, a cinética da molhagem2.3 e a energia superficial livre (Kinloch,
1987).
Um conceito primordial neste contexto é o de “molhabilidade”, que define a
extensão na qual um líquido se espalhará sobre uma superfície sólida. Uma
adequada molhabilidade significa que o líquido fluirá sobre o sólido cobrindo cada
reentrância do mesmo e retirando todo o ar entre eles; a molhagem só ocorrerá se o
líquido (água) tiver uma baixa viscosidade e se a molhagem resultar em um
decréscimo da energia livre do sistema (Sears & Zemansky, 1978; Matthews &
Rawlings, 1994).
A diminuição da tensão superficial existente entre as superfícies dos materiais é
fator preponderante no efeito de molhagem. Esta é causada pela atração das
moléculas desbalanceadas da camada mais externa, por aquelas que se encontram
no interior do material (totalmente circundadas por outras moléculas). Esta situação
gera um desequilíbrio junto às paredes das superfícies e ocasiona o deslocamento
das partículas. A tensão superficial é resultado direto das forças intermoleculares e
interatômicas na superfície de um material e assim, seu valor dependerá do tipo de
ligação e arranjo estrutural dos átomos e moléculas (Jastrzebski, 1977). Vale
lembrar que essa tensão não é uma propriedade exclusiva dos líquidos e que ela é
expressa por energia superficial (Sears & Zemansky, 1978).
Quantitativamente, a tensão superficial é a energia requerida para se aumentar a
superfície de um material levando-se em consideração as forças superficiais
contrárias a esse esforço.
2.3 Molhagem é a capacidade que um material possui de se espalhar pela superfície de um outro material como um filme fino (Brady et al.,1986).
12
A atração entre um líquido e um material sólido pode ser ilustrada na Figura 2.1
pela força adesiva (A); as medidas da tensão superficial líquido–vapor (γLV) e do
ângulo de contato, permitem a realização do cálculo de tal força. As tensões
superficiais atuantes em uma interface de contato e a força adesiva existente,
definem o equilíbrio das partículas no local, bem como a curvatura da superfície do
líquido (Sears & Zemansky, 1978).
Aplicando as condições de equilíbrio ao sistema de forças formado, obtemos:
∑ =−= 0AsenF LVX θγ (2.1)
∑ =θγ−γ−γ= 0cosF LVSLSVY (2.2)
Onde,
θγ senA LV= (2.3)
θγγγ cosLVSLSV =− (2.4)
sendo:
A = força adesiva (din.cm-1);
γSV = tensão superficial na interface sólido–vapor (din.cm-1);
(a) (b) (c)
Figura 2.1 – Superfície de um líquido em contato com uma parede sólida. A diferença entre a tensão superficial sólido–vapor (γSV) e a sólido–líquido (γSL)
definem o ângulo de contato entre o líquido e o sólido: (a) γSV > γSL e 0º < θ < 90º, diz-se que o líquido molha o sólido; (b) γSV < γSL e 90º < θ < 180º, diz-se que o líquido não molha o sólido; (c) γSV = γSL e θ=90º (Sears & Zemansky, 1978).
13
γSL = tensão superficial na interface sólido–líquido (din.cm-1);
γLV = tensão superficial na interface líquido–vapor (din.cm-1);
θ = ângulo de contato (graus).
A energia de ligação interfacial entre sólidos e líquidos, conhecida como trabalho de
adesão, também pode ser calculada pela equação de Dupré e Young (Equação 2.5) a
partir da observação do ângulo de contato formado entre as superfícies dos dois
materiais (Houwink & Salomon apud Carasek, 1996). O ângulo de contato
representa um componente essencial para a ocorrência da molhagem, e define a
facilidade de um líquido em se espalhar sobre um sólido.
)cos1(12 θγ +=aW (2.5)
onde:
Wa = trabalho de adesão para uma interface entre duas superfícies (J.m-2);
γ12 = tensão superficial na interface entre as superfícies 1 e 2 (N.m-1);
θ = ângulo de contato (graus).
O efeito da molhagem acontece quando dois corpos, depois de colocados em
contato, se aproximam o bastante para que as interações entre suas superfícies
ocorram (Hull e Clyne, 1996). A micro-rugosidade do sólido pode mudar o ângulo
de contato do adesivo, e só melhora o efeito da molhagem se o líquido exibir um
baixo ângulo de contato, ou se a superfície for bem rugosa (Kinloch, 1987).
Nos sistemas de revestimento, a adesão entre a argamassa e o substrato, nos
momentos iniciais pós-aplicação, está diretamente relacionada com as
características reológicas2.4 da pasta aglomerante. Neste caso, ao se reduzir a tensão
2.4 O estudo da reologia de um material compreende a análise e o entendimento do seu comportamento tensão-deformação, segundo modelos reológicos consagrados. Reologia é a ciência que estuda a deformação e o escoamento da matéria. Um corpo é dito deformável quando a aplicação de um sistema de forças apropriado altera a sua forma ou sua dimensão e, um corpo é considerado fluido se seu grau de deformação varia continuamente com o tempo (Tanner, 1998 e Souza & Bauer, 2002).
14
superficial da pasta há um favorecimento da molhagem do substrato, pela redução
do ângulo de contato entre as superfícies, acarretando, provavelmente, maior
contato físico da pasta com os grãos do agregado e também com o substrato e,
conseqüentemente, implementando a adesão. Esta diminuição da tensão superficial
da pasta aglomerante pode ser obtida pela adição de cal e pelo uso de aditivos
(Whiteley et al., 1977 e Rosello, 1976).
Outro fenômeno importante, que compreende as ligações interfaciais, é o da adesão
por adsorção2.5. Esta é bastante aplicável a diversos casos de materiais e propõe que
os mesmos irão aderir devido às forças interatômicas e intermoleculares que são
estabelecidas nas superfícies dos adesivos e dos sólidos, após um contato molecular
íntimo (próximos em níveis microscópicos). As moléculas e átomos podem se ligar
de duas maneiras a uma superfície sólida: pela adsorção física com interações de
Van der Waals entre o adsorvato2.6 e o adsorvente; e pela adsorção química, onde
podem ser formadas ligações químicas das mais diversas naturezas, gerando a
quimissorção nas interfaces, por meio das forças primárias como: ligações
covalentes, iônicas ou metálicas – que são mais fortes do que as secundárias
(Atkins, 1999).
Para que a adsorção realmente aconteça, se fazem necessários níveis energéticos
favoráveis nas superfícies do adsorvato e do adsorvente. Por exemplo: as partículas
do adesivo (então adsorvato) devem apresentar um baixo nível energético, para que
possam “molhar” a superfície do sólido (adsorvente). O sólido, por sua vez, deve
apresentar uma superfície com alta energia livre superficial. Além disso, a
resistência desse mecanismo de aderência depende da taxa de ligações (número de
ligações por unidade de área) e do tipo de ligação formada entre o adesivo e o
sólido.
2.5 A adesão por adsorção é um fenômeno físico que ocorre quando uma partícula de um material se deposita na superfície de outro sem que haja interação química (Atkins, 1999). 2.6 A substância que é adsorvida é o adsorvato e o material que adsorve é o adsorvente, ou substrato. (Atkins, 1999)
15
Apesar de se tratarem de observações generalizadas das interações interfaciais,
pode-se levar o mesmo raciocínio para as argamassas e os substratos, aos quais elas
devem aderir. Basta que se pense na argamassa no estado fresco, nos instantes pós-
aplicação, como um líquido que deve molhar o substrato da maneira mais adequada,
espalhando-se ao máximo e proporcionando um melhor contato entre os materiais.
No estado endurecido, continuam acontecendo tais interações entre as superfícies,
apenas se transformando em uma interface sólido/sólido.
2.2- MECANISMOS DE TRANSPORTE E FIXAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA
FRESCA PARA O SUBSTRATO POROSO
Um material poroso é um material onde coexistem dois ou três estados
fundamentais da matéria. Este se particulariza por conter poros preenchidos por
uma fase líquida e/ou gasosa, e uma matriz sólida que define as fronteiras dos
poros. As fases líquida e gasosa são separadas por uma superfície (interface) onde
ocorrem as interações entre estas. Neste caso o meio é chamado de meio poroso
não saturado (Prevedello, 1996).
Existem dois mecanismos de transporte de água em meios porosos. Um deles,
ocorre quando o teor de umidade é muito baixo, não existindo continuidade dos
líquidos no seu interior, neste caso, a umidade em forma de vapor de água se
transfere devido a gradientes de pressão de vapor existentes nos poros. Nesta
situação, a água se move também devido a gradientes de temperatura, sendo o
fluxo de calor e umidade interdependentes (Hall,1977). Com o possível aumento
do teor de umidade do material, passa a existir continuidade do líquido no interior
dos poros e a transferência de umidade passa a ser, predominantemente, em
decorrência da ação de forças capilares agindo sobre a água no estado líquido.
Tanto a difusão do vapor como o transporte de água líquida, são chamados, no que
concerne ao comportamento da umidade em meios porosos, de fenômenos
dinâmicos de migração que se processam segundo as equações governantes do
16
fluxo de água em meio poroso não saturado (Fredlund & Rahardjo, 1993 e
Prevedello, 1996).
Nos momentos pós-aplicação da argamassa fresca sobre o substrato, o mecanismo
que prevalece inicialmente é a absorção capilar. A movimentação de água se
processa logo que a argamassa é colocada em contato com o substrato, cujos
capilares estão total ou parcialmente secos. Os raios médios dos capilares da
argamassa, em geral, são superiores aos dos capilares do substrato, portanto, o
movimento de água se efetua no sentido da argamassa para o substrato. Esta
absorção é acompanhada de um aperto mecânico das partículas sólidas da
argamassa pela ação da depressão dos capilares, que se traduz por uma retração
quase imediata da camada de argamassa pela redução dos poros (Detriché & Maso,
1986).
A absorção capilar, no entanto, é um fenômeno que se processa rapidamente. Após
penetrar por capilaridade até certa profundidade, a água só poderá continuar
penetrando por difusão e não mais por absorção capilar (Ouzit, 1990).
O mecanismo relatado (absorção capilar) se refere ao transporte oriundo do
desequilíbrio de forças devido à sucção capilar, também conhecida como tensão de
sucção, em que a água se desloca no interior do substrato poroso. A continuidade
desse transporte de água, para o interior do substrato, irá depender se esta tensão de
sucção é suficiente para implementar um mecanismo de difusão de água na região já
saturada (interface). Assim, se a difusividade (coeficiente de difusão2.7) for baixa,
em virtude da estrutura de poros dos materiais, o transporte passa a ser controlado
pela difusão e não mais pela absorção capilar.
O coeficiente efetivo de difusão depende da natureza do material por meio do qual
ocorre a difusão e do líquido que difunde, ou melhor, depende da interação de
2.7 O coeficiente de difusão, também chamado de difusividade (D), é obtido a partir de modelagens numéricas que seguem as leis de Fick da difusão (Atkins, 1990).
17
ambos. Por exemplo, se o tamanho médio da molécula que difunde é bem inferior
ao diâmetro do capilar ou, se as dimensões de ambos são compatíveis. Neste
último caso o coeficiente de difusão é menor pois a difusão é retardada pelas
forças de atração de superfície, eletrostáticas e do tipo Van der Waals. A
temperatura também altera substancialmente a difusão.
Com relação à fixação da água da argamassa fresca no substrato poroso, não se
pode deixar de comentar a importância da adsorção física, que atua no mecanismo
de absorção capilar. Por meio desta adsorção, as moléculas adsorvidas de água
mantêm-se fixas à superfície do substrato (adsorvente) por intermédio,
principalmente, das forças de van der Waals. A adsorção física é caracterizada por
um calor de adsorção relativamente baixo (inferior a 10 kcal/mol) devido às fracas
forças de ligação, sendo uma reação exotérmica, isto significa que a adsorção ocorre
com diminuição de energia. Em contrapartida, para que a saída de água ocorra
(dessorção) têm que se fornecer energia ao sistema. A dessorção apresenta uma
reação endotérmica, que tende a aumentar com a elevação da temperatura. Por este
mecanismo, pode-se entender o fato dos revestimentos, sujeitos à ação das chuvas,
umidificar muito mais rapidamente do que secar (Dąbrowski, 2001).
Nas argamassas de revestimento, existe, além do movimento da água em direção ao
substrato, um movimento em direção a superfície externa, produzido pela
evaporação. Quando se está a 100% de umidade relativa, a superfície da água no
capilar é plana e não se produz evaporação. No entanto, quando a pressão de vapor
sobre o líquido é menor que a de saturação, se produz a evaporação e a formação do
menisco (Bastos, 2001).
Os mecanismos de transporte que atuam na adesão da argamassa fresca ao
substrato, não surgem isoladamente, apenas se apresentam em diferentes graus de
participação dependendo do momento em que se analisa o fenômeno em questão. A
combinação entre eles irá variar de um sistema para outro.
18
2.3- AS CARACTERÍSTICAS DE SUCÇÃO DOS SUBSTRATOS
Os substratos podem ser caracterizados, dentre outras, pela porosidade, estrutura e
distribuição dos tamanhos dos poros, pela capacidade de absorção de água e pela
textura superficial de contato, seja ela lisa ou rugosa. Estas características influem
na velocidade e quantidade da água transportada da argamassa fresca para o
substrato e, conseqüentemente, na alteração da microestrutura da argamassa nesta
região de contato.
Dentre os diferentes tipos de substratos sobre os quais são aplicados os
revestimentos, destacam-se principalmente as alvenarias e os elementos estruturais
em concreto (vigas, lajes e pilares). Com relação às alvenarias empregadas que
compõem as vedações verticais, tem-se uma diversidade grande de materiais, sendo
os mais correntemente empregados os blocos cerâmicos, os de concreto, concreto
celular e os sílico-calcário. Cada um destes apresenta características distintas e
peculiares que são fundamentais no desempenho do revestimento. Neste sentido, é
fundamental identificar propriedades e características destes componentes, mais
especificamente, absorção de água e rugosidade superficial, que modelem seu
comportamento com relação às características de desempenho dos revestimentos,
em especial, na adesão (argamassa fresca) e na resistência de aderência (argamassa
endurecida).
O substrato, por meio de sua capacidade de absorção de água, é considerado o
maior responsável pelo transporte de água da argamassa pós-aplicação. Essa
absorção é um mecanismo rápido e de curta duração e influencia no processo de
endurecimento da argamassa e nas características mecânicas dos revestimentos
(Ouzit, 1990).
A resistência de aderência à tração dos revestimentos é uma das propriedades mais
correlacionadas com a taxa inicial de absorção de água, visto que maiores valores
19
de resistência de aderência são, em geral, atribuídos à maior penetração da pasta
aglomerante na estrutura porosa do substrato (Groot, 1993).
Na maioria dos casos em que se estuda a absorção de água dos substratos, em
relação à resistência de aderência da argamassa de revestimento, esta é
normalmente determinada por meio de ensaios elaborados para componentes de
alvenaria. Isto ocorre, devido ao mecanismo básico de aderência e a forma pela qual
os fatores se inter-relacionam serem praticamente os mesmos para as argamassas de
assentamento e revestimento.
A taxa inicial de absorção de água do substrato é avaliada freqüentemente pelo
IRA2.8 (Initial Rate Absortion, ou taxa inicial de absorção de água) determinado por
meio do método de ensaio americano ASTM C-67. O IRA é uma propriedade que
caracteriza a capacidade de absorção inicial dos componentes de alvenaria, bastante
parecido com o IRS2.9 (Initial Rate of Suction) e o Índice de Haller2.10. Para
caracterizar esta propriedade, realizam-se ensaios que, basicamente, consistem em
determinar a massa de água absorvida por sucção capilar pela face do componente
após este ser imerso em uma profundidade padronizada de água (3 mm), durante um
minuto.
A suposta relação entre IRA (e seus similares) e a resistência de aderência é
proveniente de que este parâmetro influi no transporte de água da argamassa para os
blocos e na conseqüente formação dos produtos de hidratação na interface entre
esses dois materiais (argamassa/bloco), influenciando, portanto, na resistência de
aderência (Groot & Larbi, 1999).
2.8 IRA – Initial Rate Absorption – ASTM C-67 – Este ensaio é realizado imergindo-se a face do componente seca em estufa, em uma profundidade de água de 3mm durante 1 minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso em g/cm²/min. 2.9 IRS – Initial Rate of Suction – RILEM LUM A.5 – A face do bloco é imersa durante 1 minuto a uma profundidade de 1 cm (o componente não é seco em estufa). O resultado é expresso em g/m²/min. 2.10 Índice de Haller – NBN B 24-202 – Este ensaio é semelhante ao IRS, sendo no cálculo da área considerado também a área lateral (perímetro do bloco x 1 cm). O resultado é expresso em g/dm²/min.
20
Existem pesquisadores que dizem ser o IRA a propriedade do substrato de maior
influência na resistência de aderência e, em função de seus valores, pode-se
escolher o tipo de argamassa a ser usada no revestimento. Alguns deles, tais como,
Han & Kishitani (1984); Goodwin & West (1988); Mcgiley (1990) e Groot & Larbi
(1999), chegam a apresentar valores de IRA mínimos e máximos, de blocos
cerâmicos, com vistas a uma aderência adequada; sendo estes:
12 a 22 g/200cm²/min; 16 a 24 g/200cm²/min; 5 a 15 g/200cm²/min;
30 a 50 g/200cm²/min, respectivamente. Pelos valores apresentados vê-se que para
um mesmo tipo de bloco (cerâmico), os valores de IRA podem ir de
5 a 50 g/200cm²/min, o que demonstra um “espectro” bastante extenso e diverso
desta característica.
No entanto, outros pesquisadores, como por exemplo, Oppermann & Rubert (1983),
Robinson & Brown (1988), Ioppi et al. (1995), Carasek (1996), Rocha & Oliveira
(1999) e Scartezini (2002), afirmam que não obtiveram um comportamento bem
definido entre a absorção inicial de água dos substratos e a resistência de aderência.
Ribar & Dubovoy (1988), por exemplo, estudando dois tipos distintos de blocos
cerâmicos (porém de mesma natureza), com valores de IRA semelhantes, aplicaram
sobre eles argamassas produzidas com vinte variedades de cimento. Os autores
observaram que as resistências de aderência eram sempre maiores para um mesmo
tipo de bloco, com todos os cimentos testados. Esta constatação contraria a
existência de uma relação entre a taxa de absorção de água e a resistência de
aderência. Este resultado foi atribuído à textura superficial dos blocos cerâmicos
que era, segundo os pesquisadores, significativamente diferente.
Já Scartezini (2002), avaliando a perda de água da argamassa fresca sobre dois tipos
de blocos de natureza distinta (cerâmico e concreto) e com variação na
granulometria da areia, verificou que a taxa de sucção de água dos blocos possui
uma certa relação com a perda de água da argamassa, porém não foi clara a relação
desta com a resistência de aderência.
21
Groot (1993), por meio da análise de perfis de distribuição de água2.11 na seção
bloco/argamassa/bloco, utilizando bloco cerâmico e bloco sílico-calcário, concluiu
que apesar do bloco cerâmico possuir um percentual maior de poros “ativos”,
devido à distribuição de seus tamanhos (avaliado por meio de porosimetria por
intrusão de mercúrio), os blocos sílico-calcários absorveram água da argamassa por
mais tempo, apesar de ambos possuírem o mesmo valor de IRA.
Este tipo de ocorrência pode estar relacionado ao fato do IRA e seus similares não
representarem com fidelidade o comportamento absorvente da umidade frente à
argamassa ao longo do tempo. Esses ensaios não estão relacionados com a
distribuição dos tamanhos dos poros e sim apenas com o conteúdo de poros
capilares2.12 do substrato, sendo o mesmo medido com relação à água livre e não à
água “restringida” na argamassa (Gallegos, 1995). Além disto, por ser o ensaio
determinado em um minuto, tempo bastante limitado, não mede a real capacidade
de absorção de água que, na prática, pode ser mais elevada, uma vez que as forças
capilares podem continuar atuando durante um período maior.
Outro fato levantado em diversas pesquisas, tais como, Boynton & Gutschik (1964);
Copeland & Saxer (1964); Détriche et al. (1983); Han & Kishitani (1984) e
Détriche & Maso (1986), é de que a absorção excessiva de água das argamassas,
exercida pelos componentes de alvenaria com elevados valores de IRA, prejudica a
cura dos aglomerantes hidráulicos, que é o caso do cimento, afetando fortemente o
transporte de água da argamassa e a velocidade das reações químicas de hidratação
dos componentes anidros do aglomerante. Como conseqüência deste fato, há uma
diminuição da resistência de aderência, uma vez que, a quantidade de água
removida e a que ficou na argamassa possui um efeito significativo nas
propriedades do revestimento endurecido, pois o aglomerante desempenhará o seu
papel em função do conteúdo de água após a sucção (Groot, 1988). 2.11 Os perfis de distribuição de água foram obtidos com o uso da técnica de transmissão de nêutrons. Esta, consiste no direcionamento de um feixe de nêutrons sobre o material, medindo-se a quantidade que se espalha e a que é absorvida pelos átomos do material analisado (Groot, 1993). 2.12 Micro poro – diâmetro < 0,1µm; poro capilar – 0,1µm ≤ diâmetro ≤ 20 µm; macro poro – diâmetro > 20 µm (CEB, 1993).
22
Neste sentido, Groot (1993) posteriormente determinou em seus experimentos o
conteúdo de água quimicamente combinada para vários tipos de argamassas e
blocos obtendo resultados diferentes dos mencionados. Este verificou que pelo teor
de água quimicamente combinada evidenciou-se um alto grau de hidratação do
cimento. Esta mesma conclusão foi obtida por Brocken et al. (1998), após estudo da
influência do pré-molhamento do substrato na retirada de água da argamassa
(utilizando técnicas de ressonância magnética), por meio da análise de perfis de
distribuição de água do sistema bloco (cerâmico e sílico-calcário)/argamassa. Estes
autores também não constataram diferenças no grau de hidratação do cimento ao
longo da espessura da argamassa, apesar do bloco cerâmico ter apresentado valores
de IRA bem mais elevados do que o bloco sílico-calcário.
Ainda com relação ao comprometimento da hidratação do cimento pela sucção
excessiva da água da argamassa por parte de alguns tipos de substratos, cabe
lembrar, que a quantidade de água nas argamassas frescas é bem superior ao
necessário para que ocorra a completa hidratação do cimento, uma vez que este
excesso é necessário para que a argamassa seja trabalhável. Logo, se expõe a idéia
de que é pouco provável que a argamassa perca água de tal forma – salvo em
situações extremas - que provoque condições críticas de modo a prejudicar a
hidratação do aglomerante. O que pode ocorrer, é que como a velocidade de
absorção de água é variável com o tempo, sendo máxima no início do contato da
argamassa com o substrato, se este tiver elevada capacidade de absorção de água,
aliado a condições ambientais desfavoráveis, podem vir a ocorrer, nas primeiras
horas, microfissuras na interface devido à retração plástica que, por sua vez,
diminuem a aderência (Lawrence & Cao, 1987).
Este tipo de situação pode ser minimizado por meio de algum tipo de tratamento
superficial do substrato, cujo objetivo é regularizar a absorção de água ou aumentar
a rugosidade superficial. Como exemplos de tratamentos podem ser citados a
aplicação de chapisco e o pré-umedecimento (realizado mediante a aspersão de água
por meio de broxa). Este procedimento - pré-umedecimento - deve ser empregado
23
com muita cautela, pois uma “molhagem” exagerada pode reduzir excessivamente a
absorção do substrato e, conseqüentemente, reduzir a “avidez” do material pela
água da argamassa, o que prejudica a ancoragem mecânica devido à falta de
penetração de produtos de hidratação dos aglomerantes no interior dos poros. Além
disto, pode ocorrer um prejuízo na aplicação, tendo em vista a baixa adesão inicial
propiciada pela argamassa (Carasek et al., 2001).
Pelo que foi exposto, vê-se que não há um consenso entre os pesquisadores com
relação ao IRA ser o melhor método de caracterização dos blocos que permita
correlacionar, diretamente, o transporte de água argamassa fresca/substrato poroso
com as características de desempenho do revestimento. A verdade, é que a
movimentação da “água restringida” contida na argamassa fresca para o substrato, é
bem mais complexa do que quando comparada com a “água livre”, que é a
característica determinada no ensaio de IRA.
A absorção de água livre não é impedida por vários tipos de forças que trabalham
em uma argamassa, sendo estas: forças capilares, adsorção física pelos componentes
da argamassa e, em fase posterior, a ligação química da água devido à evolução na
hidratação do cimento. Este, possivelmente, pode ser um dos motivos que levam a
resultados divergentes em pesquisas que tentam correlacionar parâmetros de
desempenho do revestimento, onde o substrato está em contato com a água contida
na argamassa, com as características que os materiais apresentam, separadamente,
em presença de água livre.
Assim, têm-se buscado novas formas de avaliar os substratos de forma a enfocar
principalmente as características da estrutura de poros dos materiais pois se sabe
que estas são determinantes no fluxo de água da argamassa para o substrato, em
especial, nos momentos pós-aplicação. Deste modo, um outro parâmetro para
descrever o comportamento da absorção de água livre de tijolos e outros materiais
de construção foi proposto por Hall et al. (1980), denominado por eles de
“sorptivity” e que, neste trabalho, será designado como absortividade. Esta é
24
calculada por meio da Equação 2.2, proveniente de simplificações da equação
modificada de Darcy para fluxo de água em meio não saturado.
i = S. t1/2 (2.2)
onde:
i = volume acumulado de água absorvido por unidade de área da face de entrada do
fluxo (mm³/mm²);
S = absortividade (mm.min-1/2); e
t = tempo (min).
Na prática, a determinação da absortividade é realizada experimentalmente a partir
de simples pesagens e construindo-se uma curva obtida da declividade da reta
traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico i x t1/2, onde i é a razão entre a
massa acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo, que, para
intervalos de tempo curtos, em relação ao período necessário para a saturação dos
corpos-de-prova, é uma reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o
coeficiente angular desta reta. A absortividade também pode ser vista como uma
grandeza que avalia indiretamente a velocidade do fluxo de água para o interior da
microestrutura nos instantes iniciais, ou seja, enquanto a reta apresenta linearidade.
A título de exemplo, as Figura 2.2 e 2.3 mostram como o comportamento das curvas
de absorção capilar de água (ao longo do tempo), das quais são retirados os valores
de absortividade.
25
ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS CERÂMICOS
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
0 2 4 6 8 10 12 [t(mim)]¹/²
UM
IDA
DE
AC
UM
ULA
DA
(%)
SEM CHAPISCOCOM CHAPISCOCHAPISCO INDUSTRIALIZADO XPCHAPISCO MODIFICADO RD 10%CHAPISCO MODIFICADO RD 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%
Figura 2.2- Umidade acumulada para blocos cerâmicos (Leal, 2003).
ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS DE CONCRETO
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
7,00%
8,00%
0 2 4 6 8 10 12
[t(mim)]¹/²
UM
IDA
DE
AC
UM
ULA
DA
(%)
SEM CHAPISCOCHAPISCO COMUMINDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%
Figura 2.3- Umidade acumulada para blocos de concreto (Leal, 2003).
A pesquisa em questão, analisa diferentes tipos de tratamento de base, aplicados
sobre substratos cerâmicos e de concreto (Leal, 2003). Percebe-se que, dependendo
da natureza do substrato utilizado, apesar de terem sido aplicados os mesmos tipos
de tratamentos, a absorção capilar de água (ao longo do tempo) e,
26
conseqüentemente, a absortividade, pode apresentar resultados totalmente
diferentes.
Ainda com relação a absortividade, Murray (1983) tentou estabelecer correlações
entre esta e a resistência de aderência. O autor determinou o coeficiente de
absortividade (S) de 18 tipos de blocos cerâmicos e 2 tipos de blocos
sílico-calcários, entre o intervalo de tempo t1/2 = 2 min1/2 e t1/2 = 12 min1/2. O valor
médio desses coeficientes variou entre 0,20 e 1,75 mm/min1/2 para os blocos
cerâmicos e 0,35 e 0,56 para os sílico-calcários. Dos 20 tipos de tijolos tratados ele
selecionou quatro para utilizar como substrato de revestimentos de argamassa, os
quais foram ensaiados quanto à resistência de aderência. Os resultados mostraram
que, para os quatro traços de argamassa estudados, os blocos que possuíam os
maiores valores médios do coeficiente S apresentavam também as maiores
resistências de aderência. Segundo o autor, baixas velocidades de absorção, ou seja,
valores de S inferiores a 0,5 mm/min1/2, produzem baixas resistências de aderência.
Na pesquisa anterior, vê-se que somente o valor absoluto da característica em
questão (absortividade) foi analisado. No entanto, acredita-se, que além deste
deva-se levar em consideração o comportamento de toda a curva de absorção
capilar de água do bloco uma vez que esta permite observar o comportamento
desses componentes na presença de água livre, mostrando peculiaridades entre
blocos de diferentes tipos.
2.4- A ADERÊNCIA ARGAMASSA/SUBSTRATO
A aderência entre a argamassa e o substrato é um fenômeno essencialmente
mecânico devido à penetração da pasta aglomerante (ou da própria argamassa) nos
poros ou entre as rugosidades do substrato pela precipitação dos produtos de
hidratação do(s) aglomerante(s) exercendo ação de ancoragem da argamassa ao
substrato (Carasek, 1996). Apesar da predominância do efeito de travamento
mecânico, existe uma parcela da aderência, possivelmente inferior a 10% do total,
27
oriunda de ligações polares covalente entre os átomos do cimento e do substrato
(Kampf, 1963). Addleson, em 1992, também admite existir essa parcela da
aderência oriunda da atração entre as superfícies, porém, não sendo significativa.
Na prática, segundo esse autor, é muito difícil avaliar qual parcela da aderência é
mecânica e qual se deve à atração superficial.
Com relação à parcela mecânica, de acordo com Carasek (1996) a aderência decorre
do intertravamento principalmente da etringita (um dos produtos de hidratação do
cimento) no interior dos poros do substrato, conforme apresentado no modelo da
Figura 2.4.
Figura 2.4- Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de
cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996).
Esse aumento local da concentração de etringita surge quando, ao se misturar o
cimento Portland com água, a gipsita empregada como reguladora de pega do
cimento dissolve e libera íons sulfato e cálcio; estes íons são os primeiros a entrar
em solução, seguidos dos íons aluminato e cálcio provenientes da dissolução do
C3A (aluminato tricálcico) do cimento. Devido ao efeito de sucção ou absorção
capilar causado pelo substrato poroso, tais íons em solução são transportados para
regiões mais internas do substrato formando no interior dos poros o
trissulfoaluminato de cálcio hidratado, também denominado de etringita. Em virtude
do processo mais rápido de dissolução dos SO42-, AlO4
-, Ca2+ e de precipitação de
28
etringita, este produto preenche prioritariamente os poros capilares, o que explica
sua maior abundância na zona de contato argamassa/substrato e em poros
superficiais da base. Com menos espaço para a precipitação, outros produtos de
hidratação do cimento, como o C-S-H (silicato tricálcico) por exemplo, ou mesmo
produtos posteriores da carbonatação da cal como a calcita, aparecem em menor
quantidade (Carasek et al., 2001).
A aderência no sistema argamassa/substrato não é resultado de um mecanismo
simples, mas sim de uma conjunção de efeitos com graus de importância variados.
A aderência mecânica resulta da conjunção de três propriedades da interface
argamassa/substrato atuantes no sistema:
• a resistência de aderência à tração, devido aos esforços normais gerados na
utilização de um sistema de revestimento;
• a resistência de aderência ao cisalhamento, pelos esforços verticais e tangenciais
ao revestimento, gerados com a atuação da gravidade no revestimento aderido ao
substrato; e
• a extensão de aderência, que evidencia a possível existência de falhas de contato
como espaços vazios na interface.
Várias modificações ocorrem na argamassa aplicada ao substrato desde os
momentos iniciais, pós-aplicação, até se ter o desenvolvimento adequado da
aderência. Diferentes são as variáveis que atuam a cada momento, bem como são
dinâmicas as interações que ocorrem na argamassa e no substrato. Em se tratando
da relação de aderência nos sistemas de revestimento em argamassa, é possível se
diferenciar todo o processo de desenvolvimento da propriedade em três fases
complementares: adesão inicial, adesão e aderência.
A adesão inicial, também denominada de “pegajosidade”, está diretamente ligada
às características reológicas da pasta aglomerante, sendo a responsabilidade pela
adesão física ao substrato atribuída à baixa tensão superficial da pasta (Rosello,
29
1976). Esta propriedade é que permite a argamassa permanecer aderida ao substrato
momentaneamente após a aplicação; podendo, também, ser resultante das forças de
dispersão2.13 entre a argamassa fresca e o substrato (Santos, 2003).
Na execução dos revestimentos em obras, é comum se notar a ocorrência de falhas
nesta fase, levando ao desplacamentos e/ou escorrimentos da argamassa recém-
lançada (primeiros 5 minutos). A forma como ocorre essa adesão inicial depende
tanto das características de trabalhabilidade da argamassa, quanto das características
de porosidade e rugosidade da base além, de um tratamento prévio que aumente a
superfície de contato entre os materiais. A redução da tensão superficial da pasta
aglomerante, conforme comentado, favorece a molhagem do substrato, resultando
na redução do ângulo de contato entre as superfícies e, conseqüentemente,
melhorando a adesão inicial.
Na adesão, o transporte intenso de água da argamassa caracteriza esta propriedade e
ocorre durante o período de tempo no qual a argamassa está à espera do
sarrafeamento. A operação de sarrafeamento exige que a argamassa já tenha perdido
uma quantidade razoável de água, indicando uma diminuição nítida de plasticidade
e aumento da consistência desta (modificação nas características reológicas do
sistema). A partir deste momento se tem à aderência propriamente dita.
A aderência, por conseguinte, é a etapa subseqüente à adesão, que culmina com o
enrijecimento completo da argamassa. Nesse momento, o mecanismo de
intertravamento mecânico passa a ser determinante para esta propriedade. É ela
(aderência), que possibilita ao revestimento, por meio da interface
argamassa/substrato, absorver e resistir a esforços normais e tangenciais (Selmo,
1989 e Carasek, 1996).
2.13 As forças de dispersão também chamadas de forças de London, são resultantes da interação entre dipolos elétricos existentes em cada molécula submetidas a um processo de reorientação contínua, devido ao movimento incessante dos elétrons ao redor do núcleo atômico (Galembeck, 1985).
30
O processo de aderência, é acompanhado por outro fator também preponderante
para o desempenho do revestimento, a extensão de aderência. Esta corresponde à
razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida entre a
argamassa e o substrato poroso. Essa característica da interface entre os materiais
aderidos se mostra importante no efetivo desenvolvimento de uma aderência mais
resistente e duradoura, sendo dependente, dentre outros, da trabalhabilidade da
argamassa fresca, das características próprias da porosidade e/ou rugosidade do
substrato e do preparo de base.
É importante ressaltar que a utilização de argamassas com características
compatíveis com as do substrato, nem sempre proporcionam uma aderência
adequada, pela interferência da mão-de-obra, que influência principalmente a
extensão de aderência. Se a pressão (“aperto”) exercida pelo oficial pedreiro, na
hora de comprimir a argamassa de revestimento ao substrato, não for
suficientemente forte a ponto de ocasionar um contato íntimo da argamassa sobre o
substrato, pode gerar falhas de contato na interface entre os dois materiais.
Provavelmente, a existência dessas falhas de contato seja uma das causas
primordiais da variabilidade da resistência de aderência à tração dos revestimentos
ser elevada, apresentando coeficientes da ordem de 50%, em obra, conforme dados
de Gonçalves (2004), em virtude da argamassa estar aderida “pontualmente” ao
substrato.
2.5-EQUAÇÕES GOVERNANTES DO FLUXO DE ÁGUA EM MATERIAIS
POROSOS EM MEIO NÃO SATURADO
Na teoria de fluxo não saturado, a água é absorvida em um sólido poroso
espontaneamente devido a esta diminuir sua energia potencial. A água dentro deste
sólido redistribui-se naturalmente a fim de alcançar um potencial energético mais
baixo, predominantemente, pela ação de forças capilares (Hall, 1977). Ainda
segundo Hall (1977): “O ar que ocupa os poros do material é parcialmente
deslocado pela água absorvida e, naquelas superfícies que não são imersas, ocorre
31
evaporação. Por último, se estabelece um balanço entre a perda por evaporação e a
absorção de água. Assim, o fluxo e esta distribuição de água dentro do material se
tornam estáveis ou tendem ao equilíbrio. A evaporação acarreta resfriamento nas
superfícies externas e, como resultado, ocorre fluxo de calor dentro do material. O
desenvolvimento de gradiente de temperatura modifica o fluxo de água. Sais
solúveis dentro do material são progressivamente dissolvidos e redepositados na
superfície como conseqüência da evaporação”.
A descrição da movimentação de água, conforme anteriormente exposta, pode ser
satisfatória para o entendimento de como o fenômeno de sucção da água da
argamassa fresca para o substrato poroso se processa. Porém, há uma carência com
relação ao aspecto quantitativo desta movimentação, muitas vezes ocasionada pela
própria dificuldade do meio poroso estudado. No entanto, a busca desta
quantificação é importante para que se possa ter o conhecimento da concentração
de água e de seu fluxo em diferentes pontos do componente avaliado.
Para problemas de fluxo em meio poroso não saturado, a avaliação quantitativa,
vem sendo gradativamente explorada por meio de modelações numéricas e
experimentais, em especial para o concreto (Dullien, 1992; Reinhardt, 1992; Sato,
1998). Algumas simplificações ao modelo de fluxo em meio não saturado são
adotadas para o estudo do referido fenômeno, tais como: a desconsideração da
evaporação na superfície, o fenômeno térmico e os efeitos do gradiente de
concentração de sais solúveis sobre o modelo de fluxo total. As aproximações
quantitativas obtêm, geralmente, fluxos médios por meio de planos cujas
dimensões são bem maiores do que as dimensões dos poros.
O transporte de massa, em materiais de construção, ocorre com mais freqüência
quando expostos à água no estado líquido segundo três condições, a saber (Hall,
1989):
32
a) Fluxo de massa horizontal, com o transporte de água independente da ação
da gravidade;
b) Fluxo de massa vertical, com o transporte de água total resultante da adição
das forças gravitacional e capilar;
c) Fluxo de massa vertical, com transporte de água total resultante da ação das
forças gravitacional e capilar, porém, com os efeitos da absorção capilar e
da gravidade em sentidos opostos.
A Figura 2.5 ilustra as condições anteriormente mencionadas:
Figura 2.5- Transporte de água em uma amostra de material poroso, conforme as condições (a), (b) e (c) definidas anteriormente (Hall, 1989).
Segundo Hall (1989), para a grande maioria dos materiais de construção nas suas
condições usuais de aplicação, a influência da força gravitacional nas taxas de
umidade transportada é pequena, não se observando diferenças significativas na
absorção de água medida nas situações (a), (b) ou (c).
2.5.1- Equação diferencial que governa o movimento de água em meio não saturado –
interação entre a lei de Darcy modificada e a equação da continuidade
2.5.1.1- Lei de Darcy
O conhecimento do estado de energia da água num meio poroso é muito importante,
pois permite saber se o líquido se encontra em equilíbrio ou movendo-se segundo
determinada direção. São informações necessárias, muito úteis, mas não suficientes.
É preciso também saber quantificar esse movimento. Para tanto, como exemplo
(a) (b) (c)
33
mais simples pode-se considerar o movimento que se estabelece num tubo cheio de
areia uniforme que comunica dois depósitos de água. Sejam a e b dois tubos
piezômetros como mostra a Figura 2.6.
Figura 2.6- Movimento variado de água em uma coluna de areia uniforme
(Prevedello, 1996). Comprovou-se que o nível de água em cada tubo alcança a reta que une os níveis de
ambos os depósitos, podendo-se definir um gradiente hidráulico i = ∆h/l. Tal como
se apresenta a Figura 2.6, o movimento é variável e, com o tempo, os níveis de água
nos depósitos tendem a se igualar. Todavia, se os níveis dos dois depósitos são
mantidos fixos, mediante um dreno no segundo e uma alimentação igual no
primeiro, então o movimento de água, será permanente e comprova-se que a
densidade de fluxo, isto é, o volume de água que passa por unidade de área da
coluna e por unidade de tempo, é proporcional ao gradiente i, ou seja,
lh
Atvq ∆
α== (2.5)
onde: q = velocidade de fluxo (m/s);
v = volume (m3);
A = área (m²);
t = tempo (s);
α = símbolo de proporcionalidade;
∆h/l = gradiente hidráulico (m/m).
34
Substituindo o símbolo de proporcionalidade por uma constante de proporcionalidade (k) fica,
lhk
Atvq ∆== (2.6)
Procedimento análogo a esse foi primeiramente realizado no ano de 1856, por
Henry Darcy, um engenheiro hidráulico francês, quando estudou a filtragem de
água por meios porosos para fins de abastecimento, em Dijon (França).
A Equação 2.6 é conhecida como Lei de Darcy, que escrita na forma diferencial fica:
dsdhk
AtVq −== (2.7)
onde: q = densidade de fluxo (m/s);
k = condutividade hidráulica (a constante de proporcionalidade entre a densidade de
fluxo e o gradiente hidráulico) (m/s);
dh/ds = gradiente de potencial hidráulico (a força) responsável pelo movimento do
líquido no meio poroso (m/m);
h = energia da água por unidade de peso (ou potencial hidráulico) (m);
s = coordenada de posição (m).
O sinal negativo da Equação 2.7 é para indicar que o sentido do movimento é
contrário ao do gradiente de potencial hidráulico.
Estabelecendo-se um sistema ortogonal de eixos de referência x, y, z, as
coordenadas de q, segundo os mesmos, são:
xhkq xx ∂∂
−= (2.8)
yhkq yy ∂∂
−= (2.9)
35
zhkq zz ∂∂
−= (2.10)
O valor da condutividade hidráulica (k) é constante para cada meio e para cada
fluido sob mesmas condições. Não é fácil relacionar o valor k com as características
do meio poroso. Na condutividade influem, além da natureza do material, a massa
específica e a viscosidade do fluido, as quais, por sua vez, são função da
temperatura e pressão. Um coeficiente ke é usualmente empregado para denotar as
influências do meio na condutividade hidráulica, por meio da seguinte expressão:
ηρ
=gkk e (2.11)
onde: k = condutividade hidráulica (m/s);
ke = permeabilidade específica (ou intrínseca, ou geométrica) (m²);
ρ = massa específica do fluído (kg/m³);
η = viscosidade dinâmica do fluido (kg/m.s);
g = aceleração da gravidade (m/s²).
No intervalo entre 283K e 303K (10ºC e 30ºC), a variação de ρg é da ordem de
0,03%/ºC, de modo que pouco influi no valor da condutividade hidráulica. Por outro
lado, a variação de η pode chegar a 4%/ºC, o que já é importante; uma variação de
temperatura de 5ºC na água pode, portanto, levar a uma variação, no mesmo
sentido, de 20% no valor da condutividade.
Em condições de não saturação, a primeira modificação na equação de Darcy
envolve o reconhecimento de que os poros ocupados por ar reduzem a área efetiva
ao fluxo, aumentando a tortuosidade do fluxo remanescente. Assim, a condutividade
hidráulica em meios porosos não saturados é menor do que nos saturados e
dependente do conteúdo de água ou da pressão da água nos meniscos dos poros.
36
Argumentos desse tipo foram primeiramente considerados por Buckingham, em
1907, com base na analogia com fluxos de calor e eletricidade, sem fazer menção à
equação de Darcy. O referido autor chamou a atenção para o fato de que o
movimento de água em qualquer meio não saturado é dependente de sua
condutividade e das forças envolvida com a secagem do meio (Prevedello, 1996).
Buckingham, chegou a propor uma equação para quantificar a densidade de fluxo
em tal condição (meio não saturado), todavia considerando somente o gradiente de
tensão nos capilares, sem fazer menção à componente gravitacional (z). Ao que
parece, isso só foi corrigido alguns anos mais tarde, por Gardner & Widtsoe (1921)
citado por Fredlund & Rahardjo (1993), de tal forma que se pode escrever esta
equação da densidade de fluxo em meio não saturado como:
dsdh)(kq θ−= (s = coordenada qualquer de posição, x,y ou z) (2.12)
onde: q (m/s) é a densidade de fluxo, ou seja, o volume de água por unidade de área e de
tempo;
k (m/s) é a condutividade hidráulica, que em meio não saturado é uma função da
umidade (θ) ou da pressão da água nos meniscos capilares (p/ρg); e
dh/ds (m/m) é o gradiente do potencial hidráulico, sendo h= z+ (p/ρg), onde:
z é a energia potencial gravitacional e (p/ρg) a energia potencial de pressão.
A Equação 2.12, atualmente, é chamada de equação de Buckingham-Darcy, em
reconhecimento a ambos, visto que a equação de Darcy é um caso particular da
(2.12). Se na (2.12) a umidade for a de saturação, ela se transforma na equação de
Darcy.
A grandeza vetorial da densidade de fluxo não saturado no espaço tridimensional
também pode ser decomposta nas suas projeções x, y e z (negativo), ou seja:
37
qx = -kx (θ)x
)g/p()(kxh
x ∂ρ∂
θ−=∂∂ (2.13)
qy = -ky (θ)y
)g/p()(kyh
y ∂ρ∂
θ−=∂∂ (2.14)
qz = -kz (θ)z
)g/p()(kzh
z ∂ρ∂
θ−=∂∂ (2.15)
2.5.1.2- Equação da continuidade
Há continuidade da massa líquida num volume ∆V de material, cuja área da base é
∆x∆y, conforme esquematizado na Figura 2.7, onde se considera que todas as
componentes do fluxo sofrem variações ao longo de suas direções, dentro do
elemento de volume. O significado geométrico da variação da densidade de fluxo qx
para qx + (∂qx/∂x)∆x está indicado na figura. O coeficiente diferencial ∂qx / ∂x é a
inclinação da curva qx em função de x, no ponto A; no ponto C esse fluxo aumentou
de qx para qx+BC, onde BC é aproximadamente (∂qx/∂x)∆x. É evidente que BC
tende a se igualar a (∂qx/∂x)∆x quando ∆x se aproxima de zero.
