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ERMESINDE N.º 913 ANO LIV/LVI 31 JANEIRO de2014 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE MAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS ! MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE “A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO Câmara vê aprovados Orçamento e Plano e põe fim a um acordo com IPSSs DESTAQUE - PÁG. S 3 A 7 Rui Costa partiu a 5 de janeiro LITERATURA - PÀG. 10 A peste em Alfena e a construção da capela a S. Roque PATRIMÓNIO - PÁG. 12 Na terra nasceu Portugal CRÓNICAS - PÀG. 15 CONCELHO DE VALONGO Entrevista com Direção da Federação Portuguesa de Matraquilhos Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” online no facebook e google+ Prédio licenciado em Alfena põe em risco segurança pública A Câmara Municipal de Valongo tornou público (e a sua decisão está já refletida no Orçamento aprovado para 2014), que vai denunciar o protoco- lo assinado com as IPSSs para o fornecimento de refeições às escolas do concelho, uma informa- ção já avançada na nossa anterior edição online, mas que voltamos a trazer agora, no papel. Destaque também neste número para o imbróglio do prédio em construção em Alfena, licenciado pela Câmara há uns anos, mas que constituirá um risco para a segurança pública, procurando-se ago- ra, com dificuldade, remediar o mal. DESTAQUE FOTO URSULA ZANGGER Prédio licenciado em Alfena põe em risco segurança pública

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Jornal "A Voz de Ermesinde" n.º 913, de 31 de janeiro de 2014. Suplemento "Ermesinde Desportivo" à parte, em AVE_ED_913. Edição completa em http://www.avozdeermesinde.com

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ERMESINDEN.º 913 • ANO LIV/LVI 31 JANEIRO de 2014 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

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“ A V o z d e E r m e s i n d e ” - p á g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

CÂMARAMUNICIPALDE VALONGOCâmara vêaprovadosOrçamentoe Planoe põe fima um acordocom IPSSsDESTAQUE - PÁG. S 3 A 7

Rui Costapartiua 5 de janeiro

LITERATURA - PÀG. 10

A pesteem Alfenae a construçãoda capelaa S. Roque

PATRIMÓNIO - PÁG. 12

Na terranasceu Portugal

CRÓNICAS - PÀG. 15

CONCELHODE VALONGOEntrevistacom Direçãoda FederaçãoPortuguesade Matraquilhos

Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” online no facebook e google+

Prédiolicenciadoem Alfena

põe emrisco

segurançapública

A Câmara Municipal de Valongo tornou público(e a sua decisão está já refletida no Orçamentoaprovado para 2014), que vai denunciar o protoco-lo assinado com as IPSSs para o fornecimento derefeições às escolas do concelho, uma informa-ção já avançada na nossa anterior edição online,mas que voltamos a trazer agora, no papel.

Destaque também neste número para o imbrógliodo prédio em construção em Alfena, licenciadopela Câmara há uns anos, mas que constituirá umrisco para a segurança pública, procurando-se ago-ra, com dificuldade, remediar o mal. DESTAQUE

FOTO URSULA ZANGGER

Prédiolicenciadoem Alfena

põe emrisco

segurançapública

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2 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Destaque

FERNANDA LAGEDIRETORA

Em busca das raízesna era da globalização

ED

ITO

RIA

L

Não admira portanto esta preocupação, que se temintensificado nos últimos tempos, de perda de identidadecultural, da procura e preservação das raízes culturais, dopatrimónio histórico, mesmo do imaterial.

Neste contexto o património histórico é visto como umcontraponto à globalização e às suas tendências niveladoras.

No nosso país terras como Ermesinde, situadas nas periferiasdas grandes cidades, perderammuitas das suas características, parao bem e para o mal.

Perderam-se algumas referên-cias, adquiriram-se outras. Im-portante é recolher, estudar, registare divulgar numa perspetiva ino-vadora que nos ajude a encontrar adiferença com qualidade.

As escolas têm aqui um papelimportante e sei que vai sendohábito em diferentes disciplinaspropor aos alunos trabalhos sobreas suas terras, as tradições, asfestas, a culinária, a música, oteatro, as lendas, os jogos, figurasque se salientaram por diferentessaberes, quer da cultura eruditaquer da popular.

A escola deve ser um exemplodessa procura, essa ideia de quesão assuntos que os alunos nãogostam depende muito de como aspropostas são tratadas. Muitosprofessores deste país têm feitotrabalhos de grande rigor com a

colaboração dos alunos, são os alunos que conhecem muitasvezes pessoas ou lugares, costumes e tradições.

A utilização de imagens, música, danças e histórias queutilizamos com os mais pequenos são por vezes dumabanalidade e mau gosto que sempre me assustaram comoeducadora e mãe.

Até a brincar podemos encontrar valores culturais queestão escondidos.

este mundo global em que hoje vivemosé natural que nos preocupemos com aperda de identidade dos povos, dassuas raízes e das suas culturas.Na verdade as sociedades a nível mundialestão a tornar-se cada vez mais iguais.

NUma cultura global e emergente estabeleceu pa-

drões pelos quais as di-ferentes culturas foram nor-malizadas, tornando-as inte-ligíveis e compatíveis paradiferentes povos.

Alguém dizia que «aglobalização é como um o-ceano onde desaguam po-vos e culturas».

Durante séculos o mundoocidental impôs a sua cul-tura, as suas crenças, o seupoder, fê-lo nas Cruzadas,nos Descobrimentos, esempre que conquistou oudominou outros povos. Hoje,nesse mar imenso, desa-guam todos esses povos.

A uma visão do mundobaseada numa economiaque privilegia a importânciada produtividade e da ren-tabilidade temos de acres-centar a ética e a ecologia.

Ontem como hoje a umacultura única devemoscontrapor uma que respeite a diversidade e tenhapresente a natureza.

A esta tentativa de impor padrões de comportamentohomogéneos, a cultura pode funcionar como umaimportante resistência à massificação dos povos.

Hoje esta massificação é cada vez mais rápida eeficaz através dos meios de comunicação e da formacomo são usados.

FOTO/TAPEÇARIA F. LAGE

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

Prédio em Alfena embora legalpõe em risco a segurança pública

LC

Na Ordem do Dia da ses-são camarária do passado dia29, as questões mais importan-tes a discutir seriam a aquisiçãode serviços de auditoria externa(de ROC – revisor oficial decontas) e a aprovação do Regu-lamento Interno referente à cri-ação de Fundo de Maneio.Quanto à primeira motivou ain-da alguma controvérsia, com

Quanto ao Regulamentopara a criação do Fundo de Ma-neio recolheu uma aprovaçãounânime.

Na Ordem de Trabalhosconstavam ainda, além de algunsprocessos de obras (correções edeclarações de caducidade), en-tre outras matérias, uma pro-posta para a fixação de preçorelativo propostas de cedênciade espaço da autarquia ao IEFP- Centro de Emprego e Forma-ção Profissional do Porto, e umpedido de alteração ao planode ação do projeto 55//CLDS+/POR. Um e outro aprovadossem oposição.

A questão de Alfena, co-locada na mesa da reunião porinsistência de Adriano Ribeiro,tinha como base o contacto dovereador com a Junta de Fre-guesia de Alfena e alguns técni-cos, considerando o autarca daCDU que a Junta de Alfena ti-nha motivos para contestar aconstrução do prédio naquelascondições, em que, apenas numdos lados do gaveto em que oprédio está a ser implantado,

Adriano Ribeiro, da CDU, acontestar a decisão, um proces-so em que a autarquia tinha re-velado muita «velocidade» naresolução. Seria um «concursoà medida do freguês», e maisum exemplo de situações dogénero, em que «ganham sem-pre os mesmos».

A proposta seria aprovadacom 4 votos a favor (PS), 4abstenções (PSD) e 1 voto con-

seriam construído um passeio,nem ficando contudo nenhumpasseio do outro lado. Sendo aartéria de circulação estreita na-quele local, restaria muito pou-co espaço para os peões à pas-sagem de um veículo, o que osobrigaria a encostarem-se à pa-rede, uma situação inaceitável emtermos de segurança pública. AJunta de Freguesia de Alfena nãoestaria disposta a desistir de al-terar aquela situação, lesiva dosregulamentos urbanísticos,mostrando-se disposta a ir paraos tribunais, já que a CâmaraMunicipal de Valongo, em de-vido tempo, teria licenciado aconstrução que, por isso, esta-ria legal. E uma volta atrás daCâmara estaria naturalmentesujeita a avultada indemnizaçãoaos proprietários do prédio emcausa, que está a avançar agoraem bom ritmo de construção.

Outras questões

No período anterior à dis-cussão dos pontos em Ordemdo Dia, O presidente da Câma-

FOTOS URSULA ZANGGER

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •

A sessão da Câmara Municipalde Valongo do passado dia 29 dejaneiro teve poucos motivos deinteresse. O maior terá sido a dis-cussão à volta de um prédio emconstrução em Alfena, que emborapossa ter licenciamento legal, poráem risco a segurança da circulaçãode pessoas, situação essa a que aJunta de Freguesia de Alfena nãoquer fechar os olhos.

ra, José Manuel Ribeiro, anun-ciou que se iria criar uma meda-lha ou distinção por reconheci-mento do mérito industrial. Aprimeira situação distinguidaera a da confeitaria Paupério.

Adriano Ribeiro, da CDU,dando conta de algumas visitasa infraestruturas concelhias,denunciou uma situação veri-ficada no Complexo Desportivodos Montes da Costa, onde pro-blemas de manutenção originammás condições para os atletas e,além do mais, desperdícios deaproveitamento de energia.

Nogueira dos Santos, doPSD, questionou o presidenteda Câmara sobre a segurançapública no centro de Ermesinde,tendo José Manuel Ribeiroapontado que teria havidocontactos recentes com a su-perintendente responsável(concelhos de Valongo e daMaia), e que não há um proble-ma de segurança no concelho,aliás o mais seguro de toda aÁrea Metropolitana.

Orlando Rodrigues, por suavez, respondeu a Adriano Ri-

beiro, referindo más condiçõesem várias infraestruturas des-portivas, que estavam contudo,já em observação, tendo provo-cado risos um aparte do verea-dor da CDU sobre uma pingaque caía há muitos anos sempreno mesmo sítio no pavilhão deSobrado.

Período do público

Muita confusão no fim dareunião sobre se deveria ou nãohaver intervenção do público,já que esta não seria reuniãoaberta à intervenção, embora nareunião anterior o munícipeJosé Alves tenha sido impedi-do de intervir, sendo-lhe indi-cado que o deveria fazer nesta.Nogueira dos Santos, muito rí-gido, defendeu que o regimentoera para cumprir. Adriano Ri-beiro, pelo contrário, conside-rava que o munícipe deveria terdireito a intervir, até porqueisso lhe tinha sido prometido.

Mas já era tarde, José Alvesnão queria intervir ao abrigo dequalquer «exceção».

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entral

Belmiro Ferreira de Sousa

tra (CDU).

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4 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Destaque

Plano e Orçamento da Câmaraaprovados por maioriana Assembleia Municipal de Valongo

A Assembleia Municipal deValongo aprovou, em sessão extra-ordinária realizada quarta-feira, dia15 de janeiro, à noite, no salãonobre da edilidade, as GrandesOpções do Plano, Orçamento eMapa de Pessoal para 2014. Aaprovação não foi, todavia, unânime,sendo o documento aprovado por 16votos a favor, 10 abstenções e 4votos contra.

LC

A Assembleia Municipalde Valongo aprovou, com osvotos do PS (14), do CDS (1)e dos Unidos por Alfena(UPA, 1), as grandes Opçõesdo Plano, Orçamento eMapa de Pessoal para 2014.O PSD absteve-se (10 votos)e CDU (3) e Bloco de Esquer-da (1) votaram contra.

O presidente da Câmara,José Manuel Ribeiro, numa

FOTOS URSULA ZANGGER

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •

intervenção final após o de-bate do documento, e a an-teceder o ato da votação,fez uma intervenção sobre aestratégia global da Câma-ra, lamentando que, da par-te da oposição o benefícioda dúvida relativamente aoPS fosse zero, mesmo ape-sar de ainda agora estar acomeçar o mandato de qua-tro anos, e ainda fundamen-tando as escolhas aponta-das no documento, no sen-

tido de fortalecer o tecidosocial do município, mastambém de a ele atrair visi-tantes e investidores, queseriam fonte de riqueza parao concelho. Assim se expli-cariam alguns dos investi-mentos apontados no Plano,que sofre todavia, quer daherança de 20 anos de go-verno PSD, estando a pou-co e pouco o Executivo atomar o pulso à Câmara, querdos entraves financeiros im-postos pelo Programa deApoio à Economia Local(PAEL) resultante da tentati-va de saneamento financeiroda Câmara e da dívida a pagar,quer da ameaça de condena-ções judiciais resultantes demuitas situações anteriores deincumprimento camarário faceaos fornecedores da autar-quia. À importância do Leça edas serras de Santa Justa ePias nesta estratégia de desen-volvimento juntam-se as ini-ciativas à volta do pão emValongo, do brinquedo emAlfena e outras, suscetíveisde se tornar alavanca da eco-

Procurando esclarecermelhor a situação financeirareal da Câmara, José Manu-el Ribeiro apontou que ha-via ainda 700 mil euros dejuros por pagar, e que a Câ-mara incorria num risco de12,5 milhões de euros de pro-cessos judiciais, que porisso mesmo o Orçamento ti-nha sido construído commuitas dificuldades, mas queentre os aspetos positivosdestacava incluir propostasda oposição, como a da Car-ta Desportiva apresentadapelo PSD. Havia contudo ocompromisso de honra decumprir tudo o que haviasido prometido em campa-nha eleitoral, como a pisci-na em Campo ou Sobrado.

Respondendo ainda àoposição de esquerda apon-tou que o serviço de reco-lha de resíduos não foi en-tregue a terceiros por umaconcessão, mas sim por umaaquisição de serviços, o queera bem diferente.

Anunciou também queestava a tentar encontrar umlocal central em Ermesinde

para aí instalar um espaçodedicado à Etnografia. OCentro Cívico de Campo e atransferência da feira emValongo eram outros doscompromissos assumidos.

Quanto ao Estádio de So-nhos, em Ermesinde, e res-pondendo ao presidente daJunta de Freguesia de Er-mesinde, Luís Ramalho (vermais à frente), declarou quevai tentar arranjar uma solu-ção que preservasse o campodos Montes da Costa, aban-donando a ideia de um gran-de complexo desportivo emSonhos, focando-se aí apenasna prioridade do acesso aoEstádio para a prática do fute-bol. Estariam agendadas parabreve negociações para dis-cutir este assunto.

Anunciou também, parabreve, um período de con-sulta pública de quatro me-ses para discussão do novoPlano Diretor Municipal

Finalmente que o Bole-tim Municipal estaria abertoa todas as forças políticasrepresentadas na Assem-

As posiçõesda Assembleia

E resumindo as condici-onantes do Plano e Orça-mento, concluiu: este é umOrçamento de guerra!

A intervenção do PSquanto ao documento, a car-go de Catarina Lobo, desta-cou a anterior gestão «me-díocre» do PSD e a transpa-rência do atual Executivo.Entre outras coisas salien-tou o cumprimento das pro-messas eleitorais feitas aosmunícipes (de que é exem-plo) a reabertura de uma pis-cina prevista para uma dasduas freguesias, de Campoou Sobrado).

Apontou ainda ser esteum ano de transição em vés-peras de ser conhecido oQuadro Comunitário deApoio. E procurando des-dramatizar a situação de fimdos contratos de forneci-mento de refeições às esco-las protocolado com asIPSSs e introduzido pelo Exe-cutivo anterior, apontou queera imprescindível o trabalhobleia Municipal.nomia concelhia.

