Avaliacao Microbiologica Fisicoquimica Carne

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I. INTRODUÇÃO O Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne bovina (BRASIL, 2012). De acordo com os dados do IBGE (IBGE, 2012), foram abatidos, em 2011 e em regime de inspeção, quase 30 milhões de bovinos, gerando aproximadamente sete milhões de toneladas de carcaças bovinas. Segundo o Ministério da Agricultura (BRASIL, 2012), a expectativa é que, até 2020, a produção nacional de carnes suprirá até 44,5% do mercado mundial. Porém, ressalta-se que a qualidade da carne que será produzida é de fundamental importância para garantir as futuras exportações. Em nosso país, a carne bovina é um produto altamente versátil, podendo ser encontrada em diferentes cortes e apresentações, incluindo o seu emprego em inúmeros derivados cárneos. Na forma de carne moída, torna-se popular, sendo acessível à faixa da população com menor poder aquisitivo (MOTTA et al., 2000). Porém, a carne moída possui características intrínsecas que a tornam um meio altamente favorável para multiplicação de micro-organismos, uma vez que a fragmentação dos tecidos possibilita a liberação do suco celular e, consequentemente, a proliferação destes organismos (FRAZIER e WESTHOFF, 1993). A microbiota frequente de produtos à base de carne bovina moída sob condições higiênicas é composta, predominantemente, por bactérias Gram-negativas da família Enterobacteriaceae e do gênero Pseudomonas e por Gram-positivas dos gêneros Enterococcus, Lactobacillus e Staphylococcus (JAY, 2005). As bactérias patogênicas ou potencialmente mais comuns nestes alimentos são Escherichia coli, Clostridium perfringens, S. aureus e Salmonella, e, ocasionalmente, Yersinia enterocolitica, Clostridium botulinum e Bacillus cereus (SILVA et al., 2004; JAY, 2005). Existem diversos fatores que influenciam a população microbiana encontrada na carne, destacando-se a deficiência no controle da higiene durante o abate do animal, tempo e temperatura de estocagem nos pontos de venda e varejo, higienização dos equipamentos e excesso de manipulação (RITTER et al., 2001). A carne bovina é um dos alimentos mais frequentemente envolvidos em surtos de toxi-infecções alimentares, já que além de estar entre os alimentos mais consumidos pela população, propicia aos micro- AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DA CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS E AÇOUGUES DE JABOTICABAL SP PATRÍCIA GELLI FERES DE MARCHI 1 OSWALDO DURIVAL ROSSI JUNIOR 1 , NATACHA DEBONI CERESER 1 , VIVIANE DE SOUZA 1 , NAIÁ CARLA MARCHI DE REZENDE-LAGO 2, ANDERSON ASSIS DE FARIA 3 . RESUMO O presente trabalho teve por objetivo avaliar físico-química e microbiologicamente a carne bovina moída comercializada em diferentes supermercados e açougues da cidade de Jaboticabal, SP. As amostras foram submetidas à determinação da população de micro-organismos aeróbios ou facultativos mesófilos e psicrotróficos viáveis, bolores e leveduras, enumeração de Staphylococcus coagulase positivo, determinação do Número Mais Provável de coliformes totais e termotolerantes e pesquisa de Salmonella sp. A avaliação físico-química das amostras baseou-se nas aferições da temperatura da carne nos postos de venda, determinação do pH, amônia, H 2 S e capacidade de retenção de água para verificar o estado de conservação da carne. As análises microbiológicas e físico-químicas da carne moída quando comparadas a legislação vigente mostraram um nível elevado de contaminação evidenciando condições higiênico- sanitárias deficientes. Palavras-chave: Alimento, Coliformes, Salmonella sp., Mesófilos, Psicrotróficos e Bolores e leveduras. ABSTRAT The present study was to evaluate physico-chemical and microbiologically to ground beef sold in different supermarkets and butchers of the city of Jaboticabal, SP. The samples were subjected to the determination of the population of micro-organisms or facultative aerobic mesophilic and psychrotrophic viable yeasts and molds, enumeration of coagulase positive determination of Most Probable Number of total and fecal coliforms and Salmonella sp. The physico-chemical sample was based on measurements of temperature of the meat at points of sale, the determination of pH, ammonia, H 2 S and water retention capacity to check the state of preservation of meat. The microbiological and physico-chemical properties of ground beef when compared to current law showed a high level of contamination indicating poor sanitary conditions. Keywords: Food, coliforms, Salmonella sp., Mesophiles, psychrotrophic and yeasts and molds 1 Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal 2 Faculdade de Medicina Veterinária do Centro Universitário Moura Lacerda 3 Faculdades Unidas do Vale do Araguaia UNIVAR.

