AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA NOS MOMENTOS INICIAIS PÓS-APLICAÇÃO ENGª. ISAURA NAZARÉ LOBATO PAES ORIENTADOR: PROF. DR. ELTON BAUER CO-ORIENTADORA: PROFª. DRª. HELENA CARASEK TESE DE DOUTORADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL PUBLICAÇÃO: E.TD – 008A / 04 BRASÍLIA/DF: NOVEMBRO DE 2004

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL

AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM

REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA NOS MOMENTOS

INICIAIS PÓS-APLICAÇÃO

ENGª. ISAURA NAZARÉ LOBATO PAES

ORIENTADOR: PROF. DR. ELTON BAUER

CO-ORIENTADORA: PROFª. DRª. HELENA CARASEK

TESE DE DOUTORADO EM ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL

PUBLICAÇÃO: E.TD – 008A / 04

BRASÍLIA/DF: NOVEMBRO DE 2004

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FICHA CATALOGRÁFICA PAES, ISAURA NAZARÉ LOBATO Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de argamassa nos momentos Iniciais Pós-Aplicação. [Distrito Federal, 2004]. xxiv, 242p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Doutor, Estruturas e Construção Civil, 2004). Tese de Doutorado – Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia. Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. 1. Argamassas 2. Transporte de água 3. Porosidade 4. Revestimento I. ENC/FT/UnB II. Título (série) REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PAES, I. N. L. (2004). Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa nos Momentos Iniciais Pós-Aplicação. Tese de Doutorado, Publicação E.TD 008A/04, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 242p. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Isaura Nazaré Lobato Paes TÍTULO DA TESE DE DOUTORADO: Avaliação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa nos Momentos Iniciais Pós-Aplicação GRAU/ANO: DOUTOR/2004 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta tese de doutorado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. A autora reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta tese de doutorado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito da autora.

_______________________________________________________ Isaura Nazaré Lobato Paes Avenida Teotônio Segurado, Quadra 501 Sul, Conj. 01, Lt. 07, Casa 15 Plano Diretor Sul – 77016-002 – Palmas/TO – Brasil E-mail: [email protected]

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“A força de vontade e a humildade transformam sonhos em realidade e nos fazem

verdadeiros seres humanos”.

(Márcio Henrique Araújo)

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DEDICATÓRIA

A Deus, sobre todas as coisas, aos meus pais, João Lobato e Aurélia, pelo amor, dedicação e

incentivo – exemplos que balizam minha vida e minhas conquistas – e ao meu esposo Márcio

que contribuiu de forma inestimável para que esta conquista se tornasse realidade.

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AGRADECIMENTOS

No instante em que chegamos ao término de mais uma jornada importante como esta, tornasse

oportuno refletir sobre os que nos ajudaram a caminhar até aqui. Pessoas, organismos

acadêmicos e empresariais que, direta ou indiretamente, possibilitaram a concretização desta

pesquisa. Transformar em palavras todo o meu sentimento de gratidão num momento como

este é tarefa complicada, verdade, mas seria injusto não lembrar daqueles que mais se tornaram

personagens diários na construção desta conquista profissional.

Ao Profº. Dr. Elton Bauer que merece todo meu respeito e admiração pela conduta na orientação

deste trabalho. Seu incentivo e o exemplo marcante como profissional foram estímulos

constantes para vencer mais este desafio.

À Profª. Drª. Helena Carasek, co-orientadora desta pesquisa, pelos momentos em que aprendi

bastante no campo técnico, pelos ensinamentos ao longo de toda minha pós-graduação e pela

relação de amizade que desenvolvemos.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil da UnB,

pelo apoio no decorrer deste trabalho, em especial aos Professores Nepomuceno e Nagato,

pelos ensinamentos transmitidos.

Aos queridíssimos técnicos do Laboratório de Ensaios de Materiais (LEM/UnB), Severino e

Xavier, pelo auxílio inestimável no desenvolvimento deste trabalho

Ao bolsista de iniciação científica Henrique Scholze Neto pela colaboração durante a realização

da parte experimental desta pesquisa.

Aos membros do GEMAT/UnB (Grupo de Estudos Avançados em Materiais de Construção), em

especial ao Getúlio, Patrícia, Carla, Cláudio, Nielsen, Sávio, Sérgio Ítalo, Dirceu, Tilson e Élvio

pelas valiosas discussões além da amizade, companheirismo, ajuda e incentivo.

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Ao senhor José Gonçalves, Chefe do Centro de Manutenção de Equipamentos da Universidade

de Brasília (CME/UnB), pela colaboração prestada no desenvolvimento experimental desta tese.

Às empresas ORIGINAL e CERÂMICA BRAÚNAS pela presteza na doação dos blocos de

concreto e cerâmicos utilizados na pesquisa.

Ao CNPq, pelo suporte financeiro em forma de bolsa de estudo.

Ao meu marido Márcio, pelo incentivo, ajuda e compreensão em todas as fases desta empreitada.

A você, minha sincera gratidão.

Aos meus pais, João Lobato e Aurélia, cujas palavras jamais serão suficientemente fortes para

expressar todo amor, orgulho e gratidão. Vocês são meu espelho de vida.

E, principalmente a Deus, eterna fonte de inspiração na busca de tesouros que engrandecem a

alma e nos leva até sua essência.

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SUMÁRIO Páginas

Lista de Tabelas xi

Lista de Figuras xiv

Lista de Fotografias xviii

Lista de Símbolos e Abreviações

Resumo

Abstract

xx

xxiii

xxiv

1.0- INTRODUÇÃO 1

1.1- Justificativa e Importância do Tema 1

1.2- Objetivos e Originalidade da Pesquisa 6

1.3- Estruturação da Tese 7

2.0- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 9

2.1- Teoria das Ligações Interfaciais – Adesão entre Superfícies 10

2.2- Mecanismos de Transporte e Fixação de Água da Argamassa Fresca para o Substrato Poroso

15

2.3- As Características de Sucção dos Substratos 18

2.4- A Aderência Argamassa/Substrato 26

2.5- Equações Governantes do Fluxo de Água em Materiais Porosos em Meio Não Saturado

30

2.5.1- Equação diferencial que governa o movimento de água em meio não saturado – interação entre a lei de Darcy modificada e a equação da continuidade

32

2.5.1.1- Lei de Darcy 32

2.5.1.2- Equação da Continuidade 37

2.5.1.3- Difusividade Hidráulica 40

3.0- PROGRAMA EXPERIMENTAL 48

3.1- Definição das Variáveis de Estudo 49

3.1.1- Variáveis Independentes 49

3.1.2- Variáveis Dependentes 50

3.2- Descrição do Programa Experimental 53

3.2.1- Estudos-piloto 53

3.2.1.1- Caracterização dos substratos – Taxa inicial de absorção de água livre (IRA), absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) e absortividade

53

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3.2.1.2- Padronização da altura e da energia de aplicação das argamassas de revestimento por meio do uso de um dispositivo denominado “caixa-de-queda”

58

3.2.1.3- Instrumentação do conjunto argamassa/substrato por meio do uso de sensores de umidade

62

3.3- Caracterização dos Materiais Empregados 73

3.3.1- Cimento Portland 74

3.3.2- Cal hidratada 75

3.3.3- Agregados 76

3.3.4- Substratos 77

3.4- Metodologia 77

3.4.1- Dosagem das argamassas de revestimento 77

3.4.1.1- Procedimento de dosagem das argamassas de revestimento 79

3.4.1.2- Produção das argamassas no decorrer da pesquisa (aplicação sobre substratos isolados)

85

3.4.1.3- Avaliação das argamassas de revestimento 86

3.4.2- Transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso 96

3.4.3- Determinação da resistência de aderência à tração direta das argamassas 99

3.4.4- Caracterização da microestrutura porosa das argamassas e dos substratos 100

3.4.4.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio 100

3.4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água 101

4.0- APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 104

4.1- IRA, Absorção Total de Água, Absorção de Água (Ao Longo do Tempo) e Absortividade (S) dos Blocos

104

4.1.1- Estruturas de Poros dos Substratos de Blocos Cerâmicos e de Concreto Avaliadas Por Meio de Porosimetria Por Intrusão de Mercurio e Porosimetria Por Dessorção de Vapor de Água

107

4.1.1.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 107

4.1.1.2- Porosimetria por Dessorção de Vapor de Água 108

4.2- Movimentação e Fixação de Água da Argamassa Fresca 110

4.2.1- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em revestimentos de 30 mm

114

4.2.2- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em revestimentos de 50 mm

116

4.3- Estruturas de Poros das Argamassas Avaliadas Por Meio de Porosimetria Por Intrusão de Mercurio e Porosimetria Por Dessorção de Vapor de Água

121

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x

4.3.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 121

4.3.2- Porosimetria por Dessorção de Vapor de Água 125

4.3- Resistência de Aderência 127

5.0- DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 129

5.1- Influência das Argamassas (A, B E C) na Movimentação de Água das Argamassas Frescas

129

5.2- Influência da Natureza do Substrato na Movimentação de Água da Argamassa Fresca

137

5.3- Influência da Espessura do Revestimento na Movimentação de Água da Argamassa Fresca

146

5.4- Resistência de Aderência

152

5.5- Contribuição para a Quantificação do Transporte de Água em Revestimentos de Argamassa

157

6.0- CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

162

6.1- Conclusões 162

6.2- Considerações Finais 166

6.3- Sugestões para Futuras Pesquisas 168

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

169

APÊNDICE A – Procedimento Realizado para Obtenção do Número de Repetições

185

APÊNDICE B- Resultados Individuais do Monitoramento do Transporte de Água das Argamassas Frescas para os Substratos Porosos

190

APÊNDICE C- Resultados Individuais da Resistência de Aderência das Argamassas de Revestimento Aplicadas Sobre Substratos Cerâmicos e de Concreto

239

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LISTA DE TABELAS

Tabela Página

Tabela 3.1 – Valores de densidade de massa das argamassas frescas aplicadas sobre painéis verticais 61 Tabela 3.2 –Valores médios de densidade de massa das argamassas frescas aplicadas sobre blocos de concreto, com auxílio da caixa-de-queda, em diferentes alturas 61 Tabela 3.3 – Caracterização do cimento Portland CP II-F-32 74 Tabela 3.4 – Caracterização física e química da cal hidratada CH-I 75

Tabela 3.5 – Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento 76 Tabela 3.6 – Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos 77 Tabela 3.7 – Caracterização dos blocos de concreto 77 Tabela 3.8 – Valores das Faixas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 80 Tabela 3.9 – Nomenclatura dada aos agregados utilizados nas argamassas, a partir da definição de suas composições granulométricas 81 Tabela 3.10 – Resultados dos proporcionamentos dos materiais componentes das argamassas (traço) obtidos no estudo de dosagem 83 Tabela 3.11 – Valores médios de resistência de aderência realizados sobre painéis verticais de blocos de concreto – Estudo de Dosagem das argamassas de revestimento 84 Tabela 3.12 – Proporcionamento dos materiais componentes das argamassas (traço) a serem utilizados na pesquisa, obtidos a partir do estudo de dosagem 85

Tabela 3.13 – Denominação fornecida as argamassas utilizadas na pesquisa, a partir da utilização dos agregados A, B e C 85 Tabela 3.14 – Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento, no estado fresco 96 Tabela 3.15 – Diâmetro do poro suscetível à condensação, em função da umidade relativa para a temperatura de 20ºC (Kjellsen & Atlassi, 1999) 102 Tabela 4.1 – Resultados de IRA, absorção total de água e absortividade dos blocos cerâmico e de concreto, com 45 dias, 6 meses de idade e superior aos 8 meses de idade 104 Tabela 4.2 – Resultados de porosimetria por intrusão de mercúrio dos substratos de blocos cerâmicos e de concreto 108 Tabela 4.3 – Nomenclatura utilizada na apresentação dos resultados das velocidades médias do transporte de água das argamassas para os substratos, nos regimes R1, R2 e R3 114

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Tabela 4.4 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 114 Tabela 4.5 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.6 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.7 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.8 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30mm 115 Tabela 4.9 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30mm 116 Tabela 4.10 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 117 Tabela 4.11 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 117 Tabela 4.12– Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 118 Tabela 4.13 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 118 Tabela 4.14 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50mm 119 Tabela 4.15 – Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50mm 119 Tabela 4.16 – Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato Cerâmico 122 Tabela 4.17 – Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato de concreto 124 Tabela 4.18 – Resultados médios da resistência de aderência, aos 28 dias de idade 127 Tabela 5.1 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico - Camada Próxima à superfície do revestimento – 30mm 130 Tabela 5.2 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico - Camada Próxima à interface argamassa/substrato – 30mm 130 Tabela 5.3 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à superfície do revestimento – 30mm 130 Tabela 5.4 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à interface argamassa/substrato – 30mm 130

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Tabela 5.5 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próxima à superfície do revestimento – 50mm 131 Tabela 5.6 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Intermediária (inf.) ao revestimento – 50mm 131 Tabela 5.7 – Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Camada Próximo à interface argamassa/substrato – 50mm 132 Tabela 5.8 – Variação da natureza do substrato (30mm): Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto. Região da superfície – 30 mm 139 Tabela 5.9 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da interface – 30mm 139 Tabela 5.10 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada da superfície – 50mm 140 Tabela 5.11 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada intermediária – 50mm 141 Tabela 5.12 – Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Camada da interface (inf.) – 50mm 141 Tabela 5.13 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da superfície 147 Tabela 5.14 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da interface 148 Tabela 5.15 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico- Região próxima à superfície 148 Tabela 5.16 – Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico – Região próxima à interface 148 Tabela 5.17 – Análise de variância realizada com os resultados de resistência de aderência: avaliação da influência do bloco, da argamassa e da interação bloco/argamassa 153 Tabela 5.18 – Determinação do valor de z (Helene, 1993) 161

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LISTA DE FIGURAS

Figura Página

Figura 2.1 – Superfície de um líquido em contato com uma parede sólida. A diferença entre a tensão superficial sólido–vapor (γSV) e a sólido–líquido (γSL) definem o ângulo de contato entre o líquido e o sólido: (a) γSV > γSL e 0º < θ < 90º, diz-se que o líquido molha o sólido; (b) γSV < γSL e 90º < θ < 180º, diz-se que o líquido não molha o sólido; (c) γSV = γSL e θ=90º (Sears & Zemansky, 1978) 12 Figura 2.2 – Umidade acumulada para blocos cerâmicos (Leal, 2003) 25 Figura 2.3 –Umidade acumulada para blocos de concreto (Leal, 2003) 25 Figura 2.4 – Representação esquemática do mecanismo de aderência entre a argamassa de cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996) 27 Figura 2.5 – Transporte de água em uma amostra de material poroso, conforme as condições (a), (b) e (c) definidas anteriormente (Hall, 1989) 32 Figura 2.6 – Movimento variado de água numa coluna de areia uniforme (Prevedello, 1996) 33 Figura 2.7 – Elemento de volume de um meio não saturado no qual ocorrem variações nas componentes da densidade de fluxo (Prevedello, 1996) 38 Figura 2.8 – Condições consideradas para um corpo em meio não saturado devido à ação do potencial capilar (Ψ) 44 Figura 3.1 – Fluxograma de apresentação geral do programa experimental 52 Figura 3.2 – Resultados de absorção de água dos blocos cerâmicos (ao longo do tempo) 56 Figura 3.3 – Resultados de absorção de água dos blocos de concreto (ao longo do tempo) 56 Figura 3.4 – Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para blocos cerâmicos 57 Figura 3.5 – Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para blocos de concreto 57 Figura 3.6 – Esquema dos sensores de umidade desenvolvidos 63 Figura 3.7 – Representação gráfica da relação corrente-umidade observada em um dos sensores testado quanto ao ganho e perda de umidade 65 Figura 3.8 – Avaliação da perda de água, por sucção do substrato, através de retirada de camadas em tempos pré-definidos (argamassa de revestimento com 30 mm de espessura) 66 Figura 3.9 – Monitoramento da perda de água da argamassa por retirada de camadas e pelo uso de sensores de umidade interna 69 Figura 3.10 – Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas e uso de sensores (Bloco cerâmico) 70

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Figura 3.11 – Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas e uso de sensores (Bloco de concreto) 70 Figura 3.12 – Caracterização granulométrica do cimento por meio de granulômetro a laser 74 Figura 3.13 - Caracterização granulométrica da cal por meio de granulômetro a laser 75 Figura 3.14 – Curvas das composições granulométricas dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 76 Figura 3.15 - Caracterização granulométrica das areias por meio de granulômetro a laser 76 Figura 3.16 – Curvas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 80 Figura 3.17 – Curvas das faixas granulométricas dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento 81 Figura 3.18 – Relação cal/cimento versus parâmetro “E” 83 Figura 3.19 – Relação água/cimento versus parâmetro “E” 83 Figura 3.20 – Relação observada entre a resistência de aderência e a relação água/cimento 84 Figura 3.21 – Perfis das curvas de retenção de água das argamassas (A, B eC) utilizando o funil de Bücnher modificado 95 Figura 3.22 - Tipos de rupturas obtidas na determinação de resistência de aderência (NBR 13528, 1995) 100 Figura 4.1 – Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico e de concreto, para determinação da absortividade, aos 6 meses de idade (S) 106 Figura 4.2 – Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso de porosimetria por intrusão de mercúrio 108 Figura 4.3 - Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso de porosimetria por dessorção de vapor de água 109 Figura 4.4 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto: revestimento de 30mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas) 110 Figura 4.5 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto: revestimento de 50mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas) 111 Figura 4.6 – Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico: revestimento de 30mm – Linearização das camadas 112 Figura 4.7– Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico: revestimento de 50mm – Linearização das camadas 113

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Figura 4.8 – Argamassa A - Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 121 Figura 4.9 – Argamassa B - Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 121 Figura 4.10 – Argamassa C – Amostras retiradas de bloco cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 122 Figura 4.11 – Argamassa A - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.12 – Argamassa B - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.13 – Argamassa C - Amostras retiradas de bloco de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 123 Figura 4.14 – Argamassa A - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 125 Figura 4.15 – Argamassa B - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 126 Figura 4.16 – Argamassa C - Amostras retiradas da região de interface argamassa/substrato e outra, intermediária ao revestimento 126 Figura 4.15 – Distribuição do tamanho de poros dos substratos – Porosimetria por Intrusão de Mercúrio 125 Figura 5.1 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato cerâmico. (a) região da superfície. (b) região da interface 129 Figura 5.2 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato de bloco de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 130 Figura 5.3 – Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa fresca. Revestimento de 50mm. Substrato de bloco de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 131 Figura 5.4 – Relação entre o teor de cal e a água transportada das argamassas (A, B e C) aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface. (a) Regime 1 (5 minutos). (b) Regime R1 + R2 (60 minutos) 133 Figura 5.5 – Relação entre as massas unitárias das areias e a água transportada das argamassas (A, B e C), aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface, com 60 minutos (R1 + R2) 133 Figura 5.6 – Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região intermediária ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre substrato de concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre substrato cerâmico 135

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Figura 5.7 – Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região da interface ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre substrato de concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre substrato cerâmico 135 Figura 5.8 – Variação da natureza do substrato (30mm): Argamassa C aplicada sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface 139 Figura 5.9 – Variação da natureza do substrato (50mm). Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região intermediária. (C) região da interface 140 Figura 5.10 – Espectro de poros dos blocos cerâmicos e de concreto – Porosimetria por dessorção e porosimetria por intrusão de mercúrio 142 Figura 5.11 – Absorção capilar de água (ao longo do tempo) das amostras maciças retiradas dos substratos de concreto e cerâmico 144 Figura 5.12 – Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) de amostras maciças e vazadas retiradas do substrato cerâmico 145 Figura 5.13 – Variação da espessura do revestimento. Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto. (a) Região da superfície do revestimento. (b) camada da interface do revestimento 147 Figura 5.14 – Variação da espessura do revestimento. Argamassa A sobre substrato cerâmico. (a) camada próxima à superfície do revestimento. (b) camada próxima à interface argamassa/substrato 148 Figura 5.15 – Variação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto) sobre a resistência de aderência das argamassas 154 Figura 5.16 – Influência das argamassas (A, B e C) sobre a resistência de aderência dos revestimentos 154 Figura 5.17 – Interação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto) e das argamassas (A, B e C), sobre a resistência de aderência dos revestimentos 155

Figura 5.18 – Influência do tipo de substrato (bloco cerâmico e bloco de concreto) na resistência de aderência dos revestimentos. (a) Substrato cerâmico. (b) Substrato de concreto (R1 + R2) 156 Figura 5.19 – Avaliação da resistência de aderência, nos primeiros 60 minutos, em função da água transportada nas argamassas (A, B e C) 157 Figura 5.20 – Esquema do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o Substrato poroso com o uso de sensores de umidade 158

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xviii

LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia Página

Fotografia 2.1 – Sucção da água de amassamento da argamassa fresca pelo sistema de poros do bloco de concreto 46 Fotografia 3.1 – Aparato utilizado para a realização do ensaio de IRA e absorção de água ao longo do tempo 54

Fotografia 3.2 – Determinação da massa específica da argamassa sobre painel vertical, auxiliar na definição da altura de queda da argamassa. Na Fotografia vê-se a fixação dos recipientes utilizados na determinação da densidade de massa 59 Fotografia 3.3 – Teste realizado para determinar a altura de lançamento da Argamassa com o auxílio da caixa-de-queda. (a) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 15 cm. (b) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 60 cm. (c) Argamassa lançada sobre o bloco preenchendo inteiramente sua superfície a ser revestida 60 Fotografia 3.4 – Equipamentos utilizados na calibração dos sensores de umidade 64 Fotografia 3.5 – Monitoramento do transporte de água da argamassa. (a) Posicionamento dos sensores. (b) Realização do monitoramento 67

Fotografia 3.6 – Posicionamento dos sensores no suporte de alumínio 68 Fotografia 3.7 – Vista dos sensores posicionados verticalmente após monitoramento do transporte de água da argamassa (argamassa já endurecida) 68 Fotografia 3.8 – Suportes testados para realização do monitoramento do transporte de água da argamassa 71 Fotografia 3.9 – Posicionamento dos sensores – espessura de 30 mm 72 Fotografia 3.10 – Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm 72 Fotografia 3.11 – Argamassadeira utilizada na produção das argamassas 85 Fotografia 3.12 – Determinação do índice de consistência. (a) adensamento executado com soquete. (b) golpes na mesa de ensaio. (c) medição do diâmetro 87 Fotografia 3.13 – Cone de penetração - ensaio de consistência das argamassas 88 Fotografia 3.14 – Aparelho Vane Tester, - para medir tensão limite de escoamento 89 Fotografia 3.15 – Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47:95 91 Fotografia 3.16 – Equipamentos necessários para determinação da retenção de água, segundo a NBR 13277/95 93 Fotografia 3.17 – Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, através do funil de Büchner modificado 94

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xix

Fotografia 3.18 – Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm 97 Fotografia 3.19 – Lançamento da argamassa sobre os blocos 98 Fotografia 3.20 – Monitoramento do transporte de água da argamassa 98 Fotografia 3.21 – Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à superfície do revestimento 98 Fotografia 3.22 – Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à interface do revestimento 98 Fotografia 3.23 – Representação esquemática da posição de extração das amostras Das argamassas e dos substratos 101 Fotografia 3.24 – Ensaio de porosimetria de dessorção de vapor d’água. (a) Recipientes de armazenamento das amostras do ensaio. (b) Controle da umidade relativa no interior dos recipientes 102 Fotografia 5.1 – Vista da superfície das argamassas através de lupa com aumento de 50 vezes. (a) Argamassa A . (b) Argamassa B. (c) Argamassa C 136 Fotografia 5.2 – Vista da superfície dos blocos. (a) cerâmico. (b) concreto – Aumento de 40 vezes 138 Fotografia 5.3 – Representação da natureza e geometria dos blocos utilizados na pesquisa. (a) Concreto (39x14x19)cm. (b) cerâmico (38,5x11,5x19)cm 143 Fotografia 5.4 – Amostras do bloco de concreto e do bloco cerâmico, respectivamente - avaliação da absorção capilar de água (ao longo do tempo) 144 Fotografia 5.5 – Amostras de bloco cerâmico. (a) Existência de áreas vazadas (b) amostra maciça 145 Fotografia 5.6 – Adesão inicial insatisfatória. (a) Fissura com início de desplacamento. (b) Desplacamento e escorrimento da argamassa ainda fresca. (c) Material totalmente descolado do substrato 152

Page 19: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

xx

LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIAÇÕES

SÍMBOLO

OU SIGNIFICADO

ABREVIAÇÃO

A Força adesiva

A1 Área de entrada de água no corpo

AF(x) Quantidade final de água no trecho (x)

AF(y) Quantidade final de água no trecho (y)

AI(x) Quantidade inicial de água no trecho (x)

AI(y) Quantidade inicial de água no trecho (y)

CH-I Cal hidratada tipo I

CP II-F-32 Cimento Portland composto de clínquer + sulfato de cálcio e material carbonático

D Diâmetro da palheta

D(θ 1 ) Difusividade hidráulica

D(C) Difusividade devido ao gradiente de umidade

F Parâmetro Fischer para o teste de significância dos efeitos

FA Relação água/argamassa fresca

Fcal Parâmetro Fischer calculado

Ftab Parâmetro Fischer tabelado

g Aceleração da gravidade

GL Graus de liberdade

H Altura da palheta

h Energia hidráulica da água por unidade de peso

i Volume acumulado de água absorvido por unidade de área

IRA Taxa inicial de absorção de água livre

k Condutividade hidráulica

k e Permeabilidade específica

M soma das massas dos componentes anidros

Mfc Massa do funil cheio e filtro

Mfi Massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção

Page 20: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

xxi

Mfv Massa do funil vazio e filtro

MQ Média dos quadrados

Mw Massa total de água utilizada na argamassa

q Densidade de fluxo

R2mod Coeficiente de determinação do modelo

Ra Retenção de água

Rmod. Coeficiente de correlação do modelo

S Absortividade

s Coordenada de posição

SQ Soma dos quadrados

t Tempo

t(FT) Tempo final no trecho avaliado

t(IT) Tempo inicial no trecho avaliado

Tm Torque máximo

V Volume de água na amostra

Vm(T) Velocidade média (entre camadas), no trecho avaliado

VP Volume de pasta

VP/Vva relação entre o volume de pasta e o volume de vazios da areia

Vva Volume de vazios da areia

W a Trabalho de adesão para uma interface entre duas superfícies

x Profundidade de penetração de água no material

z Energia potencial gravitacional

θ Ângulo de contato

θ 1 Umidade

ν1 e ν2 Graus de liberdade do efeito avaliado e do resíduo

∂C/∂t Conteúdo volumétrico de água

dh/ds Gradiente de potencial hidráulico

p/ρg Pressão da água nos meniscos capilares

γ SV Tensão superficial na interface sólido-vapor

γ SL Tensão superficial na interface sólido-líquido

γ LV Tensão superficial na interface líquido-vapor

γ 12 Tensão superficial na interface entre as superfícies 1 e 2

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xxii

∆(V ag )/ ∆t Taxa de acumulação de água

η Viscosidade dinâmica do fluído

ρ Massa específica do fluído

τ0 Tensão limite de escoamento ou resistência ao cisalhamento

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xxiii

RESUMO

AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA NOS MOMENTOS INICIAIS PÓS-APLICAÇÃO

Autora: Isaura Nazaré Lobato Paes Orientador: Elton Bauer Co-Orientadora: Helena Carasek Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil (UnB) Brasília, novembro de 2004 O presente trabalho avalia experimentalmente o transporte de água na argamassa fresca,

por sucção dos substratos cerâmicos e de concreto, nos momentos iniciais pós-aplicação.

Foram analisados aspectos relacionados à interação da estrutura de poros das argamassas

frescas e dos substratos porosos, em relação à água transportada em diferentes regiões da

camada de revestimento, e a influência desse transporte no desempenho dos revestimentos

nos momentos pós-aplicação. No estado endurecido foi avaliada a propriedade de

resistência de aderência relacionando-se o seu desenvolvimento ao transporte de água

ocorrido entre os materiais (argamassa e substrato). As variáveis experimentais estudadas

foram: 3 argamassas mistas (variação da faixa granulométrica dos agregados); 2 substratos

porosos (blocos cerâmicos e de concreto) e 2 espessuras de revestimento (30 e 50 mm).

Foi constatado o efeito significativo das variáveis empregadas na avaliação do transporte

de água das argamassas para os substratos. Com relação às argamassas percebeu-se a

influência direta do proporcionamento dos materiais, em especial, da granulometria da

areia. O transporte de água foi majorado a partir do uso de areias de granulometria mais

grossa e, principalmente, quando se utiliza revestimento de menor espessura.

A natureza do substrato, por meio de seu maior ou menor poder de sucção da água da

argamassa, bem como de suas características superficiais mostrou-se decisiva no referido

transporte de água. Neste sentido, o substrato de concreto foi o que propiciou,

quantitativamente, maior extração de água da argamassa em virtude de sua rede de poros e

textura superficial mais rugosa. Estas características também foram as que ocasionaram

valores mais elevados de resistência de aderência ao se aplicar as argamassas sobre o

substrato de concreto. Ainda com relação à resistência de aderência foi constatada, por

meio de análise de variância, a influência do tipo de substrato e da argamassa, tanto

individualmente, quanto das interações entre os fatores, ressaltando assim um efeito

sinérgico.

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xxiv

ABSTRACT

EVALUATION OF WATER TRANSPORTE IN RENDERING OF MORTAR IN THE EARLY MOMENTS AFTER APPLICATION

Author: Isaura Nazaré Lobato Paes Supervisor: Elton Bauer Co-supervisor: Helena Carasek Programa de Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil (UnB) Brasília, november of 2004

The present work evaluates the water transport in the fresh mortar, by suction of the

ceramic substrate and of concrete, in the early moments after application. Aspects related

to the interaction of the pore structure in the fresh mortar and its influence in the rendering

performance were analyzed. The bond strength property of the rendering was studied

relating its evolution with the water transport from mortar to substrate.

The experimental variables used were: 3 mixes of mortars (variation of the grading curve

of the aggregate); 2 porous substrates (ceramic and concrete) and 2 rendering thickness

(30 mm and 50 mm).

It was verified the significant effect of the variables used in the evaluation of the water

transport from mortars to the substrates. Regarding the mortars, the sand grading

influenced, directly, the water transport. The water transport was larger when coarse sands

was used and mainly when smaller rendering thickness was used.

The substrate type (ceramic or concrete) through its larger or smaller power of suction of

water from the mortar, as well as, of their surface characteristics was shown to be decisive

in water transport. In this sense, the concrete substrate was what propitiated, quantitatively,

the largest extraction of water of the mortar due to its pore structure and more wrinkled

surface texture. These characteristics were also the ones that caused highest values of bond

strength when applied the mortars on the concrete substrate. In the evaluation of this

property (bond strength) it was verified, through variance analysis, the influences of the

substrate type and of the mortar, so much individually, as of the interactions between the

factors, which has produced a synergic effect.

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1 – INTRODUÇÃO

1.1- JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIA DO TEMA

Os revestimentos de argamassa são amplamente utilizados nas edificações, tanto

interna como externamente. As funções destes vão desde a proteção à alvenaria,

regularização das superfícies, estanqueidade à água e aos gases, até funções de

natureza estética, uma vez que estes (revestimentos) se constituem no elemento de

acabamento final das vedações.

Apesar do avanço no estudo das argamassas e no desenvolvimento de novos

materiais, em determinadas avaliações ainda é notório o caráter empírico nas

proposições de algumas soluções. Um exemplo claro é a formulação de argamassas

de revestimento que atendam, no estado fresco, dentre outras, condições adequadas

de trabalhabilidade, coesão, retenção de água e tixotropia. Na maioria das vezes

para se chegar a essas, opta-se por soluções empíricas, baseadas na experiência de

oficiais pedreiros, com resultados imprevisíveis e, logicamente, com grandes

possibilidades de desenvolvimento de manifestações patológicas. Fissuração,

pulverulência, desagregação, descolamento, eflorescências e infiltrações de água de

chuva são problemas freqüentemente encontrados. A elevada e constante incidência

dessas e de outras anomalias ocasiona uma série de prejuízos que afetam

diretamente moradores, que têm sua qualidade de vida afetada, e/ou as construtoras

que são obrigadas a realizar reparos não programados e que ainda podem ter a

imagem de sua empresa comprometida.

Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade de pesquisas, de cunho científico

e tecnológico, que visem dirimir muitos questionamentos que envolvem os

revestimentos. No âmbito nacional deve-se enfatizar que diversos trabalhos1.1

teóricos e experimentais têm fornecido subsídios para que os revestimentos possam

1.1 Selmo (1989); Kazmierczak (1989); Tristão (1995); Bauer & Carasek (1997 e 1998); Candia (1998); Oliveira (1999); Cortez (1999); Silva (2001); Carneiro (1999); Calhau (2000); Gomes & Neves (2001); Alves (2002); Leal (2003); Santos (2003) e Do Ó (2004).

Page 25: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

2

vir a ter desempenho compatível ao esperado. Para tanto, é necessário o

conhecimento dos materiais a serem utilizados e de sua interação, inclusive com o

meio a que o revestimento está exposto. Há uma série de fatores característicos a

esses que, de certo modo, podem ser controlados de maneira a reduzir a incidência

de processos de deterioração dos revestimentos pela ação preventiva.

Neste sentido, cabe ressaltar, que o desempenho mecânico da argamassa endurecida

está intimamente ligado ao transporte de água presente na argamassa fresca pela

sucção do substrato poroso. A resistência de aderência à tração, por exemplo, têm

seus valores mais elevados atribuídos à maior penetração de pasta aglomerante no

interior do substrato (Carasek, 1996; Scartezini, 2002 e Gonçalves, 2004).

A retração da argamassa, fenômeno que muitas vezes provoca fissuração nos

revestimentos, também está diretamente relacionada à perda de água da argamassa

fresca para o substrato poroso. As fissuras podem originar-se por diferentes tensões,

resultantes de movimentos diferenciais que se manifestam quase que de imediato na

interface dos materiais que constituem o revestimento. Obviamente, as tensões

possuem diferentes magnitudes e caso essas superem a resistência de aderência,

existente na interface argamassa/substrato, pode-se comprometer a estanqueidade

dos revestimentos à água e aos gases (Lejeune,1985; Bastos 2001). Groot (1988)

comenta que a perda de água por sucção da base, nos primeiros minutos pode ser de

50 a 60%, da perda de água total, dependendo da combinação substrato/argamassa.

Todos os aspectos mencionados envolvem um processo fundamental, o movimento

de água em materiais porosos cuja concentração de água não é uniforme e

geralmente menor que a saturação. Trata-se, portanto, de problemas de fluxo em

meio poroso não saturado. Esta movimentação de água, por sua vez, depende em

grande parte da estrutura de poros desses materiais. Ressalta-se, porém, que esses

apresentam poros altamente irregulares e tortuosos e, no caso da argamassa,

fortemente indefinidos nos momentos inicias.

Page 26: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

3

Apesar do progresso alcançado no estudo dos sistemas de revestimento, muitas

lacunas ainda encontram-se presentes, principalmente, no que tange às pesquisas

voltadas ao entendimento dos mecanismos de transporte de água, principalmente

nas idades iniciais, bem como a concepção de modelos que permitam correlacionar

os parâmetros que caracterizam este fluxo com a estrutura porosa dos materiais.

Em âmbito nacional, o uso de métodos para analisar quantitativamente o transporte

de massa tem sido pouco explorado. Uma referência nesta área é o trabalho de

Sato (1998), que trata da análise da influência da porosidade nas propriedades de

transporte de água, íons cloretos e CO2 em concretos, sendo abordado em maior

profundidade o transporte de água. Em 2001, Sato et al., apresentaram no IV

Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas, uma pesquisa que discute a

influência da porosidade nos processos de fixação e transporte de água em pastas de

gesso, enfatizando mecanismos que podem ser associados aos que ocorrem nos

revestimentos em argamassas.

Silva (1999) realizou um estudo para implementar um programa usando o Método

de Elementos Finitos de modo a permitir simular a penetração de água em corpos-

de-prova de concreto e argamassa a partir dos parâmetros característicos de cada

material usado, sendo estes obtidos experimentalmente.

Ainda no Brasil, vale ressaltar, os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos no

Laboratório de Meios Porosos do Departamento de Engenharia Mecânica da

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), trabalhos estes voltados

principalmente ao desenvolvimento de técnicas de caracterização da estrutura

porosa por meio da análise de imagens de microscopia e ao estudo de mecanismo de

fixação de umidade em meios porosos (Fernandes, 1990; Yunes, 1992; Souza,

1993; Pieritz, 1994; Magnani, 1994).

Em nível internacional, o interesse pelo tema é mais antigo, sendo a teoria do fluxo

não saturado estudada na área de física dos solos. Philip (1955), até onde se pôde

Page 27: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

4

constatar, foi um dos pioneiros neste estudo, com a publicação do artigo The

concept of diffusion applied to soil water.

A teoria de fluxo não saturado passou a ser testada para materiais de construção,

principalmente a partir da década de 70 em trabalhos realizados por Hall (1977,

1981, 1983, 1989, 1994) e Hall e colaboradores (1980, 1982, 1984, 1986),

comprovando a aplicabilidade da teoria. Algumas destas pesquisas têm se destacado

também pela utilização de métodos não destrutivos no estudo da transferência de

umidade na região de cobrimento do concreto, como o método da ressonância

nuclear magnética e da tomografia por raios X. A aplicação destes métodos permite

acompanhar o deslocamento da frente de umidade absorvida por uma superfície

exposta à água. No entanto, os resultados encontrados até o momento nessas

pesquisas ainda não puderam ser generalizados, visto que sua aplicação está restrita

aos materiais e condições de estudo analisadas.

Outros pesquisadores trataram do uso do método de elementos finitos para estudar o

fluxo da água em meio poroso, dentre eles podem ser citados: Neuman (1973) e

Desai (1981). Neuman, por meio de um método denominado “Galerkin Iterativo”,

utilizado para resolver as equações de infiltração transiente em meio poroso não

saturado, desenvolveu um programa que podia ser aplicado a regiões de fluxo não

uniforme, tendo condições de contorno complexas e graus arbitrários de anisotropia

local. Desai, apresentou um método que poderia ser empregado por várias ciências

do conhecimento. Este autor, com o estudo do meio poroso, analisou as leis

constitutivas do movimento, as equações governantes para fluxo saturado, fluxo

parcialmente saturado, fluxo unidirecional, fluxo que não segue a lei de Darcy e as

categorias de infiltração com suas respectivas condições de contorno.

Kalimeres, em sua dissertação de mestrado (1981) e em sua tese de doutorado

(1984) desenvolveu um estudo sobre a aplicabilidade da lei de Darcy e da lei

ampliada de Darcy a materiais de construção porosos. O autor questiona métodos de

Page 28: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

5

ensaios, sugere outros e, por fim, aplica o método de elementos finitos para resolver

a equação de fluxo em meio poroso não saturado.

Mais recentemente tem-se o trabalho de McCarter et al. (1992), que consideraram a

absorção de água com cloreto e perceberam que, neste tipo de absorção, após um

período maior - aproximadamente uma semana - ocorre um desvio na velocidade de

penetração, e o ganho de volume de fluido absorvido diminui. Os referidos autores

encontraram uma equação (polinominal) que, segundo eles, melhor representa o

movimento analisado.

Dentre os trabalhos que objetivam correlacionar as propriedades de transporte com

a estrutura dos materiais à base de cimento, podem ser destacados aqueles

realizados no National Institute of Standards and Technology, nos Estados Unidos,

pelo grupo de Edward J. Garboczi (Garboczi, 1990; Bentz & Garboczi, 1991 e1992;

Winslow et al., 1994; Garboczi & Bentz, 1996).

Destacam-se, também, os trabalhos realizados na Inglaterra pela equipe de L. J.

Parrott (Parrott, 1988, 1992 e 1994), dedicada ao estudo de transferência de água na

forma líquida, caracterizando-se por apresentar muitos resultados experimentais de

estudos efetuados em campo, em especial para o concreto.

Pelo exposto e sendo este um tema bastante atual, ainda com muitos

questionamentos no âmbito nacional e mesmo internacional, é que se decidiu pela

realização desta pesquisa, a fim de responder, de forma científica e também

tecnológica, algumas das questões relacionadas à influência da movimentação de

água entre a argamassa fresca e o substrato poroso, nos momentos iniciais, em

revestimentos de argamassa. No caso em questão, o revestimento é composto de

argamassas mistas (cimento, cal e areia) e de substratos de blocos cerâmicos e de

concreto. Ressalta-se que este estudo está inserido na Linha de Pesquisa referente a

Sistemas Construtivos e Desempenho de Materiais e Componentes, do Programa de

Pós-graduação em Estruturas e Construção Civil da Universidade de Brasília

Page 29: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

6

(PECC/UnB), particularmente, no tema “Sistemas de Revestimento, de

Impermeabilização e de Proteção”.

1.2- OBJETIVOS E ORIGINALIDADE DA PESQUISA

O objetivo geral da presente tese consiste na avaliação do transporte de água entre a

argamassa fresca e os substratos porosos nos momentos iniciais pós-aplicação.

Com o entendimento da proposta global do trabalho, são, então, apresentados os

objetivos específicos da pesquisa, conforme dispostos nos tópicos a seguir:

• Avaliar os aspectos que envolvem os mecanismos de transporte entre as

argamassas aplicadas e os substratos porosos por meio da interação da estrutura de

poros dos materiais;

• Definir os fatores, relacionados com o transporte de água entre os materiais, que

exercem influência na aderência. Uma vez constatado efeito significativo desses

fatores, indicar quais características das argamassas e dos substratos melhor

explicam os comportamentos detectados;

• Contribuir na quantificação de parâmetros relevantes que possam ser empregados

em modelações matemáticas que envolvem problemas de fluxo de água em meio

poroso não saturado;

A originalidade do trabalho está calcada na quantificação do transporte de água das

argamassas em diferentes regiões dessas (ao longo do tempo), bem como na forma

desenvolvida para obtenção de tais medidas (desenvolvimento de sensores de

umidade interna). Os dados obtidos nesta pesquisa, como por exemplo, a quantidade

de água transportada para o substrato e, conseqüentemente, a concentração de água

contida no interior da argamassa, é um dos parâmetros macroscópicos fundamentais

na caracterização dos materiais porosos em relação ao movimento de água em seu

interior. Uma previsão mais refinada da movimentação e distribuição de umidade

Page 30: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

7

nos materiais permite entender, dentre outros, como se processam os fenômenos da

retração por secagem, da formação de fissuras e da adesão entre os materiais.

1.3- ESTRUTURAÇÃO DA TESE

Este trabalho encontra-se estruturado em seis capítulos, sendo este a introdução que

tem um caráter geral de apresentação do tema, indicando os motivos que levaram à

pesquisa, a importância, as delimitações e os objetivos desta.

O Capítulo 2 compreende uma revisão bibliográfica sobre o tema destacando,

dentre outros assuntos, os mecanismos de transporte e fixação de água da argamassa

fresca para o substrato poroso, as características de sucção dos substratos e sua

inter-relação com o desempenho do revestimento, a aderência argamassa/substrato

e as equações governantes do fluxo de água em materiais porosos em meio não

saturado.

O programa experimental é abordado no Capítulo 3, onde são apresentadas as

variáveis do estudo, os estudos-piloto necessários para o desenvolvimento da

pesquisa, os ensaios de caracterização dos materiais, os procedimentos de ensaios

empregados na avaliação das propriedades das argamassas (no estado fresco) e a

metodologia adotada para obtenção dos perfis de movimentação de água da

argamassa fresca para os substratos porosos.

O Capítulo 4 apresenta os resultados obtidos no programa experimental, sendo

inicialmente mostrados os comportamentos dos substratos quanto à absorção de

água livre. Em seguida, apresentam-se os resultados em forma de gráficos (perfis)

do transporte de água da argamassa fresca, para os substratos porosos (blocos

cerâmicos e de concreto). Posteriormente, têm-se os resultados de resistência de

aderência à tração das argamassas. Finalmente, mostram-se os resultados

relacionados ao espectro de dimensões de poros das argamassas e dos substratos,

Page 31: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

8

obtidos por meio de porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por

dessorção de vapor de água.

O Capítulo 5 trata da discussão dos resultados. Neste momento são analisados os

efeitos da variação da espessura do revestimento, das diferentes argamassas, da

natureza e geometria dos blocos e da microestrutura dos materiais, na

movimentação e fixação de água da argamassa e, conseqüentemente, no

desempenho global do revestimento, confrontando os resultados obtidos com outros

disponíveis na literatura.

Finalizando, tem-se o Capítulo 6, onde são tecidas as conclusões da tese, as

considerações finais e as sugestões para futuras pesquisas. Após este capítulo, são

apresentados seqüencialmente, as referências bibliográficas e os anexos.

Page 32: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A argamassa de revestimento, em especial a aplicada sobre fachadas, sofre de

maneira intensa a ação da perda de água de amassamento pela ação conjunta da

sucção na face de contato com o substrato e dos agentes climáticos, em decorrência

da sua superfície exposta ao ar, muito extensa em relação ao seu volume.

A absorção de água pelo substrato, além de afetar as características de

endurecimento do aglomerante, acelerando-os, condiciona fortemente as

características mecânicas da argamassa endurecida. Logo, toda a avaliação das

potencialidades deste material, quanto à variação de massa, que irá influenciar as

propriedades no estado fresco e endurecido, deve passar não só pela caracterização

do material (argamassa) isoladamente, como também pelo estudo do seu

desempenho, considerando sua aplicação no substrato e a interação com o meio.

Depreende-se, no que diz respeito ao sistema de revestimento em argamassa, que

tão importante quanto as características adesivas da argamassa são as propriedades

e características do substrato. Neste sentido, o estudo da adesão2.1 entre materiais

distintos e porosos, como é o caso da argamassa aderida ao substrato, passa pelo

entendimento do que acontece na superfície dos materiais e na interface gerada

com a união destes. Desta forma, a seguir são discutidos, primeiramente, alguns

tópicos relativos a adesão entre superfícies para, em seguida, abordar os

mecanismos de transporte que influem diretamente na movimentação e fixação de

água da argamassa fresca para o substrato poroso.

2.1 No âmbito da físico-química, a palavra “adesão” é uma maneira clássica de se referir às ligações entre materiais, sem distinção com relação à expressão “aderência” (usado para a argamassa endurecida).

Page 33: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

10

2.1- TEORIA DAS LIGAÇÕES INTERFACIAIS - ADESÃO ENTRE

SUPERFÍCIES

A adesão entre dois materiais, por meio de suas superfícies, é um fenômeno

complexo e, possivelmente, formado pela interação de alguns mecanismos atuantes

tanto na interface quanto a pequenas profundidades nos materiais aderidos.

Ao se garantir o contato interfacial íntimo e adequado, são geradas forças

intrínsecas de adesão entre as superfícies (na interface); essas forças devem ser

fortes e estáveis o suficiente para assegurar que essa interface formada não seja o

elo fraco na união dos materiais.

O mecanismo de adesão, e mesmo de separação entre as superfícies, compreende

vários tipos de forças de natureza variada que passam a atuar na interface

adesivo2.2-sólido, a saber: de London e Van der Waals (dispersão e dipolares),

eletrostáticas, estéricas (decorrentes da adsorção de polímeros e detergentes),

ácido-base, coordenativas, covalentes, de capilaridade e de oclusão (ou mecânicas)

(Galembeck, 1995).

Os princípios que regem a adesão são, fundamentalmente, os mesmos para

quaisquer que sejam os materiais utilizados. Em todos os casos o material adesivo é

aplicado, primeiramente, no estado plástico em um material sólido. Após a

aplicação, o material adesivo modifica seu estado quimicamente e, na maioria das

vezes, fisicamente. Alguns como as argamassas de revestimento e assentamento,

endurecem; outros como os polímeros e os elastômeros ficam plásticos ou elásticos

(Addleson, 1992).

2.2 O termo adesivo é usado para designar qualquer agente da aderência, e não exclusivamente para materiais comumente conhecidos ou usados como adesivos.

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11

O contato interfacial adequado é primordial para o desenvolvimento da adesão entre

as superfícies a serem unidas; para tanto, deve-se ter um contato molecular íntimo, o

que significa um espalhamento apropriado do adesivo na superfície sólida, sem a

presença de ar e outros contaminantes. Deve-se considerar também: o equilíbrio

higrotérmico, a cinética da molhagem2.3 e a energia superficial livre (Kinloch,

1987).

Um conceito primordial neste contexto é o de “molhabilidade”, que define a

extensão na qual um líquido se espalhará sobre uma superfície sólida. Uma

adequada molhabilidade significa que o líquido fluirá sobre o sólido cobrindo cada

reentrância do mesmo e retirando todo o ar entre eles; a molhagem só ocorrerá se o

líquido (água) tiver uma baixa viscosidade e se a molhagem resultar em um

decréscimo da energia livre do sistema (Sears & Zemansky, 1978; Matthews &

Rawlings, 1994).

A diminuição da tensão superficial existente entre as superfícies dos materiais é

fator preponderante no efeito de molhagem. Esta é causada pela atração das

moléculas desbalanceadas da camada mais externa, por aquelas que se encontram

no interior do material (totalmente circundadas por outras moléculas). Esta situação

gera um desequilíbrio junto às paredes das superfícies e ocasiona o deslocamento

das partículas. A tensão superficial é resultado direto das forças intermoleculares e

interatômicas na superfície de um material e assim, seu valor dependerá do tipo de

ligação e arranjo estrutural dos átomos e moléculas (Jastrzebski, 1977). Vale

lembrar que essa tensão não é uma propriedade exclusiva dos líquidos e que ela é

expressa por energia superficial (Sears & Zemansky, 1978).

Quantitativamente, a tensão superficial é a energia requerida para se aumentar a

superfície de um material levando-se em consideração as forças superficiais

contrárias a esse esforço.

2.3 Molhagem é a capacidade que um material possui de se espalhar pela superfície de um outro material como um filme fino (Brady et al.,1986).

Page 35: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

12

A atração entre um líquido e um material sólido pode ser ilustrada na Figura 2.1

pela força adesiva (A); as medidas da tensão superficial líquido–vapor (γLV) e do

ângulo de contato, permitem a realização do cálculo de tal força. As tensões

superficiais atuantes em uma interface de contato e a força adesiva existente,

definem o equilíbrio das partículas no local, bem como a curvatura da superfície do

líquido (Sears & Zemansky, 1978).

Aplicando as condições de equilíbrio ao sistema de forças formado, obtemos:

∑ =−= 0AsenF LVX θγ (2.1)

∑ =θγ−γ−γ= 0cosF LVSLSVY (2.2)

Onde,

θγ senA LV= (2.3)

θγγγ cosLVSLSV =− (2.4)

sendo:

A = força adesiva (din.cm-1);

γSV = tensão superficial na interface sólido–vapor (din.cm-1);

(a) (b) (c)

Figura 2.1 – Superfície de um líquido em contato com uma parede sólida. A diferença entre a tensão superficial sólido–vapor (γSV) e a sólido–líquido (γSL)

definem o ângulo de contato entre o líquido e o sólido: (a) γSV > γSL e 0º < θ < 90º, diz-se que o líquido molha o sólido; (b) γSV < γSL e 90º < θ < 180º, diz-se que o líquido não molha o sólido; (c) γSV = γSL e θ=90º (Sears & Zemansky, 1978).

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13

γSL = tensão superficial na interface sólido–líquido (din.cm-1);

γLV = tensão superficial na interface líquido–vapor (din.cm-1);

θ = ângulo de contato (graus).

A energia de ligação interfacial entre sólidos e líquidos, conhecida como trabalho de

adesão, também pode ser calculada pela equação de Dupré e Young (Equação 2.5) a

partir da observação do ângulo de contato formado entre as superfícies dos dois

materiais (Houwink & Salomon apud Carasek, 1996). O ângulo de contato

representa um componente essencial para a ocorrência da molhagem, e define a

facilidade de um líquido em se espalhar sobre um sólido.

)cos1(12 θγ +=aW (2.5)

onde:

Wa = trabalho de adesão para uma interface entre duas superfícies (J.m-2);

γ12 = tensão superficial na interface entre as superfícies 1 e 2 (N.m-1);

θ = ângulo de contato (graus).

O efeito da molhagem acontece quando dois corpos, depois de colocados em

contato, se aproximam o bastante para que as interações entre suas superfícies

ocorram (Hull e Clyne, 1996). A micro-rugosidade do sólido pode mudar o ângulo

de contato do adesivo, e só melhora o efeito da molhagem se o líquido exibir um

baixo ângulo de contato, ou se a superfície for bem rugosa (Kinloch, 1987).

Nos sistemas de revestimento, a adesão entre a argamassa e o substrato, nos

momentos iniciais pós-aplicação, está diretamente relacionada com as

características reológicas2.4 da pasta aglomerante. Neste caso, ao se reduzir a tensão

2.4 O estudo da reologia de um material compreende a análise e o entendimento do seu comportamento tensão-deformação, segundo modelos reológicos consagrados. Reologia é a ciência que estuda a deformação e o escoamento da matéria. Um corpo é dito deformável quando a aplicação de um sistema de forças apropriado altera a sua forma ou sua dimensão e, um corpo é considerado fluido se seu grau de deformação varia continuamente com o tempo (Tanner, 1998 e Souza & Bauer, 2002).

Page 37: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

14

superficial da pasta há um favorecimento da molhagem do substrato, pela redução

do ângulo de contato entre as superfícies, acarretando, provavelmente, maior

contato físico da pasta com os grãos do agregado e também com o substrato e,

conseqüentemente, implementando a adesão. Esta diminuição da tensão superficial

da pasta aglomerante pode ser obtida pela adição de cal e pelo uso de aditivos

(Whiteley et al., 1977 e Rosello, 1976).

Outro fenômeno importante, que compreende as ligações interfaciais, é o da adesão

por adsorção2.5. Esta é bastante aplicável a diversos casos de materiais e propõe que

os mesmos irão aderir devido às forças interatômicas e intermoleculares que são

estabelecidas nas superfícies dos adesivos e dos sólidos, após um contato molecular

íntimo (próximos em níveis microscópicos). As moléculas e átomos podem se ligar

de duas maneiras a uma superfície sólida: pela adsorção física com interações de

Van der Waals entre o adsorvato2.6 e o adsorvente; e pela adsorção química, onde

podem ser formadas ligações químicas das mais diversas naturezas, gerando a

quimissorção nas interfaces, por meio das forças primárias como: ligações

covalentes, iônicas ou metálicas – que são mais fortes do que as secundárias

(Atkins, 1999).

