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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA EFICÁCIA DA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS DE INDÚSTRIA PRODUTORA DE CANDIES, LOCALIZADA NA CIDADE DE LAJEADO RS Charles Espich Lajeado, dezembro de 2014

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA EFICÁCIA DA LIMPEZA DE

EQUIPAMENTOS DE INDÚSTRIA PRODUTORA DE CANDIES,

LOCALIZADA NA CIDADE DE LAJEADO – RS

Charles Espich

Lajeado, dezembro de 2014

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Charles Espich

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA EFICÁCIA DA LIMPEZA DE

EQUIPAMENTOS DE INDÚSTRIA PRODUTORA DE CANDIES,

LOCALIZADA NA CIDADE DE LAJEADO – RS

Monografia apresentada na disciplina de

Trabalho Conclusão de Curso, do Curso de

Química Industrial - Bacharelado, do Centro

Universitário Univates, como exigência para

a obtenção do título de Bacharel em Química

Industrial.

Orientadora: Profa. Ma. Rosângela Uhrig

Salvatori

Coorientador Empresa: André Zeni

Lajeado, dezembro de 2014

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AGRADECIMENTOS

Ao término deste trabalho gostaria de prestar meu sincero agradecimento a

todas as pessoas que de alguma maneira se fizeram presentes nesta caminhada,

contribuindo com idéias, sugestões ou simplesmente na confiança depositada em

mim e no apoio prestado.

Agradeço imensamente a minha orientadora Rosângela Uhrig Salvatori e ao

meu orientador André Zeni, pela atenção desprendida para corrigir meu trabalho

sempre com prazo justíssimo,

Aos meus pais dedico um muito obrigado, afinal sem eles eu não estaria aqui

concluindo a graduação, eles que sempre me ajudaram, incentivaram e

principalmente me educaram, Pai e Mãe amo vocês.

Um agradecimento especial a minha esposa Cristiane, mulher fantástica,

companheira, compreensiva realmente uma parceira que me ajudou muito, minha

caminhada até aqui seria muito mais árdua sem esta pessoa ao meu lado, obrigado

pela força, te amo.

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RESUMO

A cada dia a busca pela qualidade vem se tornando um fator mais relevante para consumidores. Um dos parâmetros de qualidade mais básicos e um dos mais importantes é a qualidade microbiológica dos alimentos. Ao encontro disso, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar as condições microbiológicas de superfícies de uma indústria doceira da cidade de Lajeado – RS, através de análises de suabe de superfície. Essas análises são de grande importância para prevenir contaminações cruzadas no produto final, e todas elas foram realizadas antes das limpeza e após a limpeza, desta forma avaliando-se a eficácia dos procedimentos de PPHO Procedimentos Padrões de Higienização Pré-operacional. Analisaram-se a presença de microrganismos mesófilos aeróbios, ou seja a população microbiana total e análise de coliformes totais e termotolerantes. Estas análises foram realizadas todas em laboratórios do Centro Universitário UNIVATES. Os resultados obtidos foram satisfatórios, tanto para mesófilos aeróbios como para coliformes totais e termotolerantes, apresentando ausência em todas as análises de coliformes e os resultados de mesófilos aeróbios apresentaram resultados dentro dos estabelecidos por padrões internacionais. Com base nos dados experimentados laboratorialmente percebe-se que o processo avaliado tem um grau de segurança bem confiável, apresentando pouquíssimos indícios de formação de colônias microbiológicas e os procedimentos de PPHO são eficientes na remoção de possíveis contaminações. Palavras-chave: PPHO. Análises Microbiológicas. Mesófilos Aeróbios. Coliformes.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Demonstrativo do volume de balas, confeitos, gomas de mascar e derivados, produzidos, consumidos, importados e exportados no Brasil .................. 11 Gráfico 2 – Resultados de Contagem Total de Microorganismos ............................. 26

Gráfico 3 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de Coleta 01 .............................................................................................................................. 27 Gráfico 4 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de Coleta 02 .............................................................................................................................. 27

Gráfico 5 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de Coleta 03 .............................................................................................................................. 28

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Identificação das amostras para coleta .................................................. 18

Quadro 2 – Identificação das placas de Petri para Contagem Total de Microorganismos ....................................................................................................... 20 Quadro 3 – Identificação das placas de Petri para análise de Coliformes ................ 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resultados das análises para os três pontos de coleta........................... 25

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 10

2.1 Candies .............................................................................................................. 10 2.2 Boas Práticas de Fabricação ............................................................................ 11 2.2.1 Legislações Gerais de Boas Práticas de Fabricação .................................. 12

2.3 Procedimentos Padrões de Higienização Pré-operacional – PPHO ............. 12 2.4 Controles Microbiológicos ............................................................................... 13

