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1 UNIVERSIDADE FEDERLA DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PS-GRADUA˙ˆO EM MANEJO DE SOLOS E `GUA PROGRAMA DE PS-GRADUA˙ˆO EM AGRONOMIA AVALIAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS E POTENCIALIDADES DE USO PARA O MUNICÍPIO DE ARARA-PB Diagnstico Scio-ambiental apresentado disciplina Planejamento e Gestªo Ambiental ministrada pelo professor Ivandro de Frana da Silva Equipe: Antnio Gregrio da Silva Kallianna Dantas Araújo Maria JosØ Vicente de Barros Mnica Maria Ferreira Teles Pablo Rodrigues Rosa Areia, PB Dezembro de 2003.

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UNIVERSIDADE FEDERLA DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MANEJO DE SOLOS E ÁGUA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS E POTENCIALIDADES DE USO PARA O MUNICÍPIO

DE ARARA-PB

Diagnóstico Sócio-ambiental apresentado à disciplina Planejamento e Gestão Ambiental ministrada pelo professor Ivandro de França da Silva

Equipe: Antônio Gregório da Silva Kallianna Dantas Araújo Maria José Vicente de Barros Mônica Maria Ferreira Teles Pablo Rodrigues Rosa

Areia, PB Dezembro de 2003.

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S U M Á R I O Apresentação

Meta Diagnóstico contendo avaliação dos recursos naturais e as potencialidades de uso para o município de Arara-PB

Caracterização geográfica do lugar

Localização e acesso Caracterização ambiental Situação Climática A situação da rede de drenagem Geologia Geomorfologia e solo Vegetação Estrutura populacional: uma aproximação Drenagem no município de Arara Base econômica Estrutura fundiária e produção

Considerações finais

Referências Bibliográficas

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Lista de Mapas Mapa 1 – Regiões geográficas Mapa 2 – Meso e Microrregiões geográficas Mapa 3 – Distribuição bioclimática do Estado da Paraíba Lista de Diagramas Diagrama 1 – Intersecção de conjuntos proposto por Artur Strahler (1989) Diagrama 2 - referente à distribuição de precipitações Diagrama 3 – Bacia hidrográfica do rio Mamanguape Lista de Fotos Lista de Quadros Lista de Gráficos

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Apresentação

Atualmente, procura-se trabalhar com uma visão desenvolvimentista, sem

desconsiderar a sustentabilidade. O desenvolvimento sustentado envolve uma gama de

variáveis que vão desde o desenvolvimento econômico, social e cultural, observando ainda

a conservação dos recursos naturais. A valoração do patrimônio ambiental precede uma

série de levantamentos, de forma a contabilizar os recursos existentes em um território,

para viabilizar um planejamento de sua utilização, visando assim o desenvolvimento e a

melhoria das condições de vida da população local. Para realizar a contabilidade do

patrimônio é necessário inventariar os bens existentes, ressaltando sua importância para a

exploração pela população na garantia de seu suprimento à sobrevida. Este trabalho teve

como objetivo realizar um diagnóstico do município de Arara-PB, contemplando os

aspectos físicos, culturais e sócio-econômicos, cuja meta foi o estabelecimento de políticas

públicas e imprescindivelmente da cultura do trabalho competitivo, observando o mercado

produtor e consumidor.

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Meta DIAGNÓSTICO CONTENDO AVALIAÇAO DOS RECURSOS NATURAIS E AS POTENCIALIDADES DE USO PARA O MUNICÍPIO DE ARARA-PB

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Caracterização geográfica do lugar Localização e acesso

A riqueza de uma população, inicialmente, encontra-se vinculada às matrizes

ambientais de maior disponibilidade, no entanto, para se avaliar a potencialidade ambiental

de um lugar, é necessário chamar atenção para a posição geográfica desse lugar, para então

dele se deduzir a disponibilidade das matrizes ambientais ou sua escassez.

O lugar em questão se encontra inserido no Estado da Paraíba, compondo um dos

seus 223 municípios. O Estado, para efeitos de planejamento e controle, separou partes do

território em Regiões Geográficas denominadas de Mesorregiões e Microrregiões, se

tornando, a partir dessa arbitrariedade, numa superfície mosaicada, em que há uma

combinação de elementos geográficos pertinentes à leitura e interpretação da relação

sociedade e natureza. Conforme essas orientações, apresentamos os mapas 1 e 2 que

destacam a poligonal do Estado e suas regiões Regiões.

O município de Arara possui uma extensão de 59,3 Km² segundo o IBGE,

sendo limitado ao Norte com o Município de Solânea, distante 15 Km da sede, à Leste com

Serraria, a 17 Km e a Oeste com o recém instalado município de Casserengue, distando 10

Km do Centro da cidade. Ao Sul, distante aproximadamente 15km, encontra-se a sede do

município de Remígio e a Sudeste a sede do município de Areia, a 25 Km.

Observar os municípios que se encontram ao entorno, nos permite parametrizar o

quesito clima local, e assim inferir com maior segurança, pois os dados climáticos obtidos

nos manuais da SUDENE, não contemplam o lugar, mesmo assim procuramos observar os

dados climáticos coletados pela SUDENE nos municípios do entorno que perfazem um

lapso temporal entre 1962 a 1985.

A partir dessa visualização podemos nos aproximar virtualmente do município em

apreço, em que foi realizada uma �avaliação dos recursos naturais e da potencialidade de

uso da terra�. O município de Arara está localizado aproximadamente nas coordenadas

35º45�50��W e 6º50�10��S, no Curimataú ocidental. Dista uns 160 km de João Pessoa e

tem como vias de acesso a rodovia PB-105 dentre outras estradas vicinais.

