Avaliação e intervenção em úlceras por pressão

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BASEADO NO PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR PRESSÃO MS/ ANVISA/ FIOCRUZ AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM ÚLCERAS POR PRESSÃO

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AULA SOBRE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM PACIENTES POTENCIAIS PARA DESENVOLVER ÚLCERAS POR PRESSÃO.

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BASEADO NO PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO

DE ÚLCERA POR PRESSÃO

MS/ ANVISA/ FIOCRUZ

AVALIAÇÃO E

INTERVENÇÃO EM

ÚLCERAS POR PRESSÃO

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Definição

• Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento, causado pela fricção. Outros fatores estão associados à UPP, mas seu papel ainda não foi completamente esclarecido.

• Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes.

• Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da profundidade observável de destruição tecidual.

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Locais de pressão mais incidentes

OCCIPITAL 1%

ESCÁPULA 2-3%

DORSO 4%

COTOVELO 5-9%

SACRA 36-45%

ISQUIÁTICA 6%

CALCÂNEO 19-30%

QUEIXO 0,5%

CRISTA ILÍACA 4%

TROCANTÉRICA 6-11%

JOELHO 4%

MALÉOLO 7%

Decúbito frontal

Decúbito Lateral

Sentado

Decúbito Dorsal

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Estadiamento Da Úlcera Por Pressão Estágio I

• eritema não branqueável – Pele intacta, com rubor não branqueável, numa área

localizada, normalmente sobre uma proeminência óssea.

• OBS: O estágio I pode ser difícil de identificar em indivíduos com tons de pele escuros, visto que nestes o branqueamento pode não ser visível, a sua cor, porém, pode ser diferente da pele ao redor.

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Estadiamento Da Úlcera Por Pressão Estágio II

• perda parcial da espessura da pele – Perda parcial da espessura da derme, que se apresenta

como uma ferida superficial (rasa) com leito vermelho – rosa sem esfacelo.

– Pode também se apresentar como flictena fechada ou aberta, preenchida por líquido seroso ou sero-hemático. Apresenta-se ainda, como uma úlcera brilhante ou seca, sem crosta ou equimose (um indicador de lesão profunda).

• OBS: As características deste estágio não devem ser confundidas com fissuras de pele, queimaduras por abrasão, dermatite associada à incontinência, maceração ou escoriações.

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Estadiamento Da Úlcera Por Pressão Estágio III

• Perda total da espessura da pele – Perda total da espessura tecidual. Neste caso, o tecido

adiposo subcutâneo pode ser visível, mas não estão expostos os ossos, tendões ou músculos.

– Pode estar presente algum tecido desvitalizado (fibrina úmida), mas este não oculta a profundidade da perda tecidual.

• OBS: A profundidade de uma úlcera de estágio III

varia de acordo com a localização anatômica. A asa do nariz, orelhas, região occipital e maléolos não têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma úlcera de estágio III pode ser superficial.

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Estadiamento Da Úlcera Por Pressão Estágio IV

• Perda total da espessura dos tecidos – Perda total da espessura dos tecidos com exposição dos

ossos, tendões ou músculos. Neste caso, o tecido desvitalizado (fibrina úmida) e/ou tecido necrótico podem estar presentes.

– A profundidade de uma úlcera por pressão de estágio IV varia com a localizaçãoanatômica. Frequentemente são cavitadas e fistulizadas.

• OBS: Uma úlcera de estágio IV pode atingir o músculo e/ou estruturas de suporte (fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando a osteomielite e a osteíte prováveis de acontecer.

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INTERVENÇÕES

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ETAPA 1 E 2- NÍVEL: PREVENÇÃO

Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos

os pacientes

• A avaliação de admissão dos pacientes apresenta dois componentes: – A avaliação do risco de

desenvolvimento de UPP e;

– A avaliação da pele para detectar a existência de UPP ou lesões de pele já instaladas.

