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Ano XX - Nº271/272 Novembro/Dezembro2015 Preço avulso 0.70 Paróquia de N.ª S.ª de Fátima Viana do Castelo DIRECTOR: P. e ARTUR COUTINHO AVENÇA Bimensal Dar alma à vida Ano da Misericórdia e Porta Santa (continua na página 3) Dar Alma à Vida é perceber como os quatro homens que conduziram o paralíco a Jesus (Mc. 2, 1- 12) descobriram o modo de lá Lhe chegar, uma vez que estava dentro de uma casa envolvida por uma grande muldão. Jesus interpretou este esforço dos homens e do paralítico como uma expressão da fé que senu como homem, e, como Deus, curou-o integralmente, através da misericórdia divina dizendo-lhe: “filho, os teus pecados são perdoados”. Dar Alma à Vida é compreender em Jesus a natureza humana e divina. Para os que não acreditaram, Jesus ainda acrescentou: “Eu te ordeno, levanta-te e vai para casa”. Dar Alma à Vida é compreender que mais importante que a cura sica é a cura espiritual. Dar Alma à Vida é viver uma inmidade tão grande com o divino e senr que mais importante que ter saúde do corpo ao serviço do pecado, é ter saúde do corpo para estar ao serviço do absoluto. Dar Alma à Vida é ler o evangelho de João 5, 14 e 9, 1-14 para saber acolher os sacramentos da penitência e da unção dos enfermos, que nos libertam dos males do corpo e da alma. Dar Alma à Vida é reconhecer que os “sacramentos de cura”, partiram da iniciativa de Jesus, humano e divino, porque bem sabia das nossas dificuldades e necessidades. Tenho tido experiências de que através da reconciliação se afugentam males da mente, da alma e do corpo. Acrescentaria que eu próprio, até ao momento, sinto, do mais profundo de mim mesmo, a misericórdia do Pai, da sua bondade para que viva uma vida com Alma, apesar das limitações a que estou sujeito. Sinto-me, apesar de tudo, tão longe do que precisava e, indigno, entre os que sofrem mais que eu. Dar Alma à Vida é ler na nossa própria história pessoal e colecva a presença de um Pai que nos traz ao colo quando nos aparecem as vicissitudes ou as adversidades da vida. Cf. “Sede Misericordiosos” de D. Anecleto. A.C. Natal hoje Quem houvera recordar O Deus Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morar. O espaço está ocupado A árvore no seu lugar, O bondoso pai natal, Os enfeites, o irreal Com requinte a conjugar E o Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morar Peças de arte no presépio Que a tradição manda usar Mas de tanto adorno enfeitado Resplandecente e iluminado Não deixa Deus encontrar E o Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morar. Vou fazer que neste Natal O presépio seja parecido Com o que houvera acontecido Numa noite sem igual Com humildade e oração Possa abrir meu coração Para aí fazer-se Natal. DONZÍLIA Natal de Hoje 1. A porta na Bíblia -Depois de todos terem entrado na Arca, Noé fechou a porta (G. 6.16). “Ló saiu de casa e fechou a porta atrás de si” (Gén. 9.1) e depois arrombaram-lhe a porta (Gén. 19.6); mas dois visitantes agarraram Ló e puxando-o para dentro fecharam a porta (Gén. 19.9) e os de fora ficaram cegos, não conseguiram, por isso, encontrar a porta (Gén. 19.10). Esta é a porta dos céus (Gén. 23.18). Também há a porta da cidade (Gén. 23.10). O profeta será o porta-voz do povo (Gén. 34.24) porque através dele chegamos a Deus. A porta é sempre um local singular e anunciador de algo que se passa dentro. Se a padieira da porta e as suas vigas laterais tiverem sangue, não haverá morte (Ex. 7.1) e à porta da cidade, se vem por mal, apedrejai-o até morrer (Deut. 15.7). O pai e a mãe levarão os filhos à porta da cidade (Deut. 17.15). Na Bíblia, a palavra “porta” é citada cerca de 350 vezes como lugar de passagem. Feche a porta do quarto e ore em segredo (Mt. 6,6). A porta é utilizada nas Escrituras Sagradas como linguagem simbólica: “Deus diz a Caim: “o pecado jaz à tua porta”; vigia a porta dos meus lábios (Salmo 14.3)”; a porta está sempre no mesmo sítio, por isso é a analogia do preguiçoso. A porta vai e vem sem sair do sítio (Prov. 26.14). Aliás como a porta faz nos seus gonzos assim faz o preguiçoso na sua cama. Por isso tende cuidado que a porta do Céu é estreita (Mt. 7.13). Jesus é a própria porta que nos leva ao Pai, à salvação. Ele próprio diz: “Eu sou a porta (João 10.90). Às vezes pode ser larga isto é, uma grande oportunidade para vencer as forças do mal. Eis que estou à porta e bato, se alguém abrir a porta, entrarei e farei festa com quem me recebe (Apoc. 3.20). 2. A Porta na Vida - Enfim, uma porta é sempre uma porta para o bem ou para o mal. O acto de abrir a porta deve ser um acto de escuta, de proximidade, de intimidade, mas muitas vezes, distraídos com as coisas do mundo a fechamos para ela não se abrir com facilidade às coisas de Deus. Como cristãos temos que ser tudo, uma porta de salvação, de libertação, de protecção, de provisão, de felicidade, de amor, de prisão e, às vezes, fechamos esta porta por caprichos, desejos, vícios, vaidades, orgulhos e demasiada ambição pelo ter e sem querer ser. A porta é para os irmãos quando se abre para Deus, é para a verdade, para a harmonia, para o diálogo, a paz e o amor. Como podemos abrir a nossa porta a Deus se vivemos agarrados à televisão, ao vídeos, aos vícios e a todas as formas de materialismo sem darmos lugar para o silêncio e abrir o nosso coração para o absoluto, o transcendente?… Gostava que, apesar de tudo, todos tivéssemos coragem para abrir algumas portas que se fecharam por vergonha ou preconceitos, por medo dos outros, por falta de coragem… Que nenhuma porta seja tão pesada!... Que haja sempre uma pessoa bondosa que tenha alma para ver o que os olhos, às vezes, se recusam ver, e suficientemente coragem para abrir portas. Que o humanismo crente seja mais forte que a solidão que uma porta pode esconder. 3. A Porta Santa - O Papa anunciou a celebração de um Ano Santo especial em meados de Março. Será o ano do Jubileu da Misericórdia que começou com a abertura da Porta Santa na Basílica do Vaticano durante a celebração da Solenidade da Imaculada Conceição e terminará no dia 20 de novembro de 2016. O Santo Padre, anunciou com estas palavras: “estamos vivendo o tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Existe D. Anacleto Oliveira, na Sacristia da Igreja da Misericórdia, prepara-se para a abertura da Porta Santa na Sé Catedral para o Jubileu do Ano da Misericórdia. "Paroquia Nova" deseja a todos um Santo Natal António Costa Primeiro Ministro de Portugal