2.4.1 Teste do Suabe ............................................................................................... 13 2.4.2 Microrganismos Aeróbios Mesófilos ............................................................ 13

2.4.3 Coliformes ....................................................................................................... 14 2.4.3.1 Coliformes Totais ........................................................................................ 14

2.4.3.2 Coliformes Termotolerantes ....................................................................... 14 3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 16 3.1 Procedimentos de Limpeza dos Equipamentos ............................................. 16

3.1.1 Ponto de coleta 1 ............................................................................................ 16 3.1.2 Ponto de coleta 2 ............................................................................................ 17 3.1.3 Ponto de coleta 3 ............................................................................................ 17 3.2 Amostragem ...................................................................................................... 18

3.2.1 Procedimento para coleta das amostras ...................................................... 18 3.2.2 Material ............................................................................................................ 19 3.2.2.1 Procedimento .............................................................................................. 19 3.3 Análises .............................................................................................................. 19

3.3.1 Contagem Total de Microorganismos .......................................................... 19 3.3.1.1 Reagentes e Materiais ................................................................................. 19 3.3.1.2 Equipamentos .............................................................................................. 20

3.3.1.3 Procedimentos ............................................................................................ 20 3.3.1.3.1 Inoculação, incubação e leitura de colônias .......................................... 20 3.3.2 Contagem de Coliformes Fecais e Termotolerantes ................................... 21 3.3.2.1 Reagentes e Materiais ................................................................................. 21 3.3.2.2 Equipamentos .............................................................................................. 21

3.3.2.3 Procedimentos ............................................................................................ 21 3.3.2.3.1 Prova presuntiva ...................................................................................... 21 3.3.2.3.2 Prova Confirmativa para Coliformes Totais ........................................... 22

3.3.2.3.3 Prova Confirmativa para Coliformes Termotolerantes ......................... 23

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 24 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 29 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 30

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1 INTRODUÇÃO

De acordo com a Resolução 265 do Ministério da Saúde bala é o produto

constituído por açúcar e ou outros ingredientes. Pode apresentar recheio, cobertura,

formato e consistência variados. Incluem-se, nesta definição, os produtos similares a

balas (BRASIL, 2005).

Estima-se que as primeiras balas foram produzidas e consumidas no Brasil

por volta do século IXX. De acordo com depoimento de Oswaldo Falchero,

presidente da Pan, essas balas eram geralmente produzidas em pequenas salas,

“fábricas de quintal”. Elas eram, então, vendidas a granel e apresentadas num pote

de vidro (ABICAB, 2013).

Atualmente este cenário mudou bastante e a indústria brasileira de balas tem

se desenvolvido continuamente, alcançando, além de um padrão internacional de

qualidade, a terceira posição no ranking mundial de produção, ficando atrás apenas

dos Estados Unidos e da Alemanha (ABICAB, 2013).

A indústria de doces atinge os mais diversos públicos, porém, tem seu ápice

de consumo na faixa etária infantil. Por se tratar de um alimento pronto para o

consumo, não sendo necessário nenhum tipo de manipulação pelo consumidor, o

cuidado com os parâmetros microbiológicos torna-se primordial.

A higiene dos alimentos é muito importante para garantir a segurança

alimentar e sanidade do alimento em todas as etapas de produção. Já existem

vários casos de surtos de doenças de origem alimentar devido á falta de

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higienização dos equipamentos e ambientes que processam alimentos.

A busca incondicional pela qualidade alimentícia tem projetado vários estudos

ligados a qualidade e controles de processos. O trabalho proposto buscou fazer uma

avaliação da eficácia da limpeza de equipamentos produtivos do setor de pastilhas

em uma empresa de candies, localizada na cidade de Lajeado – RS, através de

análises microbiológicas de superfícies de equipamentos que tem contato direto com

o produto.

Desta forma, buscou-se validar os Procedimentos Padrões de Higienização

Pré-Operacional (PPHO) adotados pela empresa, bem como sua efetividade,

verificando a eficiência na remoção de microrganismos, com o objetivo de evitar

qualquer tipo de contaminação cruzada oriunda dos equipamentos.

Para a concretização do trabalho proposto, foram realizadas análises

microbiológicas por suabe de superfície para Contagem total de microrganismos,

Coliformes totais e Coliformes termotolerantes. Foram coletadas um total de seis

amostras pré e pós limpeza, em três etapas de grande importância no processo,

sendo as amostras analisadas em triplicata.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Candies

Conforme definição da RDC nº 265, de 22 de setembro de 2005, da ANVISA,

“bala é o produto constituído por açúcar e ou outros ingredientes. Pode apresentar

recheio, cobertura, formato e consistência variados” (BRASIL, 2005, p. 2).