Para que a adsorção realmente aconteça, se fazem necessários níveis energéticos

favoráveis nas superfícies do adsorvato e do adsorvente. Por exemplo: as partículas

do adesivo (então adsorvato) devem apresentar um baixo nível energético, para que

possam “molhar” a superfície do sólido (adsorvente). O sólido, por sua vez, deve

apresentar uma superfície com alta energia livre superficial. Além disso, a

resistência desse mecanismo de aderência depende da taxa de ligações (número de

ligações por unidade de área) e do tipo de ligação formada entre o adesivo e o

sólido.

2.5 A adesão por adsorção é um fenômeno físico que ocorre quando uma partícula de um material se deposita na superfície de outro sem que haja interação química (Atkins, 1999). 2.6 A substância que é adsorvida é o adsorvato e o material que adsorve é o adsorvente, ou substrato. (Atkins, 1999)

Page 38: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

15

Apesar de se tratarem de observações generalizadas das interações interfaciais,

pode-se levar o mesmo raciocínio para as argamassas e os substratos, aos quais elas

devem aderir. Basta que se pense na argamassa no estado fresco, nos instantes pós-

aplicação, como um líquido que deve molhar o substrato da maneira mais adequada,

espalhando-se ao máximo e proporcionando um melhor contato entre os materiais.

No estado endurecido, continuam acontecendo tais interações entre as superfícies,

apenas se transformando em uma interface sólido/sólido.

2.2- MECANISMOS DE TRANSPORTE E FIXAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA

FRESCA PARA O SUBSTRATO POROSO

Um material poroso é um material onde coexistem dois ou três estados

fundamentais da matéria. Este se particulariza por conter poros preenchidos por

uma fase líquida e/ou gasosa, e uma matriz sólida que define as fronteiras dos

poros. As fases líquida e gasosa são separadas por uma superfície (interface) onde

ocorrem as interações entre estas. Neste caso o meio é chamado de meio poroso

não saturado (Prevedello, 1996).

Existem dois mecanismos de transporte de água em meios porosos. Um deles,

ocorre quando o teor de umidade é muito baixo, não existindo continuidade dos

líquidos no seu interior, neste caso, a umidade em forma de vapor de água se

transfere devido a gradientes de pressão de vapor existentes nos poros. Nesta

situação, a água se move também devido a gradientes de temperatura, sendo o

fluxo de calor e umidade interdependentes (Hall,1977). Com o possível aumento

do teor de umidade do material, passa a existir continuidade do líquido no interior

dos poros e a transferência de umidade passa a ser, predominantemente, em

decorrência da ação de forças capilares agindo sobre a água no estado líquido.

Tanto a difusão do vapor como o transporte de água líquida, são chamados, no que

concerne ao comportamento da umidade em meios porosos, de fenômenos

dinâmicos de migração que se processam segundo as equações governantes do

Page 39: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

16

fluxo de água em meio poroso não saturado (Fredlund & Rahardjo, 1993 e

Prevedello, 1996).

Nos momentos pós-aplicação da argamassa fresca sobre o substrato, o mecanismo

que prevalece inicialmente é a absorção capilar. A movimentação de água se

processa logo que a argamassa é colocada em contato com o substrato, cujos

capilares estão total ou parcialmente secos. Os raios médios dos capilares da

argamassa, em geral, são superiores aos dos capilares do substrato, portanto, o

movimento de água se efetua no sentido da argamassa para o substrato. Esta

absorção é acompanhada de um aperto mecânico das partículas sólidas da

argamassa pela ação da depressão dos capilares, que se traduz por uma retração

quase imediata da camada de argamassa pela redução dos poros (Detriché & Maso,

1986).

A absorção capilar, no entanto, é um fenômeno que se processa rapidamente. Após

penetrar por capilaridade até certa profundidade, a água só poderá continuar

penetrando por difusão e não mais por absorção capilar (Ouzit, 1990).

O mecanismo relatado (absorção capilar) se refere ao transporte oriundo do

desequilíbrio de forças devido à sucção capilar, também conhecida como tensão de

sucção, em que a água se desloca no interior do substrato poroso. A continuidade

desse transporte de água, para o interior do substrato, irá depender se esta tensão de

sucção é suficiente para implementar um mecanismo de difusão de água na região já

saturada (interface). Assim, se a difusividade (coeficiente de difusão2.7) for baixa,

em virtude da estrutura de poros dos materiais, o transporte passa a ser controlado

pela difusão e não mais pela absorção capilar.

O coeficiente efetivo de difusão depende da natureza do material por meio do qual

ocorre a difusão e do líquido que difunde, ou melhor, depende da interação de

2.7 O coeficiente de difusão, também chamado de difusividade (D), é obtido a partir de modelagens numéricas que seguem as leis de Fick da difusão (Atkins, 1990).

Page 40: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

17

ambos. Por exemplo, se o tamanho médio da molécula que difunde é bem inferior

ao diâmetro do capilar ou, se as dimensões de ambos são compatíveis. Neste

último caso o coeficiente de difusão é menor pois a difusão é retardada pelas

forças de atração de superfície, eletrostáticas e do tipo Van der Waals. A

temperatura também altera substancialmente a difusão.

Com relação à fixação da água da argamassa fresca no substrato poroso, não se

pode deixar de comentar a importância da adsorção física, que atua no mecanismo

de absorção capilar. Por meio desta adsorção, as moléculas adsorvidas de água

mantêm-se fixas à superfície do substrato (adsorvente) por intermédio,

principalmente, das forças de van der Waals. A adsorção física é caracterizada por

um calor de adsorção relativamente baixo (inferior a 10 kcal/mol) devido às fracas

forças de ligação, sendo uma reação exotérmica, isto significa que a adsorção ocorre

com diminuição de energia. Em contrapartida, para que a saída de água ocorra

(dessorção) têm que se fornecer energia ao sistema. A dessorção apresenta uma

reação endotérmica, que tende a aumentar com a elevação da temperatura. Por este

mecanismo, pode-se entender o fato dos revestimentos, sujeitos à ação das chuvas,

umidificar muito mais rapidamente do que secar (Dąbrowski, 2001).

Nas argamassas de revestimento, existe, além do movimento da água em direção ao

substrato, um movimento em direção a superfície externa, produzido pela

evaporação. Quando se está a 100% de umidade relativa, a superfície da água no

capilar é plana e não se produz evaporação. No entanto, quando a pressão de vapor

sobre o líquido é menor que a de saturação, se produz a evaporação e a formação do

menisco (Bastos, 2001).

Os mecanismos de transporte que atuam na adesão da argamassa fresca ao

substrato, não surgem isoladamente, apenas se apresentam em diferentes graus de

participação dependendo do momento em que se analisa o fenômeno em questão. A

combinação entre eles irá variar de um sistema para outro.

Page 41: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

18

2.3- AS CARACTERÍSTICAS DE SUCÇÃO DOS SUBSTRATOS

Os substratos podem ser caracterizados, dentre outras, pela porosidade, estrutura e

distribuição dos tamanhos dos poros, pela capacidade de absorção de água e pela

textura superficial de contato, seja ela lisa ou rugosa. Estas características influem

na velocidade e quantidade da água transportada da argamassa fresca para o

substrato e, conseqüentemente, na alteração da microestrutura da argamassa nesta

região de contato.

Dentre os diferentes tipos de substratos sobre os quais são aplicados os

revestimentos, destacam-se principalmente as alvenarias e os elementos estruturais

em concreto (vigas, lajes e pilares). Com relação às alvenarias empregadas que

compõem as vedações verticais, tem-se uma diversidade grande de materiais, sendo

os mais correntemente empregados os blocos cerâmicos, os de concreto, concreto

celular e os sílico-calcário. Cada um destes apresenta características distintas e

peculiares que são fundamentais no desempenho do revestimento. Neste sentido, é

fundamental identificar propriedades e características destes componentes, mais

especificamente, absorção de água e rugosidade superficial, que modelem seu

comportamento com relação às características de desempenho dos revestimentos,

em especial, na adesão (argamassa fresca) e na resistência de aderência (argamassa

endurecida).

O substrato, por meio de sua capacidade de absorção de água, é considerado o

maior responsável pelo transporte de água da argamassa pós-aplicação. Essa

absorção é um mecanismo rápido e de curta duração e influencia no processo de

endurecimento da argamassa e nas características mecânicas dos revestimentos

(Ouzit, 1990).

A resistência de aderência à tração dos revestimentos é uma das propriedades mais

correlacionadas com a taxa inicial de absorção de água, visto que maiores valores

Page 42: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

19

de resistência de aderência são, em geral, atribuídos à maior penetração da pasta

aglomerante na estrutura porosa do substrato (Groot, 1993).

Na maioria dos casos em que se estuda a absorção de água dos substratos, em

relação à resistência de aderência da argamassa de revestimento, esta é

normalmente determinada por meio de ensaios elaborados para componentes de

alvenaria. Isto ocorre, devido ao mecanismo básico de aderência e a forma pela qual

os fatores se inter-relacionam serem praticamente os mesmos para as argamassas de

assentamento e revestimento.

A taxa inicial de absorção de água do substrato é avaliada freqüentemente pelo

IRA2.8 (Initial Rate Absortion, ou taxa inicial de absorção de água) determinado por

meio do método de ensaio americano ASTM C-67. O IRA é uma propriedade que

caracteriza a capacidade de absorção inicial dos componentes de alvenaria, bastante

parecido com o IRS2.9 (Initial Rate of Suction) e o Índice de Haller2.10. Para

caracterizar esta propriedade, realizam-se ensaios que, basicamente, consistem em

determinar a massa de água absorvida por sucção capilar pela face do componente

após este ser imerso em uma profundidade padronizada de água (3 mm), durante um

minuto.

A suposta relação entre IRA (e seus similares) e a resistência de aderência é

proveniente de que este parâmetro influi no transporte de água da argamassa para os

blocos e na conseqüente formação dos produtos de hidratação na interface entre

esses dois materiais (argamassa/bloco), influenciando, portanto, na resistência de

aderência (Groot & Larbi, 1999).

2.8 IRA – Initial Rate Absorption – ASTM C-67 – Este ensaio é realizado imergindo-se a face do componente seca em estufa, em uma profundidade de água de 3mm durante 1 minuto. A massa de água absorvida é padronizada para uma área de 30 polegadas quadradas (aproximadamente 194 cm²), sendo o resultado expresso em g/cm²/min. 2.9 IRS – Initial Rate of Suction – RILEM LUM A.5 – A face do bloco é imersa durante 1 minuto a uma profundidade de 1 cm (o componente não é seco em estufa). O resultado é expresso em g/m²/min. 2.10 Índice de Haller – NBN B 24-202 – Este ensaio é semelhante ao IRS, sendo no cálculo da área considerado também a área lateral (perímetro do bloco x 1 cm). O resultado é expresso em g/dm²/min.

Page 43: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

20

Existem pesquisadores que dizem ser o IRA a propriedade do substrato de maior

influência na resistência de aderência e, em função de seus valores, pode-se

escolher o tipo de argamassa a ser usada no revestimento. Alguns deles, tais como,

Han & Kishitani (1984); Goodwin & West (1988); Mcgiley (1990) e Groot & Larbi

(1999), chegam a apresentar valores de IRA mínimos e máximos, de blocos

cerâmicos, com vistas a uma aderência adequada; sendo estes:

12 a 22 g/200cm²/min; 16 a 24 g/200cm²/min; 5 a 15 g/200cm²/min;

30 a 50 g/200cm²/min, respectivamente. Pelos valores apresentados vê-se que para

um mesmo tipo de bloco (cerâmico), os valores de IRA podem ir de

5 a 50 g/200cm²/min, o que demonstra um “espectro” bastante extenso e diverso

desta característica.

No entanto, outros pesquisadores, como por exemplo, Oppermann & Rubert (1983),

Robinson & Brown (1988), Ioppi et al. (1995), Carasek (1996), Rocha & Oliveira

(1999) e Scartezini (2002), afirmam que não obtiveram um comportamento bem

definido entre a absorção inicial de água dos substratos e a resistência de aderência.

Ribar & Dubovoy (1988), por exemplo, estudando dois tipos distintos de blocos

cerâmicos (porém de mesma natureza), com valores de IRA semelhantes, aplicaram

sobre eles argamassas produzidas com vinte variedades de cimento. Os autores

observaram que as resistências de aderência eram sempre maiores para um mesmo

tipo de bloco, com todos os cimentos testados. Esta constatação contraria a

existência de uma relação entre a taxa de absorção de água e a resistência de

aderência. Este resultado foi atribuído à textura superficial dos blocos cerâmicos

que era, segundo os pesquisadores, significativamente diferente.

Já Scartezini (2002), avaliando a perda de água da argamassa fresca sobre dois tipos

de blocos de natureza distinta (cerâmico e concreto) e com variação na

granulometria da areia, verificou que a taxa de sucção de água dos blocos possui

uma certa relação com a perda de água da argamassa, porém não foi clara a relação

desta com a resistência de aderência.

Page 44: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

21

Groot (1993), por meio da análise de perfis de distribuição de água2.11 na seção

bloco/argamassa/bloco, utilizando bloco cerâmico e bloco sílico-calcário, concluiu

que apesar do bloco cerâmico possuir um percentual maior de poros “ativos”,

devido à distribuição de seus tamanhos (avaliado por meio de porosimetria por

intrusão de mercúrio), os blocos sílico-calcários absorveram água da argamassa por

mais tempo, apesar de ambos possuírem o mesmo valor de IRA.

Este tipo de ocorrência pode estar relacionado ao fato do IRA e seus similares não

representarem com fidelidade o comportamento absorvente da umidade frente à

argamassa ao longo do tempo. Esses ensaios não estão relacionados com a

distribuição dos tamanhos dos poros e sim apenas com o conteúdo de poros

capilares2.12 do substrato, sendo o mesmo medido com relação à água livre e não à

água “restringida” na argamassa (Gallegos, 1995). Além disto, por ser o ensaio

determinado em um minuto, tempo bastante limitado, não mede a real capacidade

de absorção de água que, na prática, pode ser mais elevada, uma vez que as forças

capilares podem continuar atuando durante um período maior.

Outro fato levantado em diversas pesquisas, tais como, Boynton & Gutschik (1964);

Copeland & Saxer (1964); Détriche et al. (1983); Han & Kishitani (1984) e

Détriche & Maso (1986), é de que a absorção excessiva de água das argamassas,

exercida pelos componentes de alvenaria com elevados valores de IRA, prejudica a

cura dos aglomerantes hidráulicos, que é o caso do cimento, afetando fortemente o

transporte de água da argamassa e a velocidade das reações químicas de hidratação

dos componentes anidros do aglomerante. Como conseqüência deste fato, há uma

diminuição da resistência de aderência, uma vez que, a quantidade de água

removida e a que ficou na argamassa possui um efeito significativo nas

propriedades do revestimento endurecido, pois o aglomerante desempenhará o seu

papel em função do conteúdo de água após a sucção (Groot, 1988). 2.11 Os perfis de distribuição de água foram obtidos com o uso da técnica de transmissão de nêutrons. Esta, consiste no direcionamento de um feixe de nêutrons sobre o material, medindo-se a quantidade que se espalha e a que é absorvida pelos átomos do material analisado (Groot, 1993). 2.12 Micro poro – diâmetro < 0,1µm; poro capilar – 0,1µm ≤ diâmetro ≤ 20 µm; macro poro – diâmetro > 20 µm (CEB, 1993).

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Neste sentido, Groot (1993) posteriormente determinou em seus experimentos o

conteúdo de água quimicamente combinada para vários tipos de argamassas e

blocos obtendo resultados diferentes dos mencionados. Este verificou que pelo teor

de água quimicamente combinada evidenciou-se um alto grau de hidratação do

cimento. Esta mesma conclusão foi obtida por Brocken et al. (1998), após estudo da

influência do pré-molhamento do substrato na retirada de água da argamassa

(utilizando técnicas de ressonância magnética), por meio da análise de perfis de

distribuição de água do sistema bloco (cerâmico e sílico-calcário)/argamassa. Estes

autores também não constataram diferenças no grau de hidratação do cimento ao

longo da espessura da argamassa, apesar do bloco cerâmico ter apresentado valores

de IRA bem mais elevados do que o bloco sílico-calcário.

Ainda com relação ao comprometimento da hidratação do cimento pela sucção

excessiva da água da argamassa por parte de alguns tipos de substratos, cabe

lembrar, que a quantidade de água nas argamassas frescas é bem superior ao

necessário para que ocorra a completa hidratação do cimento, uma vez que este

excesso é necessário para que a argamassa seja trabalhável. Logo, se expõe a idéia

de que é pouco provável que a argamassa perca água de tal forma – salvo em

situações extremas - que provoque condições críticas de modo a prejudicar a

hidratação do aglomerante. O que pode ocorrer, é que como a velocidade de

absorção de água é variável com o tempo, sendo máxima no início do contato da

argamassa com o substrato, se este tiver elevada capacidade de absorção de água,

aliado a condições ambientais desfavoráveis, podem vir a ocorrer, nas primeiras

horas, microfissuras na interface devido à retração plástica que, por sua vez,

diminuem a aderência (Lawrence & Cao, 1987).

Este tipo de situação pode ser minimizado por meio de algum tipo de tratamento

superficial do substrato, cujo objetivo é regularizar a absorção de água ou aumentar

a rugosidade superficial. Como exemplos de tratamentos podem ser citados a

aplicação de chapisco e o pré-umedecimento (realizado mediante a aspersão de água

por meio de broxa). Este procedimento - pré-umedecimento - deve ser empregado

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com muita cautela, pois uma “molhagem” exagerada pode reduzir excessivamente a

absorção do substrato e, conseqüentemente, reduzir a “avidez” do material pela

água da argamassa, o que prejudica a ancoragem mecânica devido à falta de

penetração de produtos de hidratação dos aglomerantes no interior dos poros. Além

disto, pode ocorrer um prejuízo na aplicação, tendo em vista a baixa adesão inicial

propiciada pela argamassa (Carasek et al., 2001).

Pelo que foi exposto, vê-se que não há um consenso entre os pesquisadores com

relação ao IRA ser o melhor método de caracterização dos blocos que permita

correlacionar, diretamente, o transporte de água argamassa fresca/substrato poroso

com as características de desempenho do revestimento. A verdade, é que a

movimentação da “água restringida” contida na argamassa fresca para o substrato, é

bem mais complexa do que quando comparada com a “água livre”, que é a

característica determinada no ensaio de IRA.

A absorção de água livre não é impedida por vários tipos de forças que trabalham

em uma argamassa, sendo estas: forças capilares, adsorção física pelos componentes

da argamassa e, em fase posterior, a ligação química da água devido à evolução na

hidratação do cimento. Este, possivelmente, pode ser um dos motivos que levam a

resultados divergentes em pesquisas que tentam correlacionar parâmetros de

desempenho do revestimento, onde o substrato está em contato com a água contida

na argamassa, com as características que os materiais apresentam, separadamente,

em presença de água livre.

Assim, têm-se buscado novas formas de avaliar os substratos de forma a enfocar

principalmente as características da estrutura de poros dos materiais pois se sabe

que estas são determinantes no fluxo de água da argamassa para o substrato, em

especial, nos momentos pós-aplicação. Deste modo, um outro parâmetro para

descrever o comportamento da absorção de água livre de tijolos e outros materiais

de construção foi proposto por Hall et al. (1980), denominado por eles de

“sorptivity” e que, neste trabalho, será designado como absortividade. Esta é

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24

calculada por meio da Equação 2.2, proveniente de simplificações da equação

modificada de Darcy para fluxo de água em meio não saturado.

i = S. t1/2 (2.2)

onde:

i = volume acumulado de água absorvido por unidade de área da face de entrada do

fluxo (mm³/mm²);

S = absortividade (mm.min-1/2); e

t = tempo (min).

Na prática, a determinação da absortividade é realizada experimentalmente a partir

de simples pesagens e construindo-se uma curva obtida da declividade da reta

traçada a partir dos pontos de interseção do gráfico i x t1/2, onde i é a razão entre a

massa acumulada de água absorvida e a área da face de entrada do fluxo, que, para

intervalos de tempo curtos, em relação ao período necessário para a saturação dos

corpos-de-prova, é uma reta. Deste modo, a absortividade é calculada como sendo o

coeficiente angular desta reta. A absortividade também pode ser vista como uma

grandeza que avalia indiretamente a velocidade do fluxo de água para o interior da

microestrutura nos instantes iniciais, ou seja, enquanto a reta apresenta linearidade.

A título de exemplo, as Figura 2.2 e 2.3 mostram como o comportamento das curvas

de absorção capilar de água (ao longo do tempo), das quais são retirados os valores

de absortividade.

Page 48: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

25

ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS CERÂMICOS

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

0 2 4 6 8 10 12 [t(mim)]¹/²

UM

IDA

DE

AC

UM

ULA

DA

(%)

SEM CHAPISCOCOM CHAPISCOCHAPISCO INDUSTRIALIZADO XPCHAPISCO MODIFICADO RD 10%CHAPISCO MODIFICADO RD 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 2.2- Umidade acumulada para blocos cerâmicos (Leal, 2003).

ABSORÇÃO POR CAPILARIDADE BLOCOS DE CONCRETO

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

0 2 4 6 8 10 12

[t(mim)]¹/²

UM

IDA

DE

AC

UM

ULA

DA

(%)

SEM CHAPISCOCHAPISCO COMUMINDUSTRIALIZADO INDCHAPISCO MODIFICADO PVA 10%CHAPISCO MODIFICADO PVA 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 16%CHAPISCO MODIFICADO SBR 33%

Figura 2.3- Umidade acumulada para blocos de concreto (Leal, 2003).

A pesquisa em questão, analisa diferentes tipos de tratamento de base, aplicados

sobre substratos cerâmicos e de concreto (Leal, 2003). Percebe-se que, dependendo

da natureza do substrato utilizado, apesar de terem sido aplicados os mesmos tipos

de tratamentos, a absorção capilar de água (ao longo do tempo) e,

Page 49: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

26

conseqüentemente, a absortividade, pode apresentar resultados totalmente

diferentes.

Ainda com relação a absortividade, Murray (1983) tentou estabelecer correlações

entre esta e a resistência de aderência. O autor determinou o coeficiente de

absortividade (S) de 18 tipos de blocos cerâmicos e 2 tipos de blocos

sílico-calcários, entre o intervalo de tempo t1/2 = 2 min1/2 e t1/2 = 12 min1/2. O valor

médio desses coeficientes variou entre 0,20 e 1,75 mm/min1/2 para os blocos

cerâmicos e 0,35 e 0,56 para os sílico-calcários. Dos 20 tipos de tijolos tratados ele

selecionou quatro para utilizar como substrato de revestimentos de argamassa, os

quais foram ensaiados quanto à resistência de aderência. Os resultados mostraram

que, para os quatro traços de argamassa estudados, os blocos que possuíam os

maiores valores médios do coeficiente S apresentavam também as maiores

resistências de aderência. Segundo o autor, baixas velocidades de absorção, ou seja,

valores de S inferiores a 0,5 mm/min1/2, produzem baixas resistências de aderência.

Na pesquisa anterior, vê-se que somente o valor absoluto da característica em

questão (absortividade) foi analisado. No entanto, acredita-se, que além deste

deva-se levar em consideração o comportamento de toda a curva de absorção

capilar de água do bloco uma vez que esta permite observar o comportamento

desses componentes na presença de água livre, mostrando peculiaridades entre

blocos de diferentes tipos.

2.4- A ADERÊNCIA ARGAMASSA/SUBSTRATO

A aderência entre a argamassa e o substrato é um fenômeno essencialmente

mecânico devido à penetração da pasta aglomerante (ou da própria argamassa) nos

poros ou entre as rugosidades do substrato pela precipitação dos produtos de

hidratação do(s) aglomerante(s) exercendo ação de ancoragem da argamassa ao

substrato (Carasek, 1996). Apesar da predominância do efeito de travamento

mecânico, existe uma parcela da aderência, possivelmente inferior a 10% do total,

Page 50: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

27

oriunda de ligações polares covalente entre os átomos do cimento e do substrato

(Kampf, 1963). Addleson, em 1992, também admite existir essa parcela da

aderência oriunda da atração entre as superfícies, porém, não sendo significativa.

Na prática, segundo esse autor, é muito difícil avaliar qual parcela da aderência é

mecânica e qual se deve à atração superficial.

Com relação à parcela mecânica, de acordo com Carasek (1996) a aderência decorre

do intertravamento principalmente da etringita (um dos produtos de hidratação do

cimento) no interior dos poros do substrato, conforme apresentado no modelo da

Figura 2.4.

Figura 2.4- Representação esquemática do mecanismo de aderência entre argamassa de

cimento e cal e blocos cerâmicos (Carasek, 1996).

Esse aumento local da concentração de etringita surge quando, ao se misturar o

cimento Portland com água, a gipsita empregada como reguladora de pega do

cimento dissolve e libera íons sulfato e cálcio; estes íons são os primeiros a entrar

em solução, seguidos dos íons aluminato e cálcio provenientes da dissolução do

C3A (aluminato tricálcico) do cimento. Devido ao efeito de sucção ou absorção

capilar causado pelo substrato poroso, tais íons em solução são transportados para

regiões mais internas do substrato formando no interior dos poros o

trissulfoaluminato de cálcio hidratado, também denominado de etringita. Em virtude

do processo mais rápido de dissolução dos SO42-, AlO4

-, Ca2+ e de precipitação de

Page 51: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

28

etringita, este produto preenche prioritariamente os poros capilares, o que explica

sua maior abundância na zona de contato argamassa/substrato e em poros

superficiais da base. Com menos espaço para a precipitação, outros produtos de

hidratação do cimento, como o C-S-H (silicato tricálcico) por exemplo, ou mesmo

produtos posteriores da carbonatação da cal como a calcita, aparecem em menor

quantidade (Carasek et al., 2001).

A aderência no sistema argamassa/substrato não é resultado de um mecanismo

simples, mas sim de uma conjunção de efeitos com graus de importância variados.

A aderência mecânica resulta da conjunção de três propriedades da interface

argamassa/substrato atuantes no sistema:

• a resistência de aderência à tração, devido aos esforços normais gerados na

utilização de um sistema de revestimento;

• a resistência de aderência ao cisalhamento, pelos esforços verticais e tangenciais

ao revestimento, gerados com a atuação da gravidade no revestimento aderido ao

substrato; e

• a extensão de aderência, que evidencia a possível existência de falhas de contato

como espaços vazios na interface.

Várias modificações ocorrem na argamassa aplicada ao substrato desde os

momentos iniciais, pós-aplicação, até se ter o desenvolvimento adequado da

aderência. Diferentes são as variáveis que atuam a cada momento, bem como são

dinâmicas as interações que ocorrem na argamassa e no substrato. Em se tratando

da relação de aderência nos sistemas de revestimento em argamassa, é possível se

diferenciar todo o processo de desenvolvimento da propriedade em três fases

complementares: adesão inicial, adesão e aderência.

A adesão inicial, também denominada de “pegajosidade”, está diretamente ligada

às características reológicas da pasta aglomerante, sendo a responsabilidade pela

adesão física ao substrato atribuída à baixa tensão superficial da pasta (Rosello,

Page 52: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

29

1976). Esta propriedade é que permite a argamassa permanecer aderida ao substrato

momentaneamente após a aplicação; podendo, também, ser resultante das forças de

dispersão2.13 entre a argamassa fresca e o substrato (Santos, 2003).

Na execução dos revestimentos em obras, é comum se notar a ocorrência de falhas

nesta fase, levando ao desplacamentos e/ou escorrimentos da argamassa recém-

lançada (primeiros 5 minutos). A forma como ocorre essa adesão inicial depende

tanto das características de trabalhabilidade da argamassa, quanto das características

de porosidade e rugosidade da base além, de um tratamento prévio que aumente a

superfície de contato entre os materiais. A redução da tensão superficial da pasta

aglomerante, conforme comentado, favorece a molhagem do substrato, resultando

na redução do ângulo de contato entre as superfícies e, conseqüentemente,

melhorando a adesão inicial.

Na adesão, o transporte intenso de água da argamassa caracteriza esta propriedade e

ocorre durante o período de tempo no qual a argamassa está à espera do

sarrafeamento. A operação de sarrafeamento exige que a argamassa já tenha perdido

uma quantidade razoável de água, indicando uma diminuição nítida de plasticidade

e aumento da consistência desta (modificação nas características reológicas do

sistema). A partir deste momento se tem à aderência propriamente dita.

A aderência, por conseguinte, é a etapa subseqüente à adesão, que culmina com o

enrijecimento completo da argamassa. Nesse momento, o mecanismo de

intertravamento mecânico passa a ser determinante para esta propriedade. É ela

(aderência), que possibilita ao revestimento, por meio da interface

argamassa/substrato, absorver e resistir a esforços normais e tangenciais (Selmo,

1989 e Carasek, 1996).

2.13 As forças de dispersão também chamadas de forças de London, são resultantes da interação entre dipolos elétricos existentes em cada molécula submetidas a um processo de reorientação contínua, devido ao movimento incessante dos elétrons ao redor do núcleo atômico (Galembeck, 1985).

Page 53: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

30

O processo de aderência, é acompanhado por outro fator também preponderante

para o desempenho do revestimento, a extensão de aderência. Esta corresponde à

razão entre a área de contato efetivo e a área total possível de ser unida entre a

argamassa e o substrato poroso. Essa característica da interface entre os materiais

aderidos se mostra importante no efetivo desenvolvimento de uma aderência mais

resistente e duradoura, sendo dependente, dentre outros, da trabalhabilidade da

argamassa fresca, das características próprias da porosidade e/ou rugosidade do

substrato e do preparo de base.

É importante ressaltar que a utilização de argamassas com características

compatíveis com as do substrato, nem sempre proporcionam uma aderência

adequada, pela interferência da mão-de-obra, que influência principalmente a

extensão de aderência. Se a pressão (“aperto”) exercida pelo oficial pedreiro, na

hora de comprimir a argamassa de revestimento ao substrato, não for

suficientemente forte a ponto de ocasionar um contato íntimo da argamassa sobre o

substrato, pode gerar falhas de contato na interface entre os dois materiais.

Provavelmente, a existência dessas falhas de contato seja uma das causas

primordiais da variabilidade da resistência de aderência à tração dos revestimentos

ser elevada, apresentando coeficientes da ordem de 50%, em obra, conforme dados

de Gonçalves (2004), em virtude da argamassa estar aderida “pontualmente” ao

substrato.

2.5-EQUAÇÕES GOVERNANTES DO FLUXO DE ÁGUA EM MATERIAIS

POROSOS EM MEIO NÃO SATURADO

Na teoria de fluxo não saturado, a água é absorvida em um sólido poroso

espontaneamente devido a esta diminuir sua energia potencial. A água dentro deste

sólido redistribui-se naturalmente a fim de alcançar um potencial energético mais

baixo, predominantemente, pela ação de forças capilares (Hall, 1977). Ainda

segundo Hall (1977): “O ar que ocupa os poros do material é parcialmente

deslocado pela água absorvida e, naquelas superfícies que não são imersas, ocorre

Page 54: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

31

evaporação. Por último, se estabelece um balanço entre a perda por evaporação e a

absorção de água. Assim, o fluxo e esta distribuição de água dentro do material se

tornam estáveis ou tendem ao equilíbrio. A evaporação acarreta resfriamento nas

superfícies externas e, como resultado, ocorre fluxo de calor dentro do material. O

desenvolvimento de gradiente de temperatura modifica o fluxo de água. Sais

solúveis dentro do material são progressivamente dissolvidos e redepositados na

superfície como conseqüência da evaporação”.

A descrição da movimentação de água, conforme anteriormente exposta, pode ser

satisfatória para o entendimento de como o fenômeno de sucção da água da

argamassa fresca para o substrato poroso se processa. Porém, há uma carência com

relação ao aspecto quantitativo desta movimentação, muitas vezes ocasionada pela

própria dificuldade do meio poroso estudado. No entanto, a busca desta

quantificação é importante para que se possa ter o conhecimento da concentração

de água e de seu fluxo em diferentes pontos do componente avaliado.

Para problemas de fluxo em meio poroso não saturado, a avaliação quantitativa,

vem sendo gradativamente explorada por meio de modelações numéricas e

experimentais, em especial para o concreto (Dullien, 1992; Reinhardt, 1992; Sato,

1998). Algumas simplificações ao modelo de fluxo em meio não saturado são

adotadas para o estudo do referido fenômeno, tais como: a desconsideração da

evaporação na superfície, o fenômeno térmico e os efeitos do gradiente de

concentração de sais solúveis sobre o modelo de fluxo total. As aproximações

quantitativas obtêm, geralmente, fluxos médios por meio de planos cujas

dimensões são bem maiores do que as dimensões dos poros.

O transporte de massa, em materiais de construção, ocorre com mais freqüência

quando expostos à água no estado líquido segundo três condições, a saber (Hall,

1989):

Page 55: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

32

a) Fluxo de massa horizontal, com o transporte de água independente da ação

da gravidade;

b) Fluxo de massa vertical, com o transporte de água total resultante da adição

das forças gravitacional e capilar;

c) Fluxo de massa vertical, com transporte de água total resultante da ação das

forças gravitacional e capilar, porém, com os efeitos da absorção capilar e

da gravidade em sentidos opostos.

A Figura 2.5 ilustra as condições anteriormente mencionadas:

Figura 2.5- Transporte de água em uma amostra de material poroso, conforme as condições (a), (b) e (c) definidas anteriormente (Hall, 1989).

Segundo Hall (1989), para a grande maioria dos materiais de construção nas suas

condições usuais de aplicação, a influência da força gravitacional nas taxas de

umidade transportada é pequena, não se observando diferenças significativas na

absorção de água medida nas situações (a), (b) ou (c).

2.5.1- Equação diferencial que governa o movimento de água em meio não saturado –

interação entre a lei de Darcy modificada e a equação da continuidade

2.5.1.1- Lei de Darcy

O conhecimento do estado de energia da água num meio poroso é muito importante,

pois permite saber se o líquido se encontra em equilíbrio ou movendo-se segundo

determinada direção. São informações necessárias, muito úteis, mas não suficientes.

É preciso também saber quantificar esse movimento. Para tanto, como exemplo

(a) (b) (c)

Page 56: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

33

mais simples pode-se considerar o movimento que se estabelece num tubo cheio de

areia uniforme que comunica dois depósitos de água. Sejam a e b dois tubos

piezômetros como mostra a Figura 2.6.

Figura 2.6- Movimento variado de água em uma coluna de areia uniforme

(Prevedello, 1996). Comprovou-se que o nível de água em cada tubo alcança a reta que une os níveis de

ambos os depósitos, podendo-se definir um gradiente hidráulico i = ∆h/l. Tal como

se apresenta a Figura 2.6, o movimento é variável e, com o tempo, os níveis de água

nos depósitos tendem a se igualar. Todavia, se os níveis dos dois depósitos são

mantidos fixos, mediante um dreno no segundo e uma alimentação igual no

primeiro, então o movimento de água, será permanente e comprova-se que a

densidade de fluxo, isto é, o volume de água que passa por unidade de área da

coluna e por unidade de tempo, é proporcional ao gradiente i, ou seja,

lh

Atvq ∆

α== (2.5)

onde: q = velocidade de fluxo (m/s);

v = volume (m3);

A = área (m²);

t = tempo (s);

α = símbolo de proporcionalidade;

∆h/l = gradiente hidráulico (m/m).

Page 57: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

34

Substituindo o símbolo de proporcionalidade por uma constante de proporcionalidade (k) fica,

lhk

Atvq ∆== (2.6)

Procedimento análogo a esse foi primeiramente realizado no ano de 1856, por

Henry Darcy, um engenheiro hidráulico francês, quando estudou a filtragem de

água por meios porosos para fins de abastecimento, em Dijon (França).

A Equação 2.6 é conhecida como Lei de Darcy, que escrita na forma diferencial fica:

dsdhk

AtVq −== (2.7)

onde: q = densidade de fluxo (m/s);

k = condutividade hidráulica (a constante de proporcionalidade entre a densidade de

fluxo e o gradiente hidráulico) (m/s);

dh/ds = gradiente de potencial hidráulico (a força) responsável pelo movimento do

líquido no meio poroso (m/m);

h = energia da água por unidade de peso (ou potencial hidráulico) (m);

s = coordenada de posição (m).

O sinal negativo da Equação 2.7 é para indicar que o sentido do movimento é

contrário ao do gradiente de potencial hidráulico.

Estabelecendo-se um sistema ortogonal de eixos de referência x, y, z, as

coordenadas de q, segundo os mesmos, são:

xhkq xx ∂∂

−= (2.8)

yhkq yy ∂∂

−= (2.9)

Page 58: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

35

zhkq zz ∂∂

−= (2.10)

O valor da condutividade hidráulica (k) é constante para cada meio e para cada

fluido sob mesmas condições. Não é fácil relacionar o valor k com as características

do meio poroso. Na condutividade influem, além da natureza do material, a massa

específica e a viscosidade do fluido, as quais, por sua vez, são função da

temperatura e pressão. Um coeficiente ke é usualmente empregado para denotar as

influências do meio na condutividade hidráulica, por meio da seguinte expressão:

ηρ

=gkk e (2.11)

onde: k = condutividade hidráulica (m/s);

ke = permeabilidade específica (ou intrínseca, ou geométrica) (m²);

ρ = massa específica do fluído (kg/m³);

η = viscosidade dinâmica do fluido (kg/m.s);

g = aceleração da gravidade (m/s²).

No intervalo entre 283K e 303K (10ºC e 30ºC), a variação de ρg é da ordem de

0,03%/ºC, de modo que pouco influi no valor da condutividade hidráulica. Por outro

lado, a variação de η pode chegar a 4%/ºC, o que já é importante; uma variação de

temperatura de 5ºC na água pode, portanto, levar a uma variação, no mesmo

sentido, de 20% no valor da condutividade.

Em condições de não saturação, a primeira modificação na equação de Darcy

envolve o reconhecimento de que os poros ocupados por ar reduzem a área efetiva

ao fluxo, aumentando a tortuosidade do fluxo remanescente. Assim, a condutividade

hidráulica em meios porosos não saturados é menor do que nos saturados e

dependente do conteúdo de água ou da pressão da água nos meniscos dos poros.

Page 59: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

36

Argumentos desse tipo foram primeiramente considerados por Buckingham, em

1907, com base na analogia com fluxos de calor e eletricidade, sem fazer menção à

equação de Darcy. O referido autor chamou a atenção para o fato de que o

movimento de água em qualquer meio não saturado é dependente de sua

condutividade e das forças envolvida com a secagem do meio (Prevedello, 1996).

Buckingham, chegou a propor uma equação para quantificar a densidade de fluxo

em tal condição (meio não saturado), todavia considerando somente o gradiente de

tensão nos capilares, sem fazer menção à componente gravitacional (z). Ao que

parece, isso só foi corrigido alguns anos mais tarde, por Gardner & Widtsoe (1921)

citado por Fredlund & Rahardjo (1993), de tal forma que se pode escrever esta

equação da densidade de fluxo em meio não saturado como:

dsdh)(kq θ−= (s = coordenada qualquer de posição, x,y ou z) (2.12)

onde: q (m/s) é a densidade de fluxo, ou seja, o volume de água por unidade de área e de

tempo;

k (m/s) é a condutividade hidráulica, que em meio não saturado é uma função da

umidade (θ) ou da pressão da água nos meniscos capilares (p/ρg); e

dh/ds (m/m) é o gradiente do potencial hidráulico, sendo h= z+ (p/ρg), onde:

z é a energia potencial gravitacional e (p/ρg) a energia potencial de pressão.

A Equação 2.12, atualmente, é chamada de equação de Buckingham-Darcy, em

reconhecimento a ambos, visto que a equação de Darcy é um caso particular da

(2.12). Se na (2.12) a umidade for a de saturação, ela se transforma na equação de

Darcy.

A grandeza vetorial da densidade de fluxo não saturado no espaço tridimensional

também pode ser decomposta nas suas projeções x, y e z (negativo), ou seja:

Page 60: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

37

qx = -kx (θ)x

)g/p()(kxh

x ∂ρ∂

θ−=∂∂ (2.13)

qy = -ky (θ)y

)g/p()(kyh

y ∂ρ∂

θ−=∂∂ (2.14)

qz = -kz (θ)z

)g/p()(kzh

z ∂ρ∂

θ−=∂∂ (2.15)

2.5.1.2- Equação da continuidade

Há continuidade da massa líquida num volume ∆V de material, cuja área da base é

∆x∆y, conforme esquematizado na Figura 2.7, onde se considera que todas as

componentes do fluxo sofrem variações ao longo de suas direções, dentro do

elemento de volume. O significado geométrico da variação da densidade de fluxo qx

para qx + (∂qx/∂x)∆x está indicado na figura. O coeficiente diferencial ∂qx / ∂x é a

inclinação da curva qx em função de x, no ponto A; no ponto C esse fluxo aumentou

de qx para qx+BC, onde BC é aproximadamente (∂qx/∂x)∆x. É evidente que BC

tende a se igualar a (∂qx/∂x)∆x quando ∆x se aproxima de zero.

Com isso, o volume de água por unidade de tempo que entra perpendicularmente

pela face ∆y∆z (devido à densidade de fluxo na direção x) é a qx∆y∆z e o que sai

pela face oposta é [qx+(∂qx/∂x)∆x]∆y∆z. Dessa forma, o volume de água por

unidade de tempo acumulado no elemento de volume, devido à densidade de fluxo

na direção x, é:

(entrada – saída)x = qx∆y∆z – [qx + (∂qx/∂x)∆x ]∆y∆z = - (∂qx/∂x)∆V (2.16)

Page 61: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

38

Figura 2.7- Elemento de volume de um meio não saturado no qual ocorrem variações nas

componentes da densidade de fluxo (Prevedello, 1996). Analogamente, para as direções y e z pode-se escrever, respectivamente: (entrada – saída)y = (∂qy/∂y)∆V (2.17)

(entrada – saída)z = (∂qz/∂z)∆V (2.18)

Assim, a taxa de acumulação de água ∆(Vag)/ ∆t no elemento de volume de material é:

Vz

qy

qx

qt

)V( zyxag ∆⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

+∂

∂+

∂∂

−=∆

∆ (2.19)

Mas, desde que o volume de água (Vag) no volume de solo ∆V pode ser dado por

θ∆V, e desde que a taxa de acumulação de água ∆(Vag)/ ∆t é, no limite, quando ∆t

se aproxima de zero e ∆θ/∆t se aproxima de ∂θ/∂t, dada por:

[ ]t

VVtt

)Vag(∂θ∂

∆=∆θ∂∂

=∆

∆ (2.20)

então a taxa de acumulação de água por unidade de tempo no elemento de volume

pode ser escrita como:

∆x

Page 62: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

39

Vz

qy

qx

qt

v zyx ∆⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

+∂

∂+

∂∂

−=∂θ∂

∆ ou (2.21)

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

+∂

∂+

∂∂

−=∂θ∂

zq

yq

xq

tzyx (2.22)

que é conhecida como equação da continuidade ou equação da conservação da matéria. Se as componentes da densidade de fluxo nas direções x e y são constantes, então ∂qx/∂x=∂qy/∂y=0 (isto é, a densidade de fluxo ocorre somente na direção z), e a equação da continuidade (Equação 2.22) simplifica-se em:

zzq

t ∂∂

−=∂θ∂ (2.23)

a qual se interpreta dizendo que se num instante t e profundidade z do meio houver

uma variação na densidade de fluxo com respeito à direção vertical então,

necessariamente, nessa profundidade, deve estar havendo uma variação da umidade

com o tempo e que essas taxas de variação são numericamente iguais. O sinal

negativo indica que a variação da umidade com o tempo é inversa à variação da

densidade de fluxo com a profundidade, isto é, se a densidade de fluxo decresce

com a profundidade, então a variação de umidade com o tempo é positiva,

indicando acumulação de água e, negativa em caso contrário, indicando perda de

água.

Agora, se na equação da continuidade as densidades de fluxo qx, qy e qz forem

substituídas pela equação de Buckingham-Darcy para as respectivas direções

(Equações 2.13, 2.14 e 2.15) obtém-se:

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂∂

θ∂∂

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂∂

θ∂∂

+⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂∂

θ∂∂

=∂θ∂

zh)(k

zyh)(k

yxh)(k

xt zyx (2.24)

que é a equação diferencial geral que governa o movimento de água em meio não

saturado, em regime transiente, também conhecida como equação de Richards.

Page 63: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

40

Lembrando que a energia hidráulica (h) é a soma da componente gravitacional (z) e

da energia potencial de pressão (pressão de água nos meniscos dos poros), então a

Equação 2.24 pode ser escrita como:

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂ρ∂

θ∂∂

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂ρ∂

θ∂∂

+⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂ρ∂

θ∂∂

=∂θ∂

z)g/p()(k

zy)g/p()(k

yx)g/p()(k

xt zyx (2.25)

Observa-se nas Equações 2.24 e 2.25, que a variável independente θ (umidade)

varia com o tempo e com as coordenadas de posição. Com isso, a condutividade

hidráulica não pode ser explicitada de nenhuma dessas equações, visto que na

saturação ela é função da umidade (θ) ou da pressão de água nos meniscos dos

poros (p/ρg), não se tratando, portanto, de uma constante, mesmo em meio

isotrópico [Kx(θ)=Ky(θ)=Kz(θ)].

2.5.1.3- Difusividade hidráulica

Para definir esta propriedade hidráulica, inicia-se por expressar o fato de que a

pressão de água nos meniscos dos poros (p/ρg) é uma função da umidade (θ), da

posição (x, y, z) e do tempo (t), ou seja:

p/ρg = p/ρg [θ (x, y, z, t)] (2.26)

Se p/ρg em função de θ, e θ em função das respectivas coordenadas de posição,

para t constante, são contínuas e deriváveis, então a (2.26) pode ser expandida pela

regra da cadeia. A regra da cadeia do cálculo diferencial, diz: Se y = y(x) (lê-se y é

função de x) e x = x(w), ou seja, Y = y [x(w)], então:

dwdx

dxdy

dwdy

= (2.27)

Page 64: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

41

Esse resultado será tanto mais exato quanto mais dx, dy e dw se aproximam de zero.

Assim, para t = constante, derivando ambos os membros da (2.26), com relação à

x, y, e z, obtém-se, respectivamente:

xd

)g/p(dx

)g/p(∂θ∂

θρ

=∂ρ∂ (2.28)

yd

)g/p(dy

)g/p(∂θ∂

θρ

=∂ρ∂ (2.29)

zd

)g/p(dz

)g/p(∂θ∂

θρ

=∂ρ∂ (2.30)

Substituindo as equações (2.28), (2.29) e (2.30) na Equação (2.25) e admitindo-se o meio como isotrópico [Kx(θ)=Ky(θ)=Kz(θ)], resulta:

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ +

∂θ∂

θρ

θ∂∂

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂θ∂

θρ

θ∂∂

+⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂θ∂

θρ

θ∂∂

=∂θ∂ 1

zd)g/p(d)(k

zyd)g/p(d)(k

yxd)g/p(d)(k

xt (2.31)

Definindo-se o produto θρ

θd

)g/p(d)(k como difusividade hidráulica, simbolizada por

D(θ), ou seja:

c1)(k

d)g/p(d)(k)(D θ=

θρ

θ=θ sendo c*)g/p(d

)(dρθ

= (2.32)

Então a (2.31) , escrita em termos dessa função, fica:

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ θ+

∂θ∂

θ∂∂

+⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡∂θ∂

θ∂∂

+⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂θ∂

θ∂∂

=∂θ∂ )(k

z)(D

zy)(D

yx)(D

xt (2.33)

Comparando a Equação 2.33 e a equação da continuidade (2.22), resultam as

seguintes igualdades:

Page 65: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

42

x

)(Dq x ∂θ∂

θ−= (2.34)

y

)(Dq y ∂θ∂

θ−= (2.35)

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ θ+

∂θ∂

θ−= )(kz

)(Dq z (2.36)

A função D(θ), como definida pela (2.32), foi originalmente proposta por

Buckingham, em 1907, embora sem dar nome a ela. Posteriormente, essa função

recebeu o nome difusividade hidráulica, por Childs & Coliis-George, em 1948

(Fredlund & Rahardjo, 1993). Provavelmente, a mais simples interpretação dessa

função é encontrada nas equações (2.34) e (2.35) que dizem que a difusividade

hidráulica é uma medida da densidade de fluxo sobre um gradiente de umidade.

Este fato indica que a função D(θ) tem um significado físico. No entanto, ela deve

ser utilizada com critérios. Ou seja, quando se define a difusividade hidráulica como

um fator de proporcionalidade entre a densidade de fluxo e o gradiente de umidade,

tacitamente fica assumido que o meio é homogêneo, e isso torna evidente que o

principal interesse em se introduzir a difusividade hidráulica na teoria do

movimento de água em meio não saturado é para facilitar a resolução de problemas

próprios dos meios hidraulicamente homogêneos, ou seja, daqueles que satisfazem

as igualdades das equações (2.28), (2.29) e (2.30), conforme a direção do fluxo

(Prevedello, 1996 e Fredlung e Rahardjo, 1993)

A Equação 2.33 deve ser interpretada como a equação diferencial geral que governa

o movimento de água em meio não saturados, hidraulicamente homogêneos, em

regime de fluxo transiente. Se a densidade de fluxo for considerada somente na

direção x, como no caso dos blocos que absorvem água (pasta aglomerante) da

argamassa fresca (desprezando-se a gravidade), então a (2.33) fica:

⎥⎦⎤

⎢⎣⎡

∂θ∂

θ∂∂

=∂θ∂

x)(D

xt (2.37)

Page 66: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

43

Ou ainda, como normalmente é apresentada nos estudos voltados para materiais de

construção:

xC)C(D

xtC

∂∂

∂∂

=∂∂ (2.38)

onde: ∂C/∂t = conteúdo volumétrico de água (m³/m³);

t = tempo (s);

x = profundidade de penetração de água no material (m);

D(C) = difusividade devido ao gradiente de umidade (m²/s).

Do ponto de vista experimental, os dados coletados com relação à difusividade

(D(C)) são incipientes (Hall, 1980; Groot, 1993; Sato, 1998). Os dados

apresentados na literatura com relação à difusividade hidráulica foram obtidos por

meio do uso de técnicas de radiação pelo método de dispersão de nêutrons ou por

meio da técnica de imagem por ressonância magnética nuclear, técnicas estas não

destrutivas e que permitem a determinação de uma série de perfis do mesmo

corpo-de-prova. A dificuldade do uso destas técnicas reside no fato de ser

necessário uma infraestrutura laboratorial específica e de custo elevado (Sato,

1998).

A equação básica de fluxo não saturado (2.38) é uma equação diferencial

parabólica não linear. Geralmente não se pode obter uma solução geral analítica

para tal tipo de equação. Conseqüentemente, buscam-se soluções numéricas para

transformar a equação não linear em uma equivalente linear (procedimentos

iterativos).

A solução normalmente utilizada no estudo de materiais de construção (Hall, 1989 e

Hall, 1993), oriunda da modelação de penetração de água em solos (transporte

difusional), considera que um corpo, com concentração inicial Co, é colocado em

contato com água, de forma que a superfície da interface corpo/líquido fica com

teor de umidade igual à de saturação, conforme esquema da Figura 2.8.

Page 67: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

44

Figura 2.8- Condições consideradas para um corpo em meio não saturado devido à ação do

potencial capilar (Ψ) (Hall, 1994).

Na Figura 2.8, uma das faces do material inicialmente com conteúdo de líquido C0 é

exposto à água que é transportada para o interior do material devido às forças

capilares, que atuam em função do contato entre os poros do material e a fase

líquida. Na interface material/líquido (x=0), a concentração de umidade é Cs,

correspondente ao teor de umidade do material na saturação.

Ou seja:

C = Cs, em x = 0, para t ≥ 0; C = C0, em x > 0, t = 0

A seguir aplica-se a transformada de Boltzmann: ϕ = x . t-1/2 (2.39)

na Equação 2.38, reduzindo-a a uma equação diferencial ordinária, somente em função de ϕ:

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛ϕϕ

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛ϕ

ϕ−⇒

ϕϕ

ϕϕ

ϕ ddC)C(D

dd

ddC

2dxd

ddC

dxd

d)C(dD

dtd

ddC (2.40)

Sujeita as seguintes condições de contorno:

C = Cs, quando ϕ = 0; C = C0, quando ϕ → ∞.

A Equação 2.40 é resolvida utilizando-se métodos numéricos e determina-se o perfil

de concentração de água no material (C) em função de ϕ. Os trabalhos realizados

nesta linha caracterizam o comportamento dos materiais determinando a quantidade

Page 68: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

45

de água total que é transportada para dentro do corpo-de-prova. Com base nesses

resultados, determina-se o volume de água na amostra (V), em um determinado

instante, dividido pela área de entrada de água no corpo (A), que pode ser expresso

por (Gummerson et al, 1980):

V/A = ∫ ∫=

=L

0

LCx

CsdC).C(xdx).x(C (2.41)

que no espaço transformado pode ser expresso por:

V/A = ∫∫==ϕ=κ

LCx

Cs

2/1LCx

Cs

2/1 dC).C(tdC.t).C( (2.42)

A integral ∫=ϕ

LCx

CsdC).C( é definida como sendo a “absortividade (S)” do material.

Os modelos teóricos aplicados ao transporte de umidade necessitam de dados

experimentais que, no caso em questão, são de complexa determinação devido ao

espaço poroso do meio existente. Um exemplo deste fato pode ser dado pelo que

foi exposto por Hall (1989), onde este autor comenta que: “embora a absortividade

caracterize de modo satisfatório o comportamento de materiais cerâmicos, nos

materiais à base de cimento observou-se que a absorção de água não se processa

em função de t1/2, conforme a teoria de absorção capilar pura, mas mostrou outras

relações de dependência na forma de tα, com α compreendido entre 0,25 e 0,5”.

Este comportamento foi explicado como sendo devido às modificações do estado

poroso em função do desenvolvimento da hidratação que ocorrem com a penetração

de água e do fenômeno da lixiviação (quando o material é exposto a um meio

agressivo). Neste sentido, enquanto a hidratação contribui para a diminuição das

dimensões dos poros da matriz cimentícia, diminuindo a absortividade de água; a

lixiviação deveria aumentar as dimensões dos poros, fazendo com que eles se

tornassem maiores e, possivelmente, mais conectados, provocando um aumento da

absortividade. Entretanto, a influência destes fatores na absortividade ainda não foi,

segundo a mesma referência, devidamente quantificada. Neste sentido, constata-se a

Page 69: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

46

necessidade de estudos relacionados ao transporte de água em componentes das

edificações, no caso específico, revestimentos em argamassa, que se encontram em

meio não saturado.