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 5Destaque

• ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE VALONGO •FOTOS URSULA ZANGGER

com as IPSSs, mas evitandouma duplicação de meios. «OPS sabia que ia herdar umaCâmara falida, mas tambémsabia que era necessário me-lhorar a qualidade de vidados munícipes».

Também Luís Portas, doCDS, anunciando o voto fa-vorável do seu partido, apon-tou que era necessário esta-belecer diálogos e que eramuito cedo para criticar o PS.

Arnaldo Soares, presi-dente da Junta de Freguesiade Alfena, eleito pelos Uni-dos por Alfena, por sua vez,apontou a pobreza dos nú-meros nos investimentospara Alfena, mas reconheceua pesada herança do PS. Ali-ás, há quatro anos atrás via-se o PS a exigir coisas que jáentão não eram possíveis,apontou. Mas, apesar detudo, sublinhou a necessi-dade de diálogo, entreajudae espírito de cooperação,deixando aberta a via para ovoto a favor. O presidenteda Junta de Freguesia deAlfena apontou, todavia,que no Plano e Orçamentonão se refletia minimamentea Lei 75/2013, que prevê atransferência de competên-cias e recursos para as fre-guesias, transferências es-tas aplicadas voluntaria-mente durante anos, espe-rando por isso para ver aatuação do PS. Arnaldo So-

ares fez ainda o elogio deAdriano Ribeiro, da CDU,que sendo vereador sempelouro, tem vindo a de-monstrar o seu empenha-mento quanto aos assun-tos de Alfena, entre outros.

Rosa Maria Oliveira, queexprimiu a posição do PSD,apontou, por sua vez, que oOrçamento apresenta aspe-tos pouco claros, sendo umorçamento de projetos, apre-sentava algumas rubricasimportantes sob a designa-ção pouco clara de “Ou-tros”, e aparentemente apre-sentava-se sem grandes op-ções. Não encontrava umcritério para a habitação so-cial, achava pouco credívelo projeto da piscina de So-brado ou Campo, não haviaprevisão de contratos de-correntes da Lei 75/2013, oque obrigaria a uma revisãodo Orçamento e convoca-ção de nova AssembleiaMunicipal, e quanto ao can-celamento fornecimento derefeições às escolas porparte das IPSSs, no mínimoachava que a Câmara deve-ria pôr estas de sobreaviso,de modo a que elas pudes-se tomar medidas atem-padamente. Por fim anun-ciou a abstenção do PSD.

Já outra posição a CDU.César Ferreira considerouque o PS estava a tomar umcaminho idêntico ao do

PSD, renovando as conces-sões de serviços camarários aoinvés as tentar reverter para aCâmara. Denunciou assim umdecréscimo das funções soci-ais destas, concluindo queeste era um Plano e Orçamen-to de continuidade em relaçãoa 2012 e 2013. O voto seria,pois, desfavorável.

O mesmo anunciou NunoMonteiro, do Bloco de Es-querda, que considerou queo Orçamento pouco trazia denovo e era resultado da polí-tica do PS no passado, aoviabilizar a política de direitae o PAEL. A mesma críticaquanto ao Orçamento poucodiferir do de 2013. Por fim, umacrítica à falta de resposta àssituações mais prementes,como a da habitação. Apesarde anunciar o voto desfavo-rável, considerou contudo po-sitiva uma medida como a dacriação da oficina do pão.

Quanto a este tema inter-vieram ainda Luís Ramalho,presidente da Junta de Fre-guesia de Ermesinde, eleitopelo PSD, que estranhouigualmente a falta de referên-cias às transferências de ver-bas para as freguesias, a for-ma como a autarquia condu-ziu o processo de cancelamen-to, no fim do período previs-to, do contrato de fornecimen-to de refeições às escolas pe-las IPSSs e a questão damunicipalização do Estádio de

Sonhos, questão que o do-cumento omitia. Se havia apossibilidade da autarquiaresolver o assunto sem gas-tar dinheiro, gostava que talfosse esclarecido. Por fimpediu boa fé e transparênciae voltou a apelar a uma reso-lução com bom senso e con-certada com as IPSS's, doprotocolo de fornecimentode refeições.

Outra intervenção nesteperíodo foi a de AlfredoSousa, presidente da Uniãodas Freguesias de Campo eSobrado, eleito pelo PS, queapontou que a Câmara temque ir contando os cêntimosnas despesas e nas receitas.Considerou também que apopulação de Campo e So-brado tinha o mesmo direitode ter uma piscina que asoutras freguesias e que empolítica havia a obrigaçãodos eleitos cumprirem aspromessas. O Plano e Orça-mento seria de muito rigor.

Intervieram ainda Arman-do Baltazar, do PS, que fezum elogio rasgado do presi-dente da Câmara, que nuncairia prejudicar as IPSS's, e IvoNeves, presidente da Juntade Freguesia de Valongo,eleito pelo PS, que apelou aopresidente da Câmara a tra-tar equitativamente todas asfreguesias e a não se com-prometer com verbas e valo-res que depois não pudesse

cumprir. Sobre as transferên-cias de verbas para as fre-guesias apontou que o ex-vereador Arnaldo Soaressempre tinha sido um defen-sor dessas transferências eque, depois de ter abando-nado o Executivo anterior, as

transferências caíram. Apon-tou ainda que não tinhanada contra as IPSSs, e queuma delas se achasse emcondições de se candidatarao serviço de fornecimentode refeições às escolas, en-tão que concorresse.

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6 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Destaque

Câmara anuncia fim do protocolo com as IPSS'spara o fornecimento de refeições às escolas

LC

Pré-anunciado em artigodo “Jornal de Notícias” desegunda-feira, dia 13 de ja-neiro, para estupefação dosdirigentes da IPSS's envol-vidas, a Câmara Municipalde Valongo vai pôr cobro nofinal deste ano letivo, aoprotocolo firmado com vári-as instituições particularesde solidariedade social doconcelho para o serviço defornecimento de refeições àsescolas do município.

A decisão afeta as IPSS'sADICE – Associação para oDesenvolvimento Integradoda Cidade de Ermesinde (for-necedora das refeições emValongo e Alfena), CSPSAS– Centro Social e Paroquialde Santo André de Sobrado(Sobrado), CPC – CentroParoquial de Campo (Cam-po) e CSE – Centro Social deErmesinde (Ermesinde).

A própria Câmara Munici-pal se declarou surpreendidacom o surgimento da notícia,numa altura em que se prepa-rava para reunir com as IPSS'sreferidas para lhes comunicara sua decisão e fundamentos,o que Orlando Rodrigues, ve-reador com o pelouro da Edu-cação, considerou ter sido uma«fuga de informação».

Segundo este autarca,anteriormente, a Câmara Mu-nicipal de Valongo tinha con-tratado a empresa Eurestcomo prestadora deste servi-ço, o qual era pago a um pre-ço de 1,53 euros a refeição.

Na situação presente oserviço protocolado com asIPSS's é pago a um valor de2 euros a refeição, sendo ofornecimento assegurado di-retamente somente por uma

das instituições, a ADICE, ten-do as três restantes, por suavez, contratado os serviços daGertal (uma empresa concor-rente da Eurest), a um preçode 1,47 euros a refeição, o que,segundo o autarca permitiria acada uma um lucro de 0,53euros por refeição. Por isso,considerando este diferenciale o número de refeições for-necidas durante o ano esco-lar, a Câmara Municipal deValongo concluía estar a pa-gar por ano cerca de 350 mileuros “a mais”, o que seria in-comportável para a situaçãoatual das suas finanças.

Além do mais o serviçode reparações era da com-petência da Câmara, preven-do-se um custo anual demais 10 mil euros de repara-ções de varinhas mágicas,as quais avariam frequente-mente, revelou o autarca.

Acresce a isto o facto detal forma de organizaçãopropiciar um problema lo-gístico, já que às queixasapresentadas teria a Câmarade ir junto das IPSS's e es-tas, de seguida, junto doprestador do serviço, numprocesso muito pouco ágil.

Some-se o facto, aponta-do também por Orlando Ro-drigues, de ter havido umadiminuição do número de fun-cionários nas escolas, quan-do ao mesmo tempo aumen-tava o número de horas depermanência dos alunos.

Ora, numa situação emque a Câmara de Valongo ti-nha a pagar 700 mil euros dejuros por dívidas anteriores,não se podia dar ao luxo demanter as condições do pro-tocolo atual.

Seria até preferível, con-siderava Orlando Rodrigues,

tinha feito várias contrataçõespor recurso aos contratos deemprego-inserção, isto é, depessoal colocado nos centrosde emprego do IEFP, e não fei-to contratos de trabalho dainstituição.

– Todo o pão fornecidonas refeições vinha do con-celho de Gondomar e não deValongo (exceção feita a Er-mesinde).

Haveria, pois, um incum-primento dos protocolos.

Além de que teria havidoIPSS's a afirmar que só conti-nuariam pelo mesmo preço.

O comentárioà decisãocamarária

À posição de OrlandoRodrigues reagiram váriosdeputados municipais, ten-do havido ainda previamen-te à sua intervenção umadeclaração por parte deCristiano Ribeiro, em nomedo Centro Social e Paroquial

João Paulo Baltazar, ex-presidente da autarquia, oprimeiro a intervir, conside-rou que tendo OrlandoRodrigues invocado umprincípio de gestão criterio-sa, no caso também deviaaplicar-se um princípio derespeito pela ética, e queprotocolos aprovados porunanimidade na Câmara nãodeveriam ser subrepticia-mente deixados de lado,como era o caso, pois só pelaobservação cuidada do Or-çamento teria percebido irhaver uma alteração de pro-cedimentos sem que antestenha havido qualquer deba-te interno na Câmara a estepropósito. Que o anteriorExecutivo, ao aprovar o pre-sente protocolo, estavaconsciente dos preços pra-ticados, que eram um preçode conforto para as institui-ções perante as suas dificul-dades iniciais para respon-der ao desafio camarário. Oprograma tinha, aliás, sidolançado quando surgiu aPlataforma Social, e deveriair sendo avaliado para even-tuais ajustes.

O presidente da Câmara,José Manuel Ribeiro, apon-tou que a autarquia conse-guia fornecer o mesmo servi-ço de refeições por menos370 mil euros e a Câmara es-tava ali para defender o inte-resse público, comprometen-do-se, todavia, o cumprir opresente protocolo até ao fim,quando segundo os termosdo acordo, qualquer das par-tes o possa denunciar.

Do que se trataria aquiseria de uma questão de rigor.

Adelino Soares, da CDU,que numa segunda interven-ção referiria a sua condição

atribuir cem mil euros a umaIPSS do que a situação atual.

Toda a situação atual teriasido sinalizada pelos própriosfuncionários da Câmara.

O autarca revelou aindaque tendo a autarquia ad-quirido, no ano anterior, umprograma informático quelhe permitia controlar a ges-tão, estava em perfeitas con-dições, de assumir ela pró-pria o controlo do serviço defornecimento de refeições.

Como argumentos finaise demolidores o autarca a-pontava:

– As refeições, salvo umcaso, não eram fornecidaspelas IPSS's, quando esteera o pressuposto.

– As refeições não ti-nham tido melhoras de qua-lidade; por exemplo a análi-se feita pela nutricionista daCâmara à escola de Cabedaapontava para uma genera-lizada falta de qualidade.

– As IPSS's não tinhamaumentado os postos de tra-balho. Por exemplo, a ADICE

FOTOS URSULA ZANGGER

de membro da Direção doCentro Social de Ermesinde– reagindo a uma questãolevantada por Celestino Ne-ves (já lá iremos) –, defen-deu a ideia de que era pre-ocupante dar-se a ideia quese estava a dar de que asIPSS's queriam era benefici-ar de qualquer maneira. Nãocolocava em causa a Câma-ra estar a ver criteriosamentecomo gastava o seu dinhei-ro, mas então também deve-ria usar o mesmo critério paracom os vários serviços con-cessionados a outras empre-sas. Se a Câmara fizesseretornar esses serviços àsautarquias, iria poupar mui-to mais.

Apontou depois que sóuma das instituições tinha re-corrido aos contratos de em-prego-inserção, e que o lucroque ficava para elas no fim eramuito inferior ao apresentado.Haveria que renegociar comas IPSS's embora se dissesseque já não se podia alterar asituação.

Na segunda intervençãoacrescentou ainda que asIPSSs tinham recebido umaproposta e a tinham feitoaplicar da melhor maneira,precavendo-se das dificul-dades em responder-lhe.

E deixou no ar a perguntade quantas IPSSs tinham sidoconvidadas a responder e dequantas tinham respondido.Situação a que só por insis-tência de Luís Ramalho foipermitido a Maria TrindadeVale responder, esclarecendoterem sido algumas mais asIPSS's contactadas.

Daniel Gonçalves, doPSD, considerou demagógi-ca a argumentação de Orlan-do Rodrigues. E aconselhou

de Santo André de Sobrado.

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 7Destaque

Confiança

Direcção Técnica:Dr.a Cláudia Raquel Fernandes Freitas

Telefone 229 710 101Rua Rodrigues de Freitas, 1442 4445 ERMESINDE

FarmáciaRua Joaquim Lagoa, 15 Tel./Fax 229722617 4445-482 ERMESINDE

Dir. Técnica: Ilda Rosa Costa Filipe Ramalho

Casa da EsquinaCasa da EsquinaCasa da EsquinaCasa da EsquinaCasa da EsquinaFazendas • Malhas • Miudezas • Pronto a Vestir

Rua 5 de Outubro, 1150Telefone: 229 711 669 4445 Ermesinde

Farmácia de SampaioDirecção Técnica - Drª Maria Helena Santos Pires

Rua da Bouça, 58 ou Rua Dr. Nogueira dos Santos, 32Lugar de Sampaio • Ermesinde

que já que se iria abrir umnovo concurso público, de-veria a Câmara certificar-sede que valores deveriam seracordados com a nova pres-tadora do serviço, já que sóseriam aceitáveis preços comuma mais-valia à justinha.Desafiou também a Câmaraa revelar o que tencionavafazer com o dinheiro que fos-se poupado do fornecimen-to de refeições às escolas.

Em reação a Daniel Gon-çalves, Celestino Neves su-geriu que aquele deveria fa-zer uma declaração de inte-resses quando interviesse apropósito das IPSS's. E con-siderou que não havia umataque a estas. Que o proto-colo não previa que não fos-sem as próprias IPSSs a for-necer diretamente as refei-ções. Por isso o Centro So-cial e Paroquial de Alfena ti-nha sido muito honesto aorecusar o protocolo, por verque não tinha condições deassegurar o seu cumprimen-to. E que embora as IPSSsprestassem um serviço ines-timável, elas não eram ape-nas quatro mas muitas mais,e que este seria uma forma definanciamento encapotado.

Também achava que sedeveriam reverter serviços àCâmara, mas o da recolha deresíduos sólidos não erapossível.

Daniel Gonçalves exigiuentão que Celestino Nevesesclarecesse os motivos dasua necessária declaração deinteresses, ao que o deputa-do municipal eleito pelo PSrespondeu que tal seria pelofacto de Daniel Gonçalvespertencer aos corpos sociaisda ADICE – negado por DanielGonçalves – ou ter ligação aeles. Mas admitia alguma con-fusão. Daniel Gonçalves exi-giu então uma retratação dodeputado municipal do PS queeste não chegaria a fazer.

A posição do CentroSocial de Ermesinde

LC

Contactado pelo jor-nal “A Voz de Ermesinde”,o presidente do CentroSocial de Ermesinde,Henrique Queirós Rodri-gues, confirmou o contac-to da Câmara Municipalde Valongo (CMV) comaquela IPSS, contactoesse feito através do ve-reador com o pelouro daEducação, Orlando Rodri-gues, acompanhado pelochefe da Divisão da AçãoSocial. Nesse contacto ti-nha sido expressa a inten-ção da CMV denunciar oprotocolo no fim do anoletivo, o que o protocolonaturalmente prevê, des-de que uma das partes não

esteja interessada em o reno-var, situação esta que não éde forma alguma contestadapelo CSE.

