Avaliação Institucional na Educação...

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Avaliação Institucional na Educação Profissional Hugo Edgar Ludke Sistema de avaliação da gestão institucional nal nal nal

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Avaliação Institucional na Educação Profissional

Hugo Edgar Ludke

Sistema de avaliação da gestão institucionalnalnalnal

Avaliação Institucional na Educação Profissional 1

Avaliação institucional naEducação Profissional

Hugo Edgar Ludke

Educação Profissional :: Pontos de partida2

©2005 UNESCO. Todos os direitos reservados.

Publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Esta publicação é fruto de uma parceria entre a Representação da UNESCO no Brasil e a Secretaria deEstado de Educação e Cultura do Governo do Estado de Tocantins.

Brasília, 2005

BR/2005/PI/H/36

Esta publicação tem a cooperação da UNESCO no âmbito do Projeto 31- 412504BR, o qual tem oobjetivo de capacitar e promover o desenvolvimento das equipes locais responsáveis pela educaçãoprofissional nos estados do Brasil. Os autores são responsáveis pela escolha e pela apresentação dosfatos contidos nesta publicação, bem como pelas opiniões nela expressas, que não sãonecessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e aapresentação do material ao longo desta publicação não implicam a manifestação de qualquer opiniãopor parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região oude suas autoridades, tampouco a delimitação de suas fronteiras ou limites.

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Prefácio

O documento apresenta conceito, pressupostos e caracterização do processo de avaliação

institucional. Nele, são propostas sete dimensões da avaliação da gestão dos Centros de Educação

Profissional: gestão didático-pedagógica, gestão da secretaria acadêmica, gestão de recursos

humanos, gestão participativa, gestão de relações institucionais, gestão de serviços de apoio e

gestão do espaço físico.

Estas dimensões apresentam-se como “blocos”. Cada um dos blocos é caracterizado e são

identificados os aspectos a serem avaliados.

A publicação trata, também, dos parâmetros de excelência em educação profissional, com base

nos princípios da gestão pública pela qualidade. Aborda, ainda, o perfil, as atribuições e as

responsabilidades da equipe gestora, da comissão de autoavaliação e do comitê de validação.

Apresenta Instrumento de Autoavaliação dos Processos de Gestão Escolar, contendo rol de

evidências para cada bloco, Fluxograma da Autoavaliação e Roteiro de Validação da Autoavaliação.

Indica como se estabelece ou se orienta a relação Autoavaliação x Avaliação Externa. Traz Modelo

de Relatório do Processo de Autoavaliação – Análise Crítica e Resultado de Consenso, bem como

Manual de Orientação para Operacionalização da Autoavaliação, com etapas, recomendações,

glossário e bibliografia.

Elisabeth Fadel

Consultora

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Sumário

CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................07

1 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................................09

2 OBJETIVOS...........................................................................................................................09

2.1. Objetivo geral ............................................................................................................09

2.2. Objetivos específicos.................................................................................................09

3 ROTEIRO DE VALIDAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃO...............................................................10

3.1. Participação dos colaboradores ................................................................................11

3.2. Análise dos conteúdos dos instrumentos .................................................................11

3.3. Teste dos instrumentos .............................................................................................11

4 MODELO DE RELATÓRIO CONCLUSIVO DO PROCESSO

DE AUTOAVALIAÇÃO ...........................................................................................................12

5 ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOS DE CONSENSO ...................................................13

6 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................................14

6.1. A gestão de processos .............................................................................................14

6.2. Abordagem metodológica..........................................................................................18

6.3. Procedimentos metodológicos .................................................................................18

6.4. Análise dos resultados ..............................................................................................20

6.5. Implementação de programas de melhoria ..............................................................21

7 ETAPAS ................................................................................................................................21

7.1. Sensibilização............................................................................................................21

7.2. Diagnóstico ...............................................................................................................22

7.3. Avaliação interna ......................................................................................................23

7.4. Avaliação externa ......................................................................................................25

7.5. Reavaliação...............................................................................................................26

7.6. Realimentação...........................................................................................................26

7.7. Difusão .....................................................................................................................26

8 CRONOGRAMA E METAS ....................................................................................................28

9 FLUXOGRAMA .....................................................................................................................30

BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................31

ANEXOS

ANEXO I – FORMULÁRIOS DO DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL........................................34

ANEXO II – INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO.......................................................................49

ANEXO III – PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO ........................................................................58

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Considerações Iniciais

“Por que falar de pedras? Só o arco interessa... Sem pedras o arco não existe”.

(Kublai Khan)

O que é mais importante, as pedras ou o arco? Qual é a pedra que sustenta o arco da ponte?

Nenhuma delas isoladamente é a resposta. O conjunto de pedras e, principalmente, a forma como

foram dispostas na obra é que dão sustentação ao arco.

A escola é como o arco de uma ponte. É formada por muitos profissionais (pedras). Todos têm

participação decisiva na sustentação da escola, mas nenhum deles age isoladamente. A sustentação

da escola dá-se por meio da atuação do conjunto dos profissionais que nela atuam, sendo a forma

de ordenação deles o grande diferencial para que, dando e recebendo suporte uns aos outros, para

que, atuando de forma mais integrada, possam ser mais efetivos e eficientes.

Para que o arco não desabe, é necessário que sua estrutura seja avaliada e reparada constan-

temente. Para que a gestão de uma escola não sucumba, é necessário implantar um processo de

Avaliação Institucional – AI – permanente, aceito, assumido como importante e necessário, e

praticado por todos, o qual vai avaliar a estrutura da escola e sugerir as reformas necessárias para

que possa exercer suas funções específicas.

Avaliar e ser avaliado faz parte do nosso dia a dia. Seu objetivo é conhecer para promover

mudanças, agregar valor. E a cultura da avaliação precisa ser adquirida desde cedo. Sua adoção é

obrigatória, principalmente falando de instituições educativas, as quais têm a tarefa de formar os

profissionais que atuarão nas diferentes organizações.

Os programas de Avaliação Institucional oportunizam e exigem a exteriorização do julgamento

dos colaboradores, tanto internos como externos, em relação a tudo o que envolve a instituição. É

um programa que promove a integração, a discussão, o compartilhamento de ideias, a implantação

de melhorias, o crescimento e o fortalecimento de relações.

As escolas, que durante toda a sua existência praticaram e praticam a avaliação da

aprendizagem, têm o dever de aderir aos programas de Avaliação da Gestão Institucional, visto que

não podem apenas limitar-se àquela sem incluir no processo de formação dos futuros profissionais

a cultura da avaliação institucional.

Um verdadeiro programa de Avaliação da Gestão Institucional somente existe efetivamente se

todos souberem responder às seguintes perguntas: Por que avaliar? O que vai ser avaliado? Qual

é a importância disso para o meu trabalho e desempenho, e o da escola como um todo? É um

processo que transcende a sala de aula – ou seja, a avaliação da aprendizagem isoladamente –,

mas perpassa todos os setores dela, bem como da comunidade na qual está inserida.

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1. JUSTIFICATIVAA construção do presente Programa de Avaliação da Gestão Institucional tem como jus-

tificativas:• a demanda do órgão máximo da Educação no estado do Tocantins, por intermédio do

seu Núcleo de Educação Profissionalizante;• o desejo de crescimento, desenvolvimento, melhoria dos processos internos das escolas,

para atender ao objetivo de melhoria dos produtos e serviços prestados.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral

Construir coletivamente um processo de Avaliação da Gestão Institucional, elevando aqualidade da prestação de serviços educacionais, potencializando e desenvolvendo o de-sempenho institucional.

2.2. Objetivos específicos

• Sensibilizar o corpo institucional para a importância da implantação do Programa de Ava-liação da Gestão Institucional.

• Eleger e instalar oficialmente o Comitê Permanente de Avaliação da Gestão Institucional– Copeagi.

• Diagnosticar a atual situação das escolas pertencentes ao Núcleo de Educação Profis-sional da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins nas dimensões de ensino egestão.

• Definir programa de Avaliação da Gestão Institucional, tendo como base os princípiosnorteadores estabelecidos pela Secretaria de Educação, por meio do Núcleo de Educa-ção Profissional, e a missão dos estabelecimentos.

• Sensibilizar o corpo docente, o técnico e o administrativo das escolas, e a comunidade,para que o processo resulte em melhorias efetivas.

• Reforçar, junto aos atores envolvidos no processo, o compromisso com a excelência noserviço prestado.