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Avaliação microbiologica e fisico quimica da carne

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  • I. INTRODUO

    O Brasil , atualmente, o maior exportador de carne

    bovina (BRASIL, 2012). De acordo com os dados do

    IBGE (IBGE, 2012), foram abatidos, em 2011 e em

    regime de inspeo, quase 30 milhes de bovinos,

    gerando aproximadamente sete milhes de toneladas de

    carcaas bovinas.

    Segundo o Ministrio da Agricultura (BRASIL,

    2012), a expectativa que, at 2020, a produo

    nacional de carnes suprir at 44,5% do mercado

    mundial. Porm, ressalta-se que a qualidade da carne

    que ser produzida de fundamental importncia para

    garantir as futuras exportaes.

    Em nosso pas, a carne bovina um produto

    altamente verstil, podendo ser encontrada em

    diferentes cortes e apresentaes, incluindo o seu

    emprego em inmeros derivados crneos. Na forma de

    carne moda, torna-se popular, sendo acessvel faixa

    da populao com menor poder aquisitivo (MOTTA et

    al., 2000). Porm, a carne moda possui caractersticas

    intrnsecas que a tornam um meio altamente favorvel

    para multiplicao de micro-organismos, uma vez que

    a fragmentao dos tecidos possibilita a liberao do

    suco celular e, consequentemente, a proliferao destes

    organismos (FRAZIER e WESTHOFF, 1993).

    A microbiota frequente de produtos base de carne

    bovina moda sob condies higinicas composta,

    predominantemente, por bactrias Gram-negativas da

    famlia Enterobacteriaceae e do gnero Pseudomonas

    e por Gram-positivas dos gneros Enterococcus,

    Lactobacillus e Staphylococcus (JAY, 2005). As

    bactrias patognicas ou potencialmente mais comuns

    nestes alimentos so Escherichia coli, Clostridium

    perfringens, S. aureus e Salmonella, e, ocasionalmente,

    Yersinia enterocolitica, Clostridium botulinum e

    Bacillus cereus (SILVA et al., 2004; JAY, 2005).

    Existem diversos fatores que influenciam a

    populao microbiana encontrada na carne,

    destacando-se a deficincia no controle da higiene

    durante o abate do animal, tempo e temperatura de

    estocagem nos pontos de venda e varejo, higienizao

    dos equipamentos e excesso de manipulao (RITTER

    et al., 2001).

    A carne bovina um dos alimentos mais

    frequentemente envolvidos em surtos de toxi-infeces

    alimentares, j que alm de estar entre os alimentos

    mais consumidos pela populao, propicia aos micro-

    AVALIAO MICROBIOLGICA E FSICO-QUMICA DA CARNE BOVINA MODA

    COMERCIALIZADA EM SUPERMERCADOS E AOUGUES DE JABOTICABAL SP

    PATRCIA GELLI FERES DE MARCHI1

    OSWALDO DURIVAL ROSSI JUNIOR1,

    NATACHA DEBONI CERESER1,

    VIVIANE DE SOUZA1,

    NAI CARLA MARCHI DE REZENDE-LAGO2,

    ANDERSON ASSIS DE FARIA3.

    RESUMO

    O presente trabalho teve por objetivo avaliar fsico-qumica e microbiologicamente a carne bovina moda

    comercializada em diferentes supermercados e aougues da cidade de Jaboticabal, SP. As amostras foram submetidas

    determinao da populao de micro-organismos aerbios ou facultativos mesfilos e psicrotrficos viveis, bolores

    e leveduras, enumerao de Staphylococcus coagulase positivo, determinao do Nmero Mais Provvel de coliformes

    totais e termotolerantes e pesquisa de Salmonella sp. A avaliao fsico-qumica das amostras baseou-se nas aferies

    da temperatura da carne nos postos de venda, determinao do pH, amnia, H2S e capacidade de reteno de gua para

    verificar o estado de conservao da carne. As anlises microbiolgicas e fsico-qumicas da carne moda quando

    comparadas a legislao vigente mostraram um nvel elevado de contaminao evidenciando condies higinico-

    sanitrias deficientes.