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Mapa 1 – Regiões geográficas Mapa 2 – Meso e Microrregiões geográficas

Fonte: Atlas Geo- Histórico Cultural da Paraíba Caracterização ambiental

A caracterização ambiental requer um inventário

especificidades apontadas pela leitura da paisagem contida no lugar, be

de entorno do Município. Partindo do princípio que a paisagem será vis

recurso, mas também a partir da questão ecológica, no sentido de se lev

que o ambiente natural é propenso a um equilíbrio em que, �ac

homeostaticamente absorvidos de forma a reorganizar-se, veremos a

olhar de suporte natural que permite as relações entre os conjuntos nat

sociedade/natureza em que se é necessário um processo de descrição

possível, para que se possa realizar um balanço relativo à contabilidade

definir perdas e ganhos tanto para a sociedade quanto para a natureza em

Situação Climática

Região da Borborema Curimataú Ocidental

Arara

Arara

7

geográfico com

m como o ambiente

ta não apenas como

ar em consideração

asos� naturais são

paisagem sob um

urais, numa relação

o mais minucioso

ambiental e, assim,

si.

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Tomando como referência Strahler (1989), os conjuntos naturais que

constituem a paisagem são os conjuntos atmosférico, hídrico e o topográfico (ver diagrama

1), e estes quando intersectados, permitem o surgimento de um outro, que é o biológico.

Climático Hídrico Biótico Meio natural Meio sociocultural Topográfico Diagrama 1 – Intersecção de conjuntos propostos por Artur Strahler (1989).

A partir dessas colocações, percebe-se que a distribuição do clima (pertencente

ao conjunto atmosférico) interfere de forma acentuada sobre à vida, principalmente à

vegetal.

A partir do que é apresentado pelo mapa bioclimático do Estado da Paraíba, o

clima predominante no município, e da região do entorno, é definido como sendo o

�nordestino quente de seca atenuada contemplando de 3 a 4 meses secos� (ver mapa 3),

donde se caracteriza essa região como pertencente à Mesorregião do Agreste Paraibano.

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Mapa 3 – Distribuição bioclimática do Estado da Paraíba Fonte: Atlas do Estado da Paraíba, 1985.

A partir do destaque dado conjunto climático, mais especificamente a sua

combinação com a vegetação, não há como não se destacar que o Agreste é uma região de

transição entre a área de precipitação mais acentuada e a menos favorecida, por isso

podemos inferir que o Agreste não é uma zona de transição apenas climática, mas também

das populações vegetais e animais. Strahler ainda aponta que tanto flora como fauna são

subconjuntos biológicos corroborando sua dependência direta da matriz ambiental �água�.

Apesar do lugar em que Arara se encontra estar estabelecido num clima que

apresenta uma estiagem de três a quatro meses, segundo o Atlas geográfico da Paraíba, é

conveniente salientar que o outro grande conjunto formador da paisagem é o hidrográfico,

e que este, nessa altitude, não conta com escoamento perene, ou seja, essa é uma região de

rios ainda intermitentes.

A partir da observação da intermitência dos canais de escoamento, mais uma

vez percebemos que a dispobinibilidade da matriz climática, que incide no conjunto

hídrico, não pode deixar de ser vista com um certo aprofundamento para vias de um

planejamento os recursos da região. Apresentamos um diagrama que define o nível

pluviométrico e sua classificação (ver diagrama 2). Podemos observar as diferenças entre o

clima semi-árido e o sub-úmido, no tocante a disponibilidade hídrica. Ambas

Subdeserto Município de Arara

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manifestações climáticas estão presentes no entorno do município em questão. Nesse

diagrama podemos observar os limiares que classificam a climaticamente uma região a

partir da sua disponibilidade hídrica.

Diagrama 2 - referente à distribuição de precipitações. Fonte: Strahler 1994.

Por não contarmos com uma série de dados climáticos de Arara,

principalmente no tocante a pluviosidade, lançamos mão de um estudo de dados coletados

nos municípios vizinhos.

Para o município de Serraria, foi trabalhada uma série temporal de

aproximadamente 40 anos, e esta apresentou médias diferentes de zero em todos os meses

dos anos pesquisados, indicando que houve precipitação durante todo período. A partir

desses resultados, no decorrer desses quarenta anos, classifica-se esse município, conforme

o diagrama 2, como pertencente ao clima úmido (ver quadro1 e gráfico 1).

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Quadro 1 – Distribuição das médias mensais durante o lapso de 40 anos no município de Serraria

Serraria Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Nº de anos com dados 42 43 42 41 41 39 41 42 43 45 44 44 43 Média 75,4 97 150,3 175,8 166 193 160,9 106,6 72,3 29,8 28,7 39,1 1288,3 Fonte: Dados pluviométricos mensais do Nordeste – Paraíba – SUDENE, Recife, 1990.

0

50

100

150

200

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Gráfico 1 – Demonstração visual do comportamento climático do período anual dentro do lapso de 40 anos de coleta de dados da SUDENE no município de Serraria

Já para o município de Remígio, observa-se uma precipitação menor que

Serraria. A série de dados para essa inferência contou com um período de vinte e dois anos.

Apesar da seqüência de dados coletados ser menor que a de Serraria, já é possível perceber

que a situação climática entre estes dois municípios é completamente diferente, mesmo

distando suas sedes a poucos quilômetros de distância.

Observando o quadro 2 e gráfico 2, verifica-se que em 22 anos, as médias

mensais sempre foram, para Remígio, inferiores a 100mm.

O clima desse município assume, de acordo com o diagrama 2, características

de semi-árido, pois o índice pluviométrico está na casa do 396mm.