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Ano XX - Nº271/272Novembro/Dezembro2015

Preço avulso 0.70 €

Paróquia de N.ª S.ª de FátimaViana do CasteloDIRECTOR: P.e ARTUR COUTINHO

A V E N Ç A

Bimensal

D a r a l m a à v i d a

Ano da Misericórdia e Porta Santa

(continua na página 3)

Dar Alma à Vida é perceber como os quatro homens que conduziram o paralítico a Jesus (Mc. 2, 1- 12) descobriram o modo de lá Lhe chegar, uma vez que estava dentro de uma casa envolvida por uma grande multidão. Jesus interpretou este esforço dos homens e do paralítico como uma expressão da fé que sentiu como homem, e, como Deus, curou-o integralmente, através da misericórdia divina dizendo-lhe: “filho, os teus pecados são perdoados”.

Dar Alma à Vida é compreender em Jesus a natureza humana e divina. Para os que não acreditaram, Jesus ainda acrescentou: “Eu te ordeno, levanta-te e vai para casa”.

Dar Alma à Vida é compreender que mais importante que a cura física é a cura espiritual.

Dar Alma à Vida é viver uma intimidade tão grande com o divino e sentir que mais importante que ter saúde do corpo ao serviço do pecado, é ter saúde do corpo para estar ao serviço do absoluto.

Dar Alma à Vida é ler o evangelho de João 5, 14 e 9, 1-14 para saber acolher os sacramentos da penitência e da unção dos

enfermos, que nos libertam dos males do corpo e da alma.

Dar Alma à Vida é reconhecer que os “sacramentos de cura”, partiram da iniciativa de Jesus, humano e divino, porque bem sabia das nossas dificuldades e necessidades.

Tenho tido experiências de que através da reconciliação se afugentam males da mente, da alma e do corpo. Acrescentaria que eu próprio, até ao momento, sinto, do mais profundo de mim mesmo, a misericórdia do Pai, da sua bondade para que viva uma vida com Alma, apesar das limitações a que estou sujeito. Sinto-me, apesar de tudo, tão longe do que precisava e, indigno, entre os que sofrem mais que eu.

Dar Alma à Vida é ler na nossa própria história pessoal e colectiva a presença de um Pai que nos traz ao colo quando nos aparecem as vicissitudes ou as adversidades da vida.

Cf. “Sede Misericordiosos” de D. Anecleto.

A.C.

Natal hoje Quem houvera recordar O Deus Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morar. O espaço está ocupado A árvore no seu lugar, O bondoso pai natal,Os enfeites, o irreal Com requinte a conjugar E o Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morarPeças de arte no presépioQue a tradição manda usar Mas de tanto adorno enfeitado Resplandecente e iluminado Não deixa Deus encontrarE o Menino continua A ficar sujeito à rua Por não ter onde morar.Vou fazer que neste NatalO presépio seja parecidoCom o que houvera acontecidoNuma noite sem igual Com humildade e oração Possa abrir meu coração Para aí fazer-se Natal. DONZÍLIA

N a t a l d e H o j e1. A porta na Bíblia -Depois de

todos terem entrado na Arca, Noé fechou a porta (G. 6.16).

“Ló saiu de casa e fechou a porta atrás de si” (Gén. 9.1) e depois arrombaram-lhe a porta (Gén. 19.6); mas dois visitantes agarraram Ló e puxando-o para dentro fecharam a porta (Gén. 19.9) e os de fora ficaram cegos, não conseguiram, por isso, encontrar a porta (Gén. 19.10).

Esta é a porta dos céus (Gén. 23.18). Também há a porta da cidade (Gén. 23.10).

O profeta será o porta-voz do povo (Gén. 34.24) porque através dele chegamos a Deus.

A porta é sempre um local singular e anunciador de algo que se passa dentro. Se a padieira da porta e as suas vigas laterais tiverem sangue, não haverá morte (Ex. 7.1) e à porta da cidade, se vem por mal, apedrejai-o até morrer (Deut. 15.7). O pai e a mãe levarão os filhos à porta da cidade (Deut. 17.15).

Na Bíblia, a palavra “porta” é citada cerca de 350 vezes como lugar de passagem. Feche a porta do quarto e ore em segredo (Mt. 6,6).

A porta é utilizada nas Escrituras Sagradas como l i nguagem simbólica: “Deus diz a Caim: “o pecado jaz à tua porta”; vigia a porta dos meus lábios (Salmo

14.3)”; a porta está sempre no mesmo sítio, por isso é a analogia do preguiçoso. A porta vai e vem sem sair do sítio (Prov. 26.14). Aliás como a porta faz nos seus gonzos assim faz o preguiçoso na sua cama. Por isso tende cuidado que a porta do Céu é estreita (Mt. 7.13).

Jesus é a própria porta que nos leva ao Pai, à salvação. Ele próprio diz: “Eu sou a porta (João 10.90).

Às vezes pode ser larga isto é, uma grande oportunidade para vencer as forças do mal. Eis que estou à porta e bato, se alguém abrir a porta, entrarei e farei festa com quem me recebe (Apoc. 3.20).

