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AVALIAÇÃODACARGADETRABALHODEELETRICISTASEMTRÊS SISTEMASPARASUBIDAEMPOSTE LiaBuarquedeMacedoGuimarães,PhD,CPE DanielaFischer,MEng. PauloIvoHomemdeBittencourtJr.,Dr. Laboratório de Otimização de Produtos e Processos Departamento de Engenharia de Produção Universidade Federal do Rio Grande do Sul 90.040-020 - Praça Argentina, 9 Porto Alegre, Rio Grande do Sul Email: [email protected] Palavras-chave: eletricista, sistemas para trabalho em altura, carga física, carga mental. Este estudo apresenta os resultados da avaliação da carga de trabalho imposta por três sistemas para subida e descida de poste para uso por eletricistas: espora (trepa), escada e rappel. Os dois primeiros sistemas são de uso corrente nas empresas do setor elétrico brasileiro e o terceiro configura uma nova proposta de solução. As cargas de trabalho nos três sistemas foram avaliadas com base no estudo das posturas, da freqüência cardíaca, por meio da termografia, nível de cortisol salivar, nível de catecolaminas urinárias (adrenalina e noradrenalina) e da avaliação subjetiva de esforço. O sistema de rappel mostrou-se mais seguro e menos desgastante que os demais. Keywords:electrician,climbingsystem,physicalworkload, mentalworkload This paper presents a study on the evaluation of the workload imposed on electricians during three different climbing systems: spur (trepa), ladder and rappel. The first two systems are currently in use in most brazilian electrical companies and the third is a new alternative for reducing the electrician´s effort. The workload imposed by the three systems was evaluated based on postural analysis, thermography, heart beat frequency, physiological levels of cortisol and cathecolamines (adrenaline and noradrenaline), and by the subjectiveevaluationofeffort.Therappelclimbingsystemshowedtobethesafestand leastdemanding. 1.INTRODUÇÃO O setor elétrico brasileiro apresenta um índice elevado de acidentes com conseqüências graves e fatais. Apesar de a série histórica das taxas de acidentes compreendidas entre 1977 e 2000, indicarem uma tendência de redução nas taxas de freqüência e gravidade, os índices ratificam a importância de estudos, ações estratégicas e investimento na prevenção de acidentes. No período compreendido entre 1999 e 2001, o número total de acidentes do trabalho registrados ocorridos em empresas do setor elétrico foi de 6.800, sendo 3.022 acidentes sem afastamento, 3.720 acidentes com afastamento e 58 fatais. Neste mesmo período, as empreiteiras totalizaram 158 fatais (FUNDAÇÃO COGE, 2001). De acordo com a Lei nº 7.369/85, regulamentada pelo Decreto 93412/86 e enunciado 361 do TST/98, o trabalho dos eletricistas é periculoso, caracterizado por risco de contato ou de exposição a sistema elétrico de potências (3600V), e a gradação de risco é 3, em uma escala de 1 a 4 (Fonte: NR 4 - Quadro 1: Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Portaria nº 1, de 12-5-1995 e Portaria nº 9, de 21-5-1996), numa escala de 1 a 4. Conforme NBR 4280 a natureza da lesão por um acidente pessoal por exposição ao sistema elétrico de potência pode ser: eletrocussão (fatal), choque elétrico ou eletroplessão, queimaduras ou outras lesões. A lesão pode ocorrer por contato direto, condução, formação de arco voltaico (que produz temperaturas extremamente elevadas) ou ignição secundária (WERLANG et al., 2001). A gravidade da lesão varia em função da corrente, da voltagem, da freqüência da corrente elétrica e do tempo de contato à fonte: ¼ de segundo é fatal para correntes de 200 miliamperes, três minutos de contato geralmente causa a morte, sendo as correntes entre 10 a 200 miliamperes as mais perigosas (WICKENS et al., 1998). Além do risco devido à elevada classe de tensão, a gravidade e a probabilidade das lesões e dos acidentes são ampliadas por fatores ambientais, espaciais (zona rural ou urbana onde será realizada a tarefa), afetivo- emocionais, condições dos equipamentos, nível de capacitação dos funcionários e comportamento da população: usuários, pedestres, crianças e motoristas

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AVALIAÇÃO DA CARGA DE TRABALHO DE ELETRICISTAS EM TRÊSSISTEMAS PARA SUBIDA EM POSTELia Buarque de Macedo Guimarães, PhD, CPE

Daniela Fischer, MEng.Paulo Ivo Homem de Bittencourt Jr., Dr.

