AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM … · principalmente, quando se trata de...
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEOR IA E PRÁTICA
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM AM BIENTE
HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.
VALMERICE FERREIRA LEITE
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana.
12/2010
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO DE FORMIGAS EM AM BIENTE
HOSPITALAR NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA.
VALMERICE FERREIRA LEITE
ORIENTADOR: Ana Eugenia Campos Farinha
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .
12/2010
2
1. Introdução
A incidência de formigas em ambiente urbano é muito frequente e preocupante.
Consta através de pesquisas que estes insetos podem causar sérios danos à saúde
pública e principalmente no que se refere quando estão presentes nos hospitais.
Trabalhos realizados mostram que o nível de infestação é preocupante, (Bueno & Fowler
1994) e que esses insetos são responsáveis pela veiculação de patógenos relacionados a
infecções adquiridas em hospitais.
Entre os insetos sociais, as formigas desenvolvem várias interações com animais,
vegetais, fungos e bactérias. A sua morfologia facilita a locomoção por pequenos orifícios,
frestas e fendas e muitas vezes sua presença é quase imperceptível. Costumam sair de
locais contaminados para locais não contaminados em busca de alimentos e são comuns
em locais quentes e úmidos.
Os fatores que influenciam a presença de formigas em hospitais são a estrutura
arquitetônica, a proximidade a residências (que estimula a migração desses insetos), as
embalagens de alguns medicamentos que podem trazer ninhos de formigas para o
ambiente interno, a manipulação de medicamentos além de alimentos que funcionam
como atrativo extra. (Zarzuela et al, 2002)
.
3 2. Justificativa
A presença de formigas em ambientes hospitalares, é um fator preocupante, por
apresentarem a capacidade de transportar microrganismos patogênicos, constituem um
perigo potencial à saúde pública, pois estariam contribuindo com o recrudescimento da
contaminação de locais tais como; tais como UTI’s, centros cirúrgicos e leito de pacientes
pós cirúrgicos (BUENO; FOWLER, 1994). Pesquisas enfocando a associação entre
bactérias e formigas ainda são precárias em nosso país (FOWLER et al., 1993; MOREIRA
et al., 2005).
A mirmecofauna presente em cidades no Brasil ainda é pouco conhecida,
principalmente, quando se trata de cidades fora da região sudeste. (OLIVEIRA; CAMPOS-
FARINHA, 2005). E na Região Centro – Oeste a situação é semelhante às demais
regiões, existem poucos estudos realizados sobre incidência desses insetos em hospitais
e a maioria das empresas especializadas na área de Controle de Pragas, não dispõem de
um projeto com procedimento, eficaz e seguro, tanto para controle de formigas como
também de outros vetores em ambiente hospitalar.
3. Objetivos
• Avaliar o índice infestação e identificar as espécies e formigas em dois
hospitais no município de Goiânia e verificar os pontos mais críticos.
• Realizar o controle das formigas e avaliar sua eficiência nos referidos
hospitais
4. Revisão Bibliográfica
4.1 Importâncias das formigas
Estima-se que as formigas representam 10% a 25% da biomassa animal na região
amazônica, sendo um fator importante na concentração de energia, possibilitando a
estabilidade de vários ecossistemas terrestres e regulando o ciclo de nutrientes. Algumas
espécies são neutras considerando os aspectos econômicos da humanidade, porém a
maioria das espécies desempenha um papel importante na aeração do solo, pois
4 removem mais terra que as minhocas, atuando também na polinização e na dispersão de
sementes. Outra fundamental importância das formigas é na cadeia alimentar.Várias
espécies são predadoras de outras pragas na área agrícola, inclusive de outras espécies
de formigas. (Bueno & Campos Farinha, 1999).
As pesquisas ultimamente têm sido voltadas para as espécies andarilhas ou
urbanas. Segundo Hölldobler e Wilson (1990) as espécies urbanas possuem as seguintes
características: Poliginia ( presença de várias rainhas no mesmo ninho); constituem
populações unicoloniais ( Sub divisões dos ninhos).
4.2 Biologia e comportamento das formigas urbanas.
O conhecimento da biologia das formigas é um dos fatores de suma importância para a
definição de estratégias de controle. Até a data presente não se tem disponível no
mercado um inseticida eficaz para todas as espécies indistintamente (Campos Farinha et
al.1997). As formigas são consideradas insetos verdadeiramente sociais (eusociais), fator
que facilita sua sobrevivência, contribuindo na defesa contra predadores e competidores.
