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ANHANGUERA EDUCACIONAL S.A.
Faculdade Anhanguera de Dourados
Curso de Administração
Gislaine de Oliveira Lima, Heliton Ziroldo Trevisan
e Larissa Lacerda Matos Mascarenhas
Avaliação da importância do Plano de Negócios por parte do empresariado douradense
Dourados 2011
Gislaine de Oliveira Lima, Heliton Ziroldo Trevisan
e Larissa Lacerda Matos Mascarenhas
Avaliação da importância do Plano de Negócios por parte do empresariado douradense
Monografia apresentada, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração,
na Faculdade Anhanguera de Dourados, sob a orientação do prof. Esp. Fabiano Silva Pereira.
Dourados 2011
Gislaine de Oliveira Lima, Heliton Ziroldo Trevisan
e Larissa Lacerda Matos Mascarenhas
Avaliação da importância do Plano de Negócios por parte do empresariado douradense
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração da Faculdade Anhanguera de Dourados.
Aprovado em de de 2011.
________________________________
Prof. Esp Fabiano Silva Pereira Faculdade Anhanguera de Dourados
Orientador
________________________________
Prof. ou Profa. Título (Dr, Ms, Esp) Nome do avaliador(a) Nome da Instituição
Avaliador(a)
________________________________
Prof. Ms Marcos Roberto Costa
Faculdade Anhanguera de Dourados Coordenador do Curso de Administração
Dourados 2011
Este trabalho é dedicado aos nossos pais pelo apoio em todos os momentos da nossa vida, a
conclusão desta etapa é um resultado do esforço contínuo de cada um vocês.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus pela vida e pelas oportunidades que nos foram dadas,
pelos momentos bons e pelos momentos difíceis que nos ajudaram a crescer.
Aos nossos pais pelo amor e dedicação, por terem acreditado na nossa capacidade e nos ajudarem em todos os momentos da vida, vocês são nossos
exemplos e são merecedores de nossas conquistas.
Aos nossos irmãos e amigos pelo carinho, apoio e compreensão durante
todos os momentos, incluindo as vezes estivemos ausentes e nossa presença fez falta para vocês.
Ao professor Fabiano Silva Pereira por sua dedicação, pelos conhecimentos
que foram partilhados, pela compreensão e paciência que foram fundamentais para a conclusão deste trabalho.
A professora Cirlene Maria Bispo dos Santos pelos seus conselhos e atenção dispensados durante toda nossa graduação.
Ao querido professor Jorge Manhães (in memorian), pelos ensinamentos,
entusiasmo, criatividade, motivação e companheirismo durante o início de nossa graduação, sem dúvida, fundamental para que chegássemos até aqui.
Compartilhamos esta conquista com cada um de vocês.
RESUMO
LIMA, Gislaine de Oliveira. TREVISAN, Heliton Ziroldo. MASCARENHAS, Larissa Lacerda Matos. Avaliação da importância do Plano de Negócios
por parte do empresariado douradense. 2011. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso Bacharel em Administração – Faculdade Anhanguera de Dourados, Dourados, 2011.
O Plano de Negócios tornou-se uma ferramenta importante nos últimos anos, tanto para a constituição de uma empresa como para a ampliação da
sua capacidade produtiva. O trabalho em questão aborda a utilização do Plano de Negócios nas empresas da cidade de Dourados - que constitui um pólo de desenvolvimento comercial no sul do Mato Grosso do Sul – e a
percepção dos empresários em relação a esta ferramenta no que tange ao grau de importância de sua utilização em seu empreendimento. Através de
uma pesquisa quantitativa, fora avaliada a importância do Plano de Negócios pelo empresariado douradense.
Palavras-chave: plano de negócios; importância utilização; empresariado
douradense.
ABSTRACT
LIMA, Gislaine de Oliveira. TREVISAN, Heliton Ziroldo. MASCARENHAS, Larissa Lacerda Matos. Evaluation of the importance of the Business
Plan by the Dourados' entrepreneurs. 47 pages. Completion of Course Work Bachelor of Business Administration. – Faculdade Anhanguera of Dourados, Dourados, 2011.
The Business Plan has become an important tool in the last few years, both for a business constitution as to expand its production capacity. The
present report deals with the application of the Business Plan in the companies in the city of Dourados - that is a commercial development center in the south of Mato Grosso do Sul - and the businessmen perception in
relation to this tool with the respect to the degree of importance of its application in their business. Through a quantitative research, it was
checked the importance of the Business Plan for the Dourados' entrepreneurs.
Key words: Business Plan, importance of application, Dourados.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Determinante do tamanho da amostra...............................................32
Tabela 2 - Característica sócio-econômicos dos pesquisados.................................34
Tabela 3 - Principais benefícios da utilização do Plano de Negócios........................38
LISTA DE SIGLAS
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBOPE Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
NEmp Núcleo de Empreendedorismo NFIB National Federation of Independent Business SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ...................................................................................... 5
RESUMO .................................................................................................. 7
ABSTRACT ................................................................................................ 8
LISTA DE TABELAS ...................................................................................... 8
LISTA DE SIGLAS ...................................................................................... 10
Introdução ............................................................................................. 12
Capítulo 1 - Revisão de Literatura ................................................................ 13
1.1 EMPREENDEDORISMO .................................................................... 13
1.2 OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO ......................................................... 14
1.3 PESQUISA DE MERCADO ................................................................. 16
1.4 PLANO DE NEGÓCIOS .................................................................... 17
1.4.1 Etapas do Plano de Negócios ............................................................. 20
1.4.1.1 Ramo de Atuação ........................................................................... 20
1.4.1.2 Sumário ...................................................................................... 20
1.4.1.3 Análise de Mercado ........................................................................ 22
1.4.1.4 Plano de Marketing ......................................................................... 23
1.4.1.5 Plano Operacional .......................................................................... 25
1.4.1.6 Plano Financeiro ............................................................................ 27
1.4.2 Aplicabilidade do Plano de Negócios .................................................... 29
Capítulo 2 – Métodos e Técnicas de Pesquisa ................................................... 31
Capítulo 3 – Análises de Resultado ................................................................ 34
Capítulo 4 – Considerações Finais ................................................................. 39
Referências Bibliográficas .......................................................................... 41
Apêndice A - Questionário Pesquisa .............................................................. 43
Anexo A - Roteiro Esquematizado - SEBRAE ..................................................... 46
Introdução
As mudanças mercadológicas ocorridas nas ultimas décadas
trouxeram para o contexto econômico uma nova realidade, o mercado
econômico não pode mais ser tratado como algo inerente a sua empresa, seja
ela de grande ou pequeno porte.
Envolvidas neste contexto as empresas buscam diversas formas de
adaptar-se as mudanças, o estudo da administração resulta em diversas
ferramentas que visam auxiliar o empresário em seus empreendimentos, o
Plano de Negócios é uma destas ferramentas de gestão. Segundo Salles
(2001), um Plano de Negócios é uma maneira estruturada de realizar
projeções de futuro em um empreendimento, que irão se traduzir em uma
série de instrumentos de gerenciamento do negócio.
O município de Dourados, localizado no centro-sul do Mato Grosso
do Sul (MS) possui 196.035 habitantes e 4.604 empresas privadas atuantes
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2010), o comércio
corresponde a 76% da economia do município.