• Impulsionar o processo de autocrítica das escolas, como evidência da vontade políticade autoavaliação, para garantir a qualidade das ações acadêmica e administrativa.

• Transformar o Programa de Avaliação da Gestão Institucional em um instrumento de su-peração individual e coletiva de limitações.

• Estabelecer indicadores de desempenho que conduzam a permanente e sistemáticamelhoria da qualidade do ensino e da gestão escolar, tendo como base as diretrizes es-tabelecidas pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Tocantins, do Núcleo

de Ensino Profissional e da missão das escolas.• Sensibilizar e motivar o corpo institucional e a comunidade para a necessidade da im-

plantação do programa.• Definir a equipe de avaliadores externos.• Construir os instrumentos de coletas de dados para diagnóstico institucional e a avaliação

interna e externa.• Realizar a avaliação com o corpo docente, o discente e o técnico-administrativo.• Realizar a avaliação com a comunidade externa.• Proceder à tabulação e ao tratamento estatístico dos dados coletados.• Interpretar os resultados com base no referencial teórico.• Apresentar os resultados obtidos para servir de ferramenta gerencial e subsidiar projetos

de melhoria nas áreas apontadas pela avaliação como as mais deficitárias.• Publicar e divulgar entre os colaboradores internos e a comunidade externa os resultados

finais obtidos.• Elaborar e implementar programas e ações de melhoria, tendo como base os resultados

obtidos.• Avaliar e reavaliar o Programa de Avaliação da Gestão Institucional.

3. ROTEIRO DE VALIDAÇÃO DA AUTOAVALIAÇÃOValidar significa “tornar ou declarar válido e legitimar conforme preceitos vigentes”.

Significa ainda o “teste que comprova a validade, correção ou concordância com padrõesde dados introduzidos num sistema de computador”. Tem ainda como sinônimos: aprovação,confirmação, ratificação e reafirmação. Portanto, todo o processo de Avaliação da GestãoInstitucional, no que diz respeito aos instrumentos que o integram, necessária e obrigato-riamente precisa passar pelos processos acima descritos antes de ser oficialmenteaplicado.

Os instrumentos a serem validados constam de quatro formulários informatizados e umelenco de formulários constantes no Anexo I, correspondentes ao “diagnóstico institucio-nal”.

Os quatro instrumentos de avaliação integram um programa informatizado, acessível noendereço eletrônico www.ludke.com.br/seduc. Os resultados do preenchimento destes ins-trumentos têm seu resultado exteriorizado em percentuais e gráficos em barras no endereçowww.ludke.com.br/seduc/resultados/php.

Para que o processo de Avaliação da Gestão Institucional seja legítimo, sua validaçãodá-se através de momentos distintos.

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3.1. Participação dos colaboradores

A efetiva participação de todos os colaboradores deve ser buscada porque:• será mais fácil trilhar o caminho escolhido pela instituição para chegar a uma situação de

futuro desejada quando todos os colaboradores tiverem participado de seu planejamentoe construção;

• atingirá os três níveis mais importantes para o envolvimento e o comprometimento doscolaboradores, a saber:

• o aspecto cognitivo, responsável por atenção, compreensão e conhecimento de todos osaspectos e as razões que levam a escola a adotar determinado caminho em busca deseus objetivos;

• o aspecto afetivo, que conduzirá o corpo institucional a gostar ou não de determinadaação desencadeada;

• o aspecto comportamental, que traduzirá a postura dos colaboradores em relação à açãoe determinará a tendência da ação;

• permitirá que todos tenham uma visão clara de futuro desenhado para a escola;• fará que todos celebrem o sucesso e todos assumam as responsabilidades pelos fracassos.

3.2. Análise do conteúdo dos instrumentos

Nenhum instrumento de avaliação institucional construído para servir de modelo deve seraplicado sem incluir as características específicas da organização à qual se destina.

Será aplicável somente aquele instrumento que:• incluir os itens que visam a descobrir se os objetivos definidos pelo planejamento global

da organização estão sendo alcançados;• apresentar abrangência no que diz respeito à avaliação de todos os segmentos institu-

cionais, como:• organização e processos de ensino aprendizagem;• características do corpo docente;• aspectos que avaliam a gestão escolar;• aspectos que descrevem a infraestrutura disponibilizada para o trabalho;• processos de ensino e de aprendizagem adotados;• fidelidade e visão do corpo institucional em relação à escola;• satisfação dos alunos e da comunidade externa em relação aos serviços prestados pela

escola;• visão dos colaboradores internos e da comunidade externa.

3.3. Teste dos instrumentos

O teste dos instrumentos será feito mediante:• avaliação linguística para evitar dupla interpretação por ocasião da leitura pelos colabo-

radores;• preenchimento de todos os formulários no sistema eletrônico para verificação de even-

tuais falhas de acesso a eles ou de configuração;• análise dos resultados das planilhas preenchidas para certificação de que os resultados

estão sendo consolidados corretamente pelo sistema eletrônico.

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4.MODELO DE RELATÓRIO CONCLUSIVO DO PROCESSODE AUTOAVALIAÇÃO

O Relatório do Processo de Avaliação da Gestão Institucional deve ser sintético e funcio-nal, pois tem caráter consultivo. Deverá servir de ferramenta gerencial para os dirigentesda escola, tanto nos aspectos acadêmicos, quanto administrativos.

Compete ao comitê eleito reunir, sistematizar e tornar claros todos os resultados da ava-liação, para que possam ser entendidos e analisados por todos e para que cada um possafazer uma introspecção e realizar a autoavaliação da sua participação nas atividadesdesenvolvidas pela escola.

O modelo de relatório de avaliação deverá estar baseado em três grandes dimensões daavaliação:

a) Enfoque, que se refere aos procedimentos ou métodos que a instituição utiliza paraalcançar os propósitos considerados nos itens:

Utilizou a ferramenta adequada?São sistemáticos e integrados?Inclui ciclos de avaliação e melhoria?b) Aplicação, que se refere à extensão na qual os enfoques são aplicados a todas as

áreas ou atividades relevantes consideradas nos itens:Todos os setores da escola foram envolvidos?Todos os processos foram incluídos?Incluiu todas as características dos produtos e serviços?c) Resultados, que se refere ao produto e afeta o alcance dos propósitos considerados

nos itens:Existem tendências ou possibilidades de melhoria?Há possibilidade de sustentação do desempenho?No modelo abaixo, devem ser incluídos todos os aspectos constantes nos formulários de

avaliação. Poderão ser específicos ou reunidos em grandes grupos que integram questõessimilares.

O primeiro exemplo apresenta aspecto específico. O segundo é genérico e representatodos os itens afins. Cabe à direção e ao comitê definir a forma de apresentação do relatóriofinal do processo de avaliação.

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Proposta de Modelo de Relatório Conclusivo

5. ANÁLISE CRÍTICA DOS RESULTADOSA análise crítica poderá ser realizada pelos grupos de discussão em relação a todos os

resultados obtidos, os quais serão consolidados em relatório único. Esta análise é elementointegrante do relatório conclusivo do processo de Avaliação da Gestão Institucional.

A discussão e a análise dos resultados são oportunidade ímpar de iniciar um processocontínuo de planejamento, de ação, de avaliação e de re-planejamento, tornando-se umaatividade permanente na escola, conforme o fluxograma que segue:

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ASPECTOSAVALIADOS

RESULTADOSPERCENTUAISOU NUMÉRICOSOBTIDOS

ANÁLISECRÍTICA DORESULTADO

IMPACTOCAUSADOPELORESULTADO

AÇÕES DEMELHORIAPROJETADAS

Sinto-mecomprometidocom a escola(Item específico)

32% sentem-secomprometidos68% não sesentemcomprometidos.

68% doscolaboradoresnão se sentemcomprometidoscom a escola.

Surpresa pelofato de não terhavido nenhumamanifestação deinsatisfação.

Trazer todos oscolaboradorespara aparticipação nareavaliação doplanejamentoestratégico.

Climainstitucional (Itemgenérico: o climainstitucional podeser avaliado pormeio de váriosoutros itens.)

Serão compostospela média dosresultados detodos os itens

O somatório detodos ospercentuais dositens que tratamdo climaorganizacionalmostra que ele émuito bom.

Euforia. É aconfirmação daexpectativa.

Ampliar cada vezmais aparticipação doscolaboradores noprocesso degestão da escola.

FASE FLUXO-GRAMA

ETAPAS OBJETIVO

Planejamento 1 IDENTIFICAÇÃODO PROBLEMA

Definir claramente o problema ereconhecer sua importância.