Como fundamentos aCâmara adiantava a poupan-ça de cerca de 300 mil eurose a existência de reclamaçõesquanto à qualidade das re-feições fornecidas.

Se quanto ao primeirodestes fundamentos não ti-nha a IPSS de se pronunci-ar, estando a Câmara no seudireito, já quanto ao segun-do, a ser um fundamentonão verificado, o CSE acha-va-se no direito de reagir.

Como princípio geral, oCentro Social de Ermesindeconsiderava dever prevale-cer na prestação de serviçosà comunidade um princípio

de subsidiaridade, isto é: emque a prestação de serviços,se puder ser feita por umaentidade local, esta não deveser substituída por uma enti-dade pública centralizada emais distante das pessoas.

De resto o protocolo quetinha sido instituído emValongo não se revestia denenhum caráter de raridade,havendo a funcionar proto-colos do mesmo género emmuitos municípios.

Também do ponto de vis-ta da contabilidade, a argu-mentação camarária apresen-tada é muito primária. Porexemplo, no caso do CentroSocial de Ermesinde há trêstrabalhadores – uma nutri-cionista, um gestor (ambostécnicos superiores) e uma

chefe de serviços –, afetos àmonitorização e gestão doprograma e à estrutura de des-pesas, além de um trabalha-dor a tempo inteiro, para ser-viços gerais, em cada umadas escolas.

Quanto à qualidade dosserviços, por parte da Câma-ra, há mesmo um falseamentoda realidade. Houve, de facto,num período inicial, necessi-dade de proceder a algunsacertos, mas através da per-

manência e vigilância diá-ria da qualidade das refei-ções, em todas as escolaso serviço tem vindo a serprestado sem quaisquerperturbações ou reclama-ções, excetuadas as últi-mas reclamações, referen-tes à coerência das emen-tas. Mas – nota o dirigen-te desta IPSS – as emen-tas são da responsabilida-de da CMV para todo oconcelho!

Uma argumentação... à medidaLC

Para começar, não vá oamigo Celestino Neves apon-tar-me isso como arma dearremesso, apresso-me aconfirmar ser eu jornalista aoserviço de “A Voz de Erme-sinde”, jornal propriedade doCentro Social de Ermesinde(CSE), uma entidade focadaneste texto.

Feita a declaração de in-teresses vamos ao que aquime traz.

E o que me leva a fazereste comentário é a surpresapela argumentação usada porOrlando Rodrigues nas reu-niões da Câmara e Assem-bleia Municipal a que pude

FOTO ARQUIVO MANUEL VALDREZ

O autarca, invocando a si-tuação de penúria da CâmaraMunicipal de Valongo tem todaa legitimidade para anunciar adenúncia de um contrato consi-derado desfavorável para a Câ-mara, tendo em vista outraspossibilidades, para esta maisaliciantes do ponto de vista danecessidade financeira.

Não só está no seu direito,como com essa medida merecea compreensão geral dos muní-cipes.

Tem legitimidade, inclusive,para pôr em causa eventuaisfavoritismos do anterior Execu-tivo, eventualmente compro-váveis.

Mais discutível será a for-ma como, insensível ao serviçoprestado pelas IPSSs, e às difi-

culdades logísticas destas paraassegurar o melhor serviço, coma delicadeza do elefante em lojade porcelanas, reduz tudo aomesmo, e argumenta com prin-cípios de ética relativamente aquem procura assegurar recur-sos não para o seu próprio lu-cro ou prazer, mas para o exer-cício da solidariedade para comos semelhantes, isto quando aomesmo tempo há um discursomuito positivo sobre o respei-tável empreendedorismo.

Carece mesmo de qualquerlegitimidade quando, para fazerprevalecer um ponto de vista,escolhe criteriosamente as situ-ações que lhe convêm, retiran-do-as do contexto geral ou usan-do-as em lugar da realidade pre-

Como a seguir explicamos.Orlando Rodrigues aponta

que as IPSSs não forneciam elaspróprias as refeições, como eraexpectável (exceto num caso, daADICE), mas o protocolo es-tava no seu primeiro ano de ex-perimentação e não estava ex-plícito que a confeção das refei-ções mesmo que sob a orienta-ção e controlo apertado dasIPSSs, não pudesse ser contra-tada a terceiros, em caso de di-ficuldades logísticas perfeita-mente aceitáveis.

As refeições não tinhammelhoras de qualidade, como ocomprovaria o estudo da nutri-cionista camarária no caso daEscola de Cabeda, fazendo Or-lando Rodrigues desta a regra enão a exceção (não pondo em

causa o rigor da técnica mu-nicipal), precisamente umcaso em que a refeição eradiretamente confecionadapela ADICE.

O pão viria de Gondo-mar (exceto o caso de Erme-sinde, com as refeições as-seguradas pelo Centro Soci-al de Ermesinde).

A ADICE recorria aoscontratos de emprego-inser-ção. E as outras IPSS, cria-ram ou não emprego?

Orlando Rodrigues arra-sa tudo, indiscriminada-mente, e ao não separar otrigo do joio, caso o haja,deixa no ar o perfume da ar-bitrariedade inaceitável, oque retira força àquilo quepossa ser legítimo.assistir. valecente.

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8 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014

Agradecimentos do ATL/CSEpelo Convívio de Natal 2013

ATL/CSE

Como já é hábito do CentroSocial de Ermesinde e manten-do a tradição, no passado dia19 de dezembro teve lugar noSalão Nobre, o convívio de Na-tal do ATL/IJV.

Como sempre não faltou mú-sica, dança, cor e muita animaçãoembora a dinâmica este ano tenhasido um pouco diferente.

Depois da exibição dosnossos alunos de Karaté e detodos aqueles que voluntaria egenerosamente atuaram, abri-lhantando a festa, o evento ter-minou com um flashmob quecontou com todos os elemen-tos do ATL, incluindo utentes,

- A agradável surpresa daassistência;

- A alegria e bom relaciona-mento existente entre os utentese a equipa do ATL;

- A competência e criativi-dade do prof. Bruno Dias.

Como sempre, não faltou oPai Natal com os habituais mi-mos natalícios.

Finalmente, o ATL do Cen-tro Social de Ermesinde não podedeixar de agradecer a colaboraçãode todos aqueles que de uma ououtra forma, contribuíram para o

Local

• NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE •

Noites;- Ao Prof. Bruno Dias, Prof.

Carla e respetivos alunos.Agradecimentos ainda às

seguintes entidades:- Confeitaria Beta;- Confeitaria Lino;- Confeitaria Vila Beatriz;

- Confeitaria Flor de Erme-sinde;

- Confeitaria Forno da Es-tação;

- Confeitaria Raiz Quadrada;- Confeitaria Kuliseus;- Bom Piso.A todos, muito obrigado!

FOTO ATL/CSE

técnicos e auxiliares.Este momento deixou trans-

parecer claramente:

sucesso deste convívio:- Aos pais dos utentes, Ma-

ria Luísa Bastos e Fábio Silva;- Aos avós dos utentes,

Débora Silva e Rodrigo Gomes;- A Ana Filipa Antunes e

Carolina Barros;- A Maria Amélia Santas

Casa S.Valentim 2014(Projeto "Feira Venda de Saberes")

Vai realizar-se uma vendaalusiva ao Dia dos Namorados

A iniciativa, elaborada pe-los seus protagonistas, tem o

(dia 14-02-2014) a realizar nosdias 12, 13 e 14 de fevereiro,

das 14h00 às 20h00, na casa 3no Largo da Feira Velha de

Ermesinde (Largo da AntigaFeira de Ermesinde).

apoio do Centro de Formaçãodo Centro Social de Ermesinde.

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 9

O Terra Verde – Grupode Pedestrianismo de Er-mesinde acaba de anunciaro seu programa de ativida-des para 2014.

Em texto assinado porManuel Valdrez e Jorge Tor-res o grupo passa em revistaas suas atividades em 2013,com passeios por terras deArouca, Montalegre, Estar-reja, Ponte de Lima, Soalhães,Póvoa de Lanhoso, FafeSintra e outras, as suas açõesde proximidade, com cami-nhadas pelas serras de San-ta Justa e Pias, atividadeque permitiu dar a conhe-cer aos caminhantes «oriquíssimo patrimóniopaisagístico e ambiental des-ta zona de eleição, o maiorpulmão verde da área metro-politana do Porto».

Passa também em revistaa aventura dos Caminhos deSantiago, iniciada em outubrode 2009, e que se traduziuem «intensas pesquisas,contactos com organizaçõesexperientes nessas “andan-ças”, alguns conselhos de ami-gos e visitas a locais emble-máticos dos Caminhos».

Destaca as cumplicida-des e amizades criadas nosCaminhos, com algumas fi-

Grupo de Pedestrianismo Terra Verdeanuncia programa para 2014

guras incontornáveis do mundo“Santiago", como CelestinoLores, presidente da Fundaçãodo Caminho Português de San-tiago, grande amigo do GrupoTerra Verde, António Fernan-dez Pablos e Manuel Rocha,membros da Archicofradia delApostol Santiago, Luís Freixo,um indefetível amigo de TerraVerde a quem o grupo muitodeve «pelo seu contributo na es-tratégia das etapas na Galiza»,Zé Alfredo, sem o qual gruponão teria «evoluído até ao pata-mar atual» e, por fim, Jorge Ri-beiro - amigo de peito, quepalmilhou vezes sem conta osCaminhos de Santiago, a quemo grupo foi beber muito do quesabe hoje sobre os Caminhos.

Lembra depois as impor-tantes “Jornadas dos Caminhosde Santiago", realizadas no FórumCultural de Ermesinde, em setem-bro de 2012. A II Edição, agendadapara novembro de 2014, «conta-rá de novo com a presença de ilus-tres palestrantes nacionais e ou-tros que virão da Galiza», pro-mete o Terra Verde.

Programa 2014

JANEIRO (cumprido)Dia 4, sábado / 16h00 -

Apresentação de Calendário de

Atividades para 2014- Fórum Cultural de Erme-

sinde – Cafetaria.Dia 5, domingo - Visita

Cultural à Câmara Municipal doPorto.

Dia 11, sábado - 5ª Etapados Caminhos de Santiago daCosta: Caminha - La Guarda//Oia /19 Km.

Dia 25, sábado - Os Cami-nhos de Santiago no Porto- DaRibeira ao Campo do Olival - aSantiago.

FEVEREIRODia 8, Sábado - 6ª Etapa

dos Caminhos de Santiago daCosta : Oia – Baiona.

Dia 22, Sábado - Rota daBroa / Capela – Penafiel.

MARÇODia 8, sábado - 7ª Etapa

dos Caminhos de Santiago daCosta - Baiona – Vigo.

Dia 22, sábado - Ecovia doTâmega / Museu FerroviárioCabeceiras de Basto.

ABRILDia 12, sábado - 8ª Eta-

pa dos Caminhos de Santiagoda Costa: Vigo - Redondela:

Cultura

MAIODia 10, sábado - 9ª Etapa

dos Caminhos de Santiago daCosta: Redondela - Pontevedra:18 Km.

Dia 11, domingo - 10ª Eta-pa dos Caminhos de Santiagoda Costa: Pontevedra -Armen-teira: 19 Km.

Dia 24, sábado - Rota doOuro Negro / Arouca Pr3 -Pr8 -9 Km.

JUNHODia 7, sábado - 11ª Etapa

dos Caminhos de Santiago daCosta: Armenteira / PonteAmeias - Padron: 16 Km.

Dia 21, sábado – CONHE-CER... Ilhas Ons / Galiza.

A Ilha de Ons faz parte doParque Nacional das IlhasAtlânticas, que se estende aolongo das Rias Baixas, naGaliza.

JULHODia 5, sábado - CONHE-

CER...Vila do Conde Alfânde-ga Régia e Nau Quinhentista//Museu José Régio.

Dia 19, sábado - 12ª EtapaCaminhos de Santiago da Cos-ta: Padron - Santiago: 24 Km.

Dia 20, domingo - Missado Peregrino / Catedral de San-tiago de Compostela - Conhe-

cer Santiago.Dias 26 e 27 (sábado e do-

mingo) - Participação na Sema-na de Santiago na Igreja de San-tiago de Lisboa.

SETEMBRODia 6, sábado – CONHE-

CER... Favaios / o Pão, e oMoscatel.

Dia 11, sábado - 1ª Etapado Caminho Português de San-tiago

Caminho Central - Porto -Vairão: 24 Km.

OUTUBRODias 7 a 12 - (terça a do-

mingo) - Caminhos FINIS-TERRA.

O Cabo Finisterra é um pro-montório de granito, de uma al-tura de 600 m, situado no con-celho de Finisterra, província daCorunha, na Galiza (Espanha).Percurso de 120 Km.

Dia 25, sábado - 2ª Etapado Caminho Português de San-

NOVEMBRODia 8, sábado - II Jorna-

das dos Caminhos de SantiagoFórum Cultural de Ermesinde.

Participam: D. CelestinoLores - presidente da Funda-ção do Caminho Português deSantiago; Dr. Joel Cleto, Ar-queólogo / Historiador, etc..

Dia 15, sábado – CO-NHECER... Sinagoga doPorto.

Dia 22, sábado - 3ª Eta-pa do Caminho Português deSantiago Barcelos - Vitorinode Piães: 19 Km.

DEZEMBRODia 6, sábado - 4ª Etapa

do Caminho Português deSantiago Central - Vitorino dePiães - Ponte de Lima.

[Nota: Considerando adiversidade de atividadesindicadas, é possível que al-gumas possam vir a sofreralterações no que concerne adatas de realização].

19 Km.Dia 26, sábado - Castro S.

Paio (Esposende). tiago Vairão - Barcelos: 26 Km.

FOTO TERRA VERDE

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10 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Literatura

Rui Costa partiu a 5 de janeiro

RICARDOSOARES (*)

cá e de lá, fundindo talentos e projectos. «Pedi-mos por sua alma, que esteja em bom plano, e quede lá ele possa continuar nos ajudando», escreveuCastelo Branco, do outro lado do mar.

Licenciado em Direito, Rui Costa abandona-ra a área jurídica, farto da «sabujice e facadas nascostas» das sociedades de advogados e refratárioàs molduras e convenções. «A atitude dominantedo universo é o conservadorismo e a subserviên-cia», desabafou, numa tertúlia poética na livrariaTrama, em Lisboa. Ele era outra farinha, nuncadesse saco. Ao contrário do que ocorrera anteri-ormente, desta vez o escritor não avisou a maio-ria dos amigos da sua chegada do Brasil. Em anosrecentes, passara o réveillon em casa de Rui Lage,poeta com quem mantinha uma amizade firme ecumplicidades. Agora, mudara até o número detelemóvel. De Espanha, a poetisa Dolors Alberola,desesperou. Integrado num ciclo de leituras poé-ticas, em Jerez de la Fronteira, a 9 de janeiro, RuiCosta não respondia às tentativas de contacto,desde 14 de dezembro. O brasileiro Fred Ferraz

teve mais sorte. Ainda jantou com o amigo noCalhambeque, no Porto, poiso de fervuras comsabor a comida de casa. «Acho o universo giro,sobretudo com umas boas sardinhas e um vinhoverde muito frio à frente», dizia Rui, num dosseus repentes desconcertantes. Ele e Fred tinhamem comum mais do que as guitarras, no GrupoMana Calórica, projeto musical liderado porAntónio Pedro Ribeiro, amigo de ambos. «Eraum coração espetacular, um criador e um artistado mundo decidido a experimentar todos os tiposde arte. Com ele havia sempre festas e copos,mas, neste regresso, parecia triste com a vida…»

Nada que causasse especial estranheza. Quemo conhecia habituara-se a vê-lo desaparecer semdeixar rasto. Ora encantado por uma namoradanova – «Gosto de mulheres; têm problemas nomotor de arranque, mas são muito mais surpreen-dentes do que os homens» – ou entregue à urgên-cia do recolhimento. «Se algum pensamento seuespalhasse a sua sombra à nossa volta, isso era asua veia criativa a reclamar afastamento e retiro»,recorda o amigo, também escritor, FernandoEsteves Pinto. Desta vez não foi. Esteves Pintoprometera-lhe guarida na sua casa de Olhão atéabalarem para o encontro poético, em Espanha.Mas a ausência de notícias deu lugar à angústia.Amigos mobilizaram-se nas redes sociais e emcontactos pessoais. Soube-se, depois, que Rui

fizera um levantamento num multibanco deCanidelo, em Gaia, na quarta, 4 de janeiro, à noi-te. Houve quem procurasse o carro numa valetaou precipício, mas o veículo apareceria estacio-nado junto ao Edifício Mota Galiza, próximo daPonte da Arrábida, no Porto. Dentro do automó-vel, o casaco de couro, o telemóvel e a carteira. Ocorpo, com as chaves de casa no bolso, foi en-contrado mais tarde, na Afurada.