Mensurada a relevância dos empreendimentos do município para a
economia, tratar-se-á da metodologia do Plano de Negócios e do perfil do
empresário quanto a importância da utilização desta ferramenta de gestão
nas empresas privados de Dourados/MS.
Capítulo 1 - Revisão de Literatura
1.1. EMPREENDEDORISMO
O empreendedor é uma personalidade cada vez mais importante no
contexto econômico, social e empresarial, tendo em vista que é ele quem
arrisca, muitas vezes contra todas as expectativas, em um negócio
totalmente novo. Essa visão faz com que, segundo Chiavenato (2008) sejam
vistos como heróis do mundo dos negócios, justamente pela sua capacidade
de buscar em idéias novas verdadeiras “minas de ouro”.
Assim o indivíduo que é empreender, possui idéias, coloca-as em
prática, e é capaz de gerar situações que norteiam a economia regional,
nacional e mundial. Novos postos de trabalhos são criados contribuindo
para a redução do déficit de empregos existentes, contribuindo com a
arrecadações dos Estados e movimentando a economia.
Nesse contexto para Schumpeter (2011), citado por Dornerlas (2005)
“o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela
introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de
organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.”, todavia
pode-se considerar empreendedor todo aquele que cria uma organização,
que busca um equilíbrio, encontrado uma colocação positiva diante do caos
que possa imperar naquele momento.
O empreendedor será aquele que mantém o controle quando tudo a
sua volta parece ruir, ele identificará uma oportunidade onde a maioria verá
inconsistência, riscos ou mesmo prejuízos, concomitante com isto Dornelas
(2005) escreve que:
O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um
negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontra-se, pelo menos os
seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
1. Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.
2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o
ambiente social e econômico onde vive. 3. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
Esta idéia mostra que mesmo, apesar dos riscos presentes sua gana e
devoção pelo que quer ou pelo que faz, permitem que este visualize com
maior amplitude a probabilidade de o sucesso acontecer.
O empreendedor, muitas vezes é visto, como alguém que busca a
realização de um sonho ou que tem uma idéia de um produto e com
recursos próprios ou de terceiros buscará a realização deste projeto, no
entanto Chiavenato (2008) descreve que:
Essa definição envolve não apenas os fundadores de empresas, mas
os membros da segunda ou terceira geração de empresas familiares e
os gerentes-proprietários, que compram empresas já existentes de seus fundadores.
Isso demonstra que não são somente os fundadores de uma
organização que são vistos como empreendedores, mas que as gerações que
o seguiram no comando destas são igualmente vistos como empreendedores
enquanto agentes que proporcionam a empresa em produzir novos produtos
ou inovar nos serviços, ou seja, todas as pessoas que possam contribuir
efetivamente para o crescimento da “sua” organização podem e em muitos
casos, devem serem vistas como empreendedores.
1.2. OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO
Identificar uma oportunidade é tão importante quanto ter a idéia de
um novo produto ou serviço, para Chiavenato (2008) “a identificação de uma
oportunidade é o primeiro passo que impulsiona o empreendedor para o
desenvolvimento de um produto ou serviço que propiciará o negócio”, isso
demonstra que o empreendedor que identificar um a necessidade de um
novo produto/serviço ou visualizar a necessidade do aprimoramento o
impulsionara para que este invista no seu projeto.
Dornerlas (2005) expõe que “o fato de uma idéia ser ou não única não
importa. O que importa é como o empreendedor utiliza sua idéia, inédita ou
não, de forma a transformá-la em um produto ou serviço que faça sua
empresa crescer”, isso demonstra que muitas vezes realizar um
benchmarking de uma idéia é válida, desde que o resultado desta ação
venha ao encontro da empresa, ou seja, essa idéia deverá trazer dividendos
para quem a teve e para a empresa que este indivíduo representa.
Seguindo esta idéia Dolabela (1999) descreve que cabe ao
empreendedor identificar as oportunidades bem como realizar sua
viabilização e que tal como muitos confundem idéias e oportunidades, pois
concordam que sempre há uma grande idéia atrás de uma oportunidade.
Para Dolabela (1999)
Oportunidade é uma idéia que esta vinculada a um
produto ou serviço que agrega valor ao seu consumidor,
seja através de inovação ou da diferenciação. Ela tem algo de novo e atende a uma demanda dos clientes,
representando um nicho de mercado. Ela é atrativa, ou
seja, tem potencial para gerar lucros, surge em um
momento adequado em relação a quem irá aproveitá-la –
o que a torna pessoal – é durável e baseia-se em necessidades insatisfeitas.
O que faz com que a oportunidade seja viável a quem a reconheceu, é
a identificação com o nicho que ele irá trabalhar, o empreendimento que
resultará desta idéia deve ter a essência de quem a criou, pois caso contrário
o êxtase da idéia irá dissolver em alguns meses, e o que era uma ótima
oportunidade acaba por tornar-se uma grande frustração.
Chiavenato (2005) cita ainda uma pesquisa desenvolvida pela The
National Federation of Independent Business Fundation (NFIB) e
patrocinada pela American Express que apontou que as idéias para um novo
negócio surgem de quatro formas: experiência pessoal, hobbies, descoberta
acidental e busca deliberada.
Isto mostra que algumas vezes a oportunidade de um negócio está
presente no lazer, no entanto a falta da visão empreendedora acaba por
deixar o individuo “míope” para qualquer oportunidade que possa surgir.
1.3. PESQUISA DE MERCADO
A pesquisa de mercado é um passo importante, pois ela mensurará
ou dará sustentação teórica ao projeto ou empreendimento, demonstrando
sempre, quando bem executada, que expectativa determinado nicho de
mercado poderá trazer de retorno financeiro para a empresa, ela ter por
objetivo demonstrar a relação de determinados consumidores em relação a
um determinado segmento de mercado.
Segundo Borges (2010):
A pesquisa de mercado é uma ferramenta importante para obter
informações valiosas sobre o mercado em que se atua ou pretende
atuar. Quanto maior o conhecimento sobre o mercado, clientes, fornecedores, concorrentes, melhor será o desempenho do negócio
Isso demonstra quão importante se faz esta ferramenta de análise de
mercado no contexto mercadológico atual. Nesse sentido o Instituto
Brasileiro de Opinião Publica e Estatística (IBOPE) definiu pesquisa de
mercado como sendo:
A ferramenta certa para suprir as necessidades de desenvolver
estratégias para valorizar marcas, conhecer melhor os consumidores,
identificar a estrutura da concorrência, enfim, obter informações que possam orientar não só a formulação de um plano de marketing,
como a tomada de decisões mais cotidianas.
Essa ferramenta torna-se importante a medida que os concorrentes
aumentam e a lucratividade da empresa diminui, dando suporte tanto para
a criação de uma nova empresa quanto para a reestruturação de uma
organização frente a determinados acontecimentos que possam vir de
encontro aos interesses desta empresa.
As pesquisas regularmente são executadas de quatro tipos, segundo
Colleti (2006):
Pesquisa de mercado qualitativa: normalmente usada para pequenos
números de respondentes – não generalizável para toda a população
– a significância estatística e nível de confiança não são calculados. Pesquisa de mercado quantitativa: geralmente usada para tirar
conclusões – testa uma hipótese especifica – usa técnicas de amostra
por forma a fazer inferências a partir da amostra para a totalidade da
população. Envolve grande numero de respondentes.