Laboratório de Otimização de Produtos e ProcessosDepartamento de Engenharia de Produção

Universidade Federal do Rio Grande do Sul90.040-020 - Praça Argentina, 9 – Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Email: [email protected]

Palavras-chave: eletricista, sistemas para trabalho em altura, carga física, carga mental.

Este estudo apresenta os resultados da avaliação da carga de trabalho imposta por três sistemas para subida edescida de poste para uso por eletricistas: espora (“trepa”), escada e rappel. Os dois primeiros sistemas são deuso corrente nas empresas do setor elétrico brasileiro e o terceiro configura uma nova proposta de solução. Ascargas de trabalho nos três sistemas foram avaliadas com base no estudo das posturas, da freqüência cardíaca,por meio da termografia, nível de cortisol salivar, nível de catecolaminas urinárias (adrenalina e noradrenalina)e da avaliação subjetiva de esforço. O sistema de rappel mostrou-se mais seguro e menos desgastante que osdemais.

Keywords: electrician, climbing system, physical workload, mental workloadThis paper presents a study on the evaluation of the workload imposed on electricians during three differentclimbing systems: spur (“trepa”), ladder and rappel. The first two systems are currently in use in mostbrazilian electrical companies and the third is a new alternative for reducing the electrician´s effort. Theworkload imposed by the three systems was evaluated based on postural analysis, thermography, heart beatfrequency, physiological levels of cortisol and cathecolamines (adrenaline and noradrenaline), and by thesubjective evaluation of effort. The rappel climbing system showed to be the safest and least demanding.

1. INTRODUÇÃOO setor elétrico brasileiro apresenta um índice elevadode acidentes com conseqüências graves e fatais. Apesarde a série histórica das taxas de acidentescompreendidas entre 1977 e 2000, indicarem umatendência de redução nas taxas de freqüência egravidade, os índices ratificam a importância deestudos, ações estratégicas e investimento na prevençãode acidentes. No período compreendido entre 1999 e2001, o número total de acidentes do trabalhoregistrados ocorridos em empresas do setor elétrico foide 6.800, sendo 3.022 acidentes sem afastamento,3.720 acidentes com afastamento e 58 fatais. Nestemesmo período, as empreiteiras totalizaram 158 fatais(FUNDAÇÃO COGE, 2001).

De acordo com a Lei nº 7.369/85, regulamentada peloDecreto 93412/86 e enunciado 361 do TST/98, otrabalho dos eletricistas é periculoso, caracterizado porrisco de contato ou de exposição a sistema elétrico depotências (3600V), e a gradação de risco é 3, em umaescala de 1 a 4 (Fonte: NR 4 - Quadro 1: ClassificaçãoNacional de Atividades Econômicas. Portaria nº 1, de

12-5-1995 e Portaria nº 9, de 21-5-1996), numa escalade 1 a 4.

Conforme NBR 4280 a natureza da lesão por umacidente pessoal por exposição ao sistema elétrico depotência pode ser: eletrocussão (fatal), choque elétricoou eletroplessão, queimaduras ou outras lesões. A lesãopode ocorrer por contato direto, condução, formação dearco voltaico (que produz temperaturas extremamenteelevadas) ou ignição secundária (WERLANG et al.,2001). A gravidade da lesão varia em função dacorrente, da voltagem, da freqüência da correnteelétrica e do tempo de contato à fonte: ¼ de segundo éfatal para correntes de 200 miliamperes, três minutos decontato geralmente causa a morte, sendo as correntesentre 10 a 200 miliamperes as mais perigosas(WICKENS et al., 1998).

Além do risco devido à elevada classe de tensão, agravidade e a probabilidade das lesões e dos acidentessão ampliadas por fatores ambientais, espaciais (zonarural ou urbana onde será realizada a tarefa), afetivo-emocionais, condições dos equipamentos, nível decapacitação dos funcionários e comportamento dapopulação: usuários, pedestres, crianças e motoristas

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(GUIMARÃES et al., 2002). A situação se agravaainda mais nos serviços emergenciais, realizados aqualquer hora e local e, geralmente, sob condiçõesmeteorológicas adversas (LIMA et. al., 2002a; LIMA etal., 2002b). Mesmo assim, as empresas submetem ostrabalhadores a condições meteorológicas adversas, oque representa um agravante para o risco de acidente(FIGUEIREDO et. al., 2002; LIMA et al., 2002).