Cabe destacar que as equações matemáticas apresentadas para modelar o fluxo de

água em meio não saturado precisem, possivelmente, para o fenômeno estudado na

presente pesquisa de doutorado, de ajustes em suas formulações, visto que, estas

equações representam, por exemplo, o caso de um revestimento de fachada exposto

à ação de intempéries (água da chuva). Esta tese, entretanto, avalia a argamassa

inicialmente fresca que representa, nos instantes iniciais, um sistema de poros

saturados de água, cujo raio médio é variável com o tempo, conforme vá se

processando a sucção desta água pelo substrato e por evaporação para o meio

ambiente. Com o passar do tempo, a argamassa transforma-se, no entanto, de um

sistema de poros saturados em um sistema de poros não saturados. Já o substrato,

representa, primeiramente, um sistema de poros não saturados, que em contato com

a água da argamassa fresca, na região de contato (interface), acaba por se tornar um

sistema de poros saturados, conforme mostrado na Fotografia 2.1.

Fotografia 2.1- Sucção da água de amassamento da argamassa fresca pelo sistema de poros do bloco de concreto (Gonçalves, 2004).

Posteriormente, ambos (argamassa e substrato) acabam por se tornar um meio

poroso não saturado, conforme a água da argamassa seja “consumida” na hidratação

dos compostos do cimento. Tais modificações na estrutura porosa desses materiais

Região da interface argamassa/substrato – poros

do substrato inicialmente saturados pela absorção da

água da argamassa.

Page 70: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

47

podem não ser representadas fielmente pelo modelamento matemático exposto.

Neste sentido, surge a necessidade de se buscar, efetivamente, o entendimento de

como o fenômeno em questão se processa (ao longo do tempo), com base não

somente na argamassa ou no substrato, mas na interação de ambos. A obtenção de

dados experimentais cada vez mais refinados, também é altamente relevante para a

implementação de modelos matemáticos e computacionais.

Page 71: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

3- PROGRAMA EXPERIMENTAL

O programa experimental desta pesquisa foi elaborado com o objetivo de verificar a

influência da estrutura de poros dos diferentes materiais componentes do sistema de

revestimento – composto por argamassas mistas (cimento, cal e areia) e de

substratos de concreto e cerâmico - no transporte e fixação de água, nas idades

iniciais pós-aplicação. Desta forma, por meio dos experimentos, buscou-se

estabelecer o grau de influência dos fatores intervenientes para os diferentes

materiais utilizados nos revestimentos. Assim, primeiramente selecionou-se as

variáveis independentes e seus campos de variação e em seguida foram definidas as

variáveis dependentes necessárias.

Para atingir os objetivos foram realizados monitoramentos do transporte de água das

argamassas frescas, por sucção dos substratos, por meio do uso de sensores de

umidade posicionados internamente à camada de revestimento. Em estágio

posterior, já com as argamassas endurecidas, foram realizadas análises da

distribuição do tamanho de poros do sistema de revestimento (argamassas e

substratos) por meio das técnicas de porosimetria por intrusão de mercúrio e

porosimetria por dessorção de vapor de água. Como avaliação complementar foi

apreciada a propriedade de resistência de aderência à tração dos revestimentos,

sobre blocos isolados.

No planejamento dos experimentos foi necessária a realização de alguns

estudos-piloto para criação e ajuste da instrumentação necessária à determinação

dos perfis de transporte de água das argamassas para os substratos, bem como de

dispositivos para caracterização dos materiais utilizados. Ao fim destes

estudos-piloto utilizou-se de método estatístico para definição da amostragem a ser

empregada nos experimentos. Com relação aos resultados de resistência de

aderência dos revestimentos foi realizada uma análise de variância, visando uma

melhor interpretação desta propriedade. A seguir estão expostas as características do

programa experimental, inclusive as dos estudos-piloto, com o intuito de fornecer

uma visão detalhada dos experimentos.

Page 72: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

49

3.1- DEFINIÇÃO DAS VARIÁVEIS DE ESTUDO

As variáveis independentes ou fixas, bem como as variáveis dependentes ou

aleatórias estabelecidas na avaliação experimental são descritas a seguir.

3.1.1- Variáveis independentes

Visando atingir os objetivos do trabalho, as seguintes variáveis independentes

foram arbitradas no experimento, a saber: natureza dos substratos, composição das

argamassas e espessura da camada de revestimento, conforme detalhado a seguir.

• Tipo (natureza) dos substratos:

• Bloco cerâmico;

• Bloco de concreto.

Estes substratos foram selecionados por sua natureza distinta e, conseqüentemente,

a variação também de sua porosidade. Desta forma o tipo de substrato,

provavelmente, viria a influenciar de forma distinta o transporte de água das

argamassas frescas por sucção dos substratos.

• Argamassas:

• 3 argamassas mistas.

Optou-se pela utilização de argamassas mistas em decorrência dessas serem

bastante utilizadas no Brasil, em especial na região onde esta pesquisa foi realizada.

Além disto, haveria maiores possibilidades de controle das características dessas

argamassas em função da escolha dos materiais a serem utilizados em suas

dosagens. Neste sentido, a variação na granulometria dos agregados utilizados nas

argamassas leva a diferentes graus de empacotamento (compacidade) o que,

possivelmente, influenciará no transporte de água destas argamassas frescas para os

substratos porosos. As argamassas foram avaliadas quanto à aplicabilidade e

Page 73: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

50

trabalhabilidade de forma que essas realmente apresentassem características de

argamassas de revestimento.

• Espessuras do revestimento:

• 30 mm; e • 50 mm.

A espessura de 30 mm é a máxima espessura permitida por norma (NBR 13749/95)

para revestimento externo com a utilização em camada única. Essa espessura

(30 mm) foi dentre as menores possíveis de serem utilizadas nesta pesquisa, a que

melhor se adequou a utilização dos sensores de umidade posicionados internamente

as camadas dos revestimentos. Já a espessura de 50 mm foi utilizada por ser

usualmente observada na execução dos revestimentos e ainda por, possivelmente,

causar variações expressivas com relação à movimentação de água das argamassas

frescas para os substratos porosos, em comparação à espessura de 30 mm.

3.1.2- Variáveis dependentes:

As variáveis dependentes estão relacionadas com os métodos de avaliação do

transporte de água da argamassa fresca adotados para o experimento, conforme

pode ser visto a seguir.

• Substratos:

• características de absorção de água livre: taxa inicial de absorção de água

(IRA), absorção capilar ao longo do tempo, absortividade e absorção por

imersão;

• Argamassas no estado fresco:

• características: consistência, resistência ao cisalhamento, retenção de

água, ar incorporado, densidade de massa.

Page 74: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

51

Argamassas frescas aplicadas sobre os substratos:

• perfis de movimentação de água da argamassa fresca para os substratos;

• água transportada para o interior do substrato;

• concentração de água no interior das argamassas.

• Revestimento endurecido:

• distribuição dos tamanhos de poros das argamassas endurecidas e dos

substratos;

• resistência de aderência argamassa/substrato.

Um resumo da disposição geral do experimento, considerando as variáveis

independentes e dependentes está apresentado no organograma da Figura 3.1.

Tem-se, assim, uma visão global do estudo.

Page 75: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

52

Figura 3.1- Fluxograma de apresentação geral do programa experimental.

50 mm

Concentração de água na argamassa

A

Caracterização dos Substratos quanto a Absorção de Água Livre

PROGRAMA EXPERIMENTAL

VARIÁVEIS INDEPENDENTES

Argamassas Substratos Espessuras

Concreto B C Cerâmico 30 mm

VARIÁVEIS DEPENDENTES

Caracterização das Argamassas no Estado Fresco

Taxa inicial de absorção (IRA)

Absorção ao longo do tempo

Absortividade

Absorção por imersão

Consistência

Resistência ao cisalhamento

Retenção de água

Ar incorporado

Densidade de massa

Argamassas Frescas aplicadas sobre os substratos Porosos

Revestimento Endurecido

Perfis do transporte de água

Água transportada

Distribuição dos tamanhos de poros das argamassas e dos substratos

Resistência de aderência argamassa/substrato

Page 76: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

53

3.2- DESCRIÇÃO DO PROGRAMA EXPERIMENTAL

3.2.1- Estudos-piloto

Os objetivos dos estudos-piloto ativeram-se ao desenvolvimento de instrumentação

necessária para a determinação dos perfis de movimentação de água, como também

de dispositivos que facilitassem a padronização de tal determinação e da

caracterização dos materiais utilizados, conforme visto a seguir.

3.2.1.1- Caracterização dos substratos – taxa inicial de absorção de água livre

(IRA), Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) e absortividade

Nesta pesquisa utilizou-se blocos para alvenaria, sendo estes: bloco cerâmico e

bloco de concreto. Estes blocos foram escolhidos por suas características distintas

com relação às suas estruturas de poros e textura superficial, além de serem os tipos

mais empregados nas obras correntes. Por análise visual, o bloco cerâmico

apresenta estrutura de poros de diâmetros menores e superfície mais densa,

compacta e lisa. O bloco de concreto, por sua vez, apresenta poros maiores e maior

rugosidade superficial. Estas características, muito provavelmente, são

determinantes no transporte de água da argamassa para o substrato e, por

conseguinte, no desenvolvimento da adesão inicial da argamassa e da resistência de

aderência do revestimento.

A caracterização dos substratos, com relação a sua capacidade de absorção de água,

foi realizada individualmente para cada um dos componentes, ou seja, bloco a

bloco. A partir dos resultados obtidos, estes foram separados em lotes e, após esta

etapa, definiu-se as faixas de absorção de água que seriam empregadas, uma para o

bloco cerâmico e outra para o bloco de concreto.

Page 77: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

54

Os ensaios realizados na caracterização dos componentes foram: o IRA (Initial Rate

Absorption), método de ensaio da ASTM C – 67, ou taxa inicial de absorção de

água; a absorção de água livre ao longo do tempo e a absorção total de água.

Os ensaios de IRA e absorção de água ao longo do tempo foram realizados com o

auxílio de um dispositivo que permitiu manter sempre constante a pequena lâmina

de água (3,2mm) na qual a face do bloco ensaiada deve permanecer em contato. No

caso específico, a face do bloco ensaiada foi a mesma que seria revestida. A

Fotografia 3.1 ilustra a realização deste ensaio.

Fotografia 3.1- Aparato utilizado para a realização do ensaio de IRA

e absorção de água ao longo do tempo.

Na determinação do IRA realizou-se a seguinte seqüência:

• numeração dos blocos;

• secagem dos blocos em estufa a 100±5ºC, até constância de massa

(aproximadamente 24 horas);

• posterior determinação, após esfriamento, de sua massa seca (ms);

• imersão da face a revestir, durante 1 minuto, em lâmina de água de 3,2 mm de

profundidade;

• determinação da massa do bloco úmido (mu); e

• cálculo do IRA, por meio da Equação 3.1.

Page 78: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

55

IRA (g/194cm²/min) = ²)cm(A

)g(ms)g(mu − x 194 (3.1)

onde: IRA = Taxa inicial de absorção de água livre (g/194cm²/min);

mu = massa úmida (g);

ms = massa seca (g);

A = Área do bloco em contato com a lâmina de água (cm²).

Imediatamente após os procedimentos para a determinação do IRA, deu-se

seguimento ao ensaio, de forma a se obter a absorção capilar de água livre dos

blocos (ao longo do tempo) e sua absortividade (S).

Os tempos adotados no ensaio de absorção de água livre dos blocos, ao longo do

tempo, foram oriundos de um pré-estudo o qual mostrou que nos primeiros 30

minutos os blocos absorvem uma parcela expressiva de água. Sendo assim, nos

instantes iniciais, as medidas de ganho de massa de água, pelos blocos, foram

realizadas em intervalos de tempo menores, espaçando-se tais medidas após este

tempo crítico. Esta determinação foi realizada nos seguintes intervalos de tempo,

em minutos: 1(IRA), 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 50, 65, 80, 95, 110, 135, 210, 300,

1440 (24 horas), 2880 (saturado). Após a saturação os blocos foram novamente

secos em estufa. Com os resultados, foi traçado um perfil da evolução da absorção

de água em função da raiz quadrada do tempo. A partir deste, pôde-se observar o

comportamento diferenciado dos dois tipos de blocos utilizados e calcular suas

absortividades (S), por meio da Equação 3.2 (reprodução da Equação 2.2).

i = S . t1/2 (3.2)

onde:

i = volume de água absorvida por unidade de área (mm³/mm²);

S = coeficiente de absorção de água, “absortividade” (mm.min-1/2); e

t = tempo (min).

Page 79: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

56

As Figuras 3.2 e 3.3 mostram o comportamento dos dois substratos (bloco cerâmico

e bloco de concreto), com relação à absorção de água ao longo do tempo.

Absorção de Água - Bloco Cerâmico

0123456789

10

0 5 10 15 20 25 30

Tempo (min)1/2

Teor

de

Umid

ade

(%)

Figura 3.2- Resultados de absorção de água dos blocos cerâmicos (ao longo do tempo).

Absorção de Água - Bloco de Concreto

0123456789

10

0 5 10 15 20 25 30

Tempo (min)1/2

Teor

de

Umid

ade

(%)

Figura 3.3- Resultados de absorção de água dos blocos de concreto (ao longo do tempo).

Vê-se que o bloco de concreto apresenta uma variabilidade bem maior do que a

apresentada pelo bloco cerâmico, com relação às características avaliadas (IRA e

absorção de água, ao longo do tempo). No entanto, esses mostram uma tendência à

estabilização, com o passar o tempo, conforme destacado na Figura 3.3. Destaca-se,

que os blocos de concreto utilizados foram escolhidos a partir desta tendência de

Tendência à estabilização.

Page 80: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

57

estabilização (curva característica). Com estes resultados, plotou-se uma curva

média de absorção de água para o bloco cerâmico e outra para o bloco de concreto.

A partir dessas, os demais blocos escolhidos não poderiam exceder a um desvio

superior ou inferior a 0,5% da curva média. Por meio deste critério, foram

separados lotes de blocos cerâmicos (70 unidades) e de concreto (70 unidades), com

suas respectivas faixas de absorção de água, (uma para cada tipo de bloco),

conforme mostrado nas Figuras 3.4 e 3.5.

Perfil de Absorção de Água - Bloco Cerâmico

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 5 10 15 20 25 30

Tempo (min)1/2

Teor

de

umid

ade

(%)

Figura 3.4- Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para

blocos cerâmicos.

Perfil de Absorção de Água - Bloco de Concreto

01

23

456

78

910

0 5 10 15 20 25 30

Tempo (min)1/2

Teor

de

umid

ade

(%)

Figura 3.5- Absorção de água (ao longo do tempo) – faixa a ser usada na pesquisa para

blocos de concreto.

Page 81: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

58

3.2.1.2- Padronização da altura e da energia de aplicação das argamassas de

revestimento por meio do uso de um dispositivo denominado “caixa-de-queda”

No planejamento dos experimentos fez-se necessário adotar alguns critérios básicos

para a execução dos revestimentos (conjunto substrato/argamassa), visando

controlar as variáveis auxiliares. Essas variáveis são aquelas que, apesar de não

serem as principais em estudo, devem ser consideradas e controladas por também

exercerem efeitos importantes. Desta forma, foram fixadas algumas condições

relacionadas com a aplicação das argamassas de revestimentos.

Para minimizar o efeito da variável mão-de-obra, a qual não faz parte do escopo da

pesquisa, idealizou-se um dispositivo para a aplicação da argamassa, onde o

pedreiro não tivesse interferência no processo, este dispositivo foi desenvolvido a

partir de estudos realizados por Carasek (1996), que desenvolveu uma “caixa de

queda”, da qual a argamassa de revestimento foi lançada de uma altura padrão, em

queda livre, mantendo-se fixa a energia de impacto da chegada da argamassa ao

substrato. O substrato colocado sob essa caixa, com a face a revestir na horizontal e

voltada para cima, recebeu a argamassa sob impacto. Após a queda da argamassa de

revestimento, esta foi regularizada superficialmente sem aplicação de esforço por

meio de sarrafeamento.

Na presente pesquisa, a altura de lançamento da argamassa foi avaliada a partir de

ensaios baseados na determinação da densidade de massa das argamassas de

revestimento, de modo a verificar se os valores obtidos com a utilização da

caixa-de-queda eram compatíveis com os normalmente observados quando da

aplicação convencional do revestimento (em obra). Estes testes foram realizados em

duas situações distintas. Na primeira, aplicou-se a argamassa sobre painéis verticais,

simulando uma situação real (situação de referência). O objetivo, neste caso, era ter

a informação aproximada do valor da energia imposta na execução da argamassa de

revestimento, por um oficial pedreiro e que serviria de parâmetro de comparação

para a segunda situação. Nesta última, a densidade de massa foi determinada por

Page 82: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

59

meio do lançamento da argamassa, sobre blocos de concreto em diferentes alturas,

com o uso do dispositivo denominado caixa-de-queda. De posse destes resultados,

se determinou, por meio da comparação entre as densidades de massa obtidas nas

duas situações a altura em que as argamassas seriam lançadas em todo o decorrer da

pesquisa. A seguir é descrita a metodologia adotada para tal determinação.

Na realização dos testes, algumas adaptações foram realizadas com relação ao

ensaio de densidade de massa. Primeiramente, foram confeccionados alguns

recipientes cilíndricos vazados de PVC com diâmetro de 47mm e altura de 22 mm.

Estes recipientes foram fixados em um painel vertical de dimensões (2,0x1,60)m,

conforme mostrado na Fotografia 3.2.

Fotografia 3.2- Determinação da massa específica da argamassa sobre painel vertical

(200x150) cm, auxiliar na definição da altura de queda da argamassa. Na Fotografia vê-se a fixação dos recipientes utilizados na determinação da densidade de massa.

Posteriormente, um profissional experiente aplicou (chapou) as argamassas testadas

(mistas, de traço 1:1:6 e 1:2:9, cimento, cal e areia, em volume) - perfazendo um

total de 24 aplicações - sobre os painéis. Após um tempo de 30 minutos, retirou-se o

excesso de argamassa contida acima dos níveis dos recipientes (sem que esta

sofresse “aperto”), removeu-se as amostras e efetuou-se a pesagem destas. Foram

estão calculadas as densidades de massa das argamassas, quando da aplicação em

painéis verticais. Esta operação teve por objetivo, simular a determinação desta

Page 83: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

60

propriedade (densidade de massa), em condições de aplicação da argamassa de

revestimento em obra.

Concomitantemente ao teste anterior, a densidade de massa também foi determinada

por meio da aplicação das argamassas diretamente sobre a face dos blocos a

revestir, posicionados horizontalmente. Cilindros semelhantes aos utilizados nos

painéis verticais foram fixados sobre os blocos e, após o lançamento da argamassa,

com o auxílio da caixa-de-queda (em diferentes alturas: 15, 20, 30, 40, 50 e 60 cm),

realizou-se o mesmo procedimento da situação anterior, ou seja: esperou-se 30

minutos para a retirada dos recipientes fixados nos blocos (sem “aperto” da

argamassa) para que então os cilindros fossem pesados e suas densidades de massa

calculadas. As Fotografias a seguir mostram as etapas do lançamento da argamassa

com a utilização da caixa-de-queda.

(a) (b) (c)

Fotografias 3.3- Teste realizado para determinar a altura de lançamento da argamassa com o auxílio da caixa-de-queda. (a) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 15 cm. (b) Argamassa lançada sobre o bloco a uma altura de 60 cm. (c) Argamassa lançada sobre

o bloco preenchendo inteiramente sua superfície a ser revestida.

Após obter os valores das respectivas densidades de massa, calculadas quando das

aplicações das argamassas sobre os painéis verticais (simulando uma situação de

Page 84: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

61

obra) e dos lançamentos das argamassas sobre os blocos (com o uso da

caixa-de-queda), os resultados foram comparados e assim, determinou-se a altura de

lançamento da argamassa, padronizando sua energia de aplicação. A Tabela 3.1

mostra os resultados médios dos testes realizados para a determinação da altura de

queda da argamassa.

Tabela 3.1- Valores de densidade de massa (DM) das argamassas frescas aplicadas sobre painéis verticais.

Nº Recipientes

Diâmetro cilindro

(cm)

Altura cilindro

(cm)

Volume recipiente

vazio (cm³)

Massa Recipiente

Vazio (g)

Massa recipiente

Cheio (g)

Densidade de massa (g/cm3)

1 90,30 2,00 2 89,80 1,99 3 89,91 2,00 4 89,37 1,98 5 89,20 1,98 6 89,80 1,99 7 89,50 1,98 9 89,10 1,97 10

4,7 2,20 38,17 13,7

90,42 2,00 Média 1,99

Tabela 3.2- Valores médios de densidade de massa (DM) das argamassas frescas aplicadas sobre blocos de concreto, com o auxílio da caixa-de-queda, em diferentes alturas.

Alturas (cm)

Diâmetro cilíndro

(cm)

Altura cilíndr

o (cm

Volume recipiente

vazio (cm³)

Massa Recipiente

Vazio (g)

Massa recipiente

Cheio (g)

Densidade de massa (g/cm3)

15 99,50 2,24 20 98,00 2,21 30 95,40 2,14 40 93,80 2,10 50 89,30 1,98 60

4,7 2,20 38,17 13,7

85,70 1,89

Comparando-se os valores médios da densidade de massa, obtidos por meio da

aplicação da argamassa sobre os painéis verticais (DM = 1,99 g/cm³ - Referência) e

sobre os blocos, com a utilização da caixa-de-queda, vê-se que a altura de 50cm

(DM = 1,98 g/cm³) foi a que obteve resultados mais condizentes ao valor de

referência. Posteriormente, aos 28 e 90 dias de idade, foram realizados sobre os

blocos, ensaios de resistência de aderência à tração direta (NBR 13528/95f),

obtendo-se em média, os valores de 0,36 e 0,38 MPa, respectivamente, o que

Page 85: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

62

demonstra uma elevada ancoragem da argamassa ao substrato, visto que a norma

referente a este ensaio prescreve o valor mínimo de 0,30 MPa, para revestimento de

parede externa. A forma de ruptura predominante obtida neste ensaio foi no interior

da argamassa de revestimento (73%). Cabe destacar, que após 3 anos da realização

desses testes, as argamassas encontram-se ainda perfeitamente aderidas ao

substrato.

3.2.1.3- Instrumentação do conjunto argamassa/substrato por meio do uso de

sensores de umidade

• Desenvolvimento dos Sensores

Para a avaliação do transporte de água do revestimento, optou-se pela utilização de

sensores de umidade acoplados ao conjunto argamassa/bloco, a fim de obter um

perfil dinâmico (evolutivo) da movimentação de água na absorção, em diferentes

camadas do revestimento (camada próxima à superfície do revestimento, camada

intermediária e camada da interface argamassa/bloco).

Alguns pesquisadores3.1 desenvolveram dispositivos que permitem medir a

penetração de umidade em concretos e argamassas, porém, estes dispositivos ainda

não são de usos generalizados, visto que suas aplicações estão restritas aos materiais

e condições de estudo analisados. A argamassa sob condição seca apresenta uma

elevada resistividade e, à medida que há penetração de umidade no material, a

resistividade diminui. Estudos mostram que por meio de medidas de capacitância,

potencial ou corrente elétrica, dependendo da situação que se está trabalhando, é

possível observar o ingresso da umidade no interior do material.

3.1 McCARTER et al. (1992, 1995, 1996, 1997, 2000, 2000, 2000, 2001, 2001); Michie et al. (1997);

Matsukura & Takahashi (1999); Andrade & Alonso (1999).

Page 86: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

63

Neste sentido, vale ressaltar que apesar de serem encontrados alguns tipos de

sensores que permitem obter medidas de umidade, como por exemplo, os utilizados

em ensaios de solos e na agricultura, estes, normalmente, apresentam empecilhos

para seu uso, em especial, para pesquisas como a em questão. Suas dimensões

elevadas, inviabilizam sua utilização devido às espessuras dos revestimentos

(30 mm e 50 mm), uma vez que estes teriam que ser colocados internamente ao

recobrimento de argamassa. Além disto, em muitos casos, as medidas de umidade

detectadas por estes dispositivos apresentam limitações, não podendo ser,

usualmente, a da saturação (caso em que se encontra a argamassa fresca). Sendo

assim, houve a necessidade do desenvolvimento de tais sensores de forma a que

estes se adequassem às condições específicas deste estudo.

No desenvolvimento dos sensores foram realizados testes intensivos até se obter a

confiabilidade para a sua aplicação. A definição desses foi feita por meio da análise

da interrelação de medidas de corrente elétrica-umidade. Os pormenores deste

estudo estão detalhadamente descritos em Paes et al. (2004) - Norma Interna de

Trabalho nº 02 (NIT/LEM/UnB).

O sensor consiste de um disco de matriz cimentícia (areia artificial e cimento

CP II-F-32) com 20 mm de diâmetro x 5mm de altura e com dois eletrodos

embutidos (fios de aço inox), espaçados de 5 milímetros um do outro, conforme

mostrado na Figura 3.6.

Figura 3.6- Esquema dos sensores de umidade desenvolvidos.

Eletrodos (fio de aço inox)

Argamassa

Anel de PVC

Page 87: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

64

Os anéis de PVC, já acoplados com os eletrodos, foram preenchidos com esta

argamassa e permaneceram em ambiente de laboratório por 24 horas. Após este

período, os sensores sofreram um processo de fervura, por 7 dias consecutivos, de

modo a acelerar o processo de hidratação dos compostos formados pelo cimento.

Posteriormente, os sensores foram secos em estufa a 100±5ºC, até constância de

massa, e acondicionados em recipiente fechado, contendo sílica-gel.

• Calibração dos Sensores

A fim de obter as curvas de calibração dos sensores, realizaram-se medidas da

inter-relação umidade versus corrente elétrica. Para tanto, utilizou-se uma fonte de

alimentação regulada DC, da marca Minipa, com capacidade de saída de 30 Volts

(V) e 3 Ampéres (A). Fixou-se um valor de 5V a ser aplicado pela fonte, valor este,

que melhor se adequou às medidas realizadas e que, devido ao seu valor

relativamente baixo, provavelmente, não provocou “excitação ou alteração” no

sistema. Esta fonte foi ligada em série com um multímetro, por meio do qual eram

realizadas as leituras de corrente. Com o auxílio de uma balança analítica, se obteve

a variação de massa dos sensores. A Fotografia 3.4 mostra os equipamentos

utilizados na calibração dos sensores.

Fotografia 3.4- Equipamentos utilizados na calibração dos sensores de umidade.

Ao se realizar as medidas de calibração dos sensores, em ambiente com umidade e

temperatura controladas (50% e 20ºC, respectivamente), os dados obtidos foram de

Page 88: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

65

valores de corrente e da variação de massa dos sensores, já que estes tinham sua

primeira medida realizada em condição saturada. De posse das medidas de massa,

calculou-se o teor de umidade de cada sensor, tendo como referência sempre a

primeira medida. A partir destas, plotou-se o gráfico de teor de umidade (%) em

função da corrente (mA). A Figura 3.7 mostra as curvas (típicas) de calibração de

um dos sensores testados. Nota-se que há uma relação bem clara entre as medida

realizadas.

S51 C1 PU – Sensor 51 - Ciclo 1 – Perdendo Umidade; S51 C1 GU – Sensor 51 - Ciclo 1 – Ganhando Umidade. S51 C2 PU – Sensor 51 - Ciclo 2 – Perdendo Umidade; S51 C2 GU – Sensor 51 - Ciclo 2 – Ganhando Umidade. S51 C3 PU – Sensor 51 - Ciclo 3 – Perdendo Umidade; S51 C3 GU – Sensor 51 - Ciclo 3 – Ganhando Umidade.

Figura 3.7- Representação gráfica da relação corrente-umidade observada em um dos

sensores testado quanto ao ganho e perda de umidade.

Cabe destacar que todos os sensores utilizados nesta pesquisa tiveram suas curvas

de calibração determinadas, ou seja, conhecia-se o comportamento individual de

cada sensor, quanto a perda e ao ganho de umidade. A importância deste fato, é que

ao colocá-los internamente ao revestimento de argamassa, a informação obtida é o

da leitura de corrente e, a partir desta, por meio da curva de calibração do sensor, se

consegue determinar qual o teor de umidade nas regiões em que os sensores foram

posicionados (próximo a superfície do revestimento, intermediária ou próximo a

interface argamassa/substrato) .

Curvas Características da Calibração dos Sensores

02468

101214161820

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6

Corrente (mA)

Teor

de

umid

ade

(%)

S51 - C1 - PU S51 - C2 - PU S51 - C3 - PUS51 - C1 - GU S51 - C2 - GU S51 - C3 - GU

Page 89: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

66

• Aferição dos sensores

Na avaliação da perda de água da argamassa, utilizou-se para aferição dos sensores,

um método adotado por Scartezini (2002). Este visa identificar regiões da camada

de argamassa com diferentes conteúdos de umidade, após a aplicação desta sobre o

substrato.

Utilizou-se neste teste uma argamassa (referência) executada com cimento

CP II-F-32, cal hidratada CH-I e areia natural de granulometria média, com

proporção de mistura, em massa, de 1:0,46:5,9 (1:1:6, em volume) e relação

água/cimento de 1,35. Cabe salientar que esta aferição foi realizada com

revestimentos de argamassa de 30 mm de espessura.

As argamassas foram aplicadas sobre os blocos e, em intervalos de tempo

pré-definidos (0, 1, 3, 5, 10, 15 e 30 minutos), foram retiradas amostras de

argamassa e submetidas à secagem em estufa, para determinar o seu teor de

umidade. As amostras foram retiradas em três camadas de 10 mm (por meio da

utilização de gabarito metálico), em locais correspondentes ao do posicionamento

dos sensores. Após a secagem das amostras de argamassa, foi determinado o

percentual de perda de água, em relação ao teor de umidade da argamassa antes da

aplicação. A Figura 3.8 ilustra a realização deste procedimento.

Figura 3.8- Avaliação da perda de água, por sucção do substrato, por meio de retirada de camadas em tempos pré-definidos (argamassa de revestimento com 30 mm de espessura).

Para a avaliação conjunta da perda de água da argamassa, por meio da retirada de

camadas e do uso dos sensores, pensou-se, primeiramente, em posicionar os

Page 90: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

67

sensores horizontalmente, em 3 regiões distintas: próximo à superfície do

revestimento, intermediária a este e na interface argamassa-substrato. Os resultados

obtidos nesta condição, quando comparados ao de retirada de camadas, foi bastante

inferior. A este respeito, supõe-se que ao posicionar os sensores horizontalmente,

um aspecto agravante ocorria, uma vez que somente uma das faces dos sensores era

exposta diretamente ao contato com a argamassa fresca, dificultando a penetração

de água no interior destes. As Fotografias 3.5 (a) e (b) mostram a situação do

monitoramento descrita anteriormente.

Pela situação exposta, resolveu-se dispor os sensores verticalmente, ou seja,

transversalmente a camada de argamassa de revestimento. Para tanto utilizou-se o

auxílio de um suporte de alumínio, de 1mm de espessura, a fim de que ambas as

faces dos sensores ficassem em contato com a argamassa, como mostrado na

Fotografia 3.6.

Fotografia 3.5 – Monitoramento do transporte de água da argamassa. (a) Posicionamento dos sensores. (b) Realização do monitoramento.

(a) (b)

Page 91: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

68

Fotografia 3.6- Posicionamento dos sensores no suporte de alumínio.

Após o monitoramento da argamassa fresca, por 24 horas, esta foi retirada do

substrato de modo a verificar se os sensores permaneciam nas posições originais e

também se as suas superfícies encontravam-se recobertas de argamassa, tendo sido

ambas as situações positivamente verificadas, conforme mostrado nas Fotografias

3.7(a) e (b).

(a) (b)

Fotografias 3.7 (a) e (b)- Vista dos sensores posicionados verticalmente após

monitoramento do transporte de água da argamassa (argamassa já endurecida).

Apesar dos resultados da perda de água da argamassa, com sensores posicionados

verticalmente, terem sido mais próximos aos da retirada de camadas (metodologia

de referência), percebeu-se que durante os 15 primeiros minutos, os sensores

apresentavam uma defasagem com relação às medidas efetuadas, conforme

mostrado na Figura 3.9. Isto ocorria, provavelmente, pelo fato dos sensores estarem

extremamente secos (elevada resistividade) quando inicialmente posicionados para

Page 92: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

69

receber a argamassa, necessitando de um determinado tempo até que suas medidas

se equilibrassem.

Bloco de Concreto - 30mm

0102030405060708090

100

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

Tempo1/2 (min)

Perd

a de

Águ

a (%

)

C. Superfície - RC C. Interface - RCC. Superfície - Sensor C. Interface - Sensor

Figura 3.9- Monitoramento da perda de água da argamassa por retirada de camadas (RC) e

pelo uso de sensores de umidade interna.

Com esta constatação, e sabendo-se, pelo comportamento apresentado quando da

realização de suas curvas de calibrações, que os sensores perdiam água com certa

facilidade (devido a sua porosidade), é que se optou por umedece-los em diversos

níveis (até a saturação), a fim de verificar como estes se comportariam. Dentre os

níveis de umedecimento testados, o que apresentou resultados condizentes aos da

metodologia de referência (retirada de camadas) foi o sensor saturado, conforme

pode ser observado nas Figuras 3.10 e 3.11.

Page 93: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

70

Bloco Cerâmico - 30mm

010

20304050

607080

90100

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

Tempo1/2 (min)

Perd

a de

águ

a da

ar

gam

assa

(%)

RC. Superfície RC. InterfaceSensor superfície Sensor interface

Figura 3.10- Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas (RC) e uso de

sensores (Bloco cerâmico).

Bloco de Concreto - 30mm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0

Tempo1/2 (min)

Perd

a de

águ

a da

arg

amas

sa

(%)

RC. Superfície RC. InterfaceSensor superfície Sensor interface

Figura 3.11- Perfis da perda de água da argamassa – retirada de camadas (RC) e uso de

sensores (Bloco de concreto).

As Figuras 3.10 e 3.11 mostram alguns dos resultados (bloco cerâmico e bloco de

concreto) obtidos com as medidas dos sensores, em duas regiões distintas do

revestimento - camada próxima à superfície e camada da interface

argamassa/substrato - em comparação com os valores encontrados para estas

mesmas regiões por meio do método de retirada de camadas.

Page 94: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

71

Apesar dos resultados com a utilização dos sensores terem sido condizentes ao da

retirada de camadas (referência) preocupou-se em analisar se o suporte empregado

para fixação dos sensores, posicionados verticalmente, teria interferência nos

resultados. Para tanto foram realizadas análises com diversos tipos de suportes -

tendo como situação de referência - aquela em que o sensor era fixado somente pela

base sem a restrição do suporte de alumínio. Apesar desta situação ser,

teoricamente, a “ideal” para se posicionar os sensores, esta apresentava o

inconveniente de que ao se lançar à argamassa sobre o substrato (elevada energia de

impacto) o sensor, normalmente, não permanecia na posição vertical (tendendo a

“tombar” para a posição horizontal). A Fotografia 3.8 mostra os diversos tipos de

suportes testados.

Fotografia 3.8- Suportes testados para realização do monitoramento do transporte de água

da argamassa.

Os resultados obtidos neste estudo foram submetidos à análise de variância

(ANOVA), para determinação da dependência dos valores obtidos com os

monitoramentos do transporte de água em relação aos suportes testados. Dentre

todos os suportes analisados, o que obteve resultados adequados à situação de

referência, nos tempos de monitoramento analisados, foi o suporte denominado

“desbastado”. A disposição final em que os sensores foram posicionados ao longo

da pesquisa é mostrada nas Fotografias 3.9 e 3.10.

Suporte escolhido

Page 95: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

72

No revestimento de argamassa, com espessura de 30mm, foram colocados

6 sensores por bloco, em duas regiões extremas e simétricas do substrato

(2 sensores posicionados próximos à superfície do revestimento, 2 na camada

intermediária e 2 na interface) de tal forma a se ter sempre dois sensores medindo

em regiões correspondentes.

No caso do revestimento de 50mm, devido a sua maior espessura, foram

posicionados 8 sensores por bloco: 2 próximos a superfície, 2 em uma camada

denominada de intermediária inferior, 2 em uma camada denominada intermediária

superior e 2 na interface, a partir dos mesmos critérios de disposição adotados para

a camada de 30mm de espessura.

A partir das definições obtidas com os sensores - curvas de calibração, aferição,

posicionamento, condição de umidade e tipo de suporte – aliadas à escolha da altura

de lançamento da argamassa e as faixas características de absorção de água dos

blocos, realizou-se uma série de monitoramentos, 12 corpos-de-prova cerâmicos e

12 corpos-de-prova de concreto a fim de definir o número de corpos-de-prova a

serem utilizados na pesquisa.

Com os resultados desses monitoramentos chegou-se a definição que quatro

corpos-de-prova para cada situação a ser analisada (2 tipos de blocos,

Fotografia 3.9- Posicionamento dos sensores – espessura de 30 mm.

Fotografia 3.10- Posicionamento dos sensores – espessura de 50 mm.

Page 96: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

73

3 argamassas e 2 espessuras de revestimento) - perfazendo um total de

48 corpos-de-prova - seriam suficientes para representar adequadamente o

fenômeno em estudo com bases estatísticas. Destaca-se que o coeficiente de

variação máximo determinado por meio dos resultados dos monitoramentos foi de

6%. No Apêndice A, é apresentado o procedimento para a definição do número de

corpos-de-prova a serem empregados na pesquisa adotando-se procedimento

semelhante ao empregado por Cascudo (2000). Com todas as definições realizadas,

a partir dos estudos-piloto, deu-se prosseguimento ao Programa Experimental desta

pesquisa, conforme detalhado a seguir.

3.3- CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS

Nesta pesquisa utilizou-se como substratos, blocos cerâmicos e blocos de concreto,

segundo os critérios já comentados (item 3.2.1.1). Além destes, empregou-se os

seguintes materiais: cimento Portland CPII-F-323.2, cal hidratada CH-I3.3 (sem

aditivo), areias naturais classificadas segundo a Norma Brasileira NBR 7211

(ABNT, 1993) com granulometria média, procedente de depósitos aluvionares do

Rio Corumbá-GO. Estes materiais foram escolhidos por serem comumente

utilizados na execução de revestimentos em argamassa e facilmente adquiridos na

região onde foi realizada a pesquisa. Os resultados de caracterização destes são

apresentados nas Tabelas 3.3 a 3.7 e nas Figuras 3.12 a 3.15. Cabe ressaltar que

algumas das normas utilizadas nas caracterizações dos materiais podem ter sofrido

reformulações.

3.2 CP II-F-32: Cimento Portland composto de clínquer + sulfato de cálcio (90-94%) e material carbonático (6-10%). A Classe de resistência à compressão aos 28 dias deve estar compreendida entre o limite inferior de 32 MPa e superior de 49,0 MPa (NBR 11578/1991). 3.3 CH-I: Material constituído essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, com teor de CO2 igual ou menor que 5% (NBR 7175/1992).

Page 97: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

74

3.3.1- Cimento Portland

Tabela 3.3- Caracterização física e química do cimento Portland CP II-F-32. Método de Ensaio Características determinadas Resultados

NBR 9676/1987 Massa específica real (g/cm³) 3,04 NBR 7251/1982 Massa específica aparente (g/cm³) 0,98

NBR 11579/1991 Resíduo na peneira 200 (%)

2,9

NBR 12826/1993 Resíduo na peneira 325 (%)

12,0

NBR 7224/1984

Finura

Área específica (cm²/g)

4.000

Início da pega (h:min)

2:00 NBR 11581/1991 Tempos

de pega Fim de pega (h:min) 3:20 ASTM C 151-93 e ASTM C 490-96 Expansão em autoclave (%) 0,00

3 dias (MPa) 20,3 7 dias (MPa) 22,4

Caracterização física

NBR 7215/1996 Resistência à compressão 28 dias (MPa) 34,2

NBR 5743/1989 Perda ao fogo (%) 5,16 NBR 5744/1989 Resíduo insolúvel (%) 1,38 NBR 5745/1989 Trióxido de enxofre (SO3) (%) 2,81

Óxido de magnésio (MgO) (%) 4,05 Dióxido de silício (SiO2) (%) 25,95 Óxido de ferro (Fe2O3) (%) 3,25

Óxido de alumínio (Al2O3) (%) 4,68 Óxido de cálcio (CaO) (%) 52,99

NBR 9203/1985

Óxido de cálcio livre (CaO) (%) 1,13 Óxido de sódio (Na2O)

(%) 0,34

Óxido de potássio (K2O) (%) 0,77 NBR 8347/1991 Álcalis

totais Equivalente alcalino

em Na2O (%) 0,85

Caracterização química (%)

NBR 5745/1989 Sulfato de cálcio (CaSO4) (%) 4,78

Granulometria a laser - Cimento

0102030405060708090

100

0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10

Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a

Figura 3.12- Caracterização granulométrica do cimento por meio de granulômetro a laser.

Page 98: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

75

3.3.2- Cal hidratada

Tabela 3.4- Caracterização física e química da cal hidratada CH-I.

Métodos de Ensaio

Características determinadas

Resultados

NBR 9676/1987 Massa específica real (g/cm³)

2,23

NBR 7251/1982 Massa específica aparente (g/cm³)

0,59 Caracterização

física

NBR 7224/1984 Superfície específica Blaine (cm²/g)

6,32

NBR 5743/1989 Perda ao fogo (%) 24,14

NBR 8347/1991 Dióxido de silício (siO2) (%)

1,28

Óxido de alumínio (Al2O3) (%)

0,00

Óxido de ferro (Fe2O3) (%) 0,21 Óxido de cálcio total (CaO)

(%) 71,98

Óxido de magnésio (MgO) (%)

0,54

Óxido de sódio (Na2O) (%) 0,05 Óxido de potássio (K2O)

(%) 0,09

Caracterização química

NBR 9203/1985

Teor de umidade (%) 8,78

Granulometria a laser - Cal

0102030405060708090

100

0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10

Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a

Figura 3.13- Caracterização granulométrica da cal por meio de granulômetro a laser.

Page 99: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

76

3.3.3- Agregados

Tabela 3.5- Caracterização das areias empregadas nas argamassas de revestimento. Resultados Propriedades

determinadas Métodos de

Ensaios Ag.1 Ag.2 Ag.3

Módulo de Finura NBR 7217 (ABNT, 1987) 2,12 2,40 2,68

Material pulverulento (%)

NBR 7219 (ABNT, 1987) 4,00 3,40 2,60

Massa unitária (kg/dm³)

NBR 7251 (ABNT, 1982) 1,36 1,44 1,50

Massa específica (kg/dm³)

NBR 9776 (ABNT, 1987) 2,64 2,64 2,64

Índice de Vazios (%) - 48 43 45

Coeficiente de uniformidade -

3,5 (areia muito uniforme)

4,4 (areia muito uniforme)

7,4 (areia com

uniformidade média)

Legenda: Ag. 1= Areia média com Módulo de finura (MF) = 2,12; Ag. 2 = Areia Média com módulo de finura (MF) = 2,40; Ag. 2 = Areia Média com módulo de finura (MF) = 2,68.

Curvas Granulométricas dos Agregados

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0 0,1 1,0 10,0

Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a A

cum

ulad

a

A B C

Figura 3.14- Curvas das composições granulométricas dos agregados empregados

na execução das argamassas de revestimento, com o uso de peneiras da série normal.

Granulometria a Laser - Areias

0102030405060708090

100

0,00001 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10Aberturas das Peneiras (mm)

% R

etid

a

Ag. 1 Ag. 2 Ag. 3

Figura 3.15- Caracterização granulométrica das areias por meio de granulômetro a laser.

Page 100: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

77

3.3.4- Substratos

Tabela 3.6- Resultados de caracterização dos blocos cerâmicos.

Características Determinadas

Método de ensaio

Número de determinações

Resultados médio

Coeficiente de variação (%)

Absorção de água (a %)

MB-3459 (ABNT, 1991) 50 20,0% 4,16

Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C-67 70 25,1 g/194cm² /min 8,69

Resistência à compressão

MB-3459 (ABNT, 1991) 12 4,5 MPa 6,35

Dimensões MB-3459 (ABNT, 1991) 12

a = 11,50 cm l = 19,00 cm

c = 38,50 cm 3,15

a = altura; l = largura; c = comprimento.

Tabela 3.7- Resultados de caracterização dos blocos de concreto.

Características Determinadas

Método de ensaio

Número de determinações Resultado médio Coeficiente de

variação (%) Absorção de água

(a %) MB-3459

(ABNT, 1991) 50 7,0% 6,86

Taxa inicial de sucção (IRA) ASTM C-67 70 50,3 g/194cm²/min 12,25

Resistência à compressão

MB-3459 (ABNT, 1991) 12 6,5 MPa 9,62

Dimensões MB-3459 (ABNT, 1991) 12

a = 14,0 cm l = 19,0 cm

c = 39,0 cm 3,13

a = altura; l = largura; c = comprimento.

3.4- METODOLOGIA

3.4.1- Dosagem das argamassas de revestimento

Diferentemente do concreto, que possui diversos métodos racionais de dosagens, a

argamassa ainda não dispõe de um método que tenha sido totalmente reconhecido

no meio técnico nacional, muito embora inúmeras contribuições tenham sido dadas

neste sentido por diversos pesquisadores1.

3.4 Selmo (1989); Lara et al.(1995); Campiteli et al. (1995); Cavalheiro (1995), Bauer & Carasek (1998); Gomes & Neves (2001).

Page 101: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

78

A falta de critérios tem levado à obtenção de argamassas com comportamentos

diversos, face à variação das características físicas, químicas e mineralógicas dos

materiais constituintes.

Para as argamassas de revestimento, têm-se adotado com mais freqüência os traços

1:1:6 e 1:2:9 (cimento: cal: areia, em volume), em uma proporção

aglomerante:agregado de 1:3. No entanto, na prática, identifica-se o emprego de

traços mais pobres, como 1:6 a 1:9 (aglomerante:agregado, em volume),

prejudicando a qualidade do revestimento.

Os traços 1:1:6 e 1:2:9 representam, em média, 20% de aglomerante (cimento e cal)

e 80% de agregado (areia), em massa, sendo o agregado especificado por

percentagens retidas de areia, em uma série de peneiras, cuja razão das aberturas de

malha é igual a 2; utiliza-se também para definir o tipo de areia a ser empregada em

argamassas, o módulo de finura (MF)3.52que as classificam em areia muito fina, fina,

média e grossa.

De acordo com Carneiro (1999), o módulo de finura não é um parâmetro que atende

à carência nacional de caracterização de areias, pois, areias de mesma faixa de

módulo de finura podem ter distribuição granulométrica diferentes, gerando

argamassas de propriedades distintas. Ele recomenda outros indicadores de

caracterização, a saber: a massa unitária, o índice de vazios, o coeficiente de

uniformidade e, principalmente, a curva de distribuição granulométrica. Ainda

segundo o mesmo autor, o princípio para a composição e dosagem de uma

argamassa com base na curva granulométrica está em obter uma argamassa

trabalhável no estado plástico e que possua, no estado endurecido, uma

compacidade elevada, com redução do volume de vazios e com elevada capacidade

de deformação.

3.5 Para classificação quanto à finura das areias empregadas nas argamassas são adotados os seguintes intervalos de módulo de finura: MF > 3,0 – areia grossa; 3,0 ≥ MF ≥ 2,0 – areia média; MF < 2,0 – areia fina e MF < 1,0 – areia muito fina.

Page 102: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

79

Depreende-se do exposto, a importância de se adotar um método de dosagem que

possibilite obter argamassas de revestimento que atendam a relação entre

parâmetros de mistura (relação a/c, relação cal/cimento, etc.) e propriedades de

interesse (tensão de aderência, ausência de fissuração e pulverulência, facilidade de

aplicação, etc), com o objetivo de produzir argamassas que permitam seu uso

corrente de acordo com a função desejada.

3.4.1.1- Procedimento de dosagem das argamassas de revestimento

Nesta pesquisa, o estudo de dosagem das argamassas de revestimento utilizou um

método já consagrado no Laboratório de Ensaios de Materiais da Universidade de

Brasília (LEM/UnB), com base nos estudos de Selmo (1989), a partir da definição

do parâmetro “E”. Este apresenta a formulação analítica (em massa), abaixo

descrita:

Cimento

)CalAgregado(E += (3.3)

A utilização do parâmetro “E”, foi feita a partir da fixação das quantidades julgadas

inicialmente adequadas das areias e variando-se este nos valores (estimados) de

6, 10 e 13, de modo a obter as relações necessárias ao estudo de dosagem.

A composição dos agregados partiu, primeiramente, de duas areias classificadas,

segundo seus módulos de finura como média (MF=2,21) e grossa (MF=3,05).

Posteriormente, foi realizado um peneiramento nessas de forma a ser utilizado na

confecção das argamassas somente a fração de grãos inferiores a 2,4 mm, usual nos

revestimentos em argamassa. Desta forma, os módulos de finura originais das areias

foram alterados e passaram a ser de 2,12 (AM1) e 2,97 (AM2), respectivamente.

Estas foram então classificadas, segundo seus módulos de finura, ambos como

areias médias.

A partir das curvas granulométricas dessas areias, simulou-se várias composições de

misturas, a fim de se definir quais as proporções mais adequadas dos agregados,

Page 103: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

80

para produção das argamassas. A Tabela 3.8 e a Figura 3.16 mostram as diferentes

proporções testadas.

Tabela 3.8- Valores das Faixas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados empregados na execução das argamassas de revestimento.

Proporções Testadas para Composição dos Agregados Percentagens Retidas Acumuladas Peneiras

(mm) 100% AM 1

80% AM1 / 20% AM 2

60% AM 1 / 40% AM 2

50%AM 1/ 50% AM 2

20% AM 1 80% AM 2 100 AM 2

2,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,2 24,06 27,88 31,70 33,61 39,34 43,16 0,6 37,20 42,42 47,64 50,25 58,08 63,30 0,3 62,84 66,82 70,80 72,79 78,76 82,74 0,15 87,42 88,60 89,77 90,36 92,12 93,30 0,075 93,60 94,46 95,33 95,76 97,06 97,92 Fundo 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00

Legenda: AM 1 = Areia média com módulo de finura = 2,12; AM 2 = Areia média com módulo de finura = 2,97;

Granulometria das Areias

0102030405060708090

100

0,01 0,1 1 10

Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a A

cum

ulad

a

100% AM1 80% AM1 /20%AM260 AM1 / 40 AM2 50 AM1/50 AM220% AM1/80% AM2 100% AM2

Figura 3.16- Curvas granulométricas testadas para definição das proporções dos agregados

empregados na execução das argamassas de revestimento.

Para se ter uma noção da influência das proporções de cada areia, foi feito um

estudo onde foram avaliados os 6 traços com os quais se buscou identificar

alterações de fluidez, trabalhabilidade e plasticidade (principalmente a aspereza da

mistura), sem contudo aplicar estas argamassas sobre os substratos (teste de

“bancada”). A partir desta avaliação inicial entre as proporções testadas e pelo que

se buscava com estas alterações nas curvas granulométricas dos agregados, ou seja,

curvas granulométricas contínuas e distintas que, supostamente, produziriam

argamassas com diferentes graus de compacidade (estruturas porosas diversas) que

Page 104: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

81

viriam a influenciar no transporte de água contida nas argamassas frescas para o

substrato, é que se optou pelas proporções de mistura, a saber: 100%AM1;

60%AM1 / 40%AM2 e 20%AM1 / 80%AM2. A partir da definição da composição dos

agregados, estes passaram a ser denominados pela seguinte nomenclatura

(Tabela 3.9):

Tabela 3.9- Nomenclatura dada aos agregados utilizados nas argamassas, a partir da definição de suas composições granulométricas.

Composição dos agregados utilizados nas argamassas (%)

Denominação da composição dos agregados

100% AM1 A 60% AM1 / 40% AM2 B 20% AM1 / 80% AM2 C

Destaca-se que na definição das composições granulométricas dos agregados

preocupou-se que estas gerassem argamassas que apresentassem condições e

características típicas de argamassas de revestimento de forma que qualquer uma

delas pudesse ser empregada em tal função. A Figura 3.17 mostra as curvas

granulométricas dos agregados utilizados nas argamassas.

Curvas Granulométricas dos Agregados

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0,0 0,1 1,0 10,0

Abertura das Peneiras (mm)

% R

etid

a A

cum

ulad

a

A B C

Figura 3.17- Curvas das faixas granulométricas dos agregados empregados

na execução das argamassas de revestimento.

Após definição das composições dos agregados, o estudo de dosagem se

desenvolveu a partir da fixação das quantidades das areias e variando-se o

parâmetro “E” (estimado) nos valores de 6, 10 e 13.

Page 105: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

82

A dosagem dos materiais constituintes das argamassas selecionadas foi feita em

massa, com balança de precisão 0,1g. Estas foram produzidas em lotes de 50 kg de

materiais utilizando-se uma betoneira de mistura forçada, com capacidade nominal

de 100 litros, em ambiente de laboratório. A metodologia utilizada, no preparo das

argamassas, pode ser resumida nas seguintes etapas:

a) determinação, em balança, das massas de cimento, cal, areia e água;

b) umedecimento da areia em torno de 2,5%;

c) preparo de uma pasta de cal (cal e parte da água de amassamento);

d) pré-mistura do agregado e do cimento, a fim de homogeneizar os materiais;

e) adição da pasta de cal, na pré-mistura, até se obter a trabalhabilidade desejada

para a argamassa.

Após a produção das argamassas, foram coletadas amostras e estas foram

imediatamente submetidas aos ensaios de caracterização no estado fresco. Após esta

coleta, as argamassas foram aplicadas em painéis verticais, de blocos de concreto,

sem chapisco. Sendo esta uma condição bastante crítica, a argamassa só permanece

aderida ao substrato (sem sofrer descolamento) se ela tiver elevada capacidade de

adesão inicial. Dentre todas as argamassas testadas, as únicas que não

permaneceram aderidas ao substrato (após alguns minutos de adesão inicial) foram

às argamassas com 100% de areia “mais fina” (A), tendo essas que serem aplicadas

sobre substratos chapiscados. Cabe destacar, que ao dosar as argamassas com a

areia A se conseguia alcançar mais rapidamente, e com menor teor de cal,

condições de trabalhabilidade adequada devido a menor aspereza da mistura. A

seguir, na Tabela 3.10 e nas Figuras 3.18 e 3.19, são mostradas as diversas relações

obtidas no estudo de dosagem.

Page 106: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

83

Tabela 3.10- Resultados dos proporcionamentos dos materiais componentes das argamassas (traço) obtidos no estudo de dosagem.

