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Jornal "A Voz de Ermesinde" n.º 905, de 1 de junho de 2013.

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  • TavaresQueijo

    ERMESINDEN. 905 ANO LIII/LV JUNHO de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREO: 1,00 Euros (IVA includo) Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 Fax: 229759006 Redao: Largo Antnio da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde E-mail: [email protected]

    A VOZ DEA VOZ DEERMESINDEMAIS DE 50 ANOS E MAIS DE 900 NMEROS! M E N S R I O

    TAXA PAGAPORTUGAL

    4440 VALONGO

    DESTAQUE

    FUTEBOLAssembleiaGeraldo Ermesinde SCterminoucom resultadosinconclusivos

    DESPORTO

    A V o z d e E r m e s i n d e - p g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

    Visitasde trabalhode vriospartidosao Centro Socialde Ermesinde

    PG. 10

    Acompanhe tambm A Voz de Ermesinde onl ine no facebook

    Instalaoda empresaholandesa EDCem Ermesinde,alm de resolvero impasse de oitoanos do EdifcioFaria Sampaio,vem criarexpetativasde empregoqualificado jovem

    PG. 3

    Apresenta-se de novo s urnas para disputar a Junta de Freguesia deErmesinde em luta direta com Lus Ramalho. S que, desta vez, diz Tavares Queijo,ultrapassada uma situao anmala, para ganhar! Entrevista nas PGs. 4, 5 e 6

    A situaosocial a minhaprioridadeabsoluta!

    URSULA ZANGGER

  • 2 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Destaque

    FERNANDA LAGEDIRETORA

    Ultrapassar a criseem democracia

    ED

    ITO

    RIA

    L

    no do que est dentro de ns, certamente com menosdinheiro mas por isso mesmo com mais ateno dignidadee vida das pessoas, com solidariedade e susten-tabilidade. (1)

    Tambm a nvel autrquico temos de saber quais so asnecessidades da nossa terra e quais os fundos com quepodemos contar.

    Aproximam-se as eleies e com elas toda uma atividadede visitas e reconhecimento dos problemas das terras e dasinstituies locais. So momentos que aproximam os go-vernantes dos governados, o dilogo facilitado e podenalguns casos ser motivo para aprofundar e debater pontos

    de vista diferentes.A Carta Europeia da Autono-

    mia Local aprovada em 1985 noConselho da Europa considerouno seu prembulo que as autar-quias locais so um dos princi-pais fundamentos de todo o re-gime democrtico.

    Em Portugal as autarquias lo-cais so desde 1976 dignidadeconstitucional, pessoas coletivasda populao e territrio de todosos rgos representativos queunem a prossecuo dos inte-resses de todos.

    Fala-se muito em democraciamas muitas vezes no aprovei-tamos os momentos certos paraa exercer.

    As eleies e a sua prepa-rao podem ser a altura certa

    para descobrirmos e estreitarmos os laos que nos ligam comunidade e compreendermos os ideais de liberdade, odireito diferena, a necessidade de racionalizar as opes.

    Aproveitemos de uma forma positiva e ativa os momentosde dilogo e reflexo que a preparao das eleiesautarcas nos proporcionam.

    (1) Antnio Nvoa, interveno na Aula Magna, 30/5/2013.

    quem pense que no possvelultrapassar esta crise em democracia ecom um Estado social que garanta aopovo portugus uma vida com dig-nidade.

    Vivemos num Estado de DireitoH

    Democrtico e Social. Desde o 25 de Abril de 1974que Portugal investiu muito na construo do EstadoSocial que hoje temos.

    J ningum tem dvidas que no com mais emais austeridade que vamos ultrapassar esta crisecujos resultados esto vista de todos: recesso,desemprego, aumento dadvida, empobrecimentoe desnimo.

    Considerar que a crise apenas resultado doEstado Social que temos, pouco, muito pouco. Ascausas so muitas e devrias ordens, desde umazona euro mal construda,investimentos mal orien-tados, um sistema finan-ceiro especulativo e des-controlado, uma promis-cuidade entre o pblico eo privado, a que no foiestranha uma crise inter-nacional.

    importante e neces-srio pensar que Estadoqueremos, como torn-losustentvel e s depois falar em cortes, se foremnecessrios.

    Primeiro temos de libertar Portugal desta aus-teridade, uma questo de liberdade, como diz AntnioNvoa, reitor da Universidade de Lisboa. Temos deultrapassar este desalento, construir uma esperana,de nada nos serve um desenvolvimento ilusrio dasltimas dcadas, um desenvolvimento vindo de fora e

    IMAGEM DE ARQUIVO

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 3Destaque

    PROTOCOLO ENTRE CMARA DE VALONGO E EDC

    LC

    Joo Paulo Baltazar (pelaCmara Municipal de Valongo,que lidera), e Joo Mena de Ma-tos (pela European DesignCenter, a que surpreendentemen-te preside), assinaram um proto-colo pelo qual se d incio insta-lao desta empresa holandesaem Ermesinde. A cerimnia tevelugar no corpon B do EdifcioFaria Sampaio, precisamenteaquele que vai ser ocupado erequalificado pela EDC.

    Alm das mais valias tec-nolgicas trazidaspelo projeto da EDC,e das boas pers-petivas que abrepara o trabalho qua-lificado jovem, oacordo agora celebra-do vem resolver a si-tuao lamentvel deoito anos de abando-no e inutilidade aque esteve sujeito oEdifcio Faria Sam-paio, um autnticoelefante brancoque muitos reconhe-cem, fruto de tem-pos de abundncia edo financiamento doPrograma Polis, emque foi construdo,embora no tivesse ne-nhum projeto a ele as-sociado.

    cerimnia da assinaturadeste protocolo quiseram asso-ciar-se o atual presidente da Co-misso de Coordenao e Desen-volvimento Regional do Norte(CCDRN), Carlos Neves, e opresidente da Associao Por-tuguesa de Designers, (APD),

    Interveno deCarlos Neves

    Foi Carlos Neves o primei-ro dos oradores a intervir, ten-do elogiado a vontade concreti-zada quer do municpio de Va-longo, quer da EDC, em avan-ar com o empreendimento.

    Carlos Neves chamou de-pois a ateno para a impor-tncia de bem utilizar os fun-dos estruturais nos anos que seavizinham, j que quer o inves-timento pblico, quer o inves-timento privado no devero

    com certreza, crescer nos pr-ximos tempos.

    Carlos Neves elencou de-pois um conjunto de valores queorientam a ao da CCDRN, asaber a valorizao (engloban-do os recursos endgenos e aaspessoas), a capacitao (certoinvestimento, pblico ou priva-

    do, torna mais capazes os recur-sos que se tm), a interna-cionalizao (com base numaexperincia portuguesa de maisde 500 anos de globalizao), aespecializao (ter clareza noinvestimento saber onde va-mos ter pesca, agricultura ou ci-ncias da sade, por exemplo), aindustrializao (temos que vol-tar a produzir e voltar fbrica, terra e ao mar), a cooperao(aproveitar os recursos em redee as parcerias como resposta carncia de acesso a capitais) e,finalmente, a comunicao (ter

    capacidade de mar-keting territorial, emarticulao com osplanos operacionais.

    No projeto emconcreto, CarlosNeves destacou aexpetativa de maisemprego e de cres-cimento econmico.

    Intervenode JooMenade Matos

    O presidente daEDC comeou porapresentar a sua his-tria. Tendo ido es-tudar para a Holan-da nos anos 80, porl ficou. Por issoalm do interesse

    estratgico e racional da empre-sa em investir em Portugal, tambm para ele um prazerpoder faz-lo.

    Joo Mena de Matos apre-sentou depois a EDC, uma em-presa com o foco na inovao ena interseo entre design e

    Um importante protocolo decooperao, pelo qual a empresaholandesa European DesignCenter (EDC), se ir instalar emErmesinde, no at agora abando-nado Edifcio Faria Sampaio, foiassinado no passado dia 31 demaio, trazendo muitas expetativasde abertura de trabalho jovem equalificado para o concelho.Numa fase inicial fala-se em qua-se 100 postos de trabalho, masestima-se que possam vir a che-gar a cerca de 800 diretos e sensi-velmente o dobro de indiretos.

    Cmara de Valongo celebra protocolocom empresa tecnolgica holandesaque se vai instalar no Faria Sampaio

    FOTOS MANUEL VALDREZ

    Nuno S Leal. tecnologia.

    Deu depois algumas ideiasdas atividades em que esta em-presa est envolvida, como a daproduo de moda sustentvel,das ferramentas para a influn-cia no processo de design dehabitaes a custos controlados,ou como o dos simuladores des-tinados s equipas mdicas(num processo semelhante aodos simuladores de voo quetanto tm contribudo para me-lhorar os nveis de segurana).

    Neste domnio entram osSerious Games, jogos de ades-tramento profissional.

    Joo Mena de Matos des-creveu a experincia dos qua-dros holandeses como muita di-ficuldade de comunicao como tecido empresarial brasileirose destacou as potencialidadesde Portugal, onde vulgar a exis-tncia de facilidade de comuni-cao em vrias lnguas.

    Anunciou depois, para umaprimeira fase, a criao de 50 a100 novos postos de trabalhoqualificados, sendo o preo damo de obra qualificada emPortugal substancialmente maisatrativo do que no mercado ho-lands ou noutros europeus.Para uma segunda fase podere-se-iam vir a criar quase um mi-lhar de postos de trabalho dire-tos, e umas ou trs vezes mais,de postos de trabalho indiretos.

    Nuno S Leal fez uma bre-vssima interveno a pedido eno meio da comunicao de JooMena de Matos, para destacaro interesse da criao de um Mu-seu Portugus do Design, para oqual era necessrio um grandetrabalho prvio de catalogaovisando a abertura ao pblico.

    O presidente da AssociaoPortuguesa de Designers deixou,

    por fim, no ar, a ideia de que iri-am brevemente seguir-se vriasiniciativas, nas quais a EDC te-ria um papel importante.

    Interveno deJoo Paulo Baltazar

    Interveio, por fim, o presi-dente da Cmara Municipal deValongo, Joo Paulo Baltazar,que agradeceu aos elementoscom assento na mesa e demaispersonalidades presentes (,como por exemplo o vice-reitorda Universidade do Porto.

    Apontou depois a necessi-dade do concelho reforar osseus fatores de competitividadee, passando ao caso concreto daEDC, narrou que logo desde osprimeiros contactos, se identi-ficaram interesses mtuos econdies de atratividade paraa empresa (acessibilidade ao ae-roporto, disponibilidade de re-cursos humanos, situao char-neira entre litoral e interior). Aproximidade das universidadesdo Porto, Aveiro e Minho eraoutro fator favorvel ao recru-

    Falando depois das capaci-dades e da imagem do concelho,Joo Paulo Baltazar referiu queeste precisa de ser positivamen-te agressivo, e numa alegoria fu-tebolstica, apontou que no seesperando muitos passes a ras-gar a rea, teremos que ser bonspontas de lana.

    Apontou depois que tantoa EDC como a Cmara de Va-longo tm largas margens deprogresso. A marca Valongono tem sido bem tratada aolongo dos anos, reconheceu.Por isso seria agora urgente,depois de credibilizada, que elapossa comear a ser projetada.

    Referiu a necessidade de sercriativo, a importncia de criaremprego no concelho, com osganhos de tempo e de qualida-de de vida da advindos.

    E terminou apontando queesperava que a EDC fosse umfarol de competitividade e ino-vao no concelho, com o Edi-fcio Faria Sampaio, a partir deagora, uma referncia, mas porvalores positivos.

    O restante programa

    Aps a interveno do pre-sidente da Cmara de Valongoseguiu-se uma apresentao di-gital, com vrios exemplo daatividade e projetos da EDC,como nos materiais ecolgicospara a indstria de vesturio, aproduo de simuladores paraatividades mdicas ou de jogos.

    Abordada nesa apresenta-o foi tambm o modelo denegcio da empresa, que assen-ta no sobretudo na oferta deprodutos, mas antes na de so-lues e servios.