No que tange a localização do Rio Grande do Sul, háoutro agravante. Segundo estudo realizado pela NASA,as regiões com maior incidência de descargasatmosféricas (raios) no mundo são o sul dos EUA, o sulda Argentina, o Mato Grosso do Sul e o Rio Grande doSul (CREA, 2002), o que aumenta o risco de acidentepor exposição à energia elétrica.

Embora o risco de acidente por exposição ao sistemaelétrico de potência seja iminente no trabalho doseletricistas, este trabalho foca sobre o risco de acidentepor queda com diferença de nível. Um estudo realizadopela equipe de ergonomia do LOPP/PPGEP/UFRGSem parceria com uma concessionária de energia doestado do Rio Grande do Sul, a partir de Relatórios deAcidente de Trabalho (RAT) emitidos entre os anos de2000 e 2002, indicou que a maior parte dos acidentes(58%) envolveu queda de pessoa com diferença denível. Os acidentes por exposição à energia elétricarepresentaram 23% e por impacto sofrido por pessoa19% (GUIMARÃES et. al., 2004). Estes dados indicama importância de se atuar na questão do trabalho emaltura, revendo-se os equipamentos e procedimentos detrabalho.

2 SISTEMA-ALVO

Os dados foram coletados sobre diferentes amostras dapopulação de eletricistas que realizam serviços junto aredes aéreas integrantes de sistemas de potência debaixa tensão desenergizados (90%) para umaconcessionária de energia elétrica do Rio Grande doSul: duplas de eletricistas e equipes pesadas.As duplas de eletricistas são da própria concessionáriae realizam atividades de inspeção e reparos leves demanutenção e de emergência. Se a normalizaçãodepender de reparos que exigem ferramentas eequipamentos pesados, as equipes das empreiteirasterceirizadas são acionadas. Estas equipes atuam nosserviços de construção, de manutenção, de emergênciae operacionais e são compostas por 6 ou 7 indivíduos: 1supervisor ou coordenador, 1 motorista e operador deguindauto, 2 eletricistas e 2 auxiliares ou assistentes deeletricistas.

As equipes terceirizadas deslocam-se até o local dosserviços utilizando caminhão, ao passo que as equipesde dupla da empresa deslocam-se em veículos de médioporte (camionetes). Ambos tipos de equipes sobem edescem dos postes por meio de esporas ou “trepas”(principalmente nos postes de madeira, conforme aFigura 1) e escada (nos postes de concreto, conforme aFigura 2).

3 MÉTODO DE INTERVENÇÃOMACROERGONÔMICA

O estudo do trabalho dos eletricistas contemplou as trêsprimeiras etapas (apreciação, diagnóstico e proposiçãode soluções) do método de Análise Macroergonômicado Trabalho (AMT) proposto por Guimarães (1998)que prevê a participação dos trabalhadores em todas asfases de projeto, conforme descrito a seguir.

3.1 Apreciação ergonômicaEsta fase contempla um levantamento inicial do sistemasob avaliação e, após análise preliminar dos dados, umadiscussão dos problemas junto com gerentes etrabalhadores. Com base nesta discussão, os itens maisimportantes são selecionados para análise detalhadaque configura o diagnóstico.As ferramentas usadas na etapa de apreciação foramobservação direta e indireta (análise de filmagens),entrevistas com grupos de trabalhadores e questionário.

3.1.1 Constrangimentos ergonômicosA apreciação ergonômica evidenciou problemas deordem organizacional, ambiental (trabalho sob calor,chuva, frio, vento) e de posto de trabalho(equipamentos utilizados, mas principalmente, deesforço físico).

Apesar de não muito enfatizado pelos eletricistas, queconsideram a subida uma atividade árdua mas inerenteao trabalho e tradicionalmente “eficaz”, foi nítido queuma das primeiras ações ergonômicas, incluindo umdiagnóstico e proposição de melhorias, deveria ser nosistema de subida e descida do poste, por espora eescada tendo em vista:

Esforço físicoA trepa (Figura 1) é uma situação de desconforto,extenuante, principalmente para os mais velhos e queimpõe risco. A escada (Figura 2) também exige esforçoprincipalmente devido às posturas assimétricasadotadas na subida e descida. O transporte manual da

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escada singela até o local do trabalho é desgastante paraos auxiliares-eletricistas.