Com isso, o volume de água por unidade de tempo que entra perpendicularmente
pela face ∆y∆z (devido à densidade de fluxo na direção x) é a qx∆y∆z e o que sai
pela face oposta é [qx+(∂qx/∂x)∆x]∆y∆z. Dessa forma, o volume de água por
unidade de tempo acumulado no elemento de volume, devido à densidade de fluxo
na direção x, é:
(entrada – saída)x = qx∆y∆z – [qx + (∂qx/∂x)∆x ]∆y∆z = - (∂qx/∂x)∆V (2.16)
38
Figura 2.7- Elemento de volume de um meio não saturado no qual ocorrem variações nas
componentes da densidade de fluxo (Prevedello, 1996). Analogamente, para as direções y e z pode-se escrever, respectivamente: (entrada – saída)y = (∂qy/∂y)∆V (2.17)
(entrada – saída)z = (∂qz/∂z)∆V (2.18)
Assim, a taxa de acumulação de água ∆(Vag)/ ∆t no elemento de volume de material é:
Vz
qy
qx
qt
)V( zyxag ∆⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂∂
+∂
∂+
∂∂
−=∆
∆ (2.19)
Mas, desde que o volume de água (Vag) no volume de solo ∆V pode ser dado por
θ∆V, e desde que a taxa de acumulação de água ∆(Vag)/ ∆t é, no limite, quando ∆t
se aproxima de zero e ∆θ/∆t se aproxima de ∂θ/∂t, dada por:
[ ]t
VVtt
)Vag(∂θ∂
∆=∆θ∂∂
=∆
∆ (2.20)
então a taxa de acumulação de água por unidade de tempo no elemento de volume
pode ser escrita como:
∆x
39
Vz
qy
qx
qt
v zyx ∆⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂∂
+∂
∂+
∂∂
−=∂θ∂
∆ ou (2.21)
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂∂
+∂
∂+
∂∂
−=∂θ∂
zq
yq
xq
tzyx (2.22)
que é conhecida como equação da continuidade ou equação da conservação da matéria. Se as componentes da densidade de fluxo nas direções x e y são constantes, então ∂qx/∂x=∂qy/∂y=0 (isto é, a densidade de fluxo ocorre somente na direção z), e a equação da continuidade (Equação 2.22) simplifica-se em:
zzq
t ∂∂
−=∂θ∂ (2.23)
a qual se interpreta dizendo que se num instante t e profundidade z do meio houver
uma variação na densidade de fluxo com respeito à direção vertical então,
necessariamente, nessa profundidade, deve estar havendo uma variação da umidade
com o tempo e que essas taxas de variação são numericamente iguais. O sinal
negativo indica que a variação da umidade com o tempo é inversa à variação da
densidade de fluxo com a profundidade, isto é, se a densidade de fluxo decresce
com a profundidade, então a variação de umidade com o tempo é positiva,
indicando acumulação de água e, negativa em caso contrário, indicando perda de
água.
Agora, se na equação da continuidade as densidades de fluxo qx, qy e qz forem
substituídas pela equação de Buckingham-Darcy para as respectivas direções
(Equações 2.13, 2.14 e 2.15) obtém-se:
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂∂
θ∂∂
+⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂∂
θ∂∂
+⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂∂
θ∂∂
=∂θ∂
zh)(k
zyh)(k
yxh)(k
xt zyx (2.24)
que é a equação diferencial geral que governa o movimento de água em meio não
saturado, em regime transiente, também conhecida como equação de Richards.
40
Lembrando que a energia hidráulica (h) é a soma da componente gravitacional (z) e
da energia potencial de pressão (pressão de água nos meniscos dos poros), então a
Equação 2.24 pode ser escrita como:
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂ρ∂
θ∂∂
+⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂ρ∂
θ∂∂
+⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂ρ∂
θ∂∂
=∂θ∂
z)g/p()(k
zy)g/p()(k
yx)g/p()(k
xt zyx (2.25)
Observa-se nas Equações 2.24 e 2.25, que a variável independente θ (umidade)
varia com o tempo e com as coordenadas de posição. Com isso, a condutividade
hidráulica não pode ser explicitada de nenhuma dessas equações, visto que na
saturação ela é função da umidade (θ) ou da pressão de água nos meniscos dos
poros (p/ρg), não se tratando, portanto, de uma constante, mesmo em meio
isotrópico [Kx(θ)=Ky(θ)=Kz(θ)].
2.5.1.3- Difusividade hidráulica
Para definir esta propriedade hidráulica, inicia-se por expressar o fato de que a
pressão de água nos meniscos dos poros (p/ρg) é uma função da umidade (θ), da
posição (x, y, z) e do tempo (t), ou seja:
p/ρg = p/ρg [θ (x, y, z, t)] (2.26)
Se p/ρg em função de θ, e θ em função das respectivas coordenadas de posição,
para t constante, são contínuas e deriváveis, então a (2.26) pode ser expandida pela
regra da cadeia. A regra da cadeia do cálculo diferencial, diz: Se y = y(x) (lê-se y é
função de x) e x = x(w), ou seja, Y = y [x(w)], então:
dwdx
dxdy
dwdy
= (2.27)
41
Esse resultado será tanto mais exato quanto mais dx, dy e dw se aproximam de zero.
Assim, para t = constante, derivando ambos os membros da (2.26), com relação à
x, y, e z, obtém-se, respectivamente:
xd
)g/p(dx
)g/p(∂θ∂
θρ
=∂ρ∂ (2.28)
yd
)g/p(dy
)g/p(∂θ∂
θρ
=∂ρ∂ (2.29)
zd
)g/p(dz
)g/p(∂θ∂
θρ
=∂ρ∂ (2.30)
Substituindo as equações (2.28), (2.29) e (2.30) na Equação (2.25) e admitindo-se o meio como isotrópico [Kx(θ)=Ky(θ)=Kz(θ)], resulta:
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ +
∂θ∂
θρ
θ∂∂
+⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂θ∂
θρ
θ∂∂
+⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂θ∂
θρ
θ∂∂
=∂θ∂ 1
zd)g/p(d)(k
zyd)g/p(d)(k
yxd)g/p(d)(k
xt (2.31)
Definindo-se o produto θρ
θd
)g/p(d)(k como difusividade hidráulica, simbolizada por
D(θ), ou seja:
c1)(k
d)g/p(d)(k)(D θ=
θρ
θ=θ sendo c*)g/p(d
)(dρθ
= (2.32)
Então a (2.31) , escrita em termos dessa função, fica:
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ θ+
∂θ∂
θ∂∂
+⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡∂θ∂
θ∂∂
+⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂θ∂
θ∂∂
=∂θ∂ )(k
z)(D
zy)(D
yx)(D
xt (2.33)
Comparando a Equação 2.33 e a equação da continuidade (2.22), resultam as
seguintes igualdades:
42
x
)(Dq x ∂θ∂
θ−= (2.34)
y
)(Dq y ∂θ∂
θ−= (2.35)
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡ θ+
∂θ∂
θ−= )(kz
)(Dq z (2.36)
A função D(θ), como definida pela (2.32), foi originalmente proposta por
Buckingham, em 1907, embora sem dar nome a ela. Posteriormente, essa função
recebeu o nome difusividade hidráulica, por Childs & Coliis-George, em 1948
(Fredlund & Rahardjo, 1993). Provavelmente, a mais simples interpretação dessa
função é encontrada nas equações (2.34) e (2.35) que dizem que a difusividade
hidráulica é uma medida da densidade de fluxo sobre um gradiente de umidade.
Este fato indica que a função D(θ) tem um significado físico. No entanto, ela deve
ser utilizada com critérios. Ou seja, quando se define a difusividade hidráulica como
um fator de proporcionalidade entre a densidade de fluxo e o gradiente de umidade,
tacitamente fica assumido que o meio é homogêneo, e isso torna evidente que o
principal interesse em se introduzir a difusividade hidráulica na teoria do
movimento de água em meio não saturado é para facilitar a resolução de problemas
próprios dos meios hidraulicamente homogêneos, ou seja, daqueles que satisfazem
as igualdades das equações (2.28), (2.29) e (2.30), conforme a direção do fluxo
(Prevedello, 1996 e Fredlung e Rahardjo, 1993)
A Equação 2.33 deve ser interpretada como a equação diferencial geral que governa
o movimento de água em meio não saturados, hidraulicamente homogêneos, em
regime de fluxo transiente. Se a densidade de fluxo for considerada somente na
direção x, como no caso dos blocos que absorvem água (pasta aglomerante) da
argamassa fresca (desprezando-se a gravidade), então a (2.33) fica:
⎥⎦⎤
⎢⎣⎡
∂θ∂
θ∂∂
=∂θ∂
x)(D
xt (2.37)
43
Ou ainda, como normalmente é apresentada nos estudos voltados para materiais de
construção:
xC)C(D
xtC
∂∂
∂∂
=∂∂ (2.38)
onde: ∂C/∂t = conteúdo volumétrico de água (m³/m³);
t = tempo (s);
x = profundidade de penetração de água no material (m);
D(C) = difusividade devido ao gradiente de umidade (m²/s).
Do ponto de vista experimental, os dados coletados com relação à difusividade
(D(C)) são incipientes (Hall, 1980; Groot, 1993; Sato, 1998). Os dados
apresentados na literatura com relação à difusividade hidráulica foram obtidos por
meio do uso de técnicas de radiação pelo método de dispersão de nêutrons ou por
meio da técnica de imagem por ressonância magnética nuclear, técnicas estas não
destrutivas e que permitem a determinação de uma série de perfis do mesmo
corpo-de-prova. A dificuldade do uso destas técnicas reside no fato de ser
necessário uma infraestrutura laboratorial específica e de custo elevado (Sato,
1998).
A equação básica de fluxo não saturado (2.38) é uma equação diferencial
parabólica não linear. Geralmente não se pode obter uma solução geral analítica
para tal tipo de equação. Conseqüentemente, buscam-se soluções numéricas para
transformar a equação não linear em uma equivalente linear (procedimentos
iterativos).
A solução normalmente utilizada no estudo de materiais de construção (Hall, 1989 e
Hall, 1993), oriunda da modelação de penetração de água em solos (transporte
difusional), considera que um corpo, com concentração inicial Co, é colocado em
contato com água, de forma que a superfície da interface corpo/líquido fica com
teor de umidade igual à de saturação, conforme esquema da Figura 2.8.
44
Figura 2.8- Condições consideradas para um corpo em meio não saturado devido à ação do
potencial capilar (Ψ) (Hall, 1994).
Na Figura 2.8, uma das faces do material inicialmente com conteúdo de líquido C0 é
exposto à água que é transportada para o interior do material devido às forças
capilares, que atuam em função do contato entre os poros do material e a fase
líquida. Na interface material/líquido (x=0), a concentração de umidade é Cs,
correspondente ao teor de umidade do material na saturação.
Ou seja:
C = Cs, em x = 0, para t ≥ 0; C = C0, em x > 0, t = 0
A seguir aplica-se a transformada de Boltzmann: ϕ = x . t-1/2 (2.39)
na Equação 2.38, reduzindo-a a uma equação diferencial ordinária, somente em função de ϕ:
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ϕϕ
=⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛ϕ
ϕ−⇒
ϕϕ
ϕϕ
=ϕ
ϕ ddC)C(D
dd
ddC
2dxd
ddC
dxd
d)C(dD
dtd
ddC (2.40)
Sujeita as seguintes condições de contorno:
C = Cs, quando ϕ = 0; C = C0, quando ϕ → ∞.
A Equação 2.40 é resolvida utilizando-se métodos numéricos e determina-se o perfil
de concentração de água no material (C) em função de ϕ. Os trabalhos realizados
nesta linha caracterizam o comportamento dos materiais determinando a quantidade
45
de água total que é transportada para dentro do corpo-de-prova. Com base nesses
resultados, determina-se o volume de água na amostra (V), em um determinado
instante, dividido pela área de entrada de água no corpo (A), que pode ser expresso
por (Gummerson et al, 1980):
V/A = ∫ ∫=
=L
0
LCx
CsdC).C(xdx).x(C (2.41)
que no espaço transformado pode ser expresso por:
V/A = ∫∫==ϕ=κ
LCx
Cs
2/1LCx
Cs
2/1 dC).C(tdC.t).C( (2.42)
A integral ∫=ϕ
LCx
CsdC).C( é definida como sendo a “absortividade (S)” do material.
Os modelos teóricos aplicados ao transporte de umidade necessitam de dados
experimentais que, no caso em questão, são de complexa determinação devido ao
espaço poroso do meio existente. Um exemplo deste fato pode ser dado pelo que
foi exposto por Hall (1989), onde este autor comenta que: “embora a absortividade
caracterize de modo satisfatório o comportamento de materiais cerâmicos, nos
materiais à base de cimento observou-se que a absorção de água não se processa
em função de t1/2, conforme a teoria de absorção capilar pura, mas mostrou outras
relações de dependência na forma de tα, com α compreendido entre 0,25 e 0,5”.
Este comportamento foi explicado como sendo devido às modificações do estado
poroso em função do desenvolvimento da hidratação que ocorrem com a penetração
de água e do fenômeno da lixiviação (quando o material é exposto a um meio
agressivo). Neste sentido, enquanto a hidratação contribui para a diminuição das
dimensões dos poros da matriz cimentícia, diminuindo a absortividade de água; a
lixiviação deveria aumentar as dimensões dos poros, fazendo com que eles se
tornassem maiores e, possivelmente, mais conectados, provocando um aumento da
absortividade. Entretanto, a influência destes fatores na absortividade ainda não foi,
segundo a mesma referência, devidamente quantificada. Neste sentido, constata-se a
46
necessidade de estudos relacionados ao transporte de água em componentes das
edificações, no caso específico, revestimentos em argamassa, que se encontram em
meio não saturado.
Cabe destacar que as equações matemáticas apresentadas para modelar o fluxo de
água em meio não saturado precisem, possivelmente, para o fenômeno estudado na
presente pesquisa de doutorado, de ajustes em suas formulações, visto que, estas
equações representam, por exemplo, o caso de um revestimento de fachada exposto
à ação de intempéries (água da chuva). Esta tese, entretanto, avalia a argamassa
inicialmente fresca que representa, nos instantes iniciais, um sistema de poros
saturados de água, cujo raio médio é variável com o tempo, conforme vá se
processando a sucção desta água pelo substrato e por evaporação para o meio
ambiente. Com o passar do tempo, a argamassa transforma-se, no entanto, de um
sistema de poros saturados em um sistema de poros não saturados. Já o substrato,
representa, primeiramente, um sistema de poros não saturados, que em contato com
a água da argamassa fresca, na região de contato (interface), acaba por se tornar um
sistema de poros saturados, conforme mostrado na Fotografia 2.1.
Fotografia 2.1- Sucção da água de amassamento da argamassa fresca pelo sistema de poros do bloco de concreto (Gonçalves, 2004).
Posteriormente, ambos (argamassa e substrato) acabam por se tornar um meio
poroso não saturado, conforme a água da argamassa seja “consumida” na hidratação
dos compostos do cimento. Tais modificações na estrutura porosa desses materiais
Região da interface argamassa/substrato – poros
do substrato inicialmente saturados pela absorção da
água da argamassa.
47
podem não ser representadas fielmente pelo modelamento matemático exposto.
Neste sentido, surge a necessidade de se buscar, efetivamente, o entendimento de
como o fenômeno em questão se processa (ao longo do tempo), com base não
somente na argamassa ou no substrato, mas na interação de ambos. A obtenção de
dados experimentais cada vez mais refinados, também é altamente relevante para a
implementação de modelos matemáticos e computacionais.
3- PROGRAMA EXPERIMENTAL
O programa experimental desta pesquisa foi elaborado com o objetivo de verificar a
influência da estrutura de poros dos diferentes materiais componentes do sistema de
revestimento – composto por argamassas mistas (cimento, cal e areia) e de
substratos de concreto e cerâmico - no transporte e fixação de água, nas idades
iniciais pós-aplicação. Desta forma, por meio dos experimentos, buscou-se
estabelecer o grau de influência dos fatores intervenientes para os diferentes
materiais utilizados nos revestimentos. Assim, primeiramente selecionou-se as
variáveis independentes e seus campos de variação e em seguida foram definidas as
variáveis dependentes necessárias.
Para atingir os objetivos foram realizados monitoramentos do transporte de água das
argamassas frescas, por sucção dos substratos, por meio do uso de sensores de
umidade posicionados internamente à camada de revestimento. Em estágio
posterior, já com as argamassas endurecidas, foram realizadas análises da
distribuição do tamanho de poros do sistema de revestimento (argamassas e
substratos) por meio das técnicas de porosimetria por intrusão de mercúrio e
porosimetria por dessorção de vapor de água. Como avaliação complementar foi
apreciada a propriedade de resistência de aderência à tração dos revestimentos,
sobre blocos isolados.
No planejamento dos experimentos foi necessária a realização de alguns
estudos-piloto para criação e ajuste da instrumentação necessária à determinação
dos perfis de transporte de água das argamassas para os substratos, bem como de
dispositivos para caracterização dos materiais utilizados. Ao fim destes
estudos-piloto utilizou-se de método estatístico para definição da amostragem a ser
empregada nos experimentos. Com relação aos resultados de resistência de
aderência dos revestimentos foi realizada uma análise de variância, visando uma
melhor interpretação desta propriedade. A seguir estão expostas as características do
programa experimental, inclusive as dos estudos-piloto, com o intuito de fornecer
uma visão detalhada dos experimentos.
49
3.1- DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ESTUDO
As variáveis independentes ou fixas, bem como as variáveis dependentes ou
aleatórias estabelecidas na avaliação experimental são descritas a seguir.
3.1.1- Variáveis independentes
Visando atingir os objetivos do trabalho, as seguintes variáveis independentes
foram arbitradas no experimento, a saber: natureza dos substratos, composição das
argamassas e espessura da camada de revestimento, conforme detalhado a seguir.
• Tipo (natureza) dos substratos:
• Bloco cerâmico;
• Bloco de concreto.
Estes substratos foram selecionados por sua natureza distinta e, conseqüentemente,
a variação também de sua porosidade. Desta forma o tipo de substrato,
provavelmente, viria a influenciar de forma distinta o transporte de água das
argamassas frescas por sucção dos substratos.
• Argamassas:
• 3 argamassas mistas.
Optou-se pela utilização de argamassas mistas em decorrência dessas serem
bastante utilizadas no Brasil, em especial na região onde esta pesquisa foi realizada.
Além disto, haveria maiores possibilidades de controle das características dessas
argamassas em função da escolha dos materiais a serem utilizados em suas
dosagens. Neste sentido, a variação na granulometria dos agregados utilizados nas
argamassas leva a diferentes graus de empacotamento (compacidade) o que,
possivelmente, influenciará no transporte de água destas argamassas frescas para os
substratos porosos. As argamassas foram avaliadas quanto à aplicabilidade e
50
trabalhabilidade de forma que essas realmente apresentassem características de
argamassas de revestimento.
• Espessuras do revestimento:
• 30 mm; e • 50 mm.
A espessura de 30 mm é a máxima espessura permitida por norma (NBR 13749/95)
para revestimento externo com a utilização em camada única. Essa espessura
(30 mm) foi dentre as menores possíveis de serem utilizadas nesta pesquisa, a que
melhor se adequou a utilização dos sensores de umidade posicionados internamente
as camadas dos revestimentos. Já a espessura de 50 mm foi utilizada por ser
usualmente observada na execução dos revestimentos e ainda por, possivelmente,
causar variações expressivas com relação à movimentação de água das argamassas
frescas para os substratos porosos, em comparação à espessura de 30 mm.
3.1.2- Variáveis dependentes:
As variáveis dependentes estão relacionadas com os métodos de avaliação do
transporte de água da argamassa fresca adotados para o experimento, conforme
pode ser visto a seguir.
• Substratos:
• características de absorção de água livre: taxa inicial de absorção de água
(IRA), absorção capilar ao longo do tempo, absortividade e absorção por
imersão;
• Argamassas no estado fresco:
• características: consistência, resistência ao cisalhamento, retenção de
água, ar incorporado, densidade de massa.
51
Argamassas frescas aplicadas sobre os substratos:
• perfis de movimentação de água da argamassa fresca para os substratos;
• água transportada para o interior do substrato;
• concentração de água no interior das argamassas.
• Revestimento endurecido:
• distribuição dos tamanhos de poros das argamassas endurecidas e dos
substratos;
• resistência de aderência argamassa/substrato.
Um resumo da disposição geral do experimento, considerando as variáveis
independentes e dependentes está apresentado no organograma da Figura 3.1.
Tem-se, assim, uma visão global do estudo.
52
Figura 3.1- Fluxograma de apresentação geral do programa experimental.
50 mm
Concentração de água na argamassa
A
Caracterização dos Substratos quanto a Absorção de Água Livre
PROGRAMA EXPERIMENTAL
VARIÁVEIS INDEPENDENTES
Argamassas Substratos Espessuras
Concreto B C Cerâmico 30 mm
VARIÁVEIS DEPENDENTES
Caracterização das Argamassas no Estado Fresco
Taxa inicial de absorção (IRA)
Absorção ao longo do tempo
Absortividade
Absorção por imersão
Consistência
Resistência ao cisalhamento
Retenção de água
Ar incorporado
Densidade de massa
Argamassas Frescas aplicadas sobre os substratos Porosos
Revestimento Endurecido
Perfis do transporte de água
Água transportada
Distribuição dos tamanhos de poros das argamassas e dos substratos
Resistência de aderência argamassa/substrato
53
3.2- DESCRIÇÃO DO PROGRAMA EXPERIMENTAL
3.2.1- Estudos-piloto
Os objetivos dos estudos-piloto ativeram-se ao desenvolvimento de instrumentação
necessária para a determinação dos perfis de movimentação de água, como também
de dispositivos que facilitassem a padronização de tal determinação e da
caracterização dos materiais utilizados, conforme visto a seguir.
3.2.1.1- Caracterização dos substratos – taxa inicial de absorção de água livre
(IRA), Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) e absortividade
Nesta pesquisa utilizou-se blocos para alvenaria, sendo estes: bloco cerâmico e
bloco de concreto. Estes blocos foram escolhidos por suas características distintas
com relação às suas estruturas de poros e textura superficial, além de serem os tipos
mais empregados nas obras correntes. Por análise visual, o bloco cerâmico
apresenta estrutura de poros de diâmetros menores e superfície mais densa,
compacta e lisa. O bloco de concreto, por sua vez, apresenta poros maiores e maior
rugosidade superficial. Estas características, muito provavelmente, são
determinantes no transporte de água da argamassa para o substrato e, por
conseguinte, no desenvolvimento da adesão inicial da argamassa e da resistência de
aderência do revestimento.
A caracterização dos substratos, com relação a sua capacidade de absorção de água,
foi realizada individualmente para cada um dos componentes, ou seja, bloco a
bloco. A partir dos resultados obtidos, estes foram separados em lotes e, após esta
etapa, definiu-se as faixas de absorção de água que seriam empregadas, uma para o
bloco cerâmico e outra para o bloco de concreto.
54
Os ensaios realizados na caracterização dos componentes foram: o IRA (Initial Rate
Absorption), método de ensaio da ASTM C – 67, ou taxa inicial de absorção de
água; a absorção de água livre ao longo do tempo e a absorção total de água.
Os ensaios de IRA e absorção de água ao longo do tempo foram realizados com o
auxílio de um dispositivo que permitiu manter sempre constante a pequena lâmina
de água (3,2mm) na qual a face do bloco ensaiada deve permanecer em contato. No
caso específico, a face do bloco ensaiada foi a mesma que seria revestida. A
Fotografia 3.1 ilustra a realização deste ensaio.
Fotografia 3.1- Aparato utilizado para a realização do ensaio de IRA
e absorção de água ao longo do tempo.
Na determinação do IRA realizou-se a seguinte seqüência:
• numeração dos blocos;
• secagem dos blocos em estufa a 100±5ºC, até constância de massa
(aproximadamente 24 horas);
• posterior determinação, após esfriamento, de sua massa seca (ms);
• imersão da face a revestir, durante 1 minuto, em lâmina de água de 3,2 mm de
profundidade;
• determinação da massa do bloco úmido (mu); e
• cálculo do IRA, por meio da Equação 3.1.
55
IRA (g/194cm²/min) = ²)cm(A
)g(ms)g(mu − x 194 (3.1)
onde: IRA = Taxa inicial de absorção de água livre (g/194cm²/min);
mu = massa úmida (g);
ms = massa seca (g);
A = Área do bloco em contato com a lâmina de água (cm²).
Imediatamente após os procedimentos para a determinação do IRA, deu-se
seguimento ao ensaio, de forma a se obter a absorção capilar de água livre dos
blocos (ao longo do tempo) e sua absortividade (S).
Os tempos adotados no ensaio de absorção de água livre dos blocos, ao longo do
tempo, foram oriundos de um pré-estudo o qual mostrou que nos primeiros 30
minutos os blocos absorvem uma parcela expressiva de água. Sendo assim, nos
instantes iniciais, as medidas de ganho de massa de água, pelos blocos, foram
realizadas em intervalos de tempo menores, espaçando-se tais medidas após este
tempo crítico. Esta determinação foi realizada nos seguintes intervalos de tempo,
em minutos: 1(IRA), 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 50, 65, 80, 95, 110, 135, 210, 300,
1440 (24 horas), 2880 (saturado). Após a saturação os blocos foram novamente
secos em estufa. Com os resultados, foi traçado um perfil da evolução da absorção
de água em função da raiz quadrada do tempo. A partir deste, pôde-se observar o
comportamento diferenciado dos dois tipos de blocos utilizados e calcular suas
absortividades (S), por meio da Equação 3.2 (reprodução da Equação 2.2).
i = S . t1/2 (3.2)
onde:
i = volume de água absorvida por unidade de área (mm³/mm²);
S = coeficiente de absorção de água, “absortividade” (mm.min-1/2); e
t = tempo (min).
56
As Figuras 3.2 e 3.3 mostram o comportamento dos dois substratos (bloco cerâmico
e bloco de concreto), com relação à absorção de água ao longo do tempo.
Absorção de Água - Bloco Cerâmico
0123456789
10
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)1/2
Teor
de
Umid
ade
(%)
Figura 3.2- Resultados de absorção de água dos blocos cerâmicos (ao longo do tempo).
Absorção de Água - Bloco de Concreto
0123456789
10
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)1/2
Teor
de
Umid
ade
(%)
Figura 3.3- Resultados de absorção de água dos blocos de concreto (ao longo do tempo).
Vê-se que o bloco de concreto apresenta uma variabilidade bem maior do que a
apresentada pelo bloco cerâmico, com relação às características avaliadas (IRA e
absorção de água, ao longo do tempo). No entanto, esses mostram uma tendência à
estabilização, com o passar o tempo, conforme destacado na Figura 3.3. Destaca-se,
que os blocos de concreto utilizados foram escolhidos a partir desta tendência de
Tendência à estabilização.
57
estabilização (curva característica). Com estes resultados, plotou-se uma curva
média de absorção de água para o bloco cerâmico e outra para o bloco de concreto.
A partir dessas, os demais blocos escolhidos não poderiam exceder a um desvio
superior ou inferior a 0,5% da curva média. Por meio deste critério, foram
separados lotes de blocos cerâmicos (70 unidades) e de concreto (70 unidades), com
suas respectivas faixas de absorção de água, (uma para cada tipo de bloco),
conforme mostrado nas Figuras 3.4 e 3.5.
Perfil de Absorção de Água - Bloco Cerâmico
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)1/2
Teor
de
umid
ade
(%)
Figura 3.4- Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para
blocos cerâmicos.
Perfil de Absorção de Água - Bloco de Concreto
01
23
456
78
910
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (min)1/2
Teor
de
umid
ade
(%)
Figura 3.5- Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para
blocos de concreto.
58
3.2.1.2- Padronização da altura e da energia de aplicação das argamassas de
revestimento por meio do uso de um dispositivo denominado “caixa-de-queda”
No planejamento dos experimentos fez-se necessário adotar alguns critérios básicos
para a execução dos revestimentos (conjunto substrato/argamassa), visando
controlar as variáveis auxiliares. Essas variáveis são aquelas que, apesar de não
serem as principais em estudo, devem ser consideradas e controladas por também
exercerem efeitos importantes. Desta forma, foram fixadas algumas condições
relacionadas com a aplicação das argamassas de revestimentos.
Para minimizar o efeito da variável mão-de-obra, a qual não faz parte do escopo da
pesquisa, idealizou-se um dispositivo para a aplicação da argamassa, onde o
pedreiro não tivesse interferência no processo, este dispositivo foi desenvolvido a
partir de estudos realizados por Carasek (1996), que desenvolveu uma “caixa de
queda”, da qual a argamassa de revestimento foi lançada de uma altura padrão, em
queda livre, mantendo-se fixa a energia de impacto da chegada da argamassa ao
substrato. O substrato colocado sob essa caixa, com a face a revestir na horizontal e
voltada para cima, recebeu a argamassa sob impacto. Após a queda da argamassa de
revestimento, esta foi regularizada superficialmente sem aplicação de esforço por
meio de sarrafeamento.
Na presente pesquisa, a altura de lançamento da argamassa foi avaliada a partir de
ensaios baseados na determinação da densidade de massa das argamassas de
revestimento, de modo a verificar se os valores obtidos com a utilização da
caixa-de-queda eram compatíveis com os normalmente observados quando da
aplicação convencional do revestimento (em obra). Estes testes foram realizados em
duas situações distintas. Na primeira, aplicou-se a argamassa sobre painéis verticais,
simulando uma situação real (situação de referência). O objetivo, neste caso, era ter
a informação aproximada do valor da energia imposta na execução da argamassa de
revestimento, por um oficial pedreiro e que serviria de parâmetro de comparação
para a segunda situação. Nesta última, a densidade de massa foi determinada por
59
meio do lançamento da argamassa, sobre blocos de concreto em diferentes alturas,
com o uso do dispositivo denominado caixa-de-queda. De posse destes resultados,
se determinou, por meio da comparação entre as densidades de massa obtidas nas
duas situações a altura em que as argamassas seriam lançadas em todo o decorrer da
pesquisa. A seguir é descrita a metodologia adotada para tal determinação.
Na realização dos testes, algumas adaptações foram realizadas com relação ao
ensaio de densidade de massa. Primeiramente, foram confeccionados alguns
recipientes cilíndricos vazados de PVC com diâmetro de 47mm e altura de 22 mm.
Estes recipientes foram fixados em um painel vertical de dimensões (2,0x1,60)m,
conforme mostrado na Fotografia 3.2.
Fotografia 3.2- Determinação da massa específica da argamassa sobre painel vertical
(200x150) cm, auxiliar na definição da altura de queda da argamassa. Na Fotografia vê-se a fixação dos recipientes utilizados na determinação da densidade de massa.
Posteriormente, um profissional experiente aplicou (chapou) as argamassas testadas
(mistas, de traço 1:1:6 e 1:2:9, cimento, cal e areia, em volume) - perfazendo um
total de 24 aplicações - sobre os painéis. Após um tempo de 30 minutos, retirou-se o
excesso de argamassa contida acima dos níveis dos recipientes (sem que esta
sofresse “aperto”), removeu-se as amostras e efetuou-se a pesagem destas. Foram
estão calculadas as densidades de massa das argamassas, quando da aplicação em
painéis verticais. Esta operação teve por objetivo, simular a determinação desta
60
propriedade (densidade de massa), em condições de aplicação da argamassa de
revestimento em obra.
Concomitantemente ao teste anterior, a densidade de massa também foi determinada
por meio da aplicação das argamassas diretamente sobre a face dos blocos a
revestir, posicionados horizontalmente. Cilindros semelhantes aos utilizados nos
painéis verticais foram fixados sobre os blocos e, após o lançamento da argamassa,
com o auxílio da caixa-de-queda (em diferentes alturas: 15, 20, 30, 40, 50 e 60 cm),
realizou-se o mesmo procedimento da situação anterior, ou seja: esperou-se 30
minutos para a retirada dos recipientes fixados nos blocos (sem “aperto” da
argamassa) para que então os cilindros fossem pesados e suas densidades de massa
calculadas. As Fotografias a seguir mostram as etapas do lançamento da argamassa
com a utilização da caixa-de-queda.
(a) (b) (c)
Fotografias 3.3- Teste realizado para determinar a altura de lançamento da argamassa com o auxílio da caixa-de-queda. (a) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 15 cm. (b) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 60 cm. (c) Argamassa lançada sobre
o bloco preenchendo inteiramente sua superfície a ser revestida.
Após obter os valores das respectivas densidades de massa, calculadas quando das
aplicações das argamassas sobre os painéis verticais (simulando uma situação de
61
obra) e dos lançamentos das argamassas sobre os blocos (com o uso da
caixa-de-queda), os resultados foram comparados e assim, determinou-se a altura de
lançamento da argamassa, padronizando sua energia de aplicação. A Tabela 3.1
mostra os resultados médios dos testes realizados para a determinação da altura de
queda da argamassa.
Tabela 3.1- Valores de densidade de massa (DM) das argamassas frescas aplicadas sobre painéis verticais.
Nº Recipientes
Diâmetro cilindro
(cm)
Altura cilindro
(cm)
Volume recipiente
vazio (cm³)
Massa Recipiente
Vazio (g)
Massa recipiente
Cheio (g)
Densidade de massa (g/cm3)
1 90,30 2,00 2 89,80 1,99 3 89,91 2,00 4 89,37 1,98 5 89,20 1,98 6 89,80 1,99 7 89,50 1,98 9 89,10 1,97 10
4,7 2,20 38,17 13,7
90,42 2,00 Média 1,99
Tabela 3.2- Valores médios de densidade de massa (DM) das argamassas frescas aplicadas sobre blocos de concreto, com o auxílio da caixa-de-queda, em diferentes alturas.
Alturas (cm)
Diâmetro cilíndro
(cm)
Altura cilíndr
o (cm
Volume recipiente
vazio (cm³)
Massa Recipiente
Vazio (g)
Massa recipiente
Cheio (g)
Densidade de massa (g/cm3)
15 99,50 2,24 20 98,00 2,21 30 95,40 2,14 40 93,80 2,10 50 89,30 1,98 60
4,7 2,20 38,17 13,7
85,70 1,89
Comparando-se os valores médios da densidade de massa, obtidos por meio da
aplicação da argamassa sobre os painéis verticais (DM = 1,99 g/cm³ - Referência) e
sobre os blocos, com a utilização da caixa-de-queda, vê-se que a altura de 50cm
(DM = 1,98 g/cm³) foi a que obteve resultados mais condizentes ao valor de
referência. Posteriormente, aos 28 e 90 dias de idade, foram realizados sobre os
blocos, ensaios de resistência de aderência à tração direta (NBR 13528/95f),
obtendo-se em média, os valores de 0,36 e 0,38 MPa, respectivamente, o que
62
demonstra uma elevada ancoragem da argamassa ao substrato, visto que a norma
referente a este ensaio prescreve o valor mínimo de 0,30 MPa, para revestimento de
parede externa. A forma de ruptura predominante obtida neste ensaio foi no interior
da argamassa de revestimento (73%). Cabe destacar, que após 3 anos da realização
desses testes, as argamassas encontram-se ainda perfeitamente aderidas ao
substrato.
3.2.1.3- Instrumentação do conjunto argamassa/substrato por meio do uso de
sensores de umidade
• Desenvolvimento dos Sensores
Para a avaliação do transporte de água do revestimento, optou-se pela utilização de
sensores de umidade acoplados ao conjunto argamassa/bloco, a fim de obter um
perfil dinâmico (evolutivo) da movimentação de água na absorção, em diferentes
camadas do revestimento (camada próxima à superfície do revestimento, camada
intermediária e camada da interface argamassa/bloco).
Alguns pesquisadores3.1 desenvolveram dispositivos que permitem medir a
penetração de umidade em concretos e argamassas, porém, estes dispositivos ainda
não são de usos generalizados, visto que suas aplicações estão restritas aos materiais
e condições de estudo analisados. A argamassa sob condição seca apresenta uma
elevada resistividade e, à medida que há penetração de umidade no material, a
resistividade diminui. Estudos mostram que por meio de medidas de capacitância,
potencial ou corrente elétrica, dependendo da situação que se está trabalhando, é
possível observar o ingresso da umidade no interior do material.
3.1 McCARTER et al. (1992, 1995, 1996, 1997, 2000, 2000, 2000, 2001, 2001); Michie et al. (1997);
Matsukura & Takahashi (1999); Andrade & Alonso (1999).
63
Neste sentido, vale ressaltar que apesar de serem encontrados alguns tipos de
sensores que permitem obter medidas de umidade, como por exemplo, os utilizados
em ensaios de solos e na agricultura, estes, normalmente, apresentam empecilhos
para seu uso, em especial, para pesquisas como a em questão. Suas dimensões
elevadas, inviabilizam sua utilização devido às espessuras dos revestimentos
(30 mm e 50 mm), uma vez que estes teriam que ser colocados internamente ao
recobrimento de argamassa. Além disto, em muitos casos, as medidas de umidade
detectadas por estes dispositivos apresentam limitações, não podendo ser,
usualmente, a da saturação (caso em que se encontra a argamassa fresca). Sendo
assim, houve a necessidade do desenvolvimento de tais sensores de forma a que
estes se adequassem às condições específicas deste estudo.
No desenvolvimento dos sensores foram realizados testes intensivos até se obter a
confiabilidade para a sua aplicação. A definição desses foi feita por meio da análise
da interrelação de medidas de corrente elétrica-umidade. Os pormenores deste
estudo estão detalhadamente descritos em Paes et al. (2004) - Norma Interna de
Trabalho nº 02 (NIT/LEM/UnB).
O sensor consiste de um disco de matriz cimentícia (areia artificial e cimento
CP II-F-32) com 20 mm de diâmetro x 5mm de altura e com dois eletrodos
embutidos (fios de aço inox), espaçados de 5 milímetros um do outro, conforme
mostrado na Figura 3.6.
Figura 3.6- Esquema dos sensores de umidade desenvolvidos.
Eletrodos (fio de aço inox)
Argamassa
Anel de PVC
64
Os anéis de PVC, já acoplados com os eletrodos, foram preenchidos com esta
argamassa e permaneceram em ambiente de laboratório por 24 horas. Após este
período, os sensores sofreram um processo de fervura, por 7 dias consecutivos, de
modo a acelerar o processo de hidratação dos compostos formados pelo cimento.
Posteriormente, os sensores foram secos em estufa a 100±5ºC, até constância de
massa, e acondicionados em recipiente fechado, contendo sílica-gel.
• Calibração dos Sensores
A fim de obter as curvas de calibração dos sensores, realizaram-se medidas da
inter-relação umidade versus corrente elétrica. Para tanto, utilizou-se uma fonte de
alimentação regulada DC, da marca Minipa, com capacidade de saída de 30 Volts
(V) e 3 Ampéres (A). Fixou-se um valor de 5V a ser aplicado pela fonte, valor este,
que melhor se adequou às medidas realizadas e que, devido ao seu valor
relativamente baixo, provavelmente, não provocou “excitação ou alteração” no
sistema. Esta fonte foi ligada em série com um multímetro, por meio do qual eram
realizadas as leituras de corrente. Com o auxílio de uma balança analítica, se obteve
a variação de massa dos sensores. A Fotografia 3.4 mostra os equipamentos
utilizados na calibração dos sensores.
Fotografia 3.4- Equipamentos utilizados na calibração dos sensores de umidade.
Ao se realizar as medidas de calibração dos sensores, em ambiente com umidade e
temperatura controladas (50% e 20ºC, respectivamente), os dados obtidos foram de
65
valores de corrente e da variação de massa dos sensores, já que estes tinham sua
primeira medida realizada em condição saturada. De posse das medidas de massa,
calculou-se o teor de umidade de cada sensor, tendo como referência sempre a
primeira medida. A partir destas, plotou-se o gráfico de teor de umidade (%) em
função da corrente (mA). A Figura 3.7 mostra as curvas (típicas) de calibração de
um dos sensores testados. Nota-se que há uma relação bem clara entre as medida
realizadas.
S51 C1 PU – Sensor 51 - Ciclo 1 – Perdendo Umidade; S51 C1 GU – Sensor 51 - Ciclo 1 – Ganhando Umidade. S51 C2 PU – Sensor 51 - Ciclo 2 – Perdendo Umidade; S51 C2 GU – Sensor 51 - Ciclo 2 – Ganhando Umidade. S51 C3 PU – Sensor 51 - Ciclo 3 – Perdendo Umidade; S51 C3 GU – Sensor 51 - Ciclo 3 – Ganhando Umidade.
Figura 3.7- Representação gráfica da relação corrente-umidade observada em um dos
sensores testado quanto ao ganho e perda de umidade.
Cabe destacar que todos os sensores utilizados nesta pesquisa tiveram suas curvas
de calibração determinadas, ou seja, conhecia-se o comportamento individual de
cada sensor, quanto a perda e ao ganho de umidade. A importância deste fato, é que
ao colocá-los internamente ao revestimento de argamassa, a informação obtida é o
da leitura de corrente e, a partir desta, por meio da curva de calibração do sensor, se
consegue determinar qual o teor de umidade nas regiões em que os sensores foram
posicionados (próximo a superfície do revestimento, intermediária ou próximo a
interface argamassa/substrato) .
Curvas Características da Calibração dos Sensores
02468
101214161820
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6
Corrente (mA)
Teor
de
umid
ade
(%)
S51 - C1 - PU S51 - C2 - PU S51 - C3 - PUS51 - C1 - GU S51 - C2 - GU S51 - C3 - GU
66
• Aferição dos sensores
Na avaliação da perda de água da argamassa, utilizou-se para aferição dos sensores,
um método adotado por Scartezini (2002). Este visa identificar regiões da camada
de argamassa com diferentes conteúdos de umidade, após a aplicação desta sobre o
substrato.
Utilizou-se neste teste uma argamassa (referência) executada com cimento
CP II-F-32, cal hidratada CH-I e areia natural de granulometria média, com
proporção de mistura, em massa, de 1:0,46:5,9 (1:1:6, em volume) e relação
água/cimento de 1,35. Cabe salientar que esta aferição foi realizada com
revestimentos de argamassa de 30 mm de espessura.
As argamassas foram aplicadas sobre os blocos e, em intervalos de tempo
pré-definidos (0, 1, 3, 5, 10, 15 e 30 minutos), foram retiradas amostras de
argamassa e submetidas à secagem em estufa, para determinar o seu teor de
umidade. As amostras foram retiradas em três camadas de 10 mm (por meio da
utilização de gabarito metálico), em locais correspondentes ao do posicionamento
dos sensores. Após a secagem das amostras de argamassa, foi determinado o
percentual de perda de água, em relação ao teor de umidade da argamassa antes da
aplicação. A Figura 3.8 ilustra a realização deste procedimento.
Figura 3.8- Avaliação da perda de água, por sucção do substrato, por meio de retirada de camadas em tempos pré-definidos (argamassa de revestimento com 30 mm de espessura).
Para a avaliação conjunta da perda de água da argamassa, por meio da retirada de
camadas e do uso dos sensores, pensou-se, primeiramente, em posicionar os
67
sensores horizontalmente, em 3 regiões distintas: próximo à superfície do
revestimento, intermediária a este e na interface argamassa-substrato. Os resultados
obtidos nesta condição, quando comparados ao de retirada de camadas, foi bastante
inferior. A este respeito, supõe-se que ao posicionar os sensores horizontalmente,
um aspecto agravante ocorria, uma vez que somente uma das faces dos sensores era
exposta diretamente ao contato com a argamassa fresca, dificultando a penetração
de água no interior destes. As Fotografias 3.5 (a) e (b) mostram a situação do
monitoramento descrita anteriormente.
Pela situação exposta, resolveu-se dispor os sensores verticalmente, ou seja,
transversalmente a camada de argamassa de revestimento. Para tanto utilizou-se o
auxílio de um suporte de alumínio, de 1mm de espessura, a fim de que ambas as
faces dos sensores ficassem em contato com a argamassa, como mostrado na
Fotografia 3.6.
Fotografia 3.5 – Monitoramento do transporte de água da argamassa. (a) Posicionamento dos sensores. (b) Realização do monitoramento.
(a) (b)
68
Fotografia 3.6- Posicionamento dos sensores no suporte de alumínio.
Após o monitoramento da argamassa fresca, por 24 horas, esta foi retirada do
substrato de modo a verificar se os sensores permaneciam nas posições originais e
também se as suas superfícies encontravam-se recobertas de argamassa, tendo sido
ambas as situações positivamente verificadas, conforme mostrado nas Fotografias
3.7(a) e (b).
(a) (b)
Fotografias 3.7 (a) e (b)- Vista dos sensores posicionados verticalmente após
monitoramento do transporte de água da argamassa (argamassa já endurecida).
Apesar dos resultados da perda de água da argamassa, com sensores posicionados
verticalmente, terem sido mais próximos aos da retirada de camadas (metodologia
de referência), percebeu-se que durante os 15 primeiros minutos, os sensores
apresentavam uma defasagem com relação às medidas efetuadas, conforme
mostrado na Figura 3.9. Isto ocorria, provavelmente, pelo fato dos sensores estarem
extremamente secos (elevada resistividade) quando inicialmente posicionados para
69
receber a argamassa, necessitando de um determinado tempo até que suas medidas
se equilibrassem.
Bloco de Concreto - 30mm
0102030405060708090
100
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
Tempo1/2 (min)
Perd
a de
Águ
a (%
)
C. Superfície - RC C. Interface - RCC. Superfície - Sensor C. Interface - Sensor
Figura 3.9- Monitoramento da perda de água da argamassa por retirada de camadas (RC) e
pelo uso de sensores de umidade interna.
Com esta constatação, e sabendo-se, pelo comportamento apresentado quando da
realização de suas curvas de calibrações, que os sensores perdiam água com certa
facilidade (devido a sua porosidade), é que se optou por umedece-los em diversos
níveis (até a saturação), a fim de verificar como estes se comportariam. Dentre os
níveis de umedecimento testados, o que apresentou resultados condizentes aos da
metodologia de referência (retirada de camadas) foi o sensor saturado, conforme
pode ser observado nas Figuras 3.10 e 3.11.
70
Bloco Cerâmico - 30mm
010
20304050
607080
90100
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
Tempo1/2 (min)
Perd
a de
águ
a da
ar
gam
assa
(%)
RC. Superfície RC. InterfaceSensor superfície Sensor interface
Figura 3.10- Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas (RC) e uso de
sensores (Bloco cerâmico).
Bloco de Concreto - 30mm
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
Tempo1/2 (min)
Perd
a de
águ
a da
arg
amas
sa
(%)
RC. Superfície RC. InterfaceSensor superfície Sensor interface
Figura 3.11- Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas (RC) e uso de
sensores (Bloco de concreto).
As Figuras 3.10 e 3.11 mostram alguns dos resultados (bloco cerâmico e bloco de
concreto) obtidos com as medidas dos sensores, em duas regiões distintas do
revestimento - camada próxima à superfície e camada da interface
argamassa/substrato - em comparação com os valores encontrados para estas
mesmas regiões por meio do método de retirada de camadas.
71
Apesar dos resultados com a utilização dos sensores terem sido condizentes ao da
retirada de camadas (referência) preocupou-se em analisar se o suporte empregado
para fixação dos sensores, posicionados verticalmente, teria interferência nos
resultados. Para tanto foram realizadas análises com diversos tipos de suportes -
tendo como situação de referência - aquela em que o sensor era fixado somente pela
base sem a restrição do suporte de alumínio. Apesar desta situação ser,
teoricamente, a “ideal” para se posicionar os sensores, esta apresentava o
inconveniente de que ao se lançar à argamassa sobre o substrato (elevada energia de
impacto) o sensor, normalmente, não permanecia na posição vertical (tendendo a
“tombar” para a posição horizontal). A Fotografia 3.8 mostra os diversos tipos de
suportes testados.
Fotografia 3.8- Suportes testados para realização do monitoramento do transporte de água
da argamassa.
Os resultados obtidos neste estudo foram submetidos à análise de variância
(ANOVA), para determinação da dependência dos valores obtidos com os
monitoramentos do transporte de água em relação aos suportes testados. Dentre
todos os suportes analisados, o que obteve resultados adequados à situação de
referência, nos tempos de monitoramento analisados, foi o suporte denominado
“desbastado”. A disposição final em que os sensores foram posicionados ao longo
da pesquisa é mostrada nas Fotografias 3.9 e 3.10.
Suporte escolhido
72
No revestimento de argamassa, com espessura de 30mm, foram colocados
6 sensores por bloco, em duas regiões extremas e simétricas do substrato
(2 sensores posicionados próximos à superfície do revestimento, 2 na camada
intermediária e 2 na interface) de tal forma a se ter sempre dois sensores medindo
em regiões correspondentes.