Estudo de Dosagem

Areias Parâmetro “E” (Real)

Traço (massa) (cimento:cal:areia:água)

Traço (volume) (cimento: cal:areia:água)

6,29 1:0,29:6,00:1,27 1:0,49:4,41:1,27 10,00 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97 A 13,00 1:1,10:11,90:2,54 1:1,86:8,75:2,54 6,53 1:0,53:6,00:1,47 1:0,90:4,41:1,47 10,14 1:0,87:9,27:2,14 1:1,47:6,82:2,14 B 13,08 1:1,18:11,90:2,75 1:2,00:8,75:2,75 6,65 1:0,65:6,00:1,28 1:1,10:4,41:1,28 10,33 1:1,06:9,27:1,94 1:1,80:6,82:1,94 C 13,32 1:1,42:11,90:2,55 1:2,41:8,75:2,55

0123456789

1011121314

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5

cal/cimento

Parâ

met

ro "

E"

A B C

Figura 3.18- Relação cal/cimento versus parâmetro “E”.

0123456789

1011121314

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

água/cimento (a/c)

Parâ

met

ro "

E"

A B C

Figura 3.19- Relação água/cimento versus parâmetro “E”.

Page 107: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

84

A Tabela 3.11 mostra os resultados de resistência de aderência, sobre painéis

verticais de bloco de concreto, obtidos no estudo de dosagem. A Figura 3.20 mostra

a relação obtida da resistência de aderência com a relação água/cimento.

Tabela 3.11- Valores médios de resistência de aderência realizados sobre painéis verticais de blocos de concreto – Estudo de Dosagem das argamassas de revestimento.

Resistência de aderência das argamassas obtidas sobre painéis verticais de blocos de concreto (Estudo de dosagem)

Areias Parâmetro “E” (Real)

Nº amostras

Resistência de aderência (MPa)

Tipos de rupturas predominantes (%)

6,29 12 0,43 10,00 12 0,28 A 13,00 12 0,25

E 6 (Estimado)

Argamassa de revestimento

(superfície -70%) 6,53 12 0,47 10,14 12 0,40 B 13,08 12 0,24

E 10 (Estimado)

Argamassa de revestimento

(interior - 59%) 6,65 12 0,50 10,33 12 0,45 C 13,32 12 0,33

E 13 (Estimado)

Argamassa de revestimento

(interior - 74%)

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

Relação água/cimento

Res

istê

ncia

de

ader

ênci

a (M

Pa)

A B C

Figura 3.20- Relação observada entre a resistência de aderência e a

relação água/cimento.

O estudo de dosagem foi concebido a fim de obter argamassas de revestimento de

paredes externas por meio dos proporcionamentos dos materiais obtidos no estudo

de dosagem e das avaliações realizadas nas argamassas quando da aplicação sobre

os painéis verticais como: adesão inicial, fissuração, pulverulência e resistência da

aderência. Deste modo é que se decidiu pela adoção dos traços de argamassas com

parâmetro “E=10 (estimado)”, conforme definidos na Tabela 3.12.

Page 108: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

85

Tabela 3.12- Proporcionamento dos materiais componentes das argamassas (traço) a serem utilizados na pesquisa, obtidos a partir do estudo de dosagem.

Estudo de Dosagem Parâmetro “E”

(Estimado) Areias Traço (massa) (cimento:cal:areia:água)

Traço (volume) (cimento: cal:areia:água)

A 1:0,73:9,27:1,97 1:1,24:6,82:1,97 B 1:0,87:9,27:2,14 1:1,47:6,82:2,14 10 C 1:1,06:9,27:1,94 1:1,80:6,82:1,94

Com a definição dos traços das argamassas a serem empregadas na pesquisa,

dosadas com os agregados A, B e C, estas foram então denominadas conforme

mostrado na Tabela 3.13:

Tabela 3.13- Denominação fornecida as argamassas utilizadas na pesquisa, a partir da utilização dos agregados A, B e C.

Agregados Denominação dadas as argamassas A Arg. A B Arg. B C Arg. C

3.4.1.2- Produção das argamassas, no decorrer da pesquisa (aplicação sobre

substratos isolados)

Com o proporcionamento dos materiais a serem empregados na confecção das

argamassas (traços), estas passaram a ser produzidas em um misturador elétrico,

argamassadeira, da marca Blakeslee Mixer, modelo B20HD, com capacidade em

torno de 13.000g de material, em velocidade baixa. Os procedimentos adotados na

execução das argamassas foram os mesmos realizados nos estudo de dosagem. A

Fotografia 3.11 mostra a argamassadeira utilizada na produção das argamassas.

Fotografia 3.11- Argamassadeira utilizada na produção das argamassas.

Page 109: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

86

Destaca-se que estas argamassas apresentaram características semelhantes as das

que foram produzidas no estudo de dosagem, no qual se utilizou uma betoneira. A

verificação foi constatada por meio da realização dos ensaios de caracterização, no

estado fresco, executados logo após a produção das argamassas. Os ensaios

realizados em tais caracterizações são apresentados a seguir.

3.4.1.3- Avaliação das Argamassas de Revestimento

Os materiais constituintes das argamassas possuem propriedades mecânicas e

físico-químicas muito diferentes. Desta forma, quando eles são misturados

produzem os mais diversos comportamentos, que poderão ou não atender as

exigências necessárias no estado fresco e endurecido. No estado fresco, as

principais propriedades das argamassas consideradas – consistência, retenção de

água, coesão, plasticidade e adesão - são difíceis de serem quantificadas pois

envolvem propriedades reológicas do material que se alteram rapidamente no

decorrer do tempo.

A fim de melhor caracterizar as argamassas utilizou-se, nesta pesquisa, métodos de

ensaios não tão difundidos, em especial, os advindos da mecânica dos solos de

forma a obter dados qualitativos e/ou quantitativos mais confiáveis com relação às

propriedades do material em questão, porém, esses foram realizados conjuntamente

com os ensaios já consagrados. A seguir são mostrados os ensaios utilizados na

caracterização das argamassas no estado fresco.

Índice de consistência pela mesa da ABNT

O índice de consistência das argamassas, em sua maioria, é mensurado segundo a

norma NBR 7215/91 (ABNT). A metodologia de ensaio consiste na medida do

espalhamento (diâmetro) de uma amostra de argamassa, moldada em um molde

com a forma de um tronco de cone sobre a mesa padrão de ensaio. Esse

Page 110: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

87

espalhamento é conseguido por meio da introdução de impactos obtidos, conforme

ilustra a Fotografia 3.12.

(a) (b)

(c) Fotografia 3.12 - Determinação do índice de consistência: (a) adensamento executado com

soquete. (b) golpes na mesa de ensaio (“flow table”) e (c) medição do diâmetro.

Apesar da grande utilização, este é um dos ensaios mais criticados quanto à

avaliação de uma condição de trabalhabilidade. Um dos fatores que contribui para

esta discussão, além da própria concepção do ensaio, diz respeito a uma não

correspondência de resultados entre os valores que caracterizam mesmas condições

de trabalhabilidade, ou seja, uma avaliação isolada dos resultados do ensaio da mesa

de consistência é insuficiente para definir uma argamassa como “trabalhável” .

Índice de consistência pela penetração estática de cone

O índice de consistência foi determinado segundo a norma ASTM C780/96 - Cone

Penetrometer Method. Este ensaio consiste em mensurar a consistência da

argamassa por meio de determinação da resistência de penetração de um cone

Page 111: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

88

metálico, de massa padronizada, sob ação da gravidade. O cone apresenta as

seguintes características: diâmetro = 18,6 mm; altura = 35,9 mm; massa do conjunto

haste/cone de penetração = 80 g. A Fotografia 3.13 mostra o equipamento utilizado.

Fotografias 3.13- Cone de penetração utilizado no ensaio de consistência das argamassas.

A seqüência de realização deste ensaio foi composta das seguintes etapas:

• após o preparo da argamassa, preencheu-se com esta, um recipiente cilíndrico

metálico (com dimensões de 60 mm de diâmetro e 40 mm de profundidade);

• rasou-se o seu topo e posicionou-se o cone rente à sua superfície, efetuando-se a

leitura inicial;

• em seguida, liberou-se o cone para que ocorra sua penetração, por gravidade, e

efetuou-se a leitura final;

• o resultado, em milímetros, da diferença entre a leitura final e a inicial

corresponde à medida de consistência do material.

Vane test ou ensaio de palheta

A metodologia empregada pelo Vane teste (ensaio de palheta), que pode ser

utilizada in situ ou em laboratório, é preconizado pela norma BS-1377/1988 e

ASTM D 4648-00 – Standard Test Method for Laboratory Miniature Vane Shear

Test for Satured Fine-Grained Clayey Soil, tem se mostrado um método simples e

Page 112: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

89

eficaz na determinação da resistência ao cisalhamento (Su), ou seja, tensão limite de

escoamento3.6 de materiais na mecânica dos solos. No entanto, ao longo desta

pesquisa, esse método de ensaio foi utilizado para medir a tensão limite de

escoamento das argamassas estudadas, e assim, determinar de forma indireta a

consistência destas. O equipamento utilizado é de fabricação da Wykeham

Farrance, mostrado na Fotografia 3.14.

As características desse equipamento (Vane Tester) são:

• diâmetro da palheta (D) = 2,4 cm;

• altura da palheta (H) = 4,8 cm;

• constante da mola = 0,0232 Kgf.cm/º

O procedimento adotado na realização desse ensaio foi o mesmo utilizado por

Alves (2002), Santos (2003) e Do Ó (2004), conforme apresentado a seguir:

3.6 Tensão limite de escoamento – valor da tensão de cisalhamento no qual o gradiente de velocidade é igual a zero. Ou seja, para que um material tenha um fluxo viscoso, a força aplicada nesse, deve ser superior a tensão limite de escoamento do referido material.

Escala de leitura

Mola

Fotografia 3.14 – Aparelho Vane Tester, utilizado para medir tensão limite de escoamento (τ0) fornecido pela empresa Wykeham Farrance Engineering.

Manivela para aplicação o torque

Palheta em forma cruz

Page 113: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

90

• primeiramente, preencheu-se um recipiente cilíndrico de PVC de 6,5 cm de

diâmetro e 11,5 cm de altura (com capacidade aproximada de 400 ml) com três

camadas subseqüentes de argamassa, de alturas aproximadamente iguais.

Aplicou-se, em seguida, 20 golpes em cada uma delas, com espátula de bordas

retas, rasando-se a superfície. Tal procedimento é semelhante ao prescrito pela

norma NBR 13278/95 para determinação da densidade de massa e do teor de ar

incorporado em argamassas de assentamento e revestimento;

• inseriu-se a palheta na amostra, de forma a submergi-la por completo;

• aplicou-se, manualmente, uma velocidade aproximada de 90º/minuto,

registrando por meio da escala de leitura de deformações, localizada na parte

superior do aparelho, a deformação medida na fase de cisalhamento. A situação de

torque máximo ou ruptura, fornece o valor da tensão limite de escoamento,

parâmetro reológico que mensura de forma indireta a consistência da argamassa.

No cálculo da tensão limite de escoamento é necessário o conhecimento da

geometria da superfície de escoamento, além da distribuição da tensão de

cisalhamento nesta superfície.

A mecânica dos sólidos faz uma aproximação dessa distribuição de tensão, onde

assume que o escoamento do material se dá ao longo de uma superfície cilíndrica e

que a tensão de cisalhamento é uniformemente distribuída ao longo do cilindro, e

igual a tensão de escoamento (τ0) (Nguyen, 1985). Nesse sentido, o mesmo autor

relata que como a palheta é cravada completamente, a área total a ser considerada

no cálculo, é a área lateral do cilindro mais duas vezes a área da base (superior e

inferior), ou seja, πDH + 2(πD2/4), onde D e H são, o diâmetro e a altura da palheta,

respectivamente.

Com essas considerações a resistência de cisalhamento (tensão de limite de

escoamento) pode ser obtida pela Equação 3.8 (Nguyen, 1985). Com os dados

obtidos do ensaio, multiplicam–se esses pela constante da mola, para obter o torque

Page 114: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

91

3

01

2 3mD HT

Dπ τ⎛ ⎞= +⎜ ⎟

⎝ ⎠

máximo. Determina-se, então, a tensão limite de escoamento aplicando a

Equação 3.4.

(3.4)

onde:

Tm = torque máximo, em kgf.cm;

τ0 = Su = tensão limite de escoamento ou resistência ao cisalhamento, em kgf/cm2;

D = diâmetro da palheta, em cm;

H = altura da palheta, em cm.

Os resultados da tensão limite de escoamento (Su) são mostrados em kPa.

Teor de ar incorporado

O teor de ar incorporado foi determinado pelo método pressométrico. Tal ensaio foi

baseado no procedimento da norma Mercosur NM 47:95. Essa preconiza dois tipos

de aparelhos medidores de teor de ar, o tipo A e tipo B. Sendo usado neste trabalho

utilizado o tipo B da marca SOLOTEST específico para argamassas, com

capacidade de 1 litro, conforme mostrado na Fotografia 3.15.

Fotografia 3.15 – Aparelho utilizado para medir teor de ar incorporado, tipo B, preconizado pela norma Mercosur NM 47:95.

Page 115: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

92

A realização desse ensaio consistiu basicamente na execução de 5 etapas, as quais

são descritas a seguir:

• primeiramente, preencheu-se o recipiente com argamassa, em 3 camadas de

volume aproximadamente iguais, adensando-as por meio da aplicação de 25 golpes

(em cada camada), uniformemente distribuídos;

• acoplou-se a tampa sobre o recipiente, mantendo-se as torneiras laterais abertas;

• com a seringa, injetou-se água por meio de um dos orifícios laterais

(“torneira”), até que todo o ar fosse expelido pelo orifício oposto;

• com a bomba de ar, forneceu-se uma pressão inicial, conforme indicado no

equipamento;

• verificou-se se todas as saídas encontravam-se completamente fechadas. Em

seguida, pressionou-se a alavanca que transfere a pressão para o recipiente, por

alguns segundos, até estabilização. Enfim, leu-se no manômetro a porcentagem de

ar existente no material.

Retenção de água

Na determinação da retenção de água das argamassas, foram utilizados dois

métodos de ensaios, a saber: o método de ensaio prescrito pela NBR 13277

(ABNT, 1995), referente à metodologia com o uso de discos de papel filtro e outra,

adotada por Do Ó (2004) por meio da utilização do funil de Büchner modificado.

O método adotado pela Norma Brasileira (papel filtro) baseia-se na quantificação da

massa de água retida na argamassa, após essa ser submetida a uma sucção realizada

por discos de papel filtro (12 discos, com gramatura de 85 g/cm² e 110 mm de

diâmetro) colocado sobre a argamassa fresca, sob uma dada pressão, promovida por

um peso assentado sobre os discos durante 2 minutos. A Fotografia 3.16 ilustra os

aparatos necessários para realização desse ensaio.

Page 116: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

93

Fotografia 3.16- Aparatos necessários para determinação da retenção de água, segundo a

NBR 13277 (1995).

Na metodologia prescrita por esta norma, a argamassa é confinada lateralmente e

inferiormente em um recipiente, ficando apenas como face superior exposta, em

contato com os discos de papel-filtro. A perda de água, portanto, será dada por

meio da sucção promovida pela absorção de água dos papéis de filtros. Este ensaio,

segundo alguns pesquisadores3.74, não apresenta sensibilidade suficiente para avaliar

a retenção de água das argamassas, pois este não diferencia argamassas com

composições distintas. Na verdade, trata-se de um ensaio em que a argamassa é

sujeita a um tipo de sucção não encontrada em obra.

Pelo exposto, adotou-se além deste, outro método para mensurar a retenção de água

da argamassa. O princípio desse método de ensaio consiste em medir a massa de

água retida em uma amostra de argamassa, após realização de um tratamento

padronizado de sucção (50 mmHg) por meio de uma aparelhagem composta, por

um funil (funil de Büchner modificado) e uma bomba de vácuo. A aparelhagem

utilizada para sua realização é mostrada na Fotografia 3.17.

3.74 Tristão (1995); Green et al. (1999); Bastos (2001); Nakakura (2003).

Page 117: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

94

Fotografia 3.17- Aparelhagem necessária para determinação da retenção de água, por meio do funil de Büchner modificado.

A realização do ensaio de retenção de água consistiu na execução das seguintes

etapas:

• colocou-se o papel-filtro sobre o funil e umedeceu-o. Em seguida retirou-se o

excesso de água do papel-filtro acionando-se a bomba de vácuo e aplicando-se ao

conjunto uma sucção de 50 mmHg durante aproximadamente 90 segundos;

• pesou-se o conjunto funil/papel-filtro (úmido) em balança com resolução de

0,01g e registrou-se sua massa (Mfv);

• com a argamassa preparada, preencheu-se o prato do funil até um pouco acima

da borda e adensou-se com 37 golpes, sendo 16 desses aplicados uniformemente

junto à borda e 21 na parte central;

• após o adensamento retirou-se o excesso de argamassa, mediante o uso de uma

régua metálica, de tal forma a obter uma superfície plana. Com um pano úmido

limpou-se a parte externa do funil e, assim, pesou-o, registrando sua massa (Mfc);

• colocou-se na parte superior do funil uma tampa acrílica perfurada, com intuito

de amenizar ou evitar a perda de água por evaporação. Em seguida aplicou-se na

amostra uma pressão negativa (sucção) correspondente à coluna de 50 mmHg

durante os intervalos de tempo de: 1; 1,5; 3; 5; 10 e 15 minutos (Do Ó, 2004). Para

cada um desses tempos, registrou-se a massa correspondente (Mfi).

Bomba de vácuo

Funil

Frasco que contém a água succionada

Manômetro indicador da sucção.

200 ± 1 (mm)

Page 118: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

95

( )( )

1 100fc fi

fc fv

M MRa

FA M M

⎡ ⎤−= − ×⎢ ⎥

× −⎢ ⎥⎣ ⎦

Com os dados obtidos do ensaio, determinou-se a retenção de água das amostras de

argamassa ensaiadas por meio da Equação 3.5.

(3.5)

onde:

Ra = retenção de água3.85, em %;

Mfv = massa do funil vazio e filtro, em g;

Mfc = massa do funil cheio e filtro, em g;

Mfi = massa do funil para o tempo “i” de exposição à sucção, em g;

FA = Relação água/argamassa fresca; w

w

MFAM M

=+

Mw = massa total de água utilizada na argamassa, em g;

M = massa de argamassa industrializada ou soma das massas dos componentes

anidros em caso de argamassa dosada, em g.

A Figura 3.21 mostra os resultados da retenção de água realizados nos tempos pré-

estabelecidos, utilizando o funil de Büchner modificado.

50

60

70

80

90

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Tempo de sucção (min)

Ret

ençã

o de

águ

a (%

)

Arg. A Arg. B Arg. C

Figura 3.21- Perfis das curvas de retenção de água das argamassas (A, B e C) utilizando o

funil de Büchner modificado.

53.8 Retenção de água - % da água retida em relação ao teor total de água utilizado.

Page 119: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

96

Na Tabela 3.14 são apresentados os resultados médios dos ensaios realizados na

avaliação das argamassas de revestimento.

Tabela 3.14- Resultados médios da caracterização das argamassas de revestimento,

no estado fresco. Resultados Médios Argamassas Propriedade

determinada Método de

Ensaio Arg. A Arg. B Arg. C Consistência

(Espalhamento) NBR 7215

(1982b) 221 mm 252 mm 255 mm

Consistência (Penetração estática

do Cone) ASTM C780/96 22,0 mm 29,0 mm 34,0 mm

Resistência ao cisalhamento (Vane Test)

ASTM D 4648-00 1,19 kPa 1,51KPa 1,70 KPa

Ar incorporado Mercosur NM 47:95 5% 6,5% 8%

Retenção de água (papel filtro)

NBR 13277 (1995 a) 88% 89% 90%

Retenção de água (funil) – 15 minutos Do Ó (2004) 69% 70% 71%

Densidade de massa NBR 13278 (1995 b) 1,88 g/cm³ 1,89 g/cm³ 1,91 g/cm³

Com relação aos resultados de caracterização das argamassas, cabe ressaltar que

ambos os métodos adotados para avaliar a retenção de água destas não se mostraram

sensíveis a ponto de diferenciá-las. Neste sentido, a determinação da consistência

das argamassas bem como, suas respectivas resistências ao cisalhamento, utilizando

métodos oriundos da mecânica dos solos, mostraram-se mais eficientes.

3.4.2- Transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso

A avaliação do transporte de água das argamassas de revestimento foi efetuada

sobre os blocos cerâmicos e de concreto baseada na análise das medidas efetuadas

pelos sensores, a fim de se obter um perfil evolutivo do transporte de água da

argamassa fresca para o substrato poroso, em diferentes posições da camada do

revestimento (próximo à superfície, na camada intermediária e na interface

argamassa-bloco).

Page 120: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

97

Este monitoramento, teve por objetivo avaliar a perda de água da argamassa

prioritariamente pela absorção capilar dos blocos, visto que, se a variável

“evaporação”, na superfície do revestimento, atuasse conjuntamente a sucção do

substrato seria difícil saber qual parcela da água da argamassa estaria sendo perdida

por evaporação ou para o bloco. Cabe destacar, que além destas condições de perda

de água da argamassa, ainda há aquela parcela que é perdida na formação dos

produtos de hidratação do cimento.

Para a avaliação do transporte de água da argamassa para o substrato,

primeiramente, efetuou-se a produção da argamassa e posicionou-se os sensores

(saturados) sobre o bloco, em suas respectivas disposições. Lançou-se a argamassa

sobre estes, com o auxílio da caixa-de-queda (sendo efetuado um breve

sarrafeamento), para em seguida colocar o corpo-de-prova em recipiente fechado

(caixa de acrílico) onde a temperatura, aproximadamente de 22ºC, e a umidade

relativa, próxima de 100%, eram controladas, a fim de que a perda de água da

argamassa se processasse, como dito anteriormente, efetivamente pela sucção do

bloco. As Fotografias 3.18 a 3.20 mostram detalhes do posicionamento dos sensores

e do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o substrato.

Fotografia 3.18- Posicionamento dos sensores – espessura do revestimento de 50 mm.

Page 121: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

98

Os sensores posicionados próximos à região de interface argamassa/bloco eram os

que mais rapidamente apresentavam diminuição de intensidade de corrente, uma

que vez o transporte de água neste local era mais intenso. Por outro lado, os

sensores localizados mais próximos à superfície do revestimento apresentavam

comportamento oposto ao anterior (em especial quando se monitorava o

revestimento de 50mm), com maior intensidade de corrente, por um período de

tempo mais extenso. Este comportamento se deve ao ambiente que as amostras se

encontravam (elevada umidade relativa), tornando mais lenta a perda de água nesta

camada. Cabe salientar que em condições “normais” de obra esta região perderia

água mais rapidamente e de forma mais intensa devido à ação da evaporação para o

meio ambiente. As Fotografias 3.21 e 3.22 ilustram este comportamento.

Fotografia 3.21- Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à

superfície do revestimento.

Fotografia 3.22- Monitoramento da argamassa – sensor posicionado próximo à

interface do revestimento.

Fotografia 3.20- Monitoramento do transporte de água da argamassa.

Fotografia 3.19- Lançamento da argamassa sobre os blocos.

Page 122: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

99

A avaliação da movimentação de água da argamassa fresca, nos momentos

pós-aplicação, foi realizada até o tempo de 540 minutos (nove primeiras horas).

Neste período, uma parcela extremamente significativa da água já foi transportada

para o substrato (maior que 65%), independentemente das variáveis envolvidas, o

que permite uma apreciação ampla de cada situação, e suas possíveis correlações

com o desempenho do revestimento.

3.4.3- Determinação da Resistência de Aderência à Tração Direta das Argamassas de

Revestimento

A aplicação das argamassas sobre os blocos isolados, para realização dos ensaios de

resistência de aderência, foi semelhante ao procedimento utilizado no

monitoramento do transporte de água, de forma que estes fossem avaliados sob

condições similares. Deste modo, logo após o lançamento das argamassas sobre os

blocos, com o uso da caixa de queda e a face a revestir na horizontal, estes foram

acondicionados por 72 horas em dispositivos semelhantes aos dos corpos-de-prova

submetidos ao monitoramento do transporte de água e sob mesmas condições

ambientais, temperatura de 22ºC e umidade relativa próxima de 100%. Após estas

primeiras 72 horas as amostras permaneceram em ambiente de laboratório, porém,

sem esse controle de temperatura e umidade relativa, até completar 28 dias de idade,

quando então foram realizados os ensaios de resistência de aderência das

argamassas.

A referida determinação foi efetuada sobre os blocos cerâmicos e de concreto de

acordo com o procedimento descrito na NBR 13528 (ABNT, 1995). Para o preparo

dos corpos-de-prova foi utilizada uma serra diamantada a seco, sem impactos e de

forma continuada, até se atingir a superfície do bloco. A colagem dos dispositivos

de tração foi efetuada em seguida, com uso de adesivo à base de poliéster, cerca de

6 horas antes do ensaio. Para cada ensaio realizado foram registradas as cargas de

ruptura, o diâmetro efetivo do corpo-de-prova, a espessura do revestimento e os

Page 123: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

100

percentuais dos tipos de ruptura. Os diversos locais onde podem ocorrer as rupturas

nos corpos-de-prova são mostrados na Figura 3.22.

(a) ruptura na interface argamassa/substrato;

(b) ruptura no interior da argamassa de revestimento;

(c) ruptura no substrato;

(d) ruptura na interface revestimento/cola;

(e) ruptura na interface cola/pastilha metálica.

Figura 3.22- Tipos de rupturas possíveis de se obter na determinação de resistência de aderência (NBR 13528, 1995).

3.4.4- Caracterização da microestrutura porosa das argamassas e dos substratos

3.4.4.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio

Este ensaio foi realizado no Laboratório de Materiais de Construção Civil da

Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) no Rio Grande do Sul. Os

corpos-de-prova destinados aos ensaios, possuíam dimensões máximas de 8 mm de

diâmetro e 25 mm de comprimento.

Para as argamassas, as quais haviam passado pelo processo de monitoramento de

movimentação de água, foram retiradas amostras referentes as três granulometrias,

aplicadas individualmente nos dois tipos de blocos e, em duas regiões distintas:

próximo a interface argamassa/substrato e outra, mais central ao revestimento (de

modo a evitar que estas estivessem carbonatadas). As amostras dos substratos

também foram retiradas dos corpos-de-prova que haviam passado pelo

monitoramento do transporte de água, porém, de outras regiões que não a da

interface argamassa/substrato. As representações esquemáticas dos locais onde

Page 124: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

101

foram retiradas as amostras das argamassas e dos substratos são apresentadas na

Fotografia 3.23.

Fotografia 3.23 – Representação esquemática da posição de extração das amostras das

argamassas e dos substratos.

O mercúrio foi intrudido nas amostras de forma contínua e em velocidade média

sendo considerado um ângulo de contato de 140º e uma tensão superficial do

mercúrio de 4,8.10-1 N/m. O resultado do ensaio de porosimetria por intrusão de

mercúrio é expresso em volume de mercúrio intrudido em relação à massa total do

corpo-de-prova, dado em ml/g.

3.4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor d’água

As amostras das argamassas e dos blocos, utilizadas na realização do ensaio de

porosimetria por dessorção, foram também extraídas de corpos-de-prova que

sofreram o monitoramento do transporte de água. As dimensões das amostras foram

de aproximadamente 20 mm de comprimento por 10mm de diâmetro.

As amostras foram colocadas em água de cal, por 5 dias, até saturação completa,

sendo em seguida pesadas e armazenadas em recipientes com solução saturada de

LiCl, MgCl2, K2CO3, NaBr, NaCl, KCl, KNO3, K2SO4 e água destilada. A pressão

de vapor de água, assim obtida, provém de umidade relativa por volta de 11%, 33%,

43%, 59%, 75%, 86%, 94%, 98% e 100%, respectivamente.

Locais de retirada das amostras dos substratos

Locais de retirada das amostras das argamassas

Page 125: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

102

Os recipientes desenvolvidos para armazenar as amostras com solução saturada,

para controle da umidade relativa, dispõem de dois níveis separados por uma

superfície perfurada. No nível inferior é colocada a solução saturada e no superior

são colocadas as amostras. As Fotografias 3.24 (a) e (b) apresentam os recipientes

para armazenamento das amostras, bem como o equipamento utilizado em seus

respectivos controles de umidades relativas (Bauer, Paes e Lara, 2004).

(a) (b)

Fotografias 3.24- Ensaio de porosimetria de dessorção de vapor d’água. (a) Recipientes de armazenamento das amostras do ensaio. (b) Controle da umidade

relativa no interior dos recipientes. Foram feitos registros periódicos das massas das amostras até sua estabilização.

Após esta etapa, as amostras foram secas em estufa (até constância de massa), a

temperatura de 105°C para obtenção de sua massa seca. A relação entre o diâmetro

aproximado da abertura do poro que está vazio (seco) a uma certa umidade relativa

é dada pela lei de Kelvin, como apresentada na Tabela 3.15.

Tabela 3.15- Diâmetro do poro suscetível à condensação, em função da umidade relativa

para a temperatura de 20ºC (Kjellsen & Atlassi, 1999). Soluções Saturadas Umidade Relativa (%) Diâmetro do poro (µm)

LiCl 11% 0,0015 MgCl2 33% 0,0025 K2CO3 43% 0,0035 NaBr 59% 0,0050 NaCl 75% 0,0095 KCl 86% 0,016

KNO3 94% 0,04 K2SO4 98% 0,1

Os resultados do ensaio são apresentados em volume de água na amostra em relação

à massa seca da mesma (ml/g) em função do diâmetro de poro (µm). Cabe ressaltar

Page 126: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

103

a necessidade de fazer uma correção das massas das amostras em relação a uma

massa padrão, visto que a massa das diversas amostras armazenadas nos recipientes,

com diferentes umidades relativas, não são iguais. O método se aplica para medidas

de poros na faixa de 0,0015 a 10 µm, sendo mais adequada para a faixa de 0,0015 a

0,1µm, ou seja, uma faixa de poros com dimensões bem pequenas, o que permite

complementar a porosimetria por intrusão de mercúrio e, conseqüentemente,

expandir o espectro das dimensões dos poros avaliados dos materiais.

Page 127: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

4- APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Neste capítulo são apresentados os resultados obtidos no programa experimental

desta tese. Inicialmente são expostos os valores relativos aos ensaios realizados com

os substratos frente as suas características físicas de absorção de água livre: IRA,

absorção total (saturação), absortividade e absorção de água ao longo do tempo. Em

seguida são apresentadas as características de porosidade destes componentes

(porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de

água). A seguir apresentam-se os resultados em forma de gráficos (perfis) do

transporte de água da argamassa fresca para os substratos porosos (blocos cerâmicos

e de concreto). Posteriormente, mostram-se os resultados relacionados ao espectro

de dimensões de poros das argamassas em duas regiões distintas (próximo à

interface argamassa/bloco e no interior do revestimento), também obtidos por meio

de porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de

água. Finalmente, vêem-se os resultados de resistência de aderência à tração das

argamassas realizadas em blocos isolados. Cabe salientar que uma discussão mais

ampla dos resultados será apresentada no Capítulo 5.

4.1- IRA, absorção total de água, absorção de água (ao longo do tempo) e

absortividade (s) dos blocos

A Tabela 4.1 mostra os resultados médios obtidos nos ensaios de IRA, absorção

total de água e absortividade (S), dos blocos cerâmicos e de concreto.

Tabela 4.1– Resultados de IRA, absorção total de água e absortividade dos blocos

cerâmico e de concreto com 45 dias, 6 meses e superior aos 8 meses de idade. IRA Absorção total Absortividade

(g/194cm²/min) (%) (mm.min-1/2) Natureza Idade

MédiaCV (%) Média CV (%) Média CV (%)

45 dias 25,7 4,1 20,6 4,9 0,38 3,0 6 meses 25,5 3,0 20,4 4,7 0,37 2,6 Cerâmico

> 8 meses* 25,5 3,1 20,3 4,7 0,37 2,6 45 dias 60,3 13,8 8,1 16,7 0,47 12,5 6 meses 50,7 12,0 7,3 10,3 0,45 7,8 Concreto

> 8 meses* 50,2 9,9 7,0 9,2 0,44 7,2 * A aplicação da argamassa sobre os substratos para posterior monitoramento foi realizada em idade próxima aos 8 meses.

Page 128: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

105

As características distintas entre os blocos, estão atreladas, dentre outras, ao

processo de fabricação destes. Os blocos cerâmicos são produzidos por meio de

queima contínua originando componentes com características que praticamente não

se alteram com a idade.

O bloco de concreto, por sua vez, é dependente dentre outros, da compatibilidade

entre o tipo de cimento e os demais materiais empregados em sua confecção além,

do processo de cura. Estes blocos, logo após a moldagem sofrem cura a vapor, por

aproximadamente 72 horas, a fim de acelerar as reações de hidratação do cimento

de forma que as unidades (blocos) atinjam determinados valores de resistência à

compressão, de acordo com a função determinada (vedação ou estrutural). No

entanto, as reações de hidratação do cimento continuam se processando e,

conseqüentemente, a estrutura porosa dos blocos sofre transformações, no decorrer

do tempo. Logo, ao se utilizar bloco de concreto, em idades iniciais, as suas

características potenciais, como por exemplo, resistência à compressão e absorção

de água, ainda não estão completamente “estabilizadas”, o que gera grande

variabilidade na determinação destas, conforme valores obtidos nos resultados de

IRA e da absorção capilar de água (ao longo do tempo) realizadas nos referidos

blocos.

O IRA do bloco de concreto foi expressivamente superior, praticamente o dobro, ao

do bloco cerâmico, independentemente das idades analisadas (45 dias ou 6 meses).

No entanto, a determinação da absorção total de água dos blocos, situação em que

estes se encontram saturados, mostrou que o bloco de concreto apresenta uma

absorção total (7,0%) bem inferior ao bloco cerâmico (20%).

Já as curvas de absorção capilar de água livre, ao longo do tempo, dos blocos de

concreto e cerâmico (Figura 4.1), mostram que nos primeiros 35 minutos, a

absorção de água do bloco de concreto é superior ao do bloco cerâmico, a partir

desse tempo, este último passa a apresentar absorção maior que a do concreto.

Page 129: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

106

Curvas de absorção de água dos blocos (ao longo do tempo)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Tempo1/2 (min)

Água

abs

orvi

da p

or u

mid

ade

de á

rea

(g/c

m² *

100

)

Bloco de Concreto Bloco Cerâmico

Figura 4.1- Comportamento de absorção de água do bloco cerâmico e de concreto, para

determinação da absortividade, aos 6 meses de idade (S).

A partir da curva obtida no ensaio de absorção capilar de água livre (ao longo do

tempo) calcula-se a absortividade dos blocos a qual avalia, indiretamente, a

velocidade de absorção de água dos componentes. Nesta pesquisa a absortividade

dos blocos foi calculada a partir dos primeiros cinco minutos. Os resultados desta

propriedade se mantiveram praticamente constantes para os blocos cerâmicos, ou

seja, resultados com mesma ordem de grandeza (25 g/194cm²/min) nas diferentes

idades analisadas, em virtude, da “estabilidade” nas características desses blocos. O

bloco de concreto, por sua vez, teve sua absortividade reduzida em 9%, o que já era

esperado em decorrência da evolução da hidratação do cimento por um tempo mais

prolongado, alterando assim, os valores desta propriedade. Cabe destacar, que a

partir dos 6 meses de idade os blocos de concreto passaram a não apresentar

alterações substanciais nos resultados de IRA e absortividade.

Observa-se pelos comportamentos distintos entre o IRA e absorção de água total,

que estes medem características diferentes relacionadas diretamente as suas

respectivas estruturas de poros e natureza. Neste sentido, a avaliação que

possivelmente melhor consiga caracterizar o comportamento desses componentes

seja a avaliação da curva de absorção de água ao longo do tempo. Por meio desta

pode-se perceber características inerentes a cada tipo de bloco com relação a sua

Page 130: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

107

absorção de água e ainda, a diferenciação desta característica em relação a

componentes de outros tipos.

4.1.1- Estruturas de Poros dos Substratos de Blocos Cerâmicos e de Concreto

Avaliadas por meio de Porosimetria por Intrusão de Mercúrio e Porosimetria por

Dessorção de Vapor de Água

4.1.1.1- Porosimetria por intrusão de mercúrio

O ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio permite observar o espectro de

dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Esta técnica se aplica para medidas de

poros na faixa de 0,003µm a 400µm, sendo mais apropriada para a faixa de 0,1 a

100µm, segundo a BS 7591/1992.

Os ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio foram realizados com o intuito

de caracterizar a porosidade e avaliar a distribuição do tamanho dos poros dos

substratos.

Os resultados dos ensaios de intrusão de mercúrio são apresentados de duas formas:

• Volume de mercúrio incremental versus diâmetro dos poros: indica, por meio do

volume de mercúrio intrudido, a quantidade de poros de um determinado diâmetro;

• Volume de mercúrio acumulado versus diâmetro dos poros: mostra a quantidade

total de mercúrio intrudido, por unidade de massa da amostra, a um determinado

nível de pressão atingida durante o ensaio, representando a porosidade do material

até o diâmetro de poro correspondente.

Outro parâmetro importante a ser considerado na porosimetria por intrusão de

mercúrio, é o diâmetro crítico definido como a menor dimensão de poro acima da

qual se estabelece uma trajetória de poros conectados de uma extremidade a outra

da amostra (Sato, 1998). Nos gráficos obtidos com esta técnica (volume

acumulado), observa-se uma mudança na curvatura de distribuição dos poros

coincidente no mesmo diâmetro. Além deste, outros resultados podem ser extraídos

a partir deste ensaio, a saber: o diâmetro característico, definido neste trabalho

Page 131: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

108

como o tamanho de poros onde se tem o valor máximo de volume intrudido, sendo

este valor retirado dos resultados (Figuras) de volume incremental; o diâmetro

médio; a área total de poros e o volume intrudido.

4.1.1.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água O ensaio de porosimetria por dessorção de vapor de água também permite observar

o espectro de dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Porém, esta técnica se

aplica para medidas de poros na faixa de 0,0015µm a 10µm sendo mais adequada

para a faixa de 0,0015 a 0,1µm, ou seja, poros bem menores do que os observados

na porosimetria por intrusão de mercúrio.

A Figura 4.2 (A e B) e a Tabela 4.2 apresentam os resultados de porosimetria por

intrusão de mercúrio nos substratos de blocos cerâmicos e de concreto. Já a Figura

4.3 mostra os resultados obtidos com o uso da técnica de porosimetria por dessorção

de vapor de água.

Blocos Cerâmicos e de Concreto

0,000

0,002

0,004

0,006

0,008

0,010

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B. Cerâmico B. Concreto

Blocos Cerâmicos e de Concreto

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acu

mul

ado

(ml/g

)

B. Cerâmico B. Concreto

(A) (B)

Figura 4.2- Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso da porosimetria por intrusão de mercúrio. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros

dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

Tabela 4.2- Resultados de porosimetria por intrusão de mercúrio dos substratos de blocos cerâmicos e de concreto.

Substratos Características Cerâmico Concreto Diâmetro crítico (µm) 4,52 1,35

Diâmetro característico (µm) 0,30 169,20 Diâmetro médio (µm) 2,43 4,62

Área total de poros (m²/g) 12,44 0,95 Volume intrudido (ml/g) 0,16 0,05

Page 132: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

109

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

0,060

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetro de Poro (µm)

Volu

me

incr

emen

tal (

ml/g

)

B. Concreto B. Cerâmico

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâm etro de Poro (µm)

Vol

ume

acum

ulad

o (m

l/g)

B. Concreto B. Cerâmico

(A) (B)

Figura 4.3- Distribuição do tamanho dos poros dos substratos obtidos com o uso da porosimetria por dessorção de vapor de água. (A) volume incremental (ml/g) versus

diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

A porosimetria por intrusão de mercúrio e a porosimetria por dessorção evidenciam

as diferenças marcantes existentes entre os dois tipos de substratos utilizados.

O bloco de concreto apresenta duas faixas de poros característicos, sendo ambas

detectadas pela porosimetria por intrusão de mercúrio. Uma está entre 0,1 µm a

3,8 µm e a outra entre 54,0 µm a 270,0 µm, região onde se encontra o diâmetro

característico. O bloco cerâmico, por sua vez, também apresenta duas regiões onde

são encontradas grandes quantidades de poros de uma determinada dimensão. No

entanto, estas são observadas na porosimetria por intrusão de mercúrio, que está

entre 0,01 µm a 3,8 µm e outra, detectada na porosimetria por dessorção que está

entre 0,01µm a 10µm. Apesar das faixas representativas dos diâmetros

característicos do substrato de concreto ser bem maior do que a do bloco cerâmico,

a área total de poros deste (bloco cerâmico) é bem superior a do bloco de concreto

(92% maior). Esta característica também é percebida pelo volume intrudido de

mercúrio, para os dois tipos de blocos, sendo este também bastante superior no

bloco cerâmico (62% maior).

Page 133: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

110

4.2- MOVIMENTAÇÃO E FIXAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA

Os perfis obtidos na avaliação do transporte de água das argamassas frescas, para os

substratos porosos, são relativos à média dos quatro corpos-de-prova utilizados para

cada uma das situações analisadas. A decisão pela apresentação dos resultados

médios, ao invés dos individuais, foi em decorrência do comportamento

extremamente similar entre as 4 amostras ensaiadas, conforme mostrado no

Apêndice B. No que se refere aos sensores, também foi feita uma média de suas

leituras. Cabe lembrar, que se posicionou dois sensores para cada região

pré-estabelecida. As leituras nestas regiões, em ambos os sensores, foram bastante

análogas.

As configurações dos perfis mostram diferenças típicas entre os revestimentos de

maior e menor espessura, independentemente da alteração das variáveis de

pesquisa. A título de exemplo destes comportamentos, são apresentados os perfis

obtidos com a aplicação da argamassa A, sobre bloco de concreto, nos

revestimentos de 30 e 50 mm.

Bloco de Concreto - Arg. A - 30mm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Águ

a Tr

ansp

orta

da (%

)

Camada superfície Camada intermediária Camada da interface

Figura 4.4- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto:

revestimento de 30 mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas).

Page 134: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

111

Bloco de Concreto - Arg. A - 50mm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Águ

a Tr

ansp

orta

da (%

)

Camada Superficial Camada Intermediária (Super)

Camada Intermediária (Infer) Camada da Interface

Figura 4.5- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco de concreto:

revestimento de 50 mm - tempo de monitoramento: 540 minutos (9 horas).

Observando-se o perfil de movimentação de água do revestimento de 30 mm, vê-se

que, apesar de terem sido posicionados sensores, em três regiões distintas (próximo

à superfície do revestimento, intermediária à altura da camada do revestimento e

próximo à interface argamassa/substrato), os que estavam dispostos na região

intermediária ao revestimento, monitoraram, praticamente, o mesmo local dos que

estavam posicionados próximos à interface argamassa/substrato. Isto se deve a

pequena diferença na distância (altura) que estes sensores ficaram afastados uns dos

outros e ao potencial de sucção do substrato que para esta espessura do revestimento

atua em toda a sua extensão. Sendo assim, os revestimentos com 30 mm de

espessura foram analisados em duas regiões; próximo à superfície do revestimento e

próximo à interface argamassa/substrato (observar dados da Figura 4.4,

coincidência de valores).

O transporte de água da argamassa ocorreu, preferencialmente, por sucção dos

substratos, com a camada próxima à interface argamassa/substrato, perdendo mais

água que as demais regiões. Esta condição foi definida pelas condições impostas às

Page 135: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

112

amostras ensaiadas (temperatura em torno dos 22Cº e umidade relativa próxima de

100%).

A análise dos perfis permite observar que existem três regimes na movimentação de

água da argamassa (R1, R2 e R3). Estes regimes são mais expressivamente

percebidos no revestimento de 50 mm. O regime R1 está compreendido no intervalo

de tempo de 0 a 5 minutos. O regime R2, entre 5 a 60 minutos e, o regime R3, de 60

a 540 minutos. A partir desta constatação, linearizou-se os trechos dos perfis para

cada camada individualmente (o menor valor de correlação linear foi de R² = 0,96)

obtendo-se diferentes inclinações de retas (coeficiente angular). Estas inclinações

demonstram a intensidade com que o transporte de água está ocorrendo nos

respectivos trechos, no decorrer do tempo. A inclinação mais acentuada indica uma

maior perda de água. Por sua vez, a menor inclinação denota uma menor

intensidade desta perda. Estes comportamentos, com suas respectivas divisões por

regimes, podem ser observados nos perfis obtidos com a argamassa A, aplicada

sobre blocos cerâmicos, conforme demonstrado nas Figuras 4.6 e 4.7 a seguir.

Bloco Cerâmico - 30mm - Arg. A

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtada

(%)

Figura 4.6- Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico:

revestimento de 30 mm – Linearização das camadas.

Camada da interface Camada da superfície

R1 R2 R3

Page 136: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

113

Bl. Cerâmico - Arg. A - 50mm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Figura 4.7 Perfil do transporte de água da argamassa fresca (A) para o bloco cerâmico:

revestimento de 50 mm – Linearização das camadas.

Além de se avaliar a intensidade da movimentação de água, em diferentes regiões

do revestimento, outro resultado importante que pode ser extraído dos perfis de

movimentação de água, é a velocidade média com que este transporte está

ocorrendo entre as camadas. Esta avaliação foi realizada nos mesmos intervalos de

tempo empregados na linearização das camadas. Com os valores da água

transportada da argamassa no decorrer do tempo, calculou-se a velocidade média

nos trechos, em g/seg (gramas por segundo), a partir da seguinte formulação:

Vm(T) = )I(t)F(t

))y(AI()x(AI())y(AF)x(AF(

TT −−−− (4.1)

Onde:

Vm(T) = velocidade média (entre camadas), no trecho avaliado;

AF(x) = Quantidade final de água no trecho (x);

AF(y) = Quantidade final de água no trecho (y);

AI(x) = Quantidade inicial de água no trecho (x);

AI(y) = Quantidade inicial de água no trecho (y);

t(FT) = tempo final no trecho avaliado;

t(IT) = tempo inicial no trecho avaliado.

Camada da interface Camada intermediária (inf.) Camada intermediária (sup.) Camada da superfície

R1 R2 R3

Page 137: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

114

A nomenclatura utilizada para representar os valores das velocidades médias de

água transportada das argamassas (entre as camadas), nos revestimentos de 30 mm e

50 mm, foram as seguintes:

Tabela 4.3- Nomenclatura utilizada na apresentação dos resultados das velocidades médias

do transporte de água das argamassas para os substratos, nos regimes R1, R2 e R3. Revestimentos Nomenclatura

30 mm V1 Velocidade média do transporte de água entre a camada próxima à

superfície do revestimento e a camada próxima à interface argamassa/substrato

V1 Velocidade média do transporte de água entre a camada próxima à superfície do revestimento e a camada intermediária (superior)

V2 Velocidade média do transporte de água entre as camadas intermediárias (superior) e (inferior)

50 mm

V3 Velocidade média do transporte de água entre a camada intermediária (inferior) e a camada próxima à interface argamassa/substrato

Um valor nulo da velocidade significa que o fluxo ocorre com a mesma velocidade

entre as camadas. O valor positivo da velocidade indica que o transporte de água

ocorre da argamassa para o substrato. O valor negativo, por sua vez, indica um

fluxo reverso, ou seja, do substrato para a argamassa. As Tabelas apresentadas a

seguir mostram os resultados extraídos dos perfis do transporte de água das

argamassas frescas para os substratos porosos.

4.2.1- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em

revestimentos de 30 mm

Tabela 4.4- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa

A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm. Taxa de água

transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada

(g) Regimes

Tempos (min) Camada

superfície Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média do

transporte de água entre as

camadas (V1) - (g/min)

R1 0 a 5 4,1 7,2 9 17 169 320 30 R2 5 a 60 5,2 5,4 26 27 489 508 0 R3 60 a 540 2,5 2,7 39 41 733 771 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1880 g

Page 138: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

115

Tabela 4.5- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada

(g) Regimes

Tempos (min) Camada

superfície Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média do

transporte de água entre as

camadas (V1) - (g/min)

R1 0 a 5 6,2 9,0 14 20 263 376 23 R2 5 a 60 6,9 7,0 35 38 658 714 1 R3 60 a 540 2,3 2,0 37 31 696 583 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1880 g

Tabela 4.6- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada (g) Regimes

Intervalos Tempos

(min) Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média entre as camadas (V1) (g/min)

R1 0 a 5 5,0 7,0 11 16 225 327 20 R2 5 a 60 6,1 6,3 31 33 633 674 1 R3 60 a 540 2,1 2,4 34 37 695 756 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 2043 g

Tabela 4.7- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada (g) Regimes

Intervalos Tempos

(min) Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média entre as camadas (V1)

(g/min)

R1 0 a 5 7,0 9,6 16 22 327 449 25 R2 5 a 60 7,1 6,7 52 36 735 736 0 R3 60 a 540 1,8 1,9 28 30 572 613 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 2043 g

Tabela 4.8- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada (g) Regimes

Intervalos Tempos

(min) Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média entre as camadas (V1) (g/min)

R1 0 a 5 5,6 8,1 12 18 222 333 22 R2 5 a 60 6,3 6,2 33 34 611 629 0 R3 60 a 540 1,9 2,1 31 32 573 592 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1850 g

Page 139: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

116

Tabela 4.9- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água Transportada (%)

Água Transportada (g) Regimes

Intervalos Tempos

(min) Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Camada superfície

Camada interface

Velocidade média entre as camadas (V1)

(g/min)

R1 0 a 5 8,3 10,5 19 23 352 426 15 R2 5 a 60 7,1 7,5 38 41 703 758 1 R3 60 a 540 1,7 1,8 27 27 499 500 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa 1850 g

As argamassas aplicadas sobre esta espessura de revestimento (30 mm),

apresentaram um transporte de água intenso, inclusive na camada próxima a

superfície do revestimento o que demonstra a influencia da sucção do substrato,

quando da utilização de espessuras menores. Esta perda de água ocorreu

substancialmente nos primeiros 60 minutos (regimes R1 e R2), conforme pode ser

observado pela inclinação das retas. Após este tempo, as inclinações tornam-se

menores, indicando uma diminuição na intensidade de perda de água da argamassa.

A quantidade de água transportada da argamassa fresca, para o interior do substrato

de concreto, foi maior que a transportada para o substrato cerâmico, justamente, nos

primeiros 60 minutos (regimes R1 e R2). Após este intervalo de tempo, o substrato

cerâmico passou a absorver uma quantidade maior de água. A análise de como se

processa a velocidade do transporte de água da argamassa, entre as camadas do

revestimento (30 mm), mostrou que no regime R1 (5 primeiros minutos) esta é

bastante intensa e com uma quantidade expressiva de água transportada. Nos

demais regimes, esta velocidade diminui drasticamente.

4.2.2- Argamassas A, B e C aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto, em

revestimentos de 50 mm

As Tabelas apresentadas a seguir são referentes ao transporte de água das argamassas

(A, B e C), com revestimento de 50 mm.

Page 140: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

117

Tabela 4.10- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 0,8 1,5 2,4 3,2 2 3 5 7 38 56 94 132 4 8 8 R2 5 a 60 5,4 5,5 5,7 5,9 28 29 30 32 526 546 564 601 0 0 1 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,5 1,6 25 26 26 27 470 488 489 508 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1880g

Tabela 4.11- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa A, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 2,8 2,8 3,2 5,0 6 7 8 11 113 132 150 207 4 4 11 R2 5 a 60 6,5 6,7 6,7 6,6 35 36 36 37 658 676 677 696 0 0 0 R3 60 a 540 1,3 1,3 1,3 1,3 20 21 22 21 376 395 414 470 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1880g

Page 141: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

118

Tabela 4.12- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 2,8 3,2 3,2 4,1 6 7 7 9 123 143 143 184 4 0 8 R2 5 a 60 6,2 6,2 6,2 6,3 34 33 35 34 694 674 715 695 0 1 0 R3 60 a 540 0,8 0,8 0,9 0,9 14 14 14 16 286 286 286 327 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 2043g

Tabela 4.13- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa B, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 4,2 4,7 5,3 6,2 10 11 12 14 204 225 245 286 4 4 8 R2 5 a 60 6,3 6,5 6,8 7,1 33 35 37 39 674 715 756 797 1 1 1 R3 60 a 540 1,4 1,3 1,4 1,3 23 21 21 20 470 429 429 408 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 2043g

Page 142: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

119

Tabela 4.14- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco cerâmico, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 3,9 5,4 5,4 7,1 9 12 13 16 167 222 241 296 11 4 11 R2 5 a 60 7,2 6,9 7,1 6,8 38 36 37 35 703 666 684 648 0 0 0 R3 60 a 540 0,8 0,8 0,8 0,8 14 14 14 15 259 259 259 277 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1850g

Tabela 4.15- Resultados obtidos a partir dos perfis de movimentação de água da argamassa C, sobre o bloco de concreto, em revestimento de 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Velocidade média entre

as camadas (g/min) Regimes Tempos

(min) Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface

Camada superfície

Camada interm. (sup.)

Camada interm.

(inf)

Camada interface V1 V2 V3

R1 0 a 5 5,6 6,1 6,8 7,6 13 14 15 17 241 259 278 315 4 4 7 R2 5 a 60 7,3 7,1 7,0 7,1 39 38 37 39 721 703 684 721 0 0 1 R3 60 a 540 1,3 1,3 1,3 1,3 20 20 24 20 370 370 444 370 0 0 0

Água unitária total utilizada na confecção da argamassa = 1850g

Page 143: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

120

A movimentação de água das argamassas, em revestimentos de 50 mm de

espessura, mostram diferenças significativas com relação ao revestimento de 30

mm. A influência direta da espessura do revestimento, do tipo de argamassa e do

tipo de substrato utilizado, com relação à movimentação de água da argamassa,

torna-se bastante explicita.

A quantidade de água transportada para o interior do substrato de concreto, nos

regimes R1 e R2, assim como no revestimento de 30 mm, foi sempre superior à

quantidade transportada para o substrato cerâmico. Este transporte também foi

majorado com o uso de argamassas executadas com agregados de maiores

diâmetros.

A velocidade com que a água da argamassa foi transportada entre as camadas dos

revestimentos de 50 mm, foi bastante reduzida quando comparada aos

revestimentos de 30 mm. Este resultado também já era esperado, uma vez que a

quantidade de água a ser transportada é bem maior e a resistência a este transporte

também se eleva devido às forças de natureza físicas atuantes no sistema

(argamassa), já comentadas anteriormente.