Técnicas de observação: o pesquisador observa o fenômeno social no
seu ambiente natural. As observações podem ocorrer transversalmente (observações feita de uma vez) ou
longitudinalmente (observações ocorrem ao longo de determinados
períodos).
Técnicas experimentais: o pesquisador cria um ambiente quase-
artificial para controlar fatores espúrios e depois manipula pelo menos uma das variáveis.
As pesquisas são realizadas nos mais diversos cenários, sejam
hipotéticos ou reais, buscando sempre compreender determinados
fenômenos, teorizando-os a fim de que sejam novamente analisados e
efetuada uma comparação entre os cenários nos quais esses eventos estão
inseridos.
No contexto empresarial faz-se esse mesmo estudo visando a busca
de respostas para que determinadas situações sejam sanadas, evitando
posteriores erros nessa área, além de dar suporte para que o gestor das
organizações possam tomar a melhor decisão diante a mudança de opinião
do cliente, executando com isso, as medidas necessárias para manter-se no
mercado.
1.4. PLANO DE NEGÓCIOS
O Plano de Negócios é uma ferramenta de gestão que o empreendedor
deve usar para vislumbrar um futuro viável para o seu negócio, levando em
conta as variáveis mercadológicas que influenciaram o empreendimento ao
longo do tempo. Essa ferramenta tem se tornado fundamental na
mensuração da empresa, pois demonstra as dificuldades de concretizar uma
empresa.
Segundo Salles (2001):
Um Plano de Negócios é uma maneira estruturada de realizar
projeções de futuro em um empreendimento, que irão se traduzir em
uma série de instrumentos de gerenciamento do negócio. Estes
instrumentos não substituem a capacidade de julgamento e a intuição do(s) dirigente(s). no entanto, podem servir de parâmetros
de uma analise em que estas qualidades sejam exercidas do modo
mais eficaz possível. Seu objetivo é minimizar os riscos que todo
empreendimento apresenta.
Este documento vem para demonstrar de maneira estruturada, como
exposto acima, que uma empresa não deve ser iniciada ou gerida
simplesmente seguindo a intuição, pois esta não leva em conta as variáveis
factíveis que influenciam a organização.
Reforçando esta tese, Chiavenato (2008), descreve o Plano de
Negócios como:
A idéia de um novo empreendimento e projeta os aspectos
mercadológicos, operacionais e financeiros dos negócios propostos,
geralmente, para os próximos três ou cinco anos. Seu preparo
permite a analise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetória decadente que o levará do entusiasmo à desilusão e
ao fracasso.
Esta colocação não só nos remete ao que Salles (2001) propôs, mas
também nos traz a luz que este documento irá buscar em sua essência a
projeção futura a curto e médio prazo, tendo em vista que uma empresa não
possui “data de validade”, a projeção futura através de ferramentas que
posteriormente serão inseridas no processo deve dar respaldo ao que o
planejamento inicial mensurou.
Para Dornelas (2004):
Esse planejamento não se trata de adivinhar o futuro, trata-se de
antecipá-lo, prevendo como a empresa poderá crescer, em quais mercados, com quais produtos, qual será a estrutura necessária
para estas atividades acontecerem, recursos, pessoas etc
[importância da ferramenta da criação e execução do projeto de um
planejamento].
Quando passamos para a fase da elaboração do plano devemos ter a
ciência que ele irá mensurar de forma genérica o negócio, ou seja, irá tratar
de todos os elementos que poderão influenciar a empresa.
O primeiro passo inicia antes mesmo do plano de negócio começar a
ser elaborado, segundo Chiavenato (2008):
Ele representa um levantamento exaustivo de todos os elementos
que compõem o negócio, sejam internos – o que devera se produzido,
como, onde, quanto – sejam externos – para quem produzir, qual o
mercado, quais são os concorrente, etc.
Essas questões demonstraram ao empreendedor qual será a direção
tomada para que o seu projeto seja viável. O projeto pautar-se-á então em
documentos científicos que mensuraram as possibilidades do plano.
Chiavenato (2008) expõe que “o plano deve trazer a descrição do
setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura organizacional da empresa,
os relatórios financeiros simulados, um plano estratégico e um plano
operacional” demonstrado assim que deve haver uma preocupação em
contemplar todos os fatores relacionados a empresa, já que essas definições
serão cruciais para a estruturação da empresa, evitando que tenha prejuízo
e que entre nos inúmeros casos de mortalidade empresarial.
Segundo Rosa (2007), o plano de negócio deve conter ao menos três
partes básicas que reunirão informações a respeito do conceito do negócio,
do ambiente e das finanças do mesmo, com essas informações claro qual o
objetivo do empreendedor, onde ele quer atuar e principalmente, como ele irá
atuar.
Ainda de acordo com o Rosa (2007), empresas existentes podem
elaborar um projeto, neste caso, porém, o “Plano de Negócios vai definir o
futuro, as estratégias e os objetivos voltados para o crescimento da
organização e para a criação de valor. Vale também para captação de
investimentos e para buscar empréstimos de capital de giro”, demonstrando
assim a versatilidade que há em elaborar esta peça administrativa.
É crucial ressaltar que o Plano de Negócios reflete uma realidade em
um determinado momento econômico e que se não forem realizadas as
devidas alterações, adaptações e análise de mercado ao longo do período, o
mesmo torna-se obsoleto e poderá transformar uma oportunidade lucrativa
em um grande fiasco empresarial.
1.4.1 - Etapas do Plano de Negócios
Um Plano de Negócios é constituído por varias etapas, alguns autores
defendem que o Plano de Negócios possui quatro etapas, enquanto outros
defendem a idéia de seis ou mais etapas, toda via segundo Chiavenato (2008)
at SEBRAE o Plano de Negócios pode ser constituído de nove etapas,
iniciando-se com o motivo da escolha do setor ou nicho de mercado a ser
atendido (ANEXO A).
1.4.1.1 - Ramo de atividade
O Plano de Negócios inicia-se com a definição do ramo em que a
empresa irá atuar, segundo a PerspectivaMKT (2011):
Definir produtos e analisar o local de estabelecimento constituem
algumas das medidas que o empreendedor tem de levar em
consideração na hora de montar o seu negócio. É preciso conhecer
alguns dados elementares sobre o ramo em que se pretende atuar e
as possibilidades de atuação no segmento [ramo confecção, atuar com jeans e malha e público infantil e feminino].
É importante demonstrar que o empreendedor está interessado no
negócio, ele deve conhecer o ramo em que deseja atuar, as peculiaridades
inerentes de cada produto a ser comercializado bem como o mercado que
deseja atender para que os futuros gestores não fiquem a mercê do mercado
ou falhem no atendimento a demanda que haverá pelo produto.
Definido o ramo de atividade em que a organização irá atuar inicia-se
a formulação do sumário executivo.
