Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de...

219
Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores do Ensino Fundamental, Médio e Superior Estudo da Penosidade, Insalubridade e Periculosidade Autora: Nadja de Sousa Ferreira Orientador: Francisco de Paula Nunes Sobrinho Rio de Janeiro, 27 de março de 2008

Transcript of Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de...

Page 1: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores do Ensino Fundamental, Médio e Superior Estudo da Penosidade, Insalubridade e Periculosidade

Autora:

Nadja de Sousa Ferreira

Orientador:

Francisco de Paula Nunes Sobrinho

Rio de Janeiro, 27 de março de 2008

Page 2: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE

TRABALHO DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO

E SUPERIOR: ESTUDO DA PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE

Por:

Nadja de Sousa Ferreira

Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do título de Doutor. Orientador: Prof. Francisco de Paula Nunes Sobrinho, Ph.D.

Rio de Janeiro

Março de 2008

Page 3: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CEH/A

F383 Ferreira, Nadja de Sousa Avaliação dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e superior: estudo da penosidade, insalubridade e periculosidade - 2008. 218 f. Orientador: Francisco de Paula Nunes Sobrinho. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de

Janeiro . Faculdade de Educação. 1. Saúde e trabalho – Teses. 2. Professores – Satisfação no

trabalho – Teses. 3. Professores – Stress ocupacional – Teses. I. Nunes Sobrinho, Francisco de Paula. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Educação. III. Título.

CDU 371.15:613.73

Page 4: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES

FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO

AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS NO AMBIENTE DE TRABALHO DOS PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO

E SUPERIOR: ESTUDO DA PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

por

Nadja de Sousa Ferreira

Rio de Janeiro 27 /março / 2008

Page 5: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Dedicatória

Este trabalho é dedicado aos que acreditam que podem contribuir para a melhoria das

condições de trabalho, construindo uma sociedade mais justa em nosso país e que para esse

fim, dedicam suas vidas.

Aos meus pais pelo amor incondicional com os limites necessários ao meu crescimento.

Aos meus filhos por existirem.

Page 6: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Agradecimentos

Á Deus por permitir o desenvolvimento e término dessa tese e todas as minhas conquistas

pessoais.

Ao meu orientador Professor Ph.D. Francisco de Paula Nunes Sobrinho, agradeço pela

paciência e motivação para a construção da pesquisa.

À Professora Dra. Rosana Glat pelo apoio nas horas difíceis.

À Professora Iara Nassaralla pelo carinho e apoio.

Ao Prof.essor Ph.D.Assed Naked Haddad, por acreditar que era possível a realização dessa

pesquisa.

À minha filha Rachel por ser a leitora de apoio por muitas horas e ao meu filho André por ser

meu anjo.

À minha irmã Clívia pela ajuda nas horas difíceis.

A todos os meus familiares, parentes e amigos que de alguma forma contribuíram para que

esta pesquisa fosse concluída, os meus sinceros agradecimentos.

Aos Drs. Daphnis Souto e André Lopes Netto pelas palavras de apoio.

Ao Dr. Wagner Junger e sua equipe pela realização das intermináveis e cansativas medições

de campo.

Às Dras.: Teresinha Yoshiko Maeda, Laura Povina de Cavalcanti e Vera Lúcia da Silva pela

leitura técnica.

Aos Professores:José Matias de Lima e Eduardo Lima Campos, pela ajuda no Projeto

amostral.

À Greice Maria Silva da Conceição pela ajuda nas tabelas e gráficos.

Às funcionárias da Secretaria do Programa de Pós-graduação em Educação-Proped pela ajuda

e paciência.

Page 7: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Ao NUPI- Núcleo de Pedagogia Institucional da UERJ, agradeço o apoio técnico.

Agradeço de forma especial o apoio incansável das instituições de ensino como: o Colégio

Estadual João Alfredo, Colégio Estadual Equador e Colégio e Faculdade Silva e Souza e a

todas as instituições que participaram e acolheram a presente pesquisa.

Page 8: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Ferreira, Nadja de Sousa. Avaliação dos riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e superior: Estudo da penosidade, insalubridade e periculosidade. Tese de Doutorado – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Centro de Educação e Humanidades- Faculdade de Educação – Doutorado em Educação- PROPED – 2008.

RESUMO

O objetivo da pesquisa foi identificar as características do ambiente de trabalho dos

professores, relacioná-los e classificá-los como ambiente não insalubre, periculoso,

insalubre e penoso, de acordo com sistemas oficiais de classificação com base nas

Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Para tanto, a

pesquisa foi conduzida em uma amostra de 180 instituições educacionais, com 1.446

salas de aula, 1.634 professores e 63.677 alunos, contemplando o ensino fundamental,

médio e superior, da rede pública e privada, na cidade do Rio de Janeiro. Na amostra

inicial com 180 instituições de ensino participantes, o estudo foi realizado em duas fases:

na primeira etapa foi realizado estudo através de um inventário qualitativo com base na

NR 9, para verificação da existência de fontes geradoras de insalubridade,

periculosidade e penosidade. Nessa etapa foram observadas as variáveis agentes físicos:

ruído, temperaturas anormais, radiação ionizante, radiação não ionizante, vibração,

umidade; agentes químicos: poeiras, vapores, névoas, líquidos e sólidos; agentes

biológicos; taxa metabólica; transporte de peso manual; uso de material de apoio

didático: microfone, datashow, retroprojetor; existência de ruído de fundo; presença de

produtos com inflamabilidade e explosibilidade e na segunda etapa foi estratificada uma

amostra de conglomerados com um estágio de seleção composta por 42 instituições de

ensino, selecionadas dentre as 180 instituições da primeira etapa, nas quais foram

realizadas medições instrumentais das seguintes variáveis: níveis de temperatura, de

iluminância e de ruído em sala de aula. Essas variáveis foram medidas com auxílio de

equipamentos de alta sensibilidade através do audiodosímetro, termômetro de globo,

termômetro de bulbo seco, termômetro de bulbo úmido e luxímetro. Os resultados

obtidos foram analisados e classificados, para fins de identificação da relação de causa e

efeito, entre estes e o adoecimento dos professores. O delineamento de pesquisa

Page 9: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

estatística foi do tipo população intencional, estudada no período de junho de 2004 a

fevereiro de 2008, sendo aplicados protocolos qualitativos e quantitativos, ambos

validados. Em continuidade à pesquisa foi estudado o risco ocupacional dos professores,

sendo formuladas cinco hipóteses relativas à periculososidade, insalubridade e

penosidade, com possibilidade de causar danos à saúde dos professores.

Os dados obtidos na pesquisa foram analisados de acordo com o reconhecimento dos

níveis de insalubridade, penosidade e periculosidade nas instituições participantes e

comparadas aos níveis adotados como limites de tolerância pelas Normas

Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

Os resultados da pesquisa apontaram a presença da insalubridade pelo agente ruído

(níveis elevados de pressão sonora) em seis salas de aula, porém o tempo de exposição

não é contínuo, não havendo então relação com possíveis perdas auditivas dos

professores desses ambientes. O ruído foi identificado em 100% das salas de aula

estudadas em níveis de penosidade, no total de 385, com probabilidade de desgaste físico

e mental dos professores e reconhecimento do nexo causal entre o risco ocupacional

ruído e a ocorrência de adoecimento desses professores por patologia da voz. Essa

penosidade esteve presente nos três níveis de ensino, ou seja, fundamental, médio e

superior, em ambas as redes de ensino. Como conclusão, houve identificação de riscos

ocupacionais na atividade do professor, sendo necessária a modificação das condições de

trabalho e do ambiente físico, com o objetivo de minimizar os riscos e implantar

programa de prevenção.

Palavras-chave: Insalubridade, penosidade e periculosidade da atividade do professor;

riscos ocupacionais dos professores.

. .

Page 10: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Ferreira, Nadja de Sousa. Evaluation of occupational risks in the workplace for primary, high school and university level teachers: Study of painful, unhealthy and dangerous activities. Doctoral Thesis – University of the State of Rio de Janeiro – School of Education – PhD in Education- PROPED – 2008.

ABSTRACT

The objective of this research was to identify the workplace characteristics of teachers,

list and classify them such as not unhealthy, dangerous, unhealthy and painful,

according to official classification systems set out in Labor and Employment Ministry

Regulations. The research was applied to a sample of 180 educational institutions, with

1,446 classrooms, 1,634 teachers and 63,677 students, contemplating primary school,

high school and university level education, public and private, in the city of Rio de

Janeiro. The study was developed in two phases: in the first phase a qualitative

inventory was taken based on Regulation no. 9, for verification of the existence of

sources causing unhealthiness, danger and painfulness. In this stage, physical variable

agents were observed: noise, abnormal temperatures, ionizing radiation, non-ionizing

radiation, vibration, humidity; chemical agents: dust, vapor, dampness, whether liquid

and solid; biological agents; metabolic rates; manual weight transport; didactic support

material use: microphone, data show, rear projectors; presence of background noise;

presence of inflammability and explosiveness and in the second phase a sample of

conglomerates was stratified with a selection stage comprised by 42 educational

institutions, selected among 180 primary level education institutions, in which

instrumental measurements of the following variables: temperature levels, lighting and

classroom noise. These variables were measured with the support of highly sensitive

instruments through audio symmetry, total temperature, dry bulb thermometer, humid

bulb thermometer and light meter. The results obtained were analyzed and classified

for purposes of identifying the cause and effect relationship between these and teachers

falling ill. Delineation of statistical research was the intentional population type, studied

in the period from June of 2004 to February of 2008, applying qualitative and

quantitative protocols, both valid. In furtherance of the research, the occupational risk

Page 11: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

of professors was studied, formulated by five relative circumstances in respect to

danger, unhealthiness and painfulness, with the possibility of causing harm to the health

of professors.

The data obtained from the research were analyzed according to recognized levels of

unhealthiness, painfulness and danger in the participating institutions and compared

with the values adopted as tolerance limits by the Regulatory Norms of the Ministry of

Labor and Employment.

The research identified unhealthiness due to the noise agent in six classrooms, however,

the exposure time is not continuous, and there is no relation to possible auditory loss of

the professors of these environments. In 100% of the classrooms, totaling 385,

painfulness was identified, with possibility of physical and mental wear and tear of the

professional and recognition of the causal nexus between noise occupational risk and

occurrence of these teachers falling ill by voice pathology. Painfulness was present in

three educational levels, or rather, primary school, high school and university level

education, both private and public. In conclusion, occupational risks in teaching

activities were identified, and the physical environment and work conditions must be

modified, with the objective of minimizing the risks and implementing a prevention

program.

Keywords: Unhealthiness, painfulness and danger of the activity of teacher.

Page 12: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Ferreira, Nadja de Sousa. Évaluation des risques occupationnels dans l’environnement du

travail des professeurs de l’enseignement primaire, secondaire et supérieur: Étude de

fatigabilité, d’insalubrité et de danger. Thèse de Doctorat – Université de l’État de Rio de

Janeiro – Faculté d’Éducation – Doctorat en Éducation – PROPED – 2008.

RÉSUMÉ

Le but de la recherche a été d’identifier les caractéristiques de l’environnement du

travail des professeurs, de les inventarier et de les classer comme environnement non

insalubre, dangereux, insalubre et pénible suivant les systèmes officiels de classement

avec base sur les Normes Règlementaires du Ministère du Travail et de l’Emploi. La

recherche a été appliquée sur un échantillon de 180 institutions éducationnelles, avec

1.446 salles de cours, 1.634 professeurs et 63.677 élèves, prenant en compte

l’enseignement primaire, secondaire et supérieur, du réseau public et privé, dans la ville

de Rio de Janeiro. L’Étude a été développé en deux phases: lors de la première phase,

un inventaire qualitatif a été réalisé basé sur la Norme Règlementaire Nº9, pour

vérification de l’existence de sources génératrices d’insalubrité, de danger et de

fatigabilité. Lors de cette étape, ont été observées les variables agents physiques: bruit,

températures anormales, radiation ionisante, radiation non ionisante, vibration,

humidité ; agents chimiques: poussières, vapeurs, brumes, liquides et solides ; agents

biologiques ; taux métabolique ; transport manuel de poids ; utilisation de matériel

d’appui didactique : microphone, datashow, rétroprojecteur ; existence de bruit de

fond ; présence de produits avec une inflammabilité et une explosivité et dans sa seconde

phase, un échantillon de conglomérats a été stratifié avec un stage de sélection composé

par 42 institutions d’enseignement, sélectionnées parmi les 180 institutions de la

première étape, dans lesquelles ont été reálisées des mesures instrumentales des

variables suivantes: niveaux de température, de luminosité et de bruit en salle de cours.

Ces variables ont été mesurées par des équipements de haute sensibilité par un

audiodosimètre, un thermomètre à globe, un thermomètre à bulbe sec, un thermomètre

à bulbe humide et un luximètre. Les résultats obtenus ont été analysés et classés à des

Page 13: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

fins d’identification de rapport de cause et d’effet, parmi lesquels la maladie des

professeurs. L’ébauche de la recherche statistique a été du type population

intentionnelle, étudiée durant la période de juin 2004 à février 2008, avec l’application

de protocoles qualitatifs et quantitatifs, les deux étant validés. En continuité à la

recherche, le risque occupationnel des professeurs a été étudié, cinq hypothèses ayant été

formulées, relatives au danger, l’insalubrité et la fatigabilité avec la possibilité de causer

des dommages à la santé des professeurs.

Les données obtenues dans la recherche ont été analysées suivant la reconnaissance des

niveaux d’insalubrité, de fatigabilité et de danger dans les institutions participantes et

comparées aux valeurs adoptées comme limites de tolérance par les Normes

Règlementaires du Ministère du Travail et de l’Emploi.

La recherche a identifié l’insalubrité par l’agent bruit en six salles de cours, cependant

le temps d’exposition n’est pas continu, n’ayant pas de rapport avec les possibles pertes

auditives des professeurs de ces ambiances. En 100% des salles de cours, pour un total

de 385, la fatigabilité a été identifiée, avec une probabilité de d’épuisement physique et

mental des professeurs et la reconnaissance du lien causal entre le risque occupationnel

bruit et l’occurrence de maladie de ces professeurs par pathologie de la voix. La

fatigabilité a été présente dans les trois niveaux d’enseignement ou soit, primaire,

secondaire et supérieur, dans les deux réseaux d’enseignement. Comme conclusion, il y a

eu l’identification de risques occupationnels dans l’activité du professeur, la

modification des conditions de travail et de l’ambiance physique étant nécessaires, dans

le but de minimiser les risques et d’instaurer un programme de prévention.

Mots-clé: Insalubrité, fatigabilité et danger de l’activité du professeur; risques

occupationnels des professeurs.

Page 14: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Ferreira, Nadja de Sousa. Evaluación de los riesgos ocupacionales en el ambiente de trabajo de los profesores de lo enseñanza primaria, secundaria y terciaria: Estudio de la situación penosa, de la insalubridad y la peligrosidad. Tesis de Doctorado – Universidad del Estado de Rio de Janeiro – Facultad de Educación – Doctorado en Educación- PROPED – 2008.

RESUMEN

El objetivo de la investigación fue identificar las características del ambiente de trabajo

de los profesores, relacionándolos y clasificándolos como ambientes en situación de

insalubridad, peligrosidad y situación penosa, de acuerdo con los sistemas oficiales de

clasificación basados en las Normas Reglamentarias del Ministerio de Trabajo y

Empleo. La investigación fue aplicada en una muestra de 180 instituciones

educacionales, con 1.446 aulas, 1.634 profesores y 63.677 alumnos, contemplando la

enseñanza primaria, secundaria y superior, de la red pública y privada, en la ciudad de

Rio de Janeiro. El estudio fue desarrollado en dos fases: en la primera fase se realizó un

inventario cualitativo basado en la Norma Reglamentaria N°9, para verificar la

existencia de fuentes generadoras de insalubridad, peligrosidad y situación penosa. En

esa etapa se observaron las variables agentes físicos: ruido, temperaturas anormales,

radiación ionizante, radiación no ionizante, vibración, humedad; agentes químicos:

polvos, vapores, nieblas, líquidos y sólidos; agentes biológicos; tasa metabólica;

transporte de peso manual; uso de material de apoyo didáctico: micrófono, datashow,

retroproyector; existencia de ruido de fondo; presencia de productos con inflamabilidad

y explosividad y en la segunda fase se estratificó una muestra de conglomerados con un

nivel de selección compuesto por 42 instituciones de enseñanza, seleccionadas entre las

180 instituciones de la primera etapa, en las cuales se realizaron mediciones

instrumentales de las siguientes variables: niveles de temperatura, de iluminación y de

ruido en sala de aula. Estas variables se midieron con la ayuda de equipos de alta

sensibilidad por medio del audio dosímetro, termómetro de globo, termómetro de bulbo

seco, termómetro de bulbo húmedo y capacímetro digital. Los resultados obtenidos se

analizaron y clasificaron, para fines de identificación de la relación de causa y efecto,

Page 15: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

entre estos y las enfermedades de los profesores. El delineamiento de la investigación

estadística fue del tipo población intencional, estudiada en el periodo de junio de 2004 a

febrero de 2008, y se aplicaron protocolos cualitativos y cuantitativos, ambos validados.

Continuando la investigación se estudió el riesgo ocupacional de los profesores, y se

formularon cinco hipótesis relativas a la peligrosidad, insalubridad y a la situación

penosa, con posibilidad de causar daños a la salud de los profesores.

Los datos obtenidos en la investigación se analizaron de acuerdo con el reconocimiento

de los niveles de insalubridad, deterioro y peligrosidad en las instituciones participantes

y comparadas a los valores adoptados como límites de tolerancia por las Normas

Reglamentarias del Ministerio de Trabajo y Empleo.

La investigación identificó insalubridad por medio del agente ruido en seis aulas, pero el

tiempo de exposición no es continuo, no existiendo relación con posibles pérdidas

auditivas por parte de los profesores en esos ambientes. En el 100% de las aulas, en un

total de 385, la situación penosa fue identificada, con la probabilidad de desgaste físico y

mental de los profesores y el reconocimiento del nexo causal entre el riesgo ocupacional

ruido y la ocurrencia de la enfermedad de los profesores por la patología de la voz. La

situación penosa estuvo presente en los tres niveles de enseñanza o sea, primario,

secundario y terciario en ambas redes de enseñanza. Como conclusión se identificaron

riesgos ocupacionales en la actividad del profesor, siendo necesaria la modificación de

las condiciones de trabajo y del ambiente físico, con el objetivo de minimizar los riesgos

e implantar programas de prevención.

Palabras-claves: Insalubridad, situación penosa y peligrosidad de la actividad del

profesor; riesgos ocupacionales de los profesores.

Page 16: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição da população alvo, por categoria de ensino, bairro e zona urbana

162

Tabela 2 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino fundamental

163

Tabela 3 Fontes de agentes de Insalubridade - Categoria de ensino fundamental 164 Tabela 4 Fontes de periculosidade - Categoria de ensino fundamental 165 Tabela 5 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino fundamental 166 Tabela 6 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de

ensino médio 167

Tabela 7 Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino médio 168 Tabela 8 Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino médio 169 Tabela 9 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino médio 170 Tabela 10 Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de

ensino superior 171

Tabela 11 Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino superior 172 Tabela 12 Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino superior 173 Tabela 13 Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino superior 174 Tabela 14 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental público 175 Tabela 15 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental privado 176 Tabela 16 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio público 177 Tabela 17 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio privado 178 Tabela 18 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior público 179 Tabela 19 Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior privado 180 Tabela 20 Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental público 181 Tabela 21 Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental privado 182 Tabela 22 Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio público 183 Tabela 23 Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio privado 184 Tabela 24 Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior público 185 Tabela 25 Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior privado 186 Tabela 26 Iluminação - Categoria de ensino fundamental público 187 Tabela 27 Iluminação - Categoria de ensino fundamental privado 188 Tabela 28 Iluminação - Categoria de ensino médio público 189 Tabela 29 Iluminação - Categoria de ensino médio privado 190 Tabela 30 Iluminação - Categoria de ensino superior público 191 Tabela 31 Iluminação - Categoria de ensino superior privado 192 Tabela 32 Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino 193 Tabela 33 Proporção Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de

ensino 193

Tabela 34 Fontes de ruído de sala por categoria de ensino 193 Tabela 35 Instituições com presença ou ausência de ruídos de fundo, por

categorias de ensino e tipo de fonte 194

Tabela 36 Número de salas, utilização de giz e caneta, por categorias de ensino 194 Tabela 37 Número de salas, datashow, microfone, retroprojetor, peso transportado

e gasto metabólico por categoria de ensino 194

Tabela 38 Teste Kruskal –Wallis- insalubridade e penosidade para o agente ruído 195

Page 17: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

Tabela 39 Teste de Kruskal -Wallis para insalubridade e penosidade do agente temperatura

196

Tabela 40 Teste de Kruskal –Wallis para penosidade agente iluminação 196

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Quantidade de alunos, professores e salas visitadas 80 Gráfico 2 Quantidade de alunos, professores e salas visitadas

por categoria de ensino 80

Gráfico 3 Instituições visitadas por zona urbana 81 Gráfico 4 Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a

ruído por categoria de ensino 84

Gráfico 5 Penosidade e Insalubridade relativa ao ruído 84 Gráfico 6 Salas de aula com penosidade em relação à temperatura por

categoria de ensino 87

Gráfico 7 Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino em Kcal/h

95

Gráfico 8 Recursos audiovisuais presentes nas salas de aula por categoria de ensino – População alvo

97

Gráfico 10 Quantidade de alunos/professores por sala de aula pestudada 103 Gráfico 11 Salas de aula por categoria de ensino 103 Gráfico 12 Instituições estudadas e zona urbana 104 Gráfico 13 Salas de aula/penosidade/insalubridade/ruído 106 Gráfico 14 Salas de aula /penosidade/periculosidade/categoria de ensino 106

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Demonstrativo dos limites de ruído 160 Quadro 2 Resumo das ações da pesquisa 69 Quadro 3 Demonstrativo do calculo da amostra aleatória simples 110

LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente 139

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Ilustração da distribuição do som e da reverberação na sala de aula 51 Figura 2 Fotografia I e II Registro da realização da calibração antes da

realização das medidas. 58

Figura 3 Fotografia III Medições sendo realizadas no transcorrer das aulas 58 Figura 4 Fotografia IV e V Audiodosímetro na realização de medidas do

som 59

Figura 5 Fotografias VI e VII 62 Figura 6 Fotografia VIII Medidas de temperatura sendo realizadas na sala de

aula 62

Figura 7 A iluminância foi medida no centro de cada área 65 Figura 8 Ficha de análise qualitativa do ambiente de trabalho do professor 161

Page 18: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

1. ABMT - Associação Brasileira de Medicina do Trabalho

2. ACGIH - American Conference Governmental of Industrial Hygienists

3. CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas

4. CCE - Comunidade Comum Européia

5. CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

6. CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

7. EST - Engenheiro de Segurança do Trabalho

8. INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social

9. LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho

10. MPAS - Ministério da Previdência e Assistência Social

11. MTE - Ministério do Trabalho e Emprego

12. NR - Normas Regulamentadoras

13. NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health

14. NHO - Norma de Higiene Ocupacional da Fundacentro

15. OIT - Organização Internacional do Trabalho

16. OSHA - Occupational Safety and Health Administration

17. PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

18. PPP - Perfil Profissiográfico Profissional

19. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

20. SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho

Page 19: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1

2. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................9

2.1 O PROFESSOR E O SEU AMBIENTE DE TRABALHO ...............................................14

2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DOS PROFESSORES ..............................................16

RISCOS OCUPACIONAIS E AGENTES NOCIVOS À SAÚDE DOS PROFESSORES.....18

3. OBJETIVOS DO ESTUDO .................................................................................................23

3.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................23

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO.................................................................................................23

4. MÉTODO.............................................................................................................................24

4.1 LOCAL...............................................................................................................................24

4.2 PARTICIPANTES .............................................................................................................24

4.3 HIPÓTESES.......................................................................................................................26

4.4 PROJETO AMOSTRAL....................................................................................................26

4.5 VARIÁVEIS.......................................................................................................................29

4.5.1 PRIMEIRA FASE DA PESQUISA ................................................................................30

4.5.1.1 PRIMEIRO GRUPO - CONDIÇÕES INSALUBRES.................................................31

4.5.1.1.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO).....................................31

4.5.1.1.1.1 PROCEDIMENTOS PARA NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)...................................................................................................................................32

4.5.1.1.2 VIBRAÇÕES ............................................................................................................32

Page 20: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

4.5.1.1.2.1 PROCEDIMENTOS PARA VIBRAÇÕES ...........................................................34

4.5.1.1.3 RADIAÇÕES IONIZANTES ...................................................................................35

4.5.1.1.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES IONIZANTES..................................36

4.5.1.1.4 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES..........................................................................36

4.5.1.1.4.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES .......................37

4.5.1.1.5 TEMPERATURAS ANORMAIS ............................................................................37

4.5.1.1.5.1 PROCEDIMENTOS PARA TEMPERATURAS ANORMAIS............................38

4.5.1.1.6 UMIDADE RELATIVA DO AR..............................................................................38

4.5.1.1.6.1 PROCEDIMENTOS PARA UMIDADE RELATIVA DO AR.............................39

4.5.1.1.7 PRESSÃO ATMOSFÉRICA ...................................................................................39

4.5.1.1.7.1 PROCEDIMENTOS PARA PRESSÃO ATMOSFÉRICA..................................40

4.5.1.1.8 AGENTES QUÍMICOS ............................................................................................40

4.5.1.1.8.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES QUÍMICOS...........................................40

4.5.1.1.9 AGENTES BIOLÓGICOS........................................................................................43

4.5.1.1.9.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS ......................................44

4.5.1.2 SEGUNDO GRUPO - CONDIÇÕES PENOSAS: ......................................................46

4.5.1.2.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE ..................................46

4.5.1.2.1.1 PROCEDIMENTO PARA TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE ............................................................................................................................47

4.5.1.2.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS ...............................................................47

4.5.1.2.2.1 PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS..............48

Page 21: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

4.5.1.2.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS.................................................................................48

4.5.1.2.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RECURSOS AUDIOVISUAIS...............................49

4.5.1.2.4 ILUMINAÇÃO ........................................................................................................49

4.5.1.2.4.1 PROCEDIMENTOS PARA ILUMINAÇÃO ........................................................50

4.5.1.2.5 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA....................................50

4.5.1.2.5.1 PROCEDIMENTOS PARA RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA..................................................................................................................................52

4.5.1.3 TERCEIRO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE:.................................................................................53

4.5.1.3.1 INFLAMÁVEIS ........................................................................................................53

4.5.1.3.1.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA INFLAMÁVEIS....................53

4.5.1.3.2 EXPLOSIVOS...........................................................................................................54

4.5.1.3.2.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA EXPLOSIVOS ......................54

4.6 SEGUNDA FASE DA PESQUISA – MEDIÇÕES DE AGENTES NOCIVOS GERADOS POR FONTES PRESENTES NAS SALAS DE AULA ......................................55

4.6.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO) ...........................................55

4.6.1.1 PROCEDIMENTOS, INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO DOS NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO) ....................................................56

4.6.2 TEMPERATURAS ANORMAIS ...................................................................................59

4.6.2.1 CALOR.........................................................................................................................60

4.6.2.2 FRIO .............................................................................................................................60

4.6.2.2.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE TEMPERATURA (CALOR E FRIO) ....................................................................................................................61

Page 22: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

4.6.3 ILUMINAÇÃO ...............................................................................................................63

4.6.3.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO......64

4.7 INSTRUMENTOS .............................................................................................................66

4.8 PROCEDIMENTOS GERAIS ...........................................................................................66

4.9 AVALIAÇÕES DA SEGUNDA FASE.............................................................................67

4.9.1 FLUXOGRAMA DA PESQUISA ..................................................................................68

4.9.2 RESUMO DAS AÇÕES .................................................................................................69

4.10 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS...............................................................................70

4.10.1 ETAPAS DO ESTUDO ................................................................................................70

4.11 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................................71

4.12 FONTES DOS DADOS ...................................................................................................73

4.13 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................73

5. RESULTADOS ....................................................................................................................75

5.1 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS.........................................................................................75

5.2 TESTE DE HIPÓTESE......................................................................................................76

5.3 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE RUIDO...........................77

5.4 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE TEMPERATURAS ANORMAIS.............................................................................................................................78

5.5 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE ILUMINAÇÃO.................79

5.6 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA..............................................82

5.7 TEMPERATURAS ANORMAIS – CALOR E FRIO.......................................................86

Page 23: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

5.8 FONTES DE AGENTES NOCIVOS NÃO DETECTADAS............................................87

5.9 FONTES DE AGENTES ANALISADOS QUALITATIVAMENTE...............................88

5.10 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES PENOSAS DOS PROFESSORES.......................................................................................................................94

5.10.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE .......................................94

5.10.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS ...................................................................95

5.10.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS.....................................................................................96

5.10.4 ILUMINAÇÃO .............................................................................................................97

5.10.5 RUÍDO ..........................................................................................................................99

5.11 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE NA ATIVIDADE DO PROFESSOR..................................................101

5.12 VIBRAÇÃO ...................................................................................................................102

5.13 UMIDADE RELATIVA DO AR...................................................................................102

5.14 PRESSÃO ATMOSFÉRICA .........................................................................................102

5.15 DOCUMENTOS ............................................................................................................108

6 DISCUSSÕES E SUGESTÕES...........................................................................................109 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA...................................................................................116

ANEXO ..................................................................................................................................160

APÊNDICE ............................................................................................................................161

Page 24: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

1. INTRODUÇÃO

O objetivo dessa pesquisa foi avaliar os riscos ocupacionais presentes no ambiente

de trabalho dos professores, que atuam no ensino fundamental1, médio2 e superior3, tanto na

rede pública quanto na privada. Esse estudo teve o compromisso de identificar e medir os

agentes nocivos químicos, físicos e biológicos; agentes/fatôres de penosidade e

periculosidade, para averiguar a que níveis os professores possam estar expostos a estes

agentes nocivos e com isso causar, contribuir ou agravar doenças nos professores.

A escolha do objeto de estudo e do público-alvo, teve como peso decisório, a

importância da prevenção e a necessidade do conhecimento das fontes possíveis de gerar

riscos ocupacionais e assim, fornecer dados para o estabelecimento do nexo causal entre os

riscos presentes no ambiente de trabalho dos professores e o desenvolvimento de danos à

saúde nesses profissionais.

Os riscos ocupacionais podem ser produzidos por fatores comportamentais e /ou

agentes nocivos. Mas, para serem reconhecidos como ocupacionais devem guardar relação de

causa e efeito, ou seja, nexo causal com fatores e/ou agentes nocivos comprovadamente

presentes no ambiente de trabalho e relacionado às manifestações patológicas que possam

afetar aos professores (NIOSH/CDC, 2004)..

O risco ocupacional pode estar presente em qualquer fase do trabalho do

professor, mesmo naquelas em que as iniciativas preventivas individuais já foram

implantadas.

Se a presença do agente nocivo, causador da doença no professor, não for

controlada em seu posto de trabalho, haverá aumento da possibilidade de adoecimento deste

profissional (SOUTO, 2004).

1 Ensino Fundamental - Com duração de nove anos, é destinado a crianças e adolescentes com idade entre seis e quatorze anos, é dividido em duas fases: a primeira vai da primeira a quinta série, incluindo a alfabetização e a consolidação dos conteúdos básicos. A segunda vai da sexta à nona série (MEC, 2007). 2Ensino Médio - O Ensino Médio, anteriormente chamado de segundo grau, está estruturado em três anos, com duração mínima de 2.400 horas. Tem como objetivos a consolidação e o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, além da preparação para a vida e para os primeiros passos no mercado de trabalho (MEC, 2007). 3 Ensino Superior - Possui duração entre três e seis anos, e tem o objetivo de preparar o aluno para exercer uma profissão com conhecimentos teóricos e práticos de forma que o ingresso no mercado de trabalho seja facilitado pelo conhecimento e experiência adquirida (MEC, 2007).

Page 25: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

2

Esse reconhecimento tem seu início na Constituição da República Federativa do

Brasil de 1988 em seu Capítulo V – Dos Direitos Sociais ao afirmar o seguinte:

Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de

sua condição social: (...)

XXII – Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e

segurança;

XXIII – Adicional de remuneração, para atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma da

lei; (...)

XXVIII – Seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, sem excluir a indenização a

que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

O diploma normativo fundamental da sociedade organizada é a Carta Magna, que

emite diretrizes básicas, as quais devem ser obedecidas pela legislação ordinária e servir de

base para regulamentação infralegal dos diversos níveis legislativos. Esse espraiamento da

diretriz constitucional há de ser harmônico e com base em pesquisa técnico-científica. Sua

ação deve ser adequada e aprofundada pelas normas em seus diversos níveis de hierarquias,

guardando coerência com seu preceito legal maior.

A não obediência aos preceitos constitucionais pode acarretar uma série de

interpretações que, por vezes, chegam a ser conflitantes. Há que se clarear tecnicamente o

problema; sem o desenvolvimento das atividades especializadas de proteção ao trabalhador,

que se propõe a proteger o mesmo, não poderá haver evolução no âmbito das atividades que

envolvem as tarefas exercidas pelo professor, permanecendo estagnadas e sem as devidas

considerações técnicas que, quando desprezadas, ficam sujeitas as às interpretações

oportunísticas, gerando decisões inadequadas ou incongruentes.

Ressalta-se que a Constituição Federal declara que o risco é inerente ao trabalho,

admitindo que ele faz parte da atividade laboral, inerente a toda atividade desenvolvida pelo

ser humano, porquanto inseparável da própria vida.

A redução dos riscos no trabalho para preservação da saúde e da vida, é direito do

trabalhador, assim sendo, impõe-se ao empregador a obrigação de implementar as medidas

estabelecidas em normas jurídicas sobre segurança, saúde e higiene no trabalho.

Page 26: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

3

Mesmo com a implantação de ações que possibilitem a redução da penosidade,

insalubridade ou periculosidade, a níveis que não prejudiquem a integridade física e mental do

trabalhador, a legislação prevê amparo pecuniário ao trabalhador, pela possibilidade de

exposição ao risco.

Os fundamentos jurídicos e doutrinários da Carta Magna foram ampliados e

estabelecem a obrigação por parte do empregador de pagamento de seguro específico, visando

o amparo financeiro ao trabalhador que venha a sofrer conseqüências decorrentes de

condições adversas quando em exercício de suas atividades laborativas. Essa obrigação não

dispensa a responsabilidade do empregador quanto ao dolo, culpa ou descontrole das

condições de trabalho que possam causar dano aos trabalhadores (SOUTO, 2004).

Cumpre neste estudo, examinados os postulados constitucionais, comprovar

através de investigação do ambiente do professor, através das medições com uso de

instrumentos específicos e métodos cientificamente comprovados, a situação real das

condições de trabalho dos professores e o que for necessário para integrá-los e ajustá-los à

redução dos riscos inerentes ao trabalho desses profissionais.

A Carta Magna conceitua os riscos ocupacionais, contudo sua classificação

depende de aplicações de técnicas especificas e necessárias a sua caracterização.

Estas técnicas estão contidas em leis e principalmente nas normas

regulamentadoras que são a espinha dorsal da identificação dos riscos no ambiente de trabalho

(MTE, 1978, 1995, 2004 e 2006).

Com base na análise das condições de trabalho e na avaliação dos riscos a que

possam estar sujeitos, é que se poderá chegar às diretrizes e programas que tenham por

finalidade a proteção da saúde e da vida dos professores.

Impõe-se, deste modo, a realização de pesquisa que configure e confirme que no

trabalho do professor existem riscos que estão ligados a eventos adversos com conseqüências

negativas para sua segurança e saúde.

A educação é um processo de fundamental importância para a sociedade, mas de

grande complexidade em sua execução. Atua ao mesmo tempo de forma individual e coletiva,

proporcionando profundas modificações na estrutura social e estimulando melhor

desenvolvimento ao país.

Page 27: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

4

Os participantes com maior destaque nesse processo são os professores e os

alunos. Aos professores cabem as atividades de maior responsabilidade, pois desempenham

múltiplas tarefas de facilitação no processo de ensino-aprendizagem (JOHNSON, 1990).

Além das funções específicas, o professor administra as relações interpessoais

dentro de sala de aula, minimiza os conflitos entre os alunos e as pessoas de seu núcleo

educacional; organiza o conteúdo das aulas e executa reuniões de classes; faz planejamentos

diversos e promove orientações aos pais e alunos.

Agregadas a essas tarefas estão as diversificadas ações extraclasse, cada dia mais

amplas, com novos e difíceis modos de atuação, o apoio às ações sociais como integração em

comunidades carentes, algumas perigosas, colocando em risco a vida do profissional. Essa

ação extraclasse continua com a necessidade de melhoria curricular, processo de adaptação ao

desempenho dos alunos; atualização freqüente de conhecimentos, aprendizagem de novas

tecnologias e domínio das novas ferramentas de ensino, como o computador, instrumentos

avançados audiovisuais e projetores.

Todas essas tarefas somadas aumentam significativamente a carga física e mental

do professor, principalmente os de mais idade (ARIKEWUYO, 2004)..

Dentro desse enfoque, ocorre na prática um tipo de trabalho multifatorial que

traduz um cotidiano com evidente sobrecarga física e mental, criando condições adversas ao

exercício de forma plena e saudável de suas atividades. A essa jornada de trabalho, se soma a

uma outra sobrecarga oriunda dos deslocamentos no trânsito: residência/trabalho/residência,

residência/trabalho/trabalho/comércio/residência e outros; tarefas obrigatórias do cotidiano

pessoal e doméstico; as atividades sociais, que agravam ainda mais as condições penosas na

vida do professor.

Todas as atividades profissionais trazem em si solicitações emocionais,

cognitivas, desgaste físico e estresse. Muitas vezes esses fatores são agravados pela presença

dos agentes nocivos representados pelos riscos ocupacionais no posto de trabalho do professor

(RITVANEN, 2003)..

Os riscos ocupacionais devem ser entendidos como a presença de agentes nocivos,

físicos, químicos e biológicos, que estejam acima dos limites de tolerância do organismo

humano. Esses limites são estabelecidos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do

Page 28: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

5

Trabalho e Emprego e na falta desses, são adotados valores recomendados pelos centros de

pesquisa com credibilidade reconhecida (MTE, 1997; NIOSH, 2006; MPAS, 2007)..

A sala de aula é o ambiente físico que acolhe o processo ensino-aprendizagem, ao

mesmo tempo, é o ambiente de trabalho do professor, o foco principal dessa pesquisa.

Nas instituições de ensino, foram estudadas as condições que se evidenciam como

riscos ocupacionais, ou seja, condições de insalubridade4, penosidade5 e periculosidade6, e sua

relação com os danos à saúde dos professores (SOUTO, 2004).

Nesse ambiente, a sala de aula deve obedecer a determinados requisitos para que o

trabalho se processe corretamente, o que compreende condição ambiental dentro do conforto:

térmico, de umidade e velocidade do ar, de acordo com os níveis de normalidade; acústica

adequada com ausência de ruído de fundo e níveis apropriados de pressão sonora; iluminação

adequada; mobiliário ergonômico com dispositivos de ajustes individuais e recursos didáticos

em posicionamento correto. Esses requisitos modificam a sala de aula, transformando-o em

ambiente confortável e acolhedor, favorecendo o processo educacional.

A sala de aula que não se enquadra nas condições apontadas como de

favorecimento à saúde, propicia a desarmonia, a irritação, estimula a desatenção e

conseqüente interferência na comunicação. Provoca ansiedade, insegurança, favorecendo

conflitivas demandas pessoais, que podem originar, algumas vezes, situação de violência,

criando barreiras “invisíveis”, que dificultam o pleno acesso ao processo de ensino-

aprendizagem.

As barreiras ao processo de ensino não são somente de ordem física, mental e

social, mas também podemos incluir entre elas, as oriundas do projeto arquitetônico dos

estabelecimentos de ensino, com especial atenção para as salas de aula, local predominante de

trabalho dos professores. Para ilustrar a razão desse estudo, vejamos um exemplo comum de

interferência no processo ensino-aprendizagem, decorrente de projetos arquitetônicos

inadequados nas salas de aula, situação que será motivo da pesquisa visando sua prevenção. 4 Insalubridade - atividade que por sua natureza expõem o trabalhador a condições adversas capazes de provocar dano à saúde pelas condições do trabalho ou pela presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho (Lopes Netto, 2004 e Souto, 2004). 5 Penosidade - atividades que por sua natureza podem provocar distúrbios na fisiologia humana levando ao desequilíbrio na homeostasia, levando a maior gasto energético para o trabalhador (Souto, 2004). 6 Periculosidade - atividades que por sua natureza expõe a vida e a integridade física do trabalhador a um risco grave ou iminente, por explosão ou queima, levando a lesão corporal ou morte iminente (Lopes Netto, 2004 e Souto, 2004).

Page 29: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

6

Nas situações em que ocorre ação do ruído de fundo, há agravamento da

reverberação, atingindo o aluno e o professor em sala de aula. Desta forma, não há

compreensão das palavras pronunciadas de forma clara. Tal situação dá origem a uma espécie

de mascaramento da voz, que por sua vez, promove uma redução significativa da

inteligibilidade da comunicação entre o professor e seus alunos. Para superar tal situação, o

professor aumenta a intensidade da emissão da voz. Com isso, há um esforço vocal maior da

musculatura que compõe a estrutura das pregas vocais. O aumento do trabalho e da tensão

leva a um estado de fadiga nesses músculos, provocando desgaste. Como manifestações

orgânicas compensatórias dessa situação, aparecem então rouquidão, quebra de sonoridade,

pigarro e dor de garganta, numa tentativa de superar as lesões induzidas pelos ruídos da sala

de aula. A longo prazo podem aparecer lesões mais graves como: pólipos, nódulos e mesmo

tumoração (SARVAT, 2004)..

A avaliação ambiental dos agentes nocivos tem como principal finalidade a

identificação da existência de condições de insalubridade, penosidade, e periculosidade,

conforme definidas oficialmente e sua relação com a saúde do trabalhador.

A legislação estabelece critérios para verificações ambientais em muitas

profissões7/funções8/atividades9 que devem ser minuciosamente avaliadas de seis em seis

meses, anualmente ou bianualmente, dependendo do grau de risco encontrado. Os ambientes

de trabalho dos professores, são regidos pelas mesmas leis, portarias e normas, que orientam a

realização de medições dos agentes nocivos, mas raramente são avaliados na prática, e quando

o são, essas medições são realizadas de forma isolada, com apenas um agente ou no máximo

dois, e técnicas utilizadas que deixam muitas dúvidas quanto aos resultados obtidos

(PORTARIA Nº. 3654/77, 3.214/78 e 1334/94 e LEI Nº. 6.514/77).

A presente pesquisa tem como objetivo o estudo das condições de trabalho do

professor, analisando o ambiente da sala de aula e, considerando as variáveis relacionadas às

condições insalubres, como: agentes físicos com: níveis elevados de pressão sonora. 7 Profissão - Ocupação, emprego que requer conhecimentos especiais e geralmente preparação longa e intensiva (Dicionário Michaelis, 2007). 8 Função - Ação natural e própria de qualquer coisa; Atividade especial, serviço, encargo, cargo, emprego, missão (Dicionário Michaelis, 2007). 9 Atividade - Soma de ações, de atribuições, de encargos ou de serviços desempenhados pela pessoa (Dicionário Michaelis, 2007).

Page 30: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

7

Nesse grupo as variáveis selecionadas são os agentes físicos: ruído, calor, frio,

vibração, radiação ionizante, radiação não ionizante, umidade do ar, pressão atmosférica do

ar; os agentes químicos representados pela presença de poeiras, névoas, fumos, líquidos,

sólidos e gases; e, os agentes biológicos. Ainda, somando ao estudo, as variáveis que se

referem à periculosidade, com direcionamento para detectar condições inseguras quanto à

explosividade e inflamabilidade de materiais presentes nos locais de trabalho. E, por fim, a

penosidade levantada através das variáveis como: a avaliação da taxa de gasto metabólico

durante a jornada de trabalho, condições de iluminância, conforto acústico e térmico,

transporte manual de peso, emprego de recursos didáticos com a utilização de protocolos do

Ministério do Trabalho e Emprego (NORMAS REGULAMENTADORAS Nº. 17).

Sendo incontestável o adoecimento dos professores por causas diversas, contudo

sem identificação na literatura de levantamento de fatos ou agentes presentes no ambiente de

trabalho com possibilidade de atribuir esse adoecimento às causas ocupacionais. Razão pela

qual houve motivação para a presente pesquisa com o estudo da existência de fontes de

agentes nocivos, que compõem os riscos e se estes possuíam relação com as doenças nas

quais os professores são acometidos.