No setor de candies o Brasil é auto-sustentável, sendo necessária a

importação apenas por quesitos seletivos, como algum formato, aroma, corante,

diferente dos nacionais. Hoje o país se encontra em uma situação que não faltam

doces para atender os atacados, bem pelo contrário o Brasil produz candies

necessários pra suprir todo o consumo nacional e ainda sobra um bom percentual

para destinar a exportação, conforme pode se observar no Gráfico 01 desenvolvido

pela Associação Brasileira da Indústria de chocolates, cacau, amendoim, balas e

derivados (ABICAB, 2013).

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Gráfico 1 – Demonstrativo do volume de balas, confeitos, gomas de mascar e

derivados, produzidos, consumidos, importados e exportados no Brasil

Fonte: Uhy Moreira – Auditores / Elaborado pelo setor de Economia e Estatística ABICAB-SICAB

2.2 Boas Práticas de Fabricação

As Boas Práticas de Fabricação (BPF) podem ser definidas como um

conjunto de medidas que as indústrias do setor de alimentação devem incorporar, a

fim de garantir a qualidade sanitária e a inocuidade dos produtos elaborados por

elas. A legislação sanitária federal regulamenta estas normas de uma forma genérica

para todas as empresas de alimentos, especificando aspectos característicos de

alguns segmentos, através de legislações direcionadas (BRASIL, 2002).

O Manual de Boas Práticas objetiva descrever as operações realizadas pelo

estabelecimento, incluindo os requisitos higiênicos sanitários dos edifícios, a

manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o

controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas

urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos

manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do

alimento preparado (BRASIL, 1997).

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2.2.1 Legislações Gerais de Boas Práticas de Fabricação

- Portaria nº 1.428, de 26 de novembro de 1993, Ministério da Saúde Precursora na regulamentação das Boas Práticas de Fabricação apresenta diretrizes gerais para o cumprimento de Boas Práticas de Fabricação para serviços na área de alimentos (BRASIL, 1993, p. 1). - Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997 Foi baseada no Código Internacional Recomendado de Práticas: Princípios Gerais de Higiene dos Alimentos CAC/VOL. A, Ed. 2 (1985), do Codex Alimentarius. Esta Portaria estabelece os requisitos gerais sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos (BRASIL, 1997, p. 1). - Resolução – RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos (BRASIL, 2002, p. 1).

2.3 Procedimentos Padrões de Higienização Pré-operacional – PPHO

São os procedimentos que devem ser implantados e monitorados nos

estabelecimentos industriais para evitar a contaminação direta ou cruzada,

preservando a qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois

das operações industriais. A implantação destes procedimentos visa prevenir a

contaminação dos produtos via superfícies de equipamentos, utensílios,

instrumentos dos manipuladores. A contaminação pode ser física e biológica podem

ser causadas pela falta de limpeza e a contaminação química pode ser causada pelo

uso incorreto de agentes químicos empregados (OLIVO, 2006, p. 470).

Conforme disposto na Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 do

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, designa-se de limpeza a

eliminação de terra, restos de alimentos, pó ou outras matérias indesejáveis.

Quando se fala em desinfecção, utilizam-se agentes químicos ou métodos físicos,

visando a redução do número de microrganismos nas instalações, equipamentos e

utensílios, a um nível que impeça a contaminação dos alimentos elaborados. A

frequência com que os equipamentos deverão ser limpos deve ser definida com uma

periodicidade adequada e que atenda os parâmetros propostos, ou sempre que as

circunstâncias exijam, em causas eventuais. O pessoal responsável pela limpeza

deve ter pleno conhecimento da importância das contaminações e dos riscos que

causam, devendo estar bem capacitados em técnicas de limpeza (BRASIL, 1997).

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2.4 Controles Microbiológicos

2.4.1 Teste do Suabe

É o método mais antigo utilizado para avaliação das condições

microbiológicas ambientais, desenvolvido em 1917 por Manheimer e Ybanez é hoje

considerado pela APHA como uma metodologia padrão de análise microbiológica.

Andrade (2008, p. 335) elucida a técnica de suabe, a qual consiste em:

Definir uma área a ser analisada, delimitando-a com o auxílio de um molde esterilizado, e então o suabe previamente umedecido em solução diluente apropriada é posicionado com uma inclinação de aproximadamente 30° sobre a superfície fazendo movimentos circulares com pressão constante. Após a haste do suabe deve ser quebrada antes de se mergulhar o material amostrado, para posterior análise do diluente por plaqueamento de alíquotas em meio de cultura apropriadas.

2.4.2 Microrganismos Aeróbios Mesófilos

De acordo com Silva (2007, p. 89) os microrganismos aeróbios mesófilos

constituem um indicador geral de populações bacterianas, não ocorrendo

diferenciação nos tipos de bactérias, e tendo por objetivo a obtenção de informações

gerais sobre a qualidade de produtos, práticas de manufaturas, matérias-primas

utilizadas, condições de processamento, manipulação e vida de prateleira.