1.4.1.2 - Sumário executivo
O sumário executivo pode ser visto como uma espécie de resumo do
Plano de Negócios, tendo em vista que o Núcleo de Empreendedorismo
(NEmp) (2011) expõe que nele constará uma visão geral da empresa,
expondo o empreendedor, o mercado a ser atendido, o diferencial da
empresa e os investimentos financeiros a serem feitos para se viabilizar o
projeto. Em detalhes a NEmp (2011) expõe essas etapas da seguinte forma:
Enunciado do Projeto – aqui você vai explicar, em grandes linhas,
sobre o que versa o seu Plano de Negócio. Fale um pouco sobre seu
produto/serviço, sobre o mercado que você pretende atingir e como você pretende estruturar a empresa
No enunciado do projeto deve ser descrita uma visão geral da
proposta, que despertará no leitor curiosidade sobre o estudo do projeto.
Competência do(s) responsável(eis) – agora, é preciso explicitar bem
quem é você (e sua equipe), e qual é a competência estabelecida para
tocar o negócio. Sabe-se que é impossível, ou mesmo muito
arriscado, empreender em uma área desconhecida para o empreendedor (NEmp, 2011).
Na competência do responsável deve-se demonstrar que é competente
para criar a empresa, se houver mais membros, deve-se descrever as
peculiaridades de cada indivíduo.
Os Produtos/Serviços e a Tecnologia – aqui você vai apresentar a sua idéia, de maneira sucinta. O leitor deverá entender sua
proposta, e interessar-se por ela.
O mercado potencial – trata de provar ao leitor que sua idéia é
realmente uma boa oportunidade mercadológica, ou seja, que
realmente tem um mercado a ser explorado (NEmp, 2011).
Em produtos e serviços e tecnologia, deve ser descrito buscando
explicar do modo claro e atrativo seu produto e tecnologia. O mercado
potencial deve ser descrito em números, e utilizando os argumentos que
possuir, mostrando que seu mercado tornar-se-á efetivo.
Os Elementos de Diferenciação – o que seu produto/serviço tem de
diferente do dos concorrentes? O que você está oferecendo de novo
ao seu mercado potencial? Como você pretende acessá-lo? Previsão de Vendas – [...] colocar os volumes financeiros que
pretende atingir na execução do plano, com prazos, etc.
Resumo da parte financeira – finalmente, você dará uma idéia geral
sobre os volumes financeiros envolvidos no negócio, mostrando as
necessidades de financiamento, o lucro líquido a ser obtido, etc
(NEmp, 2011).
Nas situações em que o plano de marketing já foi efetuado, torna-se
mais simples a descrição dos elementos de diferenciação.
A previsão de vendas demonstrará os volumes financeiros que o
plano resultará e por fim, sugere-se que o resumo da parte financeira seja
efetuado após o estudo financeiro do Plano de Negócios, pois será mais fácil
mensurá-lo.
Rosa (2011) expõe ainda que a tipificação da empresa, dados dos
sócios e cargos a serem ocupados, a missão da empresa o capital social que
cada sócio disporá em favor no ente que se cria, assim como fontes externas
de recursos deveram ser mencionados.
Todos esses tópicos ou exigências servem de respaldo para que os
stakeholders que disseminarão a empresa que acaba de ser criada no
mercado.
1.4.1.3 - Análise de mercado
A análise de mercado, dentro do Plano de Negócios, é concebida para
que o responsável pelo projeto tenha a ciência do mercado onde a empresa
será inserida, essa ferramenta busca o seu apoio na área de marketing
utilizando-se de ferramentas como a análise SWOT (Strengths, Weaknesses,
Opportunities e Threats), que adaptada para nosso idioma significa “pontos
fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças”.
Segundo Daychouw (2007), a análise SWOT “é uma ferramenta
utilizada para Análise de Cenário, sendo usada como base para gestão e o
planejamento estratégico de uma organização”, essa ferramenta é
fundamentalmente aplicada com o objetivo de conhecer o ambiente externo e
interno da organização, busca aprimorar o que é feito de forma eficiente e
eficaz e combater as variáveis que ameaçam a organização.
Rosa (2011) descreve essa análise em quatro passos, sendo eles:
identificando as características dos clientes, identificando os interesses e
comportamentos dos clientes, identificando o que leva as pessoas a comprar
e identificando onde estão seus clientes. Esses passos são importantes na
definição de que mercado a empresa irá atender, como será feito este
atendimento, quais são os clientes em potenciais e como será efetuada a
comercialização deste produto.
As respostas encontradas com o um breve questionário feito com
base nos parágrafos anteriores delinearão não somente o nicho de mercado,
o tipo da empresa, mas também a região, ou a área de atuação desta
empresa, se ela atuará em uma cidade, um estado, um país, um continente,
ou seja, delimitará onde a empresa irá atuar, onde ela terá maiores
possibilidades de crescimento.
Nessa etapa o empreendedor realizará um estudo sobre os seus
fornecedores. Esses estudos serão realizados na comunidade onde se
instalará a empresa, pela Internet ou pelos órgãos ligados as empresas que
detém o conhecimento a respeito do assunto.
É importante que o empresário tenha para cada item ao menos três
fornecedores e que mesmo escolhendo um fornecedor principal mantenha
contato com os outros, pois desta forma o gestor do negócio estará sempre
atualizado a respeito dos custos, e caso o fornecedor principal venha a ter
dificuldades para a entrega da mercadoria, o gestor tenha outras opções
para atender aos clientes.
1.4.1.4 - Plano de marketing
O planejamento do marketing da empresa irá expor os itens a serem
fabricados, comercializados, bem como as especificações deste produto,
utilizando para isso, se necessário, fotografias ou imagens de persuasão
visual para que o cliente busque o seu produto.
Para traçar o plano de marketing do Plano de Negócios, deve-se
atentar à estratégia que será seguida pela empresa. A estratégia pode ser definida como a ciência de planejar e dirigir operações em grande
escala, especificamente no sentido de manobrar as forças para as
mais vantajosas posições antes de agir (DORNELAS, 2004).
Todo o planejamento da empresa deve necessariamente estar voltado
para os resultados futuros, e nesse aspecto o marketing com relação aos
produtos é um ponto chave a ser trabalhado pois, como se sabe, a
comercialização do bem ou serviço é a força motriz da empresa.
Para fazer o posicionamento do produto no mercado da melhor forma
possível, Dornelas (2004) expõe que “quando se falar em Estratégia de
Marketing, deve-se ter em mente os chamados 4P’s do Marketing: Produto
(posicionamento), Preço, Praça (Canais de Distribuição) e Propaganda e
Promoção.”, ou seja, a definição das estratégias a serem adotadas quando da
ativação da empresa em relação ao produto a ser comercializado, levará em
conta o produto, preço, a praça, além da propaganda e da promoção deste
bem.
No item produto ou posicionamento, Dornelas (2004) expõe “O
posicionamento refere-se à maneira como os consumidores percebem sua
empresa e seu produto em relação à concorrência.”, trabalhando com outros
termos, o consumidor ou o cliente deve perceber as diferenças ou vantagens
do produto comercializado pela organização em relação aos concorrentes.
O preço do produto, ou o valor do produto deve ser percebido pelo
cliente/consumidor, para Dornelas (2004), devem ser feitas algumas
perguntas:
De que maneira são estabelecidos os preços? Existe política de
preços? Existe concorrência em preços? Existe valor percebido pelo
consumidor? Os preços são baseados nos custos mais margem? Porque eles são diferentes dos da concorrência? Existe elasticidade
de preços para seu produto?
