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CROSP obtém grande vitória. Pela posição atuante do Con- selho, o Senador Tião Vianna (PT/AC) acolheu as sugestões apresentadas pelo presidente da autarquia, dr. Emil Adib Razuk, e protocolou novo substitutivo que resguarda as prerrogativas da Odontologia e outras áreas da saúde Número 102 - Dez/Jan de 2005 - Ano XXIII ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO Avenida Paulista, 688 - Térreo - CEP 01310-909 - São Paulo - SP Ato Médico Concurso “A saúde bucal” Conselho Regional de Odontologia de São Paulo entrega prêmios aos alunos, escolas e professores vencedores da segunda edição do concurso. O programa foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e a Unes- co e com o apoio do Bradesco, da Dabi Atlante e do jornal “Folha de S. Paulo”. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura vai exportar a tecnologia do CROSP para outros países Pág. 4 Pág. 11 Valorização A partir de janeiro, as principais ro- dovias do estado de São Paulo terão painéis com frases sobre a saúde bucal. É mais um programa do CROSP para a valorização do cirugião-dentista Pág. 20 Operadoras de saúde O CROSP encaminhou outro ofício às operadoras solicitando reajustes nos valores dos procedimentos odontológicos pagos aos prestadores de serviço. O Conselho teme aumento da tensão entre as duas partes Pág. 24 Previdência CROSP estuda lançar carteira de previdência complementar a seus inscritos Pág. 18

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 1

CROSP obtém grande vitória. Pela posição atuante do Con-selho, o Senador Tião Vianna (PT/AC) acolheu as sugestões apresentadas pelo presidente da autarquia, dr. Emil Adib Razuk, e protocolou novo substitutivo que resguarda as prerrogativas da Odontologia e outras áreas da saúde

Número 102 - Dez/Jan de 2005 - Ano XXIII

ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

Avenida Paulista, 688 - Térreo - CEP 01310-909 - São Paulo - SP

Ato Médico

Concurso “A saúde bucal”Conselho Regional de Odontologia de São Paulo entrega prêmios aos alunos, escolas e professores vencedores da segunda edição do concurso. O programa foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e a Unes-co e com o apoio do Bradesco, da Dabi Atlante e do jornal “Folha de S. Paulo”. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura vai exportar a tecnologia do CROSP para outros países Pág. 4

Pág. 11

ValorizaçãoA partir de janeiro, as principais ro-dovias do estado de São Paulo terão painéis com frases sobre a saúde bucal. É mais um programa do CROSP para a valorização do cirugião-dentista

Pág. 20

Operadoras de saúdeO CROSP encaminhou outro ofício às operadoras solicitando reajustes nos valores dos procedimentos odontológicos pagos aos prestadores de serviço. O Conselho teme aumento da tensão entre as duas partes Pág. 24

PrevidênciaCROSP estuda lançar carteira de previdência complementar a seus inscritos

Pág. 18

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3 EDITORIAL

4 SAÚDE BUCAL Vencedores recebem prêmios da segunda edição do concurso

8 EDUCAÇÃO Unesco vai exportar “tecnologia” do Crosp para escolas de outros países

11 POLÍTICA Senador acolhe sugestões do CROSP e muda redação de Ato Médico

14 BRASIL SORRIDENTE Ministério investe R$ 1,3 bilhão e duplica número de saúde bucal

15 PROFISSÃO Será lançado manual do recém-formado

16 FORMAÇÃO Curso à distância já está no ar

17 SAÚDE PÚBLICA Programa de “Prevenção do câncer bucal” atende 5 mil pessoas

18 BENEFÍCIOS Crosp vai oferecer previdência complementar aos inscritos

20 VALORIZAÇÃO Painéis serão colocados nas estradas do estado para valorizar profissão

24 MERCADO Conselho pede às operadoras de saúde reajuste

CRO/SP

CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

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Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo

ExpedientePRESIDENTE

Dr. Emil Adib Razuk

SECRETÁRIODr. Luiz Roberto Cunha Capella

TESOUREIRODr. Francisco Couto Mota

CONSELHEIROSDr. Ideval Serrano

Dr. Cláudio Yukio Miyake (licenciado)Dra. Neide Aparecida Sales Biscuola

Dr. Adriano Albano ForghieriDra. Leila Viana

Dr. Nélson José Modesto Guidio

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até 3549-5583

TELEFONES DO CROSP

ÓRGÃO OFICIAL DO CONSELHO REGIONAL DE ODONTOLOGIA DE SÃO PAULO

ÍNDICE

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 3

O exercício da Presidência do CROSP é muitas vezes fati-

gante, exigindo plena dedicação, reuniões seguidas, viagens cansati-

vas, muito trabalho, milhares de assinaturas em documentos, com

sacrifício do pleno exercício das atividades normais da odontolo-

gia, da qual todos nós vivemos. Pois os cargos no Conselho são

considerados “múnus” público e nada se recebe pelos trabalhos exe-

cutados. Mas, quantas alegrias, quanta satisfação interior nos traz.

Como, por exemplo, na distribuição de R$ 191.200,00 em

prêmios, graças ao apoio do Bradesco, aos 6.000.000 de alunos do

curso fundamental do estado de São Paulo, no maior concurso exis-

tente sobre Saúde Bucal do planeta, que tem entusiasmado a Unesco.

Na sessão solene de entrega dos prêmios, realizada no Salão

Nobre da Secretaria da Educação, no dia 15 de dezembro, lá esta-

vam os patrocinadores: CROSP, SECRETARIA DA EDUCAÇÃO,

UNESCO, BRADESCO, JORNAL A FOLHA DE S. PAULO, DABI

ATLANTE, os alunos premiados e seus professores, a emoção do

momento, a entrega dos prêmios, os discursos, os aplausos, a festa.

Mas, entre os 5.100.000 de trabalhos, todos muito bons,

sendo difícil escolher os melhores, algumas pérolas, como o texto

da aluna Mayara, da 4º série. Ela vive em assentamento do MST e

soube sintetizar, no título de seu trabalho, toda a filosofia de nosso

programa: “A Importância do Sorriso no País da Alegria”. Se o brasi-

leiro é um povo feliz, apesar das agruras da vida, o seu sorriso ganha

um valor elevado. Nada é mais cativante que um belo sorriso, com

bons dentes.

E nossa classe já se conscientizou do valor da informação

aos jovens, e 5.307 colegas cirurgiões-dentistas se apresentaram vo-

luntariamente para trabalhar nas escolas e na seleção dos trabalhos.

Foram executados 5.100.000 trabalhos, através de 210.000 professo-

res, em um esforço que contou com o envolvimento dos pais, totali-

zando 16 milhões de pessoas. A todas elas foi levada a mensagem da

importância da saúde bucal para a saúde geral.

Outra grande

satisfação, neste mês,

foi a mudança do

Projeto de Lei sobre

o “Ato Médico”, preservando-se a autonomia de nossa profissão,

conquistada em 1884, por decreto do Imperador Dom Pedro II. Foi

ação decisiva do CROSP (modéstia à parte, mas a verdade tem que

ser dita) que obteve do Senador Tião Viana, do Acre, a apresentação

de um novo substitutivo ao projeto, acolhendo as nossas sugestões.

Uma vitória que virá beneficiar não só os cirurgiões-dentistas, mas

todas as profissões de saúde. É preciso se antecipar e não esperar

acontecer, para depois agir.

Chegamos ao final de mais um ano, com a alegria de termos

dado nosso esforço pela Odontologia, de termos obtido resultados

significativos, nunca antes ocorridos, de termos sido fiéis às nossas

promessas de elevar o nome de nossa profissão, atendendo a todos

igualmente, com solidariedade e justiça. Reconhecemos que tudo

o que foi feito não seria possível sem a ajuda dedicada de nossos

conselheiros, dos nossos delegados presidentes e membros das

Seccionais, representantes municipais e distritais, dos funcionários

e colegas sempre dispostos a colaborar. A todos que, na medida de

suas possibilidades, trabalharam para o sucesso do CROSP, os nos-

sos mais sinceros agradecimentos.

Agora, teremos um pequeno hiato para o Natal, a festa da

família e da amizade.

A todos os companheiros de jornada, um Natal muito alegre,

muito feliz e um Ano Novo com grandes perspectivas de sucesso.

Um abraço do

Emil Razuk

Presidente

“A Importância do Sorriso no País da Alegria”

EDITORIAL

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o dia 15 de dezembro, fo-ram entregues os prêmios aos alunos, professores e às escolas vencedoras do

segundo concurso de saúde bucal. O programa, uma realização do Conselho Regional de Odontolo-gia de São Paulo, teve a parceria da Secretaria de Estado da Edu-cação e da Unesco - Organização das Nações Unidas para a Educa-ção, a Ciência e a Cultura - e o apoio da Dabi Atlante, do jornal “Folha de S. Paulo” e Bradesco. Foram distribuídos R$ 191.200,00 em prêmios aos alunos da 1º a 8º série da rede estadual de ensino. O Conselho Regional de Odon-tologia de São Paulo acredita que houve o envolvimento direto e in-direto de cerca de 16 milhões de pessoas no programa de caráter educativo e repercutiu na saúde pública dos paulistas. A entrega aconteceu na Secretaria Estadual da Educação.