Era uma alma em desassossego, com olhar deinfinito. Perfecionista, não se contentava com umverso qualquer, assinala Rui Lage, para quem a es-crita de Rui Costa revelava «um poeta no sentidoherbertiano, difícil, torrencial, metaforicamenterico». Queria, ele o disse, «pôr as coisas fora dolugar».

Noutros tempos, viam-no muito no Piolho,no Pinguim ou no Pucaro’s, o bar de Miragaiaonde as noites de poesia fizeram história. ValterHugo Mãe descobriu aí um «homem demasiadointeligente para se ficar pela mediania das coisas»,capaz de, «em cada livro revelar sempre um

excecional punhado de versos». Tinha mo-mentos de rispidez e ternura. Doce ouintratável, levava o carimbo de arrogante ouprovocador, consoante os amores e os humo-res de quem o ouvia, mas sempre com postu-ra «despretensiosa e desprendida em relaçãoao seu trabalho como escritor», segundo RuiManuel Amaral, fundador da revista literáriaÁguas Furtadas e parceiro de almoços no CaféCeuta. Se algo o tirava do sério, os compadriose as capelinhas literárias vinham à cabeça. Porisso, de forma desabrida, comprou a maior dassuas guerras, candidatando-se, em 2009, à Pre-sidência do Pen Clube. Ao seu lado, NunoJúdice, Rui Lage, Filipa Melo, Isabel Pires deLima, Fernando Pinto do Amaral, entre ou-tros. «Era franco, sincero, desafiador – e euaprecio muito a franqueza, odeio delicadezasfingidas», observa Maria Alzira Seixo, vogal dalista. «Os votos foram contados duas vezes ea contagem não dava certa», exemplifica, parailustrar um processo ferido de irregularidades.«Foi tudo transparente», garante Teresa Salema,que ganhou. «Mesmo com excessos, Rui Cos-

ta mexeu com mentalidades», reconhece a atual pre-sidente.

Confiando nisso, Maria Alzira Seixo leu, naassembleia-geral do Pen Clube, a 23 de janeiro,uma moção subscrita por ela própria, Vasco Gra-ça Moura e membros da antiga lista. Manifesta-va-se «pesar pelo desaparecimento de Rui Cos-ta» e «pela sua atividade no Pen». Os termos damoção foram rejeitados e substituídos por umsimples voto de pesar. «Só me saem duques!»,diria Rui, ao seu estilo, se cá estivesse.

O pão

Há pessoas que amamCom os dedos todos sobre a mesa.Aquecem o pão com o suor do rostoE quando as perdemos estão sempreAo nosso lado.Por enquanto não nos tocam:A lua encontra o pão caiado que comemosEnquanto o riso das promessas destilaNa solidão da erva.Estas pessoas são o chãoOnde erguemos o sol que nos falhou os dedosE pôs um fruto negro no lugar do coração.Estas pessoas são o chãoQue não precisa de voar.

(*) [email protected]

Obra de José SaramagoPassa a ser editadapela Porto Editora

A obra do escritor portuguêsJosé Saramago, Nobel da Litera-tura, vai passar a ser publicadapela Porto Editora, anunciou aFundação José Saramago.

«As herdeiras de José Sa-ramago escolheram a Porto Edi-tora para editar e distribuir a obraliterária de José Saramago, emPortugal e nos demais países daComunidade dos Países de LínguaPortuguesa, à exceção do Brasil»,explicou a fundação.

A decisão surge uma semanadepois de a editora Editorial Ca-minho e as herdeiras de Saramagoterem anunciado o fim de um acor-do editorial sobre a publicação dasobras do autor português.

Fonte: TSF

Maria Velho da Costaanuncia fimda carreira literária

A escritora Maria Velho da Cos-ta, ao receber o prémio Vida Lite-rária, da Associação Portuguesade Escritores anunciou que vaideixar de escrever livros, muitoembora tenha assegurado quenunca virará costas à literatura.

«Acreditem que não há melhornem mais grata circunstância quea deste prémio para me retirar semmelancolia nem luto do labor daescrita», afirmou a escritora.

Maria Velho da Costa, de 75anos, que recebeu o PrémioCamões em 2002, lembrou que«da literatura, como a entendo,não me despeço até que ela sedespeça de mim».

Fonte: TSF

- Curso de Escrita Criativa –carga horária de 14 horas, na Aca-demia Apamm de Ermesinde.Contactos: tlf-220924475, tlm-918963100; morada: Rua JoséJoaquim Ribeiro Teles, nº 545,4445-485 Ermesinde; email: [email protected]

ui Costa desapareceu destemundo quando os seus últi-mos versos vieram ao mun-do. Vida e morte não marca-ram hora nem lugar, mas en-contraram-se a 5 de janeiro.

Ao mesmo tempo que família e amigos estranha-vam o pesado silêncio do escritor, as 40 páginas de“Breve Ensaio Sobre a Potência”, cortadas e agra-fadas pela madrugada, numa casa de Lisboa, abra-çavam poemas novos. «E assim ensaiamos o livroentre a treva e a luz, o coração despedaçadorasgando novos arquipélagos», lê-se na estro-fe final do livro publicado pela Língua Morta,pequena editora de culto, dias antes de se con-firmar o falecimento do autor, natural do Por-to, aos 39 anos.

Culto era o que havia à volta dele e o reco-nhecimento ultrapassava já os circuitos mar-ginais, por onde Rui adorava vaguear, qual gatovadio. Agraciado, na estreia, com Prémio dePoesia Daniel Faria, em 2005, peloesgotadíssimo “A Nuvem Prateada das Pes-soas Graves” (Quasi), Rui venceria também oprémio Albufeira de literatura, em 2007, como romance “A Resistência dos Materiais”(Exodus). Publicou ainda “O Pequeno-Almo-ço de Carla Bruni” (Palavra Ibérica), “As Li-mitações do Amor são Infinitas” (Sombra doAmor) e organizou, em coautoria, a “PrimeiraAntologia de Micro-Ficção Portuguesa”(Exodus). Peças de teatro, traduções, textosdispersos por publicações nacionais e estran-geiras, têm o seu dedo. E haverá meia centenade escritos à espera de ver a luz do dia. Críticaliterária e catedrática de literatura, Maria AlziraSeixo releva as suas ficções poéticas, em que oamor se opõe à tirania, e a sombra de pavor econivência que cobre a vida é iluminada por figurasde redenção; numa escrita levíssima, que parecenem ter apoio no papel. Na Babel, repousa o seuúltimo romance, à espera de publicação. Os “Diá-logos de Adão e Eva” é uma obra de grande quali-dade, reconhece Hugo Mendes, que o leu e apro-vou, antes de sair da editora, em outubro, alturaem que vários projetos foram suspensos por razo-es financeiras.

Rui Costa viera a Portugal por altura das úl-timas festas natalícias. Voltara à sua casa de Gaia,onde, noutras épocas, a mãe lhe preparava asrefeições e alinhava a roupa que ele vestia. Oregresso coincidiu com um intervalo no douto-ramento em Saúde Pública, no Brasil, para ondeRui Costa se mudara há dois anos. Vivia no bairrode Santa Teresa, de forma algo espartana, rodea-do de livros e discos, com um colchão no lugar dacama. «Na outra margem do rio maior…um lugarbacana no Rio com pássaros azuis e amarelos»,como descreveu à amiga Marta Peneda, que lhelevara, há meses, garrafas de bom vinho portuguêse “As Palavras e as Coisas”, de Foucault. Juntos,aventuraram-se na Rocinha pela mão de CasteloBranco, do Bando Cultural Favelados. Dançaramao som de ritmos afro-brasileiros, trocaram expe-riências e Rui até prometeu juntar escritores de

FOTO ARQUIVO

• A VOZ DAS PALAVRAS • A VOZ DAS PALAVRAS • A VOZ DAS PALAVRAS •

Breves

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 11História

EFEMÉRIDES DE ERMESINDE - JANEIRO

á 374 anos, le-vava menos deum mês de via-gem o novo Vi-ce-Rei do Bra-sil, o Marquêsde Montalvão,

que havia sido nomeado por Fi-lipe IV de Espanha (III de Por-tugal). A esquadra que o trans-portava, largara de Lisboa no dia8 de janeiro de 1640 e tinha comodestino S. Salvador da Baía, en-tão a capital daquela importan-tíssima colónia portuguesa.

Filipe II quando se tornouRei de Portugal comprometeu--se a nomear para administra-ção do Império Português ape-nas cidadãos portugueses. EFilipe IV, sob pressão do Con-de-Duque de Olivares, cujas in-tenções de unificar toda a Penín-sula Ibérica e os respetivos im-périos não podia negar, aindaneste caso particular manteve apromessa da nomeação de umportuguês para estar à frente daprincipal colónia portuguesa.

Mas quem era o Marquêsde Montalvão? Era D. Jorge deMascarenhas, filho de D. Fran-cisco de Mascarenhas e de D.Jerónima de Vilhena, nascido em1597 e falecido em 1652. Du-rante a dinastia filipina, este fi-

Descarrilamento de 26 de janeiro de 1933 - Linha do Minho

A administração do Império Portuguêsna dinastia filipina

Embora não tivesse havido vítimas a la-mentar, o descarrilamento ocorrido próximoda Estação de Ermesinde no dia 26 de janeirode 1933 causou enormes prejuízos materiais eprovocou grande pânico nos passageiros que,com os baldões originados pela saída inespera-da e repentina da máquina e carruagens doscarris, sofreram alguns ferimentos, felizmentesem consequências graves.

O comboio n.º 606, procedente de Mon-ção, era tripulado pelo maquinista José PintoRibeiro e trazia como fogueiro ArmindoMartins, vindo na mesma locomotiva o chefede maquinistas Francisco Teixeira, que tam-bém sofreram ferimentos ligeiros.

A máquina, que tinha o n.º 1299, ficou vol-tada sobre a esquerda, com uma inclinação su-perior a 45 graus e enterrada cerca de dois metros.

Este acidente deu-se pelas 20 horas do ci-tado dia e, como é natural, provocou a curiosi-dade de centenas de pessoas que acorreram aolocal levadas quer pelo estrondo do desastrequer pelos gritos aflitivos dos que se viam envol-

tro da guarita momentos antes de esta serdeslocada pela violência do impacto, causadopela pesada locomotiva em desequilíbrio.

Os trabalhos, para retirar da crítica situaçãoem que se encontrava o material descarrilado,foram morosos e difíceis, principalmente a loco-motiva, pois estava profundamente enterrada.

Só depois de longas horas de esforço emuito brio de numerosos trabalhadores de tra-ção dos Caminhos de Ferro Portugueses foipossível carrilar a pesada máquina e levá-la paraas oficinas gerais de Campanhã, para a reparardos enormes estragos que sofreu.

O trânsito de comboios esteve paralisadodurante longas horas, enquanto não foi monta-da uma linha de emergência para desviar os com-boios que por ali passavam.

Este descarrilamento que por feliz acaso nãoficou registado na História-Trágica de Ermesinde,poderia ter levado o luto a alguns lares.

Dezasseis anos mais tarde, ou seja em mea-dos de 1949, registaram-se mais doisdescarrilamentos na Linha do Minho, cuja máqui-na das composições entrou no “quintal“ da Juntada Freguesia de Ermesinde, derrubando o respetivomuro e causando prejuízo nas ramadas e na cultu-ra do vinho, conforme se pode ler no livro de atasda Junta referente a esse período.

FOTO ARQUIVO URSULA ZANGGER

dalgo português e administra-dor colonial recebera vários tí-tulos e cargos relevantes, desig-nadamente, e no que respeita aostítulos, os de 1º Conde de Cas-telo Novo (1628) e de 1º Mar-quês de Montalvão. Quanto acargos foi Governador deMazagão, entre 1615 e 1619;de Tânger, de 1622 a 1624; e doAlgarve. Foi Presidente da Câ-mara de Lisboa em 1624.

Entre 1630 e 1633, D. Jor-ge de Mascarenhas foi um ho-mem forte e da confiança doConde-Duque de Olivares, ten-do sido nomeado por ele comoum dos homens da “Junta da Fa-zenda”, que administrava o equi-pamento das armadas e os im-postos cobrados no reino passan-do, muitas vezes, por cima dasinstituições portuguesas.

Não é de surpreender, pois,que Filipe IV, no princípio doano 1640, o nomeie 1º Vice-Reido Brasil, ainda que o cargo fos-se, ao tempo, mais de teor hono-rífico do que propriamente po-der efetivo e real sobre todo oterritório (na verdade, o Brasilsó foi elevado à categoria deVice-Reino em 1714, até lá ha-via os Governadores-Gerais).

D. Jorge de Mascarenhas de-sembarcou em Salvador, na Baíade Todos os Santos, no dia 16 deabril de 1640, iniciando o seu go-verno um mês e dez dias depois,ou seja, a 26 de maio de 1640.

Sete meses mais tarde, a 1de dezembro de 1640, dar-se-iao movimento revolucionário daRestauração, com o assassíniode Miguel de Vasconcelos e aaclamação do Duque de Bra-gança como novo rei de um Por-tugal, que reivindicava a total

independência de Espanha.Apesar da grande incerteza

que pairava nos espíritos dequem liderava o movimento in-surrecional, a verdade é que opovo português aderiu de almae coração à causa e alimentouuma guerra longa contra o po-deroso reino vizinho.

Mesmo no Império Portu-guês foi preciso arrumar uma ad-ministração que havia sido no-meada pelos Filipes entre aque-les que lhe mereciam total con-fiança, para além dos inúmerosmilitares seus que tinham emvários espaços coloniais portu-gueses, onde não deveriam es-tar, se se tivesse seguido à riscao que Filipe II prometera quan-do se tornou Rei de Portugal.

A notícia da Restauração daIndependência chegou a S. Sal-vador, no dia 15 de fevereiro de1641. Ao contrário do que es-peravam Filipe IV e o Conde--Duque de Olivares, o Marqu-ês de Montalvão pronunciou--se, desde que recebera a notí-cia, a favor de D. João IV.

Mas foi bastante cautelosona forma como foi transmitin-do a notícia a todos, evitandoque a grande quantidade decastelhanos que ali havia pudes-se fazer alguma coisa contra adesejada fidelidade ao Duque deBragança. D. Jorge de Masca-renhas conseguiu mesmo a uni-dade de todos em favor da obe-diência a D. João IV, o mesmo édizer a favor da independênciaportuguesa. Mesmo assim, bo-atos completamente afastadosda verdade levaram à sua desti-tuição e prisão.