O resultado dessas questões permitirá a organização nortear sua
atuação quanto ao lucro e as campanhas a serem feitas junto aos clientes,
buscando melhorar seu desempenho perante o mercado e com isso
ganhando espaço na comunidade empresarial.
Existem ainda outras formas de trabalhar o preço junto aos clientes
como estratégia de ganho de mercado, uma delas são os descontos:
Cupons de desconto: os cupons podem ser enviados diretamente aos
consumidores, através de jornais ou oferecidos nos pontos de vista. Os cupons são utilizados para obter informações específicas dos
consumidores, através do preenchimento dos mesmos.
Descontos em vendas a prazo: são utilizados para as vendas a
crédito, mediante a opção de pagamento dentro de um período
menor ao oferecido no crédito. Por exemplo: um típico desconto pode ser 5/10;30, o que significa que o consumidor pode obter um 5% de
desconto se o pagamento é feito dentro de 10 dias, mas normalmente
o pagamento é para ser feito em 30 dias (DORNELAS, 2004).
Os canais de distribuição representam as diferentes maneiras pelas
quais o produto é colocado à disposição do consumidor (DORNELAS, 2004).
Por isso, a empresa que utiliza a venda direta, possui um controle maior da
cadeia de produção do produto, quando ela opta pela venda indireta, ela
produz o bem, e o seu cliente fica responsável por atender os varejistas,
dessa forma a venda ao consumidor torna-se terceirizada.
Para disseminar a empresa é necessário o uso dos mais diversos
tipos de meios de comunicação, fazendo com que a mensagem alcance todo o
público alvo, massificando assim a mensagem que a empresa objetiva
transmitir, porém, a empresa deve analisar esta opção – da propaganda –
pois existe um alto custo para que ela seja veiculada nos meios de
comunicação.
Fazer propaganda significa enviar diferentes mensagens a uma
audiência selecionada, com o propósito de informar os consumidores, através da utilização de diferentes veículos de
comunicação, como rádio, TV, mala direta, outdoors, Internet,
displays em pontos de venda etc (DORNELAS, 2004).
A promoção é um recurso utilizado pelas organizações, “o propósito
da promoção é poder dizer ao público que você tem aquele produto ou
serviço que satisfaz a demanda do consumidor” (DORNELAS, 2004), ou seja,
a empresa almeja que o seu produto seja consumido em larga escala, mas
ele não é conhecido, a empresa realizará promoções a fim de informar aos
consumidores que aquele produto esta disponível, usualmente, com um
preço mais baixo que o mercado concorrente ou em condições especiais de
pagamento e em quantidade considerável para atender toda a demanda.
1.4.1.5 - Plano de operacional
O plano operacional trabalha a idéia da estrutura física da empresa,
da disposição dos equipamentos e os funcionários que a empresa
necessitará para desempenhar suas funções (REZENDE, 2011), com essa
definição, a empresa realizará um planejamento a fim de que todos os
recursos disponíveis sejam utilizados da melhor forma possível.
O plano operacional subdivide-se em: arranjo físico (layout),
capacidade produtiva ou operacional, processos operacionais e recursos
humanos.
[...] se sua empresa é uma industria você deve demonstrar onde está localizado o maquinário responsável por cada etapa do
desenvolvimento do seu produto, onde fica o depósito da sua
empresa, onde está localizada a área administrativa (REZENDE,
2011).
No arranjo físico mensura-se a disposição dos móveis, dos setores,
das máquinas e equipamentos que estarão presentes durante o processo de
produção ou comercialização do bem a ser ofertado, dará uma noção ao
gestor, para que se compreenda o funcionamento da empresa.
Ao tratar-se da capacidade produtiva ou da capacidade operacional, o
gestor deve ter em mente que, segundo Rezende (2011):
A capacidade operacional é a capacidade que sua empresa tem de
prestar um serviço ou sua capacidade de produção, nesse cálculo
influem o número de funcionários que essa pessoa tem, o número de
maquinário que essa empresa possui para cada função, a
capacidade de entrega de matérias-primas por parte de seus fornecedores, capacidade de distribuição e armazenamento desses
produtos pela empresa além de outros fatores. Basicamente é o
quanto essa empresa pode produzir em determinado período, ou
quanto serviço essa empresa pode prestar em determinado período.
Nessa fase a empresa devera mensurar sua capacidade em produzir
determinado produto mensalmente e atender a sua procura, essa
mensuração é efetuada com base em cálculos que levam em conta a
quantidade de funcionários, o espaço para produção e armazenamento do
produto pronto.
É preciso ainda, de acordo com Rosa (2011) que “levar em conta,
também, a sazonalidade, isto é, as oscilações do mercado, em função daquilo
que irá produzir ou revender”, e mostra-se importante mencionar que há
datas no ano onde há sazonalidade de determinados itens de consumo e a
empresa deve estar precavida com medidas alternativas para estes períodos.
A definição dos processos operacionais é que diferentemente da
capacidade operacional, de acordo com Eduardo:
Na fase da definição dos processos operacionais, serão descritas
detalhadamente as atividades do negócio, como trata Rezende (2011):
[...] descrever como serão realizadas as principais atividades do seu
negócio, desde a chegada da matéria-prima necessária para o
desenvolvimento de seu produto ou serviço até a entrega desse
produto ou serviço ao seu cliente final.
Complementando o citado acima, Rosa (2011) descreve:
É o momento de registrar como a empresa irá funcionar. Você deve pensar em como serão feitas as várias atividades, descrevendo, etapa
por etapa, como será a fabricação dos produtos, a venda de
mercadorias, a prestação dos serviços e, até mesmo, as rotinas
administrativas.
Podemos analisar que o gestor deverá conhecer todos os processo da
organização, independente da área em que o processo está relacionada
(administrativa, operacional), pois dessa forma sua equipe terá maior
capacidade de desempenhar corretamente suas atividades e caso seja
necessária alguma adequação ou revisão por parte da gestão, estas
informações auxiliarão nas tomadas de decisão.
O último item do plano operacional é a área de Recursos Humanos,
onde a empresa deverá contratar seus colaboradores conforme as demandas
descritas no plano operacional. Neste item, deve-se incluir os sócios, os
familiares, que provavelmente trabalharão na empresa e os funcionários, que
não possuem vínculo com os gestores (ROSA, 2011).
1.4.1.6 - Planejamento financeiro
O planejamento financeiro é tratado comumente como a parte do
Plano de Negócios que demanda maior controle e dedicação. Em muitas
empresas existentes esta é a área mais precária e menos controlada.
Trata do movimento do capital financeiro e dos recursos monetários
que a empresa dispõe para executar o projeto de abertura e consolidação da
empresa, no caso das empresas em funcionamento, é constantemente
relevante, pois é a área que será buscada sempre que for necessário efetuar
mudanças e melhorias.
Neste item, o gestor mencionará todos os recursos que serão
investidos na empresa, sendo que eles se subdividirão em investimento fixo,
capital de giro e investimentos pré-operacionais.
Os investimentos fixos são os que serão efetuados inicialmente na
organização, neles constarão as despesas com compra de máquinas e
equipamentos para a produção ou comercialização do produto, bem como
demais equipamentos para a área administrativa (ROSA, 2011).