Estavam presentes o presidente e o secretário do CROSP, dr. Emil Adib Razuk e dr. Luiz Rober-to Cunha Capella, o secretário

N

Maior concurso de Saúde Bucal do país premia vencedoresMais de 5,1 milhões de alunos da 1ª a 8ª série da rede estadual de ensino disputaram prêmios de R$ 191.200,00 e apren-deram brincando a importância da prevenção e da saúde bucal. O concurso teve a parceria da Secretaria de Estado da Educação e da Unesco e o apoio do Bradesco, da Dabi Atlante e do jornal “Folha de S. Paulo”

Os ganhadores em cada uma das quatro modalidades e os que receberam destaque pelo ineditismo das idéias foram selecionados entre cinco milhões e cem mil trabalhos de alunos da 1ª a 8ª série da rede estadual de ensino.

EDUCAÇÃO

Da esquerda para direita: dr. Augusto Barros Biagi, diretor da Dabi Atlante, dr. José Carlos Per-ri, diretor de Marketing do Bra-desco, prof. Gabriel Chalita, se-cretário de Estado da Educação, dr. Emil Adib Razuk, presidente do CROSP, profa. Âmbar de Bar-ros, coordenadora do escritório da Unesco em São Paulo, e profa. Sonia Maria Silva, coordenadora de estudos e normas pedagógicas da Cenpe (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária).

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 5

prof. Gabriel Chalita, dr. José Car-los Perri, diretor de Marketing da Fundação Bradesco, profa. Âmbar de Barros, coordenadora do escri-tório da Unesco em São Paulo, e dr. Augusto Barros Biagi, diretor da Dabi Atlante. O secretário Chalita rea-firmou a importância do progra-ma educacional do CROSP: “O concurso pretende fazer com que o aluno tenha o hábito da higie-ne bucal e reflita sobre a saúde bucal. Se não se aprende quando criança, vira um problema na fase adulta”. Gabriel Chalita reconhe-ceu no dr. Emil Razuk, presiden-te do CROSP, um “exemplo de cidadão, apaixonado por cidada-nia” por ter idealizado e por se responsabilizar por um programa da dimensão do concurso de saú-de bucal. Tamanho empenho por causas que acredita fez com que o secretário ressaltasse o carinho que “o governador Geraldo Alck-min tem pelo dr. Emil”. O Secretário da Educação elogiou também a dedicação dos cinco mil cirurgiões-dentistas vo-luntários que são, para ele, refe-rencial para uma sociedade mais participativa. Sobre a Unesco, Chalita elogiou a entrada como parceira. “É uma entidade de

enorme sensibilidade com a cul-tura e a educação, visando sempre o bem-estar das pessoas”, disse.Saúde começa pela boca - O concurso, o maior do gênero que se tem notícia, mobilizou cerca de seis milhões de estudantes, 210 mil professores e 5.307 cirurgiões-dentistas voluntários. O concur-so, uma iniciativa do CROSP, procurou esclarecer os estudantes de 7 a 14 anos das implicações da saúde bucal na saúde geral do indivíduo. O presidente do

Alunos vencedores do concurso “A saúde bucal” aguardam a premiação no salão nobre da Secretaria de Estado da Educação.

Conselho, dr. Emil Adib Razuk, lem-bra que inúmeras enfermidades de-correm de proble-mas provenientes da falta de preven-ção e do descuido com a saúde bucal. “Grande parte das doenças sistêmicas pode ter origem a partir de uma in-fecção buco-dentá-ria, a exemplo do reumatismo arti-

cular agudo, nefrite, artrite, gas-trite, endocardite, entre outras”, argumenta. “Muitas enfermida-des manifestam-se na cavidade bucal, precedendo, às vezes, a sua sintomatologia, como o sarampo e leucemia”, acrescenta. “A saúde começa pela boca e os dentes são importantes na mastigação dos alimentos, na fala e na estética. Todos estes fatores têm influência direta na auto-estima dos indiví-duos e no contexto social”, fina-

EDUCAÇÃO“Pelas causas que acredita

e por ser um apaixonado

por cidadania, dr. Emil é

um exemplo de cidadão,

que tem o carinho do go-

vernador Geraldo Alck-

min” (Prof. Gabriel Chali-

ta, secretário de Estado da

Educação de São Paulo)

liza ele. Com o apoio do Brades-co, o concurso de saúde bucal dis-tribuiu prêmios de R$ 191.200,00 para os alunos inscritos. Para dr. Emil, a participação do Bradesco foi “inestimável”. A seleção dos trabalhos foi feita por comissões julgado-ras formadas por professores e cirurgiões-dentistas, que também deram orientação profissional no período que durou o concurso (outubro a dezembro). Dr. Emil explicou que os professores também concorreram a prêmios, por serem eles “os edu-cadores, quem, em contato diário com as crianças, podem informar e formar os pequenos estudantes para a prática de hábitos adequa-dos à saúde bucal, que sempre resulta em melhor qualidade de vida para os próprios alunos”. Foram distribuídos manu-ais a todos os 210 mil professores com o regulamento do concurso, material didático e instruções para a premiação dos vencedo-

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riso” e “Seu Sorriso só Depende de Você” para cada escola. Para divulgar o progra-ma, foram confeccionados 40 mil

res e ainda 6.100 CD-ROM. O CROSP também disponibilizou 12.600 fitas de dois vídeos educa-tivos, chamados “Ciranda do Sor-

EDUCAÇÃORedação em braile foi uma das vencedoras.

cartazes e 330 mil manuais, distribu-ídos aos professo-res das escolas e repartições públi-cas municipais. A parce-ria com a Unes-co foi a primeira da Organização com um órgão de classe no Brasil. Tanto o CROSP como a Secretaria da Educação e a Unesco esperam com essa parceria desenvolver ações conjuntas para

A “Folha de S. Paulo” noticiou, no domingo, dia 19 de dezembro, o concurso de saúde bucal realizado pelo CROSP. Professores, diretores e familiares prestigiaram a premiação dos alunos.

implementar projetos que envol-vam atividades de prevenção na rede escolar e despertar nos alu-nos da educação infantil os “bons hábitos de saúde bucal, bem como conscientizar a população de sua importância para a saúde geral”. Combinação perfeita - A ope-racionalização das linhas de ação será feita através das equipes téc-nicas do Conselho e da Unesco. A profa. Âmbar de Barros, coor-denadora do escritório da Unes-co em São Paulo, garante que a Organização vai dar todo o apoio para que o concurso “A saúde bu-cal” se torne uma referência para o Brasil e para outros países, onde o tema tem grande relevância.

“Quando entramos numa par-ceria, é porque identificamos o potencial do projeto. Vamos le-var a tecnologia do CROSP para outros estados e outros países”, afirmou. Para ela, educação com saúde é a combinação perfeita. Ela ficou visivelmente entusiasmada com o concurso. Em seu discurso, afirmou que o evento “não poderia ser melhor, mais promissor, graças à sensibi-lidade do CROSP, da secretaria da Educação e dos cirurgiões-dentistas”. “A Unesco gostou do programa desde o primeiro mo-mento, pois preza pela educação de qualidade e saúde”, revelou.