2 OBSERVAÇÃO Investigar caracte-rísticas e causasespecíficas do problema sob todos ospontos de vista possíveis.

3 ANÁLISE Descobrir as principais causas quegeraram o problema.

4 PLANO DE AÇÃO Elaborar um plano para aniquilar ascausas que geraram o problema.

AÇÃO 5 AÇÃO Implantar a ação planejada paraestancar as causas do problema.

6. REFERENCIAL TEÓRICO6.1. A gestão de processos

Tudo parece estar andando bem quando, ninguém sabe de onde, começam a surgir coi-sas que incomodam: tudo anda muito lentamente, os colaboradores parecem estar desmo-tivados, surgem as crises de liderança, a comunicação não é boa e o clima institucionaltambém não. Todos descobrem que estas coisas aconteciam rotineiramente, muitas vezesde forma velada, e que agora todos classificam como uma crise. Está na hora de mudar osprocessos internos.

Toda e qualquer organização que busca o sucesso em seu empreendimento não podedeixar de atentar para a eficiente gestão de seus processos, visto que toda a atividade rea-lizada em um trabalho qualquer sempre faz parte do processo. Sua visão clara e objetivafornece o aspecto dinâmico que permeia toda a organização.

Por gestão de processos, entende-se o conjunto de atividades sequenciais às quais seagregam valores de forma constante e progressiva, com o objetivo de obter determinadosresultados e atender às expectativas tanto dos clientes internos como dos externos. É umconjunto de atividades relacionadas com o objetivo final da escola, ou seja, disponibilizarpara os alunos um processo de ensino-aprendizagem que inclui o que existe de melhor.Portanto, a gestão de processos é imprescindível para a sobrevivência da escola, que vivee sobrevive em um ambiente extremamente competitivo.

O grau de evolução dos processos determina o potencial da escola. Como em todo equalquer processo, a participação da totalidade dos colaboradores é imprescindível. Paratal, quatro aspectos que fazem parte dos fatores críticos de sucesso precisam ser abordadosconstantemente:• Objetivos: o estabelecimento destes somente terá validade quando forem acompanhados

das características de clareza e da possibilidade de mensuração.• Compromisso: todo e qualquer processo que não atingir um elevado índice de compro-

misso, partindo da alta gestão e perpassando todos os setores, poderá apresentar falhae não retratar a realidade.

• Envolvimento: é uma forma de criar e manter o compromisso de todo o corpo institucional,bem como abrir caminho para a aceitação de todas as mudanças propostas com baseno diagnóstico a ser realizado.

• Comunicação: a comunicação interna estreita em relação a todos os acontecimentos eproposições ajuda a melhorar o clima organizacional e constitui-se na porta de entrada

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FASE FLUXO-GRAMA

ETAPAS OBJETIVO

AVALIAÇÃO 6 VERIFICAÇÃO Acompanhar todas as etapas paraverificar se o bloqueio foi efetivo. OPROBLEMA FOI RESOLVIDO?

NOVA 7 PADRONIZAÇÃO Prevenir o reaparecimento do problema.

AÇÃO 8 CONCLUSÃO Recapitular todo o processo de soluçãodo problema para trabalho futuro.

para a formação do compromisso de todos os colaboradores.A gestão de processos inclui atividades básicas, as quais, ao serem postas em prática,

garantem benefícios no que tange à potencialização dos resultados.

a) Parâmetros de excelênciaParâmetro é definido como uma variável para a qual se fixa ou se atribui um valor e por

intermédio da qual se definem outros valores ou funções num dado sistema ou caso. Em setratando de escolas, os parâmetros terão duas vertentes: a da excelência técnica, voltadapara a competência técnica, conhecimentos e habilidades para desempenho de determinadafunção, e a da excelência das relações humanas, direcionada para a formação integral doser humano em termos de caráter, personalidade, ética, valores e relações interpessoais.Esta vertente busca a formação de um ser humano íntegro, que respeita e convive com asdiferenças individuais, que tem uma postura ética coerente, que está envolvido e compro-metido com o trabalho, que busca a decência e a ordem na organização e na realização dotrabalho.

Ser – Encontrar-se como pessoa que tem uma função a ser exercida, que tem importânciano contexto social.

Saber ser – Conviver com as pessoas, principalmente com as diferenças individuais, va-lorizando-as e sabendo trabalhar de forma cooperativa.

Aprender – Buscar o desenvolvimento de competências e habilidades úteis que o tornemapto a enfrentar o mercado competitivo.

Saber fazer: É a competência técnica posta em prática. É saber aplicar os conhecimentose as habilidades adquiridas.

Assim, os principais parâmetros de excelência definidos para instituições educativaspodem ser resumidos em seis segmentos básicos:

a) gestão escolar baseada na direção por valores e pela ética;b) gestão escolar que busca a qualidade com competitividade;

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ATIVIDADES BENEFÍCIOS

Identificar

O processo de identificação nos mostrará o que precisamos atacarprimeiro e quais são os nossos maiores problemas, que emperram oprocesso. Permite ter uma visão global da escola e compreender melhorqual é a sua parcela de contribuição necessária.

Documentar O registro não somente constrói a história da escola, mas disponibiliza asinformações necessárias para o processo de decisão, facilita acomunicação e mantém um acompanhamento da evolução dos processos.

Medir e simularOs resultados quantitativos definirão os fatores críticos de sucesso, custos,prazos e o potencial de melhoria disponível.

MelhorarA melhoria requer otimização de recursos e de tempo e a mudança dosprincipais processos internos da escola.

GerirAs melhorias aparecerão gradativamente com a renovação do ciclo deplanejamento, ação efetiva, avaliação do que foi feito e a consequenterealimentação do processo.

c) gestão escolar que tem como objetivo fundamental a difusão, a criação e a recriaçãodo saber;

d) gestão escolar que incorpora novas e avançadas tecnologias;e) gestão escolar preocupada com metodologias de educação modernas, voltadas para

centros de excelência.

b) Indicadores de desempenhoO Programa de Avaliação da Gestão Institucional será avaliado pelos indicadores abaixo

relacionados. Outros poderão ser incluídos de acordo com critérios próprios de cada escola,sugeridos pelos diferentes grupos de discussão.

1. Eventos de sensibilização realizados1.1. Número de eventos de sensibilização realizados com o corpo institucional;1.2. Número de eventos de sensibilização realizados com a comunidade externa.

2. Adesão ao programa2.1. Quantitativo de colaboradores que participaram da sensibilização;2.2. Quantitativo de colaboradores sensibilizados a participar do programas.

3. Instrumentos de avaliação preenchidosNúmero de instrumentos preenchidos pelo corpo administrativo;Número de instrumentos preenchidos pelo corpo acadêmico;Número de instrumentos preenchidos pela comunidade externa.

4. Geração de mudançasProgramas de melhoria e mudança dos processos internos implantados com base nos

resultados do processo de avaliação;Programas de extensão/integração com a comunidade implementada;Ações e melhoria sugeridas pelos colaboradores e pela comunidade externa.

c) Teoria e práticaO processo de Avaliação da Gestão Institucional é dinâmico e implica a participação

efetiva, adquirida de forma voluntária, de todo o corpo institucional da escola. Devem serrechaçadas todas as formas de convencimento não legais ou uso de modelos coercitivos.A adesão deve estar pautada única e exclusivamente na vontade de cada envolvido emcontribuir para a melhoria de processos e do desempenho individual e institucional.

O programa irá avaliar todos os processos internos. Por isso, não pode estar na prateleirados projetos secundários, mas deve ser o programa que fornece subsídios para os demais,garantindo-lhes subsídios em forma de informações corretas e atualizadas em relação atudo o que envolve a escola.

Todos os processos serão avaliados também pela comunidade que representa o contextosocial da escola ou segmentos dela. A avaliação externa compreende também o convite àsorganizações e a profissionais que possuem expertise no assunto, para que implementemuma avaliação isenta de qualquer interferência de origem interna ou externa da escola.

Grego (1999) propõe a avaliação democrática e orientada para a autogestão, propostaesta compartilhada por Marco Segone (2002) do Unicef do Brasil. Segundo o Unicef, a ava-

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Avaliação Institucional na Educação Profissional 17

liação democrática é “um processo que tenta determinar, tão sistemática e objetivamentequanto possível, a relevância, a efetividade, a eficiência, a sustentabilidade e o impacto dasatividades à luz de objetivos específicos”.

