AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM … · principalmente, quando se trata de...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM AMBIENTE HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA. VALMERICE FERREIRA LEITE Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana. 12/2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEOR IA E PRÁTICA

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM AM BIENTE

HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

VALMERICE FERREIRA LEITE

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana.

12/2010

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM AM BIENTE

HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.

VALMERICE FERREIRA LEITE

ORIENTADOR: Ana Eugenia Campos Farinha

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

12/2010

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1. Introdução

A incidência de formigas em ambiente urbano é muito frequente e preocupante.

Consta através de pesquisas que estes insetos podem causar sérios danos à saúde

pública e principalmente no que se refere quando estão presentes nos hospitais.

Trabalhos realizados mostram que o nível de infestação é preocupante, (Bueno & Fowler

1994) e que esses insetos são responsáveis pela veiculação de patógenos relacionados a

infecções adquiridas em hospitais.

Entre os insetos sociais, as formigas desenvolvem várias interações com animais,

vegetais, fungos e bactérias. A sua morfologia facilita a locomoção por pequenos orifícios,

frestas e fendas e muitas vezes sua presença é quase imperceptível. Costumam sair de

locais contaminados para locais não contaminados em busca de alimentos e são comuns

em locais quentes e úmidos.

Os fatores que influenciam a presença de formigas em hospitais são a estrutura

arquitetônica, a proximidade a residências (que estimula a migração desses insetos), as

embalagens de alguns medicamentos que podem trazer ninhos de formigas para o

ambiente interno, a manipulação de medicamentos além de alimentos que funcionam

como atrativo extra. (Zarzuela et al, 2002)

.

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3 2. Justificativa

A presença de formigas em ambientes hospitalares, é um fator preocupante, por

apresentarem a capacidade de transportar microrganismos patogênicos, constituem um

perigo potencial à saúde pública, pois estariam contribuindo com o recrudescimento da

contaminação de locais tais como; tais como UTI’s, centros cirúrgicos e leito de pacientes

pós cirúrgicos (BUENO; FOWLER, 1994). Pesquisas enfocando a associação entre

bactérias e formigas ainda são precárias em nosso país (FOWLER et al., 1993; MOREIRA

et al., 2005).

A mirmecofauna presente em cidades no Brasil ainda é pouco conhecida,

principalmente, quando se trata de cidades fora da região sudeste. (OLIVEIRA; CAMPOS-

FARINHA, 2005). E na Região Centro – Oeste a situação é semelhante às demais

regiões, existem poucos estudos realizados sobre incidência desses insetos em hospitais

e a maioria das empresas especializadas na área de Controle de Pragas, não dispõem de

um projeto com procedimento, eficaz e seguro, tanto para controle de formigas como

também de outros vetores em ambiente hospitalar.

3. Objetivos

• Avaliar o índice infestação e identificar as espécies e formigas em dois

hospitais no município de Goiânia e verificar os pontos mais críticos.

• Realizar o controle das formigas e avaliar sua eficiência nos referidos

hospitais

4. Revisão Bibliográfica

4.1 Importâncias das formigas

Estima-se que as formigas representam 10% a 25% da biomassa animal na região

amazônica, sendo um fator importante na concentração de energia, possibilitando a

estabilidade de vários ecossistemas terrestres e regulando o ciclo de nutrientes. Algumas

espécies são neutras considerando os aspectos econômicos da humanidade, porém a

maioria das espécies desempenha um papel importante na aeração do solo, pois

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4 removem mais terra que as minhocas, atuando também na polinização e na dispersão de

sementes. Outra fundamental importância das formigas é na cadeia alimentar.Várias

espécies são predadoras de outras pragas na área agrícola, inclusive de outras espécies

de formigas. (Bueno & Campos Farinha, 1999).