2. A Porta na Vida - Enfim, uma porta é sempre uma porta para o bem ou para o mal. O acto de abrir a porta deve ser um acto de escuta, de proximidade, de intimidade, mas muitas vezes, distraídos com as coisas do mundo a fechamos para ela não se abrir com facilidade às coisas de Deus.

Como cristãos temos que ser tudo, uma porta de salvação, de libertação, de protecção, de provisão, de felicidade, de amor, de prisão e, às vezes, fechamos esta porta por caprichos, desejos, vícios, vaidades, orgulhos e demasiada ambição pelo ter e sem querer ser.

A porta é para os irmãos quando se abre para Deus, é para a

verdade, para a harmonia, para o

diálogo, a paz e o amor.Como podemos abrir a nossa

porta a Deus se vivemos agarrados à televisão, ao vídeos, aos vícios e a todas as formas de materialismo sem darmos lugar para o silêncio e abrir o nosso coração para o absoluto, o transcendente?…

Gostava que , apesar de tudo, todos tivéssemos coragem para abrir algumas portas que se fecharam por vergonha ou preconceitos, por medo dos outros, por falta de coragem… Que nenhuma porta seja tão pesada!... Que haja sempre uma pessoa bondosa que tenha alma para ver o que os olhos, às vezes, se recusam ver, e suficientemente coragem para abrir portas. Que o humanismo crente seja mais forte que a solidão que uma porta pode esconder.

3. A Porta Santa - O Papa anunciou a celebração de um Ano Santo especial em meados de Março. Será o ano do Jubileu da Misericórdia que começou com a abertura da Porta Santa na Basílica do Vaticano durante a celebração da Solenidade da Imaculada Conceição e terminará no dia 20 de novembro de 2016. O Santo Padre, anunciou com estas palavras: “estamos vivendo o tempo da misericórdia. Este é o tempo da misericórdia. Existe

D. Anacleto Oliveira, na

Sacristia da Igreja da Misericórdia, prepara-se para

a abertura da Porta Santa na Sé Catedral para

o Jubileu do Ano da Misericórdia.

"Paroquia Nova" deseja a todos um Santo Natal

António Costa Primeiro Ministro de

Portugal

PARÓQUIA NOVA Novembro/Dezembro2015 Página 2

S a b i a q u e … ? ( 61)

Questões de Vida (71)Mediocridade

Outro Outono

P a s s o a P a s s o . . . ( 5 2 )2 0 s é c u l o s d e c r i s t i a n i s m o

A f e b r e d a s C a t e d r a i s …

Tarde de sombrio Outononoite de friezaum velho casebreuma mesa escassagente com tristezaque abriga a desgraça.Folhas amarelasno chão da resistência esperanças mortasque voam com elasjunto à indiferençados olhares discretosque nem com decretosse ocupam delas.Tantos seres sem nadae que nada pedem…apenas que não neguema existência delas.E com a paciênciade quem nada temolham as folhas amarelascomo eu as olho também!

Eugénio MonteverdeViana Nov 2015

1. a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres 2012 custou 34,5 milhões de euros e que o preço das respectivas entradas oscilava entre os 2048 e 2600 euros?

2. para mais de 90 por cento das crianças portuguesas a tarefa que mais tempo as ocupa é ver televisão, o que transforma esses aparelhos em verdadeiros “encarregados de educação”?

3. pelos Censos de 2011 o município de Viana do Castelo, com as suas 40 freguesias, tinha 38. 978 famílias residentes, perfazendo uma população total de 88. 725 habitantes, 38.045 dos quais constituem a sua população urbana?

4. a prevalência da tuberculose em Portugal, em 2012, era de 21,6 casos por 100 000 habitantes, muito próximo dos 20 por 100 000, a média dos países com mais baixa incidência, e que os grandes aglomerados humanos com poucas condições

de higiene, a má nutrição e mau arejamento das casas são os factores para que esta doença se torne mais letal?

5. o exemplar da primeira edição de Os Lusíadas, que se conserva na Universidade do Texas, em Austin (USA), possui notas à margem de um tal frei Joseph Índio, religioso que assistiu o poeta no seu leito de morte, facto que admite supor que o referido exemplar pertenceu ao próprio Luís de Camões?

6. quarenta e três por cento de toda a riqueza existente no mundo está nas mãos de apenas um por cento da população mundial, enquanto que 50 por cento dessa população detém apenas dois por cento da riqueza mundial

7. quando o Sud-Expresso (um comboio diário Lisboa-Hendaye com ligação a Paris) fo i inaugurado, em 1887, as refeições da carruagem-restaurante eram servidas em talheres de prata e os

passage i ros (gera lmente burgueses e ar istocratas) elogiavam a qualidade dos vinhos e da comida?

8 . s e g u n d o d a d o s d a FIFA, referentes a 2013 ,em transferências internacionais de jogadores de futebol, na Inglaterra despenderam-se 668 milhões de euros, em Itália, 346,60 milhões, em França, 306,60 milhões, em Espanha, 232,70 milhões e na Alemanha, 174,50 milhões?

9. segundo o Observatório Intergovernamental para as Alterações Climáticas, das Nações Unidas, estima-se que, até ao fim do século, o nível das águas do mar elevar-se-á entre 28 e 82 centímetros?

10. na União Europeia, cerca de 125 milhões de pessoas, ou seja, um quarto da sua população, estão em risco de pobreza ou exclusão social?Se não sabia, já ficou a saber,Nunca é tarde para aprender.