    A sesso protocolar teve oseu encerramento com umapassagem de modelos no exte-rior do Edifcio Faria Sampaio,modelos estes que refletiam al-guns dos projetos da EDC,como a ttulo de exemplo, en-tre muitos, o vestido feito apartir de carvalho.tamento de jovens licenciados.

  • 4 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Destaque

    Tavares Queijo

    LC

    A Voz de Ermesinde(AVE) Como aconteceu oseu envolvimento com a po-ltica e com o Partido Socia-lista?

    TQ Logo a seguir ao 25de Abril comecei a interessar-me pela atividade poltica e aca-bei por me filiar no PS. No foiuma deciso imediata, porqueainda senti uma primeira inde-ciso entre o PSD e o PS. Am-bos eram social-democratas esegui sempre com muito respei-to a atuao do Dr. FranciscoS Carneiro. Mas tambm era,j nessa altura, amigo do Dr.Afonso Lobo e acabei por acei-tar o seu convite para aderir aoPartido Socialista.

    Fi-lo e mantive-me semprecom inteira conscincia e liber-dade, sempre fiel ao meu ideriosocial-democrata.

    No quer dizer que, em v-rias vezes, no estivesse em de-sacordo com alguns aspetos dalinha oficial do partido.

    AVE J se confrontoucom algumas situaes emque esteve claramente emdesacordo com essa linha ofi-cial?

    TQ Sim, nalgumas inter-venes que fiz a nvel do par-tido defendi que a posio dopartido no era a mais correta,por exemplo a nvel das leislaborais. Acho que muitas ve-zes o partido afasta-se um bo-cadinho da linha da social-de-mocracia.

    Uma empresa constitu-da no s pelos empresrios,mas tambm pelos trabalhado-res e eu entendo que os lucrosdevem ser repartidos por ambasas partes. Os trabalhadorestambm so um capital ativo dasempresas. E devem todos rumar

    plo, relativamente qual tenhoas minhas ideias prprias quanto reforma da seguranasocial, relativamente qual,

    como as coisas hoje esto, nose prev a sustentabilidade.

    Mas h aqui um grande erroque est a ser cometido. Hoje emdia quem fatura milhes so asempresas que recorrem atecnologia intensiva, no aquelasque tm um maior nmero de tra-balhadores. Mas so estas quemmais contribuem para a seguran-a social. Ora h que arranjar aquiuma situao em que as empre-sas que empreguem um maiornmero de trabalhadores possampor isso ser mais financiadas.

    Mas, pelo contrrio, as em-presas de alta tecnologia queconseguem os maiores incenti-vos fiscais, sem depois darem acontrapartida que lhes seriaexigvel.

    AVE Porque se candi-data? Tendo sido derrotadoh quatro anos atrs, pensaque ter hoje outras condi-es para vencer as eleies?

    TQ A situao de h qua-tro anos atrs era completamen-te diferente e anormal. Com aento recente criao da Cora-gem de Mudar o Partido Socia-lista em Valongo estava de mo-mento muito fragilizado, e emErmesinde, alm do mais, hou-ve a candidatura, pela Coragemde Mudar, do Jorge Videira, um

    Membro destacado da vida pblica ermesindense,dirigente do Centro Social de Ermesinde e dos Bom-beiros Voluntrios de Ermesinde, militante local naprimeira linha dos socialistas de Ermesinde, TavaresQueijo volta a ser apontado como o candidato do PS Junta de Freguesia de Ermesinde. Mas desta vez, paraganhar, essa a sua convico.

    GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA

    As empresasde alta tecnologia

    no do a contrapartidaque seria exigvel segurana social

    antigo presidente de Junta so-cialista. O eleitorado do PS fi-

    Espero ganhara Junta de Freguesiade Ermesinde...com maioria absoluta

    Por Ermesinde, Mais e MelhorTavares Queijo, 63 anos de idade, transmontano de nascimento, ermesindense do

    corao, cidade onde vivo h 60 anos. Fui tcnico superior da Segurana Social.Fundei e dirigi a Casa do Pessoal do Centro Regional da Segurana Social do Porto.Fui dirigente da Federao das Casas de Pessoal de Sade e da Segurana Social.Perteno aos corpos sociais de vrias instituies de Ermesinde, destacando-se osBombeiros Voluntrios de Ermesinde, o Centro Social de Ermesinde, Ermesinde Cida-de Aberta e a Associao Desportiva e Recreativa da Gandra. Militante do PartidoSocialista.

    Em concluso, um percurso de solidariedade.E de solidariedade se far o meu mandato.Por iniciativa dos membros do Partido Socialista eleitos para o executivo da

    Junta de Freguesia de Ermesinde, criou-se o Fundo de Emergncia Social no valorde 25 000 euros, com o qual apoimos os mais carenciados da cidade. Como partidoda oposio no nos foi possvel fazer mais.

    Como presidente da Junta de Freguesia farei mais e melhor. Reforarei o Gabi-nete de Ao Social para mais rapidamente identificarmos os problemas que social-mente afligem a populao, ao mesmo tempo que estabelecerei parcerias com insti-tuies e associaes de cariz social, para criarmos uma frente ampla de modo atornar mais eficaz a resoluo das carncias sociais que tanto nos afligem.

    Terei o meu gabinete de presidente sempre aberto para receber os ermesindensese com eles resolver os seus problemas.

    Tudo farei para tornar Ermesinde uma cidade mais solidria para com aquelesque sofrem, para com aqueles que precisam de uma palavra, de um gesto, de umaajuda para voltarem a sorrir.

    Atravs das redes sociais peo-vos que comigo colaborem para oportunamenteapresentar o programa da minha candidatura.

    Prometo-vos trabalho, para convosco, por Ermesinde, fazer Mais e Melhor.

    Email: [email protected]: www.tavaresqueijo2013.comFacebook: https://www.facebook.com/tavares.queijopara o mesmo lado.

    Outra questo, outro exem-

    cou ento um bocado dividido. de notar que o atual presi-

    dente da Junta de Freguesia deErmesinde foi o presidente deJunta eleito com menos votos.

    Por isso a situao hojecompletamente diferente. Espe-ro ganhar... e com uma maioriaabsoluta., para poder ajudar amudar a vida da populao deErmesinde.

    AVE Mas mudar o qu?No geral as polticas da Jun-ta atual tm tido o apoio doPS. O prprio presidente daJunta, Dr. Lus Ramalho, re-feriu, em entrevista a A Vozde Ermesinde que tinha di-ficuldade em demarcar-se desi, que sempre tem com elecolaborado.

    TQ um facto que muitodo trabalho da Junta atual tam-bm tem tido a marca do PS.

    Mas h muita coisa a me-lhorar. Sobretudo na rea soci-al, que onde mais quero atuar.

    H fome em Ermesinde!H que trazer para o terre-

    no as assistentes sociais, s as-sim o Gabinete de Ao Socialpode ser mais ativo e com ca-pacidade para intervir.

    AVE Alm da questosocial, quais entende seremhoje os maiores problemas deErmesinde?

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 5Destaque

    GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA

    H que trazerpara fora dos gabinetesas assistentes sociais,

    fazer trabalhono terreno

    TQ A cidade est adorme-cida, Ermesinde no tem vida.Eu quero pr a cidade a mexer epara isso conto muito com asassociaes culturais a Asso-ciao Acadmica e outras, que-ro dinamizar a cidade, organizarconcertos, aes de rua...

    Um outro dossier entre osque mais preocupavam a cida-de de Ermesinde era a polui-o do rio Lea, essa est hojemais ou menos resolvida, o

    Lea est despoludo a 80%,mas preocupa-me a existnciade alguns esgotos que ainda voparar ao Lea.

    H aqui uma responsabili-dade indireta da Junta, que de-ver pressionar naquilo que pu-der a Cmara e a Veolia.

    E ainda subsistem os chei-ros nauseabundos na ETAR.

    AVE Estando os proble-mas na rea da sade razoa-

    AVE a segunda vezque refere o Dr. AfonsoLobo. Pensa que ele, nasatuais circunstncias, pode-ria avanar com uma candi-datura?

    TQ Penso que no, o Dr.Afonso Lobo l ter tido as suasrazes para se afastar do PS, de-siludido, mas estou convencidoque, mais ano menos ano, aca-

    AVE Mas como conse-guir isso, se a Junta no temmeios prprios em condies,e a situao de crise geral,incluindo na autarquia ca-marria?

    TQ A Junta ter de fazertudo para angariar recursos,por exemplo atravs do apoiodos comerciantes, mas apesarde tudo, tambm com o apoioda prpria Cmara. Nem sem-

    pre preciso muito dinheiro,por vezes o que mais preci-so saber reorganizar servi-os e estabelecer laos de coo-perao.

    AVE J que fala em re-organizao de servios, oque pensa da atual reorga-nizao administrativa, coma fuso e extino de fregue-sias?

    TQ Acho que foi um dis-parate, que fez diminuir aindamais os servios de proximida-de s populaes.

    AVE E tem soluo?TQ Os atuais dirigentes

    do PS j disseram que a serGoverno o PS no iria deixaras coisas como esto. A reorga-nizao que foi feita no trazquaisquer vantagens. Mas sequisessem eliminar freguesias,ento podiam eliminar tantasfreguesias quantos os munic-pios que existem, porque nofaz sentido existir uma Juntade Freguesia onde existe umMunicpio. Deste modo elimi-navam-se logo trezentas e talfreguesias.

    AVE Defende essa so-luo?

    TQ Defendo! Em algunsconcelhos isso chega a ser rid-culo, porque alguns municpi-os do interior so to peque-nos que existir Cmara e Juntano faz mesmo qualquer senti-do. Assim eliminavam estasfreguesias e resolviam o corteque queriam fazer. Nas outrash que conversar com as po-pulaes, porque muitas vezesa dimenso pode ser pequenamas os problemas podem sermuito grandes e portanto fazeresta reorganizao l a partirdo gabinete de Lisboa no muito curial.

    AVE E quanto aos con-celhos, acha que h margempara muitas fuses?

    TQ Sim sim! Muitas nodirei, mas h alguns concelhos

    velmente resolvidos em rela-o a outras freguesias, aacessibilidade e transportescontinuam com muitos pon-tos fracos.

    TQ Eu acho fundamentale prioritrio concluir a ligaode 500 metros aos Montes daCosta que permitam aos auto-carros o acesso ao bairro. Nostransportes este um dos pon-tos de interveno mais neces-sria.

    AVE E quanto ao es-trangulamento no acesso cidade pela A4, concorda coma soluo proposta pelo pre-sidente da Cmara?

    TQ No conheo essasoluo atual do presidente daCmara, mas h quatro anos oPS, com o Dr. Afonso Lobo,apresentou uma proposta parauma melhor acessibilidade e aresoluo desse problema deestrangulamento.

    bar por voltar ao partido.

    AVE Competindo sJuntas de Freguesia a ges-to das escolas bsicas, h al-gumas questes que enten-da prioritrias?

    TQ Como j referi, preo-cupa-me sobretudo a questosocial. E ser sempre nesse sen-tido que irei atuar.

    Acho muito positiva a atu-al cooperao entre as autar-quias, as escolas e as IPSSs.Alm das refeies a servir nasescolas, ao abrigo dos protoco-los j acordados, quero que aJunta, atravs do seu Gabinetede Ao Social possa contribuirpara fazer chegar s famlias umreforo das refeies.

    FOTOS URSULA ZANGGER

  • 6 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Destaque

    ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO ENTERRO DO JOO GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA GRANDE ENTREVISTA

    que podem ser fundidos unsnos outros. Se isto fosse o mai-or problema do Pas!... E se for-mos ver, isto, se calhar, em vezde trazer poupanas, vai trazercustos. Isto porqu? No sei seisto vai acontecer, mas dou-lheum exemplo, aqui em Campo eSobrado. Cada qual tinha umadimenso pequena, mas agora,com a fuso, tero uma dimen-so maior, j ir haver maismembros na Junta de Fregue-sia, se calhar o presidente j vaipoder auferir uma verba maiordo que at agora recebia. Isto ,se calhar, em vez de reduzirem,ainda vo ter mais custos. Masdigo isto sem eu ter apro-fundado muito...