As pesquisas ultimamente têm sido voltadas para as espécies andarilhas ou

urbanas. Segundo Hölldobler e Wilson (1990) as espécies urbanas possuem as seguintes

características: Poliginia ( presença de várias rainhas no mesmo ninho); constituem

populações unicoloniais ( Sub divisões dos ninhos).

4.2 Biologia e comportamento das formigas urbanas.

O conhecimento da biologia das formigas é um dos fatores de suma importância para a

definição de estratégias de controle. Até a data presente não se tem disponível no

mercado um inseticida eficaz para todas as espécies indistintamente (Campos Farinha et

al.1997). As formigas são consideradas insetos verdadeiramente sociais (eusociais), fator

que facilita sua sobrevivência, contribuindo na defesa contra predadores e competidores.

As características do eusocialismo são: sobreposição de gerações: Várias gerações

convivendo no mesmo ninho. Cuidado com prole: Alimentação e proteção da cria. Divisão

de trabalho: Indivíduos reprodutivos e fêmeas estéreis, chamadas operárias, que

desempenham as demais atividades.

A formação da colônia geralmente ocorre em uma determinada época do ano, que varia

de espécie para espécie. A cópula ocorre em pleno vôo após os indivíduos estarem

sexualmente maduros, a fêmea é inseminada por vários machos e os espermatozóides

são armazenados na espermateca.

A rainha então realiza a postura dos ovos, que são dois tipos: ovos tróficos ou ovos não

fertilizados e os ovos de desenvolvimento, sendo os primeiros utilizados para alimentação

da própria rainha e das primeiras larvas.

Em várias espécies polidômicas e poligínicas, as novas colônias surgem com a

fragmentação da colônia principal, fenômeno denominado sociotomia. A fragmentação da

colônia geralmente ocorre quando a colônia - mãe possui uma alta densidade

populacional ocorrendo a formação de novas colônias, denominadas colônias – filhas.

(Bueno & Campos Farinha, 1999).

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5 4.3 Formigas em Hospitais

A preocupação é constante e o assunto é de suma importância quando está

relacionado com formigas no ambiente hospitalar. Considerando que as formigas que

infestam hospitais são as denominadas formigas urbanas ou andarilhas e por terem a

facilidade de deslocamento graças a sua morfologia, transitam de locais contaminados

para locais não contaminados, atuando como vetores mecânicos de microorganismos

patogênicos.

Os primeiros registros aconteceram em países de regiões temperadas, como

Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos e posteriormente no Chile e no Brasil. Nas regiões

temperadas foram identificadas uma ou poucas espécies em prédios, enquanto que no

Brasil esse número é maior que 20 (vinte) (Bueno &Campos-Farinha 1999)

Esta alta diversidade é um fator preocupante para a saúde pública pois torna o

manejo das formigas bastante complexo. Quando uma espécie é controlada, outras

espécies, com populações mais reduzidas, podem dominar o ambiente.

Apesar da alta diversidade de espécies, a falta de informação sobre os danos

causados à saúde humana, coloca em segundo plano a importância dessas formigas

(Bueno &Campos-Farinha 1999).

As formigas têm sido descritas como habitantes do ambiente hospitalar, podendo

representar um veiculo no deslocamento de microorganismos. Em seu estudo, Zarzuela

et al. (2002)2 encontraram dez espécies de formigas habitando duas unidades

hospitalares e uma residência.

Para obter um resultado com eficiência no que diz respeito ao controle das

espécies urbanas, é necessário o conhecimento sobre o comportamento e biologia das

diferentes espécies. Pontos que devem ser observados são: poliginia, população

unicoloniais, frequentemente mudam ninho de lugar, reprodução por fragmentação das

colônias, quando necessário sem a presença da rainha.