No caso do revestimento de 50mm, devido a sua maior espessura, foram
posicionados 8 sensores por bloco: 2 próximos a superfície, 2 em uma camada
denominada de intermediária inferior, 2 em uma camada denominada intermediária
superior e 2 na interface, a partir dos mesmos critérios de disposição adotados para
a camada de 30mm de espessura.
A partir das definições obtidas com os sensores - curvas de calibração, aferição,
posicionamento, condição de umidade e tipo de suporte – aliadas à escolha da altura
de lançamento da argamassa e as faixas características de absorção de água dos
blocos, realizou-se uma série de monitoramentos, 12 corpos-de-prova cerâmicos e
12 corpos-de-prova de concreto a fim de definir o número de corpos-de-prova a
serem utilizados na pesquisa.
Com os resultados desses monitoramentos chegou-se a definição que quatro
corpos-de-prova para cada situação a ser analisada (2 tipos de blocos,
Fotografia 3.9- Posicionamento dos sensores – espessura de 30 mm.
Fotografia 3.10- Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm.
73
3 argamassas e 2 espessuras de revestimento) - perfazendo um total de
48 corpos-de-prova - seriam suficientes para representar adequadamente o
fenômeno em estudo com bases estatísticas. Destaca-se que o coeficiente de
variação máximo determinado por meio dos resultados dos monitoramentos foi de
6%. No Apêndice A, é apresentado o procedimento para a definição do número de
corpos-de-prova a serem empregados na pesquisa adotando-se procedimento
semelhante ao empregado por Cascudo (2000). Com todas as definições realizadas,
a partir dos estudos-piloto, deu-se prosseguimento ao Programa Experimental desta
pesquisa, conforme detalhado a seguir.
3.3- CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS
Nesta pesquisa utilizou-se como substratos, blocos cerâmicos e blocos de concreto,
segundo os critérios já comentados (item 3.2.1.1). Além destes, empregou-se os
seguintes materiais: cimento Portland CPII-F-323.2, cal hidratada CH-I3.3 (sem
aditivo), areias naturais classificadas segundo a Norma Brasileira NBR 7211
(ABNT, 1993) com granulometria média, procedente de depósitos aluvionares do
Rio Corumbá-GO. Estes materiais foram escolhidos por serem comumente
utilizados na execução de revestimentos em argamassa e facilmente adquiridos na
região onde foi realizada a pesquisa. Os resultados de caracterização destes são
apresentados nas Tabelas 3.3 a 3.7 e nas Figuras 3.12 a 3.15. Cabe ressaltar que
algumas das normas utilizadas nas caracterizações dos materiais podem ter sofrido
reformulações.
3.2 CP II-F-32: Cimento Portland composto de clínquer + sulfato de cálcio (90-94%) e material carbonático (6-10%). A Classe de resistência à compressão aos 28 dias deve estar compreendida entre o limite inferior de 32 MPa e superior de 49,0 MPa (NBR 11578/1991). 3.3 CH-I: Material constituído essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, com teor de CO2 igual ou menor que 5% (NBR 7175/1992).
74
3.3.1- Cimento Portland
Tabela 3.3- Caracterização física e química do cimento Portland CP II-F-32. Método de Ensaio Características determinadas Resultados
NBR 9676/1987 Massa específica real (g/cm³) 3,04 NBR 7251/1982 Massa específica aparente (g/cm³) 0,98
NBR 11579/1991 Resíduo na peneira 200 (%)
2,9
NBR 12826/1993 Resíduo na peneira 325 (%)
12,0
NBR 7224/1984
Finura
Área específica (cm²/g)
4.000
Início da pega (h:min)
2:00 NBR 11581/1991 Tempos
de pega Fim de pega (h:min) 3:20 ASTM C 151-93 e ASTM C 490-96 Expansão em autoclave (%) 0,00
3 dias (MPa) 20,3 7 dias (MPa) 22,4
Caracterização física
NBR 7215/1996 Resistência à compressão 28 dias (MPa) 34,2
NBR 5743/1989 Perda ao fogo (%) 5,16 NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel (%) 1,38 NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO3) (%) 2,81
Óxido de magnésio (MgO) (%) 4,05 Dióxido de silício (SiO2) (%) 25,95 Óxido de ferro (Fe2O3) (%) 3,25
Óxido de alumínio (Al2O3) (%) 4,68 Óxido de cálcio (CaO) (%) 52,99
NBR 9203/1985
Óxido de cálcio livre (CaO) (%) 1,13 Óxido de sódio (Na2O)
(%) 0,34
Óxido de potássio (K2O) (%) 0,77 NBR 8347/1991 Álcalis
totais Equivalente alcalino
em Na2O (%) 0,85
Caracterização química (%)
NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO4) (%) 4,78
Granulometria a laser - Cimento
0102030405060708090
100
0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10
Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a
Figura 3.12- Caracterização granulométrica do cimento por meio de granulômetro a laser.
75
3.3.2- Cal hidratada
Tabela 3.4- Caracterização física e química da cal hidratada CH-I.
Métodos de Ensaio
Características determinadas
Resultados
NBR 9676/1987 Massa específica real (g/cm³)
2,23
NBR 7251/1982 Massa específica aparente (g/cm³)
0,59 Caracterização
física
NBR 7224/1984 Superfície específica Blaine (cm²/g)
6,32
NBR 5743/1989 Perda ao fogo (%) 24,14
NBR 8347/1991 Dióxido de silício (siO2) (%)
1,28
Óxido de alumínio (Al2O3) (%)
0,00
Óxido de ferro (Fe2O3) (%) 0,21 Óxido de cálcio total (CaO)
(%) 71,98
Óxido de magnésio (MgO) (%)
0,54
Óxido de sódio (Na2O) (%) 0,05 Óxido de potássio (K2O)
(%) 0,09
Caracterização química
NBR 9203/1985
Teor de umidade (%) 8,78
Granulometria a laser - Cal
0102030405060708090
100
0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10
Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a
Figura 3.13- Caracterização granulométrica da cal por meio de granulômetro a laser.
76
3.3.3- Agregados
Tabela 3.5- Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento. Resultados Propriedades
determinadas Métodos de
Ensaios Ag.1 Ag.2 Ag.3
Módulo de Finura NBR 7217 (ABNT, 1987) 2,12 2,40 2,68
Material pulverulento (%)
NBR 7219 (ABNT, 1987) 4,00 3,40 2,60
Massa unitária (kg/dm³)
NBR 7251 (ABNT, 1982) 1,36 1,44 1,50
Massa específica (kg/dm³)
NBR 9776 (ABNT, 1987) 2,64 2,64 2,64
Índice de Vazios (%) - 48 43 45
Coeficiente de uniformidade -
3,5 (areia muito uniforme)
4,4 (areia muito uniforme)
7,4 (areia com
uniformidade média)
Legenda: Ag. 1= Areia média com Módulo de finura (MF) = 2,12; Ag. 2 = Areia Média com módulo de finura (MF) = 2,40; Ag. 2 = Areia Média com módulo de finura (MF) = 2,68.
Curvas Granulométricas dos Agregados
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 0,1 1,0 10,0
Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a A
cum
ulad
a
A B C
Figura 3.14- Curvas das composições granulométricas dos agregados empregados
na execução das argamassas de revestimento, com o uso de peneiras da série normal.
Granulometria a Laser - Areias
0102030405060708090
100
0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10Aberturas das Peneiras (mm)
% R
etid
a
Ag. 1 Ag. 2 Ag. 3
Figura 3.15- Caracterização granulométrica das areias por meio de granulômetro a laser.
77
3.3.4- Substratos
Tabela 3.6- Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos.
Características Determinadas
Método de ensaio
Número de determinações
Resultados médio
Coeficiente de variação (%)
Absorção de água (a %)
MB-3459 (ABNT, 1991) 50 20,0% 4,16
Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C-67 70 25,1 g/194cm² /min 8,69
Resistência à compressão
MB-3459 (ABNT, 1991) 12 4,5 MPa 6,35
Dimensões MB-3459 (ABNT, 1991) 12
a = 11,50 cm l = 19,00 cm
c = 38,50 cm 3,15
a = altura; l = largura; c = comprimento.
Tabela 3.7- Resultados de caracterização dos blocos de concreto.
Características Determinadas
Método de ensaio
Número de determinações Resultado médio Coeficiente de
variação (%) Absorção de água
(a %) MB-3459
(ABNT, 1991) 50 7,0% 6,86
Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C-67 70 50,3 g/194cm²/min 12,25
Resistência à compressão
MB-3459 (ABNT, 1991) 12 6,5 MPa 9,62
Dimensões MB-3459 (ABNT, 1991) 12
a = 14,0 cm l = 19,0 cm
c = 39,0 cm 3,13
a = altura; l = largura; c = comprimento.
3.4- METODOLOGIA
3.4.1- Dosagem das argamassas de revestimento
Diferentemente do concreto, que possui diversos métodos racionais de dosagens, a
argamassa ainda não dispõe de um método que tenha sido totalmente reconhecido
no meio técnico nacional, muito embora inúmeras contribuições tenham sido dadas
neste sentido por diversos pesquisadores1.
3.4 Selmo (1989); Lara et al.(1995); Campiteli et al. (1995); Cavalheiro (1995), Bauer & Carasek (1998); Gomes & Neves (2001).
78
A falta de critérios tem levado à obtenção de argamassas com comportamentos
diversos, face à variação das características físicas, químicas e mineralógicas dos
materiais constituintes.
Para as argamassas de revestimento, têm-se adotado com mais freqüência os traços
1:1:6 e 1:2:9 (cimento: cal: areia, em volume), em uma proporção
aglomerante:agregado de 1:3. No entanto, na prática, identifica-se o emprego de
traços mais pobres, como 1:6 a 1:9 (aglomerante:agregado, em volume),
prejudicando a qualidade do revestimento.
Os traços 1:1:6 e 1:2:9 representam, em média, 20% de aglomerante (cimento e cal)
e 80% de agregado (areia), em massa, sendo o agregado especificado por
percentagens retidas de areia, em uma série de peneiras, cuja razão das aberturas de
malha é igual a 2; utiliza-se também para definir o tipo de areia a ser empregada em
argamassas, o módulo de finura (MF)3.52que as classificam em areia muito fina, fina,
média e grossa.
De acordo com Carneiro (1999), o módulo de finura não é um parâmetro que atende
à carência nacional de caracterização de areias, pois, areias de mesma faixa de
módulo de finura podem ter distribuição granulométrica diferentes, gerando
argamassas de propriedades distintas. Ele recomenda outros indicadores de
caracterização, a saber: a massa unitária, o índice de vazios, o coeficiente de
uniformidade e, principalmente, a curva de distribuição granulométrica. Ainda
segundo o mesmo autor, o princípio para a composição e dosagem de uma
argamassa com base na curva granulométrica está em obter uma argamassa
trabalhável no estado plástico e que possua, no estado endurecido, uma
compacidade elevada, com redução do volume de vazios e com elevada capacidade
de deformação.
3.5 Para classificação quanto à finura das areias empregadas nas argamassas são adotados os seguintes intervalos de módulo de finura: MF > 3,0 – areia grossa; 3,0 ≥ MF ≥ 2,0 – areia média; MF < 2,0 – areia fina e MF < 1,0 – areia muito fina.
79
Depreende-se do exposto, a importância de se adotar um método de dosagem que
possibilite obter argamassas de revestimento que atendam a relação entre
parâmetros de mistura (relação a/c, relação cal/cimento, etc.) e propriedades de
interesse (tensão de aderência, ausência de fissuração e pulverulência, facilidade de
aplicação, etc), com o objetivo de produzir argamassas que permitam seu uso
corrente de acordo com a função desejada.
3.4.1.1- Procedimento de dosagem das argamassas de revestimento
Nesta pesquisa, o estudo de dosagem das argamassas de revestimento utilizou um
método já consagrado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de
Brasília (LEM/UnB), com base nos estudos de Selmo (1989), a partir da definição
do parâmetro “E”. Este apresenta a formulação analítica (em massa), abaixo
descrita:
Cimento
)CalAgregado(E += (3.3)
A utilização do parâmetro “E”, foi feita a partir da fixação das quantidades julgadas
inicialmente adequadas das areias e variando-se este nos valores (estimados) de
6, 10 e 13, de modo a obter as relações necessárias ao estudo de dosagem.
A composição dos agregados partiu, primeiramente, de duas areias classificadas,
segundo seus módulos de finura como média (MF=2,21) e grossa (MF=3,05).
Posteriormente, foi realizado um peneiramento nessas de forma a ser utilizado na
confecção das argamassas somente a fração de grãos inferiores a 2,4 mm, usual nos
revestimentos em argamassa. Desta forma, os módulos de finura originais das areias
foram alterados e passaram a ser de 2,12 (AM1) e 2,97 (AM2), respectivamente.
Estas foram então classificadas, segundo seus módulos de finura, ambos como
areias médias.
A partir das curvas granulométricas dessas areias, simulou-se várias composições de
misturas, a fim de se definir quais as proporções mais adequadas dos agregados,
80
para produção das argamassas. A Tabela 3.8 e a Figura 3.16 mostram as diferentes
proporções testadas.
Tabela 3.8- Valores das Faixas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento.
Proporções Testadas para Composição dos Agregados Percentagens Retidas Acumuladas Peneiras
(mm) 100% AM 1
80% AM1 / 20% AM 2
60% AM 1 / 40% AM 2
50%AM 1/ 50% AM 2
20% AM 1 80% AM 2 100 AM 2
2,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,2 24,06 27,88 31,70 33,61 39,34 43,16 0,6 37,20 42,42 47,64 50,25 58,08 63,30 0,3 62,84 66,82 70,80 72,79 78,76 82,74 0,15 87,42 88,60 89,77 90,36 92,12 93,30 0,075 93,60 94,46 95,33 95,76 97,06 97,92 Fundo 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00
Legenda: AM 1 = Areia média com módulo de finura = 2,12; AM 2 = Areia média com módulo de finura = 2,97;
Granulometria das Areias
0102030405060708090
100
0,01 0,1 1 10
Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a A
cum
ulad
a
100% AM1 80% AM1 /20%AM260 AM1 / 40 AM2 50 AM1/50 AM220% AM1/80% AM2 100% AM2
Figura 3.16- Curvas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados
empregados na execução das argamassas de revestimento.
Para se ter uma noção da influência das proporções de cada areia, foi feito um
estudo onde foram avaliados os 6 traços com os quais se buscou identificar
alterações de fluidez, trabalhabilidade e plasticidade (principalmente a aspereza da
mistura), sem contudo aplicar estas argamassas sobre os substratos (teste de
“bancada”). A partir desta avaliação inicial entre as proporções testadas e pelo que
se buscava com estas alterações nas curvas granulométricas dos agregados, ou seja,
curvas granulométricas contínuas e distintas que, supostamente, produziriam
argamassas com diferentes graus de compacidade (estruturas porosas diversas) que
81
viriam a influenciar no transporte de água contida nas argamassas frescas para o
substrato, é que se optou pelas proporções de mistura, a saber: 100%AM1;
60%AM1 / 40%AM2 e 20%AM1 / 80%AM2. A partir da definição da composição dos
agregados, estes passaram a ser denominados pela seguinte nomenclatura
(Tabela 3.9):
Tabela 3.9- Nomenclatura dada aos agregados utilizados nas argamassas, a partir da definição de suas composições granulométricas.
Composição dos agregados utilizados nas argamassas (%)
Denominação da composição dos agregados
100% AM1 A 60% AM1 / 40% AM2 B 20% AM1 / 80% AM2 C
Destaca-se que na definição das composições granulométricas dos agregados
preocupou-se que estas gerassem argamassas que apresentassem condições e
características típicas de argamassas de revestimento de forma que qualquer uma
delas pudesse ser empregada em tal função. A Figura 3.17 mostra as curvas
granulométricas dos agregados utilizados nas argamassas.
Curvas Granulométricas dos Agregados
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,0 0,1 1,0 10,0
Abertura das Peneiras (mm)
% R
etid
a A
cum
ulad
a
A B C
Figura 3.17- Curvas das faixas granulométricas dos agregados empregados
na execução das argamassas de revestimento.
Após definição das composições dos agregados, o estudo de dosagem se
desenvolveu a partir da fixação das quantidades das areias e variando-se o
parâmetro “E” (estimado) nos valores de 6, 10 e 13.
82
A dosagem dos materiais constituintes das argamassas selecionadas foi feita em
massa, com balança de precisão 0,1g. Estas foram produzidas em lotes de 50 kg de
materiais utilizando-se uma betoneira de mistura forçada, com capacidade nominal
de 100 litros, em ambiente de laboratório. A metodologia utilizada, no preparo das
argamassas, pode ser resumida nas seguintes etapas:
a) determinação, em balança, das massas de cimento, cal, areia e água;
b) umedecimento da areia em torno de 2,5%;
c) preparo de uma pasta de cal (cal e parte da água de amassamento);
d) pré-mistura do agregado e do cimento, a fim de homogeneizar os materiais;
e) adição da pasta de cal, na pré-mistura, até se obter a trabalhabilidade desejada
para a argamassa.
Após a produção das argamassas, foram coletadas amostras e estas foram
imediatamente submetidas aos ensaios de caracterização no estado fresco. Após esta
coleta, as argamassas foram aplicadas em painéis verticais, de blocos de concreto,
sem chapisco. Sendo esta uma condição bastante crítica, a argamassa só permanece
aderida ao substrato (sem sofrer descolamento) se ela tiver elevada capacidade de
adesão inicial. Dentre todas as argamassas testadas, as únicas que não
permaneceram aderidas ao substrato (após alguns minutos de adesão inicial) foram
às argamassas com 100% de areia “mais fina” (A), tendo essas que serem aplicadas
sobre substratos chapiscados. Cabe destacar, que ao dosar as argamassas com a
areia A se conseguia alcançar mais rapidamente, e com menor teor de cal,
condições de trabalhabilidade adequada devido a menor aspereza da mistura. A
seguir, na Tabela 3.10 e nas Figuras 3.18 e 3.19, são mostradas as diversas relações
obtidas no estudo de dosagem.
83
Tabela 3.10- Resultados dos proporcionamentos dos materiais componentes das argamassas (traço) obtidos no estudo de dosagem.
Estudo de Dosagem
Areias Parâmetro “E” (Real)
Traço (massa) (cimento:cal:areia:água)
Traço (volume) (cimento: cal:areia:água)
6,29 1:0,29:6,00:1,27 1:0,49:4,41:1,27 10,00 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97 A 13,00 1:1,10:11,90:2,54 1:1,86:8,75:2,54 6,53 1:0,53:6,00:1,47 1:0,90:4,41:1,47 10,14 1:0,87:9,27:2,14 1:1,47:6,82:2,14 B 13,08 1:1,18:11,90:2,75 1:2,00:8,75:2,75 6,65 1:0,65:6,00:1,28 1:1,10:4,41:1,28 10,33 1:1,06:9,27:1,94 1:1,80:6,82:1,94 C 13,32 1:1,42:11,90:2,55 1:2,41:8,75:2,55
0123456789
1011121314
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5
cal/cimento
Parâ
met
ro "
E"
A B C
Figura 3.18- Relação cal/cimento versus parâmetro “E”.
0123456789
1011121314
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
água/cimento (a/c)
Parâ
met
ro "
E"
A B C
Figura 3.19- Relação água/cimento versus parâmetro “E”.
84
A Tabela 3.11 mostra os resultados de resistência de aderência, sobre painéis
verticais de bloco de concreto, obtidos no estudo de dosagem. A Figura 3.20 mostra
a relação obtida da resistência de aderência com a relação água/cimento.
Tabela 3.11- Valores médios de resistência de aderência realizados sobre painéis verticais de blocos de concreto – Estudo de Dosagem das argamassas de revestimento.
Resistência de aderência das argamassas obtidas sobre painéis verticais de blocos de concreto (Estudo de dosagem)
Areias Parâmetro “E” (Real)
Nº amostras
Resistência de aderência (MPa)
Tipos de rupturas predominantes (%)
6,29 12 0,43 10,00 12 0,28 A 13,00 12 0,25
E 6 (Estimado)
Argamassa de revestimento
(superfície -70%) 6,53 12 0,47 10,14 12 0,40 B 13,08 12 0,24
E 10 (Estimado)
Argamassa de revestimento
(interior - 59%) 6,65 12 0,50 10,33 12 0,45 C 13,32 12 0,33
E 13 (Estimado)
Argamassa de revestimento
(interior - 74%)
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Relação água/cimento
Res
istê
ncia
de
ader
ênci
a (M
Pa)
A B C
Figura 3.20- Relação observada entre a resistência de aderência e a
relação água/cimento.
O estudo de dosagem foi concebido a fim de obter argamassas de revestimento de
paredes externas por meio dos proporcionamentos dos materiais obtidos no estudo
de dosagem e das avaliações realizadas nas argamassas quando da aplicação sobre
os painéis verticais como: adesão inicial, fissuração, pulverulência e resistência da
aderência. Deste modo é que se decidiu pela adoção dos traços de argamassas com
parâmetro “E=10 (estimado)”, conforme definidos na Tabela 3.12.
85
Tabela 3.12- Proporcionamento dos materiais componentes das argamassas (traço) a serem utilizados na pesquisa, obtidos a partir do estudo de dosagem.
Estudo de Dosagem Parâmetro “E”
(Estimado) Areias Traço (massa) (cimento:cal:areia:água)
Traço (volume) (cimento: cal:areia:água)
A 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97 B 1:0,87:9,27:2,14 1:1,47:6,82:2,14 10 C 1:1,06:9,27:1,94 1:1,80:6,82:1,94
Com a definição dos traços das argamassas a serem empregadas na pesquisa,
dosadas com os agregados A, B e C, estas foram então denominadas conforme
mostrado na Tabela 3.13:
Tabela 3.13- Denominação fornecida as argamassas utilizadas na pesquisa, a partir da utilização dos agregados A, B e C.
Agregados Denominação dadas as argamassas A Arg. A B Arg. B C Arg. C
3.4.1.2- Produção das argamassas, no decorrer da pesquisa (aplicação sobre
substratos isolados)
Com o proporcionamento dos materiais a serem empregados na confecção das
argamassas (traços), estas passaram a ser produzidas em um misturador elétrico,
argamassadeira, da marca Blakeslee Mixer, modelo B20HD, com capacidade em
torno de 13.000g de material, em velocidade baixa. Os procedimentos adotados na
execução das argamassas foram os mesmos realizados nos estudo de dosagem. A
Fotografia 3.11 mostra a argamassadeira utilizada na produção das argamassas.
Fotografia 3.11- Argamassadeira utilizada na produção das argamassas.
86
Destaca-se que estas argamassas apresentaram características semelhantes as das
que foram produzidas no estudo de dosagem, no qual se utilizou uma betoneira. A
verificação foi constatada por meio da realização dos ensaios de caracterização, no
estado fresco, executados logo após a produção das argamassas. Os ensaios
realizados em tais caracterizações são apresentados a seguir.
3.4.1.3- Avaliação das Argamassas de Revestimento
Os materiais constituintes das argamassas possuem propriedades mecânicas e
físico-químicas muito diferentes. Desta forma, quando eles são misturados
produzem os mais diversos comportamentos, que poderão ou não atender as
exigências necessárias no estado fresco e endurecido. No estado fresco, as
principais propriedades das argamassas consideradas – consistência, retenção de
água, coesão, plasticidade e adesão - são difíceis de serem quantificadas pois
envolvem propriedades reológicas do material que se alteram rapidamente no
decorrer do tempo.
A fim de melhor caracterizar as argamassas utilizou-se, nesta pesquisa, métodos de
ensaios não tão difundidos, em especial, os advindos da mecânica dos solos de
forma a obter dados qualitativos e/ou quantitativos mais confiáveis com relação às
propriedades do material em questão, porém, esses foram realizados conjuntamente
com os ensaios já consagrados. A seguir são mostrados os ensaios utilizados na
caracterização das argamassas no estado fresco.
Índice de consistência pela mesa da ABNT
O índice de consistência das argamassas, em sua maioria, é mensurado segundo a
norma NBR 7215/91 (ABNT). A metodologia de ensaio consiste na medida do
espalhamento (diâmetro) de uma amostra de argamassa, moldada em um molde
com a forma de um tronco de cone sobre a mesa padrão de ensaio. Esse
87
espalhamento é conseguido por meio da introdução de impactos obtidos, conforme
ilustra a Fotografia 3.12.
(a) (b)
(c) Fotografia 3.12 - Determinação do índice de consistência: (a) adensamento executado com
soquete. (b) golpes na mesa de ensaio (“flow table”) e (c) medição do diâmetro.
Apesar da grande utilização, este é um dos ensaios mais criticados quanto à
avaliação de uma condição de trabalhabilidade. Um dos fatores que contribui para
esta discussão, além da própria concepção do ensaio, diz respeito a uma não
correspondência de resultados entre os valores que caracterizam mesmas condições
de trabalhabilidade, ou seja, uma avaliação isolada dos resultados do ensaio da mesa
de consistência é insuficiente para definir uma argamassa como “trabalhável” .
Índice de consistência pela penetração estática de cone
O índice de consistência foi determinado segundo a norma ASTM C780/96 - Cone
Penetrometer Method. Este ensaio consiste em mensurar a consistência da
argamassa por meio de determinação da resistência de penetração de um cone
88
metálico, de massa padronizada, sob ação da gravidade. O cone apresenta as
seguintes características: diâmetro = 18,6 mm; altura = 35,9 mm; massa do conjunto
haste/cone de penetração = 80 g. A Fotografia 3.13 mostra o equipamento utilizado.
Fotografias 3.13- Cone de penetração utilizado no ensaio de consistência das argamassas.
A seqüência de realização deste ensaio foi composta das seguintes etapas:
• após o preparo da argamassa, preencheu-se com esta, um recipiente cilíndrico
metálico (com dimensões de 60 mm de diâmetro e 40 mm de profundidade);
• rasou-se o seu topo e posicionou-se o cone rente à sua superfície, efetuando-se a
leitura inicial;
• em seguida, liberou-se o cone para que ocorra sua penetração, por gravidade, e
efetuou-se a leitura final;
• o resultado, em milímetros, da diferença entre a leitura final e a inicial
corresponde à medida de consistência do material.
Vane test ou ensaio de palheta
A metodologia empregada pelo Vane teste (ensaio de palheta), que pode ser
utilizada in situ ou em laboratório, é preconizado pela norma BS-1377/1988 e
ASTM D 4648-00 – Standard Test Method for Laboratory Miniature Vane Shear
Test for Satured Fine-Grained Clayey Soil, tem se mostrado um método simples e
89
eficaz na determinação da resistência ao cisalhamento (Su), ou seja, tensão limite de
escoamento3.6 de materiais na mecânica dos solos. No entanto, ao longo desta
pesquisa, esse método de ensaio foi utilizado para medir a tensão limite de
escoamento das argamassas estudadas, e assim, determinar de forma indireta a
consistência destas. O equipamento utilizado é de fabricação da Wykeham
Farrance, mostrado na Fotografia 3.14.
As características desse equipamento (Vane Tester) são:
• diâmetro da palheta (D) = 2,4 cm;
• altura da palheta (H) = 4,8 cm;
• constante da mola = 0,0232 Kgf.cm/º
O procedimento adotado na realização desse ensaio foi o mesmo utilizado por
Alves (2002), Santos (2003) e Do Ó (2004), conforme apresentado a seguir:
3.6 Tensão limite de escoamento – valor da tensão de cisalhamento no qual o gradiente de velocidade é igual a zero. Ou seja, para que um material tenha um fluxo viscoso, a força aplicada nesse, deve ser superior a tensão limite de escoamento do referido material.
Escala de leitura
Mola
Fotografia 3.14 – Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento (τ0) fornecido pela empresa Wykeham Farrance Engineering.
Manivela para aplicação o torque
Palheta em forma cruz
90
• primeiramente, preencheu-se um recipiente cilíndrico de PVC de 6,5 cm de
diâmetro e 11,5 cm de altura (com capacidade aproximada de 400 ml) com três
camadas subseqüentes de argamassa, de alturas aproximadamente iguais.
Aplicou-se, em seguida, 20 golpes em cada uma delas, com espátula de bordas
retas, rasando-se a superfície. Tal procedimento é semelhante ao prescrito pela
norma NBR 13278/95 para determinação da densidade de massa e do teor de ar
incorporado em argamassas de assentamento e revestimento;
• inseriu-se a palheta na amostra, de forma a submergi-la por completo;
• aplicou-se, manualmente, uma velocidade aproximada de 90º/minuto,
registrando por meio da escala de leitura de deformações, localizada na parte
superior do aparelho, a deformação medida na fase de cisalhamento. A situação de
torque máximo ou ruptura, fornece o valor da tensão limite de escoamento,
parâmetro reológico que mensura de forma indireta a consistência da argamassa.
No cálculo da tensão limite de escoamento é necessário o conhecimento da
geometria da superfície de escoamento, além da distribuição da tensão de
cisalhamento nesta superfície.
A mecânica dos sólidos faz uma aproximação dessa distribuição de tensão, onde
assume que o escoamento do material se dá ao longo de uma superfície cilíndrica e
que a tensão de cisalhamento é uniformemente distribuída ao longo do cilindro, e
igual a tensão de escoamento (τ0) (Nguyen, 1985). Nesse sentido, o mesmo autor
relata que como a palheta é cravada completamente, a área total a ser considerada
no cálculo, é a área lateral do cilindro mais duas vezes a área da base (superior e
inferior), ou seja, πDH + 2(πD2/4), onde D e H são, o diâmetro e a altura da palheta,
respectivamente.
Com essas considerações a resistência de cisalhamento (tensão de limite de
escoamento) pode ser obtida pela Equação 3.8 (Nguyen, 1985). Com os dados
obtidos do ensaio, multiplicam–se esses pela constante da mola, para obter o torque
91
3
01
2 3mD HT
Dπ τ⎛ ⎞= +⎜ ⎟
⎝ ⎠
máximo. Determina-se, então, a tensão limite de escoamento aplicando a
Equação 3.4.
(3.4)
onde:
Tm = torque máximo, em kgf.cm;
τ0 = Su = tensão limite de escoamento ou resistência ao cisalhamento, em kgf/cm2;
D = diâmetro da palheta, em cm;
H = altura da palheta, em cm.
Os resultados da tensão limite de escoamento (Su) são mostrados em kPa.
Teor de ar incorporado
O teor de ar incorporado foi determinado pelo método pressométrico. Tal ensaio foi
baseado no procedimento da norma Mercosur NM 47:95. Essa preconiza dois tipos
de aparelhos medidores de teor de ar, o tipo A e tipo B. Sendo usado neste trabalho
utilizado o tipo B da marca SOLOTEST específico para argamassas, com
capacidade de 1 litro, conforme mostrado na Fotografia 3.15.
Fotografia 3.15 – Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47:95.
92
A realização desse ensaio consistiu basicamente na execução de 5 etapas, as quais
são descritas a seguir:
• primeiramente, preencheu-se o recipiente com argamassa, em 3 camadas de
volume aproximadamente iguais, adensando-as por meio da aplicação de 25 golpes
(em cada camada), uniformemente distribuídos;
• acoplou-se a tampa sobre o recipiente, mantendo-se as torneiras laterais abertas;
• com a seringa, injetou-se água por meio de um dos orifícios laterais
(“torneira”), até que todo o ar fosse expelido pelo orifício oposto;
• com a bomba de ar, forneceu-se uma pressão inicial, conforme indicado no
equipamento;
• verificou-se se todas as saídas encontravam-se completamente fechadas. Em
seguida, pressionou-se a alavanca que transfere a pressão para o recipiente, por
alguns segundos, até estabilização. Enfim, leu-se no manômetro a porcentagem de
ar existente no material.
Retenção de água
Na determinação da retenção de água das argamassas, foram utilizados dois
métodos de ensaios, a saber: o método de ensaio prescrito pela NBR 13277
(ABNT, 1995), referente à metodologia com o uso de discos de papel filtro e outra,
adotada por Do Ó (2004) por meio da utilização do funil de Büchner modificado.
O método adotado pela Norma Brasileira (papel filtro) baseia-se na quantificação da
massa de água retida na argamassa, após essa ser submetida a uma sucção realizada
por discos de papel filtro (12 discos, com gramatura de 85 g/cm² e 110 mm de
diâmetro) colocado sobre a argamassa fresca, sob uma dada pressão, promovida por
um peso assentado sobre os discos durante 2 minutos. A Fotografia 3.16 ilustra os
aparatos necessários para realização desse ensaio.
93
Fotografia 3.16- Aparatos necessários para determinação da retenção de água, segundo a
NBR 13277 (1995).
Na metodologia prescrita por esta norma, a argamassa é confinada lateralmente e
inferiormente em um recipiente, ficando apenas como face superior exposta, em
contato com os discos de papel-filtro. A perda de água, portanto, será dada por
meio da sucção promovida pela absorção de água dos papéis de filtros. Este ensaio,
segundo alguns pesquisadores3.74, não apresenta sensibilidade suficiente para avaliar
a retenção de água das argamassas, pois este não diferencia argamassas com
composições distintas. Na verdade, trata-se de um ensaio em que a argamassa é
sujeita a um tipo de sucção não encontrada em obra.
Pelo exposto, adotou-se além deste, outro método para mensurar a retenção de água
da argamassa. O princípio desse método de ensaio consiste em medir a massa de
água retida em uma amostra de argamassa, após realização de um tratamento
padronizado de sucção (50 mmHg) por meio de uma aparelhagem composta, por
um funil (funil de Büchner modificado) e uma bomba de vácuo. A aparelhagem
utilizada para sua realização é mostrada na Fotografia 3.17.
3.74 Tristão (1995); Green et al. (1999); Bastos (2001); Nakakura (2003).
94
Fotografia 3.17- Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, por meio do funil de Büchner modificado.
A realização do ensaio de retenção de água consistiu na execução das seguintes
etapas:
• colocou-se o papel-filtro sobre o funil e umedeceu-o. Em seguida retirou-se o
excesso de água do papel-filtro acionando-se a bomba de vácuo e aplicando-se ao
conjunto uma sucção de 50 mmHg durante aproximadamente 90 segundos;
• pesou-se o conjunto funil/papel-filtro (úmido) em balança com resolução de
0,01g e registrou-se sua massa (Mfv);
• com a argamassa preparada, preencheu-se o prato do funil até um pouco acima
da borda e adensou-se com 37 golpes, sendo 16 desses aplicados uniformemente
junto à borda e 21 na parte central;
• após o adensamento retirou-se o excesso de argamassa, mediante o uso de uma
régua metálica, de tal forma a obter uma superfície plana. Com um pano úmido
limpou-se a parte externa do funil e, assim, pesou-o, registrando sua massa (Mfc);
• colocou-se na parte superior do funil uma tampa acrílica perfurada, com intuito
de amenizar ou evitar a perda de água por evaporação. Em seguida aplicou-se na
amostra uma pressão negativa (sucção) correspondente à coluna de 50 mmHg
durante os intervalos de tempo de: 1; 1,5; 3; 5; 10 e 15 minutos (Do Ó, 2004). Para
cada um desses tempos, registrou-se a massa correspondente (Mfi).
Bomba de vácuo
Funil
Frasco que contém a água succionada
Manômetro indicador da sucção.
200 ± 1 (mm)
95
( )( )
1 100fc fi
fc fv
M MRa
FA M M
⎡ ⎤−= − ×⎢ ⎥
× −⎢ ⎥⎣ ⎦
Com os dados obtidos do ensaio, determinou-se a retenção de água das amostras de
argamassa ensaiadas por meio da Equação 3.5.
(3.5)
onde:
Ra = retenção de água3.85, em %;
Mfv = massa do funil vazio e filtro, em g;
Mfc = massa do funil cheio e filtro, em g;
Mfi = massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, em g;
FA = Relação água/argamassa fresca; w
w
MFAM M
=+
Mw = massa total de água utilizada na argamassa, em g;
M = massa de argamassa industrializada ou soma das massas dos componentes
anidros em caso de argamassa dosada, em g.
A Figura 3.21 mostra os resultados da retenção de água realizados nos tempos pré-
estabelecidos, utilizando o funil de Büchner modificado.
50
60
70
80
90
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Tempo de sucção (min)
Ret
ençã
o de
águ
a (%
)
Arg. A Arg. B Arg. C
Figura 3.21- Perfis das curvas de retenção de água das argamassas (A, B e C) utilizando o
funil de Büchner modificado.
53.8 Retenção de água - % da água retida em relação ao teor total de água utilizado.
96
Na Tabela 3.14 são apresentados os resultados médios dos ensaios realizados na
avaliação das argamassas de revestimento.
Tabela 3.14- Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento,
no estado fresco. Resultados Médios Argamassas Propriedade
determinada Método de
Ensaio Arg. A Arg. B Arg. C Consistência
(Espalhamento) NBR 7215
(1982b) 221 mm 252 mm 255 mm
Consistência (Penetração estática
do Cone) ASTM C780/96 22,0 mm 29,0 mm 34,0 mm
Resistência ao cisalhamento (Vane Test)
ASTM D 4648-00 1,19 kPa 1,51KPa 1,70 KPa
Ar incorporado Mercosur NM 47:95 5% 6,5% 8%
Retenção de água (papel filtro)
NBR 13277 (1995 a) 88% 89% 90%
Retenção de água (funil) – 15 minutos Do Ó (2004) 69% 70% 71%
Densidade de massa NBR 13278 (1995 b) 1,88 g/cm³ 1,89 g/cm³ 1,91 g/cm³
Com relação aos resultados de caracterização das argamassas, cabe ressaltar que
ambos os métodos adotados para avaliar a retenção de água destas não se mostraram
sensíveis a ponto de diferenciá-las. Neste sentido, a determinação da consistência
das argamassas bem como, suas respectivas resistências ao cisalhamento, utilizando
métodos oriundos da mecânica dos solos, mostraram-se mais eficientes.
3.4.2- Transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso
A avaliação do transporte de água das argamassas de revestimento foi efetuada
sobre os blocos cerâmicos e de concreto baseada na análise das medidas efetuadas
pelos sensores, a fim de se obter um perfil evolutivo do transporte de água da
argamassa fresca para o substrato poroso, em diferentes posições da camada do
revestimento (próximo à superfície, na camada intermediária e na interface
argamassa-bloco).
97
Este monitoramento, teve por objetivo avaliar a perda de água da argamassa
prioritariamente pela absorção capilar dos blocos, visto que, se a variável
“evaporação”, na superfície do revestimento, atuasse conjuntamente a sucção do
substrato seria difícil saber qual parcela da água da argamassa estaria sendo perdida
por evaporação ou para o bloco. Cabe destacar, que além destas condições de perda
de água da argamassa, ainda há aquela parcela que é perdida na formação dos
produtos de hidratação do cimento.
Para a avaliação do transporte de água da argamassa para o substrato,
primeiramente, efetuou-se a produção da argamassa e posicionou-se os sensores
(saturados) sobre o bloco, em suas respectivas disposições. Lançou-se a argamassa
sobre estes, com o auxílio da caixa-de-queda (sendo efetuado um breve
sarrafeamento), para em seguida colocar o corpo-de-prova em recipiente fechado
(caixa de acrílico) onde a temperatura, aproximadamente de 22ºC, e a umidade
relativa, próxima de 100%, eram controladas, a fim de que a perda de água da
argamassa se processasse, como dito anteriormente, efetivamente pela sucção do
bloco. As Fotografias 3.18 a 3.20 mostram detalhes do posicionamento dos sensores
e do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o substrato.
Fotografia 3.18- Posicionamento dos sensores – espessura do revestimento de 50 mm.
98
Os sensores posicionados próximos à região de interface argamassa/bloco eram os
que mais rapidamente apresentavam diminuição de intensidade de corrente, uma
que vez o transporte de água neste local era mais intenso. Por outro lado, os
sensores localizados mais próximos à superfície do revestimento apresentavam
comportamento oposto ao anterior (em especial quando se monitorava o
revestimento de 50mm), com maior intensidade de corrente, por um período de
tempo mais extenso. Este comportamento se deve ao ambiente que as amostras se
encontravam (elevada umidade relativa), tornando mais lenta a perda de água nesta
camada. Cabe salientar que em condições “normais” de obra esta região perderia
água mais rapidamente e de forma mais intensa devido à ação da evaporação para o
meio ambiente. As Fotografias 3.21 e 3.22 ilustram este comportamento.
Fotografia 3.21- Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à
superfície do revestimento.
Fotografia 3.22- Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à
interface do revestimento.
Fotografia 3.20- Monitoramento do transporte de água da argamassa.
Fotografia 3.19- Lançamento da argamassa sobre os blocos.
99
A avaliação da movimentação de água da argamassa fresca, nos momentos
pós-aplicação, foi realizada até o tempo de 540 minutos (nove primeiras horas).
Neste período, uma parcela extremamente significativa da água já foi transportada
para o substrato (maior que 65%), independentemente das variáveis envolvidas, o
que permite uma apreciação ampla de cada situação, e suas possíveis correlações
com o desempenho do revestimento.
3.4.3- Determinação da Resistência de Aderência à Tração Direta das Argamassas de
Revestimento
A aplicação das argamassas sobre os blocos isolados, para realização dos ensaios de
resistência de aderência, foi semelhante ao procedimento utilizado no
monitoramento do transporte de água, de forma que estes fossem avaliados sob
condições similares. Deste modo, logo após o lançamento das argamassas sobre os
blocos, com o uso da caixa de queda e a face a revestir na horizontal, estes foram
acondicionados por 72 horas em dispositivos semelhantes aos dos corpos-de-prova
submetidos ao monitoramento do transporte de água e sob mesmas condições
ambientais, temperatura de 22ºC e umidade relativa próxima de 100%. Após estas
primeiras 72 horas as amostras permaneceram em ambiente de laboratório, porém,
sem esse controle de temperatura e umidade relativa, até completar 28 dias de idade,
quando então foram realizados os ensaios de resistência de aderência das
argamassas.
A referida determinação foi efetuada sobre os blocos cerâmicos e de concreto de
acordo com o procedimento descrito na NBR 13528 (ABNT, 1995). Para o preparo
dos corpos-de-prova foi utilizada uma serra diamantada a seco, sem impactos e de
forma continuada, até se atingir a superfície do bloco. A colagem dos dispositivos
de tração foi efetuada em seguida, com uso de adesivo à base de poliéster, cerca de
6 horas antes do ensaio. Para cada ensaio realizado foram registradas as cargas de
ruptura, o diâmetro efetivo do corpo-de-prova, a espessura do revestimento e os
100
percentuais dos tipos de ruptura. Os diversos locais onde podem ocorrer as rupturas
nos corpos-de-prova são mostrados na Figura 3.22.
(a) ruptura na interface argamassa/substrato;
(b) ruptura no interior da argamassa de revestimento;
(c) ruptura no substrato;
(d) ruptura na interface revestimento/cola;
(e) ruptura na interface cola/pastilha metálica.
Figura 3.22- Tipos de rupturas possíveis de se obter na determinação de resistência de aderência (NBR 13528, 1995).
3.4.4- Caracterização da microestrutura porosa das argamassas e dos substratos
3.4.4.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio
Este ensaio foi realizado no Laboratório de Materiais de Construção Civil da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) no Rio Grande do Sul. Os
corpos-de-prova destinados aos ensaios, possuíam dimensões máximas de 8 mm de
diâmetro e 25 mm de comprimento.
Para as argamassas, as quais haviam passado pelo processo de monitoramento de
movimentação de água, foram retiradas amostras referentes as três granulometrias,
aplicadas individualmente nos dois tipos de blocos e, em duas regiões distintas:
próximo a interface argamassa/substrato e outra, mais central ao revestimento (de
modo a evitar que estas estivessem carbonatadas). As amostras dos substratos
também foram retiradas dos corpos-de-prova que haviam passado pelo
monitoramento do transporte de água, porém, de outras regiões que não a da
interface argamassa/substrato. As representações esquemáticas dos locais onde
101
foram retiradas as amostras das argamassas e dos substratos são apresentadas na
Fotografia 3.23.
Fotografia 3.23 – Representação esquemática da posição de extração das amostras das
argamassas e dos substratos.
O mercúrio foi intrudido nas amostras de forma contínua e em velocidade média
sendo considerado um ângulo de contato de 140º e uma tensão superficial do
mercúrio de 4,8.10-1 N/m. O resultado do ensaio de porosimetria por intrusão de
mercúrio é expresso em volume de mercúrio intrudido em relação à massa total do
corpo-de-prova, dado em ml/g.
3.4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor d’água
As amostras das argamassas e dos blocos, utilizadas na realização do ensaio de
porosimetria por dessorção, foram também extraídas de corpos-de-prova que
sofreram o monitoramento do transporte de água. As dimensões das amostras foram
de aproximadamente 20 mm de comprimento por 10mm de diâmetro.
As amostras foram colocadas em água de cal, por 5 dias, até saturação completa,
sendo em seguida pesadas e armazenadas em recipientes com solução saturada de
LiCl, MgCl2, K2CO3, NaBr, NaCl, KCl, KNO3, K2SO4 e água destilada. A pressão
de vapor de água, assim obtida, provém de umidade relativa por volta de 11%, 33%,
43%, 59%, 75%, 86%, 94%, 98% e 100%, respectivamente.
Locais de retirada das amostras dos substratos
Locais de retirada das amostras das argamassas
102
Os recipientes desenvolvidos para armazenar as amostras com solução saturada,
para controle da umidade relativa, dispõem de dois níveis separados por uma
superfície perfurada. No nível inferior é colocada a solução saturada e no superior
são colocadas as amostras. As Fotografias 3.24 (a) e (b) apresentam os recipientes
para armazenamento das amostras, bem como o equipamento utilizado em seus
respectivos controles de umidades relativas (Bauer, Paes e Lara, 2004).
(a) (b)
Fotografias 3.24- Ensaio de porosimetria de dessorção de vapor d’água. (a) Recipientes de armazenamento das amostras do ensaio. (b) Controle da umidade
relativa no interior dos recipientes. Foram feitos registros periódicos das massas das amostras até sua estabilização.
Após esta etapa, as amostras foram secas em estufa (até constância de massa), a
temperatura de 105°C para obtenção de sua massa seca. A relação entre o diâmetro
aproximado da abertura do poro que está vazio (seco) a uma certa umidade relativa
é dada pela lei de Kelvin, como apresentada na Tabela 3.15.
Tabela 3.15- Diâmetro do poro suscetível à condensação, em função da umidade relativa
para a temperatura de 20ºC (Kjellsen & Atlassi, 1999). Soluções Saturadas Umidade Relativa (%) Diâmetro do poro (µm)
LiCl 11% 0,0015 MgCl2 33% 0,0025 K2CO3 43% 0,0035 NaBr 59% 0,0050 NaCl 75% 0,0095 KCl 86% 0,016
KNO3 94% 0,04 K2SO4 98% 0,1
Os resultados do ensaio são apresentados em volume de água na amostra em relação
à massa seca da mesma (ml/g) em função do diâmetro de poro (µm). Cabe ressaltar
103
a necessidade de fazer uma correção das massas das amostras em relação a uma
massa padrão, visto que a massa das diversas amostras armazenadas nos recipientes,
com diferentes umidades relativas, não são iguais. O método se aplica para medidas
de poros na faixa de 0,0015 a 10 µm, sendo mais adequada para a faixa de 0,0015 a
0,1µm, ou seja, uma faixa de poros com dimensões bem pequenas, o que permite
complementar a porosimetria por intrusão de mercúrio e, conseqüentemente,
expandir o espectro das dimensões dos poros avaliados dos materiais.
4- APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos no programa experimental
desta tese. Inicialmente são expostos os valores relativos aos ensaios realizados com
os substratos frente as suas características físicas de absorção de água livre: IRA,
absorção total (saturação), absortividade e absorção de água ao longo do tempo. Em
seguida são apresentadas as características de porosidade destes componentes
(porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de
água). A seguir apresentam-se os resultados em forma de gráficos (perfis) do
transporte de água da argamassa fresca para os substratos porosos (blocos cerâmicos
e de concreto). Posteriormente, mostram-se os resultados relacionados ao espectro
de dimensões de poros das argamassas em duas regiões distintas (próximo à
interface argamassa/bloco e no interior do revestimento), também obtidos por meio
de porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de
água. Finalmente, vêem-se os resultados de resistência de aderência à tração das
argamassas realizadas em blocos isolados. Cabe salientar que uma discussão mais
ampla dos resultados será apresentada no Capítulo 5.
4.1- IRA, absorção total de água, absorção de água (ao longo do tempo) e
absortividade (s) dos blocos
A Tabela 4.1 mostra os resultados médios obtidos nos ensaios de IRA, absorção
total de água e absortividade (S), dos blocos cerâmicos e de concreto.
Tabela 4.1– Resultados de IRA, absorção total de água e absortividade dos blocos
cerâmico e de concreto com 45 dias, 6 meses e superior aos 8 meses de idade. IRA Absorção total Absortividade
(g/194cm²/min) (%) (mm.min-1/2) Natureza Idade
MédiaCV (%) Média CV (%) Média CV (%)
45 dias 25,7 4,1 20,6 4,9 0,38 3,0 6 meses 25,5 3,0 20,4 4,7 0,37 2,6 Cerâmico
> 8 meses* 25,5 3,1 20,3 4,7 0,37 2,6 45 dias 60,3 13,8 8,1 16,7 0,47 12,5 6 meses 50,7 12,0 7,3 10,3 0,45 7,8 Concreto
> 8 meses* 50,2 9,9 7,0 9,2 0,44 7,2 * A aplicação da argamassa sobre os substratos para posterior monitoramento foi realizada em idade próxima aos 8 meses.
105
As características distintas entre os blocos, estão atreladas, dentre outras, ao
processo de fabricação destes. Os blocos cerâmicos são produzidos por meio de
queima contínua originando componentes com características que praticamente não
se alteram com a idade.
O bloco de concreto, por sua vez, é dependente dentre outros, da compatibilidade
entre o tipo de cimento e os demais materiais empregados em sua confecção além,
do processo de cura. Estes blocos, logo após a moldagem sofrem cura a vapor, por
aproximadamente 72 horas, a fim de acelerar as reações de hidratação do cimento
de forma que as unidades (blocos) atinjam determinados valores de resistência à
compressão, de acordo com a função determinada (vedação ou estrutural). No
entanto, as reações de hidratação do cimento continuam se processando e,
conseqüentemente, a estrutura porosa dos blocos sofre transformações, no decorrer
do tempo. Logo, ao se utilizar bloco de concreto, em idades iniciais, as suas
características potenciais, como por exemplo, resistência à compressão e absorção
de água, ainda não estão completamente “estabilizadas”, o que gera grande
variabilidade na determinação destas, conforme valores obtidos nos resultados de
IRA e da absorção capilar de água (ao longo do tempo) realizadas nos referidos
blocos.
O IRA do bloco de concreto foi expressivamente superior, praticamente o dobro, ao
do bloco cerâmico, independentemente das idades analisadas (45 dias ou 6 meses).
No entanto, a determinação da absorção total de água dos blocos, situação em que
estes se encontram saturados, mostrou que o bloco de concreto apresenta uma
absorção total (7,0%) bem inferior ao bloco cerâmico (20%).
Já as curvas de absorção capilar de água livre, ao longo do tempo, dos blocos de
concreto e cerâmico (Figura 4.1), mostram que nos primeiros 35 minutos, a
absorção de água do bloco de concreto é superior ao do bloco cerâmico, a partir
desse tempo, este último passa a apresentar absorção maior que a do concreto.
106
Curvas de absorção de água dos blocos (ao longo do tempo)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo1/2 (min)
Água
abs
orvi
da p
or u
mid
ade
de á
rea
(g/c
m² *
100
)
Bloco de Concreto Bloco Cerâmico
Figura 4.1- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico e de concreto, para
determinação da absortividade, aos 6 meses de idade (S).
A partir da curva obtida no ensaio de absorção capilar de água livre (ao longo do
tempo) calcula-se a absortividade dos blocos a qual avalia, indiretamente, a
velocidade de absorção de água dos componentes. Nesta pesquisa a absortividade
dos blocos foi calculada a partir dos primeiros cinco minutos. Os resultados desta
propriedade se mantiveram praticamente constantes para os blocos cerâmicos, ou
seja, resultados com mesma ordem de grandeza (25 g/194cm²/min) nas diferentes
idades analisadas, em virtude, da “estabilidade” nas características desses blocos. O
bloco de concreto, por sua vez, teve sua absortividade reduzida em 9%, o que já era
esperado em decorrência da evolução da hidratação do cimento por um tempo mais
prolongado, alterando assim, os valores desta propriedade. Cabe destacar, que a
partir dos 6 meses de idade os blocos de concreto passaram a não apresentar
alterações substanciais nos resultados de IRA e absortividade.
Observa-se pelos comportamentos distintos entre o IRA e absorção de água total,
que estes medem características diferentes relacionadas diretamente as suas
respectivas estruturas de poros e natureza. Neste sentido, a avaliação que
possivelmente melhor consiga caracterizar o comportamento desses componentes
seja a avaliação da curva de absorção de água ao longo do tempo. Por meio desta
pode-se perceber características inerentes a cada tipo de bloco com relação a sua
107
absorção de água e ainda, a diferenciação desta característica em relação a
componentes de outros tipos.
4.1.1- Estruturas de Poros dos Substratos de Blocos Cerâmicos e de Concreto
Avaliadas por meio de Porosimetria por Intrusão de Mercúrio e Porosimetria por
Dessorção de Vapor de Água
4.1.1.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio
O ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio permite observar o espectro de
dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Esta técnica se aplica para medidas de
poros na faixa de 0,003µm a 400µm, sendo mais apropriada para a faixa de 0,1 a
100µm, segundo a BS 7591/1992.
Os ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio foram realizados com o intuito
de caracterizar a porosidade e avaliar a distribuição do tamanho dos poros dos
substratos.
Os resultados dos ensaios de intrusão de mercúrio são apresentados de duas formas:
• Volume de mercúrio incremental versus diâmetro dos poros: indica, por meio do
volume de mercúrio intrudido, a quantidade de poros de um determinado diâmetro;
• Volume de mercúrio acumulado versus diâmetro dos poros: mostra a quantidade
total de mercúrio intrudido, por unidade de massa da amostra, a um determinado
nível de pressão atingida durante o ensaio, representando a porosidade do material
até o diâmetro de poro correspondente.
Outro parâmetro importante a ser considerado na porosimetria por intrusão de
mercúrio, é o diâmetro crítico definido como a menor dimensão de poro acima da
qual se estabelece uma trajetória de poros conectados de uma extremidade a outra
da amostra (Sato, 1998). Nos gráficos obtidos com esta técnica (volume
acumulado), observa-se uma mudança na curvatura de distribuição dos poros
coincidente no mesmo diâmetro. Além deste, outros resultados podem ser extraídos
a partir deste ensaio, a saber: o diâmetro característico, definido neste trabalho
108
como o tamanho de poros onde se tem o valor máximo de volume intrudido, sendo
este valor retirado dos resultados (Figuras) de volume incremental; o diâmetro
médio; a área total de poros e o volume intrudido.
4.1.1.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água O ensaio de porosimetria por dessorção de vapor de água também permite observar
o espectro de dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Porém, esta técnica se
aplica para medidas de poros na faixa de 0,0015µm a 10µm sendo mais adequada
para a faixa de 0,0015 a 0,1µm, ou seja, poros bem menores do que os observados
na porosimetria por intrusão de mercúrio.
A Figura 4.2 (A e B) e a Tabela 4.2 apresentam os resultados de porosimetria por
intrusão de mercúrio nos substratos de blocos cerâmicos e de concreto. Já a Figura
4.3 mostra os resultados obtidos com o uso da técnica de porosimetria por dessorção
de vapor de água.
Blocos Cerâmicos e de Concreto
0,000
0,002
0,004
0,006
0,008
0,010
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B. Cerâmico B. Concreto
Blocos Cerâmicos e de Concreto
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acu
mul
ado
(ml/g
)
B. Cerâmico B. Concreto
(A) (B)
Figura 4.2- Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso da porosimetria por intrusão de mercúrio. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros
dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
Tabela 4.2- Resultados de porosimetria por intrusão de mercúrio dos substratos de blocos cerâmicos e de concreto.
Substratos Características Cerâmico Concreto Diâmetro crítico (µm) 4,52 1,35
Diâmetro característico (µm) 0,30 169,20 Diâmetro médio (µm) 2,43 4,62
Área total de poros (m²/g) 12,44 0,95 Volume intrudido (ml/g) 0,16 0,05
109
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,060
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro de Poro (µm)
Volu
me
incr
emen
tal (
ml/g
)
B. Concreto B. Cerâmico
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâm etro de Poro (µm)
Vol
ume
acum
ulad
o (m
l/g)
B. Concreto B. Cerâmico
(A) (B)
Figura 4.3- Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso da porosimetria por dessorção de vapor de água. (A) volume incremental (ml/g) versus
diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
A porosimetria por intrusão de mercúrio e a porosimetria por dessorção evidenciam
as diferenças marcantes existentes entre os dois tipos de substratos utilizados.
O bloco de concreto apresenta duas faixas de poros característicos, sendo ambas
detectadas pela porosimetria por intrusão de mercúrio. Uma está entre 0,1 µm a
3,8 µm e a outra entre 54,0 µm a 270,0 µm, região onde se encontra o diâmetro
característico. O bloco cerâmico, por sua vez, também apresenta duas regiões onde
são encontradas grandes quantidades de poros de uma determinada dimensão. No
entanto, estas são observadas na porosimetria por intrusão de mercúrio, que está
entre 0,01 µm a 3,8 µm e outra, detectada na porosimetria por dessorção que está
entre 0,01µm a 10µm. Apesar das faixas representativas dos diâmetros
característicos do substrato de concreto ser bem maior do que a do bloco cerâmico,
a área total de poros deste (bloco cerâmico) é bem superior a do bloco de concreto
(92% maior). Esta característica também é percebida pelo volume intrudido de
mercúrio, para os dois tipos de blocos, sendo este também bastante superior no
bloco cerâmico (62% maior).
110
4.2- MOVIMENTAÇÃO E FIXAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA
Os perfis obtidos na avaliação do transporte de água das argamassas frescas, para os
substratos porosos, são relativos à média dos quatro corpos-de-prova utilizados para
cada uma das situações analisadas. A decisão pela apresentação dos resultados
médios, ao invés dos individuais, foi em decorrência do comportamento
extremamente similar entre as 4 amostras ensaiadas, conforme mostrado no
Apêndice B. No que se refere aos sensores, também foi feita uma média de suas
leituras. Cabe lembrar, que se posicionou dois sensores para cada região
pré-estabelecida. As leituras nestas regiões, em ambos os sensores, foram bastante
análogas.
As configurações dos perfis mostram diferenças típicas entre os revestimentos de
maior e menor espessura, independentemente da alteração das variáveis de
pesquisa. A título de exemplo destes comportamentos, são apresentados os perfis
obtidos com a aplicação da argamassa A, sobre bloco de concreto, nos
revestimentos de 30 e 50 mm.
Bloco de Concreto - Arg. A - 30mm
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Águ
a Tr
ansp
orta
da (%
)
Camada superfície Camada intermediária Camada da interface
Figura 4.4- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto:
revestimento de 30 mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas).
111
Bloco de Concreto - Arg. A - 50mm
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Águ
a Tr
ansp
orta
da (%
)
Camada Superficial Camada Intermediária (Super)
Camada Intermediária (Infer) Camada da Interface
Figura 4.5- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto:
revestimento de 50 mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas).
Observando-se o perfil de movimentação de água do revestimento de 30 mm, vê-se
que, apesar de terem sido posicionados sensores, em três regiões distintas (próximo
à superfície do revestimento, intermediária à altura da camada do revestimento e
próximo à interface argamassa/substrato), os que estavam dispostos na região
intermediária ao revestimento, monitoraram, praticamente, o mesmo local dos que
estavam posicionados próximos à interface argamassa/substrato. Isto se deve a
pequena diferença na distância (altura) que estes sensores ficaram afastados uns dos
outros e ao potencial de sucção do substrato que para esta espessura do revestimento
atua em toda a sua extensão. Sendo assim, os revestimentos com 30 mm de
espessura foram analisados em duas regiões; próximo à superfície do revestimento e
próximo à interface argamassa/substrato (observar dados da Figura 4.4,
coincidência de valores).
O transporte de água da argamassa ocorreu, preferencialmente, por sucção dos
substratos, com a camada próxima à interface argamassa/substrato, perdendo mais
água que as demais regiões. Esta condição foi definida pelas condições impostas às
112
amostras ensaiadas (temperatura em torno dos 22Cº e umidade relativa próxima de
100%).
A análise dos perfis permite observar que existem três regimes na movimentação de
água da argamassa (R1, R2 e R3). Estes regimes são mais expressivamente
percebidos no revestimento de 50 mm. O regime R1 está compreendido no intervalo
de tempo de 0 a 5 minutos. O regime R2, entre 5 a 60 minutos e, o regime R3, de 60
a 540 minutos. A partir desta constatação, linearizou-se os trechos dos perfis para
cada camada individualmente (o menor valor de correlação linear foi de R² = 0,96)
obtendo-se diferentes inclinações de retas (coeficiente angular). Estas inclinações
demonstram a intensidade com que o transporte de água está ocorrendo nos
respectivos trechos, no decorrer do tempo. A inclinação mais acentuada indica uma
maior perda de água. Por sua vez, a menor inclinação denota uma menor
intensidade desta perda. Estes comportamentos, com suas respectivas divisões por
regimes, podem ser observados nos perfis obtidos com a argamassa A, aplicada
sobre blocos cerâmicos, conforme demonstrado nas Figuras 4.6 e 4.7 a seguir.
Bloco Cerâmico - 30mm - Arg. A
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtada
(%)
Figura 4.6- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico:
revestimento de 30 mm – Linearização das camadas.
Camada da interface Camada da superfície
R1 R2 R3
113
Bl. Cerâmico - Arg. A - 50mm
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Figura 4.7 Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico:
revestimento de 50 mm – Linearização das camadas.
Além de se avaliar a intensidade da movimentação de água, em diferentes regiões
do revestimento, outro resultado importante que pode ser extraído dos perfis de
movimentação de água, é a velocidade média com que este transporte está
ocorrendo entre as camadas. Esta avaliação foi realizada nos mesmos intervalos de
tempo empregados na linearização das camadas. Com os valores da água
transportada da argamassa no decorrer do tempo, calculou-se a velocidade média
nos trechos, em g/seg (gramas por segundo), a partir da seguinte formulação:
Vm(T) = )I(t)F(t
))y(AI()x(AI())y(AF)x(AF(
TT −−−− (4.1)
Onde:
Vm(T) = velocidade média (entre camadas), no trecho avaliado;
AF(x) = Quantidade final de água no trecho (x);
AF(y) = Quantidade final de água no trecho (y);
AI(x) = Quantidade inicial de água no trecho (x);
AI(y) = Quantidade inicial de água no trecho (y);
t(FT) = tempo final no trecho avaliado;
t(IT) = tempo inicial no trecho avaliado.
Camada da interface Camada intermediária (inf.) Camada intermediária (sup.) Camada da superfície
R1 R2 R3
114
A nomenclatura utilizada para representar os valores das velocidades médias de
água transportada das argamassas (entre as camadas), nos revestimentos de 30 mm e
50 mm, foram as seguintes:
Tabela 4.3- Nomenclatura utilizada na apresentação dos resultados das velocidades médias
do transporte de água das argamassas para os substratos, nos regimes R1, R2 e R3. Revestimentos Nomenclatura
30 mm V1 Velocidade média do transporte de água entre a camada próxima à
superfície do revestimento e a camada próxima à interface argamassa/substrato
V1 Velocidade média do transporte de água entre a camada próxima à superfície do revestimento e a camada intermediária (superior)
V2 Velocidade média do transporte de água entre as camadas intermediárias (superior) e (inferior)
50 mm
V3 Velocidade média do transporte de água entre a camada intermediária (inferior) e a camada próxima à interface argamassa/substrato
Um valor nulo da velocidade significa que o fluxo ocorre com a mesma velocidade
entre as camadas. O valor positivo da velocidade indica que o transporte de água
ocorre da argamassa para o substrato. O valor negativo, por sua vez, indica um
fluxo reverso, ou seja, do substrato para a argamassa. As Tabelas apresentadas a
seguir mostram os resultados extraídos dos perfis do transporte de água das
argamassas frescas para os substratos porosos.
4.2.1- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em
revestimentos de 30 mm
Tabela 4.4- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa
A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm. Taxa de água
transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada
(g) Regimes
Tempos (min) Camada
superfície Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média do
transporte de água entre as
camadas (V1) - (g/min)
R1 0 a 5 4,1 7,2 9 17 169 320 30 R2 5 a 60 5,2 5,4 26 27 489 508 0 R3 60 a 540 2,5 2,7 39 41 733 771 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1880 g
115
Tabela 4.5- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada
(g) Regimes
Tempos (min) Camada
superfície Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média do
transporte de água entre as
camadas (V1) - (g/min)
R1 0 a 5 6,2 9,0 14 20 263 376 23 R2 5 a 60 6,9 7,0 35 38 658 714 1 R3 60 a 540 2,3 2,0 37 31 696 583 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1880 g
Tabela 4.6- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada (g) Regimes
Intervalos Tempos
(min) Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média entre as camadas (V1) (g/min)
R1 0 a 5 5,0 7,0 11 16 225 327 20 R2 5 a 60 6,1 6,3 31 33 633 674 1 R3 60 a 540 2,1 2,4 34 37 695 756 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 2043 g
Tabela 4.7- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada (g) Regimes
Intervalos Tempos
(min) Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média entre as camadas (V1)
(g/min)
R1 0 a 5 7,0 9,6 16 22 327 449 25 R2 5 a 60 7,1 6,7 52 36 735 736 0 R3 60 a 540 1,8 1,9 28 30 572 613 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 2043 g
Tabela 4.8- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada (g) Regimes
Intervalos Tempos
(min) Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média entre as camadas (V1) (g/min)
R1 0 a 5 5,6 8,1 12 18 222 333 22 R2 5 a 60 6,3 6,2 33 34 611 629 0 R3 60 a 540 1,9 2,1 31 32 573 592 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1850 g
116
Tabela 4.9- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água Transportada (%)
Água Transportada (g) Regimes
Intervalos Tempos
(min) Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Camada superfície
Camada interface
Velocidade média entre as camadas (V1)
(g/min)
R1 0 a 5 8,3 10,5 19 23 352 426 15 R2 5 a 60 7,1 7,5 38 41 703 758 1 R3 60 a 540 1,7 1,8 27 27 499 500 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1850 g
As argamassas aplicadas sobre esta espessura de revestimento (30 mm),
apresentaram um transporte de água intenso, inclusive na camada próxima a
superfície do revestimento o que demonstra a influencia da sucção do substrato,
quando da utilização de espessuras menores. Esta perda de água ocorreu
substancialmente nos primeiros 60 minutos (regimes R1 e R2), conforme pode ser
observado pela inclinação das retas. Após este tempo, as inclinações tornam-se
menores, indicando uma diminuição na intensidade de perda de água da argamassa.
A quantidade de água transportada da argamassa fresca, para o interior do substrato
de concreto, foi maior que a transportada para o substrato cerâmico, justamente, nos
primeiros 60 minutos (regimes R1 e R2). Após este intervalo de tempo, o substrato
cerâmico passou a absorver uma quantidade maior de água. A análise de como se
processa a velocidade do transporte de água da argamassa, entre as camadas do
revestimento (30 mm), mostrou que no regime R1 (5 primeiros minutos) esta é
bastante intensa e com uma quantidade expressiva de água transportada. Nos
demais regimes, esta velocidade diminui drasticamente.
4.2.2- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em
revestimentos de 50 mm
As Tabelas apresentadas a seguir são referentes ao transporte de água das argamassas
(A, B e C), com revestimento de 50 mm.
117
Tabela 4.10- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 0,8 1,5 2,4 3,2 2 3 5 7 38 56 94 132 4 8 8 R2 5 a 60 5,4 5,5 5,7 5,9 28 29 30 32 526 546 564 601 0 0 1 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,5 1,6 25 26 26 27 470 488 489 508 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1880g
Tabela 4.11- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 2,8 2,8 3,2 5,0 6 7 8 11 113 132 150 207 4 4 11 R2 5 a 60 6,5 6,7 6,7 6,6 35 36 36 37 658 676 677 696 0 0 0 R3 60 a 540 1,3 1,3 1,3 1,3 20 21 22 21 376 395 414 470 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1880g
118
Tabela 4.12- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 2,8 3,2 3,2 4,1 6 7 7 9 123 143 143 184 4 0 8 R2 5 a 60 6,2 6,2 6,2 6,3 34 33 35 34 694 674 715 695 0 1 0 R3 60 a 540 0,8 0,8 0,9 0,9 14 14 14 16 286 286 286 327 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 2043g
Tabela 4.13- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 4,2 4,7 5,3 6,2 10 11 12 14 204 225 245 286 4 4 8 R2 5 a 60 6,3 6,5 6,8 7,1 33 35 37 39 674 715 756 797 1 1 1 R3 60 a 540 1,4 1,3 1,4 1,3 23 21 21 20 470 429 429 408 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 2043g
119
Tabela 4.14- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 3,9 5,4 5,4 7,1 9 12 13 16 167 222 241 296 11 4 11 R2 5 a 60 7,2 6,9 7,1 6,8 38 36 37 35 703 666 684 648 0 0 0 R3 60 a 540 0,8 0,8 0,8 0,8 14 14 14 15 259 259 259 277 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1850g
Tabela 4.15- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre
as camadas (g/min) Regimes Tempos
(min) Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface
Camada superfície
Camada interm. (sup.)
Camada interm.
(inf)
Camada interface V1 V2 V3
R1 0 a 5 5,6 6,1 6,8 7,6 13 14 15 17 241 259 278 315 4 4 7 R2 5 a 60 7,3 7,1 7,0 7,1 39 38 37 39 721 703 684 721 0 0 1 R3 60 a 540 1,3 1,3 1,3 1,3 20 20 24 20 370 370 444 370 0 0 0
Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1850g
120
A movimentação de água das argamassas, em revestimentos de 50 mm de
espessura, mostram diferenças significativas com relação ao revestimento de 30
mm. A influência direta da espessura do revestimento, do tipo de argamassa e do
tipo de substrato utilizado, com relação à movimentação de água da argamassa,
torna-se bastante explicita.
A quantidade de água transportada para o interior do substrato de concreto, nos
regimes R1 e R2, assim como no revestimento de 30 mm, foi sempre superior à
quantidade transportada para o substrato cerâmico. Este transporte também foi
majorado com o uso de argamassas executadas com agregados de maiores
diâmetros.
A velocidade com que a água da argamassa foi transportada entre as camadas dos
revestimentos de 50 mm, foi bastante reduzida quando comparada aos
revestimentos de 30 mm. Este resultado também já era esperado, uma vez que a
quantidade de água a ser transportada é bem maior e a resistência a este transporte
também se eleva devido às forças de natureza físicas atuantes no sistema
(argamassa), já comentadas anteriormente.
Vê-se que a partir da obtenção dos perfis do transporte de água da argamassa para
os substratos, é possível avaliar: a intensidade com que a argamassa está perdendo
água em uma determinada região (camada), a velocidade média com que este
transporte está ocorrendo entre diferentes camadas e a quantidade aproximada da
perda de água da argamassa, por camadas, no decorrer do tempo. Estes dados são
extremamente relevantes para o entendimento de diversos fenômenos oriundos
deste transporte, como por exemplo, a retração por secagem. A aderência também é
altamente influenciada por esta movimentação de água, uma vez que a velocidade e
a quantidade de água succionada pelo substrato é fundamental para a ancoragem do
revestimento.
121
4.3- ESTRUTURAS DE POROS DAS ARGAMASSAS AVALIADAS POR MEIO DE
POROSIMETRIA POR INTRUSÃO DE MERCÚRIO E POROSIMETRIA POR
DESSORÇÃO DE VAPOR DE ÁGUA
4.3.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio
A seguir são apresentados os resultados obtidos para as argamassas com a
realização desta técnica.
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
cc/g
)
A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária
(A) (B)
Figura 4.8- Argamassa A – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)
volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
(A) (B)
Figura 4.9- Argamassa B – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)
volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
122
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Acum
ulad
o (m
l/g)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
(A) (B) Figura 4.10- Argamassa C – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)
volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
Tabela 4.16- Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato cerâmico.
Argamassas A B C Substrato Características Região
interfaceRegião
intermediáriaRegião
interfaceRegião
intermediáriaRegião
interface Região
intermediáriaDiâmetro
crítico (µm) 3.62 4,21 4,34 4,39 4,39 4,53
Diâmetro característico
(µm) 1,39 2,45 1,50 3,05 1,48 2,23
Diâmetro médio (µm) 4,10 4,07 3,35 4,45 4,36 3,70
Área total de poros (m²/g) 1,34 1,52 1,62 1,09 1,71 1,20
Cerâmico
Volume intrudido (ml/g) 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,12
Prossegue-se com a apresentação dos resultados de porosimetria por intrusão de
mercúrio, porém, referentes às amostras de argamassas retiradas de revestimentos
aplicados sobre substrato de blocos de concreto.
123
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Incr
emen
tal (
ml/g
)
A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária
(A) (B) Figura 4.11- Argamassa A – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado
(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Acu
mul
ado
(ml/g
)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
(A) (B) Figura 4.12- Argamassa B – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado
(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acu
mul
ado
(ml/g
)
B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária
(A) (B) Figura 4.13- Argamassa C – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado
(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).
124
Tabela 4.17- Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato de concreto.
Argamassas A B C Substrato Características Região
interfaceRegião
intermediáriaRegião
interfaceRegião
intermediáriaRegião
interface Região
intermediáriaDiâmetro
crítico (µm) 2,10 2,31 2,15 2,00 4,03 4,34
Diâmetro característico
(µm) 0,89 1,22 1,04 1,06 0,91 2,24
Diâmetro médio (µm) 4,15 3,32 3,66 2,40 4,07 4,11
Área total de poros (m²/g) 2,36 2,42 2,05 2,34 1,90 1,56
Concreto
Volume intrudido (ml/g) 0,11 0,11 0,11 0,12 0,11 0,11
No ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio foi possível observar diferenças
nas estruturas porosas das três argamassas utilizadas, bem como, distinções entre as
duas regiões em que as amostras foram retiradas. As amostras de argamassas,
extraídas da região de interface argamassa/bloco apresentam poros com diâmetros
menores, comparativamente as amostras retiradas da camada mais intermediária do
revestimento. Este fato pode estar relacionado ao poder de sucção do substrato, que é
muito intenso neste local. Neste caso, ao retirar água da argamassa, possivelmente,
ocorre uma redução da relação água/cimento e, conseqüentemente, uma redução da
dimensão dos poros. Além deste, pode ocorrer ainda um aumento da tensão de
confinamento provocada pela sucção do substrato que transporta os produtos de
hidratação para o seu interior.
A área total de poros dos revestimentos aplicados sobre o bloco de concreto é
superior ao do bloco cerâmico. No entanto, quando se comparam os diâmetros
críticos, característico e médio, vê-se que estes tendem a ser inferiores quando as
argamassas são aplicadas sobre substrato de concreto. A quantidade de água
transportada para o interior do substrato e a natureza destes, possivelmente está
interferindo na formação da estrutura de poros dos revestimentos e,
conseqüentemente, nas características e propriedades dos revestimentos tanto no
estado fresco, como, provavelmente, no endurecido.
125
4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água
O ensaio de porosimetria por dessorção de vapor d’água também permite observar o
espectro de dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Porém, esta técnica se
aplica para medidas de poros na faixa de 0,0015µm a 10µm sendo mais adequada
para a faixa de 0,0015 a 0,1µm, ou seja, poros bem menores do que os observados
na porosimetria por intrusão de mercúrio.
As amostras extraídas das argamassas para o ensaio de porosimetria por dessorção
foram também retiradas de duas regiões diferentes dos corpos-de-prova, sendo os
mesmos locais já mencionados no ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio,
ou seja, na região de interface argamassa/substrato e intermediária ao revestimento.
As Figuras a seguir mostram os resultados destas determinações.
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
ml/g
)
A - Reg.da Intermediária A - Reg.Interface
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetros dos poros (µm)
Volu
me
Acu
mul
ado
(ml/g
)
A - Reg.da Intermediária A - Reg.Interface
(A) (B) Figura 4.14- Argamassa A – Amostras retiradas da região de interface
argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus
diâmetro dos poros (µm).
126
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B - Reg.da Intermediária B - Reg.Interface
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetros dos poros (µm)
Vol
ume
Acu
mul
ado
(ml/g
)
B - Reg. Intermediária B - Reg. da interface
(A) (B) Figura 4.15- Argamassa B – Amostras retiradas da região de interface
argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus
diâmetro dos poros (µm).
0,000
0,002
0,004
0,006
0,008
0,010
0,012
0,014
0,016
0,018
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro dos Poros (µm)
Vol
ume
Incr
emen
tal (
ml/g
)
C - Reg.Intermediária C - Reg.Interface
0,00
0,04
0,08
0,12
0,16
0,20
0,24
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetros dos poros (µm)
Volu
me
Acu
mul
ado
(ml/g
)
C - Reg.Interface C - Reg.Intermediária
(A) (B) Figura 4.16- Argamassa C – Amostras retiradas da região de interface
argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus
diâmetro dos poros (µm).
Apesar desta técnica ser aplicada para uma faixa de poros de diâmetros bem
pequenos, ainda assim foi possível observar as diferenças presentes na estrutura
porosa das diferentes argamassas, inclusive nas distintas regiões em que estas foram
retiradas.
A influência da granulometria dos agregados, com os quais as argamassas foram
confeccionadas, é bastante evidente. A argamassa A, composta de agregados de
granulometria mais fina apresenta uma maior quantidade de poros na faixa de 0,001
127
a 0,01µm. A argamassa B, com granulometria intermediária, na faixa de 0,01 a
0,1µm e, a argamassa C, composta de agregado de maior granulometria, entre 0,01
a 1µm.
As argamassas extraídas próximas à região de interface argamassa/substrato tendem
a ter poros com diâmetros característicos semelhantes ao da região intermediária do
revestimento, no entanto, a quantidade destes poros (próximos à interface) é menor,
comparativamente a região mais interna do revestimento. Esta constatação
corrobora o que foi observado no ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio e,
provavelmente, como já mencionado, está relacionado ao efeito de sucção do
substrato neste local e da natureza do substrato.
4.4- RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA
A Tabela 4.18 apresenta os resultados médios obtidos na determinação da resistência
de aderência à tração das argamassas de revestimento, com 30mm de espessura,
aplicadas sobre blocos cerâmicos e de concreto. Os resultados individuais desta
propriedade, bem como, seus desvios padrões e coeficientes de variações são
mostrados no Apêndice C.
Tabela 4.18- Resultados médios da resistência de aderência à tração das argamassas
aplicadas sobre blocos cerâmicos e de concreto, aos 28 dias de idade. Formas de rupturas Predominantes (%) Natureza
substrato Argamassas Amostras Rad (MPa) Argamassa de
revestimento (superfície)
Argamassa de revestimento
(interior)
Interface argamassa/substrato
A 9 0,17 - 11 89 B 9 0,19 - 33 67 Cerâmico C 9 0,20 - 33 67 A 9 0,30 56 44 - B 9 0,41 67 33 - Concreto C 9 0,46 78 22 -
Legenda: Rad. = resistência de aderência à tração das argamassas de revestimento Observação: Os valores médios de resistência de aderência foram calculados considerando-se todos os tipos de ruptura.
128
Os resultados de resistência de aderência mostram que as argamassas aplicadas
sobre substrato de concreto apresentaram valores iguais ou acima de 0,30 MPa, que
é o mínimo prescrito por norma (NBR 13528/1995) para revestimento externo,
sendo os menores e maiores valores obtidos, respectivamente, com as argamassas A
e C. Já argamassas executadas sobre blocos cerâmicos tiveram valores abaixo do
estipulado em norma, independentemente da argamassa utilizada.
A argamassa A, que teve a menor quantidade de água transportada para o substrato
em todas as situações analisadas, foi a que apresentou menores valores de
resistência de aderência, independentemente da natureza do bloco. Este fato foi
mais notório no substrato de concreto. Em contrapartida, as argamassas B e C, com
valores elevados de perda de água para o substrato, apresentaram valores de
resistência superiores ao da argamassa A. Fica evidente a influência do transporte
de água da argamassa fresca para o interior do bloco (intertravamento mecânico),
bem como, as modificações ocorridas na estrutura porosa das argamassas
ocasionadas pelas mudanças nas faixas granulométricas dos agregados.
A natureza do substrato se mostrou de grande influência na resistência de aderência.
Comparando-se as argamassas A, B e C assentadas sobre os dois tipos de substratos
utilizados, tem-se que os seus valores foram 76%, 116% e 130%, respectivamente
maiores para as argamassas executadas sobre o substrato de concreto.
5- DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo apresenta a discussão dos resultados obtidos na pesquisa a partir da
interação entre as variáveis adotadas: espessuras dos revestimentos (30 mm e
50mm), diferentes argamassas (A, B e C) e natureza e geometria dos substratos de
blocos cerâmicos e de concreto na movimentação e fixação de água das argamassas
frescas, com vistas ao entendimento de como estas influenciam nas características e
propriedades do revestimento. A discussão fundamentou-se nos resultados obtidos e
pelo confronto destes com a bibliografia referente ao tema.
5.1- INFLUÊNCIA DAS ARGAMASSAS (A, B e C) NA MOVIMENTAÇÃO DE
ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA
A seguir são mostrados alguns dos resultados do transporte de água da argamassa
fresca para o substrato poroso, que representam o comportamento geral observado
por meio dos monitoramentos realizados com as três argamassas (A, B e C),
variando-se a espessura (30 mm e 50 mm) e o tipo de substrato (cerâmico e
concreto). Estes resultados são apresentados em forma de perfis (Figuras 5.1 a 5.3)
e de Tabelas (5.1 a 5.7), que mostram o comportamento da movimentação de água
nas diferentes regiões (camadas) avaliadas dos revestimentos.
Bloco Cerâmico - 30mm - C. superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Bloco Cerâmico - 30mm - C. Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
(a) (b) Figura 5.1- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa
fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato cerâmico. (a) região da superfície. (b) região da interface.
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
130
Tabela 5.1- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico – Região da superfície do revestimento – 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 4,1 5,0 5,6 9 11 12 169 225 222 R2 5 a 60 5,2 6,1 6,3 35 42 45 658 858 833 R3 60 a 540 2,5 2,2 2,0 74 76 76 1391 1553 1406
Tabela 5.2- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico – Região da interface argamassa/substrato – 30 mm. Taxa de água transportada
nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C
R1 0 a 5 7,3 7,1 8,2 17 16 18 320 327 333 R2 5 a 60 5,4 6,4 6,3 44 49 52 827 1001 962 R3 60 a 540 2,7 2,4 2,2 85 86 84 1598 1757 1554
Bloco de Concreto - 30mm - C. superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Bloco de Concreto - 30mm - C. interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
(a) (b) Figura 5.2- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa
fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface.
Tabela 5.3- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto
– Região da superfície do revestimento – 30 mm. Taxa de água transportada
nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C
R1 0 a 5 6,3 7,0 8,4 14 16 19 263 327 352 R2 5 a 60 6,9 7,2 7,1 35 52 38 658 735 703 R3 60 a 540 2,38 1,8 1,8 37 28 27 696 572 499
Tabela 5.4- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto – Região da interface argamassa/substrato – 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 9,0 9,7 10,6 20 22 23 376 449 426 R2 5 a 60 7,1 6,7 7,5 38 36 41 714 736 758 R3 60 a 540 2,0 2,0 1,8 31 30 27 583 613 500
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
131
Bloco Concreto - 50mm - C. superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Bloco Concreto - 50mm - C. Intermediária (inf)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
(a) (b)
Bloco Concreto - 50mm - C. Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
(c)
Figura 5.3- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa
fresca. Revestimento de 50 mm. Substrato de concreto. (a) região da superfície. (b) região intermediária. (c) região da interface.
Tabela 5.5- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região da superfície do revestimento – 50 mm. Taxa de água transportada
nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C
R1 0 a 5 2,8 4,3 5,7 6 10 13 113 204 241 R2 5 a 60 6,6 6,4 7,3 41 43 52 771 878 962 R3 60 a 540 1,3 1,5 1,3 61 66 72 1147 1348 1332
Tabela 5.6- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região Intermediária (inf.) ao revestimento – 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 3,2 5,3 6,8 8 12 15 150 245 278 R2 5 a 60 6,8 6,9 7,1 44 49 52 827 1001 962 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,3 66 70 76 1241 1430 1406
R1 R2 R3
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
R1 R2 R3
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
Argamassa C Argamassa B Argamassa A
132
Tabela 5.7- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região da interface argamassa/substrato – 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 5,0 6,3 7,6 11 14 17 207 286 315 R2 5 a 60 6,7 7,1 7,2 48 53 56 827 1083 1036 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,3 69 73 76 1297 1491 1406
Os resultados apresentados mostram que as argamassas aplicadas sobre um mesmo
tipo de substrato, sejam de blocos cerâmicos ou blocos de concreto, têm
comportamentos diferenciados com relação ao transporte de água (Figuras 5.1 e
5.2).
A argamassa C, independentemente da variável analisada foi a que permitiu maior
transporte de água da argamassa fresca para o interior do substrato sendo este
transporte mais intenso nos regimes R1 e R2, conforme mostram as taxas de água
transportada nas camadas (Tabelas 5.1 a 5.7); em segundo lugar, a argamassa que
perdeu mais água foi a argamassa B. Inversamente, a argamassa A, foi a que
transportou menor quantidade de água, em direção ao substrato, em todas as
situações analisadas.
O proporcionamento dos materiais e a interação destes na formação da estrutura
porosa das argamassas têm influência direta nos comportamentos observados. Um
exemplo deste fato é a análise isolada do teor de cal das argamassas. A cal, apesar
de ser um material com características aglomerantes (porém de menor potencial que
o cimento) é basicamente inserida na mistura por suas características plastificantes e
de retenção de água. Um maior teor de cal é normalmente associado a uma maior
retenção de água das argamassas. No entanto, as relações não são tão diretas assim,
pois caso fossem, as argamassas B e C teriam, teoricamente, uma maior retenção de
água e, conseqüentemente, transportariam menor quantidade de água das
argamassas frescas para o substrato. No entanto, conforme mostrado na Figura 5.4,
este fato não ocorreu.
133
5 minutos (R1) - Reg. Interface
0
100
200
300
400
500
600 700 800 900 1000 1100
Cal (g)
Água
Tra
nspo
rtada
(g)
Cer - 30mm Con - 30mmCer - 50mm Con - 50mm
60 minutos (R 1 + R 2) - Reg. Interface
0
200
400
600
800
1000
1200
600 700 800 900 1000 1100Cal (g)
Água
Tra
nspo
rtada
(g)
Cer - 30mm Con - 30mmCer - 50mm Con - 50mm
(a) (b)
Figura 5.4- Relação entre o teor de cal e a água transportada das argamassas (A, B e C) aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de
revestimento, na região da interface. (a) Regime 1 (5 minutos). (b) Regimes R1 + R2 (60 minutos).
O que se mostrou determinante na quantidade de água transportada foi a interação
direta entre os poros da argamassa e os poros do substrato que realmente
contribuem substancialmente na retirada de água da argamassa. Neste sentido, a
mudança das faixas granulométricas das areias foi um fator decisivo. As argamassas
executadas com areias de granulometria mais grossa foram as que transportaram
maior quantidade de água para o substrato. Esta correlação pode ser percebida
quando se analisa o resultado da massa unitária das areias (Tabela 3.5), em relação à
taxa de água transportada nas argamassas, conforme mostrado na Figura 5.5.
R1 + R2 - Reg. Interface
0
5
10
15
20
1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55
Massa Unitária das Areias (kg/dm³)
Taxa
de
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
/min
1/2 )
Cer - 30mm Con - 30mm Cer - 50mm Con - 50mm
Figura 5.5- Relação entre as massas unitárias das areias e a água transportada das
argamassas (A, B e C), aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface, com 60 minutos (R1 + R2).
Arg.B Arg.C Arg.A
Arg.B Arg.A
Arg.C
Arg.A Arg.BArg.C
134
O fato da argamassa A possuir uma rede de poros mais finos faz com que o raio
médio dos capilares da argamassa fresca diminua e, conseqüentemente, ocorre uma
redução da capacidade de sucção do substrato. A maior quantidade de poros de
pequeno diâmetro no interior da argamassa, ajudam a reter mais água em seus
interstícios.
A formação de uma rede capilar mais refinada da argamassa A foi ainda
incrementada pelas forças (forças capilares, adsorção física, ligação química da
água) que agem na estrutura porosa da argamassa. Desta forma, a estrutura de poros
pode constituir-se, naturalmente, em uma barreira física que dificulta o transporte de
água da argamassa em direção ao substrato e, que pode levar a uma diminuindo na
precipitação dos produtos de hidratação no interior deste (Winslow & Liu, 1990;
Groot, 1993). Outros pesquisadores, tais como, Carasek (1996); Angelim (2000) e
Scartezini (2002), também perceberam esta característica de “restrição” a
movimentação de água da argamassa quando estas são executadas com areia de
granulometria mais fina.
Já as argamassas B e C, que foram executadas com areias de granulometria mais
grossa tiveram sua movimentação de água facilitada também em virtude da
estrutura porosa formada. Quanto mais grossa a granulometria da areia (dentre as
que geram argamassas trabalháveis), menor será a quantidade de poros finos no
interior da argamassa que concorrerão com os poros do substrato durante o processo
de transporte de água no sistema e, conseqüentemente, haverá uma maior deposição
de produtos de hidratação na região de interface contribuindo para a ancoragem da
argamassa sobre o substrato (Groot, 1993; Détriche & Maso, 1986).
A diferenciação na estrutura porosa das argamassas ocasionadas, principalmente,
pela variação das curvas granulométricas das areias (que foi fundamental na sua
movimentação de água para os substratos), também pôde ser percebida quando da
realização dos ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio, conforme mostrado
nas Figuras 5.6 e 5.7.
135
Argamassas - Bloco de Concreto
0,000,020,04
0,060,08
0,100,120,140,160,18
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Intermediária B - Reg. Intermediária C - Reg. Intermediária
Argamassas - Bloco Cerâmico
0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,18
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Intermediária B - Reg. Intermediária C - Reg. Intermediária
(a) (b)
Figura 5.6- Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região intermediária ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre o substrato de
concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre o substrato cerâmico.
As Figuras mostram resultados distintos de porosidades das argamassas. Estes
resultados são oriundos da interação entre as diferentes argamassas e os substratos
porosos. No entanto, independentemente deste fato, percebe-se que argamassas
executadas com areias de granulometria mais grossa, em especial as aplicadas sobre
o substrato de concreto apresentam uma maior porosidade (área total de poros,
conforme mostrado na Tabelas 4.16 e 4.17). A estrutura mais “aberta” destas
argamassas permitiu uma maior facilidade na movimentação de água da argamassa
fresca para o interior do substrato. As argamassas retiradas da região de interface
com o substrato têm suas porosidades diretamente influenciadas pela sucção intensa
exercida pelo substrato, conforme mostrado na Figura 5.7.
Argamassas - Bloco de Concreto
0,000,020,040,060,08
0,100,120,140,160,18
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Interface B - Reg. Interface C - Reg. Interface
Argamassas - Bloco Cerâmico
0,00
0,02
0,04
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0,18
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Acum
ulad
o (m
l/g)
A - Reg. Interface B - Reg. Interface C - Reg. Interface
(a) (b)
Figura 5.7- Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região da interface ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre o substrato de
concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre o substrato cerâmico.
136
Nesta região a porosidade das argamassas praticamente não apresenta diferenças
significativas. A sucção elevada do substrato parece afetar de forma mais
homogênea a formação da estrutura porosa das argamassas, independentemente da
sua interação com o substrato. As Fotografias 5.1 (a), (b) e (c) permitem observar
mudanças na superfície das argamassas a partir da variação granulométrica dos
agregados utilizados na execução das argamassas visualizadas com lupa na mesma
ampliação.
(a) (b)
(c)
Fotografia 5.1- Vista da superfície das argamassas por meio de lupa com aumento de 50 vezes. (a) Argamassa A . (b) Argamassa B. (c) Argamassa C.
A Fotografia 5.1(a) mostra a superfície mais densa e refinada da argamassa formada
por agregados mais finos. As Fotografias 5.1 (b) e (c), por sua vez, mostram a
influência dos agregados com diâmetros maiores (estrutura porosa mais “aberta”).
0,01 mm0,01 mm
0,01 mm
137
A porosidade das argamassas, aliada à interação com o tipo de substrato sobre os
quais estas são aplicadas, em virtude do maior ou menor poder de sucção destes,
influem diretamente sobre propriedades fundamentais do revestimento, tais como, a
adesão da argamassa fresca ao substrato (diretamente relacionadas aos primeiros 60
minutos – R1 e R2) e sua posterior aderência (argamassa endurecida).
A argamassa A, por exemplo, que apresenta maior resistência interna ao fluxo da
água, quando colocada em contato com substratos que não tenham um potencial de
sucção elevado (como por exemplo, o substrato cerâmico) pode criar uma região de
contato (interface) mais porosa e, possivelmente, mais frágil, ocasionando uma
redução na resistência de aderência (Bauer & Paes, 2004). Ou contrariamente, o uso
de uma argamassa que apresente baixo poder de retenção de água quando em
contato com um substrato de elevado potencial de sucção (por exemplo, o bloco de
concreto) pode levar a uma absorção excessiva de água da argamassa fresca
causando um rápido aumento de sua rigidez e uma considerável contração
volumétrica nos momentos iniciais (retração por secagem). A hidratação diferencial
do(s) aglomerante(s) pode gerar zonas com características distintas e levar a
microfissuração ou enfraquecimento da interface (Lawrence & Cao, 1988; Detriché
& Maso, 1996).
5.2-INFLUÊNCIA DA NATUREZA DO SUBSTRATO NA MOVIMENTAÇÃO DE
ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA
O tipo de substrato e suas peculiaridades são determinantes no transporte de água da
argamassa fresca. Com relação aos substratos utilizados nesta pesquisa, é possível
observar que suas estruturas porosas e superficiais são bastante diferentes, conforme
mostrado nas Fotografias 5.2 (a) e (b) visualizadas em lupa, com aumento de 40
vezes.
138
(a) (b)
Fotografias 5.2- Vista da superfície dos blocos. (a) cerâmico. (b) concreto – Aumento de 40 vezes.