Existem várias condições em que é conveniente quantificar a população

microbiana de uma determinada amostra. É comum determinar a população

sobrevivente a tratamentos físicos e químicos em práticas higiênico-sanitárias. A

quantificação da população de microrganismos é de grande utilidade na

determinação da qualidade microbiológica de amostras ou equipamentos e utensílios

(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, 2014).

O método de contagem de microrganismos em placas parte do princípio de que cada célula microbiana presente em uma amostra irá formar, quando fixada em um meio de cultura sólido adequado, uma colônia visível e isolada, desta forma se tornando um método bem genérico para contagens de microrganismos (SILVA, 2007, p. 90).

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2.4.3 Coliformes

O grupo dos coliformes é composto por bactérias da família

Enterobacteriaceae, com a característica de fermentar a lactose com a produção de

gás, em períodos de incubação de 48 horas a 35-37 °C, fazendo parte deste grupo

os gêneros Escherichia, Enterobacter, Citrobacter e Klebsiella (FRANCO;

LANDGRAF, 2005).

A presença de coliformes é utilizada como indicadora das condições de

higiene dos processos de fabricação, já que normalmente não sobrevivem aos

sanitizantes, podendo colonizar vários nichos das plantas de processamento,

quando a sanitização é falha (SILVA, 2007).

2.4.3.1 Coliformes Totais

Este grupo que conta com cerca de 20 espécies inclui bactérias na forma de bastonetes Gram negativos, não esporogênicos, aeróbios facultativos, tendo a característica de fermentar a lactose formando gás, em 24 a 48 horas a 35°C. Estas bactérias podem ser originárias do trato gastrointestinal de humanos e outros animais de sangue quente, ou ainda gêneros e espécies de bactérias não entéricas (SILVA, 2007, p. 119).

Os gêneros Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella podem ser encontrados nas

fezes ou em outros ambientes como vegetais e solos, onde sobrevivem por um

tempo superior ao de bactérias patogênicas originárias do trato intestinal. Assim, a

presença de coliformes totais no alimento ou equipamentos de processamento de

alimentos, pode não evidenciar a presença de patógenos (FRANCO; LANDGRAF,

2005).

2.4.3.2 Coliformes Termotolerantes

Tem definição similar aos coliformes totais, porém fermentam a lactose em

24h a 44,5 e 45°C, formando gás. O grupo de coliformes fecais inclui pelo menos

três gêneros, Escherichia, Enterobacter e Klebsiella, onde apenas a E.coli é

proveniente do trato intestinal. (SILVA, 2007).

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O termo coliformes fecais foi utilizado até pouco tempo para se referir aos

coliformes que fermentavam a lactose com produção de gás a 44,5 ºC. Escherichia

coli e algumas cepas de Klebsiella e Enterobacter apresentam esta característica de

termotolerância, porém, somente Escherichia coli tem como habitat primário o

intestino humano e de animais de sangue quente (SILVA; CAVALLI; OLIVEIRA,

2006).

“A determinação da presença de coliformes fecais nos alimentos fornece, com

maior segurança, informações sobre as condições sanitárias do produto e indicação

da possível presença de patógenos” (FRANCO; LANDGRAF, 2005, p 28).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho fundamentou-se na verificação das condições microbiológicas das

superfícies de equipamentos que têm contato direto com o produto durante o

processamento, sendo que foram coletadas, nove amostras de suabe de superfície,

todas foram analisadas quantitativamente para microrganismos totais e coliformes

totais e termotolerantes. A coleta das amostras e análise das mesmas ocorreram no

mês de outubro de 2014, sendo que foram analisadas no laboratório de

microbiologia do Centro Universitário UNIVATES.

3.1 Procedimentos de Limpeza dos Equipamentos

Todos os equipamentos fabris são limpos mensalmente, sendo que alguns em

específico sofrem limpezas diárias de peças e estruturas críticas para o processo.

3.1.1 Ponto de coleta 1

Este ponto foi definido por se tratar de um equipamento crítico no processo,

sendo que praticamente toda a produção da linha se origina desta etapa. Logo se

nele estiver concentrada alguma contaminação a mesma facilmente se propagaria a

linha de produção, além disso esse equipamento apresenta condições bem

favoráveis a formação de microorganismos, apesar de ser um equipamento todo em

aço inoxidável, o mesmo trabalha com uma solução de água aquecida a

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aproximadamente 50 °C, juntamente com um componente similar a amido, o que

pode ser considerado um meio de cultura propício a proliferação microbiana.

Este equipamento passa por um processo de limpeza semanal, com adição

de água aquecida para facilitar a remoção dos resíduos, detergente neutro e

posteriormente processo mecânico de esfrega, por fim se realiza enxágüe para

remoção total de químicos.