    AVE Em termos daqui-lo que ser, depois, a compo-sio da Assembleia de Fre-guesia de Ermesinde, se foreleito com maioria absoluta,qual ser o seu relaciona-mento com a oposio?

    TQ Mesmo tendo maio-ria absoluta, para mim a oposi-o conta, porque eu acho que

    as opinies so todas vlidas e,por isso, eu terei com a oposi-o, o maior relacionamento enada me repugna poder fazertambm alguns acordos pontu-ais, mesmo tendo maioria abso-luta. Sou contra as ditaduras e oquero, posso e mando. E porisso estarei sempre a ouvir emesmo a atuar de acordo comos conselhos da oposio, se eleforem bons, porque no tom-los como meus?!

    AVE Alm de dirigentenuma IPSS, o Centro Socialde Ermesinde, tambm di-rigente associativo nos Bom-beiros. Neste trabalho de pro-teo civil e auxlio s pesso-as, entende que h algumacoisa em que a Junta possavir a intervir?

    TQ Embora na Junta poragora ainda no tenha poderesexecutivos, entendo que ela deveser um parceiro privilegiado des-tas instituies, e portanto, es-tarei disponvel para ouvir sem-pre as associaes, para tentarcom elas encontrar as melhores

    solues para os seus proble-mas. evidente que muitos dosproblemas das associaes, hoje,passam pela parte financeira, queno ser muito fcil de resolver,mas penso que poderemos en-contrar pontos de convergnciaque podero ajudar resoluodos problemas.

    AVE Isto no depende-r, evidentemente, da Junta,mas um ltimo tema que gos-tava de abordar consigo o doDesporto em Ermesinde e,sobretudo a situao difcilporque passam as duas prin-cipais instituies desportivasna cidade. O que que a Jun-ta pode fazer no sentido deapoiar o CPN, o ErmesindeSC e outras coletividades?

    TQ evidente que hojeem dia, a situao das associa-es desportivas e, nomeada-mente das associaes despor-tivas j com alguma dimenso, problemtica. O Ermesinde SCtem um problema do estdio,tanto quanto eu sei, beira daresoluo pelo atual presidente

    da Cmara ou por quem vier aser eleito, atravs de uma nego-ciao que foi feita com o pro-prietrio do terreno para que o

    ro se possa manter na Divisode Honra da Associao de Fu-tebol do Porto. Mas essencial-mente deve apostar no despor-

    Eu apoiarei o desportode massas voltado

    para as camadas jovense no o gastar dinheiro em

    atletas para o desportosemprofissional

    Em relao ao CPN, que uma instituio que efetivamen-te uma marca de Ermesinde,eu acho que, com a ajuda domunicpio, porque a a Juntaapenas poder dar uma foramoral, penso que vai recuperare voltar a ser uma instituioque orgulhe os ermesindenses.

    AVE Deixo-lhe uma pa-lavra final...

    TQ Eu s queria dizer oseguinte: como candidato pre-sidncia da Junta de Freguesia deErmesinde, no prometo nada populao, no gosto de fazerpromessas. A nica que sereium presidente para todos osermesindenses, que a minha aoprincipal ser na rea social, omeu gabinete estar aberto a todaa hora e a todo o momento parareceber os muncipes e tentar comeles resolver os seus problemas,esta a minha mensagem para osermesindenses. Se entenderemque eu sou a pessoa que mereceestar nos prximos anos frenteda Junta... Se entenderem queno, pacincia, o mundo no cai!.

    Estdio de Sonhos venha a serpropriedade da Cmara. Se istovier a ser concretizado, como es-pero, o Ermesinde tem uma par-te do seu problema resolvido.Depois, eu tenho um conceitomuito pessoal do Desporto. Euacho que o desporto deve ser feitopara massas e no para elites, epor isso o Ermesinde SC deve-se dedicar ao desporto de mas-sas, evidentemente sem com issodescurar a sua equipa que espe-

    to de massas e nas camadas jo-vens, porque o futuro est a e odinheiro no abunda. Hoje aspessoas no tm dinheiro paraas suas necessidades bsicas e,por isso, tambm no tm di-nheiro para o futebol ou outrasmodalidades semiprofissionais.Ermesinde ter que apostar nes-sa vertente. Eu apoiarei o des-porto jovem e de massas e no ogastar dinheiro em atletas para

    FOTOS URSULA ZANGGER

    o desporto semiprofissional.

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 7Destaque

    Realizou-se no Largo do Passal, em Sobrado, nospassados dias 24 e 25 de maio (sexta e sbado) a Confe-rncia Patrimnio Imaterial, Identidade, Recurso e Ris-co, conferncia esta que marcou um importante passono reconhecimento pblico da Bugiada e Mouriscadacomo jia do patrimnio imaterial, e que contou com apresena, entre outras personalidades, do secretrio deEstado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. Durante o eventofoi assinada uma Carta de Compromisso a favor do traba-lho para o reconhecimento (nacional e pela UNESCO) daBugiada e Mouriscada como Patrimnio Cultural Imaterial.A Carta foi assinada por Joo Paulo Baltazar (CmaraMunicipal de Valongo), Carlos Mota (Junta de Freguesiade Sobrado), Melchior Moreira (Turismo do Porto e Nortede Portugal) e Antnio Pinto (Casa do Bugio). Vriosconferencistas pontuaram com as suas intervenes aimportncia da festa de S. Joo de Sobrado.

    Bugiada e Mouriscada prepara pedidode registo no Inventrio Nacionalde Patrimnio Cultural Imaterial

    LC

    Ao referir que a candidaturada Bugiada e Mouriscada deSobrado a patrimnio culturalimaterial da Humanidade nopode fazer-se a qualquer preo,pondo a tnica na sua salvaguar-da, Joo Paulo Baltazar, presi-dente da Cmara Municipal deValongo, deu a nota fundamen-tal da cerimnia. A qual ficou ain-da mais precisa quando apon-tou que o reconhecimento no um aumento de valor [daBugiada...], ele j l est, bastaagora diz-lo UNESCO.

    Neste primeiro dia, e apsuma breve apresentao dacerimnia, na abertura, PedroFlix (da Equipa Cientfica daCandidatura da Bugiada eMouriscada), foi o primeiroconferencista a intervir, dirigin-do a sua ateno para a explica-o do significado do reconhe-cimento do valor patrimonialimaterial. Aps uma breve re-ferncia candidatura bem su-cedida do Fado e do atual traba-lho de reconhecimento da DietaMediterrnica, f-lo tentandoexplicar a histria do conceitode patrimnio cultural imaterial,nomeadamente na relao entreos patrimnios dos Hemisfri-os Norte e Sul, numa compre-enso cultural que ultrapassavafinalmente o muito prevalecen-te culto dos monumentos.

    Referiu como marco funda-mental a assinatura da Conven-o para a Salvaguarda do Pa-trimnio Imaterial (UNESCO,2003).

    Salientou depois algunsaspetos fundamentais o sen-timento de identidade e perten-a gerado pela tradio, o seu

    impacto na comunidade.O conferencista dirigiu se-

    guidamente a sua ateno para ainsero de Portugal nestaperspetiva da UNESCO e apon-tou, no presente, mais algumascandidaturas em curso ao reco-nhecimento como patrimniocultural imaterial da Humanida-de, como o Cante Alentejano, oGalaico-Portugus, as Festas doEsprito Santo.

    Tentou depois definir asqualidades destes eventos cul-turais que lhes permitiam pode-rem ser considerados patrim-nio cultural imaterial: serem for-mas culturais vivas, tradicionais,envolventes de toda a comuni-dade e nos quais ela se reveja. Atradio no tem que ser imut-vel, mas a sua mudana tem queresultar de um processo natural.Devem ainda constituir ativida-des regulares que condicionem avida das comunidades.

    Apontou depois algumasexigncias aos atores externos:que respeitem as prticas e osprocessos destas tradies semnelas minimamente interferir.

    Por fim, apontou algunsriscos: o da folclorizao, o daalienao da comunidade dotodo ou de parte do processo, atentao de regularizar a festa.

    A intervenode Manuel Pinto

    Interveio depois o investi-gador Manuel Pinto, da Univer-sidade do Minho, mas tambmfilho da terra, que comeou mo-destamente por dizer que o apre-sentava ali era a partilha do sa-ber de toda a gente. Lembrou aseguir o diplomata e etngrafoingls Rodney Gallop, que tes-

    temunhou ser a Bugiada eMouriscada, um dos mais no-tveis rituais que sobrevivem naEuropa moderna.

    E esclareceu melhor o enten-dimento da festa de Sobrado: aBugiada no era um arraial, nemuma festa de padroeiro. Festaentrosada com a vida dos sobra-denses, constitua uma narrativaentre foras diversas (de um ladouma fora disciplinada, exterior...do outro uma fora espontnea efolgaz). Mas para alm dasantinomias (vrias outras referi-das), no havia, como noutras fes-tas conhecidas, uma demonizaodos mouros entendidos como osmaus e de tudo afastados. Eramuito interessante que na festa deSobrado fossem os mourosa pegar nos andores. Nohaveria um derrotado nasBugiadas, antes uma con-vivncia...

    Manuel Pinto referiutambm os ensaios pbli-cos e abertos a toda a co-munidade, culminando noltimo, o dia dos tremoos.

    Referiu o rio Ferrei-ra, que com os seus alu-vies de cheia, permitiaa abundncia da plancie de So-brado e a existncia de vriasabastadas casas de lavoura ou-trora, cada uma das quais man-dando um dos seus mais garbo-sos rapazes para a sua funo demourisco.

    Apontou depois a origem dafesta perdida na bruma do tem-po, apelando a uma maior inves-tigao, mas ligando-a provavel-mente s festas de CorpusChristis, que floresciam antiga-mente em vrios lugares, mas que

    mais recente e a ligao entre aagricultura e a indstria e a trag-dia social que aquela amenizou,por exemplo quando uma grandefbrica, como a Cifa, fechou.

    E terminou dizendo (e ape-lando...) que faltava um museue que faltava investigao.

    Outras intervenes

    Foi depois apresentado onovo site, ainda em construo,Bugiada e Mouriscada, porManuela Ribeiro, da Cmara deValongo. A estrutura deste e asua interatividade encorajada. Equase no fim seguiu-se a assina-tura da Carta de Compromissoentre a Casa do Bugio, a Cmara

    Municipal de Valongo, a Juntade Freguesia e a Entidade Regi-onal do Turismo Porto e Nortede Portugal. Este documentoassinalava assim oficialmente omomento do pedido de registono Inventrio Nacional do Pa-trimnio Cultural Imaterial, con-forme com os critrios defini-dos pela UNESCO.

    Interveio ainda antes MelchiorMoreira, do Turismo do Porto eNorte de Portugal, que insistiu naimportncia do Festival do Norte(este ano com a tnica nos conce-lhos de Guimares, Espinho e San-

    ta Maria da Feira, alm deValongo), como instrumento pro-motor dos concelhos, e um proje-to de criao contempornea. Sali-entou o dilogo em rede, a coesocultural, a memria e identidade, eainda a necessidade de estudo, va-lorizao e divulgao. Por fim fezressaltar a importncia desta tradi-o sobradense, cuja vivncia ereinveno permanentes fazem delaum processo muito especfico, como qual se comprometeu a umapoio incondicional.

    Joo Paulo Baltazar, o pre-sidente da autarquia valonguensecompletou as intervenes des-te dia, antes da Banda Musicalde Campo fazer o encerramentoda sesso.

    E destacou a impor-tncia do papel da comu-nidade dos dirigentesassociativos e da comuni-dade escolar. Elogiou oempenho de MelchiorMoreira. E afirmou queno h que ter pressa. Eque tudo decorrer coma tranquilidade e a foraque a festa merece. Re-feriu, para o tornar maisclaro, a relao avassala-

    dora entre a populao de So-brado, cerca de sete mil habi-tantes e aqueles que na festa dire-tamente participam, cerca de mil!

    Referiu depois a paixo comque a comunidade de Sobradodiscute a festa. E enquanto o fi-zer, a festa vai viver.