Levantamentos realizados em doze hospitais do estado de São Paulo revelam

infestação por formigas, apresentando maior índice nos berçários e nas unidades de

terapia intensiva (UTI) e 16,5% das formigas coletadas apresentavam bactérias

patogênicas. Entre os artrópodes que podem ser colonizados por cepas bacterianas

hospitalares, quando em infestação em ambiente nosocomial, são as moscas, baratas e

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6 formigas. Estes organismos transportam microrganismos de um lugar a outro, podendo

promover infecções cruzadas. (Pereira R.S e Ueno M. 2008)

Resultados dos levantamentos nos hospitais nas cidades de Morrinhos – GO e

Palmas – TO, apresentaram resultados semelhantes. Em Morrinhos a dominância

espaço-temporal de Pheidole sp. foi grande no interior do hospital, onde coexistiu com

Brachymyrmex sp.. Pheidole sp. foi encontrada em 38 de 39 setores investigados. As

análises microbiológicas comprovaram que a maioria das mostras coletadas apresentou

microrganismos patógenos. (J. E. Filho et al, 2006).

Das 88 amostras de Pheidole sp. analisadas, 69 (78.41%) continham alguma

espécie de bactéria. Escherichia coli foi a mais presente das seis espécies observadas no

tegumento das formigas. Devido à ampla distribuição desta formiga, todos os ambientes

do hospital estão passíveis de contaminação, incluindo os centros cirúrgicos. (J. E. Filho

et al, 2006).

O levantamento realizado no hospital materno infantil de Palmas teve como

objetivo comparar o nível de infestação em diferentes estações do ano. As coletas das

amostras foram realizadas nos períodos de chuva e de seca e não houve diferença na

composição de espécies entre estações e entre períodos. As exceções foram para

Tetramorium sp., que ocorreu somente na estação chuvosa, e Acromyrmex sp., que foi

encontrada somente no período diurno (Bragança e Lima. 2010 ),

Na região sul, no município de Bagé- RS, o levantamento realizado por (C.L. Bicho

et AL), teve por objetivo identificar as espécies mais frequente nos hospitais e postos de

saúdes no município. As coletas foram realizadas em dois hospitais e dois postos de

saúde, no período de março a junho de 2003, e as espécies que mais se destacaram

foram: A. lundi, Brachymyrmex sp e Camponotus sp. Porem com a presença da

Wasmannia auropunctata escipecie que não encontrada neste trabalho e também nos

trabalhos dos Município de Palmas – TO e Morrinhos - GO

.

5. Material e Métodos

Foram selecionados dois hospitais para a realização das coletas, no município de

Goiânia-GO. Os hospitais foram denominados A e B. O Hospital A possui 26 leitos e

apresenta um prédio com estrutura física mais antiga, com parte dele desativado para

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7 reforma, como, UTI e algumas enfermarias. O hospital B com 87 leitos e todos em

atividade, e estrutura física mais nova, porém não foi autorizado acesso em todas as

áreas no momento da coleta das amostras. Pontos de iscagem foram selecionados em

ambos hospitais, perfazendo 42 e 72 pontos, respectivamente.

As coletas foram realizadas entre agosto e dezembro de 2010 no período diurno.

As formigas que ocorriam na área interna foram coletadas por meio de dois tipos iscas,

um a base de proteína (proteína a base de carne de peixe) e outra de glicose (açúcar

invertido). As iscas foram dispostas lado a lado sobre papel alumínio e permaneceram

nos ambientes por um período médio de uma hora. Após esse período as iscas foram

retiradas e as formigas sobre as iscas e ao redor delas, foram coletadas com o auxílio de

um pincel e colocadas em frascos do tipo eppendorf, com álcool a 70%, para posterior

identificação.

Foram realizadas duas coletas em um intervalo de 60 dias sendo que no hospital B

o intervalo foi de 90 dias. Entre uma coleta e outra foi realizada uma aplicação de gel

formicida a base de Hidrametilnona a 0,5% nos pontos infestados (Anexo I) e após 60

dias foram realizadas novas coletas de formigas nos mesmos pontos.