• Reavaliação diária de risco de desenvolvimento de UPP de todos os pacientes internados – A complexidade e a gravidade

dos pacientes internados resultam na necessidade de reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de UPP.

– A reavaliação diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme as necessidades do paciente.

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ETAPA 3 E 4-NÍVEL: INTERVENÇÃO

• Inspeção diária da pele – Estes pacientes, em geral

hospitalizados, podem apresentar deterioração da integridade da pele em questão de horas.

– Em virtude da rápida mudança de fatores de risco em pacientes agudamente enfermos, a inspeção diária da pele é fundamental.

• Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada – Pele úmida é mais vulnerável,

propícia ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende a se romper mais facilmente.

– A pele deve ser limpa, sempre que apresentar sujidade e em intervalos regulares.

– O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um agente de limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele.

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AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE UMA FERIDA

• Feridas necróticas/escara: varia de coloração, desde a cor preta, cinza, esbranquiçada, marrom até a esverdeada e preta. Corresponde ao tecido morto, desidratado, podendo estar presente também o pus e o material fibroso, que favorecem a multiplicação de microorganismos.

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AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE UMA FERIDA

• Fibrina ou esfacelo: é uma proteína insolúvel formada a partir do fibrinogênio pela ação proteolítica da trombina durante a coagulação normal do sangue.

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AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE UMA FERIDA

• Feridas com granulação: caracteriza-se pela formação e crescimento de um tecido vascular novo (angiogênese), pelas células endoteliais dos vasos sanguíneos e uma matriz rica em colágeno secretada pelos fibroblastos.

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AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE UMA FERIDA

• Tecido de epitelização: apresenta migração e multiplicação de células epiteliais sobre uma superfície desnunda durante o processo cicatricial. (UNICAMP, 2000)

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ETAPA 5 E 6 -NÍVEL: INTERVENÇÃO

• Otimização da nutrição e da hidratação – A avaliação de pacientes com

possível risco de desenvolvimento de UPP deve incluir a revisão de fatores nutricionais e de hidratação.

– Pacientes com déficit nutricional ou desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos mais salientes e a deambulação mais difícil.

• Minimizar a pressão – A redistribuição da

pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a preocupação principal.

– Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão sobre a pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de superfícies de redistribuição de pressão.

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CURATIVOS E

COBERTURAS

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Colaboração Equipe multiprofissional

Médico Enfermeiro Técnico em Enfermagem

09/10/2014

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As feridas são interrupções da integridade cutâneo mucosa e resultam dos desequilíbrios e agravos da saúde das pessoas.

Elas podem impedir ou dificultar aspectos básicos da

vida como a locomoção, a convivência e as relações

interpessoais, entre outros (BRUNNER & SUDDARTH,

2009).

Conceito

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Cicratização

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Orientações

Nutrição

Necessidade de ingesta de vitaminas e minerais:

A (retinol) – regula o desenvolvimento epidérmico e atua na imunidade;

B6 (piridoxina) – falta pode deixar a pele escamosa;

C – essencial para o desenvolvimento do colágeno;

E – propriedade antioxidante

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Cicatrização Fase Inflamatória

Apresenta um período de duração de 1 a 4 dias, com

formação de coágulos sanguíneos, a ferida torna-se edemaciada e os restos

do tecido danificados e coágulos de sangue são

fagocitados.

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Cicatrização

Fase Proliferativa

Período de 5-20 dias, com produção de

colágeno, formação de tecido de granulação e

aumento de tensão da ferida.

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Cicatrização

Fase Proliferativa

Formação de tecido de granulação, função de preenchimento

tecidual para posterior depósito de

matriz do tecido conjuntivo.

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Cicatrização

Fase Reparadora

Dura em torno de 21 dias a meses, ou até anos, sendo caracterizada pela reorganização das fibras de colágeno, que se comprimem para reduzir o tamanho da cicatriz.