Figura 1: Subida em poste de madeira usando espora (“trepa”).

Figura 2: Subida em poste de concreto usando escada.

Postura de trabalho em cima do posteA postura de trabalho em cima do poste, em pé, implicaem trabalho estático da musculatura dos membrosinferiores. É fonte de desconforto e dor, sendo as costasa região mais sobrecarregada. Conforme mostra aFigura 3, os eletricistas buscam a posição semi-sentadapara executar o trabalho nas redes. O talabarte, cinto desegurança que configura o sistema de travamentocontra queda, é posicionado nos quadris, servindo deapoio “sentar”.Conforme mostram as Figura 1, 2 e 3, a postura detrabalho em pé em cima do poste apresenta tambémproblemas de acomodação dos membros inferiores, dospés principalmente, resultantes das características doposte e, em particular, dos sistemas de subida porespora ou escada. Principalmente, devido asnecessidades da tarefa e das características do arranjo

dos elementos que compõe o sistema elétrico depotência, são adotadas posturas desconfortáveis, e atéde risco, tais como adução e abdução de braços edesvio do tronco.

Figura 3: Uso do talabarte “para sentar”.

SegurançaOs sistemas de subida e a descida do poste por meio deescadas e esporas (ou “trepas”) não são seguros contraqueda. O talabarte, cinto de segurança utilizadosomente em cima do poste, não possui redundância.

3.2 DiagnósticoCom base na apreciação ergonômica, os itensprioritários, que demandam maior atenção de projeto,são analisados em maior profundidade. A prioridade édefinida pela importância dada pelos usuários(conforme apontada na apreciação), pela carga detrabalho (aferida pelo nível de desconforto gerado, pelademanda fisiológica e biomecânica) e, principalmente,pelo risco envolvido na tarefa. Pode-se assumir que asatividades com mais problemas são as que apresentammenor produtividade e, portanto, a produtividadetambém é usada como fator de priorização. Pelo nívelde demanda física e risco envolvidos, foi feito odiagnóstico ergonômico da subida e descida do poste,por espora e escada, por meio da avaliação fisiológica esubjetiva de esforço.

3.2.1 Avaliação subjetiva de esforçoA avaliação subjetiva de esforço foi feita por meio deum questionário de avaliação subjetiva de dor, com 7questões, que foi aplicado junto à população deeletricistas das equipes pesadas das empresasterceirizadas, totalizando 222 indivíduos. Os sujeitosindicaram a intensidade do desconforto/dor por meio dopreenchimento de uma escala de avaliação contínua de

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15 cm com duas âncoras nas extremidades (nada emuito), conforme sugerido por Stone et al. (1974). Osvalores médios da percepção de desconforto/dor dostrabalhadores estão apresentados na Figura 4.

Figura 4: Valores médios da percepção de dor atribuídos peloseletricistas de equipes pesadas.

A análise estatística de variância (One-Way ANOVA) ede comparação múltipla de médias (teste Tukey)mostrou que a maior intensidade de desconforto/dor éna região das costas, que difere significativamente (p-valor<0,01) das demais. Este dado confirma a idéia desobrecarga nas costas, aventada na apreciaçãoergonômica.

3.2.2 Avaliação fisiológica de esforçoComo forma de medir, fisiologicamente, o esforçorealizado pelos eletricistas quando da subida nospostes, foi realizado um experimento de subida, ondeera medida a freqüência cardíaca do funcionário, e oesforço gerado nos músculos, por meio de termografia.O experimento contou com dois eletricistas voluntários(A: 27 anos, 86 kg, 1,74 m; e B: 28 anos, 80 kg, 1,74m) que escalaram o poste nas duas condições: poste demadeira (trepa) e poste de concreto (escada).

3.2.2.1 Avaliação da freqüência cardíacaA avaliação do nível de esforço por meio da freqüênciacardíaca foi feita por cálculo indireto, com base nopulso de trabalho (PT), registrado durante o trabalhocom aparelhos portáteis medidores da freqüênciacardíaca, marca “Polar”, modelo “Sportester”. Ele écomposto por uma unidade transmissora, com eletrodosfixados junto ao tórax, abaixo dos músculos torácicos, efixados por tira elástica ajustável. Esses eletrodos

detectam os sinais advindos do coração que são, então,transmitidos a uma unidade receptora de pulso paragravação e análise.