6. Resultados

Dos 42 pontos com iscas no hospital A, 38 foram dispostos na área interna e 4 na

área externa. , Quatorze dos pontos monitorados apresentaram atividades de formigas

(33%), incluindo os quatro pontos da área externa . Foram identificadas 4 espécies de

formigas (Tabela 1).

Pheidole sp. 1 foi a espécie mais frequente nos pontos, seguida por Tapinoma

melanocephalum (Figura 1).

No hospital B foram monitorados 72 pontos, 66 na área interna e 6 na área

externa, 13 pontos, (18%) apresentaram infestação de formigas. Dos pontos monitorados

na área externa 2 apresentaram infestação (Tabela 2).

Três espécies foram identificadas no hospital B: P. longicornis com 53,8% dos pontos

infestados, tanto na área interna quanto externa, porém em pontos bem próximos; T.

melanocephalum com 38,5% e Brachymyrmex sp. com 7,7% dos pontos infestados, mas

coletada somente na área externa ( Figura 2).

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Após a primeira amostragem foi realizada uma aplicação do gel formicida com

principio ativo de hidrometilona a 0,5% e num intervalo de 60 dias no Hospital A e 80 dias

hospital no hospital B foi realizada uma nova coleta de formigas em A e B

respectivamente e apresentou o seguinte resultado:

A segunda amostragem, após a aplicação do formicida em gel a base de

hidrametilnona demonstrou que dos 42 pontos monitorados no hospital A, em 4 foram

detectados infestação com índice de 9,5% do total de pontos. E no hospital B foram

detectados 5 pontos com infestação de formigas com índice de 7% dos 72 pontos

monitorados.

Nesta segunda avaliação as espécies identificadas no hospital A foram: T.

melacephalum com 75% de todos os pontos com formigas e P. longicornis com 25 % dos

total de pontos infestados.

E no hospital B foram: T. melanocephalum com 40%, P. longicornis 20%,

Brachymyrmex 20%, Monomorium sp. 10% e Dorymyrmex sp. 10% do total de pontos

monitorados, sendo que as duas últimas espécies não haviam sido identificadas na

primeira coleta. (Tabela 3, Figura 3 )

Tabela 1- Levantamento de formigas no Hospital A no mês de agosto de 2010, no município de Goiânia, GO. Pontos monitorados Espécies

Identificadas Isca de Glicose Isca de proteína

Área externa(entrada principal)1

Pheidole sp 1

- X

Área externa(entrada principal)2

Pheidole sp 1

X X

Área externa(entrada pronto socorro) 3

Pheidole sp 1

- X

Área externa(entrada pronto socorro)4

Pheidole sp 1

X X

Área externa (intermediaria) 5

Pheidole sp 1

X X

Recepção Tapinoma

melanocephalum X X

Recepção(banheiro feminino)

Pheidole sp 1

X X

Recepção( banheiro masculino)

Pheidole sp 1

X X

Consultórios (banheiros)

Paratrechina

longicornis - X

Eletrocardiograma Tapinoma

melanocephalum - X

Apartamento 112 (banheiro)

Tapinoma

melanocephalum - X

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9 Apartamentos 114 (banheiro)

Tapinoma

melanocephalum X -

Necrotério Pheidole sp 2

- X

Enfermaria feminina (Banheiro)

Tapinoma

melanocephalum X -

Tabela 2- Levantamento de formigas no Hospital B no mês de agosto de 2010, no município de Goiânia, GO

Pontos monitorados

Espécies Identificadas

Isca de Glicose Isca de proteína

Área externa(entrada funcinarios)1

Paratrechina

longicornis X

Área externa(entrada Funcionarios)2

Paratrechina

longicornis X

UTI 1 expurgo Paratrechina

longicornis X X

UTI 1 (pia) Paratrechina

longicornis X

UTI 1 (leito 2) Paratrechina

longicornis X

UTI 1 ( leito 5) Paratrechina

longicornis X

Apto 09 (bannheiro) Tapinoma

melanocephalum X X

Centro cirúrgico(Pia anti-sala)