    E referiu depois a questoda tica, que no incio do textoapontmos.

    de Estado da Cultura, JorgeBarreto Xavier, que destacou oseu gosto em estar pessoalmen-te nesta Conferncia e apresen-tou a disponibilidade total daSecretaria de Estado da Culturaem apoiar em tudo aquilo que aEquipa Cientfica da Candida-tura precisasse no processo dedefesa do reconhecimento daBugiada e Mouriscada de So-brado como patrimnio cultu-ral imaterial da Humanidade.

    Destaque tambm, neste se-gundo dia, para a interveno dePaulo Lima, coordenador da equi-pa Cientfica da Candidatura daBugiada e Mouriscada, que afir-mou a inviolabilidade da tradiocultural de Sobrado, tranquilizandotodos os sobradenses e tornandoclaro que as mais valias seriam sem-pre exteriores festa, por exem-plo na sua visibilidade, na acessi-bilidade, na capacidade e qualida-de de acolhimento dos visitantes.

    Intervieram ainda HlderFerreira, da Progestur, que abor-dou o tema da Influncia da Bu-giada e Mouriscada no Projetoda Mscara Ibrica, Sofia Fer-reira, administradora delegada daTouring Cultural e PaisagsticoCity e Short Breaks, que falousobre Turismo, Cultura eOportunidades o Caso daBugiada e Mouriscada, MiguelAreosa Rodrigues, diretor deServios e Bens Culturais daDireo Regional de Cultura doNorte, que falou sobre Patri-mnio Imaterial e Papel das Ins-tituies Pblicas de Salvaguar-da e ainda Jacinta Oliveira, vo-gal do Conselho de Administra-o da Fundao Inatel, queabordou o tema A FundaoInatel na Defesa e Preservaoda Identidade Nacional.

    FOTO URSULA ZANGGER

    HONRA BUGIADA E MOURISCADA DE SOBRADO

    entretanto se foram extinguindo.E referiu ainda a histria

    Segundo dia

    O segundo dia contariacom a presena do secretrio

    Um dos maisnotveisrituais

    que sobrevivemna Europamoderna

  • 8 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Destaque

    MIGUEL BARROS

    Assinala-se neste ano ocentenrio do nascimento deuma figura incontornvel da his-tria de Portugal, lvaroCunhal. Ao longo deste 2013realizar-se-o um pouco portodo o pas inmeras iniciati-vas visando evocar a obra e vidado poltico, do artista, do escri-tor, e sobretudo do homem quepassou a maior parte da suavida seno mesmo toda a suaexistncia a lutar pela liberda-de e pela democracia. Mais doque uma figura histrica do nos-so pas lvaro Cunhal umcone do partido que ele prprioajudou a edificar, o Partido Co-munista Portugus (PCP). Con-tudo a obra construda porCunhal ultrapassa em muito asfronteiras desta fora partid-ria, sendo a prova o facto de aolongo deste ano largas dezenasde instituies pblicas comescolas e universidades cabe-a , bem como figuras ligadasa outros quadrantes polticos,estarem, ou iro estar, a evocaro trajeto de vida desta persona-

    lidade (desaparecida em 2005),conforme alis ficou vincadoem Ermesinde na noite de 10de maio no lanamento de l-varo Cunhal, uma obra multifa-cetada. Organizado pelaConcelhia de Valongo do PCPeste debate decorrido no audi-trio da junta de freguesia localcontou com a presena de in-meros militantes e simpatizan-tes comunistas, alguns maisconhecidos do que outros, queno perderam a oportunidadepara recordar o histrico lderdo seu partido pelas vozes deJos Antnio Gomes e de Da-niel Vieira, os dois oradoresconvidados a dar vida a esta ini-ciativa. Um evento aberto comuma exposio no exterior doauditrio onde estavam re-tratados vrios captulos davida ativista de uma figura nas-cida a 10 de novembro de 1913,uma vida que no se confinasomente ao passado, mas igual-mente com lies para o pre-sente e o futuro, como com-provava o primeiro painel quedava vida a esta exposio aqual dias antes havia atrado a

    si centenas de curiosos olharesaquando da sua estadia na Esta-o de Ermesinde onde a parda imagem de Cunhal se liavida, pensamento, e luta: exem-plo que se projeta na atualidadee no futuro.

    J dentro do auditrio A-delino Soares, o moderador dodebate, dava o mote para o queem seguida se iria passar, umaviagem analtica pela vida e obrada histrica figura comunista, oqual para o coordenador doPCP/Valongo deixou s atuais efuturas geraes muita coisapara pensar.

    lvaro Cunhal o construtordo PCP

    Em seguida a palavra foidada ao primeiro orador da noi-te, Daniel Vieira, militante co-munista licenciado em Histria,e atualmente presidente da Jun-ta de Freguesia de S. Pedro daCova, que no decorrer da suainterveno revelou um porme-nor curioso que atestava a suaproximidade ao lendrio lder do

    seu partido: o seu av havia sidocompanheiro de cela de Cunhalem Peniche! Daniel Vieira quecomearia por sublinhar que ofacto de ao longo deste ano l-varo Cunhal estar a ser ou queainda ir ser evocado por po-lticos de outras foras partid-rias, por escolas, e outras insti-tuies pblicas era sinal de-monstrativo no s da grande-za mas tambm de respeito eadmirao pelo histrico lder.Posteriormente o jovem mili-tante comunista deu incio suaorao, centrada em lvaroCunhal enquanto construtor doPCP, tendo para isso recorridoa uma anlise pormenorizada dolivro O partido com paredesde vidro, obra escrita porCunhal onde este procurou deuma forma sintetizada mostrara forma como os comunistas de-sejavam que fosse o seu parti-do. Neste livro, escrito em1985, o lder comunista procu-rou dar a conhecer a naturezado PCP, os objetivos e o con-ceito deste. Num ensaio ondeno escondeu sequer os traosnegativos do partido, numa es-pcie auto crtica, Cunhal retra-ta um partido cujas razes alu-dem classe operria, um parti-do filho da classe operria, comoele prprio defende. Dado esta-tstico curioso que atesta a im-portncia desta filosofia, porassim dizer, que na altura emque lvaro Cunhal escreveu estelivro 77 por cento dos militan-tes do PCP eram oriundos dasclasses operrias. O partidocom paredes de vidro sublinhaigualmente a democracia comoalavanca fundamental para ofuncionamento do partido, ondeimpera o trabalho coletivo, e noa ao centrada num lder, poiscomo diz Cunhal nestas pgi-nas o mestre um verdadeiromestre quando os seus discpu-los no fazem dele um Deus.Em suma, e tal como DanielVieira frisou, esta foi das obrasde cariz tcnico mais profun-

    Obra e vida de lvaro Cunhal visitadasem Ermesinde no ano do seu centenrio

    das que alguma vez foi escritasobre a essncia do PCP, umaobra que retrata os comunistas,a forma como se organizam, enesse sentido no se estranhaser vista tanto a nvel nacionalcomo internacional como umaobra de referncia para todosaqueles que querem conhecer afundo o partido.

    lvaro Cunhal o artista

    lvaro Cunhal passou gran-de parte da sua vida nas prisese no exlio, perodo este apro-veitado para colocar em prticaa sua veia artstica e cultural.Leu, escreveu, e desenhou, tra-zendo ao mundo nestes ltimosdois campos inmeras obras queficaram perpetuadas na hist-ria. E foi em volta desta temticaque girou a interveno do se-gundo orador da noite, JosAntnio Gomes, poeta, escri-tor, professor universitrio, e

    tambm ele um afetoao PCP. Lanariapara a atenta plateiauma profunda refle-xo sobre a obra ar-tstica e literria docarismtico secret-rio-geral do partido.Na literatura desfioude fio a pavio algumasdas obras que ficaramclebres, com destaquepara At amanh ca-maradas, que Cunhalescreveu sob o pseud-nimo de Manuel Ti-ago, e que para o ora-dor um livro com ocondo de abalarconscincias, pautadopor uma narrao em-polgante, rotulando-ode Os Lusadas douniverso do PartidoComunista. um li-vro interessante para

    todos aqueles que se aproximamde ns (comunistas), para os jo-vens militantes que iniciam a suavida em volta do partido, j que uma obra que explica o que soos comunistas, e em sequnciadisso faz ruir ideias (negativas)sobre os afetos ao nosso parti-do. uma obra simples, clara,direta, e viva, fcil de ser inter-pretada mesmo para aqueles queno tm hbitos de leitura, ex-plicou.

    Traaria Cunhal no apenascomo um notvel escritor de fic-o destacando ainda, entre ou-tros livros, a Casa de Eullia,outro popular, por assim dizer,livro de Manuel Tiago, este a re-tratar as incidncias da GuerraCivil Espanhola mas igualmen-te como um talentoso ensasta etradutor! verdade, neste ltimoaspeto recordou que foi na prisoque Cunhal traduziu para por-tugus uma das obras maisemblemticas de William Sha-kespeare, o Rei Lear.

    O terror da tortura, da o-presso, causados pelo regimefascista esto bem implcitos namaioria dos desenhos sombri-os concebidos pelo lder co-munista durante a sua estadianas prises. Desenhos e livrosque mostravam um ser inquietoe multifacetado, que ao ler, es-crever e desenhar colocava emliberdade o esprito de um cor-po prisioneiro, conforme subli-nharia no trmino da sua inter-veno Jos Antnio Gomes.

    Posteriormente seguiu-seum pequeno debate entre os ora-dores e a plateia, ou melhor, umconjunto de troca de opinies,ou vises, sobre a obra de lva-ro Cunhal.

    A noite terminou com a lei-tura de um poema distribudoa todos os presentes da auto-ria de Joo Pedro Msseder, opseudnimo do orador JosAntnio Gomes.

    Eduardo Valdrez,para sempre!

    Eduardo Valdrez, diri-gente do Sindicato dos Tra-balhadores da Sade, Solida-riedade e Segurana Social, ex-dirigente distrital do Bloco deEsquerda do Porto, fundadorda UDP, anti-fascista, ex-candidato presidncia daCmara Municipal de Va-longo, ex-deputado munici-pal, autor do livro de poe-mas Na Direco do Olhar(Lugar da Palavra, 2010), eirmo do foto-reprter de AVoz de Ermesinde ManuelValdrez, faleceu no passado

    dia 1 de maio, vitimado porum cancro.

    Viveu grande parte dasua vida em Ermesinde, emcuja Igreja Matriz se celebroumissa de corpo presente e deonde a urna com o seu cor-po, coberta por uma bandei-ra do Bloco de Esquerda eoutra do Sindicato dos Tra-balhadores da Sade, Solida-riedade e Segurana Social,partiu para ser cremado nocemitrio do Prado do Re-

    fnebre os seus colegas da Dire-o do Sindicato saudaram-no,lendo comovidos textos de home-nagem.

    Eduardo Valdrez tinha 63anos e era funcionrio administra-tivo da Santa Casa da Misericr-dia do Porto. Ativista incansveldo movimento laboral portuense,viveu a sua vida intensamente atao fim, e j doente, ajudou a orga-nizar a Comisso de Trabalhado-res do Centro Social deErmesinde, tendo um texto seu,devido impossibilidade da suapresena fsica, sido lido em ple-nrio de trabalhadores. Morreu quase se diria simbolicamente no 1 de Maio!

    URSULA ZANGGER

    pouso, no Porto.Durante a cerimnia

    FOTOS MANUEL VALDREZ

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 9

    CMARA MUNICIPAL DE VALONGO Srgio Bessa encabea listados Unidos por Valongo Assembleia de Freguesia

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    entral

    Belmiro Ferreira de Sousa

    Srgio Bessa, deputado in-dependente na AssembleiaMunicipal de Valongo, onde foieleito pelo Partido Socialista nasltimas eleies autrquicas, o cabea de lista dos Unidos PorValongo Assembleia de Fre-guesia de Valongo (e por isso,candidato presidncia da Jun-ta de Freguesia de Valongo).

    O deputado municipal inde-pendente assumiu agora a suacandidatura e apresentou aosmuncipes da cidade de Valongo,via infomail, algumas das pro-postas que o movimento de ci-dados por si encabeado pre-tende promover.