Quadro 2 – Distribuição das médias mensais durante o lapso de 22 anos no município de

Remígio Remígio Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Nº de anos com dados 23 23 23 23 23 23 23 23 23 23 24 24 22 Média 19,6 43,3 66,4 92,3 43,7 35,5 41,2 11 12,4 5,4 4,2 10,4 396,6 Fonte: Dados pluviométricos mensais do Nordeste – Paraíba – SUDENE, Recife, 1990.

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0

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200

300

400

500

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Gráfico 2 – Demonstração visual do comportamento climático do período anual dentro do lapso de 22 anos de coleta de dados da SUDENE no município de Remígio

Para o município de Solânea não se observou muita diferença em relação ao

município de Remígio, apesar de seu volume pluviométrico, também observados no lapso

temporal de vinte e dois anos, ter sido um pouco mais elevado, contabilizado em 413mm.

Um aspecto que chama atenção, é que nesse intervalo de tempo, vários meses,

as precipitações estiveram em posições extremamente rigorosas no sentido da escassez de

chuvas, ou seja, abaixo da casa dos dez milímetros.

Observa-se ainda para Solânea, em relação ao município de Remígio, que não

houve nenhuma precipitação acumulada, mensal, acima dos 100mm, conforme apresenta-

se na quadro 3 e o gráfico 3.

Quadro 3 – Distribuição das médias mensais durante o lapso de 22 anos no município de

Solânea Solânea Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Nº de anos com dados 23 23 23 23 23 23 24 24 24 24 24 23 22 Média 16,7 36,3 96,6 92,2 57 40,9 46,8 7,8 6,3 0,9 0,8 9,6 413,8 Fonte: Dados pluviométricos mensais do Nordeste – Paraíba – SUDENE, Recife, 1990.

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0

20

40

60

80

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Gráfico 3 – Demonstração visual do comportamento climático do período anual dentro do lapso de 22 anos de coleta de dados da SUDENE no município de Solânea.

A partir das observações de alguns dos municípios do entorno de Arara,

podemos observar a transitoriedade decrescente da pluviosidade a medida que se segue à

oeste. A partir de informações adicionais (Paraíba, 1985), o clima em que o município de

Arara está inserido é As�, isto é, quente e úmido com chuvas de outono e inverno, com

uma baixa precipitação pluviométrica anual, oscilando entre 800 e 1000 mm/ano, cuja

variabilidade é de 25 mm/ano. Estando no sistema de circulação MEa e FPA com Alíseos.

O período de chuvas caracteriza-se por ser mal distribuído e bastante irregular ao longo dos

anos, sendo classificadas no Brasil como a região bioclimática 3c th � Mediterrâneo ou

Nordestino quente de seca atenuada, apresentando de 3-4 meses secos. Caracterizado por

apresentar uma média térmica anual em torno de 25ºC. Totais pluviométricos anuais

variáveis (faixa do litoral entre 1.600 e 1.700 mm), mais para o interior ela se situa entre

700 e 900 mm. A umidade relativa do ar é de 80% a 85%. A estação seca dura de 4 a 5

meses.

Ainda, de acordo com as informações do Laboratório de Pluviometria da

EMATER (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) localizada no município de

Arara, a média pluviométrica anual do município nos últimos dezessete anos, foi de 619,5

mm. O gráfico 4 representa a precipitação anual, enfocando os anos de 1985, 1986 e 1994,

anos cujo índice pluviométrico foi superior a 1000 mm. No Gráfico 5, observa-se que o

ano de 1988 foi o que apresentou menor índice, apenas 270 mm e no quadro 4 e

representado o comportamento do clima ao longo do ano de 2003.

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Gráfico 4 – Precipitação pluviométrica referente ao período de 1980 a 2002 – Arara-PB

Gráfico 5 – Precipitação pluviométrica referente ao ano de 2003 – Arara-PB Quadro 4 - Precipitação pluviométrica referente ao ano de 2003 – Arara-PB

Meses Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Prec. Pluv. (mm)

20,2 105,0 111,8 44,5 39,5 68,0 66,3 66,3 18,5 13,1

Fonte: EMATER-PB, 2003

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Precip. (mm) 496 568 498 438 639 1.24 1.08 622 270 385 444 507 738 314 1.03 685 566 570 307 383 942 527 539

1980*

1981*

1982*

1983*

1984*

1985*

1986*

1987*

1988*

1989*

1990*

1991*

1992*

1993*

1994*

1995*

1996*

1997*

1998*

1999*

2000*

2001*

2002*

0

20

40

60

80

100

120

Prec

ipita

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Jan M ar M aio Jul Set Nov

M eses

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De acordo com Atlas da Paraíba (1987) o valor máximo do total anual de

precipitação (mm) ao nível de 25% de probabilidade, é de 800 mm. Ao passo que ao nível

de 75% de probabilidade, os valores passam para um total de 1350 mm com uma média de

112,5 mm.

No tocante aos aspectos solarimétricos (radiação e insolação), o município

apresenta uma radiação solar global de 425,0 Cal/cm2/dia (UFPB, 2003) e uma insolação

anual de 2.600 h/ano (Paraíba, 1985), com uma média anual de 6,8 horas (Paraíba, 1987).

Dispõe de uma nebulosidade média anual de 6/10 do céu. E a temperatura média do ar

anual apresentada é de 23ºC, com mínimas de 19,0 ºC e máximas de 29,0 ºC (Paraíba,

1987) (Gráfico 5).

Gráfico 5� Dados de temperatura mínima e máxima (ºC) � Arara-PB Fonte: Paraíba (1987)

O balanço hídrico nas equações de Thornthwaite e Mather indicam que o

índice de aridez do município de Arara é 20, e o índice de umidade é também é 20, ou seja,

existe um equilíbrio. Esse balanço está diretamente ligado a Evapotranspiração versus

Precipitação.