Essa definição remete o processo de Avaliação da Gestão Institucional para três enfoquesbásicos: o modelo de avaliação para a tomada de decisão, de orientação qualiquantitativa,proposta por Stufflebeam e Webster (1991); o paradigma de avaliação democrática, con-forme proposição de Mac Donald (1975) e Elliot (1991); e o paradigma de avaliação institu-cional crítica e transformadora de Kemmis (1989). Todos os enfoques envolvem propósitoscomo:

• resolução de problemas e tomada de decisão;• responsabilidade positiva e excelência;• construção de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades;• aprendizado, mudança organizacional e planejamento estratégico.

O enfoque de avaliação orientada para a tomada de decisão enfatiza a participação detodos no processo, tais como o corpo docente, o discente e o técnico administrativo, alémde conselhos deliberativos e assessores, os quais devem decidir o que avaliar e como utilizaros resultados da avaliação. Entendida como um serviço de informação para toda a comuni-dade sobre as características de seu trabalho e de seus projetos acadêmicos, a avaliaçãotem como principal vantagem encorajar a comunidade escolar “a utilizar a avaliação de modocontínuo e sistemático em seus esforços de planejar e implementar projetos e programas”(STUFFLEBEAM e WEBSTER, 1991).

A metodologia de avaliação democrática enfatiza a relevância da informação para os su-jeitos efetivamente interessados nos programas avaliados, os quais serão por ela afetados;e da utilidade dos resultados gerados por ela para todos os interessados.

Para garantir a relevância das informações nesse enfoque, dá-se poder aos diferentesgrupos participantes para decidir que informações devem ser coletadas, o que garante o“envolvimento de uma diversidade de prospectivos usuários no planejamento e na conduçãodo estudo” (WEISS, 1989). O pressuposto é que essa forma de participação efetiva, de de-cisão sobre o que avaliar, tende a aumentar o compromisso dos participantes na utilizaçãodos resultados da avaliação.

Na perspectiva crítica e transformadora, a avaliação é entendida como um processo quevisa a contribuir de forma contínua, orgânica e reflexiva para o debate e a intervenção emprojetos e programas.

Quando se busca dar conta da análise e da transformação em programas e projetos ins-titucionais, verifica-se que a avaliação é um processo complexo, não apenas pelas dificul-dades instrumentais, mas principalmente pelas questões que suscita, que necessitam dediscussão e avaliação. “A avaliação significativa nos obriga a levantar as grandes questõessobre os fundamentais temas da universidade e nos impele a respondê-las, atribuindo-lhesjuízo de valor” (DIAS SOBRINHO, 2000).

Vale ressaltar que todo o processo precisa ser conduzido dentro de uma visão holísticae interdisciplinar, devendo dar ênfase à inclusão e à participação de todos e de formahorizontal, nunca hierarquizada. Somente dessa maneira se conseguirá a interiorização doprocesso e das práticas de avaliação na escola. O processo democrático de avaliaçãopropicia, ainda, que a responsabilidade por ele, o controle e a tomada de decisão sejamdos parceiros. Portanto, todas as ações do processo devem estar sustentadas pelos quatroprincípios a seguir.

Educação Profissional :: Pontos de partida18

O princípio da globalidade parte do pressuposto de que precisam ser avaliados todos osaspectos, os setores e os colaboradores envolvidos. Todos têm uma função a desempenhare uma forma de contribuir para o sucesso do empreendimento.

O principal pilar de sustentação do processo de Avaliação da Gestão Institucional é aaceitação. Significa apoiar e participar de todas as ações com vistas às melhorias do pro-cesso.

Tudo o que é feito com base em normas e procedimentos legais anteriormente discutidose aprovados democraticamente tem maiores chances de apresentar os resultados deseja-dos. Este é o princípio da legitimidade. Para que o processo seja legítimo, é requerida aparticipação de todo o corpo institucional, além de que a sua participação esteja fundamen-tada numa decisão pessoal;

A adesão ao processo de avaliação é o quarto princípio. Todos os colaboradores estãofisicamente ligados à escola através de contrato. É preciso ligar-se emocionalmente, mani-festando aprovação e aceitação dos processos de melhoria democraticamente concebidose implementados.

A avaliação sempre terá o significado de julgamento de valor, podendo haver diferentese múltiplas interpretações e valorações para o mesmo fato ou questão.

Assim, precisamos considerar também que existem diferentes formas de emitir ou exte-riorizar o julgamento, quais sejam: a) pessoal/subjetivo; e b) consensual. Compreendendoa forma original que envolve a percepção individual, temos o julgamento pessoal e subjetivo.É o estágio inicial cujo resultado será somado aos demais julgamentos, para se chegar aojulgamento consensual, ou seja, o somatório de todos.

Deve ser reconhecido por todos que o Programa de Avaliação da Gestão Institucionalnunca será um programa acabado. Antes pelo contrário, deverá estar em constante cons-trução, com propósito de atender às demandas diárias, que, com o engajamento de todos,virão de todos os setores.

6.2. Abordagem metodológica

O processo de avaliação da Gestão Institucional será qualiquantitativo, isto é, os aspectosquantitativos fazem parte do processo, ao serem utilizados como informações importantes,mesmo que muitas vezes secundárias, mas capazes de confirmar as conclusões obtidasna abordagem qualitativa.

A abordagem qualitativa pressupõe a utilização de técnicas e instrumentos que darão in-formações mais profundas e úteis à avaliação, além de facilitarem a maior participação deindivíduos envolvidos, tornando o próprio ato de avaliar um momento simultaneamente pe-dagógico e científico, bem como de potencialização dos recursos humanos.

Necessariamente todo o processo de avaliação será organizado em etapas interdepen-dentes, não necessariamente coincidentes, mas complementares entre si.

6.3. Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos, no que se refere à avaliação interna, estão baseadosem um roteiro de entrevistas previamente estruturado. O oferecimento de respostas às ques-tões da entrevista poderá ser feito de duas formas distintas:

a) Em grupos de discussão, formados por, no máximo, dez colaboradores, com a defini-

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ção de um colaborador mediador da discussão. Esta metodologia já antecipa o julgamentoconsensual em relação aos itens abordados.

b) Cada colaborador apresenta os resultados com base em seu julgamento, individual.Neste caso, o grupo de discussão para exteriorização do julgamento consensual constitui-se numa etapa posterior.

Quando da formação de grupos de discussão, é importante respeitar a afinidade. Esteprocedimento será decisivo em termos de sensibilização e aceitação do programa proposto.O grupo responde de forma mais positiva do que o enfrentamento individual, quando setrata de um programa ou atividade inovadora.

Em se tratando da avaliação externa, os mesmos procedimentos poderão ser adotados.Para facilitar os trabalhos, os grupos de discussão poderão ser formados por afinidade, taiscomo:

• grupo dos egressos;• grupo das organizações que receberam estagiários;• grupo das pessoas que foram atendidas por profissionais egressos das escolas;• grupo de pessoas escolhidas aleatoriamente.

É importante também que o comitê não imponha nenhuma dinâmica específica aos gru-pos para a realização dos trabalhos. A definição da dinâmica faz parte da integração dogrupo e do fortalecimento do processo de adesão ao programa de avaliação.

Cada grupo de discussão, ao concluir os trabalhos, indicará um representante, que par-ticipará da elaboração do relatório dos grupos, bem como do relatório circunstanciado, oqual, como espelho, refletirá a realidade institucional na ótica do seu corpo institucional. Emse tratando da avaliação dos grupos externos, é importante que, na realização da interfacecom a escola, para cada representante de grupo externo, seja destinado um representanteinterno.

É de bom alvitre que, a cada novo processo de avaliação, sejam eleitos novos represen-tantes de grupo. Visões e enfoques diferenciados fazem parte de um processo de avalia-ção.