O bloco cerâmico apresenta superfície mais densa, compacta e lisa. O bloco de
concreto, por sua vez, apresenta maior rugosidade superficial e textura bastante
diferenciada. A respeito da rugosidade superficial dos componentes de alvenaria, os
substratos que têm esta característica mais acentuada, caso por exemplo do bloco de
concreto, apresentam um aumento da área de contato entre a argamassa e o bloco o
que pode levar a um maior transporte de água e, conseqüentemente, a uma melhora
na resistência de aderência dos revestimentos (Dudoboy e Ribar, 1988).
A porosidade dos substratos como: diâmetro, estrutura, volume e distribuição dos
poros, aliadas as suas características superficiais influem na quantidade e na
velocidade do transporte de água e, conseqüentemente, na alteração das
propriedades da argamassa em contato com esta base absorvente. A seguir são
apresentados alguns resultados (Figuras 5.8 e 5.9 e Tabelas 5.7 a 5.11) dos
comportamentos observados com relação ao transporte de água da argamassa fresca,
a partir da mudança da natureza do substrato poroso.
0,1 mm0,1 mm
139
Argamassa C - 30mm - C. Superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtada
(%)
Argamassa C - 30mm - C. Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Águ
a Tr
ansp
orta
da (%
)
(a) (b)
Figura 5.8- Variação da natureza do substrato (30 mm): Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface.
Tabela 5.8- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da superfície – 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%) Água Transportada (g)
Regime Tempos (min) Superfície
Cerâmico 30mm
Superfície Concreto
30mm
Superfície Cerâmico
30mm
Superfície Concreto
30mm
Superfície Cerâmico
30mm
Superfície Concreto
30mm
Substratos* concreto/cerâmico
(%)
R1 0 a 5 5,6 8,4 12 19 222 352 59 R2 5 a 60 6,3 7,1 45 57 833 1055 27 R3 60 a 540 2,0 1,8 76 84 1406 1554 11
* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico
Tabela 5.9- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da interface – 30 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%)
Água Transportada (g)
Regime Tempos (min) Interface
Cerâmico 30mm
Interface Concreto
30mm
Interface Cerâmico
30mm
Interface Concreto
30mm
Interface Cerâmico
30mm
Interface Concreto
30mm
Substratos* concreto/cerâmico
(%)
R1 0 a 5 8,2 10,6 18 23 333 426 28 R2 5 a 60 6,3 7,5 52 64 962 1184 23 R3 60 a 540 2,2 1,8 84 91 1554 1684 8
* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico
R1 R2 R3
Concreto
R1 R2 R3
Cerâmico
Concreto
Cerâmico
140
Argamassa A - 50mm - C. Superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtada
(%)
Argamassa A - 50mm - C. Intermediária
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtada
(%)
(a) (b)
Argamassa A - 50mm - C. Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
(c)
Figura 5.9- Variação da natureza do substrato (50 mm): Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) Região da superfície. (b) Região intermediária. (c) Região
da interface.
Tabela 5.10- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da superfície – 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%) Água Transportada (g)
Regime Tempos (min) Superfície
Cerâmico 50mm
Superfície Concreto
50mm
Superfície Cerâmico
50mm
Superfície Concreto
50mm
Superfície Cerâmico
50mm
Superfície Concreto
50mm
Substratos* concreto/cerâmico
(%)
R1 0 a 5 0,8 2,8 2 6 38 113 197 R2 5 a 60 5,4 6,6 30 41 564 771 37 R3 60 a 540 1,5 1,3 55 61 1034 1147 11
* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico
R1 R2 R3
R1 R2 R3
Concreto
R1 R2 R3
Concreto
Concreto
Cerâmico Cerâmico
Cerâmico
141
Tabela 5.11- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região Intermediária (inf.) – 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%)
Água Transportada (g)
Regime Tempos (min) Intermed.
Cerâmico 50 mm
Intermed. Concreto 50 mm
Intermed. Cerâmico
50 mm
Intermed. Concreto 50 mm
Intermed. Cerâmico
50 mm
Intermed. Concreto 50 mm
Substratos* concreto/cerâmico
(%)
R1 0 a 5 2,4 3,2 5 8 94 150 60 R2 5 a 60 5,7 6,8 35 44 658 827 26 R3 60 a 540 1,6 1,4 61 66 1147 1241 8
* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico
Tabela 5.12- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da Interface – 50 mm.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%) Água Transportada (g)
Regime Tempos (min) Superfície
Cerâmico 50 mm
Superfície Concreto 50 mm
Superfície Cerâmico
50 mm
Superfície Concreto 50 mm
Superfície Cerâmico
50 mm
Superfície Concreto 50 mm
Substratos* concreto/cerâmico
(%)
R1 0 a 5 3,3 5,0 7 11 132 207 57 R2 5 a 60 6,0 6,7 39 48 733 827 13 R3 60 a 540 1,6 1,4 66 69 1241 1297 5
* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico
Os resultados mostram que o tipo de substrato influenciou decisivamente o
transporte de água da argamassa. Em todas as situações analisadas, o substrato de
concreto succionou mais água da argamassa fresca do que o substrato cerâmico,
independentemente da região analisada. Este transporte foi implementado com a
variação do tipo de argamassa aplicada sobre o substrato, sendo este tanto maior
para as argamassas executadas com agregados de granulometria mais grossa
(argamassas B e C).
A estrutura porosa mais refinada do substrato cerâmico (poros de menores
diâmetros), bem como, as suas características superficiais (densa, compacta e lisa)
fazem com que este absorva a água da argamassa em tempos mais prolongados e
em menor quantidade, quando comparado ao substrato de concreto.
O substrato de concreto, por sua vez, com seus poros de maiores diâmetros (que
facilita a saturação do componente), em conjunto com sua rugosidade superficial,
gera condições mais favoráveis à penetração da pasta aglomerante em seu interior e,
conseqüentemente, a ancoragem da argamassa. A distribuição dos poros dos
142
substratos é mostrada na Figura 5.10. Esta mostra a junção dos resultados das duas
técnicas empregadas (porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por
dessorção) para caracterizar o espectro de dimensões dos poros dos substratos.
B. Cerâmico / B. Concreto - Porosimetria por Dessorção
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro dos Poro (µm)
Volu
me
incr
emen
tal (
ml/g
)
B. Concreto B. Cerâmico
B. Cerâmico / B. de Concreto - Porosimetria por mercúrio
0,000
0,010
0,020
0,030
0,040
0,050
0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000
Diâmetro dos Poros (µm)
Volu
me
Incr
emen
tal (
ml/g
)
B. Cerâmico B. Concreto
Figura 5.10- Espectro de poros dos blocos cerâmicos e de concreto – Porosimetria por
dessorção e porosimetria por intrusão de mercúrio.
Quando se analisa, conjuntamente, o resultado obtido com as duas técnicas
percebe-se que o bloco de concreto apresenta volumes expressivos de poros com
diâmetros maiores (porosimetria por intrusão de mercúrio) e outra igualmente
significativa, na faixa de poros com diâmetros menores (porosimetria por
dessorção). Já o bloco cerâmico apresenta a grande maioria de seus poros inseridos
na faixa de diâmetros menores. Estas características são fundamentais na sucção da
água da argamassa.
A explicação do porquê o substrato de concreto succiona uma quantidade
expressiva de água da argamassa nos instantes iniciais, possivelmente está na
distribuição total de seus poros e na sua interconectividade. A configuração da
estrutura porosa deste substrato pode explicar a sua “avidez” (maior sucção) pela
água da argamassa além, de suas características superficiais (textura e rugosidade)
que favorecem o intertravamento mecânico do revestimento.
O bloco cerâmico, por sua vez, apesar da elevada força de sucção capilar que os
poros menores possuem, a quantidade de água succionada, inicialmente, é pequena.
Sendo assim, a distribuição de seus poros, aliadas as suas características
143
superficiais, são responsáveis pelo bloco cerâmico succionar água em menor
quantidade e em tempos mais prolongados, comparativamente ao bloco de concreto,
nos instantes pós-aplicação (regimes R1 e R2).
O comportamento diferenciado de argamassas idênticas, quando aplicadas em tipos
distintos de substrato (cerâmico, concreto e outros) sob mesmas condições de
aplicação e mão-de-obra, têm sido observado em diversas pesquisas, tais como:
Carasek (1996), Candia (1998), Pereira (2000), Scartezini (2002) e Leal (2003).
Neste sentido, apesar de não ter sido escopo desta pesquisa, cabe ressaltar que
dependendo da situação, a escolha da argamassa a ser aplicada pode ser em
decorrência do substrato utilizado ou, ainda, a realização de tipos diferenciados de
tratamentos de base.
Outro ponto que cabe destacar, diz respeito à influência (ou não) da geometria dos
blocos no transporte de água das argamassas. Nesta pesquisa, toda a avaliação do
transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso, foi realizada com os
substratos cerâmicos e de concreto com as geometrias mostradas na Fotografia 5.3
(a) e (b).
(a) (b) Fotografia 5.3- Representação da natureza e geometria dos blocos utilizados na pesquisa.
(a) Concreto (39x14x19)cm. (b) Cerâmico (38,5x11,5x19)cm.
O ensaio de absorção capilar de água livre dos blocos, ao longo do tempo (Figura
4.2) e o monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o substrato
poroso mostraram que realmente estes componentes apresentam comportamento
diferenciado. No entanto, como os blocos têm geometrias bem diferentes, fica a
144
dúvida se esta característica também influencia no transporte de água e, caso
positivo, quanto influencia. A fim de tentar dirimir estes questionamentos,
resolveu-se realizar o ensaio de absorção capilar de água livre (ao longo do tempo)
em amostras do bloco de concreto e do bloco cerâmico que não tivessem a variável
geometria influenciando no transporte de água. Desta forma foram extraídas
amostras praticamente de mesmas dimensões dos dois tipos de substratos (12 cm²)
de modo a que somente a natureza destes fossem determinantes na movimentação
de água. A Fotografia 5.4 mostra a configuração das amostras e a Figura 5.11 o
resultado obtido na referida avaliação, a partir da quantidade percentual de água
absorvida, por unidade de área.
Fotografia 5.4- Amostras maciças do bloco de concreto e do bloco cerâmico, respectivamente - avaliação da absorção capilar de água (ao longo do tempo).
Perfil de Absorção de água (ao longo do tempo)
0
1020
304050
60
7080
90
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tem po1/2 (m in)
Água
abs
orvi
da p
or u
nida
de d
e ár
ea (g
/cm
²*10
0)
Cerâmico maciço Concreto maciço
Figura 5.11- Absorção capilar de água (ao longo do tempo) das amostras maciças retiradas
dos substratos de concreto e cerâmico.
Os resultados mostram que os blocos realmente apresentam comportamentos
distintos com relação à absorção de água (ao longo do tempo). A amostra do bloco
de concreto succionou água de forma mais intensa nos momentos iniciais
apresentando, no entanto, absorção total inferior a da amostra do bloco cerâmico.
145
Este comportamento foi similar ao ocorrido na avaliação dos blocos inteiros (Figura
4.1). Desta forma, percebe-se que se estes blocos tivessem mesma geometria, ainda
assim o bloco de concreto teria maior potencial de sucção de água. Estes
características estão logicamente atreladas à natureza dos componentes (estrutura
porosa e características superficiais).
Na mesma linha de raciocínio, retirou-se uma segunda amostra do bloco cerâmico
de modo a avaliar o transporte de água livre a partir da existência de
descontinuidades ocasionadas pelas áreas vazadas, conforme mostrado na
Fotografia 5.5 (a) e (b). Os resultados desta avaliação são apresentados na
Figura 5.12.
(a) (b)
Fotografia 5.5- Amostras de bloco cerâmico. (a) Existência de áreas vazadas. (b) amostra maciça.
Perfil de Absorção de água (ao longo do tempo)
0102030405060708090
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Te mpo1/2 (min)
Água
abs
orvi
da p
or u
nida
de d
e ár
ea (g
/cm
²*10
0)
Cerâmico maciço Cerâmico vazado
Figura 5.12- Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) de amostras maciças e
vazadas retiradas do substrato cerâmico.
A amostra retirada do substrato cerâmico com a presença de área vazada, mostrou
ter comportamento similar à amostra maciça. A água ao chegar nestas regiões, tende
a prosseguir sua movimentação pelas paredes laterais sem contudo acarretar
146
“prejuízo” em relação à quantidade de água absorvida, em comparação com a
amostra maciça. Este fato pode estar associado ao transporte de água neste substrato
ocorrer mais lentamente em virtude de sua porosidade e características superficiais
(poros de diâmetros menores e estrutura mais densa), o que faz com que a existência
dessas descontinuidades não tenha se mostrado determinante ao transporte de água.
5.3-INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DO REVESTIMENTO NA
MOVIMENTAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA
O transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso é influenciado por
diversos fatores, dentre eles, a espessura do revestimento. Logo que a argamassa
fresca é colocada em contato com o substrato poroso, essa dispõe de uma grande
quantidade de água relativamente livre a ser transportada para o interior do
substrato. Este transporte de água será mais ou menos intenso, de acordo com o
potencial de sucção do substrato (diretamente relacionado com a sua natureza) e
com a espessura do revestimento.
A argamassa fresca pode ser encarada inicialmente, como um sistema de poros
saturados de água e partículas em suspensão. A condição da argamassa fresca
possuir um sistema de poros saturados é paulatinamente interrompida quando da
interação desta com o substrato absorvente, o qual causará de imediato o
decréscimo do conteúdo de água, além de uma movimentação de partículas que
tende a aproximá-las causando compactação e densificação de sua estrutura. Este
transporte de água da argamassa pela sucção dos poros do substrato, acarreta uma
perda de plasticidade, a qual é necessária para as operações de acabamento do
revestimento (corte, sarrafeamento e desempeno).
A espessura irá afetar este transporte, uma vez que, apesar da grande quantidade de
água disponível a ser transportada são geradas, no interior da argamassa, restrições
a este fluxo devido aos vários tipos de forças que trabalham no interior desta, como
a adsorção da água pelos demais componentes da argamassa e a sua ligação química
com o cimento, necessária à evolução da hidratação desse.
147
Para exemplificar o comportamento geral obtido na pesquisa quando da variação da
espessura do revestimento (30 mm e 50 mm), foram utilizados os resultados obtidos
com a argamassa A aplicada sobre substrato de concreto e substrato cerâmico
(Figuras 5.13 e 5.14 e Tabelas 5.13 a 5.16). As mudanças nos regimes do transporte
de água da argamassa, em relação às duas espessuras empregadas, foram analisadas
em duas regiões distintas: próxima a superfície do revestimento e próxima a
interface argamassa/substrato. Estas duas regiões são “limítrofes”, pois, por meio
destas se consegue perceber a maior ou menor influência da sucção do substrato, no
transporte em questão.
Bl. concreto - Arg. A - Camada superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tem po1/2 (m in)
Águ
a Tr
ansp
orta
da (%
)
Bl. Concreto - Arg. A - Camada Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Águ
a Tr
ansp
orta
da (%
)
(a) (b)
Figura 5.13- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto. (a) Região da superfície do revestimento. (b) Região da interface
do revestimento.
Tabela 5.13- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da superfície.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada média (%)
Água Transportada média (g) Regimes Tempos
(min) Superfície 30 mm
Superfície50 mm
Superfície 30 mm
Superfície50 mm
Superfície 30 mm
Superfície 50 mm
Relação entre a espessura
30mm/50mm* (%)
R1 0 a 5 6,3 2,8 14 6 263 113 133 R2 5 a 60 7,0 6,6 49 41 921 771 19
R3 60 a 540 2,4 1,3 86 61 1617 1147 41
* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 133% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à superfície.
R1 R2 R3
50 mm
R1 R2 R3
50 mm
30 mm 30 mm
148
Tabela 5.14- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da interface.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada média (%)
Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Interface 30 mm
Interface 50 mm
Interface 30 mm
Interface 50 mm
Interface 30 mm
Interface 50 mm
Relação entre a espessura
30mm/50mm* (%)
R1 0 a 5 9,0 5,0 20 11 376 207 82 R2 5 a 60 7,1 6,7 58 48 1090 827 32 R3 60 a 540 2,1 1,4 89 69 1673 1297 29
* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 82% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à interface.
Bl Cerâmico - Arg. A - Camada da superfície
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Bl. Cerâmico - Arg. A - Camada da Interface
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo1/2 (min)
Água
Tra
nspo
rtad
a (%
)
Figura 5.14- Variação da espessura do revestimento. Argamassa A sobre substrato
cerâmico. (a) Região da superfície do revestimento. (b) Região da interface argamassa/substrato.
Tabela 5.15- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato
cerâmico- Região próxima à superfície. Taxa de água
transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Superfície 30 mm
Superfície50 mm
Superfície 30 mm
Superfície50 mm
Superfície 30 mm
Superfície 50 mm
Relação* entre a
espessura 30mm/50mm
R1 0 a 5 4,1 0,8 9 2 169 38 345 R2 5 a 60 5,2 5,4 35 30 658 564 17 R3 60 a 540 2,6 1,5 74 55 1391 1034 35
* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 345% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à superfície.
Tabela 5.16- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico - Região próxima à interface.
Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)
Água transportada (%)
Água Transportada (g) Regimes Tempos
(min) Interface 30 mm
Interface 50 mm
Interface 30 mm
Interface 50 mm
Interface 30 mm
Interface 50 mm
Relação* entre a
espessura 30mm/50mm
R1 0 a 5 7,3 3,3 17 7 320 132 142 R2 5 a 60 5,4 6,0 44 39 827 733 13 R3 60 a 540 2,7 1,6 85 66 1598 1241 29
* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 142% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à interface.
R1 R2 R3
50 mm
R1 R2 R3
50 mm
30 mm 30 mm
149
Os resultados dos perfis de movimentação de água da argamassa fresca para o
substrato poroso mostram diferenças significativas no comportamento dos
revestimentos a partir da espessura empregada. No revestimento de menor espessura
a argamassa fresca perde água em maior quantidade e velocidade (Tabelas 4.3 a
4.14) do que no de maior, independentemente do regime avaliado. Este
comportamento foi observado também na pesquisa de Ouzit (1990). Nesta, o autor
cita que além da espessura, a sucção do substrato é fator determinante na perda de
água da argamassa.
Os revestimentos de 30 mm têm seu transporte de água diretamente influenciado
pela sucção do substrato inclusive na camada mais próxima à superfície,
independentemente das condições impostas às amostras (umidade relativa próxima
a 100%). Ocorre neste revestimento, já nos primeiros 5 minutos (Regime 1) uma
perda significativa da água da argamassa, em especial na região próxima à interface.
Com relação à região da interface, um fato que chama a atenção é o de que mesmo
neste local o revestimento de 50 mm perdeu menos água para o substrato do que o
revestimento de 30 mm. A espessura de 50 mm pode, naturalmente, ter atuado
como uma barreira à movimentação de água da argamassa. A maior quantidade de
material (argamassa) aplicado sobre o substrato levou a um elevado volume de água
restringida a ser transportada. Neste caso, aumentou-se o volume de água, no
entanto, o poder de sucção do bloco continua sendo o mesmo que age em um
revestimento de menor espessura (atuação mais intensa). Como a água está sendo
movimentada para o substrato por meio de uma rede de poros e que, alguns destes
encontram-se interconectados e outros não, efeitos relacionados à tortuosidade e
interconectividade, tensão superficial, forças capilares e de adsorção estão,
provavelmente, atuando no sistema e, podem ter levado a uma menor velocidade e
quantidade de água transportada para o substrato, nos regimes avaliados.
Nos momentos pós-aplicação da argamassa, diferenciando-se em especial o
regime 1 (cinco primeiros minutos), existe uma certa reserva à utilização de
150
revestimentos de maior espessura. Nestes, a camada mais próxima à superfície é
sem dúvida, a que menos tem seu transporte de água influenciado pela sucção
substrato. Os resultados obtidos com a situação exemplificada na Figura 5.13
(Argamassa A sobre substrato de blocos de concreto) mostraram que no regime 1,
mesmo sendo utilizado um substrato de elevada capacidade de sucção de água, a
camada próxima à superfície, em revestimentos de 50mm, perde 57% a menos de
água em comparação com a mesma camada quando se utiliza o revestimento de 30
mm. Já a camada da interface, neste mesmo regime, perde 45% a menos de água do
que a mesma região avaliada no revestimento de 30 mm.
Esta condição pode ser mais crítica se for utilizado um substrato que tenha um
baixo potencial de sucção, como por exemplo, o substrato cerâmico,
comparativamente ao substrato de bloco de concreto (Figura 5.14 e as Tabelas
5.15 e 5.16).
Observou-se que ao se aplicar o revestimento sobre substrato com baixo poder de
sucção e com espessuras maiores, o regime 1 fica muito comprometido em relação
ao transporte de água, principalmente, a região mais próxima à superfície (Tabela
5.15), em relação ao revestimento de 30mm. Portanto, é provável, que em
revestimento executados desta forma (maior espessura) o transporte de água da
argamassa, na camada mais externa, seja intensamente afetado pelo meio ambiente
(evaporação).
Estes primeiros cinco minutos, segundo Brocken et al. (1998), são de fundamental
importância na adesão inicial da argamassa ao substrato. Os autores chegaram a esta
conclusão após estudarem a influência do pré-molhamento do substrato na retirada
de água da argamassa. Davison (1961), Groot (1998) e Candia (1998), do mesmo
modo, verificaram uma redução substancial do conteúdo de água neste período do
contato da argamassa com a base de aplicação.
151
Conforme já mencionado, a adesão inicial é a propriedade da argamassa que lhe
permite permanecer aderida ao substrato após a aplicação não significando a adesão
dessa de forma definitiva. Esta propriedade é fundamental no comportamento futuro
do revestimento. A forma como ocorre essa adesão depende tanto das características
de trabalhabilidade da argamassa, quanto das características de porosidade do
substrato. Espera-se que uma argamassa trabalhável apresente plasticidade e
viscosidade suficiente para permitir que o operário a manuseie e a aplique sobre a
base e, concomitantemente a esta operação, ela permaneça em contato com o
substrato, sob a ação de seu peso próprio, sem descolamento e escorrimento.
No caso dos revestimentos de maior espessura, em virtude das forças existentes que
restringem o fluxo da água, a quantidade e a velocidade de água transportada para o
interior do substrato é menor. Este fato pode trazer de imediato, a majoração do
tempo para realização das operações de acabamento do revestimento pelo maior
teor de água no interior da argamassa. O maior peso próprio do revestimento pode
majorar as tensões de cisalhamento impostas ao movimento descendente deste, que
caso não o suporte, provoca o efeito de desplacamento e/ou escorrimento da
argamassa. Em obras, é comum se notar a ocorrência de falhas na adesão inicial,
levando a desplacamentos e/ou escorrimentos da argamassa recém-lançada
(primeiros minutos), conforme mostrado nas Fotografias 5.6 (a), (b) e (c).
152
Fotografias 5.6- Adesão inicial insatisfatória. (a) Fissura com início de
desplacamento. (b) Desplacamento e escorrimento da argamassa ainda fresca. (c) Material totalmente descolado do substrato (Gonçalves, 2004).
A ocorrência deste tipo de falha pode ser minimizada pela interação de alguns
fatores, como por exemplo, os cuidados na execução, os materiais utilizados e um
tratamento de base adequado segundo o tipo de substrato empregado. Cabe também
ressaltar, que ao se aplicar revestimentos de espessura maiores além dos problemas
de sobrecargas, podem ocorrer também retração e fissuração na argamassa.
5.4- RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA
Os resultados obtidos no ensaio da resistência de aderência à tração das argamassas
foram submetidos a análises de variâncias (ANOVA), empregando-se, para tanto, o
programa computacional Statistica for Windows versão 4.0, para a determinação da
dependência dos fatores associados a esta propriedade de acordo com as variações
de estudo (tipo de substrato, tipo de argamassa e a interação substrato/argamassa).
Os resultados obtidos são mostrados na Tabela 5.17. Os valores calculados do
(a) (b)
(c)
C
153
parâmetro Fischer (FCAL.) foram comparados com os valores tabelados (FTAB.) para
um nível de significância de 5% (Ftab. = Fα = 0,05 (ν1, ν2)) onde ν1 e ν2 são os graus
de liberdade do efeito avaliado e do resíduo, respectivamente.
Tabela 5.17- Análise de variância realizada com os resultados de resistência de aderência: avaliação da influência do tipo de bloco, do tipo de argamassa e da interação
bloco/argamassa. Efeitos SQ GL MQ FCALC. FTAB. Resultados Modelo 0,698200 5 0,13965 648,72 2,408 Significativo
Erro (residuo) 0,010333 48 0,000215 - - - Total 0,708600 53 - - - - Bloco 0,570417 1 0,570417 2649,68 4,08 Significativo
Argamassa 0,091181 2 0,045591 211,78 3,19 Significativo Bloco*Argamassa 0,036678 2 0,018339 85,19 3,19 Significativo
R2mod = 0,985 sendo: R2
mod = 1-SQerro / SQtotal Rmod. = 0,992
Onde: SQ = soma dos quadrados; GL = graus de liberdade; MQ = média dos quadrados F = parâmetro Fischer para o teste de significância dos efeitos; R2
mod = coeficiente de determinação do modelo; Rmod. = coeficiente de correlação do modelo.
A análise de variância mostrou que o modelo adotado é significativo, uma vez que o
valor de FCALC. do modelo é bem maior que o FTAB. Além disto, o valor resultante de
R² foi de 0,98, o que mostra que 98% da variação total dos dados é explicada pelo
modelo. Esta análise também mostrou que os efeitos individuais dos fatores
principais analisados: tipos de argamassas e natureza dos substratos, são
estatisticamente significativos a um nível de confiança de 95%. Isto quer dizer que
cada uma dessas variáveis independentes, tomadas isoladamente, exerce influência
na resistência de aderência dos revestimentos.
Tendo em vista a influência dos fatores analisados, foi realizada uma comparação
múltipla de médias pelo teste de Duncan5.1, com o objetivo de agrupar as médias
que não diferem significativamente entre si e separar aquelas que diferem,
distinguindo assim os grupos. As Figuras 5.15 a 5.17 apresentam o resultado do
5.1 Para identificar quais os fatores apontados pela ANOVA, que diferem estatisticamente entre si, foi utilizado uma comparação de múltiplas médias pelo teste de Duncan, que indica a existência de grupos, de acordo com uma ordem seqüencial, do menor para o maior valor. As linhas tracejadas verticais definem os grupos que se diferem significativamente.
154
teste de Duncan para as análises realizadas, sendo expressa a estimativa da média
global, o erro padrão da média e o desvio padrão.
Mean ±SE ±SD concreto cerâmico
Bloco
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
Res
istê
ncia
de
Ade
rênc
ia (M
Pa)
Figura 5.15- Variação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto)
sobre a resistência de aderência das argamassas.
Mean ±SE ±SD A B C
Argamassas
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
Res
istê
ncia
de
ader
ênci
a (M
Pa)
Figura 5.16- Influência das argamassas (A, B e C) sobre a resistência de aderência dos
revestimentos.
155
Blococoncreto Blococerâmico
A B C
Argamassas
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
Res
istê
ncia
de
Ade
rênc
ia (M
Pa)
Figura 5.17- Interação da natureza dos substratos (cerâmico e concreto) e das argamassas
(A, B e C), sobre a resistência de aderência dos revestimentos.
Os resultados mostram que, para as situações analisadas, os modelos são
significativos. No entanto, o efeito do tipo de substrato (Figura 5.15) foi mais
expressivo e muito superior aos demais efeitos testados.
Os valores médios de resistência de aderência obtidos sobre substratos de concreto
são bastante diferentes e superiores aos obtidos sobre os substratos cerâmicos, sem
fazer distinção do tipo de argamassa aplicada sobre estes. Esse resultado corrobora
com os de outros estudos, como por exemplo, Carasek (1996), Pereira (2000),
Scartezini (2002), Gonçalves (2004) e Leal (2004), os quais também observaram
que os valores de aderência à tração sobre substratos de concreto são superiores aos
do substrato cerâmico. Nesses estudos também foi notado que argamassas
executadas com granulometria mais grossa proporcionam valores de aderência mais
elevados. A Figura 5.18 mostra a diferenciação dos resultados médios da resistência
de aderência em função das variáveis empregadas (argamassas e substratos) e do
transporte de água ocorrido entre eles.
156
Argamassas Aplicadas sobre Substrato Cerâmico R1+R2 - 30 m m
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
A B C
Resi
stên
cia
de A
derê
ncia
(MPa
)
0
200
400
600
800
1000
1200
Águ
a Tr
ansp
orta
da (g
)
ADERÊNCIA Água Transportada
Argamassas Aplicadas sobre Substrato de concreto R1+R2 - 30 mm
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
A B C
Resi
stên
cia
de A
derê
ncia
(MPa
)
0
200
400
600
800
1000
1200
Águ
a Tr
ansp
orta
da (g
)
ADERÊNCIA Água Transportada
(a) (b)
Figura 5.18 – Influência do tipo de substrato (bloco cerâmico e bloco de concreto) na resistência de aderência das argamassas de revestimento. (a) Substrato cerâmico. (b)
Substrato de concreto (R1 + R2).
A mesma argamassa, quando aplicada em substratos diferentes, desenvolve
resistência de aderência distinta. Logo, esta propriedade depende das características
porosas e superficiais associadas a ambos os materiais. Desta forma, a adoção pura
e simplesmente do IRA (ou da absorção total de água) dos substratos, como
possível elemento indicador da resistência de aderência deve ser vista com reserva.
Um componente de alvenaria com IRA elevado não é sinônimo de maior resistência
de aderência. O maior volume de poros do substrato com poder de succionar a água
da argamassa fresca é que faz a diferença na referida movimentação de água e,
conseqüentemente, no desenvolvimento das propriedades do revestimento
endurecido.
O transporte de água das argamassas frescas para os substratos porosos, nos
primeiros 60 minutos, é sem dúvida de suma importância no desenvolvimento da
resistência de aderência. Esta movimentação de água apresenta comportamento
diferenciado conforme o substrato avaliado, como pode ser observado na
Figura 5.19.
157
60 minutos (R1+R2) - Arg. A, B e C aplicadas sobre substratos de concreto e cerâmicos - Reg. Interface
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
700 800 900 1000 1100 1200 1300
Água Trasportada (g)
Res
istê
ncia
de
ader
ênci
a (M
Pa)
A, B, C - Cerâmico A, B, C - ConcretoExpon. (A, B, C - Cerâmico) Expon. (A, B, C - Concreto)
Figura 5.19- Avaliação da resistência de aderência, nos primeiros 60 minutos, em função
da água transportada nas argamassas A, B e C.
O substrato cerâmico, devido a sua porosidade mais refinada e textura mais lisa,
ocasionam uma menor sucção de água da argamassa fresca para o seu interior nos
momentos pós-aplicação e, conseqüentemente, refletindo em menores valores de
resistência de aderência. Neste caso, o uso de algum tipo de tratamento de base que
melhore estes resultados pode ser indicado, como por exemplo, o uso do chapisco.
Apesar da natureza do substrato ter se mostrado como o fator mais influente sobre a
resistência de aderência dos revestimentos, o tipo de argamassa também teve
destacada relevância sobre esta propriedade. Ao se alterar as proporções dos
materiais constituintes da argamassa, esta sofre modificações substanciais em seu
comportamento reológico que afetam sua estrutura porosa e, conseqüentemente, o
transporte de água da argamassa para o substrato.
5.5- CONTRIBUIÇÃO PARA A QUANTIFICAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA
EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA
A dificuldade em se estabelecer modelos para o estudo do transporte de água em
materiais que se encontram em meio poroso não saturado se deve principalmente à
estrutura complexa destes meios.
Arg A Arg B
Arg. C
Arg. A Arg. B
Arg. C
158
Uma das restrições para a determinação dos modelos está justamente na obtenção
da difusividade hidráulica dos materiais, uma vez que esta é função da concentração
de umidade contida nestes. Os dados experimentais apresentados na literatura
relativos à concentração de água nos materiais foram coletados a partir do uso de
técnicas que exigem um aparato sofisticado e de custo elevado: dispersão de
nêutrons, imagem por ressonância magnética nuclear, absorção de raios gama,
condutividade térmica ou absorção de microondas, o que normalmente dificulta sua
realização (Neuman & Ruppman 1988; Groot, 1993; Carpenter et al. 1993;
Kaufmann & Studer, 1995; Brocken et al. 1998).
A importância na obtenção da difusividade consiste no fato dessa característica ser
utilizada para simular a suscetibilidade dos componentes das edificações à ação de
agentes agressivos, como por exemplo, a penetração de cloretos em estruturas de
concreto. Desta forma pode-se obter informações para a previsão do desempenho e
da durabilidade das edificações (Sato, 1998). No entanto, na presente pesquisa de
doutorado foi possível determinar o conteúdo de umidade contida na argamassa (C)
em função do tempo (t) e da posição (x), a partir do monitoramento do transporte de
água com o uso dos sensores de umidade, conforme esquematizado na Figura 5.20.
Figura 5.20- Esquema do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o
substrato poroso com o uso de sensores de umidade.
Com os resultados da concentração de água contida no interior da argamassa (C) é
possível determinar diferentes difusividades hidráulicas, em função do tempo e da
profundidade (camada) avaliada, conforme vá se processando o enrijecimento
(endurecimento) do material (argamassa). Salienta-se, que estes dados foram
SUBSTRATO
REVESTIMENTO
SENSOR
FLUXO DA ÁGUA
X = 25mm
159
coletados sem a necessidade da utilização de técnicas que necessitem de um aparato
sofisticado e ainda, com custo extremamente baixo, uma vez que, a confecção dos
sensores (que possibilitou tal aquisição), parte da utilização de materiais
convencionais (baixo custo) e facilmente disponíveis no mercado.
A forma que se pensou para obter os valores da difusividade hidráulica foi por meio
da formulação utilizada no estudo do fenômeno da difusão modelado, neste caso,
pela segunda lei de Fick que representa uma condição transiente e não estacionária
(variável com o tempo), conforme Equação 5.1 (Crank, 1975):
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−=
−
−
t.D2e
erf1CCCC
f0.sup
0.prof (5.1)
onde:
Cprof. = concentração de água na profundidade, no tempo t ;
C0= concentração de água inicial;
Csup = concentração de água na superfície, no tempo t;
erf = função do erro de Gauss5.2;
e = profundidade considerada (m);
Df = difusividade hidráulica (m/s²);
t = duração do tempo considerado (segundos).
A equação da difusão foi utilizada em analogia ao transporte de água estudado
nesta pesquisa lembrando que, no estudo em questão, a argamassa de revestimento
está perdendo água (água transportada para o substrato), ou seja, há uma diminuição
de sua massa com o passar do tempo. Como a função do erro de Gauss é uma
função que gera valores positivos (ganho de massa), considerou-se que a perda de
massa apresenta comportamento similar a esta situação. A seguir é apresentado,
2 Karl Friedrich Gauss desenvolveu o método dos mínimos quadrados para regressões. erf pode ser obtido de tabelas encontradas em manuais de matemática.
160
com os dados obtidos nesta tese, um exemplo do cálculo da difusividade hidráulica
a partir dos resultados da concentração de água no interior da argamassa.
Exemplo: Calculo da difusividade hidráulica da Argamassa A, com espessura de
revestimento de 50 mm, aplicada sobre substrato cerâmico, após 60 minutos
(R1 + R2).
Dados:
* concentração inicial de água utilizada na mistura (C0) = 100% = 1880 g;
* Concentração de água no revestimento após 60 minutos (região da interface)
(Cprof.) = 61% = 1147g
* Concentração de água no revestimento após 60 minutos (região da superfície)
(Csup.) = 70% = 1316g;
* Tempo (t) = 3600 segundos (60 minutos);
* Profundidade (x) = 0,025 m = 25 mm.
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−=
−
−
t.D2e
erf1CCCC
f0.sup
0.prof
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛−=
−−
3600.D2025,0erf1
1880131618801147
f
1,30 = 1-erf ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
3600.D2025,0
f
erf ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
3600.D2025,0
f
= 1-1,30
erf ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
3600.D2025,0
f
= - 0,30
(z)
(OBS: O valor negativo indica a perda de água da argamassa)
161
erf(z) ou z podem ser obtidos de tabelas encontradas em manuais de matemática.
Neste exemplo, para o cálculo de z considerou-se erf(z) em módulo.
Tabela 5.18- Determinação do valor de z (Helene, 1993). z erf(z) z erf(z) z erf(z) z erf(z
0,00 0,00 0,40 0,4284 0,80 0,7421 1,30 0,9340
0,15 0,1680 0,45 0,4755 0,90 0,7969 1,40 0,9525
0,25 0,2763 0,50 0,5205 1,00 0,8427 1,50 0,9661
0,30 0,3286 0,60 0,6039 1,10 0,8802 1,60 0,9763
0,35 0,3794 0,70 0,6778 1,20 0,9103 1,70 0,9838
Interpolando-se os valores a partir dos dados da Tabela 5.18, determinou-se z:
Z30,030,03263,0
25,030,02763,03286,0
−−
=−−
z = 0,27
0,27 = ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛
3600.D2025,0
f
Df = - 5,9x10-7 m²/s
A determinação da concentração de água no interior da argamassa e da difusividade
hidráulica, como mencionado anteriormente, são parâmetros que podem ajudar no
refinamento de modelações matemáticas que visam entender determinados
fenômenos, como por exemplo, a retração e a fluência, bem como, na avaliação do
desempenho de componentes da edificação em meio não saturado (a partir do
conhecimento de como a água, ou outros agentes, se distribuem em seu interior).
Desta forma, os dados obtidos nesta pesquisa podem vir a contribuir para a
avaliação quantitativa do transporte de água na argamassa fresca e nos substratos
porosos nos momentos iniciais pós-aplicação, bem como, para o entendimento de
como este transporte influencia no desenvolvimento das propriedades do
revestimento.
6- CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES
PARA FUTURAS PESQUISAS
A seguir são apresentadas com base nos resultados do programa experimental e das
análises realizadas, as conclusões do trabalho, válidas em princípio, para os
materiais e condições do estudo em questão, bem como, as considerações finais e
sugestões para futuras pesquisas.
6.1- CONCLUSÕES
A realização desta pesquisa experimental teve como principal conclusão que foi
possível avaliar e quantificar o transporte de água da argamassa fresca nos
momentos iniciais pós-aplicação com a instrumentação adotada no trabalho
(sensores de umidade). Esta movimentação de água foi majorada ou minimizada,
segundo mudanças das variáveis adotadas: tipo de argamassa, natureza do substrato
e espessura do revestimento. Este transporte influencia o desempenho do
revestimento inclusive em idades mais avançadas, como foi demonstrado na
avaliação da resistência de aderência.
O proporcionamento dos materiais utilizados na execução das argamassas
influenciou o transporte de água desta para o substrato poroso. A argamassa A,
executada com areia mais fina foi a que apresentou maior resistência interna ao
fluxo de água. Como o transporte de água é diretamente influenciado pela interação
entre os poros da argamassa e os do substrato que realmente contribuem para a
sucção de água, a quantidade maior de poros de pequenos diâmetros no interior da
argamassa ajudou a reter mais água em seus interstícios e, por conseguinte, houve
uma menor quantidade de água transportada para o interior do substrato,
principalmente nos primeiros 60 minutos.
As argamassas (B e C), inversamente ao ocorrido com a argamassa A, foram as que
transportaram maiores quantidades de água para o interior do substrato, devido às
163
estruturas de poros formadas, principalmente, pela variação granulométrica da areia
(estrutura mais “aberta”). Estas argamassas foram também as que tiveram maiores
valores de resistência de aderência. Este fato indica que propriedades importantes
do revestimento endurecido realmente são condicionadas pelo transporte de água
que ocorre entre os materiais.
Ainda com relação ao proporcionamento dos materiais utilizados na execução das
argamassas, cabe destacar que o maior teor de cal adicionado às argamassas B e C,
necessário para a obtenção de trabalhabilidade adequada; e que poderia levar a uma
elevada retenção de água por parte dessas argamassas foram, na realidade, as que
transportaram maior quantidade de água para o substrato. Este fato mostra que mais
importante que o proporcionamento dos materiais isoladamente é a estrutura de
poros por eles formada (conjunto).
O tipo de substrato influenciou decisivamente a movimentação de água da
argamassa. Em todas as situações analisadas, o substrato de concreto succionou
mais água da argamassa fresca do que o substrato cerâmico. Este transporte foi
implementado com a variação do tipo de argamassa aplicada sobre a base
absorvente (substrato). A porosidade dos substratos como: diâmetro, estrutura,
volume e distribuição e interconectividade dos poros, aliadas as suas características
superficiais influenciaram na quantidade e na velocidade do transporte de água e,
conseqüentemente, na alteração das propriedades da argamassa em contato com o
substrato. Ressalta-se ainda que a geometria dos substratos utilizados nesta pesquisa
não foi fator determinante no transporte de água das argamassas mas sim, a natureza
desses.
Os perfis de movimentação de água da argamassa fresca para o substrato poroso
mostraram diferenças significativas no comportamento dos revestimentos a partir da
espessura empregada. No revestimento de menor espessura a argamassa fresca
perdeu água em maior quantidade e velocidade, principalmente nos primeiros
60 minutos. Os revestimentos de 30mm tiveram seu transporte de água diretamente
164
influenciado pela sucção do substrato, inclusive na região próxima a sua superfície.
Por outro lado, quando se utilizou um revestimento de maior espessura, a camada
mais próxima à superfície foi a que menos teve seu transporte de água afetado pela
sucção do substrato, em especial nos primeiros cinco minutos. Neste caso, em
virtude das forças existentes (capilares, de adsorção, ligações químicas com o
cimento e outras), houve uma restrição ao fluxo da água da argamassa em direção
ao substrato fazendo com que a quantidade e a velocidade de água transportada
fosse menor.
As técnicas utilizadas para caracterizar a estrutura porosa das argamassas e dos
substratos por meio da avaliação do espectro de dimensões de seus poros
(porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de
água) mostraram-se sensíveis para este fim.
A distribuição dos poros dos substratos pela análise conjunta das duas técnicas
permitiu observar que o substrato cerâmico tem um grande volume de poros de
pequenos diâmetros. Estes, apesar de sua elevada força de sucção retiram uma
menor quantidade de água da argamassa nos instantes iniciais, comparativamente ao
bloco de concreto. Este último, por sua vez, tem uma distribuição de tamanhos de
poros mais “heterogênea”, com um grande volume de poros ditos capilares, que são
os maiores responsáveis pela sucção da água da argamassa. Este fato pode explicar
a maior ou menor sucção dos substratos pela água da argamassa, nos momentos
iniciais pós-aplicação. Com relação às argamassas, foi possível perceber variações
de suas estruturas porosas em regiões distintas do revestimento (região da interface
argamassa/substrato e interna ao revestimento), decorrente principalmente da
mudança granulométrica dos agregados e também do tipo de substrato sobre o qual
estas foram aplicadas. Na região da interface, os poros tendem a ter menores
diâmetros, comparativamente à outra região avaliada, possivelmente, pela sucção
dos substratos que é intensa neste local.
165
A resistência de aderência dos revestimentos realmente mostrou ser uma
propriedade que reflete a interação entre a argamassa e o substrato e, portanto,
depende das características associadas a estes dois materiais. Argamassas idênticas,
quando aplicada em substratos de blocos cerâmicos ou de concreto tiveram
transportes de água distintos. A argamassa A aplicada sobre o substrato de bloco
cerâmico e a argamassa C aplicada sobre substrato de bloco de concreto foram as
que transportaram menos e mais água para o interior do substrato, respectivamente.
Estas também foram as que apresentaram valores menores e maiores de resistência
de aderência, confirmando o efeito sinérgico da referida propriedade. Na avaliação
da resistência de aderência foi constatado, por meio de análise de variância, que o
fator individual de maior influência foi o tipo de substrato.
A análise das características de absorção de água livre dos blocos: taxa inicial de
absorção de água (IRA); absorção total; absorção de água ao longo do tempo e
absortividade mostrou que cada uma delas avalia uma característica diferente dos
substratos. Com relação ao IRA e sua possível analogia direta com a resistência de
aderência, os resultados das referidas características, bem como, do transporte de
água e da aderência mostraram que este parâmetro não seria a melhor forma de
avaliação. O índice de absorção inicial de água (IRA), por si só não define a
capacidade de aderência entre a argamassa e o substrato. Esta característica serve de
“indicador do potencial absorvente” do componente frente à argamassa sendo
necessário considerar, dentre outros, a porosidade dos materiais. Além disto, esta
característica é determinada em presença de água “livre”, o que não representa
“fielmente” a água contida na argamassa que se encontra de forma “restringida”.
Neste sentido, a curva de absorção de água ao longo do tempo mostrou ter grande
potencial de utilização, uma vez que esta permite observar o comportamento desses
componentes desde o instante inicial até a sua saturação, mostrando peculiaridades
entre os diferentes tipos de substratos avaliados.
166
Os sensores de umidade desenvolvidos no decorrer desta pesquisa foram
fundamentais para a coleta dos dados que permitiram a análise do transporte de
água das argamassas frescas para os substratos porosos.
A partir do monitoramento do transporte de água com o uso dos sensores de
umidade foi possível determinar o conteúdo de umidade contida na argamassa (C)
em função do tempo (t) e da posição (x) e, posteriormente à obtenção da
difusividade hidráulica. A obtenção destes dados é determinante para a
implementação de modelagens computacionais que visam adquirir informações que
auxiliam, por exemplo, a prever o desempenho dos materiais em meio não saturado.
6.2- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término desta tese, com base no tema estudado julgou-se interessante tecer
algumas considerações a respeito de alguns cuidados na preparação de base tendo
em vista os resultados obtidos nesta pesquisa.
Com o intuito de melhorar e adaptar o substrato, emprega-se rotineiramente o
pré-umedecimento da base (com utilização de broxa) ou o chapisco. Este último
visa fornecer ao substrato uma textura adequadamente rugosa e com porosidade
apropriada ao desenvolvimento da aderência. Além da textura, o chapisco tem
função de regular a capacidade de sucção por parte do substrato. Assim, substratos
de elevada sucção (alvenarias de concreto celular e de concreto) têm no chapisco
um elemento que diminui a intensidade do transporte de água das argamassas para o
substrato. Em contrapartida, substratos de baixa sucção (elementos estruturais em
concreto, bloco cerâmico), necessitam do chapisco como elemento incrementador
da sucção de água da argamassa, com o intuito do desenvolvimento adequado da
aderência do revestimento.
O substrato cerâmico não dispõe de elevado potencial de sucção de água da
argamassa fresca (comparado ao bloco de concreto). Logo, neste caso em especial,
167
quando se optar por realizar o pré-umedecimento da base deve-se tomar extremo
cuidado para não saturá-la pois caso isto ocorra, pode levar a uma diminuição
excessiva de sua “avidez” pela água da argamassa. O uso de chapisco, por outro
lado, faz com que ocorra uma implementação da adesão inicial e sua posterior
aderência. Angelim (2003) observou que as alvenarias cerâmicas chapiscadas
apresentaram diferenças quando comparadas com as sem chapisco. A resistência de
aderência foi em torno de 60% superior, quando da comparação desta propriedade
em relação às alvenarias sem este tratamento. Leal (2003), do mesmo modo, obteve
resultados que corroboram os da pesquisa anterior com relação ao efeito da
aplicação do chapisco sobre substrato cerâmico.
Para substratos executados com blocos de concreto, o pré-umedecimento (com uso
de broxa de forma a não saturar a base) pode vir a ser benéfico. Este tratamento
pode diminuir a velocidade de sucção de água do substrato, levando a diminuição
dos efeitos de retração da argamassa. Com relação ao uso do chapisco, a sua
utilização estaria mais diretamente atrelada ao controle da absorção de água
exercido por este tratamento uma vez que o bloco de concreto já apresenta textura
diferenciada (Leal, 2003). Em geral blocos dessa natureza apresentam elevados
valores de resistência de aderência (conforme limites de norma). Logo, quando se
busca esta propriedade, o uso do bloco de concreto é uma escolha bastante viável.