No levantamento da literatura relacionada aos danos causados à saúde dos

professores, não foi identifica publicações que apresentem dados quanto à realização de

medições do ambiente de trabalho do professor, incluindo os agentes nocivos responsáveis

pela relação de causa e efeito, ou seja, o nexo causal e técnico, relacionando as doenças como

ocupacionais. Desta forma, aceitando ou rejeitando a relação de causa ocupacional nos

eventos de adoecimento dos professores e realizando as medições dos agentes nocivos

presentes nos ambientes de trabalho dos professores que atuam no ensino fundamental, médio

e superior da rede pública e privada, no município do Rio de Janeiro, podendo haver a

ratificação ou retificação das causas das doenças registradas como afastamento dos

professores.

No presente estudo, a investigação foi realizada na primeira fase com o compromisso

de identificar a existência de fontes geradoras de agentes nocivos, quando constatadas, os

Page 31: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

8

agentes nocivos registrados eram incluídos na segunda fase do estudo, na qual o agente

nocivo foi investigado com base em protocolos de avaliação qualitativa e quantitativa com

medições que utilizaram equipamentos de aferição específica para cada agente,

proporcionando a aplicação de técnicas e métodos validados pela OIT – Organização

Internacional do Trabalho e referendados pelas publicações do Ministério do Trabalho e

Emprego, através das Normas Regulamentadoras (LEI Nº. 6.514/77).

Os resultados desse estudo oferecerão direcionamento correto na aplicação da gestão

de programas de saúde e segurança, com ações preventivas focadas no ambiente de trabalho

do professor.

Page 32: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

9

2. REFERENCIAL TEÓRICO

As publicações técnicas e científicas relativas às doenças na qual o professor foi

objetivo do estudo, guardam relação direta com diversas áreas do conhecimento como:

medicina, direito, psicologia, ergonomia, educação, engenharia, física e arquitetura, que

apontam, denunciam e procuram dar soluções ao problema ligado ao adoecimento do

Professor (NEUBAUER, 1998; OLIVEIRA,1998; NOVAIS E BASTOS, 2005; SPIES, 2004;

LIPP, 2002 E 2004; ARIKEWUYO, 2004; ROCHA ET AL. 2002; BENEVIDES- PEREIRA,

2001; SILVA, 2000; SORATTO E PINTO,1999; LIMA. F,2004; RITVANEN,2003;VIEIRA

E PEREIRA JUNIOR,2004, REIS,2002; PEREZ,2003; SOARES, 2001; NUNES

SOBRINHO,1996; DUL E WEERDIMEESTER,1995; LUZ, 2004; FALCONE, 2004,

NUNES SOBRINHO, 2003, 2004, 2005 ,2006 E2007; SOUTO,2003 E 2004; BRITO,2001;

BATISTA E ODELIUS,1999; IDOL,1997; COUTO (1995), BORSONELLO (2002);

BARRETO, 2004; HIRIGOYEN,2002 a e b, CARNEIRO E COUTO 1997; DEJOUR,1988;

MAUSS APUD BAMMER, 1979; COUTO, 2005, 2006 E 2007).

Esses riscos ocupacionais são mencionados como participantes diretos ou

indiretos na etiologia de algumas doenças que trazem sofrimento aos professores e são causas

preponderantes nos afastamentos e ausências ao trabalho, provocando elevado custo à

sociedade (SOUTO, 2004; SARVAT, 2002 e 2004).

Na literatura pesquisada, os autores descreveram aspectos diversos sobre as

doenças que atingem os professores, mas nenhum deles apresenta descrição de pesquisa com

identificação e análise do nexo causal dessas doenças, e ainda as que apontaram a presença

dos agentes nocivos físico, químico ou biológico não realizaram medidas específicas dos

mesmos.

Tavares (2000) publicou pesquisa na qual descreve a identificação dos agentes

nocivos presentes no trabalho do professor, tendo como destaque em sua dissertação o estudo

que demonstra a interferência do risco ergonômico no processo ensino-aprendizagem em salas

de aula, porém não foi apontada a relação com a condição penosa, na qual o risco ergonômico

se insere.

Page 33: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

10

Muitos relatórios da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a

Educação, a Ciência e a Cultura, UNB – Universidade de Brasília, MTE – Ministério do

Trabalho e Emprego e MPAS – Ministério da Previdência e Assistência Social, apontam o

tipo de adoecimento que vem causando sofrimento ao professor, mas sem o registro de

identifcação dos agentes nocivos relacionados aos riscos à saúde dos trabalhadores.

O presente trabalho tem por objetivo identificar as fontes de agentes nocivos, com

medições específicas e análise técnica dos resultados verificando a possibilidade da relação de

causa e efeito, ou seja, o nexo causal, entre os agentes dos riscos ocupacionais e a atividade

do professor.

Sarvat e Leite (2001) relacionam os riscos ocupacionais por agentes físicos,

demonstrando que há ação nociva entre os níveis elevados de pressão sonora, ou seja, ruído e

casos específicos de perda auditiva e lesões vocais, indicando desta forma a relação de nexo

causal para os professores estudados.

Os agentes químicos podem ser encontrados em estados e formas variadas, mas

predominantemente como: poeiras, fumos, gases, substâncias sólidas ou líquidas. Não

havendo comprovação na literatura de adoecimento de professores tendo como causa os

agentes químicos (OMS, 2002).

As patologias responsáveis pelos afastamentos dos professores de suas atividades,

são amparadas legalmente, sendo reconhecido inclusive benefícios de várias categorias na

dependência dos quadros clínicos em que as doenças apresentam repercussões clinicas:

podendo ser exteriorizada como de pequena monta, onde o trabalhador necessita de prazo

curto para tratamento, chegando no máximo aos 15 dias de afastamento, que recuperando as

condições laborais plenas pode retornar as suas atividades profissionais de forma habitual.

Outra situação ocorre quando o adoecimento atinge o trabalhador de forma tal, que não há

previsibilidade de retorno à mesma função em prazo menor que 15 dias, havendo assim, o

afastamento classificado como temporário,de período variável, mas ainda há recuperação das

lesões com retorno ao trabalho. Em outros casos não há recuperação, sendo então

identificados como afastamento definitivo, recebendo aposentadoria por invalidez, com

possibilidade remota de recuperação para as atividades da vida diária (MPAS, 2006).

Os autores Dunkin e Biddle (1974); Johnson (1990); Coster e Pichanlt (1998)

apontam como causa de adoecimento do professor a monotonia. Esse enfoque fica claro na

Page 34: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

11

seguinte citação de Gouthier et al (1997) “...milhares de professores e milhões de alunos

fazem a cada dia, a grosso modo, a mesma coisa, sempre com o mesmo objetivo”.

UNESCO (2004) publicou relatório onde ressalta preocupação com a excessiva

carga de trabalho dos professores. Apontou uma previsão de necessidade de 15 a 35 milhões

de novos professores para que todas as crianças possam estar na escola até 2015. Ao não

alcançar essa meta, significa que os professores estarão com carga de trabalho considerada

insuportáveis.

Em relatório anual a UNESCO (2006) destacou várias causas da escassez de

professores, entre elas ressalta-se: a baixa remuneração, ou seja, o salário do professor em

2005 foi considerado com poder aquisitivo menor do que o salário pago em 1970, e as

condições de trabalho mais precárias. Diante desse cenário, o aumento do índice de matrículas

agrava essa situação, quando no mesmo relatório há previsão de sessenta alunos, por sala de

aula, aduzindo um aumento das tarefas em 100%, para cada professor em atividade, por falta

de novos profissionais (UNESCO, 2004).

A crescente velocidade nas aquisições de conhecimento, no domínio de novas

tecnologias, que obrigam o professor a investir em sua própria atualização nos intervalos que

seriam dedicados ao seu descanso, se soma aos fatores de adoecimento dessa categoria de

trabalhadores.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

(2005), cerca de 9% das crianças entre zero e três anos freqüentam creches e, 52% das

crianças de quatro a seis anos freqüentam a pré-escola. Essa situação demonstra que a

realidade é critica e a conclusão a que se pode chegar é de que, se todas as crianças estivessem

na escola, não haveria professores suficientes.

Diante do exposto, tem-se um excesso de carga cognitiva, como no caso da dupla

jornada ou mais, ou por acúmulos de tarefas (SORATTO e PINTO,1999; LIMA F.,2004 e

RITVANEN, 2003)..

Lima F. (2004), em sua dissertação, aponta fatores agravadores à saúde dos

professores e relata conhecimento de até quádrupla jornada, na tentativa de driblar os baixos

salários. Para muitos, a constatação de quádrupla jornada parece uma afirmação longe do

concebível, mas temos que lembrar que a compensação pela perda de salários suficientes para

o amparo das necessidades diárias, pode impor ao professor a aceitação de tal condição.

Page 35: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

12

Muitas vezes, o professor possui contratos de trabalho em várias escolas, quer atuando

por mais de 12 horas por dia, durante seis dias por semana, e alguns deles também trabalham

nos finais de semana.

Vieira e Pereira Junior (2004), Reis (2002), Lopes Netto (2003), Souto (2004),

apontam como causas de adoecimento dos professores, a exposição a ruídos em níveis

excessivos, baixa umidade do ar, temperaturas extremas, que incluem a alta ou baixa

temperatura, iluminação e mobiliário inadequados, vibrações acima dos limites de tolerância,

produtos químicos e poeiras em concentrações insalubres, periculosidade e de penosidade.

Esses estudos são apontados também por Perez (2003); Soares (2001); Nunes Sobrinho (1996

e 2003); Dul e Weerdimeester (1995); Luz (2004); Falcone (2004); Souto (2003); Brito

(2001); Batista e Odelius (1999); Idol (1997); Couto (1995); Borsonello (2002); Barreto

(2004); Hirigoyen (2002 a e b); Carneiro e Couto (1997); Dejour (1988); Mauss apud

Bammer (1979).

A UNESCO (2004) e a UNB (2005) em seus relatórios registram que 55% dos

professores brasileiros informam ter dificuldade em manter a disciplina em sala de aula, sendo

essa uma das razões do aumento do absenteísmo.

Couto (1995 b, p.296) descreve a fadiga física, mental e psíquica, como fatôres

presentes no ambiente de trabalho e responsáveis pelo desajustamento psíquico do indivíduo a

uma determinada realidade, e o que era somente atribuído apenas ao físico podem ser

também, integrado ao cognitivo e psíquico.

Bernstein e al (2002) registram a reação alérgica aos agentes biológicos, como

causa de adoecimento de uma professora em Cincinnati – USA. A professora utilizava larvas

de inseto para ensinar as crianças sobre o ciclo da vida e apresentava reações alérgicas como

coceira, lacrimejamento, congestão e sangramento nasal, num período de dois meses. Os

autores observaram que essas reações tinham inicio uma hora após a demonstração do ciclo

de vida com utilização de larvas. A remoção das larvas da sala de aula resultou em alívio

completo de seus sintomas

Rudblad et al (2001) apontam a umidade acima dos limites de normalidade como

causa de alterações das vias aéreas superiores (nariz, seios da face e traquéia), no estudo que

Page 36: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

13

acompanhou vinte e oito professores que trabalhavam por no mínimo cinco anos em escola

com sérios problemas de umidade. Selecionaram dezoito professores, que trabalharam em

outra escola que não apresentava problemas de umidade. Formaram uma amostra composta

pelos vinte e oito professores que tinham contato com a umidade aos dezoito professores, sem

relação com a umidade. Os participantes da amostra foram submetidos a teste de estímulo ao

quadro alérgico através da aplicação de solução com precipitante nasal em três concentrações

de histamina a 1mg/ml, 2 mg/ml e 4mg/ml. Registros de aumento de espessura da mucosa

nasal foram identificados com a rinostereometria, técnica que realiza a medida do edema da

mucosa nasal, método ótico não invasivo, nas três concentrações de histamina, indicando que

a exposição por longo tempo em ambiente fechado, com estímulo da umidade em excesso,

pode contribuir para hiper-reatividade das mucosas das vias aéreas superiores, como a rinite

alérgica (RUDBLAD et al, 2001).

Os gastos com os afastamentos por licença médica dos professores sofreram aumentos

progressivos, foi o relato da Secretaria de Educação de São Paulo em 2006, com gasto de R$

165,9 milhões, com licença médica de servidores da área da educação segundo publicação do

MEC (2007).

A Secretaria da Educação no Distrito Federal, também revela gastos com o mesmo

objetivo no período de janeiro a setembro de 2006, com o universo de 28 mil professores,

apresentando déficit de 139 mil educadores públicos para o pleno funcionamento das escolas.

Esses gastos demonstram que o adoecimento do professor é significativo (MEC,2007).

Perez (2003), em pesquisa realizada com 422 professores através de entrevistas e

questionários, apontou que a maioria eram mulheres com mais de nove anos de magistério e

idade entre 29 a 49 anos. Dos participantes, 71,3% declararam que nunca receberam qualquer

orientação sobre cuidados com a voz, 60% têm ou tiveram alteração vocal e apenas 38,6%

procuram algum tipo de tratamento. As patologias vocais identificadas foram: nódulos,

edemas e fendas nas pregas vocais. Nesse mesmo estudo Perez (2003) apresenta a relação

entre as alterações vocais e o número excessivo de alunos em sala de aula sem preparo

acústico. A existência de ecos e ruídos foi reclamação de 74% dos professores e a temperatura

considerada inadequada por 70,3% dos professores.

Tolosa (2000), registra que a expectativa e a valorização profissional, são fatores

apontados como desencadeadores de sintomas e sentimentos negativos em professores. Seu

Page 37: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

14

estudo fez a identificação dos resultados dos questionários auto-aplicáveis, com 24 perguntas

fechadas, para 5.000 professores voluntários de escolas da rede pública. Desses 5.000

questionários, apenas 1.719 foram devolvidos, representando 34,38% do total. Nessa amostra,

as alterações orgânicas apontadas foram: 10,99% doenças do aparelho respiratório, 2,79%

gripe, 2,15% sinusite e 1,10% com rinite. Patologias ligadas diretamente ao trabalho de

professor foram também identificadas, sendo: 0,40% nódulos de pregas vocais, 0,17% com

afonia e 0,52% “dor de garganta”. Essa pesquisa concluiu que o trabalho dos professores que

participaram da amostra foi considerado estafante, cansativo, levando à fadiga mental.

Os autores Lima F. (2003); Levy (2006) e Nunes Sobrinho (1999, 2003 e 2004),

ressaltam os riscos ergonômicos, e destes em especial a organização do trabalho e a carga de

trabalho, como causas de adoecimento dos professores

As pesquisas apresentadas na literatura confirmam o adoecimento dos professores

do ponto de vista físico e mental, ratificando o aumento estatístico da concessão de benefícios

por incapacidade pela Previdencia Social e pelos orgãos de mesma finalidade tanto público

como privado (LIMA F.,2004; ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

2005).

2.1 O PROFESSOR E O SEU AMBIENTE DE TRABALHO

A sala de aula é o ambiente de trabalho do professor em qualquer nível de ensino.

Sua atuação principal encontra-se centrada nas tarefas relacionadas ao processo de ensino-

aprendizagem. Esse enfoque se torna necessário para o esclarecimento da relação de nexo

causal entre os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho e as doenças

apresentadas por esses professores, podendo assim, serem compreendidas e prevenidas.

O professor realiza suas tarefas em seu posto de trabalho em média por 4 horas

diárias, em cada contrato de trabalho, ficando exposto às ações dos agentes nocivos que

oferecem risco a sua saúde. A sala de aula deve ser um ambiente não insalubre e com

condições confortáveis de trabalho.

Page 38: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

15

As condições do ambiente de trabalho são classificadas segundo Souto (2004) em:

Condições salubres: aquelas que por sua natureza, podem ser consideradas normais, ou seja,

não possuem condições de trabalho ou a presença de agentes nocivos decorrentes do mesmo,

capazes de provocar dano ao trabalhador, ou seja, morte, lesão ou doença ocorrida no trabalho

ou dele resultante;

Condições de insalubridade: aquelas que reúnem atividades que por sua natureza expõem

continuadamente o trabalhador a condições adversas, capazes de provocar dano à saúde pelas

condições do trabalho ou pela presença de agentes nocivos no ambiente de trabalho, em níveis

acima daqueles estabelecidos em norma regulamentadora específica, determinada segundo

critérios técnico-científicos e por meio do estabelecimento de limites de tolerância ou

utilização de fichas toxicológicas.

Condição de periculosidade: atividades que por sua natureza expõem a vida e a integridade

física do trabalhador a um risco grave ou iminente a de explosão com lesão corporal ou morte

iminente, determinada em matrizes de risco, segundo critérios técnico-científicos.

Condições penosas: geradas pelo conjunto de atividades que por sua natureza podem

provocar distúrbios na fisiologia humana, levando ao desequilíbrio na homeostasia. Essa

condição ainda não está regulamentada pelos órgãos responsáveis, mas tecnicamente podem

ser aferidos através da aplicação de critérios baseados na fisiologia humana, que comprovem

o maior gasto energético para o trabalhador.

São vários os agentes que podem provocar essas condições, tais como: fadiga,

níveis elevados de pressão sonora, exaustão por temperatura extremas, movimentos

repetitivos e outros, porém nenhum deles de forma isolada é capaz de receber o

reconhecimento legal da penosidade (SOUTO, 2004)

A pesquisa traçou como um dos objetivos, a análise da condição ambiental, na

qual os professores desempenham suas atividades. Assim sendo, as condições acima definidas

Page 39: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

16

se constituíram na finalidade primordial desse estudo e foram inseridas como variáveis da

pesquisa.

2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DOS PROFESSORES

As atividades dos professores estão descritas oficialmente na Classificação Brasileira

de Ocupações10 – CBO (2004). Nessa classificação, identificamos 271 categorias de

professores, que realizam as mesmas tarefas, com as devidas adequações ao conteúdo

programático. A atividade do Professor está classificada em categorias, sendo: 18 categorias

de Professores de cursos livres, 11 de Professores de pré-escola, 10 de Professores leigos, 46

do ensino Fundamental, 50 de Professores do ensino Médio e 136 do ensino Superior. (C.B.O.

2004).

Os professores de todas as categorias reúnem tarefas realizadas de forma habitual e

permanente de igual forma pelos professores do ensino fundamental, médio e superior de

ambas as redes de ensino, que são:

• Planejar o ano letivo

• Discutir propostas da instituição

• Participar da definição da proposta pedagógica

• Fixar metas, definir objetivos e cronogramas e selecionar os conteúdos;

• Pesquisar e selecionar materiais e informações

• Diagnosticar a realidade dos alunos e avaliam seu conhecimento

• Preparar aulas e material didático

• Ministrar aulas

• Acompanhar processo de desenvolvimento dos alunos e aplicar instrumentos de

avaliação

• Interagir com a comunidade escolar

• Acompanhar as produções da área educacional e cultural

10 Publicação do Ministério do Trabalho e Emprego que reúne as principais características sobre as profissões, funções, cargos e atividade (CBO, 2004).

Page 40: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

17

• Atualizar seus conhecimentos e adequar competências pessoais

• Conscientizar a comunidade escolar

• Comunicar-se com alunos, professores, administrativos, pais e autoridades em geral

• Interagir com as comunidades carentes firmando parcerias.

Professores são trabalhadores que devem ter seus ambientes estudados de mesma

forma que outro trabalhador, ou seja, descrevendo e analisando os materiais utilizados,

reconhecendo os símbolos dos trabalhadores, tais como eles são realizados nos próprios locais

de trabalho e classificados em atividades de dois tipos, segundo Lessard e Tardif (2005) em:

“codificado”: as que contem tarefas prescritas, todas as rotinas, obrigações formais, cargas

institucionais, normas, regulamentos, procedimentos, tudo aquilo que é previsível;

“não codificado:” aquelas com aspectos implícitos ou chamados de invisíveis, imprevistos,

flutuantes e complexos, que apontam o trabalho dos professores de igual forma, tanto em

instituições de ensino do interior com apenas uma ou duas salas de aula, quanto se forem um

gigantesco estabelecimento com vários milhares de alunos e várias dezenas de classes.

Todas as escolas apresentam uma estrutura simples e bastante estável: as salas de aula,

ou seja, espaços relativamente fechados, nos quais os professores trabalham separadamente

cumprindo aí essencialmente suas tarefas. (LESSARD e TARDIF, 2005 p37)

A análise do trabalho do professor, quanto aos aspectos sociais e o processo de

trabalho, foram fundamentados na prática do cotidiano (MATHEU e ROBITEIELLE, 1991;

LESSARD e TARDIF,1996).

O modelo indutivo do trabalho do professor, seu conhecimento, tecnologias próprias e

a ambiência do trabalho do professor num espaço previamente organizado que é preciso

avaliar, encontra apoio nas descrições de Tardif ( 2005).

Drenben (1970) apresenta as relações do trabalho do professor através da frase:..

“As instituições de ensino são locais de trabalho e como tal deve ser avaliadas”, e ...“as

Page 41: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

18

escolas como lugar de trabalho se caracterizam por tecnologias particulares próprias delas:

programas, disciplinas, matérias, discursos, idéias, objetivos e que são realidades

primeiramente cognitivas ou discursivas, com as quais os professores devem agir e lidar para

atingir seus fins. E ainda, o trabalho do professor é altamente simbólico, e, portanto,

materialmente intangíveisl – por tratar de manejo de concepções socioculturais da criança, do

adolescente e do adulto, ou seja, de como eles devem ser, fazer e saber enquanto membros

educados, socializados, moralizados e instituídos de uma determinada sociedade”.

Exemplo disso, são tarefas como pegar pessoalmente o retroprojetor, montar o

aparelho na sala de aula, ligar e se deparar com uma lâmpada queimada, procurar lâmpada

substituta e não encontrar, tendo que a necessidade de reprogramar, toda a aula planejada.

Com isso, o tempo destinado a essas tarefas “invisíveis” reduz o tempo útil destinado ao

conteúdo programático, levando ao desgaste mental por priorizar tópicos para conseguir

atingir as metas pré-determinadas (WOLF, R.A.P,2004)..

2.3 RISCOS OCUPACIONAIS E AGENTES NOCIVOS À SAÚDE DOS PROFESSORES

Em todos os ambientes, naturais ou artificiais, os riscos estão presentes e possuem

fontes geradoras. Essas fontes geram os agentes nocivos com maior ou menor possibilidade

de causar danos à saúde humana. Os agentes nocivos são classificados em químicos, físicos,

biológicos e ergonômicos.

Essa relação no ambiente de trabalho é permanente, porém em graus variados e

podem ser medidos de forma qualitativa ou quantitativa, traduzindo a possibilidade que cada

um desses agentes possui para provocar dano à saúde do trabalhador. Essa possibilidade é

entendida como a capacidade de provocar lesões corporais e mentais e está contida na

concentração, intensidade e qualidade de cada agente para desencadear os riscos

ocupacionais. Essa relação está diretamente relacionada às tarefas de cada trabalhador e nesta

pesquisa, em especial aos professores nos três níveis de ensino: fundamental, médio e

superior.

Page 42: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

19

O ambiente de trabalho é definido como a representação do conjunto de fatores

externos que possuem forte influência sobre o funcionamento equilibrado do organismo e a

saúde do homem.

Já o posto de trabalho é o local onde só um trabalhador desenvolve suas tarefas.

Na área do ensino, um mesmo ambiente físico, sala de aula, pode abrigar diversos níveis de

ensino, em horários diferentes.

Muitas instituições possuem o ensino fundamental no turno da manhã, o médio à

tarde e o ensino superior à noite. E, ainda um mesmo professor, muitas vezes, atua em

diversos níveis de ensino, conforme LIMA F.( 2004).

Os riscos ocupacionais e os agentes nocivos possuem relação estreita com o

ambiente de trabalho das salas de aula no ensino. O estudo dos aspectos da construção das

salas de aula em Curitiba teve o objetivo de identificar a relação com o processo de

desenvolvimento do ensino, propondo melhorias futuras. Ainda ressalta que “Um local de

trabalho, seja um escritório, uma oficina, uma sala de aula, deve ser sadio e agradável”

(LEUZ,2001).

O ambiente de trabalho é entendido por tudo o que está relacionado às condições

físicas, químicas e biológicas, que podem influenciar a condição de saúde e bem-estar dos

trabalhadores em suas atividades de trabalho (SANTOS & FIALHO, 1997; CARDOSO,

1999).

A presente pesquisa, teve seu foco na análise das condições de trabalho dos

professores, cujos resultados foram devidamente interpretados, verificando-se a possibilidade

da relação de causa e efeitos no adoecimento dos professores.

Cabe ressaltar que, dentre as condições de trabalho dos professores, com potencial

de causar dano à saúde dos mesmos, estão: ruído, temperaturas anormais, presença de

produtos químicos, poeiras e agentes biológicos (SOUTO, 2004; COUTINHO FILHO et

al.,2006).

Os resultados obtidos com a presente pesquisa poderão fundamentar ações e

medidas de prevenção com o objetivo de minimização dos adoecimentos dos professores.

Portanto, se torna necessário o estudo dos riscos in loco, produzindo dados que possam

traduzir a realidade da atividade dos professores e que possibilitem a identificação da relação

Page 43: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

20

entre os agentes nocivos geradores dos riscos ocupacionais e a capacidade que esses têm para

causar doenças nos professores. Com esse objetivo, as variáveis da pesquisa, qualificadas e

quantificadas, proporcionaram a identificação do perfil desses riscos e a relação com os

agentes geradores, de modo tal que fique clara a relação de causa e efeito entre os riscos

ocupacionais e as doenças dos professores, havendo necessidade da realização dessas

medidas no posto de trabalho do professor, ou seja, na sala de aula, no momento em que o

professor exerce suas funções (COUTINHO FILHO et al., 2006).

O estudo utiliza-se de medidas que tem o objetivo de identificar os riscos

ocupacionais e seus agentes nocivos, não só para conhecer a probabilidade de adoecimento do

professor, mas como também, promover a igualdade de direito com outras categorias

profissionais, que tem esses riscos devidamente analisados, gerando medidas legais

compensatórias (SOUTO, 2004).

Do ponto de vista social, a pesquisa tem o compromisso não só com a categoria,

mas também com a sociedade, pois através da identificação da real condição de trabalho dos

professores, será possível propor ações preventivas e corretivas contra as condições adversas

do trabalho desses profissionais. Ao mesmo tempo, apresentar razões para fundamentar

modificações que se fizerem necessárias. A melhoria das condições de trabalho dos

professores terá repercussões imediatas sobre os alunos, melhorando também a sua saúde e

proporcionando ganho real, no processo ensino - aprendizagem.

A pesquisa deve ter uma aplicação social com o objetivo de proporcionar

melhores condições de vida na sociedade. Como resultado da presente pesquisa sobre os

riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores, espera-se que ela possa

influenciar e subsidiar positivamente as ações de Políticas Públicas no sentido de instituir

atividades de Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho em cada um das instituições

públicas e privadas de ensino (WOLF,R.A.P,1998)

A atuação dos serviços de Medicina e Engenharia de Segurança do Trabalho, poderão

promover orientações e ações especializadas, para gestão e desenvolvimento de programas

Page 44: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

21

preventivos que visem à manutenção da saúde dos professores. É preciso que estas medidas

sejam estabelecidas em todos os níveis do ensino nas escolas, melhorando permanentemente

as condições ambientais e de segurança nos estabelecimentos de ensino (SOUTO, 2004).

É importante e urgente à introdução dessas ações no cotidiano da vida dos

professores com o objetivo de modificar as condições de risco, que atualmente existem e

contribuem para o aumento dos números que compõem as estatísticas de morbidade11 dos

professores, relacionadas ao adoecimento em decorrência do seu trabalho ( MTE, 1993, 2005,

2007)..

Por outro lado, a presente pesquisa servirá para demonstrar ao Poder Público que

as questões de condicionamento do local de trabalho e humanização das atividades no posto

de trabalho do professor são de fundamental importância na qualidade do ensino e na

aprendizagem dos alunos (NUNES SOBRINHO, 2002)

De posse dos resultados obtidos pela pesquisa, poderão ser elaboradas estratégias

de enfrentamento dos problemas e a introdução de programas preventivos, como as

necessárias justificativas para criar a obrigatoriedade de “mudança para melhor”, visando o

planejamento e a adaptação das salas de aula com critérios obrigatórios de conforto acústico,

térmico, de iluminação, somado a adequação ergonômica do ambiente e do mobiliário.

Deduz-se, portanto, que a meta desta pesquisa é conhecer os riscos inseridos no

trabalho atual dos professores, para propor medidas de humanização e condicionamento do

posto de trabalho, melhorando desta feita a saúde, o bem-estar físico e mental e a redução do

custo com melhoria da qualidade do ensino em benefício de toda a sociedade.

Conduzir uma investigação na procura das causas (agentes nocivos) que geram as

já conhecidas doenças que atingem os professores, traduz justificativa plausível. Ao se

conhecer a causa, esta esta pode ser controlada, minimizada ou anulada, bem como, as

doenças decorrentes.

11 Morbidades - estado do desequilíbrio orgânico ou mental, igual à doença (Hoauiss, 2004).

Page 45: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

22

Esse tipo de pesquisa não foi identificado na literatura nacional ou internacional, e

teve como diretrizes básicas os postulados da Constituição Brasileira (1988) e critérios das

Normas Regulamentadoras através da Lei 6514/78.

Page 46: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

23

3. OBJETIVOS DO ESTUDO

3.1 OBJETIVO GERAL

Identificar fontes de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, ou seja, a sala

de aula dos professores do ensino fundamental, médio e superior da rede pública e privada

relacionando-as e classificando-as em ambientes com condições não insalubres, insalubres,

periculosas e penosas, em que haja a possibilidade de causar, contribuir ou agravar doenças

ou gerar danos à integridade física do professor.Essas condições adversas são compostas por

riscos ocupacionais gerados por agente nocivos físicos, químicos e biológicos, que são objeto

de estudados nas salas de aula do ensino fundamental, médio e superior, tanto da rede pública,

como da particular.

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

A pesquisa possui dois objetivos específicos: identificar os agentes nocivos e realizar

medições dos riscos ocupacionais, físicos, químicos e biológicos, de forma qualitativa e

quantitativa nos ambientes de trabalho dos professores do ensino fundamental, médio e

superior, na rede pública e privada, no município do Rio de Janeiro. Relacionar os resultados

obtidos com as medições com os parâmetros de classificação oficiais, através dos protocolos

do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, órgão que valida os protocolos internacionais

da National Institute of Occupational Safety anda Health - NIOSH, e da American

Conference of Industrial Hygienists –ACGIH, e estes são retificados pelo Ministério da

Previdencia e Assistência Social.

O segundo objetivo específico é analisar os resultados obtidos, identificando-os e

classificando-os em nexo positivo: aqueles que possuem condições de causar danos à saúde, e

em nexo negativo: aqueles que não possuem condições de causar adoecimento dos

professores, nos três níveis de ensino, ou seja, fundamental, médio e superior das redes

pública e privada, no município do Rio de Janeiro.

Page 47: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

24

4. MÉTODO

Foi utilizado método de pesquisa descritiva exploratória com medidas dos agentes

nocivos que compõe os riscos ocupacionais dos ambientes de trabalho dos professores, com

investigação qualitativa na primeira fase e uso de equipamentos de boa resolução na segunda

fase. A investigação priorizou as normas regulamentadoras NR 9, 15, 16, 17 e 20.

Os resultados obtidos poderão servir de fundamentação e analogia para propostas

de Políticas Públicas que minimizem as agressões sofridas pelos professores no ambiente de

trabalho.

4.1 LOCAL

Salas de aula das instituições de ensino fundamental, médio e superior da rede

pública e privada, selecionadas de forma aleatória, todas localizadas no município do Rio de

Janeiro.

4. 2 PARTICIPANTES

Os participantes da pesquisa foram instituições de ensino/sala de aulas/professores

dos níveis de ensino do fundamental, médio e superior de ambas as redes, com professores

que atuavam exclusivamente em salas de aula.

Na primeira fase do estudo, a pesquisa foi realizada em uma amostra intencional

ou alvo de 180 instituições de ensino, com o total de 1446 salas de aula, 1634 professores e

63.677 alunos.

A amostra foi composta por 180 instituições divididas em quantidades iguais por

nível de ensino, de forma que cada um dos três níveis de ensino regular dos setores públicos e

privados, participasse com igualdade de oportunidades na avaliação, independente da

representação da população real, e assim foi representada:

• Nível fundamental: trinta instituições públicas e trinta privadas;

• Nível médio: trinta instituições públicas e trinta privadas;

• Nível superior: trinta instituições públicas e trinta privadas.

Page 48: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

25

Para viabilização do estudo o mesmo foi operacionalizado em duas fases. E, só após a

conclusão da primeira fase e o conhecimentos dos agentes emanados por fontes presentes no

ambiente de trabalho dos professores, que estas variáveis foram inseridas na segunda fase e

foram realizadas as medidas com auxílio de instrumentos específicos para cada agente nocivo.

Na primeira fase, a pesquisa teve o objetivo de identificar a existência de fontes de

agentes nocivos e decorrentes riscos ocupacionais, de natureza química, física e biológica,

através de protocolos qualitativos, por não necessitarem do uso de equipamentos. A existência

de fontes de agentes nocivos, que geram os riscos ocupacionais, determinou a continuação do

estudo através da realização de medidas instrumentais da segunda fase.

Na segunda fase, foram realizadas medidas com uso de instrumentos de alta

sensibilidade numa amostra de conglomerados selecionada da amostra inicial de 180

instituições de ensino. A amostra da segunda fase foi composta por 42 instituições de ensino

com 385 salas de aula, 481 professores e 17.974 alunos.

Para preservação da proporcionalidade intencional inicial, a amostra de 42 instituições

de ensino participantes teve a contribuição proporcional onde cada grupo foi representado por

7 (sete) instituições de cada nível de ensino da rede privada e pública, assim distribuídas:

• Nível fundamental: sete instituições públicas sete privadas;

• Nível médio: sete instituições públicas e sete privadas;

• Nível superior: sete instituições públicas e sete privadas.

Na segunda fase o estudo teve como objetivo medição dos agentes nocivos presentes

na sala de aula, com uso de equipamentos específicos e métodos de análise quantitativa para

aferição, classificação e verificação da possibilidade de adoecimento dos professores. Todas

as medições foram realizadas no transcorrer das aulas.

Page 49: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

26

4.3 HIPÓTESES

A presente pesquisa tem como hipóteses as seguintes formulações:

1- Existem fontes de riscos ocupacionais no ambiente de trabalho dos professores do ensino

fundamental, médio e superior, das redes públicas e privadas, no município do Rio de

Janeiro.

2- As fontes identificadas como geradoras de agentes nocivos presentes nas salas de aula do

ensino fundamental, médio e superior, da rede pública e privada, encontram-se dentro

dos limites oficiais de tolerância, para a condição de insalubridade, penosidade e

periculosidade.

3- Os agentes nocivos identificados por medições cujos valôres se encontram acima dos

limites de tolerância são capazes de gerar danos à saúde dos professores e podem ser

classificados em insalubres, penosos ou periculosos.

4- Existem agentes nocivos classificados como de risco ocupacional para as condições

insalubres, penosas ou periculosas.

5- Os agentes identificados podem ser considerados como agente do nexo causal positivo

ou negativo.

4.4 PROJETO AMOSTRAL

O projeto amostral foi construído para as duas fases da pesquisa. Na primeira fase,

através de uma amostra da população alvo, selecionada de forma intencional e na segunda

fase, houve a construção de uma amostra estratificada da amostra inicial.

Page 50: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

27

Segundo Costa Neto (1977:2), entende-se por população ..“o conjunto de

elementos com pelo menos uma característica comum, e que esta inequivocamente delimita

quais os elementos que pertencem à população” e como população alvo ou intencional ..“o

conjunto de elementos para os quais se desejam que as conclusões oriundas da pesquisa sejam

válidas” (MEDRONHO, 2004: 284).

Desta forma, optou-se por definir como a população alvo, segundo Bolfarine

(2005: p:6-9) as 180 Instituições de Ensino da cidade do Rio de Janeiro, que foram estudadas

entre os anos de 2004 a 2008, com o objetivo de levantar informações qualitativas sobre a

presença ou não de fontes de agentes físicos, químicos e biológicos, capazes de causar riscos

ocupacionais para os professores. O tamanho da amostra inicial e a estratificada foram

delimitados pelos recursos disponíveis para a execução do estudo.

A segunda fase do estudo teve como objetivo realizar medições dos agentes

detectados na população alvo. Nesta fase optou-se pela seleção de uma amostra representativa

dessa população.

A seleção das instituições foi aleatória, sendo a população alvo da pesquisa

formada por 180 instituições de ensino, nas quais a pesquisa in loco foi realizada nos anos de

2004 a 2008, e destas houve a estratificação em seis estratos, a saber: instituições públicas de

ensino fundamental; de ensino fundamental privada, públicas de ensino de nível médio;

ensino médio privada; instituições públicas e privadas de ensino superior.

Cada estrato da amostra populacional inicial foi composto de 30 escolas. Dentro

de cada um destes estratos foram selecionadas aleatoriamente, sete escolas com probabilidade

proporcional ao número de alunos em cada uma das instituições de ensino, de forma a garantir

uma melhor eficiência das estimativas obtidas através da amostra. A amostra da segunda fase

foi então constituída por 42 instituições de ensino, correspondendo a uma fração amostral de

23,3% da amostra inicial.

Page 51: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

28

O desenho12 da amostra foi classificado em tipo conglomerado em estágio de

seleção, AC1, sendo a instituição de ensino a unidade primária de amostragem. As

probabilidades de seleção das instituições de ensino foram quantificadas de forma a manter a

proporcionalidade a medida de tamanho, no caso, o total de alunos matriculados em cada

instituição.

Do exposto, cabe ressaltar que os dados coletados são resultantes de uma amostra

probabilística da população definida como alvo para este estudo, de 180 instituições, e não

representativos de todas as instituições de ensino da cidade do Rio de Janeiro. Desta forma,

devem ser tratados com cautela em relação as possíveis generalizações.

A amostra de professores foi dimensionada para fornecer estimativas de uma

proporção com margem de erro 5%, a um nível de confiança de 95%, supondo amostragem

aleatória simples.

A construção do projeto amostral da presente pesquisa utilizou critérios da

estatística descritiva na primeira fase, visando adequação dos dados experimentais.

Na segunda fase, utilizou estatística indutiva ou inferencial para análise e

interpretação dos dados obtidos.

Uma vez selecionadas as instituições, procedeu-se uma investigação exaustiva das

tarefas realizadas pelos professores das escolas selecionadas e das características do ambiente

de trabalho desses professores, tendo sido obtida uma amostra de 385 professores,

representando 26,84% dos 1434 professores lotados nas instituições de ensino consideradas

no estudo.

12 Projeto amostral orientado pelos Estatísticos Amostristas e Pesquisadores da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE e IBGE - Prof. José Matias de Lima e Prof. Eduardo Lima Campos, com apoio da Estatística Greice Maria Silva da Conceição.

Page 52: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

29

4.5 VARIÁVEIS

As variáveis selecionadas para a presente pesquisa foram investigadas em duas

fases. A primeira denominada de nominal, ou seja, aquelas que são conceituais ou

qualitativas, e a segunda de intervalares, reconhecidas como aquelas que possuem medidas

consagradas e são imutáveis.

As variáveis da pesquisa estão contidas na Lei 6.514/77, Portaria 3.214/78, através

das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, Lei 81213/91, Decreto

3.048/99 do Ministério da Previdencia e Assistência Social e Norma Brasileira NBR 5413 da

Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esses diplomas legais definem e reconhecem os

agentes nocivos e suas gradações, que foram selecionadas como variáveis da pesquisa,

aplicadas no levantamento de campo, estudadas e comparadas aos parâmetros de identificação

apresentadas por esses mesmos diplomas legais.

Para que haja a presença dos agentes nocivos, se torna necessária a existência de

fontes desses agentes, que por sua vez necessitam ser medidos para que haja a identificação

de cada um destes e sua gradação. Se a concentração do agente nocivo for superior aos limites

preconizados pelos orgãos oficiais, nos deparamos com a exposição ao risco e se estes agentes

estiverem contidos no processo produtivo do professor, poderá haver o reconhecido o nexo

causal do adoecimento dos professores, sendo então, conceituado como nexo positivo.

Assim, ressaltamos as definições trazidas pelas Leis 8213/91 e 6514/78,

atualizada em março de 2007, onde: “Entende-se por agentes nocivos aqueles que possam

trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de

trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e fator de exposição e que haja

relação habitual e permanente com o trabalhador” .

Com base nos limites de tolerância humana, conceitos e protocolos de medições

fornecidos pelas legislações específicas que nortearam o assunto, o presente estudo selecionou

variáveis em três grupos distintos que foram avaliados em duas fases, que são:

Page 53: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

30

• Primeiro grupo, que visa o estudo das condições de salubridade e insalubridade:

I – Agentes físicos: ruído, vibração, temperaturas anormais (calor e frio),

umidade relativa do ar, pressão atmosférica, radiações ionizantes, e radiações

não ionizantes;

II – Agentes químicos os manifestados por: líquidos, sólidos névoas, neblinas,

poeiras, fumos, gases, vapores de substâncias;

III – Agentes biológicos os microorganismos como: bactérias, fungos,

parasitas, bacilos, vírus e outros microorganismos patogênicos.

• Segundo grupo, objetivou o estudo da condição de penosidade:

I- Taxa metabolismo por tipo de atividade, com base na NR15;

II - Transporte manual de cargas, conforme orientação da NR17;

III –Recursos audiovisuais como: retroprojetor, datashow e microfone.

IV- Iluminação com base na NRB 5413.

V- Ruído em nível de conforto, conforme a NR17, Manual NR17 e NBR

10.152.

• Terceiro grupo, visa o estudo da condição de periculosidade:

I – Inflamáveis, com base na NR 20.

II – Explosivos, conforme a NR 16.

4.5.1 PRIMEIRA FASE DA PESQUISA

Na primeira fase, a pesquisa realizou a investigação para verificação da existência

ou ausência de fontes geradoras das variáveis pertencentes aos três grupos relacionados

respectivamente à condição de insalubridade, penosidade e periculosidade. Investigação

aplicada na amostra populacional composta por 180 instituições, abrangendo o ensino

fundamental, médio e superior das redes públicas e privadas.

Na primeira fase a pesquisa foi descritiva exploratória, através de visitas

realizadas para o estudo do ambiente de trabalho do professor, no período de 2004 a 2007.

Page 54: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

31

Nesse período, foi utilizada ficha de coleta de dados qualitativos, inserida no

apêndice, elaborada para o registro das informações relativas à identificação de fontes, que

possam gerar os riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho dos professores. A ficha de

coleta foi considerada instrumento da primeira fase do estudo. O resultado foi atrelado à

presença ou ausência das seguintes fontes:

4.5.1.1 PRIMEIRO GRUPO – PESQUISA DE FONTES RELACIONADAS AO

ESTUDO DAS CONDIÇÕES INSALUBRES

As condições insalubres são reconhecidas quando há presença de fontes que

possam gerar agentes nocivos químicos, físicos e biológicos, em concentrações consideradas

como acima dos limites de tolerância.

Desta forma, o estudo investigou a existência ou ausência das fontes geradoras nas

salas de aula das instituições de ensino participantes da população intencional selecionada.

Essa investigação teve seu foco na constatação ou não de fontes geradoras, sem uso de

equipamentos específicos, apresentando procedimentos de avaliação qualitativa para cada

uma das variáveis.

4.5.1.1.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)

O ruído é decorrente do som que é um fenômeno ondulatório transmitido através

de meios elásticos, como o ar, água ou sólido, propagado em ondas vibratórias. Desta feita, os

níveis elevados de pressão sonora, podem ser gerados por qualquer tipo de objeto,

maquinários, equipamento, ferramenta, vozes humanas e animais ou apenas o deslocamento

do ar.

Page 55: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

32

4.5.1.1.1.1 PROCEDIMENTOS PARA NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA

(RUÍDO)

A pesquisa realizou inventário da existência ou ausência de fontes geradoras de

ruído, de forma qualitativa, sem uso de equipamentos, utilizando a inspeção visual e registro

das avaliações em ficha elaborada para esse fim. Anexo 1.

As fontes possíveis de gerar ruído nas salas de aula são: ventiladores de teto,

parede e pé; aparelho de ar refrigerado e vozes humanas .Nessa fase do estudo, não houve a

necessidade da utilização de equipamentos de medição de ruído, o audiodosímetro, tendo em

vista que a investigação teve seu foco na identificação da existência de fonte de ruído e não de

sua quantificação.

4.5.1.1.2 VIBRAÇÕES

As vibrações resultam da ação dos movimentos que o corpo executa em torno de

um ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou irregular, quando não

segue nenhum padrão determinado.