Vê-se que a partir da obtenção dos perfis do transporte de água da argamassa para

os substratos, é possível avaliar: a intensidade com que a argamassa está perdendo

água em uma determinada região (camada), a velocidade média com que este

transporte está ocorrendo entre diferentes camadas e a quantidade aproximada da

perda de água da argamassa, por camadas, no decorrer do tempo. Estes dados são

extremamente relevantes para o entendimento de diversos fenômenos oriundos

deste transporte, como por exemplo, a retração por secagem. A aderência também é

altamente influenciada por esta movimentação de água, uma vez que a velocidade e

a quantidade de água succionada pelo substrato é fundamental para a ancoragem do

revestimento.

Page 144: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

121

4.3- ESTRUTURAS DE POROS DAS ARGAMASSAS AVALIADAS POR MEIO DE

POROSIMETRIA POR INTRUSÃO DE MERCÚRIO E POROSIMETRIA POR

DESSORÇÃO DE VAPOR DE ÁGUA

4.3.1- Porosimetria por Intrusão de Mercúrio

A seguir são apresentados os resultados obtidos para as argamassas com a

realização desta técnica.

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

cc/g

)

A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária

(A) (B)

Figura 4.8- Argamassa A – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)

volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

(A) (B)

Figura 4.9- Argamassa B – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)

volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

Page 145: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

122

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Acum

ulad

o (m

l/g)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

(A) (B) Figura 4.10- Argamassa C – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato cerâmico, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A)

volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

Tabela 4.16- Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato cerâmico.

Argamassas A B C Substrato Características Região

interfaceRegião

intermediáriaRegião

interfaceRegião

intermediáriaRegião

interface Região

intermediáriaDiâmetro

crítico (µm) 3.62 4,21 4,34 4,39 4,39 4,53

Diâmetro característico

(µm) 1,39 2,45 1,50 3,05 1,48 2,23

Diâmetro médio (µm) 4,10 4,07 3,35 4,45 4,36 3,70

Área total de poros (m²/g) 1,34 1,52 1,62 1,09 1,71 1,20

Cerâmico

Volume intrudido (ml/g) 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,12

Prossegue-se com a apresentação dos resultados de porosimetria por intrusão de

mercúrio, porém, referentes às amostras de argamassas retiradas de revestimentos

aplicados sobre substrato de blocos de concreto.

Page 146: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

123

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Incr

emen

tal (

ml/g

)

A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Interface A - Reg. Intermediária

(A) (B) Figura 4.11- Argamassa A – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado

(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Acu

mul

ado

(ml/g

)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

(A) (B) Figura 4.12- Argamassa B – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado

(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

0,000

0,005

0,010

0,015

0,020

0,025

0,030

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acu

mul

ado

(ml/g

)

B - Reg. Interface B - Reg. Intermediária

(A) (B) Figura 4.13- Argamassa C – amostras retiradas do revestimento aplicado sobre substrato de concreto, região de interface argamassa/substrato e outra no interior do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado

(ml/g) versus diâmetro dos poros (µm).

Page 147: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

124

Tabela 4.17- Resultados de porosimetria das argamassas, aplicadas sobre substrato de concreto.

Argamassas A B C Substrato Características Região

interfaceRegião

intermediáriaRegião

interfaceRegião

intermediáriaRegião

interface Região

intermediáriaDiâmetro

crítico (µm) 2,10 2,31 2,15 2,00 4,03 4,34

Diâmetro característico

(µm) 0,89 1,22 1,04 1,06 0,91 2,24

Diâmetro médio (µm) 4,15 3,32 3,66 2,40 4,07 4,11

Área total de poros (m²/g) 2,36 2,42 2,05 2,34 1,90 1,56

Concreto

Volume intrudido (ml/g) 0,11 0,11 0,11 0,12 0,11 0,11

No ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio foi possível observar diferenças

nas estruturas porosas das três argamassas utilizadas, bem como, distinções entre as

duas regiões em que as amostras foram retiradas. As amostras de argamassas,

extraídas da região de interface argamassa/bloco apresentam poros com diâmetros

menores, comparativamente as amostras retiradas da camada mais intermediária do

revestimento. Este fato pode estar relacionado ao poder de sucção do substrato, que é

muito intenso neste local. Neste caso, ao retirar água da argamassa, possivelmente,

ocorre uma redução da relação água/cimento e, conseqüentemente, uma redução da

dimensão dos poros. Além deste, pode ocorrer ainda um aumento da tensão de

confinamento provocada pela sucção do substrato que transporta os produtos de

hidratação para o seu interior.

A área total de poros dos revestimentos aplicados sobre o bloco de concreto é

superior ao do bloco cerâmico. No entanto, quando se comparam os diâmetros

críticos, característico e médio, vê-se que estes tendem a ser inferiores quando as

argamassas são aplicadas sobre substrato de concreto. A quantidade de água

transportada para o interior do substrato e a natureza destes, possivelmente está

interferindo na formação da estrutura de poros dos revestimentos e,

conseqüentemente, nas características e propriedades dos revestimentos tanto no

estado fresco, como, provavelmente, no endurecido.

Page 148: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

125

4.4.2- Porosimetria por dessorção de vapor de água

O ensaio de porosimetria por dessorção de vapor d’água também permite observar o

espectro de dimensões dos poros das amostras ensaiadas. Porém, esta técnica se

aplica para medidas de poros na faixa de 0,0015µm a 10µm sendo mais adequada

para a faixa de 0,0015 a 0,1µm, ou seja, poros bem menores do que os observados

na porosimetria por intrusão de mercúrio.

As amostras extraídas das argamassas para o ensaio de porosimetria por dessorção

foram também retiradas de duas regiões diferentes dos corpos-de-prova, sendo os

mesmos locais já mencionados no ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio,

ou seja, na região de interface argamassa/substrato e intermediária ao revestimento.

As Figuras a seguir mostram os resultados destas determinações.

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

ml/g

)

A - Reg.da Intermediária A - Reg.Interface

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetros dos poros (µm)

Volu

me

Acu

mul

ado

(ml/g

)

A - Reg.da Intermediária A - Reg.Interface

(A) (B) Figura 4.14- Argamassa A – Amostras retiradas da região de interface

argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus

diâmetro dos poros (µm).

Page 149: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

126

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B - Reg.da Intermediária B - Reg.Interface

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetros dos poros (µm)

Vol

ume

Acu

mul

ado

(ml/g

)

B - Reg. Intermediária B - Reg. da interface

(A) (B) Figura 4.15- Argamassa B – Amostras retiradas da região de interface

argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus

diâmetro dos poros (µm).

0,000

0,002

0,004

0,006

0,008

0,010

0,012

0,014

0,016

0,018

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetro dos Poros (µm)

Vol

ume

Incr

emen

tal (

ml/g

)

C - Reg.Intermediária C - Reg.Interface

0,00

0,04

0,08

0,12

0,16

0,20

0,24

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetros dos poros (µm)

Volu

me

Acu

mul

ado

(ml/g

)

C - Reg.Interface C - Reg.Intermediária

(A) (B) Figura 4.16- Argamassa C – Amostras retiradas da região de interface

argamassa/substrato e outra no interior da camada do revestimento. (A) volume incremental (ml/g) versus diâmetros dos poros (µm). (B) Volume acumulado (ml/g) versus

diâmetro dos poros (µm).

Apesar desta técnica ser aplicada para uma faixa de poros de diâmetros bem

pequenos, ainda assim foi possível observar as diferenças presentes na estrutura

porosa das diferentes argamassas, inclusive nas distintas regiões em que estas foram

retiradas.

A influência da granulometria dos agregados, com os quais as argamassas foram

confeccionadas, é bastante evidente. A argamassa A, composta de agregados de

granulometria mais fina apresenta uma maior quantidade de poros na faixa de 0,001

Page 150: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

127

a 0,01µm. A argamassa B, com granulometria intermediária, na faixa de 0,01 a

0,1µm e, a argamassa C, composta de agregado de maior granulometria, entre 0,01

a 1µm.

As argamassas extraídas próximas à região de interface argamassa/substrato tendem

a ter poros com diâmetros característicos semelhantes ao da região intermediária do

revestimento, no entanto, a quantidade destes poros (próximos à interface) é menor,

comparativamente a região mais interna do revestimento. Esta constatação

corrobora o que foi observado no ensaio de porosimetria por intrusão de mercúrio e,

provavelmente, como já mencionado, está relacionado ao efeito de sucção do

substrato neste local e da natureza do substrato.

4.4- RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

A Tabela 4.18 apresenta os resultados médios obtidos na determinação da resistência

de aderência à tração das argamassas de revestimento, com 30mm de espessura,

aplicadas sobre blocos cerâmicos e de concreto. Os resultados individuais desta

propriedade, bem como, seus desvios padrões e coeficientes de variações são

mostrados no Apêndice C.

Tabela 4.18- Resultados médios da resistência de aderência à tração das argamassas

aplicadas sobre blocos cerâmicos e de concreto, aos 28 dias de idade. Formas de rupturas Predominantes (%) Natureza

substrato Argamassas Amostras Rad (MPa) Argamassa de

revestimento (superfície)

Argamassa de revestimento

(interior)

Interface argamassa/substrato

A 9 0,17 - 11 89 B 9 0,19 - 33 67 Cerâmico C 9 0,20 - 33 67 A 9 0,30 56 44 - B 9 0,41 67 33 - Concreto C 9 0,46 78 22 -

Legenda: Rad. = resistência de aderência à tração das argamassas de revestimento Observação: Os valores médios de resistência de aderência foram calculados considerando-se todos os tipos de ruptura.

Page 151: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

128

Os resultados de resistência de aderência mostram que as argamassas aplicadas

sobre substrato de concreto apresentaram valores iguais ou acima de 0,30 MPa, que

é o mínimo prescrito por norma (NBR 13528/1995) para revestimento externo,

sendo os menores e maiores valores obtidos, respectivamente, com as argamassas A

e C. Já argamassas executadas sobre blocos cerâmicos tiveram valores abaixo do

estipulado em norma, independentemente da argamassa utilizada.

A argamassa A, que teve a menor quantidade de água transportada para o substrato

em todas as situações analisadas, foi a que apresentou menores valores de

resistência de aderência, independentemente da natureza do bloco. Este fato foi

mais notório no substrato de concreto. Em contrapartida, as argamassas B e C, com

valores elevados de perda de água para o substrato, apresentaram valores de

resistência superiores ao da argamassa A. Fica evidente a influência do transporte

de água da argamassa fresca para o interior do bloco (intertravamento mecânico),

bem como, as modificações ocorridas na estrutura porosa das argamassas

ocasionadas pelas mudanças nas faixas granulométricas dos agregados.

A natureza do substrato se mostrou de grande influência na resistência de aderência.

Comparando-se as argamassas A, B e C assentadas sobre os dois tipos de substratos

utilizados, tem-se que os seus valores foram 76%, 116% e 130%, respectivamente

maiores para as argamassas executadas sobre o substrato de concreto.

Page 152: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

5- DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este capítulo apresenta a discussão dos resultados obtidos na pesquisa a partir da

interação entre as variáveis adotadas: espessuras dos revestimentos (30 mm e

50mm), diferentes argamassas (A, B e C) e natureza e geometria dos substratos de

blocos cerâmicos e de concreto na movimentação e fixação de água das argamassas

frescas, com vistas ao entendimento de como estas influenciam nas características e

propriedades do revestimento. A discussão fundamentou-se nos resultados obtidos e

pelo confronto destes com a bibliografia referente ao tema.

5.1- INFLUÊNCIA DAS ARGAMASSAS (A, B e C) NA MOVIMENTAÇÃO DE

ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA

A seguir são mostrados alguns dos resultados do transporte de água da argamassa

fresca para o substrato poroso, que representam o comportamento geral observado

por meio dos monitoramentos realizados com as três argamassas (A, B e C),

variando-se a espessura (30 mm e 50 mm) e o tipo de substrato (cerâmico e

concreto). Estes resultados são apresentados em forma de perfis (Figuras 5.1 a 5.3)

e de Tabelas (5.1 a 5.7), que mostram o comportamento da movimentação de água

nas diferentes regiões (camadas) avaliadas dos revestimentos.

Bloco Cerâmico - 30mm - C. superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Bloco Cerâmico - 30mm - C. Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

(a) (b) Figura 5.1- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa

fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato cerâmico. (a) região da superfície. (b) região da interface.

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

Page 153: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

130

Tabela 5.1- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico – Região da superfície do revestimento – 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 4,1 5,0 5,6 9 11 12 169 225 222 R2 5 a 60 5,2 6,1 6,3 35 42 45 658 858 833 R3 60 a 540 2,5 2,2 2,0 74 76 76 1391 1553 1406

Tabela 5.2- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato cerâmico – Região da interface argamassa/substrato – 30 mm. Taxa de água transportada

nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C

R1 0 a 5 7,3 7,1 8,2 17 16 18 320 327 333 R2 5 a 60 5,4 6,4 6,3 44 49 52 827 1001 962 R3 60 a 540 2,7 2,4 2,2 85 86 84 1598 1757 1554

Bloco de Concreto - 30mm - C. superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Bloco de Concreto - 30mm - C. interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

(a) (b) Figura 5.2- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa

fresca. Revestimento de 30 mm. Substrato de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface.

Tabela 5.3- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto

– Região da superfície do revestimento – 30 mm. Taxa de água transportada

nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C

R1 0 a 5 6,3 7,0 8,4 14 16 19 263 327 352 R2 5 a 60 6,9 7,2 7,1 35 52 38 658 735 703 R3 60 a 540 2,38 1,8 1,8 37 28 27 696 572 499

Tabela 5.4- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto – Região da interface argamassa/substrato – 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 9,0 9,7 10,6 20 22 23 376 449 426 R2 5 a 60 7,1 6,7 7,5 38 36 41 714 736 758 R3 60 a 540 2,0 2,0 1,8 31 30 27 583 613 500

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

Page 154: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

131

Bloco Concreto - 50mm - C. superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Bloco Concreto - 50mm - C. Intermediária (inf)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

(a) (b)

Bloco Concreto - 50mm - C. Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

(c)

Figura 5.3- Variação do tipo de argamassa (A, B e C), no transporte de água da argamassa

fresca. Revestimento de 50 mm. Substrato de concreto. (a) região da superfície. (b) região intermediária. (c) região da interface.

Tabela 5.5- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região da superfície do revestimento – 50 mm. Taxa de água transportada

nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos (min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C

R1 0 a 5 2,8 4,3 5,7 6 10 13 113 204 241 R2 5 a 60 6,6 6,4 7,3 41 43 52 771 878 962 R3 60 a 540 1,3 1,5 1,3 61 66 72 1147 1348 1332

Tabela 5.6- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região Intermediária (inf.) ao revestimento – 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 3,2 5,3 6,8 8 12 15 150 245 278 R2 5 a 60 6,8 6,9 7,1 44 49 52 827 1001 962 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,3 66 70 76 1241 1430 1406

R1 R2 R3

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

R1 R2 R3

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

Argamassa C Argamassa B Argamassa A

Page 155: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

132

Tabela 5.7- Variação das Argamassas– Argamassa A, B e C sobre substrato de concreto - Região da interface argamassa/substrato – 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2) Água Transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C Arg. A Arg. B Arg. C R1 0 a 5 5,0 6,3 7,6 11 14 17 207 286 315 R2 5 a 60 6,7 7,1 7,2 48 53 56 827 1083 1036 R3 60 a 540 1,4 1,4 1,3 69 73 76 1297 1491 1406

Os resultados apresentados mostram que as argamassas aplicadas sobre um mesmo

tipo de substrato, sejam de blocos cerâmicos ou blocos de concreto, têm

comportamentos diferenciados com relação ao transporte de água (Figuras 5.1 e

5.2).

A argamassa C, independentemente da variável analisada foi a que permitiu maior

transporte de água da argamassa fresca para o interior do substrato sendo este

transporte mais intenso nos regimes R1 e R2, conforme mostram as taxas de água

transportada nas camadas (Tabelas 5.1 a 5.7); em segundo lugar, a argamassa que

perdeu mais água foi a argamassa B. Inversamente, a argamassa A, foi a que

transportou menor quantidade de água, em direção ao substrato, em todas as

situações analisadas.

O proporcionamento dos materiais e a interação destes na formação da estrutura

porosa das argamassas têm influência direta nos comportamentos observados. Um

exemplo deste fato é a análise isolada do teor de cal das argamassas. A cal, apesar

de ser um material com características aglomerantes (porém de menor potencial que

o cimento) é basicamente inserida na mistura por suas características plastificantes e

de retenção de água. Um maior teor de cal é normalmente associado a uma maior

retenção de água das argamassas. No entanto, as relações não são tão diretas assim,

pois caso fossem, as argamassas B e C teriam, teoricamente, uma maior retenção de

água e, conseqüentemente, transportariam menor quantidade de água das

argamassas frescas para o substrato. No entanto, conforme mostrado na Figura 5.4,

este fato não ocorreu.

Page 156: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

133

5 minutos (R1) - Reg. Interface

0

100

200

300

400

500

600 700 800 900 1000 1100

Cal (g)

Água

Tra

nspo

rtada

(g)

Cer - 30mm Con - 30mmCer - 50mm Con - 50mm

60 minutos (R 1 + R 2) - Reg. Interface

0

200

400

600

800

1000

1200

600 700 800 900 1000 1100Cal (g)

Água

Tra

nspo

rtada

(g)

Cer - 30mm Con - 30mmCer - 50mm Con - 50mm

(a) (b)

Figura 5.4- Relação entre o teor de cal e a água transportada das argamassas (A, B e C) aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de

revestimento, na região da interface. (a) Regime 1 (5 minutos). (b) Regimes R1 + R2 (60 minutos).

O que se mostrou determinante na quantidade de água transportada foi a interação

direta entre os poros da argamassa e os poros do substrato que realmente

contribuem substancialmente na retirada de água da argamassa. Neste sentido, a

mudança das faixas granulométricas das areias foi um fator decisivo. As argamassas

executadas com areias de granulometria mais grossa foram as que transportaram

maior quantidade de água para o substrato. Esta correlação pode ser percebida

quando se analisa o resultado da massa unitária das areias (Tabela 3.5), em relação à

taxa de água transportada nas argamassas, conforme mostrado na Figura 5.5.

R1 + R2 - Reg. Interface

0

5

10

15

20

1,3 1,35 1,4 1,45 1,5 1,55

Massa Unitária das Areias (kg/dm³)

Taxa

de

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

/min

1/2 )

Cer - 30mm Con - 30mm Cer - 50mm Con - 50mm

Figura 5.5- Relação entre as massas unitárias das areias e a água transportada das

argamassas (A, B e C), aplicadas sobre substratos cerâmicos e de concreto com as duas espessuras de revestimento, na região da interface, com 60 minutos (R1 + R2).

Arg.B Arg.C Arg.A

Arg.B Arg.A

Arg.C

Arg.A Arg.BArg.C

Page 157: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

134

O fato da argamassa A possuir uma rede de poros mais finos faz com que o raio

médio dos capilares da argamassa fresca diminua e, conseqüentemente, ocorre uma

redução da capacidade de sucção do substrato. A maior quantidade de poros de

pequeno diâmetro no interior da argamassa, ajudam a reter mais água em seus

interstícios.

A formação de uma rede capilar mais refinada da argamassa A foi ainda

incrementada pelas forças (forças capilares, adsorção física, ligação química da

água) que agem na estrutura porosa da argamassa. Desta forma, a estrutura de poros

pode constituir-se, naturalmente, em uma barreira física que dificulta o transporte de

água da argamassa em direção ao substrato e, que pode levar a uma diminuindo na

precipitação dos produtos de hidratação no interior deste (Winslow & Liu, 1990;

Groot, 1993). Outros pesquisadores, tais como, Carasek (1996); Angelim (2000) e

Scartezini (2002), também perceberam esta característica de “restrição” a

movimentação de água da argamassa quando estas são executadas com areia de

granulometria mais fina.

Já as argamassas B e C, que foram executadas com areias de granulometria mais

grossa tiveram sua movimentação de água facilitada também em virtude da

estrutura porosa formada. Quanto mais grossa a granulometria da areia (dentre as

que geram argamassas trabalháveis), menor será a quantidade de poros finos no

interior da argamassa que concorrerão com os poros do substrato durante o processo

de transporte de água no sistema e, conseqüentemente, haverá uma maior deposição

de produtos de hidratação na região de interface contribuindo para a ancoragem da

argamassa sobre o substrato (Groot, 1993; Détriche & Maso, 1986).

A diferenciação na estrutura porosa das argamassas ocasionadas, principalmente,

pela variação das curvas granulométricas das areias (que foi fundamental na sua

movimentação de água para os substratos), também pôde ser percebida quando da

realização dos ensaios de porosimetria por intrusão de mercúrio, conforme mostrado

nas Figuras 5.6 e 5.7.

Page 158: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

135

Argamassas - Bloco de Concreto

0,000,020,04

0,060,08

0,100,120,140,160,18

1 10 100 1000 10000 100000 1000000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Intermediária B - Reg. Intermediária C - Reg. Intermediária

Argamassas - Bloco Cerâmico

0,000,020,040,060,080,100,120,140,160,18

1 10 100 1000 10000 100000 1000000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Intermediária B - Reg. Intermediária C - Reg. Intermediária

(a) (b)

Figura 5.6- Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região intermediária ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre o substrato de

concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre o substrato cerâmico.

As Figuras mostram resultados distintos de porosidades das argamassas. Estes

resultados são oriundos da interação entre as diferentes argamassas e os substratos

porosos. No entanto, independentemente deste fato, percebe-se que argamassas

executadas com areias de granulometria mais grossa, em especial as aplicadas sobre

o substrato de concreto apresentam uma maior porosidade (área total de poros,

conforme mostrado na Tabelas 4.16 e 4.17). A estrutura mais “aberta” destas

argamassas permitiu uma maior facilidade na movimentação de água da argamassa

fresca para o interior do substrato. As argamassas retiradas da região de interface

com o substrato têm suas porosidades diretamente influenciadas pela sucção intensa

exercida pelo substrato, conforme mostrado na Figura 5.7.

Argamassas - Bloco de Concreto

0,000,020,040,060,08

0,100,120,140,160,18

1 10 100 1000 10000 100000 1000000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Interface B - Reg. Interface C - Reg. Interface

Argamassas - Bloco Cerâmico

0,00

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

0,12

0,14

0,16

0,18

1 10 100 1000 10000 100000 1000000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Acum

ulad

o (m

l/g)

A - Reg. Interface B - Reg. Interface C - Reg. Interface

(a) (b)

Figura 5.7- Espectro de poros das argamassas (A, B e C), na região da interface ao revestimento, após sucção dos substratos. (a) Argamassas aplicadas sobre o substrato de

concreto. (b) Argamassas aplicadas sobre o substrato cerâmico.

Page 159: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

136

Nesta região a porosidade das argamassas praticamente não apresenta diferenças

significativas. A sucção elevada do substrato parece afetar de forma mais

homogênea a formação da estrutura porosa das argamassas, independentemente da

sua interação com o substrato. As Fotografias 5.1 (a), (b) e (c) permitem observar

mudanças na superfície das argamassas a partir da variação granulométrica dos

agregados utilizados na execução das argamassas visualizadas com lupa na mesma

ampliação.

(a) (b)

(c)

Fotografia 5.1- Vista da superfície das argamassas por meio de lupa com aumento de 50 vezes. (a) Argamassa A . (b) Argamassa B. (c) Argamassa C.

A Fotografia 5.1(a) mostra a superfície mais densa e refinada da argamassa formada

por agregados mais finos. As Fotografias 5.1 (b) e (c), por sua vez, mostram a

influência dos agregados com diâmetros maiores (estrutura porosa mais “aberta”).

0,01 mm0,01 mm

0,01 mm

Page 160: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

137

A porosidade das argamassas, aliada à interação com o tipo de substrato sobre os

quais estas são aplicadas, em virtude do maior ou menor poder de sucção destes,

influem diretamente sobre propriedades fundamentais do revestimento, tais como, a

adesão da argamassa fresca ao substrato (diretamente relacionadas aos primeiros 60

minutos – R1 e R2) e sua posterior aderência (argamassa endurecida).

A argamassa A, por exemplo, que apresenta maior resistência interna ao fluxo da

água, quando colocada em contato com substratos que não tenham um potencial de

sucção elevado (como por exemplo, o substrato cerâmico) pode criar uma região de

contato (interface) mais porosa e, possivelmente, mais frágil, ocasionando uma

redução na resistência de aderência (Bauer & Paes, 2004). Ou contrariamente, o uso

de uma argamassa que apresente baixo poder de retenção de água quando em

contato com um substrato de elevado potencial de sucção (por exemplo, o bloco de

concreto) pode levar a uma absorção excessiva de água da argamassa fresca

causando um rápido aumento de sua rigidez e uma considerável contração

volumétrica nos momentos iniciais (retração por secagem). A hidratação diferencial

do(s) aglomerante(s) pode gerar zonas com características distintas e levar a

microfissuração ou enfraquecimento da interface (Lawrence & Cao, 1988; Detriché

& Maso, 1996).

5.2-INFLUÊNCIA DA NATUREZA DO SUBSTRATO NA MOVIMENTAÇÃO DE

ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA

O tipo de substrato e suas peculiaridades são determinantes no transporte de água da

argamassa fresca. Com relação aos substratos utilizados nesta pesquisa, é possível

observar que suas estruturas porosas e superficiais são bastante diferentes, conforme

mostrado nas Fotografias 5.2 (a) e (b) visualizadas em lupa, com aumento de 40

vezes.

Page 161: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

138

(a) (b)

Fotografias 5.2- Vista da superfície dos blocos. (a) cerâmico. (b) concreto – Aumento de 40 vezes.

O bloco cerâmico apresenta superfície mais densa, compacta e lisa. O bloco de

concreto, por sua vez, apresenta maior rugosidade superficial e textura bastante

diferenciada. A respeito da rugosidade superficial dos componentes de alvenaria, os

substratos que têm esta característica mais acentuada, caso por exemplo do bloco de

concreto, apresentam um aumento da área de contato entre a argamassa e o bloco o

que pode levar a um maior transporte de água e, conseqüentemente, a uma melhora

na resistência de aderência dos revestimentos (Dudoboy e Ribar, 1988).

A porosidade dos substratos como: diâmetro, estrutura, volume e distribuição dos

poros, aliadas as suas características superficiais influem na quantidade e na

velocidade do transporte de água e, conseqüentemente, na alteração das

propriedades da argamassa em contato com esta base absorvente. A seguir são

apresentados alguns resultados (Figuras 5.8 e 5.9 e Tabelas 5.7 a 5.11) dos

comportamentos observados com relação ao transporte de água da argamassa fresca,

a partir da mudança da natureza do substrato poroso.

0,1 mm0,1 mm

Page 162: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

139

Argamassa C - 30mm - C. Superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtada

(%)

Argamassa C - 30mm - C. Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Águ

a Tr

ansp

orta

da (%

)

(a) (b)

Figura 5.8- Variação da natureza do substrato (30 mm): Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) região da superfície. (b) região da interface.

Tabela 5.8- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da superfície – 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%) Água Transportada (g)

Regime Tempos (min) Superfície

Cerâmico 30mm

Superfície Concreto

30mm

Superfície Cerâmico

30mm

Superfície Concreto

30mm

Superfície Cerâmico

30mm

Superfície Concreto

30mm

Substratos* concreto/cerâmico

(%)

R1 0 a 5 5,6 8,4 12 19 222 352 59 R2 5 a 60 6,3 7,1 45 57 833 1055 27 R3 60 a 540 2,0 1,8 76 84 1406 1554 11

* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico

Tabela 5.9- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa C sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da interface – 30 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%)

Água Transportada (g)

Regime Tempos (min) Interface

Cerâmico 30mm

Interface Concreto

30mm

Interface Cerâmico

30mm

Interface Concreto

30mm

Interface Cerâmico

30mm

Interface Concreto

30mm

Substratos* concreto/cerâmico

(%)

R1 0 a 5 8,2 10,6 18 23 333 426 28 R2 5 a 60 6,3 7,5 52 64 962 1184 23 R3 60 a 540 2,2 1,8 84 91 1554 1684 8

* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico

R1 R2 R3

Concreto

R1 R2 R3

Cerâmico

Concreto

Cerâmico

Page 163: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

140

Argamassa A - 50mm - C. Superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtada

(%)

Argamassa A - 50mm - C. Intermediária

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtada

(%)

(a) (b)

Argamassa A - 50mm - C. Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

(c)

Figura 5.9- Variação da natureza do substrato (50 mm): Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto. (a) Região da superfície. (b) Região intermediária. (c) Região

da interface.

Tabela 5.10- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da superfície – 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%) Água Transportada (g)

Regime Tempos (min) Superfície

Cerâmico 50mm

Superfície Concreto

50mm

Superfície Cerâmico

50mm

Superfície Concreto

50mm

Superfície Cerâmico

50mm

Superfície Concreto

50mm

Substratos* concreto/cerâmico

(%)

R1 0 a 5 0,8 2,8 2 6 38 113 197 R2 5 a 60 5,4 6,6 30 41 564 771 37 R3 60 a 540 1,5 1,3 55 61 1034 1147 11

* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico

R1 R2 R3

R1 R2 R3

Concreto

R1 R2 R3

Concreto

Concreto

Cerâmico Cerâmico

Cerâmico

Page 164: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

141

Tabela 5.11- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região Intermediária (inf.) – 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%)

Água Transportada (g)

Regime Tempos (min) Intermed.

Cerâmico 50 mm

Intermed. Concreto 50 mm

Intermed. Cerâmico

50 mm

Intermed. Concreto 50 mm

Intermed. Cerâmico

50 mm

Intermed. Concreto 50 mm

Substratos* concreto/cerâmico

(%)

R1 0 a 5 2,4 3,2 5 8 94 150 60 R2 5 a 60 5,7 6,8 35 44 658 827 26 R3 60 a 540 1,6 1,4 61 66 1147 1241 8

* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico

Tabela 5.12- Variação da Natureza dos substratos – Argamassa A sobre substrato cerâmico e de concreto- Região da Interface – 50 mm.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%) Água Transportada (g)

Regime Tempos (min) Superfície

Cerâmico 50 mm

Superfície Concreto 50 mm

Superfície Cerâmico

50 mm

Superfície Concreto 50 mm

Superfície Cerâmico

50 mm

Superfície Concreto 50 mm

Substratos* concreto/cerâmico

(%)

R1 0 a 5 3,3 5,0 7 11 132 207 57 R2 5 a 60 6,0 6,7 39 48 733 827 13 R3 60 a 540 1,6 1,4 66 69 1241 1297 5

* Relação entre o transporte de água ocorrido no substrato de concreto e no cerâmico

Os resultados mostram que o tipo de substrato influenciou decisivamente o

transporte de água da argamassa. Em todas as situações analisadas, o substrato de

concreto succionou mais água da argamassa fresca do que o substrato cerâmico,

independentemente da região analisada. Este transporte foi implementado com a

variação do tipo de argamassa aplicada sobre o substrato, sendo este tanto maior

para as argamassas executadas com agregados de granulometria mais grossa

(argamassas B e C).

A estrutura porosa mais refinada do substrato cerâmico (poros de menores

diâmetros), bem como, as suas características superficiais (densa, compacta e lisa)

fazem com que este absorva a água da argamassa em tempos mais prolongados e

em menor quantidade, quando comparado ao substrato de concreto.

O substrato de concreto, por sua vez, com seus poros de maiores diâmetros (que

facilita a saturação do componente), em conjunto com sua rugosidade superficial,

gera condições mais favoráveis à penetração da pasta aglomerante em seu interior e,

conseqüentemente, a ancoragem da argamassa. A distribuição dos poros dos

Page 165: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

142

substratos é mostrada na Figura 5.10. Esta mostra a junção dos resultados das duas

técnicas empregadas (porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por

dessorção) para caracterizar o espectro de dimensões dos poros dos substratos.

B. Cerâmico / B. Concreto - Porosimetria por Dessorção

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

0,001 0,01 0,1 1 10

Diâmetro dos Poro (µm)

Volu

me

incr

emen

tal (

ml/g

)

B. Concreto B. Cerâmico

B. Cerâmico / B. de Concreto - Porosimetria por mercúrio

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000

Diâmetro dos Poros (µm)

Volu

me

Incr

emen

tal (

ml/g

)

B. Cerâmico B. Concreto

Figura 5.10- Espectro de poros dos blocos cerâmicos e de concreto – Porosimetria por

dessorção e porosimetria por intrusão de mercúrio.

Quando se analisa, conjuntamente, o resultado obtido com as duas técnicas

percebe-se que o bloco de concreto apresenta volumes expressivos de poros com

diâmetros maiores (porosimetria por intrusão de mercúrio) e outra igualmente

significativa, na faixa de poros com diâmetros menores (porosimetria por

dessorção). Já o bloco cerâmico apresenta a grande maioria de seus poros inseridos

na faixa de diâmetros menores. Estas características são fundamentais na sucção da

água da argamassa.

A explicação do porquê o substrato de concreto succiona uma quantidade

expressiva de água da argamassa nos instantes iniciais, possivelmente está na

distribuição total de seus poros e na sua interconectividade. A configuração da

estrutura porosa deste substrato pode explicar a sua “avidez” (maior sucção) pela

água da argamassa além, de suas características superficiais (textura e rugosidade)

que favorecem o intertravamento mecânico do revestimento.

O bloco cerâmico, por sua vez, apesar da elevada força de sucção capilar que os

poros menores possuem, a quantidade de água succionada, inicialmente, é pequena.

Sendo assim, a distribuição de seus poros, aliadas as suas características

Page 166: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

143

superficiais, são responsáveis pelo bloco cerâmico succionar água em menor

quantidade e em tempos mais prolongados, comparativamente ao bloco de concreto,

nos instantes pós-aplicação (regimes R1 e R2).

O comportamento diferenciado de argamassas idênticas, quando aplicadas em tipos

distintos de substrato (cerâmico, concreto e outros) sob mesmas condições de

aplicação e mão-de-obra, têm sido observado em diversas pesquisas, tais como:

Carasek (1996), Candia (1998), Pereira (2000), Scartezini (2002) e Leal (2003).

Neste sentido, apesar de não ter sido escopo desta pesquisa, cabe ressaltar que

dependendo da situação, a escolha da argamassa a ser aplicada pode ser em

decorrência do substrato utilizado ou, ainda, a realização de tipos diferenciados de

tratamentos de base.

Outro ponto que cabe destacar, diz respeito à influência (ou não) da geometria dos

blocos no transporte de água das argamassas. Nesta pesquisa, toda a avaliação do

transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso, foi realizada com os

substratos cerâmicos e de concreto com as geometrias mostradas na Fotografia 5.3

(a) e (b).

(a) (b) Fotografia 5.3- Representação da natureza e geometria dos blocos utilizados na pesquisa.

(a) Concreto (39x14x19)cm. (b) Cerâmico (38,5x11,5x19)cm.

O ensaio de absorção capilar de água livre dos blocos, ao longo do tempo (Figura

4.2) e o monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o substrato

poroso mostraram que realmente estes componentes apresentam comportamento

diferenciado. No entanto, como os blocos têm geometrias bem diferentes, fica a

Page 167: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

144

dúvida se esta característica também influencia no transporte de água e, caso

positivo, quanto influencia. A fim de tentar dirimir estes questionamentos,

resolveu-se realizar o ensaio de absorção capilar de água livre (ao longo do tempo)

em amostras do bloco de concreto e do bloco cerâmico que não tivessem a variável

geometria influenciando no transporte de água. Desta forma foram extraídas

amostras praticamente de mesmas dimensões dos dois tipos de substratos (12 cm²)

de modo a que somente a natureza destes fossem determinantes na movimentação

de água. A Fotografia 5.4 mostra a configuração das amostras e a Figura 5.11 o

resultado obtido na referida avaliação, a partir da quantidade percentual de água

absorvida, por unidade de área.

Fotografia 5.4- Amostras maciças do bloco de concreto e do bloco cerâmico, respectivamente - avaliação da absorção capilar de água (ao longo do tempo).

Perfil de Absorção de água (ao longo do tempo)

0

1020

304050

60

7080

90

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tem po1/2 (m in)

Água

abs

orvi

da p

or u

nida

de d

e ár

ea (g

/cm

²*10

0)

Cerâmico maciço Concreto maciço

Figura 5.11- Absorção capilar de água (ao longo do tempo) das amostras maciças retiradas

dos substratos de concreto e cerâmico.

Os resultados mostram que os blocos realmente apresentam comportamentos

distintos com relação à absorção de água (ao longo do tempo). A amostra do bloco

de concreto succionou água de forma mais intensa nos momentos iniciais

apresentando, no entanto, absorção total inferior a da amostra do bloco cerâmico.

Page 168: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

145

Este comportamento foi similar ao ocorrido na avaliação dos blocos inteiros (Figura

4.1). Desta forma, percebe-se que se estes blocos tivessem mesma geometria, ainda

assim o bloco de concreto teria maior potencial de sucção de água. Estes

características estão logicamente atreladas à natureza dos componentes (estrutura

porosa e características superficiais).

Na mesma linha de raciocínio, retirou-se uma segunda amostra do bloco cerâmico

de modo a avaliar o transporte de água livre a partir da existência de

descontinuidades ocasionadas pelas áreas vazadas, conforme mostrado na

Fotografia 5.5 (a) e (b). Os resultados desta avaliação são apresentados na

Figura 5.12.

(a) (b)

Fotografia 5.5- Amostras de bloco cerâmico. (a) Existência de áreas vazadas. (b) amostra maciça.

Perfil de Absorção de água (ao longo do tempo)

0102030405060708090

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Te mpo1/2 (min)

Água

abs

orvi

da p

or u

nida

de d

e ár

ea (g

/cm

²*10

0)

Cerâmico maciço Cerâmico vazado

Figura 5.12- Absorção capilar de água livre (ao longo do tempo) de amostras maciças e

vazadas retiradas do substrato cerâmico.

A amostra retirada do substrato cerâmico com a presença de área vazada, mostrou

ter comportamento similar à amostra maciça. A água ao chegar nestas regiões, tende

a prosseguir sua movimentação pelas paredes laterais sem contudo acarretar

Page 169: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

146

“prejuízo” em relação à quantidade de água absorvida, em comparação com a

amostra maciça. Este fato pode estar associado ao transporte de água neste substrato

ocorrer mais lentamente em virtude de sua porosidade e características superficiais

(poros de diâmetros menores e estrutura mais densa), o que faz com que a existência

dessas descontinuidades não tenha se mostrado determinante ao transporte de água.

5.3-INFLUÊNCIA DA ESPESSURA DO REVESTIMENTO NA

MOVIMENTAÇÃO DE ÁGUA DA ARGAMASSA FRESCA

O transporte de água da argamassa fresca para o substrato poroso é influenciado por

diversos fatores, dentre eles, a espessura do revestimento. Logo que a argamassa

fresca é colocada em contato com o substrato poroso, essa dispõe de uma grande

quantidade de água relativamente livre a ser transportada para o interior do

substrato. Este transporte de água será mais ou menos intenso, de acordo com o

potencial de sucção do substrato (diretamente relacionado com a sua natureza) e

com a espessura do revestimento.

A argamassa fresca pode ser encarada inicialmente, como um sistema de poros

saturados de água e partículas em suspensão. A condição da argamassa fresca

possuir um sistema de poros saturados é paulatinamente interrompida quando da

interação desta com o substrato absorvente, o qual causará de imediato o

decréscimo do conteúdo de água, além de uma movimentação de partículas que

tende a aproximá-las causando compactação e densificação de sua estrutura. Este

transporte de água da argamassa pela sucção dos poros do substrato, acarreta uma

perda de plasticidade, a qual é necessária para as operações de acabamento do

revestimento (corte, sarrafeamento e desempeno).

A espessura irá afetar este transporte, uma vez que, apesar da grande quantidade de

água disponível a ser transportada são geradas, no interior da argamassa, restrições

a este fluxo devido aos vários tipos de forças que trabalham no interior desta, como

a adsorção da água pelos demais componentes da argamassa e a sua ligação química

com o cimento, necessária à evolução da hidratação desse.

Page 170: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

147

Para exemplificar o comportamento geral obtido na pesquisa quando da variação da

espessura do revestimento (30 mm e 50 mm), foram utilizados os resultados obtidos

com a argamassa A aplicada sobre substrato de concreto e substrato cerâmico

(Figuras 5.13 e 5.14 e Tabelas 5.13 a 5.16). As mudanças nos regimes do transporte

de água da argamassa, em relação às duas espessuras empregadas, foram analisadas

em duas regiões distintas: próxima a superfície do revestimento e próxima a

interface argamassa/substrato. Estas duas regiões são “limítrofes”, pois, por meio

destas se consegue perceber a maior ou menor influência da sucção do substrato, no

transporte em questão.

Bl. concreto - Arg. A - Camada superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tem po1/2 (m in)

Águ

a Tr

ansp

orta

da (%

)

Bl. Concreto - Arg. A - Camada Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Águ

a Tr

ansp

orta

da (%

)

(a) (b)

Figura 5.13- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto. (a) Região da superfície do revestimento. (b) Região da interface

do revestimento.

Tabela 5.13- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da superfície.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada média (%)

Água Transportada média (g) Regimes Tempos

(min) Superfície 30 mm

Superfície50 mm

Superfície 30 mm

Superfície50 mm

Superfície 30 mm

Superfície 50 mm

Relação entre a espessura

30mm/50mm* (%)

R1 0 a 5 6,3 2,8 14 6 263 113 133 R2 5 a 60 7,0 6,6 49 41 921 771 19

R3 60 a 540 2,4 1,3 86 61 1617 1147 41

* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 133% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à superfície.

R1 R2 R3

50 mm

R1 R2 R3

50 mm

30 mm 30 mm

Page 171: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

148

Tabela 5.14- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato de concreto- Região da interface.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada média (%)

Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Interface 30 mm

Interface 50 mm

Interface 30 mm

Interface 50 mm

Interface 30 mm

Interface 50 mm

Relação entre a espessura

30mm/50mm* (%)

R1 0 a 5 9,0 5,0 20 11 376 207 82 R2 5 a 60 7,1 6,7 58 48 1090 827 32 R3 60 a 540 2,1 1,4 89 69 1673 1297 29

* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 82% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à interface.

Bl Cerâmico - Arg. A - Camada da superfície

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Bl. Cerâmico - Arg. A - Camada da Interface

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

Tempo1/2 (min)

Água

Tra

nspo

rtad

a (%

)

Figura 5.14- Variação da espessura do revestimento. Argamassa A sobre substrato

cerâmico. (a) Região da superfície do revestimento. (b) Região da interface argamassa/substrato.

Tabela 5.15- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato

cerâmico- Região próxima à superfície. Taxa de água

transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%) Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Superfície 30 mm

Superfície50 mm

Superfície 30 mm

Superfície50 mm

Superfície 30 mm

Superfície 50 mm

Relação* entre a

espessura 30mm/50mm

R1 0 a 5 4,1 0,8 9 2 169 38 345 R2 5 a 60 5,2 5,4 35 30 658 564 17 R3 60 a 540 2,6 1,5 74 55 1391 1034 35

* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 345% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à superfície.

Tabela 5.16- Variação da espessura dos revestimentos – Argamassa A sobre substrato cerâmico - Região próxima à interface.

Taxa de água transportada nas regiões (%/min1/2)

Água transportada (%)

Água Transportada (g) Regimes Tempos

(min) Interface 30 mm

Interface 50 mm

Interface 30 mm

Interface 50 mm

Interface 30 mm

Interface 50 mm

Relação* entre a

espessura 30mm/50mm

R1 0 a 5 7,3 3,3 17 7 320 132 142 R2 5 a 60 5,4 6,0 44 39 827 733 13 R3 60 a 540 2,7 1,6 85 66 1598 1241 29

* Relação entre a quantidade de água transportada no revestimento de 30mm e 50mm. Pode-se dizer, por exemplo, que no Regime 1, o revestimento de 30mm perde 142% a mais de água do que o revestimento de 50mm, analisando-se, neste caso, a camada próxima à interface.

R1 R2 R3

50 mm

R1 R2 R3

50 mm

30 mm 30 mm

Page 172: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

149

Os resultados dos perfis de movimentação de água da argamassa fresca para o

substrato poroso mostram diferenças significativas no comportamento dos

revestimentos a partir da espessura empregada. No revestimento de menor espessura

a argamassa fresca perde água em maior quantidade e velocidade (Tabelas 4.3 a

4.14) do que no de maior, independentemente do regime avaliado. Este

comportamento foi observado também na pesquisa de Ouzit (1990). Nesta, o autor

cita que além da espessura, a sucção do substrato é fator determinante na perda de

água da argamassa.

Os revestimentos de 30 mm têm seu transporte de água diretamente influenciado

pela sucção do substrato inclusive na camada mais próxima à superfície,

independentemente das condições impostas às amostras (umidade relativa próxima

a 100%). Ocorre neste revestimento, já nos primeiros 5 minutos (Regime 1) uma

perda significativa da água da argamassa, em especial na região próxima à interface.

Com relação à região da interface, um fato que chama a atenção é o de que mesmo

neste local o revestimento de 50 mm perdeu menos água para o substrato do que o

revestimento de 30 mm. A espessura de 50 mm pode, naturalmente, ter atuado

como uma barreira à movimentação de água da argamassa. A maior quantidade de

material (argamassa) aplicado sobre o substrato levou a um elevado volume de água

restringida a ser transportada. Neste caso, aumentou-se o volume de água, no

entanto, o poder de sucção do bloco continua sendo o mesmo que age em um

revestimento de menor espessura (atuação mais intensa). Como a água está sendo

movimentada para o substrato por meio de uma rede de poros e que, alguns destes

encontram-se interconectados e outros não, efeitos relacionados à tortuosidade e

interconectividade, tensão superficial, forças capilares e de adsorção estão,

provavelmente, atuando no sistema e, podem ter levado a uma menor velocidade e

quantidade de água transportada para o substrato, nos regimes avaliados.

Nos momentos pós-aplicação da argamassa, diferenciando-se em especial o

regime 1 (cinco primeiros minutos), existe uma certa reserva à utilização de

Page 173: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

150

revestimentos de maior espessura. Nestes, a camada mais próxima à superfície é

sem dúvida, a que menos tem seu transporte de água influenciado pela sucção

substrato. Os resultados obtidos com a situação exemplificada na Figura 5.13

(Argamassa A sobre substrato de blocos de concreto) mostraram que no regime 1,

mesmo sendo utilizado um substrato de elevada capacidade de sucção de água, a

camada próxima à superfície, em revestimentos de 50mm, perde 57% a menos de

água em comparação com a mesma camada quando se utiliza o revestimento de 30

mm. Já a camada da interface, neste mesmo regime, perde 45% a menos de água do

que a mesma região avaliada no revestimento de 30 mm.

Esta condição pode ser mais crítica se for utilizado um substrato que tenha um

baixo potencial de sucção, como por exemplo, o substrato cerâmico,

comparativamente ao substrato de bloco de concreto (Figura 5.14 e as Tabelas

5.15 e 5.16).

Observou-se que ao se aplicar o revestimento sobre substrato com baixo poder de

sucção e com espessuras maiores, o regime 1 fica muito comprometido em relação

ao transporte de água, principalmente, a região mais próxima à superfície (Tabela

5.15), em relação ao revestimento de 30mm. Portanto, é provável, que em

revestimento executados desta forma (maior espessura) o transporte de água da

argamassa, na camada mais externa, seja intensamente afetado pelo meio ambiente

(evaporação).

Estes primeiros cinco minutos, segundo Brocken et al. (1998), são de fundamental

importância na adesão inicial da argamassa ao substrato. Os autores chegaram a esta

conclusão após estudarem a influência do pré-molhamento do substrato na retirada

de água da argamassa. Davison (1961), Groot (1998) e Candia (1998), do mesmo

modo, verificaram uma redução substancial do conteúdo de água neste período do

contato da argamassa com a base de aplicação.

Page 174: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

151

Conforme já mencionado, a adesão inicial é a propriedade da argamassa que lhe

permite permanecer aderida ao substrato após a aplicação não significando a adesão

dessa de forma definitiva. Esta propriedade é fundamental no comportamento futuro

do revestimento. A forma como ocorre essa adesão depende tanto das características

de trabalhabilidade da argamassa, quanto das características de porosidade do

substrato. Espera-se que uma argamassa trabalhável apresente plasticidade e

viscosidade suficiente para permitir que o operário a manuseie e a aplique sobre a

base e, concomitantemente a esta operação, ela permaneça em contato com o

substrato, sob a ação de seu peso próprio, sem descolamento e escorrimento.

No caso dos revestimentos de maior espessura, em virtude das forças existentes que

restringem o fluxo da água, a quantidade e a velocidade de água transportada para o

interior do substrato é menor. Este fato pode trazer de imediato, a majoração do

tempo para realização das operações de acabamento do revestimento pelo maior

teor de água no interior da argamassa. O maior peso próprio do revestimento pode

majorar as tensões de cisalhamento impostas ao movimento descendente deste, que

caso não o suporte, provoca o efeito de desplacamento e/ou escorrimento da

argamassa. Em obras, é comum se notar a ocorrência de falhas na adesão inicial,

levando a desplacamentos e/ou escorrimentos da argamassa recém-lançada

(primeiros minutos), conforme mostrado nas Fotografias 5.6 (a), (b) e (c).

Page 175: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

152

Fotografias 5.6- Adesão inicial insatisfatória. (a) Fissura com início de

desplacamento. (b) Desplacamento e escorrimento da argamassa ainda fresca. (c) Material totalmente descolado do substrato (Gonçalves, 2004).

A ocorrência deste tipo de falha pode ser minimizada pela interação de alguns

fatores, como por exemplo, os cuidados na execução, os materiais utilizados e um

tratamento de base adequado segundo o tipo de substrato empregado. Cabe também

ressaltar, que ao se aplicar revestimentos de espessura maiores além dos problemas

de sobrecargas, podem ocorrer também retração e fissuração na argamassa.

5.4- RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA

Os resultados obtidos no ensaio da resistência de aderência à tração das argamassas

foram submetidos a análises de variâncias (ANOVA), empregando-se, para tanto, o

programa computacional Statistica for Windows versão 4.0, para a determinação da

dependência dos fatores associados a esta propriedade de acordo com as variações

de estudo (tipo de substrato, tipo de argamassa e a interação substrato/argamassa).

Os resultados obtidos são mostrados na Tabela 5.17. Os valores calculados do

(a) (b)

(c)

C

Page 176: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

153

parâmetro Fischer (FCAL.) foram comparados com os valores tabelados (FTAB.) para

um nível de significância de 5% (Ftab. = Fα = 0,05 (ν1, ν2)) onde ν1 e ν2 são os graus

de liberdade do efeito avaliado e do resíduo, respectivamente.

Tabela 5.17- Análise de variância realizada com os resultados de resistência de aderência: avaliação da influência do tipo de bloco, do tipo de argamassa e da interação

bloco/argamassa. Efeitos SQ GL MQ FCALC. FTAB. Resultados Modelo 0,698200 5 0,13965 648,72 2,408 Significativo

Erro (residuo) 0,010333 48 0,000215 - - - Total 0,708600 53 - - - - Bloco 0,570417 1 0,570417 2649,68 4,08 Significativo

Argamassa 0,091181 2 0,045591 211,78 3,19 Significativo Bloco*Argamassa 0,036678 2 0,018339 85,19 3,19 Significativo

R2mod = 0,985 sendo: R2

mod = 1-SQerro / SQtotal Rmod. = 0,992

Onde: SQ = soma dos quadrados; GL = graus de liberdade; MQ = média dos quadrados F = parâmetro Fischer para o teste de significância dos efeitos; R2

mod = coeficiente de determinação do modelo; Rmod. = coeficiente de correlação do modelo.

A análise de variância mostrou que o modelo adotado é significativo, uma vez que o

valor de FCALC. do modelo é bem maior que o FTAB. Além disto, o valor resultante de

R² foi de 0,98, o que mostra que 98% da variação total dos dados é explicada pelo

modelo. Esta análise também mostrou que os efeitos individuais dos fatores

principais analisados: tipos de argamassas e natureza dos substratos, são

estatisticamente significativos a um nível de confiança de 95%. Isto quer dizer que

cada uma dessas variáveis independentes, tomadas isoladamente, exerce influência

na resistência de aderência dos revestimentos.

Tendo em vista a influência dos fatores analisados, foi realizada uma comparação

múltipla de médias pelo teste de Duncan5.1, com o objetivo de agrupar as médias

que não diferem significativamente entre si e separar aquelas que diferem,

distinguindo assim os grupos. As Figuras 5.15 a 5.17 apresentam o resultado do

5.1 Para identificar quais os fatores apontados pela ANOVA, que diferem estatisticamente entre si, foi utilizado uma comparação de múltiplas médias pelo teste de Duncan, que indica a existência de grupos, de acordo com uma ordem seqüencial, do menor para o maior valor. As linhas tracejadas verticais definem os grupos que se diferem significativamente.

Page 177: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

154

teste de Duncan para as análises realizadas, sendo expressa a estimativa da média

global, o erro padrão da média e o desvio padrão.

Mean ±SE ±SD concreto cerâmico

Bloco

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

Res

istê

ncia

de

Ade

rênc

ia (M

Pa)

Figura 5.15- Variação da natureza dos substratos (bloco cerâmico e bloco de concreto)

sobre a resistência de aderência das argamassas.

Mean ±SE ±SD A B C

Argamassas

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

Res

istê

ncia

de

ader

ênci

a (M

Pa)

Figura 5.16- Influência das argamassas (A, B e C) sobre a resistência de aderência dos

revestimentos.

Page 178: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

155

Blococoncreto Blococerâmico

A B C

Argamassas

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

Res

istê

ncia

de

Ade

rênc

ia (M

Pa)

Figura 5.17- Interação da natureza dos substratos (cerâmico e concreto) e das argamassas

(A, B e C), sobre a resistência de aderência dos revestimentos.

Os resultados mostram que, para as situações analisadas, os modelos são

significativos. No entanto, o efeito do tipo de substrato (Figura 5.15) foi mais

expressivo e muito superior aos demais efeitos testados.

Os valores médios de resistência de aderência obtidos sobre substratos de concreto

são bastante diferentes e superiores aos obtidos sobre os substratos cerâmicos, sem

fazer distinção do tipo de argamassa aplicada sobre estes. Esse resultado corrobora

com os de outros estudos, como por exemplo, Carasek (1996), Pereira (2000),

Scartezini (2002), Gonçalves (2004) e Leal (2004), os quais também observaram

que os valores de aderência à tração sobre substratos de concreto são superiores aos

do substrato cerâmico. Nesses estudos também foi notado que argamassas

executadas com granulometria mais grossa proporcionam valores de aderência mais

elevados. A Figura 5.18 mostra a diferenciação dos resultados médios da resistência

de aderência em função das variáveis empregadas (argamassas e substratos) e do

transporte de água ocorrido entre eles.