O tipo de substrato pode também influenciar no tempo de sarrafeamento dos
revestimentos. Pereira (2000) verificou o tempo de sarrafeamento para diferentes
substratos com cinco argamassas distintas. Este tempo foi superior para o substrato
de blocos cerâmicos quando comparado ao substrato de blocos de concreto, uma
vez que este último possui uma maior capacidade de sucção de água. O efeito da
camada de chapisco sobre os substratos teve um comportamento distinto, sendo que
para blocos cerâmicos houve uma leve tendência de diminuir o tempo de
sarrafeamento (aumento da perda de água da argamassa), enquanto que para os
blocos de concreto, o uso do chapisco aumentou o tempo de sarrafeamento pela
diminuição da perda de água da argamassa. Cabe lembrar, no entanto, que o
168
desempenho do revestimento é dependente de outros fatores, tais como:
características dos materiais, espessura do revestimento, mão-de-obra e execução e,
não somente, da natureza do bloco e do tipo de tratamento realizado sobre a base.
6.3- SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Não se teve a pretensão, nesta tese de doutorado, de esgotar o assunto sobre o
transporte de água da argamassa fresca (por sucção do substrato) nos momentos
pós-aplicação, até porque várias lacunas ainda se encontram presentes. Desta forma,
com base no estudo desenvolvido propõe-se a continuação da pesquisa por meio dos
tópicos listados a seguir.
* implementação a partir dos dados obtidos nesta pesquisa de modelagens
numéricas e computacionais que permitam simular o transporte de água nos
revestimentos em argamassa, bem como, possíveis desempenhos de uso;
* desenvolvimentos de sensores que se adaptem a outras condições de pesquisas,
como por exemplo, em revestimentos já endurecidos sujeitos à infiltração de água
ou outros agentes;
* avaliação do transporte de água nos momentos pós-aplicação com outros tipos de
argamassas (industrializadas, aditivadas), aplicadas sobre diferentes tipos de
substratos (sílico-calcário, estrutura de concreto, concreto celular, etc.);
* avaliar o transporte de água da argamassa levando-se em consideração a perda de
água por evaporação para o meio ambiente;
* avaliação da influência de diferentes composições granulométrica das argamassas
de revestimento e suas correlações com as características e propriedades do
revestimento (retração, fissuração, retenção de água, aderência, etc.);
* estudo sobre a influência da porosidade das argamassas e dos substratos no
desenvolvimento da aderência com base em sua caracterização microestrutural.
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APÊNDICE A
Determinação do Número de Amostras
186
APÊNDICE A
PROCEDIMENTO REALIZADO PARA A OBTENÇÃO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES
A.1) Determinação do número de repetições ou tamanho da amostra (n)
,. 2
22
2/ ERCVZn α=
onde: CV= coeficiente de variação; ER= erro relativo; 2/αZ = variável padronizada da função de distribuição normal. Para um nível de confiança de 95%, tem-se que Zα/2 = Z0,025 = 1,96 (valor tabelado da distribuição normal). Então, empregando-se um CV de 6% e aceitando-se em ER = 8% tem-se:
316,2n86.96,1n 2
22 ≅=⇒=
Ajustando-se sucessivamente o valor de “n” encontrado, através da tabela t de Student, determina-se o valor de “n” final. Assim:
a) para n = 3, com 2 graus de liberdade ⎯→⎯ t(2) = 4,303
1142,10n86.303,4
ERCV.tn 2
22
2
22
2/ ≅=⇒== α
b) para n = 11, com 10 graus de liberdade ⎯→⎯ t(10) = 2,228
372,2n86.228,2
ERCV.tn 2
22
2
22
2/ ≅=⇒== α
c) para n = 4, com 3 graus de liberdade ⎯→⎯ t(3) = 3,142
669,5n86.142,3
ERCV.tn 2
22
2
22
2/ ≅=⇒== α
187
d) para n = 6, com 5 graus de liberdade ⎯→⎯ t(5) = 2,571
472,3n86.571,2
ERCV.tn 2
22
2
22
2/ ≅=⇒== α
e) para n = 5, com 4 graus de liberdade ⎯→⎯ t(4) = 2,571
471,3n86.571,2
ERCV.tn 2
22
2
22
2/ ≅=⇒== α
Conclusão: como nos dois últimos ajustes sucessivos os valores de “n” foram iguais a 3,72 e 3,71, portanto, próximos de quatro, assume-se que os ajustes convergem para um tamanho de amostra igual a quatro (n = 4). Desta feita, adotou-se para o trabalho experimental desta tese um número de repetições igual a quatro.
188
Tabela A1- Monitoramentos realizados com a argamassa aplicada sobre substrato de blocos de concreto. Argamassa aplicada sobre substrato de blocos de concreto
Bloco de Concreto Bloco de Concreto Camadas Camadas
Teor de umidade (%) Teor de Umidade (%) Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.1 11,21 11,75 10,67 1 8,00 9,13 7,00 2 11,24 11,74 10,94 2 8,84 9,60 7,56 3 11,65 12,01 9,98 3 8,00 9,78 7,89 4 11,46 11,77 10,01 4 8,76 9,51 7,59 5 10,57 12,09 10,51 5 8,89 9,76 7,56 6 11,52 10,99 10,29 6 7,89 8,79 8,72 7 10,23 11,78 10,43 7 8,19 9,00 7,95 8 10,61 11,56 10,69 8 8,57 9,53 8,38 9 10,68 11,61 10,47 9 8,06 8,71 7,82
10 11,06 10,99 10,26 10 8,32 9,38 7,29 11 11,12 11,39 11,29 11 8,08 9,61 7,51
1
12 11,51 12,02 11,24
15
12 8,94 9,39 7,96 Média 11,07 11,64 10,57 Média 8,38 9,35 7,77
Desvio Padrão 0,45 0,36 0,43 Desvio Padrão 0,40 0,36 0,46 CV (%) 4,09 3,13 4,03 CV (%) 4,73 3,87 5,98
Bloco de Concreto Bloco de Concreto
Camadas Camadas Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%)
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf. 10,51 10,95 9,15 7,32 7,85 6,42 10,61 10,98 9,06 7,23 7,83 6,63 9,84 11,24 9,93 7,42 8,05 6,81 10,00 10,95 9,73 7,13 8,26 6,62 9,00 11,28 10,19 6,59 7,63 6,13 10,17 10,63 9,86 6,85 8,47 5,89 10,12 10,98 9,78 7,52 7,68 6,24 10,29 10,81 9,32 6,32 8,75 5,77 10,08 10,58 9,39 6,79 8,36 5,83 9,61 11,36 9,61 7,01 7,49 5,91 9,28 10,15 9,32 6,86 8,31 6,04
5
10,00 11,65 10,21
30
7,14 8,00 6,67 Média 9,96 10,96 9,63 Média 7,02 8,06 6,25
Desvio Padrão 0,47 0,40 0,39 Desvio Padrão 0,35 0,38 0,37 CV (%) 4,73 3,64 4,00 CV (%) 5,00 4,72 5,93
189
Tabela A2- Monitoramentos realizados com a argamassa aplicada sobre substrato de blocos cerâmicos. Argamassa aplicada sobre substrato de blocos cerâmico
Bloco Cerâmico Bloco Cerâmico Camadas Camadas
Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.1 10,80 11,68 10,89 1 8,40 9,53 7,95 2 10,69 12,32 9,79 2 7,78 9,14 7,24 3 11,12 12,35 9,84 3 8,76 9,84 8,18 4 11,47 12,55 11,15 4 7,94 10,00 7,59 5 11,00 11,48 9,94 5 8,62 9,88 8,06 6 10,75 12,33 10,75 6 7,99 9,32 7,36 7 11,06 11,39 11,02 7 8,36 9,76 7,12 8 11,81 12,37 10,86 8 8,54 9,54 7,64 9 12,00 12,29 11,09 9 8,29 8,97 7,73 10 10,76 11,58 9,97 10 9,00 8,81 8,12 11 12,09 11,27 10,83 11 9,04 9,76 8,50
1
12 11,40 12,47 11,34
15
12 8,97 9,28 8,41 Média 11,25 12,01 10,62 Média 8,47 9,49 7,83
Desvio Padrão 0,50 0,48 0,57 Desvio Padrão 0,43 0,38 0,45 CV (%) 4,47 4,00 5,35 CV (%) 5,04 4,04 5,76
Bloco Cerâmico Bloco Cerâmico
Camadas Camadas Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%)
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.
Tempo (min) Nº CP's
Superf. Interm. Interf.1 9,90 10,79 9,92 1 7,53 8,59 6,89 2 9,12 11,13 9,00 2 6,97 8,18 6,44 3 10,27 11,45 10,26 3 7,84 8,80 6,99 4 10,64 11,67 10,00 4 8,15 9,17 7,71 5 9,56 11,32 9,54 5 7,12 8,75 7,56 6 10,15 10,57 10,24 6 7,05 9,03 7,61 7 10,21 10,69 9,58 7 8,06 9,24 6,87 8 9,97 11,03 9,76 8 7,00 8,97 6,73 9 10,14 10,71 9,84 9 7,51 9,06 7,28 10 10,22 10,87 9,98 10 7,24 8,79 7,19 11 9,86 11,26 10,32 11 7,45 9,37 6,62
5
12 10,48 11,54 9,75
30
12 8,12 8,92 7,38 Média 10,04 11,09 9,85 Média 7,50 8,91 7,11
Desvio Padrão 0,41 0,37 0,37 Desvio Padrão 0,45 0,32 0,41 CV (%) 4,05 3,30 3,74 CV (%) 5,94 3,58 5,81
APÊNDICE B
Resultados Individuais do Monitoramento do Transporte de Água das Argamassas Frescas para os Substratos Porosos
Tabela B1 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,08 100,00 0,00 16,90 100,00 0,00 16,89 100,00 0,00 3 1,73 15,18 94,40 5,60 15,15 89,64 10,36 15,25 90,29 9,71 5 2,24 14,52 90,30 9,70 14,21 84,08 15,92 14,38 85,14 14,86 7 2,65 14,41 89,61 10,39 13,84 81,89 18,11 13,96 82,65 17,35 10 3,16 14,00 87,06 12,94 13,47 79,70 20,30 13,58 80,40 19,60 13 3,61 13,86 86,19 13,81 13,15 77,81 22,19 13,25 78,45 21,55 16 4,00 13,64 84,83 15,17 12,83 75,92 24,08 12,89 76,32 23,68 19 4,36 13,16 81,84 18,16 12,28 72,66 27,34 12,40 73,42 26,58 22 4,69 12,83 79,79 20,21 11,92 70,53 29,47 12,10 71,64 28,36 25 5,00 12,50 77,74 22,26 11,56 68,40 31,60 11,69 69,21 30,79 28 5,29 12,11 75,31 24,69 11,15 65,98 34,02 11,27 66,73 33,27 30 5,48 11,70 72,76 27,24 10,71 63,37 36,63 10,84 64,18 35,82 35 5,92 11,35 70,58 29,42 10,51 62,19 37,81 10,64 63,00 37,00 40 6,32 11,00 68,41 31,59 10,38 61,42 38,58 10,50 62,17 37,83 50 7,07 10,76 66,92 33,08 10,15 60,06 39,94 10,32 61,10 38,90 60 7,75 10,39 64,61 35,39 9,88 58,46 41,54 10,00 59,21 40,79 80 8,94 10,10 62,81 37,19 9,57 56,63 43,37 9,66 57,19 42,81
120 10,95 9,72 60,45 39,55 9,20 54,44 45,56 9,33 55,24 44,76 150 12,25 9,16 56,97 43,03 8,43 49,88 50,12 8,59 50,86 49,14 200 14,14 8,31 51,68 48,32 7,80 46,15 53,85 7,95 47,07 52,93 230 15,17 7,59 47,20 52,80 7,00 41,42 58,58 7,15 42,33 57,67 260 16,00 7,00 43,53 56,47 6,27 37,10 62,90 6,48 38,37 61,63 360 18,97 6,35 39,49 60,51 5,56 32,90 67,10 5,76 34,10 65,90 400 20,00 5,86 36,44 63,56 4,92 29,11 70,89 5,15 30,49 69,51 540 23,24 4,17 25,93 74,07 3,20 18,93 81,07 3,34 19,78 80,22
Tabela B2 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,21 100,00 0,00 16,59 100,00 0,00 16,70 100,00 0,00 3 1,73 15,18 93,65 6,35 15,15 91,32 8,68 15,35 91,92 8,08 5 2,24 14,56 89,82 10,18 13,96 84,15 15,85 14,22 85,15 14,85 7 2,65 14,44 89,08 10,92 13,84 83,42 16,58 14,10 84,43 15,57 10 3,16 14,00 86,37 13,63 13,20 79,57 20,43 13,47 80,66 19,34 13 3,61 13,91 85,81 14,19 13,00 78,36 21,64 13,25 79,34 20,66 16 4,00 13,73 84,70 15,30 12,58 75,83 24,17 12,84 76,89 23,11 19 4,36 13,21 81,49 18,51 12,10 72,94 27,06 12,36 74,01 25,99 22 4,69 12,86 79,33 20,67 11,75 70,83 29,17 12,00 71,86 28,14 25 5,00 12,57 77,54 22,46 11,39 68,66 31,34 11,61 69,52 30,48 28 5,29 12,17 75,08 24,92 11,00 66,31 33,69 11,26 67,43 32,57 30 5,48 11,77 72,61 27,39 10,49 63,23 36,77 10,75 64,37 35,63 35 5,92 11,40 70,33 29,67 10,26 61,84 38,16 10,53 63,05 36,95 40 6,32 11,10 68,48 31,52 10,13 61,06 38,94 10,35 61,98 38,02 50 7,07 10,85 66,93 33,07 9,91 59,73 40,27 10,16 60,84 39,16 60 7,75 10,49 64,71 35,29 9,61 57,93 42,07 9,87 59,10 40,90 80 8,94 10,17 62,74 37,26 9,25 55,76 44,24 9,53 57,07 42,93
120 10,95 9,80 60,46 39,54 9,00 54,25 45,75 9,25 55,39 44,61 150 12,25 9,24 57,00 43,00 8,00 48,22 51,78 8,44 50,54 49,46 200 14,14 8,38 51,70 48,30 7,00 42,19 57,81 7,27 43,53 56,47 230 15,17 7,66 47,25 52,75 6,25 37,67 62,33 6,48 38,80 61,20 260 16,00 7,10 43,80 56,20 5,42 32,67 67,33 5,60 33,53 66,47 360 18,97 6,39 39,42 60,58 4,45 26,82 73,18 4,71 28,20 71,80 400 20,00 5,91 36,46 63,54 3,84 23,15 76,85 4,11 24,61 75,39 540 23,24 4,22 26,03 73,97 2,97 17,90 82,10 3,16 18,92 81,08
Tabela B3 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,24 100,00 0,00 16,00 100,00 0,00 16,27 100,00 0,00 3 1,73 15,20 93,60 6,40 14,28 89,25 10,75 14,66 90,10 9,90 5 2,24 14,70 90,52 9,48 13,34 83,38 16,63 13,77 84,63 15,37 7 2,65 14,44 88,92 11,08 13,00 81,25 18,75 13,39 82,30 17,70 10 3,16 14,21 87,50 12,50 12,61 78,81 21,19 13,05 80,21 19,79 13 3,61 14,00 86,21 13,79 12,33 77,06 22,94 12,82 78,80 21,20 16 4,00 13,70 84,36 15,64 12,00 75,00 25,00 12,41 76,28 23,72 19 4,36 13,27 81,71 18,29 11,34 70,88 29,13 11,72 72,03 27,97 22 4,69 12,91 79,50 20,50 10,86 67,88 32,13 11,30 69,45 30,55 25 5,00 12,64 77,83 22,17 10,59 66,19 33,81 11,00 67,61 32,39 28 5,29 12,23 75,31 24,69 10,24 64,00 36,00 10,66 65,52 34,48 30 5,48 11,82 72,78 27,22 9,91 61,94 38,06 10,27 63,12 36,88 35 5,92 11,30 69,58 30,42 9,51 59,44 40,56 9,94 61,09 38,91 40 6,32 11,15 68,66 31,34 9,32 58,25 41,75 9,70 59,62 40,38 50 7,07 10,76 66,26 33,74 9,19 57,44 42,56 9,61 59,07 40,93 60 7,75 10,50 64,66 35,34 9,00 56,25 43,75 9,41 57,84 42,16 80 8,94 10,22 62,93 37,07 8,57 53,56 46,44 9,00 55,32 44,68
120 10,95 9,83 60,53 39,47 8,37 52,31 47,69 8,77 53,90 46,10 150 12,25 9,11 56,10 43,90 7,60 47,50 52,50 8,00 49,17 50,83 200 14,14 8,26 50,86 49,14 6,94 43,38 56,63 7,27 44,68 55,32 230 15,17 7,66 47,17 52,83 6,20 38,75 61,25 6,59 40,50 59,50 260 16,00 7,00 43,10 56,90 5,36 33,50 66,50 5,76 35,40 64,60 360 18,97 6,23 38,36 61,64 4,38 27,38 72,63 4,82 29,63 70,37 400 20,00 5,27 32,45 67,55 3,95 24,69 75,31 4,31 26,49 73,51 540 23,24 4,28 26,35 73,65 2,36 14,75 85,25 2,73 16,78 83,22
Tabela B4 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 4 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,30 100,00 0,00 16,25 100,00 0,00 16,22 100,00 0,00 3 1,73 15,22 93,37 6,63 14,55 89,54 10,46 14,68 90,51 9,49 5 2,24 14,69 90,12 9,88 13,61 83,75 16,25 13,73 84,65 15,35 7 2,65 14,48 88,83 11,17 13,33 82,03 17,97 13,43 82,80 17,20 10 3,16 14,18 86,99 13,01 12,87 79,20 20,80 13,00 80,15 19,85 13 3,61 14,00 85,89 14,11 12,42 76,43 23,57 12,54 77,31 22,69 16 4,00 13,78 84,54 15,46 12,20 75,08 24,92 12,32 75,96 24,04 19 4,36 13,30 81,60 18,40 11,46 70,52 29,48 11,58 71,39 28,61 22 4,69 12,95 79,45 20,55 10,95 67,38 32,62 11,08 68,31 31,69 25 5,00 12,60 77,30 22,70 10,52 64,74 35,26 10,66 65,72 34,28 28 5,29 12,19 74,79 25,21 10,28 63,26 36,74 10,41 64,18 35,82 30 5,48 11,80 72,39 27,61 10,10 62,15 37,85 10,36 63,87 36,13 35 5,92 11,33 69,51 30,49 9,67 59,51 40,49 9,80 60,42 39,58 40 6,32 11,10 68,10 31,90 9,39 57,78 42,22 9,47 58,38 41,62 50 7,07 10,70 65,64 34,36 9,19 56,55 43,45 9,28 57,21 42,79 60 7,75 10,55 64,72 35,28 9,28 57,11 42,89 9,43 58,14 41,86 80 8,94 10,16 62,33 37,67 8,60 52,92 47,08 8,74 53,88 46,12
120 10,95 9,85 60,43 39,57 8,54 52,55 47,45 8,65 53,33 46,67 150 12,25 9,22 56,56 43,44 7,76 47,75 52,25 7,86 48,46 51,54 200 14,14 8,23 50,49 49,51 7,00 43,08 56,92 7,10 43,77 56,23 230 15,17 7,60 46,63 53,37 6,26 38,52 61,48 6,39 39,40 60,60 260 16,00 6,87 42,15 57,85 5,30 32,62 67,38 5,40 33,29 66,71 360 18,97 6,18 37,91 62,09 4,43 27,26 72,74 4,54 27,99 72,01 400 20,00 5,15 31,60 68,40 3,64 22,40 77,60 3,74 23,06 76,94 540 23,24 4,26 26,13 73,87 2,46 15,14 84,86 2,58 15,91 84,09
Tabela B5 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,09 100,00 0,00 17,98 100,00 0,00 18,01 100,00 0,00 3 1,73 16,57 91,60 8,40 15,83 88,04 11,96 16,00 88,84 11,16 5 2,24 16,00 88,45 11,55 15,10 83,98 16,02 15,20 84,40 15,60 7 2,65 15,73 86,95 13,05 14,48 80,53 19,47 14,63 81,23 18,77 10 3,16 15,36 84,91 15,09 14,00 77,86 22,14 14,17 78,68 21,32 13 3,61 15,00 82,92 17,08 13,64 75,86 24,14 13,76 76,40 23,60 16 4,00 14,58 80,60 19,40 13,12 72,97 27,03 13,26 73,63 26,37 19 4,36 14,13 78,11 21,89 12,50 69,52 30,48 12,63 70,13 29,87 22 4,69 13,74 75,95 24,05 12,18 67,74 32,26 12,28 68,18 31,82 25 5,00 13,16 72,75 27,25 11,82 65,74 34,26 12,00 66,63 33,37 28 5,29 12,58 69,54 30,46 11,26 62,63 37,37 11,43 63,46 36,54 30 5,48 12,10 66,89 33,11 10,96 60,96 39,04 11,10 61,63 38,37 35 5,92 11,59 64,07 35,93 10,39 57,79 42,21 10,52 58,41 41,59 40 6,32 11,33 62,63 37,37 10,00 55,62 44,38 10,13 56,25 43,75 50 7,07 11,19 61,86 38,14 9,74 54,17 45,83 9,91 55,02 44,98 60 7,75 10,81 59,76 40,24 9,53 53,00 47,00 9,72 53,97 46,03 80 8,94 9,75 53,90 46,10 8,72 48,50 51,50 8,90 49,42 50,58
120 10,95 8,83 48,81 51,19 7,68 42,71 57,29 7,85 43,59 56,41 150 12,25 7,80 43,12 56,88 6,70 37,26 62,74 6,90 38,31 61,69 200 14,14 7,39 40,85 59,15 5,95 33,09 66,91 6,15 34,15 65,85 230 15,17 7,00 38,70 61,30 5,30 29,48 70,52 5,41 30,04 69,96 260 16,12 6,50 35,93 64,07 4,75 26,42 73,58 4,85 26,93 73,07 360 18,97 6,00 33,17 66,83 4,35 24,19 75,81 4,57 25,37 74,63 400 20,00 5,30 29,30 70,70 3,54 19,69 80,31 3,64 20,21 79,79 540 23,24 4,75 26,26 73,74 3,00 16,69 83,31 3,20 17,77 82,23
Tabela B6 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,11 100,00 0,00 18,15 100,00 0,00 18,22 100,00 0,00 3 1,73 16,60 91,66 8,34 15,99 88,10 11,90 16,18 88,80 11,20 5 2,24 16,05 88,63 11,37 15,26 84,08 15,92 15,50 85,07 14,93 7 2,65 15,76 87,02 12,98 14,64 80,66 19,34 14,77 81,06 18,94 10 3,16 15,37 84,87 15,13 14,18 78,13 21,87 14,28 78,38 21,62 13 3,61 15,00 82,83 17,17 13,80 76,03 23,97 13,95 76,56 23,44 16 4,00 14,57 80,45 19,55 13,30 73,28 26,72 13,50 74,09 25,91 19 4,36 14,11 77,91 22,09 12,65 69,70 30,30 12,81 70,31 29,69 22 4,69 13,75 75,92 24,08 12,36 68,10 31,90 12,58 69,05 30,95 25 5,00 13,17 72,72 27,28 11,82 65,12 34,88 12,17 66,79 33,21 28 5,29 12,59 69,52 30,48 11,25 61,98 38,02 11,41 62,62 37,38 30 5,48 12,13 66,98 33,02 11,15 61,43 38,57 11,30 62,02 37,98 35 5,92 11,60 64,05 35,95 10,54 58,07 41,93 10,70 58,73 41,27 40 6,32 11,36 62,73 37,27 10,18 56,09 43,91 10,42 57,19 42,81 50 7,07 11,20 61,84 38,16 9,90 54,55 45,45 10,00 54,88 45,12 60 7,75 10,82 59,75 40,25 9,71 53,50 46,50 9,87 54,17 45,83 80 8,94 9,76 53,89 46,11 8,91 49,09 50,91 9,00 49,40 50,60
120 10,95 8,84 48,81 51,19 7,82 43,09 56,91 7,97 43,74 56,26 150 12,25 7,83 43,24 56,76 6,88 37,91 62,09 7,10 38,97 61,03 200 14,14 7,39 40,81 59,19 6,13 33,77 66,23 6,31 34,63 65,37 230 15,17 6,98 38,54 61,46 5,50 30,30 69,70 5,60 30,74 69,26 260 16,12 6,53 36,06 63,94 4,88 26,89 73,11 5,05 27,72 72,28 360 18,97 5,98 33,02 66,98 4,50 24,79 75,21 4,65 25,52 74,48 400 20,00 5,31 29,32 70,68 3,70 20,39 79,61 3,88 21,30 78,70 540 23,24 4,78 26,39 73,61 3,16 17,41 82,59 3,32 18,22 81,78
Tabela B7 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,56 100,00 0,00 18,62 100,00 0,00 18,52 100,00 0,00 3 1,73 17,00 91,59 8,41 16,45 88,35 11,65 16,43 88,71 11,29 5 2,24 16,48 88,79 11,21 15,70 84,32 15,68 15,68 84,67 15,33 7 2,65 16,00 86,21 13,79 15,10 81,10 18,90 15,05 81,26 18,74 10 3,16 15,78 85,02 14,98 14,63 78,57 21,43 14,65 79,10 20,90 13 3,61 15,42 83,08 16,92 14,24 76,48 23,52 14,28 77,11 22,89 16 4,00 15,00 80,82 19,18 13,75 73,85 26,15 13,76 74,30 25,70 19 4,36 14,57 78,50 21,50 13,11 70,41 29,59 13,10 70,73 29,27 22 4,69 14,19 76,45 23,55 12,80 68,74 31,26 12,87 69,49 30,51 25 5,00 13,61 73,33 26,67 12,45 66,86 33,14 12,50 67,49 32,51 28 5,29 13,00 70,04 29,96 11,78 63,27 36,73 11,78 63,61 36,39 30 5,48 12,55 67,62 32,38 11,61 62,35 37,65 11,65 62,90 37,10 35 5,92 12,00 64,66 35,34 11,00 59,08 40,92 11,05 59,67 40,33 40 6,32 11,75 63,31 36,69 10,66 57,25 42,75 10,74 57,99 42,01 50 7,07 11,55 62,23 37,77 10,36 55,64 44,36 10,40 56,16 43,84 60 7,75 11,21 60,40 39,60 10,19 54,73 45,27 10,23 55,24 44,76 80 8,94 10,20 54,96 45,04 9,37 50,32 49,68 9,43 50,92 49,08
120 10,95 9,21 49,62 50,38 8,30 44,58 55,42 8,32 44,92 55,08 150 12,25 8,10 43,64 56,36 7,37 39,58 60,42 7,45 40,23 59,77 200 14,14 7,83 42,19 57,81 6,56 35,23 64,77 6,53 35,26 64,74 230 15,17 7,45 40,14 59,86 5,95 31,95 68,05 5,96 32,18 67,82 260 16,12 6,95 37,45 62,55 5,36 28,79 71,21 5,38 29,05 70,95 360 18,97 6,28 33,84 66,16 4,96 26,64 73,36 4,96 26,78 73,22 400 20,00 5,80 31,25 68,75 4,15 22,29 77,71 4,19 22,62 77,38 540 23,24 5,18 27,91 72,09 3,62 19,44 80,56 3,62 19,55 80,45
Tabela B8 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 4 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,55 100,00 0,00 18,62 100,00 0,00 18,01 100,00 0,00 3 1,73 17,00 91,64 8,36 16,28 87,43 12,57 15,76 87,51 12,49 5 2,24 16,44 88,63 11,37 15,66 84,10 15,90 15,18 84,29 15,71 7 2,65 16,10 86,79 13,21 15,05 80,83 19,17 14,60 81,07 18,93 10 3,16 15,79 85,12 14,88 14,54 78,09 21,91 14,10 78,29 21,71 13 3,61 15,45 83,29 16,71 14,13 75,89 24,11 13,66 75,85 24,15 16 4,00 15,00 80,86 19,14 13,72 73,68 26,32 13,22 73,40 26,60 19 4,36 14,57 78,54 21,46 13,10 70,35 29,65 12,63 70,13 29,87 22 4,69 14,21 76,60 23,40 12,76 68,53 31,47 12,29 68,24 31,76 25 5,00 13,59 73,26 26,74 12,37 66,43 33,57 11,87 65,91 34,09 28 5,29 13,00 70,08 29,92 11,69 62,78 37,22 11,24 62,41 37,59 30 5,48 12,55 67,65 32,35 11,63 62,46 37,54 11,20 62,19 37,81 35 5,92 11,93 64,31 35,69 10,84 58,22 41,78 10,36 57,52 42,48 40 6,32 11,73 63,23 36,77 10,62 57,04 42,96 10,17 56,47 43,53 50 7,07 11,53 62,16 37,84 10,29 55,26 44,74 9,81 54,47 45,53 60 7,75 11,17 60,22 39,78 10,10 54,24 45,76 9,66 53,64 46,36 80 8,94 10,16 54,77 45,23 9,29 49,89 50,11 8,87 49,25 50,75
120 10,95 9,19 49,54 50,46 8,26 44,36 55,64 7,80 43,31 56,69 150 12,25 8,10 43,67 56,33 7,29 39,15 60,85 6,83 37,92 62,08 200 14,14 7,80 42,05 57,95 6,55 35,18 64,82 6,10 33,87 66,13 230 15,17 7,41 39,95 60,05 5,90 31,69 68,31 5,41 30,04 69,96 260 16,12 6,95 37,47 62,53 5,37 28,84 71,16 4,87 27,04 72,96 360 18,97 6,28 33,85 66,15 4,93 26,48 73,52 4,47 24,82 75,18 400 20,00 5,73 30,89 69,11 4,10 22,02 77,98 3,64 20,21 79,79 540 23,24 5,10 27,49 72,51 3,50 18,80 81,20 3,05 16,94 83,06
Tabela B9 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,58 100,00 0,00 15,93 100,00 0,00 16,71 100,00 0,00 3 1,73 14,80 89,26 10,74 13,54 85,00 15,00 14,45 86,48 13,52 5 2,24 14,59 88,00 12,00 12,99 81,54 18,46 13,94 83,42 16,58 7 2,65 14,23 85,83 14,17 12,35 77,53 22,47 13,21 79,05 20,95 10 3,16 13,70 82,63 17,37 11,92 74,83 25,17 12,84 76,84 23,16 13 3,61 13,29 80,16 19,84 11,42 71,69 28,31 12,31 73,67 26,33 16 4,00 13,00 78,41 21,59 11,00 69,05 30,95 11,87 71,04 28,96 19 4,36 12,35 74,49 25,51 10,59 66,48 33,52 11,45 68,52 31,48 22 4,69 11,82 71,29 28,71 10,15 63,72 36,28 11,00 65,83 34,17 25 5,00 11,38 68,64 31,36 9,78 61,39 38,61 10,72 64,15 35,85 28 5,29 10,90 65,74 34,26 9,55 59,95 40,05 10,42 62,36 37,64 30 5,48 10,61 63,99 36,01 9,21 57,82 42,18 10,10 60,44 39,56 35 5,92 10,18 61,40 38,60 8,90 55,87 44,13 9,84 58,89 41,11 40 6,32 9,90 59,71 40,29 8,60 53,99 46,01 9,54 57,09 42,91 50 7,07 9,65 58,20 41,80 8,28 51,98 48,02 9,18 54,94 45,06 60 7,75 9,45 57,00 43,00 7,94 49,84 50,16 8,86 53,02 46,98 80 8,94 8,53 51,45 48,55 7,00 43,94 56,06 7,94 47,52 52,48
120 10,95 7,61 45,90 54,10 6,23 39,11 60,89 7,10 42,49 57,51 150 12,25 6,74 40,65 59,35 5,52 34,65 65,35 6,40 38,30 61,70 200 14,14 6,55 39,51 60,49 5,00 31,39 68,61 5,84 34,95 65,05 230 15,17 6,00 36,19 63,81 4,50 28,25 71,75 5,45 32,62 67,38 260 16,12 5,55 33,47 66,53 4,00 25,11 74,89 4,94 29,56 70,44 360 18,97 5,17 31,18 68,82 3,27 20,53 79,47 4,21 25,19 74,81 400 20,00 4,80 28,95 71,05 2,73 17,14 82,86 3,64 21,78 78,22 540 23,24 4,23 25,51 74,49 2,13 13,37 86,63 3,00 17,95 82,05
Tabela B10 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,50 100,00 0,00 16,43 100,00 0,00 16,65 100,00 0,00 3 1,73 14,70 89,09 10,91 14,00 85,21 14,79 14,37 86,31 13,69 5 2,24 14,50 87,88 12,12 13,48 82,05 17,95 13,84 83,12 16,88 7 2,65 14,12 85,58 14,42 12,80 77,91 22,09 13,16 79,04 20,96 10 3,16 13,57 82,24 17,76 12,43 75,65 24,35 12,80 76,88 23,12 13 3,61 13,20 80,00 20,00 11,90 72,43 27,57 12,27 73,69 26,31 16 4,00 12,88 78,06 21,94 11,48 69,87 30,13 11,82 70,99 29,01 19 4,36 12,23 74,12 25,88 11,00 66,95 33,05 11,38 68,35 31,65 22 4,69 11,68 70,79 29,21 10,64 64,76 35,24 11,02 66,19 33,81 25 5,00 11,28 68,36 31,64 10,26 62,45 37,55 10,62 63,78 36,22 28 5,29 10,79 65,39 34,61 10,02 60,99 39,01 10,40 62,46 37,54 30 5,48 10,52 63,76 36,24 9,70 59,04 40,96 10,00 60,06 39,94 35 5,92 10,05 60,91 39,09 9,39 57,15 42,85 9,77 58,68 41,32 40 6,32 9,79 59,33 40,67 9,11 55,45 44,55 9,50 57,06 42,94 50 7,07 9,56 57,94 42,06 8,76 53,32 46,68 9,14 54,89 45,11 60 7,75 9,34 56,61 43,39 8,43 51,31 48,69 8,82 52,97 47,03 80 8,94 8,42 51,03 48,97 7,49 45,59 54,41 7,88 47,33 52,67
120 10,95 7,52 45,58 54,42 6,71 40,84 59,16 7,10 42,64 57,36 150 12,25 6,65 40,30 59,70 6,00 36,52 63,48 6,37 38,26 61,74 200 14,14 6,43 38,97 61,03 5,48 33,35 66,65 5,86 35,20 64,80 230 15,17 5,86 35,52 64,48 4,98 30,31 69,69 5,36 32,19 67,81 260 16,12 5,45 33,03 66,97 4,48 27,27 72,73 4,87 29,25 70,75 360 18,97 5,10 30,91 69,09 3,76 22,88 77,12 4,13 24,80 75,20 400 20,00 4,74 28,73 71,27 3,21 19,54 80,46 3,58 21,50 78,50 540 23,24 4,13 25,03 74,97 2,61 15,89 84,11 3,00 18,02 81,98
Tabela B11 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp. Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,58 100,00 0,00 16,64 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 3 1,73 14,79 89,20 10,80 14,23 85,52 14,48 14,40 86,33 13,67 5 2,24 14,57 87,88 12,12 13,67 82,15 17,85 13,88 83,21 16,79 7 2,65 14,21 85,71 14,29 13,00 78,13 21,88 13,21 79,20 20,80 10 3,16 13,67 82,45 17,55 12,61 75,78 24,22 12,81 76,80 23,20 13 3,61 13,30 80,22 19,78 12,12 72,84 27,16 12,32 73,86 26,14 16 4,00 12,98 78,29 21,71 11,70 70,31 29,69 11,90 71,34 28,66 19 4,36 12,30 74,19 25,81 11,23 67,49 32,51 11,43 68,53 31,47 22 4,69 11,78 71,05 28,95 10,87 65,32 34,68 11,08 66,43 33,57 25 5,00 11,37 68,58 31,42 10,48 62,98 37,02 10,66 63,91 36,09 28 5,29 10,88 65,62 34,38 10,21 61,36 38,64 10,41 62,41 37,59 30 5,48 10,59 63,87 36,13 9,90 59,50 40,50 10,10 60,55 39,45 35 5,92 10,16 61,28 38,72 9,56 57,45 42,55 9,76 58,51 41,49 40 6,32 9,85 59,41 40,59 9,28 55,77 44,23 9,49 56,89 43,11 50 7,07 9,63 58,08 41,92 8,94 53,73 46,27 9,15 54,86 45,14 60 7,75 9,39 56,63 43,37 8,61 51,74 48,26 8,82 52,88 47,12 80 8,94 8,52 51,39 48,61 7,74 46,51 53,49 7,94 47,60 52,40
120 10,95 7,57 45,66 54,34 6,90 41,47 58,53 7,11 42,63 57,37 150 12,25 6,70 40,41 59,59 6,20 37,26 62,74 6,40 38,37 61,63 200 14,14 6,53 39,38 60,62 5,68 34,13 65,87 5,88 35,25 64,75 230 15,17 5,92 35,71 64,29 5,20 31,25 68,75 5,40 32,37 67,63 260 16,12 5,50 33,17 66,83 4,70 28,25 71,75 4,91 29,44 70,56 360 18,97 5,14 31,00 69,00 3,96 23,80 76,20 4,15 24,88 75,12 400 20,00 4,79 28,89 71,11 3,40 20,43 79,57 3,61 21,64 78,36 540 23,24 4,18 25,21 74,79 2,86 17,19 82,81 3,05 18,29 81,71
Tabela B12 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp. Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,61 100,00 0,00 16,60 100,00 0,00 16,66 100,00 0,00 3 1,73 14,80 89,10 10,90 14,20 85,54 14,46 14,42 86,55 13,45 5 2,24 14,57 87,72 12,28 13,61 81,99 18,01 13,80 82,83 17,17 7 2,65 14,20 85,49 14,51 12,93 77,89 22,11 13,15 78,93 21,07 10 3,16 13,69 82,42 17,58 12,55 75,60 24,40 12,78 76,71 23,29 13 3,61 13,28 79,95 20,05 12,10 72,89 27,11 12,33 74,01 25,99 16 4,00 12,97 78,09 21,91 11,64 70,12 29,88 11,86 71,19 28,81 19 4,36 12,30 74,05 25,95 11,23 67,65 32,35 11,44 68,67 31,33 22 4,69 11,77 70,86 29,14 10,80 65,06 34,94 11,00 66,03 33,97 25 5,00 11,38 68,51 31,49 10,45 62,95 37,05 10,68 64,11 35,89 28 5,29 10,87 65,44 34,56 10,20 61,45 38,55 10,43 62,61 37,39 30 5,48 10,60 63,82 36,18 9,84 59,28 40,72 10,00 60,02 39,98 35 5,92 10,20 61,41 38,59 9,53 57,41 42,59 9,76 58,58 41,42 40 6,32 9,89 59,54 40,46 9,26 55,78 44,22 9,48 56,90 43,10 50 7,07 9,62 57,92 42,08 8,95 53,92 46,08 9,18 55,10 44,90 60 7,75 9,38 56,47 43,53 8,59 51,75 48,25 8,80 52,82 47,18 80 8,94 8,50 51,17 48,83 7,65 46,08 53,92 7,88 47,30 52,70
120 10,95 7,58 45,64 54,36 6,87 41,39 58,61 7,10 42,62 57,38 150 12,25 6,74 40,58 59,42 6,12 36,87 63,13 6,34 38,06 61,94 200 14,14 6,52 39,25 60,75 5,63 33,92 66,08 5,85 35,11 64,89 230 15,17 5,96 35,88 64,12 5,18 31,20 68,80 5,40 32,41 67,59 260 16,12 5,52 33,23 66,77 4,69 28,25 71,75 4,92 29,53 70,47 360 18,97 5,16 31,07 68,93 3,96 23,86 76,14 4,17 25,03 74,97 400 20,00 4,81 28,96 71,04 3,37 20,30 79,70 3,59 21,55 78,45 540 23,24 4,20 25,29 74,71 2,79 16,81 83,19 3,00 18,01 81,99
Tabela B13 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,09 100,00 0,00 16,03 100,00 0,00 16,08 100,00 0,00 3 1,73 14,35 89,19 10,81 13,44 83,84 16,16 13,64 84,83 15,17 5 2,24 13,84 86,02 13,98 12,83 80,04 19,96 13,00 80,85 19,15 7 2,65 13,55 84,21 15,79 12,43 77,54 22,46 12,63 78,54 21,46 10 3,16 13,10 81,42 18,58 11,90 74,24 25,76 12,00 74,63 25,37 13 3,61 12,80 79,55 20,45 11,22 69,99 30,01 11,44 71,14 28,86 16 4,00 12,32 76,57 23,43 10,81 67,44 32,56 11,00 68,41 31,59 19 4,36 11,82 73,46 26,54 10,20 63,63 36,37 10,40 64,68 35,32 22 4,69 11,33 70,42 29,58 9,86 61,51 38,49 10,08 62,69 37,31 25 5,00 11,00 68,37 31,63 9,50 59,26 40,74 9,67 60,14 39,86 28 5,29 10,51 65,32 34,68 9,20 57,39 42,61 9,37 58,27 41,73 30 5,48 10,10 62,77 37,23 9,00 56,14 43,86 9,19 57,15 42,85 35 5,92 9,54 59,29 40,71 8,50 53,03 46,97 8,62 53,61 46,39 40 6,32 9,00 55,94 44,06 8,12 50,66 49,34 8,27 51,43 48,57 50 7,07 8,66 53,82 46,18 7,38 46,04 53,96 7,58 47,14 52,86 60 7,75 8,36 51,96 48,04 7,00 43,67 56,33 7,22 44,90 55,10 80 8,94 7,80 48,48 51,52 6,37 39,74 60,26 6,59 40,98 59,02
120 10,95 6,87 42,70 57,30 6,00 37,43 62,57 6,18 38,43 61,57 150 12,25 6,00 37,29 62,71 5,20 32,44 67,56 5,41 33,64 66,36 200 14,14 5,46 33,93 66,07 4,65 29,01 70,99 4,87 30,29 69,71 230 15,17 4,65 28,90 71,10 4,11 25,64 74,36 4,33 26,93 73,07 260 16,12 4,12 25,61 74,39 3,62 22,58 77,42 3,83 23,82 76,18 360 18,97 3,74 23,24 76,76 3,00 18,71 81,29 3,22 20,02 79,98 400 20,00 3,42 21,26 78,74 2,58 16,09 83,91 2,69 16,73 83,27 540 23,24 3,10 19,27 80,73 2,00 12,48 87,52 2,10 13,06 86,94
Tabela B14 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,23 100,00 0,00 16,37 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 3 1,73 14,47 89,16 10,84 13,75 84,00 16,00 13,80 84,77 15,23 5 2,24 13,97 86,08 13,92 13,15 80,33 19,67 13,23 81,27 18,73 7 2,65 13,66 84,17 15,83 12,73 77,76 22,24 12,80 78,62 21,38 10 3,16 13,23 81,52 18,48 12,22 74,65 25,35 12,30 75,55 24,45 13 3,61 12,91 79,54 20,46 11,53 70,43 29,57 11,60 71,25 28,75 16 4,00 12,43 76,59 23,41 11,13 67,99 32,01 11,20 68,80 31,20 19 4,36 11,94 73,57 26,43 10,53 64,32 35,68 10,60 65,11 34,89 22 4,69 11,45 70,55 29,45 10,18 62,19 37,81 10,26 63,02 36,98 25 5,00 11,10 68,39 31,61 9,80 59,87 40,13 9,87 60,63 39,37 28 5,29 10,62 65,43 34,57 9,50 58,03 41,97 9,58 58,85 41,15 30 5,48 10,10 62,23 37,77 9,29 56,75 43,25 9,36 57,49 42,51 35 5,92 9,48 58,41 41,59 8,79 53,70 46,30 8,86 54,42 45,58 40 6,32 9,13 56,25 43,75 8,41 51,37 48,63 8,49 52,15 47,85 50 7,07 8,78 54,10 45,90 7,67 46,85 53,15 7,75 47,60 52,40 60 7,75 8,47 52,19 47,81 7,30 44,59 55,41 7,38 45,33 54,67 80 8,94 7,91 48,74 51,26 6,67 40,75 59,25 6,75 41,46 58,54
120 10,95 6,97 42,95 57,05 6,30 38,49 61,51 6,37 39,13 60,87 150 12,25 6,10 37,58 62,42 5,48 33,48 66,52 5,56 34,15 65,85 200 14,14 5,58 34,38 65,62 4,95 30,24 69,76 5,00 30,71 69,29 230 15,17 4,77 29,39 70,61 4,42 27,00 73,00 4,49 27,58 72,42 260 16,12 4,24 26,12 73,88 3,95 24,13 75,87 4,00 24,57 75,43 360 18,97 3,87 23,84 76,16 3,33 20,34 79,66 3,40 20,88 79,12 400 20,00 3,54 21,81 78,19 2,85 17,41 82,59 2,91 17,87 82,13 540 23,24 3,22 19,84 80,16 2,31 14,11 85,89 2,35 14,43 85,57
Tabela B15 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,25 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,32 100,00 0,00 3 1,73 14,46 88,98 11,02 13,70 84,05 15,95 13,85 84,87 15,13 5 2,24 13,95 85,85 14,15 13,12 80,49 19,51 13,29 81,43 18,57 7 2,65 13,70 84,31 15,69 12,67 77,73 22,27 12,86 78,80 21,20 10 3,16 13,24 81,48 18,52 12,14 74,48 25,52 12,32 75,49 24,51 13 3,61 12,91 79,45 20,55 11,48 70,43 29,57 11,67 71,51 28,49 16 4,00 12,47 76,74 23,26 11,10 68,10 31,90 11,29 69,18 30,82 19 4,36 11,95 73,54 26,46 10,44 64,05 35,95 10,63 65,13 34,87 22 4,69 11,48 70,65 29,35 10,10 61,96 38,04 10,29 63,05 36,95 25 5,00 11,10 68,31 31,69 9,75 59,82 40,18 9,94 60,91 39,09 28 5,29 10,66 65,60 34,40 9,45 57,98 42,02 9,63 59,01 40,99 30 5,48 10,18 62,65 37,35 9,26 56,81 43,19 9,43 57,78 42,22 35 5,92 9,60 59,08 40,92 8,73 53,56 46,44 8,92 54,66 45,34 40 6,32 9,11 56,06 43,94 8,36 51,29 48,71 8,55 52,39 47,61 50 7,07 8,77 53,97 46,03 7,62 46,75 53,25 7,81 47,86 52,14 60 7,75 8,46 52,06 47,94 7,26 44,54 55,46 7,44 45,59 54,41 80 8,94 7,91 48,68 51,32 6,65 40,80 59,20 6,83 41,85 58,15
120 10,95 7,00 43,08 56,92 6,26 38,40 61,60 6,44 39,46 60,54 150 12,25 6,14 37,78 62,22 5,45 33,44 66,56 5,63 34,50 65,50 200 14,14 5,57 34,28 65,72 4,90 30,06 69,94 5,08 31,13 68,87 230 15,17 4,78 29,42 70,58 4,39 26,93 73,07 4,56 27,94 72,06 260 16,12 4,25 26,15 73,85 3,90 23,93 76,07 4,00 24,51 75,49 360 18,97 3,87 23,82 76,18 3,28 20,12 79,88 3,44 21,08 78,92 400 20,00 3,55 21,85 78,15 2,81 17,24 82,76 2,97 18,20 81,80 540 23,24 3,23 19,88 80,12 2,28 13,99 86,01 2,45 15,01 84,99
Tabela B16 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. A
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,28 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 3 1,73 14,46 88,82 11,18 13,70 83,84 16,16 13,82 84,79 15,21 5 2,24 13,96 85,75 14,25 13,11 80,23 19,77 13,23 81,17 18,83 7 2,65 13,70 84,15 15,85 12,69 77,66 22,34 12,82 78,65 21,35 10 3,16 13,26 81,45 18,55 12,16 74,42 25,58 12,29 75,40 24,60 13 3,61 12,98 79,73 20,27 11,51 70,44 29,56 11,63 71,35 28,65 16 4,00 12,49 76,72 23,28 11,13 68,12 31,88 11,24 68,96 31,04 19 4,36 12,00 73,71 26,29 10,47 64,08 35,92 10,60 65,03 34,97 22 4,69 11,49 70,58 29,42 10,12 61,93 38,07 10,25 62,88 37,12 25 5,00 11,17 68,61 31,39 9,75 59,67 40,33 9,87 60,55 39,45 28 5,29 10,66 65,48 34,52 9,44 57,77 42,23 9,56 58,65 41,35 30 5,48 10,25 62,96 37,04 9,24 56,55 43,45 9,37 57,48 42,52 35 5,92 9,58 58,85 41,15 8,74 53,49 46,51 8,86 54,36 45,64 40 6,32 9,17 56,33 43,67 8,41 51,47 48,53 8,51 52,21 47,79 50 7,07 8,78 53,93 46,07 7,61 46,57 53,43 7,73 47,42 52,58 60 7,75 8,53 52,40 47,60 7,25 44,37 55,63 7,38 45,28 54,72 80 8,94 7,98 49,02 50,98 6,66 40,76 59,24 6,76 41,47 58,53
120 10,95 7,04 43,24 56,76 6,24 38,19 61,81 6,37 39,08 60,92 150 12,25 6,14 37,71 62,29 5,48 33,54 66,46 5,60 34,36 65,64 200 14,14 5,61 34,46 65,54 4,90 29,99 70,01 5,00 30,67 69,33 230 15,17 4,79 29,42 70,58 4,35 26,62 73,38 4,48 27,48 72,52 260 16,12 4,25 26,11 73,89 3,89 23,81 76,19 4,00 24,54 75,46 360 18,97 3,91 24,02 75,98 3,28 20,07 79,93 3,39 20,80 79,20 400 20,00 3,55 21,81 78,19 2,86 17,50 82,50 2,95 18,10 81,90 540 23,24 3,28 20,15 79,85 2,29 14,01 85,99 2,40 14,72 85,28
Tabela B17 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,08 100,00 0,00 18,05 100,00 0,00 18,09 100,00 0,00 3 1,73 15,81 87,44 12,56 14,95 82,83 17,17 15,15 83,75 16,25 5 2,24 15,26 84,40 15,60 14,17 78,50 21,50 14,35 79,33 20,67 7 2,65 14,86 82,19 17,81 13,43 74,40 25,60 13,60 75,18 24,82 10 3,16 14,52 80,31 19,69 12,83 71,08 28,92 13,00 71,86 28,14 13 3,61 13,94 77,10 22,90 12,23 67,76 32,24 12,43 68,71 31,29 16 4,00 13,14 72,68 27,32 11,82 65,48 34,52 12,00 66,33 33,67 19 4,36 12,72 70,35 29,65 11,21 62,11 37,89 11,33 62,63 37,37 22 4,69 12,36 68,36 31,64 10,82 59,94 40,06 11,00 60,81 39,19 25 5,00 11,70 64,71 35,29 10,50 58,17 41,83 10,70 59,15 40,85 28 5,29 11,10 61,39 38,61 10,00 55,40 44,60 10,41 57,55 42,45 30 5,48 10,71 59,24 40,76 9,61 53,24 46,76 9,94 54,95 45,05 35 5,92 10,30 56,97 43,03 9,15 50,69 49,31 9,35 51,69 48,31 40 6,32 9,91 54,81 45,19 8,90 49,31 50,69 9,28 51,30 48,70 50 7,07 9,49 52,49 47,51 8,19 45,37 54,63 8,40 46,43 53,57 60 7,75 9,13 50,50 49,50 7,68 42,55 57,45 7,85 43,39 56,61 80 8,94 8,00 44,25 55,75 7,00 38,78 61,22 7,21 39,86 60,14