3.1.2 Ponto de coleta 2

Este ponto é de igual importância ao ponto 1 no processo produtivo, sendo

que ambos os equipamentos estão interligados e um depende do outro para seu

correto funcionamento. Uma diferença é que este equipamento recebe a matéria

prima processada no equipamento 1 por transporte pneumático, e ainda recebe

grandes cargas de açúcar, o que de certa maneira inibe a formação microbiana por

desidratação.

Este equipamento igualmente ao ponto supracitado passa por uma limpeza

com água aquecida e detergente semanalmente, passando também por limpezas

periódicas a seco, removendo apenas retrabalhos de processo com auxílio de

ferramentas inoxidáveis.

3.1.3 Ponto de coleta 3

Este último ponto foi definido por se tratar do equipamento de saída do setor,

ou seja, depois que o produto passa por este equipamento segue para o setor

seguinte onde receberá a embalagem primária.

O equipamento em questão passa por limpezas periódicas por períodos de

tempo, aproximadamente 8 horas, bem como limpezas semanais e mensais.

As limpezas periódicas acontecem com auxílio de álcool 92,8°, óleo vegetal e

ação mecânica com escovas de nylon que visam limpar as estruturas da máquina

que tem contato direto com o produto, servindo também como um momento de

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garantia da lubrificação do equipamento.

Quinzenalmente ou mensalmente ocorrem as limpezas de todo o

equipamento, onde ele é aberto e exposto, recebendo ação mecânica de esfrega e

ação química de detergente neutro, para remoção de sujidades de graxa ou resíduos

de produto. Concluída esta limpeza todos equipamentos passam por limpeza e

lubrificação com álcool e óleo vegetal.

3.2 Amostragem

As coletas foram realizadas sem qualquer interferência no processo produtivo

da empresa.

Foram definidos três pontos críticos do processo, e destes foram coletadas

amostras antes e após a limpeza, totalizando seis amostras para contagem total e

seis amostras para coliformes, todas amostras foram identificadas previamente a

coleta conforme elucida o Quadro 1.

Quadro 1 – Identificação das amostras para coleta

PONTO COLETA 1 PONTO COLETA 2 PONTO COLETA 3

CONTAGEM

TOTAL

ANTES DA LIMPEZA TA1 TA2 TA3

DEPOIS DA

LIMPEZA TD1 TD2 TD3

COLIFORMES

ANTES DA LIMPEZA CA1 CA2 CA3

DEPOIS DA

LIMPEZA CD1 CD2 CD3

Fonte: elaborado pelo autor.

3.2.1 Procedimento para coleta das amostras

Os procedimentos para coleta das amostras foram realizados respeitando as

instruções da APHA - American Public Health Association. Compendium of Methods

for the Microbiological Examination of Foods (APHA, 2001).

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3.2.2 Material

- Tubos contendo solução salina peptonada 0,1%;

- Suabes devidamente lacrados;

- Caixa isotérmica;

- Gelo reciclável.

3.2.2.1 Procedimento

Os tubos foram identificados com caneta específica, conforme supracitado no

Quadro 1.

No momento da coleta o suabe foi retirado da embalagem, sendo manipulado

apenas pela extremidade superior, a qual foi descartada posteriormente a coleta. O

Suabe foi passado numa área de 10 cm x 10 cm, sendo friccionado na superfície

amostrada com uma angulação de 45° aproximadamente, após o mesmo foi

colocado junto ao tubo contendo a solução salina peptonada 0,1%, quebrando a

haste onde ouve contato com a mão. Isto se faz para evitar qualquer contaminação

cruzada. Para finalizar a coleta os tubos foram fechados e voltaram para a caixa

isotérmica.

Todos os tubos contendo a solução salina peptonada 0,1% foram mantidos o

tempo todo sob refrigeração com auxílio de gelo reciclável e caixa isotérmica, sendo

retirados momentaneamente apenas para a coleta.

3.3 Análises

3.3.1 Contagem Total de Microorganismos

3.3.1.1 Reagentes e Materiais

- Vidrarias e demais insumos básicos obrigatórios em laboratórios de

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microbiologia de alimentos;

- Agar padrão para contagem – Plate Count Agar (PCA);

- Solução salina peptonada 0,1%.

3.3.1.2 Equipamentos

- Equipamentos básicos obrigatórios em laboratórios de microbiologia de

alimentos.

- Banho-maria com movimentação de água (agitação ou circulação).

3.3.1.3 Procedimentos

3.3.1.3.1 Inoculação, incubação e leitura de colônias

Partiu-se da diluição 100, foi inoculado 1 mL de cada amostra em placas de

Petri esterilizadas, todas as amostras foram inoculadas em triplicata, sendo

identificadas conforme o Quadro 2.