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 7

“Há, em nossas vidas, mo-mentos especiais, mágicos em seu significado, que nos emocionam e engrandecem. Hoje celebramos a vitória da nossa segunda grande bata-lha, na qual estiveram envolvidos 6.000.000 escolares, 6.000 escolas estaduais, 210.000 professores, 5.307 cirurgiões-dentistas volun-tários e, considerados os familia-res, em torno de 16 milhões de pessoas. Foi a grande batalha da conscientização, do conhecimen-to, do esforço para demonstrar aos escolares a importância da saúde bucal para a saúde geral. Foram apresentados cerca de 5.100.000 de trabalhos – um

número importante, pois não te-mos conhecimento de programa semelhante no Brasil e no pla-neta. Foram 5.100.000 estudos, ilustrações, transmissão de conhe-cimentos, repassados com alegria, com amor e com carinho. E a quem devemos credi-tar esse trabalho extraordinário? Em primeiro lugar, ao Governador Geraldo Alckmin, que percebeu de imediato a im-portância do nosso projeto e lhe deu seu aval. Ao professor Gabriel Cha-lita, Secretário da Educação, que ordenou a mobilização das esco-las, através de suas Diretorias de Ensino. Aos professores da Cenpe,

EDUCAÇÃO

das Divisões Regionais, dos asses-sores de gabinete do secretário e dos cirurgiões-dentistas que ela-boraram o manual e fizeram a seleção final dos trabalhos. Ao Bradesco, através de seu presidente do Conselho de Ad-ministração, dr. Lázaro de Mello Brandão, que contribuiu com R$ 300.000,00, que foram destinados à premiação dos melhores traba-lhos apresentados e à confecção dos manuais e dos cartazes. A esse magnífico evento, some-se a distribuição anterior de 12.600 fitas de vídeo, produzidos pelo CROSP, com apresentação de espetáculos teatrais – “Ciran-da do Sorriso” e “Seu Sorriso só Depende de Você” – criados pelo

Grupo Boca Limpa, de Araraqua-ra, versan-do sobre os c u i d a d o s

básicos com a saúde bucal. Os dois programas se completaram e obtivemos excelen-tes resultados, demonstrando que boas idéias unem as pessoas para o trabalho conjunto. Como disse o Padre Antonio Vieira, em seu Sermão do Santíssimo Sacramen-to: “Toda a vida (ainda das coi-sas que não têm vida) nada mais é que uma união. Uma união de pedras é um edifício; uma união de tabuas é um barco; uma união de homens é um exército. E, sem esta união, tudo perde o nome e mais o ser”. E eu lhes digo, agora, que uma união de professores, de di-retores, de cirurgiões-dentistas e de alunos pode produzir um es-

petáculo grandioso, um trabalho conjun-to de especial valor, que conseguiu gerar 5.100.000 pequenos estudos sobre a im-portância da saúde bucal, das medidas preventivas e aos devi-dos cuidados com os dentes. Desenvolveu as mentes infantis, conscientizando-as sobre a necessidade de escovação correta dos dentes, da fluoretação das águas de consu-mo, da importância dos alimentos na pre-venção dos dentes, incentivando a visita aos consultórios dentários. E de que começa na boca o desdobra-mento enzimático das substan-cias alimentícias. A primeira fase da digestão se realiza na cavidade bucal na elaboração do bolo ali-mentar, que, através da enzima ptialina, realiza a hidrólise, ou seja, o desdobramento do amido em maltose e dextrina. Este ano, tivemos a parce-ria com a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educa-ção, a Ciência e a Cultura, através do protocolo de intenções assina-do em agosto deste ano. Como presidente do Con-selho Regional de Odontologia de São Paulo, é com satisfação e incontido orgulho que rendo minhas homenagens e agradeço a todos que colaboraram para que o concurso “A saúde bucal”, um programa de valorização do sor-riso perfeito, fosse uma amostra

da competência, da dedicação, do empenho do professorado paulista; da pronta colaboração de 5.307 cirurgiões-dentistas, que deixaram seus consultórios para orientar estudantes e ajudar na classificação dos trabalhos; dos diretores e funcionários da pasta da educação que sistematizaram os trabalhos, da clarividência do dr. Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho Adminis-trativo do Bradesco, que anteviu os méritos do programa a ser de-senvolvido; do jornal “Folha de S. Paulo”, do secretário Gabriel Chalita e do Governador do Es-tado, Geraldo Alckmin, que co-locaram a relevância de seus car-gos no apoio ao projeto. Que o exemplo frutifique, para que se repita anualmente e se transforme em um marco da educação sobre saúde bucal aos estudantes paulis-tas, como um exemplo edificante para todo o Brasil.”

Dr. Emil Razuk agradece aos que contribuíram para o sucesso do concurso

“Que o exemplo se transforme em um mar-

co da educação sobre saúde bucal para todo

o Brasil” (Dr. Emil Adib Razuk)

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Rede municipal de ensino pode se integrar ao concurso em 2005 A dra. Tais Valadão, uma das mais ativas integrantes da comissão organizadora do concur-so, antecipa que a edição do próximo ano vai se estender à rede municipal de ensino. O número de alunos participantes pode ultrapassar sete mi-lhões.

NC - O que pode melhorar para o ano que vem?TV - Nesses dois anos de existência do projeto, conseguimos esta-belecer um diálogo contínuo com todos os alunos da rede estadual de ensino; conquistamos ano a ano número maior de parceiros, além do reconhecimento da classe odontológica e das comunida-des envolvidas. Com esse panorama, vamos trazer uma proposta visual diferenciada em 2005. Além de modificar o material pro-mocional, pretendemos reformular as modalidades e os temas dos trabalhos, porém, manter a modalidade de destaque, que abrange os trabalhos que se evidenciaram pelo caráter inédito. Queremos que os trabalhos dos cirurgiões-dentistas sejam mais marcantes nas escolas, para que eles possam acompanhar o processo de uma for-ma integral. E a gente quer que haja intercâmbio de conhecimento entre aos jovens de diferentes idades; ou seja, atividades propostas para uma modalidade podem seguir como material educativo para uma outra faixa etária.

NC - A rede municipal vai entrar no concurso em 2005?TV - Existem planos para que a gente consiga abraçar não só as escolas estaduais, mas também todas as municipais, no estado de São Paulo.

NC - O manual sofrerá modificações?TV - Queremos criar o maior número de canais de comunicação com os profissionais que participaram do projeto para que eles nos dêem retorno de como podemos melhorar, porque a prevenção é uma disciplina em constante evolução odontológica. Temos um contato muito forte com as universidades, que são formadores de opinião dentro da Odontologia. Pretendemos expandir em 2005.

A coordenadora do escri-tório da Unesco em São Paulo, profa. Âmbar de Barros, é uma entusiasta dos projetos que visam a educação infantil. Não foi à-toa que ficou encantada com o o con-curso “A saúde bucal” do CROSP. Para ela, é a combinação perfeita qualquer programa que associe ensino à saúde.

Novo Crosp – Qual a importân-cia de um programa como o con-curso “A saúde bucal”?Âmbar de Barros - Foi a demons-tração do compromisso da classe dos profissionais dentistas, das res-ponsabilidades que eles têm com a condição social que exercem. Além de profissionais formados em suas carreiras profissionais liberais, eles têm a compreensão

de que têm um importante pa-pel social a desempenhar; e mais de cinco mil cirurgiões-dentistas voluntários se engajaram numa campanha para promover a saú-de bucal nas escolas do estado de São Paulo. Isso significa que eles estão cada vez mais conscientes da sua responsabilidade com a sociedade.

NC - Qual a repercussão na edu-cação da criança do concurso?AB - Olha, repercute não só para criança como para família. A gen-te já sabe que o que as crianças aprendem na escola, elas levam para casa, acabam ensinando os irmãos menores, a mãe, o pai, os avós, os primos. Então, o concur-so tem um impacto tremendo não só nas crianças, mas na suas famí-lias e evidentemente que repercu-te na qualidade de aprendizado, porque me diga, quem é que con-segue aprender, prestar atenção na aula, com dor de dente?

NC - É uma forma de orientar os professores também?AB - Claro, os professores, aliás, têm um papel fundamental. A criança não aprende se o professor não estiver lá e não ensina. O pro-fessor está sempre no processo de educação e formação das crianças, ele sempre é fundamental. Nesse concurso, esse processo de sensi-bilização, de promoção da saúde bucal, aprendem todos, inclusive, os professores.

NC - Um programa, que envolve educação e saúde, é uma boa com-binação?AB - É a combinação perfeita.

EDUCAÇÃO

“Quando entramos numa

parceria, é porque identifi-

camos o potencial do proje-

to. Vamos levar a tecnologia

do CROSP para outros esta-

dos e outros países” (Profes-

sora Âmbar de Barros)

Unesco pretende exportar tecnologia do CROSP

NC - Um programa como esse pode ser usado como exemplo em outros países, em outros estados?AB - Pode e deve. Aliás, um dos objetivos da Unesco no Brasil é no sentido de apoiar algum pro-jeto. Quando ela acredita que o projeto tem potencial para in-fluenciar no processo educativo,

como é o caso do concurso do CROSP, que tem âmbito estadual, para influenciar não só outros es-tados, mas também outros países do mundo, a gente se empenha em levar as tecnologias sociais de ponta criadas no Brasil para ou-tros lugares do mundo.

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 9

EDUCAÇÃO

O secretário da Educação, prof. Gabriel Chalita, entregou para o prêmio de desta-que aos alunos Nayara Oliveira da Silva (foto), aluna do 4ª ano, do Mirante do Paranapanema; Graziele Rampim Ferreti Fontes, aluna do 7ª ano, de Araçatuba; Beatriz Del Pino Bigato, aluna classe es-pecial, de Jales; e Marina Brunini Criale-si, aluna classe especial, de Jaboticabal.

O presidente do CROSP, dr. Emil Ra-zuk, entregou o prêmio aos alunos da primeira modalidade: Samantha Hergert Fruteiro (foto), do 1ª ano, de Limeira, primeira colocada; Pamella K. Von Lang, do 2ª ano, de Guarulhos, segunda coloca-da; e Larissa Figueiredo Silva, do 2ª ano, de Franca, terceira colocada.