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EXSUDATO • Sanguinolento: Fino, vermelho brilhante;

• Serosanguinolento: Fino, aguado, de vermelho pálido para róseo;

• Seroso: Fino. Aguado, claro;

• Purulento: Fino ou espesso, de marrom opaco para amarelo;

• Purulento pútrido: Espesso, de amarelo opaco para verde, com forte odor.

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CURATIVO E COBERTURA

• CURATIVO

– Técnica aplicada no tratamento de feridas

• COBERTURA

– “Todo material, substância ou produto que se aplica sobre a ferida, como finalização do curativo que, forma uma barreira física capaz de, pelo menos, cobrir e proteger o seu leito”.

(FITZPATRICK,2006) 09/10/2014

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TIPOS DE CURATIVOS

• CURATIVO SEMI-OCLUSIVO:

– Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável.

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TIPOS DE CURATIVOS

• CURATIVO OCLUSIVO:

–não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfísema,e formação de crosta.

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TIPOS DE CURATIVOS

• CURATIVO COMPRESSIVO:

–Utilizado para reduzir o fluxo sangüíneo, promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão.

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TIPOS DE CURATIVOS

• CURATIVOS ABERTOS:

– São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são exemplos deste tipo de curativo.

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MATERIAIS PARA CURATIVO

CURATIVO DE HIDROGEL

• Este curativo cria um meio úmido ideal para úlceras secas e necróticas, promove um desbridamento autolítico sendo composto de água, carboximetilcelulose e propilenoglicol.

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MATERIAIS PARA CURATIVO

CURATIVO CARVÃO ATIVADO E PRATA • É formado por envelopes de um não tecido

poroso contendo carvão ativado e prata.Possui grande capacidade de absorção de exsudato e odores, sendo indicado para lesões fétidas. Dever ser trocado a cada 48 horas, e quando existe uma grande quantidade de exsudato deve ser trocado com uma maior freqüência. Não é aconselhado cortar o curativo, pois nessa situação poderá ocorrer a intoxicação por prata do paciente..

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MATERIAIS PARA CURATIVO

ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS (AGE)

• Correspondem a uma classe de óleo vegetal formado por ácido linoléico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A,E e lecitina de soja. O ácido linoléico é importante para a manutenção da integridade das membranas das células, enquanto a lecitina possui ação hidratante e auxilia a restauração da pele. A vitamna E é antioxidante, protegendo a membrana celular contra radicais livres, e a vitamina A participa como importante cofator na cicatrização.

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MATERIAIS PARA CURATIVO

PAPAÍNA

• É extraído do látex do mamoeiro, e consiste em um complexo enzimático que possui ação proteolítica, agindo como desbridamento químico. Além disso, possui atividade bactericida e antiinflamatória.

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MATERIAIS PARA CURATIVO

CURATIVO DE ALGINATO • Corresponde a um curativo composto por tecido

formado por fibras de algas marinhas marrons , rico em ácidos, com fibras embebidas em íons de sódio e cálcio. A interação desses íons com o sangue da ferida e o exsudato promove uma reação que induz a hemostasia rapidamente, alem disso a medida que ocorre a reação, a fibra se transforma em um gel suave não aderente a ferida. Porém, a característica mais marcante dos alginatos é a imensa capacidade de absorção de exsudato, podendo absorver 20 vezes seu peso em fluídos de ferida. Deve ser trocado no máximo a cada 24 horas.

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MATERIAIS PARA CURATIVO

• HIDROCOLÓIDE

– As coberturas de hidrocolóide são estéreis e encontradas em quatro apresentações: placa, grânulo, pasta e fibra. A placa possui duas camadas: externa e interna; a externa é composta por filme ou espuma de poliuretano, flexível e impermeável e a interna, composta por partículas hidroativas à base de hidrocolóides, que interagem com o exsudato da ferida formando um gel amarelado, viscoso e de odor acentuado.

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Apenas um lembrete

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OBRIGADA!!!!!