Para Rezende (2011) “a melhor forma de demonstrar esse patrimônio
da sua empresa é por meio de tabelas que listem os bens que sua empresa
possui e o capital investido nela”, pois os parâmetros que são mensurados
através de planilhas ficam mais claros e expressam em valores a real
situação financeira da organização.
O capital de giro é um valor em dinheiro que toda empresa precisa ter
disponível para cobrir os custos até que as contas a receber comecem a
entrar no caixa (CIELO, 2008). Sendo assim, é o montante de dinheiro
necessário para o funcionamento normal da empresa, nas empresas que
ainda não estão em funcionamento, se o gestor que conhece o capital de giro
da empresa, conseguirá estimar o quanto é necessário para iniciar suas
atividades.
Nesta fase também se estima o estoque inicial que deverá suprir o
fluxo inicial da empresa:
Ao mensurar o estoque inicial para que seja efetuado o início das operações o gestor deve saber que o estoque inicial será composto de
matérias prima ou produtos que são indispensáveis para que esta se
materialize (ROSA, 2011).
Existe ainda os investimentos pré-operacionais, que são exclusivos de
empresas que estão iniciando e de acordo com ROSA (2011) “compreendem
os gastos realizados antes do inicio das atividades da empresa, isto é, antes
que ela abra as portas e comece a vender”, ou seja, os gastos com
construção, pintura, treinamento do pessoal a ser empregado na operação
da empresa são alguns dos gastos enquadrados como pré-operacionais.
1.4.2 - Aplicabilidade do Plano de Negócios
O Plano de Negócios é um documento usado para traçar o roteiro do
empreendimento, “este documento mostra a todos os interessados a
viabilidade do negócio” (BIAGIO e BATOCCHIO, 2005). Dessa forma,
podemos afirmar que a aplicação do Plano de Negócios não fica restrita para
empresas novas, conforme:
O ato de escrever um Plano de Negócios justifica-se pelos benefícios
agregados ao empreendimento. O Plano de Negócios determina uma linha central de atuação da empresa, que leva o empreendedor a
pensar no futuro do negócio, avaliar seus riscos e oportunidades, e
clarificar suas idéias, servindo como um excelente guia na tomada de
decisões (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005, p. 4)
Conforme descreve Loeser (2010) “muitas vezes, quando o Plano de
Negócios está concluído tem-se uma idéia totalmente diferente do
empreendimento que havia sido pensado”, por isso, confirma-se ainda mais
a importância de uma elaboração do Plano, pois se minimizam incertezas e
evita desperdícios.
Muitas são as informações sobre Plano de Negócios disponíveis em
livros e na Internet, a rede virtual disponibiliza informações sobre diversas
áreas “informações sobre o mercado, os concorrentes, produtos ofertados,
população total” (LOESER, 2010) que auxiliam no desenvolvimento de um
Plano de Negócios eficaz e coerente.
Conforme trata Chiavenato (2008), o Plano de Negócios pode ter as
seguintes utilidades:
Cobre todos os aspectos internos e externos do negócio; abrange
todos os aspectos atuais e futuros do negócio, funciona como uma
visão integrada e sistematizada do negócio; serve como um guia
abrangente para a condução do negócio; informa o mercado –
principalmente investidores, bancos e financeiras – a respeito do
negócio; divulga aos parceiros internos e externos as características
do negócio; funciona como um meio de avaliação dos
desdobramentos do negócio.
Verifica-se que os benefícios são inúmeros e significativos para
auxiliar na estruturação de uma empresa, seja ela nova, ou já atuante no
mercado, porém, deve-se atentar para alguns itens durante na elaboração do
plano, conforme trata Longenecker (2007):
Todos os dados devem ser sólidos e comprovados; o produto deverá
ser descrito de maneira simples; o mercado deve ser plenamente analisado; as oportunidades podem trazer riscos, portanto é
necessário cautela; os pontos fracos do empreendimento não devem
ser ocultados, a transparência é muito importante; evitar erros e uso
da gramática errada; não adianta fazer um Plano de Negócios muito
extenso, o objetivo é fazer um bom plano, o leitor vai perceber isso
como qualidade.
Dessa forma, um Plano de Negócios bem estruturado e aplicado corretamente auxilia na prevenção de situações que poderiam surpreender o
empreendedor, e para as empresas já existentes, ele é uma das ferramentas que é capaz de organizar e demonstrar a situação da empresa de forma objetiva e abrangente, pois todas as áreas da empresa são descritas no
mesmo.
Capítulo 2 – Métodos e Técnicas de Pesquisa
Para atingir os objetivos propostos neste estudo, utilizou-se uma
pesquisa com orientação filosófica positivista, abordagem dedutiva e método
de procedimento estatístico.
Segundo Lakatos e Marconi (2003), uma orientação filosófica
positivista procura explicar e prever os acontecimentos no mundo social
através de métodos de pesquisa devidamente estruturados baseados na
observação das relações entre os fenômenos existentes e na exaltação dos
fatos. Uma abordagem dedutiva procede do geral e a seguir para o
particular, com conclusões puramente formais usando a lógica (LAKATOS e
MARCONI, 1991). De acordo com Gil (2002), o método de procedimento
estatístico é embasado na aplicação da teoria estatística da probabilidade e é
usado para análise de dados obtidos a partir de levantamentos por
amostragem.
Dessa forma, com o objetivo de verificar o conhecimento e a
aplicabilidade do Plano de Negócios pelos empresários douradenses, a
pesquisa foi do tipo descritiva, de caráter quantitativo. Para Collis e Hussey
(2005), a pesquisa com método quantitativo envolve coletar e analisar dados
numéricos e aplicar aos mesmos testes estatísticos. De acordo com,
Malhotra (2006), pesquisa descritiva é um tipo de pesquisa conclusiva que
tem como principal objetivo a descrição de algo, neste caso, a descrição do
perfil do empresário douradense quanto a utilização do Plano de Negócios.
Para tanto, foi utilizado o método de levantamento, que segundo, Gil
(2002), trata-se da interrogação direta das pessoas das quais desejamos
conhecer os respectivos comportamentos. Solicita-se a um grupo
significativo de pessoas sua opinião a respeito do problema alvo do estudo
para, posteriormente, mediante análise quantitativa, obter-se as devidas
conclusões dos dados coletados na pesquisa. Utilizou-se como instrumento
de coleta de dados, um questionário com treze perguntas fechadas, conforme
apêndice A.
A determinação da amostra, ou seja, do grupo significativo de
pessoas a serem entrevistadas, foi obtido a partir da técnica de amostragem
não-probabilística por conveniência, que de acordo com Samara e Barros
(2002, p. 94), trata-se de uma técnica em que "os elementos da amostra são
selecionados de acordo com a conveniência do pesquisador".
O cálculo amostral revelou a necessidade da aplicação de no mínimo
61 questionários aos elementos da população, para se ter um "nível de
confiança de 90%, e erro amostral de 10%, o número de questionários foi
baseado num SPLIT 80/20, conforme Tabela 1, onde se considera que os
entrevistados compõem um grupo com menor variação de características,
considerando que todos são empresários no município de Dourados/MS.