A representante do escritório da Unesco em São Paulo, profa. Âmbar de Barros, entregou o prêmio aos alunos da segun-da modalidade: Rafael Wilson Santos da Silva (foto), do 4ª ano, de Limeira, primeiro colocado; Nivia Persona, do 3ª ano, de Ribeirão Preto, segunda colocada; e Gabriela Fernanda Salomão, do 4ª ano, de Jaú, terceira colocada.

O diretor de Marketing do Bradesco, dr. José Carlos Perri, entregou o prêmio aos alunos da terceira modalidade: Ana Carolina M. Hilário (foto), do 5ª ano, de São Paulo, primeira colocada; Juliana dos Santos Silva, do 5ª ano, de Jacareí, segun-da colocada; Jaine Cristina da Silva, do 6ª ano, de Taquaritinga, terceira colocada.

Profa. Sônia Maria Silva, coordenadora de Estudos e Normas Pedagógicas da Cenpe, entregou o prêmio aos alunos da quarta modalidade: Camilo Raymundo (foto), do 7ª ano, de Limeira, primeiro colocado; Daniel Júlio dos Santos Negri, do 7ª ano, de Sumaré, segundo coloca-do; e Beatriz Lucindo, do 7ª ano, de São Vicente, terceira colocada.

Entrega de prêmios

10

EDUCAÇÃO

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo enca-minhou ofício a todos os 5.307 cirurgiões-dentistas que trabalha-ram voluntariamente na segunda edição do concurso “A saúde bu-cal”. O comunicado os informou do número pelo qual eles irão concorrer a 30 prêmios. O milhar foi gerado pelo Centro de Proces-samento de Dados do CROSP. O sorteio pela Loteria Federal de Ano Novo da Caixa Econômica

Federal acontece no dia 29 de de-zembro. Todos concorrem a um consultório dentário CROMA SF FLEX, um aparelho de raios X Es-pectro 70 X, um aparelho de Pro-fident PROFI-II, ofertados pela Dabi Atlante, dezessete prêmios em dinheiro, patrocinados pelo CROSP e Bradesco, e dez diárias

em apartamento duplo, com pen-são completa, no Hotel Estoril II, em Campos do Jordão. Dr. Emil Razuk, presiden-te do CROSP, diz que esses prê-mios são uma forma simbólica de o Conselho agradecê-los pela “valiosa colaboração voluntária ao maior concurso de saúde bucal realizado no Brasil, com a partici-pação de mais de 6.000.000 de es-colares, 210.000 professores, 6.000 escolas de ensino fundamental e

5.307 cirurgiões-dentis-tas”. Para ele, a boa vontade desses profissio-nais demonstrou a força e a união da classe. “Foram 5.307 colaboradores, que largaram seus consultó-rios para ajudar no pro-grama”, ressaltou. “Com nosso reco-nhecimento pelo seu ex-celente trabalho, os nos-sos protestos de elevada

consideração, estima e respeito. E nesta oportunidade, também nos-sos votos de um Natal muito feliz para você e seus estimados fami-liares e um Ano Novo que atenda às esperanças de nossa pátria por um país melhor, mais digno e jus-to”, desejou dr. Emil Razuk. O presidente do CROSP

Concorrem a 30 prêmios pela Loteria Federal do Ano Novo os 5.307 cirurgiões-dentistas voluntários

também agradece a “inestimável colaboração do Bradesco, que doou recursos para a premiação não só dos voluntários, mas dos alunos, professores e escolas ven-cedores; e da Dabi Atlante, que também teve sensibilidade de perceber no concurso uma ação social de valor educacional que será sentida no futuro”.Regulamento - O regulamento prevê a milhar do 1ª ao 5ª prê-mio para o Grupo A e os mesmos números acrescidos de +1 ou –1 para os prêmios dos Grupos B e C. Os Grupos D, E e F têm os mesmos critérios, invertendo-se o

resultado ofi-cial do 1ª ao 5ª prêmio. Como são 5.307 núme-ros concor-rentes e a Lo-teria Federal trabalha com 10.000, há a possibilidade de não ser contemplado

algum prêmio. Nesse caso, a fór-mula encontrada é a que está no regulamento entregue a todos os participantes. Ao ser sorteado, o colega é comunicado. Qualquer dúvida,

o cirurgião-dentista que está con-correndo pode entrar em conta-to pelo e-mail: [email protected] ou acessando o site: www.crosp.org.br. Todos os participan-tes receberão, em breve, os seus certificados de participação (veja acima). Os ganhadores da premia-ção no grupo A serão os porta-dores do cupom cujo número recebido coincida, exatamente e na ordem, com as quatro últimas unidades (milhar) dos resultados do 1ª ao 5ª prêmio da referida ex-tração da Loteria Federal do Bra-sil. Os ganhadores da Premia-ção no grupo B serão os portado-res do cupom cujo número rece-bido coincida com as milhares já estipuladas no grupo A, soman-do-se o número 1 (um); ou seja, (número imediatamente posterior ao milhar estipulado em sua colo-cação). Os ganhadores da premia-ção no grupo C serão os portado-res do cupom cujo número rece-bido coincida com as milhares já estipuladas no grupo A, subtrain-do-se o número 1 (um); ou seja, (número imediatamente anterior ao milhar estipulado em sua co-locação). Para os grupos D, E e F será utilizado como parâmetro os resultados da extração do 1ª ao 5ª prêmio em sua forma inversa.

Um consultório dentário CROMA SF FLEX – ofertado pela Dabi AtlanteUm aparelho de Raios-X Espectro 70 X – ofertado pela Dabi Atlante

Um aparelho de Profident PROFI-II – ofertado pela Dabi AtlanteDezessete prêmios de R$ 1.000,00 – ofertados pelo CROSP/Bradesco

Dez prêmios com três diárias completas para duas pessoas no Hotel Estoril II, em Campos do Jordão

Prêmios

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 11

POLÍTICA

posição atuante do Con-selho Regional de Odon-tologia de São Paulo frente ao Ato Médico

resultou em grande vitória para a classe odontológica e as demais áreas da saúde. O senador Tião Vianna (PT/AC) acolheu as suges-tões apresentadas pelo presidente do CROSP, dr. Emil Adib Razuk, e protocolou novo substitutivo ao Ato Médico. As principais mo-dificações, que atendem as reivin-dicações da classe odontológica e das demais categorias da área da saúde, estão nos parágrafos úni-cos do artigo 1ª e 3ª do projeto. Ambos respeitam o livre exercício das profissões da saúde. Dr. Emil se reuniu com o Senador, no dia 5 de novem-bro, acompanhado do secretário do Conselho, dr. Luiz Roberto Cunha Capella, do representante do Conselho Federal de Odonto-logia, dr. Rubens Côrte Real de Carvalho, e da dra. Maria Inez Mônaco, que obteve a audiência. “Enquanto não conse-guíssemos reverter a situação, não nos tranqüilizaríamos. Tínhamos que defender a Odontologia e a saúde pública desse país”, ali-viou-se o presidente do CROSP. O senador entendeu que o proje-to estava seguindo um caminho, que conforme argumentação do dr. Razuk, poderia inviabilizar o SUS e o Programa de Saúde da Família. “O senador sentiu isso e nos recebeu de uma maneira bem objetiva e cordial”, reconheceu o presidente do CROSP. “Ficamos

A

CROSP obtém grande vitória e Ato Médico ganha nova redação

Em atenção ao CROSP, Senador Tião Vianna (PT/AC) apresentou novo substitutivo, que assegura as prerrogativas das de-mais atividades da área da saúde

satisfeitos, porque eu mesmo es-tava tremendamente preocupado com um projeto que afetaria a autonomia de 120 anos da classe odontológica”, revelou. O CROSP se sente vito-rioso, até o momento, com o de-senrolar do processo e tranqüilo com a posição da presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Lúcia Vânia Abraão (PSDB/GO), que já declarara ser favorável às novas medidas, avo-cando para si a relatoria da maté-ria. Abaixo, entrevista conce-dida pelo senador Tião Vianna ao jornal “Novo Crosp”:

Novo Crosp - Qual a finalidade do Ato Médico? Senador Tião Vianna - Quer me parecer que a intenção da per-gunta é saber porque estamos às voltas com projetos que visam normatizar a atividade médica no país. Considero oportuno, justo, legítimo e necessário para a se-gurança da sociedade que todo profissional tenha definido em lei seu campo de atuação e suas responsabilidades civis e penais; o que, no caso em questão, trará maior segurança à relação médi-co-paciente. Entretanto, no meu entender, trata-se da elaboração de uma lei que dispõe sobre o exercício da Medicina e não da definição do ato médico. Inclusi-ve, quando fui relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Se-nado Federal, ofereci um substitu-

tivo, que foi aprovado no dia 30 de junho do corrente ano, no qual abandonei o termo. NC - As demais ca-tegorias da área da saúde têm algum mo-tivo para se preocupar com a regulamenta-ção da Medicina do jeito como está sendo analisado?TV - Do mesmo modo que os mé-dicos não temeram e nem se opu-seram ao fato de que as outras ca-tegorias da área de saúde lutassem para ter sua atuação profissional expressa em lei, não entendo por que motivo a regulamentação da Medicina deva ser vista como uma ameaça. Desde 2002, por for-ça das circunstâncias, tenho atua-do como mediador das discussões e buscado o entendimento para a aprovação da matéria no Senado Federal. O debate franco e aberto é fundamental para o amadureci-mento de uma futura lei e tenho certeza que seu aperfeiçoamento é de interesse geral.