A vibração é composta por três variáveis: a freqüência (Hz), a aceleração máxima

sofrida pelo corpo (m/s2) e pela direção do movimento que ocorre em três eixos, como a

seguir:

� x , que vai das costas para frente;

� y que caminha da direita para esquerda e

� z , que sai dos pés vai até o final da cabeça..

A vibração pode atingir o corpo inteiro ou apenas parte do corpo, como as mãos e

os braços. A vibração do corpo inteiro, ocorre quando há uma oscilação que tem sua

propagação iniciada nos pés, quando a pessoa encontra-se na posição de pé ou mesmo quando

está sentado.

Page 56: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

33

As fontes de vibrações estão relacionadas às ações artificiais como no

funcionamento de máquinas, veículos e a manipulação de ferramentas que produzem

movimentos e ao mesmo tempo é realizado um apoio em um determinado ponto gerando

assim, vibrações que são transmitidas ao organismo, de forma segmentar, por partes do corpo,

e cada uma destas são sensíveis em freqüências diferentes da vibração.

Cada parte do corpo pode anular movimentos ou ampliá-los, trazendo de forma

direta as vibrações em maior ou menor aceleração. As ampliações ocorrem quando partes do

corpo passam a vibrar na mesma freqüência e então dizemos que entrou em ressonância

(NORMA ISO Nº. 2.631/86, ISO/DIS Nº. 5.349/85, ISO Nº. 5.349 -1/01 e ISO Nº. 5.349-

2/01).

A exposição ocupacional às vibrações localizadas ou de corpo inteiro tem seus

limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização – ISO em

sua Norma ISO nº.2.631/86, para medidas de corpo inteiro e ISO/DIS nº. 5.349-1/01 e

ISO/DIS nº. 5.349-2/01, para medidas segmentares, principalmente de mãos e braços,

respeitando-se os métodos e os procedimentos de avaliação que elas autorizam. Outros

valores são apontados pela norma regulamentadora NR 15 em seu anexo 8.

As normas ISO Nº. 2.631/86, ISO/DIS Nº. 5.349-1/01 e ISO Nº. 5.349-2/01

apresentam critérios de uniformização de conceitos e parâmetros com valôres de aceitação

mundial de grande importância, como:

� Corpo inteiro é mais sensível na faixa entre 4 a 8 Hz, que corresponde à

freqüência de ressonância na direção vertical, ou eixo z,

� Na direção x e y, as ressonâncias ocorrem a freqüências mais baixas, entre

1 a 2 Hz.

Os efeitos da vibração direta sobre o corpo humano podem ser extremamente

graves, podendo causar lesões permanentes em alguns órgãos ou tecidos do corpo humano. As

vibrações danosas ao organismo estão nas freqüências entre 1 a 80 Hz, podendo provocar

lesões nos ossos, articulações e tendões.

Page 57: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

34

As freqüências intermediárias entre 30 a 200Hz, podem ser fatôres de agravamento

de doenças cardiovasculares, mesmo com baixas amplitudes e nas freqüências altas, acima de

300 Hz, os sintomas mais comuns são as dores agudas em articulações.

A maioria das lesões de pequena monta trazem sintomas considerados sem tradução

clínica, que após o afastamento da fonte vibratória, são reversíveis e podem ser desaparecer

após um longo período de descanso.

A primeira correlação entre a vibração e a doença ocupacional correspondente foi

descrita em 1862 por Maurice Raynaud. Essas pesquisas sobre a vibração foram ratificadas

em publicações posteriores conforme Santos (2005).

Segundo Goldmann apud Santos (2005, p.11-12) os principais sintomas percebidos

pelo corpo humano são:

� Visão turva - O efeito das vibrações sobre a visão é de grande importância,

uma vez que o desempenho do trabalhador diminui, aumentando, assim, o

risco de acidentes. As vibrações reduzem a acuidade visual e torna a visão

turva, ocorrendo a partir de 4 Hz.

� Alteração do equilíbrio - Os indivíduos que trabalham com equipamentos

vibratórios de operação manual, tais como martelo pneumático e moto

serra, apresentam alteração do equilíbrio.

� Baixa de atenção e concentração

4.5.1.1.2.1 PROCEDIMENTOS PARA VIBRAÇÕES

A inspeção visual para reconhecimento de deslocamento de objetos e a percepção

corporal do próprio pesquisador são critérios que esclarecem a identificação de fontes

vibratórias no ambiente.

Ao serem identificadas essas fontes, na primeira fase do estudo, essa variável será

agrupada a outras variáveis detectadas para o reestudados na segunda fase do estudo, com

aprofundamento de critérios e uso de instrumentos de aferição específico, o acelerômetro.

Page 58: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

35

Existem dois tipos de acelerômetro:

� Para medição do corpo inteiro, que utiliza uma plataforma que será

posicionada no local de trabalho de tal forma que permita a realização das

tarefas pertinentes ao profissional que será avaliado;

� Medida na posição sentada com uso de uma almofada onde estam

localizados os sensores que são posicionados sobre a cadeira onde o

trabalhador permanece realizando suas tarefas..

A Norma Regulamentadora 15 do MTE ratifica a ISO 2631/86, ambas consideram

os valores máximos de vibrações suportáveis para tempos de um minuto a 12 horas de

exposição, os seguintes critérios de severidade:

� Limite de conforto, sem maior gravidade (ex: veículos de transporte

coletivo);

� Limite de fadiga, provocando redução da eficiência dos trabalhadores

(ex: máquinas que vibram).

4.5.1.1.3 RADIAÇÕES IONIZANTES

As radiações ionizantes são agentes físicos caracterizadas pela energia suficiente

para ionizar átomos e moléculas. E, como exemplos de radiação ionizante podem ser

apontados os raios alfa, beta, gama e raios x. Essas radiações estão presentes em locais onde

existem fontes geradoras como os aparelhos de exames nucleares, tais como:

� Radiologia médica;

� Radiologia odontológica;

� Radiologia veterinária;

� Radioterapia;

� Medicina nuclear "in vivo";

� Medicina nuclear "in vitro” e

� Radiologia industrial.

Page 59: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

36

4.5.1.1.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES IONIZANTES

Na estudo de local, a inspeção visual deverá reconhecer a presença ou ausência dos

equipamentos de radiologia, radioterapia e medicina nuclear, comprovando de forma

qualitativa a existência ou não de fonte geradora de radiação ionizante.

Se houver a existência, essa será registrada e incluída na segunda fase da pesquisa,

sendo esse agente submetido a medição com o auxílio de instrumentos específicos para

verificação de contaminação por radiação ionizante, denominados de dosímetros individuais,

quando medidos em pessoas, e o medidor de radiação ambiental.

As radiações ionizantes serão consideradas como insalubres quando ultrapassados

os limites de tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR-15 do MTE.

4.5.1.1.4 RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

O agente físico selecionado como variável radiação não-ionizante foi representado

pelas radiações:

� Luz visível;

� Infravermelho;

� Ultravioleta e

� Radiações eletromagnéticas de radio

� Trabalho com microondas;

A radiação não-ionizante possui características específicas relacionadas ao espectro de

onda e seus limites de tolerancia estam atrelados aos diplomas legais, em específico a Norma

Regulamentadora 15 do MTE. As fontes geradoras mais prováveis são trabalhos que

utilizam aparelhos de microondas, ultravioletas e lazer.

Page 60: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

37

4.5.1.1.4.1 PROCEDIMENTOS PARA RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES

A análise realizada nas salas de aula, teve como objetivo a verificação da existência de

fontes geradoras de radiações não-ionizantes, como: microondas, ultravioleta e lazer, e

quando presentes, se estas estavam em funcionamento. Quando ausentes, o registro será de

ausência de fontes geradoras, não sendo inseridas na segunda fase do estudo.

Se houver presença desse agente, o mesmo será inserido na segunda fase da

pesquisa e submetido à medição com o auxílio do radiômetro com capacidade para medir a

faixa de 100 k Hz até 18 GHz. O radiômetro além de apresentar a faixa específica de

identificação, realiza varredura através de sondas tri axiais, identificando o ambiente como

um todo e através de leituras com análise através de sistema informatizado. A obtenção dos

resultados fornecerá dados para a comparação com padrões adotados e emitirá relatório.

4.5.1.1.5 TEMPERATURAS ANORMAIS

O professor é um ser homeotérmico e como tal, possui temperatura corporal

estável, com variação dentro de uma faixa específica e resposta orgânica as pequenas

variações durante o dia. Quando esses limites são ultrapassados ocorrem danos à saúde, na

dependência do tempo de exposição. A temperatura é considerada como o critério de maior

importância no equilíbrio orgânico.

Na aproximação do trabalhador a fontes geradoras de calor ou frio, considera-se

como exposição a temperaturas extremas. Em algumas situações, se a exposição for

prolongada pode-se chegar até a morte pela ação da temperatura, extremamente fria ou quente

(BERNE, 2005; COUTO, 1999).

O trabalho realizado em ambientes quentes ou frios em excesso, traz riscos à

saúde dos trabalhadores e este ambiente deve ser adaptado aos níveis de conforto e bem estar

do professor (NOULI,1992).

Page 61: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

38

4.5.1.1.5.1 PROCEDIMENTOS PARA TEMPERATURAS ANORMAIS

A permanência do pesquisador na sala de aula promove uma leitura corporal através

da percepção do próprio corpo podendo classificar o ambiente em quente ou frio, de forma

qualitativa e relacionando tal percepção à existência ou não de fontes. Se, houver fonte

geradora de temperaturas anormais, quente ou frio, estas serão aferidas de forma instrumental

na segunda fase da pesquisa.

Essa análise pode ser ratificada através da observação dos alunos e do professor

quanto à apresentação do suor na superfície corporal, roupas molhadas e fácies brilhosa,

aspectos estes presentes quando a temperatura do ambiente encontra-se acima dos níveis

considerados de conforto térmico, devendo ser desprezado estes mesmos critérios em pessoas

portadoras de obesidade, muito acima do peso corporal e fases de alteração hormonais claras,

como na adolescência e na fase da menopausa..

Na presença de temperaturas consideradas como frio em níveis abaixo do conforto,

se o professor não estiver usando roupas para seu aquecimento desencadeará uma forma de

compensação orgânica através da instalação de um comportamento semelhante à agitação

motora, realizando movimentos desnecessários para gerar calor.

Os agentes nocivos decorrentes das temperaturas anormais são:o calor e frio e estes

só podem ser considerados como agentes de riscos ocupacionais quando gerados por fontes

artificiais dentro do ambiente de trabalho.

4.5.1.1.6 UMIDADE RELATIVA DO AR

A umidade relativa do ar é um agente físico existente entre a umidade absoluta do

ar e a umidade absoluta do mesmo ar no ponto de saturação na mesma temperatura.

A variável umidade relativa do ar interfere de forma significativa em atividades

profissionais que necessitam mudar de localização geográfica, tendo em vista que sua ação

Page 62: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

39

atinge toda a população de uma mesma localidade, são sendo exclusiva de um posto de

trabalho. Desta forma o trabalho da maioria dos profissionais não possui relação de forma

direta com as modificações da concentração da umidade do ar.

As medições realizadas no município do Rio de Janeiro nos últimos 10 anos

apresentaram registros da umidade entre 70 e 100 % UR (INPE,2007).

Todas as instituições de ensino participantes da pesquisa localizavam-se no

município do Rio de Janeiro, fornecendo igualdade de exposição à umidade relativa do ar.

A variável umidade relativa do ar está presente de forma igual na população em

geral e nas atividades profissionais, independente do tipo de trabalho que venham a

desenvolver.

Essas medidas são realizadas diariamente por órgão oficial, Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE,2007).

4.5.1.1.6.1 PROCEDIMENTOS PARA UMIDADE RELATIVA DO AR

Levantamento das medidas realizadas, pelo órgão oficial responsável, para o

município do Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais .(INPE ,2007).

Essa variável é medida em % UR. – Umidade Relativa. Couto (1999) considera a

umidade relativa do ar como ideal na faixa de 50 a 65% UR.

4.5.1.1.7 PRESSÃO ATMOSFÉRICA

É o fenômeno de resposta à ação da gravidade, traduzida pela força exercida pelo

ar contra uma superfície. A pressão atmosférica é medida através de um equipamento

Page 63: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

40

conhecido como barômetro. As unidades de medida utilizadas são polegadas ou milímetros

de mercúrio, kilopascal, atmosfera, milibar (mb) e hectopascal (hPa), sendo os dois últimos

mais usados entre os cientistas

4.5.1.1.7.1 PROCEDIMENTOS PARA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Levantamento das medidas realizadas pelo Instituto de Medidas Espaciais relacionadas

ao municipio do Rio de Janeiro, durante os anos de 2004 a 2007.

Essa variável envolve todas as superfícies do município do Rio de Janeiro com

decorrente envolvimento de todas as instituições de ensino estudadas.

4.5.1.1.8 AGENTES QUÍMICOS

Os agentes químicos são substancias representados por inúmeros produtos puros,

derivadas, compostas ou misturas. Os agentes químicos são classificados em gases, vapores e

aerodispersóis. Os aerodispersóis podem estar presentes no meio ambiente do trabalho através

de névoas, neblinas, poeiras e fibras. Outros agentes podem se fazer presentes como: fumos,

líquidos e sólidos.

4.5.1.1.8.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES QUÍMICOS

A investigação dos produtos utilizados pelos professores e alunos, dentro das

atividades escolares, poderá fornecer a identificação do nome do produto e sua classificação

como agente nocivo presente no ambiente de trabalho dos professores.

Se houver fonte geradora de produtos químicos, estes agentes serão submetidos a

medições com coleta de substâncias e logo após, enviados para um laboratório certificado

AIHA – American Industrial Hygiene Association, com o objetivo de ser analisado dentro dos

critérios internacionais com a emissão do respectivo laudo especializado. Esse laudo deverá

Page 64: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

41

ser acompanhado por cópias reprográficas dos certificados emitidos pelos orgãos reguladores

e fiscalizadores ao qual o laboratório está vinculado, desta feita, fornecendo a credibilidade

das análises das amostras enviadas.

O procedimento para medição de agentes químicos com utilização de métodos de

amostragem instantânea de leitura direta ou não deverá ser realizado com a utilização de

pelo menos, dez amostragens, coletadas na zona respiratória do trabalhador e entre cada uma

delas, deverá ser observado um intervalo mínimo de vinte minutos. Os dados obtidos com as

amostragens instantâneas deverão ser apresentados em tabela com a respectiva média. Na

leitura instantânea, tais certificados são substituídos pela conclusão do avaliador, que deverá

descrever o método e o tipo de instrumento utilizado com as especificações técnicas, prazo de

validade, o nome e assinatura do técnico avaliador.

Quando houver procedimento com utilização de métodos de amostragem de

substâncias químicas de aspiração instantânea e leitura direta, deverá ser apresentada a

data do aparelho, a validade do “KIT” e a identificação do avaliador.

No caso de procedimento através de leitura indireta, deverá ser apresentado

laudo do laboratório certificado, devendo ser realizadas pelo menos duas amostras, ambas

coletadas na zona respiratória do trabalhador. Entre cada uma das amostras deverá ser

observado o intervalo mínimo de vinte minutos, conforme o item 6 da NR-15 da Portaria

N.º.214/78 e Lei N.º.514/77, sendo que os dados das amostragens deverão ser apresentados

em tabelas com a respectiva média das concentrações e tempo de exposição projetada para

toda a jornada de trabalho.

Em procedimentos de análises qualitativas do agente químico, o laudo

correspondente deverá contemplar as fontes de informação, matérias primas manipuladas no

processo produtivo, bem como dados das fichas de identificação química dos mesmos.

Nessa avaliação, os dados de maior importância se relacionam com:

� Tamanho das partículas;

� Velocidade de aspiração da bomba de amostragem;

Page 65: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

42

� Vazão utilizada;

� Quantidade de poeira coletada;

� Volume total;

� Cálculo da concentração da poeira respirável, ou seja, partículas

menores que 10 µ e a porcentagem de sílica livre cristalizada na poeira

respirável.

A coleta deve ser realizada na “zona respiratória”, área identificada pela região

hemisférica com um raio de aproximadamente trinta centímetros das narinas. As bombas de

aspiração, os “cassetes”, que atuam como coletores plásticos circulares e que possuem

orifício central por onde o ar deve ser aspirado, estes fazem à captação das partículas que

serão analisadas em laboratório especializado, para medir o tamanho das mesmas..

As poeiras respiráveis podem ser compostas por vários minerais, vegetais e partículas

animais, sendo as mais freqüentes as de sílica livre, manganês e amianto ou asbesto, e estas

devem ser medidas com o emprego da técnica de aspiração contínua, utilizando bomba de

vazão regulável, perfazendo a utilização de no mínimo, duas amostras, denominadas de

cassetes e que possam cobrir toda a jornada de trabalho, os limites de tolerância para poeira

minerais adotados devem ser aqueles definidos na NR-15 da Portaria nº. 3.214/78 da Lei

N.º.514/77, devendo a coleta ser realizada na zona de respiração do trabalhador. Deverão

constar do laudo a quantidade de poeira coletada, o volume total e a percentagem de sílica

livre contidos na poeira analisada.

No caso da identificação de agentes químicos que não constem da relação da

Previdência Social e também não inserção no Anexo 11 da NR-15 da Portaria n.º 3.214/78,

norteado pela Lei n.º 6.514/77, nestes produtos químicos poderão ser utilizados os

referenciais com os respectivos limites de tolerância da ACGIH - American Conference of

Governmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em

negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnicos legais

estabelecidos pela Norma Regulamentadora -9.

Page 66: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

43

No levantamento ambiental, os procedimentos técnicos deverão considerar:

I – o método e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos

pelas Normas de Higiene Ocupacional - NHO da FUNDACENTRO;

II – os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.

No procedimento no qual o agente químico for o benzeno deverá ser observado

método e procedimentos de avaliação, dispostos nas Instruções Normativas MTE/SSST nº. 1

e 2, de 20 de dezembro de 1995. Quando não houver método e procedimentos de avaliação

nas NHO da FUNDACENTRO, deverão estar definidos por órgão nacional ou internacional .

A variável de “agentes químicos” inclui também poeiras respiráveis e os

instrumentos pertencem a dois grupos:

� Kit de análise instantânea com leitura imediata;

� Bombas de aspiração com cassetes específicos para cada produto químico

que, após a coleta, será enviado a laboratório para analise específica.

4.5.1.1.9 AGENTES BIOLÓGICOS

A variável “agentes biológicos” pertence à vida como um todo e a

análise da exposição aos desses agentes é determinada pela efetiva exposição do

trabalhador aos agentes de forma qualitativa e reconhecida com base na Lei 6514/78 e

Decreto 3048/99.

Os critérios de reconhecimento da exposição a estes agentes foram

descritos por tarefas e situações indicadas como de reconhecimento automático da

condição de insalubridade no ambiente de trabalho.

Page 67: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

44

4.5.1.1.9.1 PROCEDIMENTOS PARA AGENTES BIOLÓGICOS

Os procedimentos para investigação da existência de fontes geradoras de agentes

biológicos obedecem a um rol de situações previstas como de reconhecimento de fontes dos

agentes biológicos. Esse rol de situações está contido na Norma Regulamentadora 15 em seu

anexo 15, onde a inspeção visual do ambiente fornece a identificação de fontes dos agentes

biológicos.

Nessa variável, utiliza-se a forma direta de reconhecimento dos agentes, através

inspeção e analogia entre a situação real e os parâmetros descritos na Lei 8213/91, Decreto

3049/99 e Norma Regulamentadora 15 em seu anexo 14.

Não sendo encontradas as mesmas condições, as fontes geradoras de agentes

biológicos deveram ser consideradas como ausentes e consequentemente os ambientes de

trabalho não deverão ser reconhecidas como insalubres.

Essa avaliação tem como procedimento específico a observação do ambiente de

trabalho do professor (a sala de aula) e o reconhecimento das situações apontadas na

legislação onde as tarefas são realizadas em contato direto e permanente, consideradas em

concentração máxima:

� Pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como

objetos de seu uso, não previamente esterilizados;

� Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de

animais;

� Portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose,

tuberculose);

� Esgotos (galerias e tanques) e

� Lixo urbano (coleta e industrialização).

Page 68: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

45

Serão também consideradas fontes geradoras de agentes biológicos em

concentração média, quando houver no ambiente de trabalho realização de tarefas em

contato permanente com pacientes, animais ou material infecto contagioso em:

� Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de

vacinação;

� Estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se

unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como os

que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente

esterilizados);

� Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos

destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao

pessoal que tenha contato com tais animais);

� Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro,

vacinas e outros produtos;

� Laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão somente ao

pessoal técnico);

� Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se

somente ao pessoal técnico);

� Cemitérios (exumação de corpos);

� Estábulos e cavalariças;

� Resíduos de animais deteriorados.

� Existência de exposição aos microorganismos e parasitas infecciosos vivos

e suas toxinas, de forma habitual e permanente;

� Quando a exposição ao citado agente for prejudicial à saúde e à integridade

física do trabalhador;

� Quando as atividades exercidas em estabelecimentos de saúde em contato

habitual e permanente, não-ocasional nem intermitente, exclusivamente

com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio

de materiais contaminados, provenientes dessas áreas, poderam ser

enquadradas no código 3.0.1 do ANEXO IV do Decreto 3.048, de 1999;

Page 69: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

46

4.5.1.2 SEGUNDO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS

CONDIÇÕES PENOSAS:

As condições penosas são reconhecidas como aquelas que solicitam maior

desgaste físico e mental à pessoa, e se, esse desgaste for por tempo prolongado, sem haver

repouso reparador, poderá trazer danos à saúde do trabalhador.

A legislação oficial não estipula quais as variáveis que compõe esse tipo de

agressão à saúde do trabalhador.

Na presente pesquisa as variáveis atreladas a penosidade foram:

4.5.1.2.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDAD E

A taxa de metabolismo traduz o gasto energético médio do organismo humano,

por ocasião da realização de alguma tarefa pelo período de tempo de uma hora e com

manutenção dessa mesma atividade.

Essa avaliação tem seu ponto de partida com o repouso e atribuiu valôres em

Kcal, conforme a postura adotada, movimentos corporais, freqüência desses movimentos e

tempo gasto na atividade avaliada.

A presente análise classificou a postura e movimentos dos professores por ocasião

da investigação in loco, na sala de aula e classificou o enquadramento com base no protocolo

da norma regulamentadora 15, anexo 3 e quadro 3, atribuindo valor na dependência das

posturas e movimentos predominantes no dia da investigação.

O valor atribuído correspondeu à uma hora de gasto energético, que deverá ser

multiplicado por 4, correspondente à jornada de 4 horas dos professores participantes.

Page 70: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

47

4.5.1.2.1.1 PROCEDIMENTO PARA TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE

ATIVIDADE

O procedimento para avaliação da taxa metabólica poderia contar com diversos

equipamentos com precisão, mas as colocações desses aparelhos nos professores poderiam

gerar desconforto físico e emocional a eles mesmos, com prejuízo no desenvolvimento da

aula, além de transformar a aula em momentos de grande dispersão e pouca disciplina, fatôres

que iram exercer interferência de forma significativa em cada medição.

Esses equipamentos encontram ambientação em laboratórios específicos onde

ocorre a privacidade da avaliação.

Desta feita, optamos por avaliação simples e econômica com a utilização de

protocolo criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, validado pela OIT, desde 1978.

A taxa de metabolismo dos professores, de acordo com o Quadro 3 do Anexo 3 da

Norma Regulamentadora 15, foram analisados e classificados em penoso ou não penoso.

Anexo - Quadro 1

4.5.1.2.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

A variável “transporte manual de cargas” possui critérios que visam à prevenção

de lesões mioligamentares em pessoas que diariamente realizam tarefas dessa natureza.

Os paramentos que reconhecem os limites de tolerância no transporte manual de

cargas estão contidos na Norma Regulamentadora 17, no Manual de aplicação da NR 17 e na

fórmula NIOSH 1994, e foram inseridos como base no presente estudo.

Page 71: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

48

4.5.1.2.2.1 PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

A análise do transporte manual de cargas está atrelada a identificação do peso

transportado, observação da postura adotada, distância percorrida, altura dos movimentos

solicitados, tempo e freqüência na realização desse transporte.

Esses valores são informações significativas, transformadas em dados e inseridas

na fórmula NIOSH 1994, obtendo-se então o resultado que será comparado com a tabela

específica que promoverá a classificação do tipo de transporte realizado e irá nortear as

recomendações sobre o tempo de trabalho e de descanso, em cada situação específica.

O instrumento de avaliação do transporte manual de cargas foi o protocolo NIOSH

1994, adotado desde 1995 pelo Ministério do Trabalho e Emprego através do Manual de

aplicação da NR17.

4.5.1.2.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS

Um dos fatores de desgaste físico e mental está relacionado à falta de recursos

audiovisuais, que têm como principal função o apoio às tarefas do professor e a melhor

ilustração dos conteúdos programáticos. A apresentação desses recursos promove a facilitação

do entendimento do assunto apresentado, reduzindo as explicações que muitas vezes não

abrange a compreensão do conteúdo pelo aluno.

Em algumas situações, também podem ser transformados em peso a serem

transportados. Sua presença facilita a realização de algumas tarefas dos professores e a sua

ausência traz dificuldades e maior desgaste físico e mental.

Na presente pesquisa a presença do recurso foi registrada como menor desgaste

físico e mental para o professor e a ausência do equipamento, maior desgaste.

Page 72: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

49

4.5.1.2.3.1 PROCEDIMENTOS PARA RECURSOS AUDIOVISUAIS

A pesquisa teve a preocupação de reconhecer os equipamentos em conjunto e não

de forma isolada, sendo identificado o retroprojetor e o aparelho datashow.

Nessa fase foram realizadas observações e anotações na ficha de pesquisa, com

registro de presença ou ausência desses recursos.

Quando havia a presença do retroprojetor ou do datashow, a pesquisa atribuiu o

número um para cada um deles. Esse número só foi anotado quando os equipamentos

presentes estavam em perfeito funcionamento.

Quando ausentes ou com defeito foi atribuído o número zero. A relação com a

presença do equipamento se traduz em redução de gasto energético do professor e a sua

ausência está relacionada ao maior esforço físico.

4.5.1.2.4 ILUMINAÇÃO

A iluminação possui relação direta com o conforto ambiental e com o equilíbrio

orgânico. Essa variável está relacionada com a análise da penosidade e interfere de forma

significativa no caso específico do processo ensino-aprendizagem, no qual os professores e

alunos desenvolvem atividades intelectuais e a iluminação desempenha papel de destaque na

sala de aula.

Essa relação se dá de forma direta, quando há um projeto adequado de iluminação,

há o estímulo do aprendizado, e quando inadequado, acarreta a rejeição do mesmo.

O trabalho do professor e as atividades dos alunos estão inseridos nas atividades

intelectuais com necessidade de identificação de detalhes, conforme a norma brasileira NBR

5413 e Norma Reguladora 17.

Page 73: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

50

4.5.1.2.4.1 PROCEDIMENTOS PARA ILUMINAÇÃO

As observações in loco das salas de aula forneceram dados que foram registrados e

cujo resultado dessa emissão luminosa oriunda das lâmpadas e o funcionamento das mesmas,

traduz percepção do conforto ou desconforto na leitura do quadro e na escrita no caderno.

Se houver, deficiência na iluminação do ambiente haverá formação de sombras e

penumbras e essa variável será melhor estudada na segunda fase da pesquisa com uso de

equipamentos específicos para a realização das medições das salas de aula.

4.5.1.2.5 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA

O agente ruído, ou níveis elevados de pressão, foi analisado como agente relacionado

à insalubridade no primeiro grupo, mas aqui será analisado através de critérios relacionados

ao conforto ambiental dos professores e conseqüente relação com a penosidade.

Esse mesmo agente pode ser aferido conforme os valores específicos podendo

representar fatores de participação tanto na condição de insalubridade, como na condição de

penosidade.

Todo valor de ruído reconhecido como insalubre também é penoso, mas nem todo

condição penosa desse agente é insalubre. Mas, quando seu estudo se relaciona com o

conforto ambiental, a condição penosa possui valores menores, ou seja, abaixo dos limites

preconizados como insalubres.

O ruído como variável relacionada à penosidade possui níveis ideais entre 40 e 50 d

B(A), sendo aceito como teto máximo o valor de 60 d B (A).

Acima desse nível ocorre o fenômeno da reverberação, dificultando a comunicação

verbal e entendimento de palavras de sons semelhantes.(NR 17 e NBR 10.152)

Page 74: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

51

A reverberação é um fenômeno resultante de múltiplas reflexões do som em diversas

direções da sala de aula, ambiente fechado com pouca absorção pelos materiais que compõem

o ambiente, paredes, teto, mobiliário e organização e distribuição do mobiliário e pessoas no

ambiente.

Na figura ilustrativa 1, na parte superior, a direção do som é múltipla, mas sempre em

linha reta, possibilitando a compreensão na distribuição do mobiliário e pessoas na sala de

aula. Na parte inferior da figura 1, a linha pontilhada demonstra a redução da propagação com

nível de inteligibilidades dos alunos na comunicação.

Quanto maior a distância entre o professor, fonte da comunicação principal e emissão

sonora através da voz e fala e recepção e os alunos, fonte de recepção e emissão sonora, maior

dispersão sonora e maior instalação do fenômeno de reverberação.

Figura 1 - Ilustração da distribuição do som e da reverberação na sala de aula

Fonte: Revista do Club de Engenharia,1998

A distância de um metro entre o aluno e o professor possui a intensidade média de

voz de 60 d B(A) nas freqüências de 500, 1000 e 2000 Hz, consideradas dentro discriminação

aceitável para a comunicação em língua portuguesa (GERGES,1992 e GONZAGA, 2002).

Page 75: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

52

A cada aumento de um metro dessa distância, haverá diminuição proporcional em

6 d B(A). Desta forma, se um aluno estiver distante do professor em dois metros, ele irá

discriminar em seu ouvido a intensidade de 48 d B(A) de comunicação, se estiver distante

quatro metros, perceberá uma intensidade sonora de 36 d B(A) e assim conforme a distância,

a comunicação será cada vez mais difícil, sendo potencializado o fenômeno da reverberação, e

a dispersão e adoção de novos assuntos será cada vez maior na sala de aula

(GERGES,1992,1997 e 2000).

Os sons de fontes externas à sala de aula, foram classificados como ruído de fundo

e não foram analisados de forma direta, mas registrados para demonstração de sua existência e

tratados estatisticamente na tabela 35 - apêndice.

4.5.1.2.5.1 PROCEDIMENTOS PARA RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO

SONORA

A identificação na sala de aula da presença dos ventiladores, objetos pessoais

sendo manipulados, aparelhos de ar refrigerado em funcionamento, vozes humanas e. ruído de

fundo, foram registrados para posterior medição com auxílio de instrumentos específicos na

segunda fase da pesquisa.

Os sons emitidos pelas vozes humanas contribuem para o som total do ambiente,

que se somam as outras fontes como os ventiladores, movimentos de objetos, de pessoas, ar

refrigerados e até o vento. Cada som emitido possui direção, freqüência, reflexão e

absorção, configurando a qualidade acústica do ambiente (GERGES 1997 e 2000).

A seqüência de ondas sonoras oriundas das diversas fontes, como as vozes

humanas, somadas aos ruídos dos ventiladores, do atrito dos materiais escolares, do ruído de

fundo, realimentam a reverberação.

Quando essas ondas se repetem em intervalos de 0,1 segundo, interferem na

inteligibilidade da voz e fala, dificultando a discriminação de sons parecidos e desta forma,

criam barreias acústicas ao processo de ensino-aprendizagem (PENTEADO, 1996).

Page 76: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

53

A observação da sala de aula e sua relação com os ambientes que a cercam,

alimentaram as informações e estas foram registradas como fontes geradoras de ruído,

deixando para a segunda fase as medições com instrumentos específicos, os

audiodosímetros, cujos resultados, após análise e comparação com os valores oficiais podem

direcionar ações de prevenção que se fizerem necessárias.

4.5.1.3 TERCEIRO GRUPO – FONTES RELACIONADAS AO ESTUDO DAS

CONDIÇÕES DE PERICULOSIDADE:

A periculosidade aqui estudada se refere exclusivamente as fontes de substâncias

químicas, sendo os riscos sociais, como violências urbanas, agressões físicas, morais e

emocionais, assaltos, seqüestros ou qualquer outro critério que possa colocar em risco a vida

do professor, excluído desse estudo.

4.5.1.3.1 INFLAMÁVEIS

As substâncias inflamáveis são classificadas pela NR 20, como todo liquido com

de fulgor igual ou superior a 700 C ou inferior a 93,30 C, estes valôres são encontrados nos

líquidos combustíveis.

4.5.1.3.1.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA INFLAMÁVEIS

O presente estudo realizou levantamento detalhado das salas de aula, bem como as

adjacências das mesmas, com o objetivo de identificar fontes de substâncias inflamáveis como

reservatórios de gasolina, querosene, álcool, solventes e quando presentes, a verificação dos

volumes armazenados foram levantados de forma obrigatória.

Page 77: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

54

A legislação mundial é ratificada pela Norma Regulamentadora 20, que atribui

critérios de inflamabilidade às substâncias com ponto de fulgor igual ou superior a 700C ou

inferior a 93,30C e que são armazenadas em volumes acima de 250 litros. Com base nesse

critério foi realizado o inventário da sala de aula, edificações da instituição de ensino

pesquisada, áreas adjacentes como o setor de almoxarifado e ainda investigação de

armazenamentos próximos à instituição de ensino. Se, houver a identificação de

armazenamentos dessas substâncias o estudo poderá reconhecer a condição de periculosidade

do ambiente de trabalho do professor.

Os postos de gasolinas ou lojas de vendas de fogos de artifícios, por mais

próximas que estejam localizadas, foram classificadas fora da chamada “bacia de segurança”,

com base nos critérios de norteamento dos orgãos oficiais que emitiram alvará de

funcionamento para esses postos de gasolinas, lojas de vendas de fogos de artifícios e

instituições de ensino. Aqui, não houve análise de lojas ou armazenamentos informais.

4.5.1.3.2 EXPLOSIVOS

As operações e atividades consideradas perigosas são aquelas em que existem

tarefas nas quais manipulam substâncias explosivas, como pólvoras, artifícios pirotécnicos e

as substâncias para sua fabricação, conforme a Norma Regulamentadora 16.

4.5.1.3.2.1 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA EXPLOSIVOS

A observação do ambiente das salas de aula foi direcionada para a verificação da

existência de reservatórios de substancias explosivas, na verificação da presença ou ausência

desses recipientes ou ambientes com armazenamento de fogos de artifícios, recipientes com

pólvoras ou substancias para sua fabricação, conforme a Norma Regulamentadora 16.

Se constatada a presença de ambientes com armazenamento dessas substancias, a

pesquisa irá registrar a presença de fontes de periculosidade, caso contrário, não há

periculosidade, conforme os critérios da Norma Regulamentadora 16..

Page 78: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

55

4.6 SEGUNDA FASE DA PESQUISA – MEDIÇÕES DE AGENTES NOCIVOS

GERADOS POR FONTES PRESENTES NAS SALAS DE AULA

Na segunda fase, foram realizadas medições dos agentes nocivos oriundos das

fontes geradoras identificadas nas salas de aula.

Assim, as medições de campo, nas salas de aula, foram realizadas com a

utilização de equipamentos específicos, no período de fevereiro de 2007 até fevereiro de

2008. Os resultados obtidos foram analisados e tratados estatisticamente. Nessa fase da

pesquisa, o número de agentes nocivos foi reduzido para três dos dezesseis inicialmente

investigados.

Os agentes relacionados à condição insalubre, como o ruído ou níveis elevados de

pressão sonora e temperaturas anormais foram avaliados na segunda fase com o auxílio de

instrumentos específicos.

Os agentes atrelados à investigação da condição de periculosidade não tiveram suas

fontes identificadas, excluindo a necessidade da realização de medições instrumentais.

Segunda fase: agentes nocivos relacionados ao estudo das condições insalubres:

4.6.1 NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)

O som é um fenômeno ondulatório transmitido por vibrações através de um

meio elástico, podendo ser propagado em meio líquido, sólido ou gasoso (ARAÚJO e

REGAZZI, 2001).

A onda acústica possui direção, freqüência, intensidade que permitem a

classificação dos sons em infra-sons, sons audíveis humanos, ultra-som e hiper-sons.

No presente estudo foram analisados os sons dentro da faixa audível humana e

a sua adequação tecnológica no que diz respeito a sua aplicação. Esses sons audíveis trazem

Page 79: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

56

consigo a “pressão sonora” que podem produzir danos ao aparelho auditivo do professor,

quando acima de 85 d B(A) em exposição 8 horas, de forma habitual e permanente (LEITE,

1998). Quadro 1- Anexo

4.6.1.1 PROCEDIMENTOS, INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO

DOS NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDO)

O instrumento utilizado para medição de ruído ou nível de pressão sonora elevada

com emissão contínua, intermitente ou de impacto, foi o audiodosímetro, denominado

também de medidor de pressão sonora em circuito de respostas lenta (slow) e compensação

"A". A tabela do anexo 1 da Norma regulamentadora 15 foi utilizada como protocolo de

norteamento e parâmetro oficial.

Os níveis elevados de pressão sonora, são mais conhecidos como ruído, e

obedece à relação de tempo de exposição e intensidade sonora conforme Quadro 1.

Com base na Norma Regulamentadora - NR-15, anexos 1 e 2, da Portaria 3.214,

de 08/07/1978, onde estão estabelecidos os critérios técnicos seguidos na realização das

medições:

• os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância

fixados no quadro apresentado no anexo 1;

• se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído

de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que,

se a soma das seguintes frações:

CT

CT

CT

CT

n

n

1

1

2

2

3

3

1+ + + + ≥. . . . ou 100%

Page 80: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

57

• a exposição estará acima do limite de tolerância. Na equação acima Cn indica o tempo

total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico e Tn indica a

máxima exposição diária permissível a este nível, de acordo com os limites

apresentados nos quadros de tolerâncias.

• Para a avaliação dos níveis de pressão sonora, foram observados os seguintes aspectos:

o ciclos de exposição a que estão submetidos os trabalhadores;

o fontes geradoras de ruído;

o tipos de ruídos gerados.

O audiodosímetro possui a capacidade de realizar leitura de aproximadamente 32

registros de picos de energia sonora por segundo, possibilitando medida com erro de leitura

considerada desprezível.

Essa análise compõe um quadro denominado de histograma, apresentando o nível

médio do tempo de avaliação que, na presente pesquisa, permaneceu pelo tempo de quatro

horas, sendo obtidos dados em duas categorias:

• LAVG - Nível médio de ruído no tempo de avaliação.

• Dose projetada - Dose projeta para uma jornada de 8 horas.

As medições foram executadas com o instrumento em perfeitas condições

eletromecânicas e devidamente calibrado.

Todos os valores abaixo de 50 dB (A) são registrados pelo aparelho como se fossem

o valor zero dB(A), não significando porém, a inexistência da intensidade e sim que os valores

encontram-se abaixo de 50 dB (A).

Os equipamentos utilizados foram inspecionados pelo INMETRO e possuem

certificados de calibração válidos na data da medição, mas em cada aferição foi também

realizada a calibração chamada de biológica dos equipamentos.

Page 81: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

58

Esse procedimento foi aplicado em cada um dos equipamentos utilizados, mesmo

que estes aparelhos tenham sido calibrados pelo INMETRO, conforme certificado de

rastreamento apresentado. Esse procedimento garante a execução da medição dentro do

padrão técnico preconizado.

Fotografia I e II – calibração antes das medições

Fotografia III – medições em sala de aula - Medições no transcorrer das aulas

Page 82: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

59

A captação do som foi realizada através do aparelho audiodosímetro, instrumento

fixado na lapela da blusa do professor para ser ajustado à “zona respiratória, auditiva, da voz e

fala” e para leitura de todos os sons emitidos. Estes sons foram tratados com Lav (4 horas) e

aplicados à projeção de 8 horas de nível sonoro. Fotografia IV e V

Fotografia IV e V - Audiodosímetro na realização de medidas do som

Os dados obtidos foram inseridos no histograma e tabela excel, com estudo

estatístico dos mesmos e interpretados quanto à condição de insalubridade e penosidade.

4.6.2 TEMPERATURAS ANORMAIS

O professor é um ser homeotérmico e como tal, necessita de temperatura ambiental

que favoreça o equilíbrio orgânico, facilitando o exercício de suas tarefas com capacidade

plena.

As pequenas variações de temperatura estimulam também pequenos estímulos ao

organismo, mas quando ocorrem temperaturas consideradas anormais, estas induzem ao

organismo a quebra da homeostasia, contribuindo para o adoecimento do professor.

Temperaturas anormais reconhecidas como condições insalubres possuem valores e

fontes específicas, ou seja, a temperatura acima dos 23 graus Celsius, quando gerada por

Page 83: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

60

fonte artificial é considerada calor em condição insalubre, e quando os valores da temperatura

encontram-se abaixo dos 20 graus Celsius, gerados por fontes artificiais, também são

considerados como agente nocivo em condição insalubre.

4.6.2.1 CALOR

A resposta orgânica ao ambiente com elevada temperatura induz a redução da

atividade física com o propósito de diminuir a produção de calor corporal. Quando essa

resposta não é suficiente, ocorre a emissão de suor e há a eliminação de água, sódio, potássio

e outros íons, e destes minerais o principal é o sódio. Com a redução desses sais minerais,

ocorrem modificações das ações musculares, do sistema nervoso central e periférico,

incluindo aqui a ação cognitiva, dentre elas o raciocínio, que poderá interferir na compreensão

do aluno e do professor, induzindo alterações no processo ensino-aprendizagem

(COUTO,1999)

O trabalho realizado em temperaturas elevadas, ou seja, no calor, apresenta

redução da função muscular e mental, podendo também estar presente tonteiras, desmaios,

aumento significativo de erros humanos com conseqüentes acidentes de trabalho. Desta feita,

é importante a realização das medições de calor (LAVILLE,1977).

4.6.2.2 FRIO

O frio é encontrado em fontes naturais e artificiais. Esse estudo só analisou o frio

originado de fontes artificiais, cujos valores estejam abaixo dos limites de tolerância, ou seja,

abaixo de 20 graus Celsius.

Quando o trabalhador exerce suas funções em ambiente com baixa temperatura, as

respostas orgânicas compensatórias estimulam os movimentos, aqui incluído os tremores de

extremidade com o objetivo de produzir calor, melhorar a circulação corporal e alimentação

tecidual. Essa resposta induz a agitação psicomotora interferindo no comportamento dos

alunos e professores (COUTO, 1999; BERNE, 2005).

Page 84: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

61

4.6.2.2.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE

TEMPERATURA (CALOR E FRIO)

Os procedimentos para medição das temperaturas anormais são dependentes do

equipamento termômetro de globo com o índice de bulbo úmido – IBUTG. Este foi o

instrumento utilizado para medir temperatura ambiental sala de aula onde os professores

exercem suas principais atividades e aí permanecem o maior tempo da jornada de trabalho..

Foram realizadas medições na linha inicial (frente) da sala, linha final e no meio.

Os dados obtidos foram inseridos no item resultados. Foram excluídas as

medições pelo termômetro de bulbo seco, tendo em vista que este instrumento só deve ser

utilizado em medições de ambientes externos.

O termômetro também é denominado de medidor de estresse térmico, marca

INSTRUTHERM, modelo TDG-200, serie 0709280029622226, com certificado de calibração

rastreável 02178/07.

A variável agente nocivo físico temperaturas anormais, foi mensurada nas 385

salas de aula, incluindo aquelas onde há sistema de ar refrigerado, considerada como fonte

artificial. Havendo registro de níveis de temperatura abaixo de 20ºC poderá haver

reconhecimento de insalubridade, conforme art. 253 da CLT.

O equipamento utilizado para medição de temperatura foi o INSTRUTHERM,

modelo TDG-200, serie 070928002962226, com certificado de calibração rastreável 02179/07

e Minipa MSL1351 serie, com certificado de calibração com data de 02/08/07.

Page 85: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

62

Fotografias VI e VII – Termômetros

Fotografia VIII - Medidas de temperatura sendo realizadas na sala de aula.

Page 86: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

63

A investigação da exposição às temperaturas anormais foi realizada e comparada

com os valores adotados pela norma regulamentadora NR15 e Orientação Jurisprudencial -

SDI-1 nº. 173 do T.S.T, somente sendo relacionada às fontes artificiais e com exposição de

forma habitual e permanente.

Os protocolos utilizados na pesquisa para análise da condição não insalubre são

apresentados nos quadros do Anexo III da NR15, da Lei 6514/77 e Portaria 3214/78, com a

faixa ideal apontada entre 200C e 230C, porém esses valores só são considerados como em

condição insalubre quando a fonte geradora for artificial, conforme a Norma

Regulamentadora 17 da Lei 6514/77 e Portaria 3214/78 (VERDUSSEN,1978).