Nível de Confiança = 95%
POPULAÇÃO
ERRO AMOSTRAL = +/- 3%
ERRO AMOSTRAL = +/- 5%
ERRO AMOSTRAL = +/- 10%
SPLIT 50/50 SPLIT 80/20
SPLIT 50/50
SPLIT 80/20
SPLIT 50/50
SPLIT 80/20
100 92 87 80 71 49 38
250 203 183 152 124 70 49
500 341 289 217 165 81 55
750 441 358 254 185 85 57
1.000 516 406 278 198 88 58
2.500 748 537 333 224 93 60
5.000 880 601 357 234 94 61
10.000 964 639 370 240 95 61
25.000 1.023 665 378 243 96 61
50.000 1.045 674 381 245 96 61
100.000 1.056 678 383 245 96 61
1.000.000 1.066 678 383 245 96 61
100.000.000 1.067 683 384 246 96 61 Tabela 1 - Tabela Determinante do Tamanho da Amostra Fonte: GOMES, 2005 - Como Elaborar Uma Pesquisa de Mercado
O levantamento dos dados ocorreu no período de 25/10/2011 a
09/11/2011. Foram recolhidos 75 exemplares do questionário, destes, 63
foram preenchidos corretamente e, portanto, considerados válidos para a
pesquisa. Os dados foram tabulados, tratados e analisados com auxílio do
software estatístico descritivo Sphinx Brasil.
Capítulo 3 – Análises de Resultado
A pesquisa, de acordo com a metodologia apresentada, obteve um
perfil amostral composto por 54% de homens e 46% de mulheres, sendo que
o perfil sócio-econômico dos empresários douradenses também apresentou,
conforme Tabela 2:
Estado
Civil
22,2%
Solteiro
68,3%
Casado
9,5%
Separado /
Divorciado
0% Viúvo
Faixa Etária
20,6% De 18 a 29 anos
31,7% De
30 a 39 anos
36,5% De
40 a 49 anos
6,3% De 50 a 59 anos
4,8%
Acima de 60 anos
Renda
Familiar
4,8% Até 2
salários
mínimos
27% De 2 a
5 salários
mínimos
34,9% De 5 a 10
salários
mínimos
30,2% De 10 a 20
salários
mínimos
3,2% Mais de 20
salários
mínimos
Nível
Escolar
9,5% Ensino
Fundamental
3,2%
Ensino
Médio Incompleto
20,6%
Ensino
Médio Completo
17,5%
Superior
Incompleto
30,2 %
Superior
Completo
19% Pós-
Graduação /
Especialização
/ Mestrado / Doutorado
Tabela 2 - Características sócio-econômicos dos pesquisados Fonte: Dados da pesquisa
Conforme demonstra o gráfico 1 abaixo, 73,0% dos entrevistados já
conhecia a existência do Plano de Negócios como ferramenta de gestão:
Gráfico 1 - Conhecimento da existência do Plano de Negócios
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 2, localizado abaixo, trata da relação entre o nível escolar
dos entrevistados e o seu conhecimento sobre a existência da ferramenta
para auxiliar na gestão empresarial, observa-se que quanto maior o nível de
escolaridade do empresário, maior é o seu conhecimento sobre a existência
desta ferramenta:
Gráfico 2 - Relação entre o nível escolar e conhecimento da existência Plano de Negócios (*) - Valores expressados em percentual (%). Fonte: Dados da pesquisa
Dos empresários que conheciam o Plano de Negócios (73% - conforme
gráfico 1), 52,3% utilizou efetivamente o Plano de Negócios em seu
empreendimento, conforme demonstra o gráfico 3, e os outros 47,7% não
utilizaram o Plano de Negócios em sua empresa:
Gráfico 3 - Utilização do Plano de Negócios pelos empresários que conhecem a ferramenta
Fonte: Dados da pesquisa
*
Cerca de 66,7% dos empresários entrevistados consideram o Plano de
Negócios importante, pois estariam preparados para diversas situações que
ocorreram desde a preparação para a abertura da empresa; 17,5%
consideram a utilização de importância média, pois já conheciam sua área
de atuação; e 15,9% considera a utilização do Plano de Negócios irrelevante,
pois obtiveram sucesso sem a aplicação da ferramenta, conforme gráfico 4:
Gráfico 4 - Importância da utilização do Plano de Negócios Fonte: Dados da pesquisa
Dentre os entrevistados que conhecem e utilizaram o Plano de
Negócios, 50,2% utilizaram o plano para iniciar a empresa, 21,7% utilizaram
após uma consultoria na empresa, 15,6% utilizaram após o conhecimento da
ferramenta e 12,5% utilizaram após uma crise financeira, conforme gráfico
5:
Gráfico 5 - Fase da utilização do Plano de Negócios nos empreendimentos que utilizaram a ferramenta
Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 6, trata do principal motivo que influenciou o empresário a
montar a sua empresa, e se ele já utilizou o Plano de Negócios nos seus
empreendimentos, observa-se que a grande maioria sempre quis ter seu
próprio negócio, porém, não necessariamente faz-se uso do Plano de
Negócios:
Gráfico 6 - Relação entre o que motivou a abertura da empresa e se foi utilizado o Plano de Negócios nesta etapa (*) - Valores expressados em percentual (%). Fonte: Dados da pesquisa
O gráfico 7, representa a opinião do empresário sobre a importância
da utilização da ferramenta, observa-se que até mesmo os empresários que
não utilizaram o Plano de Negócios em sua empresa, vislumbram a
importância de sua utilização:
Gráfico 7 - Opinião do empresário sobre a importância da utilização com um comparativo entre a utilização do Plano de Negócios. (*) - Valores expressados em percentual (%). Fonte: Dados da pesquisa
*
*
A tabela 3, abaixo, mensura dentre os entrevistados que utilizaram o
Plano de Negócios, quais são os principais benefícios de sua utilização:
Tabela 3 - Principais benefícios da utilização do Plano de Negócios. Fonte: Dados da pesquisa
Podemos observar que os empresários que utilizaram o Plano de
Negócios, o avaliam como excelente para mensurar todos os itens acima
listados, sendo que destacam-se os itens relacionados ao Planejamento
Financeiro, sendo eles: mensurar os custos, estimar os lucros e estimar o
tempo de retorno do investimento. Dos requisitos que obtiveram índices
menores na tabela 2, destacam-se os que estão vinculados ao ambiente
externo, como conhecer a concorrência e conhecer os fornecedores.
Capítulo 4 – Considerações Finais
O resultado da pesquisa realizada junto aos empresários
douradenses demonstrou que 73% conhecem o Plano de Negócios, e destes
52,3% utilizou efetivamente a ferramenta, o demonstra um índice de
utilização muito balanceado no empresariado douradense, sendo que 15,9%
afirmam que a não utilização deriva do sucesso que obtiveram em seus
empreendimentos sem a utilização desta ferramenta.
Quando tratamos da importância, podemos verificar que 66,7%
consideram a ferramenta importante, pois estariam preparados para
diversas situações que ocorreram desde a abertura da empresa, e 17,5%
consideram de importância média, pois conheciam seu ramo de atuação, e
os 15,9% restantes, consideram irrelevante, pois obtiveram sucesso (até o
momento) em seus negócios sem a utilização da ferramenta, o que
demonstra que a grande maioria do empresariado douradense valoriza esta
ferramenta de gestão em sua empresa.