Os procedimentos a serem adotados para a implementação do Programa de Avaliaçãoda Gestão Institucional seguirão os seguintes procedimentos:

• sensibilização do corpo institucional para a importância da implantação do Programa deAvaliação da Gestão Institucional;

• eleição e instalação oficial do Comitê Permanente de Avaliação da Gestão Institucional –Copeagi;

• diagnóstico da atual situação das escolas pertencentes ao Núcleo de Educação Profis-sional da Secretaria de Educação do Estado do Tocantins, nas dimensões de ensino egestão;

• definição do programa de Avaliação da Gestão Institucional, tendo como base os princí-pios norteadores estabelecidos pela Secretaria de Educação, por intermédio do Núcleode Educação Profissional, os diretores das escolas e a missão dos estabelecimentos;

• sensibilização dos corpos docente, técnico e administrativo das escolas e da comunidade,para que o processo resulte em melhorias efetivas;

• reforço, junto aos atores envolvidos no processo, do compromisso com a excelência noserviço prestado;

• formação do processo de autocrítica das escolas, como evidência da vontade política deautoavaliação, para garantir a qualidade das ações acadêmica e administrativa, mos-

Educação Profissional :: Pontos de partida20

trando as vantagens individuais e institucionais da adesão ao programa;• transformação do Programa de Avaliação da Gestão Institucional em um instrumento de

superação individual e coletiva de limitações;• estabelecimento de indicadores de desempenho que conduzam a permanente e siste-

mática melhoria de qualidade do ensino e da gestão escolar, tendo como base as diretri-zes estabelecidas pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Tocantins, doNúcleo de Ensino Profissional e da missão das escolas;

• sensibilização e motivação do corpo institucional e da comunidade para a necessidadeda implantação do programa;

• definição da equipe de avaliadores externos;• construção dos instrumentos de coletas de dados para diagnóstico institucional, da ava-

liação interna e externa;• realização da avaliação com o corpo docente, o discente e o técnico-administrativo;• realização da avaliação com a comunidade externa;• tabulação e tratamento estatístico dos dados coletados em todos os setores e da comu-

nidade externa;• interpretação dos resultados com base no referencial teórico;• apresentação dos resultados obtidos para servirem de ferramenta gerencial e subsidiar

projetos de melhoria nas áreas apontadas pela avaliação como sendo as mais deficitá-rias;

• publicação e divulgação dos resultados finais obtidos entre os colaboradores internos ea comunidade externa;

• elaboração e implementação de programas e ações de melhoria, tendo como base osresultados obtidos;

• avaliação e reavaliação do Programa de Avaliação da Gestão Institucional.

6.4. Análise dos resultados

A análise dos resultados será qualitativa e quantitativa. A análise qualitativa prevê o se-guinte:

a) roteiros elaborados sobre situações específicas de cada setor, no sentido de buscarabrangência em relação aos quesitos avaliados;

b) intervenções de apoio por parte do comitê, tanto em termos de incentivo à adesão aoprocesso como em termos de dificuldades que surgirem no decorrer do processo;

c) promoção da análise e da comparação dos elementos com base em dados reais decada grupo, discutidos internamente;

d) inserção, no relatório final, das manifestações individuais e de grupo, tanto positivascomo negativas, cujos elementos serão futuramente comparados, para detectar evoluçãoou não.

Os aspectos quantitativos, por sua vez, podem ser resumidos em:a) incorporar à análise dos resultados da avaliação todos os dados secundários, resultado

dos formulários de diagnóstico institucional;b) construção de um banco de dados, permanentemente alimentado, o qual complemen-

tará e agregará informações aos aspectos qualitativos;c) construção do relatório final, com a incorporação dos relatórios parciais de cada setor,

atrelados aos formulários de avaliação.

Avaliação Institucional na Educação Profissional 21

6.5. Implementação de programas de melhoria

Após a realização da avaliação no âmbito da escola, bem como com a comunidade, serãoconsolidados os resultados e implementados programas de melhoria, de forma a atender aduas vertentes:

a) busca de soluções e melhorias mediante projetos e ações que visem ao resgate dospontos que obtiveram avaliação negativa ou deficitária;

b) busca de soluções e melhorias mediante projetos e ações que visem à manutenção eà melhoria dos pontos que tiveram avaliação positiva.

Vale ressaltar que ações e projetos de melhoria não necessariamente precisam abrangertodos os pontos com avaliação negativa. A direção, o comitê e os representantes, em umfórum permanente de discussão, poderão deliberar quais são os pontos prioritários e esta-belecer cronograma baseado em prioridades.

7. ETAPASAs etapas abaixo relacionadas constituem o principal roteiro para implementação do Pro-

grama de Avaliação da Gestão Institucional. Sequência lógica e ordem cronológica são acon-selhadas, o que permitirá aos colaboradores a melhor visualização das etapas e osrespectivos significados.

7.1. Sensibilização

“Os fatores tradicionais de produção – terra, mão-de-obra e até dinheiro –, pela sua mobilidade,

não mais garantem vantagem competitiva. Ao invés disto, o gerenciamento tornou-se o fator

decisivo de produção.” (Peter Drucker)

Para a boa gestão, é preciso ter a participação efetiva de todo o corpo institucional. Paraconseguir esta participação, o fundamental é que seja desencadeado um bom programa desensibilização deste corpo institucional em relação àquilo que dele se espera ou de comose espera a sua participação no processo.

A etapa da sensibilização compreende a busca do envolvimento da comunidade acadê-mica, da técnico-administrativa e da comunidade externa, para conhecer as necessidadesgerenciais e específicas da escola por estas apontadas. Dados, informações e sugestõespor elas trazidas subsidiarão todas as ações e se constituirão no marco de qualidade queconduzirá a escola ao autoconhecimento, o qual servirá de base para a tomada de decisãoquanto à melhoria da qualidade acadêmica e de serviços.

Esta etapa consiste na realização de seminários, encontros, palestras, distribuição denotas informativas e outros, para a conscientização de todos os envolvidos no processosobre a Avaliação da Gestão Institucional, com o objetivo de sensibilizar a comunidade aca-dêmica (professores, estudantes, ex-alunos e funcionários técnico-administrativos) e a so-ciedade para o entendimento e a participação no processo.

Educação Profissional :: Pontos de partida22

O objetivo principal desta etapa é promover o acolhimento e a construção participativade todo o processo.

Levando-se em consideração que cada nova etapa é uma parte do todo e busca atingirobjetivos globais, sugere-se um processo de sensibilização logo no início de cada uma delas.Isso contribuirá muito para que cada um dos envolvidos se aproprie tanto do processo deconstrução quanto das informações e a sua utilização para implementação de melhorias.

É recomendável, também, que resultados anteriormente alcançados sirvam de subsídiopara a sensibilização da nova etapa. Se os resultados anteriores forem positivos, será umestímulo natural à busca de novos resultados positivos; se os resultados forem negativos,estes deverão ser utilizados como estímulos à superação e à melhoria.

A etapa da sensibilização acontece na prática por intermédio de reuniões com a altagerência, para que se tenha o respaldo necessário para todas as ações, reuniões com osresponsáveis da totalidade de setores da escola, a fim de que também adotem a ideia,seminários, palestras, folders, jornais comunitários, comunicações internas e toda sorte deiniciativas criativas, de modo a atingir globalmente os colaboradores internos e a comuni-dade externa e dizer o que é, como será feito e quais as vantagens que todos terão, ao par-ticipar do processo. Significativos são os relatos de experiência por parte de representantesde outras instituições da mesma área, que já implantaram o processo e vislumbram osbenefícios que o processo trouxe para a gestão interna da instituição e a sua imagemperante a comunidade na qual está inserida.

Sensibilizar, por definição, significa tornar sensível, receptivo, atrair a atenção, suscitarreação, tornar sensível à ação de qualquer agente.

Este é um processo que não se consolida com a ação isolada de um pequeno grupo oupor imposição da alta gerência. Este é um processo essencialmente democrático e partici-pativo.

7.2. Diagnóstico

“O diagnóstico é o elemento principal da prevenção, que deve preceder o planejamento das

ações.” (Peter Drucker)

O diagnóstico é o princípio da mudança em qualquer instituição e busca fornecer subsí-dios para construir coletivamente os indicadores institucionais que vão dar a base aos pro-jetos para estruturar os projetos de melhoria contínua. Tais projetos visam a solucionarproblemas institucionais específicos e impressionar positivamente as ações em andamentoe a programação das futuras ações.

O verdadeiro diagnóstico exige um esforço de quantificação difícil de realizar em caso defalta de memória das escolas. Pressupõe estatística, mas é, antes de tudo, um processo dereflexão e julgamento a propósito de tais estatísticas, agrupadas em indicadores que carre-gam significados e valores. Os dados, os índices estatísticos, as equações constituem mar-cos e objetivos de referência com base nos quais é mais fácil efetuar as análises e asavaliações qualitativas, do que as que se realizam no vazio e sem fatos que as apoiem.Chama-se atenção para o fato de não confundir avaliação com quantificação, nem estabe-lecer ruptura entre aspectos quantitativos e qualitativos.