Desta pequena publicação,transcrevemos, em português

atual, para facilitar o entendi-mento dos leitores, uma parteda Carta que enviou ao Condede Nassau, Governador Holan-dês de Armas em Pernambuco,dando conta da aclamação de D.João IV, como Rei de Portugal,procurando desse modo a suaamizade e aliança, pois que osHolandeses só ocuparam Per-nambuco, por estarem em guer-ra com Espanha:

«Chegou uma Caravela deLisboa com aviso, que no Reinode Portugal ficava jurado e reco-nhecido por verdadeiro Rei, &

Senhor dele o Rei D. João IV, Du-que que foi de Bragança, neto daSereníssima Senhora Dona Ca-tarina, filha do Infante D. Duarte,a quem tocava o direito do Reinopor morte do Rei Dom Henriqueo Cardeal seu Tio, tomando Deuspor instrumento para restituir asua Majestade à posse deste seuReino, a aflição, que os vassalostêm dele padecido da sem justiçada tirania, com que eram gover-nados por alguns ministros, &acudindo Deus ao remédio, paramostrar, que vinha de sua mão,da opressão tirou o poder, dis-

vidos naquele pandemónio.Os carris ficaram torcidos numa grande exten-

são, e os prejuízos materiais foram consideráveis.Por muita sorte o guarda da linha não foi

colhido mortalmente, pois havia saído de den-

pondo de tal maneira o efeito des-ta obra que em todo o Reino nãohouve diferença de vontade, nemcontradição alguma, havendo neletreze fortalezas com presídioCastelhano, todas se entregaramsem violência, nem golpe de espa-da, & desta suavidade, & de ou-tros mais eficazes testemunhos sepresume bem, que o intento foigrande poder de Deus, que emnada acha resistência com que nosfica justa confiança, que há de ser,segundo continua seu favor, con-servando a sua Majestade feliz-mente em seu Império,& em suadescendência, e este Reino em sualiberdade, naquela antiga paz comque sempre se conservou com osPríncipes da Europa a que suaMajestade já tinha mandado Em-baixadores, & principalmente àHolanda, França, Inglaterra eCatalunha».

Com base nestas cartas quefez publicar, chegado a Lisboa,D. Jorge de Mascarenhas con-seguiu provar junto do Rei a suaposição de lealdade, tendo sidoreabilitado e ocupando algunscargos importantes, como o deVedor da Fazenda, Conselheirode Estado, Presidente do Con-selho Ultramarino e procuradornas Cortes de 1642.

Voltaria a ser preso, comotraidor uma 2ª vez muito por máfama da esposa, adepta confes-sa da causa espanhola; por isso,foi novamente reabilitado; masseria preso uma 3ª vez, e encar-cerado no Castelo de S. Jorge,onde viria a morrer em 1652.

Apesar dos bons e mausmomentos da sua vida, os do-cumentos provam que foi umfiel servidor da causa da Res-tauração de Portugal.

MANUELAUGUSTO DIAS

Primeira página da publicação de Cartas do Marquês de Montalvão,na conjuntura da Restauração.

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12 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Património

«ARICARDO

RIBEIRO (*)

• TEMAS ALFENENSES •

Ricardo Jorge demonstrou, quer no combate à epidemia, querna posterior implementação de medidas de saúde públicamotivaram a que tivesse sido atribuído o seu nome ao Insti-tuto Nacional de Saúde, facto que ainda hoje se verifica.A título de exemplo, para contenção da grave epidemia, o Dr.Ricardo Jorge logrou convencer o Governo, liderado por JoséLuciano de Castro, a colocar os militares a executar um rigo-roso cerco à cidade Invicta, cerco esse garantido pelo exérci-to desde Leça da Palmeira a Ermesinde, seguindo o rio Leça,dali a Valbom, onde atravessava o Douro para Avintes e daíaté ao mar na Madalena. No mar, a Marinha de Guerra com-pletava o cerco impedindo entradas ou saídas da Invicta,permitindo dessa forma, primeiro o confinamento da epide-mia, e depois o necessário tratamento aos enfermos. Medi-das hoje unanimemente reconhecidas como exemplares nocombate a uma epidemia daquele género, mas que na alturageraram fortes protestos populares, incentivados por algunsgrupos políticos, e que forçaram a que o próprio Dr. RicardoJorge tivesse que abandonar a cidade.

(*) Membro da AL HENNA – Associação para a Defesa do Patri-mónio de Alfena.

hermida do bem aventurado Sam Ro-que q estava q está no resio daCodesseira saindo dalfena Junto aCasa do ferreiro António Gonçalvestem de renda pera sua fabrica quinhen-

tos reis cada hu anno p.ª sempre ao quais lhe dotárão PeroJoão cento e settenta reis sobre as suas Cazas em q vive nomeio do lugar dalfena (…); e Gonçalo Pires Vendeiro lhedotou outros cento e settenta reis sobre suas Casas da esta-lagem (…) do mesmo lugar dalfena E o ditto Pero Ferreiradotou a ditta hermida cento e sessenta reis…»

Assim iniciou, na última década do século XVI, o Pe. Do-mingos Gonçalves, o primeiro dos livros dos Registos Paro-quiais de Alfena, com a referência à dotação para construçãoda Capela de São Roque, o santo protector da peste. Mas quala origem desta devoção do Povo de Alfena, tão importanteque justifica «honras de abertura» dos Registos Paroquiais?

Finais do Século XVI, reinava em Portugal Filipe II deEspanha e Alfena, apesar de integrar a Terra da Maia, erauma pequena vila com alguma autonomia que, em algunsassuntos respondia directamente perante o Senado da Cida-de do Porto. Por esta altura, episódios de peste eram tãocomuns que se multiplicavam as devoções a São Roque portodo o país, e Alfena não só não fugiu à regra como, de certaforma, deu o mote.

Efectuando uma pequena estatística dos primeiros anosde Registos Paroquiais da Freguesia de Alfena, obtemos osseguintes seguintes números:

Uma breve análise aos números e chegamos à conclusãoque 1599, primeiro ano do reinado de Filipe III de Espanha (IIde Portugal), foi um ano trágico na freguesia, não só pelobaixo número de baptimos (aproximação ao número de nas-cimentos), mas, sobretudo, pela elevada mortalidadeverificada. E, esmiuçando um pouco mais os registos, con-cluiremos que, dos 29 óbitos registados em Alfena nesseano, 27 ocorreram entre o início do mês de Setembro e mea-dos do mês de Novembro, com elevada concentração nos luga-res de Alfena (actual lugar da Rua) e Baguim, vitimando vários

elementos de algumas famílias, alguns deles com menção ex-pressa no registo da causa da morte como sendo «A Peste».

Esta Peste, também conhecida pela Peste Negra durante,a Idade Média, foi uma epidemia de Peste Bubónica queassolou Portugal nesse ano de 1599, sendo que a concentra-ção da mortandade em Alfena foi, de tal forma, elevada quemotivou uma referência expressa do monarca à freguesia:

«Dom Phelippe per graça de Deus Rej de Portugal E dosAlgarues daquem E dalem mar em Affrica senhor de guine ett.ªfaço saber a uós licenciado Simão do Vale Peixoto, CorregedorE Prouedor da comarqua da cidade do Porto que auendo res-peito ao que os oficiais da camara da dita cidade me escreuêrãode como em alguns lugares do termo da dita cidade Vai o malde peste em crescimento primcipalmente nos lugares dalfena Eda Pica E que comuinha acodirse aos Imfermos E Impedidoscom tudo o de que tivessem necessidade, E Vista a informaçãoque me emuiaste de como não auia outra cousa mais conveni-ente de que podesem ser prouidos que do dinheiro do cresci-mentos das sisas da dita cidade Ej por bem E me apraz por osditos oficiais da camara mo enuiarem assi pedir que eles possãodespender do dinheiro dos crecimentos das cisas a conthia queVos parecer que será necessária pera a cura E polimento dosenfermos E impedidos do dito mal, E pela mesma maneira sepagará o que per conta liquida achardes que he devido, E segastou no Impedimento do lugar de Roriz, E huma E outradespesa leuareis em conta à pessoa sobre que o dito dinheirofor carregado em Recepta tomando a primeiro de como sedespendeo.

Ell Rej nosso senhor o mandou pelos Doctores Damiãodaguiar. E Jeronimo pereira de sá ambos do seu conselho ESeus desembargadores do paço. Gaspar d’Abreu a fez em Lis-boa a vinte E seis de Nouembro de mil E quinhentos e nouentae noue. João da Costa a fez escrever. Jeronimo pereira de sá,Damiam de aguiar»

(Corpus Codicum Latinorum et Portugalensium)

A amplitude deste episódio de peste foi de tal forma alarmanteque a ermida em honra de São Roque, foi rapidamente construída,

bem no meio do então «Rossio da Codesseira», sendo emitidoalvará de licença para celebração de missa em Fevereiro de 1601,pouco mais de um ano após o episódio da Peste.A capela, simples, ainda hoje lá permanece, ali bem à margemda moderna N105, já do Rossio (ou praça larga e espaçosa)da Codesseira hoje pouco resta, mas esse é um tema queficará para futura oportunidade.Precisamente três séculos depois deste episódio atrásaflorado, em 1899, tivemos na cidade do Porto a última gran-de epidemia de Peste Bubónica. A tenacidade que o Dr.

A peste em Alfena e a construçãoda capela ao bem-aventurado S. Roque

FOTOS ARQUIVO AL HENNA

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14 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014

GLÓRIALEITÃO

A camioneta da carreira

e um ano para o outro eurecebia a prenda maisbonita que alguém podequerer – sentávamo-nos a uma mesa trêsgerações de mulheres.

Usei-me já num papel de “matriarca”para influenciar a escolha do local: umrestaurante que para mim sempre tinhasimbolizado um ícone pois teria sido oprimeiro snack-bar a instalar-se emVermoim. Até esta altura não me tinhasurgido nenhuma ocasião tão especialque me desse motivos fortes para viveraquele momento, também tão especialpara mim.

Fui a primeira a chegar e sentadanuma mesa à janela, enquanto choviacopiosamente, olhava para omovimento da rua e lembrava todoaquele caminho que percorria a péquando ia a caminho da escola queainda hoje se mantém no mesmo locale se alargou, na dimensão de umapopulação escolar que cresceu,felizmente. Este caminho de mais de2 Kms, era feito a pé quatro vezes,tendo em conta que no tempo do meutempo tínhamos escola de manhã e detarde – a refeição do meio-dia era feitaem casa.

Somente quando chovia tínhamosdireito a ir na “camioneta do Cruz”, quefazia o percurso Ermesinde-Maia evice--versa. Em dias de frio, chuva,nevoeiro ou sol era a pé que nosfazíamos ao caminho porque 1$00 cadaviagem x 5 irmãos (que já na alturafrequentavam a mesma escola) faziadiferença. Porém, esse caminho nunca

balcão, um lugar que passou a merecer aminha preferência.

Em tempos de agora e sentada naquelamesa gostei de ver que o conceito demantinha e até as cores dos bancos gi-ratórios pareciam-me ser as mesmas que viaatravés daqueles vidros quando por alipassava nos meus tempos já não de meninamas sim de moça. Ainda bem que osmomentos felizes não se esvaem porqueagora, quando desço a pé avenida que metraz da Maia para terras de Vermoim, olhopara aquele rés-do-chão, fico feliz por

continuar a ver por lá vida e ainda possoadicionar ao meu registo de memória maisuns bocadinhos de momentos felizes, queme fazem companhia.

No dia seguinte a este encontro demulheres, completava as minhas lembranças

Crónicas

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se fazia sozinho – já alguém vinha de tráspara nos chamar e pelo caminho íamosencontrando colegas que chamávamos àssuas portas e passavam a acompanhar-nos.Desta forma e a tagarelar entre todos ocaminho nem se sentia.

De regresso a casa, quando chegava aoponto onde me deparava com um esta-belecimento inovador para a sua época(ainda mais que estava ligado a um con-ceituado “jogador da bola”), gostava de lhever movimento. Ficava curiosa quanto aoconceito da refeição degustada ao balcão,

que era apoiado pelos bancos giratórios.Mais tarde e noutros lugares para onde meconduzia a vida, este tipo de bancosserviam-me de distração para deambular opensamento numa “forma giratória”,enquanto esperava para ser atendida ao

quando passava no Outeiro e vi afixadoum aviso numa paragem de autocarro –«De segunda a sexta-feira carreira parao Porto às sete e vinte». É lógico que aparagem já não está sinalizada poraqueles postaletes de pedra ou cimentode antigamente, mas o local de paragemera praticamente o mesmo de tempos daminha infância e mocidade. Não contavaler isto porque eu tinha pensado que a“camioneta da carreira” do meu tempo,tinha cedido a vez no seu todo, aos“autocarros azuis”.

Já me tinha dado conta que“Nogueira da Costa” tinha crescido eadaptado aos ventos de mudançaimpostos pelo desenvolvimento rápidode uma sociedade que se tornava cadavez mais exigente. Contudo, naquelemomento, percebi que não tinha ficadoesquecida uma “carreira” queseguramente será feita por algum dosinúmeros autocarros que mantêm ostons de castanho para as identificar e omesmo acontece no topo de um pequenoposte, onde orgulhosamente está umsímbolo que marca o seu lugar desempre, lado a lado com o azul de umasociedade de transportes coletivos.

De súbito lembrei-me que também asua “sede” está lá, sempre no mesmosítio, sempre no mesmo largo - que alémde ser o ponto de partida para osautocarros que nos ligavam ao Porto,que nos transportavam nos passeiosescolares e nas excursões de convívioe fé, servia também como local paramarcar ponto de encontro para a escola– “esperas por mim em frente à garagemdas camionetas”. Ali convergíamos nosencontros e também dali nosespalhávamos por caminhos que noslevavam de regresso a casa e que agorapossivelmente será somente a saudadeque terá tempo para os percorrer, a pé.

Um dia li que “o Homem-abelha éaquele que vai para a rua fazer cera evolta cheio de mel”. Eu diria que é fazerda vida um pé de dança e “olhar tudocomo se alguém nos contemplasse”, atal frase de Epicuro que me diz tanto.

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31 JANEIRO de 20141 • A Voz de Ermesinde 15

Na terra nasceu Portugalem cântaras ou jarros e a lareira tinha que ser mantida acesa peloque havia precisão de bastante lenha que iam buscar ao sequeiro,cortá-la e levá-la em feixes consoante alcançavam os braços dosrapazes ou das mulheres.

Antes da sementeira, algumas etapas já tinham sido percorridas:durante o verão, os gados dormiam ao relento nas terras que sepretendia fertilizar, cercados por cancelas e guardados por cãesenquanto, ao lado, dormia o pastor numa carreta (11); dos curraisvinha o esterco produzido pelos animais domésticos ou retiradodas estrumeiras dos caminhos e transportado para as terras asemear; aquando da decrua, após as primeiras chuvadas do outono,o estrume era espalhado e misturado com a terra; algum tempodepois, consoante a humidade presente no subsolo, as terrasrecebiam uma segunda lavra denominada vima; só então se procediaà derradeira lavra seguida do lançar das sementes que ficavamcobertas depois que os lavradores passavam a grade sobre a terra.O estado do tempo era determinante para a realização, com êxito,das sementeiras: um outono demasiado precoce e chuvoso tornavaimpraticáveis as tarefas do agricultor; o anormal prolongamentodo verão fazia com que a terra perdesse sessão (12) e era necessárioesperar que chovesse; além dos humores do tempo, valia o recurso

aos conhecimentos herdados de gerações anteriores acrescidos denovas contribuições ditadas pela experiência quanto às vantagensou inconvenientes de um desenvolvimento rápido ou tardego docereal semeado e de que os provérbios eram precioso repositório.“Medra o cereal debaixo da neve como o cordeiro debaixo da pele”,“ Em janeiro sobe ao outeiro, se vires verdejar, põe-te a chorar, sevires terrear, põe-te a cantar” são exemplos dessa sabedoria antiga.”Ambos traduzem a mesma realidade: as condições atmosféricas –neve, geada, chuva bem distribuída – são fundamentais para que aesperança de uma boa colheita floresça no coração do lavrador. Osnevões de inverno eram auxiliares preciosos para que os rebentosnão crescessem muito e viessem a ser queimados pelas geadas daprimavera e para matar a bicharada da terra.