As características do eusocialismo são: sobreposição de gerações: Várias gerações
convivendo no mesmo ninho. Cuidado com prole: Alimentação e proteção da cria. Divisão
de trabalho: Indivíduos reprodutivos e fêmeas estéreis, chamadas operárias, que
desempenham as demais atividades.
A formação da colônia geralmente ocorre em uma determinada época do ano, que varia
de espécie para espécie. A cópula ocorre em pleno vôo após os indivíduos estarem
sexualmente maduros, a fêmea é inseminada por vários machos e os espermatozóides
são armazenados na espermateca.
A rainha então realiza a postura dos ovos, que são dois tipos: ovos tróficos ou ovos não
fertilizados e os ovos de desenvolvimento, sendo os primeiros utilizados para alimentação
da própria rainha e das primeiras larvas.
Em várias espécies polidômicas e poligínicas, as novas colônias surgem com a
fragmentação da colônia principal, fenômeno denominado sociotomia. A fragmentação da
colônia geralmente ocorre quando a colônia - mãe possui uma alta densidade
populacional ocorrendo a formação de novas colônias, denominadas colônias – filhas.
(Bueno & Campos Farinha, 1999).
5 4.3 Formigas em Hospitais
A preocupação é constante e o assunto é de suma importância quando está
relacionado com formigas no ambiente hospitalar. Considerando que as formigas que
infestam hospitais são as denominadas formigas urbanas ou andarilhas e por terem a
facilidade de deslocamento graças a sua morfologia, transitam de locais contaminados
para locais não contaminados, atuando como vetores mecânicos de microorganismos
patogênicos.
Os primeiros registros aconteceram em países de regiões temperadas, como
Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos e posteriormente no Chile e no Brasil. Nas regiões
temperadas foram identificadas uma ou poucas espécies em prédios, enquanto que no
Brasil esse número é maior que 20 (vinte) (Bueno &Campos-Farinha 1999)
Esta alta diversidade é um fator preocupante para a saúde pública pois torna o
manejo das formigas bastante complexo. Quando uma espécie é controlada, outras
espécies, com populações mais reduzidas, podem dominar o ambiente.
Apesar da alta diversidade de espécies, a falta de informação sobre os danos
causados à saúde humana, coloca em segundo plano a importância dessas formigas
(Bueno &Campos-Farinha 1999).
As formigas têm sido descritas como habitantes do ambiente hospitalar, podendo
representar um veiculo no deslocamento de microorganismos. Em seu estudo, Zarzuela
et al. (2002)2 encontraram dez espécies de formigas habitando duas unidades
hospitalares e uma residência.
Para obter um resultado com eficiência no que diz respeito ao controle das
espécies urbanas, é necessário o conhecimento sobre o comportamento e biologia das
diferentes espécies. Pontos que devem ser observados são: poliginia, população
unicoloniais, frequentemente mudam ninho de lugar, reprodução por fragmentação das
colônias, quando necessário sem a presença da rainha.
Levantamentos realizados em doze hospitais do estado de São Paulo revelam
infestação por formigas, apresentando maior índice nos berçários e nas unidades de
terapia intensiva (UTI) e 16,5% das formigas coletadas apresentavam bactérias
patogênicas. Entre os artrópodes que podem ser colonizados por cepas bacterianas
hospitalares, quando em infestação em ambiente nosocomial, são as moscas, baratas e
6 formigas. Estes organismos transportam microrganismos de um lugar a outro, podendo
promover infecções cruzadas. (Pereira R.S e Ueno M. 2008)
Resultados dos levantamentos nos hospitais nas cidades de Morrinhos – GO e
Palmas – TO, apresentaram resultados semelhantes. Em Morrinhos a dominância
espaço-temporal de Pheidole sp. foi grande no interior do hospital, onde coexistiu com
Brachymyrmex sp.. Pheidole sp. foi encontrada em 38 de 39 setores investigados. As
análises microbiológicas comprovaram que a maioria das mostras coletadas apresentou
microrganismos patógenos. (J. E. Filho et al, 2006).
Das 88 amostras de Pheidole sp. analisadas, 69 (78.41%) continham alguma
espécie de bactéria. Escherichia coli foi a mais presente das seis espécies observadas no
tegumento das formigas. Devido à ampla distribuição desta formiga, todos os ambientes
do hospital estão passíveis de contaminação, incluindo os centros cirúrgicos. (J. E. Filho
et al, 2006).