Os objetivos do diagnóstico podem ser resumidos nos que seguem:• examinar o funcionamento da escola mediante o levantamento de informações que per-

mitam conhecer o estágio atual do seu desenvolvimento;

Avaliação Institucional na Educação Profissional 23

• analisar os dados levantados, transformando-os em informações com significados e va-lores que permitam interpretar causas e consequências do atual estágio de desenvolvi-mento da escola;

• avaliar as informações à luz do que determinam a escola, a Secretaria de Educação doEstado e o Núcleo de Educação Profissionalizante, com seus valores, princípios, metasetc.

• quantificar e qualificar avanços e deficiências no funcionamento da escola e identificarcausas e consequências de ordem institucional, social, econômica, pedagógica, admi-nistrativa, física, humana etc.;

• descrever a situação atual de funcionamento da escola por meio do levantamento dedados com base em instrumentos previamente definidos;

• examinar, de forma retrospectiva, a evolução da escola numa perspectiva temporal depelo menos cinco anos;

• analisar os dados, transformando-os em informações com valores e significados quepermitam compreender, interpretar, ajuizar causas e consequências do atual estágio dedesenvolvimento, e fazer prognósticos com adição de novos cenários e opções;

• elaborar relatório analítico-descritivo final que contenha uma visão da escola em seu es-tágio atual, fazendo uso de ferramentas que melhor visualizem a situação, como gráficose tabelas, por exemplo, que permitam determinar que tipo de intervenção é necessáriapara seu aperfeiçoamento;

• determinar um modelo funcional de coleta e atualização de dados que permita, de formasimples, monitorar e acompanhar continuamente a vida da escola e atender às demandasinternas e externas.Esta etapa permite descrever o desempenho organizacional da escola, tendo como ponto

de partida um conjunto de dados e informações coletadas e armazenadas continuamente.Como são fornecidos pela estrutura acadêmica, permitem, em cada realidade examinada,diagnosticar a situação atual, seja ela de forma parcial ou global, estabelecendo os indica-dores institucionais.

Os valores desses indicadores poderão ser comparados com padrões nacionais estabe-lecidos pelo Ministério da Educação, por exemplo, ou com padrões próprios, definidos pelaescola, visando à análise do desempenho de todas as ações em todos os setores.

O diagnóstico busca a avaliação externa e interna: a externa inclui a descrição do cenárioatual, as oportunidades que a escola tem de expansão e novas ações, bem como os fatoresque podem ser considerados como ameaça à continuidade dos trabalhos. A avaliação doambiente interno refere-se à situação atual da instituição, abrangendo pontos que podemser considerados fortes e os considerados fracos.

Formulários auxiliares ao processo de diagnóstico interno constam no Anexo I.

7.3. Avaliação interna

A avaliação interna é realizada pela instituição, com a participação de todas as instânciase todos os segmentos da comunidade escolar, considerando as diferentes dimensões deensino, gestão e programas de extensão.

É também conhecida como autoavaliação e é concebida como retrospectiva crítica, so-cialmente contextualizada, do trabalho realizado pela instituição. Participam desse processotodos os professores, os alunos e os funcionários administrativos. O processo de avaliação

tem um caráter formativo, portanto os resultados obtidos na autoavaliação precisam sercomparados com o diagnóstico técnico e, a partir disso, deve-se utilizar os aspectos destacadospara subsidiar projetos de melhoria, desenvolvimento e aperfeiçoamento do desempenhode todos os envolvidos no processo, ou seja, direção, professores, corpo técnico-adminis-trativo, bem como a comunidade.

A avaliação interna propicia à instituição passar a construir seu futuro sobre uma basesólida de autoconhecimento. Projetos de novas ações serão fundamentados em uma reali-dade própria e sua razão será conhecida e compreendida. Estes aspectos agregarão qua-lidade e atribuem ao processo de avaliação interna as características de ser cíclico, criativoe renovador.

O objetivo principal dessa fase é estimular a reflexão sobre o papel da escola e a melhorforma de realizar suas atividades. Assim, a avaliação interna consiste em analisar continua-mente o trabalho desenvolvido pelas diretorias, departamentos, setores e serviços, com opropósito de decidir sobre como melhorar a qualidade das atividades que realizam, tomandocomo conhecimento prévio o conjunto de dados coletados na etapa do diagnóstico, combi-nados em forma de relatórios e sínteses. Nesta etapa, são avaliados os seguintes itens:ingressantes, discentes, docentes, evadidos, egressos, infraestrutura e serviços.

É sua função identificar as principais forças e fraquezas (análise do ambiente interno),bem como as ameaças e as oportunidades (ambiente externo) que afetam nossa competi-tividade e como estamos preparados para enfrentá-las.

As forças são aquilo que a escola faz bem feito ou algo em que ela tenha expertise. Podeser uma habilidade, uma capacidade ou uma vantagem competitiva que a escola tem sobreas demais. Para isso, é preciso constantemente tentar responder às perguntas: quais sãoas vantagens da nossa escola? O que ela faz bem?

As fraquezas, por sua vez, são aqueles aspectos que a escola não tem ou que realiza,mal em comparação às demais escolas. É nada mais, nada menos que uma condição quea deixe em desvantagem. Para que se tenha melhor percepção em relação às fraquezas,três perguntas precisam ser respondidas diariamente: o que pode ser melhorado? O queestá sendo malfeito? O que deve ser evitado?

Assim, os principais objetivos da avaliação interna são:• caracterizar e avaliar a evolução do desempenho da escola em relação ao cumprimento

de seu desempenho competitivo;• identificar e hierarquizar as forças e as fraquezas internas que determinam este potencial;• identificar as principais causas das forças e das fraquezas.

Pode-se ainda acrescentar a análise do desempenho da escola ou a performance, ava-liada segundo critérios preestabelecidos, como o grau de realização de sua missão e obje-tivos permanentes, traduzidos pela:• efetividade (efeitos produzidos no ambiente externo);• eficácia (capacidade de realização dos resultados, conforme planejado);• eficiência (capacidade de utilizar os recursos e meios disponíveis para produzir resultados);• humanização (capacidade de a organização atender às necessidades e às aspirações

dos seus colaboradores).Os formulários de avaliação, tanto interna como externa, buscam a maior abrangência

possível. A escola, por meio do seu Comitê, deve reavaliar todos os formulários antes derealizar o processo de avaliação para eventuais adequações.

Todos os formulários constam no Anexo II.

Educação Profissional :: Pontos de partida24

Avaliação Institucional na Educação Profissional 25

7.4. Avaliação externa

É um componente novo, desconhecido e não praticado pela maioria das instituições edu-cativas, mas, se bem conduzido, torna-se desafiador e estimulante. Trata-se de uma ava-liação da escola exercida por agentes externos. Isso requer de todos os envolvidos(avaliadores externos e comunidade acadêmica) disponibilidade para o diálogo e sentidode participação.

São dois os agentes externos que participam desse processo:É realizada pela comunidade na qual a escola está inserida, mediante o preenchimento

do formulário próprio de avaliação. Nele, a comunidade exterioriza sentimentos, percepções,resultados e benefícios obtidos com a presença e atuação da escola.

É também realizada por comissão externa, a convite da escola, com base na análise dosresultados da avaliação interna e de visitas à instituição, resultando na elaboração de umparecer.

Constitui um excelente espaço para a manifestação da sociedade e da comunidade cien-tífica e acadêmica, feita por profissionais com titulação e/ou experiência relevante, represen-tando os “pares acadêmico-científicos, entidades profissionais de trabalhadores e deempregadores, egressos, associações científicas e outras organizações não-governamentais”.

A avaliação externa trabalha com a análise de ameaças e oportunidades. As ameaçassão fatores sobre os quais a escola não tem controle. Acontecem no mundo externo da es-cola e podem conduzir a situações negativas para o bom andamento das atividades dela.Exemplos de ameaças podem ser novos estabelecimentos de ensino, trazendo cursos si-milares com tecnologia e qualidade superiores aos que a escola está oferecendo. As su-gestões para questionamentos diários são: que obstáculos externos interferem sobre oandamento dos trabalhos na escola e como estão sendo encarados? O que as outras es-colas estão fazendo de diferente e melhor do que nós?

As oportunidades, por sua vez, correspondem à visão realista para o crescimento futuroda escola. É algo a ser usado para desenvolver uma vantagem competitiva, tais como pro-jetos que envolvem e levam benefícios à comunidade, novos cursos que atendem a umademanda social etc.

As perguntas que precisam ser respondidas diariamente são: quais são as tendênciasdo mercado? Como elas podem ser exploradas e atendidas pela escola? Que chances aescola tem de contribuir com as novas tendências?