Quadro 2 – Identificação das placas de Petri para Contagem Total de

Microorganismos

PONTO

COLETA 1

PONTO

COLETA 2

PONTO

COLETA 3

CONTAGEM TOTAL

DE

MICROORGANISMOS

ANTES DA

LIMPEZA

TA11

TA12

TA13

TA21

TA22

TA23

TA31

TA32

TA33

DEPOIS DA

LIMPEZA

TD11

TD12

TD13

TD21

TD22

TD23

TD31

TD32

TD33

Fonte: elaborado pelo autor.

As placas de Petri foi adicionado cerca de 15 a 20 mL de PCA fundido e

mantido em banho-maria a 46 – 48 °C, o ágar e o inóculo foram devidamente

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homogeneizados. Deixou-se solidificar em superfície plana.

As placas foram incubadas invertidas a 36 ± 1 °C por 48 horas.

Passadas às 48 horas foi realizada a contagem das colônias com auxílio de

um contador de colônias.

3.3.2 Contagem de Coliformes Fecais e Termotolerantes

3.3.2.1 Reagentes e Materiais

- Vidrarias e demais insumos básicos obrigatórios em laboratórios de

microbiologia de alimentos;

- Ágar cristal violeta vermelho neutro (VRBA);

- Caldo verde brilhante bile 2% lactose;

- Caldo EC;

- Solução salina peptonada 0,1%.

3.3.2.2 Equipamentos

- Equipamentos básicos obrigatórios em laboratórios de microbiologia de

alimentos.

- Banho-maria com movimentação de água (agitação ou circulação).

3.3.2.3 Procedimentos

3.3.2.3.1 Prova presuntiva

Partiu-se da diluição 100, foi Inoculado 1 mL de cada amostra em placas de

Petri esterilizadas, todas as seis amostras foram inoculadas em triplicata, sendo

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identificadas conforme o Quadro 3.

Quadro 3 – Identificação das placas de Petri para análise de Coliformes

PONTO COLETA 1 PONTO COLETA 2 PONTO COLETA 3

COLIFORMES

ANTES DA LIMPEZA

CA11

CA12

CA13

CA21

CA22

CA23

CA31

CA32

CA33

DEPOIS DA

LIMPEZA

CD11

CD12

CD13

CD21

CD22

CD23

CD31

CD32

CD33

Fonte: elaborado pelo autor.

A cada uma das placas foi adicionado cerca de 15 mL de Ágar cristal violeta

vermelho neutro (VRBA) previamente fundido e mantido a 46°C – 48ºC em banho-

maria. Foi realizada a homogeneização e deixado em repouso até total solidificação

do meio, então foi adicionada uma sobrecamada de cerca de 10mL de VRBA

previamente fundido e mantido a 46ºC - 48°C em banho-maria.

Após completa solidificação do meio, as placas foram incubadas em posição

invertida em temperatura de 36 ± 1°C por 18 a 24 horas.

Passado o período de incubação foi realizada com auxílio de um contador de

colônias, a leitura das placas observando-se as colônias no que diz respeito a

morfologia típica dos coliformes, como coloração rósea e com 0,5 a 2 mm de

diâmetro, ou não.

Dando andamento nas análises submeteu-se 3 colônias, de cada uma das

placas com resultado positivo às provas confirmativas.

3.3.2.3.2 Prova Confirmativa para Coliformes Totais

A confirmação da presença de coliformes totais é feita por meio da inoculação das colônias suspeitas em caldo verde brilhante bile 2% lactose e posterior incubação a 36 ± 1 ºC. Se ocorrer a fermentação da lactose presente no meio, se percebe a formação de gás nos tubos de Durhan. O caldo verde brilhante bile 2% lactose apresenta em sua composição dois componentes responsáveis pela inibição de microrganismos Gram positivos.

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São a bile bovina e um corante derivado do trifenilmetano (BRASIL, 2003, p. 15).

Foram Inoculadas 3 colônias em tubos contendo caldo verde brilhante bile 2%

lactose, estes permaneceram incubados 36 ± 1 °C por 24 a 48 horas.

Passado o período de incubação, faz-se a leitura dos tubos. A presença de

coliformes totais é confirmada pela formação de gás no tubo de Durhan ou

efervescência quando agitado gentilmente.

3.3.2.3.3 Prova Confirmativa para Coliformes Termotolerantes

A partir das amostras positivas para coliformes totais, inocula-se uma alçadas

para tubos contendo caldo EC, com tubos de Durhan.

Inoculando as colônias suspeitas em caldo EC e posterior incubação em

temperatura seletiva de 45 ± 0,2 ºC, se obtém a confirmação da presença de

coliformes termotolerantes.