Observa-se que quando nos referimos ao motivo da abertura da
empresa, este motivo é inerente a utilização da ferramenta, já que se trata de
um planejamento que está na vida do empresário há certo tempo, e não
necessariamente ele possui conhecimentos técnicos na área gestão. A
importância da utilização é destacada até mesmo dos empresários que
nunca utilizaram a ferramenta, ou seja, eles vislumbram a importância da
utilização mesmo sem a efetiva aplicação em seu empreendimento.
Quando tratamos dos principais benefícios da utilização do Plano de
Negócios, destacam-se os fatores ligados ao Planejamento Financeiro, pois a
parte financeira da empresa é comumente uma de suas maiores
preocupações, e também é muitas vezes o setor da empresa com maior
deficiência de exatidão, fazendo com que o empresário ou o sócio não seja
capaz de mensurar seus gastos financeiros, e dos requisitos que obtiveram
índices menores na avaliação do benefício da utilização, destacam-se os que
estão vinculados ao ambiente externo, pois o empresário ainda possui
enraizado em sua consciência que conhece tudo o que ocorre a sua volta,
dentro da sua empresa ele buscará formas de resolver, porém não busca
formas de avaliar estas variáveis do ambiente externo.
Devemos destacar também, que dos entrevistados, cerca de 66,7%
iniciaram estudos no Ensino Superior, o que demonstra um perfil que busca
capacitação para garantir uma maior chance de permanência de sua
empresa no mercado.
Conclui-se, portanto, que o empresariado douradense considera o
Plano de Negócios importante, porém ainda não se faz uso desta ferramenta
na maioria dos seus empreendimentos.
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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina Andrade de. Fundamentos de Metodologia Científica. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
LOESER, Fábio Marcelo. Plano de Negócios: estudo de viabilidade para implantação de uma cafeteria em Nova Petropolis. Nova Petropolis, 2010.
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SAMARA, Beatriz Santos; BARROS, José Carlos de. Pesquisa de Marketing: conceitos e metodologia. 3.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
Apêndice A - Questionário Pesquisa
Faculdades Anhanguera de Dourados - Acadêmicos: Gislaine de Oliveira
Lima, Heliton Ziroldo Trevisan e Larissa Lacerda Matos Mascarenhas. Esse questionário visa a coleta de dados que serão utilizados em um
trabalho científico na área de Administração, não existe resposta certa ou resposta errada, estamos buscando a sua opinião sobre determinado
assunto. Sua participação é imprescindível para que os objetivos sejam atingidos, dessa forma, agradecemos antecipadamente a sua atenção e colaboração.
1 - Seu gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
2 - Seu estado civil: ( ) Solteiro(a)
( ) Casado(a) ( ) Separado(a) ou Divorciado(a) ( ) Viúvo(a)
3 - Sua faixa etária (idade):
( ) De 18 a 29 anos ( ) De 30 a 39 anos ( ) De 40 a 49 anos
( ) De 50 a 59 anos ( ) Acima de 60 anos
4 - Seu nível de renda familiar: ( ) Até 2 salários mínimos
( ) De 2 a 5 salários mínimos ( ) De 5 a 10 salários mínimos ( ) De 10 a 20 salários mínimos
( ) Mais de 20 salários mínimos
5 - Seu nível escolar: ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio Incompleto
( ) Ensino Médio Completo
( ) Curso Superior Incompleto ( ) Curso Superior Completo
( ) Pós-graduação/Especialização/Mestrado/Doutorado 6 – Ao decidir o ramo de atuação da sua empresa, já conhecia a área em que
atua? ( ) Sim ( ) Não
7 – Qual o principal motivo que o influenciou a montar sua empresa? ( ) Fiquei desempregado
( ) Sempre quis ter meu próprio negócio ( ) Sugestão de familiares e amigos ( ) Possuía conhecimentos na área
( ) Outros, cite____________________________________________________. 8 - Você sabe o que é um Plano de Negócios?
( ) Sim ( ) Não
9 - Já utilizou o Plano de Negócios na sua empresa? ( ) Sim ( ) Não
10 - Em qual fase ocorreu a utilização do Plano de Negócios? ( ) Para iniciar a empresa
( ) Após uma crise financeira ( ) Após o conhecimento da ferramenta ( ) Após uma consultoria
( ) Nunca aplicou 11 – Em sua opinião, a utilização do Plano de Negócios é:
( ) Importante, pois estaria preparado para diversas situações que ocorreram desde a preparação para a abertura da empresa
( ) De importância média, pois eu já conhecia minha área de atuação ( ) Não foi relevante, pois obtive sucesso sem a aplicação do Plano de Negócios
12 - Numa escala de 1 (um) a 5 (cinco), sendo que 1 (um) é considerado ruim
e 5 (cinco) é considerado excelente, avalie o que você considera vantagem da utilização do Plano de Negócios:
1 2 3 4 5
Conhecer os sócios
Conhecer a empresa
Mensurar os custos
Mensurar o estoque
Conhecer melhor seus fornecedores
Definir Missão e Visão da empresa
Estimar os lucros
Estimar o período para retorno do investimento
Conhecer a natureza jurídica do
empreendimento
Definir o layout da empresa
Conhecer a concorrência
Não tem importância nenhuma
13 - Numa escala de 1 (um) a 5 (cinco), sendo que 1 (um) é considerado ruim e 5 (cinco) é considerado excelente, avalie a importância da utilização do
Plano de Negócios nas empresas:
1 2 3 4 5
Anexo A - Roteiro Esquematizado - SEBRAE
Roteiro esquematizado para o projeto do negócio:
1. Ramo de atividade:
Por que escolheu este negócio?
2. Mercado consumidor:
Quem são os cliente?
O que tem valor para os clientes?
3. Mercado fornecedor:
Quem são os fornecedores de insumos e serviços?
4. Mercado concorrente:
Quem são os concorrentes?
5. Produtos/serviços a serem ofertados:
Quais são as características dos produtos/serviços?
Quais são os seus usos menos evidentes/
Quais são suas vantagens e desvantagem diante dos concorrentes?
Como criar valor para o cliente por meio de produtos/serviços?
6. Localização:
Quais são os critérios para a avaliação do local ou do “ponto”?
Qual é a importância da localização para seu negócio?
7. Processo operacional:
Como sua empresa vai operar etapa por etapa? (Como fazer?)
Como fabricar?
Como vender?
Como fazer o serviço?
Qual trabalho será feito? Quem o fará? Com que material? Com que
equipamento?
Quem tem conhecimento e experiência no ramo?
Como fazem os concorrentes?
8. Previsão de produção, previsão de vendas ou previsão de serviços:
Qual é a sua necessidade de procura do mercado?
Qual é sua provável capacidade de produção?
Qual é a disponibilidade de matérias-primas e de insumos básicos?
Qual é o volume de produção/vendas/serviços que você planeja para seu
negócio?
9. Analise financeira:
Qual é a estimativa de receita da empresa?
Qual é o capital inicial necessário?
Quais são os gastos com materiais?
Quais são os gastos com pessoal de produção?
Quais são os gastos gerais de produção?
Quais são as despesas administrativas?
Quais são as despesas de vendas?
Qual é a margem de lucro desejada?