NC - O substitutivo apresentado pelo senhor poderá ser aperfei-çoado na Comissão de Assuntos Sociais?TV - Sim, certamente. Consideran-do que o substitutivo oferecido ao projeto, que tive a oportunida-de de apresentar e que foi aprova-do, constituindo, assim, o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania sobre a maté-ria, elevou o debate a um novo

patamar e significou um avanço para que os médicos, como to-dos os demais profissionais da área da saúde, venham a ter sua atividade regulamentada em lei, acredito que seu aperfeiçoamento contribuirá para tornar sua apro-vação ainda mais exeqüível. Eu mesmo apresentei uma emenda substitutiva ao Projeto de Lei do Senado nª 25, de 2002, que será analisada pela relatora da matéria na Comissão de Assuntos Sociais, a Senadora Lúcia Vânia.

NC - O que deverá ser aperfeiçoa-do e por quê? TV - Continuo buscando trilhar a via do entendimento e do bom debate. Tendo sido procurado por algumas categorias da área de saúde, decidi recorrer aos ins-trumentos regimentais para ten-tar, assim, contribuir para sanar as imprecisões legais apontadas. Sendo assim, propus uma altera-ção ao parágrafo único do Art. 1ª do referido Substitutivo. Apenas explicitei, de forma ostensiva, os limites legais para a atuação de cada profissional que integra as equipes multidisciplinares — es-

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supervisão de médicos; capazes de discernir, pelo tirocínio profissio-nal, o alcance e a complexidade de suas responsabilidades e deci-sões, as quais afetam, em última análise, o direito do paciente.

NC - O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo con-tribuiu de alguma maneira para equacionar “diferenças” em torno do Ato Médico? TV - Sim. O dr. Emil Adib Ra-zuk acompanhado dos doutores Rubens Côrte Real de Carvalho e Luiz Roberto Cunha Capella, bem como da dra. Maria Inez Mô-naco, estiveram em meu gabinete debatendo a matéria e eles corro-boraram, com seus argumentos, o que já havia me comprometido a fazer quando das discussões tra-vadas na reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, realizada em 30 de junho de 2004, em que foi aprovado o substitu-tivo que eu propus em meu rela-tório. Na ocasião, firmei compro-misso de continuar contribuindo para aperfeiçoar o texto da futura lei e requerer audiências públicas.

NC - Qual a opinião do senhor sobre o papel e a maneira como o presidente do CROSP, dr. Emil Adib Razuk, conduziu as conver-

sas sobre a matéria? TV - Tive muita sa-t i s f a ç ã o em recebê-lo em meu gabinete. Foi uma c o n v e r -sa muito f r a n c a , cordial e proveito-

sa, pois o diálogo enriquece a todos, sobretudo, porque ambos estavam pautados pela honestida-de de seus propósitos.

NC - Quando o Ato Médico deve-rá ser analisado pela CAS? TV - Pois bem, os PLS nª 25 e nª 268 de 2002, tramitando em con-junto, encontram-se na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que sobre eles deliberará, em princí-pio, em “caráter terminativo”. O caráter terminativo das delibera-ções nas comissões é uma inova-ção da Constituição de 1988 (Art. 58 § 2ª, I). Ao dar maior autono-mia às Comissões, o constituinte entendeu que os trabalhos seriam agilizados. No caso do Senado, o Art. 91 do Regimento Interno prevê que o presidente, ouvidas as lide-ranças, pode conferir às comis-sões competência para apreciar, terminativamente, algumas maté-rias. Entretanto, basta um recurso dirigido ao presidente, subscrito por um décimo dos membros da Casa, para que a matéria deixe de ser apreciada terminativamente e seja discutida e votada também em plenário. No caso dos referi-dos projetos, por seu caráter polê-mico e complexo, provavelmente é o que deverá ocorrer.

Senador Tião Vianna (PT/AC), ao cen-tro, recebe em audiência, dra. Maria Inez Mônaco, dr. Rubens Côrte Real de Carva-lho, dr. Emil Adib Razuk e dr. Luiz Rober-to da Cunha Capella.

POLÍTICA

sas, como disse, uma tendência crescente e irreversível de nossos tempos. Ou seja, caso aprovado ficaria assim:Art. 1ª - Parágrafo único. São atos privativos de médico a formula-ção do diagnóstico médico e a prescrição terapêutica das doen-ças, respeitado o livre exercício das profissões de saúde nos termos de suas legislações específicas. Com o mesmo espírito e no intuito de pôr fim àquilo que considero um mero equívo-co, proponho uma nova redação para o parágrafo único do Art. 3ª do Substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania oferecido ao projeto de lei do Se-nado nª 25, de 2002, cuja redação passaria a ser:Art. 3ª - Parágrafo único. As fun-ções referidas no caput deste ar-tigo, para as quais a lei não exija formação médica, poderão ser exercidas livremente pelos profis-sionais das demais áreas da saúde, respeitada a habilitação profissio-nal em cada caso. Acredito que essa altera-ção deixe patente que a preocu-pação é tão somente garantir em lei que, nos setores restritos à sua área de atuação, médicos estejam sob a coordenação, chefia, dire-ção técnica, perícia, auditoria e

Gostaria de reafirmar meu compromisso de requerer novamente (já o fizera em outra ocasião) e me empenhar para a realização de audiências públicas, no âmbito da CAS, no próximo semestre, para instruir a matéria e aprofundar o tema. Delas deve-rão participar todos os conselhos presentes no Conselho Nacional de Saúde, além de demais auto-ridades que venham a ser con-vidadas por outros membros da Comissão. Só então passaremos às deliberações, que não deverão ocorrer antes de meados do pró-ximo ano.

NC - Como está a atmosfera no Senado para a análise da matéria? TV - Muito embora, no meu enten-der, os avanços obtidos no âmbi-to da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania abrandaram em alguma medida o caráter polê-mico do tema em discussão, con-sidero a aprovação dessa Lei uma tarefa árdua, principalmente por-que hoje, felizmente, vivemos em plena democracia; todos têm voz e querem opinar. Quando me de-brucei sobre a matéria em meu re-latório na CCJ, afirmei, de forma peremptória, que a atenção à saú-de, nos dias de hoje, é uma ação compartilhada por profissionais de diferentes áreas e todos querem que isso fique patente, quiçá até mais patente do que em suas pró-prias legislações profissionais. Assim sendo, temos que buscar um consenso, um texto que assegure o respeito mútuo e esse norteie o trabalho de toda a equipe.

NC - Os cirurgiões-dentistas po-dem ficar tranqüilos quanto à ga-rantia das prerrogativas da classe odontológica?

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Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 13

POLÍTICATV - Os médicos só querem ter uma lei que lhes assegure o exer-cício da Medicina. Hoje, se um médico prescreve uma dieta ou aplica uma injeção pode vir, de-pendendo das interpretações que o juiz faça dos fatos e da lei, a ser acusado de usurpar o exercí-cio profissional de outrem, o que me parece absurdo. Legislar sobre esse assunto é uma exigência de nossos dias, onde a complexidade das relações reflete-se, mais e mais, em nosso ordenamento jurídico.

NC - O senhor deseja acrescentar mais alguma coisa?TV - O perfil da profissão que abracei, por amor e vocação, está mudando. A tecnologia e, sobre-tudo, o acesso dos pacientes à in-formação fará com que muito em breve os procedimentos médicos sejam, cada vez mais, tecnocientí-ficos. Talvez estejamos, nós médi-cos, no meio urbano, sendo des-sacralizados. A figura do doutor de maletinha preta na mão está, gradualmente, sendo substituída por aquela do profissional que tem um computador a sua frente, que tem intimidade com as ima-gens virtuais, com a robótica; pro-cesso esse inexorável. Estamos diante de um novo paradigma, e o grande desa-fio é não nos perdermos no entu-siasmo ingênuo, nem tampouco no temor doentio ao progresso. Estou certo de que podemos dar o devido valor à ciência sem nada comprometer os princípios éticos e humanitários que são o funda-mento da medicina. O fato de que, com a prevalência da tecno-logia, poderemos ver, num futuro não muito distante, médicos pres-crevendo a substituição de tecidos e órgãos dos seus pacientes, não nos autoriza supor que a medi-

profissão, até hoje, goza junto à sociedade. Era essa a reflexão que gostaria de compartilhar com todos os meus colegas da área da saúde sobre o tema que se conven-cionou chamar de ato médico.