O levantamento realizado no hospital materno infantil de Palmas teve como
objetivo comparar o nível de infestação em diferentes estações do ano. As coletas das
amostras foram realizadas nos períodos de chuva e de seca e não houve diferença na
composição de espécies entre estações e entre períodos. As exceções foram para
Tetramorium sp., que ocorreu somente na estação chuvosa, e Acromyrmex sp., que foi
encontrada somente no período diurno (Bragança e Lima. 2010 ),
Na região sul, no município de Bagé- RS, o levantamento realizado por (C.L. Bicho
et AL), teve por objetivo identificar as espécies mais frequente nos hospitais e postos de
saúdes no município. As coletas foram realizadas em dois hospitais e dois postos de
saúde, no período de março a junho de 2003, e as espécies que mais se destacaram
foram: A. lundi, Brachymyrmex sp e Camponotus sp. Porem com a presença da
Wasmannia auropunctata escipecie que não encontrada neste trabalho e também nos
trabalhos dos Município de Palmas – TO e Morrinhos - GO
.
5. Material e Métodos
Foram selecionados dois hospitais para a realização das coletas, no município de
Goiânia-GO. Os hospitais foram denominados A e B. O Hospital A possui 26 leitos e
apresenta um prédio com estrutura física mais antiga, com parte dele desativado para
7 reforma, como, UTI e algumas enfermarias. O hospital B com 87 leitos e todos em
atividade, e estrutura física mais nova, porém não foi autorizado acesso em todas as
áreas no momento da coleta das amostras. Pontos de iscagem foram selecionados em
ambos hospitais, perfazendo 42 e 72 pontos, respectivamente.
As coletas foram realizadas entre agosto e dezembro de 2010 no período diurno.
As formigas que ocorriam na área interna foram coletadas por meio de dois tipos iscas,
um a base de proteína (proteína a base de carne de peixe) e outra de glicose (açúcar
invertido). As iscas foram dispostas lado a lado sobre papel alumínio e permaneceram
nos ambientes por um período médio de uma hora. Após esse período as iscas foram
retiradas e as formigas sobre as iscas e ao redor delas, foram coletadas com o auxílio de
um pincel e colocadas em frascos do tipo eppendorf, com álcool a 70%, para posterior
identificação.
Foram realizadas duas coletas em um intervalo de 60 dias sendo que no hospital B
o intervalo foi de 90 dias. Entre uma coleta e outra foi realizada uma aplicação de gel
formicida a base de Hidrametilnona a 0,5% nos pontos infestados (Anexo I) e após 60
dias foram realizadas novas coletas de formigas nos mesmos pontos.
6. Resultados
Dos 42 pontos com iscas no hospital A, 38 foram dispostos na área interna e 4 na
área externa. , Quatorze dos pontos monitorados apresentaram atividades de formigas
(33%), incluindo os quatro pontos da área externa . Foram identificadas 4 espécies de
formigas (Tabela 1).
Pheidole sp. 1 foi a espécie mais frequente nos pontos, seguida por Tapinoma
melanocephalum (Figura 1).
No hospital B foram monitorados 72 pontos, 66 na área interna e 6 na área
externa, 13 pontos, (18%) apresentaram infestação de formigas. Dos pontos monitorados
na área externa 2 apresentaram infestação (Tabela 2).
Três espécies foram identificadas no hospital B: P. longicornis com 53,8% dos pontos
infestados, tanto na área interna quanto externa, porém em pontos bem próximos; T.
melanocephalum com 38,5% e Brachymyrmex sp. com 7,7% dos pontos infestados, mas
coletada somente na área externa ( Figura 2).
8
Após a primeira amostragem foi realizada uma aplicação do gel formicida com
principio ativo de hidrometilona a 0,5% e num intervalo de 60 dias no Hospital A e 80 dias
hospital no hospital B foi realizada uma nova coleta de formigas em A e B
respectivamente e apresentou o seguinte resultado:
A segunda amostragem, após a aplicação do formicida em gel a base de
hidrametilnona demonstrou que dos 42 pontos monitorados no hospital A, em 4 foram
detectados infestação com índice de 9,5% do total de pontos. E no hospital B foram
detectados 5 pontos com infestação de formigas com índice de 7% dos 72 pontos
monitorados.
Nesta segunda avaliação as espécies identificadas no hospital A foram: T.
melacephalum com 75% de todos os pontos com formigas e P. longicornis com 25 % dos
total de pontos infestados.