Durante meses, a natureza fazia o que lhe é próprio e o olhardo aldeão acompanhava o evoluir das plantazinhas mimosas, atéque a espiga despontava, alourava e ondulava ao sabor da brisaprimaveril. Os lavradores partilhavam com seus pares alegriasou tristezas, preocupações e desenganos. Em junho tinha início operíodo mais trabalhoso do ano agrícola: segar, atar os molhos edispô-los em mornalheiras (13) no meio das courelas, acarrejar (14)

os molhos para as eiras onde, pelo mês de agosto, se faziam asmalhas. Pelos tempos fora, registaram-se melhorias graduais nosutensílios e maquinaria utilizados: modelos e eficácia dasseitouras, dedeiras para proteção dos dedos mais expostos aqualquer descuido no seu manejo, malhos (15) para debulhar ocereal, máquinas de limpar; de debulhar; de debulhar e limpar; dedebulhar limpar e ensacar; por fim de debulhar, limpar, ensacar,e enfardar a palha. Na última fase, o cereal seguia diretamente das

NUNOAFONSO

ntre o doce acalento da noite por findar e aclaridade tímida do dia que vem chegando,o lavrador transmontano ergue-se lesto paranovo dia de trabalho. Da mesa-de-cabeceiranão vem a estridência de qualquer aparatomecânico, hoje designado despertador, nemda janela gorjeio de ave madrugadora, estas

já partiram buscando terras mais quentes, estamos em épocade sementeiras (1) e elas migraram antes do S. Mateus (2). Amente do homem do campo está programada para acordaràquela hora e a rotina diária tudo deve a hábitos antigos.Em menos de um credo, deita mão à indumentária detrabalho – camisa de estamenha ou de estopa, calças ejaqueta de pardo – enfia, nos pés, meias de lã e socosferrados de brochas (3). Tudo quanto o reveste é de confeçãocaseira ou obra de gente da terra. Os aldeões de ontem,como os de há séculos, constituíam comunidades o maispossível autossuficientes, interagindo mais com osvizinhos de aldeias próximas do que com os habitantes dacidade ou da vila. Iam ali apenas para pagar a décima,resolver algum problema de ordem administrativa ou paramercar animais nas feiras tradicionalmente estatuídas,mercearia, roupa e calçado fino o que era muito raro.

Pai Nosso que estais no céu…O despertar temporão advém-lhe do costume adquirido

desde a juventude quando pressentia que o pai já estava apé. Agora, os seus filhos mais crescidos imitam-no. Nodecurso de inúmeras gerações, a ligação entre o homem e aNatureza era quase tão íntima como a que existia entre ohomem e Deus. O homem considerava que a Natureza emque ele próprio estava incluído era obra de Deus,compreende-se, pois, a relação íntima que entre ambos seentreteceu.

Pai e filhos encontravam-se na cozinha, momento emque o (s) rapaz (es) cumprimentava (m):

– Deus le dê bôs dias, meu pai (ou: senhor meu pai).– Bôs dias vos dê Deus - respondia a todos.E cada um pedia:– Bote-me a sua bênção.– Deus te abençoe – respondia ele – E agora toca a

trabalhar que Deus não abençoa mandriões.As mulheres também já estavam a postos e preparavam o

farnel que os homens levariam para o campo enquanto estesmastigavam, com urgência, o mata-bicho: cacho (4) de pão centeioe um cibo (5) de chouriça, gole de vinho ou de aguardente dorecipiente que passava de mão em mão. Nem sempre os rapazesbebiam na presença do pai por extensão do dever de obediênciae respeito. Se o trabalho fosse para o dia inteiro, a merenda eramais reduzida e o almoço seria levado, quando o sol estivesse apino, por uma das mulheres da casa utilizando a burra comomeio de transporte. Obrigatório havia de ser o pão, carne deporco, tivesse ou não passado pelo fumeiro, para acompanharas batatas cozidas. Caso contrário, bastaria o pão, umas lascasde presunto ou rodaxas (6) de salpicão. Como quer que fosse, nãopoderia faltar a cabaça ou o pipo (7) que o esforço era grande e ovinho repunha as energias despendidas, assim pensavam eles.

Jungidas as vacas e apostas ao carro onde, com frequência,já repousavam arado ou charrua, a sacha (8), a grade, e o saco dassementes, carregados de véspera, seguiam a caminho da faceira(9). Nem todos iriam para o mesmo lugar, tudo dependia doplano determinado pelo chefe da família na noite anterior, àhora da ceia. Se a casa dispusesse de mais do que uma junta decria (10), distribuíam-se, logicamente, as forças de trabalho. Osmais novos assim como as mulheres eram, muitas vezes,incumbidos de tarefas auxiliares como ir buscar comida frescapara dar aos animais no regresso da lavoura, mondar e regar ahorta, acartar legumes e tubérculos para a vianda dos porcos.Como não havia água canalizada, era preciso ir buscá-la à fonte

Crónicas

searas para a tulha (16) disponibilizando as eiras para outroscultivos. Porém, antes que o centeio ou o trigo chegassem àmesa da família, duas etapas fundamentais tinham que serainda cumpridas: moer o cereal e cozê-lo consoante asnecessidades do agregado familiar. Em quase todas as aldeiashavia um rio e nele construíram moinhos que todos osmoradores podiam utilizar. O cereal era até ali transportadopor animais ou em carros de bois, descarregado e a moagemacompanhada por um membro da família que podia não ficarali em permanência por necessidade de acudir a outros afazeres,mas alguém teria que vir, de vez em quando, verificar oandamento da laboração, ajustar o engenhoso dispositivo,reabastecer a tremonha, avaliar a qualidade da farinha, corrigiro curso da água de maneira que o rodízio mantivesse a mesmacadência. Uma vez terminada a tarefa, a farinha resultante eralevada para casa, depositada em arca própria à espera de serpeneirada, amassada e, depois de lêveda, arranjada para sercozida. Em muitas casas havia forno, em certas aldeias um oumais fornos pertenciam à comunidade e eram utilizados à vezpelos moradores.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje…Através dos tempos, a palavra pão tem sido utilizada,

quer para designar um produto alimentar específico, quercomo metonímia de tudo quanto o homem utiliza para semanter. Das religiões, à literatura e à linguagem decomunicação diária, esse termo não carece de ser definido.Numa só palavra referimo-nos a toda a alimentação humana.Mas não era bem esse o significado que lhe dava o Beto, ummiúdo que passava muitas dificuldades e que nem sequerum cibo de pão mastigava há bastante tempo. Isso não oimpedia de brincar como qualquer criança da sua idade.Certa vez, foi merendar a casa dos seus ocasionaiscompanheiros de brincadeira e recebeu, como cada um dosrestantes, um bom carolo de centeio mas, ao terminar,lamuriou-se:

– Inda tenho tanta fome a pão!A dona da casa apressou-se a satisfazer o pedido do

rapaz, sabedora das dificuldades económicas da família.Na generalidade, talvez possamos dizer que todos tinham

centeio em suas casas e alguns teriam mais do que isso. Aalimentação, em eras mais recuadas, seria bem frugal mastodos possuíam umas territas para cultivar o seu pão. Lembro-me de, um dia, ter visto o Salgado, rapaz forte e campeão nojogo dos paus que exigia músculo, a comer, consolado, umaboa fatia de centeio e uma cebola, no largo da aldeia. Filho demulher pobre, não teria, certamente, outro conduto que maislhe satisfizesse a gula porque não matavam porco e galinhaseram para ocasiões especiais.

O caráter do aldeão transmontano forjou-se na lutaheroica e permanente contra um solo avaro e a disposição,nem sempre colaborante, dos elementos, na teimosa procurado “pão nosso de cada dia”.

(1) Sementeiras – O termo assim conhecido refere-se, apenas, aocereal.(2) S. Mateus – A festa deste santo comemora-se a 21 de setembro.Nesse dia terminava a caça aos pássaros que haviam debandado paraterras mais quentes.(3) Bro(t)chas – Tachas de ferro que os sapateiros pregavam namadeira dos tamancos.(4) Ca(t)cho – Pedaço generoso, bocado.(5) Cibo – Bocado mais pequeno.(6) Rodaxas – Rodelas.(7) Pipo – Recipiente de madeira com a forma de uma pipa mas comcapacidade para cerca de dois litros.(8) Sa(t)cha – enxada.(9) Faceira – A área para cultivo do centeio tinha duas “folhas”. Emcada ano, utilizava-se uma ficando a outra de pousio; no anoseguinte, trocavam-se.(10) Cria – Animais de tiro, bois ou vacas. Em certas localidades,lavrava-se com machos ou cavalos.(11) Carreta – Construída em madeira, com o feitio de um carro de boispara mais facilmente ser transportada mas fechada, com uma portapara serventia do pastor e onde havia um colchão e roupa de cama.(12) Sessão – Humidade presente no subsolo.(13) Mornalheira – Local, sensivelmente a meio da terra segada,onde eram colocados, em roda, os molhos de centeio para maisfacilmente serem carregados.(14) Acarrejar – Ato de transportar os molhos para a eira ondeformavam uma meda.(15) Malhos – Manguais.(16) Tulha – Arca grande com capacidade para grande quantidade decereal.

PINTURA CASSIANO RICARDO

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16 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014

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Crónicas

SERAFIMMARQUES (*)

Eusébio e os castigos dos deuses

bviamente que um paísnecessita de símbolos eídolos, mas, infelizmente, éno desporto, em geral, e nofutebol, em especial, queestes são mais globalizado-

res, porque, havendo-os também noutrasáreas, é no desporto que eles alcançam umamaior notoriedade e universalidade, porqueestas atividades são seguidas pelas grandemassas humanas muito heterogéneas. Alémdisso, os “medias” dão maior projeção aosfeitos atlético-desportivos desses ídolos e,infelizmente, alguns deles acabam por serevelar “ídolos com pés de barro”, mas sãoesses “medias” que acabam, muitas vezes,por “fabricar” também esses ídolos, emproveito e benefício próprio, porque sãooutros os interesses a sobreporem-se à ética,à verdade desportiva e ao “homem/mulher”.

O Portugal futebolístico, bem como o“mundo da bola”, acaba de ver partir umgrande futebolista da sua época e que foi umídolo para milhões de portugueses, e não só,nas décadas de sessenta e setenta. Graças aEusébio e companhia, porque uma equipa defutebol é composta por muitos outrosjogadores, no Benfica e na Seleção Nacional,o nome de Portugal galgou fronteiras, mesmoaquelas que, politicamente, estavam fechadas,por força do isolacionismo a que o nossopaís tinha sido votado, devido ao regime

ditatorial vigente à época. Futebolisticamentefalando, Eusébio era um “monstro”, isto é, umjogador dotado de qualidades físico-atléticaspróprias dum fora de série, e que tinha nascido,para o futebol, com a bola de trapos e cresceu nofutebol de rua, como era habitual naquele tempo.As suas qualidades futebolísticas permitiram-lhealcandorar-se à galeria dos craques do seu tempo,e eram muitos, embora o futebol dessa épocafosse muito diferente daquele que hoje se joga,mas Eusébio destacava-se de todos os demaisfutebolistas. Era uma “máquina de fazer golos”e o terror dos defesas e dos guarda-redes dasequipas adversárias, que o temiam. Aquela forçada natureza e a sua técnica característica dese-quilibravam a balança, não só no futebol do-méstico, a favor do Benfica que, com ele, ganhouonze campeonatos nacionais, falhando apenaspara o Sporting os de 1962, 66, 70 e 74. Vi, comtristeza clubística, os muitos golos que Eusébiomarcou ao meu Sporting e retenho, na retina e namemória, um enorme duelo que ele travou, noestádio de Alvalade, com um outro ídolo e que,na minha opinião, foi o melhor guarda-redesportuguês que até hoje vi atuar. Foi épico, naótica futebolística, esse jogo entre o Sporting vsBenfica que, de facto, mais pareceu um dueloentre Victor Damas e Eusébio. Contudo e apesardo meu sportinguismo, habituei-me a considerarEusébio, mais velho do que eu oito anos e maisum dia, como um “português de bandeira” e aagradecer-lhe tudo o que ele fez por Portugal, bemcomo outros ídolos o fizeram e fazem.

Na hora da morte, costumam chover os elogiose os agradecimentos àqueles que partem, masmuitos desses gestos e atitudes vêm daqueles queo deveriam ter feito em vida dos que partem. Éum defeito dos homens e a Eusébio também foramcometidas algumas injustiças, por parte do seuclube. Lembram-se que Eusébio acabou a suacarreira, “arrastando as botas” pelos USA, Canadá,México e por clubes de menor dimensão, porqueno seu clube já não havia lugar para velhos e,ainda por cima, cheio de mazelas adquiridas ouagravadas ao serviço e em benefício direto do

Benfica?. Mais tarde os dirigentes do clube e daFPF deram a mão a Eusébio, para desempenhar afunção de embaixador daquelas duas entidades e,embora à distância e porque padeço da mesmapatologia que o afetava (doença do foro cardíaco),pareceu-me que Eusébio foi “explorado” nessafunção, pois o seu estado de saúde desaconselhavacertas viagens e eventos.

No dia da sua morte e nos dias subsequentes,não foi só a comunicação social que se aproveitoudesse nefasto acontecimento, mas também todoo tipo de figurantes, incluindo atuais e ex-políticose governantes do nosso país. É, de facto, umaperda, mas o país não parou e, infelizmente, muitasoutras perdas, materiais e humanas, ocorrerampor aqueles dias. Por exemplo, no dia anterior,foram muitos os cidadãos que, afetados pelostemporais, sofreram enormes perdas materiais epsicológicas mas aí e apesar das coberturas dos“media” os políticos e os governantes nãocompareceram. Até o presidente duma autarquia(Paredes), na qual duas aldeias foram muito

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aivota

afetadas por um tufão, se fez representarpor uma vereadora! No dia seguinte ao funerale querendo aludir à chuva copiosa que caiutodo o dia do enterro, um jornal desportivotitulava, na primeira página: «E o céu chorou,no adeus ao rei». Mas, nesse dia de Reis,com cujo funeral quiseram fazer coincidir, anossa orla marítima estava a ser fustigada

por ondas gigantes, deixando, atrás de si,um rasto de destruição de enormesprejuízos para os afetados, mas tambémpara o nosso país. Era o castigo da natureza,porque a natureza não se queixa dos errosdos humanos. Vinga-se!

O futebol é apenas a coisa maisimportante das coisas menos importantes,mas, infelizmente e num país com enormesdéfices de outros valores, incluindo aslideranças políticas, empresariais, sociais,etc., o futebol e tudo a ele ligado, adquiremuma relevância desmesurada e Eusébio, nasua simplicidade e se fosse vivo, reprovariaestas atitudes, porque é nos dramas, mesmoque seja a morte dum simples operário daempresa, que se veem os grandes líderes e oseu humanismo. Ai a falta que eles fazem aeste país!, embora seja o mesmo povo quereprova estas falhas e omissões que alimentao mundo das coisas menos importantes.

Parece que até Eusébio ajudou CristianoRonaldo a ganhar mais um prestigiado

troféu pessoal- melhor jogador do Mundoem 2013 -, pelo que lá em cima, o “King”sentirá orgulho neste “novo Eusébio”, que,também ele, tem feito “flutuar no mundo dabola” o nome de Portugal e duma forma quevai surpreendendo os mais eruditos, dandomostras de que não é só bom “com a bolanos pés”. Mas, por cá, muitas são as dores,provocadas pelos temporais e ainda por sarar,mas que as “festas da bola”, mesmo quesejam, predominantemente, à custa dejogadores estrangeiros, nos fazem esquecer?