O método de avaliação do pulso de trabalho (PT)adotado no estudo foi o proposto por Grandjean (1998),que prevê a mensuração da freqüência cardíaca derepouso, na posição sentada, por quinze minutos, até aestabilização da mesma e, a seguir, mensurações dopulso durante o trabalho. Pela diferença entre afreqüência cardíaca média observada durante o trabalho(ou pulso durante o trabalho), e a freqüência cardíacamedida durante repouso (ou frequência de repouso)obtém-se o pulso de trabalho (PT).

A avaliação dos dois métodos de subida no posteindicou variações importantes entre a freqüência derepouso e a freqüência durante a atividade. O pulsodurante o trabalho, em alguns casos, ultrapassou osníveis considerados como limite fisiológicos: sendosuperiores a FC= 100 batimentos, limite por Astrand eRodahl (1986) e superior 35 pulsos de trabalho (PT),que é o limite para trabalho contínuo proposto porGrandjean (1998). Os resultados do primeiroexperimento realizado com os dois eletricistasvoluntários são resumidos na Tabela 1.

146 38

116 35

160,5 52,5

136,8 55,8

trabalho

166 58

140 49

188 80143 62

A

B

trepa

141 33

120 39

137 29

101 20

A

B

escada

descidasubidaSujeitoCondição

146 38

116 35

160,5 52,5

136,8 55,8

trabalho

166 58

140 49

188 80143 62

A

B

trepa

141 33

120 39

137 29

101 20

A

B

escada

descidasubidaSujeitoCondição

Tabela 1. Avaliação da carga imposta ao eletricista na subida emposte por trepa e escada.

3.2.2.2 Avaliação por termografiaA termografia é uma técnica totalmente não invasiva,desprovida de contato físico e radiação, que fornecedados para uma análise visual qualitativa relacionadacom a temperatura ou radiação térmica presente nassuperfícies (corpos, objetos) estudadas. Atualmente, háduas técnicas de imagem termográfica: a termografia deinfravermelho e a termografia de cristal líquido. Atermografia de cristal líquido ou termografia de contatoé composto por “telas” ou “almofadas” que sãoimpregnados de derivados de metil-éster colestéticoque mudam de cor em função da mudança detemperatura. Esta técnica utiliza scanners que fazemum mapeamento térmico da região observada. Atermografia de infravermelho ou sem contato registra aradiação térmica emitida pela superfície escaneada, por

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um sistema de formação de imagens térmicas, emtempo real. As imagens térmicas ou termogramas sãorepresentações da captação da radiação térmicaregistrada por uma câmera especial denominadatermovisor (INAGAKI e OKAMOTO, 1999).

Os dois sujeitos foram termografados antes e após aatividade de subida e descida, nos dois sistemas e osresultados de atividade térmica (Figura 5), foramsignificativos principalmente:

· nas pernas, na subida por trepa, e por escada;· nas costas (início torácica e início da lombar), na

subida por trepa (que apresentou um aumento de1,4º), corroborando o resultado de avaliaçãosubjetiva de dor aferido por questionário.

Figura 5: Exemplo de avaliação por Termografia antes e depois dasubida em poste de madeira com trepa.

Figura 6: Subida em poste com novo sistema proposto por rappel.

Os resultados do experimento realizado com os doiseletricistas voluntários estão apresentados nas Tabelas

2 e 3. Os valores nas células mostram as diferenças detemperatura em diferentes partes do corpo antes e apóso exercício.

Valores da temperatura (° C)SegmentosSujeito A Sujeito B

Torácica 32,2 – 30,8 = 1,4 32,2 – 30,8 = 1,4Lombar 32,1 – 30,7 = 1,4 31,0 – 30,3 = 0,7Perna esquerda 32,5 – 31,6 = 0,9 31,1 – 30,7 = 0,4Perna direita 32,2 – 30,5 = 1,7 31,1 – 30,7 = 1,7

Tabela 2: Subida em poste de madeira usando “trepa”.

Valores da temperatura (° C)SegmentosSujeito A Sujeito B

Torácica 31,7 – 30,6 = 1,1 31,7 – 31,6 = 0,1Lombar 31,0 – 31,0 = 0,0 30,5 – 30,2 = 0,3Perna esquerda 32,3 – 30,5 = 1,5 31,4 – 30,5 = 0,9Perna direita 32,3 – 30,8 = 1,5 31,4 –31,2 = 0,2

Tabela 3: Subida em poste de concreto usando escada.