Os resultados obtidos por captação nas unidades de índice de bulbo úmido e

termômetro de globo (IBUTG) tiveram o objetivo de classificar as atividades em "leve",

"moderada" ou "pesada" . Esses resultados são relacionados ao dispêndio energético

necessário para o desenvolvimento da atividade dos professores em sala de aula.

4.6.3 ILUMINAÇÃO

A iluminação desejável é a natural, resultante da radiação solar, difundida na

atmosfera e refletida em todas as direções, porém esse tipo de iluminação sofre toda sorte de

influências, sendo a principal decorrente das condições metereológicas, com a decorrente

instabilidade.

Muitas atividades laborais são desenvolvidas em ambientes fechados e estes são

localizados em edificações não projetadas para a finalidade a qual se destinam.

A sala de aula não foge a essa situação, pois são raras as instituições de ensino que

possuem projetos arquitetônicos incluindo aqui a iluminação e desta forma as condições reais

não favorecem a entrada da iluminação natural ou permitem em excesso. O excesso ou a

deficiência de iluminação induz dificuldade para a visualização do quadro negro ou similar,

projeções e mesmo explicações do professor. Essa barreira deve ser eliminada por adoção de

sistema de iluminação que possa promover as adequações no ambiente da sala de aula

Page 87: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

64

estimulando o melhor aproveitamento das horas destinadas às tarefas pretendidas, sem danos

à saúde do professor e dos alunos.

A iluminação já foi considerada como agente de insalubridade, tendo seus critérios de

reconhecimento descritos no anexo 4 da Norma Regulamentadora 15. Esse anexo foi

revogado pela Portaria nº. 3751 de 23/1/1990, tendo em vista a existência de tecnologia e

produtos específicos, capazes de adequar os ambientes.

Os níveis mínimos de iluminação e a relação com o tamanho do ambiente e o tipo de

destinação do mesmo foram transferidos para a Norma Regulamentadora 17, que adota as

diretrizes de iluminamento considerados adequados pela NBR 5413, norma da ABNT

registrados no INMETRO.

Como resultado, a NR-17 é a norma que aborda a questão da iluminação

relacionada ao reconhecimento de condições penosas do ambiente de trabalho. A NR 17

referenda a NBR 5413, que recomenda os valores de 500 lux, para sala considerada pequena;

700 lux, para a média e 1000 lux, para salas de aula de tamanho grande.

Desta feita, essa variável foi medida com o objetivo de identificar sua relação com

o processo ensino-aprendizagem e a condição de penosidade do professor, tendo de forma

implícita o risco de acidente na sala de aula, para alunos e professor.

No ambiente de trabalho do professor, a sala de aula, foram realizadas medições

com a finalidade de identificar as condições de trabalho desse profissional. Para tal, a

verificação dos critérios preconizados como ideais para o desempenho de suas tarefas, foram

relacionados à iluminação descrita na NR17 e NBR 5413.

4.6.3.1 PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ILUMINAÇÃO

A observação da presença de sombras, reflexos e outros desvios da condição ideal

da iluminação foram registrados em cada sala de aula estudada.

Page 88: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

65

Para a realização da medição da iluminação foi utilizado o equipamento de

avaliação do fluxo luminoso, o luxímetro da marca ICEL, modelo LD-550, número de série

LD550,0475, com certificado de calibração rastreável 0550/2007.

As medidas foram realizadas obedecendo à técnica de malhas, tomando como

ponto de referência a posição de cada aluno e a posição predominante do professor como

ponto inicial de referência.

A utilização desses pontos no ambiente interno da sala de aula obedeceu à divisão

em áreas iguais, com formato próximo ou igual a um quadrado.

A iluminância foi medida no centro de cada área, conforme a Figura 2.

Fonte: Soteras, 1985.

Malha de medições

↑↑↑↑

0,50 m

↓↓↓↓ ���� ���� ���� ���� E1 E2 E3 E4

↑↑↑↑

���� ���� ���� ���� d1

E5 E6 E7 E8

↓↓↓↓ ↑↑↑↑

d1/2

↓↓↓↓ ���� ���� ���� ←←←← d2/2 →→→→����

E9 E10 En-1 En

0,50 m

←←←← ←←←← d2 →→→→

Page 89: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

66

4.7 INSTRUMENTOS

Foram considerados como instrumentos os documentos que devem ser elaborados

pelas instituições de ensino de todos os níveis, quer do setor privado ou público, contendo a

identificação, localização e quantificação dos riscos ocupacionais dos setores que integram a

instituições, incluindo nestas as medições dos agentes nocivos, apontados pela Lei 6514/77,

8213/91 e Decreto 3048/99.

São estes documentos:

� Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA;

� Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO;

� Laudo Técnico Coletivo Ambiental – LTCAT;

� Laudos individuais;

� Laudos Periciais de processos judiciais com emissão de sentenças.

Esses documentos deverão demonstrar os níveis dos agentes nocivos que

compõem os riscos ocupacionais de cada instituição. A este grupo de informações serão

somadas as informações colhidas e registradas pela ficha de pesquisa qualitativa elaborada

especificamente para a presente pesquisa.

4.8 PROCEDIMENTOS GERAIS

O acesso às instituições de ensino ocorreu, inicialmente, por inúmeros contatos

via telefone e encontros pessoais com Diretores e Coordenadores dessas instituições.

Foi elaborado um ofício explicativo e entregue a cada instituição de ensino,

solicitando a colaboração na pesquisa, autorização para avaliação das salas de aula e a

permissão específica para as medições dos agentes nocivos nos postos de trabalhos dos

professores participantes da pesquisa.

Page 90: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

67

Nas visitas técnicas para a realização das medidas, foram cumpridas as seguintes

etapas:

• Construção da população intencional ou alvo de 180 instituições de ensino no

município do Rio de Janeiro;

• Contato informal com os diretores das instituições de ensino, informando o assunto e

objetivos da pesquisa. Houve também esclarecimento quanto ao tipo de investigação,

que se tratava de uma pesquisa de campo, onde não existiriam avaliações individuais

ou institucionais, só das salas de aula, e que os dados obtidos seriam sigilosos (junho a

agosto 2004);

• A maioria das instituições aceitou a realização da pesquisa sem a necessidade de

documentação oficial para sua realização, exceto sete delas, que receberam

comunicação oficial para a autorização das visitas técnicas;

• Após a autorização dos diretores das escolas (formal e informal) realizamos as visitas

técnicas (setembro 2004 a fevereiro 2007);

• Foi realizada análise dos dados obtidos da primeira etapa de 180 instituições de ensino

(fevereiro a dezembro de 2006);

• Elaboração do cálculo amostral da segunda etapa (outubro a dezembro de 2006);

• Medições da segunda fase em 42 instituições de ensino selecionadas de forma

aleatória pelos estatísticos (fevereiro a dezembro 2007);

• Tratamento estatístico final (janeiro e fevereiro 2008).

4.9 AVALIAÇÕES DA SEGUNDA FASE

Foi realizado estudo da população intencional ou alvo de 180 instituições de

ensino, pertencentes à primeira fase da pesquisa, para a extração de uma amostra com nível de

confiança de 95% e com erro absoluto de 5%. Essa amostra foi composta por sete instituições

de ensino de cada estrato, totalizando 42 instituições.

Page 91: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

68

As instituições foram selecionadas com probabilidade proporcional a uma medida

de tamanho que, neste caso, teve sua base de cálculo no número de alunos de cada instituição

pesquisada. Desta forma, o procedimento adotado aumentou a eficiência das estimativas

obtidas através da amostra.

4.9.1 FLUXOGRAMA DA PESQUISA

O fluxo demonstra a tomada de decisão de forma resumida.

Ao encontrar as fontes geradoras de agentes nocivos na primeira fase e estando estes

agentes relacionados a insalubridade e penosidade, foram inseridos como variáveis da

segunda fase e medidos com equipamentos de alta sensibilidade.

Não sendo identificadas as fontes de agentes nocivos relacionados à periculosidade,

ficando comprovada a condição de segurança e a inexistência de periculosidade nas salas

de aula estudadas.

POPULAÇÃO ALVO PESQUISA DE FONTE

MEDIÇÕES DOS AGENTES NA AMOSTRA

NÃO PERICULOSIDADE

LIMITE DE TOLERÂNCIA GASTO ENERGÉTICO

NÃO INSALUBRIDADE

INSALUBRIDADE NÃO PENOSIDADE

PENOSIDADE

FIM DO PROCESSO

F o nte ausente

A baixo A c ima M eno r M aio r

F o nte presente

Page 92: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

69

4.9.2 RESUMO DAS AÇÕES

Quadro 2 - Resumo das ações da pesquisa:

Fase da Pesquisa Fase I Fase II Atividade Pesquisa de Fontes geradoras de

agentes nocivos Pesquisa de agentes nocivos e medições dos mesmos

Participantes Instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede Pública e Privada Professores Alunos

Instituições de Ensino Fundamental, Médio e Superior da rede Pública e Privada Professores Alunos

Número de participantes

180 Instituições de Ensino 1446 salas de sula 1634 professores 63.677 alunos

42 Instituições de Ensino 385 salas de sula 481 professores 17.974 alunos

Características da pesquisa

População intencional maior que a amostra aleatória necessária

Amostra Estratificada da População intencional

Local Município do Rio de Janeiro Município do Rio de Janeiro

Número de bairros envolvidos

48 dos 160 48 dos 160

Zona urbana envolvidas

Centro, Sul, Norte, Oeste Centro, Sul, Norte, Oeste

Tipo de coleta Qualitativa Quantitativa

Métodos e técnicas Protocolo da NR9, 15,16,17,20 Protocolos NR 9,15,17 NIOSH, ACGIH

Fontes possíveis Vozes humanas, reservatórios de substancias, ventiladores, ar refrigerados, tarefas dos professores, maquinário e instrumentos

Não se aplica

Instrumentos Ficha de análise e registro

Protocolos de valôres teto do MTE, NIOSH, ACGIH

Agentes nocivos Ruído, vibração, temperaturas anormais, radiação ionizante, radiação não ionizante, pressão atmosférica, umidade do ar, agentes biológicos, taxa metabólica, recursos audiovisuais

Ruído, iluminação e temperaturas anormais

Equipamentos Não se aplica Audiodosímetro, luxímetro, termômetro seco e IBUTG

Dados coletados Presença ou ausência de fontes de ruído, temperatura e iluminação

Valôres de ruído, temperatura e iluminação

Page 93: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

70

4.10 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

A maioria dos procedimentos específicos foram realizados por ocasião das visitas

técnicas nas instituições de ensino pesquisadas. Esses procedimentos foram detalhados em

cada tópico de cada uma das variáveis inseridas na pesquisa.

4.10.1 ETAPAS DO ESTUDO

A primeira fase ou inquérito preliminar, constituiu-se na fase do estudo no qual

foram realizados os levantamentos qualitativos dos critérios relacionados às existência ou não

das fontes geradoras de agentes nocivos com probabilidade de serem propagadas no ambiente

de trabalho do professor e com isso causar ou agravar processos mórbidos nesses

profissionais.

Esses critérios são apontados conforme orientação da NR9, contida na Lei

6.514/78, que norteia todas as avaliações ambientais do trabalho. Nesta etapa foi realizada a

antecipação, reconhecimento e identificação dos agentes nocivos, indicando quais deles

deveriam ser melhor pesquisados com a utilização de equipamento de alta sensibilidade,

inseridos assim, na segunda fase do estudo.

As visitas técnicas realizadas destinaram-se à realização da observação detalhada

do ambiente de trabalho, levando em conta os seguintes critérios:

1. Espaço físico e sua relação com a ventilação, umidade, iluminação, temperatura,

vibração, químicos, radiações e agentes biológicos;

2. Determinação e localização das possíveis fontes geradoras dos agentes relacionados

como variáveis;

3. Identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no

ambiente de trabalho;

4. Obtenção de dados existentes na empresa com registros no Programa de Prevenção

dos Riscos Ambientais, laudos diversos com indicativos qualitativos ou quantitativos

dos agentes nocivos.

Page 94: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

71

A segunda fase foi constituída de avaliações quantitativas com uso de

equipamentos específicos de alta sensibilidade, descritos nos tópicos referentes à cada uma

das variáveis da pesquisa.

4.11 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

A delimitação inserida na presente pesquisa tem como compromisso a redução de

interferências e manutenção do foco do estudo, excluindo as variáveis que não pertencem ao

objetivo da pesquisa.

Foram excluídas do estudo:

• Todos os ambientes das instituições de ensino que não fossem as salas de aula;

• Todas as salas de aula destinadas à pré-escola, cursos profissionalizantes não

vinculados ao ensino fundamental ou médio, cursos livres de línguas, informática, de

técnicas administrativas, artesanais, danças, esportes, outros similares e os cursos à

distância;

• As salas de aula onde atuavam professores cooperativados, temporários, prestadores

de serviço, pela dificuldade da identificação da carga horária e localização do

ambiente de trabalho, ou por serem itinerantes;

• As salas de aula de cursos profissionalizantes (tecnólogos), nível superior com vínculo

já reconhecido com a insalubridade (medicina, psicologia, fisioterapia, terapia

ocupacional, veterinária, enfermagem, farmácia, engenharia química, zootecnia,

engenharia de alimentos, engenharia de petróleo, construção civil e outras profissões

que apresentam reconhecidas fontes geradoras de agentes nocivos de qualquer

natureza).

• As salas de aula onde os professores utilizam instrumentos de trabalho que já possuem

reconhecimento de insalubridade, penosidade ou periculosidade;

Page 95: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

72

• As salas de aula de cursos técnicos de anatomias patológicas, órteses e próteses

dentárias, necropsia, e similares;

• A análise dos fatores sociais, psicológicos, influências antropológicas, antropométricas

e carga cognitiva, por já ter sido comprovada por outros pesquisadores;

• A variável “pressões anormais”, que é específica para professores de mergulho e que

não compete ao presente estudo e também por se tratar de curso livre ou de

oceanografia, que possui norma específica com reconhecimento de insalubridade e

periculosidade;

• A exclusão da luz negra na faixa de 400-320 nanômetros da variável radiação não-

ionizante por ter sido excluída da legislação específica;

• A análise da taxa de metabolismo basal, cálculo por fórmula com critérios de altura,

peso corporal, tipo de roupa utilizada no desempenho profissional com uso de

equipamentos de alto custo;

• Na análise da iluminação, não foi incluída a verificação da distribuição da luz, fluxo

luminoso, sombras, reflexos, eficiência e eficácia do tipo de lâmpada utilizada nas

salas de aula, difusão da fonte luminosa, classificação de lâmpadas e luminárias;

• Do cálculo da iluminação das salas de aula, foi excluída a identificação da condição

metereológica do dia da medição, ou seja, dia claro, nublado ou chuvoso, por se tratar

de variável de ação dinâmica e de fácil modificação;

• Nas medidas de iluminação foram excluídas a análise da participação da luz natural ou

artificial fora da área da sala de aula, por ser entendido que o ambiente da sala deve

ser adequado de forma independente da existência de janelas, basculantes, projeção do

sol ou presença de sombras.

Page 96: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

73

4.12 FONTES DOS DADOS

Os dados foram registrados em ficha elaborada para esse estudo, inseridos em

banco de dados e estes comparados aos valores determinados como limites de tolerância pelo

Ministério do Trabalho e Emprego e validados internacionalmente pelos centros

internacionais de pesquisa, OSHA, NIOSH e ACGIH, e adotados pela OIT como referência

mundial.

4.13 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS

A coleta dos dados foi iniciada em setembro de 2004 e finalizada em dezembro de

2007, com o recebimento dos últimos laudos e pareceres dos engenheiros e técnicos de

segurança que auxiliaram na realização das medições de campo. As conclusões de cada

medição referentes a cada instituição de ensino foram analisadas e classificadas em condições

não insalubres, insalubres, penosas e periculosas.

Os dados foram comparados com os resultados da primeira etapa e analisados

com base nos parâmetros já indicados nas variáveis e classificados conforme a legislação

própria indicada nos procedimentos.

Foi utilizado o programa Microsoft Excel para tratamento dos dados e elaboração

de tabelas e gráficos (REHDER et al, 2002),

O banco de dados recebeu tratamento estatístico através do software SPSS13.5® -

statistical pakckage for the social sciences, que foi utilizado através de uma janela do

Windows, com realização dos cálculos de distribuição de freqüência, medidas de tendência

central, objetivando a análise dos dados e sua comparação com os valôres oficiais para o

reconhecimento das condições do ambiente de trabalho dos professores.

Page 97: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

74

E, por último, a aplicação do teste de Kruskal-Wallis, para verificação da

existência de diferenças estatisticamente significantes, entre os valores encontrados no estudo

do ruído, temperatura e iluminância, nas seis categorias de ensino.

Utilizou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis porque apesar de dispensar

suposições quanto à distribuição de probabilidade dos dados, forneceu resultados tão

confiáveis quanto aos dos testes paramétricos. (SIEGEL, 1975: 209-219)

Page 98: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

75

5. RESULTADOS

A presente pesquisa teve como objetivo identificar e avaliar os riscos

ocupacionais presentes no ambiente de trabalho dos professores, que atuam no ensino

fundamental, médio e superior, na rede privada e pública de instituições selecionadas no

município do Rio de Janeiro.

Esse estudo foi realizado em duas fases, a primeira para identificar as fontes

geradoras dos agentes nocivos físicos, químicos e biológicos e seus decorrentes riscos

ocupacionais; a segunda para medir os agentes nocivos e compará-los aos valores oficiais,

gerando reconhecimento da capacidade de causar ou agravar a saúde do professor.

Para tanto, foram formuladas cinco hipóteses, com base na literatura revisada

relacionada aos riscos ocupacionais dos professores.

O primeiro resultado obtido foi através da tese da hipótese, com a aplicação de Kruskal-

Wallis, onde temos:

5.1 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS

No teste de Kruskal Wallis, cada uma das observações “salas de aula” é substituída por

um posto. Ou seja, todos os escores, medições, das seis categorias de ensino combinadas são

dispostas em uma única série de postos.

Ao menor escore, medição, atribui-se o posto 1, ao seguinte o posto 2, seguindo-se

sucessivamente desta forma, até o maior posto. Quando ocorrer empates entre dois ou mais

escores, atribui-se a cada um deles a média dos postos respectivos. Após este procedimento,

determina-se a soma dos postos em cada uma das categorias de ensino. O teste irá determinar

se essas somas são tão díspares que não seja provável que sejam provenientes de uma mesma

população.

Page 99: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

76

Pode-se mostrar que se as seis categorias de ensino provêm efetivamente da

mesma população ou de populações idênticas, ou seja a hipótese nula H0 é verdadeira,

então H (estatística de teste utilizada) tem distribuição qui-quadrado. (SIEGEL, 1975: 209)

5.2 TESTE DE HIPÓTESE

H0 : Não existe diferença nas medições de ruído encontradas nas salas de aula nas seis

categorias de ensino.

H1 : Existe diferença nas medições de ruído encontradas nas salas de aula nas seis categorias

de ensino.

Nível de significância do teste: 0,05

Estatística de teste: ( ) ( )∑=

+−+

=k

j j

j Nn

R

NNH

1

2

131

12 (SIEGEL, 1975: 209)

Onde,

k = número categorias de ensino

jn = número de casos na categoria de ensino j , com 6,5,4,3,2,1=j

N = ∑ jn , número de casos em todas as categorias de ensino combinada

jR = soma dos postos nas categorias de ensino j , com 6,5,4,3,2,1=j

∑=

k

j 1

indica o somatório sobre todas as k categorias de ensino

Page 100: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

77

Correção para empate de postos: NN

T

−− ∑

31 ,

Onde:

ttT −= 3 ( t sendo o número de observações empatadas em um grupo de escores empatados)

∑T indica o somatório sobre todos os grupos de empates

Estatística de teste corrigida: ( ) ( )

NN

T

Nn

R

NNH

k

j j

j

−−

+−+

=∑

∑=

3

1

2

1

131

12

, (SIEGEL, 1975: 213)

Critério de decisão do teste: se o valor H calculado for maior que o valor crítico, rejeita-se

H0.

5.3 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE RUIDO

Para testar o critério de insalubridade do agente ruído, foram excluídas da

análise dezessete observações “salas de aula”, nas quais encontramos valores de Lavg acima

de 85,0 dB(A). O teste apresentou como resultado a rejeição da hipótese nula, ou seja, as

medições variam significativamente entre as categorias de ensino, e o valor da estatística

teste foi deH = 68,54, com 5 graus de liberdade, fornecendo uma probabilidade de 2,066E-

13, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o teste. Tabela 38 - Apêndice

Page 101: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

78

No teste do critério de penosidade, foram utilizadas todas as salas de aula, uma

vez que todas apresentaram valores de Lavg dB(A) acima de 60,0.

Mais uma vez a hipótese nula foi rejeitada, evidenciando variações

significativas para penosidade entre as categorias de ensino.

O valor da estatística teste foi deH = 79,28, com 5 graus de liberdade,

fornecendo uma probabilidade de 1,188E-15, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos

para o teste.

O valor da estatística testeH = corresponde ao qui-quadrado. Tabela 39 -

Apêndice

5.4 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE TEMPERATURAS

ANORMAIS

As temperaturas na faixa entre 20ºC e 23ºC são consideradas dentro da

normalidade. As salas de aula consideradas insalubres e penosas apresentaram valores

apurados que estavam fora da faixa de normalidade, ou seja, temperatura abaixo de 20ºC ou

acima de 23ºC.

O teste apresentou como resultado a rejeição da hipótese nula, ou seja, as

medições variaram significativamente entre as categorias de ensino.

O valor da estatística teste foi deH = 15,80, com 5 graus de liberdade,

fornecendo uma probabilidade de 0,007, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o

teste. Tabela 40 - Apêndice

Page 102: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

79

5.5 TESTE DE KRUSKAL-WALLIS APLICADO AO AGENTE ILUMINAÇÃO

O agente “iluminação” foi testado em todas as salas de aula, uma vez que todas

apresentaram níveis abaixo do recomendado, ou seja, Lux inferior a 500.

Mais uma vez a hipótese nula foi rejeitada, evidenciando variações significativas

para a penosidade entre as categorias de ensino.

O valor da estatística teste foi deH = 21,53, com 5 graus de liberdade,

fornecendo uma probabilidade de 0,0006, extremamente inferior aos 0,05 estabelecidos para o

teste. Tabela 41 - Apêndice

A presente pesquisa contou com a participação de 180 instituições de ensino, 1446

salas de aula, 63.677 alunos e 1634 professores dos três níveis de ensino de ambas as redes de

ensino. Na primeira fase da pesquisa foram realizadas 28.920 medidas e na segunda 27.840

medições, alimentando banco de dados, com a correspondente análise estatística.

A população estudada foi representada pelo Gráfico 1- Quantidade de alunos,

professores e salas visitadas e no Gráfico 2 a distribuição do numero de alunos, professores e

salas de aula por nível de ensino pesquisado.

Page 103: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

80

Gráfico 1- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas

63.677

1.634 1.446

0

20000

40000

60000

80000

Alunos Professores Sala

Qua

ntid

ade

Fonte: Autor

Gráfico 2-Quantidade de alunos, professores e salas visitadas por categoria de ensino

299 377 130 151 245 244287 309 257 253 295 233

13.345

19.235

6.690

8.640 8.2457.522

0

5000

10000

15000

20000

Fundamental Privado Fundamental Público Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público

Qua

ntid

ade

Sala Professores AlunosFonte: Autor

Page 104: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

81

A população intencional investigada na primeira fase foi denominada de população

alvo e contou com a representação de 47 bairros do município de Rio de Janeiro,

correspondendo a 29,38 % do total de cento e sessenta bairros.

Gráfico 3 - Instituições visitadas por zona urbana

107

34

20

19

0 20 40 60 80 100 120

Zona Norte

Zona Sul

Zona Oeste

Centro

Nº de InstituiçõesFonte: Autor

Todas as zonas urbanas do município do Rio de Janeiro estiveram representadas

nas 180 instituições estudadas com a seguinte distribuição: 19 instituições na zona centro, 107

na zona norte, 20 na oeste e 34 na zona sul. Gráfico 3 – Apêndice

Page 105: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

82

As variáveis pesquisadas relacionadas às condições insalubres e penosas dos

professores em sala de aula apresentaram os resultados de:

5.6 RUÍDO – NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA

• 100% das 66 salas de aula do ensino fundamental público, em condições penosas

com probabilidade de adoecimentos da voz dos professores, e dessas 3,03%

apresentaram condições penosas e ao mesmo tempo insalubres, com possibilidade de

causar danos à saúde do professor por perda auditiva, se o professor for também

submetido à condição insalubre na jornada de trabalho seguinte e se esse mecanismo

for repetido durante todos os dias da semana;

• 100% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas,

com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.e, destas

acumulativamente 3,66% apresentam condições insalubres, com possibilidade de

instalação de lesão auditiva nos professores, se complementada à jornada e houver a

habitualidade durantes todos os dias da semana;

• No ensino médio público, essa variável apresentou 100% das 32 salas de aula em

condições de penosidade, oferecendo risco de adoecimento da voz do professor. Esse

grupo apresentou caracteristicas diferenciadas em três salas de aula, a 6,17 e 23 da

Tabela 13 -Apêndice , onde os resultados da dosimetria se apresentaram muito abaixo

de todas as salas estudadas nos três níveis.

Nessas três salas há predominância de alunos surdos-mudos com uso de

linguagem “libras” entre os professores e os alunos e alunos entre alunos

promovendo, assim, uma redução na emissão sonora originada pelas vozes

humanas;

Page 106: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

83

• O ensino médio privado apresentou 100% das 33 salas de aula em condições penosas

com probabilidade de adoecimento da voz do professor e concomitantemente

12,12% das salas em condições insalubres, com probabilidade de instalação de lesão

auditiva nos professores, se houver complementação da jornada nas mesmas

condições e com habitualidade de todos os dias da semana;

• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula apresentaram condições

penosas, com probabilidade de adoecimento da voz dos professores;

• No ensino superior público, os resultados da dosimetria apresentaram 100% das 101

salas de aula em condições penosas probabilidade de adoecimento da voz dos

professores .e acumulativamente 7,92% das salas em condições insalubres com

possibilidade de aparecimento de lesão auditiva no professor, se houver

complementação do tempo de quatro horas em outra jornada com a mesma condição.

Desta forma, a condição penosa gerada pelo ruído está presente em 100% das

salas de aula, nos três níveis de ensino e de igual modo na rede pública e privada.

Não houve identificação de fontes geradoras de ruídos de impacto, tendo em vista

a ausência de máquinas que produzam essa emissão sonora nas salas de aula pesquisadas,

razão da não medição do ruído de impacto na segunda fase de pesquisa.

Page 107: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

84

Gráfico 4- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino

96,34% 96,97%87,88%

100,00% 100,00%92,08%

3,66% 3,03%12,12%

7,92%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fundamental Privado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)

Penosidade (Lavg dB(A) > 60)Fonte: Autor

Gráfico 5- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino

100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

7,92%12,12%

3,03%3,66%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fundamental Privado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Penosidade (Lavg dB(A) > 60) Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)

Page 108: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

85

Para que o professor possa apresentar lesão auditiva por exposição ao ruído em

níveis insalubres, gerado dentro das salas de aula, se torna necessário que o ambiente não

sofra modificações de qualquer natureza e que promova sua redução. Para isso, o número de

alunos deve permanecer o mesmo, assim como as condições físicas como: ventiladores e ar

refrigerados, acrescentando o aumento de jornada, em outra instituição por mais quatro horas,

com as mesmas características da anterior e ainda, que sua jornada seja ampliada para oito

horas no mesmo ambiente de trabalho e que não haja afastamento para intervalo ou refeições.

Tabela 14 a 19.

Dentre todas as categorias de ensino, o menor valor encontrado para o Lavg foi

60,1 dB(A), indicando a presença da penosidade em todas as salas de aula, e o valor mais

elevado foi de 86,9 dB(A).

Os valores médios encontrados para o ruído apresentaram valores entre 73,4 e 80,5 com

coeficientes de variação abaixo de 10%, indicando pouca variabilidade em torno das médias

calculadas dentro das categorias de ensino. Tabela 20

Tabela 20 - Estatísticas descritivas do agente ruído por categoria de ensino

Categoria de ensino Estatísticas descritivas

Nº. de salas

Lavg dB(A) médio

Lavg dB(A)

mediano

Lavg dB(A)

mínimo

Lavg dB(A)

máximo

Desvio padrão

Coeficiente de variação

Fundamental Privado 82 78,7 79,3 69,7 86,1 3,24 4,12% Fundamental Público 66 79,0 79,5 69,7 86,3 3,07 3,89% Médio Privado 33 80,5 80,4 72,1 86,9 3,67 4,56% Médio Público 32 73,4 75,5 60,1 81,0 6,23 8,49% Superior Privado 71 76,2 76,8 67,1 82,6 3,97 5,20% Superior Público 101 80,4 80,4 71,3 86,9 3,40 4,23% Total 385 78,5 79,3 60,1 86,9 4,29 5,47%

Page 109: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

86

5.7 TEMPERATURAS ANORMAIS – CALOR E FRIO

• 69,70% das 66 salas de aula do ensino fundamental público apresentaram condições

penosas pela presença da temperatura acima de 230C, com possibilidade de

aparecimento de quadro de fadiga física e mental transitória , edema corporal

principalmente nos tornozelos, com perda de água e sal com irritabilidade, sede, e

agravamento da hipertensão arterial, se o professor for portador; e 30,30% dentro

da faixa preconizada como dentro da normalidade;

• 65,85% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas

pelo calor e 30% em condições de normalidade. De igual forma o ensino fundamental

público com temperaturas anormais, calor, acima de 230C, condição que favoreça a

instalação de danos à saúde dos trabalhadores que ali desempenham suas funções, pela

possibilidade de estímulos e alterações no sistema termorregulador com conseqüente

adoecimento dos professores;

• No ensino médio público, essa variável apresentou 75% das 32 salas de aula em

condições de penosidade, com possibilidade de adoecimento do professor. As 25%

das salas restantes apresentaram-se dentro da faixa de normalidade, não oferecendo

possibilidade de adoecimento;

• O ensino médio privado apresentou 60,61% das 33 salas de aula em condições

penosas oriundas do calor com risco de adoecimento do professor e 39,39 % das salas

em condições salubres;

• No ensino superior privado, 76,06% das 71 salas de aula apresentaram condições

penosas com possibilidade de adoecimento dos professores; 23,94% das salas

apresentam-se dentro das condições ideais e 2,82% das salas com níveis de

temperaturas médias de 160C, muito abaixo do conforto térmico;

Page 110: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

87

• No ensino superior público os resultados da condição térmica apresentaram um

percentual de 74,26% em condições de penosidade e 24,75% dentro da normalidade;

Gráfico 6- Salas de aula com penosidade em relação à temperatura por categoria de ensino

65,85% 69,70%60,61%

75,00% 76,06% 74,26%

34,15%30,30%

39,39%

25,00% 23,94% 25,74%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fundamental Privado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Insalubre e penosa(IBTU < 20ºC ou IBTU > 23ºC)

Não insalubre e não penosa (IBTU de 20ºC a 23ºC)

A exposição às temperaturas anormais tem possibilidade de ser reconhecida ao

mesmo tempo como insalubre e penosa, provocando respostas orgânicas com boa

recuperação, quando essas exposições são transitórias e ocasionais, mas quando são habituais

e permanentes, estimulam alterações teciduais e funcionais no professor, podendo contribuir

para instalação de morbidades. Tabelas 21 à 26 – Apêndice

5.8 FONTES DE AGENTES NOCIVOS NÃO DETECTADAS

Algumas fontes geradoras de agentes nocivos não foram identificadas ou eram

inexistentes. Este resultado não significa insucesso ou falta de critério na investigação e sim

registro da condição real de trabalho do professor. Se essas fontes fossem encontradas, a

pesquisa estaria registrando situação excepcional.

Page 111: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

88

Os resultados podem ser positivos ou negativos, em algumas situações a ausência

traz condições não insalubres, não penosas e não periculosas.

Desta feita, a ausência de fontes nas salas de aula do agente vibração, radiação

ionizante e radiação não ionizante, foi considerada satisfatória, pois houve a confirmação da

inexistência da condição de periculosidade nas salas de aula estudadas.

Não foi identificada fonte de agentes biológicos, tendo como resultado a ausência

de insalubridade por esse agente.

Ao se constatar a ausência de fontes, houve a supressão da necessidade da

realização de medições com uso de equipamentos.

As variáveis relacionadas à insalubridade como umidade relativa do ar, pressão

atmosférica, vibração e agentes biológicos foram consideradas dentro da normalidade, uma

vez que estes agentes foram considerados dentro das mesmas condições de toda a população

do município do Rio de Janeiro.

5.9 FONTES DE AGENTES ANALISADOS QUALITATIVAMENTE

Os agentes químicos foram representados pelas substâncias químicas que compõe as

colas, massas de modelagens, tintas, giz e marcador de quadro branco, registrados na primeira

fase, em todas as salas de aula das instituições do ensino fundamental da rede pública e

privada, com o uso ocasional e intermitente, ou seja, a atividade desenvolvida com os alunos

ora utilizam massa de modelar, tintas, colas, canetas e assim a exposição não é acumulativa.

As composições desses produtos foram analisadas e possuem selo do INMETRO,

confirmando que foram analisadas de forma detalhada com equipamentos específicos e que

não oferecem risco à saúde de quem as manipula. Sendo, desta forma, consideradas não

insalubres.

Page 112: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

89

No nível médio e superior encontramos apenas giz e marcador de quadro

branco. Nessa população há uso do giz e do caneta/marcador de quadro.

Os professores que participaram do estudo declararam ter preocupação com a

exposição ao pó de giz e essa atitude estimulou a adoção da caneta/marcador de quadro na

maioria das instituições de ensino.

Essa substituição não apresentou estudos para fundamentação da troca, não

havendo afirmação se houve ação de prevenção ou mais riscos a saúde do professor por

inalação dos vapores da caneta/marcador de quadro..

Na segunda fase da pesquisa, a análise das substâncias químicas foi iniciada com

o objetivo de identificar a concentração e valores de limite de tolerância determinados como

de segurança e preconizados pelo MTE.

A análise das substâncias químicas contidas nas canetas/marcadores de quadro

branco não foi realizada por falta de informações sobre os produtos químicos que participam

de sua composição.

Para que haja análise química se torna necessária a identificação, no mínimo, do

ativo principal. A fórmula apresentada no produto descreve somente o grupo químico da

substância, o que torna dispendioso e demanda muito tempo, muito além do previsto para um

doutorado.

Essas informações foram solicitadas de forma exaustiva aos fabricantes, e foram

esquecidas ou apresentaram como resposta o silêncio hostil.

Mesmo assim, foi utilizado equipamento com aspiração de amplo espectro,

resultando leitura “indetectável” como resposta aos produtos químicos da caneta/marcador,

não havendo segurança nessa medição, e podendo traduzir um falso negativo, ou seja, medida

que não tem a capacidade de identificar, apresentando resultado como negativo, mas que em

equipamento específico seria detectado e registrado seus valores.

Page 113: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

90

Outro fator que contribuiu para a dificuldade na realização da análise dos agentes

químicos, tendo como fontes geradoras a caneta/marcador de quadro foi a reação de

transformação das substâncias químicas de forma liquido/pastoso para vapor, em quantidade

de baixo volume, que dificulta a captação pelo cassete coletor, ou seja, recipiente de captação

para bomba de aspiração. Somada essa dificuldade, vem a falta de especificação do produto

químico, induzindo leitura com resultado falso negativo.

Os aparelhos utilizados para essa medição são extremamente sofisticados e

necessitam de cassete específico para sua aspiração e análise.

A investigação dessas substâncias teve inicio na leitura das embalagens do

produto, e no lugar onde deveria constar a descrição das substâncias, ou pelo menos o nome

delas, houve o registro de grupos químicos genéricos, como resinas termoplásticas, tinta à

base de álcool, pigmentos, resinas, solventes e aditivos.

Essa descrição em nada ajuda a quem necessita realizar pesquisa desses agentes

químicos. A falta do conhecimento da composição química e o ato de uma criança colocando

na boca tal caneta em instituição de serviço pré-escolar poderá ter como resultado acidente

por contato oral, transformando o evento em fato gravíssimo, prejudicando o ato de socorro

médico, pois a prescrição do medicamento será de forma inadequada por falta de

identificação da substância, colocando em risco a vida da criança ou pessoa acidentada.

Essa atitude dos fabricantes demonstra a falta de compromisso com o usuário e ao

mesmo tempo falha na fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.

A exaustiva procura levou ao contato com os Sistemas de Informações tóxico-

farmacológicas das universidades, também sem sucesso.

Não identificamos publicações com relato de experiências e pesquisas a respeito

dos compostos químicos dos marcadores/canetas de quadro branco, tanto na literatura

nacional como internacional.

Page 114: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

91

A observação do uso da caneta/marcador de quadro facilitou o registro da

seqüência e forma da transformação das substâncias que compõe esses produtos. Essa

descrição possibilitou analise por engenheiro químico experiente de forma dedutiva e sem

ajuda de equipamentos, com emissão de parecer.

A ação de uso da caneta/marcador no momento da escrita, com a ponta de silicone

quando toca a superfície do quadro, libera substância colorida (azul, preto, vermelho ou

verde) imprimindo nesse quadro as formas escritas ou desenhadas. Nota-se que por ocasião do

toque ocorre evaporação rápida (cerca de 3 segundos) e aparece odor que lembra o do álcool.

Após a secagem, a retirada dessa substância por apagador especial não é total,

permanecendo uma fina camada que somente desaparece por ação mecânica, que pode ser

gerada pela ação de uma escova de dentes (recomendada pelos fabricantes) provocando o

desprendimento de partículas de pequeno diâmetro, porém possíveis de serem identificadas a

olho nu.

Os produtos químicos contidos na caneta/marcador de quadro branco sofrem

transformação da tinta líquido-pastosa passando a uma substância endurecida que forma uma

película orgânica e resistente, similar aos óleos secantes (óleos de linhaça e óleo de tungue).

Os óleos secantes possuem alta percentagem de glicerídeos derivados de ácidos graxos com

duas ou três ligações duplas e são componentes importantes de tintas e vernizes (LOPES

NETTO 2004).

Sua secagem não resulta meramente da evaporação do solvente, como a aguarrás

ou óleo de terebentina, mas sobretudo de uma reação química decorrente da polimerização de

óleos insaturados, provocada pelo oxigênio. A coloração decorre da adição de pigmentos.

O processo de polimerização e a estrutura do polímero são extremamente

complexos e não estão ainda completamente elucidados. O processo resulta, em parte, do

ataque de radicais aos átomos de hidrogênio alílicos reativos, radicais univalentes que se

compõem de três átomos de carbono e cinco de hidrogênio, e em parte, de polimerização de

radicais alcenos, o mesmo que olefina, composto binário de carbono e hidrogênio, e outra

parte, de uma reticulação por átomos de oxigênio, semelhante à produzida pelo enxofre na

borracha vulcanizada. Sem a identificação das substancias químicas, torna-se inviável a

medição da intensidade, concentração e valôres do agente nocivo, condição necessária à

análise de risco ocupacional do posto de trabalho do professor, nessa variável.

Page 115: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

92

A presença de agentes químicos na atividade do professor através da

caneta/marcador, também chamado de pincel atômico, teve as substâncias apontadas de forma

genérica, mas essa dificuldade não exclui a probabilidade de causar adoecimento dos

professores.

Não ter identificado as substâncias não exclui a relação de causa e efeito entre o

uso do pincel atômico e o desencadeamento de crise alérgica ou de asma brônquica. Os dados

não obtidos não excluem a possibilidade de haver relação de causa e efeito entre o uso da

caneta/ marcador de quadro branco e o desencadeamento de crise alérgica ou de asma

ocupacional nos professores.

Outra substância classificada como agente químico foi o pó de giz, utilizado por

longo tempo pela maioria dos professores, principalmente em municípios mais afastados e

com menor poder aquisitivo.

Na atividade do professor, a poeira resultante do uso do giz é bastante comum.

Em algumas instituições de ensino, mesmo havendo oferecimento da caneta/marcador de

quadro branco, os professores com mais tempo de trabalho preferem utilizar o giz .

Patnaik (2006) e ACGIH (2002) classificaram a poeira oriunda do giz escolar

como “poeiras incômodas”, e descrevem eventos ocasionais de pequena monta que atinge os

pulmões, sem causar adoecimento.

A maioria das partículas de poeira oriunda da escrita no quadro é projetada em

diversas direções, acompanhando o sentido do vento existente e o deslocamento de ar, quando

não há deslocamento de ar, o mesmo cai por ação da gravidade, sobre os ombros e pés dos

professores e no chão a sua volta.

A quantidade diária de gasto de giz é pequena, tendo em vista a fabricação de giz

denominado hipoalérgico, na qual a maior característica é o desprendimento do menor

número de partículas por unidade de giz. As partículas liberadas do giz são de quantidades

diárias pequenas e possuem projeção do nível dos ombros para baixo, sendo

excepcionalmente inaladas.

Page 116: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

93

O giz é composto por carbonato ou silicato de cálcio, sendo o carbonato de cálcio

o de maior uso. O giz branco, composto por sulfato de cálcio hemihidratado, com a fórmula

CaSO4 + 1/2 H2O, adota as cores verde, amarelo, vermelho e azul, quando adicionados

pigmentos orgânicos isentos de óxido de ferro e aditivos. O processo de obtenção é mecânico

em via seca, a partir de gipsita com a composição de sulfato de cálcio bi-hidratado - CaSO4 +

2 H2O.

Os aspectos físicos do giz são: dimensão de 70 mm, diâmetro entre 9 mm e 12

mm, inodoro, possui maior maciez ao traço sem redução de resistência e consequentemente,

um maior rendimento.

Para proteção do professor, o giz possui uma fina película protetora, que envolve

o bastão, amenizando o contato com o pó desprendido pelo atrito com o quadro negro

(COLMATI et al, 2006; JANG et at, 2006 e SANTIAGO et al, 2005).

Patnaik (2006) descreve essa poeira como partículas de diâmetro aerodinâmico

maiores que 10 micras, ficando retidas na região nasofaringe (nariz e seios da face).

A barreira inicial é o nariz, que atua como um filtro efetivo devido a sua estrutura

única e grande área de superfície (MOREIRA e ANDRADE, 2008).

Uma quantidade desprezível de partículas possui diâmetro menor que dez micras,

podendo atingir os alvéolos pulmonares em quantidades insuficientes para provocar reações.

Essa pequena quantidade de partículas não possui comportamento irritativo e portanto não

determina formação de fibrose pulmonar, característica das pneumoconioses13. Essas

partículas podem, entretanto, provocar reações alérgicas na dependência do perfil

imunológico do professor, e desencadear a denominada asma ocupacional14.

Como as partículas de giz ficam retidas na primeira barreira mecânica, o nariz,

essa estrutura orgânica pode reagir com quadro de rinite alérgica15 (SLAVIN, 1998).

Muitas vezes, ao fazer uso da voz, o professor ingere essas partículas oriundas do

giz, que chegam ao aparelho digestivo e são eliminadas pelas fezes, não causando qualquer

alteração.

13 Pneumoconiose – é a deposição de poeiras no pulmão com resposta tecidual fibrótica (Tarantino, 2008). 14 Asma Ocupacional – Obstrução reversível do fluxo aéreo e/ou hiper-responsividade brônquica devido a causas e condições atribuíveis a um determinado ambiente de

trabalho e não a estímulos externos (Tarantino 2008). 15 Rinite alérgica –Processo inflamatório decorrente da exposição a agentes sensibilizantes (Slavin 1998).

Page 117: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

94

O giz é composto por carbonato, de maior uso, ou silicato de cálcio, não trazendo

em si estrutura química com comprovação de nexo causal com doenças do trato respiratório

ou digestivo (PEARCE et al, 2000)

O terceiro grupo foi composto por variáveis relacionadas às condições de

periculosidade e a pesquisa não identificou fontes de explosivos ou inflamáveis, sendo a

atividade do professor considerada sem periculosidade.

5.10 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕE S PENOSAS

DOS PROFESSORES

5.10.1 TAXA DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE

A pesquisa investigou o gasto energético dos professores, dos níveis pesquisados,

o ensino médio público demonstrou maior solicitação do gasto energético, ou seja, 856 Kcal

por quatro horas, ou seja, jornada de trabalho de quatro horas. Em segundo lugar ficou o

fundamental público com 849 Kcal por quatro horas.

Todo gasto energético estimula ações metabólicas no organismo e em muitas

situações a reposição da alimentação, hidratação e o repouso, recuperam o equilíbrio orgânico

e mental. Em outras situações onde a alimentação, hidratação e repouso são deficientes, o

retorno ao equilíbrio orgânico não é atingido, restando ação de maior desgaste físico e mental.