(*) Economista

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31 JANEIRO de 20141 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

funções, mas os previstos existirsegundo legislação aprovada.

O receio do Presidente doTribunal de Contas compreender--se-á se tivermos presente o quehabitualmente ocorre na elaboraçãoe aprovação dos Quadros dePessoal da Administração pública.Com efeito, como regra o que sepassa é o seguinte: quando osexecutivos elaboram os Quadros asubmeter a aprovação, dilatam omais que podem o número delugares preenchíveis. E, denunciadoo exagero, logo se apressam a dizerque, embora o documento prevejaum excessivo número de funcio-nários, a tutela ou deputados po-dem ficar descansados porque nãohá a intenção de preencher oslugares previstos na proposta, fa-zendo crer estarem apostados naredução dos trabalhadores daadministração e outros, pagos comos impostos dos contribuintes.

A realidade, porém, é outra: deposse da autorização obtida coma esquecível promessa, no mo-mento seguinte, quando alguémalerta para um qualquer aumentodo número já desmesurado defuncionários existentes, logorecebe como resposta que a admis-

Temas da atualidade nacional

A. ÁLVAROSOUSA

são ou admissões em causa estãoprevistas no quadro de pessoaldevidamente aprovado. Melhorastúcia para os políticos satisfazeremas suas clientelas é difícil imaginar.Não nos surpreendamos, pois, se osreceios do presidente do Tribunal deContas se confirmarem, no queconcerne a aumento da despesapública. Trabalhadores e Reformadoscá estarão para pagar a fatura dosvícios do sistema, e a recorrenteirresponsabilidade dos políticos.

O NOVO ACORDOORTOGRÁFICO

Que o designadonovo acordo ortográ-

fico é um aborto, já muita boa gente,e gente altamente qualificada namatéria perorou sobre o assunto.E, as demoras de alguns paíseslusófonos em o ratificarem, são umsinal expressivo das reticênciasque os entendidos desses paísestêm quanto aos contributos oumalefícios que as suas assinaturasprovocarão no uso correto da lín-gua portuguesa.

São muitas as situações que anova ortografia causa quando selê um determinado texto, com

vocábulos que, para serem en-tendidos, é preciso que se leia todoo parágrafo para se saber se osentido a atribuir à palavra é um ououtro diametralmente oposto.

Para ilustrar o que acabamos deafirmar, nada melhor que trans-crever o título de uma notícia publi-cada no Suplemento Economia dosemanário “Expresso” do passadodia 11 do corrente mês de Janeiro:«Espanha para ligação do TGV aPortugal». Se ficarmos por aqui naleitura, poderemos pensar que osespanhóis estarão a pensar algopara concretizar a ligação do TGVa Portugal. Mas se a continuarmos,ficaremos a saber que o que osnossos “hermanos” decidiram foisuspender o processo de adjudi-cação de vários troços da ligaçãode alta velocidade ferroviária.

O disparate que é o novo acordoortográfico, todos os dias o pode-remos constatar nas situações deemprego de vocábulos que se po-dem escrever com hífen ou sem ele,com “c” dobrado ou simples, como “c” antes de consoantes ou su-primido, etc.. Num programa emi-tido pela RTP, “Bom Português”, épossível ver as dúvidas genera-lizadas dos entrevistados quando

lhes é perguntado como se es-crevem palavras com estas par-ticularidades, surpreendendoalgumas respostas com a indica-ção de: tanto faz escrever de umamaneira como de outra. Ima-ginemos o que se passará numasala de aula quando o professorresolve convidar os alunos afazerem um ditado. Os erros de-vem ser incontáveis, para gáudiodos “iluminados” autores da “a-trocidade ortográfica” que con-ceberam e para os “sapientíssi-mos” políticos portugueses quea transformaram em lei. Apro-veitem estes a hesitação de co-legas seus de outros países e re-voguem o que já deveriam terconcluído ser um atentado aopatrimónio cultural português.

Nota do editorO jornal “A Voz de Ermesinde”

lançou, em devido tempo, um debate,aberto e informado, aos seus leitorese colaboradores, tendo adotado, ali-cerçado nesse debate, o novo Acor-do Ortográfico, por o considerar vá-lido e bem fundamentado.

Não é essa, contudo, a opiniãode A. Álvaro Sousa, como aqui semanifesta. E a nossa maior respon-sabilidade, acima de tudo, é a de res-peitar sempre o direito de opinião.

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O PREMAC TERÁSUCESSO?

Recentemente, o Pre-sidente do Tribunal de Contas,ouvido na Assembleia da Re-pública, chamou a atenção dosdeputados para os riscos queas mudanças aplicadas no âm-bito do Plano de Redução eMelhoria da Administração Cen-tral (PREMAC) poderão vir a terna despesa pública, aumentan-do-a quando o objetivo era exa-tamente o contrário.

Oliveira Martins alertou osparlamentares dizendo-lhes queo Governo usou como base decomparação para demonstrar aaludida redução do número dedirigentes do Estado, não osefetivamente em exercício de

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18 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014

• 1 batata-doce grande;• 1 chuchu grande;• 100 g de abóbora;• 1 cebola média;• 6 raminhos de brócolos;• 1 cenoura média/grande (cortada em

rodelas finas - mas não muito finas);• 2 dentes de de alho;• 8 rodelas de enchido de soja;• 2 estrelas de anis;• 1 raminho de salsa (a gosto);• 1 folha de louro;• 1 tomate maduro médio;• sal marinho;• piri-piri (ou pimenta);• noz-moscada;• açafrão ou caril;• 1 pitada de farinha de coco (ou de coco ralado)• azeite a gosto.

Preparação:Unta-se uma forma com manteiga de soja, cortam-se os legumes em cubos ou

bocados médios, dispondo-os na forma (tendo o cuidado de colocar os legumesque levam mais tempo a assar, no fundo da forma: brócolos; batata doce; cenoura ecebola).

Dispõem-se as estrelas de anis, os dentes de alho cortados em rodelas, o tomatesem casca, e a folha de louro em pedaços, de forma uniforme sobre os legumes.

Tempera-se com o sal, azeite, noz-moscada e açafrão (ou caril).Leva-se ao forno com temperaturas médias (entre 150 e 180 graus por 30 a 40

minutos - controlar de 15 em 15 minutos, regando o topo com o azeite quente.Serve-se assim ou sobre cama de arroz branco solto.

Sugestão: Podem-se adicionar alguns cubos de seitan ao salteado.

Lazer

15 FEVEREIRO 1814 – Invasões Francesas: Batalha de Nive. O exército conjuntobritânico, português e espanhol, transpõe a linha de defesa francesa no rio Nive.

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: SEPORLA.

Rua da Prosela.Anagrama

01 - Francês, um dos Prémios Nobel da Paz em 1926.02 - Povo semítico do Levante, descendente do patriarca Éber.03 - Realizador francês, autor de “Dupla Catástrofe” (2013).04 - Afluente do Douro, nasce na freguesia de Loivos do Monte em Baião.05 - A que classe de animais pertence o cágado?06 - A que país pertence a região da Sibéria?07 - Em que país fica a cidade de Lyon?08 - Qual é a capital das Astúrias?09 - A abreviatura Aur corresponde a qual constelação?10 - Elemento metálico prateado, mole, n.º 68 da Tabela Periódica (Er).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – Aristide Briand.02 – Hebreus.03 – Alexandre Coffre.04 – Rio Jamor.05 – Répteis.06 – Rússia.07 – França.08 – Oviedo.09 – Cocheiro.10 – Érbio.

Janeiro geoso e fevereiro chuvoso fazem o ano formoso. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Atirar. 2. Tecido animal; ba-se; atreva-se. 3. Menciona.4. Pertences; ruborize; sím-bolo internet de Vanuatu. 5.Sociedade anónima despor-tiva; montanha na atual Jor-dânia. 6. Ferro temperado;artigo; dança escocesa. 7.Espécie de ave (pl.); desisti.8. Barco de recreio; lugar deErmesinde; língua provençal.9. Altar; difundida. 10. Mouros.

1. Obras de pedra miúda ecal. 2. Batráquio; filtrara. 3.Libertar. 4. Sublime; Associ-ação de Estudantes. 5. Pro-cessos); oferece. 6. Atmos-fera; tal e qual. 7. Sozinho;preposição; bebida. 8. Trans-pira; reze; União Nacional. 9.Campeão; imodesto. 10. Co-munidades de estudantes.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. Alvenarias. 2. Ra; coara. 3.Soltar. 4. Epica; AE. 5.Metodos; da. 6. Ar; sic. 7. So;em; cafe. 8. Sua; ore; UN. 9.As; vaidoso. 10. Republicas.

Sudoku (soluções)

Sudoku

170 170 170 170 170

17

01

70

17

01

70

17

0

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Mira do revólver.02. Fogacho do tiro.03. Onamatopeia.04. Crina.05. Cauda.06. Sola.07. Chapéu.08. Dedo.09. Casco.10. Rédea.

Salteado de legumes no forno

ILUSTRAÇÃO EXTRAÍDA DE WPCLIPART.COM

1. Arremessar. 2. La; pe; ou-se. 3. Cita. 4. Es; core; VU. 5.SAD; Moab. 6. Aco; os; ril. 7.Rolas; cedi. 8. Iate; Sa; Oc. 9.Ara; difusa. 10. Sarracenos.

“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 19Tecnologias

A licença Commons da RALN– Rede Aberta Livre e Neutra (6)

BEKA IGLESIAS (*)

Sobre a gestão da redee prioridades no trânsito(qualidade do ser(qualidade do ser(qualidade do ser(qualidade do ser(qualidade do serviço)viço)viço)viço)viço)

1. A gestão da rede há de ser pública e todapessoa que o desejar poderá participar nela.

2. Quando for necessário por motivos degestão da rede, as prioridades gerais dotrânsito serão implementadas nesta ordem:

1. Trânsito de tipo interativo (mensagensinstantâneas, conferências de voz, navegação,etc.).

2. Trânsito de tipo massivo ou diferido(transferências, mail, cópias, etc.).

3. Os/as participantes da rede farãopúblicas as prioridades implementadas nassuas secções de rede que possam afetar aoutros/as utilizadores/as, em caso de modi-ficar o expresso no ponto anterior e queabarcam mais coisas do que simplesmentedar prioridade (preferência no trânsito, nãoquotas) à sua secção da rede, e não poderáser feito arbitrariamente, nem impedir oaproveitamento da amplitude de banda exce-dente, se não houver motivos técnicos quepossam justificá-lo razoavelmente.

4. No exercício de gestão da rede, se éobservado o que está previsto na epígrafe"Sobre os serviços e conteúdos " , é possívelbloquear o trânsito ou a conexão do/a utilizador/a que a causa, procurando avisá-lo/a sempreque for possível. No caso que este trânsitotenha sido causado por um/a participante, estasuspensão não causa também uma suspensãode modo imediato do acordo do Commons daRALN, mas deve servir de advertência.

Em todo o caso é possível usar estapossibilidade para bloquear a livre parti-cipação e circulação de serviços e conteúdosreunidos no Commons da RALN.

Se um/a participante abusa reiterada-mente deste ponto, seja no sentido de causartrânsito inapropriado que implique a sua sus-pensão, seja de bloquear injustificadamenteo trânsito doutros/as utilizadores/as, issopode ser causa dum conflito, segundo o queestá previsto na epígrafe "Sobre a resoluçãode conflitos ", podendo finalizar com asuspensão segundo a Commons da RALNcom este/a participante.

5. A disponibilidade da rede não é ga-rantida de modo global, no caso de um/aparticipante querer garantir níveis de serviçose puder encarregar-se ele/a mesmo/a,adquirindo a titularidade partilhada dos seg-mentos da rede que sejam do seu interesse,ou através de pactos com terceiras, con-tratando serviços profissionais, níveis deserviço e/ou de disponibilidade.

6. Os/as profissionais ou operadores/asque adquiram compromissos de serviço deconexões com umas características deter-minadas são responsáveis por descrever einformar claramente os/as seus/suas clientesde quais são estas caraterísticas, e fazer tudoo que for possível para respeitá-las, incluindoa manutenção e melhora das troncais. Nocaso de troncais partilhadas com outros/as

distros em linha...

Esta semana o site de divulgaçãode novas distribuições de softwarelivre assinalou o lançamento de novasversões de várias distribuições Linuxe BSD: Semplice Linux 6, SolydXK201401, Tiny Core Linux 5.2, Xubuntu14.04 Alpha 2, GoboLinux 015 Alpha,Elive 2.1.58 (Unstable), FreeBSD 10.0.Anunciou ainda o lançamento dasnovas distribuições Linux: GigastrandOS e Oikyo Linux.

SEMPLICE LINUX 6http://semplice-linux.org/

Eugenio Paolantonio anunciou olançamento do Semplice Linux 6, umaleve distribuição GNU/Linux comambiente de desktop Openbox 3.5.2.Imagem CD .iso otimizada para PC 64bits (634 MB).

SOLYDXK 201401http://solydxk.com/

Arjen Balfoort anunciou o lança-mento do SolydXK 201401, umadistribuição Linux para uso quotidianocom ambientes de desktop Xfce ouKDE, baseada no ramo de teste deDebian. Vem com o kernel Linux 3.11.10.Imagem DVD .iso otimizada para PC64 bits (1 519 MB, torrent).

TINY CORE LINUX 5.2http://www.tinycorelinux.net/

Foi anunciado o lançamento doTiny Core Linux 5.2, uma levíssimadistribuição Linux modulável, emversão Core, só com ambiente dedesktop flwm, imagem CD .iso (14 MB)ou CorePlus, com flwm, JWM, IceWM,Fluxbox, Hackedbox e Openbox,imagem CD .iso (72 MB).

GOBOLINUX 015 ALPHAhttp://www.gobolinux.org/

Lucas Villa Real anunciou olançamento da primeira versão alfa dedesenvolvimento do GoboLinux 015,uma distribuição Linux com umsistema de ficheiros revolucionário,construídoi a partir de Linux FromScratch. Imagem DVD .iso (1 302 MB).

ELIVE 2.1.58 (UNSTABLE)http://www.elivecd.org/

Samuel Baggen anunciou olançamento do Elive 2.1.58, umadistribuição Linux baseada em Debiancom ambiente de desktop Enlighte-nment 0.17 desktop. Imagem DVD .isohíbrida, para arquiteturas 3PC 32 e 64bits (1 741MB).

operadores/as ou profissionais, terão quechegar a um pacto sobre como serão feitosas manutenções e melhoras. A Fundaçãopode ditar sistemas para fazer fronte a estescustos quando não exista pacto, aplicandocritérios de proporcionalidade.

Sobre o desenvolvimentoresponsável e o respeitopelo ambiente

1. Como rede aberta, sempre terá deprocurar-se evitar a duplicidade desneces-sária de infraestruturas, impedindo a coexis-tência de diferentes redes abertas nummesmo espaço físico, em especial quandose trate de recursos com uma mesma capa-cidade limitada ou exista um potencial danopara a natureza.

2. Quando se faz uso do espaço radioe-létrico sem licença, prevalece o uso comumà frente do uso privado ou da exploraçãocomercial. É solicitado aos governos, legisl-adores e organismos reguladores que geremos espaços necessários e gerem as regula-ções para que isto seja possível.

3. Também, quando se faz uso do espaçoradioelétrico, ainda que seja com a licença ealém das disposições regulamentarias vigen-tes, que às vezes poderiam resultar obsoletaspor causa da veloz evolução tecnológica,sempre será se procurará fazer um uso res-ponsável, seguindo as boas práticas, e a nãoexceder-se desnecessariamente nas potên-cias de emissão.

Sobre a segurançae a responsabilidade

1. Os/as utilizadores/as são responsáveispela sua segurança e têm direito a proteger--se e cuidar a sua intimidade, evitandointrusões nos seus próprios sistemas deinformação e de cifrar as suas comunicaçõesse assim for desejado. A rede aberta propor-ciona os meios para fazê-lo possível.