Considerando a ETp (evapotranspiração potencial) vê-se que é um processo

oposto à precipitação, e representa a água que retorna forçosamente para a atmosfera, em

estado gasoso, e depende da energia solar disponível na superfície do terreno para

vaporizá-la. Para estimar a umidade do solo não se deve tomar por base apenas a chuva

ocorrida, mas também a Etp., que é a chuva necessária que é definida como sendo dentre

as inúmeras formas de obtenção da evapotranspiração potencial Etp. Na fórmula

0

5

10

15

20

25

30

35

Jan

Fev

Mar

Abr

Maio Ju

n Jul

Ago Se

t

Out

Nov Dez

Meses

ºC

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determinada por Turc in Dajos (1978) os valores são obtidos mediante dados de radiação

solar global Rg e a temperatura média do ar t. Sendo a unidade expressa em mm de água.

O resultado se apresenta de modo que a fórmula fica: ETp = (Rg + 50) . 0,4 . (t/t+5).

Nesse sentido, a média dos valores mensais estimada segundo o método de

Thornthwaite e Mather é de 95, 8 mm, perfazendo um total de 1150 mm (ver Gráfico 6).

Em relação aos regimes de ventos a predominância é proveniente da direção

SE e E com valores superiores a 4 m/s, sendo então ventos calmos.

Gráfico 6 – Dados de evapotranspiração potencial (mm) – Arara-PB. Fonte: Paraíba (1987)

A partir dos gráficos apresentados, podemos visualizar que os meses de maior

precipitação no tanto no município de Arara como no seu entorno estão normalmente entre

os meses de fevereiro e abril. Uma comparação desses dados pode ser vista no gráfico 5.

020406080

100120

Eva

potra

npira

ção

pote

ncia

l (m

m)

Jan

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Maio Ju

l

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Nov

Meses

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Comparação entre as médias mensais

0

50

100

150

200

250

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZMeses

Pluv

iosi

dade

méd

ia m

ensa

l em

mm

AREIA REMIGIO SERRARIA SOLANEA

Gráfico 5 – Distribuição de dados pluviométricos nos quatro municípios do entorno da cidade de Arara.

Analisando o grafico 5, é conveniente observar que as sedes dos municípios

contemplados estão bem próximos, distando do centro de observação, que é a cidade de

Arara, no máximo vinte e cinco quilômetros. Há uma discrepância significativa em termos

de diferença da distribuição pluviométrica para os lugares tão próximos entre si conforme

demonstrados entre os conjuntos de dados.

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A situação da rede de drenagem

Como foi apresentada anteriormente, a matriz ambiental �água� é

relativamente escassa no lugar, por isso a rede de drenagem apresenta rios intermitentes

mesmo com nascentes e afluentes de rios que posteriormente se tornam perenes em níveis

de menor energia. O município de Arara encontra-se próximo à cabeceira de afluente da

vertente esquerda do rio Araçagi, que posteriormente se torna o rio Bananeiras, e esse,

deságua na margem esquerda do rio Mamanguape (ver Diagrama 3).

Diagrama 3 – Bacia hidrográfica do rio Mamanguape. Fonte: LIMA, 2002.

Tomando o rio Mamanguape como rio determinante para toda a região contida

na bacia hidrográfica, não há como deixar de se observar que o rio Araçagi, e

posteriormente Bananeiras, é uma sub-bacia de envergadura relativa à situação de

importante tributário para o caudal do rio principal. A extensão do rio Mamanguape é

abrangente, pois pelo que está apresentado no diagrama, é um rio cuja bacia hidrográfica

abrange a Mesorregião do Agreste até a Mesorregião da Mata Paraibana.

Arara ●

Rede de drenagem comandada pelo rio Mamanguape

Rio Araçagi

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Conforme já se realçou anteriormente, o município de Arara, apesar de

participar da bacia hidrográfica de um rio perene de significativa importância, não tem sua

região agraciada com um clima que ostente uma precipitação cuja carga d�água venha a

indicar que a retroalimentação da água no sistema seja abundante. Entretanto, não apenas o

clima é um fator na determinação da limitação de estocagem de água naquela superfície,

haja vista que o território municipal da cidade de Arara encontra-se na cimeira da borda

oriental do Planalto da Borborema (ver Diagrama 4), tendo outros fatores também como

inuenciadores para essa escassez, como, por exemplo o deslocamento das massas de ar

passíveis de precipitação.

Esse Planalto é geologicamente constituído de rochas cristalinas, onde as

estruturas dessa superfície apresentam elevado nível de impermeabilidade, significando

que a estocagem de água no solo é diminuída a um pequeno estrato subsuperficial, por

isso, o nível de evaporação e evapotranspiração é elevado proporcionado pela frente do

maciço a barlavento do planalto, que permite a recepção direta dos ventos de L e SE.

Há um elevado nível de radiação na área, apesar da condição daquela região

estar com uma alta nebulosidade sempre.

Com todos esses agentes proporcionando a perda de água, tanto do solo quanto

da própria vegetação, percebemos que essa área deve ser vista como um local cuja

manutenção do recurso hídrico deve ser de primeira ordem.

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DiagFont

é co

post

Perfil topográfico do rio Mamanguape

++ ++

Piemonte da Borborema

E

+ + + + + + + + + ++

rama 4 – Perfil do relevo entree: LIMA, 2002

Apesar da fraca rugosi

nstituído de uma rede de dren

ulação é devido ao retilineame

strutura geológica cristalina s Planícies fluvio-

Baixos planaltos sedimentare

20

a cabeceira e a foz do rio Mamanguape.

dade estabelecida no relevo do município, esse território

agem com feições de falhas na estrutura geológica, essa

nto contido nos canais (ver Carta de drenagem 1).

marinhas

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Carta de drenagem 1 – Rede de drenagem no município de Arara

A drenagem superficial bem organizada pela situação estrutural, não é de

cunho perene, pois o lençol freático praticamente não está presente, pois o substrato é

constituído de rocha cristalina, por isso não se constitui como um reservatório que acumula

água.