E no hospital B foram: T. melanocephalum com 40%, P. longicornis 20%,
Brachymyrmex 20%, Monomorium sp. 10% e Dorymyrmex sp. 10% do total de pontos
monitorados, sendo que as duas últimas espécies não haviam sido identificadas na
primeira coleta. (Tabela 3, Figura 3 )
Tabela 1- Levantamento de formigas no Hospital A no mês de agosto de 2010, no município de Goiânia, GO. Pontos monitorados Espécies
Identificadas Isca de Glicose Isca de proteína
Área externa(entrada principal)1
Pheidole sp 1
- X
Área externa(entrada principal)2
Pheidole sp 1
X X
Área externa(entrada pronto socorro) 3
Pheidole sp 1
- X
Área externa(entrada pronto socorro)4
Pheidole sp 1
X X
Área externa (intermediaria) 5
Pheidole sp 1
X X
Recepção Tapinoma
melanocephalum X X
Recepção(banheiro feminino)
Pheidole sp 1
X X
Recepção( banheiro masculino)
Pheidole sp 1
X X
Consultórios (banheiros)
Paratrechina
longicornis - X
Eletrocardiograma Tapinoma
melanocephalum - X
Apartamento 112 (banheiro)
Tapinoma
melanocephalum - X
9 Apartamentos 114 (banheiro)
Tapinoma
melanocephalum X -
Necrotério Pheidole sp 2
- X
Enfermaria feminina (Banheiro)
Tapinoma
melanocephalum X -
Tabela 2- Levantamento de formigas no Hospital B no mês de agosto de 2010, no município de Goiânia, GO
Pontos monitorados
Espécies Identificadas
Isca de Glicose Isca de proteína
Área externa(entrada funcinarios)1
Paratrechina
longicornis X
Área externa(entrada Funcionarios)2
Paratrechina
longicornis X
UTI 1 expurgo Paratrechina
longicornis X X
UTI 1 (pia) Paratrechina
longicornis X
UTI 1 (leito 2) Paratrechina
longicornis X
UTI 1 ( leito 5) Paratrechina
longicornis X
Apto 09 (bannheiro) Tapinoma
melanocephalum X X
Centro cirúrgico(Pia anti-sala)
Tapinoma
melanocephalum
Centro cirúrgico Porta anti-sala
Tapinoma
melanocephalum X
Enfermaria (41) Paratrechina
longicornis X
Enfermaria (37) Brachymyrmex X Enfermaria (35) Tapinoma
melanocephalum X X
Posto enfermagem III
Tapinoma
melanocephalum X X
Tabela 3- Levantamento de formigas no Hospital A no novembro de 2010, no município de Goiânia, GO
Pontos monitorados Espécies Identificadas
Isca de Glicose Isca de proteína
Área externa (entrada principal)2
Tapinoma
melanocephalum - X
Área externa(entrada pronto socorro) 3
Paratrechina
longicornis - X
Recepção Tapinoma
melanocephalum - X
Recepção(banheiro feminino)
Tapinoma
melanocephalum
Tabela 4 - Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de Goiânia, GO
Pontos monitorados
Espécies Identificadas
Área externa(entrada funcinarios)1
Paratrechina
longicornis
Área externa(entrada Funcionarios)2
Paratrechina
longicornis
P4 Area externa posto enfermangem 1
Monomorium
Dorymyrmex
Enfermaria (35) Tapinoma
melanocep
Enfermaria (35)B Tapinoma
melanocep
Figura 1 – Porcentagem de infestação mês agosto de 2010
Pheidole sp 2
7%
Tapinoma
melanocefhalum
36%
Paratrechyna
longicornis
7%
Tapinoma
melanocephalum -
Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de
Identificadas Isca de Glicose Isca de proteína
Paratrechina
longicornis
Paratrechina
longicornis
X
Monomorium sp
Dorymyrmex sp
Tapinoma
melanocephalum
Tapinoma
melanocephalum
de infestação de espécies de formigas no hospital A, município de Goiânia, no
Pheidole sp 1
50%
Hospital A
Nivel de infestação
por espécies
10
X
Levantamento de formigas no Hospital B no mês dezembro de 2010, no município de
Isca de proteína
X
X
X
X
X
de espécies de formigas no hospital A, município de Goiânia, no
Nivel de infestação
Figura 2 – Porcentagem de infestação de espéciesno mês agosto de 2010
Figura 3 – Porcentagem de infestação de espéciesno mês de novembro 2010
Paratrechina
longicornis
54%
Brachymyrmex
8%
Paratrechina
longicornis
25%
Porcentagem de infestação de espécies de formigas no hospital B no mun
de infestação de espécies de formigas no hospital A no município de Goiânia,
Pheidole sp 1
0%Pheidole sp 2
0%
Tapinoma
melanocephalum
38%
Hospital B
Tapinoma
melanocephalum
75%
Hospital A
11
de formigas no hospital B no município de Goiânia,
de formigas no hospital A no município de Goiânia,
Pheidole sp 1
Figura 4 – Porcentagem de infestação de espéciesmês de dezembro 2010
7. Discussão dos Resultados
Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados,
melanocephalum e P. longicornis
do hospital, área de atendimento e
maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens
e enfermarias.