Novamente a presença de gás nos tubos de Durhan evidencia a fermentação

da lactose presente no meio.

O caldo EC apresenta em sua composição uma mistura de fosfatos que lhe

confere um poder tamponante impedindo a sua acidificação. A seletividade é devido

a presença de sais biliares responsáveis pela inibição de microrganismos Gram

positivos (BRASIL, 2003).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conclusas as análises e tendo em vista a ausência de um padrão nacional

para ambos os parâmetros analisados em suabes de superfície, os resultados

obtidos foram avaliados considerando para contagem total de microrganismos, os

padrões internacionais da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e

Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme listados abaixo:

- OPAS: 50UFC/cm2 (5000UFC/100cm²)

- OMS: 50UFC/cm2 (5000UFC/100cm²)

Onde supracitado UFC entende-se Unidades Formadoras de Colônia.

Os padrões utilizados para Coliformes Totais e Termotolerantes, foram

baseados nos estabelecidos por Tondo e Bartz (2013) que consideram a ausência

de coliformes totais e termotolerantes em equipamentos limpos.

Os resultados obtidos estão expressos na Tabela 1.

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Tabela 1 – Resultados das análises para os três pontos de coleta

PONTO COLETA 1 PONTO COLETA 2 PONTO COLETA 3

CONTAGEM

TOTAL

ANTES DA

LIMPEZA 2,5 x 10¹ 4,8 x 10¹ 1,8 x 10¹

DEPOIS DA

LIMPEZA <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0

COLIFORMES

ANTES DA

LIMPEZA <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0

DEPOIS DA

LIMPEZA <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0 <1,0 x 10

0

*Resultados expressos em UFC/100cm²

Fonte: elaborado pelo autor.

O resultado para contagem total foi satisfatório, tendo apresentado presença

de microrganismos apenas nas três amostras antes da limpeza, todas as placas pós

limpeza não apresentaram formação de colônias, o que numa primeira avaliação

aparenta ter grande eficiência na limpeza dos equipamentos, tendo em vista que o

um resultado de ausência é muito bom e estaria dentro de padrões internacionais

conforme Tondo e Bartz (2013).

Um fator de grande relevância nesta avaliação é a condição dos

equipamentos que foram higienizados, todos estavam cercados de resíduos de

açúcar, e o próprio açúcar é considerado um conservante, tendo em vista que em

ambientes com alta concentração de açúcares (até 60-65%) funcionam como um

inibidor de bactérias, onde as bactérias morrem rapidamente por desidratação

(URANI, 2013).

Outro fator muito importante é a atividade de água, que é essencial na conservação

de alimentos. Os microrganismos necessitam de água para seu crescimento e

metabolismo (NETO, 1976).

Os resultados de Contagem Total de Microrganismos estão expressos no

Gráfico 2.

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Gráfico 2 – Resultados de Contagem Total de Microorganismos

Fonte: elaborado pelo autor.

Sendo que 0 representado no gráfico corresponde ao resultado <1,0 x 100.

Avaliando os resultados de coliformes fecais e termotolerantes, pode-se

observar que nos testes confirmativos, não houve confirmação de contaminação,

corroborando com os parâmetros indicativos de Tondo e Bartz (2013).

Apesar dos resultados finais terem ficado abaixo do limite máximo

estabelecido por Tondo e Bartz (2013) para coliformes, pode-se observar nos

Gráficos 03 e 04, que as amostras CD11 (depois), CD12 (depois), CD13 (depois),

CD21 (depois), CD22 (depois) e CD23 (depois) apresentaram a presença de

colônias atípicas e em grande quantidade após a limpeza , sendo que previamente a

limpeza os pontos de de coleta 1 e 2 não apresentaram nenhuma formação de

colônia. Possivelmente estes dois pontos foram contaminados durante o processo

de limpeza, por algum tipo específico de microrganismos que se desenvolveu no

meio, sendo que sua origem, bem como o seu agente, são desconhecidos.

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Gráfico 3 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de

Coleta 01

Fonte: elaborado pelo autor.

Sendo que 0 representado no gráfico corresponde ao resultado <1,0 x 100.

Gráfico 4 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de

Coleta 02

Fonte: elaborado pelo autor.

Sendo que 0 representado no gráfico corresponde ao resultado <1,0 x 100.

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Observa-se que o ponto 3 apresenta formação de colônias atípicas, antes da

limpeza de 142 x 100 UFC/cm² e após a mesma, com pequena redução sendo 59 x

100 UFC/cm², ou seja, alguma formação microbiana se desenvolve neste ponto,

nota-se que neste ponto a limpeza não teve um resultado satisfatório, esta situação

pode ser observada no Gráfico 5.

Gráfico 5 – Contagem de Coliformes Totais e Termotolerantes no Ponto de

Coleta 03

Fonte: elaborado pelo autor.