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Geologia Geomorfologia e solo

A borda do planalto cristalino, cujo relevo é pouco rugoso, reporta-nos para

uma outra leitura que é a composição geológica desse lugar.

O município é cortado por uma linha de falha, donde se classificou que esse

lugar é constituído por dois tipos de estruturas geológicas muito antigas: uma de origem

proterozóica constituída pelo grupo Seridó, área propensa aos minerais granada-biotita

xisto, cordierita-granada-biotita xisto, quartzito, biotita-clorita xisto, clorita-sericita xisto e

filito, localmente com paragnaisses, calcário cristalino, rocha calcissilicática e formação

ferrífera; e a outra área, datando da era paleoproterozóica contem o complexo

Serrinha/Pedro Velho, área propensa aos minerais biotita-hornblenda migmatito com

mesossoma de ortgnaisse tonalitíco-granítico com diques de anfibolitos (Mapa Geológico

do Estado da Paraíba, 2002).

Em visitas diretas no campo, foi detectado que há no ligar, atividade

econômica voltada ao extrativismo mineral, em que a produção de rochas para calçamento

se tornou uma situação real na região (ver Foto l e 2).

Foto 1 – Atividade extrativa de rochas Foto 2 – Pilha de pedras para calçadas.

A partir da leitura do ambiente através da estrutura geológica, podemos

estabelecer parâmetros para compreender a cobertura pedológica. Com a orientação a

priori, sem dados específicos de campo e análise de laboratório, recorremos ao Boletim 15,

referente ao estudo de Solos do Estado da Paraíba (Brasil, 1972). A partir desse documento

inferiu-se sobre as manchas de solo que cobrem a região. Conforme foi abordado

anteriormente sobre a questão da falha geológica, no mapa de solos, essa falha apresenta-se

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como agente de separação de dois tipos de cobertura de solos: ao Norte do município de

Arara, e também da linha de falha, o solo classificado é classificado, como NC3,

predominantemente, que corresponde à associação de: BRUNO NÃO CÁLCICO, litólico fase pedregosa caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e SOLOS EUTRÓFICOS, com A fraco textura arenosa e/ou média fase pedregosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado substrato gnaisse e granito.

Nas demais áreas, o B.15 cita que há uma predominância do REel, que é a

associação de:

REGOSOL EUTRÓFICO, fase caatinga hipoxerófila relevo suave ondulado e SOLOS LITÓLICOS EUTRÓFICOS, com A fraco textura arenosa e/ou média fase pedregosa caatinga hipoxerófila relevo ondulado substrato0 gnaisse e granito.

No conteúdo do B.15é citado também que Regossóis se apresentam como solos

oriundos de grande limitação da disponibilidade hídrica e que normalmente possuem

baixos teores de nitrogênio e fósforo, mas mesmo nele se podem cultivar plantas de curto

ciclo vegetativo como feijão, milho e outras tolerantes à falta d�água como o agave e a

mandioca (p. 522 e 523).

Os solos ali predominantes são relativamente pouco erodidose moderadamente

drenado, surgindo em áreas mais ou menos uniformes em relação ao relevo. Claro que

podemos, em campo, visualizar áreas com perdas de solos.

Apesar dos solos expostos apresentarem um fertilidade relativamente alta,

devido a permanência de materiais originais devido a drenagem pouco alimentada pelo

regime hídrico, o cultivo pouco intensificado e com uso racional do espaço pode ser

aplicado, evitando, inclusive a erosão laminar, dado os solos são rasos. Entretanto o

abastecimento dessas culturas sofreria com a recarga hídrica deficitária, tendo que ser

minimizada com importação de água de outras localidades.

Apesar dessas considerações, há uma gama de áreas que cultivam vegetais de

ciclo de curta duração como feijão e o milho (ver Foto 3), assim como aqueles vegetais que

resistem aos períodos mais longos de estiagem como o agave (ver Foto 4) e a mandioca.

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Foto 3 – Milharal colhido Foto 4 – Agave

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Vegetação e ocupação do solo

A vegetação predominante constitui-se de caatinga hipoxerófila, que suporta

longos períodos de estiagem, que como foi visto é comum na região. Esse tipo de

vegetação possui mecanismos para suportar a carência hídrica.

Dentre os mecanismos, podem ser citados a perda das folhas no período de

estiagem, folhas aciculares, raízes tuberosas que serve para armazenamento de água, entre

outras características pertinentes a esse tipo de vegetação.

Dentre as espécies vegetais, destaca-se juazeiro, algaroba, carnaúbas, baraúnas,

jandiroba, facheiro, barrigudas, algumas bromeliáceas, mandacaru, catingueira, imburana e

bom nome e em alguns locais, o paudarco roxo (foto 5).

Foto 5 – Pau D´Arco e cactáceas dividindo o espaço.

Essa vegetação é bem adaptada tanto ao solo litólico, como ao relevo

constituído de baixa rugosidade, com ondulações relativamente suaves, principalmente na

zona do topo da borda a barlavento do Planalto da Borborema.

Quando esse solo fica exposto as intempéries, sofre, além da elevada radiação

nos períodos de baixa nebulosidade, a erosão laminar que é uma realidade no período de

precipitação mais elevada.

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A ocupação, em sua grande maioria é de plantio de culturas anuais estruturada

na agricultura familiar, onde é cultivado pequeno roçado de mandioca, milho, palma, feijão

macassá, concomitante ao patejo e vegetação natural.