2. É possível conectar redes privadas àrede aberta e pôr-lhe firewalls para controlaro acesso. Estas secções de redes ficam exclu-ídas do Commons da RALN e não formamparte da rede aberta, livre e neutral, e da suasegurança encarrega-se quem a instalar.

3. A rede aberta não é responsável denenhum dano causado aos/às seus/suasutilizadores/as no uso da rede.

4. Cada utilizador/a é responsável do usoque faz da rede, dos conteúdos que incor-pora e dos seus atos, em nenhum caso será

a participante que lhe proporciona acesso,nem o resto das participantes, nem a guifi.netna sua globalidade.

Sobre os serviços,conteúdos, outras redese Internet

1. A rede proporciona um serviço decomunicações eletrónicas disponível aopúblico em geral. Além deste serviço básico,existe a liberdade de criar conteúdos eserviços de qualquer tipo.

2. A rede é a infraestrutura sobre a que éfeita a transmissão livre dos conteúdos masnão tem nada que ver nem é responsável destesconteúdos, tal como está previsto na epígrafe"Sobre a segurança e a responsabilidade".

3. Os/as criadores/as ou titulares dosconteúdos escolhem os termos e condiçõespara o seu uso. Se não exprimem os con-teúdos textuais e/ou audiovisuais percebe-se que são de livre distribuição nas mesmascondições, tal e como é descrito no CreativeCommons (bysa) ou na GNU / FDL .

4. No caso dos serviços, corresponde aquem o proporciona determinar se se trata dumserviço ou dum serviço com compromisso. Senão é especificado nada ou é de graça, percebe-se que é um "em si", e que em consequência,não é oferecido nenhum tipo de garantia.

5. Tem que procurar respeitar-se asliberdades de pensamento, de expressão ecomunicação. Respeitando isso, deve-seevitar fazer um uso que abuse de mensagensnão solicitadas, conteúdos inapropriados ouilegais que com má intenção possam causardano ou restringir as liberdades a outros/asutilizadores/as.

6. A rede, como rede aberta, livre e neutraltem vocação inequívoca de ser uma redemais da grande rede de redes que é Internete por este motivo a guifi.net procura formarparte ativa dos organismos que formam aInternet, e como operadora procurar pactose mecanismos de interconexão eficientes comtodos os outros operadores. Ainda assim,atualmente a Internet e os outros operadorespodem ser mais restritivos e não tão abertosquanto à interconexão com as suas redes,por exemplo fazendo uma exploração co-mercial da interconexão ou do trânsito. Comonestes casos não é possível aplicar oprincípio de reciprocidade, o trânsito destesoperadores na Internet é considerado forada área do Commons da RALN , e como tal,em relação à RALN constitui um conteúdo.Ou seja, este tipo de interconexão é oferecidaaos/às participantes como qualquer outroserviço dentro da rede, e tipicamente podemexistir de três tipos:

1. A que a guifi.net proporciona aos/àsparticipantes, a partir das conexões quepossa ter com outros operadores.

2. A que se fornece através da interconexãodas redes. Quem traz estes serviços determinase faz como um serviço "em si" ou com algumtipo com compromisso ou garantias.

(*) [email protected]

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20 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Arte Nona

“O amor infinito quete tenhoe outras histórias”de Paulo Monteiropremiado em França

“O amor infinito que te tenho eoutras histórias” (L’Amour Infini quej’ai pour toi), de Paulo Monteiro, foipremiado no dia 18 de janeiro de 2014com o 'Prix Sheriff D'or 2013',atribuído pela livraria Esprit BD (deClermont-Ferrand – no centro deFrança).

A edição francesa do livro dePaulo Monteiro havia sido editadoem França, em junho de 2013, pelaeditora Six Pieds Sous Terre e desdeentão que tem recebido críticasfavoráveis por parte dos media.

Recordemos que L’Amour Infinique j’ai pour toi toi foi tambémnomeado para o 'Prix Bulles DeCristal 2014', criado pela livrariaAnge Bleu, a sul de Paris e o 'PrixLycéen De La BD Midi-Pyrénées2014', indicado pelos estudantesdas escolas francesas da regiãodos Pirinéus.

“O amor infinito que te tenho eoutras histórias” foi, como se sabe,também editado em Espanha,França, Inglaterra e Polónia.

Fonte: http://kuentro.blogspot.pt/

Entretanto 355º Encontro da Tertúlia BDde Lisboa

O 355º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa (TBDL) realizou-se,desta vez – a primeira – na Casa do Alentejo e, como era de esperar,reaparecendo muitos tertulianos que já não apareciam na Tertúlia háuns tempos.

Segundo relata Jorge Machado-Dias no seu blogue Kuentro:«(...) O patrono da TBDL, Geraldes Lino foi, como não podia deixarde ser, a estrela do Encontro – participando mesmo (ao que meparece pela primeira vez) no Comic Jam. Mesmo a presença de VítorMesquita foi emblemática. Esperemos que a TBDL se reanime comesta bem-aventurada mudança. Quase vinte anos depois da primeiraTertúlia em que participei, estou de novo “com o gás todo” pelaTertúlia BD de Lisboa, se calhar porque agora associada à terra dosmeus antepassados – coisas chanfradas que dão a um tipo...desculpem “qualquer coisinha”».

O convidado especial foi Quico Nogueira.Participaram no Comic Jam, além do convidado especial, João

Amaral, Sónia Oliveira, Machado-Dias, Geraldes Lino e Álvaro Santos.

Presençasnesta Tertúlia

1. Adelina Menaia2. Álvaro Santos3. Ana Saúde4. António Isidro5. Bruno Martins6. Clara Botelho7. Cristina Costa Amaral8. Miguel Falcato9. Filipe Duarte10. Geraldes Lino11. Manuel Valente12. Hugo Moreira13. Hugo Tiago14. Inês Ramos15. Isabel Viçoso16. João Amaral17. João Figueiredo18. João Vidigal19. José Pinto Carneiro20. Machado-Dias21. Miguel Costa Ferreira22. Carlos Moreno23. Nuno Viegas24. Pedro Bouça25. Pedro Silva26. Policarpo27. Quico Nogueira28. Rui Cosme29. Rui Domingos30. Sá Chaves31. Sandra Rosa32. Simões dos Santos33. Sónia Oliveira34. Sónia Ribeiro35. Victor Jesus36. Vítor Mesquita

Autobiografiade Quico Nogueira

«Desenho desde que me lembro de lembrar.A primeira Banda Desenhada que li ou vi, recordo-me bem, foram

os álbuns do Tintin pela Editora Record, e durante muito tempo foia minha maior influência. Pouco tempo depois descobri Spirou eFranquin no tempo da Editora Arcádia, e o Jeremiah de Hermann.Depois seguiram-se desde os inevitáveis Patinhas (preferencialmentede Carl Barks), e os Super-Heróis na altura publicados em formatoamericano a partir do número 1 original americano (Editora Distri?);Giraud/ Moebius com Blueberry, com o argumento de Jean-MichelCharlier, e o Incal com argumento de Jodorowsky, até mais tardeinfluências japonesas como Akira, de Kasuhiro Otomo.

Menciono aqui também algumas influências literárias juvenis:Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle, e Dune, de FrankHerbert, a milhas de distância de qualquer adaptação cinematográfica;e outras cinematográficas, não tanto juvenis, Orson Welles, Alfred

FOTO ÁLVARO

Hitchcock, Stanley Kubrick, Sergio Leone, Ridley Scott.E assim, após alguns anos a trabalhar como engenheiro civil,

decidi seguir a minha paixão por Ilustração, Banda Desenhada eCinema.

Depois de uma tira publicada no “BD Jornal"’ em 2006, comeceia minha carreira profissional em 2009, dando suporte à ilustradoraSandra Serra.

Desde então tenho trabalhado cm alguns projetos de animação,mas maioritariamente como artista conceptual e autor de BandaDesenhada.

Prémios2013- Primeiro lugar no Salão de Moura com “O Talhante e o

Ilusionista”;- Vencedor da Speccal de Ilustração Fantástica com “Um conto

de Março”, baseado numa história curta de Neil Gaiman;- Vencedor conjunto com o restante da equipa de produção, com

a curta de animação “M”, da direcora Joana Bartolomeu;- Primeiro lugar no Concurso de Banda Desenhada de Moura

com "Titanic - A Verdadeira História”.2012- Terceiro lugar no

Concurso de Banda Desenha-da Avenida Marginal com "0Homem mais Inteligente doPlaneta”.

ExperiênciaProfissional2011- Bando Áparte, Produtora

de Cinema e Música.- Arte-finalista2010Santillana. Editora –

Ilustrador.Indívideos - Produtora de

Cinema e Publicidade: Con-ceito de personagens para"Capitão Falcão", a série deTV.

2009Pinta Pizzaria, Restaurante

- Criador e Ilustrador da Mas-cote Juvenil.

Espiral Inversa - Ilustradorde suporte aos trabalhos deIlustração».

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31 J

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O Observador de impossíveis (03/04)O Observador de impossíveis (03/04

autor:

PAULO PINTO)

autor:PAULO PINTOO Observador de impossíveis (13/14)

Page 22: AVE_913

22 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014Serviços

A VOZ DEERMESINDEJORNAL MENSAL

Mar 2014Mar 2014Mar 2014Mar 2014Mar 2014 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 1616161616; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 2323232323;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 1/1/1/1/1/30; Q. Crescente: 30; Q. Crescente: 30; Q. Crescente: 30; Q. Crescente: 30; Q. Crescente: 88888.....

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 1414141414; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 2222222222 ;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 3030303030; ; ; ; ; Q. Crescente: Q. Crescente: Q. Crescente: Q. Crescente: Q. Crescente: 66666.....

Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

Oliveiras (Areosa)

Maia (Alto Maia)

Areosa (Areosa)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Martins Costa (Alto Maia)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Maia (Alto Maia)

Giesta (Areosa)

Maia (Alto Maia)Oliveiras (Areosa)

Areosa (Areosa)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Sousa Torres (Maiashop.)

Areosa (Areosa)Hosp. S. João (Circunv.)Martins Costa (Alto Maia)

Dias Farmácias de Serviço

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaFev 20Fev 20Fev 20Fev 20Fev 201111144444

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cân-dida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Fariade Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, GlóriaLeitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gon-çalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, JoanaViterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gon-çalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias,Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nu-no Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, RuiLaiginha, Rui Sousa, Sara Amaral.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosNIB 0036 0090 99100069476 62R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 969 8540Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 9280Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

0102030405060708091011121314151617181920212223242526272801020304050607

Sab.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sab.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sab.Dom.

Seg.

Ter.

Qua.Qui.Sex.Sab.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sab.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.

De 01/02/14 a 07/03/14

Ascensão (Erm.)Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)

Marques Santos (Val)Formiga (Erm.)Sobrado (Sobr.)Vilardell (Campo)MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)Bessa (Sobr.)Ascensão (Erm.)Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)Marques Santos (Val)Formiga (Erm.)

Sobrado (Sobr.)

Vilardell (Campo)

MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)

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31 JANEIRO de 2014 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 fev - 31 mar01 fev - 31 mar01 fev - 31 mar01 fev - 31 mar01 fev - 31 mar

Desporto

FUTEBOL

23 DE FEVEREIRO 2014, 15H00ErErErErErmesinde 1936 - Águas Santasmesinde 1936 - Águas Santasmesinde 1936 - Águas Santasmesinde 1936 - Águas Santasmesinde 1936 - Águas Santas20ª jor20ª jor20ª jor20ª jor20ª jornada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonato da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Divisãovisãovisãovisãovisão,,,,, Série 1, Série 1, Série 1, Série 1, Série 1, da da da da daAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de Futebol do Pbol do Pbol do Pbol do Pbol do Pororororortototototo.....– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.

09 DE MARÇO 2014, 15H00ErErErErErmesinde 1936 - Mocidade Sangmesinde 1936 - Mocidade Sangmesinde 1936 - Mocidade Sangmesinde 1936 - Mocidade Sangmesinde 1936 - Mocidade Sangemilemilemilemilemil22ª jor22ª jor22ª jor22ª jor22ª jornada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonanada do Campeonato da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Dito da 2ª Divisãovisãovisãovisãovisão,,,,, Série 1, Série 1, Série 1, Série 1, Série 1, da da da da daAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de FuteAssociação de Futebol do Pbol do Pbol do Pbol do Pbol do Pororororortototototo.....– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.– Estádio de Sonhos.(Agenda Associação Futebol do Porto)

INÍCIO A 27 MARÇO 2014Sala das Sala das Sala das Sala das Sala das ArArArArArtes do Fórtes do Fórtes do Fórtes do Fórtes do Fórum um um um um VVVVVallis Longusallis Longusallis Longusallis Longusallis Longuse Fórum Cultural de Ermesindee Fórum Cultural de Ermesindee Fórum Cultural de Ermesindee Fórum Cultural de Ermesindee Fórum Cultural de ErmesindeMOSTRA DE TEATRO AMADOR 2014MOSTRA DE TEATRO AMADOR 2014MOSTRA DE TEATRO AMADOR 2014MOSTRA DE TEATRO AMADOR 2014MOSTRA DE TEATRO AMADOR 2014

Tem início no próximo dia 27 de março de 2014 – DiaMundial do Teatro, a Mostra de Teatro Amador 2014,organizada pela Câmara Municipal de Valongo e que conta,mais uma vez, com a colaboração do ENTREtantoTEATRO. Novidade na edição deste ano é que serãoatribuídos prémios aos participantes, nas seguintescategorias: Melhor Espetáculo de Teatro, Melhor Ator,Melhor Atriz, Melhor Luminotecnia, Melhor Figurino,Melhor Cenografia, Melhor Encenação e Melhor Música/Sonoplastia.

(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

Festivais e exposições ATÉ 23 DE FEVEREIROFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeFórum Cultural de ErmesindeDE ONTEM... E DE HOJEDE ONTEM... E DE HOJEDE ONTEM... E DE HOJEDE ONTEM... E DE HOJEDE ONTEM... E DE HOJE

O Fórum Cultural de Ermesinde tem patente até ao próximodia 23 de fevereiro a exposição “De Ontem… e de Hoje”, daautoria de Levi Guerra. Trata-se de uma mostra retrospetivaque dá a conhecer cerca de 30 anos de carreira de Levi Guerrano campo das Artes Plásticas.Nascido em Águeda no ano de 1930, Levi Guerra é médico,investigador, professor universitário e artista plástico.Prémio Nacional de Saúde 2013, Levi Guerra considera-se«um médico que pinta há mais de 30 anos». De entre a longavida de trabalho clínico e as muitas pinturas que realizou, osauto-retratos assumem-se como uma constante de um serem permanente mutação.(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

Comunica-se aos Senhores Assinantes de “AVoz de Ermesinde” que o pagamento da assi-natura (12 números = 9 euros) deve ser feitoatravés de uma das seguintes modalidades, àsua escolha:

• Cheque - Centro Social de Ermesinde

• Vale do correio

• Tesouraria do Centro Social de Ermesinde

• Transferência bancária para o Montepio Geral- NIB 0036 0090 99100069476 62

• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

ERMESINDEA VOZ DE

Ojornal

A Voz deErmesindeagradece a

todos os seus leitores, assinantes,

anunciantes e amigos,os votos de feliz Natal e

•retribui na mesma medidaos votos de um Ano de 2014•feliz e acima das expetativas!

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24 A Voz de Ermesinde • 31 JANEIRO de 2014

O mau tempoe as férteis margens do Leça

Última

As chuvas de inverno mais uma vez alagaram asférteis margens do Leça. Com elas trouxeramcontratempos, mas trouxeram também as aves e

FOTOS URSULA ZANGGER

ainda as colheitas de anos que ainda estão para vir. A água – bênção maravilhosa da natureza deste

planeta – será sempre fonte de vida. LC