Page 179: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

156

Argamassas Aplicadas sobre Substrato Cerâmico R1+R2 - 30 m m

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

A B C

Resi

stên

cia

de A

derê

ncia

(MPa

)

0

200

400

600

800

1000

1200

Águ

a Tr

ansp

orta

da (g

)

ADERÊNCIA Água Transportada

Argamassas Aplicadas sobre Substrato de concreto R1+R2 - 30 mm

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

A B C

Resi

stên

cia

de A

derê

ncia

(MPa

)

0

200

400

600

800

1000

1200

Águ

a Tr

ansp

orta

da (g

)

ADERÊNCIA Água Transportada

(a) (b)

Figura 5.18 – Influência do tipo de substrato (bloco cerâmico e bloco de concreto) na resistência de aderência das argamassas de revestimento. (a) Substrato cerâmico. (b)

Substrato de concreto (R1 + R2).

A mesma argamassa, quando aplicada em substratos diferentes, desenvolve

resistência de aderência distinta. Logo, esta propriedade depende das características

porosas e superficiais associadas a ambos os materiais. Desta forma, a adoção pura

e simplesmente do IRA (ou da absorção total de água) dos substratos, como

possível elemento indicador da resistência de aderência deve ser vista com reserva.

Um componente de alvenaria com IRA elevado não é sinônimo de maior resistência

de aderência. O maior volume de poros do substrato com poder de succionar a água

da argamassa fresca é que faz a diferença na referida movimentação de água e,

conseqüentemente, no desenvolvimento das propriedades do revestimento

endurecido.

O transporte de água das argamassas frescas para os substratos porosos, nos

primeiros 60 minutos, é sem dúvida de suma importância no desenvolvimento da

resistência de aderência. Esta movimentação de água apresenta comportamento

diferenciado conforme o substrato avaliado, como pode ser observado na

Figura 5.19.

Page 180: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

157

60 minutos (R1+R2) - Arg. A, B e C aplicadas sobre substratos de concreto e cerâmicos - Reg. Interface

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

700 800 900 1000 1100 1200 1300

Água Trasportada (g)

Res

istê

ncia

de

ader

ênci

a (M

Pa)

A, B, C - Cerâmico A, B, C - ConcretoExpon. (A, B, C - Cerâmico) Expon. (A, B, C - Concreto)

Figura 5.19- Avaliação da resistência de aderência, nos primeiros 60 minutos, em função

da água transportada nas argamassas A, B e C.

O substrato cerâmico, devido a sua porosidade mais refinada e textura mais lisa,

ocasionam uma menor sucção de água da argamassa fresca para o seu interior nos

momentos pós-aplicação e, conseqüentemente, refletindo em menores valores de

resistência de aderência. Neste caso, o uso de algum tipo de tratamento de base que

melhore estes resultados pode ser indicado, como por exemplo, o uso do chapisco.

Apesar da natureza do substrato ter se mostrado como o fator mais influente sobre a

resistência de aderência dos revestimentos, o tipo de argamassa também teve

destacada relevância sobre esta propriedade. Ao se alterar as proporções dos

materiais constituintes da argamassa, esta sofre modificações substanciais em seu

comportamento reológico que afetam sua estrutura porosa e, conseqüentemente, o

transporte de água da argamassa para o substrato.

5.5- CONTRIBUIÇÃO PARA A QUANTIFICAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA

EM REVESTIMENTO DE ARGAMASSA

A dificuldade em se estabelecer modelos para o estudo do transporte de água em

materiais que se encontram em meio poroso não saturado se deve principalmente à

estrutura complexa destes meios.

Arg A Arg B

Arg. C

Arg. A Arg. B

Arg. C

Page 181: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

158

Uma das restrições para a determinação dos modelos está justamente na obtenção

da difusividade hidráulica dos materiais, uma vez que esta é função da concentração

de umidade contida nestes. Os dados experimentais apresentados na literatura

relativos à concentração de água nos materiais foram coletados a partir do uso de

técnicas que exigem um aparato sofisticado e de custo elevado: dispersão de

nêutrons, imagem por ressonância magnética nuclear, absorção de raios gama,

condutividade térmica ou absorção de microondas, o que normalmente dificulta sua

realização (Neuman & Ruppman 1988; Groot, 1993; Carpenter et al. 1993;

Kaufmann & Studer, 1995; Brocken et al. 1998).

A importância na obtenção da difusividade consiste no fato dessa característica ser

utilizada para simular a suscetibilidade dos componentes das edificações à ação de

agentes agressivos, como por exemplo, a penetração de cloretos em estruturas de

concreto. Desta forma pode-se obter informações para a previsão do desempenho e

da durabilidade das edificações (Sato, 1998). No entanto, na presente pesquisa de

doutorado foi possível determinar o conteúdo de umidade contida na argamassa (C)

em função do tempo (t) e da posição (x), a partir do monitoramento do transporte de

água com o uso dos sensores de umidade, conforme esquematizado na Figura 5.20.

Figura 5.20- Esquema do monitoramento do transporte de água da argamassa fresca para o

substrato poroso com o uso de sensores de umidade.

Com os resultados da concentração de água contida no interior da argamassa (C) é

possível determinar diferentes difusividades hidráulicas, em função do tempo e da

profundidade (camada) avaliada, conforme vá se processando o enrijecimento

(endurecimento) do material (argamassa). Salienta-se, que estes dados foram

SUBSTRATO

REVESTIMENTO

SENSOR

FLUXO DA ÁGUA

X = 25mm

Page 182: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

159

coletados sem a necessidade da utilização de técnicas que necessitem de um aparato

sofisticado e ainda, com custo extremamente baixo, uma vez que, a confecção dos

sensores (que possibilitou tal aquisição), parte da utilização de materiais

convencionais (baixo custo) e facilmente disponíveis no mercado.

A forma que se pensou para obter os valores da difusividade hidráulica foi por meio

da formulação utilizada no estudo do fenômeno da difusão modelado, neste caso,

pela segunda lei de Fick que representa uma condição transiente e não estacionária

(variável com o tempo), conforme Equação 5.1 (Crank, 1975):

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−=

t.D2e

erf1CCCC

f0.sup

0.prof (5.1)

onde:

Cprof. = concentração de água na profundidade, no tempo t ;

C0= concentração de água inicial;

Csup = concentração de água na superfície, no tempo t;

erf = função do erro de Gauss5.2;

e = profundidade considerada (m);

Df = difusividade hidráulica (m/s²);

t = duração do tempo considerado (segundos).

A equação da difusão foi utilizada em analogia ao transporte de água estudado

nesta pesquisa lembrando que, no estudo em questão, a argamassa de revestimento

está perdendo água (água transportada para o substrato), ou seja, há uma diminuição

de sua massa com o passar do tempo. Como a função do erro de Gauss é uma

função que gera valores positivos (ganho de massa), considerou-se que a perda de

massa apresenta comportamento similar a esta situação. A seguir é apresentado,

2 Karl Friedrich Gauss desenvolveu o método dos mínimos quadrados para regressões. erf pode ser obtido de tabelas encontradas em manuais de matemática.

Page 183: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

160

com os dados obtidos nesta tese, um exemplo do cálculo da difusividade hidráulica

a partir dos resultados da concentração de água no interior da argamassa.

Exemplo: Calculo da difusividade hidráulica da Argamassa A, com espessura de

revestimento de 50 mm, aplicada sobre substrato cerâmico, após 60 minutos

(R1 + R2).

Dados:

* concentração inicial de água utilizada na mistura (C0) = 100% = 1880 g;

* Concentração de água no revestimento após 60 minutos (região da interface)

(Cprof.) = 61% = 1147g

* Concentração de água no revestimento após 60 minutos (região da superfície)

(Csup.) = 70% = 1316g;

* Tempo (t) = 3600 segundos (60 minutos);

* Profundidade (x) = 0,025 m = 25 mm.

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−=

t.D2e

erf1CCCC

f0.sup

0.prof

⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−=

−−

3600.D2025,0erf1

1880131618801147

f

1,30 = 1-erf ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

3600.D2025,0

f

erf ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

3600.D2025,0

f

= 1-1,30

erf ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

3600.D2025,0

f

= - 0,30

(z)

(OBS: O valor negativo indica a perda de água da argamassa)

Page 184: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

161

erf(z) ou z podem ser obtidos de tabelas encontradas em manuais de matemática.

Neste exemplo, para o cálculo de z considerou-se erf(z) em módulo.

Tabela 5.18- Determinação do valor de z (Helene, 1993). z erf(z) z erf(z) z erf(z) z erf(z

0,00 0,00 0,40 0,4284 0,80 0,7421 1,30 0,9340

0,15 0,1680 0,45 0,4755 0,90 0,7969 1,40 0,9525

0,25 0,2763 0,50 0,5205 1,00 0,8427 1,50 0,9661

0,30 0,3286 0,60 0,6039 1,10 0,8802 1,60 0,9763

0,35 0,3794 0,70 0,6778 1,20 0,9103 1,70 0,9838

Interpolando-se os valores a partir dos dados da Tabela 5.18, determinou-se z:

Z30,030,03263,0

25,030,02763,03286,0

−−

=−−

z = 0,27

0,27 = ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

3600.D2025,0

f

Df = - 5,9x10-7 m²/s

A determinação da concentração de água no interior da argamassa e da difusividade

hidráulica, como mencionado anteriormente, são parâmetros que podem ajudar no

refinamento de modelações matemáticas que visam entender determinados

fenômenos, como por exemplo, a retração e a fluência, bem como, na avaliação do

desempenho de componentes da edificação em meio não saturado (a partir do

conhecimento de como a água, ou outros agentes, se distribuem em seu interior).

Desta forma, os dados obtidos nesta pesquisa podem vir a contribuir para a

avaliação quantitativa do transporte de água na argamassa fresca e nos substratos

porosos nos momentos iniciais pós-aplicação, bem como, para o entendimento de

como este transporte influencia no desenvolvimento das propriedades do

revestimento.

Page 185: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

6- CONCLUSÕES, CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

PARA FUTURAS PESQUISAS

A seguir são apresentadas com base nos resultados do programa experimental e das

análises realizadas, as conclusões do trabalho, válidas em princípio, para os

materiais e condições do estudo em questão, bem como, as considerações finais e

sugestões para futuras pesquisas.

6.1- CONCLUSÕES

A realização desta pesquisa experimental teve como principal conclusão que foi

possível avaliar e quantificar o transporte de água da argamassa fresca nos

momentos iniciais pós-aplicação com a instrumentação adotada no trabalho

(sensores de umidade). Esta movimentação de água foi majorada ou minimizada,

segundo mudanças das variáveis adotadas: tipo de argamassa, natureza do substrato

e espessura do revestimento. Este transporte influencia o desempenho do

revestimento inclusive em idades mais avançadas, como foi demonstrado na

avaliação da resistência de aderência.

O proporcionamento dos materiais utilizados na execução das argamassas

influenciou o transporte de água desta para o substrato poroso. A argamassa A,

executada com areia mais fina foi a que apresentou maior resistência interna ao

fluxo de água. Como o transporte de água é diretamente influenciado pela interação

entre os poros da argamassa e os do substrato que realmente contribuem para a

sucção de água, a quantidade maior de poros de pequenos diâmetros no interior da

argamassa ajudou a reter mais água em seus interstícios e, por conseguinte, houve

uma menor quantidade de água transportada para o interior do substrato,

principalmente nos primeiros 60 minutos.

As argamassas (B e C), inversamente ao ocorrido com a argamassa A, foram as que

transportaram maiores quantidades de água para o interior do substrato, devido às

Page 186: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

163

estruturas de poros formadas, principalmente, pela variação granulométrica da areia

(estrutura mais “aberta”). Estas argamassas foram também as que tiveram maiores

valores de resistência de aderência. Este fato indica que propriedades importantes

do revestimento endurecido realmente são condicionadas pelo transporte de água

que ocorre entre os materiais.

Ainda com relação ao proporcionamento dos materiais utilizados na execução das

argamassas, cabe destacar que o maior teor de cal adicionado às argamassas B e C,

necessário para a obtenção de trabalhabilidade adequada; e que poderia levar a uma

elevada retenção de água por parte dessas argamassas foram, na realidade, as que

transportaram maior quantidade de água para o substrato. Este fato mostra que mais

importante que o proporcionamento dos materiais isoladamente é a estrutura de

poros por eles formada (conjunto).

O tipo de substrato influenciou decisivamente a movimentação de água da

argamassa. Em todas as situações analisadas, o substrato de concreto succionou

mais água da argamassa fresca do que o substrato cerâmico. Este transporte foi

implementado com a variação do tipo de argamassa aplicada sobre a base

absorvente (substrato). A porosidade dos substratos como: diâmetro, estrutura,

volume e distribuição e interconectividade dos poros, aliadas as suas características

superficiais influenciaram na quantidade e na velocidade do transporte de água e,

conseqüentemente, na alteração das propriedades da argamassa em contato com o

substrato. Ressalta-se ainda que a geometria dos substratos utilizados nesta pesquisa

não foi fator determinante no transporte de água das argamassas mas sim, a natureza

desses.

Os perfis de movimentação de água da argamassa fresca para o substrato poroso

mostraram diferenças significativas no comportamento dos revestimentos a partir da

espessura empregada. No revestimento de menor espessura a argamassa fresca

perdeu água em maior quantidade e velocidade, principalmente nos primeiros

60 minutos. Os revestimentos de 30mm tiveram seu transporte de água diretamente

Page 187: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

164

influenciado pela sucção do substrato, inclusive na região próxima a sua superfície.

Por outro lado, quando se utilizou um revestimento de maior espessura, a camada

mais próxima à superfície foi a que menos teve seu transporte de água afetado pela

sucção do substrato, em especial nos primeiros cinco minutos. Neste caso, em

virtude das forças existentes (capilares, de adsorção, ligações químicas com o

cimento e outras), houve uma restrição ao fluxo da água da argamassa em direção

ao substrato fazendo com que a quantidade e a velocidade de água transportada

fosse menor.

As técnicas utilizadas para caracterizar a estrutura porosa das argamassas e dos

substratos por meio da avaliação do espectro de dimensões de seus poros

(porosimetria por intrusão de mercúrio e porosimetria por dessorção de vapor de

água) mostraram-se sensíveis para este fim.

A distribuição dos poros dos substratos pela análise conjunta das duas técnicas

permitiu observar que o substrato cerâmico tem um grande volume de poros de

pequenos diâmetros. Estes, apesar de sua elevada força de sucção retiram uma

menor quantidade de água da argamassa nos instantes iniciais, comparativamente ao

bloco de concreto. Este último, por sua vez, tem uma distribuição de tamanhos de

poros mais “heterogênea”, com um grande volume de poros ditos capilares, que são

os maiores responsáveis pela sucção da água da argamassa. Este fato pode explicar

a maior ou menor sucção dos substratos pela água da argamassa, nos momentos

iniciais pós-aplicação. Com relação às argamassas, foi possível perceber variações

de suas estruturas porosas em regiões distintas do revestimento (região da interface

argamassa/substrato e interna ao revestimento), decorrente principalmente da

mudança granulométrica dos agregados e também do tipo de substrato sobre o qual

estas foram aplicadas. Na região da interface, os poros tendem a ter menores

diâmetros, comparativamente à outra região avaliada, possivelmente, pela sucção

dos substratos que é intensa neste local.

Page 188: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

165

A resistência de aderência dos revestimentos realmente mostrou ser uma

propriedade que reflete a interação entre a argamassa e o substrato e, portanto,

depende das características associadas a estes dois materiais. Argamassas idênticas,

quando aplicada em substratos de blocos cerâmicos ou de concreto tiveram

transportes de água distintos. A argamassa A aplicada sobre o substrato de bloco

cerâmico e a argamassa C aplicada sobre substrato de bloco de concreto foram as

que transportaram menos e mais água para o interior do substrato, respectivamente.

Estas também foram as que apresentaram valores menores e maiores de resistência

de aderência, confirmando o efeito sinérgico da referida propriedade. Na avaliação

da resistência de aderência foi constatado, por meio de análise de variância, que o

fator individual de maior influência foi o tipo de substrato.

A análise das características de absorção de água livre dos blocos: taxa inicial de

absorção de água (IRA); absorção total; absorção de água ao longo do tempo e

absortividade mostrou que cada uma delas avalia uma característica diferente dos

substratos. Com relação ao IRA e sua possível analogia direta com a resistência de

aderência, os resultados das referidas características, bem como, do transporte de

água e da aderência mostraram que este parâmetro não seria a melhor forma de

avaliação. O índice de absorção inicial de água (IRA), por si só não define a

capacidade de aderência entre a argamassa e o substrato. Esta característica serve de

“indicador do potencial absorvente” do componente frente à argamassa sendo

necessário considerar, dentre outros, a porosidade dos materiais. Além disto, esta

característica é determinada em presença de água “livre”, o que não representa

“fielmente” a água contida na argamassa que se encontra de forma “restringida”.

Neste sentido, a curva de absorção de água ao longo do tempo mostrou ter grande

potencial de utilização, uma vez que esta permite observar o comportamento desses

componentes desde o instante inicial até a sua saturação, mostrando peculiaridades

entre os diferentes tipos de substratos avaliados.

Page 189: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

166

Os sensores de umidade desenvolvidos no decorrer desta pesquisa foram

fundamentais para a coleta dos dados que permitiram a análise do transporte de

água das argamassas frescas para os substratos porosos.

A partir do monitoramento do transporte de água com o uso dos sensores de

umidade foi possível determinar o conteúdo de umidade contida na argamassa (C)

em função do tempo (t) e da posição (x) e, posteriormente à obtenção da

difusividade hidráulica. A obtenção destes dados é determinante para a

implementação de modelagens computacionais que visam adquirir informações que

auxiliam, por exemplo, a prever o desempenho dos materiais em meio não saturado.

6.2- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término desta tese, com base no tema estudado julgou-se interessante tecer

algumas considerações a respeito de alguns cuidados na preparação de base tendo

em vista os resultados obtidos nesta pesquisa.

Com o intuito de melhorar e adaptar o substrato, emprega-se rotineiramente o

pré-umedecimento da base (com utilização de broxa) ou o chapisco. Este último

visa fornecer ao substrato uma textura adequadamente rugosa e com porosidade

apropriada ao desenvolvimento da aderência. Além da textura, o chapisco tem

função de regular a capacidade de sucção por parte do substrato. Assim, substratos

de elevada sucção (alvenarias de concreto celular e de concreto) têm no chapisco

um elemento que diminui a intensidade do transporte de água das argamassas para o

substrato. Em contrapartida, substratos de baixa sucção (elementos estruturais em

concreto, bloco cerâmico), necessitam do chapisco como elemento incrementador

da sucção de água da argamassa, com o intuito do desenvolvimento adequado da

aderência do revestimento.

O substrato cerâmico não dispõe de elevado potencial de sucção de água da

argamassa fresca (comparado ao bloco de concreto). Logo, neste caso em especial,

Page 190: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

167

quando se optar por realizar o pré-umedecimento da base deve-se tomar extremo

cuidado para não saturá-la pois caso isto ocorra, pode levar a uma diminuição

excessiva de sua “avidez” pela água da argamassa. O uso de chapisco, por outro

lado, faz com que ocorra uma implementação da adesão inicial e sua posterior

aderência. Angelim (2003) observou que as alvenarias cerâmicas chapiscadas

apresentaram diferenças quando comparadas com as sem chapisco. A resistência de

aderência foi em torno de 60% superior, quando da comparação desta propriedade

em relação às alvenarias sem este tratamento. Leal (2003), do mesmo modo, obteve

resultados que corroboram os da pesquisa anterior com relação ao efeito da

aplicação do chapisco sobre substrato cerâmico.

Para substratos executados com blocos de concreto, o pré-umedecimento (com uso

de broxa de forma a não saturar a base) pode vir a ser benéfico. Este tratamento

pode diminuir a velocidade de sucção de água do substrato, levando a diminuição

dos efeitos de retração da argamassa. Com relação ao uso do chapisco, a sua

utilização estaria mais diretamente atrelada ao controle da absorção de água

exercido por este tratamento uma vez que o bloco de concreto já apresenta textura

diferenciada (Leal, 2003). Em geral blocos dessa natureza apresentam elevados

valores de resistência de aderência (conforme limites de norma). Logo, quando se

busca esta propriedade, o uso do bloco de concreto é uma escolha bastante viável.

O tipo de substrato pode também influenciar no tempo de sarrafeamento dos

revestimentos. Pereira (2000) verificou o tempo de sarrafeamento para diferentes

substratos com cinco argamassas distintas. Este tempo foi superior para o substrato

de blocos cerâmicos quando comparado ao substrato de blocos de concreto, uma

vez que este último possui uma maior capacidade de sucção de água. O efeito da

camada de chapisco sobre os substratos teve um comportamento distinto, sendo que

para blocos cerâmicos houve uma leve tendência de diminuir o tempo de

sarrafeamento (aumento da perda de água da argamassa), enquanto que para os

blocos de concreto, o uso do chapisco aumentou o tempo de sarrafeamento pela

diminuição da perda de água da argamassa. Cabe lembrar, no entanto, que o

Page 191: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

168

desempenho do revestimento é dependente de outros fatores, tais como:

características dos materiais, espessura do revestimento, mão-de-obra e execução e,

não somente, da natureza do bloco e do tipo de tratamento realizado sobre a base.

6.3- SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS

Não se teve a pretensão, nesta tese de doutorado, de esgotar o assunto sobre o

transporte de água da argamassa fresca (por sucção do substrato) nos momentos

pós-aplicação, até porque várias lacunas ainda se encontram presentes. Desta forma,

com base no estudo desenvolvido propõe-se a continuação da pesquisa por meio dos

tópicos listados a seguir.

* implementação a partir dos dados obtidos nesta pesquisa de modelagens

numéricas e computacionais que permitam simular o transporte de água nos

revestimentos em argamassa, bem como, possíveis desempenhos de uso;

* desenvolvimentos de sensores que se adaptem a outras condições de pesquisas,

como por exemplo, em revestimentos já endurecidos sujeitos à infiltração de água

ou outros agentes;

* avaliação do transporte de água nos momentos pós-aplicação com outros tipos de

argamassas (industrializadas, aditivadas), aplicadas sobre diferentes tipos de

substratos (sílico-calcário, estrutura de concreto, concreto celular, etc.);

* avaliar o transporte de água da argamassa levando-se em consideração a perda de

água por evaporação para o meio ambiente;

* avaliação da influência de diferentes composições granulométrica das argamassas

de revestimento e suas correlações com as características e propriedades do

revestimento (retração, fissuração, retenção de água, aderência, etc.);

* estudo sobre a influência da porosidade das argamassas e dos substratos no

desenvolvimento da aderência com base em sua caracterização microestrutural.

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Page 208: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

APÊNDICE A

Determinação do Número de Amostras

Page 209: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

186

APÊNDICE A

PROCEDIMENTO REALIZADO PARA A OBTENÇÃO DO NÚMERO DE REPETIÇÕES

A.1) Determinação do número de repetições ou tamanho da amostra (n)

,. 2

22

2/ ERCVZn α=

onde: CV= coeficiente de variação; ER= erro relativo; 2/αZ = variável padronizada da função de distribuição normal. Para um nível de confiança de 95%, tem-se que Zα/2 = Z0,025 = 1,96 (valor tabelado da distribuição normal). Então, empregando-se um CV de 6% e aceitando-se em ER = 8% tem-se:

316,2n86.96,1n 2

22 ≅=⇒=

Ajustando-se sucessivamente o valor de “n” encontrado, através da tabela t de Student, determina-se o valor de “n” final. Assim:

a) para n = 3, com 2 graus de liberdade ⎯→⎯ t(2) = 4,303

1142,10n86.303,4

ERCV.tn 2

22

2

22

2/ ≅=⇒== α

b) para n = 11, com 10 graus de liberdade ⎯→⎯ t(10) = 2,228

372,2n86.228,2

ERCV.tn 2

22

2

22

2/ ≅=⇒== α

c) para n = 4, com 3 graus de liberdade ⎯→⎯ t(3) = 3,142

669,5n86.142,3

ERCV.tn 2

22

2

22

2/ ≅=⇒== α

Page 210: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

187

d) para n = 6, com 5 graus de liberdade ⎯→⎯ t(5) = 2,571

472,3n86.571,2

ERCV.tn 2

22

2

22

2/ ≅=⇒== α

e) para n = 5, com 4 graus de liberdade ⎯→⎯ t(4) = 2,571

471,3n86.571,2

ERCV.tn 2

22

2

22

2/ ≅=⇒== α

Conclusão: como nos dois últimos ajustes sucessivos os valores de “n” foram iguais a 3,72 e 3,71, portanto, próximos de quatro, assume-se que os ajustes convergem para um tamanho de amostra igual a quatro (n = 4). Desta feita, adotou-se para o trabalho experimental desta tese um número de repetições igual a quatro.

Page 211: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

188

Tabela A1- Monitoramentos realizados com a argamassa aplicada sobre substrato de blocos de concreto. Argamassa aplicada sobre substrato de blocos de concreto

Bloco de Concreto Bloco de Concreto Camadas Camadas

Teor de umidade (%) Teor de Umidade (%) Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.1 11,21 11,75 10,67 1 8,00 9,13 7,00 2 11,24 11,74 10,94 2 8,84 9,60 7,56 3 11,65 12,01 9,98 3 8,00 9,78 7,89 4 11,46 11,77 10,01 4 8,76 9,51 7,59 5 10,57 12,09 10,51 5 8,89 9,76 7,56 6 11,52 10,99 10,29 6 7,89 8,79 8,72 7 10,23 11,78 10,43 7 8,19 9,00 7,95 8 10,61 11,56 10,69 8 8,57 9,53 8,38 9 10,68 11,61 10,47 9 8,06 8,71 7,82

10 11,06 10,99 10,26 10 8,32 9,38 7,29 11 11,12 11,39 11,29 11 8,08 9,61 7,51

1

12 11,51 12,02 11,24

15

12 8,94 9,39 7,96 Média 11,07 11,64 10,57 Média 8,38 9,35 7,77

Desvio Padrão 0,45 0,36 0,43 Desvio Padrão 0,40 0,36 0,46 CV (%) 4,09 3,13 4,03 CV (%) 4,73 3,87 5,98

Bloco de Concreto Bloco de Concreto

Camadas Camadas Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%)

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf. 10,51 10,95 9,15 7,32 7,85 6,42 10,61 10,98 9,06 7,23 7,83 6,63 9,84 11,24 9,93 7,42 8,05 6,81 10,00 10,95 9,73 7,13 8,26 6,62 9,00 11,28 10,19 6,59 7,63 6,13 10,17 10,63 9,86 6,85 8,47 5,89 10,12 10,98 9,78 7,52 7,68 6,24 10,29 10,81 9,32 6,32 8,75 5,77 10,08 10,58 9,39 6,79 8,36 5,83 9,61 11,36 9,61 7,01 7,49 5,91 9,28 10,15 9,32 6,86 8,31 6,04

5

10,00 11,65 10,21

30

7,14 8,00 6,67 Média 9,96 10,96 9,63 Média 7,02 8,06 6,25

Desvio Padrão 0,47 0,40 0,39 Desvio Padrão 0,35 0,38 0,37 CV (%) 4,73 3,64 4,00 CV (%) 5,00 4,72 5,93

Page 212: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

189

Tabela A2- Monitoramentos realizados com a argamassa aplicada sobre substrato de blocos cerâmicos. Argamassa aplicada sobre substrato de blocos cerâmico

Bloco Cerâmico Bloco Cerâmico Camadas Camadas

Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%) Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.1 10,80 11,68 10,89 1 8,40 9,53 7,95 2 10,69 12,32 9,79 2 7,78 9,14 7,24 3 11,12 12,35 9,84 3 8,76 9,84 8,18 4 11,47 12,55 11,15 4 7,94 10,00 7,59 5 11,00 11,48 9,94 5 8,62 9,88 8,06 6 10,75 12,33 10,75 6 7,99 9,32 7,36 7 11,06 11,39 11,02 7 8,36 9,76 7,12 8 11,81 12,37 10,86 8 8,54 9,54 7,64 9 12,00 12,29 11,09 9 8,29 8,97 7,73 10 10,76 11,58 9,97 10 9,00 8,81 8,12 11 12,09 11,27 10,83 11 9,04 9,76 8,50

1

12 11,40 12,47 11,34

15

12 8,97 9,28 8,41 Média 11,25 12,01 10,62 Média 8,47 9,49 7,83

Desvio Padrão 0,50 0,48 0,57 Desvio Padrão 0,43 0,38 0,45 CV (%) 4,47 4,00 5,35 CV (%) 5,04 4,04 5,76

Bloco Cerâmico Bloco Cerâmico

Camadas Camadas Teor de Umidade (%) Teor de Umidade (%)

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.

Tempo (min) Nº CP's

Superf. Interm. Interf.1 9,90 10,79 9,92 1 7,53 8,59 6,89 2 9,12 11,13 9,00 2 6,97 8,18 6,44 3 10,27 11,45 10,26 3 7,84 8,80 6,99 4 10,64 11,67 10,00 4 8,15 9,17 7,71 5 9,56 11,32 9,54 5 7,12 8,75 7,56 6 10,15 10,57 10,24 6 7,05 9,03 7,61 7 10,21 10,69 9,58 7 8,06 9,24 6,87 8 9,97 11,03 9,76 8 7,00 8,97 6,73 9 10,14 10,71 9,84 9 7,51 9,06 7,28 10 10,22 10,87 9,98 10 7,24 8,79 7,19 11 9,86 11,26 10,32 11 7,45 9,37 6,62

5

12 10,48 11,54 9,75

30

12 8,12 8,92 7,38 Média 10,04 11,09 9,85 Média 7,50 8,91 7,11

Desvio Padrão 0,41 0,37 0,37 Desvio Padrão 0,45 0,32 0,41 CV (%) 4,05 3,30 3,74 CV (%) 5,94 3,58 5,81

Page 213: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

APÊNDICE B

Resultados Individuais do Monitoramento do Transporte de Água das Argamassas Frescas para os Substratos Porosos

Page 214: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B1 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,08 100,00 0,00 16,90 100,00 0,00 16,89 100,00 0,00 3 1,73 15,18 94,40 5,60 15,15 89,64 10,36 15,25 90,29 9,71 5 2,24 14,52 90,30 9,70 14,21 84,08 15,92 14,38 85,14 14,86 7 2,65 14,41 89,61 10,39 13,84 81,89 18,11 13,96 82,65 17,35 10 3,16 14,00 87,06 12,94 13,47 79,70 20,30 13,58 80,40 19,60 13 3,61 13,86 86,19 13,81 13,15 77,81 22,19 13,25 78,45 21,55 16 4,00 13,64 84,83 15,17 12,83 75,92 24,08 12,89 76,32 23,68 19 4,36 13,16 81,84 18,16 12,28 72,66 27,34 12,40 73,42 26,58 22 4,69 12,83 79,79 20,21 11,92 70,53 29,47 12,10 71,64 28,36 25 5,00 12,50 77,74 22,26 11,56 68,40 31,60 11,69 69,21 30,79 28 5,29 12,11 75,31 24,69 11,15 65,98 34,02 11,27 66,73 33,27 30 5,48 11,70 72,76 27,24 10,71 63,37 36,63 10,84 64,18 35,82 35 5,92 11,35 70,58 29,42 10,51 62,19 37,81 10,64 63,00 37,00 40 6,32 11,00 68,41 31,59 10,38 61,42 38,58 10,50 62,17 37,83 50 7,07 10,76 66,92 33,08 10,15 60,06 39,94 10,32 61,10 38,90 60 7,75 10,39 64,61 35,39 9,88 58,46 41,54 10,00 59,21 40,79 80 8,94 10,10 62,81 37,19 9,57 56,63 43,37 9,66 57,19 42,81

120 10,95 9,72 60,45 39,55 9,20 54,44 45,56 9,33 55,24 44,76 150 12,25 9,16 56,97 43,03 8,43 49,88 50,12 8,59 50,86 49,14 200 14,14 8,31 51,68 48,32 7,80 46,15 53,85 7,95 47,07 52,93 230 15,17 7,59 47,20 52,80 7,00 41,42 58,58 7,15 42,33 57,67 260 16,00 7,00 43,53 56,47 6,27 37,10 62,90 6,48 38,37 61,63 360 18,97 6,35 39,49 60,51 5,56 32,90 67,10 5,76 34,10 65,90 400 20,00 5,86 36,44 63,56 4,92 29,11 70,89 5,15 30,49 69,51 540 23,24 4,17 25,93 74,07 3,20 18,93 81,07 3,34 19,78 80,22

Page 215: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B2 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,21 100,00 0,00 16,59 100,00 0,00 16,70 100,00 0,00 3 1,73 15,18 93,65 6,35 15,15 91,32 8,68 15,35 91,92 8,08 5 2,24 14,56 89,82 10,18 13,96 84,15 15,85 14,22 85,15 14,85 7 2,65 14,44 89,08 10,92 13,84 83,42 16,58 14,10 84,43 15,57 10 3,16 14,00 86,37 13,63 13,20 79,57 20,43 13,47 80,66 19,34 13 3,61 13,91 85,81 14,19 13,00 78,36 21,64 13,25 79,34 20,66 16 4,00 13,73 84,70 15,30 12,58 75,83 24,17 12,84 76,89 23,11 19 4,36 13,21 81,49 18,51 12,10 72,94 27,06 12,36 74,01 25,99 22 4,69 12,86 79,33 20,67 11,75 70,83 29,17 12,00 71,86 28,14 25 5,00 12,57 77,54 22,46 11,39 68,66 31,34 11,61 69,52 30,48 28 5,29 12,17 75,08 24,92 11,00 66,31 33,69 11,26 67,43 32,57 30 5,48 11,77 72,61 27,39 10,49 63,23 36,77 10,75 64,37 35,63 35 5,92 11,40 70,33 29,67 10,26 61,84 38,16 10,53 63,05 36,95 40 6,32 11,10 68,48 31,52 10,13 61,06 38,94 10,35 61,98 38,02 50 7,07 10,85 66,93 33,07 9,91 59,73 40,27 10,16 60,84 39,16 60 7,75 10,49 64,71 35,29 9,61 57,93 42,07 9,87 59,10 40,90 80 8,94 10,17 62,74 37,26 9,25 55,76 44,24 9,53 57,07 42,93

120 10,95 9,80 60,46 39,54 9,00 54,25 45,75 9,25 55,39 44,61 150 12,25 9,24 57,00 43,00 8,00 48,22 51,78 8,44 50,54 49,46 200 14,14 8,38 51,70 48,30 7,00 42,19 57,81 7,27 43,53 56,47 230 15,17 7,66 47,25 52,75 6,25 37,67 62,33 6,48 38,80 61,20 260 16,00 7,10 43,80 56,20 5,42 32,67 67,33 5,60 33,53 66,47 360 18,97 6,39 39,42 60,58 4,45 26,82 73,18 4,71 28,20 71,80 400 20,00 5,91 36,46 63,54 3,84 23,15 76,85 4,11 24,61 75,39 540 23,24 4,22 26,03 73,97 2,97 17,90 82,10 3,16 18,92 81,08

Page 216: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B3 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,24 100,00 0,00 16,00 100,00 0,00 16,27 100,00 0,00 3 1,73 15,20 93,60 6,40 14,28 89,25 10,75 14,66 90,10 9,90 5 2,24 14,70 90,52 9,48 13,34 83,38 16,63 13,77 84,63 15,37 7 2,65 14,44 88,92 11,08 13,00 81,25 18,75 13,39 82,30 17,70 10 3,16 14,21 87,50 12,50 12,61 78,81 21,19 13,05 80,21 19,79 13 3,61 14,00 86,21 13,79 12,33 77,06 22,94 12,82 78,80 21,20 16 4,00 13,70 84,36 15,64 12,00 75,00 25,00 12,41 76,28 23,72 19 4,36 13,27 81,71 18,29 11,34 70,88 29,13 11,72 72,03 27,97 22 4,69 12,91 79,50 20,50 10,86 67,88 32,13 11,30 69,45 30,55 25 5,00 12,64 77,83 22,17 10,59 66,19 33,81 11,00 67,61 32,39 28 5,29 12,23 75,31 24,69 10,24 64,00 36,00 10,66 65,52 34,48 30 5,48 11,82 72,78 27,22 9,91 61,94 38,06 10,27 63,12 36,88 35 5,92 11,30 69,58 30,42 9,51 59,44 40,56 9,94 61,09 38,91 40 6,32 11,15 68,66 31,34 9,32 58,25 41,75 9,70 59,62 40,38 50 7,07 10,76 66,26 33,74 9,19 57,44 42,56 9,61 59,07 40,93 60 7,75 10,50 64,66 35,34 9,00 56,25 43,75 9,41 57,84 42,16 80 8,94 10,22 62,93 37,07 8,57 53,56 46,44 9,00 55,32 44,68

120 10,95 9,83 60,53 39,47 8,37 52,31 47,69 8,77 53,90 46,10 150 12,25 9,11 56,10 43,90 7,60 47,50 52,50 8,00 49,17 50,83 200 14,14 8,26 50,86 49,14 6,94 43,38 56,63 7,27 44,68 55,32 230 15,17 7,66 47,17 52,83 6,20 38,75 61,25 6,59 40,50 59,50 260 16,00 7,00 43,10 56,90 5,36 33,50 66,50 5,76 35,40 64,60 360 18,97 6,23 38,36 61,64 4,38 27,38 72,63 4,82 29,63 70,37 400 20,00 5,27 32,45 67,55 3,95 24,69 75,31 4,31 26,49 73,51 540 23,24 4,28 26,35 73,65 2,36 14,75 85,25 2,73 16,78 83,22

Page 217: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B4 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 4 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,30 100,00 0,00 16,25 100,00 0,00 16,22 100,00 0,00 3 1,73 15,22 93,37 6,63 14,55 89,54 10,46 14,68 90,51 9,49 5 2,24 14,69 90,12 9,88 13,61 83,75 16,25 13,73 84,65 15,35 7 2,65 14,48 88,83 11,17 13,33 82,03 17,97 13,43 82,80 17,20 10 3,16 14,18 86,99 13,01 12,87 79,20 20,80 13,00 80,15 19,85 13 3,61 14,00 85,89 14,11 12,42 76,43 23,57 12,54 77,31 22,69 16 4,00 13,78 84,54 15,46 12,20 75,08 24,92 12,32 75,96 24,04 19 4,36 13,30 81,60 18,40 11,46 70,52 29,48 11,58 71,39 28,61 22 4,69 12,95 79,45 20,55 10,95 67,38 32,62 11,08 68,31 31,69 25 5,00 12,60 77,30 22,70 10,52 64,74 35,26 10,66 65,72 34,28 28 5,29 12,19 74,79 25,21 10,28 63,26 36,74 10,41 64,18 35,82 30 5,48 11,80 72,39 27,61 10,10 62,15 37,85 10,36 63,87 36,13 35 5,92 11,33 69,51 30,49 9,67 59,51 40,49 9,80 60,42 39,58 40 6,32 11,10 68,10 31,90 9,39 57,78 42,22 9,47 58,38 41,62 50 7,07 10,70 65,64 34,36 9,19 56,55 43,45 9,28 57,21 42,79 60 7,75 10,55 64,72 35,28 9,28 57,11 42,89 9,43 58,14 41,86 80 8,94 10,16 62,33 37,67 8,60 52,92 47,08 8,74 53,88 46,12

120 10,95 9,85 60,43 39,57 8,54 52,55 47,45 8,65 53,33 46,67 150 12,25 9,22 56,56 43,44 7,76 47,75 52,25 7,86 48,46 51,54 200 14,14 8,23 50,49 49,51 7,00 43,08 56,92 7,10 43,77 56,23 230 15,17 7,60 46,63 53,37 6,26 38,52 61,48 6,39 39,40 60,60 260 16,00 6,87 42,15 57,85 5,30 32,62 67,38 5,40 33,29 66,71 360 18,97 6,18 37,91 62,09 4,43 27,26 72,74 4,54 27,99 72,01 400 20,00 5,15 31,60 68,40 3,64 22,40 77,60 3,74 23,06 76,94 540 23,24 4,26 26,13 73,87 2,46 15,14 84,86 2,58 15,91 84,09

Page 218: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B5 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,09 100,00 0,00 17,98 100,00 0,00 18,01 100,00 0,00 3 1,73 16,57 91,60 8,40 15,83 88,04 11,96 16,00 88,84 11,16 5 2,24 16,00 88,45 11,55 15,10 83,98 16,02 15,20 84,40 15,60 7 2,65 15,73 86,95 13,05 14,48 80,53 19,47 14,63 81,23 18,77 10 3,16 15,36 84,91 15,09 14,00 77,86 22,14 14,17 78,68 21,32 13 3,61 15,00 82,92 17,08 13,64 75,86 24,14 13,76 76,40 23,60 16 4,00 14,58 80,60 19,40 13,12 72,97 27,03 13,26 73,63 26,37 19 4,36 14,13 78,11 21,89 12,50 69,52 30,48 12,63 70,13 29,87 22 4,69 13,74 75,95 24,05 12,18 67,74 32,26 12,28 68,18 31,82 25 5,00 13,16 72,75 27,25 11,82 65,74 34,26 12,00 66,63 33,37 28 5,29 12,58 69,54 30,46 11,26 62,63 37,37 11,43 63,46 36,54 30 5,48 12,10 66,89 33,11 10,96 60,96 39,04 11,10 61,63 38,37 35 5,92 11,59 64,07 35,93 10,39 57,79 42,21 10,52 58,41 41,59 40 6,32 11,33 62,63 37,37 10,00 55,62 44,38 10,13 56,25 43,75 50 7,07 11,19 61,86 38,14 9,74 54,17 45,83 9,91 55,02 44,98 60 7,75 10,81 59,76 40,24 9,53 53,00 47,00 9,72 53,97 46,03 80 8,94 9,75 53,90 46,10 8,72 48,50 51,50 8,90 49,42 50,58

120 10,95 8,83 48,81 51,19 7,68 42,71 57,29 7,85 43,59 56,41 150 12,25 7,80 43,12 56,88 6,70 37,26 62,74 6,90 38,31 61,69 200 14,14 7,39 40,85 59,15 5,95 33,09 66,91 6,15 34,15 65,85 230 15,17 7,00 38,70 61,30 5,30 29,48 70,52 5,41 30,04 69,96 260 16,12 6,50 35,93 64,07 4,75 26,42 73,58 4,85 26,93 73,07 360 18,97 6,00 33,17 66,83 4,35 24,19 75,81 4,57 25,37 74,63 400 20,00 5,30 29,30 70,70 3,54 19,69 80,31 3,64 20,21 79,79 540 23,24 4,75 26,26 73,74 3,00 16,69 83,31 3,20 17,77 82,23

Page 219: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B6 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,11 100,00 0,00 18,15 100,00 0,00 18,22 100,00 0,00 3 1,73 16,60 91,66 8,34 15,99 88,10 11,90 16,18 88,80 11,20 5 2,24 16,05 88,63 11,37 15,26 84,08 15,92 15,50 85,07 14,93 7 2,65 15,76 87,02 12,98 14,64 80,66 19,34 14,77 81,06 18,94 10 3,16 15,37 84,87 15,13 14,18 78,13 21,87 14,28 78,38 21,62 13 3,61 15,00 82,83 17,17 13,80 76,03 23,97 13,95 76,56 23,44 16 4,00 14,57 80,45 19,55 13,30 73,28 26,72 13,50 74,09 25,91 19 4,36 14,11 77,91 22,09 12,65 69,70 30,30 12,81 70,31 29,69 22 4,69 13,75 75,92 24,08 12,36 68,10 31,90 12,58 69,05 30,95 25 5,00 13,17 72,72 27,28 11,82 65,12 34,88 12,17 66,79 33,21 28 5,29 12,59 69,52 30,48 11,25 61,98 38,02 11,41 62,62 37,38 30 5,48 12,13 66,98 33,02 11,15 61,43 38,57 11,30 62,02 37,98 35 5,92 11,60 64,05 35,95 10,54 58,07 41,93 10,70 58,73 41,27 40 6,32 11,36 62,73 37,27 10,18 56,09 43,91 10,42 57,19 42,81 50 7,07 11,20 61,84 38,16 9,90 54,55 45,45 10,00 54,88 45,12 60 7,75 10,82 59,75 40,25 9,71 53,50 46,50 9,87 54,17 45,83 80 8,94 9,76 53,89 46,11 8,91 49,09 50,91 9,00 49,40 50,60

120 10,95 8,84 48,81 51,19 7,82 43,09 56,91 7,97 43,74 56,26 150 12,25 7,83 43,24 56,76 6,88 37,91 62,09 7,10 38,97 61,03 200 14,14 7,39 40,81 59,19 6,13 33,77 66,23 6,31 34,63 65,37 230 15,17 6,98 38,54 61,46 5,50 30,30 69,70 5,60 30,74 69,26 260 16,12 6,53 36,06 63,94 4,88 26,89 73,11 5,05 27,72 72,28 360 18,97 5,98 33,02 66,98 4,50 24,79 75,21 4,65 25,52 74,48 400 20,00 5,31 29,32 70,68 3,70 20,39 79,61 3,88 21,30 78,70 540 23,24 4,78 26,39 73,61 3,16 17,41 82,59 3,32 18,22 81,78

Page 220: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B7 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,56 100,00 0,00 18,62 100,00 0,00 18,52 100,00 0,00 3 1,73 17,00 91,59 8,41 16,45 88,35 11,65 16,43 88,71 11,29 5 2,24 16,48 88,79 11,21 15,70 84,32 15,68 15,68 84,67 15,33 7 2,65 16,00 86,21 13,79 15,10 81,10 18,90 15,05 81,26 18,74 10 3,16 15,78 85,02 14,98 14,63 78,57 21,43 14,65 79,10 20,90 13 3,61 15,42 83,08 16,92 14,24 76,48 23,52 14,28 77,11 22,89 16 4,00 15,00 80,82 19,18 13,75 73,85 26,15 13,76 74,30 25,70 19 4,36 14,57 78,50 21,50 13,11 70,41 29,59 13,10 70,73 29,27 22 4,69 14,19 76,45 23,55 12,80 68,74 31,26 12,87 69,49 30,51 25 5,00 13,61 73,33 26,67 12,45 66,86 33,14 12,50 67,49 32,51 28 5,29 13,00 70,04 29,96 11,78 63,27 36,73 11,78 63,61 36,39 30 5,48 12,55 67,62 32,38 11,61 62,35 37,65 11,65 62,90 37,10 35 5,92 12,00 64,66 35,34 11,00 59,08 40,92 11,05 59,67 40,33 40 6,32 11,75 63,31 36,69 10,66 57,25 42,75 10,74 57,99 42,01 50 7,07 11,55 62,23 37,77 10,36 55,64 44,36 10,40 56,16 43,84 60 7,75 11,21 60,40 39,60 10,19 54,73 45,27 10,23 55,24 44,76 80 8,94 10,20 54,96 45,04 9,37 50,32 49,68 9,43 50,92 49,08

120 10,95 9,21 49,62 50,38 8,30 44,58 55,42 8,32 44,92 55,08 150 12,25 8,10 43,64 56,36 7,37 39,58 60,42 7,45 40,23 59,77 200 14,14 7,83 42,19 57,81 6,56 35,23 64,77 6,53 35,26 64,74 230 15,17 7,45 40,14 59,86 5,95 31,95 68,05 5,96 32,18 67,82 260 16,12 6,95 37,45 62,55 5,36 28,79 71,21 5,38 29,05 70,95 360 18,97 6,28 33,84 66,16 4,96 26,64 73,36 4,96 26,78 73,22 400 20,00 5,80 31,25 68,75 4,15 22,29 77,71 4,19 22,62 77,38 540 23,24 5,18 27,91 72,09 3,62 19,44 80,56 3,62 19,55 80,45

Page 221: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B8 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 4 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,55 100,00 0,00 18,62 100,00 0,00 18,01 100,00 0,00 3 1,73 17,00 91,64 8,36 16,28 87,43 12,57 15,76 87,51 12,49 5 2,24 16,44 88,63 11,37 15,66 84,10 15,90 15,18 84,29 15,71 7 2,65 16,10 86,79 13,21 15,05 80,83 19,17 14,60 81,07 18,93 10 3,16 15,79 85,12 14,88 14,54 78,09 21,91 14,10 78,29 21,71 13 3,61 15,45 83,29 16,71 14,13 75,89 24,11 13,66 75,85 24,15 16 4,00 15,00 80,86 19,14 13,72 73,68 26,32 13,22 73,40 26,60 19 4,36 14,57 78,54 21,46 13,10 70,35 29,65 12,63 70,13 29,87 22 4,69 14,21 76,60 23,40 12,76 68,53 31,47 12,29 68,24 31,76 25 5,00 13,59 73,26 26,74 12,37 66,43 33,57 11,87 65,91 34,09 28 5,29 13,00 70,08 29,92 11,69 62,78 37,22 11,24 62,41 37,59 30 5,48 12,55 67,65 32,35 11,63 62,46 37,54 11,20 62,19 37,81 35 5,92 11,93 64,31 35,69 10,84 58,22 41,78 10,36 57,52 42,48 40 6,32 11,73 63,23 36,77 10,62 57,04 42,96 10,17 56,47 43,53 50 7,07 11,53 62,16 37,84 10,29 55,26 44,74 9,81 54,47 45,53 60 7,75 11,17 60,22 39,78 10,10 54,24 45,76 9,66 53,64 46,36 80 8,94 10,16 54,77 45,23 9,29 49,89 50,11 8,87 49,25 50,75

120 10,95 9,19 49,54 50,46 8,26 44,36 55,64 7,80 43,31 56,69 150 12,25 8,10 43,67 56,33 7,29 39,15 60,85 6,83 37,92 62,08 200 14,14 7,80 42,05 57,95 6,55 35,18 64,82 6,10 33,87 66,13 230 15,17 7,41 39,95 60,05 5,90 31,69 68,31 5,41 30,04 69,96 260 16,12 6,95 37,47 62,53 5,37 28,84 71,16 4,87 27,04 72,96 360 18,97 6,28 33,85 66,15 4,93 26,48 73,52 4,47 24,82 75,18 400 20,00 5,73 30,89 69,11 4,10 22,02 77,98 3,64 20,21 79,79 540 23,24 5,10 27,49 72,51 3,50 18,80 81,20 3,05 16,94 83,06

Page 222: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B9 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 1 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,58 100,00 0,00 15,93 100,00 0,00 16,71 100,00 0,00 3 1,73 14,80 89,26 10,74 13,54 85,00 15,00 14,45 86,48 13,52 5 2,24 14,59 88,00 12,00 12,99 81,54 18,46 13,94 83,42 16,58 7 2,65 14,23 85,83 14,17 12,35 77,53 22,47 13,21 79,05 20,95 10 3,16 13,70 82,63 17,37 11,92 74,83 25,17 12,84 76,84 23,16 13 3,61 13,29 80,16 19,84 11,42 71,69 28,31 12,31 73,67 26,33 16 4,00 13,00 78,41 21,59 11,00 69,05 30,95 11,87 71,04 28,96 19 4,36 12,35 74,49 25,51 10,59 66,48 33,52 11,45 68,52 31,48 22 4,69 11,82 71,29 28,71 10,15 63,72 36,28 11,00 65,83 34,17 25 5,00 11,38 68,64 31,36 9,78 61,39 38,61 10,72 64,15 35,85 28 5,29 10,90 65,74 34,26 9,55 59,95 40,05 10,42 62,36 37,64 30 5,48 10,61 63,99 36,01 9,21 57,82 42,18 10,10 60,44 39,56 35 5,92 10,18 61,40 38,60 8,90 55,87 44,13 9,84 58,89 41,11 40 6,32 9,90 59,71 40,29 8,60 53,99 46,01 9,54 57,09 42,91 50 7,07 9,65 58,20 41,80 8,28 51,98 48,02 9,18 54,94 45,06 60 7,75 9,45 57,00 43,00 7,94 49,84 50,16 8,86 53,02 46,98 80 8,94 8,53 51,45 48,55 7,00 43,94 56,06 7,94 47,52 52,48

120 10,95 7,61 45,90 54,10 6,23 39,11 60,89 7,10 42,49 57,51 150 12,25 6,74 40,65 59,35 5,52 34,65 65,35 6,40 38,30 61,70 200 14,14 6,55 39,51 60,49 5,00 31,39 68,61 5,84 34,95 65,05 230 15,17 6,00 36,19 63,81 4,50 28,25 71,75 5,45 32,62 67,38 260 16,12 5,55 33,47 66,53 4,00 25,11 74,89 4,94 29,56 70,44 360 18,97 5,17 31,18 68,82 3,27 20,53 79,47 4,21 25,19 74,81 400 20,00 4,80 28,95 71,05 2,73 17,14 82,86 3,64 21,78 78,22 540 23,24 4,23 25,51 74,49 2,13 13,37 86,63 3,00 17,95 82,05

Page 223: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B10 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 2 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,50 100,00 0,00 16,43 100,00 0,00 16,65 100,00 0,00 3 1,73 14,70 89,09 10,91 14,00 85,21 14,79 14,37 86,31 13,69 5 2,24 14,50 87,88 12,12 13,48 82,05 17,95 13,84 83,12 16,88 7 2,65 14,12 85,58 14,42 12,80 77,91 22,09 13,16 79,04 20,96 10 3,16 13,57 82,24 17,76 12,43 75,65 24,35 12,80 76,88 23,12 13 3,61 13,20 80,00 20,00 11,90 72,43 27,57 12,27 73,69 26,31 16 4,00 12,88 78,06 21,94 11,48 69,87 30,13 11,82 70,99 29,01 19 4,36 12,23 74,12 25,88 11,00 66,95 33,05 11,38 68,35 31,65 22 4,69 11,68 70,79 29,21 10,64 64,76 35,24 11,02 66,19 33,81 25 5,00 11,28 68,36 31,64 10,26 62,45 37,55 10,62 63,78 36,22 28 5,29 10,79 65,39 34,61 10,02 60,99 39,01 10,40 62,46 37,54 30 5,48 10,52 63,76 36,24 9,70 59,04 40,96 10,00 60,06 39,94 35 5,92 10,05 60,91 39,09 9,39 57,15 42,85 9,77 58,68 41,32 40 6,32 9,79 59,33 40,67 9,11 55,45 44,55 9,50 57,06 42,94 50 7,07 9,56 57,94 42,06 8,76 53,32 46,68 9,14 54,89 45,11 60 7,75 9,34 56,61 43,39 8,43 51,31 48,69 8,82 52,97 47,03 80 8,94 8,42 51,03 48,97 7,49 45,59 54,41 7,88 47,33 52,67