Tapinoma

melanocephalum

Centro cirúrgico Porta anti-sala

Tapinoma

melanocephalum X

Enfermaria (41) Paratrechina

longicornis X

Enfermaria (37) Brachymyrmex X Enfermaria (35) Tapinoma

melanocephalum X X

Posto enfermagem III

Tapinoma

melanocephalum X X

Tabela 3- Levantamento de formigas no Hospital A no novembro de 2010, no município de Goiânia, GO

Pontos monitorados Espécies Identificadas

Isca de Glicose Isca de proteína

Área externa (entrada principal)2

Tapinoma

melanocephalum - X

Área externa(entrada pronto socorro) 3

Paratrechina

longicornis - X

Recepção Tapinoma

melanocephalum - X

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Recepção(banheiro feminino)

Tapinoma

melanocephalum

Tabela 4 - Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de Goiânia, GO

Pontos monitorados

Espécies Identificadas

Área externa(entrada funcinarios)1

Paratrechina

longicornis

Área externa(entrada Funcionarios)2

Paratrechina

longicornis

P4 Area externa posto enfermangem 1

Monomorium

Dorymyrmex

Enfermaria (35) Tapinoma

melanocep

Enfermaria (35)B Tapinoma

melanocep

Figura 1 – Porcentagem de infestação mês agosto de 2010

Pheidole sp 2

7%

Tapinoma

melanocefhalum

36%

Paratrechyna

longicornis

7%

Tapinoma

melanocephalum -

Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de

Identificadas Isca de Glicose Isca de proteína

Paratrechina

longicornis

Paratrechina

longicornis

X

Monomorium sp

Dorymyrmex sp

Tapinoma

melanocephalum

Tapinoma

melanocephalum

de infestação de espécies de formigas no hospital A, município de Goiânia, no

Pheidole sp 1

50%

Hospital A

Nivel de infestação

por espécies

10

X

Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de

Isca de proteína

X

X

X

X

X

de espécies de formigas no hospital A, município de Goiânia, no

Nivel de infestação

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Figura 2 – Porcentagem de infestação de espéciesno mês agosto de 2010

Figura 3 – Porcentagem de infestação de espéciesno mês de novembro 2010

Paratrechina

longicornis

54%

Brachymyrmex

8%

Paratrechina

longicornis

25%

Porcentagem de infestação de espécies de formigas no hospital B no mun

de infestação de espécies de formigas no hospital A no município de Goiânia,

Pheidole sp 1

0%Pheidole sp 2

0%

Tapinoma

melanocephalum

38%

Hospital B

Tapinoma

melanocephalum

75%

Hospital A

11

de formigas no hospital B no município de Goiânia,

de formigas no hospital A no município de Goiânia,

Pheidole sp 1

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Figura 4 – Porcentagem de infestação de espéciesmês de dezembro 2010

7. Discussão dos Resultados

Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados,

melanocephalum e P. longicornis

do hospital, área de atendimento e

maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens

e enfermarias.

Após aplicação da isca com principio ativo de hidra

infestação de 23,5% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,

respectivamente.

Constatou-se também

não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como ta

no hospital B e em dois pontos apareceram outras espécies

enfermagem 1. Esses pontos são bem próximos.

No hospital A as espécies,

segunda coleta e no pontos onde foram detectadas

melanocephalum e P. longicor

detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em

Dorymyrmex sp

17%

Monomorium sp

17%

de infestação de espécies de formigas no hospital B no município de Goiânia, no

ados

Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados,

longicornis. O Hospital A apresentou maior infestação na entrada

de atendimento e externa, enquanto que no hospital B a infestação

maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens

Após aplicação da isca com principio ativo de hidrametilnona 0,5%,

% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,

se também que as espécies encontradas na segunda coleta de formigas

não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como ta

pontos apareceram outras espécies, P4 Área externa e no posto

. Esses pontos são bem próximos.