Mas, essa ação tiver ocorrência habitual e contínua irá contribuir para o aceleramento do

processo de envelhecimento do professor e em alguns casos de agravamento de morbidades.

A atribuição do valor de 175 ou 220 Kcal por hora trabalhada para cada professor teve

como seleção a postura e movimentos predominantes adotados durante o estudo in loco.

Page 118: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

95

A postura alternada entre sentar e ficar de pé caminhando, com movimentos, leva ao

gasto médio entre 175 Kcal e 220 Kcal por hora. O valor médio aplicado representando o

gasto energético foi multiplicado por quatro, correspondendo à quantidade de horas por

jornada, resultando em valôres que variaram entre 700 ou 880 Kcal gastos nas atividades em

sala de aula.

Esse valor pode ser multiplicado pelo número de jornadas trabalhadas pelo professor,

podendo ter uma variação entre 4 horas em uma jornada até 4 jornadas de 4 horas, levando

aos valôres excepcionais de 2800 á 3520 Kcal.

Gráfico 7- Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino (em Kcal/h)

742,6

849,7

719,6

856,5

595,9615,5

732,3

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1000,0

FundamentalPrivado

FundamentalPúblico

Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público Total

Gas

to m

etab

ólic

o m

édio

Fonte: Autor

5.10.2 TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

O peso transportado pelos professores nos três níveis de ambas as redes de ensino

não foi caracterizada a sobrecarga ou desconforto por si só. Só quando somado a outras

situações compondo assim, a condição de penosidade. O peso médio transportado foi de 500

gramas.Tabela 32

Page 119: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

96

5.10.3 RECURSOS AUDIOVISUAIS

A utilização dos recursos audiovisuais favorece a redução do gasto energético pela

facilidade de exposição dos temas, motivação e identificação do roteiro da aula, reduzindo a

necessidade de repetições de explicações e maior capacidade memória para lembrar a

seqüência planejada.

Foram incluídos como recursos audiovisuais os retroprojetores, datashow e microfones e os

resultados obtidos foram:

• 0% das 66 salas de aula do ensino fundamental público possuem datashow, 37,45%

tem retroprojetor e 5,7% usam microfones;

• 5,7% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado possuem datashow,

77,45% com retroprojetor e zero por cento possuem microfone;

• No ensino médio público, 0,7% das 32 salas de aula possui datashow, 1,33% com

retroprojetor e zero por cento com microfone;

• O ensino médio privado apresentou 17,7% das 33 salas de aula com datashow,

50,76% com retroprojetor e 2,3% com microfone;

• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula com datashow, 62,85% com

retroprojetor e 80% com microfone;

• No ensino superior público, com 16% de datashow das 101 salas de aula, 51,2%

com retroprojetor e 29,5% com microfone.

Page 120: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

97

Gráfico 8 - Recursos audiovisuais presentes nas salas de aula por categoria de ensino – População alvo

17,69%

0,66%

100,00%

29,51%

37,46%

4,51%

50,77%

1,32%

15,98%

5,69%2,31%

80,00%

51,23%

62,86%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

FundamentalPrivado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Datashow Microfone Retoprojetor

O recurso audiovisual em maior número foi o retroprojetor e o em menor número

foi o microfone. Esses recursos traduzem sobrecarga dos professores em todos os níveis de

ensino.

5.10.4 ILUMINAÇÃO

A condição de penosidade pelo agente iluminação foi identificado como

deficiente em 100% das salas de aula pesquisadas. Os valores obtidos estavam abaixo dos

níveis recomendados como ideais, essa conclusão foi decorrente da comparação com os de

500,700 e 1000 lux indicados pela NR 17 e NBR 5413 como os necessários para os ambientes

estudados.

Dentro dessa situação, a realização de tarefas como a leitura e escrita são

desenvolvidas com maior dificuldade e maior gasto energético, tendo em vista a inadequação

da iluminação, oferecendo “barreiras” ao processo do ensino-aprendizagem.

Page 121: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

98

Essa variável foi analisada tendo como foco as atividades intelectuais que

necessitam de reconhecimento de detalhes de diversas origens em todas as tarefas realizadas

na sala de aula.

A iluminação é uma variável com relação direta no estudo das condições penosas

dos professores e o resultado encontrado foi de 100% das salas com deficiência da

iluminação e com uso de 100% de lâmpadas fluorescentes.

A baixa iluminação dificulta a percepção visual do ambiente e seus detalhes. As

medições levadas a efeito nos ambientes de trabalho dos professores, nos diversos níveis de

ensino, demonstraram na sua generalidade abaixo dos níveis considerados adequados,

portanto sem necessidade de uma análise mais aprofundada.

Desse fato, os resultados encontrados encontram-se fora dos parâmetros

observados e não são aceitáveis conforme orientação de NBR 5413 e da ACGIH.

Seria um equivoco não se considerar as condições atuais de iluminamento como

prejudiciais não somente à saúde dos professores, mas também dos alunos, e em suma

interferem na própria qualidade do ensino.

A condição penosa por iluminação inadequada foi identificada como em situação

grave em quatro salas de aula pela instalação de ventiladores de teto em posição abaixo das

lâmpadas, onde as pás responsáveis pelo deslocamento do ar interrompiam o feixe luminoso,

gerando sombras intermitentes sobre as carteiras escolares e no quadro negro, agravando a

condição penosa da sala de aula.

O estímulo luminoso originado pelas lâmpadas fluorescentes possui propagação

em feixe com oscilações de 60 ciclos por segundo, que é imperceptível ao olho humano. O

estímulo é captado pelos olhos e conduzido através das vias sensitivas até as áreas cerebrais,

onde ocorrem estímulos que geram múltiplas respostas.

Page 122: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

99

Essa inadequação pode causar ou contribuir para o agravamento de condições pré-

existentes, como:

• Fadiga mental desencadeada por maior esforço na fixação das imagens,

sobrecarregando a musculatura extrínseca dos olhos. Essa sensação produz atitude de

rejeição temporária da leitura e escrita por parte do professor e gera abandono da

leitura e escrita por parte dos alunos, dando início a atitudes de conflito na sala de

aula. Esse conflito contribui para a queda do rendimento intelectual e conseqüente

baixa no rendimento escolar;

• Fadiga visual dos professores e alunos contribuindo para agravamento de alterações

funcionais da visão, principalmente a dificuldade de acomodação da visual, nas quais

muitas pessoas podem apresentar dor de cabeça;

• Alterações comportamentais, podendo gerar agitação psicomotora em algumas

pessoas e dificultando as relações interpessoais;

• Acidentes com queda da própria altura dando origem a trauma direto com

mobiliário e/ou objetos na sala de aula;

• Dificuldade na identificação dos caracteres da leitura e dificuldade no foco da escrita.

5.10.5 RUÍDO

O ruído esteve presente na pesquisa sob três formas como;

• Agente nocivo insalubre, quando os níveis elevados de pressão sonora estavam acima

de 85 d B(A);

• Condição penosa, acima do conforto acústico, ultrapassando 60 d B(A), preconizada

pela NBR 10.152, fundamentando desta feita, o reconhecimento de penosidade do

professor;

• Fator de estresse e barreira acústica, na presença da reverberação.

Page 123: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

100

A contribuição do ruído para a condição penosa do professor esteve presente em

100% das salas de aula, com o agravamento do fenômeno da reverberação, também em

100% das salas de aula.

Esse fenômeno impõe a necessidade do aumento da intensidade da voz do

professor de forma progressiva, e na razão direta do aumento da reverberação, com

probabilidade de adoecimento da voz do mesmo.

A reverberação causa redução da inteligibilidade da comunicação, dificultando à

diferenciação de sons parecidos, ocorrendo desta feita a perda da motivação dos alunos e

queda da disciplina na sala de aula.

A medida da intensidade das vozes dos alunos ficou na faixa entre 60 dB(A) A 87

d B(A) com emissão normal, ou seja, conversa à distância de um metro, sem apresentar

exaltação.

A análise da presença de ventiladores e ar refrigerados nas salas de aula reflete a

tentativa de melhorar a condição de conforto térmico e ao mesmo tempo contribui para a

alteração da acústica na sala de aula.

Cem por cento dos equipamentos presentes nas salas de aula pesquisadas

apresentavam necessidade de serviços de manutenção, favorecendo o aumento do ruído, ar

refrigerado e ventiladores de teto, com:funcionamento ruidoso de grande proporção fazendo

aparecer vibração dos equipamentos de forma significativa. Gráfico 9.

Page 124: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

101

Gráfico 9- Relação Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de ensino

1,2

0,2

1,8

0,5

1,1

1,2

0,9

0,7

0,0

0,2

0,0

0,9

0,2

0,3

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

FundamentalPrivado

FundamentalPúblico

Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público Total

Pro

porç

ão

Vent./Sala Ar refri./SalaFonte: Autor

5.11 VARIÁVEIS PESQUISADAS RELACIONADAS AS CONDIÇÕES DE

PERICULOSIDADE NA ATIVIDADE DO PROFESSOR

As variáveis relacionadas ao reconhecimento da periculosidade com base na

presença de reservatórios de produtos inflamáveis e explosivos, foram consideradas ausentes

e registradas com o número zero na ficha de coleta. Desta forma, a coluna correspondente à

identificação de produtos explosivos e inflamáveis encontra-se com o numero zero, nas

tabelas 5, 6, 8, 9, 11 e 12. Com a ausência de reservatórios de produtos inflamáveis,

explosivos e substâncias de sua fabricação, há reconhecimento de condições não insalubres

e de periculosidade nas atividades dos professores participantes da presente pesquisa.

A ausência de fontes de periculosidade traduz condição de segurança e normalidade

nas salas de aula estudadas.

Page 125: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

102

5.12 VIBRAÇÃO

As medições de vibração não foram realizadas nas salas de aula por ocasião da

segunda fase do estudo, tendo em vista a ausência de fontes artificiais de vibração nas salas de

aula pesquisadas.

5.13 UMIDADE RELATIVA DO AR

A identificação da umidade relativa do ar estava atrelada a fonte natural, comum a

toda a sociedade, incluindo todo os trabalhadores independente da atividade desenvolvida.

Destacando apenas as recomendações do órgão responsável pela sua medição de

forma sistemática e as correspondentes orientações de prevenção e que estas podem ser

aplicadas em outras regiões do Brasil e no Exterior.

5.14 PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Essa variável não traduziu condição adversa aos professores e alunos participantes

da pesquisa, uma vez que as pessoas participantes da pesquisa são de igual forma envolvidas

nos mesmos níveis, independente de suas atividade e que estas não foram deslocadas de seu

meio e já estam adaptados ao meio onde vivem. Sendo considerada fonte ausente.

A presente pesquisa contou com a participação de 180 instituições de ensino, 1.446

salas de aula, 63.677 alunos e 1.634 professores dos três níveis de ensino de ambas as redes

de ensino e em todas a fonte geradora de pressão atmosférica foi considerada como de ação

social e não laboral.

Na primeira etapa da pesquisa foram realizadas 28.920 medidas e na segunda 27.840

medições, alimentando banco de dados, com a correspondente análise estatística.

Page 126: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

103

A população estudada foi representada pelo Gráfico 10- Quantidade de alunos,

professores e salas visitadas e no Gráfico 11 a distribuição do numero de alunos, professores

e salas de aula por nível de ensino pesquisado.

Gráfico 10- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas

63.677

1.634 1.446

0

20000

40000

60000

80000

Alunos Professores Sala

Qua

ntid

ade

Fonte: Autor

Gráfico 11- Quantidade de alunos, professores e salas visitadas por categoria de ensino

299 377 130 151 245 244287 309 257 253 295 233

13.345

19.235

6.690

8.640 8.2457.522

0

5000

10000

15000

20000

Fundamental Privado Fundamental Público Médio Privado Médio Público Superior Privado Superior Público

Qua

ntid

ade

Sala Professores AlunosFonte: Autor

Page 127: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

104

A população intencional investigada na primeira fase, foi denominada de população

alvo e contou com a representação de 47 bairros do município de Rio de Janeiro,

correspondendo a 29,38 % do total de cento e sessenta bairros.

Gráfico 12 - Instituições visitadas por zona urbana

107

34

20

19

0 20 40 60 80 100 120

Zona Norte

Zona Sul

Zona Oeste

Centro

Nº de InstituiçõesFonte: Autor

Todas as zonas urbanas do município do Rio de Janeiro foram representados na

amostra com 180 instituições estudadas e apresentaram a seguinte distribuição: 19 instituições

na zona centro, 107 na zona norte, 20 na oeste e 34 na zona sul. Gráfico 12 – Apêndice

As variáveis pesquisadas relacionadas às condições insalubres e penosas dos

professores em sala de aula apresentaram os resultados de:

Ruído – níveis elevados de pressão sonora:

• 100% das 66 salas de aula do ensino fundamental público, em condições penosas

com probabilidade de adoecimentos da voz dos professores e dessas 3,03%

apresentaram condições penosas e ao mesmo tempo insalubres, com possibilidade de

causar danos à saúde do professor por perda auditiva, se o professor for submetido à

condição insalubre na jornada de trabalho seguinte e se esse mecanismo for repetido

durante todos os dias da semana.

Page 128: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

105

• 100% das 82 salas de aula do ensino fundamental privado em condições penosas,

com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.e destas acumulativamente

3,66% apresentam condições insalubres, com possibilidade instalação de lesão

auditiva nos professores, se complementada a jornada e houver a habitualidade

durantes todos os dias da semana.

• No ensino médio público, essa variável apresentou 100% das 32 salas de aula em

condições de penosidade, oferecendo risco de adoecimento da voz do professor. Esse

grupo, apresentou caracteristicas diferenciadas em três salas de aula, a 6, 17 e 23 da

Tabela 13 -Apêndice, onde os resultados da dosimetria se apresentaram muito

abaixo de todas as salas estudadas nos três níveis. Nessas três salas há

predominância de alunos surdos-mudos com uso de linguagem Libras entre os

professores e os alunos, os alunos entre si e os funcionários administrativos,

reduzindo de forma significativa a emissão sonora originada pelas vozes humanas.

• O ensino médio privado apresentou 100% das 33 salas de aula em condições

penosas com probabilidade de adoecimento da voz do professor e concomitantemente

12,12% das salas em condições insalubres, com probabilidade de instalação de lesão

auditiva nos professores, se houver complementação da jornada nas mesmas

condições e com habitualidade de todos os dias da semana.

• No ensino superior privado, 100% das 71 salas de aula apresentaram condições

penosas, com probabilidade de adoecimento da voz dos professores.

• No ensino superior público os resultados da dosimetria apresentaram 100% das

101 salas de aula em condições penosas probabilidade de adoecimento da voz dos

professores .e acumulativamente 7,92% das salas em condições insalubres com

possibilidade de aparecimento de lesão auditiva no professor, se houver

complementação do tempo de 4 horas em outra jornada com a mesma condição.

Page 129: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

106

Desta forma, a condição penosa gerada pelo ruído foi identificada em 100% das salas de

aula nos três níveis de ensino e de igual modo na rede pública e privada.

Não houve identificação de fontes geradoras de ruídos de impacto, tendo em vista, a ausência

de maquinas que produzam essa emissão sonora nas salas de aula pesquisadas. Razão da não

medição do ruído de impacto na segunda fase de pesquisa.

Gráfico 13- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino

96,34% 96,97%87,88%

100,00% 100,00%92,08%

3,66% 3,03%12,12%

7,92%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fundamental Privado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)

Penosidade (Lavg dB(A) > 60)Fonte: Autor

Page 130: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

107

Gráfico 14- Salas de aula com insalubridade e/ou penosidade em relação a ruído por categoria de ensino

100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00%

7,92%12,12%

3,03%3,66%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Fundamental Privado

FundamentalPúblico

MédioPrivado

MédioPúblico

SuperiorPrivado

SuperiorPúblico

% d

e sa

las

de a

ula

Penosidade (Lavg dB(A) > 60) Insalubridade (Lavg dB(A) > 85)

Para que o professor apresente lesão auditiva por exposição ao ruído em níveis

insalubres, há necessidade deste profissional permanecer exposto à essa emissão sonora de

forma habitual e contínua, devendo esse som ser gerado dentro das salas de aula. Para que

haja a real condição de insalubridade se torna necessário que o ambiente não sofra

modificações e o numero de alunos permaneça o mesmo, ventiladores e ar refrigerados

também os mesmos e que haja a extensão de mais 4 horas de jornada na mesma instituição ou

em outra com as mesmas características de intensidade e freqüência dos sons emitidos, com

jornada total de 8 horas na sala de aula. Tabela 14 a 19.

Dentre todas as categorias de ensino, o menor valor encontrado para o Lavg foi 60,1

db(A), indicando, a presença da penosidade em todas as salas de aula, e o valor maior foi de

86,9 dB(A).

Os valores médios encontrados para o ruído apresentaram valores entre 73,4 e 80,5 com

coeficientes de variação abaixo de 10%, indicando pouca variabilidade em torno das médias

calculadas dentro das categorias de ensino (Tabela 20).

Page 131: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

108

Tabela 20 – Estatísticas descritivas do agente ruído por categoria de ensino

5.15 DOCUMENTOS

Os documentos apontados como instrumentos auxiliadores da pesquisa, como:

Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, Programa de Prevenção dos

Riscos Ambientais – PPRA, Laudo Técnico Coletivo Ambiental – LTCAT, Laudos

individuais e Laudos Periciais de processos judiciais com emissão de sentenças, não foram

apresentados por noventa e oito por cento das instituições e dois por cento apresentaram os

documentos mencionados, porém com descrição superficial sem medições qualitativas ou

quantitativas dos agentes nocivos.

O conteúdo apresentado por esses dois por centos, transcrevia na íntegra as

normas regulamentadoras sem realizar a aplicação prática e não descreviam dados técnicos

que pudessem promover o reconhecimento de fontes geradoras ou medidas de agentes

nocivos nas instituições pesquisadas.

Os resultados obtidos com a pesquisa em cada uma das instituições participantes,

serão apresentados e em breve as Instituições de Ensino que participaram da pesquisa.

Page 132: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

109

6. DISCUSSÕES E SUGESTÕES

A população estudada através de uma amostra composta por instituições de ensino

dos três níveis de ensino: fundamental, médio e superior da rede pública e privada no

município do Rio de Janeiro.

A pesquisa realizou avaliações para identificação da presença de risco

ocupacional e sua relação com as condições de trabalho dos professores que ali

desempenharam suas atividades. Essas atividades foram analisadas com a aplicação dos

mesmos critérios em todas as instituições participantes da amostra, com o objetivo de

identificar e analisar fontes emissoras de agentes nocivos e a implantação dos riscos

ocupacionais nos ambientes de trabalho dos professores, sendo os resultados trabalhados para

realização da classificação dos riscos não insalubres, insalubres, penosos ou periculosos, na

qual os professores estavam submetidos.

A primeira discussão recai no tamanho e forma de cálculo da população e

amostras estudadas na pesquisa. Para tal, a pesquisa utilizou estudo aplicado em sua primeira

fase em população intencional ou alvo, composta por 180 instituições de ensino e total de

1634 professores, tendo 596 professores do ensino fundamental, 510 professores do

médio e 528 do ensino superior, valores superiores ao cálculo para amostra aleatória

simples.

Se fosse calculada uma amostra aleatória simples, para as categorias de ensino

fundamental, médio e superior, com margem de erro de 5% para uma proporção de p=0,50 e

nível de confiança de 95%, com base na população de professores do município do Rio de

Janeiro partindo das publicações do IBGE (2007), a amostra mínima de professores deveria

ser composta por 380 participantes professores do ensino fundamental, 374 professores

do ensino médio e 377 participantes professores do ensino superior.

Page 133: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

110

O calculo da amostra aleatória simples está demonstrada no quadro a seguir: Quadro3 - Demonstrativo do cálculo da amostra aleatória simples Calculo tamanho da amostra AAS para proporção Fundamental Médio Superior Total N (Pop. Docentes) 31783 13452 20959 66194 Z (95%) 1,96 1,96 1,96 1,96 p (proporção) 0,5 0,5 0,5 0,5 q = 1-p 0,5 0,5 0,5 0,5 Erro 0,05 0,05 0,05 0,05 n0 384 384 384 384 n0/N 0,01 0,03 0,02 0,01 Tamanho da amostra 380 374 377 382 se <0,05 correção e uso n; caso contrário n0 Fonte: autor

A penosidade como condição pode ser conceituada com sentidos bem diversos:

para algumas pessoas como sentimento de sofrimento, independente da relação de dor, mas

para o aspecto de adoecimento é o desgaste físico e mental, que traduz o maior gasto

energético para o desempenho das tarefas do professor quando este não possui infra-estrutura,

como um transporte de equipamentos de forma manual ou iluminação adequada e outros

similares.

Na análise das atividades do professor, destacamos algumas situações que de

início parecem não contribuir de forma significativa no desgaste do profissional, no dia-a-dia

das tarefas, mas são somados como facilitadores, como a presença de equipamentos de

recursos audiovisuais, onde o gasto energético é reduzido, mas quando há ausência desses

equipamentos o esforço físico e mental do professor se torna maior, e deve ser reconhecido

como fator contributivo para a condição de penosidade com risco ocupacional à saúde do

professor.

A presença dos recursos audiovisuais é parte da condição penosa do professor

identificada nesta pesquisa. O maior destaque relacionada a penosidade não ambiente do

professor fica a cargo da temperatura ambiental e do ruído, que somados, trazem desgaste

físico e mental, incluindo a possibilidade de adoecimento do professor, principalmente com as

patologias da voz.

Page 134: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

111

Com os resultados obtidos, foi possível reconhecer a condição de penosidade em cem

por cento das salas de aula estudadas. A penosidade é conceituada como o desgaste físico e

mental do trabalhador no desempenho de suas funções. Nas atividades dos professores esse

desgaste foi identificado nas variáveis: ruído, temperatura, iluminação e taxa metabólica.

Esse gasto foi relacionado ao nível de desconforto acústico, desconforto térmico

e a inadequação da iluminação ambiental e algumas situações de insalubridade.

Os níveis de ruído com reverberação e mascaramento do som dificultam a

compreensão da comunicação oral entre o professor e os alunos, desencadeando desconforto e

desentendimento, geradores de “barreiras” ao processo de ensino-aprendizagem. A

identificação das fontes geradoras dos riscos ocupacionais e a relação entre os agentes nocivos

e as patologias que atingem os professores nos três níveis de ensino, confirmam o nexo causal

(positivo) entre esses agentes, sua concentração e o tipo de lesões decorrentes, que foram

anteriormente descritas e onde destacamos as doenças da voz do professor e a presença de

ruído – níveis elevados de pressão sonora em condição de penosidade em 100% das salas de

aula estudadas.

A condição de penosidade foi identificada nos três níveis de ensino e em

ambas as redes, pública e privada.

Todas as de salas de aula estudadas continham mais de 35 alunos, colaborando para a

condição de penosidade do professor. Sugerimos rigor no controle do número de alunos por

sala de aula.

Neste tópico, sugerimos a realização de pesquisas com foco na acústica, visando a

elaboração de projeto direcionado aos ambientes da sala de aula, e que os orgãos oficiais

tornem obrigatório a sua aplicação, por ocasião das reformas e construções de salas de aula,

reduzindo de forma significativa o sofrimento do professor e alunos e reduzindo gastos

desnecessários com tratamentos especializados e medicamentos.

Page 135: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

112

Sugestão de critérios de prevenção com orientação e fiscalização com base nos itens:

• Redução do número de alunos por sala de aula ou inclusão de professor auxiliar de

sala;

• Adequação acústica, térmica e de iluminação para as salas de aula;

• Inclusão de norma regulamentadora específica para o funcionamento adequado das

salas de aula das instituições de ensino público e privado. Tal norma deverá abranger

instituições em construção e adequação para as que estão em funcionamento;

Nos 2,85% das salas de aula que apresentaram temperaturas médias de 160C,

gerada por sistemas de climatização por ar-refrigerado de grande potência, os aparelhos

devem ser fiscalizados, para adequação da temperatura ambiental.

Os ambientes refrigerados na maioria do tempo mantêm baixas temperaturas. Essa

ação retira do meio ambiente a água, ressecando o ar e favorecendo as alterações do sistema

respiratório, somado ao fator da presença de contaminantes por fungos e bactérias, razão de

legislação específica, que obriga a higienização periódica dos aparelhos de ar refrigerados e

ductos condutores.

• Algumas pessoas nesse nível de temperatura apresentam agravamento de seus

quadros alérgicos;

• O ressecamento do nariz e boca induz ao desconforto dos professores, se esse nível de

refrigeração for constante e habitual, todos os dias de trabalho, e se estes professores

forem portadores de Síndrome de Raynaud, diabetes melitus, insuficiência

vascular periférica e doenças de mesmo padrão fisiopatológico, poderão

desenvolver agravamento de seus quadros.

• Piora das lesões vocais quando pré-existentes.

Apesar da presente pesquisa não contemplar a análise dos critérios ergonômicos e

de acessibilidade, a oportunidade de analisar as posturas e movimentos dos professores por

ocasião da realização da pesquisa, permitiu apontar algumas situações predominantes, que

merecem registro aqui e como sugestão devem merecer estudo mais detalhado no futuro.

Page 136: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

113

Essas observações são também consideradas condições penosas, mas não foram

objetivos traçados pela presente pesquisa.

Dentre as condições de penosidade decorrente da ação ergonômica na atividade do

professor apontamos:

• Posição do quadro negro em relação à tarefa de escrita do professor;

• Postura predominante de pé ou ortostatismo dos professores;

• Postura da cabeça dos professores na atividade da escrita no quadro negro.

O quadro negro ou branco, em 100% das salas de aula pesquisadas, encontrava-se

fixado à parede, não permitindo ajustes em sua altura do professor. Essa fixação traz prejuízo

aos professores por ocasião da realização da escrita no quadro. As medidas antropométricas

dos professores são diferentes, dentre elas a altura dos ombros. A linha dos ombros é o ponto

necessário para o ajustamento do quadro para escrita, que deverá ser móvel para ajustamentos

individuais. A possibilidade de ajustamento do quadro a altura do ombro de cada professor

reduzirá a evolução das lesões de ombro de muitos deles, iniciando ações de prevenção.

Grande parte da população possui alterações congênitas da forma do acrômio, ou

seja, osso que apóia a estrutura do ombro, e se houver movimentos dos membros superiores

em posição de elevação acima da linha dos ombros, permanecendo por alguns minutos ou

horas, ocorre compressão das estruturas moles em especial o músculo supra-espinhoso,

gerando dor e incapacidade funcional e conseqüente afastamento dos professores de suas

funções.

A lesão do músculo supra-espinhoso não pode ser causada pelo movimento ou

pela postura, mas pode ser agravada causando dor (BIGLIANI,1986).

Bigliani (1986) apresentou trabalho onde apresenta classificação do acrômio. Este

pode ser tipo I – plano, que traz a função do ombro dentro da normalidade; tipo II,

denominado de curvo e tipo III, chamado de ganchoso, o pior deles. Se o professor for

portador de acrômio tipo II e III , a posição do quadro negro em posição que induza a

escrita acima da linha dos ombros será um fator agravador na tarefa da escrita.

Page 137: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

114

A altura do ombro na população trabalhadora foi pesquisada por Couto et al.

(1999), podendo servir de linha de base para novos estudos.

Sugerimos estudo ergonômico dessas medidas, principalmente nos estados do sul

e do nordeste do Brasil, tendo em vista as caracteristicas populacionais diferentes de outros

estados, para a modificação adequada aos professores de cada região (COUTO,1999)

A cabeça dos professores por ocasião da escrita no quadro é projetada para trás, em

extensão, denominada de postura em extensão.

Essa ação contribui para a compressão de raízes nervosas da coluna vertebral, trazendo

quadros de parestesia de mãos, dores nos cotovelos e ombros, tonteiras ao movimentar a

cabeça. Com essa extensão de cabeça em tempo prolongado, o professor em traz diminuição

do espeço entre as vértebras, agravando a compressão das raízes que por ali passam.

Essa ação mecânica sobre as raízes traduz como resposta a diminuição da

sensibilidade, alterando a percepção tátil e relatada pelos professores como “sensação de

peso”, “formigamento”, “dor em queimação no pescoço e ombros” e “redução dos

movimentos”, incluindo aqui as mãos.

As alterações decorrentes dificultam a realização da escrita no quadro, correção de

trabalhos escolares e similares. Em alguns casos leva a modificação transitória da forma da

letra. Situação que merece estudos mais aprofundados, visando a redução desse impacto no

desempenho das tarefas dos professores.

Outro aspecto ergonômico observado por ocasião da pesquisa foi à permanência

da postura de pé ou ortostatismo prolongado, presente em 87% das salas de aula. O

ortostatismo prolongado foi considerado quando havia permanência por duas horas seguidas

com 15 minutos de intervalo e mais duas horas, promovendo o edema por ortostatismo e

conseqüente sobrecarga ao sistema de retorno venoso dos professores. Se os professores são

portadores de insuficiência venosa, diabetes melitus, hipertensão arterial, essa postura será

fator contribuinte para o agravamento de suas patologias. A postura em si não causa a doença,

mas agrava o quadro da mesma (MAFFEI, 2002)

Page 138: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

115

A sugestão de realização de pesquisa com medição dos produtos químicos

evaporados pelas canetas/marcador de quadro branco é necessária tendo em vista a

composição apontada na embalagem do produto.

Os resultados obtidos com a pesquisa apontaram os riscos ocupacionais aos quais os

professores estão expostos e poderão subsidiar as políticas públicas, no sentido de instalar

projetos de adequação acústica, térmica e de iluminação em caráter obrigatório,

acompanhando norma elaborada para esse fim e com aplicação na construção e reforma de

instituições de ensino, com previsão de autuações no seu descumprimento.

Page 139: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

116

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAÃO, Júlia. Ergonomia, modelos e técnicas. Brasília-DF, Universidade de Brasília,

1993.

ABRAMOVAY, Miriam et al. Violência nas Escolas. Brasília, UNESCO, 2002.

ALBERTS WM, do Pico GA. Reactive airways dysfunction syndrom. Chest; 109:1618, 1996.

ABREU et al. Stress ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da

psicologia. Brasília: UNISINOS - Centro de Ciências da Saúde - Núcleo de Neurociências,

2002.

ALEXANDRE, C.C.S. Qualidade do ar e a contribuição do sistema de ar-condicionado.

Revista Abrava, pp.28-31, dezembro, 1996.

ALPERT-GILLIS, L. J., PEDRO-CARROLL, J’ANNE L., & COWEN, E. L. (1989). The

Children of Divorce Intervention Program: development, implementation, and evaluation of a

program for young urban children. Journal of Consulting & Clinical Psychology, 57 (5), 583

-589, 1989.

AMADO, Elizabeth. O trabalho dos professores do ensino fundamental: uma abordagem

ergonômica. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2000. Dissertação.

AMEILLE J, PAIRON JC, BAYEUX MC, BROCHARD P, CHOUDAT D, CONSO F, et al.

Consequences of occupational asthma on employment and financial status: a follow-up study.

Eur Respir J;10(1):55-,1997 .

AMIEL, R.; MACEKRADJIAM, G. Quelques données épidemiologiques sur la

psychosociologie et la psychopathologie du monde enseignant. In: ESTEVE, José Manoel. O

Page 140: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

117

Mal-Estar Professor: a sala de aula e a saúde dos professores. 3. ed., Bauru: EDUSC.

Tradução Durley de Carvalho Cavicchia,1999.

AMORIM et al. Implicações do trabalho na saúde de professoras de ensino fundamental.

Goiânia, 2006. In: I Seminário Nacional de Trabalho e Gênero: Sessão Temática: Trabalho,

Gênero e Educação, 2006.

ANDERSON, J. A. D. Rheumatism in industry: a review. Industrial Medicine, 28:103-21,

1971. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de

trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

ANDRADE, Telma. Ansiedade e infecções cirúrgicas: Estudo de Corte Prospectivo em um

Hospital-Escola do Norte do Paraná. Ribeirão Preto: 1989, 137p. Dissertação (Mestrado) –

Universidade de São Paulo. In: BORSONELLO, Elizabeth C. A influência do afastamento

por acidente de trabalho sobre a ocorrência de transtornos psíquicos e somáticos. [SL]

Psicologia, Ciência e Profissão, 22(3), p. 32-7, 2002.

ANDRÉ, M.E.D.A. A pesquisa no cotidiano escolar, in Fazenda, I.(org.) Metodologia da

Pesquisa Educacional. São Paulo: Cortez Editora, 33-45, 1989.

ANTUNES, R. Fordismo, Toyotismo e Acumulação Flexível.In: Adeus ao trabalho?São

Paulo. Editora Univ. Estadual de Campinas, 1995

APPLE, M.W. Ideologia e Currículo. São Paulo, Ed. Brasiliense, 9-42 e 125-157, 1982.

___________ Educação e Poder. Porto Alegre: Artes Médicas, 55-107, 1985.

___________"Relações de classe e de gênero e modificações no processo de trabalho

docente." Cadernos de Pesquisa, São Paulo, nº 60, fev. 1987. pp. 3-14.

Page 141: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

118

ARAÚJO et al. Mal-estar docente: avaliação de condições de trabalho e saúde em uma

instituição de ensino superior. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 29, n. 1, p. 6-21, jan./jun.

2005.

ARIKEWUYO, M. Stress manencement strategies of Secondary School teachers in Nigeria.

Nigeria, Educational Research, v. 46, n. 2, Summer 2004

ARRAIS A. Doenças do nariz e seios paranasais. In: Prado FC, Ramos OL, Rothschild HA,

editores. Atualização terapêutica: manual prático de diagnóstico e tratamento. 19a ed. São

Paulo: Artes Médicas; p.1258-64,1999.

ARRUDA, M. Globalização e desenvolvimento comunitário autogestionário. In: Ensaio

escrito para a Rede de Ação Comunitária. Irlanda, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA (ABERGO). Disponível em:

<http://www.abergo.org.br>.

ATHAYDE, M, BARROS, M. E. B., BRITO, J. C. e NEVES, M. Y. (orgs.), Trabalhar na

escola? "Só inventando o prazer". Rio de Janeiro: Edições IPUB/CUCA., 2001.

BARDANA EJ. Occupational asthma and related respiratory disorders. Dis Month; 16:141.

1995.

BARROS, M. E. B. Articulações saúde-trabalho no campo da educação: os efeitos das

transformações contemporâneas do trabalho docente. Projeto de pesquisa de pós-doutorado.

Rio de Janeiro, FIOCRUZ. 2000.

BARROS, M. E. B. A transformação do cotidiano: vias de formação do educador: a

experiência da administração em Vitória/ES (1989-1992). Vitória: EDUFES, 1997.

Page 142: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

119

BASSO, I.S. e MAZZEU, F.J.C. "Formação de professores: Contribuições da perspectiva

histórico-social." Anais. Simpósio Formação de Professores: Tendências Atuais. São Carlos,

UFSCar,1995.

BASTOS, Lília da R. et al. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa,

teses e dissertações. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1979.

BATES, J. E., MARVINNEY, D., KELLY, T.; DODGE, K. A., BENNETT, D. S., &

PETTIT, G. S. Child care history and kindergarten adjustment. Developmental Psychology,

30 (5), 690-700, 1994.

BATISTA, Anália S.; ODELIUS, Catarina C. Gestão democrática nas escolas e burnout nos

professores. 1 ed. Petrópolis - Brasília: Vozes - CNTE, UnB, 1999, v. 1, p. 333-337, 1999.

BAYKES, M. Professional ethics. Belmont: Wadsworth: , 1991, p 60-125, 1991.

BERNSTEIN IL, CHAN-YEUNG M, MALO JL, BERNSTEIN DI. Definition and

classification of asthma. In: Bernstein IL, Chan-Yeung M, Malo JL, Bernstein DI, editors.

Asthma in the workplace. 2nd ed.New York: Marcel Dekker;.4, 1993.

___________,I. L.; BERNSTEIN, J. A. A novel case of mealworm-induced occupational

rhinitis in a school teacher. Allergy Asthma Proc. jan-feb;23(1):41-4, University of Cincinnati

College of Medicine. Cincinnati - USA, 2002.

BOLFARINE, HELENO. Elementos de amostragem. São Paulo: Edgar Blücher, p. 6-9, 2005.

BONANNO, G. A., & KALTMAN, S.. Toward an integrative perspective on bereavement.

Psychological Bulletin, 125 (6), 760-776, 1999.

________________The crucial importance of empirical evidence in the development of

bereavement theory: reply to Archer. Psychological Bulletin, 127 (4), 561-564, 2001.

Page 143: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

120

BIGLIANI L.U., MORRISON D., APRIL E.W.: The morphology of the acromion and its

relationship to rotator cuff tear. Orthopaedic Trans 10: 228, 1986.

BONOMO, I. Reumatismo e sua importância econômico-social na comunidade brasileira.

Saúde Ocupacional, 10(1): 27-9, 1975. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da

ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26,

1988.

BORSONELLO, Elizabeth C. A influência do afastamento por acidente de trabalho sobre a

ocorrência de transtornos psíquicos e somáticos. [SL] Psicologia, Ciência e Profissão, 22(3),

p. 32-7, 2002.

BOULET LP. Increases in airway responsiveness following acute exposure to respiratory

irritants.Reactive airway dysfunction syndrome or occupational asthma? Chest, 94:476, 1998.

BOURDIEU, P. & PASSERON, J.S. "Eliminação e seleção" in A reprodução: elementos

para uma teoria de ensino. Rio de Janeiro: Ed. Francisco Alves, 151-185, 1975.

BUENO, G. J. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a

formação de professores: generalista ou especialista? Revista Brasileira de Educação Especial,

Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, 1999.

BURGE PS. Single and serial measurements of lung function in the diagnosis of

occupational asthma. Eur J Respir Dis Suppl.;123:47-59, 1982

_________, MOSCATO G. Physiological assessment: serial measurements of lung function.

In: Bernstein IL, Chan-Yeung M, Malo JL, Bernstein DI, editors. Asthma in the workplace

2nd ed. New York: Marcel Dekker; p. 193-210,1999.

Page 144: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

121

BRANDOLT, Paulo Ricardo de Mendonça. Universidade Federal de Santa Catarina. Processo

de Trabalho e Saúde do Professor do Ensino Médio: Uma Abordagem Ergonômica, 2006.

Doutorado.

BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da

Educação Nacional. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília- DF, n. 248,

23 dez. Seção 1. 1996.

________. Ministério do Trabalho. Secretaria de Políticas de Emprego e Salário.

Classificação Brasileira de Ocupação. 2 ed. Brasília, 1994.

________. Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos

para os serviços de saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde;. p.310- 62. [Série A. Normas e

Manuais Técnicos, 114]., 2001

________. Ministério do Trabalho e Emprego – Classificação Brasileira de Ocupações

.www.mte.gov.br

________.Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977

________.Normas Regulamentadoras – Portaria 3214 de 08 de julho de 1978.

________.Constituição Federal de 1988

________.Ministério da Previdência e Assistência Social- Lei 8213 de 24 de julho de 1991

atualizada em dezembro de 2006.

________.Decreto 3048 de 06 de maio de 1999, atualizado em fevereiro de 2007.

_______.Instrução Normativa INSS/PRES n 0 11 de 20 de setembro de 2006.

Page 145: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

122

_______ Instrução Normativa INSS/PRES n 0 15 de 15 de março de 2007.

_______Instrução Normativa INSS/PRES n 0 16 de 27 de março de 2007.

_______ Instrução Normativa INSS/PRES n 0 17 de 09 de abril de 2007.

_______ Ministério da Justiça. Lei 8112 de maio de 1990.

_______Emenda Constitucional 15 de dezembro de 1998.

BRAUN, Patrícia. Análise Experimental dos Efeitos de um Programa Instrucional sobre

Autocontrole para Professoras da Educação Infantil e do Ensino Fundamental. Rio de Janeiro:

UERJ, 2004, Programa de Pós-graduação em Educação, Faculdade de Educação,

Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004. Dissertação.

BRITO, Jussara et al. Trabalhar na Escola? “Só inventando o prazer”. Rio de Janeiro: IPUB,

2001.

_________J.C. Saúde, trabalho e modos sexuados de viver. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1999.

_________, J. C. et al, Projeto Integrado de Pesquisa: A escola pública: uma análise das

dimensões de gênero, saúde e trabalho. Rio de Janeiro: CESTEH/FIOCRUZ.,1999.

_________.J.C. Projeto de Pesquisa: Relações de gênero, precarização do trabalho e

saúde.Rio de Janeiro: CESTEH/FIOCRUZ, ,2000.

_________J. C., ATHAYDE, M. e NEVES, M.Y. (orgs). Saúde e Trabalho na Escola. Rio de

Janeiro: CESTEH/ENSP/FIOCRUZ, 1998.

Page 146: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

123

_________,J. C., PORTO, M. F. S.,. Processo de trabalho, riscos e cargas à saúde. Programa

do Curso Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, ENSP/Fundação Oswaldo Cruz, Mimeo.

1991

BROOKS SM. Reactive airways syndrome. J Occup Health Safety Aust NZ; 8:215, 1992.

___________ BERNSTEIN IL. Reactive airways dysfunction syndrome or irritant-induced

asthma. In: Chan-Yeung M, Brooks SM, Alberts WM, et al. Assessment of asthma in the

workplace. Chest 108:108, 1995.

___________WEISS MA, BERNSTEIN I.L. Reactive airways dysfunction syndrome

(RADS).Persistent asthma syndrome after high-level irritant exposures. Chest 88:376, 1985.

CABRERA, B. e JIMÉNEZ, Marta, J. "Quem são e que fazem os docentes? Sobre o

"conhecimento" sociológico do professorado." Teoria & Educação, Porto Alegre, nº 4, pp.

190-214, 1991.

CANGUILHEM, G. , O Normal e o patológico. 5ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Caponi, S.,1997. Gerges Canguilhem y el estatuto epistemológico del concepto de salud.

Revista História, Ciência, Saúde, v.4, jul./out, 2000.

CAPLAN, M., WEISSBERG, R. P., GROBER, J. S., SIVO, P. J., GRADY, K., & JACOBY,

C. Social competence promotion with inner-city and suburban young adolescents: effects on

social adjustment and alcohol use. Journal of Consulting & Clinical Psychology, 60 (1), 56-

63, 1992.

CARLOTTO M. S.; PALAZZO L. S. Síndrome de Burnout e fatores associados: um estudo

epidemiológico com professores. Canoas: Universidade Luterana do Brasil, 2006.

_______________. Síndrome de Burnout e gênero e os docentes de instituições particulares

de ensino. Revista de Psicologia da UnC, v. 1, n. 1, p. 15-23, 2003.

Page 147: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

124

_______________; CAMARA, G. S. Análise fatorial do Maslach Burnout Inventory (MBI)

em uma amostra de professores de instituições particulares. Psicologia em Estudo, Maringá,

v. 9, n. 3, p. 499-505, set/dez. 2004.

CARNEIRO, M. C. B. G. Um estudo de morbidade entre professores no município de Rio

Claro-SP. Monografia de Licenciatura em Pedagogia, Departamento de Educação, Inst. de

Biociências/UNESP. Rio Claro, In: PENTEADO, Regina Z.; PEREIRA, Isabel Maria T. B. A

voz do professor: relações entre trabalho, saúde e qualidade de vida. Revista Brasileira de

Saúde Ocupacional, nº 95/96, vol. 25, p. 109 – 128, 1997.

CARNEIRO, S. R. M.; COUTO, H. A. Os prejuízos das LER para a empresa: uma

quantificação em estabelecimento bancário. Revista Proteção, outubro, 1997.

CESTEH/ENSP, Política Nacional de Saúde do Trabalhador: Análises e Perspectivas. Rio de

Janeiro: Mimeo, 1986.

CHAN-YEUNG M. Assessment of asthma in the workplace. ACCP consensus statement.

American College of Chest Physicians. Chest.;108(4):1084-11723,1995

_______________, MALO JL. Occupational asthma. N Engl J Med.;333(2):107-12 ,1995

________________MALO JL, TARLO SM, BERNSTEIN L, GAUTRIN D, MAPP C,

NEWMAN-TAYLOR A, SWANSON MC, PERRAULT G, JAQUES L, BLANC PD,

VANDENPLAS O, CARTIER A, BECKLAKE MR; American Thoracic Society.

Proceedings of the First Jack Pepys Occupational Asthma Symposium. Am J Respir Crit Care

Med.;167(3):450-71, 2003.

______________ASHLEY MJ, COREY P ET AL. A respiratory survey of cedar mill

workers: I. Prevalence of symptoms and pulmonary function abnormalities. J Occup Med ;

20:323, 1978.

Page 148: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

125

_______________MALO JL. Aetiological agents in occupational asthma. Eur Respir J;

7:346, 1994.