    Palavras-chave: Alimento, Coliformes, Salmonella sp., Mesfilos, Psicrotrficos e Bolores e leveduras.

    ABSTRAT

    The present study was to evaluate physico-chemical and microbiologically to ground beef sold in different

    supermarkets and butchers of the city of Jaboticabal, SP. The samples were subjected to the determination of the

    population of micro-organisms or facultative aerobic mesophilic and psychrotrophic viable yeasts and molds,

    enumeration of coagulase positive determination of Most Probable Number of total and fecal coliforms and

    Salmonella sp. The physico-chemical sample was based on measurements of temperature of the meat at points of sale,

    the determination of pH, ammonia, H2S and water retention capacity to check the state of preservation of meat. The

    microbiological and physico-chemical properties of ground beef when compared to current law showed a high level of

    contamination indicating poor sanitary conditions.

    Keywords: Food, coliforms, Salmonella sp., Mesophiles, psychrotrophic and yeasts and molds

    1Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias, Campus de Jaboticabal, Departamento de Medicina Veterinria

    Preventiva e Reproduo Animal 2Faculdade de Medicina Veterinria do Centro Universitrio Moura Lacerda

    3Faculdades Unidas do Vale do Araguaia UNIVAR.

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    organismos um excelente habitat para seu

    desenvolvimento (GERMANO e GERMANO, 2001).

    Doenas veiculadas por alimentos, sobretudo na

    carne moda, podem se converter em um grande

    problema de Sade Pblica, devendo atentar para a

    instituio de medidas preventivas eficazes e de

    treinamento, aliada implantao de boas prticas de

    higiene, desde o campo at o consumidor final, o que

    ir contribuir para a minimizao de contaminao e/ou

    multiplicao bacteriana indesejada.

    Considerando que a carne moda um produto de

    alto consumo, caracterizado pela sua praticidade de

    preparo e utilizao de forma variada, podendo agir

    como um desencadeador de infeces e intoxicaes

    decorrentes da ao de micro-organismos patognicos,

    devido a condies sanitrias deficientes durante o

    abate dos animais, cozimento inadequado,

    armazenamento imprprio e falta de higiene dos

    utenslios e equipamentos e dos manipuladores que

    podem constituir um risco aos consumidores, o

    presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade

    microbiolgica e fsico-qumica e comparar com os

    padres estabelecidos com a legislao brasileira.

    II. MATERIAL E MTODOS

    Foram analisadas 30 amostras de carne bovina

    moda, adquiridas em 10 diferentes supermercados e

    aougues, escolhidos aleatoriamente, localizados na

    cidade de Jaboticabal, SP. As amostras foram coletadas

    entre 11:00h e 12:00h, em quantidade aproximada de

    500 gramas cada, foram embaladas na forma

    tradicional de venda. No momento da coleta foi aferida

    a temperatura das amostras e posteriormente

    acondicionadas em embalagens isotrmicas e

    encaminhadas ao Laboratrio de Anlises de

    Alimentos e gua do Departamento de Medicina

    Veterinria Preventiva e Reproduo Animal da

    FCAV/UNESP, onde as anlises foram imediatamente

    realizadas.

    II.1 Determinaes microbiolgicas (APHA, 2001;

    ICMSF, 2000, BRASIL, 2003).

    Foram pesadas 25g de cada amostra de carne moda e

    transferidas para 225mL de salina peptonada a 0,1%,

    obtendo assim a diluio 10-1

    . A partir desta diluio

    prepararam-se as diluies consecutivas at 10-5

    .

    Para a contagem padro de micro-organismos

    heterotrficos aerbios ou facultativos, mesfilos e

    psicrotrficos viveis, um mililitro de cada uma das

    diluies, em quadruplicata, foi depositado no fundo de

    placas de Petri e, imediatamente aps, adicionado de

    15 a 20 mL de gar padro para contagem (PCA) pela

    tcnica de pour plate, as placas foram incubadas a 35C por 48 horas para a contagem de mesfilos e as

    duas outras sries foram incubadas a 7C por 10 dias

    em estufa incubadora para B.O.D., para a contagem de

    psicrotrficos.

    Para a determinao do nmero mais provvel

    (NMP) de coliformes totais e termotolerantes, foi

    utilizada a tcnica de tubos mltiplos (srie de 3 tubos)

    empregando-se caldo lauril sulfato triptose na fase

    presuntiva, com incubao a 35C por 24 a 48 horas e

    confirmao em caldo lactose-verde brilhante-bile a

    2%, a incubao foi realizada a 35C por 24 a 48 horas.