No hospital A as espécies, Pheidole sp. 1 e Pheidole sp. 2 não foram

segunda coleta e no pontos onde foram detectadas anteriomente, mas as espécies:

cornis foram coletadas nestes locais. Já no h

detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em

Tapinoma

melanocephalum

33%

Paratrechina

longicornis

33%

Hospital B

12

no município de Goiânia, no

Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados, T.

. O Hospital A apresentou maior infestação na entrada

externa, enquanto que no hospital B a infestação

maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens

metilnona 0,5%, houve queda de

% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,

que as espécies encontradas na segunda coleta de formigas

não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como também

, P4 Área externa e no posto

não foram detectadas na

anteriomente, mas as espécies: T.

Já no hospital B foram

detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em

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13 pontos anteriormente não infestados: Monomorium sp. e Dorymyrmex sp. Dentre as

espécies identificadas nos trabalhos realizados em hospitais da mesma região, tais como

no hospital do município de Morrinhos-GO desenvolvido por J. E. Filho et al, 2006, foram

identificadas as mesmas espécies que neste trabalho, com exceção de Linepithema

humile que não foi encontrada no levantamento realizado em Goiânia. Ja Bragança &

Lima. 2010 em Palmas, TO obtiveram Acromyrmex sp. Camponotus spp. Solenopsis

globularia e Solenopsis saevissima, espécies que não foram coletadas no presente

trabalho.

Porem teve uma diversidade maior tais como; Wasmannia auropunctata, A. heyeri,

S. saevissima e A. striatus. Espécies não detectadas neste levantamento, e nos hospitais

dos municípios de Palmas – TO e Morrihos – GO.

Nos trabalhos desenvolvidos no município de Bajé – RS por _________ e Marília –

SP não apresentaram grandes diversidade, no que se refere à espécies diferentes das

que foram encontradas neste levantamento e nos demais citados neste anteriormente.

Observa- se que espécies predominante foram: lundi (38,67%), Brachymyrmex sp.

(26,77%) e Camponotus sp. 1 (17,47%). E Tapinoma melanocephalum (70%) e

Paratrechina longicornis(30%) respectivamente.

8. Conclusão

As espécies de formigas encontradas nos hospitais avaliados em Goiância são:

Pheidole sp 1, Tapinoma melanocephalu, Paratrechina longicornis e Pheidole sp 2.

A aplicação de iscas a a base de hidrametilnona 0,5%, diminui em 23,5% e 11% as

porcentagens de infestação nos hospitais A e B, respectivamente.

Áreas onde espécies de formigas foram controladas foram substituídas por outras

espécies anteriormente não detectadas.

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14 9. Referencias Bibliográficas

Bueno, O.C.; Campos-Farinha A.E.C. 1999. As formigas domésticas. pp. 135-180 in: Mariconi, F.A.M. (Ed.) Insetos e outros invasores de residências . FEALQ, Piracicaba. Zarzuela, M.F.M.; Ribeiro M.C.C.; Campos-Farinha A.E.C. 2002. Distribuição de formigas urbanas em um hospital da região sudeste do Brasil.

Tanaka, I, I.; Sornas Viggiani, A. M. F.; Person, O. C. 2006. Bacterias veiculadas por formigas em ambiente hospitalar.

Filho, J. E.; Pesquero M. A.; Carneiro, L. C.; Feitosa, S. B.; Costa Oliveira, M. A.; Quintana, R. Coelho. 2007. Avaliação da mirmecofauna na transmissão de patógenos em ambiente hospitalar. BUENO, O.C. & F OWLER, H.G. Exotic ants and native ant fauna of brazilian hospitals. In: WILLIAMS, D.F. (Ed.). Exoticants: biology, impact, and control of introduced species.Boulder: Westview, 1994. p.191-197.