Novo substitutivo do Senador Tião Vianna, protocolado, no dia 7 de dezembro, modificando redação do Ato Médico.Por sugestão do CROSP, o parlamen-tar alterou os parágrafos únicos do artigos 1° e 3° resguardando o exercício profissional das outras áreas da saúde.

cina se desnaturará. Abraçar o novo não significa rejeitar as origens. Tenho pro-fundo respeito pelos profissionais da área da saúde. Reitero que minha experiên-cia como médico me obriga a reconhecer que a eficiência e a resolutividade dos atendimentos médi-co-hospitalares têm se mostrado direta-mente proporcional à multidisciplina-ridade das equipes. Não obstante, é igualmente notória a dificuldade que se faz sentir, desde os primórdios do ves-tibular, para que um estudante de medici-na se torne efetiva-mente um médico. São anos de formação e de com-promisso inarredável com a atualização do conhecimento técni-co-científico, uma vez que a Medicina tem sido alvo perma-nente dos progressos da ciência. O entendi-mento da maravilho-sa máquina humana vem derrubando, dia após dia, verdadeiros tabus, e isso exige, do profissional responsável e competente, um redobrado cui-dado com o seu aperfeiçoamento. A colheita dos estudos na área médica é tardia; demanda paciên-cia e muita perseverança. Talvez resida nisso o respeito que nossa

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dos idosos são desdentados. En-tre adultos com idade de 30 a 44 anos, esse índice é de 30%. O Mi-nistério da Saúde registra ainda um total de cinco mil adolescen-tes desdentados sem prótese na boca. Por esse motivo, simulta-neamente à implantação dos Cen-tros de Especialidades Odontoló-gicas, estão sendo inaugurados laboratórios regionais de próteses dentárias. A meta do Ministério da Saúde é atender, até 2006, 100% dos adolescentes, 50% dos idosos e 50% dos adultos que pre-cisam de prótese. Estima-se que a prótese dentária seja uma necessi-dade de oito milhões de brasilei-ros.

* Matéria encaminhada pelo dr. Gilberto Pucca, Coordenador Nacional de Saúde Bucal do Mi-nistério da Saúde

equipes para diagnóstico de cân-cer bucal e a distribuição de kits com pasta e escova de dentes para 30% dos pacientes atendidos pe-las equipes implantadas na aten-ção básica. Esse é o percentual estimado de pessoas que recebem o primeiro atendimento, mas não têm condições financeiras para adquirir os produtos. Ao receber o kit, os pacientes são orientados sobre a forma correta de utilizá-lo. Outro investimento im-portante é na fluoretação da água a todos os municípios com siste-ma de saneamento. É sabido que nos locais sem flúor na água há incidência de cárie 49% maior do que nos lugares onde a água é fluoretada. Para expandir esse serviço, o ministério vai entregar equipamentos de fluoretação às estações de tratamento que distri-buem água aos municípios.Próteses – Junto com o câncer de boca, a ausência de dentes é um dos mais graves problemas da saúde bucal no país. Hoje, 75%

Presidente Lula fala do programa “Brasil Sorridente”.

Cada unidade vai ofertar à po-pulação acesso à cirurgia oral, atendimento a pacientes com necessidades especiais, além de tratamento de canal (endodon-tia) e de doenças da gengiva (periodontia). No Brasil, ape-nas dois em cada dez adultos têm gengivas sadias. No caso dos idosos, a situação é mais grave: mais de 90% precisam do tratamento de periodontia. Os dados são do SB Brasil, o mais completo levantamento sobre saúde bucal, iniciado em 1999 e concluído em 2004. Os centros do “Brasil Sorridente” também oferecem diagnóstico oral, com ênfase na identificação do câncer de boca. A doença pode ser tratada com sucesso em até 65% dos casos, quando identificada precocemen-te. Em 2002, foram registrados no Brasil cerca de 3,5 mil óbitos decorrentes do câncer de boca, se-gundo o SB Brasil. No país, 30 milhões de brasileiros nunca foram ao den-tista. Até o lançamento do “Bra-sil Sorridente”, apenas 3,3% dos atendimentos odontológicos fei-tos no Sistema Único de Saúde (SUS) correspondiam a tratamen-tos especializados. A quase totalidade era de procedimentos mais simples, como extração dentária, restaura-ção, pequenas cirurgias, aplicação de flúor e resina. Já em 2003, esse número cresceu 16%. Ação preventiva - Pela política nacional de saúde bucal, o Minis-tério da Saúde reforça a importân-cia de ações de caráter preventivo. Entre elas estão o treinamento de

POLÍTICA

Saúde garante atendimento odontológico especializadoMinistério investe R$ 1,3 bilhão e duplica número de equipes de saúde bucal *

OMinistério da Saúde lan-çou, em 17 de março deste ano, a primeira po-lítica integrada de saúde

bucal já desenvolvida no país, o “Brasil Sorridente”. Com investi-mentos de R$ 1,3 bilhão até 2006, a política vai garantir atenção odontológica a cidadãos de todas as faixas etárias. Os primeiros re-sultados já podem ser percebidos na ampliação do acesso ao aten-dimento básico, com o aumento das equipes de saúde bucal, e no tratamento especializado, com o funcionamento de 83 Centros de Especialidades Odontológicas em 45 municípios de 15 estados brasileiros. No estado de São Pau-lo, são 18 centros instalados em Guarulhos, Diadema, Catadunva, Mauá, Piracicaba, Rio Claro, São José do Rio Preto e São Paulo. No período entre dezem-bro de 2002 e setembro de 2004, o número de equipes de saúde bu-cal implantadas na atenção básica mais do que dobrou no país, pas-sando de 4.261 para 8.812 equipes em 3.228 municípios brasileiros. Assim, o Ministério da Saúde au-mentou de 26 milhões para mais de 46 milhões o tamanho da po-pulação coberta por tratamento odontológico. Além do atendimento bá-sico, pelo “Brasil Sorridente”, a população passa a ter acesso tam-bém a tratamentos especializados, como canal, doenças da gengiva, cirurgias odontológicas e câncer bucal em estágio mais avançado. Pela primeira vez o gover-no federal passa a oferecer à po-pulação tratamento odontológico especializado na rede pública.

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 15

Conselho Regional de Odontologia de São Pau-lo lança no primeiro se-mestre de 2005 o Manu-

al do Recém-formado, um amplo guia de orientação para quem aca-bou de entrar no mercado. O pre-sidente do CROSP, dr. Emil Adib Razuk, acredita que a publicação vai se tornar “livro de cabeceira” até de profissionais veteranos. O manual vai oferecer informações básicas desde como montar um consultório dentário até sobre a documentação legal para o exercí-cio da profissão. Dr. Emil diz que a reedi-ção do Manual são as boas-vindas do Conselho ao recém-formado que ingressa na profissão odon-tológica. A autarquia, segundo ele, quer ajudá-lo e acompanhá-lo desde “os primeiros passos, e ao longo de toda a sua carreira”, colocando à disposição do novo profissional uma estrutura de alto poder representativo, ético, jurídi-co e informacional, voltada para o atendimento da classe odonto-lógica em todo o estado de São Paulo. “Os colegas cirurgiões-dentistas têm no Manual um ro-teiro seguro, claro e abrangente, que facilitará a inscrição nos ór-gãos federais, estaduais e munici-pais. Esperamos, juntamente com sua inscrição, contar também com a participação indispensá-vel nas demais iniciativas deste Conselho, somando esforços no sentido de dar à nossa profissão odontológica a sua verdadeira di-mensão como atividade voltada para a saúde, plena do edifican-te exemplo de tantos nomes, aos

PROFISSÃO

O

Manual do recém-formado será reeditado pelo CROSPPublicação pretende orientar os novos cirurgiões-dentistas de como proceder na atividade profissional

quais o novo colega, para nosso orgulho, vem juntar o seu”, diz o presidente do CROSP. O Conselho justifica a reedição do Manual, que teve a coordenação do prof. dr. Renato Sérgio Quintela, pelo fato de a atividade odontológica ter hoje a influência de inúmeros e inova-dores aspectos sociais, agregando desde questionamentos econômi-cos externos até a necessária con-solidação de sua finalidade precí-pua de resolução das necessidades da saúde bucal da coletividade. A acirrada concorrência na disputa do mercado, a comple-xidade social imposta por mudan-ças cada vez mais rápidas e a glo-balização de conceitos e critérios têm levado todos os segmentos de mercado à melhoria da qualidade na oferta de produtos e serviços baseada, sobretudo na competên-O manual informa e orienta a correta atividade profissional

odontológica e é dividido nos seguintes capítulos:

cia e eficiência de suas ações. A novas relações de con-sumo, a exemplo de todas as áreas e dos vários tipos de comerciali-zação de bens e serviços, ligadas às novas necessidades sociais, pro-fissionais e econômicas dos no-vos cirurgiões-dentistas, têm pro-vocado por vezes conseqüências jurídicas inéditas para a rotina da prática odontológica. Ainda que, a partir da ne-gatividade das análises sócio-eco-nômicas realizadas sobre o merca-do de trabalho da Odontologia, provoquem-se pequenos abalos no aspecto ético do exercício pro-fissional, os preceitos éticos têm-se mantido como norteadores da conduta profissional do cirurgião-dentista, objetivando resguardar o prestígio e o bom conceito da Odontologia perante a socieda-de.