    Para verificao da presena de termotolerantes usou-

    se o caldo Escherichia coli (EC), incubao em banho-

    maria a 45,50,2C por 242 horas. A partir dos tubos

    com caldo EC que apresentaram resultados positivos

    para coliformes termotolerantes, foram semeadas

    placas de gar eosina-azul de metileno (EMB)

    incubadas a 35C por 24 horas. Para a realizao das

    provas bioqumicas foi adotada a metodologia descrita

    por Mac Faddin (1976) atravs das provas do IMViC,

    ou seja: produo de indol (I), do Vermelho de Metila

    (VM), de Voges-Proskauer (VP) e do aproveitamento

    de citrato (C).

    Para a determinao de Staphylococcus atravs

    da tcnica de semeadura em superfcie, empregando-se

    gar Baird-Parker, com incubao a 35-37oC por 24

    horas, as colnias sugestivas foram submetidas s provas

    da catalase e da oxidao e fermentao da glicose (O/F)

    para a confirmao do gnero. As cepas confirmadas

    foram submetidas prova da coagulase livre. A presena

    de Staphylococcus aureus foi confirmada atravs das

    provas da fermentao do manitol em anaerobiose e da

    produo de acetona (VP) (MAC FADDIN 1976;

    KLOOS, 1990).

    Na contagem de bolores e leveduras utilizou-se a

    tcnica de inoculao em superfcie, em gar extrato de

    malte acidificado, e incubao em estufa BOD a 25C

    por 3 a 5 dias (APHA, 2001).

    Para a pesquisa de Salmonella (ICMSF, 2000;

    APHA, 2001) 25 gramas de cada amostra foram

    homogeneizadas com 225 mL de gua peptonada a

    0,1% e o conjunto mantido por 6 horas temperatura

    ambiente. Na fase de enriquecimento seletivo, forma

    utilizados os caldos selenito cistina e Rappaport-

    Vassiliadis, adicionados de novobiocina. Aps

    incubao foram realizadas semeaduras em gar verde

    brilhante e gar Mac Conkey. Se houvesse a presena

    de colnias suspeitas, as mesmas seriam submetidas

    aos testes bioqumicos do meio TSI e descarboxilao

    da lisina. As culturas que apresentassem alteraes

    sugestivas de reaes bioqumicas atribuveis

    salmonela deveriam ser submetidas s provas

    sorolgicas para identificao do gnero e sorotipos.

    II.2 Determinaes fsico-qumicas

    As determinaes fsico-qumicas foram realizadas

    segundo metodologia preconizada pelo Laboratrio

    Nacional de Referncia Animal (BRASIL, 1981). Para

    a prova da filtrao foram colocados 10 g de cada uma

    das amostras em frasco Erlenmeyer e adicionados 100

    mL de gua destilada. Aps agitao vigorosa por 15

    minutos, a mistura foi filtrada em papel de filtro

    Whatman no1, cronometrando-se o tempo. Foram

    consideradas como carne fresca aquelas amostras cujo

    tempo de filtrao no ultrapassou 5 minutos, como

    carne de mdia conservao aquelas com filtrao total

    entre 6 e 10 minutos e suspeita ou provavelmente

    alterada quando o tempo ultrapassava 10 minutos.

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    A pesquisa de amnia foi realizada atravs da Prova

    de Nessler, que consiste em acrescentar a 2 mL do

    reagente de Nessler, 10 gotas do filtrado obtido na

    prova da filtrao. A prova foi considerada positiva

    quando ocorria a formao de um complexo de

    colorao amarelo alaranjado, evidenciando a

    combinao do reagente com radicais amnios

    derivados da protelise.

    A pesquisa de H2S foi realizada atravs da prova do

    papel de acetato de chumbo, que se fundamenta na

    decomposio de aminocidos sulfurados com

    liberao de enxofre. Este, em meio cido, transforma-

    se em H2S, que combinado com acetato de chumbo

    produz sulfeto de chumbo, enegrecendo o papel. Na

    realizao da prova 10 g de cada uma das amostras

    foram homogeneizadas com 25 mL de gua destilada

    em um Erlenmeyer de 125 mL. Em seguida, colocou-se

    uma tira de papel de acetato de chumbo preso tampa

    do frasco e submeteu-se o conjunto em banho-maria

    fervente por 10 minutos.