CHRISTIANI DC, MALO JL. Upper airways involvement. In: Bernstein IL, Chan-Yeun M,

Malo JL, Bernstei DI, editors. Asthma in the workplace. 2nd ed. New York: Marcel Dekker;.

p.331-9,1999.

CLARO, S. et. al. Mental health status of teachers in 12 schools of Puente Alto, Santiago,

Chile. Rev Med Chil, 131(2), p. 159-67, 2003.

CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA INTERNACIONAL DE DOENÇAS E PROBLEMAS

RELACIONADOS À SAÚDE (CID-10). Tradução Centro Colaborador da OMS para a

Classificação de Doenças em Português. 9 ed. São Paulo: Editora da Universidade de São

Paulo, 2003. CODO, W. (Coord.) Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 1999.

CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÃO. MINISTERIO DO TRABALHO E

EMPREGO. Publicação Imprensa Nacional Brasília. 2002.

CODO W, JACQUES MG. Introdução: uma urgência, uma busca, uma ética. In: Jacques MG,

Codo W, organizadores. Saúde mental & trabalho: leituras. Petrópolis: Vozes; p.17-28. 2002.

___________ (Coord.). Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, p. 432. 1999.

COELHO, M.J.A.D., ALMEIDA FILHO, N. Normal e Patológico, Saúde-Doença:

Revisitando Canguilhem. In: Physis: Revista de Saúde Coletiva. Vol.9. n.1. Rio de Janeiro:

UERJ/ IMS,1999.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO (CNTE).

Entenda as Razões da Aposentadoria aos 25 E 30 Anos para Professoras e Professores da

Page 149: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

126

Educação Básica. Brasília, 28 de abril de 2003. Disponível em:

http://www.cnte.org.br/previdencia/entenda.htm. Acesso em: 13 jul 2003.

CONSENSO NACIONALSOBRE VOZ PROFISSIONAL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DE OTORRINOLARINGOLOGIA E CIRURGIA CRANIO FACIAL – ABORL-CCF-

CONGRESSO BRASILEIRO 2004.

COLANGELO, T. M. Teacher stress and Burnout and the role of physical activity and parent

involvement. Connecticut State University - New Britain, 2004. Dissertação.

CORREA, F. P. Carga mental e ergonomia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa

Catarina, 2003. Dissertação.

CORREA, S. A.; MENEZES, J. R. Stress e trabalho. Santa Catarina: Faculdade Estácio de Sá,

2002. Monografia (Pós-Graduação).

COSTA, A. B. E. B. Auto-eficácia e Burnout. Revista Eletrônica Interação-Psy, ano 1, n. 1, p.

34-67, ago. 2003. CROOM, B.; MOORE G. The relationship between teacher burnout and

student misbehavior. Journal of Southern Agricultural Education Research, v. 53, n. 1, 2003.

COSTA NETO, PEDRO LUÍS DE OLIVEIRA. Estatística. São Paulo: Edgar Blücher, p. 43-44, 1977.

COUTO, H. A. et al. Como gerenciar a questão das LER/DORT: lesões por esforço

repetitivo, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Belo Horizonte: ERGO, 1998.

COUTO,H.A. Ergonomia aplicada ao trabalho – O manual técnico da máquina humana .MG-

Belo Horizonte. Ergo Editora.1999.

CUNHA, Maria I. "A prática pedagógica do "bom professor": Influências na sua educação."

Campinas, Unicamp, tese de doutorado, 1988.

Page 150: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

127

DAGOSTIN et al. Mapas cognitivos como suporte para programas de capacitação: um estudo

de caso com base na análise ergonômica das atividades. Florianópolis: Universidade Federal

de Santa Catarina, 2003. Dissertação

DANIELOU, F., El análisis del trabajo? Criterios de salud, criterios de eficácia económica.

In: Ergonomia: conceptos y métodos (Juan José Castillo & Jesús Villena, editores), pp 197-

210, Madrid : Editorial Complutense S. A . 1998.

DANIELLOU, F., LAVILLE, A. e TEIGER, C. Ficção e realidade do trabalho operário.

Revista Brasileira de Saúde Ocupacional. Nº 17- outubro, novembro, dezembro, 1999.

DEIANOV, K. et al. Chronic occupational stress and the cardiovascular risk in teachers.

Probl Khig, v. 20, p. 81- 90. Sofia, Bulgária,1995.

DEJOURS, Cristophe. Por um novo conceito de saúde. Revista Brasileira de Saúde

Ocupacional, 54, 14:7-11, 1986. In: BRITO, Jussara. Saúde, trabalho e modos sexuados de

viver. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1999.

_________ . A loucura do trabalho. São Paulo: Cortez, 1992.

_________, Cristophe et al. Psicodinâmica do Trabalho: contribuições da escola dejouriana à

análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo: Atlas, 1990.

__________O fator humano. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.

DELCOR, N. S. Condições de trabalho e saúde dos professores da rede particular de ensino

em Vitória da Conquista, BA. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2004. Dissertação.

_________, Araújo TM, Reis EJFB, Porto LA, Carvalho FM, Silva MO, et al. Condições de

trabalho e saúde dos professores da rede particular de ensino de Vitória da Conquista, Bahia,

Brasil. Cad Saúde Pública. 20:187-96, 2004;

Page 151: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

128

DELGADO, B. D. Introdución al síndrome de Burnout em professores y maestros y su

abordaje terapêutico. Espanhã: Universidade de Leon. 1995.

DELLA GIUSTINA TBA, PEREIRA MRG, COSTA EA, SELIGMAN J, IBANEZ RN,

NUDELMANN A. Guia das doenças ocupacionais otorrinolaringológicas. Rev Bras

Otorrinolaringol Supl Cad Debates [periódico na Internet] 2003 [cited Jan 2];69(1):1-

24,2004.

DE LONGIS, A., FOLKMAN, S., & LAZARUS, R. S. The impact of daily stress on health

and mood: psychological and social resources as mediators. Journal of Personality and Social

Psychology, 54, 486-493,1988.

DE MULDER, E. K, DENHAM, S., SCHMIDT, M., & MITCHELL, J. Q-sort assessment of

attachment security during the preschool years: links from home to school. Developmental

Psychology, 36 (2), 274-282, 2000.

DIAS MA, SHUSTERMAN D, KESAVANATHAN J, SWIFT DL, BASCOM R. Upper

airway diagnostic methods. In: Harber P, Schenker MB, Balmes JR, editors. Occupational and

environmental respiratory disease. St Louis: Mosby-Yearbook;.p.67-89, 1995.

DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

DORMANN C. e ZAPF D. Customer-related social stressors and burnout. Journal of

Occupational Health Psychology; 9(1): 61-82, 2004.

DOSMAN, J. A. et al. Chronic bronchitis and decreased forced expiratory flow rates in

lifetime nonsmokers grain workers. Reviewed American, 121(1):11-6, 1980. In:

DUARTE, N. A individualidade para si. Campinas, Autores Associados, 1993.

Page 152: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

129

DUL, Jan. WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia Prática. São Paulo: Edgard Blucher,

1995. tradução Itiro Iida.

DUTRA, A . R. A. ; FRANCO; E.M et al. Avaliação do conforto ambiental numa sala de

estudo. In: Anais do II Congresso Latino Americano e VI Seminário Brasileiro de

Ergonomia/Abergo, Fpolis, outubro de 1993.

DWORKIN et al. Teacher Burnout and perception of a democratic school environment.

International Education Journal, v. 4, n. 2, 2003. ELVIRA, J. A. M; CABRERA, J. H. Estrés

y burnout em professors. International Journal of Clinical and Health Psychology, v. 4, n. 3, p.

597-621, 2004.

ENCYCLOPEDIA MEDICAL CHIRURGICAL Pathologie du travail. intoxictions e

maladies por agents physiques e quimics – Paus –Ed.Tecniques S.A. 2003.

ELLIOT, J. B., & DUPUIS, M. M. Young adult literacy in the classroom. Reading it, teaching

it, loving it. Newark: Delaware, 2002.

ENGUITA, M.F. A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1989.

_____________. "A ambigüidade da docência: Entre o profissionalismo e a proletarização."

Teoria & Educação, Porto Alegre, nº 4, 1991, pp. 41-61, 1989.

ESTERHUIZEN TM, HNIZDO E, REES D, LALLOO UG, KIELKOWSKI D, VAN

SCHALKWYK EM, et al. Occupational respiratory diseases in South Africa results from

SORDSA, 1997-1999. S Afr Med J.;91(6):502-8, 2001.

ESTEVE, José Manoel. O Mal-Estar Professor: a sala de aula e a saúde dos professores. 3.

ed., Bauru: EDUSC, Tradução Durley de Carvalho Cavicchia. 1999.

Page 153: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

130

FABBRI LM, MAESTRELLI P, SAETTA M, MAPP CM. Mechanisms of occupational

asthma. Clin Exp Allergy;24(7):628-35,1994.

FARBER B. Treatment strategies for different types of burnout.J. Clin Psychol/In Session;

56: 675-689, 2000.

FERENHOF, I. Burnout em professores. Revista Científica Avaliação e Mudanças, São

Paulo, v. 4, n. 1, p. 131-151, 2002.

FERNANDES, Francisco C. Análise de vulnerabilidade como ferramenta gerencial em saúde

ocupacional e segurança do trabalho. Florianópolis-SC: UFSC, 2000. 79 - Programa de Pós-

Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal De Santa Catarina, 2000.

Dissertação.

FERREIRA, Leslie P. et al. Condições de produção vocal de professores da Prefeitura do

Município de são Paulo. São Paulo, Distúrbio, 14(2): 275-307, 2003.

FIALHO, Francisco; SANTOS, Neri dos. Manual de Análise Ergonômica no Trabalho. 2 ed.

Curitiba: Gênesis, 1997.

FILHO, C. O.; NAUJORKS, M. I. O professor de medicina da UFSM no contexto do mal-

estar docente. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 29, n. 1, jan/abr.

2005.

FORLIN, Chris. Inclusion: identifying potential stressrs for regular class teacher. School of

Education, Edith Cowan University, Tallahassee-Flórida, 2001.

FOUCAULT, M. ,. Microfísica do poder. Rio de Janeiro:Graal, 1982.

FREITAS, L.C. A dialética da eliminação no processo seletivo. Revista Educação &

Sociedade, 39, Campinas: Papirus, pp.265-285,1991.

Page 154: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

131

FRIGOTTO, G.,. Reformas educativas e o retrocesso democrático no Brasil nos anos 90. In:

Os professores e a reinvenção da escola:Brasil e Espanhã (Célia Linhares,org.),São Paulo:

Corte., 2001.

FUNG et al. Teacher expectation of higher disciplinary problems and stress among Hong

Kong Secondary School Teachers. Educational Research Journal, v. 18, n. 1, p. 41-55, 2003.

GAJARDO, M. Reformas Educativas en América Latina: Balance de uma década. In:

Programa de Promócion de la Reforma Educativa em América Latina y el Caribe Partnership

for Educational Revitalization in the Américas. Nº15. Santiago, 1999.

GASPARINE, S. M.; BARRETO, S. M.; ASSUNÇÃO, A. A. O professor, as condições de

trabalho e os efeitos sobre sua saúde. Educação e pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 189-100,

maio/ago, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br>.

GERGES, S. N.Y. Ruídos: Fundamentos e Controle. Florianópolis, UFSC, 1992.

_______________. Ruído: efeitos nocivos. Proteção, pp. 56-67, julho/1997.

______________ Ruido Fundamentos e Controle. Florianópolis, UFSC, 2000.

.

GIBSON PG, ZLATIC K, SEWELL W, WOLLEY K, SALTOS N. Gene expression for GM-

CSF and IL-5 in asthma and chronic cough. Am J Resp Crit Care Med; 151:A779, 1995.

GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

GILLMORE, G. M., & GREENWALD, A. G. Using statistical adjustment to reduce biases in

student ratings. American Psychologist, 54 (7), 518-519, 1999.

GIROUX, H. Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis: Ed. Vozes, 1983.

Page 155: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

132

GOLDIM JR. Ética na pesquisa em saúde. Revista HCPA;13(2):107-111, 1993.

GOMEZ. Carlos; COSTA, Sônia. A Construção do Campo da Saúde do Trabalhador:

percurso e dilemas. Cadernos de Saúde Pública, 13 (Supl. 2): 21-32, 1997.

GOMES, Luciana. Trabalho multifacetado de professores/as: a saúde entre limites. Rio de

Janeiro: FIOCRUZ, 2002. 113 pEscola Nacional de Saúde Pública, Centro de Estudos de

Saúde do trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), Fundação Oswaldo Cruz, Rio de

Janeiro, 2002. . Dissertação .

GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Tradução de João

Pedro Stein, Porto Alegre: Bookman , 1998.

GRIVA K. e JOEKES K. UK teachers under stress: can we predict wellness on the basis of

characteristics of the teaching job? Psychology and Health; 18(4): 457-471,.2003.

GUÉRIN, F., LAVILLE, A., DANIELLOU, F., DURAFFOURG e J, KERGUELEN, A.

Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. São Paulo: Editora

Edgard Blücher Ltda, 2001.

HABERMAN, Teacher Burnout in black and white. University of Wisconsin – Milwaukee,

2004. Hendry, L. CBC Montereal – Montereal Matters 2006: Disponível em:

http://www.cbc.ca/monterealmatters/media/oct4.html>

HAHN, CHUN-SHIN; DIPIETRO, J. A. In vitro fertilization and the family: quality of

parenting, family functioning, and child psychosocial adjustment. Developmental Psychology,

37 (1), 37-48, 2001.

HECKERT, A. L. ; ARAGÃO, E. ; BARROS, M. E. B., OLIVEIRA, S.,. A dimensão

coletiva da saúde: uma análise das articulações entre gestão administrativa-saúde dos

docentes, a experiência de Vitória. In: Trabalhar na escola? Só inventando o prazer" (Milton

Page 156: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

133

Athayde, Mª Elizabeth Barros, Jussara Brito e Mary Yale, orgs.), pp 123-162, Rio de Janeiro:

Edições IPUB/ CUCA, 2001.

HELLER, A. O cotidiano e a história. 4ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1992.

HESPANHOL, A. Burnout e stress ocupacional. Revista Portuguesa de Psicossomática. v. 7,

n. 1-2, jan/dez. 2005.

HILLERT, A. et al. Psychosomatic disease in female teachers: social context, contents and

perspectives of inpatient treatment with a goal of rehabilitation and return to work.

Psychother Psychosom Med Psychol., sep-oct;49(9-10):375-80, Prien am Chiemsee,

Germany, 1999.

HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio Moral: a violência perversa no cotidiano. 3. ed. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 2002a. Tradução Maria Helena Kühner.

______. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,

2002b. Tradução Rejane Janowitzer.

.

HOUAISS, A., VILLAR, M. DE S., & FRANCO, F. M. Dicionário Houaiss da Língua

Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

IDOL, Lorna. Key questions related to building collaborative and inclusive schools. Journal

of Learning Disabilities. Austin-TX, v.30, July/Aug. 1997

IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher Ldta, 1992.

INTERNATIONAL LABOUR OFFICE-ILO. Encyclopaedia Of Occupational Health and

Safety. 4th ed. Geneva: ILO; 1998.

Page 157: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

134

IRAM, J. M., & COLE, D. A. Self-perceived competence and the relation between life events

and depressive symptoms in adolescence: mediator or moderator? Journal of Abnormal

Psychology, 109 (4), 753-760, 2000.

ISO 6241 Performance Standards in building – Principles for their preparation and factors to

be considered (Normalização e Desempenho dos Edifícios. Princípios de sua preparação e

fatores a serem considerados). 1984

JANA, L. Stress at work: A study of organizational-professional conflict and unmet

expectations, v. 57, n. 3, 2002.

JANG, J. H.; KATO, A.; MACHIDA, K.; NAOI, K.; J. ELECTROCHEM. Soc. 153, A321,

2006.

JONSDOTTIR V., BOYLE B., MARTIN P. e SIGURDARDOTTIR G. A comparison of the

occurrence and nature of vocal symptoms in two groups of Icelandic teachers. Log Phon

Vocol; 27: 98-105, 2002.

KANERVA L, VAHERI E. Occupational allergic rhinitis in Finland. Int Arch Occup Environ

Health.;64(8):565-8, 1993.

KASL, S. V.; COBB, S. Blood pressure changes in men undergoing job loss: a preliminary

report. Psychosomatic Medicine, 2: 19-38, 1970. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos

da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26,

1988.

KERGOAT, DLuttes ouvrières et relation de Sexe : de la construction du Subject Collectif.

Paris: GEGISST-CNRS , 1989.

KNOPLICH, J. A importância das dores na coluna na prática médica e na indústria. Revista

Brasileira de Saúde Ocupacional, 9(36): 71-4, 1981. In: MENDES, René. O impacto dos

Page 158: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

135

efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo,

22(4):311-26, 1988.

KOGEVINAS M, ANTO JM, SUNYER J et al. Occupational asthma in Europe and other

industrialized areas: a population-based study. Lancet 353:1750, 1999.

___________ANTO JM, SUNYER J, TOBIAS A, KROMHOUT H, BURNEY P.

Occupational asthma in Europe and other industrialised areas: a population-based study.

European Community Respiratory Health Survey Study Group. Lancet. 353(9166):1750-

4, 1999.

KOHEN J. La problemática del trabajo infantil y docente en el contexto de las nuevas

vulnerabilidades. Del impacto negativo en la salud a la búsqueda de procesos saludables. Tese

de graduação, Faculdade de Psicologia, Universidade Nacional de Rosário (Argentina). ,2004

KONGERUD J, BOE J, SOYSETH V, NAALSUND A, MAGNUS P. Aluminium potroom

asthma: the Norwegian experience. Eur Respir J; 7:165, 1994.

KOSZTYLA-HOJNA B., ROGOWSKI M., PEPIÑSKI W. y LOBACZUKSITNI A; An

analysis of occupational dysphonia diagnosed in the North-East of Poland. International

Journal of Occupational Medicine and Environmental Health; 17(2): 273-278,2004.

KRAMER, S. e ANDRÉ, M.E.D.A. "Alfabetização: Um estudo sobre professores das

camadas populares." Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, nº 151, set./dez. vol.

65, pp. 523-537,1984.

KYRIACOU, C.; CHIEN, P. Teacher stress in Taiwanese primary schools. University of

York, Department of Educational Studies National, College for School Leadership, 2003.

LACAZ, F. A.. Saúde dos Trabalhadores: cenários e desafios. Rio de Janeiro: Cadernos de

Saúde Pública, vol. 13, suplemento 2, 1997.

Page 159: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

136

___________Saúde do Trabalhador: um estudo sobre as formações discursivas da academia,

dos serviços e do Movimento Sindical. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de

Campinas: Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva,1996.

LA GRECA, A. M., SILVERMAN, W. K., & WASSERSTEIN, S. B. Children’s predisaster

functioning as a predictor of posttraumatic stress following Hurricane Andrew. Journal of

Consulting & Clinical Psychology, 66 (6), 883-892.,1998.

LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.R. Eficiência energética na arquitetura. São

Paulo: PW, 1997.

_________, R.; Conforto Térmico. Florianópolis, UFSC, 1994 (notas de aula).

LAN OSASUNA La revista sobre salud laboral del Stee-eilas nº1. Febrero. http://stee-

eilas.ehu.es/gastelaniaz/lanosasuna.html . 2005

LAUAR, E. D. et al. Implantação de programa de Saúde Ocupacional no ambulatório do

Hospital das Clínicas da UFMG. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 12(48):71-4, 1984.

In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores.

Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

LAURELL, A. C. e NORIEGA, M.,. Processo de produção e saúde. São Paulo: Hucitec.

1989.

________, A. C.,. Processo de Trabalho e Saúde. Revista Saúde em Debate nº 11. Rio de

Janeiro: Ed. Muro.,1981.

LAVILLE, A. Ergonomia. São Paulo: EPU, 1977.

LAZARUS, R. S.. Psychological stress and the coping process. New York: McGRaw Hill,

1966.

Page 160: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

137

______________Thoughts and the relation between emotion and cognition. American

Psychologist, 37, 1019- 1024. ,1982.

LEFEBVRE, H. (Lógica Formal/Lógica Dialética. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira

S.A.,1979

.LEMIÈRE C, EFTHIMIADIS A, HARGREAVE FE. Occupational eosinophilic bronchitis

without asthma: an unknow occupational airway disease. J Allergy Clin Immunol; 100:852,

1997.

_________Cartier A, Dolovich J, Chan-Yeung M, Grammer L, Ghezzo H, et al. Outcome of

specific bronchial responsiveness to occupational agents after removal from exposure. Am J

Respir Crit Care Med. 154(2 Pt 1):329-33., 1996.

LEMOS C. J. Cargas psíquicas no trabalho e processos de saúde em professores

universitários. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. Tese.

LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa, Horizonte, 1978.

.LEROYER C, PERFETTI L, CARTIER A, MALO JL. Can reactive airway dysfunction

syndrome (RADS) transform into occupational asthma due to sensitisation to isocyanates?

Thorax; 53:152,1998

LEVI, L. Work, stress and health. Scand. J. Wk Environ. Hlth, 10:495-500, 1984. In:

MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista

Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

LLOBET, C. V., 2000. Mujer y Salud Laboral. In: STEE-EILAS. Lan Osasuna. Nº 1.

Febrero, 2000. [Revista sobre salud laboral del Stee-eilas]. Disponível na internet via

Page 161: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

138

www:<url:http://stee-eilas.ehu.es/gastelaniaz/lanosasuna.html> Arquivo capturado em abril

de 2000.

LIMA, F. Fatores contribuintes para o afastamento dos professores dos seus postos de

trabalho, atuantes em escolas públicas municipais localizadas na Região Sudeste. Rio de

Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2004. Dissertação.

LIMA, Mônica A. O mal-estar professor e o trabalho do professor: algumas contribuições da

psicanálise. In: PAIVA, Edil V. de (Org.) Pesquisando a formação de professores. Rio de

Janeiro: DP&A, 2003.

LIMA, R. O Professor e o stress. Revista Universidade e Sociedade, ano 13, n. 17, 1998. LIPP

et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002. LIPP et al. O stress no Brasil: pesquisas

avançadas. Papirus, 2004.

LIMA, Sumérica. Formação em serviço de professores para a solução de questões de

indisciplina escolar nas quatro primeiras séries do ensino fundamental: uma abordagem de

pesquisa-ação. Rio de Janeiro: UERJ, 2004. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-

graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,

Rio de Janeiro, 2004.

LIPP, Marilda. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.

______, M. Pesquisas sobre stress no Brasil: saúde ocupações e grupos de risco. Campinas:

Papirus. ,1996.

______, M., O stress do professor. Campinas: Papirus. 2002.

LOPES, S. C., GASPARIM, J. L. Violência e conflitos na escola: desafios à prática docente.

Acta Scientiarum Human and Social Science, Maringá, v. 25, n. 2, p. 295-304, 2003.

Page 162: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

139

LOPES NETTO, A. Contribuições para a construção da Engenharia de Segurança npo Brasil-

Coletania de textos. CREA-RJ publicação comemorativa de 70 anos do CREA-RJ – issn 85-

88204-12-6

MACKINNON-LEWIS, C., VOLLING, B. L., LAMB, M. E.; DECHMAN, K., RABINER,

D., & CURTNER, M. E. A cross-contextual analysis of boys’ social competence: from family

to school. Developmental Psychology, 30 (3), 325-333. ,1994.

MADAZIO V.L, BERNINI C.I, SAMAR P.R, FERNANDES P.B,AZEVEDO T.R.

Avaliação do conforto térmico de uma sala de aula – Fortaleza. Publicação do Departamento

de Climatologia e Biogeografia USP- Serie TA- Texto 013-2004.

MAFFEI , H. Doenças vasculares periféricas- Ortostatismo prolongado. Rio de Janeiro. Ed.

Medsi. 2002.

MALAGRIS, Lúcia E. N. O professor, o aluno com distúrbios de conduta. In: LIPP, Marilda

(Org). O stress do professor. Campinas-SP: Papirus, 2002 .

___________________. Burnout: o profissional em chamas. In: NUNES SOBRINHO, F. P.;

NASSARALLA, I. (Org.) Pedagogia institucional: fatores humanos nas organizações. Rio de

Janeiro: Zit Editores, 2004

Malo JL, Ghezzo H, D’Aquino C, L’Archeveque J, Cartier A, Chab-Yeung M. Natural history

of occupational asthma: Relevance of type of agent and other factors in the rate of

development of symptoms in affected subjects. J Allergy Clin Immunol; 90:937. 1992.

__________, L'Archeveque J, Lagier F, Perrin B, Cartier A. Is the clinical history a

satisfactory means of diagnosing occupational asthma? Am Rev Respir Dis.;143(3):528-32.

1991

Page 163: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

140

___________, D'Aquino C, L'Archeveque J, Cartier A, Chan-Yeung M. Natural history of

occupational asthma: relevance of type of agent and other factors in the rate of development

of symptoms in affected subjects. J Allergy Clin Immunol.;90(6 Pt 1):937-44, 1992.

__________, Cartier A, L'Archeveque J, Ghezzo H, Lagier F, Trudeau C, et al. Prevalence of

occupational asthma and immunologic sensitization to psyllium among health personnel in

chronic care hospitals. Am Rev Respir Dis.;142(6 Pt 1):1359-66, 1990.

MARCH 1996. In: Chiyotani K, Hosoda Y, Aizawa Y, editors. Advances in the prevention of

occupational respiratory diseases. Amsterdam: Elsevier Science;. p. 445-51. [Excerpta Medica

International Congress Series, 113, 1998

MÁRKUS, G. Marxismo y "antropología". Barcelona, Grijalbo, 1974.

MARTÍNEZ, D., VALLES, I. e KOHEN, J.,. Salud y trabajo docente:Tramas do malestar en

la escuela. Buenos Aires, Argentina: Ed. Kapelusz, 1997.

MARTINEZ, R. M. Aplicando la ergonomia com la ajuda de sus usuarios. Revista Brasileira

de Saúde Ocupacional, v. 22, n. 81, 1994.

MARX, K. "Para a crítica da economia política." In: Marx, K. Manuscritos econômicos e

filosóficos e outros escritos. 2ª. ed. São Paulo, Abril Cultural, Os Pensadores,1978.

________. Manuscritos econômico-filosóficos de 1844. In: Fernandes, F. (org.). Marx, K.,

Engels, F.: História. 2ª ed. São Paulo, Ática. Grandes cientistas sociais, n° 36 , 1984.

________. O Capital. Livro I vol. I. Rio de Janeiro, civilização Brasileira, 1968.

MASLACH, Cristina; LEITER, Michael P. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste? Campinas:

Papirus,. Tradução Mônica Saddy Martins. 1999.

MASLOW, A. Motivation and Personality. New York: Harper & Row,1954.

Page 164: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

141

________. Toward a Psychology of Being. New York: Van Nostrand, 1962.

MAUSS, M. The mechanism of social phenomenum. In: BAUNER, G. Repetition strain

injuries in Australia. Anais do IV Seminário da ABERGO, Florianópolis, 1979.

__________ et al. Relação entre satisfação com aspectos psicossociais e saúde dos

trabalhadores. Rev. Saúde Pública, n. 1, v. 38, p. 55-61, 2004. Disponível em:

<http://www.fsp.usp.br/rsp>.

MEDEIROS et al. Conhecimentos e atitudes de professores de ensino fundamental sobre

saúde bucal: um estudo qualitativo. Pesquisa Brasileira de Odontopediatria Clínica Integral,

João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 131-136, maio/ago. 2004.

MEDRONHO, A. ROBERTO. Epidemilogia . São Paulo, Atheneu, p. 284, 2004.

MELEIRO, A. A. S. O stress do professor. In: LIPP et al. O stress do professor. Campinas:

Papirus, 2002. MONTE, P. G. R. Factorial validity of the Maslach Burnout Inventory (MBI-

HSS) among Spanish professionals. Revista Saúde Pública, v. 1, n. 39, p. 1-8, 2005.

MELLO JR, MION O. Rinite alérgica. In: Campos CAH, Costa HOO, editores. Tratado de

Otorrinolaringologia. São Paulo: Roca; p. 68-81, 2003.

MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista

Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

_________. e DIAS, E. C., Da Medicina do Trabalho à Saúde do Trabalhador. Revista de

Saúde Pública: São Paulo. 1991.

MENDONÇA EM, ROSA E, FREITAS JB, FREIRE JÁ, ALGRANTI E, SILVA RC, et al.

Occupational asthma in the city of São Paulo cases diagnosed in the reference centers for

workers' health and Fundacentro from January 1995 to

Page 165: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

142

___________, Algranti E, Silva RCC, Buschinelli JTP. Ambulatório de pneumopatias

ocupacionais da Fundacentro: resultados após 10 anos. Rev Bras Saúde Ocup.;22:7-13, 1994.

___________, Algranti E, de Freitas JB, Rosa EA, Santos Freire JA, Paula Santos UD, et al.

Occupational asthma in the city of Sao Paulo, 1995-2000, with special reference to gender

analysis. Am J Ind Med.;43(6):611-7, 2003.

MERCHANT JA, BERNSTEIN IL, PICKERING A. Cotton and other textile dusts. In:

Bernstein IL, Chang-Yeung M, Malo JL, Bernstein DI, Eds. Asthma in the Workplace. New

York, Marcel Dekker, Inc,595-616. 1999.

MEREDITH S, NORDMAN H. Occupational asthma: measures of frequency from four

countries. Thorax. 1996;51(4):435-40.Comment in: Thorax.;51(11):1168,1996.

____________. Reported Incidence of Occupational Asthma in United KINGDOM. J

Epidemiol Community Health 47:459, 1993.

MESMAN, J., & KOOT, H. M. Common and specific correlates of preadolescent

internalizing and externalizing psychopathology. Journal of Abnormal Psychology, 109 (3),

428-437., 2000.

MESSING, K., SEIFERT, A., & ESCALONA, E. The 120-s minute: using analysis of work

activity to prevent psychological distress among elementary school teachers. Journal of

Occupational Health Psychology, 2 (1), 45-62. 1997.

_________________________________________., El minuto de 120 segundos: analizar la

actividad de trabajo para prevenir problemas de salud mental en educadoras de escuelas

primarias. Salud de los trabajadores. Vol. 7 nº2. julio, 1999.

Page 166: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

143

__________________________________________. The 120-S minute:using analysis of

work activity to prevent psychological distress among elementary school teachers. Journal of

Occupational Health Psychology; 2(1): 45-62, 1997.

____________ed. Comprendre le travail des femmes pour lê transformer. BTS, Bruxelas

(Bélgica).condições de trabalho e saúde no trabalho docente,1999.

MINAYO - GOMEZ, C. e THEDIN-COSTA, S. M. F. Precarização do Trabalho e

Desproteção Social: Desafios para a Saúde Coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 4(2)

,1999.

MONETINEE e SCOTT . Meaning making in secondary science classroon. Open University

Press. USA.17-21, 2003.

MONTMOLLIN, M. Ergonomias. In: Ergonomia: conceptos y métodos (Juan José Castillo &

Jesús Villena, editores), pp 69-78, Madrid : Editorial Complutense S. A . .,1998.

MOREIRA,J.S. E ANDRADE,C.F. Mecanismos de defesa do aparelho respiratório, in

Doenças Pulmonares – Tarantino, A.B. Guanabara Koogam 6 ed.Rio de Janeiro, 2008.

MORIANA et al. Estrés y Burnout en Professores. International Journal of Clinical and

Health Psychology, Associación Espanõla de Psicología Conductual (AEPC), Granada,

Espana, 2004.

MORIARTY et al. Teaching young children: perceived satisfaction and stress. Educational

Research, v. 43, n. 1, p. 33-46, Spring 2001. Muller, D. V. K. A síndrome de Burnout no

trabalho de assistência à saúde: estudo junto aos profissionais da equipe de enfermagem

hospitalar. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2004. Dissertação.

Page 167: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

144

MORRISON, ROBERT THORNTON, BOYD ROBERT NEILSON E SILVA MANUEL

ALVES; Química Orgânica.USA. Tradução Editora Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço

de Educação , 1994.

MITCHELL CA, GANDEVIA B. Respiratory symptoms and skin reactivity in workers

exposed to proteolytic enzymes in the detergent industry. Am Rev Respir Dis; 104:1, 1971.

NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH.NIOSH/CDC.

Environmental tobacco exposure in the workplace: lung and other health effects [text on the

Internet]. Washington, DC: NIOSH; 1991. [cited 2004 Jan 15]. Available from:

http://www.cdc.gov/nasd/docs/d001001-d001100/d001030/d001030.html

NEUBAUER, Rose. Por uma escola de cara nova. In: Arquitetura Escolar e Política

Educacional. S.Paulo. FDE, p.11-12. , 1998.

NEVES, M. Y Trabalho Docente e Saúde Mental: a dor e a delícia de ser (tornar-se)

professora. Rio de Janeiro: Tese de Doutorado IPUB/UFRJ. , 1999.

_________,ATHAYDE, M., "Saúde, gênero e trabalho na escola: Um campo de

conhecimento em construção". In: BRITO, J. C., ATHAYDE, M. e NEVES, M.Y. (orgs).

Saúde e trabalho na escola. Rio de Janeiro: CESTEH/ENSP/FIOCRUZ.,1998.

NEWMAN LS. METALS. IN: HARBER P, SCHENKER MB, BALMES JR, editors.

Occupational and environmental respiratory diseases. St Louis: Mosby-Yearbookp. 469-513.,

1995.

NIOSH CRITERIA FOR A RECOMMENDED STANDARD. Occupational to diisocyanates.

US Dept of Health, Education and Welfare, September. PHS CDC publication No. 78-215,

1978.

Page 168: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

145

NORIEGA, M. Organización Laboral, Exigencias y Enfermidad. In: Para a investigación de

la salud de los trabajadores ( Asa C. Laurell (org. ), Washington: OPS, Série PALTEX,1993.

NOULIN, M. La intervención ergonómica. In: Ergonomia: conceptos y métodos (Juan José

Castillo & Jesús Villena, editores), pp 365-382, Madrid : Editorial Complutense S. A. , 1998.

_______Ergonomie. Paris: Techniplus, 1992.

NUDELMANN A., COSTA E.,SELIGMAN J., IBAM R.N. Audição e lesão -Perda auditiva

induzida pelo ruído. Porto Alegre. Bagaggem Comunicação.1997.

NUNES, Bernadete de O. O sentido do trabalho para merendeiras e serventes em situação de

readaptação nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2000. 161p.

Dissertação (Mestrado). Escola Nacional de Saúde Pública, Centro de Estudos de Saúde do

trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH), Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2000.

NUNES SOBRINHO, Francisco de Paula; NASSARALLA, Iara (Orgs.). Pedagogia

Institucional: fatores humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Zit Editores, 2004.

___________________________________. et al. Humanização do posto de trabalho docente:

uma alternativa ergonômica na inclusão educacional. In: NUNES SOBRINHO, F. P. (Org.)

Inclusão educacional: pesquisa e interfaces. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2003.

_______________________.; CUNHA, A. B. (Org.) Dos problemas disciplinares aos

distúrbios de conduta: práticas e reflexões. Rio de Janeiro: Dunya, 1999.

________________________; NAUJORKS, M. I. (Org.) Pesquisa em educação especial: o

desafio da qualificação. Bauru: EDUSC, 2001.

________________________ (Org.). Inclusão Educacional: pesquisa e interfaces. Rio de

Janeiro: Livre Expressão, 2003.

Page 169: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

146

________________________O stress do professor do ensino fundamental: o enfoque da

ergonomia. In: LIPP, Marilda et al. O stress do professor. Campinas: Papirus, 2002.

________________________;NAUJORKS, Maria Inês. Utilização de Procedimentos da

Análise do Trabalho para Definir o Perfil Profissional do Professor para Atuar na

Educação Inclusiva: a identificação de competências e a seleção de conteúdos

curriculares. Trabalho apresentado ao I Congresso Latino Americano sobre Educação

Inclusiva, João Pessoa, dez. 2001.

________________________; CUNHA, Ana Cristina (Orgs.) Dos problemas disciplinares

aos distúrbios de conduta: práticas e reflexões. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.

________________________. Paradigmas da Educação Especial: uma responsabilidade

compartilhada. Revista Brasileira de Educação Especial, Piracicaba, v. 2, n. 4, p. 29-40,

1996.

ODDONE, Ivar et al. Ambiente de Trabalho: a luta dos trabalhadores pela saúde. São Paulo:

Hucitec, Tradução Salvador Obiol de Freitas. 1986.

OLIVEIRA, D. L. Processo de trabalho e saúde na escola: um estudo de caso com professores

do ensino fundamental da Escola Municipal General Mourão Filho em Duque de Caxias. Rio

de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz – Escola Nacional de Saúde Pública – Centro de Estudos

da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana 2001.Dissertação.

OLIVEIRA, Nildo C. Evolução e Flexibilidade da Arquitetura Escolar. In:Arquitetura

Escolar e Política Educacional. S.Paulo. FDE, p.116, 1998.

OLIVEIRA, M.K. VYGOTSKY - Aprendizado e desenvolvimento - Um processo histórico.

São Paulo: Editora Scipione, 1993.

Page 170: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

147

OLSON, R. P. A meaningful role for graduate students in disaster mental health services.

Professional Psychology: Research & Practice, 31 (1), 101-103, 2000.

ORGANIZACION INTERNA DO TRABALHO. Serviços de educatión y formacion.

In:Encilcopedia de Salud em el trabajo- http//www,mtas.es/insht/oit - acessado em nov 2006,

out 2007 e jan 2008.

OSTROFF, C.. The relationship between satisfaction, attitudes, and performance: an

organizational level analysis. Journal of Applied Psychology, 77 (6), 963-974, 1992.

OTSUKA, K. et. al. Relationship between diagnostic subtypes of depression and occupation

in Japan. Psychopathology, 33(6), p. 324-8, 2000.

GONZAGA P.R.S, Perícia médica da Previdencia Social. Porto Alegre. Editora LTr. 2002.

PARKES, K. R. Coping, negative affectivity, and the work environment: additive and

interactive predictors of mental health. Journal of Applied Psychology, 75 (4), 399- 409,1990.

PARRA M. Condiciones de trabalho y salud mental en el trabajo docente del sector

municipalizado. Palestra apresentada no Primeiro. Encontro Interdisciplinar de Trabalho e

Saúde, Rosário (Argentina), 1992.

_________. Condições de trabalho e saúde no trabalho docente. Revista Prelac - UNESCO; 1,

2005.

PEARCE N, SUNYER J, CHENG S, CHINN S, BJORKSTEN B, BURR M, ET al.

Comparison of asthma prevalence in the ISAAC and the ECRHS. ISAAC Steering Committee

and the European Community Respiratory Health Survey. International Study of Asthma and

Allergies in Childhood. Eur Respir J.;16(3):420-6, 2000.

Page 171: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

148

PENTEADO, R.Z. A doença ocupacional: reflexões teóricas- Anais do XIII- Seminário de

Voz e Fala- PUCSP- 2003.

______________,TEIXEIRA I.M, PENA B. Voz e acústica da sala de aula.Revista Brasileira

de Saúde Ocupacional. Vol.25. 109-129.1996.

PEREIRA et al. O Burnout e o profissional de psicologia. Revista Eletrônica InterAção Psy,

ano 1, n. 1, p. 68-75, ago. 2003

PEREIRA, O. G. Fundamentos de comportamento organizacional. Lisboa: Fundação

Calousete Gulbenhian, 1999.

PEREZ, F. et. al. Vocal fold nodules. Risk factors in teachers: a case control study design.

Acta Otorrinolaringol Esp, 54(4), p. 253-60, Logroño, La Rioja, 2003.

PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre:

Artmed Editora, 2001.

_________, BENEVIDES. O estado da arte do burnout no Brasil. Maringá: Universidade

Estadual de Maringá - Departamento de Psicologia, 2002.

_________.; FERREIRA, L. P. II Congresso Brasileiro de Stress - Teoria e Pesquisa. Anais...

São Paulo, 2005. PUNCH, K. Introduction to a social research: quantitative and qualitative

approaches. Londres: Sage, 2000.

PHYSIS: Revista de Saúde Coletiva. Vol.9. n.1. Rio de Janeiro: UERJ/ IMS,1999.

PIMENTEL, M. da G. O professor em construção. Campinas, Papirus, 1993.

Page 172: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

149

PLATTS-MILLS TA, LONGBOTTOM J, EDWARDS J, COCKROFT A, WILKINS S.

Occupational asthma and rhinitis related to laboratory rats: serum IgG and IgE antibodies to

the rat urinary allergen. J Allergy Clin Immunol.;79(3):505-15, 1987.

PUCCI, B., OLIVEIRA, N.R. de e SGUISSARDI, V. "O processo de proletarização dos

trabalhadores em educação." Teoria & Educação, Porto Alegre, nº.4, pp. 91-108,1991.

QUIRCE S, FERNANDEZ-NIETO M, DE MIGUEL J, SASTRE J. CHRONIC cough due to

latex-induced eosinophilic bronchitis. J Allergy Clin Immunol 108:143, 2001.

RAMAZZINI, Bernardino. As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro.Tradução

brasileira do “De Morbis Artificum Diatriba” pelo Dr. Raimundo Estrela , 1985.

RAMAZZINI, B. , As doenças dos trabalhadores. São Paulo: Fundacentro Rea, M. (Ed.)

(2000): “IESNA Reference Handbook”, Ninth Edition. Illuminating Engineering Society of

North America, USA. 1985.

REINHOLD, Helga H. O Burnout. LIPP, Marilda et al. O stress do professor. Campinas:

Papirus, 2002.

REIS et al. Docência e Exaustão Emocional, Campinas, v. 27, n. 94, p. 229-253, jan/abr.

SILVA G. N., 2006.

REIS EJFB, Carvalho FM, Araújo TM, Porto LA, Silvany Neto AM. Trabalho e distúrbios

psíquicos em professores.Cad Saúde Pública.;21:1480-90. 2005.

RIBEIRO, M. D. et al. Hypertension and economic activities in São Paulo, Brazil.

Hypertension, 3 (Supl. 2): 233-7, 1981. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da

ocupação sobre a saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26,

1988.

Page 173: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

150

RITVANEN, T. et al. Psychophysiological stress in high school teachers. J Occup Med

Environ Health, 16(3), p. 255-64, Finland, 2003.

RODRIGUES, A.; GASPARINI, A. Uma perspectiva psicossocial em Psicossomática: via

estresse e trabalho, 1992. In: BORSONELLO, Elizabeth C. A influência do afastamento por

acidente de trabalho sobre a ocorrência de transtornos psíquicos e somáticos. [SL] Psicologia,

Ciência e Profissão, 22(3), p. 32-7, 2002.

ROSÉN, BENGT – On sampling with probability proportional to size- Jornal of statistical

planning and inference p159-191,1997.

ROSSI, Ana Maria. Lecionar faz mal à saúde? Zero Hora, Porto alegre, 27 out. Caderno

Opinião, p. 15, 2001.

ROWE, M. L. Low back disability in industry: updated position. J. Occup. Med., 3(10): 476-

8, 1971. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de

trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

RUDBLAD, S. et al. Nasal hyperreactivity among teachers in a school with a long history of

moisture problems. Am J Rhinol; 15(2):135-41, mar-apr, Sweden-USA, 2001.

RUIZ M.J., BERNIER F., CARRASCO E. e GÓMEZ F .Los niveles acústicos durante el

horario laboral y las disfonías en los docentes. Poster no XII Congresso Nacional de

Segurança e Saúde no Trabalho. Valência, 20-23 de novembro (Espanha), 2001

SAIGH, P. A. The validity of the DSM-III posttraumatic stress disorder classification as

applied to children. Journal of Abnormal Psychology, 98 (2), 189-192. 1989.

SALOMÃO, R.C. Síndrome dos edifícios doentes. Microbiotécnica Informativo, n.02/98,

pp.2-3, abril-junho, 1998.

Page 174: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

151

SAMARA, A.M. Reumatismo: um desafio à economia brasileira. Revista da Associação

Médica Brasileira, 23(2): 71-2, 1977. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação

sobre a saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

SANTIAGO, E. I.; TICIANELLI, E. A.; Int. J. Hydrogen Energy 30, 159, 2005.

SANTOMÉ, J. TO professorado em época de neoliberalismo: dimensões sociopolíticas de seu

trabalho. In: Os Professores e a reinvenção da escola:Brasil e Espanha (Célia

Linhares,org.),São Paulo: Cortez, 2001.

SANTOS, L.; COLMATI, F.; GONZALEZ, E. R.; J. Power Sources, 159, 869, 2006.

SAVIANI, Dermeval. O trabalho como princípio educativo frente às novas tecnologias. In:

FERRETTI, Celso J. et. al (Orgs). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate

multidisciplinar. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994.

________________Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 2ª ed. São Paulo,

Cortez/Autores Associados, 1991.

SARVAT M, A voz profissional. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia.maio-julho.2002.