    Os Unidos Por Valongo a-presentam-se como um movi-mento de cidados de vriosquadrantes polticos preocupa-dos com a forma como a cida-de/freguesia tem sido gerida,e apontam como prioridadespara a cidade de Valongo , oapoio ao comrcio tradicionallocal, o apoio "com coerncia"s colectividades e aos bombei-ros voluntrios, a dinamizaodas tradies, encontrar umasoluo definitiva para o cemi-trio, a promoo da Serra deSanta Justa, e a aposta no apoio

    social s famlias.Conforme j an-

    tes anunciado (emabril passado), estemovimento de cida-dos junta cerca deuma centena de pes-soas de vrios qua-drantes polticos, in-cluindo alguns dissi-dentes do Partido So-cialista que saram emruptura com o lderconcelhio e candida-to Cmara Mu-nicipal de Valongo.

    Os Unidos porValongo apontamainda na mesma infor-mao agora tornadapblica: a lista dosUnidos Por Valongo Junta de Freguesiade Valongo, j est emfase de concluso edever ser apresenta-da em breve. Para j prossegue arecolha de assinaturas, um pro-cesso que est a decorrer muitobem, ultrapassando as expecta-tivas mais optimistas, sendotambm um meio de divulgaodo movimento " Unidos Por

    Breveresumobiogrficodo candidato

    Srgio de Sousa MoreiraBessa natural da freguesia econcelho de Valongo, munic-

    pio onde reside h 50anos.

    licenciado emAdministrao Pbli-ca Regional e Autr-quica.

    tcnico oficialde contas inscrito naOrdem dos TcnicosOficiais de Contabi-lidade, desde 1996.

    auditor internoinscrito no InstitutoPortugus de Audito-ria Interna.

    formador certi-ficado pelo Institutode Emprego e Forma-o Profissional.

    De 1983 at 1994exerceu a sua ativida-de profissional naACICV AssociaoComercial e Industri-al de Valongo.

    De 1991 at 2010exerceu a atividade de con-sultadoria fiscal, auditoria, con-tabilidade e financeira de vriasempresas.

    A partir de 2010 exerce aatividade profissional de tcni-co superior no Centro Hospi-talar do Tmega e Sousa.Valongo" cidade.

    Aindaa propsitodo Regulamentode Publicidade

    LC

    Foi o jornal A Voz deErmesinde contactado em car-ta sua diretora pelo deputadomunicipal eleito pela Coragemde Mudar, Joo Castro Neves,o qual, em seu entender apon-tava um erro grave na reporta-gem da sesso da AssembleiaMunicipal do dia 29 de abril,na qual, segundo ele, notransparecia um fiel retrato doa acontecido a propsito dadiscusso do Regulamento dePropaganda e Publicidade, o quecontrastaria com a usual serie-dade e iseno que o eleito daCoragem de Mudar reconheciacomo prtica do nosso jornal.

    Na edio a que se refere apea citada, de 30 de abril de2013, o jornalista de A Voz deErmesinde escrevera:

    Finalmente o Regulamen-to de Propaganda e Publicida-de, depois de muita discusso eacertos, l seria aprovado semoposio.

    Segundo Joo Castro Ne-ves, e tendo em conta que namesma edio se d nota da dis-cusso ocorrida em sesso daCmara Municipal de Valongo

    na qual apontada a eventualexistncia de inconstituciona-lidades na proposta a votada,poder-se-ia concluir estar-se emface da mesma proposta e node uma nova proposta, resul-tante do trabalho de consen-sualizao surgido na reuniode lderes e para a qual em mui-to contribuiu o prprio JooCastro Neves, responsvel pelaredao do novo articulado, oqual viria j Assembleia Mu-nicipal limpo dessas situaesde muito provvel inconstitu-cionalidade.

    Sendo um facto que a pro-posta trazida Assembleia ti-nha j o acordo dos deputadosmunicipais das vrias bancadase que, por pequenos pormeno-res insignificantes, estes fize-ram demorar uma eternidadeuma deciso que era muito fcilde tomar, como o comprovouuma proposta de consenso deRogrio Palhau, e foi isso quefez o jornalista, por contraste,dar-lhe o espao que deu, ad-mitimos que a crtica de JooCastro Neves razovel, e queno se inferia da nossa repor-tagem a correo dessas in-constitucionalidades.

  • 10 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013

    Visitas de trabalho de vrios partidoscom Direo do Centro Social de Ermesinde

    LC

    Vrias reunies de traba-lho juntaram recentementedelegaes de vrios parti-dos CDS/PP, Partido Soci-alista e Bloco de Esquerda com a Direo do CentroSocial de Ermesinde

    As delegaes foram li-deradas pelas direes con-celhias dos respetivos parti-dos, no caso do CDS e PS(Alexandre Teixeira e JosManuel Ribeiro, respetiva-mente) e pela coordenadoranacional do Bloco de Esquer-da, Catarina Martins, mas to-das elas foram sobretudoreunies de trabalho enqua-dradas na preparao dascandidaturas autrquicas.

    A reunio de trabalhodos candidatos do PS C-mara Municipal de Valongoe Junta de Freguesia de Er-mesinde ocorreu no passa-do dia 15 de maio.

    Durante esta reunio, esegundo relato posterior dopresidente da Comisso Con-celhia de Valongo do PS, e si-

    multaneamente cabea de lis-ta presidncia da CmaraMunicipal de Valongo, JosManuel Ribeiro, estiveram nareunio com a Direo doCentro Social de Ermesinde,alm de si prprio, o cabeade lista Junta de Freguesia

    NOTCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

    de Ermesinde, Tavares Quei-jo, que simultaneamentemembro da Direo do Cen-tro Social de Ermesinde e que objeto de entrevista nestenmero do nosso jornal.

    Durante a reunio detrabalho foi possvel deba-

    Destaque

    ter todas as problemticasque afetam hoje as IPSS, emuito em particular o Cen-tro Social de Ermesinde e oseu papel no quadro da ci-dade de Ermesinde, em par-ticular, relatou ainda Jos

    Por sua vez, a delega-o do CDS/PP, na qualtambm se inclua ArturPais, ex-presidente da Juntade Freguesia de Ermesinde,realizou tambm, segundoAlexandre Teixeira, uma reu-nio de trabalho no sentidode conhecer melhor a reali-dade do Centro Social, ten-do este partido em vista rea-lizar uma nova visita a estaIPSS, mas j com o proces-so das candidaturas maisavanado.

    A reunio com a delega-o do Bloco de Esquerda,nica que foi objeto deanncio pblico por partedo partido, realizou-se, porsua vez, no passado dia 25de maio, tendo nela tambmparticipado, alm da coor-denadora nacional CatarinaMartins, os cabeas de lis-ta por este partido Cma-ra Municipal de Valongo,Eliseu Pinto Lopes, o cabe-a de lista AssembleiaMunicipal, Nuno Monteiroe o entretanto conhecidocabea de lista Assembleia

    de Freguesia de Valongo,Daniel Faria.

    Nesta reunio de traba-lho, a delegao do Blocode Esquerda visitou o Larde S. Loureno, onde tam-bm foi acompanhada peladiretora tcnica AnabelaSousa, a Empresa de Inser-o da Lavandaria e o jor-nal A Voz de Ermesinde.

    Henrique Rodrigues a-presentou a histria e car-ter desta IPSS, a sua situa-o atual e os seus desafi-os face a vrios constrangi-mentos externos e s res-ponsabilidades assumidas.

    Por sua vez, CatarinaMartins defendeu a pers-petiva de interveno soci-al do Bloco de Esquerda,segundo o qual, alm dasnecessrias e urgentes me-didas de poltica redistribu-tiva, faz todo o sentido umalinha de interveno assis-tencial, rpida e eficaz, naqual instituies como oCentro Social de Ermesindecontinuam a ter um papelmuitssimo relevante.

    FOTO PS/VALONGOManuel Ribeiro.

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 11Literatura

    Contracorpo

    RICARDOSOARES (*)

    Os corpos. Talvez sejam os corpos, modosdo sonho, desligados ainda. Os cereais caemdas tijelas e espalham-se pelo cho. O corejubila.

    De um dos lados constata-se que falarcom um adolescente se assemelha a dar ba-nho a um peixe.

    A sada uma estrada, uma longa via-gem de carro de Lisboa a Roma: a ideia comer quilmetros mas poder trazer o conta-dor a zeros. O co fica em casa. Durante aviagem, os intervenientes lidam com a cul-pa, a frustrao, e a incapacidade de mostra-rem o que sentem um pelo outro. Maria noconsegue chegar a Pedro, enquanto ele va-gueia em pensamentos confusos. De formasdiferentes, ambos sentem-se perdidos e,consequentemente, necessitados de se re-

    tidade mais complexa. A de algum na de-pendncia do outro. Ela sempre em rela-o a algum: a Pedro, a Simo, o filho maisnovo, me, ao pai, aos dois irmos, Rodrigoe Miguel, ao marido, Francisco, que morreuantes de tempo. Pedro um eu. Tem umaidentidade prpria. Ele conta: A mulher estmorta e eu, mesmo dentro do sono, sei queela est morta. A morte no se diz, sente-se eeu sei que, apesar de tudo, evidente que ocorao dela parou e que os seus olhos nome vem. No se apercebe da minha presen-a. Mas estou ali. Tal como ela. Um corpo. Amulher apenas um corpo. A mulher ame num sonho mau. E tanto a me comoPedro andam a lidar com o mesmo medo semque um saiba do medo do outro a perda.

    Os captulos de Maria vo de a arma-dura janela. Os ttulos vo dando indi-caes do tom e da revoluo tranquila que

    est em marcha. De um pesoopressivo a um descomprimir deuma leveza difana.

    Os captulos de Pedro come-am sempre por Pedro conta. uma homenagem ao estilo di-rio, caderno de segredos, queassociamos a todos os adoles-centes.

    A viagem imensa. Para queserve esta viagem?, perguntaPedro a Maria. Para negociar-mos, responde-lhe ela. Negoci-ar o espao comum que tero departilhar, sozinhos, para j numcarro em silncio. A viagem ser-ve, essencialmente, como meca-nismo de introspeo e au-todescoberta.

    As paragens em Marselha eem Roma, destino final num ins-pirado improptu, so as mais im-portantes. E a a literatura e arte,de Alexandre Dumas a Rafael, deque ambos se nutrem, o que vaicolar estes dois seres.

    O final ou melhor, o quasefinal, para no estragar a desco-berta apesar de ser ao lusco-fusco, luminoso: Ali estavam,em plena Roma, ele na rua e elaali, janela, a rir de um palhaode Vero. Podia ser outra coisa.O palhao despediu-se e um ho-mem vestido de preto surgiu comuma coluna de som independen-

    te. Comeou a cantar Nessun Dorma. Mui-tas pessoas gritaram e aplaudiram. Mariafechou a janela. Dali a pouco j no estariasozinha.

    A angstia gerada no leitor deve-se aessa enorme conteno. So muitos os es-paos em branco, os parntesis que se abreme que cada um dos que leem preenche comosabe ou pode, como os que narram. O siln-cio deles tambm o de cada um que l enunca chega a ser insuportvel. Apenasincmodo.

    (*) [email protected]

    Acho vergonhosa a norealizao da Feira do Livro doPorto. Por isso, em sinal de pro-testo, opto por deixar este "Bre-ves" em branco. Peo descul-pa ao Jornal "A Voz de Er-mesinde" e a todos os leitoresque acompanham esta coluna.

    Ricardo Soares

    A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS A VOZ DAS PALAVRAS

    Breves

    o abrirmos o livro encon-tramos uma citao deMarguerite Duras: Soua nica a amar o meu filho,a compreend-lo verda-deiramente, e mesmo atra-

    vs das cenas, dos gritos, continua a seramor. Se eu morrer, ele ser muito infeliz. Comele, partilho a mesma loucura, a mesma vio-lncia, o mesmo amor.

    Contracorpo, sexto roman-ce de Patrcia Reis, um livromarcante, aparentemente sobre amorte, mas no fundo sobre a re-cuperao, sobre quem sobrevi-ve morte. Acima de tudo umadolorosa reaproximao entreMaria, de 40 anos, me e recm-viva, e Pedro, de 15 anos, o maisvelho dos seus dois filhos.