    A determinao do pH foi feita atravs de mtodo

    potenciomtrico, utilizando-se pH-metro Analion

    modelo PM 608, a partir de um homogeneizado de 50 g

    de cada amostra com 10 mL de gua destilada

    deionizada.

    III. RESULTADOS E DISCUSSO

    De acordo com o Anexo II da Instruo Normativa

    no83, novembro de 2003, do Ministrio da Agricultura,

    Pecuria e Abastecimento, a carne moda refrigerada

    deve ser mantida temperatura de 0oC a 4

    oC, mas,

    neste estudo, nenhuma amostra atendia a legislao

    vigente. A menor temperatura aferida foi de 6oC e, a

    maior, 21oC. Valores semelhantes foram encontrados

    por Arari et al. (2011) que analisaram 25 amostras de

    carne moda provenientes de 5 diferentes

    supermercados de Vitria, ES e verificaram que apenas

    um supermercado (cinco amostras) estava de acordo

    com os padres vigentes da legislao.

    Os resultados dos valores mdios das populaes

    dos diferentes grupos microbianos estudados em

    amostras de carne moda esto apresentados nas Tabela

    1 e 2, por sua vez, a Tabela 3 apresenta o nmero de

    amostras em que foi verificada a presena de

    Staphylococcus coagulase positivo.

    Observa-se que a mdia da populao de mesfilos

    foi da ordem de 105 (UFC/g), porm 60,0% das

    amostras apresentaram populaes com intervalos entre

    105 a 10

    8 (Tabela 1). Resultados semelhantes ao

    presente estudo foram encontrados por Heredia et al.

    (2001), que ao analisarem 88 amostras de carne moda,

    encontraram populaes de mesfilos da ordem de 104

    a 106

    UFC/g. Florentino et al. (1997) observaram, em

    60 amostras de carne moda, a presena desses micro-

    organismos em nmeros elevados com valores mdios

    de 2,6 x 106 UFC/g para as amostras provenientes de

    feiras livres, e de 2,5 x 105 para as de supermercados.

    Motta et al. (2000), ao analisarem 15 amostras de

    carne moda, verificaram que 60% das amostras

    apresentaram contagem superior a 106 UFC/g e 13%

    superior a 107 UFC/g.

    Em supermercados e aougues do Cairo, Mousa et

    al. (1993), encontraram populaes altas de mesfilos,

    valores maiores que encontrados no presente trabalho,

    com populaes maiores que 108 UFC/g, indicando

    condies higinico-sanitrias inadequadas.

    A alta contaminao da carne moda relatada por

    vrios autores em literatura cientfica (MOUSA et al.,

    1993; MOTTA et al., 2000; HEREDIA et al., 2001;

    PHILLIPS et al., 2008). O fato de ser um produto

    altamente manipulado, associado s condies de

    moagem e higienizao de moedores nem sempre

    satisfatrias, bem como o aumento do potencial de

    xido-reduo, faz com que a populao mesoflica da

    carne moda frequentemente ultrapasse os limites de

    105 UFC/g.

    TABELA 1. Distribuio do total de amostras de carne

    moda, adquiridas na cidade de Jaboticabal/SP,

    segundo o intervalo de variao da contagem padro

    em placas de micro-organismos heterotrficos aerbios

    ou facultativos mesfilos, psicrotrficos viveis e

    bolores e leveduras, bem como valores mdios das

    populaes em UFC/g.

    Populao

    (NMP/g)

    Nmero de

    amostras (%)

    Coliformes

    totais

    Coliformes

    termotolerantes

    E. coli

    < 0,3 I 1,0x102

    18 (60,0) 21 (70) 27 (90,0)

    1,0x102I 5,0x102

    4 (13,3) 5 (16,7) 2 (6,7)

    5,0x102I 1,0x103

    0 (0,0) 4 (13,3) 0 (0,0)

    >1,0x103 8 (26,7) 0 1 (3,3)

    Mdia

    (NMP/g)

    2,0x103 1,2x103 1,2x102

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    A populao de micro-organismos psicrotrficos

    apresentou valores mdios de 2,3 x 107 UFC/g (Tabela

    1). Resultados semelhantes foram encontrados por

    Costa et al. (2008) analisando 40 amostras de carne

    moda encontraram populaes mdias de

    psicrotrficos variando na ordem de 104 e 10

    7 UFC/g.

    Embora a legislao brasileira (BRASIL, 2001) no

    estabelea limites de tolerncia para o grupo de micro-

    organismos psicrotficos e mesfilos, populaes

    elevadas desse grupo representa qualidade higinico-

    sanitria deficiente, muitas vezes por m qualidade da

    matria- prima aliada a tempo e temperatura de

    estocagem inadequados. Quando populaes

    mesoflicas e psicrotrficas ultrapassam 104 UFC/g, a

    vida de prateleira deste produto torna-se comprometida

    (SILVA et al., 2001).