Após aplicação da isca com principio ativo de hidra
infestação de 23,5% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,
respectivamente.
Constatou-se também
não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como ta
no hospital B e em dois pontos apareceram outras espécies
enfermagem 1. Esses pontos são bem próximos.
No hospital A as espécies,
segunda coleta e no pontos onde foram detectadas
melanocephalum e P. longicor
detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em
Dorymyrmex sp
17%
Monomorium sp
17%
de infestação de espécies de formigas no hospital B no município de Goiânia, no
ados
Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados,
longicornis. O Hospital A apresentou maior infestação na entrada
de atendimento e externa, enquanto que no hospital B a infestação
maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens
Após aplicação da isca com principio ativo de hidrametilnona 0,5%,
% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,
se também que as espécies encontradas na segunda coleta de formigas
não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como ta
pontos apareceram outras espécies, P4 Área externa e no posto
. Esses pontos são bem próximos.
No hospital A as espécies, Pheidole sp. 1 e Pheidole sp. 2 não foram
segunda coleta e no pontos onde foram detectadas anteriomente, mas as espécies:
cornis foram coletadas nestes locais. Já no h
detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em
Tapinoma
melanocephalum
33%
Paratrechina
longicornis
33%
Hospital B
12
no município de Goiânia, no
Duas espécies de formigas foram coincidentes nos dois hospitais estudados, T.
. O Hospital A apresentou maior infestação na entrada
externa, enquanto que no hospital B a infestação
maior estava na área interna, tais como UTI”s ( leito de pacientes) posto de enfermagens
metilnona 0,5%, houve queda de
% e 11% nas porcentagens de infestação nos hospitais A e B,
que as espécies encontradas na segunda coleta de formigas
não eram as mesmas nos mesmo pontos, isso ocorreu tanto no hospital A como também
, P4 Área externa e no posto
não foram detectadas na
anteriomente, mas as espécies: T.
Já no hospital B foram
detectadas duas espécies que não foram identificadas na primeira amostragem, e em
13 pontos anteriormente não infestados: Monomorium sp. e Dorymyrmex sp. Dentre as
espécies identificadas nos trabalhos realizados em hospitais da mesma região, tais como
no hospital do município de Morrinhos-GO desenvolvido por J. E. Filho et al, 2006, foram
identificadas as mesmas espécies que neste trabalho, com exceção de Linepithema
humile que não foi encontrada no levantamento realizado em Goiânia. Ja Bragança &
Lima. 2010 em Palmas, TO obtiveram Acromyrmex sp. Camponotus spp. Solenopsis
globularia e Solenopsis saevissima, espécies que não foram coletadas no presente
trabalho.
Porem teve uma diversidade maior tais como; Wasmannia auropunctata, A. heyeri,
S. saevissima e A. striatus. Espécies não detectadas neste levantamento, e nos hospitais
dos municípios de Palmas – TO e Morrihos – GO.
Nos trabalhos desenvolvidos no município de Bajé – RS por _________ e Marília –
SP não apresentaram grandes diversidade, no que se refere à espécies diferentes das
que foram encontradas neste levantamento e nos demais citados neste anteriormente.
Observa- se que espécies predominante foram: lundi (38,67%), Brachymyrmex sp.
(26,77%) e Camponotus sp. 1 (17,47%). E Tapinoma melanocephalum (70%) e
Paratrechina longicornis(30%) respectivamente.
8. Conclusão
As espécies de formigas encontradas nos hospitais avaliados em Goiância são:
Pheidole sp 1, Tapinoma melanocephalu, Paratrechina longicornis e Pheidole sp 2.
A aplicação de iscas a a base de hidrametilnona 0,5%, diminui em 23,5% e 11% as
porcentagens de infestação nos hospitais A e B, respectivamente.
Áreas onde espécies de formigas foram controladas foram substituídas por outras
espécies anteriormente não detectadas.
14 9. Referencias Bibliográficas
Bueno, O.C.; Campos-Farinha A.E.C. 1999. As formigas domésticas. pp. 135-180 in: Mariconi, F.A.M. (Ed.) Insetos e outros invasores de residências . FEALQ, Piracicaba. Zarzuela, M.F.M.; Ribeiro M.C.C.; Campos-Farinha A.E.C. 2002. Distribuição de formigas urbanas em um hospital da região sudeste do Brasil.
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