120 10,95 7,52 45,58 54,42 6,71 40,84 59,16 7,10 42,64 57,36 150 12,25 6,65 40,30 59,70 6,00 36,52 63,48 6,37 38,26 61,74 200 14,14 6,43 38,97 61,03 5,48 33,35 66,65 5,86 35,20 64,80 230 15,17 5,86 35,52 64,48 4,98 30,31 69,69 5,36 32,19 67,81 260 16,12 5,45 33,03 66,97 4,48 27,27 72,73 4,87 29,25 70,75 360 18,97 5,10 30,91 69,09 3,76 22,88 77,12 4,13 24,80 75,20 400 20,00 4,74 28,73 71,27 3,21 19,54 80,46 3,58 21,50 78,50 540 23,24 4,13 25,03 74,97 2,61 15,89 84,11 3,00 18,02 81,98

Page 224: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B11 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp. Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,58 100,00 0,00 16,64 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 3 1,73 14,79 89,20 10,80 14,23 85,52 14,48 14,40 86,33 13,67 5 2,24 14,57 87,88 12,12 13,67 82,15 17,85 13,88 83,21 16,79 7 2,65 14,21 85,71 14,29 13,00 78,13 21,88 13,21 79,20 20,80 10 3,16 13,67 82,45 17,55 12,61 75,78 24,22 12,81 76,80 23,20 13 3,61 13,30 80,22 19,78 12,12 72,84 27,16 12,32 73,86 26,14 16 4,00 12,98 78,29 21,71 11,70 70,31 29,69 11,90 71,34 28,66 19 4,36 12,30 74,19 25,81 11,23 67,49 32,51 11,43 68,53 31,47 22 4,69 11,78 71,05 28,95 10,87 65,32 34,68 11,08 66,43 33,57 25 5,00 11,37 68,58 31,42 10,48 62,98 37,02 10,66 63,91 36,09 28 5,29 10,88 65,62 34,38 10,21 61,36 38,64 10,41 62,41 37,59 30 5,48 10,59 63,87 36,13 9,90 59,50 40,50 10,10 60,55 39,45 35 5,92 10,16 61,28 38,72 9,56 57,45 42,55 9,76 58,51 41,49 40 6,32 9,85 59,41 40,59 9,28 55,77 44,23 9,49 56,89 43,11 50 7,07 9,63 58,08 41,92 8,94 53,73 46,27 9,15 54,86 45,14 60 7,75 9,39 56,63 43,37 8,61 51,74 48,26 8,82 52,88 47,12 80 8,94 8,52 51,39 48,61 7,74 46,51 53,49 7,94 47,60 52,40

120 10,95 7,57 45,66 54,34 6,90 41,47 58,53 7,11 42,63 57,37 150 12,25 6,70 40,41 59,59 6,20 37,26 62,74 6,40 38,37 61,63 200 14,14 6,53 39,38 60,62 5,68 34,13 65,87 5,88 35,25 64,75 230 15,17 5,92 35,71 64,29 5,20 31,25 68,75 5,40 32,37 67,63 260 16,12 5,50 33,17 66,83 4,70 28,25 71,75 4,91 29,44 70,56 360 18,97 5,14 31,00 69,00 3,96 23,80 76,20 4,15 24,88 75,12 400 20,00 4,79 28,89 71,11 3,40 20,43 79,57 3,61 21,64 78,36 540 23,24 4,18 25,21 74,79 2,86 17,19 82,81 3,05 18,29 81,71

Page 225: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B12 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco Cerâmico 3 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp. Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,61 100,00 0,00 16,60 100,00 0,00 16,66 100,00 0,00 3 1,73 14,80 89,10 10,90 14,20 85,54 14,46 14,42 86,55 13,45 5 2,24 14,57 87,72 12,28 13,61 81,99 18,01 13,80 82,83 17,17 7 2,65 14,20 85,49 14,51 12,93 77,89 22,11 13,15 78,93 21,07 10 3,16 13,69 82,42 17,58 12,55 75,60 24,40 12,78 76,71 23,29 13 3,61 13,28 79,95 20,05 12,10 72,89 27,11 12,33 74,01 25,99 16 4,00 12,97 78,09 21,91 11,64 70,12 29,88 11,86 71,19 28,81 19 4,36 12,30 74,05 25,95 11,23 67,65 32,35 11,44 68,67 31,33 22 4,69 11,77 70,86 29,14 10,80 65,06 34,94 11,00 66,03 33,97 25 5,00 11,38 68,51 31,49 10,45 62,95 37,05 10,68 64,11 35,89 28 5,29 10,87 65,44 34,56 10,20 61,45 38,55 10,43 62,61 37,39 30 5,48 10,60 63,82 36,18 9,84 59,28 40,72 10,00 60,02 39,98 35 5,92 10,20 61,41 38,59 9,53 57,41 42,59 9,76 58,58 41,42 40 6,32 9,89 59,54 40,46 9,26 55,78 44,22 9,48 56,90 43,10 50 7,07 9,62 57,92 42,08 8,95 53,92 46,08 9,18 55,10 44,90 60 7,75 9,38 56,47 43,53 8,59 51,75 48,25 8,80 52,82 47,18 80 8,94 8,50 51,17 48,83 7,65 46,08 53,92 7,88 47,30 52,70

120 10,95 7,58 45,64 54,36 6,87 41,39 58,61 7,10 42,62 57,38 150 12,25 6,74 40,58 59,42 6,12 36,87 63,13 6,34 38,06 61,94 200 14,14 6,52 39,25 60,75 5,63 33,92 66,08 5,85 35,11 64,89 230 15,17 5,96 35,88 64,12 5,18 31,20 68,80 5,40 32,41 67,59 260 16,12 5,52 33,23 66,77 4,69 28,25 71,75 4,92 29,53 70,47 360 18,97 5,16 31,07 68,93 3,96 23,86 76,14 4,17 25,03 74,97 400 20,00 4,81 28,96 71,04 3,37 20,30 79,70 3,59 21,55 78,45 540 23,24 4,20 25,29 74,71 2,79 16,81 83,19 3,00 18,01 81,99

Page 226: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B13 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,09 100,00 0,00 16,03 100,00 0,00 16,08 100,00 0,00 3 1,73 14,35 89,19 10,81 13,44 83,84 16,16 13,64 84,83 15,17 5 2,24 13,84 86,02 13,98 12,83 80,04 19,96 13,00 80,85 19,15 7 2,65 13,55 84,21 15,79 12,43 77,54 22,46 12,63 78,54 21,46 10 3,16 13,10 81,42 18,58 11,90 74,24 25,76 12,00 74,63 25,37 13 3,61 12,80 79,55 20,45 11,22 69,99 30,01 11,44 71,14 28,86 16 4,00 12,32 76,57 23,43 10,81 67,44 32,56 11,00 68,41 31,59 19 4,36 11,82 73,46 26,54 10,20 63,63 36,37 10,40 64,68 35,32 22 4,69 11,33 70,42 29,58 9,86 61,51 38,49 10,08 62,69 37,31 25 5,00 11,00 68,37 31,63 9,50 59,26 40,74 9,67 60,14 39,86 28 5,29 10,51 65,32 34,68 9,20 57,39 42,61 9,37 58,27 41,73 30 5,48 10,10 62,77 37,23 9,00 56,14 43,86 9,19 57,15 42,85 35 5,92 9,54 59,29 40,71 8,50 53,03 46,97 8,62 53,61 46,39 40 6,32 9,00 55,94 44,06 8,12 50,66 49,34 8,27 51,43 48,57 50 7,07 8,66 53,82 46,18 7,38 46,04 53,96 7,58 47,14 52,86 60 7,75 8,36 51,96 48,04 7,00 43,67 56,33 7,22 44,90 55,10 80 8,94 7,80 48,48 51,52 6,37 39,74 60,26 6,59 40,98 59,02

120 10,95 6,87 42,70 57,30 6,00 37,43 62,57 6,18 38,43 61,57 150 12,25 6,00 37,29 62,71 5,20 32,44 67,56 5,41 33,64 66,36 200 14,14 5,46 33,93 66,07 4,65 29,01 70,99 4,87 30,29 69,71 230 15,17 4,65 28,90 71,10 4,11 25,64 74,36 4,33 26,93 73,07 260 16,12 4,12 25,61 74,39 3,62 22,58 77,42 3,83 23,82 76,18 360 18,97 3,74 23,24 76,76 3,00 18,71 81,29 3,22 20,02 79,98 400 20,00 3,42 21,26 78,74 2,58 16,09 83,91 2,69 16,73 83,27 540 23,24 3,10 19,27 80,73 2,00 12,48 87,52 2,10 13,06 86,94

Page 227: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B14 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,23 100,00 0,00 16,37 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 3 1,73 14,47 89,16 10,84 13,75 84,00 16,00 13,80 84,77 15,23 5 2,24 13,97 86,08 13,92 13,15 80,33 19,67 13,23 81,27 18,73 7 2,65 13,66 84,17 15,83 12,73 77,76 22,24 12,80 78,62 21,38 10 3,16 13,23 81,52 18,48 12,22 74,65 25,35 12,30 75,55 24,45 13 3,61 12,91 79,54 20,46 11,53 70,43 29,57 11,60 71,25 28,75 16 4,00 12,43 76,59 23,41 11,13 67,99 32,01 11,20 68,80 31,20 19 4,36 11,94 73,57 26,43 10,53 64,32 35,68 10,60 65,11 34,89 22 4,69 11,45 70,55 29,45 10,18 62,19 37,81 10,26 63,02 36,98 25 5,00 11,10 68,39 31,61 9,80 59,87 40,13 9,87 60,63 39,37 28 5,29 10,62 65,43 34,57 9,50 58,03 41,97 9,58 58,85 41,15 30 5,48 10,10 62,23 37,77 9,29 56,75 43,25 9,36 57,49 42,51 35 5,92 9,48 58,41 41,59 8,79 53,70 46,30 8,86 54,42 45,58 40 6,32 9,13 56,25 43,75 8,41 51,37 48,63 8,49 52,15 47,85 50 7,07 8,78 54,10 45,90 7,67 46,85 53,15 7,75 47,60 52,40 60 7,75 8,47 52,19 47,81 7,30 44,59 55,41 7,38 45,33 54,67 80 8,94 7,91 48,74 51,26 6,67 40,75 59,25 6,75 41,46 58,54

120 10,95 6,97 42,95 57,05 6,30 38,49 61,51 6,37 39,13 60,87 150 12,25 6,10 37,58 62,42 5,48 33,48 66,52 5,56 34,15 65,85 200 14,14 5,58 34,38 65,62 4,95 30,24 69,76 5,00 30,71 69,29 230 15,17 4,77 29,39 70,61 4,42 27,00 73,00 4,49 27,58 72,42 260 16,12 4,24 26,12 73,88 3,95 24,13 75,87 4,00 24,57 75,43 360 18,97 3,87 23,84 76,16 3,33 20,34 79,66 3,40 20,88 79,12 400 20,00 3,54 21,81 78,19 2,85 17,41 82,59 2,91 17,87 82,13 540 23,24 3,22 19,84 80,16 2,31 14,11 85,89 2,35 14,43 85,57

Page 228: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B15 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,25 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,32 100,00 0,00 3 1,73 14,46 88,98 11,02 13,70 84,05 15,95 13,85 84,87 15,13 5 2,24 13,95 85,85 14,15 13,12 80,49 19,51 13,29 81,43 18,57 7 2,65 13,70 84,31 15,69 12,67 77,73 22,27 12,86 78,80 21,20 10 3,16 13,24 81,48 18,52 12,14 74,48 25,52 12,32 75,49 24,51 13 3,61 12,91 79,45 20,55 11,48 70,43 29,57 11,67 71,51 28,49 16 4,00 12,47 76,74 23,26 11,10 68,10 31,90 11,29 69,18 30,82 19 4,36 11,95 73,54 26,46 10,44 64,05 35,95 10,63 65,13 34,87 22 4,69 11,48 70,65 29,35 10,10 61,96 38,04 10,29 63,05 36,95 25 5,00 11,10 68,31 31,69 9,75 59,82 40,18 9,94 60,91 39,09 28 5,29 10,66 65,60 34,40 9,45 57,98 42,02 9,63 59,01 40,99 30 5,48 10,18 62,65 37,35 9,26 56,81 43,19 9,43 57,78 42,22 35 5,92 9,60 59,08 40,92 8,73 53,56 46,44 8,92 54,66 45,34 40 6,32 9,11 56,06 43,94 8,36 51,29 48,71 8,55 52,39 47,61 50 7,07 8,77 53,97 46,03 7,62 46,75 53,25 7,81 47,86 52,14 60 7,75 8,46 52,06 47,94 7,26 44,54 55,46 7,44 45,59 54,41 80 8,94 7,91 48,68 51,32 6,65 40,80 59,20 6,83 41,85 58,15

120 10,95 7,00 43,08 56,92 6,26 38,40 61,60 6,44 39,46 60,54 150 12,25 6,14 37,78 62,22 5,45 33,44 66,56 5,63 34,50 65,50 200 14,14 5,57 34,28 65,72 4,90 30,06 69,94 5,08 31,13 68,87 230 15,17 4,78 29,42 70,58 4,39 26,93 73,07 4,56 27,94 72,06 260 16,12 4,25 26,15 73,85 3,90 23,93 76,07 4,00 24,51 75,49 360 18,97 3,87 23,82 76,18 3,28 20,12 79,88 3,44 21,08 78,92 400 20,00 3,55 21,85 78,15 2,81 17,24 82,76 2,97 18,20 81,80 540 23,24 3,23 19,88 80,12 2,28 13,99 86,01 2,45 15,01 84,99

Page 229: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B16 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. A

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,28 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 3 1,73 14,46 88,82 11,18 13,70 83,84 16,16 13,82 84,79 15,21 5 2,24 13,96 85,75 14,25 13,11 80,23 19,77 13,23 81,17 18,83 7 2,65 13,70 84,15 15,85 12,69 77,66 22,34 12,82 78,65 21,35 10 3,16 13,26 81,45 18,55 12,16 74,42 25,58 12,29 75,40 24,60 13 3,61 12,98 79,73 20,27 11,51 70,44 29,56 11,63 71,35 28,65 16 4,00 12,49 76,72 23,28 11,13 68,12 31,88 11,24 68,96 31,04 19 4,36 12,00 73,71 26,29 10,47 64,08 35,92 10,60 65,03 34,97 22 4,69 11,49 70,58 29,42 10,12 61,93 38,07 10,25 62,88 37,12 25 5,00 11,17 68,61 31,39 9,75 59,67 40,33 9,87 60,55 39,45 28 5,29 10,66 65,48 34,52 9,44 57,77 42,23 9,56 58,65 41,35 30 5,48 10,25 62,96 37,04 9,24 56,55 43,45 9,37 57,48 42,52 35 5,92 9,58 58,85 41,15 8,74 53,49 46,51 8,86 54,36 45,64 40 6,32 9,17 56,33 43,67 8,41 51,47 48,53 8,51 52,21 47,79 50 7,07 8,78 53,93 46,07 7,61 46,57 53,43 7,73 47,42 52,58 60 7,75 8,53 52,40 47,60 7,25 44,37 55,63 7,38 45,28 54,72 80 8,94 7,98 49,02 50,98 6,66 40,76 59,24 6,76 41,47 58,53

120 10,95 7,04 43,24 56,76 6,24 38,19 61,81 6,37 39,08 60,92 150 12,25 6,14 37,71 62,29 5,48 33,54 66,46 5,60 34,36 65,64 200 14,14 5,61 34,46 65,54 4,90 29,99 70,01 5,00 30,67 69,33 230 15,17 4,79 29,42 70,58 4,35 26,62 73,38 4,48 27,48 72,52 260 16,12 4,25 26,11 73,89 3,89 23,81 76,19 4,00 24,54 75,46 360 18,97 3,91 24,02 75,98 3,28 20,07 79,93 3,39 20,80 79,20 400 20,00 3,55 21,81 78,19 2,86 17,50 82,50 2,95 18,10 81,90 540 23,24 3,28 20,15 79,85 2,29 14,01 85,99 2,40 14,72 85,28

Page 230: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B17 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,08 100,00 0,00 18,05 100,00 0,00 18,09 100,00 0,00 3 1,73 15,81 87,44 12,56 14,95 82,83 17,17 15,15 83,75 16,25 5 2,24 15,26 84,40 15,60 14,17 78,50 21,50 14,35 79,33 20,67 7 2,65 14,86 82,19 17,81 13,43 74,40 25,60 13,60 75,18 24,82 10 3,16 14,52 80,31 19,69 12,83 71,08 28,92 13,00 71,86 28,14 13 3,61 13,94 77,10 22,90 12,23 67,76 32,24 12,43 68,71 31,29 16 4,00 13,14 72,68 27,32 11,82 65,48 34,52 12,00 66,33 33,67 19 4,36 12,72 70,35 29,65 11,21 62,11 37,89 11,33 62,63 37,37 22 4,69 12,36 68,36 31,64 10,82 59,94 40,06 11,00 60,81 39,19 25 5,00 11,70 64,71 35,29 10,50 58,17 41,83 10,70 59,15 40,85 28 5,29 11,10 61,39 38,61 10,00 55,40 44,60 10,41 57,55 42,45 30 5,48 10,71 59,24 40,76 9,61 53,24 46,76 9,94 54,95 45,05 35 5,92 10,30 56,97 43,03 9,15 50,69 49,31 9,35 51,69 48,31 40 6,32 9,91 54,81 45,19 8,90 49,31 50,69 9,28 51,30 48,70 50 7,07 9,49 52,49 47,51 8,19 45,37 54,63 8,40 46,43 53,57 60 7,75 9,13 50,50 49,50 7,68 42,55 57,45 7,85 43,39 56,61 80 8,94 8,00 44,25 55,75 7,00 38,78 61,22 7,21 39,86 60,14

120 10,95 7,36 40,71 59,29 6,37 35,29 64,71 6,44 35,60 64,40 150 12,25 6,67 36,89 63,11 5,60 31,02 68,98 5,75 31,79 68,21 200 14,14 6,00 33,19 66,81 5,00 27,70 72,30 5,18 28,63 71,37 230 15,17 5,32 29,42 70,58 4,36 24,16 75,84 4,55 25,15 74,85 260 16,12 5,00 27,65 72,35 3,84 21,27 78,73 4,00 22,11 77,89 360 18,97 4,62 25,55 74,45 3,26 18,06 81,94 3,36 18,57 81,43 400 20,00 4,21 23,29 76,71 2,83 15,68 84,32 3,00 16,58 83,42 540 23,24 3,84 21,24 78,76 2,30 12,74 87,26 2,50 13,82 86,18

Page 231: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B18 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,20 100,00 0,00 18,27 100,00 0,00 18,29 100,00 0,00 3 1,73 15,89 87,31 12,69 15,14 82,87 17,13 15,26 83,43 16,57 5 2,24 15,35 84,34 15,66 14,36 78,60 21,40 14,49 79,22 20,78 7 2,65 14,92 81,98 18,02 13,63 74,60 25,40 13,83 75,62 24,38 10 3,16 14,60 80,22 19,78 13,00 71,15 28,85 13,20 72,17 27,83 13 3,61 14,00 76,92 23,08 12,42 67,98 32,02 12,57 68,73 31,27 16 4,00 13,22 72,64 27,36 11,83 64,75 35,25 12,00 65,61 34,39 19 4,36 12,82 70,44 29,56 11,40 62,40 37,60 11,59 63,37 36,63 22 4,69 12,45 68,41 31,59 11,00 60,21 39,79 11,00 60,14 39,86 25 5,00 11,79 64,78 35,22 10,68 58,46 41,54 10,86 59,38 40,62 28 5,29 11,24 61,76 38,24 10,43 57,09 42,91 10,60 57,96 42,04 30 5,48 10,82 59,45 40,55 9,90 54,19 45,81 10,10 55,22 44,78 35 5,92 10,35 56,87 43,13 9,34 51,12 48,88 9,52 52,05 47,95 40 6,32 10,00 54,95 45,05 9,10 49,81 50,19 9,28 50,74 49,26 50 7,07 9,58 52,64 47,36 8,40 45,98 54,02 8,59 46,97 53,03 60 7,75 9,23 50,71 49,29 7,82 42,80 57,20 8,00 43,74 56,26 80 8,94 8,11 44,56 55,44 7,20 39,41 60,59 7,40 40,46 59,54

120 10,95 7,46 40,99 59,01 6,56 35,91 64,09 6,75 36,91 63,09 150 12,25 6,74 37,03 62,97 5,80 31,75 68,25 6,00 32,80 67,20 200 14,14 6,10 33,52 66,48 5,19 28,41 71,59 5,36 29,31 70,69 230 15,17 5,40 29,67 70,33 4,57 25,01 74,99 4,75 25,97 74,03 260 16,12 5,10 28,02 71,98 4,00 21,89 78,11 4,18 22,85 77,15 360 18,97 4,68 25,71 74,29 3,45 18,88 81,12 3,59 19,63 80,37 400 20,00 4,29 23,57 76,43 3,00 16,42 83,58 3,16 17,28 82,72 540 23,24 3,94 21,65 78,35 2,49 13,63 86,37 2,65 14,49 85,51

Page 232: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B19 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,32 100,00 0,00 18,35 100,00 0,00 18,33 100,00 0,00 3 1,73 15,99 87,28 12,72 15,17 82,67 17,33 15,28 83,36 16,64 5 2,24 15,45 84,33 15,67 14,42 78,58 21,42 14,53 79,27 20,73 7 2,65 15,00 81,88 18,12 13,66 74,44 25,56 13,79 75,23 24,77 10 3,16 14,86 81,11 18,89 13,10 71,39 28,61 13,27 72,39 27,61 13 3,61 14,10 76,97 23,03 12,47 67,96 32,04 12,60 68,74 31,26 16 4,00 13,35 72,87 27,13 12,00 65,40 34,60 12,16 66,34 33,66 19 4,36 12,91 70,47 29,53 11,46 62,45 37,55 11,59 63,23 36,77 22 4,69 12,55 68,50 31,50 11,00 59,95 40,05 11,16 60,88 39,12 25 5,00 11,89 64,90 35,10 10,70 58,31 41,69 10,85 59,19 40,81 28 5,29 11,33 61,84 38,16 10,48 57,11 42,89 10,62 57,94 42,06 30 5,48 10,91 59,55 40,45 9,94 54,17 45,83 10,10 55,10 44,90 35 5,92 10,50 57,31 42,69 9,37 51,06 48,94 9,52 51,94 48,06 40 6,32 10,13 55,29 44,71 9,13 49,75 50,25 9,29 50,68 49,32 50 7,07 9,71 53,00 47,00 8,42 45,89 54,11 8,56 46,70 53,30 60 7,75 9,34 50,98 49,02 7,92 43,16 56,84 8,05 43,92 56,08 80 8,94 8,19 44,71 55,29 7,24 39,46 60,54 7,38 40,26 59,74

120 10,95 7,55 41,21 58,79 6,61 36,02 63,98 6,75 36,82 63,18 150 12,25 6,89 37,61 62,39 5,84 31,83 68,17 5,96 32,52 67,48 200 14,14 6,19 33,79 66,21 5,19 28,28 71,72 5,34 29,13 70,87 230 15,17 5,53 30,19 69,81 4,59 25,01 74,99 4,73 25,80 74,20 260 16,12 5,21 28,44 71,56 4,10 22,34 77,66 4,24 23,13 76,87 360 18,97 4,83 26,36 73,64 3,45 18,80 81,20 3,59 19,59 80,41 400 20,00 4,48 24,45 75,55 3,02 16,46 83,54 3,16 17,24 82,76 540 23,24 4,00 21,83 78,17 2,54 13,84 86,16 2,65 14,46 85,54

Page 233: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B20 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. B

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,35 100,00 0,00 18,30 100,00 0,00 18,37 100,00 0,00 3 1,73 16,00 87,19 12,81 15,15 82,79 17,21 15,39 83,78 16,22 5 2,24 15,45 84,20 15,80 14,40 78,69 21,31 14,58 79,37 20,63 7 2,65 15,10 82,29 17,71 13,60 74,32 25,68 13,83 75,29 24,71 10 3,16 14,80 80,65 19,35 13,10 71,58 28,42 13,35 72,67 27,33 13 3,61 14,10 76,84 23,16 12,43 67,92 32,08 12,67 68,97 31,03 16 4,00 13,38 72,92 27,08 11,98 65,46 34,54 12,23 66,58 33,42 19 4,36 12,94 70,52 29,48 11,39 62,24 37,76 11,64 63,36 36,64 22 4,69 12,53 68,28 31,72 11,00 60,11 39,89 11,22 61,08 38,92 25 5,00 11,76 64,09 35,91 10,66 58,25 41,75 10,90 59,34 40,66 28 5,29 11,32 61,69 38,31 10,47 57,21 42,79 10,68 58,14 41,86 30 5,48 10,93 59,56 40,44 9,90 54,10 45,90 10,13 55,14 44,86 35 5,92 10,48 57,11 42,89 9,34 51,04 48,96 9,57 52,10 47,90 40 6,32 10,11 55,10 44,90 9,11 49,78 50,22 9,34 50,84 49,16 50 7,07 9,69 52,81 47,19 8,40 45,90 54,10 8,65 47,09 52,91 60 7,75 9,36 51,01 48,99 7,80 42,62 57,38 8,00 43,55 56,45 80 8,94 8,20 44,69 55,31 7,21 39,40 60,60 7,37 40,12 59,88

120 10,95 7,57 41,25 58,75 6,60 36,07 63,93 6,81 37,07 62,93 150 12,25 6,90 37,60 62,40 5,78 31,58 68,42 6,00 32,66 67,34 200 14,14 6,18 33,68 66,32 5,19 28,36 71,64 5,41 29,45 70,55 230 15,17 5,58 30,41 69,59 4,59 25,08 74,92 4,82 26,24 73,76 260 16,12 5,20 28,34 71,66 4,00 21,86 78,14 4,22 22,97 77,03 360 18,97 4,81 26,21 73,79 3,43 18,74 81,26 3,63 19,76 80,24 400 20,00 4,42 24,09 75,91 3,00 16,39 83,61 3,25 17,69 82,31 540 23,24 4,00 21,80 78,20 2,50 13,66 86,34 2,65 14,43 85,57

Page 234: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B21 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 1 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,16 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 16,18 100,00 0,00 3 1,73 13,79 85,33 14,67 13,00 80,75 19,25 13,16 81,33 18,67 5 2,24 13,14 81,31 18,69 12,36 76,77 23,23 12,58 77,75 22,25 7 2,65 12,73 78,77 21,23 11,72 72,80 27,20 11,82 73,05 26,95 10 3,16 12,16 75,25 24,75 11,16 69,32 30,68 11,32 69,96 30,04 13 3,61 11,63 71,97 28,03 10,61 65,90 34,10 10,82 66,87 33,13 16 4,00 11,37 70,36 29,64 10,10 62,73 37,27 10,31 63,72 36,28 19 4,36 11,00 68,07 31,93 9,65 59,94 40,06 9,86 60,94 39,06 22 4,69 10,38 64,23 35,77 9,30 57,76 42,24 9,50 58,71 41,29 25 5,00 10,00 61,88 38,12 9,00 55,90 44,10 9,20 56,86 43,14 28 5,29 9,58 59,28 40,72 8,55 53,11 46,89 8,75 54,08 45,92 30 5,48 9,26 57,30 42,70 8,24 51,18 48,82 8,47 52,35 47,65 35 5,92 8,67 53,65 46,35 7,48 46,46 53,54 7,65 47,28 52,72 40 6,32 8,30 51,36 48,64 7,00 43,48 56,52 7,23 44,68 55,32 50 7,07 7,80 48,27 51,73 6,67 41,43 58,57 6,87 42,46 57,54 60 7,75 7,18 44,43 55,57 6,16 38,26 61,74 6,37 39,37 60,63 80 8,94 6,47 40,04 59,96 5,48 34,04 65,96 5,70 35,23 64,77

120 10,95 6,00 37,13 62,87 5,00 31,06 68,94 5,15 31,83 68,17 150 12,25 5,35 33,11 66,89 4,25 26,40 73,60 4,43 27,38 72,62 200 14,14 4,85 30,01 69,99 3,64 22,61 77,39 3,90 24,10 75,90 230 15,17 4,25 26,30 73,70 3,00 18,63 81,37 3,18 19,65 80,35 260 16,12 3,90 24,13 75,87 2,54 15,78 84,22 2,69 16,63 83,37 360 18,97 3,44 21,29 78,71 2,19 13,60 86,40 2,33 14,40 85,60 540 23,24 3,10 19,18 80,82 1,82 11,30 88,70 2,00 12,36 87,64

Page 235: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B22 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 2 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,21 100,00 0,00 16,19 100,00 0,00 16,23 100,00 0,00 3 1,73 13,79 85,07 14,93 13,03 80,48 19,52 13,23 81,52 18,48 5 2,24 13,17 81,25 18,75 12,40 76,59 23,41 12,58 77,51 22,49 7 2,65 12,76 78,72 21,28 11,66 72,02 27,98 11,84 72,95 27,05 10 3,16 12,19 75,20 24,80 11,21 69,24 30,76 11,36 69,99 30,01 13 3,61 11,63 71,75 28,25 10,65 65,78 34,22 10,85 66,85 33,15 16 4,00 11,40 70,33 29,67 10,16 62,75 37,25 10,33 63,65 36,35 19 4,36 11,00 67,86 32,14 9,69 59,85 40,15 9,90 61,00 39,00 22 4,69 10,41 64,22 35,78 9,34 57,69 42,31 9,54 58,78 41,22 25 5,00 10,00 61,69 38,31 9,04 55,84 44,16 9,22 56,81 43,19 28 5,29 9,60 59,22 40,78 8,58 53,00 47,00 8,77 54,04 45,96 30 5,48 9,24 57,00 43,00 8,29 51,20 48,80 8,49 52,31 47,69 35 5,92 8,69 53,61 46,39 7,53 46,51 53,49 7,68 47,32 52,68 40 6,32 8,33 51,39 48,61 7,00 43,24 56,76 7,19 44,30 55,70 50 7,07 7,80 48,12 51,88 6,70 41,38 58,62 6,90 42,51 57,49 60 7,75 7,22 44,54 55,46 6,22 38,42 61,58 6,41 39,49 60,51 80 8,94 6,50 40,10 59,90 5,52 34,10 65,90 5,70 35,12 64,88

120 10,95 6,00 37,01 62,99 5,00 30,88 69,12 5,18 31,92 68,08 150 12,25 5,32 32,82 67,18 4,29 26,50 73,50 4,47 27,54 72,46 200 14,14 4,83 29,80 70,20 3,69 22,79 77,21 3,87 23,84 76,16 230 15,17 4,24 26,16 73,84 3,10 19,15 80,85 3,29 20,27 79,73 260 16,12 3,93 24,24 75,76 2,58 15,94 84,06 2,72 16,76 83,24 360 18,97 3,46 21,34 78,66 2,23 13,77 86,23 2,40 14,79 85,21 540 23,24 3,12 19,25 80,75 1,85 11,43 88,57 2,05 12,63 87,37

Page 236: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B23 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 3 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,30 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 16,33 100,00 0,00 3 1,73 13,86 85,03 14,97 13,10 80,47 19,53 13,26 81,20 18,80 5 2,24 13,24 81,23 18,77 12,46 76,54 23,46 12,64 77,40 22,60 7 2,65 12,83 78,71 21,29 11,71 71,93 28,07 11,91 72,93 27,07 10 3,16 12,25 75,15 24,85 11,25 69,10 30,90 11,45 70,12 29,88 13 3,61 11,70 71,78 28,22 10,70 65,72 34,28 10,88 66,63 33,37 16 4,00 11,46 70,31 29,69 10,20 62,65 37,35 10,37 63,50 36,50 19 4,36 11,10 68,10 31,90 9,77 60,01 39,99 9,93 60,81 39,19 22 4,69 10,47 64,23 35,77 9,39 57,68 42,32 9,56 58,54 41,46 25 5,00 10,10 61,96 38,04 9,04 55,53 44,47 9,24 56,58 43,42 28 5,29 9,67 59,33 40,67 8,68 53,32 46,68 8,83 54,07 45,93 30 5,48 9,30 57,06 42,94 8,40 51,60 48,40 8,60 52,66 47,34 35 5,92 8,74 53,62 46,38 7,58 46,56 53,44 7,77 47,58 52,42 40 6,32 8,39 51,47 48,53 7,15 43,92 56,08 7,35 45,01 54,99 50 7,07 7,88 48,34 51,66 6,77 41,58 58,42 6,96 42,62 57,38 60 7,75 7,29 44,72 55,28 6,28 38,57 61,43 6,49 39,74 60,26 80 8,94 6,58 40,37 59,63 5,64 34,64 65,36 5,83 35,70 64,30

120 10,95 6,11 37,48 62,52 5,10 31,33 68,67 5,29 32,39 67,61 150 12,25 5,43 33,31 66,69 4,40 27,03 72,97 4,61 28,23 71,77 200 14,14 4,94 30,31 69,69 3,77 23,16 76,84 3,90 23,88 76,12 230 15,17 4,36 26,75 73,25 3,15 19,35 80,65 3,36 20,58 79,42 260 16,12 3,99 24,48 75,52 2,69 16,52 83,48 2,86 17,51 82,49 360 18,97 3,52 21,60 78,40 2,34 14,37 85,63 2,52 15,43 84,57 540 23,24 3,16 19,39 80,61 1,96 12,04 87,96 2,13 13,04 86,96

Page 237: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B24 - Resultados do Transporte de Água da Argamassa Fresca para o Bloco de Concreto 4 (30mm) - Arg. C

CAMADAS

Camada superfície Camada da interface Camada intermediária Teor de

Umidade Umidade Água Transportada

Teor de Umidade Umidade Água

TransportadaTeor de

Umidade Umidade Água Transportada

Tempo (min) t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,28 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 16,34 100,00 0,00 3 1,73 13,90 85,38 14,62 13,21 80,84 19,16 13,33 81,58 18,42 5 2,24 13,19 81,02 18,98 12,58 76,99 23,01 12,72 77,85 22,15 7 2,65 12,85 78,93 21,07 11,84 72,46 27,54 11,98 73,32 26,68 10 3,16 12,24 75,18 24,82 11,37 69,58 30,42 11,50 70,38 29,62 13 3,61 11,73 72,05 27,95 10,82 66,22 33,78 10,96 67,07 32,93 16 4,00 11,45 70,33 29,67 10,30 63,04 36,96 10,43 63,83 36,17 19 4,36 11,11 68,24 31,76 9,86 60,34 39,66 10,00 61,20 38,80 22 4,69 10,46 64,25 35,75 9,53 58,32 41,68 9,66 59,12 40,88 25 5,00 10,10 62,04 37,96 9,18 56,18 43,82 9,34 57,16 42,84 28 5,29 9,68 59,46 40,54 8,75 53,55 46,45 8,87 54,28 45,72 30 5,48 9,35 57,43 42,57 8,47 51,84 48,16 8,63 52,82 47,18 35 5,92 8,77 53,87 46,13 7,70 47,12 52,88 7,81 47,80 52,20 40 6,32 8,36 51,35 48,65 7,22 44,19 55,81 7,38 45,17 54,83 50 7,07 7,88 48,40 51,60 6,88 42,11 57,89 7,00 42,84 57,16 60 7,75 7,28 44,72 55,28 6,31 38,62 61,38 6,46 39,53 60,47 80 8,94 6,55 40,23 59,77 5,66 34,64 65,36 5,81 35,56 64,44

120 10,95 6,10 37,47 62,53 5,19 31,76 68,24 5,32 32,56 67,44 150 12,25 5,44 33,42 66,58 4,47 27,36 72,64 4,60 28,15 71,85 200 14,14 4,94 30,34 69,66 3,86 23,62 76,38 4,00 24,48 75,52 230 15,17 4,32 26,54 73,46 3,22 19,71 80,29 3,38 20,69 79,31 260 16,12 3,96 24,32 75,68 2,76 16,89 83,11 2,88 17,63 82,37 360 18,97 3,49 21,44 78,56 2,42 14,81 85,19 2,55 15,61 84,39 540 23,24 3,18 19,53 80,47 2,04 12,48 87,52 2,16 13,22 86,78

Page 238: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B25 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,10 100,00 0,00 16,70 100,00 0,00 16,77 100,00 0,00 16,35 100,00 0,00

5 2,24 16,78 98,13 1,87 16,13 96,59 3,41 15,86 94,57 5,43 15,16 92,72 7,28

10 3,16 16,17 94,56 5,44 15,40 92,22 7,78 15,15 90,34 9,66 14,13 86,42 13,58

15 3,87 15,32 89,59 10,41 14,54 87,07 12,93 14,32 85,39 14,61 13,24 80,98 19,02

20 4,47 14,43 84,39 15,61 13,71 82,10 17,90 13,46 80,26 19,74 12,46 76,21 23,79

25 5,00 13,86 81,05 18,95 12,98 77,72 22,28 12,79 76,27 23,73 11,86 72,54 27,46

30 5,48 13,51 79,01 20,99 12,71 76,11 23,89 12,48 74,42 25,58 11,34 69,36 30,64

35 5,92 13,10 76,61 23,39 12,31 73,71 26,29 12,00 71,56 28,44 11,00 67,28 32,72

40 6,32 12,73 74,44 25,56 12,10 72,46 27,54 11,67 69,59 30,41 10,63 65,02 34,98

50 7,07 12,39 72,46 27,54 11,60 69,46 30,54 11,21 66,85 33,15 10,32 63,12 36,88

60 7,75 12,00 70,18 29,82 11,32 67,78 32,22 10,86 64,76 35,24 9,97 60,98 39,02

80 8,94 11,44 66,90 33,10 10,73 64,25 35,75 10,47 62,43 37,57 9,63 58,90 41,10

100 10,00 11,10 64,91 35,09 10,40 62,28 37,72 10,15 60,52 39,48 9,24 56,51 43,49

120 10,95 10,82 63,27 36,73 10,45 62,57 37,43 9,98 59,51 40,49 9,00 55,05 44,95

150 12,25 10,43 60,99 39,01 9,72 58,20 41,80 9,55 56,95 43,05 8,54 52,23 47,77

180 13,42 10,00 58,48 41,52 9,49 56,83 43,17 9,23 55,04 44,96 8,10 49,54 50,46

240 15,49 9,71 56,78 43,22 9,10 54,49 45,51 8,69 51,82 48,18 7,81 47,77 52,23

300 17,32 9,41 55,03 44,97 8,81 52,75 47,25 8,27 49,31 50,69 7,42 45,38 54,62

360 18,97 9,10 53,22 46,78 8,47 50,72 49,28 7,88 46,99 53,01 7,00 42,81 57,19

420 20,49 8,70 50,88 49,12 8,10 48,50 51,50 7,51 44,78 55,22 6,61 40,43 59,57

480 21,91 8,31 48,60 51,40 7,57 45,33 54,67 7,13 42,52 57,48 6,12 37,43 62,57

540 23,24 7,64 44,68 55,32 7,00 41,92 58,08 6,48 38,64 61,36 5,64 34,50 65,50

Page 239: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B26 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,08 100,00 0,00 16,72 100,00 0,00 16,75 100,00 0,00 16,80 100,00 0,00 5 2,24 16,78 98,24 1,76 16,17 96,71 3,29 15,88 94,81 5,19 15,60 92,86 7,14

10 3,16 16,14 94,50 5,50 15,44 92,34 7,66 15,17 90,57 9,43 14,53 86,49 13,51 15 3,87 15,31 89,64 10,36 14,58 87,20 12,80 14,34 85,61 14,39 13,62 81,07 18,93 20 4,47 14,41 84,37 15,63 13,75 82,24 17,76 13,48 80,48 19,52 12,81 76,25 23,75 25 5,00 13,84 81,03 18,97 13,00 77,75 22,25 12,81 76,48 23,52 12,19 72,56 27,44 30 5,48 13,53 79,22 20,78 12,72 76,08 23,92 12,50 74,63 25,37 11,66 69,40 30,60 35 5,92 13,12 76,81 23,19 12,33 73,74 26,26 12,02 71,76 28,24 11,31 67,32 32,68 40 6,32 12,75 74,65 25,35 12,14 72,61 27,39 11,69 69,79 30,21 10,94 65,12 34,88 50 7,07 12,37 72,42 27,58 11,64 69,62 30,38 11,33 67,64 32,36 10,62 63,21 36,79 60 7,75 11,97 70,08 29,92 11,34 67,82 32,18 10,98 65,55 34,45 10,26 61,07 38,93 80 8,94 11,42 66,86 33,14 10,77 64,41 35,59 10,49 62,63 37,37 9,92 59,05 40,95 100 10,00 11,12 65,11 34,89 10,42 62,32 37,68 10,17 60,72 39,28 9,50 56,55 43,45 120 10,95 10,84 63,47 36,53 10,47 62,62 37,38 10,00 59,70 40,30 9,43 56,13 43,87 150 12,25 10,45 61,18 38,82 9,74 58,25 41,75 9,47 56,54 43,46 8,81 52,44 47,56 180 13,42 9,98 58,43 41,57 9,51 56,88 43,12 9,25 55,22 44,78 8,34 49,64 50,36 240 15,49 9,73 56,97 43,03 9,14 54,67 45,33 8,71 52,00 48,00 8,06 47,98 52,02 300 17,32 9,40 55,04 44,96 8,82 52,75 47,25 8,29 49,49 50,51 7,63 45,42 54,58 360 18,97 9,12 53,40 46,60 8,50 50,84 49,16 7,90 47,16 52,84 7,37 43,87 56,13 420 20,49 8,68 50,82 49,18 8,12 48,56 51,44 7,53 44,96 55,04 6,80 40,48 59,52 480 21,91 8,30 48,59 51,41 7,59 45,39 54,61 7,15 42,69 57,31 6,53 38,87 61,13 540 23,24 7,66 44,85 55,15 7,05 42,17 57,83 6,3 37,61 62,39 5,84 34,76 65,24

Page 240: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B27 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,08 100,00 0,00 16,66 100,00 0,00 16,73 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00 5 2,24 16,74 98,01 1,99 16,09 96,58 3,42 15,82 94,56 5,44 15,12 92,70 7,30

10 3,16 16,13 94,44 5,56 15,36 92,20 7,80 15,11 90,32 9,68 14,10 86,45 13,55 15 3,87 15,28 89,46 10,54 14,50 87,03 12,97 14,28 85,36 14,64 13,20 80,93 19,07 20 4,47 14,39 84,25 15,75 13,67 82,05 17,95 13,42 80,22 19,78 12,42 76,15 23,85 25 5,00 13,82 80,91 19,09 12,94 77,67 22,33 12,75 76,21 23,79 11,82 72,47 27,53 30 5,48 13,47 78,86 21,14 12,67 76,05 23,95 12,44 74,36 25,64 11,30 69,28 30,72 35 5,92 13,06 76,46 23,54 12,28 73,71 26,29 11,96 71,49 28,51 10,96 67,20 32,80 40 6,32 12,69 74,30 25,70 12,05 72,33 27,67 11,63 69,52 30,48 10,59 64,93 35,07 50 7,07 12,35 72,31 27,69 11,56 69,39 30,61 11,27 67,36 32,64 10,28 63,03 36,97 60 7,75 11,96 70,02 29,98 11,28 67,71 32,29 10,92 65,27 34,73 9,93 60,88 39,12 80 8,94 11,40 66,74 33,26 10,69 64,17 35,83 10,43 62,34 37,66 9,59 58,80 41,20 100 10,00 11,06 64,75 35,25 10,36 62,18 37,82 10,11 60,43 39,57 9,20 56,41 43,59 120 10,95 10,78 63,11 36,89 10,41 62,48 37,52 9,94 59,41 40,59 9,13 55,98 44,02 150 12,25 10,39 60,83 39,17 9,68 58,10 41,90 9,41 56,25 43,75 8,50 52,12 47,88 180 13,42 9,96 58,31 41,69 9,45 56,72 43,28 9,19 54,93 45,07 8,06 49,42 50,58 240 15,49 9,67 56,62 43,38 9,06 54,38 45,62 8,65 51,70 48,30 7,77 47,64 52,36 300 17,32 9,37 54,86 45,14 8,77 52,64 47,36 8,23 49,19 50,81 7,38 45,25 54,75 360 18,97 9,07 53,10 46,90 8,43 50,60 49,40 7,84 46,86 53,14 7,12 43,65 56,35 420 20,49 8,66 50,70 49,30 8,10 48,62 51,38 7,47 44,65 55,35 6,57 40,28 59,72 480 21,91 8,27 48,42 51,58 7,53 45,20 54,80 7,10 42,44 57,56 6,28 38,50 61,50 540 23,24 7,60 44,50 55,50 6,96 41,78 58,22 6,24 37,30 62,70 5,60 34,33 65,67

Page 241: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B28 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,93 100,00 0,00 16,77 100,00 0,00 16,82 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00

5 2,24 16,58 97,93 2,07 16,21 96,66 3,34 15,92 94,65 5,35 15,48 92,81 7,19

10 3,16 15,86 93,68 6,32 15,24 90,88 9,12 15,12 89,89 10,11 14,19 85,07 14,93

15 3,87 15,13 89,37 10,63 14,59 87,00 13,00 14,37 85,43 14,57 13,54 81,18 18,82

20 4,47 14,40 85,06 14,94 13,68 81,57 18,43 13,5 80,26 19,74 12,54 75,18 24,82

25 5,00 13,80 81,51 18,49 12,95 77,22 22,78 12,82 76,22 23,78 11,93 71,52 28,48

30 5,48 13,40 79,15 20,85 12,74 75,97 24,03 12,54 74,55 25,45 11,59 69,48 30,52

35 5,92 13,00 76,79 23,21 12,28 73,23 26,77 11,98 71,22 28,78 11,00 65,95 34,05

40 6,32 12,62 74,54 25,46 12,07 71,97 28,03 11,65 69,26 30,74 10,81 64,81 35,19

50 7,07 12,30 72,65 27,35 11,58 69,05 30,95 11,29 67,12 32,88 10,50 62,95 37,05

60 7,75 11,84 69,94 30,06 11,34 67,62 32,38 11,01 65,46 34,54 10,20 61,15 38,85

80 8,94 11,41 67,40 32,60 10,76 64,16 35,84 10,49 62,37 37,63 9,93 59,53 40,47

100 10,00 11,05 65,27 34,73 10,59 63,15 36,85 10,30 61,24 38,76 9,61 57,61 42,39

120 10,95 10,72 63,32 36,68 10,46 62,37 37,63 10,04 59,69 40,31 9,36 56,12 43,88

150 12,25 10,34 61,08 38,92 9,73 58,02 41,98 9,5 56,48 43,52 8,74 52,40 47,60

180 13,42 9,86 58,24 41,76 9,52 56,77 43,23 9,28 55,17 44,83 8,29 49,70 50,30

240 15,49 9,69 57,24 42,76 9,10 54,26 45,74 8,66 51,49 48,51 7,84 47,00 53,00

300 17,32 9,38 55,40 44,60 8,79 52,42 47,58 8,24 48,99 51,01 7,45 44,66 55,34

360 18,97 9,10 53,75 46,25 8,44 50,33 49,67 7,85 46,67 53,33 7,20 43,17 56,83

420 20,49 8,67 51,21 48,79 8,10 48,30 51,70 7,48 44,47 55,53 6,64 39,81 60,19

480 21,91 8,24 48,67 51,33 7,55 45,02 54,98 7,10 42,21 57,79 6,37 38,19 61,81

540 23,24 7,54 44,54 55,46 7,05 42,04 57,96 6,29 37,40 62,60 5,76 34,53 65,47

Page 242: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B29 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,86 100,00 0,00 18,96 100,00 0,00 18,80 100,00 0,00 18,87 100,00 0,00

5 2,24 17,65 93,58 6,42 17,60 92,83 7,17 17,40 92,55 7,45 17,10 90,62 9,38

10 3,16 16,53 87,65 12,35 16,20 85,44 14,56 16,20 86,17 13,83 15,93 84,42 15,58

15 3,87 15,63 82,87 17,13 15,42 81,33 18,67 15,00 79,79 20,21 14,81 78,48 21,52

20 4,47 14,18 75,19 24,81 14,02 73,95 26,05 13,68 72,77 27,23 13,26 70,27 29,73

25 5,00 13,64 72,32 27,68 13,63 71,89 28,11 13,38 71,17 28,83 12,48 66,14 33,86

30 5,48 13,00 68,93 31,07 12,78 67,41 32,59 12,48 66,38 33,62 11,92 63,17 36,83

35 5,92 12,59 66,76 33,24 12,49 65,88 34,12 12,19 64,84 35,16 11,74 62,22 37,78

40 6,32 12,26 65,01 34,99 12,12 63,92 36,08 11,76 62,55 37,45 11,47 60,78 39,22

50 7,07 11,94 63,31 36,69 11,74 61,92 38,08 11,52 61,28 38,72 11,11 58,88 41,12

60 7,75 11,41 60,50 39,50 11,34 59,81 40,19 10,96 58,30 41,70 10,68 56,60 43,40

80 8,94 11,08 58,75 41,25 11,00 58,02 41,98 10,68 56,81 43,19 10,43 55,27 44,73

100 10,00 10,76 57,05 42,95 10,65 56,17 43,83 10,42 55,43 44,57 10,22 54,16 45,84

120 10,95 10,60 56,20 43,80 10,43 55,01 44,99 10,19 54,20 45,80 10,00 52,99 47,01

150 12,25 10,34 54,83 45,17 10,26 54,11 45,89 10,00 53,19 46,81 9,69 51,35 48,65

180 13,42 10,10 53,55 46,45 10,00 52,74 47,26 9,87 52,50 47,50 9,41 49,87 50,13

240 15,49 9,71 51,48 48,52 9,66 50,95 49,05 9,24 49,15 50,85 9,00 47,69 52,31

300 17,32 9,43 50,00 50,00 9,33 49,21 50,79 9,10 48,40 51,60 8,72 46,21 53,79

360 18,97 9,25 49,05 50,95 9,18 48,42 51,58 8,91 47,39 52,61 8,59 45,52 54,48

420 20,49 9,10 48,25 51,75 9,00 47,47 52,53 8,74 46,49 53,51 8,31 44,04 55,96

480 21,91 9,00 47,72 52,28 8,85 46,68 53,32 8,51 45,27 54,73 8,19 43,40 56,60

540 23,24 8,75 46,39 53,61 8,71 45,94 54,06 8,36 44,47 55,53 7,82 41,44 58,56

Page 243: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B30 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,88 100,00 0,00 18,90 100,00 0,00 18,84 100,00 0,00 18,92 100,00 0,00

5 2,24 17,68 93,64 6,36 17,55 92,86 7,14 17,42 92,46 7,54 17,11 90,43 9,57

10 3,16 16,57 87,76 12,24 16,18 85,61 14,39 16,22 86,09 13,91 15,90 84,04 15,96

15 3,87 15,67 83,00 17,00 15,40 81,48 18,52 15,05 79,88 20,12 14,84 78,44 21,56

20 4,47 14,20 75,21 24,79 14,00 74,07 25,93 13,71 72,77 27,23 13,24 69,98 30,02

25 5,00 13,66 72,35 27,65 13,60 71,96 28,04 13,41 71,18 28,82 12,96 68,50 31,50

30 5,48 13,05 69,12 30,88 12,76 67,51 32,49 12,53 66,51 33,49 12,38 65,43 34,57

35 5,92 12,61 66,79 33,21 12,47 65,98 34,02 12,23 64,92 35,08 11,92 63,00 37,00

40 6,32 12,28 65,04 34,96 12,10 64,02 35,98 11,80 62,63 37,37 11,45 60,52 39,48

50 7,07 11,96 63,35 36,65 11,72 62,01 37,99 11,55 61,31 38,69 11,10 58,67 41,33

60 7,75 11,45 60,65 39,35 11,32 59,89 40,11 11,00 58,39 41,61 10,80 57,08 42,92

80 8,94 11,10 58,79 41,21 10,98 58,10 41,90 10,71 56,85 43,15 10,45 55,23 44,77

100 10,00 10,78 57,10 42,90 10,63 56,24 43,76 10,45 55,47 44,53 10,24 54,12 45,88

120 10,95 10,62 56,25 43,75 10,42 55,13 44,87 10,24 54,35 45,65 10,10 53,38 46,62

150 12,25 10,38 54,98 45,02 10,26 54,29 45,71 10,05 53,34 46,66 9,89 52,27 47,73

180 13,42 10,12 53,60 46,40 9,97 52,75 47,25 9,9 52,55 47,45 9,69 51,22 48,78

240 15,49 9,73 51,54 48,46 9,63 50,95 49,05 9,27 49,20 50,80 9,07 47,94 52,06

300 17,32 9,45 50,05 49,95 9,30 49,21 50,79 9,13 48,46 51,54 8,82 46,62 53,38

360 18,97 9,27 49,10 50,90 9,15 48,41 51,59 8,94 47,45 52,55 8,57 45,30 54,70

420 20,49 9,12 48,31 51,69 8,97 47,46 52,54 8,78 46,60 53,40 8,29 43,82 56,18

480 21,91 9,02 47,78 52,22 8,83 46,72 53,28 8,54 45,33 54,67 8,17 43,18 56,82

540 23,24 8,77 46,45 53,55 8,70 46,03 53,97 8,42 44,69 55,31 7,80 41,23 58,77

Page 244: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B31 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,81 100,00 0,00 18,86 100,00 0,00 18,83 100,00 0,00 18,89 100,00 0,00

5 2,24 17,63 93,73 6,27 17,56 93,11 6,89 17,44 92,62 7,38 17,11 90,58 9,42

10 3,16 16,50 87,72 12,28 16,18 85,79 14,21 15,96 84,76 15,24 15,80 83,64 16,36

15 3,87 15,61 82,99 17,01 15,38 81,55 18,45 15,07 80,03 19,97 14,85 78,61 21,39

20 4,47 14,14 75,17 24,83 13,97 74,07 25,93 13,71 72,81 27,19 13,28 70,30 29,70

25 5,00 13,60 72,30 27,70 13,60 72,11 27,89 13,35 70,90 29,10 12,95 68,55 31,45

30 5,48 12,99 69,06 30,94 12,76 67,66 32,34 12,54 66,60 33,40 12,34 65,33 34,67

35 5,92 12,57 66,83 33,17 12,40 65,75 34,25 12,17 64,63 35,37 11,96 63,31 36,69

40 6,32 12,24 65,07 34,93 12,08 64,05 35,95 11,79 62,61 37,39 11,49 60,83 39,17

50 7,07 11,92 63,37 36,63 11,74 62,25 37,75 11,50 61,07 38,93 11,15 59,03 40,97

60 7,75 11,43 60,77 39,23 11,32 60,02 39,98 11,03 58,58 41,42 10,83 57,33 42,67

80 8,94 11,10 59,01 40,99 10,92 57,90 42,10 10,67 56,66 43,34 10,46 55,37 44,63

100 10,00 10,78 57,31 42,69 10,60 56,20 43,80 10,38 55,12 44,88 10,21 54,05 45,95