3.3 Proposta alternativa para o trabalho em altura

O diagnóstico mostrou que a escada exige esforço e nãoatende as necessidades dos eletricistas pois não permiteo acesso necessário para o trabalho em maiores alturase não dá a mobilidade necessária, principalmentedevido às posturas assimétricas adotadas. Além disso,coloca em risco o eletricista que tem que se equilibrar otempo todo para não cair.

A trepa atende às necessidades de acesso e mobilidade,mas a um custo humano muito alto: é desgastante pelonível de esforço para subir e não dá nenhuma segurançaao eletricista nem na subida, nem durante o trabalho enem na descida, pois ele fica preso ao poste apenas pelogrampo da bota fincado na madeira e pelo cinto quenão é de segurança. A trepa é uma situação dedesconforto, extenuante principalmente para os maisvelhos e que impõe risco.

Tendo em vista a gravidade da questão, foi propostoum outro sistema, o rappel (Figura 6), utilizado poralpinistas, que se constitui em um sistema de cordas eroldanas preso a uma cadeira/cinto com travas desegurança que reduzem o esforço de acionamento e orisco de quedas. O objetivo da ascensão por rappel éque os eletricistas despendam esforço somente nasatividades que agregam valor ao trabalho e não nasubida, ou descida, entendida, aqui, como perda detempo e energia.

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3.3.1 Avaliação dos sistemas dos três sistemas desubida em poste por trepa, escada e rappel

Como forma de medir o esforço despendido peloseletricistas quando da subida/descida no poste no novosistema de içamento tipo rappel, e compará-lo com oesforço nos outros dois sistemas, foi realizado, nocentro de treinamento de Cachoeirinha, RS (subestaçãoCachoeirinha) um experimento com quatro eletricistasvoluntários: dois jovens com menos experiência comoeletricista (28 anos 3 3,5 na empresa; 26 anos e 10 naempresa) e dois mais velhos e experientes (31 anos e 12na empresa; 43 anos e 23 na empresa). Todos os quatrovoluntários experimentaram as três condições. Elesforam treinados no sistema novo de rappel paraminimizar o efeito da novidade, tendo sido instruídospor um alpinista com experiência em treinamento detrabalho em altura. O esforço foi medido por meio dafreqüência cardíaca, e da avaliação de estressores naurina (adrenalina e noradrenalina) e saliva (cortisol) dofuncionário. O termógrafo não estava disponível e,portanto, não foi utilizado.

3.3.1.1 Avaliação do nível de cortisolA secreção de cortisol estimulada por ACTH respondeprontamente a vários tipos de estresse, quer de naturezapsicológica, quer física. Embora o exercício físico e oesforço realizado durante uma tarefa de trabalho sejamcondições de “estresse” detectadas pelo sistemanervoso central, a secreção de cortisol em resposta aoesforço físico apresenta considerável variabilidade.Assim, a secreção destes hormônios em resposta àatividade física está na dependência de fatores comointensidade e duração do exercício, nível de aptidão(treinamento), estado nutricional (dietas pobres emcarboidratos e ricas em proteínas e lípides tendem aaumentar as concentrações de cortisol que funcionacomo um “protetor” da glicemia, que tende a ser maisbaixa nestes casos) e o ritmo circadiano (a secreçãodestes hormônios apresenta pico pouco antes de oindivíduo acordar, preparando-o para enfrentar o“estresse” da glicemia baixa antes da primeira refeiçãodo dia).

A maior parte dos estudos indica que a produção decortisol aumenta com a intensidade do exercício. Otempo de duração da atividade física também éimportante. Por exemplo, imediatamente após múltiplospiques de natação (exercício intenso: 15 x 200 m, nadolivre, com intervalos de 20 segundos entre cada piquede 200 m), as concentrações de cortisol plasmáticosobem de 160 para 260 ng/ml em nadadores semtreinamento e de cerca de 80 para 180 ng/ml em

nadadores treinados por até 24 semanas (MCARDLE etal., 1998).

3.3.1.2 Avaliação do nível de catecolaminasA medição de catecolaminas permite identificar quandoo “estresse” possui um componentepreponderantemente devido às cargas físicas (pelo teorde noradrenalina) ou mentais (pelo teor de adrenalina)do trabalho (FIBIGER et al., 1984 e BASSET et al.;1987).