    A mdia das populaes de coliformes totais e

    termotolerantes foi da ordem de 103 NMP/g e

    populaes de Escherichia coli foram da ordem de 102

    NMP/g (Tabela 1). Tais resultados provavelmente

    estejam relacionados com as condies precrias de

    higiene, manipulao e refrigerao nos locais de

    venda onde foram colhidas as amostras, as quais

    podem favorecer a contaminao e a multiplicao dos

    micro-organismos.

    Resultados semelhantes ao presente estudo, com

    populaes de Escherichia coli iguais ou superiores a

    1,0 x 102 UFC/g, foram encontrados por COSTA et al.

    (2000) em seus estudos com amostras de carne moda

    provenientes de diferentes origens (aougues, feiras e

    supermercados). Os autores encontraram populaes

    maiores de E. coli em carne moda proveniente de

    feiras e menores em supermercados, atribuindo as

    elevadas populaes s precrias condies de higiene,

    refrigerao e acondicionamento.

    Apesar de no haver um limite mximo de

    contaminao pelo grupo dos coliformes e de E. coli

    em carne moda (BRASIL, 2001), a presena deste

    grupo nas amostras analisadas indica condies

    higinico-sanitrias deficientes e a possvel presena de

    patgenos de origem intestinal, o que pode colocar em

    risco a sade dos consumidores desses produtos.

    Os valores mdios das populaes de bolores e

    leveduras foram da ordem de 104 UFC/g (Tabela 1).

    Resultados prximos ao presente estudo foram

    observados por, Florentino et al. (1997) e Silva et al.

    (2004), que encontraram em suas anlises de carne

    moda provenientes de diferentes origens valores de

    populaes de bolores e leveduras da ordem de 106 a

    107 UFC/g, 10

    4 e 10

    3 UFC/g e 10

    5 UFC/g,

    respectivamente.

    Cabe salientar que a legislao brasileira no

    estabelece limites para bolores e leveduras em carne

    moda. Entretanto, esse grupo de micro-organismos

    pode produzir micotoxinas, alm de agir acelerando a

    deteriorao dos alimentos. As elevadas populaes

    so indicativas de precrias condies de operaes de

    processamento de alimentos, especialmente relativas ao

    ambiente (SILVA et al., 2004).

    Com relao aos Staphylococcus sp. as populaes

    mdias encontradas, apresentadas na Tabela 1, foram

    de 9,2 x 104. Confirmaram-se como pertencentes

    espcie Staphylococcus aureus as culturas isoladas de

    sete (23,3%) amostras.

    A presena de S. aureus em alimentos de origem

    animal pode ser um indicativo de condies higinicas

    TABELA 2. Distribuio do total de amostras de carne moda adquiridas na cidade de Jaboticabal/SP, segundo o intervalo

    de variao do nmero mais provvel (NMP) de coliformes totais, coliformes termotolerantes e Escherichia coli, bem como

    os valores mdios das populaes em NMP/g.

    Populao (UFC/g) Nmero de amostras (%)

    Staphylococcus sp. Staphylococcus coagulase positivos

    1,0x102 I 1,0x103 0 2 (6,7%)

    1,0x103 I 1,0x104 15 (50,0%) 3 (10,0%)

    1,0x104 I 1,0x105 10 (33,3%) 2 (6,7%)

    1,0x105 5 (16,7%) 0 (0,0%)

    Mdia (UFC/g) 9,2x104

    TABELA 3. Distribuio do total de amostras de carne moda, adquiridas na cidade de Jaboticabal/SP, segundo o intervalo

    de variao da contagem de Staphylococcus sp, e Staphylococcus coagulase positivo, bem como valores mdios das

    populaes em UFC/g.