A diferença básica entre escolas de sucesso e escolas que fracassam é a forma comopercebem as ameaças. Para as primeiras, não existem ameaças ou problemas; o que existesão oportunidades misturadas a obstáculos que exigem ousadia, perseverança, habilidade,vontade e determinação para serem reconhecidas e utilizadas corretamente.

As escolas triunfadoras encaram os problemas como oportunidades para:• expressar a sua competência, para provar a eficácia de suas ideias, decisões e ações;• mostrar a sua pró-atividade, antevisão, prevenção e capacidade de planejamento;• alavancar o crescimento pessoal e profissional de todos os integrantes do processo;• quebrar paradigmas, ou seja, destruir velhos conceitos e reconstruir conceitos mais pro-

dutivos;• fazer a diferença; • utilizar os problemas em favor do desenvolvimento de sua inteligência e de sua percepção.

Educação Profissional :: Pontos de partida26

7.5. Reavaliação

É a consolidação dos resultados da avaliação interna (autoavaliação), da avaliação ex-terna e da discussão com a comunidade acadêmica. Consiste primeiramente na produçãode um relatório geral e de um plano de desenvolvimento institucional, incluindo todas asetapas realizadas anteriormente. O objetivo agora é validar os resultados obtidos em cadauma das etapas da avaliação da gestão institucional. Serão gerados relatórios, acompanha-dos de gráficos ilustrativos para apreciação da alta gerência, com a finalidade de procederaos redirecionamentos no planejamento estratégico.

No que se refere ao processo de reavaliação de estratégias e metas, alerta-se para ofato de que deve ser contínuo, para que os planos e os projetos não fiquem defasados comas novas realidades. Por outro lado, deve-se atentar para o fato de que estes ajustes podemafetar e exigir a alteração da visão de futuro, dos objetivos, dos pontos fortes e fracos e dasoportunidades e ameaças em transformação.

7.6. Realimentação

Esta é a etapa que, teoricamente, encerra o programa, mas, na realidade, dá início a umnovo processo de avaliação. Assim sendo, as conclusões finais do processo de avaliaçãoda gestão institucional serão utilizadas tanto para alimentação permanente do processo detomada de decisão, quanto para avaliar e realimentar o próprio processo de avaliação paraa etapa seguinte. Este processo busca, principalmente:• retomar, de forma crítica, todos os aspectos vivenciados pelos grupos;• identificar divergências e convergências relacionadas com o processo e surgidas nos

grupos de discussão;• propor atividades e projetos de melhoria que contemplem as principais metas institucio-

nais previstas no planejamento estratégico da escola;• antever os impactos que cada uma das ações de melhoria poderá ou deverá provocar

no âmbito institucional e da comunidade;• promover discussões necessárias para a avaliação do que foi feito e a superação de di-

vergências, e, ao mesmo tempo, reforçar a cultura da avaliação institucional.Para que produza efeitos de globalidade institucional, esse processo deve ser executado

em cada uma das dimensões avaliadas.

7.7. Difusão

Esta etapa consiste nas seguintes ações:• redação e publicação do relatório final do processo;• celebração interna, com a divulgação dos resultados para a comunidade acadêmica;• envio do relatório para a Secretaria de Educação do Estado e para Núcleo de Educação

Profissional;• envio de cópia para os avaliadores externos (entidades);• publicação dos resultados no jornal comunitário ou reunião da comunidade para uma ex-

posição dos resultados em forma de palestra, acompanhada de evento comemorativo.

8. CRONOGRAMA E METAS

Cronograma de implantação doPrograma de Avaliação da Gestão Institucional

Avaliação Institucional na Educação Profissional 27

Nº AÇÃO TAREFA DURAÇÃO INÍCIO TÉRMINO

1 Divulgação Divulgar o Programa deAvaliação da GestãoInstitucional no âmbitoda escola, seusobjetivos e metas aserem alcançados.

15 dias 1º/8/2005 12/8/2005

2 Eleição Eleger a comissãopermanente deavaliação da gestãoinstitucional, medianteprocesso democrático etransparente.

Elaborar o RegulamentoInterno da ComissãoPermanente deAvaliação da GestãoInstitucional – Copeagi.Definir funções eatribuições do Copeagi.

18 dias

30 dias

15/8/2005

1º/9/2005

31/8/2005

30/9/2005

3 Sensibilização Sensibilizar o corpoinstitucional e acomunidade, por meiode palestras.Realizar encontrossetoriais, mostrando aimportância doprocesso, para que esteseja assumido por todose que a participação noprocesso seja efetiva.

15 dias 3/10/2005 14/10/2005

4 Diagnóstico Diagnosticar a atualsituação das escolaspertencentes ao Núcleode EducaçãoProfissional daSecretaria de Educaçãodo Estado do Tocantins,nas dimensões deensino, pessoas, gestãoe estrutura física.

15 dias 3/10/2005 14/10/2005

Educação Profissional :: Pontos de partida28

Nº AÇÃO TAREFA DURAÇÃO INÍCIO TÉRMINO

5 Plano de Ação Definir o Plano de Açãopara o Programa deAvaliação da GestãoInstitucional, tendocomo base os princípiosnorteadores estabe-lecidos pela Secretariade Educação, porintermédio do Núcleo deEducação Profissional.Analisar e socializar aMissão da Secretaria deEducação e do Núcleopara o ensinoprofissionalizante noestado do Tocantins.

15 dias 17/10/2005 28/10/2005

6 Construção evalidação

Construir os diferentesinstrumentos (avaliaçãoexterna, avaliação interna,alunos, professores,serviços – usuários,serviços – colabora-dores).Validar osinstrumentos deavaliação construídospor uma simulação.

60 dias 1º/9/2005 28/10/2005

7 Aplicação Aplicar os instrumentos,estabelecendo operíodo de início e finaldo processo.Disponibilizar osformulários por viaeletrônica, no site daescola (ou Secretaria deEducação) ou de formafísica (impressa), ouimpressa, para distri-buição pelo responsávelde cada setor.

15 dias 30/10/2005 13/11/2005

8 Tabulação Tabular os dadosobtidos.Proceder ao tratamentoestatístico dosresultados obtidos.Emitir os relatórios comgráficos demonstrativosde cada questãoindividualmente e deforma consolidada.

15 dias 14/11/2005 25/11/2005

Avaliação Institucional na Educação Profissional 29

Nº AÇÃO TAREFA DURAÇÃO INÍCIO TÉRMINO

9 Interpretação Interpretar os resultadosà luz do referencialteórico, agrupando ositens com avaliaçãopositiva, intermediária enegativa, com vistas àtomada de decisãoquanto àimplementação dasações de melhoria.

60 dias 14/11/2005 25/11/2005

10 Publicação Exteriorizar os resul-tados no âmbito da escolae comunidade na qualestá inserida, por meiode publicações ou eventos.Publicar os resultados emforma de relatóriocircunstanciado e emformato de anais doevento.

20 dias 28/11/2005 22/12/2005

11 Programas demelhoria

Promover análise dosresultados por setor,para sugestão de açõesde melhoria em relaçãoaos itens avaliados deforma negativa.Elaborar e implementar,com base nassugestões de cadasetor, programasconsolidados demelhoria, buscandosempre abranger ositens avaliadosnegativamente.

20 dias 28/11/2005 22/12/2005

12 Reavaliação Reavaliar o programacom base nasconstatações feitasdurante todo oprocesso, propondoalterações em benefíciode melhorias para aetapa seguinte.Promover as alteraçõesno programa com vistasa torná-lo mais claro,objetivo e exequível, deforma a atender àsnecessidades daescola.

20 dias 28/11/2005 22/12/2005

Educação Profissional :: Pontos de partida30

9. FLUXOGRAMA

Fluxograma para implantação doPrograma de Avaliação da Gestão Institucional

N.° DESCRIÇÃO SEDUC NÚCLEOPROFISS.

DIREÇÃO COPEAGI SETORES

1 Faz a divulgação do Programa de Avaliaçãoda Gestão Institucional – Copeagi. a a a

2 Coordena o processo de eleição daCopeagi com a participação de todos oscolaboradores.

a

3 Elabora e implementa ações desensibilização da comunidade interna eexterna.

a a

4 Realiza o diagnóstico inicial das escolaspertencentes ao NúcleoProfissionalizante.

a

5 Elabora plano de ação paraimplementação do Programa deAvaliação da Gestão Institucional.

a a

6 Coordena as atividades de construção evalidação dos instrumentos de avaliação. a

7 Coordena as atividades de aplicaçãodos instrumentos de avaliação. a

8 Coordena as atividades de tabulação dosresultados obtidos. a

9 Coordena as atividades de interpretaçãodos resultados obtidos. a a a

10 Providencia a publicação dos resultadosda Avaliação da Gestão Institucional. a a

11 Promove encontros setoriais e de todosos atores envolvidos para elaborarprogramas de melhoria com base nosresultados da avaliação.

a

12 Promover a reavaliação do programacom base nas falhas detectadas e nasnovas diretrizes da Secretaria deEducação.

a a a a a

Avaliação Institucional na Educação Profissional 31

Bibliografia

BARBULHO, E. Excelência na prestação de serviços. São Paulo: Madras, 2001.