___________ A voz ocupacional. Anais do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia.

2004.

___________Leite,J.B.___________________________________________________ 2004.

SCHONFELD, I. S. Relation of negative affectivity to self-reports of job stressors and

psychological outcomes. Journal of Occupational Health Psychology, 1 (4), 397-412 ,1996.

Page 175: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

152

SELIGMAN-SILVA, E. Crise econômica, trabalho e saúde mental. In: Crise, Trabalho e

Saúde Mental no Brasil (C. L. A. Angerami , M. C. Silva e M.ª H. C. F. Steirer , orgs.), pp.

54-117, São Paulo : Traç.,1986.

SEVILLA U. e VILLANUEVA R. La salud laboral docente en la enseñanza pública.

Gabinetes de Estudos e de Saúde no Trabalho, Federação de Ensino de Comissões Operárias,

Madrid (Espanha), 2000.

SIEGEL, Sidney. Estatística não-paramétrica para ciências do comportamento. McGraw-Hill

do Brasil Ltda, 1975.

SILVA, E. A. T.; MARTINEZ, A. Diferença em nível de stress em duas amostras: capital e

interior do Estado de São Paulo. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 22, n. 1, mar. 2005.

SILVA, F. P. Burnout: um desafio à saúde do trabalhador. Caderno de Saúde Pública, v. 2, n.

1, jun. 2000. SILVEIRA et al. Avaliação de burnout em uma amostra de policiais civis. Rev.

Psiquiatria, Porto Alegre, v. 27, n. 2, maio/ago. 2005. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php>. SPIES J. Stress ocupacional: um estudo com professores

das redes pública e privada de ensino. Pretória, África do Sul: Universidade de Pretória, 2004.

SILVA, Milena Aparecida Lopes .–UFSC -Qualidade de Vida no Trabalho, Estresse e Saúde

Mental dos Professores Universitários: Um Estudo Comparativo entre Instituições Públicas e

Privadas em Belo Horizonte, 2002 .Dissertação.

SILVANY NETO AM, ARAÚJO TM, KAVALKIEVICZ C, LIMA BG C, DUTRA FRD,

PAIVA LC, et al. Condições de trabalho e saúde em professores da Rede Particular de Ensino

na Bahia: Estudo Piloto. Rev Bras Saúde Ocup.;24(91/2):115-24, 1998.

SINCLAIR, R. R., MARTIN, J. E., & CROLL, L. WA threatappraisal perspective on

employees’ fears about antisocial workplace behavior. Journal of Occupational Health

Psychology, 7 (1), 37-56 ,2002.

Page 176: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

153

SIRACUSA A, KENNEDY SM, DYBUNCIO A, LIN FJ, MARABINI A, CHAN-YEUNG

M. Prevalence and predictors of asthma in working groups in British Columbia. Am J Ind

Med.;28(3):411-23, 1995.

__________, DESROSIERS M, MARABINI A. Epidemiology of occupational rhinitis:

prevalence, aetiology and determinants. Clin Exp Allergy. 30(11):1519-34. 2000.

SHRADER-FRECHETTE K. Ethics of scientific research. Boston: Rowman, 26, 1994:

SHUSTERMAN D. UPPER RESPIRATORY TRACT DISORDERS. In: LaDou J, editor.

Occupational and environmental medicine. 2nd ed. Stanford CT: Appleton and Lange;. p.291-

304, 1997.

SLAVIN RG. Occupational and allergic rhinitis: impact on worker productivity and safety.

Allergy Asthma Proc.;19(5):277-84, 1998.

SNYDERS, G. Para onde vão as pedagogias não diretivas? Lisboa: Ed.Moraes, 309-365,

1978.

__________ A alegria na escola. São Paulo: Ed. Manole Ltda, 1988.

SOARES, Marcelo M. Contribuição da ergonomia do produto ao design e avaliação de

mobiliários escolares: carteira universitária, um estudo de caso. In: MORAES, Anamaria;

FRISONI, Bianka. Ergodesign: produtos e processos, Rio de Janeiro: 2AB, 2001.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. I Consenso Brasileiro

sobre Espirometria. J Pneumol.;22(3):105-64, 1996.

SODRÉ, Jane et. al. A formação inicial e continuada de recursos humanos para a prática

professor frente à educação inclusiva. In: NUNES SOBRINHO, Francisco (org.). Inclusão

Educacional: pesquisa e interfaces. Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2003.

Page 177: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

154

SOLÉ D, NASPITZ CK. Epidemiologia da asma: estudo ISAAC (Internacional Study of

Asthma and Allergies in Childhood). Rev Bras Alergia Imunopatol. 21(2):38-45, 1998.

SONNENTAG, S. Work, recovery activities, and individual well-being: a diary study. Journal

of Occupational Health Psychology, 6 (3), 196-210, 2001.

SORATTO, Lúcia; HECKLER, Cristiane O. Os trabalhadores e seu trabalho. In: SORATTO,

Lúcia; PINTO, Ricardo. Burnout e carga mental no trabalho. In: CODO, Wanderley (Coord.).

Educação: carinho e trabalho. Petrópolis: Vozes, 1999.

SOUTO, Daphnis F. Saúde no trabalho: uma revolução em andamento. Rio de Janeiro: Sesc

Nacional Publicado em parceria com o Sesc Nacional , 2004.

SOUZA, S.C. Supletivo individualizado: possibilidades, equívocos e limites no ensino de

ciências. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas. 1995.

SPIEGEL JR, SATALOFF RT. CANCERS OF THE HEAD AND NECK. IN: HARBER P,

SCHENKER MB, BALMES JR, editors. Occupational and environmental respiratory disease.

St Louis: Mosby Yearbookp. 276-90 ; 1996.

SOTERAS, R.M. Geometria e Iluminacion Natural Barcelona, 355 p. 1985 Tese Doutorado.

SPURR,G.B;DUFOUR D.L; REINA J.C,HOFFMANN R.G,WASLIEN C.I, STATEN

L.K.Variation of basal metabolic rate acid dietary energy intake of Colombian woman during

1y. Am J Clin Nutr. 59:207,1994.

STEE-EILAS. Lan Osasuna. Nº 0. Noviembro, 1998. [Revista sobre salud laboral del Stee-

eilas]. Disponível na internet via www:<url:http://stee-

eilas.ehu.es/gastelaniaz/lanosasuna.html> Arquivo capturado em abril de 2000.

Page 178: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

155

__________. Lan Osasuna. Nº 1. Febrero, 2000. [Revista sobre salud laboral del Stee-eilas].

Disponível na internet via www:<url:http://stee-eilas.ehu.es/gastelaniaz/lanosasuna.html>

Arquivo capturado em abril de 2000.

STEPTOE, A., CROPLEY, M., & JOEKES, K. Task demands and the pressures of everyday

life: associations between cardiovascular reactivity and work blood pressure and heart rate.

Health Psychology, 19 (1), 46-54, 2000.

STIPEK, D., WEINER, B., & LI, K. Testing some attribution emotion relations in the

People’s Republic of China. Journal of Personality & Social Psychology, 56 (1), 109-116,

1989.

TARIS T., PEETERS M.C.W., LE BLANC P., SCHREURS P. e SCHAUFELI W. From

inequity to burnout: the role of job stress. Journal of Occupational Health Psychology; 6(4):

303-323 , 2001.

TEIGER, CEl trabajo, ese obscuro objeto de la Ergonomía. In: Ergonomia: Conceptos y

Métodos (Juan José Castillo & Jesús Villena, editores), pp 141-162, Madrid: Editorial

Complutense S. A,1998.

TELLES, A. L. C., Histórico, conceitos e metodologias da ergonomia. In: A Ergonomia na

concepção e implantação de sistemas digitais de controle distribuído: algumas considerações a

partir de um estudo de caso na fábrica carioca de catalisadores. Dissertação de Mestrado, Rio

de Janeiro: COPPE/UFRJ, 1998.

TERRIEN, J.; LOYOLA, A. Experiência e competência no ensino: pistas e reflexões sobre a

natureza do saber-ensinar na perspectiva da ergonomia do trabalho docente. Educação e

Saúde, ano XXII, n. 74, abril 2001.

TOLOSA, Dora Elisa R. Estudo da organização do trabalho, setimentos, valorização e

expectativas profissional de professores de 1º e 2º grau da Cidade de Jundiaí-SP. Santos:

Page 179: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

156

UNICAMP, 2000. 162 p. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva,

Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Santos, 2000.

TOWNSEND, M. A. R., HICKS, L., THOMPSON, J. D. M., WILTON, K. M., TUCK, B. F.,

& MOORE, D. W. Effects of introductions and conclusions in assessment of student essays.

Journal of Educational Psychology, 85 (4), 670-678, 1993.

VANDENPLAS O, MALO JL. Definitions and types of work-related asthma: a nosological

approach. Eur Respir J. 21(4):706-12, 2003;.

VAN DICK R. e WAGNER U. Stress and strain in teaching: a structural equation approach.

British Journal of Educational Psychology; 71: 243-259, 2001.

VAN KAMPEN V, MERGET R, BAUR X. Occupational airway sensitizers: an overview on

the respective literature. Am J Ind Med. 38(2):164-218, 2000.

VENABLES KM, CHAN-YEUNG M. Occupational asthma. Lancet. 1997;349(9063):1465-

9. Vandenplas O, Malo JL. Inhalation challenges with agents causing occupational asthma.

Eur Respir J. 10(11):2612-29, 1997.

VENABLES KM, DAVISON AG, NEWMAN TAYLOR AJ. Consequences of occupational

asthma. Respir Med. 83(5):437-40, 1989.

VERDUSSEN, R. A racionalização humanizada do trabalho. Rio de Janeiro: Livros .Técnicos

e Científicos, 1978.

VYGOTSKY, L.SA formação social da mente. São Paulo. Ed. Martins Fontes, 1984

___________Pensamento e linguagem. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1987.

Page 180: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

157

___________Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar, in Vygotsky,

L.S. Luria, A.R. & Leontiev, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo:

Ed. Ícone - Ed. Usp, 114-117, 1988.

__________ Pensamento e linguagem. 3ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1991a.

__________ A formação social da mente. 4ª ed. São Paulo, Martins Fontes, 1991b.

_________ "Aprendizagem e desenvolvimento intelect-tual na Idade Escolar." In: Vygotski,

L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, Ícone e Edusp,1988.

WADA, C.C.B.B. Saúde: Determinante Básico do Desempenho. Revista Alimentação e

Nutrição, n. 56, p. 36-38, 1990.

WAGNER, P. Síndrome de Burnout: um estudo junto aos educadores, professores e

educadores assistentes, em escolas de educação infantil. Porto Alegre: Universidade Federal

do Rio Grande do Sul, 2004. Dissertação. Disponível em

<http://www.producao.ufrgs.br/banco_Teses>.

WASRLICH V.Taxa metabólica basal em mulheres residentes em Porto Alegre –RGS- RJ –

UFRJ.2000.

WEBSTER-STRATTON, C. Mothers’ and fathers’ perceptions of child deviance: roles of

parent and child behaviors and parent adjustment. Journal of Consulting & Clinical

Psychology, 56 (6), 909-915, 1988.

WESTMAN, M., & ETZION, D.. The crossover of strain from school principals to teachers

and vice versa. Journal of Occupational Health Psychology, 4 (3), 269-278., 1999.

WISNER, Alain. A inteligência no trabalho. São Paulo: Fundacentro/UNESP, Tradução

Roberto Leal Ferreira, 1994.

Page 181: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

158

_______, A., Por dentro do trabalho. São Paulo: Cortez- Oboré, 1982.

_______ A inteligência no trabalho. Textos selecionados de Ergonomia. São Paulo:

Fundacentro,. p.11-52, 1994.

WITTER, G. P Estresse e desempenho nas matérias básicas: variáveis relevantes. Estudos de

Psicologia, 14 (2), 3-10, 1997.

___________Produção Científica e estresse do professor. Em M. Lipp (org.) O stress do

professo (pp. 127-134). Campinas: Papirus, 2002a

__________Produção Científica sobre estresse e prevenção (no prelo), 2002b

WOLF, R.A.P,Teoria e Prática da Educação- Publicação da Universidade Estadual de

Maringá- SC.vol. 7, no2, maio-agosto 2004.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Scientific group on primary prevention of essential

hypertension. Gênova, 1982. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a

saúde de trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

YELIN, C. et al. Low back pain in industry: an old problem revisited. J. Occup. Med., 26(7):

517-24, 1984. In: MENDES, René. O impacto dos efeitos da ocupação sobre a saúde de

trabalhadores. Revista Saúde Pública, São Paulo, 22(4):311-26, 1988.

YOUAKIM S. Work-related asthma. Am Fam Physician; 64,1839, 2001.

YOUNGHUSBAND et al. High School teacher stress in Newfoundland, Canada: A Work in

Progress. In: Conferência Internacional de Educação no Hawaii. St. John’s, Newfoundland,

Canada: University of Newfoundland, 2003

Page 182: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

159

YOUNGSTROM, E., LOEBER, R., & STOUTHAMER-LOEBER, M. Patterns and correlates

of agreement between parent, teacher, and male adolescent ratings of externalizing and

internalizing problems. Journal of Consulting & Clinical Psychology, 68 (6), 1038-1050,

2000.

http://www.rborl.org.br/suplementos/detalhes_debates.asp?id=14

http://www.occupationalasthma.com/occupationalasthma/index.shtml

Page 183: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

160

ANEXO

Quadro 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente

Nível de ruído

dB (A)

Máxima exposição diária

PERMISSÍVEL

Nível de ruído

dB (A)

Máxima exposição diária

PERMISSÍVEL

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

8 horas

7 horas

6 horas

5 horas

4 horas e 30 minutos

4 horas

3 horas

3 horas e 30 minutos

3 horas

2 horas e 40 minutos

2 horas e 15 minutos

2 horas

1 hora e 45 minutos

98

99

100

102

104

105

106

108

110

112

114

115

1 hora e 30 min

1 hora e 15 minutos

1 hora

45 minutos

35 minutos

30 minutos

25 minutos

20 minutos

15 minutos

10 minutos

8 minutos

7 minutos

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora 15 – Anexo 1

Page 184: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

161

APÊNDICE

Ficha de análise qualitativa do ambiente de trabalho do Professor Ensino: fundamental ( ) médio ( ) superior ( ) Características do ambiente: Pé direito_______________ ventilação natural ( )artificial ( ) Nível de conservação ___________________________________________________________________ Nível de higienização ___________________________________________________________________ Fontes artificiais de: 1. Ruído- não ( ) sim ( ) ventiladores- parede( ) ventiladores- teto( ) ar refrigerado( ) vozes

humanas ( ) Transito ( ) fabrica ( ) outros ______________________________________

2. Vibração ( ) não ( ) sim ( ) quantas ______________________________________________

3. Calor ( ) não ( ) sim ( ) quantas _________________________________________________

4. Frio ( ) não ( ) sim ( ) quantas ___________________________________________________

5. Iluminância ( ) normal ( )deficiente ( ) ___________ ________________________________

6. Radiações ionizantes ( ) não ( ) sim ( ) quantas _____________________________________

7. Radiações não ionizantes ( ) não ( ) sim ( ) quantas _________________________________

8. Químicos ( ) não ( ) sim ( ) quais_________________________________________________

9. Poeiras respiráveis ( ) não ( ) sim ( ) quais________ ________________________________

10. Agentes biológicos ( ) não ( ) sim ( ) laboratório de ciência ou equivalente ( ) presença de

secreções humanas ( ) secreções animais ( ) vísceras ( ) animais de experiência ( )

necropsia ( ) materiais contaminados ( ) outros ______________________________________

11. Gases ( ) não ( ) sim ( ) quais ___________________________________________________

12. Umidade ( ) normal ( ) acima ( ) abaixo___________________________________________

13. Pressão atmosférica ( ) normal ( ) hipobárica ( ) hiperbárica __________________________

14. Transporta material didático diariamente não ( ) sim ( ) quanto em média ________________

15. Gasto energético por aula (4 horas)___________________________________________________

16. Transporta ou manipula material explosivo não( ) sim( ) inflamável N( ) S( )____________

Page 185: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

162

Tabela 1 - Distribuição da população alvo, por categoria de ensino, bairro e zona urbana

Zona Bairro Categoria de ensino Totalurbana Fundamental Médio Superior

Centro Centro 3 2 7 12Rio Comprido 1 1 3 5Santa Teresa 1 1 0 2

Zona Norte Bento Ribeiro 1 1 0 2Bonsucesso 0 2 0 2Campinho 1 0 0 1Cascadura 3 1 0 4Cavalcanti 1 0 0 1Encantado 1 1 2 4Grajaú 2 2 0 4Higienópolis 1 20 0 21Ilha do Governador 2 2 11 15Irajá 2 0 0 2Lins de Vasconcelos 1 0 0 1Madureira 1 1 0 2Marechal Hermes 1 0 0 1Méier 2 1 0 3Penha 0 2 0 2Praça da Bandeira 0 0 2 2Quintino Bocaiúva 1 1 3 5Ramos 0 2 0 2São Cristovão 1 1 0 2Tijuca 5 4 13 22Vaz Lobo 1 1 0 2Vicente de carvalho 1 0 0 1Vila da penha 1 0 0 1Vila Isabel 2 2 0 4Vista Alegre 1 0 0 1

Zona Oeste Bangu 2 0 0 2Barra da Tijuca 2 1 1 4Campo Grande 2 1 0 3Deodoro 1 0 0 1Jacarepaguá 2 1 1 4Realengo 1 0 0 1Santa cruz 1 0 0 1Sulacap 1 0 0 1Taquara 1 0 0 1Vila Valqueire 1 1 0 2

Zona Sul Botafogo 1 1 8 10Catete 1 2 0 3Flamengo 1 0 4 5Gávea 1 0 0 1Humaitá 1 1 0 2Ipanema 1 1 0 2Lagoa 2 2 0 4Leblon 1 1 0 2Urca 0 0 5 5

60 60 60 180Total

Fonte : o autor

Page 186: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

163

Tabela 2 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino fundamental

Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos

10FPv Fundamental Privado Barra da Tijuca 14 10 433 Não se aplica22FPv Fundamental Privado Barra da Tijuca 12 10 502 Não se aplica24FPv Fundamental Privado Bento Ribeiro 8 9 409 Não se aplica21FPv Fundamental Privado Botafogo 10 10 479 Não se aplica25FPv Fundamental Privado Cascadura 9 9 447 Não se aplica13FPv Fundamental Privado Catete 9 9 401 Não se aplica9FPv Fundamental Privado Centro 11 10 417 Não se aplica19FPv Fundamental Privado Centro 9 9 425 Não se aplica3FPv Fundamental Privado Encantado 12 11 506 Não se aplica29FPv Fundamental Privado Flamengo 12 10 498 Não se aplica5FPv Fundamental Privado Grajaú 10 10 478 Não se aplica14FPv Fundamental Privado Grajaú 8 9 389 Não se aplica7FPv Fundamental Privado Humaitá 12 10 466 Não se aplica8FPv Fundamental Privado Ilha do Governador 8 9 422 Não se aplica23FPv Fundamental Privado Ilha do Governador 9 9 417 Não se aplica28FPv Fundamental Privado Ipanema 11 10 522 Não se aplica2FPv Fundamental Privado Jacarepaguá 10 10 468 Não se aplica20FPv Fundamental Privado Jacarepaguá 11 10 490 Não se aplica6FPv Fundamental Privado Lagoa 14 10 489 Não se aplica27FPv Fundamental Privado Leblon 10 10 512 Não se aplica1FPv Fundamental Privado Méier 8 10 403 Não se aplica15FPv Fundamental Privado Méier 11 10 470 Não se aplica30FPv Fundamental Privado Muda 9 9 432 Não se aplica4FPv Fundamental Privado Santa Teresa 8 9 399 Não se aplica26FPv Fundamental Privado São Cristovão 10 9 405 Não se aplica11FPv Fundamental Privado Tijuca 10 10 421 Não se aplica17FPv Fundamental Privado Tijuca 9 9 426 Não se aplica18FPv Fundamental Privado Tijuca 9 9 422 Não se aplica16FPv Fundamental Privado Vila Isabel 8 9 399 Não se aplica12FPv Fundamental Privado Vila Valqueire 8 9 398 Não se aplica1FPb Fundamental Público Bangu 15 16 766 Não se aplica2FPb Fundamental Público Bangu 12 10 641 Não se aplica14FPb Fundamental Público Campinho 15 12 781 Não se aplica6FPb Fundamental Público Campo Grande 15 11 673 Não se aplica7FPb Fundamental Público Campo Grande 16 11 677 Não se aplica16FPb Fundamental Público Cascadura 16 12 795 Não se aplica18FPb Fundamental Público Cascadura 14 11 726 Não se aplica15FPb Fundamental Público Cavalcanti 14 11 771 Não se aplica23FPb Fundamental Público Centro 10 10 496 Não se aplica5FPb Fundamental Público Deodoro 12 10 602 Não se aplica26FPb Fundamental Público Gávea 11 10 499 Não se aplica19FPb Fundamental Público Higienópolis 12 10 681 Não se aplica12FPb Fundamental Público Irajá 14 10 561 Não se aplica11FPb Fundamental Público Irajá 10 10 568 Não se aplica29FPb Fundamental Público Lagoa 10 8 478 Não se aplica27FPb Fundamental Público Lins de Vasconcelos 10 9 512 Não se aplica24FPb Fundamental Público Madureira 12 10 782 Não se aplica13FPb Fundamental Público Marechal Hermes 15 11 698 Não se aplica22FPb Fundamental Público Quintino Bocaiúva 12 10 678 Não se aplica4FPb Fundamental Público Realengo 14 10 701 Não se aplica30FPb Fundamental Público Rio Comprido 10 8 502 Não se aplica25FPb Fundamental Público Santa cruz 10 10 523 Não se aplica3FPb Fundamental Público Sulacap 14 10 685 Não se aplica20FPb Fundamental Público Taquara 11 10 712 Não se aplica28FPb Fundamental Público Tijuca 10 7 499 Não se aplica17FPb Fundamental Público Vaz Lobo 15 12 704 Não se aplica8FPb Fundamental Público Vicente de carvalho 12 10 682 Não se aplica9FPb Fundamental Público Vila da penha 14 10 723 Não se aplica21FPb Fundamental Público Vila Isabel 10 10 462 Não se aplica10FPb Fundamental Público Vista Alegre 12 10 657 Não se aplica

Fonte : autor

Page 187: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

164

Tabela 3 – Fontes de agentes de Insalubridade - Categoria de ensino fundamental

InstituiçãoGiz Caneta Ruído

ventiladoresRuído ar

refrigeradoRuído

trânsitoRuídooficina

RuídoFábrica

Vibração Calor Frio Rad.ionizante

Rad. nãoionizante

Químicos Poeiraresp.

Agentesbiológicos

Gases Umidade Pressãoatmosférica

10FPv 8 14 16 8 1 0 0 0 0 0 0 0 14 8 0 0 0 022FPv 7 12 16 9 0 0 0 0 0 0 0 0 12 7 0 0 0 024FPv 8 8 15 8 0 1 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 021FPv 10 10 12 4 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 025FPv 9 9 10 6 0 1 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 013FPv 9 9 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 09FPv 9 11 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 0

19FPv 9 9 12 8 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 03FPv 8 12 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 12 8 0 0 0 0

29FPv 9 12 15 10 0 0 0 0 0 0 0 0 12 9 0 0 0 05FPv 10 10 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 0

14FPv 8 8 10 7 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 07FPv 9 12 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 12 9 0 0 0 08FPv 8 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0

23FPv 9 9 11 8 0 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 028FPv 11 11 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11 0 0 0 02FPv 8 10 10 7 1 0 0 0 0 0 0 0 10 8 0 0 0 0

20FPv 9 11 14 8 0 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 06FPv 8 14 16 6 1 0 0 0 0 0 0 0 14 8 0 0 0 0

27FPv 6 10 17 6 0 0 0 0 0 0 0 0 10 6 0 0 0 01FPv 8 8 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0

15FPv 9 11 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 11 9 0 0 0 030FPv 9 9 11 4 0 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 04FPv 8 8 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 0

26FPv 7 10 14 6 0 0 0 0 0 0 0 0 10 7 0 0 0 011FPv 10 10 10 8 1 0 0 0 0 0 0 0 10 10 0 0 0 017FPv 7 9 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 7 0 0 0 018FPv 9 9 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 9 0 0 0 016FPv 8 8 12 6 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 012FPv 8 8 8 8 1 1 0 0 0 0 0 0 8 8 0 0 0 01FPb 15 2 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 02FPb 12 2 3 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 014FPb 15 3 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 15 0 0 0 06FPb 15 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 07FPb 16 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 16 0 0 0 016FPb 16 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 16 0 0 0 018FPb 14 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 14 0 0 0 015FPb 14 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 14 0 0 0 023FPb 10 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 05FPb 12 2 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 026FPb 11 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 11 0 0 0 019FPb 12 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 012FPb 14 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 14 0 0 0 011FPb 10 2 2 0 1 1 0 0 0 0 0 0 2 10 0 0 0 029FPb 9 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 9 0 0 0 027FPb 10 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 024FPb 12 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 013FPb 15 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 15 0 0 0 022FPb 12 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 12 0 0 0 04FPb 14 3 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 14 0 0 0 030FPb 10 3 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 10 0 0 0 025FPb 10 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 10 0 0 0 03FPb 14 4 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 14 0 0 0 020FPb 11 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 11 0 0 0 028FPb 8 1 2 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 017FPb 15 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 15 0 0 0 08FPb 12 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 09FPb 14 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 14 0 0 0 021FPb 8 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 010FPb 12 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 12 0 0 0 0

Critérios de insalubridade

Fonte : o autor

Page 188: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

165

Tabela 4 - Fontes de periculosidade - Categoria de ensino fundamental

InstituiçãoInflamáveis Explosivos

10FPv 0 022FPv 0 024FPv 0 021FPv 0 025FPv 0 013FPv 0 09FPv 0 019FPv 0 03FPv 0 029FPv 0 05FPv 0 014FPv 0 07FPv 0 08FPv 0 023FPv 0 028FPv 0 02FPv 0 020FPv 0 06FPv 0 027FPv 0 01FPv 0 015FPv 0 030FPv 0 04FPv 0 026FPv 0 011FPv 0 017FPv 0 018FPv 0 016FPv 0 012FPv 0 01FPb 0 02FPb 0 0

14FPb 0 06FPb 0 07FPb 0 0

16FPb 0 018FPb 0 015FPb 0 023FPb 0 05FPb 0 0

26FPb 0 019FPb 0 012FPb 0 011FPb 0 029FPb 0 027FPb 0 024FPb 0 013FPb 0 022FPb 0 04FPb 0 0

30FPb 0 025FPb 0 03FPb 0 0

20FPb 0 028FPb 0 017FPb 0 08FPb 0 09FPb 0 0

21FPb 0 010FPb 0 0

Critérios de periculosidade

Fonte: o autor

Page 189: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

166

Tabela 5 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino fundamental

InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso

médioMetabolismo

médioMicrofone

10FPv 1 3 0 2 700 022FPv 0 4 0 3 700 024FPv 1 3 1 3 700 021FPv 1 3 0 4 700 125FPv 1 3 1 3 700 013FPv 1 3 0 3 880 09FPv 1 5 0 2 700 1

19FPv 1 3 1 4 700 13FPv 1 4 1 2 880 1

29FPv 1 3 0 3 700 15FPv 1 4 1 2 700 1

14FPv 1 3 0 4 700 07FPv 1 4 2 2 700 18FPv 1 4 0 2 700 1

23FPv 1 5 0 3 700 028FPv 1 3 0 3 700 02FPv 0 4 1 2 880 1

20FPv 1 3 1 4 700 16FPv 1 4 1 2 700 1

27FPv 1 3 0 3 880 01FPv 1 4 1 3 880 2

15FPv 1 6 0 2 700 030FPv 0 3 1 3 700 04FPv 1 4 1 2 700 1

26FPv 1 3 1 3 700 011FPv 1 3 0 2 700 117FPv 0 5 1 4 880 118FPv 1 5 1 4 880 116FPv 1 5 1 4 700 012FPv 1 3 0 2 700 01FPb 1 2 0 3 880 02FPb 1 1 0 4 880 014FPb 1 0 0 2 700 06FPb 1 1 0 4 880 07FPb 1 1 0 3 880 016FPb 1 0 0 2 880 018FPb 1 0 0 2 880 015FPb 1 0 0 3 880 023FPb 1 0 0 3 700 05FPb 1 1 0 4 880 026FPb 1 1 0 3 880 019FPb 1 0 0 2 880 012FPb 1 0 0 2 880 011FPb 1 0 0 3 700 029FPb 1 1 0 3 880 027FPb 1 1 0 2 880 024FPb 1 0 0 3 880 013FPb 1 0 0 2 880 022FPb 1 0 0 3 880 04FPb 1 1 0 4 880 030FPb 1 1 0 3 880 025FPb 1 0 0 2 880 03FPb 1 2 0 4 880 020FPb 1 0 0 2 880 028FPb 1 1 0 3 880 017FPb 1 0 0 2 880 08FPb 1 1 0 3 880 09FPb 1 1 0 3 880 021FPb 1 0 0 2 700 010FPb 1 1 0 3 700 0

Critérios de penosidade

Fonte: o autor

Page 190: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

167

Tabela 6 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados - Categoria de ensino médio

Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos

8MPV Médio Privado Barra da Tijuca 5 7 244 Não se aplica18MPV Médio Privado Bento Ribeiro 3 8 169 Não se aplica29MPV Médio Privado Bonsucesso 4 8 204 Não se aplica16MPV Médio Privado Botafogo 5 9 254 Não se aplica30MPV Médio Privado Campo Grande 3 8 165 Não se aplica17MPV Médio Privado Cascadura 5 10 248 Não se aplica11MPV Médio Privado Catete 4 9 208 Não se aplica22MPV Médio Privado Catete 5 9 277 Não se aplica7MPV Médio Privado Centro 5 8 243 Não se aplica

14MPV Médio Privado Centro 4 8 217 Não se aplica1M PV Médio Privado Encantado 3 8 172 Não se aplica3MPV Médio Privado Grajaú 4 9 216 Não se aplica

12MPV Médio Privado Grajaú 5 9 263 Não se aplica5MPV Médio Privado Humaitá 4 8 203 Não se aplica6MPV Médio Privado Ilha do Governador 3 8 180 Não se aplica

21MPV Médio Privado Ipanema 6 10 279 Não se aplica15MPV Médio Privado Jacarepaguá 5 8 233 Não se aplica4MPV Médio Privado Lagoa 5 9 234 Não se aplica

20MPV Médio Privado Leblon 5 10 259 Não se aplica26MPV Médio Privado Madureira 5 9 212 Não se aplica23MPV Médio Privado Méier 4 9 209 Não se aplica25MPV Médio Privado Muda 4 8 210 Não se aplica27MPV Médio Privado Ramos 4 9 201 Não se aplica2 MPV Médio Privado Santa Teresa 4 9 217 Não se aplica19MPV Médio Privado São Cristovão 4 8 220 Não se aplica9MPV Médio Privado Tijuca 5 8 256 Não se aplica

13MPV Médio Privado Tijuca 5 9 272 Não se aplica28MPV Médio Privado Vaz Lobo 3 8 172 Não se aplica24MPV Médio Privado Vila Isabel 6 10 276 Não se aplica10MPV Médio Privado Vila Valqueire 3 7 177 Não se aplica8MPB Médio Público Bonsucesso 6 8 307 Não se aplica

11MPB Médio Público Higienópolis 5 9 377 Não se aplica12MPB Médio Público Higienópolis 6 9 309 Não se aplica13MPB Médio Público Higienópolis 6 9 321 Não se aplica14MPB Médio Público Higienópolis 6 8 307 Não se aplica15MPB Médio Público Higienópolis 8 9 408 Não se aplica16MPB Médio Público Higienópolis 6 8 324 Não se aplica17MPB Médio Público Higienópolis 5 9 315 Não se aplica18MPB Médio Público Higienópolis 3 8 201 Não se aplica19MPB Médio Público Higienópolis 4 8 218 Não se aplica20MPB Médio Público Higienópolis 4 8 232 Não se aplica21MPB Médio Público Higienópolis 4 8 219 Não se aplica22MPB Médio Público Higienópolis 4 8 220 Não se aplica23MPB Médio Público Higienópolis 5 9 334 Não se aplica24MPB Médio Público Higienópolis 4 9 214 Não se aplica25MPB Médio Público Higienópolis 5 9 331 Não se aplica26MPB Médio Público Higienópolis 5 9 320 Não se aplica27MPB Médio Público Higienópolis 4 8 208 Não se aplica28MPB Médio Público Higienópolis 3 7 299 Não se aplica29MPB Médio Público Higienópolis 3 8 179 Não se aplica30MPB Médio Público Higienópolis 6 9 312 Não se aplica6MPB Médio Público Ilha do Governador 4 8 215 Não se aplica1MPB Médio Público Lagoa 4 7 221 Não se aplica7MPB Médio Público Penha 6 8 309 Não se aplica

10MPB Médio Público Penha 6 9 311 Não se aplica3MPB Médio Público Quintino Bocaiúva 6 9 313 Não se aplica9MPB Médio Público Ramos 6 9 312 Não se aplica4MPB Médio Público Rio Comprido 6 8 317 Não se aplica2MPB Médio Público Tijuca 5 9 375 Não se aplica5MPB Médio Público Vila Isabel 6 9 312 Não se aplica

Fonte: o autor

Page 191: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

168

Tabela 7 – Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino médio

InstituiçãoGiz Caneta Ruído

ventiladoresRuído ar

refrigeradoRuído

trânsitoRuídooficina

RuídoFábrica

Vibração Calor Frio Rad.ionizante

Rad. nãoionizante

Químicos Poeiraresp.

Agentesbiológicos

Gases Umidade Pressãoatmosférica

8MPV 5 5 8 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 018MPV 3 3 8 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 029MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 016MPV 5 5 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 030MPV 3 3 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 017MPV 5 5 9 0 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 011MPV 4 4 8 2 1 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 022MPV 5 5 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 07MPV 5 5 7 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 014MPV 4 4 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 01M PV 3 3 6 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 03MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 012MPV 5 5 5 2 1 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 05MPV 4 4 7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 06MPV 3 3 7 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 021MPV 6 6 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 015MPV 5 5 9 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 04MPV 5 5 7 1 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 020MPV 5 5 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 026MPV 5 5 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 0 0 0 023MPV 4 4 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 025MPV 4 4 9 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 027MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 02 MPV 4 4 7 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 019MPV 4 4 8 0 0 0 0 0 0 1 0 0 4 4 0 0 0 09MPV 5 5 8 2 0 0 0 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 013MPV 5 5 9 2 0 0 1 0 0 1 0 0 5 5 0 0 0 028MPV 3 3 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 0 0 0 024MPV 6 6 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 010MPV 3 3 8 1 1 0 0 0 0 1 0 0 3 3 0 0 0 08MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 011MPB 5 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 012MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 013MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 014MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 015MPB 8 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 8 0 0 0 016MPB 6 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 017MPB 5 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 018MPB 3 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 0 0 019MPB 4 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 020MPB 4 2 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 021MPB 4 3 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 0 0 022MPB 4 1 5 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 023MPB 5 1 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 024MPB 4 1 5 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 025MPB 5 1 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 026MPB 5 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 027MPB 4 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 4 0 0 0 028MPB 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 029MPB 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 030MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 06MPB 4 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 4 0 0 0 01MPB 4 3 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0 0 0 07MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 010MPB 6 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 03MPB 6 1 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 09MPB 6 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 6 0 0 0 04MPB 6 1 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 02MPB 5 1 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 5 0 0 0 05MPB 6 1 7 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 6 0 0 0 0

Critérios de insalubridade

Fonte: o autor

Page 192: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

169

Tabela 8 – Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino médio

InstituiçãoInflamáveis Explosivos

8MPV 0 018MPV 0 029MPV 0 016MPV 0 030MPV 0 017MPV 0 011MPV 0 022MPV 0 07MPV 0 0

14MPV 0 01M PV 0 03MPV 0 0

12MPV 0 05MPV 0 06MPV 0 0

21MPV 0 015MPV 0 04MPV 0 0

20MPV 0 026MPV 0 023MPV 0 025MPV 0 027MPV 0 02 MPV 0 019MPV 0 09MPV 0 0

13MPV 0 028MPV 0 024MPV 0 010MPV 0 08MPB 0 0

11MPB 0 012MPB 0 013MPB 0 014MPB 0 015MPB 0 016MPB 0 017MPB 0 018MPB 0 019MPB 0 020MPB 0 021MPB 0 022MPB 0 023MPB 0 024MPB 0 025MPB 0 026MPB 0 027MPB 0 028MPB 0 029MPB 0 030MPB 0 06MPB 0 01MPB 0 07MPB 0 0

10MPB 0 03MPB 0 09MPB 0 04MPB 0 02MPB 0 05MPB 0 0

Critérios de periculosidade

Fonte: o autor

Page 193: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

170

Tabela 9 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino médio

InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso

médioMetabolismo

médioMicrofone

8MPV 1 3 1 1 700 018MPV 1 2 0 1 700 029MPV 1 2 0 1 700 016MPV 1 2 1 1 880 130MPV 1 2 0 1 700 017MPV 1 3 2 1 700 011MPV 1 2 1 1 700 022MPV 0 2 1 1 700 07MPV 1 2 1 1 700 014MPV 1 2 1 1 700 01M PV 1 2 0 1 700 03MPV 1 2 1 1 700 112MPV 1 2 1 1 700 05MPV 1 2 1 1 700 06MPV 1 2 1 1 700 021MPV 1 2 1 1 700 015MPV 1 2 1 2 700 04MPV 1 2 1 1 880 020MPV 1 2 1 1 880 026MPV 1 2 1 2 700 023MPV 1 4 1 1 700 025MPV 1 2 0 1 700 027MPV 1 2 0 1 700 02 MPV 1 2 0 1 700 019MPV 1 2 0 1 700 09MPV 1 3 1 2 700 013MPV 1 2 2 1 700 028MPV 1 2 0 1 700 024MPV 1 3 2 1 700 110MPV 1 2 0 2 700 08MPB 1 0 0 2 880 011MPB 1 0 0 2 880 012MPB 1 1 0 2 880 013MPB 1 0 0 2 880 014MPB 1 0 0 2 880 015MPB 1 0 0 3 880 016MPB 1 0 0 4 880 017MPB 1 0 0 2 880 018MPB 1 0 0 2 880 019MPB 1 0 0 2 880 020MPB 1 0 0 2 700 021MPB 1 0 0 2 700 022MPB 1 0 0 2 880 023MPB 1 0 0 1 880 024MPB 1 0 0 1 880 025MPB 1 0 0 1 880 026MPB 1 0 0 2 880 027MPB 1 0 0 1 880 028MPB 1 0 0 2 880 029MPB 1 0 0 1 880 030MPB 1 0 1 1 880 06MPB 1 0 0 3 700 01MPB 1 0 0 2 880 07MPB 1 0 0 3 880 010MPB 1 0 0 2 880 03MPB 1 0 0 3 880 09MPB 1 0 0 2 880 04MPB 1 0 0 3 880 02MPB 1 0 0 3 700 05MPB 1 1 0 3 880 0

Critérios de penosidade

Fonte: o autor

Page 194: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

171

Tabela 10 - Número de salas, bairros, professores e alunos coletados – Categoria de ensino superior

Instituição Categoria Bairro Nº de Nº de Nº de Faculdadede ensino Salas Professores Alunos

16SPV Superior Privado Barra da Tijuca 5 8 109 Design de Modas12SPV Superior Privado Botafogo 9 11 214 Psicologia13SPV Superior Privado Botafogo 6 9 185 Biomedicina3SPV Superior Privado Centro 8 12 234 Ad.de Empresas6SPV Superior Privado Centro 8 10 313 Ciencias Contábeis7SPV Superior Privado Centro 9 10 257 Economia8SPV Superior Privado Centro 8 10 353 Ad. de Empresas

10SPV Superior Privado Centro 9 10 190 Normal Superior14SPV Superior Privado Centro 9 11 246 História18SPV Superior Privado Centro 10 14 283 Farmácia1SPV Superior Privado Encantado 9 10 234 Pedagogia2SPV Superior Privado Encantado 8 11 202 História

27SPV Superior Privado Flamengo 14 16 549 Direito28SPV Superior Privado Flamengo 9 10 270 Ciências da Computação29SPV Superior Privado Flamengo 4 6 97 Filosofia30SPV Superior Privado Flamengo 3 6 57 Relações Internacionais25SPV Superior Privado Ilha do Governador 11 14 297 Pedagogia26SPV Superior Privado Ilha do Governador 9 10 263 Ad. de Empresas20SPV Superior Privado Jacarepaguá 3 7 68 Secretariado Trilingue4SPV Superior Privado P. Bandeira 26 17 1508 Direito5SPV Superior Privado P. Bandeira 12 10 765 Direito

15SPV Superior Privado Rio Comprido 4 7 112 Cinema17SPV Superior Privado Rio Comprido 4 6 84 Hotelaria19SPV Superior Privado Rio Comprido 3 6 57 Teologia9SPV Superior Privado Tijuca 9 9 247 Pedagogia

11SPV Superior Privado Tijuca 9 10 362 Comunicação Social21SPV Superior Privado Tijuca 10 12 287 Jornalismo22SPV Superior Privado Tijuca 4 7 88 Serviço Social23SPV Superior Privado Tijuca 9 10 216 Pedagogia24SPV Superior Privado Tijuca 4 6 98 Turismo25SPB Superior Público Botafogo 14 10 621 Direito26SPB Superior Público Botafogo 7 5 85 Biblioteconomia27SPB Superior Público Botafogo 8 5 132 Filosofia28SPB Superior Público Botafogo 6 8 102 Teatro29SPB Superior Público Botafogo 8 9 263 Pedagogia 30SPB Superior Público Botafogo 6 5 137 Turismo6SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 9 171 Física7SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 7 193 Geociência8SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 6 165 Matemática

10SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 8 244 Psicologia11SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 9 79 Belas Artes12SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 7 256 Computação Eletrônica13SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 8 302 Arquitetura e Urbanismo14SPB Superior Público Ilha do Fundão 8 7 317 Ciencias Contábeis15SPB Superior Público Ilha do Fundão 7 5 55 Meteorologia16SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 7 7 214 Ciencias da Computação17SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 8 5 268 Biologia 18SPB Superior Público Quintino Bocaiúva 8 7 234 Pedagogia 2SPB Superior Público Tijuca 10 14 690 Direito

19SPB Superior Público Tijuca 7 6 198 Letras20SPB Superior Público Tijuca 7 6 173 Filosofia21SPB Superior Público Tijuca 8 6 190 Pedagogia 22SPB Superior Público Tijuca 11 10 564 Direito23SPB Superior Público Tijuca 8 6 136 Matemática24SPB Superior Público Tijuca 8 5 122 Física1SPB Superior Público Urca 12 19 312 Engenharia Militar3SPB Superior Público Urca 9 8 316 Economia4SPB Superior Público Urca 8 8 322 Contabilidade5SPB Superior Público Urca 8 9 378 Comunicação9SPB Superior Público Urca 8 9 283 Pedagogia

Fonte: o autor

Page 195: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

172

Tabela 11 – Fontes de agentes de insalubridade - Categoria de ensino superior Instituição

Giz Caneta Ruídoventiladores

Ruído arrefrigerado

Ruídotrânsito

Ruídooficina

RuídoFábrica

Vibração Calor Frio Rad.ionizante

Rad. nãoionizante

Químicos Poeiraresp.