    O parto marca o incio da se-parao entre me e filho. A par-tir desse momento, a figura ma-terna ser sempre exterior vidaque criou dentro de si prpria.

    Se na infncia a criana an-seia pela me, na adolescncia oquase-homem tenta, atrapa-lhado numa confuso de senti-mentos para si indefinveis, rom-per com essa dependncia. O fi-lho deixou de ser criana, masainda no adulto.

    no interior desta in-definio que Patrcia Reis abor-da a complexa relao entre umamulher-me e o seu filho qua-se-homem. essa luta, a maiore a mais violenta: a de dois cor-pos, da me e do seu filho, quedesaprenderam de se conhecer.

    Quando Contracorpo ar-ranca, os campos esto exalta-dos: Maria diz que so horasdo jantar, e o incio de outrapequena batalha. Ele pe a mesa, o co fare-ja os ps na esperana de comer e ir rua.Ento pode ser que seja assim , otelemvel toca e Maria prepara a massa e omolho com um certo automatismo, ele j sen-tado sem ligar a nada, esperando obediente,especado em frente do prato.

    Maria e Pedro. Me e filho. Uma s casa.Um cresce e a outra definha uma viagempara gerir o medo da perda entre uma me eum filho que esto a deixar de se conhecer.

    Estamos num impasse, com o quotidia-no estreito, macerado com fora em cima deuma bigorna: As manhs so duras, afinal.

    FOTO ALFREDO CUNHA

    encontrarem.

    Com uma simples focagem tudo muda:Fao zoom junto aos olhos, as pequenasrugas, as sobrancelhas, um sinal junto aonariz, os cantos da boca descados, quaseseveros, um trao que j vi anteriormentena boca da minha av. Sempre considerei aminha me uma mulher bonita.

    Patrcia Reis optou por uma estrutura aduas vozes, sendo que cada uma delas sedesdobra em polifonia. A me fala do filhona terceira pessoa, como se o contasse ecom isso se contasse a ela nessa relaoque quer aprender a gerir. Ela fala de si comdistanciamento, no um eu. H uma iden-

  • 12 A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Histria

    teve como o nico baluarte doliberalismo em Portugal, no pe-rodo das guerras liberais, umavez que nunca se submeteu autoridade de D. Miguel.

    O novo texto constitucional(Carta Constitucional de 1826)baseava-se na Constituio Bra-sileira que, nalgum do seu articu-lado, se filiava no texto constitu-cional francs de 1814. A CartaConstitucional de 1826 evidenci-ava tambm influncia da 1 cons-tituio portuguesa (Constituiode 1822) e da Constituio Se-tembrista (1838) Tratava-se deum texto moderado, que repre-sentava um compromisso entreos revolucionrios vintistas (cujoiderio consagrado na Consti-tuio de 1822) e os defensoresde um reforo do poder rgio. Orei passava a ter o poder modera-dor que anexava ao poder execu-tivo e ainda nomeava os mem-bros, vitalcios e hereditrios, daCmara dos Pares.

    O poder legislativo era en-tregue a duas cmaras: dos Pares(de nomeao rgia) e de Depu-tados (eleitos). O sufrgio era in-direto e censitrio (s podiamvotar os homens com mais de25 anos e que tivessem de rendi-

    EFEMRIDES DE ERMESINDE - MAIO

    mento lquido anual 100$000 risou mais). Este novo texto cons-titucional garantia aos cidadosos direitos liberdade, seguran-a individual e propriedade. ACarta (cartismo) esteve em vigorem Portugal Continental e Insu-lar ( exceo da Ilha Terceira):de 31 de julho de 1826 a 3 demaio de 1828 (regncia de D. Isa-bel Maria); de 27 de maio de 1834a 9 de setembro de 1836 (D. Ma-ria II) e de 1842 (golpe de CostaCabral) a 1910 (implantao daRepblica).

    Com o regresso da CartaConstitucional de 1826, aps avitria liberal na Guerra Civil(1834), Mouzinho da Silveira,enquanto Ministro da Fazendae da Justia (1832) produziu umconjunto de decretos que per-mitiram transformar o velhoPortugal feudal num pas,progressista e liberal.

    Em termos poltico-sociaisgarantiu a salvaguarda jurdica daliberdade individual em todos ossetores (cdigo penal, administra-o, ensino, pensamento, propri-edade, segurana e trabalho); emtermos econmicos procuroucompensar o pas pela perda doBrasil, liberalizando a economia:

    e todos os textosconstitucionais,a Carta Consti-tucional de 1826foi, sem dvida,a que mais tem-

    po vigorou em Portugal, athoje. Outorgada a 29 de abril de1826, por D. Pedro IV (D. Pe-dro I, do Brasil), a Portugal,quase logo aps a morte deD. Joo VI, seu pai, a 10 demaro de 1826, seria suspensaa 3 de maio de 1828, na conjun-tura da aclamao de D. Miguel.

    Mas na Ilha Terceira (Ar-quiplago dos Aores) ela seriarestaurada, no dia 22 de maiode 1828, fez, h escassos oitodias, precisamente 185 anos.Em boa verdade, poder-se- di-zer que a Ilha Terceira se man-

    libertou a propriedade agrria dosantigos direitos senhoriais, abo-liu alguns morgadios (os de ren-dimento inferior a 200$000 ris),aboliu todos os dzimos (queeram pagos Igreja), limitou opagamento da sisa transao dosbens imveis; acabou com as por-tagens, aboliu os direitos de pes-ca e reduziu as taxas alfandegri-as para as exportaes a 1%.

    Era, efetivamente, um tex-to constitucional mais conser-vador do que aqueles em que seinspira, mas, mais adaptado realidade portuguesa, e da a sualongevidade, at proclamaoda Repblica, em 1910, comapenas trs revises, noutrostantos Atos Adicionais (1852,1855 e 1896).

    Entre os valorosos liberaisdo perodo vintista, refira-se onome de D. Antnio Jos deSousa Manuel de MenesesSeverim de Noronha, 1 Duqueda Terceira, que se bateu cora-josamente nas lutas liberaiscontra o Absolutismo, que ti-veram o seu eplogo, precisa-mente aqui (recordo a lpidetumular que existe entrada daIgreja de Santa Rita e que guar-da os restos mortais de muitos

    A Rainha D. Maria II e o seu squito real almoaramna Travagem (Ermesinde) no dia 18 de Maio de 1852

    MANUELAUGUSTO DIAS

    O 185 aniversrio da restauraoda Carta Constitucional

    Como se sabe, as guerrascivis terminaram com o triunfode D. Pedro e dos Liberais. Em1836, pouco tempo aps a der-rota de D. Miguel e dos Abso-lutistas, foi criado o concelho

    Mouzinho da Silveira produziu um conjunto de decretos que permitiramtransformar o velho Portugal feudal num pas, progressista e liberal

    Na sua ltima viagem aoNorte do Pas, D. Maria IIalmoou na Travagem.

    soldados que tombaram nessasguerras liberais) na regio doGrande Porto, entre 1832 e1834, tendo a vitria sorrido causa liberal.

    Nos anos seguintes, de-sempenhou vrios cargos pol-ticos: foi Par do Reino e Gover-nador das Armas da Provnciado Alentejo (reprimindo algu-mas movimentos militares quese levantaram a favor do Abso-

    lutismo). Mais tarde, iria para aIlha Terceira onde a sua aotambm relevante, na expan-so do liberalismo a outras ilhasdaquele arquiplago, antes de virpara o continente, onde partici-pou nas guerras liberais, ao ladode D. Pedro. O Duque de Sal-danha, o Duque de Palmela eMouzinho da Silveira so ou-tros nomes insignes do libera-lismo portugus.

    O teor da carta o seguinte:Governo Civil do Dis-

    tricto do Porto / Ill.mo e Ex.moSr. = Tenho a honra de partici-par a V. Ex., que tendo SuasMagestades e Altezas sado hojede Santo Thyrso s oito horasda manh, e tendo-se dignadoacceitar um bem servido almo-o que tinha feito preparar, elhes ofereceu na ponte daTravage a Camara de Val-lango (sic), a sua entrada severificou nesta cidade pelasduas horas da tarde, dirigin-do-se Suas Magestades Realcapella de Nossa Senhora daLapa, aonde assistiram a umsolemne e pomposo Te-Deum,preparado e dirigido pela ir-mandade da mesma capella, noqual celebrou S. Ex. o Bispoda diocese. (...) / Deos guardea V. Ex. / Porto 18 de Maio de1852, s quatro horas da tar-de. = Ill.mo e Ex.mo Sr. Ro-drigo da Fonseca Magalhes,Ministro e Secretario de Esta-do dos negocios do Reino. =Governador civil, Visconde dePodentes.

    de Valongo, como justa home-nagem e gratido ao povovalonguense que ter ajudado osliberais nesta contenda fratri-cida, como manifesta a prpriaRainha D. Maria II que, ao pro-

    mover Valongo a concelho, re-fere expressamente que esta ter-ra lhe merece gloriosa recorda-o por ter sido da que D.Pedro IV, seu pai, dirigiu a vito-riosa Batalha da Ponte Ferreira.

    Na sua ltima viagem aoNorte do Pas, D. Maria II al-moou na Travagem

    O Diario do Governo, dodia 24 de maio de 1852, na pri-meira pgina, publica uma cartado Governador Civil do Porto,Visconde de Podentes, dirigidaao Ministro e Secretrio de Es-tado dos Negcios do Reino,Rodrigo da Fonseca Magalhes,relativamente visita que a Co-mitiva Real (Rainha D. MariaII, seu marido com o ttulo deRei, D. Fernando II, e os prn-cipes, que, mais tarde, viriam aser reis de Portugal, D. Pedro eD. Lus) fez ao Norte do Reino,e onde se faz referncia ao al-moo que foi oferecido a SuasMajestades, nesta cidade, nolugar da Travagem, por parte daCmara de Valongo em formade gratido pela criao do novoconcelho de Valongo.

    FOTOS ARQUIVO MAD

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde Desporto

    AnuncieAqui

    Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N. 905 JUNHO de 2013 Coordenao: Miguel Barros

    Ermesinde Sport Clubeem busca de um novo rumo diretivo

    Foi inconclusiva quanto a um novo rumo diretivo aAssembleia Geral que o Ermesinde levou a efeito nanoite de 31 de maio. Na ausncia de lista de candidatu-ras ficou marcada para o prximo dia 21 uma novaassembleia, onde caso voltem a no surgir candidatosa suceder ao desaparecido atual presidente Jos Arajotero de ser encontrados elementos para formar umaComisso Administrativa para guiar os destinos doclube no futuro imediato. No plano desportivo o emble-ma da nossa freguesia encerrou uma poca negativacom um triunfo caseiro sobre o Alpendorada.

    FOTO MANUEL VALDREZ

  • A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013DesportoII

    Suplemento de A Voz de Ermesinde (este suplemento no pode ser comercializadoseparadamente) .Coordenao: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Lus Dias.

    FUTEBOL

    Ermesinde SC encerra pocanegativa com um triunfo caseiro

    Ponto final. Chegou ao fim o calvrio da equipa principal do Ermesinde no escalo maior da Associao deFutebol do Porto (AFP). O campeonato da Diviso de Honra chegou ao fim no passado dia 19 de maio, tendo aturma da nossa cidade feito as despedidas de uma poca negra com um triunfo caseiro sobre o Alpendorada,por 1-0. Em termos de classificao final os ermesindistas ficaram ento no 17 lugar, despromovidos portanto,com 28 pontos, de um certame que foi ganho pelo Lixa, que contabilizou 66 pontos. Acompanham o emblema danossa freguesia no regresso 1 Diviso Distrital da AFP o Perosinho (18), o Alpendorada (16), e o Baio (15).Entretanto, a AFP penalizou com uma derrota o Ermesinde e o Sobrado, em virtude de o jogo entre estas duasequipas - alusivo ronda nmero 29 - no ter chegado ao fim em face das agresses protagonizadas entrejogadores de ambos os emblemas.