120 10,95 7,36 40,71 59,29 6,37 35,29 64,71 6,44 35,60 64,40 150 12,25 6,67 36,89 63,11 5,60 31,02 68,98 5,75 31,79 68,21 200 14,14 6,00 33,19 66,81 5,00 27,70 72,30 5,18 28,63 71,37 230 15,17 5,32 29,42 70,58 4,36 24,16 75,84 4,55 25,15 74,85 260 16,12 5,00 27,65 72,35 3,84 21,27 78,73 4,00 22,11 77,89 360 18,97 4,62 25,55 74,45 3,26 18,06 81,94 3,36 18,57 81,43 400 20,00 4,21 23,29 76,71 2,83 15,68 84,32 3,00 16,58 83,42 540 23,24 3,84 21,24 78,76 2,30 12,74 87,26 2,50 13,82 86,18
Tabela B18 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,20 100,00 0,00 18,27 100,00 0,00 18,29 100,00 0,00 3 1,73 15,89 87,31 12,69 15,14 82,87 17,13 15,26 83,43 16,57 5 2,24 15,35 84,34 15,66 14,36 78,60 21,40 14,49 79,22 20,78 7 2,65 14,92 81,98 18,02 13,63 74,60 25,40 13,83 75,62 24,38 10 3,16 14,60 80,22 19,78 13,00 71,15 28,85 13,20 72,17 27,83 13 3,61 14,00 76,92 23,08 12,42 67,98 32,02 12,57 68,73 31,27 16 4,00 13,22 72,64 27,36 11,83 64,75 35,25 12,00 65,61 34,39 19 4,36 12,82 70,44 29,56 11,40 62,40 37,60 11,59 63,37 36,63 22 4,69 12,45 68,41 31,59 11,00 60,21 39,79 11,00 60,14 39,86 25 5,00 11,79 64,78 35,22 10,68 58,46 41,54 10,86 59,38 40,62 28 5,29 11,24 61,76 38,24 10,43 57,09 42,91 10,60 57,96 42,04 30 5,48 10,82 59,45 40,55 9,90 54,19 45,81 10,10 55,22 44,78 35 5,92 10,35 56,87 43,13 9,34 51,12 48,88 9,52 52,05 47,95 40 6,32 10,00 54,95 45,05 9,10 49,81 50,19 9,28 50,74 49,26 50 7,07 9,58 52,64 47,36 8,40 45,98 54,02 8,59 46,97 53,03 60 7,75 9,23 50,71 49,29 7,82 42,80 57,20 8,00 43,74 56,26 80 8,94 8,11 44,56 55,44 7,20 39,41 60,59 7,40 40,46 59,54
120 10,95 7,46 40,99 59,01 6,56 35,91 64,09 6,75 36,91 63,09 150 12,25 6,74 37,03 62,97 5,80 31,75 68,25 6,00 32,80 67,20 200 14,14 6,10 33,52 66,48 5,19 28,41 71,59 5,36 29,31 70,69 230 15,17 5,40 29,67 70,33 4,57 25,01 74,99 4,75 25,97 74,03 260 16,12 5,10 28,02 71,98 4,00 21,89 78,11 4,18 22,85 77,15 360 18,97 4,68 25,71 74,29 3,45 18,88 81,12 3,59 19,63 80,37 400 20,00 4,29 23,57 76,43 3,00 16,42 83,58 3,16 17,28 82,72 540 23,24 3,94 21,65 78,35 2,49 13,63 86,37 2,65 14,49 85,51
Tabela B19 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,32 100,00 0,00 18,35 100,00 0,00 18,33 100,00 0,00 3 1,73 15,99 87,28 12,72 15,17 82,67 17,33 15,28 83,36 16,64 5 2,24 15,45 84,33 15,67 14,42 78,58 21,42 14,53 79,27 20,73 7 2,65 15,00 81,88 18,12 13,66 74,44 25,56 13,79 75,23 24,77 10 3,16 14,86 81,11 18,89 13,10 71,39 28,61 13,27 72,39 27,61 13 3,61 14,10 76,97 23,03 12,47 67,96 32,04 12,60 68,74 31,26 16 4,00 13,35 72,87 27,13 12,00 65,40 34,60 12,16 66,34 33,66 19 4,36 12,91 70,47 29,53 11,46 62,45 37,55 11,59 63,23 36,77 22 4,69 12,55 68,50 31,50 11,00 59,95 40,05 11,16 60,88 39,12 25 5,00 11,89 64,90 35,10 10,70 58,31 41,69 10,85 59,19 40,81 28 5,29 11,33 61,84 38,16 10,48 57,11 42,89 10,62 57,94 42,06 30 5,48 10,91 59,55 40,45 9,94 54,17 45,83 10,10 55,10 44,90 35 5,92 10,50 57,31 42,69 9,37 51,06 48,94 9,52 51,94 48,06 40 6,32 10,13 55,29 44,71 9,13 49,75 50,25 9,29 50,68 49,32 50 7,07 9,71 53,00 47,00 8,42 45,89 54,11 8,56 46,70 53,30 60 7,75 9,34 50,98 49,02 7,92 43,16 56,84 8,05 43,92 56,08 80 8,94 8,19 44,71 55,29 7,24 39,46 60,54 7,38 40,26 59,74
120 10,95 7,55 41,21 58,79 6,61 36,02 63,98 6,75 36,82 63,18 150 12,25 6,89 37,61 62,39 5,84 31,83 68,17 5,96 32,52 67,48 200 14,14 6,19 33,79 66,21 5,19 28,28 71,72 5,34 29,13 70,87 230 15,17 5,53 30,19 69,81 4,59 25,01 74,99 4,73 25,80 74,20 260 16,12 5,21 28,44 71,56 4,10 22,34 77,66 4,24 23,13 76,87 360 18,97 4,83 26,36 73,64 3,45 18,80 81,20 3,59 19,59 80,41 400 20,00 4,48 24,45 75,55 3,02 16,46 83,54 3,16 17,24 82,76 540 23,24 4,00 21,83 78,17 2,54 13,84 86,16 2,65 14,46 85,54
Tabela B20 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. B
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,35 100,00 0,00 18,30 100,00 0,00 18,37 100,00 0,00 3 1,73 16,00 87,19 12,81 15,15 82,79 17,21 15,39 83,78 16,22 5 2,24 15,45 84,20 15,80 14,40 78,69 21,31 14,58 79,37 20,63 7 2,65 15,10 82,29 17,71 13,60 74,32 25,68 13,83 75,29 24,71 10 3,16 14,80 80,65 19,35 13,10 71,58 28,42 13,35 72,67 27,33 13 3,61 14,10 76,84 23,16 12,43 67,92 32,08 12,67 68,97 31,03 16 4,00 13,38 72,92 27,08 11,98 65,46 34,54 12,23 66,58 33,42 19 4,36 12,94 70,52 29,48 11,39 62,24 37,76 11,64 63,36 36,64 22 4,69 12,53 68,28 31,72 11,00 60,11 39,89 11,22 61,08 38,92 25 5,00 11,76 64,09 35,91 10,66 58,25 41,75 10,90 59,34 40,66 28 5,29 11,32 61,69 38,31 10,47 57,21 42,79 10,68 58,14 41,86 30 5,48 10,93 59,56 40,44 9,90 54,10 45,90 10,13 55,14 44,86 35 5,92 10,48 57,11 42,89 9,34 51,04 48,96 9,57 52,10 47,90 40 6,32 10,11 55,10 44,90 9,11 49,78 50,22 9,34 50,84 49,16 50 7,07 9,69 52,81 47,19 8,40 45,90 54,10 8,65 47,09 52,91 60 7,75 9,36 51,01 48,99 7,80 42,62 57,38 8,00 43,55 56,45 80 8,94 8,20 44,69 55,31 7,21 39,40 60,60 7,37 40,12 59,88
120 10,95 7,57 41,25 58,75 6,60 36,07 63,93 6,81 37,07 62,93 150 12,25 6,90 37,60 62,40 5,78 31,58 68,42 6,00 32,66 67,34 200 14,14 6,18 33,68 66,32 5,19 28,36 71,64 5,41 29,45 70,55 230 15,17 5,58 30,41 69,59 4,59 25,08 74,92 4,82 26,24 73,76 260 16,12 5,20 28,34 71,66 4,00 21,86 78,14 4,22 22,97 77,03 360 18,97 4,81 26,21 73,79 3,43 18,74 81,26 3,63 19,76 80,24 400 20,00 4,42 24,09 75,91 3,00 16,39 83,61 3,25 17,69 82,31 540 23,24 4,00 21,80 78,20 2,50 13,66 86,34 2,65 14,43 85,57
Tabela B21 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,16 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 16,18 100,00 0,00 3 1,73 13,79 85,33 14,67 13,00 80,75 19,25 13,16 81,33 18,67 5 2,24 13,14 81,31 18,69 12,36 76,77 23,23 12,58 77,75 22,25 7 2,65 12,73 78,77 21,23 11,72 72,80 27,20 11,82 73,05 26,95 10 3,16 12,16 75,25 24,75 11,16 69,32 30,68 11,32 69,96 30,04 13 3,61 11,63 71,97 28,03 10,61 65,90 34,10 10,82 66,87 33,13 16 4,00 11,37 70,36 29,64 10,10 62,73 37,27 10,31 63,72 36,28 19 4,36 11,00 68,07 31,93 9,65 59,94 40,06 9,86 60,94 39,06 22 4,69 10,38 64,23 35,77 9,30 57,76 42,24 9,50 58,71 41,29 25 5,00 10,00 61,88 38,12 9,00 55,90 44,10 9,20 56,86 43,14 28 5,29 9,58 59,28 40,72 8,55 53,11 46,89 8,75 54,08 45,92 30 5,48 9,26 57,30 42,70 8,24 51,18 48,82 8,47 52,35 47,65 35 5,92 8,67 53,65 46,35 7,48 46,46 53,54 7,65 47,28 52,72 40 6,32 8,30 51,36 48,64 7,00 43,48 56,52 7,23 44,68 55,32 50 7,07 7,80 48,27 51,73 6,67 41,43 58,57 6,87 42,46 57,54 60 7,75 7,18 44,43 55,57 6,16 38,26 61,74 6,37 39,37 60,63 80 8,94 6,47 40,04 59,96 5,48 34,04 65,96 5,70 35,23 64,77
120 10,95 6,00 37,13 62,87 5,00 31,06 68,94 5,15 31,83 68,17 150 12,25 5,35 33,11 66,89 4,25 26,40 73,60 4,43 27,38 72,62 200 14,14 4,85 30,01 69,99 3,64 22,61 77,39 3,90 24,10 75,90 230 15,17 4,25 26,30 73,70 3,00 18,63 81,37 3,18 19,65 80,35 260 16,12 3,90 24,13 75,87 2,54 15,78 84,22 2,69 16,63 83,37 360 18,97 3,44 21,29 78,71 2,19 13,60 86,40 2,33 14,40 85,60 540 23,24 3,10 19,18 80,82 1,82 11,30 88,70 2,00 12,36 87,64
Tabela B22 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,21 100,00 0,00 16,19 100,00 0,00 16,23 100,00 0,00 3 1,73 13,79 85,07 14,93 13,03 80,48 19,52 13,23 81,52 18,48 5 2,24 13,17 81,25 18,75 12,40 76,59 23,41 12,58 77,51 22,49 7 2,65 12,76 78,72 21,28 11,66 72,02 27,98 11,84 72,95 27,05 10 3,16 12,19 75,20 24,80 11,21 69,24 30,76 11,36 69,99 30,01 13 3,61 11,63 71,75 28,25 10,65 65,78 34,22 10,85 66,85 33,15 16 4,00 11,40 70,33 29,67 10,16 62,75 37,25 10,33 63,65 36,35 19 4,36 11,00 67,86 32,14 9,69 59,85 40,15 9,90 61,00 39,00 22 4,69 10,41 64,22 35,78 9,34 57,69 42,31 9,54 58,78 41,22 25 5,00 10,00 61,69 38,31 9,04 55,84 44,16 9,22 56,81 43,19 28 5,29 9,60 59,22 40,78 8,58 53,00 47,00 8,77 54,04 45,96 30 5,48 9,24 57,00 43,00 8,29 51,20 48,80 8,49 52,31 47,69 35 5,92 8,69 53,61 46,39 7,53 46,51 53,49 7,68 47,32 52,68 40 6,32 8,33 51,39 48,61 7,00 43,24 56,76 7,19 44,30 55,70 50 7,07 7,80 48,12 51,88 6,70 41,38 58,62 6,90 42,51 57,49 60 7,75 7,22 44,54 55,46 6,22 38,42 61,58 6,41 39,49 60,51 80 8,94 6,50 40,10 59,90 5,52 34,10 65,90 5,70 35,12 64,88
120 10,95 6,00 37,01 62,99 5,00 30,88 69,12 5,18 31,92 68,08 150 12,25 5,32 32,82 67,18 4,29 26,50 73,50 4,47 27,54 72,46 200 14,14 4,83 29,80 70,20 3,69 22,79 77,21 3,87 23,84 76,16 230 15,17 4,24 26,16 73,84 3,10 19,15 80,85 3,29 20,27 79,73 260 16,12 3,93 24,24 75,76 2,58 15,94 84,06 2,72 16,76 83,24 360 18,97 3,46 21,34 78,66 2,23 13,77 86,23 2,40 14,79 85,21 540 23,24 3,12 19,25 80,75 1,85 11,43 88,57 2,05 12,63 87,37
Tabela B23 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,30 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 16,33 100,00 0,00 3 1,73 13,86 85,03 14,97 13,10 80,47 19,53 13,26 81,20 18,80 5 2,24 13,24 81,23 18,77 12,46 76,54 23,46 12,64 77,40 22,60 7 2,65 12,83 78,71 21,29 11,71 71,93 28,07 11,91 72,93 27,07 10 3,16 12,25 75,15 24,85 11,25 69,10 30,90 11,45 70,12 29,88 13 3,61 11,70 71,78 28,22 10,70 65,72 34,28 10,88 66,63 33,37 16 4,00 11,46 70,31 29,69 10,20 62,65 37,35 10,37 63,50 36,50 19 4,36 11,10 68,10 31,90 9,77 60,01 39,99 9,93 60,81 39,19 22 4,69 10,47 64,23 35,77 9,39 57,68 42,32 9,56 58,54 41,46 25 5,00 10,10 61,96 38,04 9,04 55,53 44,47 9,24 56,58 43,42 28 5,29 9,67 59,33 40,67 8,68 53,32 46,68 8,83 54,07 45,93 30 5,48 9,30 57,06 42,94 8,40 51,60 48,40 8,60 52,66 47,34 35 5,92 8,74 53,62 46,38 7,58 46,56 53,44 7,77 47,58 52,42 40 6,32 8,39 51,47 48,53 7,15 43,92 56,08 7,35 45,01 54,99 50 7,07 7,88 48,34 51,66 6,77 41,58 58,42 6,96 42,62 57,38 60 7,75 7,29 44,72 55,28 6,28 38,57 61,43 6,49 39,74 60,26 80 8,94 6,58 40,37 59,63 5,64 34,64 65,36 5,83 35,70 64,30
120 10,95 6,11 37,48 62,52 5,10 31,33 68,67 5,29 32,39 67,61 150 12,25 5,43 33,31 66,69 4,40 27,03 72,97 4,61 28,23 71,77 200 14,14 4,94 30,31 69,69 3,77 23,16 76,84 3,90 23,88 76,12 230 15,17 4,36 26,75 73,25 3,15 19,35 80,65 3,36 20,58 79,42 260 16,12 3,99 24,48 75,52 2,69 16,52 83,48 2,86 17,51 82,49 360 18,97 3,52 21,60 78,40 2,34 14,37 85,63 2,52 15,43 84,57 540 23,24 3,16 19,39 80,61 1,96 12,04 87,96 2,13 13,04 86,96
Tabela B24 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. C
CAMADAS
Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de
Umidade Umidade Água Transportada
Teor de Umidade Umidade Água
TransportadaTeor de
Umidade Umidade Água Transportada
Tempo (min) t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,28 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 3 1,73 13,90 85,38 14,62 13,21 80,84 19,16 13,33 81,58 18,42 5 2,24 13,19 81,02 18,98 12,58 76,99 23,01 12,72 77,85 22,15 7 2,65 12,85 78,93 21,07 11,84 72,46 27,54 11,98 73,32 26,68 10 3,16 12,24 75,18 24,82 11,37 69,58 30,42 11,50 70,38 29,62 13 3,61 11,73 72,05 27,95 10,82 66,22 33,78 10,96 67,07 32,93 16 4,00 11,45 70,33 29,67 10,30 63,04 36,96 10,43 63,83 36,17 19 4,36 11,11 68,24 31,76 9,86 60,34 39,66 10,00 61,20 38,80 22 4,69 10,46 64,25 35,75 9,53 58,32 41,68 9,66 59,12 40,88 25 5,00 10,10 62,04 37,96 9,18 56,18 43,82 9,34 57,16 42,84 28 5,29 9,68 59,46 40,54 8,75 53,55 46,45 8,87 54,28 45,72 30 5,48 9,35 57,43 42,57 8,47 51,84 48,16 8,63 52,82 47,18 35 5,92 8,77 53,87 46,13 7,70 47,12 52,88 7,81 47,80 52,20 40 6,32 8,36 51,35 48,65 7,22 44,19 55,81 7,38 45,17 54,83 50 7,07 7,88 48,40 51,60 6,88 42,11 57,89 7,00 42,84 57,16 60 7,75 7,28 44,72 55,28 6,31 38,62 61,38 6,46 39,53 60,47 80 8,94 6,55 40,23 59,77 5,66 34,64 65,36 5,81 35,56 64,44
120 10,95 6,10 37,47 62,53 5,19 31,76 68,24 5,32 32,56 67,44 150 12,25 5,44 33,42 66,58 4,47 27,36 72,64 4,60 28,15 71,85 200 14,14 4,94 30,34 69,66 3,86 23,62 76,38 4,00 24,48 75,52 230 15,17 4,32 26,54 73,46 3,22 19,71 80,29 3,38 20,69 79,31 260 16,12 3,96 24,32 75,68 2,76 16,89 83,11 2,88 17,63 82,37 360 18,97 3,49 21,44 78,56 2,42 14,81 85,19 2,55 15,61 84,39 540 23,24 3,18 19,53 80,47 2,04 12,48 87,52 2,16 13,22 86,78
Tabela B25 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,10 100,00 0,00 16,70 100,00 0,00 16,77 100,00 0,00 16,35 100,00 0,00
5 2,24 16,78 98,13 1,87 16,13 96,59 3,41 15,86 94,57 5,43 15,16 92,72 7,28
10 3,16 16,17 94,56 5,44 15,40 92,22 7,78 15,15 90,34 9,66 14,13 86,42 13,58
15 3,87 15,32 89,59 10,41 14,54 87,07 12,93 14,32 85,39 14,61 13,24 80,98 19,02
20 4,47 14,43 84,39 15,61 13,71 82,10 17,90 13,46 80,26 19,74 12,46 76,21 23,79
25 5,00 13,86 81,05 18,95 12,98 77,72 22,28 12,79 76,27 23,73 11,86 72,54 27,46
30 5,48 13,51 79,01 20,99 12,71 76,11 23,89 12,48 74,42 25,58 11,34 69,36 30,64
35 5,92 13,10 76,61 23,39 12,31 73,71 26,29 12,00 71,56 28,44 11,00 67,28 32,72
40 6,32 12,73 74,44 25,56 12,10 72,46 27,54 11,67 69,59 30,41 10,63 65,02 34,98
50 7,07 12,39 72,46 27,54 11,60 69,46 30,54 11,21 66,85 33,15 10,32 63,12 36,88
60 7,75 12,00 70,18 29,82 11,32 67,78 32,22 10,86 64,76 35,24 9,97 60,98 39,02
80 8,94 11,44 66,90 33,10 10,73 64,25 35,75 10,47 62,43 37,57 9,63 58,90 41,10
100 10,00 11,10 64,91 35,09 10,40 62,28 37,72 10,15 60,52 39,48 9,24 56,51 43,49
120 10,95 10,82 63,27 36,73 10,45 62,57 37,43 9,98 59,51 40,49 9,00 55,05 44,95
150 12,25 10,43 60,99 39,01 9,72 58,20 41,80 9,55 56,95 43,05 8,54 52,23 47,77
180 13,42 10,00 58,48 41,52 9,49 56,83 43,17 9,23 55,04 44,96 8,10 49,54 50,46
240 15,49 9,71 56,78 43,22 9,10 54,49 45,51 8,69 51,82 48,18 7,81 47,77 52,23
300 17,32 9,41 55,03 44,97 8,81 52,75 47,25 8,27 49,31 50,69 7,42 45,38 54,62
360 18,97 9,10 53,22 46,78 8,47 50,72 49,28 7,88 46,99 53,01 7,00 42,81 57,19
420 20,49 8,70 50,88 49,12 8,10 48,50 51,50 7,51 44,78 55,22 6,61 40,43 59,57
480 21,91 8,31 48,60 51,40 7,57 45,33 54,67 7,13 42,52 57,48 6,12 37,43 62,57
540 23,24 7,64 44,68 55,32 7,00 41,92 58,08 6,48 38,64 61,36 5,64 34,50 65,50
Tabela B26 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,08 100,00 0,00 16,72 100,00 0,00 16,75 100,00 0,00 16,80 100,00 0,00 5 2,24 16,78 98,24 1,76 16,17 96,71 3,29 15,88 94,81 5,19 15,60 92,86 7,14
10 3,16 16,14 94,50 5,50 15,44 92,34 7,66 15,17 90,57 9,43 14,53 86,49 13,51 15 3,87 15,31 89,64 10,36 14,58 87,20 12,80 14,34 85,61 14,39 13,62 81,07 18,93 20 4,47 14,41 84,37 15,63 13,75 82,24 17,76 13,48 80,48 19,52 12,81 76,25 23,75 25 5,00 13,84 81,03 18,97 13,00 77,75 22,25 12,81 76,48 23,52 12,19 72,56 27,44 30 5,48 13,53 79,22 20,78 12,72 76,08 23,92 12,50 74,63 25,37 11,66 69,40 30,60 35 5,92 13,12 76,81 23,19 12,33 73,74 26,26 12,02 71,76 28,24 11,31 67,32 32,68 40 6,32 12,75 74,65 25,35 12,14 72,61 27,39 11,69 69,79 30,21 10,94 65,12 34,88 50 7,07 12,37 72,42 27,58 11,64 69,62 30,38 11,33 67,64 32,36 10,62 63,21 36,79 60 7,75 11,97 70,08 29,92 11,34 67,82 32,18 10,98 65,55 34,45 10,26 61,07 38,93 80 8,94 11,42 66,86 33,14 10,77 64,41 35,59 10,49 62,63 37,37 9,92 59,05 40,95 100 10,00 11,12 65,11 34,89 10,42 62,32 37,68 10,17 60,72 39,28 9,50 56,55 43,45 120 10,95 10,84 63,47 36,53 10,47 62,62 37,38 10,00 59,70 40,30 9,43 56,13 43,87 150 12,25 10,45 61,18 38,82 9,74 58,25 41,75 9,47 56,54 43,46 8,81 52,44 47,56 180 13,42 9,98 58,43 41,57 9,51 56,88 43,12 9,25 55,22 44,78 8,34 49,64 50,36 240 15,49 9,73 56,97 43,03 9,14 54,67 45,33 8,71 52,00 48,00 8,06 47,98 52,02 300 17,32 9,40 55,04 44,96 8,82 52,75 47,25 8,29 49,49 50,51 7,63 45,42 54,58 360 18,97 9,12 53,40 46,60 8,50 50,84 49,16 7,90 47,16 52,84 7,37 43,87 56,13 420 20,49 8,68 50,82 49,18 8,12 48,56 51,44 7,53 44,96 55,04 6,80 40,48 59,52 480 21,91 8,30 48,59 51,41 7,59 45,39 54,61 7,15 42,69 57,31 6,53 38,87 61,13 540 23,24 7,66 44,85 55,15 7,05 42,17 57,83 6,3 37,61 62,39 5,84 34,76 65,24
Tabela B27 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,08 100,00 0,00 16,66 100,00 0,00 16,73 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00 5 2,24 16,74 98,01 1,99 16,09 96,58 3,42 15,82 94,56 5,44 15,12 92,70 7,30
10 3,16 16,13 94,44 5,56 15,36 92,20 7,80 15,11 90,32 9,68 14,10 86,45 13,55 15 3,87 15,28 89,46 10,54 14,50 87,03 12,97 14,28 85,36 14,64 13,20 80,93 19,07 20 4,47 14,39 84,25 15,75 13,67 82,05 17,95 13,42 80,22 19,78 12,42 76,15 23,85 25 5,00 13,82 80,91 19,09 12,94 77,67 22,33 12,75 76,21 23,79 11,82 72,47 27,53 30 5,48 13,47 78,86 21,14 12,67 76,05 23,95 12,44 74,36 25,64 11,30 69,28 30,72 35 5,92 13,06 76,46 23,54 12,28 73,71 26,29 11,96 71,49 28,51 10,96 67,20 32,80 40 6,32 12,69 74,30 25,70 12,05 72,33 27,67 11,63 69,52 30,48 10,59 64,93 35,07 50 7,07 12,35 72,31 27,69 11,56 69,39 30,61 11,27 67,36 32,64 10,28 63,03 36,97 60 7,75 11,96 70,02 29,98 11,28 67,71 32,29 10,92 65,27 34,73 9,93 60,88 39,12 80 8,94 11,40 66,74 33,26 10,69 64,17 35,83 10,43 62,34 37,66 9,59 58,80 41,20 100 10,00 11,06 64,75 35,25 10,36 62,18 37,82 10,11 60,43 39,57 9,20 56,41 43,59 120 10,95 10,78 63,11 36,89 10,41 62,48 37,52 9,94 59,41 40,59 9,13 55,98 44,02 150 12,25 10,39 60,83 39,17 9,68 58,10 41,90 9,41 56,25 43,75 8,50 52,12 47,88 180 13,42 9,96 58,31 41,69 9,45 56,72 43,28 9,19 54,93 45,07 8,06 49,42 50,58 240 15,49 9,67 56,62 43,38 9,06 54,38 45,62 8,65 51,70 48,30 7,77 47,64 52,36 300 17,32 9,37 54,86 45,14 8,77 52,64 47,36 8,23 49,19 50,81 7,38 45,25 54,75 360 18,97 9,07 53,10 46,90 8,43 50,60 49,40 7,84 46,86 53,14 7,12 43,65 56,35 420 20,49 8,66 50,70 49,30 8,10 48,62 51,38 7,47 44,65 55,35 6,57 40,28 59,72 480 21,91 8,27 48,42 51,58 7,53 45,20 54,80 7,10 42,44 57,56 6,28 38,50 61,50 540 23,24 7,60 44,50 55,50 6,96 41,78 58,22 6,24 37,30 62,70 5,60 34,33 65,67
Tabela B28 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,93 100,00 0,00 16,77 100,00 0,00 16,82 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00
5 2,24 16,58 97,93 2,07 16,21 96,66 3,34 15,92 94,65 5,35 15,48 92,81 7,19
10 3,16 15,86 93,68 6,32 15,24 90,88 9,12 15,12 89,89 10,11 14,19 85,07 14,93
15 3,87 15,13 89,37 10,63 14,59 87,00 13,00 14,37 85,43 14,57 13,54 81,18 18,82
20 4,47 14,40 85,06 14,94 13,68 81,57 18,43 13,5 80,26 19,74 12,54 75,18 24,82
25 5,00 13,80 81,51 18,49 12,95 77,22 22,78 12,82 76,22 23,78 11,93 71,52 28,48
30 5,48 13,40 79,15 20,85 12,74 75,97 24,03 12,54 74,55 25,45 11,59 69,48 30,52
35 5,92 13,00 76,79 23,21 12,28 73,23 26,77 11,98 71,22 28,78 11,00 65,95 34,05
40 6,32 12,62 74,54 25,46 12,07 71,97 28,03 11,65 69,26 30,74 10,81 64,81 35,19
50 7,07 12,30 72,65 27,35 11,58 69,05 30,95 11,29 67,12 32,88 10,50 62,95 37,05
60 7,75 11,84 69,94 30,06 11,34 67,62 32,38 11,01 65,46 34,54 10,20 61,15 38,85
80 8,94 11,41 67,40 32,60 10,76 64,16 35,84 10,49 62,37 37,63 9,93 59,53 40,47
100 10,00 11,05 65,27 34,73 10,59 63,15 36,85 10,30 61,24 38,76 9,61 57,61 42,39
120 10,95 10,72 63,32 36,68 10,46 62,37 37,63 10,04 59,69 40,31 9,36 56,12 43,88
150 12,25 10,34 61,08 38,92 9,73 58,02 41,98 9,5 56,48 43,52 8,74 52,40 47,60
180 13,42 9,86 58,24 41,76 9,52 56,77 43,23 9,28 55,17 44,83 8,29 49,70 50,30
240 15,49 9,69 57,24 42,76 9,10 54,26 45,74 8,66 51,49 48,51 7,84 47,00 53,00
300 17,32 9,38 55,40 44,60 8,79 52,42 47,58 8,24 48,99 51,01 7,45 44,66 55,34
360 18,97 9,10 53,75 46,25 8,44 50,33 49,67 7,85 46,67 53,33 7,20 43,17 56,83
420 20,49 8,67 51,21 48,79 8,10 48,30 51,70 7,48 44,47 55,53 6,64 39,81 60,19
480 21,91 8,24 48,67 51,33 7,55 45,02 54,98 7,10 42,21 57,79 6,37 38,19 61,81
540 23,24 7,54 44,54 55,46 7,05 42,04 57,96 6,29 37,40 62,60 5,76 34,53 65,47
Tabela B29 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,86 100,00 0,00 18,96 100,00 0,00 18,80 100,00 0,00 18,87 100,00 0,00
5 2,24 17,65 93,58 6,42 17,60 92,83 7,17 17,40 92,55 7,45 17,10 90,62 9,38
10 3,16 16,53 87,65 12,35 16,20 85,44 14,56 16,20 86,17 13,83 15,93 84,42 15,58
15 3,87 15,63 82,87 17,13 15,42 81,33 18,67 15,00 79,79 20,21 14,81 78,48 21,52
20 4,47 14,18 75,19 24,81 14,02 73,95 26,05 13,68 72,77 27,23 13,26 70,27 29,73
25 5,00 13,64 72,32 27,68 13,63 71,89 28,11 13,38 71,17 28,83 12,48 66,14 33,86
30 5,48 13,00 68,93 31,07 12,78 67,41 32,59 12,48 66,38 33,62 11,92 63,17 36,83
35 5,92 12,59 66,76 33,24 12,49 65,88 34,12 12,19 64,84 35,16 11,74 62,22 37,78
40 6,32 12,26 65,01 34,99 12,12 63,92 36,08 11,76 62,55 37,45 11,47 60,78 39,22
50 7,07 11,94 63,31 36,69 11,74 61,92 38,08 11,52 61,28 38,72 11,11 58,88 41,12
60 7,75 11,41 60,50 39,50 11,34 59,81 40,19 10,96 58,30 41,70 10,68 56,60 43,40
80 8,94 11,08 58,75 41,25 11,00 58,02 41,98 10,68 56,81 43,19 10,43 55,27 44,73
100 10,00 10,76 57,05 42,95 10,65 56,17 43,83 10,42 55,43 44,57 10,22 54,16 45,84
120 10,95 10,60 56,20 43,80 10,43 55,01 44,99 10,19 54,20 45,80 10,00 52,99 47,01
150 12,25 10,34 54,83 45,17 10,26 54,11 45,89 10,00 53,19 46,81 9,69 51,35 48,65
180 13,42 10,10 53,55 46,45 10,00 52,74 47,26 9,87 52,50 47,50 9,41 49,87 50,13
240 15,49 9,71 51,48 48,52 9,66 50,95 49,05 9,24 49,15 50,85 9,00 47,69 52,31
300 17,32 9,43 50,00 50,00 9,33 49,21 50,79 9,10 48,40 51,60 8,72 46,21 53,79
360 18,97 9,25 49,05 50,95 9,18 48,42 51,58 8,91 47,39 52,61 8,59 45,52 54,48
420 20,49 9,10 48,25 51,75 9,00 47,47 52,53 8,74 46,49 53,51 8,31 44,04 55,96
480 21,91 9,00 47,72 52,28 8,85 46,68 53,32 8,51 45,27 54,73 8,19 43,40 56,60
540 23,24 8,75 46,39 53,61 8,71 45,94 54,06 8,36 44,47 55,53 7,82 41,44 58,56
Tabela B30 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,88 100,00 0,00 18,90 100,00 0,00 18,84 100,00 0,00 18,92 100,00 0,00
5 2,24 17,68 93,64 6,36 17,55 92,86 7,14 17,42 92,46 7,54 17,11 90,43 9,57
10 3,16 16,57 87,76 12,24 16,18 85,61 14,39 16,22 86,09 13,91 15,90 84,04 15,96
15 3,87 15,67 83,00 17,00 15,40 81,48 18,52 15,05 79,88 20,12 14,84 78,44 21,56
20 4,47 14,20 75,21 24,79 14,00 74,07 25,93 13,71 72,77 27,23 13,24 69,98 30,02
25 5,00 13,66 72,35 27,65 13,60 71,96 28,04 13,41 71,18 28,82 12,96 68,50 31,50
30 5,48 13,05 69,12 30,88 12,76 67,51 32,49 12,53 66,51 33,49 12,38 65,43 34,57
35 5,92 12,61 66,79 33,21 12,47 65,98 34,02 12,23 64,92 35,08 11,92 63,00 37,00
40 6,32 12,28 65,04 34,96 12,10 64,02 35,98 11,80 62,63 37,37 11,45 60,52 39,48
50 7,07 11,96 63,35 36,65 11,72 62,01 37,99 11,55 61,31 38,69 11,10 58,67 41,33
60 7,75 11,45 60,65 39,35 11,32 59,89 40,11 11,00 58,39 41,61 10,80 57,08 42,92
80 8,94 11,10 58,79 41,21 10,98 58,10 41,90 10,71 56,85 43,15 10,45 55,23 44,77
100 10,00 10,78 57,10 42,90 10,63 56,24 43,76 10,45 55,47 44,53 10,24 54,12 45,88
120 10,95 10,62 56,25 43,75 10,42 55,13 44,87 10,24 54,35 45,65 10,10 53,38 46,62
150 12,25 10,38 54,98 45,02 10,26 54,29 45,71 10,05 53,34 46,66 9,89 52,27 47,73
180 13,42 10,12 53,60 46,40 9,97 52,75 47,25 9,9 52,55 47,45 9,69 51,22 48,78
240 15,49 9,73 51,54 48,46 9,63 50,95 49,05 9,27 49,20 50,80 9,07 47,94 52,06
300 17,32 9,45 50,05 49,95 9,30 49,21 50,79 9,13 48,46 51,54 8,82 46,62 53,38
360 18,97 9,27 49,10 50,90 9,15 48,41 51,59 8,94 47,45 52,55 8,57 45,30 54,70
420 20,49 9,12 48,31 51,69 8,97 47,46 52,54 8,78 46,60 53,40 8,29 43,82 56,18
480 21,91 9,02 47,78 52,22 8,83 46,72 53,28 8,54 45,33 54,67 8,17 43,18 56,82
540 23,24 8,77 46,45 53,55 8,70 46,03 53,97 8,42 44,69 55,31 7,80 41,23 58,77
Tabela B31 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,81 100,00 0,00 18,86 100,00 0,00 18,83 100,00 0,00 18,89 100,00 0,00
5 2,24 17,63 93,73 6,27 17,56 93,11 6,89 17,44 92,62 7,38 17,11 90,58 9,42
10 3,16 16,50 87,72 12,28 16,18 85,79 14,21 15,96 84,76 15,24 15,80 83,64 16,36
15 3,87 15,61 82,99 17,01 15,38 81,55 18,45 15,07 80,03 19,97 14,85 78,61 21,39
20 4,47 14,14 75,17 24,83 13,97 74,07 25,93 13,71 72,81 27,19 13,28 70,30 29,70
25 5,00 13,60 72,30 27,70 13,60 72,11 27,89 13,35 70,90 29,10 12,95 68,55 31,45
30 5,48 12,99 69,06 30,94 12,76 67,66 32,34 12,54 66,60 33,40 12,34 65,33 34,67
35 5,92 12,57 66,83 33,17 12,40 65,75 34,25 12,17 64,63 35,37 11,96 63,31 36,69
40 6,32 12,24 65,07 34,93 12,08 64,05 35,95 11,79 62,61 37,39 11,49 60,83 39,17
50 7,07 11,92 63,37 36,63 11,74 62,25 37,75 11,50 61,07 38,93 11,15 59,03 40,97
60 7,75 11,43 60,77 39,23 11,32 60,02 39,98 11,03 58,58 41,42 10,83 57,33 42,67
80 8,94 11,10 59,01 40,99 10,92 57,90 42,10 10,67 56,66 43,34 10,46 55,37 44,63
100 10,00 10,78 57,31 42,69 10,60 56,20 43,80 10,38 55,12 44,88 10,21 54,05 45,95
120 10,95 10,63 56,51 43,49 10,40 55,14 44,86 10,26 54,49 45,51 10,10 53,47 46,53
150 12,25 10,36 55,08 44,92 10,19 54,03 45,97 10,07 53,48 46,52 9,91 52,46 47,54
180 13,42 10,12 53,80 46,20 10,02 53,13 46,87 9,8 52,04 47,96 9,64 51,03 48,97
240 15,49 9,73 51,73 48,27 9,68 51,33 48,67 9,26 49,18 50,82 9,08 48,07 51,93
300 17,32 9,45 50,24 49,76 9,35 49,58 50,42 9,10 48,33 51,67 8,85 46,85 53,15
360 18,97 9,27 49,28 50,72 9,10 48,25 51,75 8,89 47,21 52,79 8,60 45,53 54,47
420 20,49 9,12 48,48 51,52 8,94 47,40 52,60 8,72 46,31 53,69 8,35 44,20 55,80
480 21,91 9,03 48,01 51,99 8,85 46,92 53,08 8,58 45,57 54,43 8,21 43,46 56,54
540 23,24 8,77 46,62 53,38 8,73 46,29 53,71 8,43 44,77 55,23 7,81 41,34 58,66
Tabela B32 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,90 100,00 0,00 18,92 100,00 0,00 18,84 100,00 0,00 18,88 100,00 0,00
5 2,24 17,67 93,49 6,51 17,62 93,13 6,87 17,43 92,52 7,48 17,14 90,78 9,22
10 3,16 16,44 86,98 13,02 16,17 85,47 14,53 15,85 84,13 15,87 15,59 82,57 17,43
15 3,87 15,65 82,80 17,20 15,40 81,40 18,60 15,05 79,88 20,12 14,83 78,55 21,45
20 4,47 14,16 74,92 25,08 13,94 73,68 26,32 13,66 72,51 27,49 13,26 70,23 29,77
25 5,00 13,62 72,06 27,94 13,38 70,72 29,28 13,12 69,64 30,36 12,88 68,22 31,78
30 5,48 13,10 69,31 30,69 12,79 67,60 32,40 12,52 66,45 33,55 12,31 65,20 34,80
35 5,92 12,57 66,51 33,49 12,39 65,49 34,51 12,14 64,44 35,56 11,94 63,24 36,76
40 6,32 12,24 64,76 35,24 12,00 63,42 36,58 11,73 62,26 37,74 11,47 60,75 39,25
50 7,07 11,92 63,07 36,93 11,72 61,95 38,05 11,42 60,62 39,38 11,11 58,85 41,15
60 7,75 11,45 60,58 39,42 11,35 59,99 40,01 11,02 58,49 41,51 10,80 57,20 42,80
80 8,94 11,10 58,73 41,27 10,91 57,66 42,34 10,66 56,58 43,42 10,43 55,24 44,76
100 10,00 10,81 57,20 42,80 10,61 56,08 43,92 10,36 54,99 45,01 10,22 54,13 45,87
120 10,95 10,66 56,40 43,60 10,42 55,07 44,93 10,22 54,25 45,75 10,10 53,50 46,50
150 12,25 10,43 55,19 44,81 10,25 54,18 45,82 10,04 53,29 46,71 9,87 52,28 47,72
180 13,42 10,12 53,54 46,46 9,93 52,48 47,52 9,69 51,43 48,57 9,62 50,95 49,05
240 15,49 9,70 51,32 48,68 9,50 50,21 49,79 9,23 48,99 51,01 9,10 48,20 51,80
300 17,32 9,41 49,79 50,21 9,22 48,73 51,27 9,05 48,04 51,96 8,80 46,61 53,39
360 18,97 9,23 48,84 51,16 9,00 47,57 52,43 8,90 47,24 52,76 8,61 45,60 54,40
420 20,49 9,08 48,04 51,96 8,90 47,04 52,96 8,72 46,28 53,72 8,34 44,17 55,83
480 21,91 8,98 47,51 52,49 8,85 46,78 53,22 8,51 45,17 54,83 8,19 43,38 56,62
540 23,24 8,80 46,56 53,44 8,74 46,19 53,81 8,39 44,53 55,47 7,81 41,37 58,63
Tabela B33 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,32 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00
5 2,24 14,91 91,36 8,64 14,30 87,84 12,16 14,14 86,75 13,25 13,69 83,94 16,06
10 3,16 13,67 83,76 16,24 13,22 81,20 18,80 13,10 80,37 19,63 12,82 78,60 21,40
15 3,87 12,70 77,82 22,18 12,41 76,23 23,77 12,25 75,15 24,85 11,97 73,39 26,61
20 4,47 11,70 71,69 28,31 11,48 70,52 29,48 11,33 69,51 30,49 11,05 67,75 32,25
25 5,00 11,10 68,01 31,99 10,94 67,20 32,80 10,59 64,97 35,03 10,37 63,58 36,42
30 5,48 10,20 62,50 37,50 10,00 61,43 38,57 9,81 60,18 39,82 9,44 57,88 42,12
35 5,92 9,81 60,11 39,89 9,56 58,72 41,28 9,37 57,48 42,52 9,15 56,10 43,90
40 6,32 9,43 57,78 42,22 9,23 56,70 43,30 8,90 54,60 45,40 8,73 53,53 46,47
50 7,07 9,04 55,39 44,61 8,93 54,85 45,15 8,70 53,37 46,63 8,36 51,26 48,74
60 7,75 8,66 53,06 46,94 8,56 52,58 47,42 8,35 51,23 48,77 8,00 49,05 50,95
80 8,94 8,49 52,02 47,98 8,22 50,49 49,51 7,88 48,34 51,66 7,60 46,60 53,40
100 10,00 8,20 50,25 49,75 7,93 48,71 51,29 7,44 45,64 54,36 7,36 45,13 54,87
120 10,95 7,93 48,59 51,41 7,79 47,85 52,15 7,32 44,91 55,09 7,10 43,53 56,47
150 12,25 7,66 46,94 53,06 7,50 46,07 53,93 7,00 42,94 57,06 6,74 41,32 58,68
180 13,42 7,49 45,89 54,11 7,25 44,53 55,47 6,84 41,96 58,04 6,65 40,77 59,23
240 15,49 7,32 44,85 55,15 7,08 43,49 56,51 6,70 41,10 58,90 6,42 39,36 60,64
300 17,32 7,13 43,69 56,31 6,90 42,38 57,62 6,50 39,88 60,12 6,22 38,14 61,86
360 18,97 6,89 42,22 57,78 6,70 41,15 58,85 6,41 39,33 60,67 6,10 37,40 62,60
420 20,49 6,70 41,05 58,95 6,49 39,86 60,14 6,24 38,28 61,72 5,93 36,36 63,64
480 21,91 6,56 40,20 59,80 6,33 38,88 61,12 6,00 36,81 63,19 5,65 34,64 65,36
540 23,24 6,33 38,79 61,21 6,13 37,65 62,35 5,80 35,58 64,42 5,52 33,84 66,16
Tabela B34 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,12 100,00 0,00 16,21 100,00 0,00 16,19 100,00 0,00 16,13 100,00 0,00
5 2,24 14,72 91,32 8,68 14,25 87,91 12,09 14,05 86,78 13,22 13,57 84,13 15,87
10 3,16 13,49 83,68 16,32 13,23 81,62 18,38 13,05 80,61 19,39 12,71 78,80 21,20
15 3,87 12,57 77,98 22,02 12,40 76,50 23,50 12,18 75,23 24,77 11,89 73,71 26,29
20 4,47 11,56 71,71 28,29 11,46 70,70 29,30 11,24 69,43 30,57 11,00 68,20 31,80
25 5,00 10,97 68,05 31,95 10,91 67,30 32,70 10,64 65,72 34,28 10,31 63,92 36,08
30 5,48 10,10 62,66 37,34 10,00 61,69 38,31 9,78 60,41 39,59 9,40 58,28 41,72
35 5,92 9,70 60,17 39,83 9,54 58,85 41,15 9,34 57,69 42,31 9,10 56,42 43,58
40 6,32 9,34 57,94 42,06 9,24 57,00 43,00 8,89 54,91 45,09 8,69 53,87 46,13
50 7,07 8,93 55,40 44,60 8,93 55,09 44,91 8,63 53,30 46,70 8,29 51,39 48,61
60 7,75 8,56 53,10 46,90 8,55 52,75 47,25 8,31 51,33 48,67 7,94 49,23 50,77
80 8,94 8,39 52,05 47,95 8,21 50,65 49,35 7,86 48,55 51,45 7,56 46,87 53,13
100 10,00 8,13 50,43 49,57 7,92 48,86 51,14 7,61 47,00 53,00 7,30 45,26 54,74
120 10,95 7,85 48,70 51,30 7,81 48,18 51,82 7,29 45,03 54,97 7,10 44,02 55,98
150 12,25 7,58 47,02 52,98 7,52 46,39 53,61 6,95 42,93 57,07 6,69 41,48 58,52
180 13,42 7,42 46,03 53,97 7,23 44,60 55,40 6,80 42,00 58,00 6,60 40,92 59,08
240 15,49 7,24 44,91 55,09 7,10 43,80 56,20 6,64 41,01 58,99 6,35 39,37 60,63
300 17,32 7,04 43,67 56,33 6,89 42,50 57,50 6,46 39,90 60,10 6,20 38,44 61,56
360 18,97 6,85 42,49 57,51 6,73 41,52 58,48 6,38 39,41 60,59 6,05 37,51 62,49
420 20,49 6,66 41,32 58,68 6,48 39,98 60,02 6,23 38,48 61,52 5,88 36,45 63,55
480 21,91 6,50 40,32 59,68 6,32 38,99 61,01 5,97 36,87 63,13 5,62 34,84 65,16
540 23,24 6,26 38,83 61,17 6,15 37,94 62,06 5,77 35,64 64,36 5,46 33,85 66,15
Tabela B35 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,26 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00 16,22 100,00 0,00 16,25 100,00 0,00
5 2,24 14,82 91,14 8,86 14,29 87,61 12,39 14,04 86,56 13,44 13,63 83,88 16,12
10 3,16 13,56 83,39 16,61 13,24 81,18 18,82 13,12 80,89 19,11 12,76 78,52 21,48
15 3,87 12,62 77,61 22,39 12,43 76,21 23,79 12,17 75,03 24,97 11,93 73,42 26,58
20 4,47 11,63 71,53 28,47 11,49 70,45 29,55 11,32 69,79 30,21 11,05 68,00 32,00
25 5,00 11,00 67,65 32,35 10,92 66,95 33,05 10,55 65,04 34,96 10,33 63,57 36,43
30 5,48 10,12 62,24 37,76 10,00 61,31 38,69 9,74 60,05 39,95 9,40 57,85 42,15
35 5,92 9,73 59,84 40,16 9,55 58,55 41,45 9,31 57,40 42,60 9,10 56,00 44,00
40 6,32 9,38 57,69 42,31 9,24 56,65 43,35 8,86 54,62 45,38 8,71 53,60 46,40
50 7,07 8,96 55,10 44,90 8,92 54,69 45,31 8,61 53,08 46,92 8,32 51,20 48,80
60 7,75 8,58 52,77 47,23 8,57 52,54 47,46 8,29 51,11 48,89 7,95 48,92 51,08
80 8,94 8,41 51,72 48,28 8,20 50,28 49,72 7,81 48,15 51,85 7,57 46,58 53,42
100 10,00 8,15 50,12 49,88 7,91 48,50 51,50 7,56 46,61 53,39 7,32 45,05 54,95
120 10,95 7,87 48,40 51,60 7,81 47,88 52,12 7,27 44,82 55,18 7,07 43,51 56,49
150 12,25 7,60 46,74 53,26 7,52 46,11 53,89 6,92 42,66 57,34 6,69 41,17 58,83
180 13,42 7,44 45,76 54,24 7,24 44,39 55,61 6,78 41,80 58,20 6,60 40,62 59,38
240 15,49 7,26 44,65 55,35 7,06 43,29 56,71 6,65 41,00 59,00 6,36 39,14 60,86
300 17,32 7,07 43,48 56,52 6,88 42,18 57,82 6,43 39,64 60,36 6,18 38,03 61,97
360 18,97 6,84 42,07 57,93 6,72 41,20 58,80 6,35 39,15 60,85 6,05 37,23 62,77
420 20,49 6,65 40,90 59,10 6,47 39,67 60,33 6,19 38,16 61,84 5,89 36,25 63,75
480 21,91 6,50 39,98 60,02 6,32 38,75 61,25 5,94 36,62 63,38 5,61 34,52 65,48
540 23,24 6,28 38,62 61,38 6,15 37,71 62,29 5,74 35,39 64,61 5,47 33,66 66,34
Tabela B36 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 15,92 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 15,96 100,00 0,00 16,05 100,00 0,00
5 2,24 14,52 91,21 8,79 14,13 87,76 12,24 13,84 86,72 13,28 13,48 83,99 16,01
10 3,16 13,30 83,54 16,46 13,10 81,37 18,63 12,93 81,02 18,98 12,43 77,45 22,55
15 3,87 12,38 77,76 22,24 12,29 76,34 23,66 12,00 75,19 24,81 11,61 72,34 27,66
20 4,47 11,41 71,67 28,33 11,37 70,62 29,38 11,17 69,99 30,01 10,54 65,67 34,33
25 5,00 10,81 67,90 32,10 10,81 67,14 32,86 10,40 65,16 34,84 9,90 61,68 38,32
30 5,48 9,92 62,31 37,69 9,91 61,55 38,45 9,61 60,21 39,79 9,11 56,76 43,24
35 5,92 9,56 60,05 39,95 9,46 58,76 41,24 9,19 57,58 42,42 8,79 54,77 45,23
40 6,32 9,20 57,79 42,21 9,15 56,83 43,17 8,76 54,89 45,11 8,62 53,71 46,29
50 7,07 8,79 55,21 44,79 8,84 54,91 45,09 8,48 53,13 46,87 8,24 51,34 48,66
60 7,75 8,43 52,95 47,05 8,47 52,61 47,39 8,18 51,25 48,75 7,88 49,10 50,90
80 8,94 8,26 51,88 48,12 8,12 50,43 49,57 7,70 48,25 51,75 7,50 46,73 53,27
100 10,00 8,00 50,25 49,75 7,84 48,70 51,30 7,47 46,80 53,20 7,24 45,11 54,89
120 10,95 7,73 48,56 51,44 7,74 48,07 51,93 7,18 44,99 55,01 7,00 43,61 56,39
150 12,25 7,46 46,86 53,14 7,45 46,27 53,73 6,83 42,79 57,21 6,63 41,31 58,69
180 13,42 7,30 45,85 54,15 7,16 44,47 55,53 6,68 41,85 58,15 6,54 40,75 59,25
240 15,49 7,12 44,72 55,28 7,00 43,48 56,52 6,52 40,85 59,15 6,30 39,25 60,75
300 17,32 6,94 43,59 56,41 6,82 42,36 57,64 6,35 39,79 60,21 6,12 38,13 61,87
360 18,97 6,72 42,21 57,79 6,66 41,37 58,63 6,27 39,29 60,71 5,90 36,76 63,24
420 20,49 6,54 41,08 58,92 6,41 39,81 60,19 6,10 38,22 61,78 5,74 35,76 64,24
480 21,91 6,40 40,20 59,80 6,26 38,88 61,12 5,86 36,72 63,28 5,57 34,70 65,30
540 23,24 6,17 38,76 61,24 6,10 37,89 62,11 5,67 35,53 64,47 5,42 33,77 66,23
Tabela B37 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.)
Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp. Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,60 100,00 0,00 16,55 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,27 100,00 0,00
5 2,24 15,56 93,73 6,27 15,36 92,81 7,19 15,00 92,02 7,98 14,45 88,81 11,19
10 3,16 14,58 87,83 12,17 14,00 84,59 15,41 13,43 82,39 17,61 13,00 79,90 20,10
15 3,87 13,64 82,17 17,83 12,83 77,52 22,48 12,51 76,75 23,25 11,92 73,26 26,74
20 4,47 13,00 78,31 21,69 12,12 73,23 26,77 11,82 72,52 27,48 11,31 69,51 30,49
25 5,00 12,00 72,29 27,71 11,62 70,21 29,79 11,16 68,47 31,53 10,27 63,12 36,88
30 5,48 11,69 70,42 29,58 10,74 64,89 35,11 10,28 63,07 36,93 9,86 60,60 39,40
35 5,92 11,10 66,87 33,13 10,34 62,48 37,52 9,90 60,74 39,26 9,60 59,00 41,00
40 6,32 10,68 64,34 35,66 10,10 61,03 38,97 9,56 58,65 41,35 9,25 56,85 43,15
50 7,07 10,31 62,11 37,89 9,87 59,64 40,36 9,31 57,12 42,88 8,91 54,76 45,24
60 7,75 9,81 59,10 40,90 9,59 57,95 42,05 9,10 55,83 44,17 8,49 52,18 47,82
80 8,94 9,60 57,83 42,17 9,35 56,50 43,50 8,91 54,66 45,34 8,18 50,28 49,72
100 10,00 9,38 56,51 43,49 9,10 54,98 45,02 8,60 52,76 47,24 7,96 48,92 51,08
120 10,95 9,10 54,82 45,18 8,84 53,41 46,59 8,27 50,74 49,26 7,76 47,70 52,30
150 12,25 8,79 52,95 47,05 8,45 51,06 48,94 7,88 48,34 51,66 7,41 45,54 54,46
180 13,42 8,50 51,20 48,80 8,10 48,94 51,06 7,39 45,34 54,66 7,00 43,02 56,98
240 15,49 8,13 48,98 51,02 7,69 46,47 53,53 7,19 44,11 55,89 6,64 40,81 59,19
300 17,32 7,75 46,69 53,31 7,40 44,71 55,29 6,93 42,52 57,48 6,42 39,46 60,54
360 18,97 7,36 44,34 55,66 7,00 42,30 57,70 6,57 40,31 59,69 6,00 36,88 63,12
420 20,49 7,00 42,17 57,83 6,63 40,06 59,94 6,19 37,98 62,02 5,63 34,60 65,40
480 21,91 6,72 40,48 59,52 6,22 37,58 62,42 5,78 35,46 64,54 5,18 31,84 68,16
540 23,24 6,45 38,86 61,14 6,00 36,25 63,75 5,51 33,80 66,20 4,98 30,61 69,39
Tabela B38 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,56 100,00 0,00 16,65 100,00 0,00 16,49 100,00 0,00 16,35 100,00 0,00
5 2,24 15,54 93,84 6,16 15,47 92,91 7,09 15,15 91,87 8,13 14,54 88,93 11,07
10 3,16 14,59 88,10 11,90 14,12 84,80 15,20 13,47 81,69 18,31 13,10 80,12 19,88
15 3,87 13,62 82,25 17,75 12,95 77,78 22,22 12,66 76,77 23,23 12,00 73,39 26,61
20 4,47 13,00 78,50 21,50 12,24 73,51 26,49 11,94 72,41 27,59 11,40 69,72 30,28
25 5,00 12,02 72,58 27,42 11,73 70,45 29,55 11,23 68,10 31,90 10,35 63,30 36,70
30 5,48 11,71 70,71 29,29 10,84 65,11 34,89 10,44 63,31 36,69 9,93 60,73 39,27
35 5,92 11,13 67,21 32,79 10,44 62,70 37,30 10,00 60,64 39,36 9,66 59,08 40,92
40 6,32 10,70 64,61 35,39 10,21 61,32 38,68 9,69 58,76 41,24 9,32 57,00 43,00
50 7,07 10,33 62,38 37,62 9,95 59,76 40,24 9,45 57,31 42,69 8,99 54,98 45,02
60 7,75 9,83 59,36 40,64 9,68 58,14 41,86 9,25 56,09 43,91 8,54 52,23 47,77
80 8,94 9,63 58,15 41,85 9,43 56,64 43,36 9,00 54,58 45,42 8,25 50,46 49,54
100 10,00 9,40 56,76 43,24 9,20 55,26 44,74 8,76 53,12 46,88 8,00 48,93 51,07
120 10,95 9,12 55,07 44,93 8,93 53,63 46,37 8,38 50,82 49,18 7,82 47,83 52,17
150 12,25 8,81 53,20 46,80 8,53 51,23 48,77 8,00 48,51 51,49 7,50 45,87 54,13
180 13,42 8,52 51,45 48,55 8,18 49,13 50,87 7,51 45,54 54,46 7,07 43,24 56,76
240 15,49 8,16 49,28 50,72 7,77 46,67 53,33 7,29 44,21 55,79 6,70 40,98 59,02
300 17,32 7,76 46,86 53,14 7,50 45,05 54,95 7,05 42,75 57,25 6,49 39,69 60,31
360 18,97 7,39 44,63 55,37 7,10 42,64 57,36 6,67 40,45 59,55 6,06 37,06 62,94
420 20,49 7,03 42,45 57,55 6,71 40,30 59,70 6,29 38,14 61,86 5,69 34,80 65,20
480 21,91 6,74 40,70 59,30 6,31 37,90 62,10 5,88 35,66 64,34 5,24 32,05 67,95
540 23,24 6,48 39,13 60,87 6,10 36,64 63,36 5,62 34,08 65,92 5,00 30,58 69,42
Tabela B39 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,66 100,00 0,00 16,69 100,00 0,00 16,64 100,00 0,00 16,62 100,00 0,00
5 2,24 15,58 93,52 6,48 15,46 92,63 7,37 15,24 91,59 8,41 14,74 88,69 11,31
10 3,16 14,60 87,64 12,36 14,13 84,66 15,34 13,62 81,85 18,15 13,23 79,60 20,40
15 3,87 13,66 81,99 18,01 12,91 77,35 22,65 12,70 76,32 23,68 12,12 72,92 27,08
20 4,47 13,00 78,03 21,97 12,20 73,10 26,90 11,98 72,00 28,00 11,50 69,19 30,81
25 5,00 12,02 72,15 27,85 11,70 70,10 29,90 11,32 68,03 31,97 10,48 63,06 36,94
30 5,48 11,71 70,29 29,71 10,80 64,71 35,29 10,45 62,80 37,20 10,03 60,35 39,65
35 5,92 11,12 66,75 33,25 10,41 62,37 37,63 10,00 60,10 39,90 9,76 58,72 41,28
40 6,32 10,70 64,23 35,77 10,14 60,75 39,25 9,68 58,17 41,83 9,32 56,08 43,92
50 7,07 10,32 61,94 38,06 9,92 59,44 40,56 9,43 56,67 43,33 9,00 54,15 45,85
60 7,75 9,80 58,82 41,18 9,63 57,70 42,30 9,24 55,53 44,47 8,63 51,93 48,07
80 8,94 9,62 57,74 42,26 9,39 56,26 43,74 9,00 54,09 45,91 8,30 49,94 50,06
100 10,00 9,40 56,42 43,58 9,12 54,64 45,36 8,71 52,34 47,66 8,10 48,74 51,26
120 10,95 9,11 54,68 45,32 8,89 53,27 46,73 8,41 50,54 49,46 7,87 47,35 52,65
150 12,25 8,80 52,82 47,18 8,48 50,81 49,19 8,00 48,08 51,92 7,54 45,37 54,63
180 13,42 8,49 50,96 49,04 8,14 48,77 51,23 7,50 45,07 54,93 7,13 42,90 57,10
240 15,49 8,12 48,74 51,26 7,72 46,26 53,74 7,30 43,87 56,13 6,73 40,49 59,51
300 17,32 7,73 46,40 53,60 7,43 44,52 55,48 7,04 42,31 57,69 6,52 39,23 60,77
360 18,97 7,34 44,06 55,94 7,00 41,94 58,06 6,67 40,08 59,92 6,00 36,10 63,90
420 20,49 6,98 41,90 58,10 6,64 39,78 60,22 6,26 37,62 62,38 5,70 34,30 65,70
480 21,91 6,70 40,22 59,78 6,21 37,21 62,79 5,86 35,22 64,78 5,25 31,59 68,41
540 23,24 6,43 38,60 61,40 6,00 35,95 64,05 5,60 33,65 66,35 5,05 30,39 69,61
Tabela B40 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. A
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,71 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 16,73 100,00 0,00 16,67 100,00 0,00
5 2,24 15,65 93,66 6,34 15,44 92,57 7,43 15,32 91,57 8,43 14,76 88,54 11,46
10 3,16 14,61 87,43 12,57 14,12 84,65 15,35 13,80 82,49 17,51 13,30 79,78 20,22
15 3,87 13,71 82,05 17,95 12,99 77,88 22,12 12,85 76,81 23,19 12,22 73,31 26,69
20 4,47 13,10 78,40 21,60 12,31 73,80 26,20 12,11 72,38 27,62 11,58 69,47 30,53
25 5,00 12,10 72,41 27,59 11,77 70,56 29,44 11,51 68,80 31,20 10,50 62,99 37,01
30 5,48 11,75 70,32 29,68 10,86 65,11 34,89 10,52 62,88 37,12 10,08 60,47 39,53
35 5,92 11,21 67,09 32,91 10,50 62,95 37,05 10,21 61,03 38,97 9,80 58,79 41,21
40 6,32 10,74 64,27 35,73 10,21 61,21 38,79 9,85 58,88 41,12 9,45 56,69 43,31
50 7,07 10,40 62,24 37,76 10,00 59,95 40,05 9,56 57,14 42,86 9,10 54,59 45,41
60 7,75 9,85 58,95 41,05 9,65 57,85 42,15 9,33 55,77 44,23 8,72 52,31 47,69
80 8,94 9,64 57,69 42,31 9,35 56,06 43,94 9,20 54,99 45,01 8,36 50,15 49,85
100 10,00 9,42 56,37 43,63 9,13 54,74 45,26 8,83 52,78 47,22 8,12 48,71 51,29
120 10,95 9,12 54,58 45,42 8,90 53,36 46,64 8,45 50,51 49,49 7,93 47,57 52,43
150 12,25 8,81 52,72 47,28 8,58 51,44 48,56 8,00 47,82 52,18 7,56 45,35 54,65
180 13,42 8,50 50,87 49,13 8,19 49,10 50,90 7,50 44,83 55,17 7,20 43,19 56,81
240 15,49 8,14 48,71 51,29 7,81 46,82 53,18 7,41 44,29 55,71 6,86 41,15 58,85
300 17,32 7,79 46,62 53,38 7,55 45,26 54,74 7,13 42,62 57,38 6,51 39,05 60,95
360 18,97 7,38 44,17 55,83 7,18 43,05 56,95 6,73 40,23 59,77 6,13 36,77 63,23
420 20,49 7,00 41,89 58,11 6,70 40,17 59,83 6,31 37,72 62,28 5,80 34,79 65,21
480 21,91 6,75 40,39 59,61 6,31 37,83 62,17 5,88 35,15 64,85 5,29 31,73 68,27
540 23,24 6,46 38,66 61,34 6,14 36,81 63,19 5,62 33,59 66,41 5,10 30,59 69,41
Tabela B41 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,80 100,00 0,00 18,14 100,00 0,00 18,00 100,00 0,00 17,83 100,00 0,00
5 2,24 16,10 90,45 9,55 16,20 89,31 10,69 15,86 88,11 11,89 15,33 85,98 14,02
10 3,16 14,91 83,76 16,24 15,00 82,69 17,31 14,44 80,22 19,78 13,87 77,79 22,21
15 3,87 14,00 78,65 21,35 13,74 75,74 24,26 13,21 73,39 26,61 12,54 70,33 29,67
20 4,47 12,83 72,08 27,92 13,05 71,94 28,06 12,58 69,89 30,11 11,82 66,29 33,71
25 5,00 12,13 68,15 31,85 12,21 67,31 32,69 11,82 65,67 34,33 11,00 61,69 38,31
30 5,48 11,25 63,20 36,80 11,36 62,62 37,38 11,00 61,11 38,89 10,31 57,82 42,18
35 5,92 10,87 61,07 38,93 11,10 61,19 38,81 10,63 59,06 40,94 10,10 56,65 43,35
40 6,32 10,52 59,10 40,90 10,59 58,38 41,62 10,24 56,89 43,11 9,63 54,01 45,99
50 7,07 10,10 56,74 43,26 10,21 56,28 43,72 9,87 54,83 45,17 9,00 50,48 49,52
60 7,75 9,71 54,55 45,45 9,81 54,08 45,92 9,39 52,17 47,83 8,50 47,67 52,33
80 8,94 9,33 52,42 47,58 9,47 52,21 47,79 9,00 50,00 50,00 8,19 45,93 54,07
100 10,00 9,00 50,56 49,44 9,19 50,66 49,34 8,65 48,06 51,94 7,88 44,20 55,80
120 10,95 8,49 47,70 52,30 8,98 49,50 50,50 8,31 46,17 53,83 7,47 41,90 58,10
150 12,25 8,25 46,35 53,65 8,60 47,41 52,59 7,80 43,33 56,67 6,87 38,53 61,47
180 13,42 7,81 43,88 56,12 8,11 44,71 55,29 7,52 41,78 58,22 6,58 36,90 63,10
240 15,49 7,47 41,97 58,03 7,69 42,39 57,61 7,00 38,89 61,11 6,17 34,60 65,40
300 17,32 7,00 39,33 60,67 7,28 40,13 59,87 6,59 36,61 63,39 5,81 32,59 67,41
360 18,97 6,71 37,70 62,30 6,90 38,04 61,96 6,19 34,39 65,61 5,54 31,07 68,93
420 20,49 6,46 36,29 63,71 6,53 36,00 64,00 6,00 33,33 66,67 5,28 29,61 70,39
480 21,91 6,23 35,00 65,00 6,10 33,63 66,37 5,76 32,00 68,00 5,00 28,04 71,96
540 23,24 6,10 34,27 65,73 5,95 32,80 67,20 5,53 30,72 69,28 4,95 27,76 72,24
Tabela B42 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,89 100,00 0,00 18,71 100,00 0,00 18,53 100,00 0,00 18,57 100,00 0,00
5 2,24 16,20 90,55 9,45 16,74 89,47 10,53 16,35 88,24 11,76 16,00 86,16 13,84
10 3,16 14,91 83,34 16,66 15,53 83,00 17,00 14,91 80,46 19,54 14,49 78,03 21,97
15 3,87 14,27 79,77 20,23 14,21 75,95 24,05 13,62 73,50 26,50 13,10 70,54 29,46
20 4,47 12,92 72,22 27,78 13,49 72,10 27,90 12,98 70,05 29,95 12,34 66,45 33,55
25 5,00 12,22 68,31 31,69 12,64 67,56 32,44 12,21 65,89 34,11 11,50 61,93 38,07
30 5,48 11,33 63,33 36,67 11,77 62,91 37,09 11,17 60,28 39,72 10,76 57,94 42,06
35 5,92 11,00 61,49 38,51 11,49 61,41 38,59 11,00 59,36 40,64 10,56 56,87 43,13
40 6,32 10,63 59,42 40,58 10,95 58,52 41,48 10,58 57,10 42,90 10,10 54,39 45,61
50 7,07 10,16 56,79 43,21 10,55 56,39 43,61 10,19 54,99 45,01 9,38 50,51 49,49
60 7,75 9,80 54,78 45,22 10,16 54,30 45,70 9,71 52,40 47,60 8,90 47,93 52,07
80 8,94 9,43 52,71 47,29 9,84 52,59 47,41 9,28 50,08 49,92 8,56 46,10 53,90
100 10,00 9,10 50,87 49,13 9,31 49,76 50,24 9,00 48,57 51,43 8,26 44,48 55,52
120 10,95 8,56 47,85 52,15 9,30 49,71 50,29 8,59 46,36 53,64 7,80 42,00 58,00
150 12,25 8,34 46,62 53,38 8,92 47,68 52,32 8,06 43,50 56,50 7,20 38,77 61,23
180 13,42 7,88 44,05 55,95 8,40 44,90 55,10 7,78 41,99 58,01 6,89 37,10 62,90
240 15,49 7,53 42,09 57,91 7,98 42,65 57,35 7,23 39,02 60,98 6,48 34,89 65,11
300 17,32 7,10 39,69 60,31 7,57 40,46 59,54 6,85 36,97 63,03 6,10 32,85 67,15
360 18,97 6,77 37,84 62,16 7,16 38,27 61,73 6,41 34,59 65,41 5,85 31,50 68,50
420 20,49 6,55 36,61 63,39 6,77 36,18 63,82 6,22 33,57 66,43 5,52 29,73 70,27
480 21,91 6,29 35,16 64,84 6,33 33,83 66,17 5,94 32,06 67,94 5,26 28,33 71,67
540 23,24 6,18 34,54 65,46 6,19 33,08 66,92 5,75 31,03 68,97 5,18 27,89 72,11
Tabela B43 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,61 100,00 0,00 18,65 100,00 0,00 18,60 100,00 0,00 18,66 100,00 0,00
5 2,24 16,75 90,01 9,99 16,59 88,95 11,05 16,35 87,90 12,10 15,96 85,53 14,47
10 3,16 15,52 83,40 16,60 15,34 82,25 17,75 14,88 80,00 20,00 14,44 77,38 22,62
15 3,87 14,59 78,40 21,60 14,10 75,60 24,40 13,59 73,06 26,94 13,06 69,99 30,01
20 4,47 13,35 71,74 28,26 13,37 71,69 28,31 12,94 69,57 30,43 12,30 65,92 34,08
25 5,00 12,62 67,81 32,19 12,51 67,08 32,92 12,16 65,38 34,62 11,43 61,25 38,75
30 5,48 11,70 62,87 37,13 11,63 62,36 37,64 11,30 60,75 39,25 10,74 57,56 42,44
35 5,92 11,28 60,61 39,39 11,33 60,75 39,25 10,91 58,66 41,34 10,52 56,38 43,62
40 6,32 10,93 58,73 41,27 10,82 58,02 41,98 10,52 56,56 43,44 10,00 53,59 46,41
50 7,07 10,49 56,37 43,63 10,42 55,87 44,13 10,14 54,52 45,48 9,36 50,16 49,84
60 7,75 10,10 54,27 45,73 10,03 53,78 46,22 9,63 51,77 48,23 8,83 47,32 52,68
80 8,94 9,69 52,07 47,93 9,68 51,90 48,10 9,24 49,68 50,32 8,51 45,61 54,39
100 10,00 9,33 50,13 49,87 9,39 50,35 49,65 8,87 47,69 52,31 8,17 43,78 56,22
120 10,95 8,81 47,34 52,66 9,16 49,12 50,88 8,52 45,81 54,19 7,76 41,59 58,41
150 12,25 8,58 46,10 53,90 8,80 47,18 52,82 8,00 43,01 56,99 7,13 38,21 61,79
180 13,42 8,10 43,52 56,48 8,28 44,40 55,60 7,71 41,45 58,55 6,82 36,55 63,45
240 15,49 7,74 41,59 58,41 7,83 41,98 58,02 7,18 38,60 61,40 6,39 34,24 65,76
300 17,32 7,26 39,01 60,99 7,42 39,79 60,21 6,76 36,34 63,66 6,03 32,32 67,68
360 18,97 6,95 37,35 62,65 7,00 37,53 62,47 6,34 34,09 65,91 5,73 30,71 69,29
420 20,49 6,68 35,89 64,11 6,64 35,60 64,40 6,14 33,01 66,99 5,45 29,21 70,79
480 21,91 6,44 34,61 65,39 6,22 33,35 66,65 5,87 31,56 68,44 5,18 27,76 72,24
540 23,24 6,32 33,96 66,04 6,05 32,44 67,56 5,66 30,43 69,57 5,14 27,55 72,45
Tabela B44 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. B
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,70 100,00 0,00 18,68 100,00 0,00 18,70 100,00 0,00 18,75 100,00 0,00
5 2,24 16,88 90,27 9,73 16,67 89,24 10,76 16,48 88,13 11,87 16,08 85,76 14,24
10 3,16 15,63 83,58 16,42 15,39 82,39 17,61 15,00 80,21 19,79 14,53 77,49 22,51
15 3,87 14,68 78,50 21,50 14,16 75,80 24,20 13,69 73,21 26,79 13,15 70,13 29,87
20 4,47 13,45 71,93 28,07 13,42 71,84 28,16 13,05 69,79 30,21 12,41 66,19 33,81
25 5,00 12,73 68,07 31,93 12,59 67,40 32,60 12,26 65,56 34,44 11,52 61,44 38,56
30 5,48 11,80 63,10 36,90 11,68 62,53 37,47 11,42 61,07 38,93 10,82 57,71 42,29
35 5,92 11,37 60,80 39,20 11,41 61,08 38,92 11,00 58,82 41,18 10,61 56,59 43,41
40 6,32 11,05 59,09 40,91 10,89 58,30 41,70 10,62 56,79 43,21 10,10 53,87 46,13
50 7,07 10,57 56,52 43,48 10,50 56,21 43,79 10,23 54,71 45,29 9,42 50,24 49,76
60 7,75 10,19 54,49 45,51 10,10 54,07 45,93 9,71 51,93 48,07 8,93 47,63 52,37
80 8,94 9,77 52,25 47,75 9,73 52,09 47,91 9,32 49,84 50,16 8,60 45,87 54,13
100 10,00 9,42 50,37 49,63 9,45 50,59 49,41 8,95 47,86 52,14 8,26 44,05 55,95
120 10,95 8,93 47,75 52,25 9,22 49,36 50,64 8,63 46,15 53,85 7,84 41,81 58,19
150 12,25 8,65 46,26 53,74 8,84 47,32 52,68 8,10 43,32 56,68 7,20 38,40 61,60
180 13,42 8,17 43,69 56,31 8,33 44,59 55,41 7,80 41,71 58,29 6,89 36,75 63,25
240 15,49 7,82 41,82 58,18 7,88 42,18 57,82 7,26 38,82 61,18 6,45 34,40 65,60
300 17,32 7,36 39,36 60,64 7,47 39,99 60,01 6,85 36,63 63,37 6,10 32,53 67,47
360 18,97 7,03 37,59 62,41 7,04 37,69 62,31 6,42 34,33 65,67 5,81 30,99 69,01
420 20,49 6,76 36,15 63,85 6,67 35,71 64,29 6,21 33,21 66,79 5,52 29,44 70,56
480 21,91 6,53 34,92 65,08 6,29 33,67 66,33 5,93 31,71 68,29 5,24 27,95 72,05
540 23,24 6,38 34,12 65,88 6,12 32,76 67,24 5,74 30,70 69,30 5,21 27,79 72,21
Tabela B45 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 15,86 100,00 0,00 15,98 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 16,00 100,00 0,00
5 2,24 13,84 87,26 12,74 13,77 86,17 13,83 13,65 84,78 15,22 13,28 83,00 17,00
10 3,16 12,76 80,45 19,55 12,67 79,29 20,71 12,60 78,26 21,74 12,13 75,81 24,19
15 3,87 11,72 73,90 26,10 11,63 72,78 27,22 11,56 71,80 28,20 11,06 69,13 30,88
20 4,47 10,83 68,28 31,72 10,76 67,33 32,67 10,68 66,34 33,66 10,38 64,88 35,13
25 5,00 10,10 63,68 36,32 10,00 62,58 37,42 9,90 61,49 38,51 9,61 60,06 39,94
30 5,48 9,36 59,02 40,98 9,30 58,20 41,80 9,23 57,33 42,67 8,79 54,94 45,06
35 5,92 9,10 57,38 42,62 9,00 56,32 43,68 8,90 55,28 44,72 8,60 53,75 46,25
40 6,32 8,81 55,55 44,45 8,73 54,63 45,37 8,63 53,60 46,40 8,30 51,88 48,13
50 7,07 8,17 51,51 48,49 8,10 50,69 49,31 8,00 49,69 50,31 7,68 48,00 52,00
60 7,75 7,78 49,05 50,95 7,72 48,31 51,69 7,66 47,58 52,42 7,28 45,50 54,50
80 8,94 7,59 47,86 52,14 7,53 47,12 52,88 7,38 45,84 54,16 6,90 43,13 56,88
100 10,00 7,35 46,34 53,66 7,29 45,62 54,38 7,14 44,35 55,65 6,65 41,56 58,44
120 10,95 7,15 45,08 54,92 7,00 43,80 56,20 6,93 43,04 56,96 6,37 39,81 60,19
150 12,25 6,84 43,13 56,87 6,78 42,43 57,57 6,70 41,61 58,39 6,11 38,19 61,81
180 13,42 6,42 40,48 59,52 6,36 39,80 60,20 6,28 39,01 60,99 5,66 35,38 64,63
240 15,49 6,12 38,59 61,41 6,00 37,55 62,45 5,93 36,83 63,17 5,34 33,38 66,63
300 17,32 5,80 36,57 63,43 5,67 35,48 64,52 5,60 34,78 65,22 5,00 31,25 68,75
360 18,97 5,35 33,73 66,27 5,28 33,04 66,96 5,20 32,30 67,70 4,90 30,63 69,38
420 20,49 5,12 32,28 67,72 5,00 31,29 68,71 4,92 30,56 69,44 4,63 28,94 71,06
480 21,91 4,76 30,01 69,99 4,69 29,35 70,65 4,63 28,76 71,24 4,34 27,13 72,88
540 23,24 4,51 28,44 71,56 4,44 27,78 72,22 4,36 27,08 72,92 4,00 25,00 75,00
Tabela B46 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,26 100,00 0,00 16,18 100,00 0,00 16,29 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00
5 2,24 14,22 87,45 12,55 13,97 86,34 13,66 13,83 84,90 15,10 13,56 83,14 16,86
10 3,16 13,10 80,57 19,43 12,84 79,36 20,64 12,78 78,45 21,55 12,40 76,03 23,97
15 3,87 12,04 74,05 25,95 11,80 72,93 27,07 11,73 72,01 27,99 11,32 69,41 30,59
20 4,47 11,11 68,33 31,67 10,95 67,68 32,32 10,85 66,61 33,39 10,61 65,05 34,95
25 5,00 10,38 63,84 36,16 10,17 62,86 37,14 10,05 61,69 38,31 9,85 60,39 39,61
30 5,48 9,62 59,16 40,84 9,44 58,34 41,66 9,38 57,58 42,42 9,00 55,18 44,82
35 5,92 9,35 57,50 42,50 9,17 56,67 43,33 9,04 55,49 44,51 8,80 53,95 46,05
40 6,32 9,05 55,66 44,34 8,86 54,76 45,24 8,76 53,78 46,22 8,50 52,12 47,88
50 7,07 8,40 51,66 48,34 8,22 50,80 49,20 8,12 49,85 50,15 7,85 48,13 51,87
60 7,75 8,00 49,20 50,80 7,86 48,58 51,42 7,78 47,76 52,24 7,46 45,74 54,26
80 8,94 7,80 47,97 52,03 7,65 47,28 52,72 7,50 46,04 53,96 7,10 43,53 56,47
100 10,00 7,57 46,56 53,44 7,42 45,86 54,14 7,26 44,57 55,43 6,81 41,75 58,25
120 10,95 7,35 45,20 54,80 7,11 43,94 56,06 7,10 43,59 56,41 6,53 40,04 59,96
150 12,25 7,05 43,36 56,64 6,90 42,65 57,35 6,84 41,99 58,01 6,26 38,38 61,62
180 13,42 6,60 40,59 59,41 6,46 39,93 60,07 6,40 39,29 60,71 5,80 35,56 64,44
240 15,49 6,30 38,75 61,25 6,12 37,82 62,18 6,05 37,14 62,86 5,48 33,60 66,40
300 17,32 5,97 36,72 63,28 5,77 35,66 64,34 5,70 34,99 65,01 5,15 31,58 68,42
360 18,97 5,50 33,83 66,17 5,38 33,25 66,75 5,30 32,54 67,46 5,00 30,66 69,34
420 20,49 5,29 32,53 67,47 5,10 31,52 68,48 5,00 30,69 69,31 4,75 29,12 70,88
480 21,91 4,94 30,38 69,62 4,78 29,54 70,46 4,71 28,91 71,09 4,46 27,35 72,65
540 23,24 4,66 28,66 71,34 4,54 28,06 71,94 4,40 27,01 72,99 4,10 25,14 74,86
Tabela B47 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,73 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 16,61 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00
5 2,24 14,50 86,67 13,33 14,27 85,55 14,45 13,95 83,99 16,01 13,66 81,89 18,11
10 3,16 13,36 79,86 20,14 13,10 78,54 21,46 12,88 77,54 22,46 12,51 75,00 25,00
15 3,87 12,00 71,73 28,27 12,00 71,94 28,06 11,78 70,92 29,08 11,40 68,35 31,65
20 4,47 11,30 67,54 32,46 11,13 66,73 33,27 10,89 65,56 34,44 10,67 63,97 36,03
25 5,00 10,51 62,82 37,18 10,33 61,93 38,07 10,07 60,63 39,37 9,86 59,11 40,89
30 5,48 9,78 58,46 41,54 9,60 57,55 42,45 9,39 56,53 43,47 9,00 53,96 46,04
35 5,92 9,44 56,43 43,57 9,29 55,70 44,30 9,06 54,55 45,45 8,81 52,82 47,18
40 6,32 9,20 54,99 45,01 9,00 53,96 46,04 8,76 52,74 47,26 8,50 50,96 49,04
50 7,07 8,50 50,81 49,19 8,32 49,88 50,12 8,12 48,89 51,11 7,83 46,94 53,06
60 7,75 8,12 48,54 51,46 7,95 47,66 52,34 7,76 46,72 53,28 7,45 44,66 55,34
80 8,94 7,86 46,98 53,02 7,75 46,46 53,54 7,47 44,97 55,03 7,05 42,27 57,73
100 10,00 7,66 45,79 54,21 7,49 44,90 55,10 7,22 43,47 56,53 6,80 40,77 59,23
120 10,95 7,43 44,41 55,59 7,17 42,99 57,01 7,03 42,32 57,68 6,50 38,97 61,03
150 12,25 7,13 42,62 57,38 6,97 41,79 58,21 6,78 40,82 59,18 6,23 37,35 62,65
180 13,42 6,68 39,93 60,07 6,50 38,97 61,03 6,34 38,17 61,83 5,76 34,53 65,47
240 15,49 6,35 37,96 62,04 6,15 36,87 63,13 5,97 35,94 64,06 5,42 32,49 67,51
300 17,32 6,00 35,86 64,14 5,80 34,77 65,23 5,63 33,90 66,10 5,10 30,58 69,42
360 18,97 5,53 33,05 66,95 5,39 32,31 67,69 5,24 31,55 68,45 4,95 29,68 70,32
420 20,49 5,31 31,74 68,26 5,10 30,58 69,42 4,94 29,74 70,26 4,67 28,00 72,00
480 21,91 4,93 29,47 70,53 4,76 28,54 71,46 4,63 27,87 72,13 4,37 26,20 73,80
540 23,24 4,66 27,85 72,15 4,49 26,92 73,08 4,35 26,19 73,81 4,00 23,98 76,02
Tabela B48 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. C
Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Teor de Umidade Umidade Água
Transp.Teor de
Umidade Umidade Água Transp.
Tempo (min)
t1/2 (min)
(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,67 100,00 0,00 16,75 100,00 0,00 16,69 100,00 0,00 16,74 100,00 0,00
5 2,24 14,52 87,10 12,90 14,41 86,03 13,97 14,05 84,18 15,82 13,75 82,14 17,86
10 3,16 13,38 80,26 19,74 13,23 78,99 21,01 13,00 77,89 22,11 12,60 75,27 24,73
15 3,87 12,05 72,29 27,71 12,19 72,78 27,22 11,90 71,30 28,70 11,48 68,58 31,42
20 4,47 11,34 68,03 31,97 11,23 67,04 32,96 10,99 65,85 34,15 10,74 64,16 35,84
25 5,00 10,56 63,35 36,65 10,41 62,15 37,85 10,15 60,81 39,19 9,93 59,32 40,68
30 5,48 9,82 58,91 41,09 9,70 57,91 42,09 9,48 56,80 43,20 9,10 54,36 45,64
35 5,92 9,48 56,87 43,13 9,38 56,00 44,00 9,16 54,88 45,12 8,89 53,11 46,89
40 6,32 9,26 55,55 44,45 9,10 54,33 45,67 8,83 52,91 47,09 8,56 51,14 48,86
50 7,07 8,55 51,29 48,71 8,43 50,33 49,67 8,22 49,25 50,75 7,90 47,19 52,81
60 7,75 8,16 48,95 51,05 8,05 48,06 51,94 7,86 47,09 52,91 7,52 44,92 55,08
80 8,94 7,89 47,33 52,67 7,87 46,99 53,01 7,55 45,24 54,76 7,10 42,41 57,59
100 10,00 7,70 46,19 53,81 7,57 45,19 54,81 7,30 43,74 56,26 6,85 40,92 59,08
120 10,95 7,47 44,81 55,19 7,26 43,34 56,66 7,12 42,66 57,34 6,55 39,13 60,87
150 12,25 7,16 42,95 57,05 7,10 42,39 57,61 6,86 41,10 58,90 6,28 37,51 62,49
180 13,42 6,73 40,37 59,63 6,59 39,34 60,66 6,41 38,41 61,59 5,82 34,77 65,23
240 15,49 6,38 38,27 61,73 6,23 37,19 62,81 6,03 36,13 63,87 5,46 32,62 67,38
300 17,32 6,04 36,23 63,77 5,89 35,16 64,84 5,70 34,15 65,85 5,16 30,82 69,18
360 18,97 5,56 33,35 66,65 5,50 32,84 67,16 5,34 32,00 68,00 5,05 30,17 69,83
420 20,49 5,36 32,15 67,85 5,16 30,81 69,19 5,00 29,96 70,04 4,72 28,20 71,80
480 21,91 4,97 29,81 70,19 4,84 28,90 71,10 4,65 27,86 72,14 4,43 26,46 73,54
540 23,24 4,71 28,25 71,75 4,54 27,10 72,90 4,36 26,12 73,88 4,05 24,19 75,81
APÊNDICE C
Resultados Individuais da Resistência de Aderência das Argamassas de Revestimento Aplicadas sobre Substratos cerâmicos e de Concreto
240
Tabela C1- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa A aplicada sobre substrato cerâmico.
Argamassa A - aplicada sobre substrato cerâmico
DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa) Interface
Argamassa/substrato
Argamassa de Revestimento
(interior) 1 49,95 290 0,15 100
2 49,93 320 0,16 100
3 49,91 350 0,18 100
4 49,98 330 0,17 100
5 49,94 320 0,16 100
6 50,00 370 0,19 100
7 49,97 350 0,18 100
8 49,92 290 0,15 100
9 50,00 320 0,16 100
Média (MPa) 0,17
DP 0,01
CV (%) 8,19
Tabela C2- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa B aplicada sobre substrato cerâmico.
Argamassa B - aplicada sobre substrato cerâmico
DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa) Interface argamassa
substrato Argamassa de
Revestimento (interior)
1 50,00 410 0,21 100
2 49,97 410 0,21 100
3 49,85 390 0,20 100
4 49,90 330 0,17 100
5 49,96 350 0,18 100
6 49,98 370 0,19 100
7 50,00 310 0,16 100
8 50,00 330 0,17 100
9 49,89 370 0,19 100
Média (MPa) 0,19
DP 0,02
CV (%) 9,95
241
Tabela C3- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa C aplicada sobre substrato cerâmico.
Argamassa C - aplicada sobre substrato cerâmico
DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa) Interface argamassa
substrato Argamassa de Revestimento
(interior)
1 48,97 410 0,22 100
2 49,86 390 0,20 100
3 50,00 370 0,19 100
4 49,93 410 0,21 100
5 49,94 430 0,22 100
6 49,98 370 0,19 100
7 50,00 450 0,23 100
8 49,92 350 0,18 100
9 49,91 390 0,20 100
Média (MPa) 0,20
DP 0,02
CV (%) 8,23
Tabela C4- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto.
Argamassa A - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa)
Argamassa de Revestimento (superfície)
Argamassa de Revestimento (interior)
1 50,00 620 0,32 100 2 50,02 600 0,31 100 3 49,98 570 0,29 100 4 49,95 640 0,33 100 5 49,92 530 0,27 100 6 49,89 640 0,33 100 7 49,97 600 0,31 100 100 8 49,95 580 0,30 100 9 50,00 580 0,30 100
Média (MPa) 0,30 DP 0,02 CV (%) 5,96
242
Tabela C5- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa B aplicada sobre substrato de concreto.
Argamassa B - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa)
Argamassa de Revestimento (superfície)
Argamassa de Revestimento (interior)
1 49,86 750 0,38 100 2 49,91 840 0,43 100 3 49,96 880 0,45 100 4 49,90 750 0,38 100 5 49,94 860 0,44 100 6 49,96 790 0,40 100 7 49,92 790 0,40 100 8 49,91 800 0,41 100 9 50,00 760 0,39 100
Média (MPa) 0,41 DP 0,02 CV (%) 5,93
Tabela C6- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa C aplicada sobre substrato de concreto.
Argamassa C - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)
CP (mm) (N) (MPa)
Argamassa de Revestimento (superfície)
Argamassa de Revestimento (interior)
1 49,95 920 0,47 100 2 49,99 880 0,45 100 3 49,91 780 0,40 100 4 49,96 860 0,44 100 5 49,94 900 0,46 100 6 50,00 950 0,48 100 7 49,97 950 0,48 100 8 49,97 930 0,47 100 9 49,94 900 0,46 100
Média (MPa) 0,46 DP 0,03 CV (%) 5,86