Agentesbiológicos

Gases Umidade Pressãoatmosférica

16SPV 0 5 8 9 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 012SPV 0 9 12 8 1 1 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 013SPV 0 6 6 6 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 03SPV 1 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 1 0 0 0 06SPV 0 8 8 8 1 0 1 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 07SPV 0 9 9 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 08SPV 0 8 8 8 1 0 1 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0

10SPV 0 9 10 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 014SPV 0 9 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 018SPV 0 10 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 01SPV 2 9 12 14 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 0 0 0 02SPV 1 8 8 8 1 0 0 0 0 0 0 0 8 1 0 0 0 0

27SPV 0 14 14 7 1 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 028SPV 0 9 12 7 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 029SPV 0 4 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 030SPV 0 3 6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 025SPV 2 11 11 9 1 0 0 0 0 0 0 0 11 2 0 0 0 026SPV 2 9 14 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 0 0 0 020SPV 0 3 6 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 04SPV 2 26 4 16 1 0 0 0 0 0 0 0 26 2 0 0 0 05SPV 0 12 6 10 1 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0

15SPV 2 4 8 4 1 0 1 0 0 0 0 0 4 2 0 0 0 017SPV 0 4 4 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 019SPV 0 3 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 09SPV 0 9 10 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0

11SPV 0 9 9 9 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 021SPV 0 10 10 10 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 022SPV 0 4 8 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 023SPV 0 9 9 6 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 024SPV 0 4 8 4 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 025SPB 0 14 16 1 1 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 026SPB 0 7 6 2 1 1 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 027SPB 1 7 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 1 0 0 0 028SPB 0 6 6 1 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 029SPB 0 8 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 030SPB 0 6 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 06SPB 4 4 6 1 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4 0 0 0 07SPB 0 8 8 2 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 08SPB 0 7 14 2 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0

10SPB 0 8 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 011SPB 0 7 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 012SPB 0 7 12 6 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 013SPB 0 8 10 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 014SPB 0 8 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 015SPB 0 7 4 2 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 016SPB 0 7 12 4 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 017SPB 0 8 12 1 1 1 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 018SPB 3 5 12 1 1 0 1 0 0 0 0 0 5 3 0 0 0 02SPB 0 10 8 2 1 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0

19SPB 0 7 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 020SPB 0 7 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 021SPB 0 8 9 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 022SPB 0 11 24 4 1 0 1 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 023SPB 0 8 6 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 024SPB 0 8 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 01SPB 2 10 10 8 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 0 0 0 03SPB 0 9 10 3 1 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 04SPB 0 8 12 2 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 05SPB 2 6 8 0 1 0 0 0 0 0 0 0 6 2 0 0 0 09SPB 0 8 10 1 1 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0

Critérios de insalubridade

Fonte: o autor

Page 196: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

173

Tabela 12 – Fontes de agentes de periculosidade - Categoria de ensino superior

InstituiçãoInflamáveis Explosivos

16SPV 0 012SPV 0 013SPV 0 03SPV 0 06SPV 0 07SPV 0 08SPV 0 0

10SPV 0 014SPV 0 018SPV 0 01SPV 0 02SPV 0 0

27SPV 0 028SPV 0 029SPV 0 030SPV 0 025SPV 0 026SPV 0 020SPV 0 04SPV 0 05SPV 0 0

15SPV 0 017SPV 0 019SPV 0 09SPV 0 0

11SPV 0 021SPV 0 022SPV 0 023SPV 0 024SPV 0 025SPB 0 026SPB 0 027SPB 0 028SPB 0 029SPB 0 030SPB 0 06SPB 0 07SPB 0 08SPB 0 0

10SPB 0 011SPB 0 012SPB 0 013SPB 0 014SPB 0 015SPB 0 016SPB 0 017SPB 0 018SPB 0 02SPB 0 0

19SPB 0 020SPB 0 021SPB 0 022SPB 0 023SPB 0 024SPB 0 01SPB 0 03SPB 0 04SPB 0 05SPB 0 09SPB 0 0

Critérios de periculosidade

Fonte: o autor

Page 197: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

174

Tabela 13 – Fontes de agentes de penosidade - Categoria de ensino superior

InstituiçãoIluminação Retroprojetor Datashow Peso

médioMetabolismo

médioMicrofone

16SPV 0 4 5 1 700 512SPV 1 7 9 1 600 713SPV 1 4 6 1 700 63SPV 1 5 8 1 600 76SPV 1 5 8 1 700 77SPV 1 5 9 1 600 78SPV 1 5 8 1 600 710SPV 1 8 9 1 600 714SPV 0 4 9 1 600 818SPV 1 7 10 1 600 81SPV 1 4 9 1 600 72SPV 1 5 8 2 600 827SPV 0 7 14 1 600 1128SPV 1 7 9 1 600 729SPV 1 4 4 1 600 330SPV 1 3 3 1 600 325SPV 1 7 11 1 600 826SPV 1 7 9 1 600 720SPV 0 3 3 1 600 34SPV 1 5 26 1 600 155SPV 1 5 12 1 600 915SPV 0 4 4 1 700 417SPV 1 4 4 1 600 319SPV 1 3 3 1 600 39SPV 1 4 9 1 600 711SPV 1 8 9 1 700 721SPV 0 5 10 1 600 822SPV 1 4 4 1 600 323SPV 1 7 9 2 600 724SPV 1 4 4 3 600 425SPB 1 4 1 3 600 126SPB 1 2 1 1 600 327SPB 1 3 1 2 600 228SPB 1 2 1 1 700 229SPB 1 3 1 3 600 130SPB 1 4 1 1 600 16SPB 0 6 1 1 600 37SPB 1 8 1 1 600 38SPB 1 6 1 1 600 310SPB 1 7 1 1 600 311SPB 0 7 2 2 700 312SPB 1 5 1 1 600 313SPB 1 6 1 1 600 314SPB 1 4 1 1 600 315SPB 1 3 1 1 600 216SPB 1 2 1 1 600 217SPB 1 3 0 1 600 218SPB 1 4 0 3 600 22SPB 1 2 3 3 600 419SPB 1 6 1 2 600 220SPB 1 7 1 2 600 121SPB 1 6 1 3 600 122SPB 1 3 2 2 600 123SPB 1 3 1 1 600 124SPB 1 3 1 1 600 11SPB 0 6 6 2 700 63SPB 1 2 2 1 600 44SPB 1 1 2 1 600 35SPB 1 1 1 1 600 39SPB 1 6 1 1 600 3

Critérios de penosidade

Fonte: o autor

Page 198: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

175

Tabela 14 – Dosimetrias de ruído – Categoria de ensino fundamental público

Sala deaula

Doseprojetada

Lavg dB (A)

Sala deaula

Dose projetada

Lavg dB (A)

8 h % 8 h %1 37,9 78 34 45,4 79,32 41,2 78,6 35 55,1 80,73 50 80 36 57,4 814 59,9 81,3 37 71,7 82,65 35,4 77,5 38 50,7 80,16 44,1 79,1 39 38,4 78,17 24,3 74,8 40 46,7 79,58 28,3 75,9 41 59,9 81,39 12 69,7 42 51,4 80,2

10 59,9 81,3 43 54,3 80,611 119,7 86,3 44 44,8 79,212 40,6 78,5 45 24 74,713 45,4 79,3 46 47,3 79,614 60,7 81,4 47 30,8 76,515 30,4 76,4 48 33,9 77,216 56,6 80,9 49 30,4 76,417 58,2 81,1 50 45,4 79,318 34,4 77,3 51 50,7 80,119 22,4 74,2 52 69,7 82,420 29,5 76,2 53 59 81,221 37,4 77,9 54 48 79,722 110,2 85,7 55 56,6 80,923 76,8 83,1 56 54,3 80,624 55,1 80,7 57 93,3 84,525 22,7 74,3 58 80,1 83,426 62,4 81,6 59 22,7 74,327 50 80 60 32,1 76,828 24,3 74,8 61 37,4 77,929 34,4 77,3 62 47,3 79,630 60,7 81,4 63 50,7 80,131 50,7 80,1 64 60,7 81,432 44,8 79,2 65 19,2 73,133 24 74,7 66 22,1 74,1

Fonte: Autor

Nota: Os valores obtidos nas salas 11 e 22, foram superiores a média, tendo em vista que

estavam localizadas próximas as linhas férreas (trem urbano)

Page 199: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

176

Tabela 15 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino fundamental privado

Sala deaula

Doseprojetada

Lavg dB (A)

Sala deaula

Dose projetada

Lavg dB (A)

8 h % 8 h %1 56,6 80,9 42 59,9 81,32 58,2 81,1 43 47,3 79,63 34,4 77,3 44 30,8 76,54 22,4 74,2 45 33,9 77,25 50 80 46 30,4 76,46 24,3 74,8 47 45,4 79,37 34,4 77,3 48 80,1 83,48 38,4 78,1 49 22,7 74,39 46,7 79,5 50 32,1 76,8

10 59,9 81,3 51 44,8 79,211 51,4 80,2 52 33,9 77,212 30,4 76,4 53 30,4 76,413 45,4 79,3 54 56,6 80,914 50,7 80,1 55 54,3 80,615 69,7 82,4 56 47,3 79,616 37,9 78 57 30,8 76,517 41,2 78,6 58 54,3 80,618 50 80 59 56,6 80,919 59,9 81,3 60 54,3 80,620 35,4 77,5 61 93,3 84,521 44,1 79,1 62 17,4 72,422 24,3 74,8 63 116,5 86,123 28,3 75,9 64 55,1 80,724 12 69,7 65 101,4 85,125 80,1 83,4 66 22,7 74,326 22,7 74,3 67 32,1 76,827 32,1 76,8 68 37,4 77,928 37,4 77,9 69 47,3 79,629 47,3 79,6 70 50,7 80,130 50,7 80,1 71 60,7 81,431 44,8 79,2 72 19,2 73,132 69,7 82,4 73 22,1 74,133 59 81,2 74 98,6 84,934 48 79,7 75 104,2 85,335 56,6 80,9 76 52,9 80,436 44,8 79,2 77 76,8 83,137 24 74,7 78 46 79,438 47,3 79,6 79 19,2 73,139 30,8 76,5 80 33,9 77,240 41,2 78,6 81 44,1 79,141 50 80 82 14,4 71

Fonte: Autor

Page 200: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

177

Tabela 16 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio público

Sala deaula

Doseprojetada

Lavg dB (A)

8 h %1 34,9 77,42 16,3 71,93 17,9 72,64 30,4 76,45 40,1 78,46 3,3 60,57 44,1 79,18 54,3 80,69 19,2 73,1

10 34,9 77,411 6,3 65,112 7,8 66,613 15,4 71,514 39 78,215 24,7 74,916 29,1 76,117 3,2 60,118 44,1 79,119 16,7 72,120 34,4 77,321 29,1 76,122 14,4 7123 3,3 60,324 8,1 66,925 4,8 63,126 44,8 79,227 23,7 74,628 40,1 78,429 52,1 80,330 30,4 76,431 57,4 8132 20,6 73,6

Fonte: Autor

Nota: Os valores obtidos nas salas 06, 17 e 23 são inferiores a média das demais, tendo em vista que a maioria dos alunos é surdo-mudo e a comunicação utilizada é Libras entre o professor e os alunos e alunos entre si.

Page 201: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

178

Tabela 17 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino médio privado

Sala de

aulaDose

projetadaLavg

dB (A)8 h %

1 66,9 82,12 119,7 86,33 94,6 84,64 52,1 80,35 57,4 816 46 79,47 37,4 77,98 80,1 83,49 130,1 86,9

10 16,7 72,111 35,8 77,612 43,5 7913 59 81,214 89,5 84,215 59,9 81,316 72,7 82,717 52,1 80,318 46 79,419 76,8 83,120 60,7 81,421 52,9 80,422 47,3 79,623 44,8 79,224 33,9 77,225 29,1 76,126 18,2 72,727 80,1 83,428 114,9 8629 105,7 85,430 63,3 81,731 44,8 79,232 33,4 77,133 22,4 74,2

Fonte: Autor

Page 202: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

179

Tabela 18 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior público

Sala de

aulaDose

projetadaLavg

dB (A)Sala de

aulaDose

projetadaLavg

dB (A)8 h % 8 h %

1 90,8 84,3 52 45,4 79,32 102,8 85,2 53 17,4 72,43 119,7 86,3 54 116,5 86,14 44,1 79,1 55 30,4 76,45 52,1 80,3 56 56,6 80,96 43,5 79 57 54,3 80,67 66,9 82,1 58 47,3 79,68 119,7 86,3 59 80,1 83,49 94,6 84,6 60 22,7 74,3

10 52,1 80,3 61 32,1 76,811 57,4 81 62 76,8 83,112 66,9 82,1 63 46 79,413 77,9 83,2 64 98,6 84,914 90,8 84,3 65 104,2 85,315 130,1 86,9 66 50 8016 16,7 72,1 67 59,9 81,317 35,8 77,6 68 68,8 82,318 76,8 83,1 69 47,3 79,619 102,8 85,2 70 30,8 76,520 69,7 82,4 71 38,4 78,121 44,1 79,1 72 46,7 79,522 22,4 74,2 73 24,3 74,823 52,9 80,4 74 34,4 77,324 47,3 79,6 75 50 8025 44,8 79,2 76 59,9 81,326 50,7 80,1 77 89,5 84,227 69,7 82,4 78 80,1 83,428 60,7 81,4 79 22,7 74,329 80,1 83,4 80 76,8 83,130 38,4 78,1 81 37,9 7831 44,8 79,2 82 41,2 78,632 33,4 77,1 83 50 8033 22,4 74,2 84 89,5 84,234 52,9 80,4 85 76,8 83,135 76,8 83,1 86 30,4 76,436 60,7 81,4 87 45,4 79,337 75,8 83 88 59,9 81,338 19,2 73,1 89 50,7 80,139 29,1 76,1 90 69,7 82,440 34,4 77,3 91 50 8041 50,7 80,1 92 59,9 81,342 80,1 83,4 93 52,1 80,343 116,5 86,1 94 59,9 81,344 15 71,3 95 51,4 80,245 20,3 73,5 96 44,1 79,146 50,7 80,1 97 59,9 81,347 39 78,2 98 88,3 84,148 76,8 83,1 99 62,4 81,649 66,9 82,1 100 60,7 81,450 39 78,2 101 80,1 83,451 62,4 81,6

Fonte: Autor

Page 203: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

180

Tabela 19 - Dosimetrias de ruído - Categoria de ensino superior privado

Sala deaula

Doseprojetada

Lavg dB (A)

Sala deaula

Dose projetada

Lavg dB (A)

8 h % 8 h %1 33,4 77,1 37 59,9 81,32 30,4 76,4 38 30,4 76,43 44,1 79,1 39 18,7 72,94 12 69,7 40 44,8 79,25 59,9 81,3 41 24 74,76 71,7 82,6 42 13,2 70,47 22,4 74,2 43 47,3 79,68 29,5 76,2 44 39 78,29 30,8 76,5 45 30,8 76,5

10 34,4 77,3 46 50,7 80,111 22,4 74,2 47 69,7 82,412 44,1 79,1 48 11 69,113 37,4 77,9 49 52,1 80,314 29,1 76,1 50 20 73,415 22,7 74,3 51 59 81,216 21,2 73,8 52 8,4 67,117 29,1 76,1 53 56,6 80,918 33,4 77,1 54 29,9 76,319 60,7 81,4 55 48 79,720 48,6 79,8 56 15 71,321 44,8 79,2 57 32,1 76,822 24 74,7 58 22,7 74,323 22,1 74,1 59 10 68,424 31,6 76,7 60 32,1 76,825 50,7 80,1 61 47,3 79,626 17,4 72,4 62 10,6 68,827 11 69,1 63 44,8 79,228 46,7 79,5 64 37,4 77,929 15 71,3 65 60,7 81,430 21,5 73,9 66 52,9 80,431 9,7 68,2 67 50,7 80,132 38,4 78,1 68 39,5 78,333 12 69,7 69 19,2 73,134 32,1 76,8 70 33,9 77,235 51,4 80,2 71 22,1 74,136 13 70,3

Fonte: Autor

Page 204: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

181

Tabela 20 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental público

Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 24,8 22,7 22,8 34 23,9 29,1 24,92 29,8 26,3 22,6 35 22,3 24,8 22,83 28,8 27,0 23,0 36 23,0 27,1 21,74 27,8 24,7 22,7 37 22,5 24,8 23,45 22,7 22,8 26,3 38 23,9 25,8 22,96 28,3 22,6 27,0 39 22,3 26,8 23,97 23,5 23,0 24,7 40 22,8 22,8 24,98 25,8 25,7 22,8 41 27,1 24,9 25,09 27,0 27,8 22,6 42 24,2 29,0 22,7

10 24,7 24,8 23,0 43 25,3 22,5 27,111 27,1 25,8 25,7 44 26,8 23,9 24,212 24,8 27,8 22,9 45 22,5 22,3 24,213 25,8 27,4 27,1 46 24,9 27,1 25,314 26,8 27,9 26,0 47 25,3 24,2 26,915 27,8 23,0 23,7 48 26,8 25,3 22,516 26,3 22,5 24,7 49 22,5 26,4 24,917 27,9 24,3 27,1 50 24,9 22,7 26,118 24,7 29,1 24,8 51 29,0 24,0 27,519 22,8 28,8 25,8 52 24,2 26,1 24,220 22,6 27,8 26,8 53 25,3 24,2 25,721 22,6 22,6 22,8 54 26,6 25,3 26,422 25,7 26,3 24,9 55 22,8 26,4 23,923 29,8 27,0 29,0 56 24,9 22,5 24,624 24,8 24,7 25,7 57 24,2 24,3 23,525 27,8 22,9 22,5 58 25,3 26,1 22,926 26,3 25,0 23,9 59 26,8 24,2 23,027 27,0 23,0 22,3 60 22,5 25,3 24,228 24,7 25,7 24,8 61 24,9 26,8 25,329 22,8 27,4 27,1 62 23,9 22,5 26,530 22,6 27,9 24,2 63 24,3 24,9 22,731 23,0 23,0 25,3 64 24,5 26,8 24,332 25,7 22,5 26,4 65 25,0 22,5 26,133 22,5 24,3 22,5 66 26,3 24,9 26,4

Fonte: Autor

Page 205: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

182

Tabela 21 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino fundamental privado

Sala

de aulaTermô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 24,9 26,0 22,3 42 21,9 22,7 27,12 24,2 23,3 22,8 43 23,9 24,3 26,63 25,3 22,3 24,7 44 22,3 24,5 24,24 26,8 22,9 23,0 45 22,5 25,5 25,85 22,5 24,2 22,5 46 24,2 26,3 25,76 24,8 23,5 23,9 47 23,4 25,0 28,07 23,9 25,4 27,0 48 25,7 22,3 23,58 24,7 22,7 22,8 49 26,1 22,9 25,39 24,5 24,0 24,2 50 22,8 24,7 22,8

10 25,0 22,5 23,4 51 22,3 23,7 24,611 26,3 24,9 25,7 52 22,7 25,2 23,412 25,5 23,5 22,3 53 24,0 24,6 24,513 22,3 23,4 21,9 54 23,7 23,0 24,314 21,9 21,9 21,9 55 24,5 21,9 27,015 21,7 23,9 23,4 56 25,5 23,9 22,816 23,4 24,2 22,5 57 26,3 22,3 22,317 22,5 23,5 23,9 58 24,2 22,5 24,718 23,9 24,7 21,7 59 22,5 24,2 23,019 21,7 23,5 22,8 60 24,2 23,4 25,720 22,8 22,3 24,2 61 23,4 25,7 26,121 24,2 24,2 23,7 62 25,7 26,1 22,822 26,0 23,6 25,7 63 26,1 22,8 24,323 22,5 25,0 28,0 64 22,8 24,3 24,524 24,9 25,7 23,5 65 24,3 24,5 23,425 24,2 26,1 22,6 66 25,0 25,5 25,726 25,3 22,8 22,5 67 23,9 26,3 26,127 26,8 25,1 24,7 68 22,3 26,0 22,828 22,5 27,0 23,0 69 22,9 25,7 26,329 24,9 22,6 22,1 70 24,2 26,1 23,430 23,9 26,1 23,9 71 23,7 22,8 22,531 24,3 23,8 26,3 72 25,7 24,3 23,932 24,5 23,0 22,8 73 26,1 24,5 27,033 25,5 21,9 24,2 74 24,7 26,2 22,834 26,3 23,9 23,4 75 25,1 25,7 24,235 25,3 22,3 25,7 76 26,3 25,3 23,736 22,3 25,4 22,3 77 25,7 25,3 25,737 22,5 24,2 23,7 78 26,1 23,7 28,038 24,3 23,9 21,9 79 22,8 27,0 23,539 23,7 25,7 22,8 80 24,3 22,3 27,340 25,2 26,0 22,5 81 24,5 22,9 26,841 23,0 22,8 23,9 82 25,5 24,2 25,9

Fonte: Autor

Page 206: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

183

Tabela 22 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio público

Sala

de aulaTermô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 24,3 25,3 22,52 25,3 23,7 24,93 22,3 27,0 23,74 24,0 22,3 25,35 23,5 22,9 24,56 25,2 24,2 22,87 23,4 22,5 24,28 25,7 24,9 23,49 22,3 23,5 25,7

10 22,8 25,2 22,311 21,9 25,7 22,812 23,4 24,2 21,313 22,5 23,4 23,414 23,9 25,7 22,515 27,0 22,3 23,516 22,8 22,8 27,017 24,2 21,9 22,818 23,7 23,3 24,219 25,7 22,5 23,420 28,2 23,9 25,721 23,5 27,0 28,022 26,8 22,8 23,723 24,3 24,2 26,824 22,6 23,5 24,625 23,6 25,7 22,626 28,1 28,0 23,327 23,6 23,5 28,128 23,7 26,8 23,629 25,7 24,5 23,730 25,3 22,6 25,731 23,7 23,0 25,732 27,0 28,1 28,0

Fonte: Autor

Page 207: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

184

Tabela 23 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino médio privado

Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 22,3 25,2 22,62 22,3 23,4 22,33 22,4 24,2 23,04 22,3 28,1 22,35 22,3 23,5 23,06 22,6 26,3 26,07 22,5 27,5 27,58 24,9 24,3 24,79 23,7 22,3 24,5

10 25,2 22,6 22,611 23,4 23,0 24,312 24,3 25,7 25,713 28,1 22,6 22,414 24,3 24,7 24,715 26,2 23,4 23,416 22,6 24,0 24,017 23,6 23,7 23,718 25,7 22,5 22,619 22,6 22,5 22,520 24,5 24,9 24,921 23,4 23,0 23,722 24,0 25,2 25,423 23,7 23,0 23,024 22,6 24,3 24,725 22,9 28,1 28,126 28,1 24,7 24,727 24,7 26,2 26,228 26,2 22,9 22,629 22,5 26,1 28,130 24,7 25,3 24,731 26,2 23,7 26,432 22,6 25,6 22,533 22,3 22,4 22,6

Fonte: Autor

Page 208: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

185

Tabela 24 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior público Sala

de aulaTermô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 22,3 25,2 22,3 52 22,5 26,1 24,92 22,3 22,3 22,5 53 24,9 25,3 23,33 22,6 22,5 22,6 54 23,7 22,0 25,24 22,5 22,6 24,3 55 22,5 24,5 23,05 24,9 22,5 26,2 56 23,4 23,0 24,36 23,7 24,9 23,5 57 24,3 22,4 28,27 25,2 23,4 24,7 58 25,1 25,2 24,78 23,4 25,2 23,5 59 24,3 23,7 25,09 24,3 23,7 22,3 60 26,2 23,3 27,1

10 28,1 24,9 24,9 61 22,4 24,3 26,111 24,3 22,7 23,7 62 23,6 22,8 22,612 26,2 22,3 24,0 63 22,9 24,9 22,013 22,6 22,6 23,4 64 21,7 25,3 24,514 23,6 22,5 26,1 65 24,9 22,0 23,015 24,3 24,9 28,1 66 23,3 24,5 22,416 22,6 23,7 24,3 67 25,2 22,3 23,517 25,2 22,3 26,2 68 23,0 22,5 24,318 24,9 23,4 25,0 69 24,3 22,6 25,319 23,3 24,3 23,6 70 28,2 22,5 22,020 25,2 28,1 22,3 71 24,7 24,9 24,521 23,0 24,3 23,7 72 26,2 23,7 25,122 24,3 26,2 22,6 73 22,9 25,2 23,723 28,2 22,6 22,5 74 26,1 23,7 24,324 24,7 23,6 24,9 75 25,3 23,5 24,025 26,2 24,5 23,7 76 22,7 25,2 23,726 22,9 22,5 25,2 77 24,5 24,9 25,227 26,1 24,9 23,7 78 23,2 23,3 22,328 25,3 23,5 24,3 79 22,4 25,2 22,529 22,0 22,3 26,2 80 26,2 23,0 22,630 24,5 22,5 25,3 81 26,2 24,3 22,531 23,0 22,6 22,0 82 25,3 28,2 24,932 22,4 22,5 24,5 83 22,0 24,7 23,733 25,3 24,9 22,5 84 24,5 24,5 25,234 22,0 23,7 24,9 85 25,3 22,4 23,735 24,5 25,2 23,7 86 22,6 26,3 24,336 24,9 23,7 25,2 87 23,6 23,7 28,137 24,3 25,0 23,7 88 25,3 22,0 24,338 22,5 25,2 26,2 89 25,3 24,5 26,239 23,7 24,5 23,4 90 22,4 23,0 22,640 24,9 22,1 22,4 91 24,5 22,4 23,641 23,5 24,9 23,6 92 23,7 25,3 24,042 22,3 23,5 25,3 93 25,3 22,3 25,343 22,0 22,3 25,3 94 22,0 24,5 22,044 24,5 23,3 26,1 95 24,0 26,2 25,345 26,1 25,2 25,3 96 22,3 22,6 22,746 25,3 23,0 22,0 97 25,2 23,6 24,547 22,0 24,3 24,5 98 23,5 24,0 23,348 24,5 28,4 23,4 99 25,3 25,2 25,249 22,3 24,7 26,2 100 22,0 25,3 24,150 22,3 26,2 22,9 101 24,5 22,0 23,051 24,0 22,9 23,3

Fonte: Autor

Page 209: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

186

Tabela 25 – Temperaturas anormais - Categoria de ensino superior privado

Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG Sala de aula

Termô-metro

de globo

Termô-metro de

bulboúmido

IBUTG

1 25,2 22,3 24,0 37 23,6 25,2 22,52 22,5 24,5 25,2 38 26,2 25,3 23,63 24,1 26,2 23,3 39 22,5 23,7 24,04 26,2 22,6 22,3 40 23,6 25,7 25,85 22,0 23,6 24,3 41 24,0 28,0 25,16 23,6 24,0 26,2 42 25,4 23,4 24,17 24,0 25,2 22,5 43 25,3 22,3 23,18 25,2 25,0 23,6 44 25,3 24,5 25,29 25,3 24,5 24,2 45 28,0 26,2 22,4

10 23,3 26,2 25,2 46 23,7 22,5 22,411 22,4 22,4 25,3 47 22,3 23,6 23,612 23,4 23,6 22,3 48 24,5 24,0 23,513 22,6 24,0 24,5 49 26,7 25,4 24,014 23,6 25,2 26,2 50 22,6 25,3 28,315 25,7 26,2 22,6 51 23,6 24,0 22,316 25,7 26,2 23,6 52 24,3 26,2 22,417 23,6 22,5 24,0 53 25,2 22,4 23,618 23,5 23,0 25,2 54 25,3 23,6 26,219 28,0 24,2 25,3 55 22,3 24,0 22,620 22,4 25,1 23,6 56 24,5 25,2 23,521 22,4 25,3 24,7 57 25,7 25,3 25,222 23,6 22,4 25,4 58 21,2 20,3 20,123 25,3 24,5 25,3 59 19,7 17,3 16,324 22,5 26,5 22,4 60 16,9 17,1 16,425 22,3 22,6 23,6 61 24,5 22,4 23,626 24,5 23,4 26,2 62 26,1 25,0 24,027 26,2 24,0 22,5 63 22,6 23,3 25,228 22,6 24,0 23,6 64 23,6 22,1 25,329 23,6 26,0 24,0 65 24,2 23,3 22,430 24,0 22,9 25,4 66 25,3 25,5 23,431 25,2 26,1 25,3 67 25,7 25,3 25,232 25,3 24,5 22,4 68 24,5 23,6 23,633 22,3 23,6 24,1 69 26,1 24,0 24,034 24,2 25,3 22,3 70 22,6 25,2 25,335 22,6 23,6 23,2 71 23,4 25,3 22,136 22,4 24,0 26,2

Fonte: Autor

Page 210: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

187

Tabela 26 - Iluminação - Categoria de ensino fundamental público

Sala Dose Ideal Sala Dose Idealde aula NBR 5413 de aula NBR 5413

1 500/700/1000 302 34 500/700/1000 3452 500/700/1000 229 35 500/700/1000 3173 500/700/1000 243 36 500/700/1000 3444 500/700/1000 265 37 500/700/1000 4275 500/700/1000 305 38 500/700/1000 4526 500/700/1000 342 39 500/700/1000 3897 500/700/1000 401 40 500/700/1000 4468 500/700/1000 306 41 500/700/1000 4079 500/700/1000 278 42 500/700/1000 415

10 500/700/1000 345 43 500/700/1000 32211 500/700/1000 317 44 500/700/1000 45612 500/700/1000 399 45 500/700/1000 43213 500/700/1000 427 46 500/700/1000 42214 500/700/1000 322 47 500/700/1000 39815 500/700/1000 389 48 500/700/1000 40716 500/700/1000 363 49 500/700/1000 43717 500/700/1000 409 50 500/700/1000 38918 500/700/1000 412 51 500/700/1000 39919 500/700/1000 303 52 500/700/1000 38820 500/700/1000 277 53 500/700/1000 40921 500/700/1000 275 54 500/700/1000 45722 500/700/1000 298 55 500/700/1000 40423 500/700/1000 337 56 500/700/1000 40324 500/700/1000 299 57 500/700/1000 38825 500/700/1000 408 58 500/700/1000 35526 500/700/1000 411 59 500/700/1000 39927 500/700/1000 429 60 500/700/1000 37228 500/700/1000 397 61 500/700/1000 40929 500/700/1000 487 62 500/700/1000 45730 500/700/1000 407 63 500/700/1000 29931 500/700/1000 399 64 500/700/1000 40332 500/700/1000 228 65 500/700/1000 29833 500/700/1000 264 66 500/700/1000 404

LuxLux

Fonte: Autor

Page 211: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

188

Tabela 27 - Iluminação - Categoria de ensino fundamental privado

Dose Ideal Dose IdealNBR 5413 NBR 5413

1 500/700/1000 342 42 500/700/1000 3422 500/700/1000 401 43 500/700/1000 4073 500/700/1000 306 44 500/700/1000 3064 500/700/1000 243 45 500/700/1000 3425 500/700/1000 269 46 500/700/1000 2996 500/700/1000 270 47 500/700/1000 2977 500/700/1000 302 48 500/700/1000 3068 500/700/1000 229 49 500/700/1000 3449 500/700/1000 275 50 500/700/1000 290

10 500/700/1000 265 51 500/700/1000 36911 500/700/1000 305 52 500/700/1000 30612 500/700/1000 342 53 500/700/1000 40213 500/700/1000 401 54 500/700/1000 29014 500/700/1000 306 55 500/700/1000 25715 500/700/1000 278 56 500/700/1000 34216 500/700/1000 345 57 500/700/1000 34517 500/700/1000 317 58 500/700/1000 29918 500/700/1000 399 59 500/700/1000 30619 500/700/1000 427 60 500/700/1000 34420 500/700/1000 322 61 500/700/1000 28921 500/700/1000 389 62 500/700/1000 36922 500/700/1000 401 63 500/700/1000 30623 500/700/1000 407 64 500/700/1000 40224 500/700/1000 399 65 500/700/1000 22925 500/700/1000 342 66 500/700/1000 30626 500/700/1000 490 67 500/700/1000 32727 500/700/1000 306 68 500/700/1000 36928 500/700/1000 473 69 500/700/1000 40429 500/700/1000 421 70 500/700/1000 36930 500/700/1000 401 71 500/700/1000 40231 500/700/1000 260 72 500/700/1000 30632 500/700/1000 306 73 500/700/1000 34433 500/700/1000 344 74 500/700/1000 34234 500/700/1000 342 75 500/700/1000 28735 500/700/1000 369 76 500/700/1000 30636 500/700/1000 306 77 500/700/1000 28837 500/700/1000 402 78 500/700/1000 30738 500/700/1000 370 79 500/700/1000 33839 500/700/1000 365 80 500/700/1000 32440 500/700/1000 337 81 500/700/1000 35741 500/700/1000 488 82 500/700/1000 328

Sala de aula

Lux Sala de aula

Lux

Fonte: Autor

Page 212: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

189

Tabela 28 – Iluminação - Categoria de ensino médio público

Dose IdealNBR 5413

1 500/700/1000 2292 500/700/1000 3003 500/700/1000 3024 500/700/1000 3175 500/700/1000 3066 500/700/1000 3447 500/700/1000 3428 500/700/1000 3699 500/700/1000 306

10 500/700/1000 40211 500/700/1000 30612 500/700/1000 34413 500/700/1000 34214 500/700/1000 28715 500/700/1000 30616 500/700/1000 28817 500/700/1000 30718 500/700/1000 30619 500/700/1000 40220 500/700/1000 29021 500/700/1000 25722 500/700/1000 34223 500/700/1000 34524 500/700/1000 29925 500/700/1000 30626 500/700/1000 34427 500/700/1000 28928 500/700/1000 27829 500/700/1000 30030 500/700/1000 31531 500/700/1000 29032 500/700/1000 321

Sala de aula

Lux

Fonte: Autor

Page 213: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

190

Tabela 29 - Iluminação - Categoria de ensino médio privado

Dose IdealNBR 5413

1 500/700/1000 3092 500/700/1000 3423 500/700/1000 3064 500/700/1000 2295 500/700/1000 3446 500/700/1000 3557 500/700/1000 3068 500/700/1000 3449 500/700/1000 342

10 500/700/1000 28711 500/700/1000 35712 500/700/1000 28813 500/700/1000 30714 500/700/1000 30615 500/700/1000 30616 500/700/1000 40217 500/700/1000 29018 500/700/1000 25719 500/700/1000 34820 500/700/1000 34521 500/700/1000 29922 500/700/1000 30623 500/700/1000 29724 500/700/1000 28925 500/700/1000 30626 500/700/1000 40727 500/700/1000 38428 500/700/1000 39229 500/700/1000 30830 500/700/1000 33931 500/700/1000 40732 500/700/1000 40133 500/700/1000 415

LuxSala de aula

Fonte: Autor

Page 214: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

191

Tabela 30 – Iluminação - Categoria de ensino superior público

Dose Ideal Dose IdealNBR 5413 NBR 5413

1 500/700/1000 345 52 500/700/1000 2572 500/700/1000 343 53 500/700/1000 3423 500/700/1000 306 54 500/700/1000 4324 500/700/1000 402 55 500/700/1000 2995 500/700/1000 290 56 500/700/1000 3066 500/700/1000 257 57 500/700/1000 3447 500/700/1000 342 58 500/700/1000 2898 500/700/1000 257 59 500/700/1000 4379 500/700/1000 299 60 500/700/1000 481

10 500/700/1000 306 61 500/700/1000 39011 500/700/1000 345 62 500/700/1000 34512 500/700/1000 289 63 500/700/1000 48213 500/700/1000 290 64 500/700/1000 28914 500/700/1000 306 65 500/700/1000 25515 500/700/1000 402 66 500/700/1000 34816 500/700/1000 306 67 500/700/1000 40917 500/700/1000 447 68 500/700/1000 29818 500/700/1000 342 69 500/700/1000 45219 500/700/1000 409 70 500/700/1000 34420 500/700/1000 299 71 500/700/1000 38721 500/700/1000 452 72 500/700/1000 36522 500/700/1000 344 73 500/700/1000 33723 500/700/1000 289 74 500/700/1000 44924 500/700/1000 363 75 500/700/1000 35925 500/700/1000 337 76 500/700/1000 29226 500/700/1000 419 77 500/700/1000 29927 500/700/1000 432 78 500/700/1000 30028 500/700/1000 421 79 500/700/1000 30629 500/700/1000 420 80 500/700/1000 31230 500/700/1000 440 81 500/700/1000 42731 500/700/1000 306 82 500/700/1000 31632 500/700/1000 402 83 500/700/1000 29433 500/700/1000 290 84 500/700/1000 35634 500/700/1000 257 85 500/700/1000 37235 500/700/1000 345 86 500/700/1000 31936 500/700/1000 345 87 500/700/1000 40237 500/700/1000 430 88 500/700/1000 34438 500/700/1000 306 89 500/700/1000 25739 500/700/1000 394 90 500/700/1000 34240 500/700/1000 289 91 500/700/1000 43241 500/700/1000 295 92 500/700/1000 35442 500/700/1000 339 93 500/700/1000 30643 500/700/1000 342 94 500/700/1000 34444 500/700/1000 291 95 500/700/1000 49345 500/700/1000 390 96 500/700/1000 36646 500/700/1000 294 97 500/700/1000 39847 500/700/1000 356 98 500/700/1000 47348 500/700/1000 372 99 500/700/1000 33949 500/700/1000 306 100 500/700/1000 27250 500/700/1000 402 101 500/700/1000 44051 500/700/1000 344

Sala de aula

LuxSala de aula

Lux

Fonte: Autor

Page 215: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

192

Tabela 31- Iluminação - Categoria de ensino superior privado

Dose Ideal Dose IdealNbr 5413 Nbr 5413

1 500/700/1000 445 37 500/700/1000 3722 500/700/1000 390 38 500/700/1000 2303 500/700/1000 456 39 500/700/1000 4024 500/700/1000 433 40 500/700/1000 3445 500/700/1000 321 41 500/700/1000 2576 500/700/1000 267 42 500/700/1000 3427 500/700/1000 357 43 500/700/1000 4328 500/700/1000 458 44 500/700/1000 2959 500/700/1000 239 45 500/700/1000 306

10 500/700/1000 328 46 500/700/1000 34411 500/700/1000 327 47 500/700/1000 23412 500/700/1000 395 48 500/700/1000 30313 500/700/1000 355 49 500/700/1000 30614 500/700/1000 294 50 500/700/1000 37215 500/700/1000 402 51 500/700/1000 44716 500/700/1000 372 52 500/700/1000 29117 500/700/1000 432 53 500/700/1000 35618 500/700/1000 433 54 500/700/1000 45019 500/700/1000 344 55 500/700/1000 30620 500/700/1000 257 56 500/700/1000 40221 500/700/1000 342 57 500/700/1000 22922 500/700/1000 476 58 500/700/1000 25723 500/700/1000 299 59 500/700/1000 34224 500/700/1000 306 60 500/700/1000 37725 500/700/1000 344 61 500/700/1000 29926 500/700/1000 451 62 500/700/1000 30627 500/700/1000 306 63 500/700/1000 34428 500/700/1000 407 64 500/700/1000 29629 500/700/1000 356 65 500/700/1000 43230 500/700/1000 259 66 500/700/1000 26531 500/700/1000 293 67 500/700/1000 34432 500/700/1000 316 68 500/700/1000 45133 500/700/1000 372 69 500/700/1000 29334 500/700/1000 269 70 500/700/1000 44935 500/700/1000 294 71 500/700/1000 37636 500/700/1000 356

Sala de aula

Lux Sala de aula

Lux

Fonte: Autor

Page 216: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

193

Tabela 32 - Gasto metabólico médio dos professores por categoria de ensino

Categoria de ensino Quantidadede Professores Total Médio

Fundamental Privado 287 213.140 742,6Fundamental Público 309 262.560 849,7Médio Privado 257 184.940 719,6Médio Público 253 216.700 856,5Superior Privado 295 175.800 595,9Superior Público 233 143.400 615,5

Total 1634 1.196.540 732,3

Gasto metabólico (Kcal/h)

Fonte: Autor

Tabela 33 - Proporção Ventilador/Sala e Ar condicionado/Sala por categoria de ensino

Categoria de ensino Número de salas Ventiladores (1) Vent./Sala Ar refrigerado (1) Ar refri./Sala

Fundamental Privado 299 371 1,2 211 0,7Fundamental Público 377 84 0,2 - -Médio Privado 130 233 1,8 24 0,2Médio Público 151 75 0,5 - -Superior Privado 245 264 1,1 217 0,9Superior Público 244 293 1,2 45 0,2

Total 1.446 1.320 0,9 497 0,3

Ruído de sala

Fonte: Autor

Tabela 34 - Fontes de ruído de sala por categoria de ensino

Categoria de ensino Número Ventiladores Ar refrigerado Voz humanade salas (1) (1) Professores Alunos Total

Fundamental Privado 299 371 211 287 13.345 13.632Fundamental Público 377 84 - 309 19.235 19.544Médio Privado 130 233 24 257 6.690 6.947Médio Público 151 75 - 253 8.640 8.893Superior Privado 245 264 217 295 8.245 8.540Superior Público 244 293 45 233 7.522 7.755

Total 1.446 1.320 497 1.634 63.677 65.311

Fonte: Autor

Page 217: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

194

Tabela 35 - Instituições com presença ou ausência de ruídos de fundo, por categorias de ensino e tipo de fonte

Tipo de ruído Categoria de ensino Total

Ruído de trânsitoSim 16 53,3% 30 100,0% 5 16,7% 30 100,0% 30 100,0% 26 86,7% 137 76,1%Não 14 46,7% - - 25 83,3% - - - - 4 13,3% 43 23,9%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 - 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%

Ruído de oficinaSim 3 10,0% 2 6,7% - - - - 1 3,3% 2 6,7% 8 4,4%Não 27 90,0% 28 93,3% 30 100,0% 30 100,0% 29 96,7% 28 93,3% 172 95,6%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%

Ruído de fábricaSim - - 1 3,3% 1 3,3% 3 10,0% 3 10,0% 2 6,7% 10 5,6%Não 30 100,0% 29 96,7% 29 96,7% 27 90,0% 27 90,0% 28 93,3% 170 94,4%Total 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 30 100,0% 180 100,0%

Superior SuperiorFundamental Fundamental Médio Médio

Fonte: Autor

Tabela 36 - Número de salas, utilização de giz e caneta, por categorias de ensino

Categoria de ensino Número Salas que utilizam Salas que utilizamde salas giz caneta

Fundamental Privado 299 255 85,3% 299 100,0%Fundamental Público 377 372 98,7% 50 13,3%Médio Privado 130 130 100,0% 130 100,0%Médio Público 151 151 100,0% 40 26,5%Superior Privado 245 12 4,9% 245 100,0%Superior Público 244 12 4,9% 232 95,1%

Total 1.446 932 64,5% 996 68,9%

Fonte: Autor

Tabela 37 - Número de salas, datashow, microfone, retroprojetor, peso transportado e gasto metabólico por categoria de ensino

Categoria de ensino Nº de Nº de Nº de Nº de Peso médio Gasto metabólico

sala Datashow microfone retoprojetor transportado (Kg) médio (Kcal)

Fundamental Privado 299 17 17 112 808 743Fundamental Público 377 - - 17 861 850Médio Privado 130 23 3 66 289 720Médio Público 151 1 - 2 530 857Superior Privado 245 245 196 154 328 596Superior Público 244 39 72 125 380 615

Total 1.446 325 288 476 3.196 732

Fonte: Autor

Page 218: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

195

Tabela 38 - Teste de Kruskal-Wallis para insalubridade e penosidade para o agente ruído

Categoria de Ensino

Fundamental Privado

Fundamental Público

Médio Privado

Médio Público

Superior Privado

Superior Público

Total

RUÍDO - INSALUBRIDADE

jn 79 64 29 32 71 93 368

jR 14674 12605 6583 2968 9244 21823 67896

jj nR /2Rj^2/nj 2725649 2482397 1494341 275189 1203543 5120896 13302015

H 68,51 Qui-quadrado calculado

∑T 22824 H corrigido 68,54 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 2,066E-13 Rejeito Ho Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07

RUÍDO - PENOSIDADE

jn 82 66 33 32 71 101 385

jR 15793,5 13361 8099 2967,5 9244 24840 74305

jj nR /2Rj^2/nj 3041886 2704793 1987691 275189 1203543 6109164 15322266

H 79,25 Qui-quadrado calculado

∑T

22926 H corrigido 79,28 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 1,188E-15 Rejeito Ho Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07

Page 219: Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de …proped.pro.br/teses/teses_pdf/2004_1-73-DO.pdf · Avaliação dos Riscos Ocupacionais no Ambiente de Trabalho dos Professores

196

Tabela 39 -Teste de Kruskal-Wallis para insalubridade e penosidade do agente temperatura

Categoria de Ensino

Fundamental

Privado Fundamental

Público Médio

Privado Médio Público

Superior Privado

Superior Público

Total

TEMPERATURA - INSALUBRIDADE E PENOSIDADE

jn 54 46 20 24 54 75 273

jR 7644 7830 3136 3164 6125 9503 37401

jj nR /2Rj^2/nj 1082051 1332802 491568 417121 694620 1204093 5222255

H 15,77 Qui-quadrado calculado

∑T 38958 H corrigido 15,80 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 0,007 Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,07

Tabela 40 - Teste de Kruskal-Wallis para penosidade para agente iluminação

Categoria de Ensino

Fundamental

Privado Fundamental

Público Médio

Privado Médio Público

Superior Privado

Superior Público

Total

ILUMINAÇÃO - PENOSIDADE

jn 82 66 33 32 71 101 385

jR 14717 15576 5610 4334 13842 20227 74305

jj nR /2Rj^2/nj 2641163 3675700 953700 586986 2698605 4050807 14606962

H 21,49 Qui-quadrado calculado

∑T 107118 H corrigido 21,53 Qui-quadrado calculado Graus de liberdade 5 P valor calculado 0,0006 Nível de significância do teste 0,05 Qui-quadrado crítico(0,05, 5 gl) 11,076