Continuação…

1275 – 1350 – O Ocidente do século XIV crispa-se pelas suas aquisições. Torna-se muito produtivo (gótico radiante e depois esplendoroso, obras literárias e teológicas, trocas comerc ia is…) mas e le é menos inovador e criativo. Os acontecimentos, é verdade, não ajudam: afrontamento entre poder real francês e o Papado, guerra dos cem anos, peste… Mesmo assim, as aprendizagens destes séculos do cristianismo preparam o Renascimento e a Modernidade: frequentação dos textos da antiguidade, aprendizagem do espirito de debate, confronto com outras culturas, gosto pelas viagens. Em 1274 – No IIº Concilio de Lyon, as igrejas grega e latina metem um termo à sua separação. O acordo durará apenas oito anos.Em 1277 – O bispo de Paris, Et ienne Tempier, condena duzentas e dezanove teses filosóficas e teológicas, entre elas, várias de Tomás de Aquino. Esta sentença sem moderação enche de medo alguns em relação a uma reflexão cristã que se deixará fecundar, sem complexos, por pensamentos antigos pagãos, judeus ou árabes. São Tomás, finalmente reconhecido, é canonizado em 1323.Durante o século XIII – As viagens são frequentes duma ponta à outra da europa, peregrinações de longa distância, comércio, vai e vem dos intelectuais. De 1271 a 1295, Marco Paulo viaja até à China. Em 1282, a utilização da bussola é testada na navegação sobre o Atlântico. Em 1284 – A arcada da catedral de Beauvais, onde a cúpula é a mais alta do mundo, 48,2 metros,

caiu. Este acontecimento marca o fim da corrida ao record mais alto, que conheceu o XIII século. Mesmo assim, os empreiteiros aplicam cada vez menos as novas técnicas e desenvolvem antes uma ornamentação cada vez mais trabalhada (gótico radiante). Um seculo mais tarde, as formas, as curvas, os detalhes tornaram-se mais luxuriantes e complicados (gótico esplendoroso).Em 1291 – Os muçulmanos retomam São João D’Acre. O tempo das cruzadas termina.Em 1294 – Os impostos aumentam pela primeira vez em todo o reino Francês. Princípio do século XIV – O Ocidente é confrontado com o arrefecimento do clima e com as chuvas diluvianas. De 1314 a 1317, as tempestades causam uma crise na agricultura e cria muita fome.Concílios para reformar – As reformas iniciadas por Gregório VII no final do seculo XI são continuadas com zelo: seis dos vinte e um concílios da igreja católica são realizados simplesmente durante cento e cinquenta anos de 1123 a 1274). O objectivo é muitas vezes o de redigir as relações entre fé, dinheiro e poder. Aqueles que pagam para subir na hierarquia eclesiástica ou vendem os sacramentos são duramente condenados. Toma-se medidas que protegem os mais fracos: proibido o crédito com juros, reafirmação sobre as trevas de Deus… Contra um clérigo que atira a si as honras por causa do dom que têm, o recrutamento dos padres torna-se cada vez mais estrito, nomeadamente por causa da obrigação do celibato. Ponto assente destas

reformas, o IV concíl io de Latrão, convocado em 1215 por Inocêncio IV, impõe a comunhão e a confissão anual para nutrir a fé de atitudes concretas.Em 1309 – O soberano Pontífice Clemente V, antigo arcebispo de Bordéus, instala o Papado em Avignon durante setenta anos para grande alegria do rei de França que procura controlar o seu poder.Em 1339 – A guerra dos cem anos entre a Inglaterra e a França começa. Até 1453, ela perturbará a vida económica e eclesia l destes países. Numerosas construções de Catedrais continuam ao relantim.Entre 1348 e 1350 – A grande Peste reduz a população de um terço. O tema sobre a morte torna-se omnipresente e inspirará a arte religiosa.Em 1348 – O Papa Clemente VI faz construir um luxuoso palácio na cidade de Avignon que ele comprou. A corte Pontifical com a sua pompa atraiu os artistas.Por volta do ano 1350 – O Renascimento desenha-se em Itália, nomeadamente com os humanistas Petrarque e Boccace.

Hélder Gonçalves

Poupe-me, Padre Porque todos somos frágeis

e todos os dias cometemos muitas faltas e ainda porque todos precisamos de todos para podermos progredir, sempre e cada vez mais, individualmente, em família e em sociedade, não há ninguém que não tenha a aprender com alguém. Sempre.

Ou pela nossa condição humana, ou pelo lugar que ocupamos, na família e na profissão, a nossa missão, a de todos, é a procura da verdade, sempre e em toda a parte. E, para isso, não é preciso ocupar um lugar de destaque porque, como já dissemos, todos aprendemos de todos e com todos e, por vezes, de pessoas da mais simples e humilde condição humana. Quantas lições não recebemos já, e que lições!...de pessoas que, de nenhum modo, esperávamos!..

É claro que, de pessoas que já sabem tudo, já fizeram tudo, já viram tudo e tudo expe r imen ta ram e como ninguém, nada há a esperar ou a receber.

Porque a vida é, por si mesma, d inâmica, e deve ser um progresso contínuo, a procura da verdade é uma constante, sem parar e muito menos desanimar. Como para tudo na vida, também aqui, é fundamental a primeira e a maior de todas as virtudes: a humildade. Como pode progredir e precisar de alguma coisa na vida aquele ou aquela que já tudo tem, tudo sabe e tudo fez?

“Poupe-me, padre”, dizia-me aquela colega professora, no fim da Eucaristia Dominical, na qual acabava de participar por fazer

parte do grupo coral.Confesso que, as primeiras

vezes que a ouvi, porque me interpelava com tal veemência e a t é c o m u m a c e r t a agressividade, me senti mal e só depois compreendi. Não tinha sido eu que a havia incomodado mas a Palavra de Deus para aquele(s) dia(s).

“Poupe-me, padre”, quer dizer, não me incomode, não se meta comigo, deixe-me em paz.

Sem ter a pretensão de a cumprir ou de a ter cumprido mas acred i tando sempre religiosa-mente naquilo que diz,aquele que prega, aquele que leu, meditou, rezou e viveu a Palavra de Deus, para ser acreditado, tem de falar para todos, mas, acima de tudo e, em primeiro lugar, para si mesmo. Repetimos: para ser acreditado.

Se a Palavra de Deus, sempre que a ouço e a escuto, não me interpela, não me faz pensar e não toca a minha vida, é porque não a ouvi nem escutei, não a meditei nem rezei.

Que a tua Palavra, Senhor, nunca me poupe e eu possa viver e sentir sempre a alegria de nela permanecer. Sempre.

P. António Belo

O Centro Paulo VINecessita de obras

urgentes. É necessário contribuir...

Entregue na sua Paróquia ou directamente na

Cúria. Também o pode fazer por transferência

bancária para a conta NIB 000700000008956242923.