    Em seguida passamos em revista os trs derradeiros encontros do Ermesinde Sport Clube na temporadaque agora chega ao fim.

    Na tarde de 19 de maio oErmesinde despediu-se dasua massa associativa comuma vitria diante do Alpen-dorada, em jogo a contar paraa 34 e ltima jornada doCampeonato da Diviso deHonra da AFP. Partida estapresenciada por pouca gente,onde os primeiros minutosforam de domnio da equipada casa, a qual durante o pri-meiro quarto de hora cons-truiu as suas primeiras opor-tunidades de golo, tendo amais flagrante ocorrido aos 10minutos, altura em que Flviodisps de duas chances degolo na mesma jogada, masque o guardio Dida soubedefender com eficcia.

    Do lado do Alpendora-da, o primeiro remate bali-za de Rui Manuel teve lugaraos 20 minutos, protago-nizado por Coelho, contudoa bola saiu ao lado direitoda baliza ermesindista.

    Aps este lance, o jogoconheceu minutos de futebol

    muito fraco, jogado predomi-nantemente a meio campo ecom os atletas da casa a per-derem muitas bolas.

    meia hora de jogo, Sou-sa, do Ermesinde esteve no-vamente muito perto de mar-car, adivinhando-se a qual-quer momento o golo, quesurgiria aos 35 minutos, apon-tado de cabea pelo capitoDelfim, na sequncia de umpontap de canto, cobradopor Hlder Borges.

    Ainda antes do interva-lo, Rui Manuel foi posto prova e s segunda conse-guiu manter intactas as re-des da sua baliza.

    Na segunda parte, as ca-ractersticas do jogo no sealteraram, nem o resultado,mas o Alpendorada bateu-sesempre muito bem, acreditan-do, at ao fim, que poderiapontuar, o que acabou porno acontecer.

    No fim, o tcnico e os jo-gadores do Ermesinde feste-jaram o resultado, com a

    claque, quase como se tives-sem alcanado os objetivosdesta poca desportiva.

    No ltimo encontro datemporada o Ermesinde ali-nhou com: Rui Manuel, VtorGato, Hlder Borges, Stam,Delfim, Guedes, Lea (Hu-guinho, aos 45m), Sousa (Pau-lo, aos 82m), Miguel (Pedrin-ho, aos 82m), Hemery e Fl-vio (Andr Ribeiro, aos 60m).LUS DIAS/MB

    Trambolhoem casado comandante

    J sem nada a ganhar oErmesinde visitou no passa-do 12 de maio o reduto do co-mandante, e j campeo, daDiviso de Honra da AFP, oLixa, em partida da penltimaronda (33) da competio.

    No foi na verdade umbom jogo de futebol, antespelo contrrio, embora tenhasido o conjunto da casa aestar mais forte durante os90 minutos, e em conse-quncia disso que se expli-ca o resultado final de 3-0 aseu favor. Ao intervalo, eapenas a perder por um go-lo, o treinador ermesindistaJorge Abreu colocou emcampo mais dois avanados,mas de nada adiantou, jque o Lixa ainda viria a mar-car por mais duas ocasiespara delrio dos adeptos dacasa que no final do encon-tro fizeram a festa de umasubida h muito anunciada.

    Neste encontro o Erme-sinde alinhou com: Rui Manu-el, Tiago Silva (Sousa, aos45m), Hlder Borges (An-drezinho, aos 66m), Rui Stam,

    Delfim, Vtor Gato, RicardoLea (Paulo, aos 76m), Hu-guinho (Rivaldo, aos 45m),Hemery, Miguel (Pedrinho,aos 76m) e Flvio.

    MRCIO CASTRO/MB

    Valonguenseleva trspontosde Ermesinde

    Foi com a presena dopresidente da Cmara Muni-cipal de Valongo, Joo Pau-lo Baltazar, que Ermesinde eValonguense subiram ao rel-vado do Estdio de Sonhosno dia 5 de maio para dispu-tar um dos desafios da 32jornada do Campeonato daDiviso de Honra da AFP.Drbi (na imagem) onde osermesindistas apenas joga-vam pela honra, j que a des-cida de diviso havia sidoconfirmada na jornada ante-rior, em Rio Tinto. As duasequipas do nosso concelhono realizaram uma boa par-tida de futebol, foi na ver-dade um jogo fraco, assisti-do por pouca gente, pois amassa associativa da equi-pa da casa j est resignadacom a descida 1 Distrital.

    O relvado tambm se a-presentava em mau estado(soubemos que o motor deelevao da gua avariou eportanto no foi possvelregar a relva, o nmero devezes que era suposto faz--lo), fator que ajudou ao mauespetculo.

    Relativamente ao jogo,propriamente dito, pouco ha registar. Com um golo emcada parte de um jogo de fra-co recorte tcnico, o Valon-

    guense superiorizou-se aoErmesinde, que s se podequeixar de si prprio, poisa falta de concentrao noseu reduto defensivo mos-trou-se determinante para oresultado final. No primei-ro golo, Guedes, num cortena pequena rea, acaboupor isolar o adversrio Bi-fes, que no se fez rogadoe bateu Rui Manuel pelaprimeira vez.

    No reatamento, JorgeAbreu procedeu a uma su-bstituio, depois ainda fezmais duas, que de nada va-leram. verdade que o Er-mesinde tambm criou algu-mas oportunidades, masinsuficientes para alterar orumo do jogo, em termos demarcador. O segundo golodo Valonguense teve comoautor o ermesindista Mo-rangos, que, acabadinhode entrar, teve azar numcorte que deu mais um golopara a equipa da sede doconcelho.

    Fora das quatro linhasno houve qualquer proble-ma e at surpreendeu o re-foro policial a que se as-sistiu no momento da sadado recinto de jogo. A arbi-tragem no teve problemasde maior e no tem qualquerresponsabilidade no resul-tado do encontro, que aca-ba por ser justo.

    Na derrota por 0-2 ante oValonguense o Ermesindealinhou com: Rui Manuel,Gato, Hlder Borges, Stam,Delfim, Guedes, Lea (Hu-guinho, aos 45m), Sousa(Morangos, aos 61m), Mi-guel, Hemery e Flvio (Pau-lo, aos 71m). LUS DIAS/MB

    A opiniodotcnicoJorgeAbreu

    Substituiu, 5 jorna-da, Lus Magalhes nocomando da principal tur-ma ermesindista, mas a"prematura chicotadapsicolgica" acabou porno surtir o efeito dese-jado, e Jorge Abreu (naimagem) no evitou aqueda ao segundo esca-lo do futebol distrital.Contactado pelo nossojornal o tcnico subli-nhou que redutor expli-car-se a descida do clubeapenas pela questo ma-temtica, ou seja, s pelofacto de o Ermesinde tersido das equipas que me-nos pontos fez no cam-peonato.

    A razo (da descida)vai muito mais alm doque uma mera viso damatemtica. Na sua opi-nio o clube no tinhauma ideia adequada emrelao competio(Campeonato da Divi-so de Honra) em que iriaparticipar, no foi capazde criar uma estrutura,uma gesto desportivacapaz para participarnuma prova deste nvel.Sobre a sua continuida-de, ou no, no comandotcnico do emblema danossa freguesia JorgeAbreu diz no ter pensa-do nisso ainda, at por-que o clube prepara-separa ser conduzido poruma nova Direo, ecomo tal h que esperarque o Ermesinde SportClube primeiro se orga-nize e s depois falar-senuma eventual continui-dade. MB

    FOTOS JOANA FITAS

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde DesportoASSEMBLEIA GERAL DO ERMESINDE SPORT CLUBE

    III

    Soluo diretiva ausente numa noiteem que as contas apareceram incompletas

    Mais de uma centena de associados do Ermesinde marcaram presena na Assembleia Geral (AG) que o clube levou a cabo nosalo nobre dos bombeiros voluntrios locais na noite de 31 de maio na expetativa de saber quem seria o prximo elenco diretivoa guiar os destinos da nau ermesindista, a qual por estes dias navega em guas bastante agitadas. Expetativas que no entantosairiam goradas, j que cedo se percebeu que nenhuma lista se havia apresentado, deixando assim o clube beira de um vaziodiretivo, j que sabido que a atual Direo liderada por Jos Arajo - que estranhamente continua desaparecido, sem darqualquer explicao quer aos seus pares, quer aos associados ermesindistas - no ir continuar em funes. Numa sesso aindamarcada pela apresentao de contas mascaradas (!) - isto , que no traduzem a realidade financeira do clube - ficou ainda asaber-se que afinal o problema do estdio pode ainda no estar resolvido!

    MIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROSMIGUEL BARROS

    Foi pois com profundarevolta que a esmagadoramaioria dos associados semanifestou contra odesaparecido aindapresidente da Direo,responsabilizando-o peladelicada situao em queo Ermesinde est mer-gulhado. E se a revolta jera grande entrada paraa AG, maior ficou quandoo presidente da Mesa daAssembleia, Isidro Vaz,colocou em cima da mesaas contas referentes adois dos trs anos do atualmandato, as quaisestariam muito longe derefletir a delicada sit-uao financeira doclube. Convm explicarque o Ermesinde levou acabo duas AG's na mesmanoite, uma para a-presentar, discutir, evotar o referido Relatriode Contas e outra paraento eleger uma nova Di-reo. No entanto, nemuma nem outra seriamlevadas a termo, ou seja,nenhuma Direo foieleita, pois nenhuma listase apresentou a sufrgio,nem as Contas foram

    votadas, j que refletiamapenas os nmeros dos anosde 2011 e 2012. Na verdade orelatrio apresentado mos-trava um saldo positivo - entreproveitos e despesas - de 18euros e 52 cntimos, o quelevou muitos associados aironizarem que com aquelascontas qualquer um teriacoragem para ser presidentedo Ermesinde, acusando emseguida a atual Direo - emais uma vez com JosArajo a ser o principal visado- de estar a mascarar arealidade financeira do clube,ao apresentar um saldopositivo, pequeno, maspositivo, quando toda a gentesabe que o saldo global dascontas do clube altamentenegativo. Confrontados pelosassociados sobre o porqu deo Relatrio de Contas seapresentar digamos queincompleto, alguns elementosda atual Direo optaram pelosilncio, dando a entenderque para uma explicaomais aprofundada teria deser necessrio ouvir o desa-parecido Jos Arajo.

    Albino Rodrigues - quena ausncia de elementos pa-ra acompanhar Isidro Vaz nacomposio da Mesa da AGaceitou o convite endereado

    por este ltimo aos associ-ados para desempenhar ocargo de vicepresidente des-te rgo - props que pelo fac-to de as contas apresentadasno estarem completas, jque nas mesmas no estavarefletido o passivo do clube,as dvidas s Finanas, ou Segurana Social (SS), porexemplo, se adiasse este pon-to para a prxima AG, onde aas contas seriam apresenta-das de forma detalhada - comos valores exatos do passivo,e das tais dvidas SS, Fi-nanas, e demais credores -j que um conceituado tcni-co oficial de contas local es-taria j encarregue de apre-sentar a realidade contabi-lstica do Ermesinde. Peseembora alguns associados semostrassem preocupadoscom o timing da apresenta-o de um novo documento - aprxima AG ficou agendadapara dia 21 de junho, por seresta a nica data em que osBombeiros Voluntrios deErmesinde tero disponibili-dade para voltar a ceder o seusalo nobre - uma vez que notarda a nova temporada des-portiva est a porta, sendopois necessrio prepar-laatempadamente, contraria-mente ao que se fez na poca

    de 2012/13. No seguimentodesta preocupao AlbinoRodrigues acautelou os s-cios de que primeiro pre-ciso saber se existe aquilo"com que se compram osmeles", por outras pala-vras, dinheiro, no podendoo clube partir em aventurassem primeiro conhecer arealidade das suas finan-as, pelo que a sua propostade adiar este ponto para aprxima sesso seria maistarde votada favoravelmen-te por todos os associados.