Sendo que 0 representado no gráfico corresponde ao resultado <1,0 x 100.

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5 CONCLUSÃO

Conclusos os estudos, comparativos, análises e discussões sobre o tema

análise da eficácia da limpeza de equipamentos através de análises microbiológicas,

pode-se constatar que os equipamentos nos quais foi avaliada a limpeza estão

inseridos em uma etapa produtiva com baixo risco de contaminação, onde se tem

baixa atividade de água, e ainda a matéria prima utilizada quase que na

integralidade da produção, é o açúcar, um inibidor de microrganismos.

Avaliando o processo de limpeza, levando em consideração os parâmetros

internacionais e os indicativos propostos por Tondo e Bartz (2013), para contagem

total de coliformes, se mostrou bastante eficiente, não tendo nenhuma das

amostragens extrapolado quaisquer dos limites. Neste caso não se percebe

necessidade de alteração dos procedimentos de limpeza, bem como alteração de

químicos utilizados, tão menos a inserção de sanitizantes, os quais acarretariam em

um custo maior, bem como uma adequação de procedimentos, treinamentos,

acompanhamentos, e se não utilizados corretamente podem se tornar um risco

eminente de contaminação química dos produtos.

Porém a avaliação dos resultados levantou um fato importante, mesmo após a

limpeza alguns equipamentos apresentam formação de colônias, colônias estas não

identificadas, tendo em vista que o presente trabalho foi objetivado na avaliação da

presença de coliformes e realizar a contagem total de microrganismos, porém

apareceu este outro elemento, cujo qual exigiria um estudo mais aprofundado para

determinação e caracterização, bem como alternativas para sua eliminação, caso se

fizesse necessário.

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REFERÊNCIAS

ABICAB – Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e derivados. Disponível em: <http://www.abicab.org.br/>. Acesso em: 15 out. 2014 ANDRADE, Nélio J. de. Higiene na Indústria de Alimentos. São Paulo: Varela, 2008. APHA – American Public Health Association. Compendium of Methods for the Microbiological Examination of Foods. 4th ed. Washington, DC. 2001. p. 25-35. BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Portaria nº 1.428 de 26 de novembro de 1993. Diretrizes para o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na área de Alimentos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br>. Acesso em: 03 nov. 2014. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997. Regulamento Técnico sobre as condições Higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Elaboração para estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de Alimentos. Disponível em: <www.agricultura.gov.br>. Acesso em: 03 out. 2014. BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Portaria Nº 326 de 30 de Julho de 1997. Regulamento Técnico Condições Higiênicos-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação Para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br>. Acesso em: 19nov. 2014. BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução - RDC nº 275 de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br>. Acesso em: 19 set. 2014.

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BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Instrução Normativa nº 62 de agosto de 2003. Anexo I- Métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br>. Acesso em: 03 out. 2014. BRASIL, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Resolução - RDC nº 265 de 22 de setembro de 2005. Regulamento Técnico para Balas, Bombons e Goma de Mascar. Disponível em: <http://extranet.agricultura.gov.br>. Acesso em: 03 out. 2014. Grupo de Pesquisas da Universidade Federal da Bahia. Disponível em: <http://www.microbiologia.ufba.br>. Acesso em: 01 set. 2014.

NETO, R. A. T.; DENIZO, N.; QUAST, D. G. Coletânea do Instituto de Tecnologia de Alimentos. V.7, p. 191-206, 1976. SILVA, M. P.; CAVALLI, D. R.; OLIVEIRA, T. C. R. M. Avaliação do padrão coliformes a 45ºC e comparação da eficiência das técnicas dos tubos múltiplos e Petrifilm EC na detecção de coliformes totais e Escherichia coli em alimentos. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 26, n. 2, p. 352-359, abr-jun, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0101-206120060002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 04 out. 2014. SILVA, Neusely da; JUNQUEIRA, Valéria C. A.; SILVEIRA, Neliane F. A. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2007. OLIVO, Rubison. O mundo do Frango: cadeia reprodutiva da carne de frango/ editado por Rubison Olivo. Criciúma, SC: ed. do Autor, 2006. OMS - Organização Mundial da Saúde. Disponível em: <www.who.int/>. Acesso em: 15 out. 2014. OPAS - Organização Panamericana de Saúde. Disponível em: <http://www.paho.org>. Acesso em: 15 out. 2014. TONDO, Eduardo C.; BARTZ, Sabrina. Microbiologia e Sistemas de Gestão da Segurança de Alimentos. Porto Alegre: Editora Sulina, 2013. URANI, Fabiana de S. A + Doce da Química – Módulo de apoio para professores do ensino fundamental. Disponível em: <http://www.ppgec.unb.br/>. Acesso em: 04 out. 2014.