Pelo Berço e Refeitório Social

Pela Comunidade

E m d o r

PARÓQUIA NOVA Novembro/Dezembro2015 Página 3

Apresentação do Grupo de Jovens "70x7"

Os 50 Anos - A partir de 1979 organizaram-se, até à data, 16 cursos de leitores na Paróquia. Destes, três foram dados pelo pároco, dois pelo Pe. Manuel Costa, dois pelo Mons. Joaquim Vilar, um o Pe José Vilar, um frei David Gonçalves, Frei Joaquim Teixeira dois, Pe António Belo dois e os restantes distribuídos por teólogos estagiários de Pastoral na Paróquia. Foram 142 leitores, dos quais alguns já faleceram, e outros foram morar para outras paróquias, vilas ou cidades.

Neste momento temos 106 leitores, uns mais activos que outros, outros deixaram de fazer leituras, mesmo tendo participado em diversos cursos.

Acabou esta semana um curso diocesano e nele participaram 6 leitores desta Paróquia de Nª. Sra de Fátima.

C a p e l a d e N ª S ª d a s Necesssidades - A publicação sobre as missas na Capela de Nossa Senhora das Necessidades veio a corrigir alguns nomes, mas, sobretudo a falta de três nomes do lugar dos Rubins que normalmente fazem pagamento e que faltou uma missa mandada celebrar na referida

Capela o que se vai corregir logo que seja possivel Faltaram: Inocêncio Pires Costa ( agora falçecido), José Martins Passos Fernandes, José Maria Araújo Franco.

Bodas Conjugais- De ouro: Celebraram José Sebatião Silva e Maria Madalena; Felisberto Eira e Donzília; Armando Sobreiro e Leocádia., José Henrique Cerqueira e Emília.Também celebraram bodas de prata o Paulio Machado e e a Raquel.

Agenda do dia da Consoada e do Natal

O Bispo de Viana do Castelo -D. Anacleto, celebra o Natal às 16H com os presos; às 19H participa na ceia de Natal dos Sós, à Rua da Bandeira, 639 e às 23H celebrará na Catedral de Viana a Missa do Galo, no Centro da cidade.

Na Paróquia, para além dos natais anunciados com festa, não haverá verdadeira festa de Natal sem Eucaristia. Assim, na Paróquia, temos a missa da Meia-Noite na Igreja da Sagrada Família, com os pés quentes.

No dia 25: Missa da festa do Menino na Capela da Senhora das Necessidades às 9.00H e a missa das 9.30H na Igreja Paroquial; às 11.00H Missa para as crianças na Igreja da Sagrada Família e às 12.00H Missa Solene na Igreja pa-roquial. Às 18.30H missa ainda na Igreja da Sagrada Família.

Não até sete, mas até setenta vezes sete» (Mt 18,22). Eis a resposta de Jesus à pergunta de Pedro: «Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim?» (Mt 18,21).

A poucos dias de iniciarmos o Ano Santo da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco, esta resposta de Jesus revela-se particularmente interpeladora. Com a expressão «até setenta vezes sete», Jesus diz-nos claramente que, voltando-nos para Ele, que é o rosto privilegiado da misericórdia de Deus, somos também nós chamados a ser sinais visíveis da Sua misericórdia.

É neste espírito que surge na nossa paróquia o grupo de jovens «70x7». Este pretende ser um espaço de alegria, convívio, fé e oração. Acima de tudo, pretende ser

um grupo aberto a todos, disposto a traduzir a misericórdia divina na família, na paróquia, na escola, no meio do mundo!

Mais do que um novo movimento, este pretende ser um espaço que reúna os jovens da paróquia que integram os diversos movimentos. Assim, é constituído por jovens que são catequistas, acólitos, cantores, entre outros ministérios.

A apresentação do grupo decorreu no passado dia 21 de Novembro, na Eucaristia das 16h, na Igreja da Sagrada Família. Esta eucaristia foi presidida pelo nosso pároco, Pe. Coutinho, que manifestou a sua alegria pelo surgimento deste grupo, dirigindo aos jovens palavras de encorajamento. De seguida, teve lugar um magusto junto à igreja, organizado pelos jovens e aberto a

toda a comunidade que respondeu ao desafio lançado, fazendo desta uma tarde de alegria e convívio.

As reuniões do grupo decorrerão na Igreja da Sagrada Família, quinzenalmente, às sextas-feiras. Em algumas das reuniões contaremos com a colaboração do Movimento «Mensagem de Fátima». Mais informações podem ser encontradas na página de facebook do grupo.

Aparece! Contamos contigo para que a nossa Igreja seja verdadeiramente jovem, leve e bela.

A solidariedade e a astúcia dos burlõesO Natal está a chegar e as cam-

panhas natalícias começam a entrar em “massa” pelas portas dentro a todos os cidadãos. Devemos estar atentos e antes de dar ter a certeza que a campanha é real.

De Trás-os-Montes, de Bra-gança, Cabeceira de Bastos de muitas outras freguesias de muitos lados e do nosso distrito che-gam-nos telefonemas a perguntar se é verdade que o Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima anda a fazer campanha a

favor do Berço nestes locais pois aparecem cartazes a anunciar convívios, festas, eventos, a favor do Berço de Viana do Castelo. Por vezes andam mesmo pessoas de porta a porta de crachá ao peito com o logotipo do Centro Social a pedir para o Berço de Viana do Castelo.