Geralmente ao redor das casas costuma-se plantar frutíferas, das quais pode-se

observar laranjeiras, cajueiros, mangueiras, jabuticabeiras, coco, cana-de-açúcar. Entre as

culturas ainda há o plantio de agave1, que segundo moradores é exportado para o Estado do

Rio Grande do Norte e lá é exportado para o Japão para o fabrico de tapetes.

1 cultura que teve destaque na economia da região há um tempo atrás e que decaiu com outros processos econômicos ocorridos.

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Estrutura populacional: uma aproximação

Apesar da matriz água estar relativamente ausente, o território municipal é

bastante povoado. A população urbana é predominante em relação a população rural.

A população está distribuída ao longo das vias viscinais, e nem sempre

próximas das áreas de drenagem, com alguns domicílios rurais nas zonas entre cabeceiras

dos drenos naturais (ver carta 2).

Carta nº 2 – Relação da distribuição da população rural ao longo das vias viscinais não coincidentes com a drenagem

Segundo o senso de 2000 (IBGE)2 a população residente no município de

Arara é de 11.530 pessoas, sendo 5.587 homens e 5.943 mulheres, vê-se que há

superioridade de 4% do número de mulheres em relação aos homens residentes no

município (ver Gráfico 7).

2 http://www.ibge.gov.br/

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Diferença entre o total de homens e mulheres no município de Arara

48%52%

HomensMulheres

Gráfico 7 – Diferença em relação a gênero populacional. Fonte: IBGE

Do efetivo populacional contido no município, que totaliza 11.530 pessoas, a

população que reside em área urbana soma 7.587 habitantes, e na área rural 3.943 (ver

gráfico 8).

Situação moradia campo-cidade no município de Arara

66%

34%

UrbanaRural

Gráfico 8 – Situação de moradia no município de Arara. Fonte: IBGE

Outros dados referentes à população nos chamam à atenção, pois conforme está

apresentado no censo de 2000, dos 11.530 habitantes do município, 9.245 são

alfabetizados. (ver Gráfico 9).

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Diferença em relação à alfabetização no município de Arara

80%

20%

Alfabetizados Analfabetos

Gráfico 9 – Diferença em relação à alfabetização

Dos 11.530 habitantes do município, 9.245 está em faixa etária superior a dez

anos, observando que 1.880 estão acima de 60 anos e apenas 2.285 abaixo dos dez anos,

pode-se indicar, então, que a população pronta para compor as atividades econômicas

soma, no total, 7.365 pessoas, cuja proporção de ativos, prontos para o trabalho, é

praticamente de dois indivíduos para um inativo (ver Gráfico 10 e 11).

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

Quantidade de indivíduos

0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos ou mais

Gráfico 10 – Distribuição da população do município de Arara por faixa etária

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População pronta para o trabalho e a inativa

64%

36%AtivaInativa

Gráfico 11 – Distribuição etária entre a população pronta para o trabalho e a inativa

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Base econômica

A base econômica do município é efetivamente rural, salvaguardando-se

algumas pequenas indústrias de alimentação como panificadoras, fábrica de rapadura ou de

pré-moldados de concreto, no entanto, em relação à questão tributária, averigua-se em

processo comparativo com os municípios do entorno, que a receita de Arara, apresenta-se

menor que a despesa, ou seja, há um gasto maior do que o montante destinado ao gasto,

indicando déficit (ver Quadro 6).

Quadro 6 – Receita e Despesa dos municípios do entorno de Arara

Fonte: Ideme / 1999

Ainda dentro do quesito tributário, para efeito de leitura interpretativa, no

quadro 7 pode-se ver a receita orçamentária e a distribuição do FPM, também do

município de Arara e dos municípios do entorno.

Quadro 7 – Receita orçamentária entre os quatro municípios para análise comparativa

FINANÇAS PÚBLICAS RECEITA ORÇAMENTÁRIA ARRECADADA SEGUNDO OS MUNICÍPIOS 1995/97

Discriminação 1995 1996 1997 1998 Arara 44.540,44 33.873,75 34.581,23 37.440,74

Remígio 184.940,28 157.478,47 213.284,41 193.629,07 Serraria 6.483,15 4.954,18 12.167,94 12.016,62 Solânea 319.622,66 346.582,42 447.971,07 452.141,38

Fonte: Ideme / 1999

Vê-se que o município de Serraria encontra-se em situação referente à receita

orçamentária inferior à Arara, mas isso não significa que o município de Arara está em

boas condições, haja vista que a arrecadação no município vizinho, Solânea é superior a

praticamente dez vezes a arrecadação em Arara (ver quadros 7 e 8).

RECEITA E DESPESA ORÇAMETÁRIA SEGUNDO OS MUNICÍPIOS - 1998

Discriminação Receita Despesa

Arara 1.918.741,42 1.942.552,39 Serraria 1.988.200,79 1.959.000,01 Solânea 5.144.661,80 4.258.942,75 Remígio 2.748.033,01 2.713.377,39

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Quadro 8 – Distribuição do FPM entre os quatro municípios (para análise

comparativa).

FINANÇAS PÚBLICAS DISTRIBUIÇÃO ANUAL DO FPM SEGUNDO OS MUNICÍPIOS 1995/98

Discriminação 1995 1996 1997 1998 Arara 1.028.915,70 1.164.052,02 1.115.108,57 1.120.822,03

Remígio 1.800,00 1.746.077,95 1.672.662,76 1.681.232,90 Serraria - 1.164.052,02 1.115.108,57 1.120.822,03 Solânea 1.286.144,63 2.619.117,01 2.508.994,16 2.521.849,16

Fonte: Ideme / 1999

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Estrutura fundiária e produção

Com números obtidos no INCRA, em relação à distribuição de imóveis rurais,

temos que o total é de 511 propriedades, distribuídas em quase sua totalidade na forma de

minifúndios, de onde dos 511, 491 se encontram nesta modalidade.