    Populao (UFC/g) Nmero de amostras (%)

    Mesfilos Psicrotrficos Bolores e Leveduras

    1,0x102 I 1,0x103 0 0 7 (23,3)

    1,0x103 I1,0x104 1 (3,3) 0 16 (53,3)

    1,0x104 I1,0x105 11 (36,7) 2 (6,7) 16 (53,3)

    1,0x105 I1,0x106 12 (40,0) 11 ( 36,7) 2 (6,7)

    1,0x106 I1,0x107 5 (16,7) 10 (33,3) 0

    1,0x107 I1,0x108 1 (3,3) 5 (16,6) 0

    1,0x108 I 1,0x109 0 2 (6,7) 0

    Mdia (UFC/g) 2,1x 105 2,3x10

    7 4,8x10

    4

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    inapropriadas e/ou o processamento deficiente, por se

    tratar de uma bactria procedente de manipulao de

    forma inadequada; em nmeros de 103

    a 104 UFC/g,

    pode significar risco sade pblica, enquanto que

    valores prximos a 105 UFC/g indica risco

    epidemiolgico, porque esse o nmero compatvel

    com a produo de enterotoxina em concentrao

    suficiente para desencadear intoxicao, se a linhagem

    em questo for capaz de produzi-la (ICMSF, 2000). No

    entanto, a legislao brasileira no estabelece limites

    mximos para a populao de Staphylococcus sp. em

    carne moda (BRASIL, 2001).

    Os valores para Staphylococcus aureus tambm

    foram semelhantes aos encontrados por diversos outros

    autores. PHILLIPS et al. (2008) analisaram 360

    amostras de carne moda e verificaram populaes de

    Staphylococcus coagulase positivos na ordem de 102

    UFC/g. Pigatto e Barros (2003) analisaram 60

    amostras de carne moda e verificaram em 66,6% das

    amostras contagens superiores a 105

    UFC/g para

    Staphylococcus aureus.

    Souza et al. (2000) confirmaram a presena de

    Staphylococcus aureus em duas das 30 amostras de

    carne moda analisadas, com contagens de 3x103 e

    superior a 3,0x105 UFC/g. Os autores comentam que,

    apesar da positividade em duas amostras, o valor

    superior a 3,0x105 encontrado em apenas uma delas,

    pode ser capaz de produzir toxina termoestvel em

    nveis suficientes para desencadear intoxicao em

    humanos, desde que haja a presena de cepas

    toxignicas nessa amostra.

    De acordo com a Resoluo no12 de janeiro de

    2001, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    (ANVISA), bactrias do gnero Salmonella devem

    estar ausentes em 25g de carne moda. Bactrias desse

    gnero podem causar toxi-infeces alimentares,

    conferindo risco ao consumidor, tornando o alimento

    imprprio para o consumo.

    Bactrias do gnero Salmonella no foram isoladas

    no presente estudo. Resultados semelhantes foram

    obtidos por outros autores que verificaram ausncia do

    gnero Salmonella em 25 amostras de carne moda

    comercializadas em aougues e supermercados

    (MOUSA et al., 1993; COSTA et al., 2008). MOTTA

    et al. (2000) e FERREIRA e SOBRINHO (2003)

    observaram a presena de Salmonella em apenas uma

    das amostras analisadas de carne moda colhidas em

    feiras livres, supermercados e frigorficos.

    Entretanto, Florentino et al. (1997) e Hoffmann et

    al. (1998) verificaram a presena de Salmonella em

    100% e 80%, respectivamente, das amostras de carne

    moda colhidas em supermercados e feiras. Fritzen et

    al. (2006) verificaram que em 69,5% dos

    estabelecimentos pesquisados as amostras foram

    positivas para Salmonella. Ferreira et al. (2006)

    analisaram 150 amostras de carne moda e encontraram

    78 (52%) amostras positivas para esse micro-

    organismo. Arari et al. (2011) verificaram a presena

    de Salmonella em 12% das amostras da carne moda

    provenientes de trs supermercados.