Consideramos isto uma burla, pois já aconteceu no ano passado e nunca chegou ao Centro Social Paroquial de Nossa Senhora de Fátima/ Berço de Viana do Castelo qualquer resultado destes eventos

Claudina Gomes Sancho faleceu a 25 Outubro viúva de Guilherme. Faleceu, no dia 1 de Novembro, José Araújo da Costa, com 65 anos de idade. Estava hospitalizado no Hospital de S. João. Era filho de Joaquim Martins da Costa e de Ângela de Araújo Soto Maior. Deixa viúva Irene da Silva Fontes da Costa. Era técnico de telecomunicações (Portugal Telecom). João Pereira de Araújo Faleceu a 3 de Novembro, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, com 91 anos de idade. Era filho de Jorge Alves de Araújo e de Adelaide Pereira Lopes. Deixa viúva Maria Sucena Fontes Sequeira. Foi escrivão da Capitania de Viana do Castelo.No dia 1 de Novembro, faleceu Teresa

(Continuação da primeira página)

Ano da Misericórdia e Porta Santa

tanta necessidade de misericórdia, e é importante que os fiéis leigos a vivam e a levem aos diferentes ambientes sociais.”Na nossa diocese foi aberta no dia 13 de Dezembro pelo nosso Bispo na Sé catedral. Deste modo somos convidados individualmente e, especialmente em grupo, a passar por ela. Ajudar-nos-á a chegar à reconciliação, à paz com Deus e com os outros. Como diz o Papa:

4. A Porta da Reconciliação - “O Jubileu será uma ocasião excepcional para difundir entre os fiéis a importância de acorrer de forma frequente ao Sacramento da Reconciliação e uma grande responsabilidade para os sacerdotes, que administram a graça do perdão de Deus e devem facilitar o acesso dos fiéis ao Sacramento. Alguns dos sacerdotes que normalmente servem neste ministério serão enviados como “missionários da misericórdia”, anunciou o “Regente”, com a faculdade de perdoar os pecados reservados à Santa Sé por sua extraordinária gravidade (usualmente relacio-nados com sacrilégios).” gaudiumpress.org.Todos podemos alcançar neste tempo de Jubileu, uma era de Paz e Reconciliação, um tempo de perdão e festa .

5. A Porta da Missão - Um tempo de Graça da Misericórdia Divina que se reflectirá nas Comunidades e na Sociedade. Continua o Papa: «Desejo que o Jubileu seja uma experiência viva da proximidade do Pai, como se quiséssemos sentir pessoalmente a sua ternura, para que a fé de cada crente se revigore e assim o testemunho se torne cada vez mais eficaz». Sublinha, que exprime o anseio de que a indulgência jubilar «chegue a cada um como uma experiência genuína da misericórdia de Deus, a qual vai ao encontro de todos com o rosto do Pai que acolhe e perdoa, esquecendo completa-mente o pecado cometido». As obras de misericórdia corporais e espirituais devem estar na nossa mente e na vida pessoal e colectiva para alcançarmos as graças próprias do Ano Santo da Divina Misericórdia, sejam as 14 que aprendi na catequese, sejam 20 ou mais as que ao longo do nossa caminhar com os outros vamos descobrindo. Esta festa de comunhão não pode ser só para nós próximos , tem de repercutir e espelhar-se em todas as dimensões do planeta humano.

PC

Apresentação da obra «Os milagres como Evangelho»

Comunicado da PAULUS:“Renato Filipe da Silva Oliveira, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Braga, é o vencedor do Prémio PAULUS de Edição 2015. A dissertação “Os milagres como Evangelho – Sentido teológico dos milagres de Jesus”, orientada pelo Professor João Duque, foi a escolhida pelo júri. O vencedor tem 24 anos e foi ordenado presbítero em julho deste ano na diocese de Viana do Castelo, de onde é natural. Atualmente pertence à equipa formadora do Seminário Diocesano de Viana do Castelo, é membro do Secre tar iado D iocesano de Comunicação Social e do Secretariado Diocesano de Liturgia e professor no Colégio do Minho.” É ainda um bom colaborador nesta Paróquia de Nª Sª de Fátima. O lançamento do livro “Os milagres

como Evangelho” foi no dia 17 de dezembro, pelas 21h00,

na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, em Braga, e foi o apresentador da obra o Professor João Duque.

menos. Eu corrigi um relógio, outro dia, que já tinha sido tra-balhado por mim há mais de 30 anos.

Produzir coisas para sempre acaba-se a possibilidade de vender, pois esgota os clientes e pára o trabalho.

O mais importante para mim é só ouvir e habilidade nas mãos. O tio da minha mãe que era moleiro e poeta contava ele que um dia foi confessar-se e o padre deu-lhe como penitência dar uma esmola que receberia duas. Quem dá uma esmola recebe duas...

Aconteceu que um pobre bateu-lhe à porta a pedir uma esmola e ele tinha um porquin-ho e deu-o ao pobre, contra a vontade da mulher, mas era o conselho do sacerdote e havia de receber o dobro, melhor. No

dia seguinte apareceram à porta dois porquinhos. Olha que o pa-dre tinha razão!...

Foi-lhe agradecer o conselho e o padre disse-lhe: olha que eram os meus dois porquinhos que me fugiram do meu quin-tal!...

O Senhor Sotto Maior no rio junto à casa da Quinta dos Vaus, em S. Jorge, Ponte da Barca, chegou a apanhar dois barbos de 3 kg, uma truta de 3 kg, savelhas, sáveis pequenos, ou grandes. Agora são pequenos porque a água é fria, e lampreia, para ser boa só de São Martin-ho da Gandra para cima. Outro peixe era o salmão. O Rio Lima era cheio de muito peixe, mas com a Barragem do Touvedo foi-se perdendo muito do que havia de bom neste nosso rio… A.C.

R e l o j o e i r o

Rodr igues da S i lva , com 88 anos. Era filha de Joaquim Lopes da Silva e de Maria Rodrigues Cambão. Encontrava-se viúva de Domingos Lopes e deixa uma filha, a Maria da Silva Lopes Novo. Manuel Cerqueira Alves, de 55 anos, faleceu na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, no dia 15 de Novembro. Era filho de Domingos Alves e de Lúcia Brígida Cerqueira Bamba. Deixa viúva Lúcia da Conceição Araújo Varajão Alves. Era caixeiro. No dia 24 de Novembro, faleceu, na Estrada da Abelheira, João Lima Gonçalves, com 87 anos. Era filho de Tomás João Gonçalves e de Maria Rodrigues Lima. Deixa viúva Maria Rosa Martins Manso Gigante

Gonçalves e uma filha casada e uma neta. Júlio de Castro Teixeira faleceu

com a provecta idade de 95 anos no dia 26 de Novembro, deixou geração e saudades no Centro de Dia.Maia da

Conceição Manso da Fraga faleceu no dia 10 de dezembro com 86 anos, deixando viúvo o José Rodrigues Carvalho, da Leitaria do Carmo, três filhos casados e 7 netos. Era mãe de Ilda Carvalho e sogra do dr. Artur Belo, redatores deste jornal António Pereira de Brito Martins faleceu, no dia 10 de dezembro, com 62 anos, insperadamente, o dono do Café Brito (os amigos do café) deixa viúva Orquidia Machado Brito e um filho.