Este é o objetivo do ma-nual: proporcionar aos novos cirurgiões-dentistas um contato próximo e descomplicado com os preceitos e normas éticas, des-mistificando o linguajar jurídico, colaborando para que conceitos de ilibada conduta se integrem na prática diária profissional e sobre-tudo, transformando a Ética no principal instrumento de traba-lho do Cirurgião-Dentista.

O CROSP realizará, nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2005, as eleições para o biênio 2005/2007. O edital foi publicado no D.O.E. de 13/11/2004, caderno 2, pági-na 114, e no jornal “Diário de S. Paulo”, de 13/11/2004, página A 11. Todas as infor-mações estão no edital afixa-do no quadro de avisos do CROSP, no saguão do Edifí-cio Santa Filippa, na avenida Paulista, 688. A Comissão Eleitoral está constituída pelos seguin-tes cirurgiões-dentistas:

Membros EfetivosDr. José Ângelo Capello Fonseca (Presidente)Dr. Ricardo Nogueira DeodatoDr. Rubens Sebastião OrlandiDr. Argeu de LorenzoDr. Roberto Miguita

Membros SuplentesDr. Clóris BiaminoDr. Arthur Kentuko NakaimaDr. Leonardo PeresDr. Pedro Luiz CasilloDr. Paulo de Oliveira Bueno

Eleição

Pessoal Auxiliar em Odontologia

O Trabalho Assalariado

Honorários Odontológicos

Imposto de Renda

Laboratório de Prótese Dentária

VISA

Código de Defesa do Consumidor

Odontologia Hospitalar

Analgesia Relativa em Odontologia

DIR – Capital e Grande São Paulo

DIR – Regionais

Delegacias Seccionais do CROSPInterior

Delegacias Seccionais do CROSP Capital

CID - 10

Referências Bibliográficas

Diretoria - CROSP

Localização do Consultório Odon-tológico

Instalação do Consultório Odontológico

Condições Ambientais de Trabalho

Exercício Lícito da Odontologia

Exercício Ilegal da Odontologia

Inscrição no CROSP

Documentos Legais em Odontologia (modelo de atestado, contratos, etc)

Responsabilidades sobre Infrações Éticas

Prontuário Odontológico

Atestado Odontológico

Receita Odontológica

Da Publicidade Odontológica

A Especialização na Odontologia

Entidades Odontológicas

Associações Odontológicas

Estabelecimentos de Assistência Odon-tológica

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critos, já que o projeto terá patro-cinadores e apoiadores parceiros interessados na educação dos ci-rurgiões-dentistas. O curso constará de qua-tro módulos de aproximadamente 20 minutos cada. A cada módulo concluído, o aluno terá de passar por uma avaliação que será con-dição necessária para assistir ao próximo módulo. Esta avaliação constará de questões de múltipla escolha e terá uma nota de corte que será determinada pelo professor ou ministrador do curso. Em não se atingindo a nota mínima de aproveitamento, o aluno terá nova chance de refazer a prova ou mesmo refazer o módulo caso queira. O aluno será monitora-do e ao final da última avaliação concluída com sucesso, o alu-no receberá o certificado de seu curso virtual pelo CROSP/Net Odonto. A intenção é a de levar a todos os colegas o que há de mais

atual dentro de cada área da pro-fissão, minimi-zando o custo da informação e estreitando o relacionamento entre os cirurgi-ões-dentistas, os pesquisadores, professores e as diversas institui-ções da Odonto-logia brasileira.

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, através da Net Odonto Consultoria,

vem disponibilizar gratuitamente a primeira etapa do “Primeiro Ci-clo de Cursos Virtuais da Odon-tologia Brasileira”. Nesse projeto, os inscritos do CROSP terão aces-so a um curso a cada três meses, ministrados por professores esco-lhidos pelo CROSP. O primeiro curso já está pronto. Será o curso de “Câncer Bucal” ministrado pelo professor Haroldo Arid Soares, doutor em Diagnóstico Bucal pela USP de São Paulo e já está disponível aos inscritos do CROSP tanto através do site do CROSP www.crosp.org.br quanto pelo do site da Net Odonto www.netodonto.com.br. Basta se cadastrar. Esse curso será assistido exclusivamente pela internet, de forma que os inscritos não preci-sarão se deslocar de seus consultó-rios para ter acesso à informação. O curso será gratuito para os ins-

Do site do CROSP, o usuário pode acessar o curso da Net Odonto.

FORMAÇÃO

O

Vanguarda da OdontologiaCROSP e Net Odonto lançam gratuitamente o Primeiro Ciclo de Cursos Virtuais da Odontologia Brasileira

1) Para fazer o curso de câncer do CROSP/Net

Odonto você deve entrar no endereço www.neto-donto.com.br ou clicar no banner cursos vir-tuais Net Odonto no site do CROSP no endereço www.crosp.org.br

2) Na página da Net Odonto você clica na chama-da para o curso de Câncer Bucal.

3) Faça seu cadastro para acessar o curso, caso você já tenha se cadastrado entre com seu login (nome de usuário) e senha.

4) Para efetuar seu cadastro serão solicitados seu número de CROSP e sua data de nascimento.

5) Este cadastro dará acesso a uma página restrita e segura onde você deverá preencher corretamente um cadastro mais completo que servirá para envio de informações complementares e de seu certificado digital. Obs.: O cadastro completo será condição necessária para se ter acesso aos cursos virtuais do CROSP/Net Odonto.

6) Uma vez realizado o cadastro, você terá lib-erado o acesso ao primeiro módulo do curso e a primeira avaliação, bem como aos materiais de apoio: manual de câncer bucal; materiais de acompanhamento dos módulos 1,2,3 e 4 e tam-bém a três artigos científicos.

7) Para facilitar o entendimento e melhorar a com-preensão da aula você deve clicar em Material de Acompanhamento do módulo 1, onde abrirá o programa Acrobat Reader com o material de apoio necessário para o acompanhamento do módulo 1.

8) Imprima-o caso queira e inicie o módulo 1 do curso de Câncer Bucal.

9) Segue-se então a mesma seqüência até o final do módulo 4.

Curso passo a passo

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 17

CROSP promoveu, pelo terceiro ano consecutivo, o programa de “Preven-ção e diagnóstico precoce

de câncer bucal”. Foram atendi-dos 5.104 pacientes, nos meses de outubro e novembro, em nove ci-dades: Ribeirão Preto, Catanduva, o bairro do Ipiranga, em São Pau-lo, Presidente Prudente, Taubaté,

GERAL

Programa de “Prevenção e diagnóstico precoce de câncer bucal” atende cinco mil pessoas

Trabalho aconteceu em nove cidades, onde foram distribuídos 130 mil folderes e afixados 1.350 cartazes

O

Local Atendimentos Encaminhamentos Participantes / Coordenadores

Araras 372 70 Coordenadora: delegada do CROSP e da Pró-reitoria da faculdade, dra. Rose Mari Coser. Parceria: Uniararas e do Conselho Municipal de Saúde.

São Paulo Ipiranga

272 5 Coordenador: Dr. Arthur Nakaima. Colaboração do dr. Jonnhy H. Sano, dr. Rodney Capp Payota e dr. Rodrigo Balan.

Catanduva 2.369 49 Parcerias: Faculdade de Odontologia, Uniodonto, APCD, Central Odon-tológica e Sicred. Coordenadores: Dr. Julio César Espano (coordenador do curso de Odontologia do IMES-FAFICA) e dr. Adilson dos Anjos

(delegado da Seccional).

Fernandópolis 400 99 Parceria: UBS e PSF junto a seccional. Coordenador: dr. Lince Urzedo da Maia (delegado da Seccional).

Franca 447 69 Parceria: Universidade de Franca. Coordenadora: profa. Soraia Marango-ni, na Unifran, e dra. Maria Cristina Nassif Salomão, dr. Aníbal Moyses

Simão Jr., na Secretaria da Saúde.