120 10,95 10,63 56,51 43,49 10,40 55,14 44,86 10,26 54,49 45,51 10,10 53,47 46,53

150 12,25 10,36 55,08 44,92 10,19 54,03 45,97 10,07 53,48 46,52 9,91 52,46 47,54

180 13,42 10,12 53,80 46,20 10,02 53,13 46,87 9,8 52,04 47,96 9,64 51,03 48,97

240 15,49 9,73 51,73 48,27 9,68 51,33 48,67 9,26 49,18 50,82 9,08 48,07 51,93

300 17,32 9,45 50,24 49,76 9,35 49,58 50,42 9,10 48,33 51,67 8,85 46,85 53,15

360 18,97 9,27 49,28 50,72 9,10 48,25 51,75 8,89 47,21 52,79 8,60 45,53 54,47

420 20,49 9,12 48,48 51,52 8,94 47,40 52,60 8,72 46,31 53,69 8,35 44,20 55,80

480 21,91 9,03 48,01 51,99 8,85 46,92 53,08 8,58 45,57 54,43 8,21 43,46 56,54

540 23,24 8,77 46,62 53,38 8,73 46,29 53,71 8,43 44,77 55,23 7,81 41,34 58,66

Page 245: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B32 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,90 100,00 0,00 18,92 100,00 0,00 18,84 100,00 0,00 18,88 100,00 0,00

5 2,24 17,67 93,49 6,51 17,62 93,13 6,87 17,43 92,52 7,48 17,14 90,78 9,22

10 3,16 16,44 86,98 13,02 16,17 85,47 14,53 15,85 84,13 15,87 15,59 82,57 17,43

15 3,87 15,65 82,80 17,20 15,40 81,40 18,60 15,05 79,88 20,12 14,83 78,55 21,45

20 4,47 14,16 74,92 25,08 13,94 73,68 26,32 13,66 72,51 27,49 13,26 70,23 29,77

25 5,00 13,62 72,06 27,94 13,38 70,72 29,28 13,12 69,64 30,36 12,88 68,22 31,78

30 5,48 13,10 69,31 30,69 12,79 67,60 32,40 12,52 66,45 33,55 12,31 65,20 34,80

35 5,92 12,57 66,51 33,49 12,39 65,49 34,51 12,14 64,44 35,56 11,94 63,24 36,76

40 6,32 12,24 64,76 35,24 12,00 63,42 36,58 11,73 62,26 37,74 11,47 60,75 39,25

50 7,07 11,92 63,07 36,93 11,72 61,95 38,05 11,42 60,62 39,38 11,11 58,85 41,15

60 7,75 11,45 60,58 39,42 11,35 59,99 40,01 11,02 58,49 41,51 10,80 57,20 42,80

80 8,94 11,10 58,73 41,27 10,91 57,66 42,34 10,66 56,58 43,42 10,43 55,24 44,76

100 10,00 10,81 57,20 42,80 10,61 56,08 43,92 10,36 54,99 45,01 10,22 54,13 45,87

120 10,95 10,66 56,40 43,60 10,42 55,07 44,93 10,22 54,25 45,75 10,10 53,50 46,50

150 12,25 10,43 55,19 44,81 10,25 54,18 45,82 10,04 53,29 46,71 9,87 52,28 47,72

180 13,42 10,12 53,54 46,46 9,93 52,48 47,52 9,69 51,43 48,57 9,62 50,95 49,05

240 15,49 9,70 51,32 48,68 9,50 50,21 49,79 9,23 48,99 51,01 9,10 48,20 51,80

300 17,32 9,41 49,79 50,21 9,22 48,73 51,27 9,05 48,04 51,96 8,80 46,61 53,39

360 18,97 9,23 48,84 51,16 9,00 47,57 52,43 8,90 47,24 52,76 8,61 45,60 54,40

420 20,49 9,08 48,04 51,96 8,90 47,04 52,96 8,72 46,28 53,72 8,34 44,17 55,83

480 21,91 8,98 47,51 52,49 8,85 46,78 53,22 8,51 45,17 54,83 8,19 43,38 56,62

540 23,24 8,80 46,56 53,44 8,74 46,19 53,81 8,39 44,53 55,47 7,81 41,37 58,63

Page 246: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B33 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 1 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,32 100,00 0,00 16,28 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00

5 2,24 14,91 91,36 8,64 14,30 87,84 12,16 14,14 86,75 13,25 13,69 83,94 16,06

10 3,16 13,67 83,76 16,24 13,22 81,20 18,80 13,10 80,37 19,63 12,82 78,60 21,40

15 3,87 12,70 77,82 22,18 12,41 76,23 23,77 12,25 75,15 24,85 11,97 73,39 26,61

20 4,47 11,70 71,69 28,31 11,48 70,52 29,48 11,33 69,51 30,49 11,05 67,75 32,25

25 5,00 11,10 68,01 31,99 10,94 67,20 32,80 10,59 64,97 35,03 10,37 63,58 36,42

30 5,48 10,20 62,50 37,50 10,00 61,43 38,57 9,81 60,18 39,82 9,44 57,88 42,12

35 5,92 9,81 60,11 39,89 9,56 58,72 41,28 9,37 57,48 42,52 9,15 56,10 43,90

40 6,32 9,43 57,78 42,22 9,23 56,70 43,30 8,90 54,60 45,40 8,73 53,53 46,47

50 7,07 9,04 55,39 44,61 8,93 54,85 45,15 8,70 53,37 46,63 8,36 51,26 48,74

60 7,75 8,66 53,06 46,94 8,56 52,58 47,42 8,35 51,23 48,77 8,00 49,05 50,95

80 8,94 8,49 52,02 47,98 8,22 50,49 49,51 7,88 48,34 51,66 7,60 46,60 53,40

100 10,00 8,20 50,25 49,75 7,93 48,71 51,29 7,44 45,64 54,36 7,36 45,13 54,87

120 10,95 7,93 48,59 51,41 7,79 47,85 52,15 7,32 44,91 55,09 7,10 43,53 56,47

150 12,25 7,66 46,94 53,06 7,50 46,07 53,93 7,00 42,94 57,06 6,74 41,32 58,68

180 13,42 7,49 45,89 54,11 7,25 44,53 55,47 6,84 41,96 58,04 6,65 40,77 59,23

240 15,49 7,32 44,85 55,15 7,08 43,49 56,51 6,70 41,10 58,90 6,42 39,36 60,64

300 17,32 7,13 43,69 56,31 6,90 42,38 57,62 6,50 39,88 60,12 6,22 38,14 61,86

360 18,97 6,89 42,22 57,78 6,70 41,15 58,85 6,41 39,33 60,67 6,10 37,40 62,60

420 20,49 6,70 41,05 58,95 6,49 39,86 60,14 6,24 38,28 61,72 5,93 36,36 63,64

480 21,91 6,56 40,20 59,80 6,33 38,88 61,12 6,00 36,81 63,19 5,65 34,64 65,36

540 23,24 6,33 38,79 61,21 6,13 37,65 62,35 5,80 35,58 64,42 5,52 33,84 66,16

Page 247: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B34 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 2 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,12 100,00 0,00 16,21 100,00 0,00 16,19 100,00 0,00 16,13 100,00 0,00

5 2,24 14,72 91,32 8,68 14,25 87,91 12,09 14,05 86,78 13,22 13,57 84,13 15,87

10 3,16 13,49 83,68 16,32 13,23 81,62 18,38 13,05 80,61 19,39 12,71 78,80 21,20

15 3,87 12,57 77,98 22,02 12,40 76,50 23,50 12,18 75,23 24,77 11,89 73,71 26,29

20 4,47 11,56 71,71 28,29 11,46 70,70 29,30 11,24 69,43 30,57 11,00 68,20 31,80

25 5,00 10,97 68,05 31,95 10,91 67,30 32,70 10,64 65,72 34,28 10,31 63,92 36,08

30 5,48 10,10 62,66 37,34 10,00 61,69 38,31 9,78 60,41 39,59 9,40 58,28 41,72

35 5,92 9,70 60,17 39,83 9,54 58,85 41,15 9,34 57,69 42,31 9,10 56,42 43,58

40 6,32 9,34 57,94 42,06 9,24 57,00 43,00 8,89 54,91 45,09 8,69 53,87 46,13

50 7,07 8,93 55,40 44,60 8,93 55,09 44,91 8,63 53,30 46,70 8,29 51,39 48,61

60 7,75 8,56 53,10 46,90 8,55 52,75 47,25 8,31 51,33 48,67 7,94 49,23 50,77

80 8,94 8,39 52,05 47,95 8,21 50,65 49,35 7,86 48,55 51,45 7,56 46,87 53,13

100 10,00 8,13 50,43 49,57 7,92 48,86 51,14 7,61 47,00 53,00 7,30 45,26 54,74

120 10,95 7,85 48,70 51,30 7,81 48,18 51,82 7,29 45,03 54,97 7,10 44,02 55,98

150 12,25 7,58 47,02 52,98 7,52 46,39 53,61 6,95 42,93 57,07 6,69 41,48 58,52

180 13,42 7,42 46,03 53,97 7,23 44,60 55,40 6,80 42,00 58,00 6,60 40,92 59,08

240 15,49 7,24 44,91 55,09 7,10 43,80 56,20 6,64 41,01 58,99 6,35 39,37 60,63

300 17,32 7,04 43,67 56,33 6,89 42,50 57,50 6,46 39,90 60,10 6,20 38,44 61,56

360 18,97 6,85 42,49 57,51 6,73 41,52 58,48 6,38 39,41 60,59 6,05 37,51 62,49

420 20,49 6,66 41,32 58,68 6,48 39,98 60,02 6,23 38,48 61,52 5,88 36,45 63,55

480 21,91 6,50 40,32 59,68 6,32 38,99 61,01 5,97 36,87 63,13 5,62 34,84 65,16

540 23,24 6,26 38,83 61,17 6,15 37,94 62,06 5,77 35,64 64,36 5,46 33,85 66,15

Page 248: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B35 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 3 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,26 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00 16,22 100,00 0,00 16,25 100,00 0,00

5 2,24 14,82 91,14 8,86 14,29 87,61 12,39 14,04 86,56 13,44 13,63 83,88 16,12

10 3,16 13,56 83,39 16,61 13,24 81,18 18,82 13,12 80,89 19,11 12,76 78,52 21,48

15 3,87 12,62 77,61 22,39 12,43 76,21 23,79 12,17 75,03 24,97 11,93 73,42 26,58

20 4,47 11,63 71,53 28,47 11,49 70,45 29,55 11,32 69,79 30,21 11,05 68,00 32,00

25 5,00 11,00 67,65 32,35 10,92 66,95 33,05 10,55 65,04 34,96 10,33 63,57 36,43

30 5,48 10,12 62,24 37,76 10,00 61,31 38,69 9,74 60,05 39,95 9,40 57,85 42,15

35 5,92 9,73 59,84 40,16 9,55 58,55 41,45 9,31 57,40 42,60 9,10 56,00 44,00

40 6,32 9,38 57,69 42,31 9,24 56,65 43,35 8,86 54,62 45,38 8,71 53,60 46,40

50 7,07 8,96 55,10 44,90 8,92 54,69 45,31 8,61 53,08 46,92 8,32 51,20 48,80

60 7,75 8,58 52,77 47,23 8,57 52,54 47,46 8,29 51,11 48,89 7,95 48,92 51,08

80 8,94 8,41 51,72 48,28 8,20 50,28 49,72 7,81 48,15 51,85 7,57 46,58 53,42

100 10,00 8,15 50,12 49,88 7,91 48,50 51,50 7,56 46,61 53,39 7,32 45,05 54,95

120 10,95 7,87 48,40 51,60 7,81 47,88 52,12 7,27 44,82 55,18 7,07 43,51 56,49

150 12,25 7,60 46,74 53,26 7,52 46,11 53,89 6,92 42,66 57,34 6,69 41,17 58,83

180 13,42 7,44 45,76 54,24 7,24 44,39 55,61 6,78 41,80 58,20 6,60 40,62 59,38

240 15,49 7,26 44,65 55,35 7,06 43,29 56,71 6,65 41,00 59,00 6,36 39,14 60,86

300 17,32 7,07 43,48 56,52 6,88 42,18 57,82 6,43 39,64 60,36 6,18 38,03 61,97

360 18,97 6,84 42,07 57,93 6,72 41,20 58,80 6,35 39,15 60,85 6,05 37,23 62,77

420 20,49 6,65 40,90 59,10 6,47 39,67 60,33 6,19 38,16 61,84 5,89 36,25 63,75

480 21,91 6,50 39,98 60,02 6,32 38,75 61,25 5,94 36,62 63,38 5,61 34,52 65,48

540 23,24 6,28 38,62 61,38 6,15 37,71 62,29 5,74 35,39 64,61 5,47 33,66 66,34

Page 249: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B36 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco Cerâmico 4 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 15,92 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 15,96 100,00 0,00 16,05 100,00 0,00

5 2,24 14,52 91,21 8,79 14,13 87,76 12,24 13,84 86,72 13,28 13,48 83,99 16,01

10 3,16 13,30 83,54 16,46 13,10 81,37 18,63 12,93 81,02 18,98 12,43 77,45 22,55

15 3,87 12,38 77,76 22,24 12,29 76,34 23,66 12,00 75,19 24,81 11,61 72,34 27,66

20 4,47 11,41 71,67 28,33 11,37 70,62 29,38 11,17 69,99 30,01 10,54 65,67 34,33

25 5,00 10,81 67,90 32,10 10,81 67,14 32,86 10,40 65,16 34,84 9,90 61,68 38,32

30 5,48 9,92 62,31 37,69 9,91 61,55 38,45 9,61 60,21 39,79 9,11 56,76 43,24

35 5,92 9,56 60,05 39,95 9,46 58,76 41,24 9,19 57,58 42,42 8,79 54,77 45,23

40 6,32 9,20 57,79 42,21 9,15 56,83 43,17 8,76 54,89 45,11 8,62 53,71 46,29

50 7,07 8,79 55,21 44,79 8,84 54,91 45,09 8,48 53,13 46,87 8,24 51,34 48,66

60 7,75 8,43 52,95 47,05 8,47 52,61 47,39 8,18 51,25 48,75 7,88 49,10 50,90

80 8,94 8,26 51,88 48,12 8,12 50,43 49,57 7,70 48,25 51,75 7,50 46,73 53,27

100 10,00 8,00 50,25 49,75 7,84 48,70 51,30 7,47 46,80 53,20 7,24 45,11 54,89

120 10,95 7,73 48,56 51,44 7,74 48,07 51,93 7,18 44,99 55,01 7,00 43,61 56,39

150 12,25 7,46 46,86 53,14 7,45 46,27 53,73 6,83 42,79 57,21 6,63 41,31 58,69

180 13,42 7,30 45,85 54,15 7,16 44,47 55,53 6,68 41,85 58,15 6,54 40,75 59,25

240 15,49 7,12 44,72 55,28 7,00 43,48 56,52 6,52 40,85 59,15 6,30 39,25 60,75

300 17,32 6,94 43,59 56,41 6,82 42,36 57,64 6,35 39,79 60,21 6,12 38,13 61,87

360 18,97 6,72 42,21 57,79 6,66 41,37 58,63 6,27 39,29 60,71 5,90 36,76 63,24

420 20,49 6,54 41,08 58,92 6,41 39,81 60,19 6,10 38,22 61,78 5,74 35,76 64,24

480 21,91 6,40 40,20 59,80 6,26 38,88 61,12 5,86 36,72 63,28 5,57 34,70 65,30

540 23,24 6,17 38,76 61,24 6,10 37,89 62,11 5,67 35,53 64,47 5,42 33,77 66,23

Page 250: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B37 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.)

Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp. Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,60 100,00 0,00 16,55 100,00 0,00 16,30 100,00 0,00 16,27 100,00 0,00

5 2,24 15,56 93,73 6,27 15,36 92,81 7,19 15,00 92,02 7,98 14,45 88,81 11,19

10 3,16 14,58 87,83 12,17 14,00 84,59 15,41 13,43 82,39 17,61 13,00 79,90 20,10

15 3,87 13,64 82,17 17,83 12,83 77,52 22,48 12,51 76,75 23,25 11,92 73,26 26,74

20 4,47 13,00 78,31 21,69 12,12 73,23 26,77 11,82 72,52 27,48 11,31 69,51 30,49

25 5,00 12,00 72,29 27,71 11,62 70,21 29,79 11,16 68,47 31,53 10,27 63,12 36,88

30 5,48 11,69 70,42 29,58 10,74 64,89 35,11 10,28 63,07 36,93 9,86 60,60 39,40

35 5,92 11,10 66,87 33,13 10,34 62,48 37,52 9,90 60,74 39,26 9,60 59,00 41,00

40 6,32 10,68 64,34 35,66 10,10 61,03 38,97 9,56 58,65 41,35 9,25 56,85 43,15

50 7,07 10,31 62,11 37,89 9,87 59,64 40,36 9,31 57,12 42,88 8,91 54,76 45,24

60 7,75 9,81 59,10 40,90 9,59 57,95 42,05 9,10 55,83 44,17 8,49 52,18 47,82

80 8,94 9,60 57,83 42,17 9,35 56,50 43,50 8,91 54,66 45,34 8,18 50,28 49,72

100 10,00 9,38 56,51 43,49 9,10 54,98 45,02 8,60 52,76 47,24 7,96 48,92 51,08

120 10,95 9,10 54,82 45,18 8,84 53,41 46,59 8,27 50,74 49,26 7,76 47,70 52,30

150 12,25 8,79 52,95 47,05 8,45 51,06 48,94 7,88 48,34 51,66 7,41 45,54 54,46

180 13,42 8,50 51,20 48,80 8,10 48,94 51,06 7,39 45,34 54,66 7,00 43,02 56,98

240 15,49 8,13 48,98 51,02 7,69 46,47 53,53 7,19 44,11 55,89 6,64 40,81 59,19

300 17,32 7,75 46,69 53,31 7,40 44,71 55,29 6,93 42,52 57,48 6,42 39,46 60,54

360 18,97 7,36 44,34 55,66 7,00 42,30 57,70 6,57 40,31 59,69 6,00 36,88 63,12

420 20,49 7,00 42,17 57,83 6,63 40,06 59,94 6,19 37,98 62,02 5,63 34,60 65,40

480 21,91 6,72 40,48 59,52 6,22 37,58 62,42 5,78 35,46 64,54 5,18 31,84 68,16

540 23,24 6,45 38,86 61,14 6,00 36,25 63,75 5,51 33,80 66,20 4,98 30,61 69,39

Page 251: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B38 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,56 100,00 0,00 16,65 100,00 0,00 16,49 100,00 0,00 16,35 100,00 0,00

5 2,24 15,54 93,84 6,16 15,47 92,91 7,09 15,15 91,87 8,13 14,54 88,93 11,07

10 3,16 14,59 88,10 11,90 14,12 84,80 15,20 13,47 81,69 18,31 13,10 80,12 19,88

15 3,87 13,62 82,25 17,75 12,95 77,78 22,22 12,66 76,77 23,23 12,00 73,39 26,61

20 4,47 13,00 78,50 21,50 12,24 73,51 26,49 11,94 72,41 27,59 11,40 69,72 30,28

25 5,00 12,02 72,58 27,42 11,73 70,45 29,55 11,23 68,10 31,90 10,35 63,30 36,70

30 5,48 11,71 70,71 29,29 10,84 65,11 34,89 10,44 63,31 36,69 9,93 60,73 39,27

35 5,92 11,13 67,21 32,79 10,44 62,70 37,30 10,00 60,64 39,36 9,66 59,08 40,92

40 6,32 10,70 64,61 35,39 10,21 61,32 38,68 9,69 58,76 41,24 9,32 57,00 43,00

50 7,07 10,33 62,38 37,62 9,95 59,76 40,24 9,45 57,31 42,69 8,99 54,98 45,02

60 7,75 9,83 59,36 40,64 9,68 58,14 41,86 9,25 56,09 43,91 8,54 52,23 47,77

80 8,94 9,63 58,15 41,85 9,43 56,64 43,36 9,00 54,58 45,42 8,25 50,46 49,54

100 10,00 9,40 56,76 43,24 9,20 55,26 44,74 8,76 53,12 46,88 8,00 48,93 51,07

120 10,95 9,12 55,07 44,93 8,93 53,63 46,37 8,38 50,82 49,18 7,82 47,83 52,17

150 12,25 8,81 53,20 46,80 8,53 51,23 48,77 8,00 48,51 51,49 7,50 45,87 54,13

180 13,42 8,52 51,45 48,55 8,18 49,13 50,87 7,51 45,54 54,46 7,07 43,24 56,76

240 15,49 8,16 49,28 50,72 7,77 46,67 53,33 7,29 44,21 55,79 6,70 40,98 59,02

300 17,32 7,76 46,86 53,14 7,50 45,05 54,95 7,05 42,75 57,25 6,49 39,69 60,31

360 18,97 7,39 44,63 55,37 7,10 42,64 57,36 6,67 40,45 59,55 6,06 37,06 62,94

420 20,49 7,03 42,45 57,55 6,71 40,30 59,70 6,29 38,14 61,86 5,69 34,80 65,20

480 21,91 6,74 40,70 59,30 6,31 37,90 62,10 5,88 35,66 64,34 5,24 32,05 67,95

540 23,24 6,48 39,13 60,87 6,10 36,64 63,36 5,62 34,08 65,92 5,00 30,58 69,42

Page 252: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B39 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,66 100,00 0,00 16,69 100,00 0,00 16,64 100,00 0,00 16,62 100,00 0,00

5 2,24 15,58 93,52 6,48 15,46 92,63 7,37 15,24 91,59 8,41 14,74 88,69 11,31

10 3,16 14,60 87,64 12,36 14,13 84,66 15,34 13,62 81,85 18,15 13,23 79,60 20,40

15 3,87 13,66 81,99 18,01 12,91 77,35 22,65 12,70 76,32 23,68 12,12 72,92 27,08

20 4,47 13,00 78,03 21,97 12,20 73,10 26,90 11,98 72,00 28,00 11,50 69,19 30,81

25 5,00 12,02 72,15 27,85 11,70 70,10 29,90 11,32 68,03 31,97 10,48 63,06 36,94

30 5,48 11,71 70,29 29,71 10,80 64,71 35,29 10,45 62,80 37,20 10,03 60,35 39,65

35 5,92 11,12 66,75 33,25 10,41 62,37 37,63 10,00 60,10 39,90 9,76 58,72 41,28

40 6,32 10,70 64,23 35,77 10,14 60,75 39,25 9,68 58,17 41,83 9,32 56,08 43,92

50 7,07 10,32 61,94 38,06 9,92 59,44 40,56 9,43 56,67 43,33 9,00 54,15 45,85

60 7,75 9,80 58,82 41,18 9,63 57,70 42,30 9,24 55,53 44,47 8,63 51,93 48,07

80 8,94 9,62 57,74 42,26 9,39 56,26 43,74 9,00 54,09 45,91 8,30 49,94 50,06

100 10,00 9,40 56,42 43,58 9,12 54,64 45,36 8,71 52,34 47,66 8,10 48,74 51,26

120 10,95 9,11 54,68 45,32 8,89 53,27 46,73 8,41 50,54 49,46 7,87 47,35 52,65

150 12,25 8,80 52,82 47,18 8,48 50,81 49,19 8,00 48,08 51,92 7,54 45,37 54,63

180 13,42 8,49 50,96 49,04 8,14 48,77 51,23 7,50 45,07 54,93 7,13 42,90 57,10

240 15,49 8,12 48,74 51,26 7,72 46,26 53,74 7,30 43,87 56,13 6,73 40,49 59,51

300 17,32 7,73 46,40 53,60 7,43 44,52 55,48 7,04 42,31 57,69 6,52 39,23 60,77

360 18,97 7,34 44,06 55,94 7,00 41,94 58,06 6,67 40,08 59,92 6,00 36,10 63,90

420 20,49 6,98 41,90 58,10 6,64 39,78 60,22 6,26 37,62 62,38 5,70 34,30 65,70

480 21,91 6,70 40,22 59,78 6,21 37,21 62,79 5,86 35,22 64,78 5,25 31,59 68,41

540 23,24 6,43 38,60 61,40 6,00 35,95 64,05 5,60 33,65 66,35 5,05 30,39 69,61

Page 253: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B40 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. A

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,71 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 16,73 100,00 0,00 16,67 100,00 0,00

5 2,24 15,65 93,66 6,34 15,44 92,57 7,43 15,32 91,57 8,43 14,76 88,54 11,46

10 3,16 14,61 87,43 12,57 14,12 84,65 15,35 13,80 82,49 17,51 13,30 79,78 20,22

15 3,87 13,71 82,05 17,95 12,99 77,88 22,12 12,85 76,81 23,19 12,22 73,31 26,69

20 4,47 13,10 78,40 21,60 12,31 73,80 26,20 12,11 72,38 27,62 11,58 69,47 30,53

25 5,00 12,10 72,41 27,59 11,77 70,56 29,44 11,51 68,80 31,20 10,50 62,99 37,01

30 5,48 11,75 70,32 29,68 10,86 65,11 34,89 10,52 62,88 37,12 10,08 60,47 39,53

35 5,92 11,21 67,09 32,91 10,50 62,95 37,05 10,21 61,03 38,97 9,80 58,79 41,21

40 6,32 10,74 64,27 35,73 10,21 61,21 38,79 9,85 58,88 41,12 9,45 56,69 43,31

50 7,07 10,40 62,24 37,76 10,00 59,95 40,05 9,56 57,14 42,86 9,10 54,59 45,41

60 7,75 9,85 58,95 41,05 9,65 57,85 42,15 9,33 55,77 44,23 8,72 52,31 47,69

80 8,94 9,64 57,69 42,31 9,35 56,06 43,94 9,20 54,99 45,01 8,36 50,15 49,85

100 10,00 9,42 56,37 43,63 9,13 54,74 45,26 8,83 52,78 47,22 8,12 48,71 51,29

120 10,95 9,12 54,58 45,42 8,90 53,36 46,64 8,45 50,51 49,49 7,93 47,57 52,43

150 12,25 8,81 52,72 47,28 8,58 51,44 48,56 8,00 47,82 52,18 7,56 45,35 54,65

180 13,42 8,50 50,87 49,13 8,19 49,10 50,90 7,50 44,83 55,17 7,20 43,19 56,81

240 15,49 8,14 48,71 51,29 7,81 46,82 53,18 7,41 44,29 55,71 6,86 41,15 58,85

300 17,32 7,79 46,62 53,38 7,55 45,26 54,74 7,13 42,62 57,38 6,51 39,05 60,95

360 18,97 7,38 44,17 55,83 7,18 43,05 56,95 6,73 40,23 59,77 6,13 36,77 63,23

420 20,49 7,00 41,89 58,11 6,70 40,17 59,83 6,31 37,72 62,28 5,80 34,79 65,21

480 21,91 6,75 40,39 59,61 6,31 37,83 62,17 5,88 35,15 64,85 5,29 31,73 68,27

540 23,24 6,46 38,66 61,34 6,14 36,81 63,19 5,62 33,59 66,41 5,10 30,59 69,41

Page 254: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B41 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,80 100,00 0,00 18,14 100,00 0,00 18,00 100,00 0,00 17,83 100,00 0,00

5 2,24 16,10 90,45 9,55 16,20 89,31 10,69 15,86 88,11 11,89 15,33 85,98 14,02

10 3,16 14,91 83,76 16,24 15,00 82,69 17,31 14,44 80,22 19,78 13,87 77,79 22,21

15 3,87 14,00 78,65 21,35 13,74 75,74 24,26 13,21 73,39 26,61 12,54 70,33 29,67

20 4,47 12,83 72,08 27,92 13,05 71,94 28,06 12,58 69,89 30,11 11,82 66,29 33,71

25 5,00 12,13 68,15 31,85 12,21 67,31 32,69 11,82 65,67 34,33 11,00 61,69 38,31

30 5,48 11,25 63,20 36,80 11,36 62,62 37,38 11,00 61,11 38,89 10,31 57,82 42,18

35 5,92 10,87 61,07 38,93 11,10 61,19 38,81 10,63 59,06 40,94 10,10 56,65 43,35

40 6,32 10,52 59,10 40,90 10,59 58,38 41,62 10,24 56,89 43,11 9,63 54,01 45,99

50 7,07 10,10 56,74 43,26 10,21 56,28 43,72 9,87 54,83 45,17 9,00 50,48 49,52

60 7,75 9,71 54,55 45,45 9,81 54,08 45,92 9,39 52,17 47,83 8,50 47,67 52,33

80 8,94 9,33 52,42 47,58 9,47 52,21 47,79 9,00 50,00 50,00 8,19 45,93 54,07

100 10,00 9,00 50,56 49,44 9,19 50,66 49,34 8,65 48,06 51,94 7,88 44,20 55,80

120 10,95 8,49 47,70 52,30 8,98 49,50 50,50 8,31 46,17 53,83 7,47 41,90 58,10

150 12,25 8,25 46,35 53,65 8,60 47,41 52,59 7,80 43,33 56,67 6,87 38,53 61,47

180 13,42 7,81 43,88 56,12 8,11 44,71 55,29 7,52 41,78 58,22 6,58 36,90 63,10

240 15,49 7,47 41,97 58,03 7,69 42,39 57,61 7,00 38,89 61,11 6,17 34,60 65,40

300 17,32 7,00 39,33 60,67 7,28 40,13 59,87 6,59 36,61 63,39 5,81 32,59 67,41

360 18,97 6,71 37,70 62,30 6,90 38,04 61,96 6,19 34,39 65,61 5,54 31,07 68,93

420 20,49 6,46 36,29 63,71 6,53 36,00 64,00 6,00 33,33 66,67 5,28 29,61 70,39

480 21,91 6,23 35,00 65,00 6,10 33,63 66,37 5,76 32,00 68,00 5,00 28,04 71,96

540 23,24 6,10 34,27 65,73 5,95 32,80 67,20 5,53 30,72 69,28 4,95 27,76 72,24

Page 255: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B42 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 17,89 100,00 0,00 18,71 100,00 0,00 18,53 100,00 0,00 18,57 100,00 0,00

5 2,24 16,20 90,55 9,45 16,74 89,47 10,53 16,35 88,24 11,76 16,00 86,16 13,84

10 3,16 14,91 83,34 16,66 15,53 83,00 17,00 14,91 80,46 19,54 14,49 78,03 21,97

15 3,87 14,27 79,77 20,23 14,21 75,95 24,05 13,62 73,50 26,50 13,10 70,54 29,46

20 4,47 12,92 72,22 27,78 13,49 72,10 27,90 12,98 70,05 29,95 12,34 66,45 33,55

25 5,00 12,22 68,31 31,69 12,64 67,56 32,44 12,21 65,89 34,11 11,50 61,93 38,07

30 5,48 11,33 63,33 36,67 11,77 62,91 37,09 11,17 60,28 39,72 10,76 57,94 42,06

35 5,92 11,00 61,49 38,51 11,49 61,41 38,59 11,00 59,36 40,64 10,56 56,87 43,13

40 6,32 10,63 59,42 40,58 10,95 58,52 41,48 10,58 57,10 42,90 10,10 54,39 45,61

50 7,07 10,16 56,79 43,21 10,55 56,39 43,61 10,19 54,99 45,01 9,38 50,51 49,49

60 7,75 9,80 54,78 45,22 10,16 54,30 45,70 9,71 52,40 47,60 8,90 47,93 52,07

80 8,94 9,43 52,71 47,29 9,84 52,59 47,41 9,28 50,08 49,92 8,56 46,10 53,90

100 10,00 9,10 50,87 49,13 9,31 49,76 50,24 9,00 48,57 51,43 8,26 44,48 55,52

120 10,95 8,56 47,85 52,15 9,30 49,71 50,29 8,59 46,36 53,64 7,80 42,00 58,00

150 12,25 8,34 46,62 53,38 8,92 47,68 52,32 8,06 43,50 56,50 7,20 38,77 61,23

180 13,42 7,88 44,05 55,95 8,40 44,90 55,10 7,78 41,99 58,01 6,89 37,10 62,90

240 15,49 7,53 42,09 57,91 7,98 42,65 57,35 7,23 39,02 60,98 6,48 34,89 65,11

300 17,32 7,10 39,69 60,31 7,57 40,46 59,54 6,85 36,97 63,03 6,10 32,85 67,15

360 18,97 6,77 37,84 62,16 7,16 38,27 61,73 6,41 34,59 65,41 5,85 31,50 68,50

420 20,49 6,55 36,61 63,39 6,77 36,18 63,82 6,22 33,57 66,43 5,52 29,73 70,27

480 21,91 6,29 35,16 64,84 6,33 33,83 66,17 5,94 32,06 67,94 5,26 28,33 71,67

540 23,24 6,18 34,54 65,46 6,19 33,08 66,92 5,75 31,03 68,97 5,18 27,89 72,11

Page 256: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B43 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,61 100,00 0,00 18,65 100,00 0,00 18,60 100,00 0,00 18,66 100,00 0,00

5 2,24 16,75 90,01 9,99 16,59 88,95 11,05 16,35 87,90 12,10 15,96 85,53 14,47

10 3,16 15,52 83,40 16,60 15,34 82,25 17,75 14,88 80,00 20,00 14,44 77,38 22,62

15 3,87 14,59 78,40 21,60 14,10 75,60 24,40 13,59 73,06 26,94 13,06 69,99 30,01

20 4,47 13,35 71,74 28,26 13,37 71,69 28,31 12,94 69,57 30,43 12,30 65,92 34,08

25 5,00 12,62 67,81 32,19 12,51 67,08 32,92 12,16 65,38 34,62 11,43 61,25 38,75

30 5,48 11,70 62,87 37,13 11,63 62,36 37,64 11,30 60,75 39,25 10,74 57,56 42,44

35 5,92 11,28 60,61 39,39 11,33 60,75 39,25 10,91 58,66 41,34 10,52 56,38 43,62

40 6,32 10,93 58,73 41,27 10,82 58,02 41,98 10,52 56,56 43,44 10,00 53,59 46,41

50 7,07 10,49 56,37 43,63 10,42 55,87 44,13 10,14 54,52 45,48 9,36 50,16 49,84

60 7,75 10,10 54,27 45,73 10,03 53,78 46,22 9,63 51,77 48,23 8,83 47,32 52,68

80 8,94 9,69 52,07 47,93 9,68 51,90 48,10 9,24 49,68 50,32 8,51 45,61 54,39

100 10,00 9,33 50,13 49,87 9,39 50,35 49,65 8,87 47,69 52,31 8,17 43,78 56,22

120 10,95 8,81 47,34 52,66 9,16 49,12 50,88 8,52 45,81 54,19 7,76 41,59 58,41

150 12,25 8,58 46,10 53,90 8,80 47,18 52,82 8,00 43,01 56,99 7,13 38,21 61,79

180 13,42 8,10 43,52 56,48 8,28 44,40 55,60 7,71 41,45 58,55 6,82 36,55 63,45

240 15,49 7,74 41,59 58,41 7,83 41,98 58,02 7,18 38,60 61,40 6,39 34,24 65,76

300 17,32 7,26 39,01 60,99 7,42 39,79 60,21 6,76 36,34 63,66 6,03 32,32 67,68

360 18,97 6,95 37,35 62,65 7,00 37,53 62,47 6,34 34,09 65,91 5,73 30,71 69,29

420 20,49 6,68 35,89 64,11 6,64 35,60 64,40 6,14 33,01 66,99 5,45 29,21 70,79

480 21,91 6,44 34,61 65,39 6,22 33,35 66,65 5,87 31,56 68,44 5,18 27,76 72,24

540 23,24 6,32 33,96 66,04 6,05 32,44 67,56 5,66 30,43 69,57 5,14 27,55 72,45

Page 257: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B44 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. B

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 18,70 100,00 0,00 18,68 100,00 0,00 18,70 100,00 0,00 18,75 100,00 0,00

5 2,24 16,88 90,27 9,73 16,67 89,24 10,76 16,48 88,13 11,87 16,08 85,76 14,24

10 3,16 15,63 83,58 16,42 15,39 82,39 17,61 15,00 80,21 19,79 14,53 77,49 22,51

15 3,87 14,68 78,50 21,50 14,16 75,80 24,20 13,69 73,21 26,79 13,15 70,13 29,87

20 4,47 13,45 71,93 28,07 13,42 71,84 28,16 13,05 69,79 30,21 12,41 66,19 33,81

25 5,00 12,73 68,07 31,93 12,59 67,40 32,60 12,26 65,56 34,44 11,52 61,44 38,56

30 5,48 11,80 63,10 36,90 11,68 62,53 37,47 11,42 61,07 38,93 10,82 57,71 42,29

35 5,92 11,37 60,80 39,20 11,41 61,08 38,92 11,00 58,82 41,18 10,61 56,59 43,41

40 6,32 11,05 59,09 40,91 10,89 58,30 41,70 10,62 56,79 43,21 10,10 53,87 46,13

50 7,07 10,57 56,52 43,48 10,50 56,21 43,79 10,23 54,71 45,29 9,42 50,24 49,76

60 7,75 10,19 54,49 45,51 10,10 54,07 45,93 9,71 51,93 48,07 8,93 47,63 52,37

80 8,94 9,77 52,25 47,75 9,73 52,09 47,91 9,32 49,84 50,16 8,60 45,87 54,13

100 10,00 9,42 50,37 49,63 9,45 50,59 49,41 8,95 47,86 52,14 8,26 44,05 55,95

120 10,95 8,93 47,75 52,25 9,22 49,36 50,64 8,63 46,15 53,85 7,84 41,81 58,19

150 12,25 8,65 46,26 53,74 8,84 47,32 52,68 8,10 43,32 56,68 7,20 38,40 61,60

180 13,42 8,17 43,69 56,31 8,33 44,59 55,41 7,80 41,71 58,29 6,89 36,75 63,25

240 15,49 7,82 41,82 58,18 7,88 42,18 57,82 7,26 38,82 61,18 6,45 34,40 65,60

300 17,32 7,36 39,36 60,64 7,47 39,99 60,01 6,85 36,63 63,37 6,10 32,53 67,47

360 18,97 7,03 37,59 62,41 7,04 37,69 62,31 6,42 34,33 65,67 5,81 30,99 69,01

420 20,49 6,76 36,15 63,85 6,67 35,71 64,29 6,21 33,21 66,79 5,52 29,44 70,56

480 21,91 6,53 34,92 65,08 6,29 33,67 66,33 5,93 31,71 68,29 5,24 27,95 72,05

540 23,24 6,38 34,12 65,88 6,12 32,76 67,24 5,74 30,70 69,30 5,21 27,79 72,21

Page 258: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B45 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 1 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 15,86 100,00 0,00 15,98 100,00 0,00 16,10 100,00 0,00 16,00 100,00 0,00

5 2,24 13,84 87,26 12,74 13,77 86,17 13,83 13,65 84,78 15,22 13,28 83,00 17,00

10 3,16 12,76 80,45 19,55 12,67 79,29 20,71 12,60 78,26 21,74 12,13 75,81 24,19

15 3,87 11,72 73,90 26,10 11,63 72,78 27,22 11,56 71,80 28,20 11,06 69,13 30,88

20 4,47 10,83 68,28 31,72 10,76 67,33 32,67 10,68 66,34 33,66 10,38 64,88 35,13

25 5,00 10,10 63,68 36,32 10,00 62,58 37,42 9,90 61,49 38,51 9,61 60,06 39,94

30 5,48 9,36 59,02 40,98 9,30 58,20 41,80 9,23 57,33 42,67 8,79 54,94 45,06

35 5,92 9,10 57,38 42,62 9,00 56,32 43,68 8,90 55,28 44,72 8,60 53,75 46,25

40 6,32 8,81 55,55 44,45 8,73 54,63 45,37 8,63 53,60 46,40 8,30 51,88 48,13

50 7,07 8,17 51,51 48,49 8,10 50,69 49,31 8,00 49,69 50,31 7,68 48,00 52,00

60 7,75 7,78 49,05 50,95 7,72 48,31 51,69 7,66 47,58 52,42 7,28 45,50 54,50

80 8,94 7,59 47,86 52,14 7,53 47,12 52,88 7,38 45,84 54,16 6,90 43,13 56,88

100 10,00 7,35 46,34 53,66 7,29 45,62 54,38 7,14 44,35 55,65 6,65 41,56 58,44

120 10,95 7,15 45,08 54,92 7,00 43,80 56,20 6,93 43,04 56,96 6,37 39,81 60,19

150 12,25 6,84 43,13 56,87 6,78 42,43 57,57 6,70 41,61 58,39 6,11 38,19 61,81

180 13,42 6,42 40,48 59,52 6,36 39,80 60,20 6,28 39,01 60,99 5,66 35,38 64,63

240 15,49 6,12 38,59 61,41 6,00 37,55 62,45 5,93 36,83 63,17 5,34 33,38 66,63

300 17,32 5,80 36,57 63,43 5,67 35,48 64,52 5,60 34,78 65,22 5,00 31,25 68,75

360 18,97 5,35 33,73 66,27 5,28 33,04 66,96 5,20 32,30 67,70 4,90 30,63 69,38

420 20,49 5,12 32,28 67,72 5,00 31,29 68,71 4,92 30,56 69,44 4,63 28,94 71,06

480 21,91 4,76 30,01 69,99 4,69 29,35 70,65 4,63 28,76 71,24 4,34 27,13 72,88

540 23,24 4,51 28,44 71,56 4,44 27,78 72,22 4,36 27,08 72,92 4,00 25,00 75,00

Page 259: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B46 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 2 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,26 100,00 0,00 16,18 100,00 0,00 16,29 100,00 0,00 16,31 100,00 0,00

5 2,24 14,22 87,45 12,55 13,97 86,34 13,66 13,83 84,90 15,10 13,56 83,14 16,86

10 3,16 13,10 80,57 19,43 12,84 79,36 20,64 12,78 78,45 21,55 12,40 76,03 23,97

15 3,87 12,04 74,05 25,95 11,80 72,93 27,07 11,73 72,01 27,99 11,32 69,41 30,59

20 4,47 11,11 68,33 31,67 10,95 67,68 32,32 10,85 66,61 33,39 10,61 65,05 34,95

25 5,00 10,38 63,84 36,16 10,17 62,86 37,14 10,05 61,69 38,31 9,85 60,39 39,61

30 5,48 9,62 59,16 40,84 9,44 58,34 41,66 9,38 57,58 42,42 9,00 55,18 44,82

35 5,92 9,35 57,50 42,50 9,17 56,67 43,33 9,04 55,49 44,51 8,80 53,95 46,05

40 6,32 9,05 55,66 44,34 8,86 54,76 45,24 8,76 53,78 46,22 8,50 52,12 47,88

50 7,07 8,40 51,66 48,34 8,22 50,80 49,20 8,12 49,85 50,15 7,85 48,13 51,87

60 7,75 8,00 49,20 50,80 7,86 48,58 51,42 7,78 47,76 52,24 7,46 45,74 54,26

80 8,94 7,80 47,97 52,03 7,65 47,28 52,72 7,50 46,04 53,96 7,10 43,53 56,47

100 10,00 7,57 46,56 53,44 7,42 45,86 54,14 7,26 44,57 55,43 6,81 41,75 58,25

120 10,95 7,35 45,20 54,80 7,11 43,94 56,06 7,10 43,59 56,41 6,53 40,04 59,96

150 12,25 7,05 43,36 56,64 6,90 42,65 57,35 6,84 41,99 58,01 6,26 38,38 61,62

180 13,42 6,60 40,59 59,41 6,46 39,93 60,07 6,40 39,29 60,71 5,80 35,56 64,44

240 15,49 6,30 38,75 61,25 6,12 37,82 62,18 6,05 37,14 62,86 5,48 33,60 66,40

300 17,32 5,97 36,72 63,28 5,77 35,66 64,34 5,70 34,99 65,01 5,15 31,58 68,42

360 18,97 5,50 33,83 66,17 5,38 33,25 66,75 5,30 32,54 67,46 5,00 30,66 69,34

420 20,49 5,29 32,53 67,47 5,10 31,52 68,48 5,00 30,69 69,31 4,75 29,12 70,88

480 21,91 4,94 30,38 69,62 4,78 29,54 70,46 4,71 28,91 71,09 4,46 27,35 72,65

540 23,24 4,66 28,66 71,34 4,54 28,06 71,94 4,40 27,01 72,99 4,10 25,14 74,86

Page 260: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B47 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 3 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,73 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00 16,61 100,00 0,00 16,68 100,00 0,00

5 2,24 14,50 86,67 13,33 14,27 85,55 14,45 13,95 83,99 16,01 13,66 81,89 18,11

10 3,16 13,36 79,86 20,14 13,10 78,54 21,46 12,88 77,54 22,46 12,51 75,00 25,00

15 3,87 12,00 71,73 28,27 12,00 71,94 28,06 11,78 70,92 29,08 11,40 68,35 31,65

20 4,47 11,30 67,54 32,46 11,13 66,73 33,27 10,89 65,56 34,44 10,67 63,97 36,03

25 5,00 10,51 62,82 37,18 10,33 61,93 38,07 10,07 60,63 39,37 9,86 59,11 40,89

30 5,48 9,78 58,46 41,54 9,60 57,55 42,45 9,39 56,53 43,47 9,00 53,96 46,04

35 5,92 9,44 56,43 43,57 9,29 55,70 44,30 9,06 54,55 45,45 8,81 52,82 47,18

40 6,32 9,20 54,99 45,01 9,00 53,96 46,04 8,76 52,74 47,26 8,50 50,96 49,04

50 7,07 8,50 50,81 49,19 8,32 49,88 50,12 8,12 48,89 51,11 7,83 46,94 53,06

60 7,75 8,12 48,54 51,46 7,95 47,66 52,34 7,76 46,72 53,28 7,45 44,66 55,34

80 8,94 7,86 46,98 53,02 7,75 46,46 53,54 7,47 44,97 55,03 7,05 42,27 57,73

100 10,00 7,66 45,79 54,21 7,49 44,90 55,10 7,22 43,47 56,53 6,80 40,77 59,23

120 10,95 7,43 44,41 55,59 7,17 42,99 57,01 7,03 42,32 57,68 6,50 38,97 61,03

150 12,25 7,13 42,62 57,38 6,97 41,79 58,21 6,78 40,82 59,18 6,23 37,35 62,65

180 13,42 6,68 39,93 60,07 6,50 38,97 61,03 6,34 38,17 61,83 5,76 34,53 65,47

240 15,49 6,35 37,96 62,04 6,15 36,87 63,13 5,97 35,94 64,06 5,42 32,49 67,51

300 17,32 6,00 35,86 64,14 5,80 34,77 65,23 5,63 33,90 66,10 5,10 30,58 69,42

360 18,97 5,53 33,05 66,95 5,39 32,31 67,69 5,24 31,55 68,45 4,95 29,68 70,32

420 20,49 5,31 31,74 68,26 5,10 30,58 69,42 4,94 29,74 70,26 4,67 28,00 72,00

480 21,91 4,93 29,47 70,53 4,76 28,54 71,46 4,63 27,87 72,13 4,37 26,20 73,80

540 23,24 4,66 27,85 72,15 4,49 26,92 73,08 4,35 26,19 73,81 4,00 23,98 76,02

Page 261: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

Tabela B48 - Perfil do Transporte de Água da Argamassa fresca/Bloco de Concreto 4 (50mm) - Arg. C

Camada superfície Camada Intermediária (super.) Camada Intermediária (infer.) Camada da interface

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Teor de Umidade Umidade Água

Transp.Teor de

Umidade Umidade Água Transp.

Tempo (min)

t1/2 (min)

(%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) 0 0,00 16,67 100,00 0,00 16,75 100,00 0,00 16,69 100,00 0,00 16,74 100,00 0,00

5 2,24 14,52 87,10 12,90 14,41 86,03 13,97 14,05 84,18 15,82 13,75 82,14 17,86

10 3,16 13,38 80,26 19,74 13,23 78,99 21,01 13,00 77,89 22,11 12,60 75,27 24,73

15 3,87 12,05 72,29 27,71 12,19 72,78 27,22 11,90 71,30 28,70 11,48 68,58 31,42

20 4,47 11,34 68,03 31,97 11,23 67,04 32,96 10,99 65,85 34,15 10,74 64,16 35,84

25 5,00 10,56 63,35 36,65 10,41 62,15 37,85 10,15 60,81 39,19 9,93 59,32 40,68

30 5,48 9,82 58,91 41,09 9,70 57,91 42,09 9,48 56,80 43,20 9,10 54,36 45,64

35 5,92 9,48 56,87 43,13 9,38 56,00 44,00 9,16 54,88 45,12 8,89 53,11 46,89

40 6,32 9,26 55,55 44,45 9,10 54,33 45,67 8,83 52,91 47,09 8,56 51,14 48,86

50 7,07 8,55 51,29 48,71 8,43 50,33 49,67 8,22 49,25 50,75 7,90 47,19 52,81

60 7,75 8,16 48,95 51,05 8,05 48,06 51,94 7,86 47,09 52,91 7,52 44,92 55,08

80 8,94 7,89 47,33 52,67 7,87 46,99 53,01 7,55 45,24 54,76 7,10 42,41 57,59

100 10,00 7,70 46,19 53,81 7,57 45,19 54,81 7,30 43,74 56,26 6,85 40,92 59,08

120 10,95 7,47 44,81 55,19 7,26 43,34 56,66 7,12 42,66 57,34 6,55 39,13 60,87

150 12,25 7,16 42,95 57,05 7,10 42,39 57,61 6,86 41,10 58,90 6,28 37,51 62,49

180 13,42 6,73 40,37 59,63 6,59 39,34 60,66 6,41 38,41 61,59 5,82 34,77 65,23

240 15,49 6,38 38,27 61,73 6,23 37,19 62,81 6,03 36,13 63,87 5,46 32,62 67,38

300 17,32 6,04 36,23 63,77 5,89 35,16 64,84 5,70 34,15 65,85 5,16 30,82 69,18

360 18,97 5,56 33,35 66,65 5,50 32,84 67,16 5,34 32,00 68,00 5,05 30,17 69,83

420 20,49 5,36 32,15 67,85 5,16 30,81 69,19 5,00 29,96 70,04 4,72 28,20 71,80

480 21,91 4,97 29,81 70,19 4,84 28,90 71,10 4,65 27,86 72,14 4,43 26,46 73,54

540 23,24 4,71 28,25 71,75 4,54 27,10 72,90 4,36 26,12 73,88 4,05 24,19 75,81

Page 262: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

APÊNDICE C

Resultados Individuais da Resistência de Aderência das Argamassas de Revestimento Aplicadas sobre Substratos cerâmicos e de Concreto

Page 263: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

240

Tabela C1- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa A aplicada sobre substrato cerâmico.

Argamassa A - aplicada sobre substrato cerâmico

DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa) Interface

Argamassa/substrato

Argamassa de Revestimento

(interior) 1 49,95 290 0,15 100

2 49,93 320 0,16 100

3 49,91 350 0,18 100

4 49,98 330 0,17 100

5 49,94 320 0,16 100

6 50,00 370 0,19 100

7 49,97 350 0,18 100

8 49,92 290 0,15 100

9 50,00 320 0,16 100

Média (MPa) 0,17

DP 0,01

CV (%) 8,19

Tabela C2- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa B aplicada sobre substrato cerâmico.

Argamassa B - aplicada sobre substrato cerâmico

DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa) Interface argamassa

substrato Argamassa de

Revestimento (interior)

1 50,00 410 0,21 100

2 49,97 410 0,21 100

3 49,85 390 0,20 100

4 49,90 330 0,17 100

5 49,96 350 0,18 100

6 49,98 370 0,19 100

7 50,00 310 0,16 100

8 50,00 330 0,17 100

9 49,89 370 0,19 100

Média (MPa) 0,19

DP 0,02

CV (%) 9,95

Page 264: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

241

Tabela C3- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa C aplicada sobre substrato cerâmico.

Argamassa C - aplicada sobre substrato cerâmico

DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa) Interface argamassa

substrato Argamassa de Revestimento

(interior)

1 48,97 410 0,22 100

2 49,86 390 0,20 100

3 50,00 370 0,19 100

4 49,93 410 0,21 100

5 49,94 430 0,22 100

6 49,98 370 0,19 100

7 50,00 450 0,23 100

8 49,92 350 0,18 100

9 49,91 390 0,20 100

Média (MPa) 0,20

DP 0,02

CV (%) 8,23

Tabela C4- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa A aplicada sobre substrato de concreto.

Argamassa A - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa)

Argamassa de Revestimento (superfície)

Argamassa de Revestimento (interior)

1 50,00 620 0,32 100 2 50,02 600 0,31 100 3 49,98 570 0,29 100 4 49,95 640 0,33 100 5 49,92 530 0,27 100 6 49,89 640 0,33 100 7 49,97 600 0,31 100 100 8 49,95 580 0,30 100 9 50,00 580 0,30 100

Média (MPa) 0,30 DP 0,02 CV (%) 5,96

Page 265: AVALIAÇÃO DO TRANSPORTE DE ÁGUA EM REVESTIMENTOS ...

242

Tabela C5- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa B aplicada sobre substrato de concreto.

Argamassa B - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa)

Argamassa de Revestimento (superfície)

Argamassa de Revestimento (interior)

1 49,86 750 0,38 100 2 49,91 840 0,43 100 3 49,96 880 0,45 100 4 49,90 750 0,38 100 5 49,94 860 0,44 100 6 49,96 790 0,40 100 7 49,92 790 0,40 100 8 49,91 800 0,41 100 9 50,00 760 0,39 100

Média (MPa) 0,41 DP 0,02 CV (%) 5,93

Tabela C6- Resultados individuais de resistência de aderência – Argamassa C aplicada sobre substrato de concreto.

Argamassa C - aplicada sobre substrato de concreto DIÂMETRO CARGA TENSÃO FORMA DE RUPTURA (%)

CP (mm) (N) (MPa)

Argamassa de Revestimento (superfície)

Argamassa de Revestimento (interior)

1 49,95 920 0,47 100 2 49,99 880 0,45 100 3 49,91 780 0,40 100 4 49,96 860 0,44 100 5 49,94 900 0,46 100 6 50,00 950 0,48 100 7 49,97 950 0,48 100 8 49,97 930 0,47 100 9 49,94 900 0,46 100

Média (MPa) 0,46 DP 0,03 CV (%) 5,86