(Continuação da última página)

que são hipoteticamente organiza-dos em nome e a favor do Berço de Viana.

Era bom que isto FOSSE conhe-cido e alertado, pois traz confusão à Direção, e pode pôr em causa a honorabilidade da Instituição e da sua resposta social Berço.

Tudo o que nos chega faz falta, mas haja bom senso!...

Neste momento, já existem algu-mas campanhas a favor do Berço que são do conhecimento da Di-reção e já estão autorizadas. (01.12)

Jovem VianenseDaniela Santos

Lima actriz cénica conhecida inter-nacinalmente vai apresentar e ofere-cer “O lugar”

Partilhe com algo para o abate da dívida da Igre-ja Nova e a obra (acabamento) das salas para a catequesa

Quem desejar entregar algum donativo, deve-o fazer este mês de Dezembro para poder meter no IRS de 2015

Ano XXNº 271/272Novembro/Dezembro

2015

PARÓQUIA NOVA Novembro/Dezembro2015 Página 4

R e l o j o e i r o

F e i x e d e N o t a s

H i s t ó r i a s d e V i d aÁlvaro Martins Abreu Sá Sotto

Mayor, “nascido na freguesia mais linda que há por aqui acima, na “Quinta dos Vaus”, “porque quando não havia pes-carias passavam o rio a vau”. É

filho de Gaspar Abreu Sá Sotto Mayor, e de Maria da Conceição Martins Sá Sotto Mayor.Os seus antepassados é que trouxeram o nome para Viana. Há 500 anos, o Beato Frei Bartolomeu dos Mártires conheceu e conviveu com a família. A casa onde nasceu tem uma capela autor-izada , onde está sepultado o capelão da família. É originário do Sotto Mayor do Castelo de Porrino, na Galiza. O seu avô já nasceu em Portugal e o seu pai nasceu em S.Jorge, onde ainda existe o edifício com as ameias e com brazão de 500 anos. Na casa onde nasceu havia uma

capela que agora se encontra em ruínas. No tempo de criança vestia-se de padre para baptizar as bonecas das suas irmãs, na ausência do pai.

Fez a escola primária com a 4ª classe. Nessa altura fazia piões para os colegas da escola e mais tarde fabricou espingardas para a caça dos tordos.

O pai, como era fidalgo, pare-cia-lhe mal ser empregado e descobriu o caminho para man-ter a personalidade de fidalgo, proprietário e monárquico. Ha-bilidosamente, fez-se construtor de relógios das torres das Igrejas que se encontram aqui na região do Alto-Minho.

Então começou a ajudar o pai.A propósito de relógios da

Torre reparou o relógio da Torre da Igreja da Barca que só dava a hora uma vez e pô-lo a repetir as horas. Isto parece anedótico porque um médico pode salvar a vida a um doente e dar-lhe qualidade, mas quando se chega a doente, ou a velho nunca o põe a fazer mais do que quando era novo. Enquanto o Gaspar fez com que um relógio velho fizesse mais trabalho do que quando era novo.

Não fez tropa porque o pai o livrou do serviço militar. Casou com Maria Vitória Carvalhido, da Meadela de quem tem dois fil-hos: Ana Berta e Pedro António, ambos formados em Coimbra e no Porto, casados e a trabalhar. Já tem três netos.

Trabalhou numa Importadora do Porto e veio para a Meadela trabalhar por conta própria em relógios de pulso, bolso, de pare-de, de coluna, etc... É um espe-cialista e trabalha para muitas casas e ourivesarias de Viana. Ainda hoje, reformado, continua a trabalhar para algum amigo.

Gosta de criar coisas novas. Muita gente, por exemplo, não imagina o que é a água, diz ele. Assim, hoje, ele diz junto da água: Tu és sangue do meu sangue e eu sangue do teu sangue”. Nós temos três Reis Magos porque o número três é sagrado, é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Sol é o Pai, a Terra é o Filho e a Água é o Espírito Santo.

“A Terra é um pedestal da água que é um busto que se chama Espírito Santo”.

Para além do serviço vive muito o desporto, sobretudo, o da pesca desde a idade dos 10 anos; ainda vai pescar. É católico praticante.

Os Carrilhões - relógios de parede eram feitos na Ale-manha, França e Portugal, os melhores eram os portugueses.

É como os chineses que sabem trabalhar e ensinam a trabalhar. Os maiores são sem-pre assim.

Apresentam por exemplo reló-gios bonitos, perfeitos e fracos.Bonitos para os olhos, perfeitos nas mãos e fracos por dentro...Depois baratos, mas trabalham sempre e vendem sempre, nun-ca se esgotam os clientes.

Acontece que havia muita diferença entre os carrilhões. Uns duravam 30 anos e outros

A Conceição Gonçalves dos Santos, com 16 meses de idade foi levada pelos seus pais para França. Era filha de Júlio Gonçalves dos Santos e de Felicidade da Cunha e

trabalhavam ambos na mesma empresa. Era irmã de dois rapazes e duas raparigas. Tem um irmão que já fez 100 anos e vive num Lar, em Guimarães. Ela está a fazer os 96 Janeiros. Um dia veio a pé dos lados de S. Vicente para me visitar e não resisti sem ficar a conhecê-la melhor devido à sua muita idade com perfeita lucidez, a meu ver. Afirma-se muito feliz.