    Almeida et al. (2002), em trabalho conduzido no

    municpio do Rio de Janeiro, demonstraram haver uma

    maior contaminao de amostras modas quando

    comparadas peas inteiras de carne. Foram

    adquiridas, em estabelecimentos comerciais, 20

    amostras de carne bovina. Estas foram divididas, no

    prprio estabelecimento, em duas pores, totalizando

    40 amostras (20 peas inteiras e 20 modas). Das 20

    amostras de carne inteira, trs (15%) eram positivas

    para salmonelas, porm, das 20 amostras de carne

    modas, cinco (25%) apresentavam-se positivas para

    esse microrganismo. Atravs desse trabalho os autores

    concluram que a moagem favorece a instalao e

    multiplicao de bactrias, muitas vezes patognicas,

    pois aumenta a superfcie de contato e proporciona a

    passagem de resduos de moagens anteriores para

    contaminaes subsequentes.

    Quanto aos valores de pH, 18 amostras (60%)

    apresentaram valores de pH variando de 5,8 a 6,2,

    indicando que a carne est boa para consumo. Contudo,

    12 amostras (40%) apresentaram pH diferente daquele

    preconizado pelo Ministrio da Agricultura Pecuria e

    Abastecimento, com valores abaixo de 5,8 ou acima de

    6,2 (BRASIL,1981).

    Souza et al. (2000) avaliaram a qualidade

    microbiolgica e fsico-qumica de 30 amostras de

    carne moda, comercializadas em aougues, no

    municpio de Macap, AP. Os autores observaram que

    as amostras atendiam a legislao em relao ao pH e

    ausncia de salmonela, porm, apresentavam altas

    populaes de coliformes termotolerantes

    (>103NMP/g) e Staphylococcus aureus (10

    3 UFC/g),

    como encontrado nesta pesquisa. Resultados

    semelhantes foram observados por Skrkki (1997),

    cujas amostras analisadas apresentaram populaes de

    micro-organismos aerbios da ordem de 107

    e 108

    UFC/g, enquanto que os valores de pH ficaram entre

    5,5 e 6,2. Os autores concluram que a boa qualidade

    da carne moda est relacionada no s com a

    contaminao microbiana, mas tambm com as suas

    caractersticas fsico-qumicas. Assim, o conhecimento

    de cada uma dessas caractersticas isoladamente

    pouco til, devido aos efeitos interativos entre elas.

    No presente trabalho a carne moda foi submetida

    prova da amnia, que tem como objetivo indicar a

    provvel decomposio microbiana do produto. Das 30

    amostras analisadas todas foram positivas, indicando

    que a carne j estava sofrendo protelise, segundo o

    que a legislao brasileira estabelece (BRASIL, 1981).

    A protelise foi confirmada quando as amostras foram

    submetidas prova de H2S. Verificou-se que das 30

    amostras analisadas, 6,7% estavam em protelise

    acentuada.

    Das 30 amostras analisadas quanto ao tempo de

    filtrao do extrato aquoso, nenhuma ultrapassou o

    limite de 10 minutos, o que indicaria carne suspeita,

    provavelmente alterada (BRASIL, 1981). No entanto, 8

    amostras (26,7%) tiveram um tempo de filtrao de 6 a

    10 minutos, indicando carne de mdia conservao.

    Embora o tempo de armazenagem no tenha sido

    avaliado neste estudo, todas as amostras apresentavam

    indcios de deteriorao pela presena de amnia e

    H2S. Entretanto, todas elas foram consideradas como

    boas para o consumo e de mdia a boa conservao

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    quanto ao pH e tempo de filtragem em relao ao

    tempo de filtragem 8 foram de mdia conservao, e

    no de boa, respectivamente.

    IV. CONCLUSO

    Levando em considerao os resultados obtidos no

    presente estudo, possvel concluir que, em relao

    qualidade microbiolgica, todas as amostras analisadas

    atendem legislao vigente, que determina apenas a

    ausncia de Salmonella em 25g de carne moda

    analisada. No entanto, as elevadas populaes dos

    outros micro-organismos aqui pesquisados

    evidenciaram um produto com risco de ocasionar toxi-

    infeces alimentares, bem como baixo tempo de vida

    til. Quanto aos aspectos fsico-qumicos, devem ser

    aplicadas tcnicas de bem estar animal para que se

    corrija os valores de pH da carne. Alm disso, aplicar

    ainda temperaturas corretas no armazenamento do

    produto, o que ocasionar, diretamente, diminuio da

    populao microbiana encontrada, e consequentemente,

    diminuio da produo de amnia, H2S e do tempo de

    filtrao. Cabe Vigilncia Sanitria do Municpio

    intensificar a fiscalizao, principalmente com o

    objetivo de melhorar a educao sanitria e a

    conscientizao dos proprietrios e aougueiros locais.

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