Método da avaliaçãoAntes do início do experimento, foram avaliados: obatimento cardíaco em repouso de cada um doseletricistas, com um freqüencímetro marca “Polar”,modelo “Sportester”; o nível de cortisol salivar pormeio de coleta de saliva e; também, coletada urina paraposterior avaliação do nível de cortisol e catecolaminas(adrenalina e noradrenalina). O batimento cardíaco derepouso, o nível de cortisol e catecolaminas basaisseriam a base de comparação de estresse intra sujeitos.Após, os eletricistas foram submetidos às trêscondições de exercício, que foram avaliados daseguinte forma: ao longo de cada experimento, foramfeitas mensurações de batimento cardíaco a cada 5minutos para cada sujeito; o nível de cortisol salivar enível de catecolaminas urinário foi avaliado, para cadasujeito, imediatamente após terem sido submetidos acada um dos três exercícios. Para garantir que ossujeitos seriam capazes de fornecer urina ao final decada experimento, eles tomaram dois copos de águaantes de começar um novo teste, durante a pausa de 15minutos entre cada teste. As pausas eram feitas com osujeito sentado à sombra.

3.3.2 Resultados da avaliação dos três sistemas desubida em poste por trepa, escada e rappelOs resultados de tendência da FC, cortisol, Adrenalina(A) e Noradrenalina (NA), antes e depois do trabalhoem cada uma das três condições, de forma geral,apresentaram muita variabilidade entre os sujeitos, quepode ser decorrente do tamanho reduzido da amostra,quando as características individuais tendem a ter umimpacto muito grande nas análises. Devido a isto, paracomparar, estatisticamente, o nível de estresse dotrabalhador em repouso e em cada uma das trêsdiferentes situações durante a atividade de subida noposte (escada, trepa e novo/rappel), foi utilizado o testeestatísticos não paramétricos de Friedman, com nívelde significância de 5%, cujos resultados sãoapresentados na Tabela 4. Este tipo de análise é

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utilizada para distribuições amostrais desconhecidas epara tamanhos de amostra muito pequenas. Os dadossão ordenados por ranks, e não se mostraramsignificativos para os dados isolados.Embora fosse esperado, não foi notado um aumento nasconcentrações de cortisol nos eletricistas após o esforçofísico, porque talvez a intensidade e/ou a duração domesmo não tenham sido suficientes para desencadearuma alteração apreciável na secreção destes hormônios.

Apesar da variabilidade dos dados em separado, osresultados mostraram que a avaliação da razão entrenoradrenalina e adrenalina é estatisticamentesignificativa (p-valor = 0,013, conforme Tabela 4) econsegue discriminar entre o estresse físico e mental decada trabalho realizado. Como este dado foi o únicoque apresentou diferença significativa quanto as quatrocondições comparadas (repouso, escada, trepa enovo/rappel), foram realizadas comparações múltiplas afim de saber quais estados diferiram significativamente.A Tabela 5 mostra a comparação múltipla de médias darazão entre a concentração urinária de adrenalina enoradrenalina nos três sistemas e em repouso.

S tre ssore s Esta tística deF rie dma n p -va lo r Conclusã o pa ra 5%

de sign ificâ nciaConce nta çã o sa l iva r de

co rtisol (n g/d L ) 1 0,801não há diferença

e ntre os es tados .

Concen traçã o u riná ria dea d re na lina (pg /m l) 7,865 0,049

* há diferenças ignific ati va ent re os

es tados .

Concen traçã o u riná ria deno ra d re na l ina (pg/m l) 4,846 0,183

não há diferençae ntre os es tados .

Re la çã o NA/Aconce ntra ção u rin á ria deno ra d re na l ina (pg/m l)

10,784 0,013* há diferença

s ignific ati va ent re oses tados .

Tabela 4: Resultados dos testes de Friedman para avaliação decortisol, adrenalina.

GrupoCondição Rank médio1 2

Escada 3,5 aTrepa 3,38 aRepouso 2,13 a brappel 1,00 b

Tabela 5: Relação NA/A ou seja, razão entre a concentraçãourinária de adrenalina e noradrenalina dos quatro sujeitos nas quatrocondições. Médias seguidas de mesma letra não apresentamdiferença significativa a 5% de significância.