    E na convocatria da pr-xima AG ir novamente cons-tar o ponto alusivo eleiode novos dirigentes, sendo queIsidro Vaz explicou que casono volte a aparecer nenhu-ma lista de candidatura a so-luo - de emergncia - passapor encontrar elementos queformem uma Comisso Admi-nistrativa que tome conta doclube enquanto no surja umanova Direo. At l, at ao diada prxima AG, o Ermesindecontinua a ser gerido pelaatual Direo, j que o seu pre-sidente apesar de desapareci-do no apresentou oficialmen-te a sua demisso do cargo.

    No sentido de apelar unio de todos os ermesin-distas neste momento delica-do algumas vozes se fizeramouvir, entre outros o presiden-

    te honorrio do clube, Au-gusto Mouta, que comeandopor lamentar a situao doemblema, apelou unio dosassociados, que todos se res-peitassem, e que dessem asmos, porque acima de tudoest o Ermesinde. Vamos, comcalma, arranjar uma Direo.Vejo aqui muita gente nova,com capacidade para ajudar oclube. Por isso peo, no dei-xem morrer o Ermesinde,apelo sentido que originou umasalva de palmas da compostaassembleia. Embalado - qui -por este apelo o prprio presi-dente da Mesa da AG deixariaa promessa de que se na prxi-ma sesso aparecer uma listade candidatos ele prpriodoaria ao clube 500 euros!

    Problemado estdioainda porresolver?

    Promessa que poder noser suficiente para motivaralgum a "embarcar" naaventura de ser presidente doErmesinde, at porque no pon-to destinado a outros assun-tos os nveis de preocupaovoltaram a subir assim queum dos diretores ermesin-distas presentes, no casoAntnio Borges, revelou querecentemente o clube havia

    recebido uma carta regis-tada de Ablio de S, oprincipal credor doErmesinde, na qual esteexigia que o clube lhe en-tregasse de imediato o Es-tdio de Sonhos - que seencontra penhorado, como sabido - caso contrrioavanaria com uma provi-dncia cautelar! Ora, estanotcia apanhou de sur-presa todos os presentes,at porque recentemente aCmara de Valongo anun-ciou que este problemaestaria resolvido, j que a so-luo encontrada passariapela permuta dos terrenosdo campo dos Montes daCosta, que ficaro com ca-pacidade construtiva e do Es-tdio de Sonhos, que seriamunicipal e requalificado.No sentido de clarificar asituao foi eleita uma co-misso composta porIsidro Vaz, Augusto Mouta,Bruno Barbosa, e o pr-prio Antnio Borges quejunto da autarquia vai en-to tentar perceber o por-qu desta carta de Abliode S quando publica-mente j havia sido anun-ciado que a Cmara tinhachegado a um acordo como credor do Ermesindepara este libertar a pe-nhora do estdio.

    FOTOS MANUEL VALDREZ

  • A Voz de Ermesinde JUNHO de 2013Desporto

    DAMAS

    Srgio Bonifcio ficou porta da fase finaldo Campeonato Nacional individual de damas clssicas

    O ermesindense Srgio Bonifcio (na imagem) foi umdos 24 damistas que no passado fim de semana de 18 e 19 demaio marcou presena na fase preliminar do CampeonatoNacional individual de damas clssicas, evento decorrido naSociedade Musical Capricho Setubalense. Integrado na S-rie C da competio o damista do Ncleo de Damas deErmesinde/Caf Avenida no foi alm do terceiro lugar doseu grupo, ficando assim porta da qualificao para a fasefinal do certame, a qual ir decorrer entre os prximos dias 6e 10 de junho, novamente em Setbal. Saliente-se que para afase final se apuravam os dois primeiros classificados decada grupo, sendo que pelo facto de ser um dos terceirosposicionados Bonifcio ficou na condio de suplente, ou seja,avana para a fase final caso algum dos finalistas no possacomparecer.

    E para a fase final classificaram-se os seguintesdamistas: Manuel Vaz Vieira, Paulo Lapa, Tiago Manuel,Victor Ndio, Fernando Gonalves, Santos Deodato, LusS, Manuel Custdio (todos eles apurados via fase prelimi-nar), Verssimo Dias (na qualidade de campeo nacional de2012) e Idalino Lopes (garante presena como anfitrio).

    Ainda relativamente a Srgio Bonifcio refira-se quedias antes desta fase preliminar o damista da nossa fre-guesia venceu o Torneio Nacional de Damas "25 de Abril",ocorrido em Oliveira de Azemis, e no qual participarammeia centena de jogadores. Alm de Bonifcio o Ncleo deDamas de Ermesinde/Caf Avenida levou a este torneiomais quatro atletas, nomeadamente Ricardo Arajo (foi28), Manuel Silva (31), Nlson Monteiro (33), e HenriqueMoreira (48)

    SETAS

    Pedro's Bar marca passo rumo subida de divisoMBMBMBMBMB

    A duas jornadas do final do Campeonato da 2 Diviso da Associao de Setas doPorto (ASP) os ermesindenses do Pedro's Bar continuam a comprometer seriamenteas suas possibilidades em alcanar o segundo lugar da classificao geral e destaforma garantirem a promoo ao escalo principal do citado organismo desportivo. Napassada sexta-feira (10 de maio) a turma ermesindense foi derrotada por 4-5 em casado primeiro classificado e j promovido Inter Cludis Darts.

    Esta derrota teve como consequncia a aproximao do grande rival da equipaermesindense na luta pela subida, o Bar dos Bombeiros 2, conjunto este que ao vencerem casa o Nova Era Darts por claros 7-2 passou a somar 62 pontos, os mesmos que oPedro's Bar.

    No escalo principal da ASP, isto , a 1 Diviso, o grande destaque da 6 jornada dasegunda fase vai para o facto dos maiatos do TNT/Quinta da Caverneira terem assegu-rado o ttulo de campees. Um facto consumado em casa, aps um triunfo dianteAlvarelhos por 5-4. Na classificao a equipa de guas Santas passou a somar 39pontos, mais cinco que a dupla de segundos classificados formada por Latitude e Bardos Bombeiros 1, isto quando restam duas jornadas para o final do certame.

    E na Srie B da 1 Diviso, onde se luta - ou lutava aps a realizao desta ronda -desesperadamente pela manuteno na 1 Diviso, a 6 jornada foi fatal para duasequipas, uma delas de Ermesinde. Ao perderem em casa ante os vizinhos dos ArrebolaSetas os Darts Carneiro confirmaram matematicamente a descida de diviso, terrvel"viagem" na qual se faro acompanhar pelos Drages de Vale do Ave, a outra equipa jmatematicamente despromovida 2 Diviso.

    BASQUETEBOL

    Cadetes cepeenistas apuram-separa a fase final do CampeonatoNacional de forma invicta

    A equipa de cadetes femininos do CPN apurou-separa a fase final de forma invicta! As pupilas de Agosti-nho Pinto somaram 14 vitrias noutros tantos jogosdisputados, marcando assim presena na citada fase fi-nal da competio que ir ter lugar entre os prximosdias 7, 8, e 9 de junho em Almada. O derradeiro encon-tro da fase zonal norte ocorreu no passado 25 de maio, diaem que o CPN foi Pvoa do Varzim derrotar o Desportivo

    local por 77-44. Tratou-se de uma partida jogada a umritmo interessante, onde cedo as ermesindenses se afas-taram no marcador, dominando o encontro em todos osaspetos. Com este triunfo o CPN aumentou para 31 onmero de vitrias - somando os encontros do campeona-to nacional e do campeonato distrital - obtidas em 31partidas realizadas! Impressionante.

    Na classificao da fase zonal norte do campeonatonacional a turma de Ermesinde foi primeira com 28pontos, mais dois que as vizinhas do Ncleo Cultural eRecreativo de Valongo, equipa esta que tambm ir lu-tar pelo ttulo de campeo nacional da categoria, umavez que para a fase final se apuram os dois primeirosclassificados das fases zonais. Os rivais das duas equi-pas do nosso concelho na luta pelo ttulo so o Algs e oESSA.

    Ainda relativamente ao CPN nunca demaisrelembrar que j nesta temporada as cadetescepeenistas deram uma alegria massa associativa doclube, ao vencer pelo segundo ano consecutivo o Cam-peonato Distrital. Agora, segue-se o Nacional, e a vervamos o que as pupilas de Agostinho Pinto conseguemfazer.

    NATAO

    Escalo masterdo CPN volta aentrar em aotrs anos depois

    Trs anos depois da sua ltima apario o esca-lo master da natao do CPN voltou a participarnuma competio.

    Facto ocorrido a 4 de maio passado, dia em que osceepenistas marcaram presena no I Meeting Inter-nacional de Natao Master (competio para atle-tas maiores de 25 anos), certame organizado peloClube Fluvial Portuense. Lus Rato, Miguel Valen-te, e Francisco Figueiredo foram os trs nadadoresque defenderam as cores do emblema da nossa cida-de, tendo a sua prestao sido muito positiva. LusRato alcanou mesmo um pdio, fruto do segundolugar conquistado nos 100m estilos (com um regis-to de 1:08:82), enquanto que Francisco Figueiredoalcanou dois "top tens", isto , um stimo lugarnos 100m bruos (com o registo de 1:28:86), e umoitavo posto nos 50m livres (com um tempo de00:34:33).

    J Miguel Valente conseguiu um stimo lugarnos 100m bruos (com a marca de 1:35:39).

    FOTO ARQUIVO

    FOTO BASQUETEBOL/CPN

  • JUNHO de 2013 A Voz de Ermesinde 13Patrimnio

    A delimitao de Alfena com gua Longa 1690 (2) TEMAS ALFENENSES

    RICARDORIBEIRO (*)

    de Riba de Ave] o coal fiqua tambem seruindo dedeuizam.

    E logo foram elles louuados na mesma for-ma medimdo p. a p.te do norte sempre pelo Ribr.asima q he a deuizam destasfrg.as the domde chamamcouas e logo ahi junto ao Ribr.disero era nesessr. leuantaroutro marco o que elle juismandou leuantar e dar prgamna forma do mais e fiqua dedistancia do outro atras doscom.os a estes setecemtassesenta e oito uaras.

    E logo forma medimdoelles louuados pelo Ribr.asima direito p. o nortte tre-zentas oitenta e sete uaras theo sima de couas junto ao Ri-beiro e ahi diseram eranesessr. leuantar outro mar-co o coal elle juis mandouleuantar e dar pregm na for-ma dos mais.E logo elleslouuados foram medimdo namesma forma pela deuizo deemtre as frg.as sempre augasuertentes the Sanhas em o altoda serra trezentas oitemtauaras e ahi disseram era nesessr. leuantar ou-tro marco o coal elle juis mandou leuantar e darpregm na forma dos mais.

    E logo elles louuados foram medimdo emdir.to p. o norte pela deuizam de emtre asfreiguezias athe Sainhas aonde estaua leuantadoo p.ro marco que deuiza a frg. de Folgoza e ficade distancia do outro atras a este trezentassetemta e sinco uaras.E por este modo diseramelles louuados tinham feito e acabado a d.mediam e demarquaam bem e uerdadei-ramente comforme emtendio em suas con-siensias sem odio nem affeiam alguma pelojuram.to que elle juis lhe tinha dado e logo pelo

    omplementando o artigo anterior,vamos tratar hoje do limite deAlfena com gua Longa, a nortedo Rio Lea. Limite, esse, bastan-te claro por fazer uso de elemen-tos geogrficos perfeitamente de-

    finidos como sendo linhas de gua e de cumeada,e onde, ainda hoje, podemos encontrar vrios dosmarcos erigidos em 1690.

    Mas vamos pois ao texto histrico de 1690,retomando-o no ponto em que ficamos no artigoanterior, ou seja, na travessia do Lea:

    Tombo da Igrejade So Vicente de Alfena

    Ttulo da mediam e demarcao da frg.de Alffena

    Demarquaam de Alffena com a frg de AugaLongua

    Aos noue dias do mes de Fr. de mil seissentos e nouenta annos ()

    E logo foram elles louuados medimdo da ou-tra p.te dalem do Rio comesando junto a elle ema rregueira do ualo dos moradores do Ribr.desta frg. de Alffena direito p. o norte cemto esetemta