Regressou de França para Portugal aos 21 anos. Casou, em Barcelos, com Paulo Geraldes dos Santos Silva que era fiscal de obras. Faleceu novo, de acidente. Era um santo homem. Era de muito bom coração. Diz ela com saudade…

É mãe de dois rapazes e quatro raparigas: O António, Albérico, Maria Ricardina, Fernanda, Maria Luísa e Maria da Conceição. Todos estão bem na vida. Depois de casada foi para Angola. Foi costureira para os militares, veio depois do 25 de Abril reformada e, o marido, entretanto, faleceu aqui. Depois de vir de Angola viveu em Lisboa onde tem o filho António. Agora veio até ao Norte, onde tem uma filha em Viana e outra para os lados de Cerveira. Tem 9 netos se não está enganada nas contas. Trabalhou 67 anos.

“A vida não foi fácil, mas cá estou”, diz ela. “Os filhos não me abandonam e sinto-me muito feliz, embora já tenha muita idade”.

Sente-se muito bem e gosta

muito de andar: vai até à Igreja da Sagrada Família muitas vezes, como aconteceu num dia de chuva, e por isso, disse-lhe:

-D. Conceição, está a chover, e está cansada, eu arranjo alguém que a leve a casa…

-Não que tenho guarda-chuva e também me faz bem andar.

Lá passou pela Igreja porque, como cristã, gosta de rezar também na Igreja e quando entendeu lá foi até à casa da filha Ricardina. O tempo tinha melhorado.

Foi um prazer ouvir esta senhora queimada pelos anos e pelas agruras da vida, mas com um coração quente capaz de transmitir e espelhar muito da sua vida que esperamos que passe dos cem anos. Parabéns à Família.

Mar ia da Conce ição Fernandes Carvalho, filha de Manuel Campos, e de Lucinda Fernandes de Carvalho, de Quintiães, Barcelos. O avô materno era de Fragoso, o João Carvalho, conhecido por “Vilante” e primo de um padre de Tamel, morreu no Brasil.

A mãe da Conceição teve várias padarias no país e em Espanha e assim fez face à vida para criar 6 filhos.

Foi cr iada com os avós maternos em S. Martinho de S. Pedro de Fins, Tamel, Barcelos, onde frequentou a escola e fez a quarta classe com a filha do inspector Sottomayor. .

A Lucinda foi proprietária do Amazonas e faleceu em Viana em 1985.

Ajudou a mãe a criar os irmãos e casou com José Pinto de Fontes Guedes, de Carvalhos, Porto. Era guarda-fiscal.

Casou aos 17 anos porque estava prometida para casar com quem não queria. Quando ela se preparava para fugir, apareceu-lhe o homem da vida dela, já referido, de quem teve seis filhos: dois faleceram em criança e os outros: Edgar, Fel icidade (que é mãe de Eduardo Pereira que apresentou o livro “Abrindo Portas”), Adriano e Ester.

Ficou viúva aos 39 anos de idade e agora tem a idade de 93 anos.

Quando casou foi para Angola e ao começar a guerra em 1959

regressou com os filhos. O marido morreu em Angola na guerra.

Sempre foi doméstica, educou os filhos e começou na viuvez a trabalhar nas malhas, bordados, corte e trabalhou na Huskvarna e como cozinheira na Assistência Social na “Cantina” para os médicos e colaboradores, vindo a reformar- se por limite de idade.

Gostava de passear, de se rir, da paródia dentro dos limites, dos usos e costumes, da moral e da ética da altura.

Gosta de se isolar para oração, interiorização e ganhar força e coragem para lutar pela vida e, ao mesmo tempo, ajudar os netos, os bisnetos e os estranhos.

Por falecimento dos filhos criou ainda 7 netos (quatro frequentaram Colégios e três o Ensino Público) e ajudou uma nora que não tinha emprego, nem onde se encostar. A sua casa foi um “autêntico albergue”, mas sempre com alegria carregou a sua cruz com a ajuda da Senhora de Fátima. O Monsenhor Luciano Guerra era amigo da família.

Nesta altura, tem a neta Sara Corte, filha da Ester, que a acompanha e dá-lhe o carinho que uma avó precisa, pois a mãe desta, com casa em Lisboa, trabalha para o Ministério da Administração Interna, em Angola. A Sara é casada e tem um filho na catequese. Assim, a Maria da Conceição, vive no seio de uma família, e com o afago de quem também lhe é muito querida.

É tão bom chegar a uma idade destas e ter um suporte familiar assim… boa avó, boa filha e boa neta!.

F U N D A M E N TA L I S M O É «DOENÇA» QUE AFETA TODAS AS RELIGIÕES - Papa defendeu que o fundamentalismo é uma «doença» que pode atingir todas as religiões e que não é justo identificadas várias comunidades crentes com minorias radicais. «O fundamentalismo é uma doença que existe em todas as religiões. Nós católicos temos também alguns - alguns não, muitos que se julgam donos da verdade absoluta e andam por aí a sujar os outros com a calúnia, a difamação e fazem mal», referiu aos jornalistas que o acompanharam na visita ao Quênia, Uganda e República Centro-Africana.

Francisco entende que o fundamentalismo religioso «não é religioso» porque lhe «falta Deus» e é «idolátrico», acabando sempre «numa tragédia».

O Papa Francisco avisou que o mundo caminha para o «suicídio» e que é preciso travar as alterações climáticas antes que seja tarde demais, numa mensagem dirigida aos líderes mundiais reunidos na Cimeira do Clima, que decorre em Paris.

«Julgo que o posso dizer: é agora ou nunca», sublinhou, em conferência de imprensa durante o voo de regresso a Roma, desde a República Centro-Africana.

O Papa Francisco lamentou o «pouco» que se fez desde o Protocolo de Quioto (1997) e alertou que todos os anos os problemas são «cada vez mais graves».

« E s t a m o s n o l i m i t e d e um suicídio, para usar uma expressão forte, e tenho a certeza de que quase todos os que estão em Paris têm esta consciência e querem fazer algo», referiu aos jornalistas que o acompanharam na sua primeira viagem a África.

F r a n c i s c o a l u d i u à s consequências do degelo e do aumento do nível do mar, mostrando-se confiante de que haverá decisões em Paris.(Continua na página 3)

TIRAGEM: 3 000 exemplares

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