Algumas considerações podem ser tecidas a partir da observação do quadro 9 e 10.

a) o maior volume de propriedades está contidos nas classes de mais de 2 e menos de

cinco hectares, totalizando 213 propriedades;

b) a distribuição de imóveis pode também ser vista por outro prisma, ou seja as áreas

explorada perfazem 1977,1 ha, e destes imóveis com cultura permanente temos

apenas 256, cuja área em ha perfaz o total de 335,1 ha.

c) os imóveis com cultura temporária somam em 499 e em perfazem um total de

1.642,0ha.

Quadro 9 – Distribuição dos imóveis por classe de área

Classes de área total (ha) Total Permanente Temporária Categoria de imóvel Imóveis Área (ha) Imóveis Área (ha) Imóveis Área (ha) Total Geral 511 1977,1 256 335,1 499 1.642 Menos de 1 10 4,6 1 0,2 10 4,4 1 --| 2 56 44,5 13 5,9 52 38,6 2 --| 5 213 375,2 106 79 208 296,2 5 --| 10 130 462,5 81 100 128 362,5 10 --| 25 74 517 45 102,5 73 414,5 25 --| 50 19 212,3 8 23,5 19 188,8 50 --| 100 4 95 2 24 4 71 100 --| 200 3 91 0 0 3 91 200 --| 500 1 55 0 0 1 55 500 --| 1000 1 120 0 0 1 120 Fonte: http://www.incra.gov.br/_htm/serveinf/_htm/estat/estat.htm

Quadro 10 – Distribuição dos imóveis por classe de qualificação

Classificação das Total Permanente Temporária Propriedades Imóveis Área (ha) Imóveis Área (ha) Imóveis Área Minifúndio 491 1.471,30 248 290,6 479 1.180,70 Pequena total 17 324,8 8 44,5 17 280,3 Pequena Produtiva 7 118,5 3 4,5 7 114 Média Total 2 61 0 0 2 61

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Média Produtiva 0 0 0 0 0 0 Grande Total 1 120 0 0 1 120 Grande Produtiva 0 0 0 0 0 0 Fontes: http://www.incra.gov.br/_htm/serveinf/_htm/estat/estat.htm

Das culturas permanentes, o cajueiro tem uma área plantada e destinada à

colheita totalizada em 35 ha, com rendimento médio total de 17 toneladas; a manga conta

com uma área plantada e destinada à colheita totalizada em 11 ha, produzindo

aproximadamente 660 frutos. Essas culturas rendem para o município uma renda de

R$34.000,00 (ver Quadro 11).

Quadro 11 – Cultura permanente Descrição Valor Unidade Castanha de caju - área destinada à colheita 35 hectare Castanha de caju - área plantada 35 hectare Castanha de caju - quantidade produzida 17 tonelada Castanha de caju - rendimento médio 485 quilograma/hectare Castanha de caju - valor 14 mil reais Manga - área destinada à colheita 11 hectare Manga - área plantada 11 hectare Manga - quantidade produzida 660 fruto Manga - rendimento médio 60000 quilograma/hectare Manga - valor 20 mil reais Fontes:

http://www.incra.gov.br/_htm/serveinf/_htm/estat/estat.htm

As culturas temporárias também são bastante expressivas, entretanto, ao nível

familiar, pois devido à baixa pluviosidade e a distribuição desigual das chuvas não há

como se ter um plantio homogêneo e de alta podutividade ao longo do ano, daí, então, uma

preferência ao aproveitamento pelos proprietários rurais da terra aos cultivos temporários,

com presença marcante da bata doce e da mandioca (ver quadro 12), que estão mais aptas a

essas condições.

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Tabela 12 – Produtos de cultivo temporário presente no município

Descrição Valor Unidade Algodão herbáceo - área destinada à colheita 40 hectare Algodão herbáceo - área colhida 40 hectare Algodão herbáceo - quantidade produzida 22 tonelada Algodão herbáceo - rendimento médio 550 quilograma/hectare Algodão herbáceo - valor 14 mil reais Batata-doce - área destinada à colheita 5 hectare Batata-doce - área plantada 5 hectare Batata-doce - quantidade produzida 30 tonelada Batata-doce - rendimento médio 6.000 quilograma/hectare Batata-doce - valor 6 mil reais Fava (grão) - área destinada à colheita 50 hectare Fava (grão) - área plantada 50 hectare Fava (grão) - quantidade produzida 12 tonelada Fava (grão) - rendimento médio 240 quilograma/hectare Fava (grão) - valor 14 mil reais Feijão (grão) - área destinada à colheita 2.060 hectare Feijão (grão) - área plantada 2.060 hectare Feijão (grão) - quantidade produzida 491 tonelada Feijão (grão) - rendimento médio 238 quilograma/hectare Feijão (grão) - valor 530 mil reais Mandioca - área destinada à colheita 300 hectare Mandioca - área plantada 300 hectare Mandioca - quantidade produzida 2.400 tonelada Mandioca - rendimento médio 8.000 quilograma/hectare Mandioca - valor 336 mil reais Milho (grão) - área destinada à colheita 1.020 hectate Milho (grão) - área plantada 1.020 hectare Milho (grão) - quantidade produzida 244 tonelada Milho (grão) - rendimento médio 239 quilograma/hectare Milho (grão) - valor 88 mil reais Fontes: http://www.incra.gov.br/_htm/serveinf/_htm/estat/estat.htm

O valor total em moeda corrente soma R$1.002.000,00 sendo capitaneado pelo

feijão e pela mandioca, denotando que a cultura desses dois elementos têm boa aceitação

de mercado. Mesmo assim, é interessante observar que essa receita está distribuída por

uma superfície de 3.475ha, no qual pode-se inferir que a renda média por hectare gira em

torno de R$34.680,06.