Segundo Fibiger et al. (1984), quando o resultado darazão é maior do que 5, a atividade épredominantemente física e quando está entre 2 e 3 elaé predominantemente mental. Pelo gráfico da Figura 7,tanto o esforço para subir no poste de concreto por

escada quanto o esforço na trepa são eminentementefísicos, e o do sistema de rappel é predominantementemental, provavelmente pelo fato de ser um exercícionovo para os quatro eletricistas, mas que não demandaesforço físico.

MÉDIASNA/A

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

BASAL ESCADA TREPA NOVO

1234MÉDIAPolinômio (MÉDIA)

Figura 7: Resultados da relação NA/A dos quatro eletricistas emrepouso (basal) e nos três sistemas comparados (escada, trepa erappel/novo).

4 CONCLUSÕES

Este artigo apresentou um estudo de avaliação da cargade trabalho de três métodos de subida e descida dospostes de energia elétrica, sendo dois usuais (trepa eescada) e um novo sistema proposto, de subida porrappel. A carga foi avaliada por meio de: avaliação deposturas; avaliação de freqüência cardíaca; avaliaçãosubjetiva de esforço; avaliação por termografia;avaliação de nível de cortisol salivar; avaliação de nívelde catecolaminas urinária (adrenalina e noradrenalina).

Pelos resultados obtidos, principalmente em relação àrazão NA/A, nota-se que o trabalho do eletricista emoperação em postes é bastante desgastante fisicamentetanto na trepa quanto na escada (razão NA/A > 5). Aescada exige principalmente esforço isométrico, devidoàs posturas assimétricas adotadas. Sob esforçoisométrico acentuado, o ser humano tende a exibiraumento de pressão arterial sistêmica e, em resposta aesse aumento, o sistema nervoso central promove umaredução reflexa da freqüência cardíaca. Esta resposta,chamada de reflexo dos barorreceptores, tende anormalizar o débito cardíaco (fluxo de sangue que éexpelido do coração por minuto) resultante do esforçomuscular (GANONG, 1999; MCARDLE et al., 1998),o que pode explicar os níveis baixos de freqüênciacardíaca apesar do esforço físico elevado expresso pelarazão NA/A. Além do desgaste físico, os dois sistemasem uso têm outras desvantagens:- A utilização da escada é inadequada já que há esforçoextra para transportar a escada do carro até o local detrabalho;

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- A escada não dá mobilidade ao eletricista durante seutrabalho no poste e, portanto, não atende asnecessidades da tarefa;- A ascensão e descida por trepa é insegura, já que oeletricista só tem apoio do talabarte mas nenhumaamarra de segurança no trajeto;- Os dois sistemas em uso (escada e trepa) nãofornecem nenhuma segurança enquanto o eletricistaestá trabalhando no poste. Por outro lado, o sistemanovo, ou de rappel, que foi proposto por fornecersegurança tanto na subida e descida do poste quantodurante o trabalho provou não ser fisicamenteestressante (razão NA/A < 3). Desta forma, sistemassemelhantes ao de rappel devem ser adotados comoprocedimento padrão para as equipes de eletricistas.

Com base nos testes de campo efetuados comparando asubida por trepa, escada e um novo sistema, ficouevidenciada que a dificuldade do trabalho em alturapode ser minimizada pela substituição das esporas e dasescadas por um sistema de alpinismo de rappel. Apesardo grande ganho que um sistema menos desgastantepode significar, a disseminação de um novo sistemapode ser dificultada por questões culturais. Tendo emvista os resultados dos experimentos, um grupo deeletricistas da equipe-padrão da empresa foi treinadoem rappel, a fim de se colocar o sistema em uso no diaa dia para, após, avaliar os reais custos e benefícios daproposta. No entanto, não foi possível colocar o novosistema em uso, pois ele não foi aceito nemimplementado pela empresa por um problema cultural.A operacionalização é possível, mas é muito difícilmudar as operações tradicionais.

Este estudo pretendeu contribuir para a melhoria dascondições de trabalho dos eletricistas, evidenciandoque, a despeito das tradições, existem recursos técnicospara minimizar uma carga desnecessária no trabalhodos eletricistas, de forma que ele se preserve paraalocar esforço em atividades mais produtivas. Alémdisso, permitiu demonstrar que a avaliação decatecolaminas urinárias (um procedimento simples erazoavelmente barato) pode traduzir rápida efidedignamente o nível e qualidade de estresse a que ostrabalhadores eletricistas estão submetidos.

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