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SPANBAUER, S. J. Um sistema de qualidade para a educação: usando técnicas de qua-lidade e produtividade para salvar nossas escolas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.

STERN, G. J. Terceiro setor: ferramenta de auto-avaliação para empresas. São Paulo:Futura, 2001.

WEISS, D. H. Organizando uma verdadeira equipe. São Paulo: Nobel, 1994.

Avaliação Institucional na Educação Profissional 33

Anexos

Educação Profissional::Pontos de partida34

ANEXO I

Formulários do diagnóstico institucional

Avaliação Institucional na Educação Profissional35

Educação Profissional::Pontos de partida36

Avaliação Institucional na Educação Profissional37

Educação Profissional::Pontos de partida38

Avaliação Institucional na Educação Profissional39

Educação Profissional::Pontos de partida40

Avaliação Institucional na Educação Profissional41

Educação Profissional::Pontos de partida42

Avaliação Institucional na Educação Profissional43

Educação Profissional::Pontos de partida44

Avaliação Institucional na Educação Profissional 45

Educação Profissional :: Pontos de partida46

Avaliação Institucional na Educação Profissional 47

Educação Profissional :: Pontos de partida48

Avaliação Institucional na Educação Profissional49

ANEXO II

Instrumentos de avaliação

Educação Profissional::Pontos de partida50

Avaliação Institucional na Educação Profissional51

Educação Profissional::Pontos de partida52

Avaliação Institucional na Educação Profissional53

Educação Profissional::Pontos de partida54

Avaliação Institucional na Educação Profissional55

Educação Profissional::Pontos de partida56

Avaliação Institucional na Educação Profissional57

Educação Profissional :: Pontos de partida58

ANEXO IIIPrograma de capacitação22 e 23 de agosto de 2005

1. Objeto do ProgramaRealização de oficina para capacitação de gestores das escolas profissionalizantes do

estado do Tocantins, para construção de instrumentos de avaliação, aplicação dos instru-mentos de avaliação, elaboração e implementação de programas de melhoria.

2. A ideia da oficina de capacitaçãoDefine-se a ideia de oficina na medida em que esta é um lugar onde se exerce um ofício,

onde se verificam transformações e se promovem ajustes; isto é, a ideia de oficina rela-ciona-se mais diretamente à noção de trabalho, de ofício, de atividade concreta, em conso-nância com o que representa o trabalho diário de cada participante dentro de sua escola.

3 Contexto e justificativas da propostaA oficina de capacitação será realizada, tendo como foco principal o ser humano no con-

texto de atuação da escola e justificando-se pelos seguintes pensamentos:O sucesso do processo de avaliação da gestão institucional depende, em grande parte,

da habilidade e da capacidade técnica das equipes eleitas pelos pares, que irão atuar juntoaos colaboradores internos e à comunidade na qual a escola está inserida. Ao ser eleito oComitê Permanente de Avaliação da Gestão Institucional, com a consequente oficialização,este assume papel de destaque na estratégia de implementação do programa.

Para a implementação e o desenvolvimento do Programa de Avaliação da Gestão Insti-tucional, é necessário que todos os profissionais estejam sensibilizados e demonstrem en-volvimento e compromisso. Os colaboradores precisam ter a clareza de que o programa éuma ferramenta para o crescimento e o desenvolvimento da escola e para a melhor e maiseficiente prestação de serviços à comunidade. Não existe desenvolvimento sem investi-mento no capital humano e social, sem capacitação dos atores envolvidos no processo.

O processo de capacitação é entendido como um “processo educativo organizado”, detroca e produção de conhecimentos, dirigido para o trabalho específico de implantação doPrograma de Avaliação da Gestão Institucional. O objetivo último é o aprendizado e a auto-nomia das escolas e de seus colaboradores em seu fazer diário, em prol de melhorias deprocessos internos e eficiência no atendimento ao aluno e comunidade.

Avaliação Institucional na Educação Profissional 59

4 Metodologia da oficina-capacitaçãoA oficina de capacitação para a implantação do Programa de Avaliação da Gestão Insti-

tucional em referência buscará apoiar a instrumentalização dos gestores das escolas pro-fissionalizantes do estado do Tocantins, para que possam executar adequadamente asações previstas em cada uma das etapas. Mais especificamente, a metodologia a ser ado-tada quer proporcionar que os participantes:

• reflitam e discutam sobre a sua prática como gestores de estabelecimentos públicos deensino;

• percebam a grande importância do constante processo de avaliação e a aquisição dacultura de avaliar e ser avaliado;

• concluam, por meio de estudos teóricos e atividades práticas, o que significa avaliar agestão de uma escola, suas implicações de ordem pessoal e organizacional;

• possam discernir, entre as várias metodologias, qual delas mais se adapta à realidadeda escola, sem adotar modelos prontos que venham deturpar o resultado;

• possam refletir sobre estratégias de sensibilização dos colaboradores e discuti-las; • percebam as diferentes etapas do programa, principalmente em termos de implantação

de programas de melhoria que venham sanar problemas detectados durante o processode avaliação;

• adquiram habilidades específicas para realizar trabalhos práticos, de reestruturação demecanismos de diagnóstico e avaliação, antecipando a vivência que terão dentro das es-colas;

• entendam, em suma, que o Programa de Avaliação da Gestão Institucional não é um me-canismo de punição, mas de melhoria dos processos de gestão.

5 Resultados esperadosA estratégia pedagógica está estruturada sobre a prática, mais especificamente sobre a

máxima de Comenius, segundo a qual “aprende-se a fazer, fazendo”. Trata-se de aprendi-zagem ativa, em que as informações e os conteúdos conceituais e metodológicos se origi-nam na realidade concreta da prática e das expectativas dos participantes e das escolas,nas quais exercem suas funções. Assim, todas as ações da capacitação terão como alvos:

A busca da mudança comportamental dos participantes, que deverão assumir uma novavisão ou dar continuidade à postura pró-ativa no trabalho junto às escolas e às equipes deseus colaboradores. Busca-se a formação de um grupo de pessoas que, ao compartilharemobjetivos, missão, visão, valores e metodologias de avaliação institucional, assumem a res-ponsabilidade de serem agentes de transformação nos seus espaços de atuação.

A formação de uma visão apurada em relação à necessidade de implantação do pro-grama, no intuito de detectar situações vistas como carentes de intervenção e gerar mu-danças e melhorias nos processos institucionais.

A conscientização de que a excelência no serviço prestado é compromisso da escola eque, com a adoção do programa, serão abertas grandes possibilidades de superação indi-vidual e coletiva de limitações.

6 Carga horária e certificaçãoA oficina de capacitação terá uma carga horária total de 17 (dezessete) horas, desenvol-

vidas nos dias 22 e 23 de agosto de 2005, obedecendo aos seguintes horários: manhã: das8h às 12h; tarde: das 14h às 18h 30min.

Será expedido certificado aos participantes, com carga horária de dezessete horas, sendoo conteúdo desenvolvido relacionado e assinado pelo facilitador e pela Secretária da Edu-cação do estado do Tocantins.

7 Programa da capacitaçãoO programa seguirá a sequência prevista no Manual de Avaliação da Gestão Institucional.

Precederá os trabalhos específicos sobre avaliação institucional uma apresentação sobreplanejamento estratégico, visto como elemento necessário, que dará subsídios para a im-plantação do programa.

Educação Profissional :: Pontos de partida60

ANEXO IRoteiro da capacitaçãoPrograma de Avaliação da Gestão InstitucionalRoteiro da capacitação

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Educação Profissional :: Pontos de partida62

ANEXO IIPlanilha de tabulação dos resultadosda avaliação do evento

Avaliação Institucional na Educação Profissional 63

Educação Profissional :: Pontos de partida64

Avaliação Institucional na Educação Profissional 65

Educação Profissional :: Pontos de partida66

Avaliação Institucional na Educação Profissional 67

Educação Profissional :: Pontos de partida68