O campeão de produção é a mandioca seguida pela batata doce. Porém, a maior

produtividade em relação rendimento, encontra-se no feijão, pois, dos 238kg/ha de plantio

em 206,0 ha, consegue-se um rendimento médio de R$25,72/ha.

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A batata doce fica com R$1,00/ha e a mandioca com R$4,20.

A pecuária está também presente junto à economia municipal e os principais

rebanhos estão representados pela avicultura, seguido do bovino e da ovinocaprinocultura

(ver Quadro 13).

Quadro 13 – Principais rebanhos presente no município

Descrição Valor Unidade Efetivo dos rebanhos - bovinos 1460 cabeça Efetivo dos rebanhos - porcas criadeiras 110 cabeça Efetivo dos rebanhos - outros porcos e porcas 140 cabeça Efetivo dos rebanhos - galinhas 4700 cabeça Efetivo dos rebanhos – galos, frangas, frangos e pintos 6405 cabeça Efetivo dos rebanhos - eqüinos 85 cabeça Efetivo dos rebanhos - asininos 148 cabeça Efetivo dos rebanhos - muares 40 cabeça Efetivo dos rebanhos - caprinos 450 cabeça Efetivo dos rebanhos - ovinos 425 cabeça Leite de vaca - produção - vacas ordenhadas 180 cabeça Leite de vaca - produção - quantidade (mil litros) 146 litro Leite de vaca - produção - valor (reais) 51.030 reais Ovos de galinha - produção - quantidade (mil dúzias) 15 dúzia Ovos de galinha - produção - valor (reais) 14.059 reais Fontes: http://www.incra.gov.br/_htm/serveinf/_htm/estat/estat.htm

Não resta dúvida que em termos de área, a pecuária do gênero avícola

representa um ganho relativo médio maior, pois a área para esse uso consiste em poucos

hectares, nos quais se pode produzir muito, ou seja, numa pequena área pode se obter um

bom rendimento. Entretanto, as restrições hídricas na área podem levar esse tipo de

produção a ter um gasto maior do que se a mesma fosse em uma área com maior

disponibilidade hídrica, devido aos processos de abate, principalmente.

No que consiste ao rebanho bovino, assim como rebanho da

ovinocaprinocultura, pode-se afirmar que a área necessária para esse tipo de criação é bem

maior, podendo ter um rendimento relativo menor. Entretanto, com um planejamento

adequado esse tipo de produção pode ser mais bem sucedido nessa área. Porém, devido as

condições climáticas, a criação desse tipo de rebanho deve se dar de forma extensiva e com

número de animais cuja sustentação de alimento (forragem) e água seja possível de ser

executado nos períodos de estiagem.

É consoante observar que a receita fornecida pela produção, tanto de leite

como de ovos, apresenta uma forte presença econômica no lugar de produção. No entanto,

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é conveniente salientar que o rebanho bovino, contanto com 1460 cabeças fornece 146000

lts de leite resultando numa receita de R$51.030,00. Já a plantel avícola, contando com

4700 indivíduos, apresenta uma produção de 15000 dúzias de ovos, resultando numa

receita de R$14.059,00. Considerando a extensão da área relativa ao uso em relação à

produção avícula, esta apresenta maior rendimento, mesmo sendo uma criação que requer

maiores demandas e cuidados, devido à necessidade de monitoramento e sistematização

que criatório necessita.

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Considerações finais

A região territorial do município de Arara não é bem agraciada com a matriz

ambiental água, não que haja uma escassez no sentido estrito, porém, podemos afirmar que

há um efeito de pouca precipitação determinando que esse bem como ativo ambiental não

promove um abastecimento que permita uma acumulação efetiva, tanto na superfície

quanto no substrato interior do solo.

Os ventos, apesar de moderados, são relativamente constantes, isso devido ao

lugar encontrar-se na borda oriental da cimeira do Planalto da Borborema, o que denota

ação com relativa persistência, na direção e no sentido Leste Oeste.

A geologia estrutural cristalina é muito antiga e apresenta uma desagregação

das rochas que culmina em solos litólicos. Esses solos, devido ao material parental, contém

uma certa capacidade edáfica, e nessas condições o município ainda encontra fontes para

produção econômica relacionada ao plantio.

Em relação aos aspectos sócio-culturais a população do município nos períodos

de estiagem mais prolongadas dedica-se às atividades extrativas, garimpando as rochas

cristalinas existentes no lugar, cuja demanda necessária para construção civil, que aumenta

apreciavelmente.

Em relação à receita do Município, a fonte proveniente do FPM é

relativamente alta, em se tratando de densidade populacional, pois em 1998 o valor

orçamentário foi de R$37.440,74, enquanto o FPM foi de R$1.120.822,03.

Observou-se que um maior investimento se faz necessário nas áreas de maior

produção e produtividade, para dar suporte ao desenvolvimento local, tanto no meio rural

quanto no beneficiamento desses produtos, ou seja, na atividade industrial ou

agroindustrial.

A densidade populacional no município é de 295 indivíduos por km2, a partir

desse quadro vê-se que o município merece um planejamento mais adequado à distribuição

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e crescimento urbano, para que, devido às condições de seu regime hídrico, não venha, no

futuro, perecer a maiores dificuldades.

Um outro aspecto necessário é se pensar em um processo de acumulação das

águas oriundas da parca precipitação, e o reaproveitamento de água residuária, de modo a

contribuir com o estoque hídrico do município.

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