Presidente Pru-dente

101 19 Parceria: Unoeste. Coordenadores: dr. Rubens Sanches, delegado da Sec-cional, e do dr. José Maria Bertão.

Taubaté 80 6 Parceria: apoio da prefeitura e da Clínica de Especialidades e Pronto Atendimento Odontológico. Coordenador: dr. Luís Antonio Gobbo

(delegado da Seccional).

São José dos Campos

100 0 Parceria: Faculdade de Odontologia de São José dos Campos – UNESP - e da rede municipal de saúde. Coordenadores: dr. Sérgio Lemos Sôlha, delegado da Seccional; dra. Janete Dias Almeida, professora da UNESP; dr. Maurílio José Chagas, dra. Ana Sueli Rodrigues Cavalcante, dr. Fer-

nando Sérgio de Oliveira Duarte.

Ribeirão Preto 963 97 Parcerias: USP, Forp-usp, Unaerp, a Secretaria Municipal de Saúde, Exér-cito, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Saúde, da APCD, AORP, ABO, Sindorp, Dabi Atlante e da Associação Industrial de Ribeirão

Preto. Coordenadores: Dr. Arthur Rocha Martin, delegado da Seccional, profa. Yara T. C. Silva, dr. José Roberto de Freitas, prof. dr. Manuel de Souza Neto, prof. dr. Miranda da Cruz Filho, prof dr. Amadeu Ro-drigues da Silva, dra. Cláudia Mendonça Coelho, Welson Donizete

Florentino dos Santos, supervisão do dr. Henrique Salles Carvalho, fiscal da região.

São José dos Campos, Fernandópolis, Araras e Franca. Foram enca-minhadas para biópsia 414 pessoas. O Con-selho cuidou do tra-balho de divulgação, fornecendo cartazes e folderes.

Ribeirão Preto Catanduva

18

considerar que a popula-ção brasileira envelhece a cada ano, uma bomba-relógio foi armada para

as próximas gerações. O CROSP quer evitar que os cirurgiões-den-tistas e técnicos em prótese den-tária fiquem desguarnecidos na velhice, fase da vida em que as pessoas mais precisam de recursos para garantir o cuidado com a saúde. Em tempos de colapso do sistema previdenciário do Brasil e até dos países mais generosos nos aspectos de assistência pública, uma carteira de previdência priva-da tem sido uma alternativa para quem pretende ter uma aposenta-doria digna e tranqüila. Hoje, um cirurgião-dentista pode se aposen-tar com uma pensão mensal de no máximo R$ 2.400,00. No último dia 8 de de-zembro, o presidente do Conse-lho, dr. Emil Adib Razuk, e o se-cretário, Luiz Roberto da Cunha Capella, foram ao Rio de Janeiro conhecer de perto os estudos re-alizados pelo CRO-RJ que estão aguardando autorização da Secre-taria de Previdência Complementar para

GERAL

CROSP estuda lançar carteira de previdência complementar

Até o final do próximo semestre, os inscritos poderão optar por ter uma carteira previdenciária

A fechar contrato com a Petros. Os conselheiros ficaram entusiasma-dos com os benefícios e vantagens do sistema. Dr. Emil e dr. Capella foram recebidos pelo presidente do fundo, Wagner Pinheiro, pelo secretário-geral Newton Carnei-ro da Cunha e pelos gerentes de clientes institucionais Maria de Fátima Simões Costa e Carlos Alex Rodrigues de Souza. No sentido de conseguir uma previdência complementar mais vantajosa para os inscritos, o CROSP vem mantendo contato com autoridades do governo fede-ral e com a Petros, desde julho de 2004. A primeira reunião foi rea-lizada no dia 19 de julho de 2004, no CROSP, com diretores da Se-cretaria de Previdência Comple-mentar. Os encontros prossegui-ram com os auditores fiscais do Ministério da Previdência Social, com representantes da Petros, em São Paulo, e, no Rio de Janeiro, e com colegas do CRO-RJ. A previdência comple-mentar feita por uma uma enti-dade

f e c h a d a é menos o n e r o s a que a de um ban-co; recebe benefício fiscal com a dedução no impos-to de ren-da; tem a menor taxa de adminis-tração do mercado; e melho-res oportunidades de vencimen-tos. É um pacote de vantagens que representa maiores ganhos e rentabilidade. No caso da Petros, uma das que vem sendo estudada, exis-te apenas uma taxa de administra-ção, que é de 6% do valor aplicado. Não há custos com funcionários, além da solidez da instituição. A diferença de rentabilidade

chega ao longo de 25 anos a até 52% a mais em relação à carteira oferecida por bancos privados, se-gundo a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdên-cia Complementar (Abrapp). Este benefício poderá ser oferecido aos inscritos até o final do primeiro semestre de 2005. É um processo de negociação delicado e comple-xo, construído desde junho, que não pode sofrer interrupções até o fechamento do acordo. Dr. Emil

está preocupado com o futuro dos

Dr. Emil Razuk e dr. Luiz Roberto Capella reunidos com os di-retores do fundo de pensão da Petrobrás - Petros - e o assessor jurídico do CRO-RJ, dr. Rogério José da Costa Mesquita Pedrosa (o segundo a partir da esquerda), no Rio de Janeiro.

PETROS BANCO A BANCO B BANCO C BANCO D

BANCO E

Patrimônio acumulado em 15 anos

58.254,60 46.725,58 45.846,45 49.106,16 44.928,78 51.567,00

Patrimônio acumulado em 20 anos

92.066,19 67.192,75 65.538,41 71.686,51 63.663,12 76.442,00

Patrimônio acumulado em 25 anos

137.313,72 90.731,46 87.954,22 98.328,36 84.662,06 106.548,00

COMPARE O MERCADO

Resultados para contribuições mensais de R$ 216,00 e taxa de juros de 6% a.a.

Fonte: Revista Fundos de Pensão - Abrapp (set. 2002)

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 19

que oferecem planos de previ-dência complementar para seus empregados; ou que atuam junto a entidades como conselhos pro-fissionais, que podem também oferecer essa alternativa previden-ciária a seus inscritos. Quando administram diferentes planos para diferentes empresas e instituidores – esse é o nome atribuído pela legislação à entidade representativa de uma categoria que cria um plano de previdência para seus registrados

– são denominadas multipatroci-nadas. “Para o Conselho, é es-sencial confiar a administração do plano de previdência de nossa classe a uma instituição sólida,

GERALinscritos e está trabalhando para oferecer um benefício de grande repercussão para os profissionais. Para o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, o benefício da previdência comple-mentar refletirá de forma positiva no futuro dos inscritos. “Cada vez mais, os planos de previdên-cia complementar são necessários para se ter mais tranqüilidade na aposentadoria. Sem o plane-jamento adequado, o padrão de vida pode sofrer alterações drásti-cas quando ela chegar, sobretudo em nosso mercado, onde há gran-de concentração de profissionais autônomos que, por definição, precisam desde cedo gerenciar os seus compromissos”, observou o presidente do Conselho, dr. Emil Razuk. Ele lembra que “ao ofere-cer esse benefício, o CROSP não só estará contribuindo para a tranqüilidade dos seus associados, como também passará a fazer par-te de um projeto mais grandioso, incentivado pelo próprio governo federal. Trata-se da democratiza-ção da previdência complementar no Brasil, onde entidades de clas-se, associações e conselhos, como o de Odontologia, foram autori-zados a criar planos de previdên-cia para os seus inscritos, a fim de que mais e mais profissionais brasileiros possam ter acesso a um planejamento melhor de vida. Tal

iniciativa é um grande passo, pois antes, somente as grandes corpo-rações, multinacionais e empresas estatais tinham condições de ofe-recer esse benefício aos seus em-pregados. O secretário do Conselho, dr. Luiz Roberto Cunha Capella, conta que nesse sentido, foi-se em busca no mercado das melhores alternativas que pudessem de fato viabilizar o projeto, de acordo com as necessidades do CROSP. “Dentre as opções apresentadas,

as propostas, que se mostram mais atraentes aos nossos objetivos, de prover para os profissionais regis-trados os melhores resultados aos menores custos, são as de entida-de fechada em comparação às se-guradoras e aos bancos”, diz dr. Capella. Uma entidade fechada é uma organização que atua ex-clusivamente no âmbito de uma empresa ou grupo de empresas,

“Cada vez mais, os planos de previdência comple-

mentar são necessários para se ter mais tranqüilidade

na aposentadoria. Sem o planejamento adequado, o

padrão de vida pode sofrer alterações drásticas quan-

do ela chegar, sobretudo em nosso mercado, onde há

grande concentração de profissionais autônomos que,

por definição, precisam desde cedo gerenciar os seus

compromissos” (Dr. Emil Razuk)

Fundo de pensão multipatro-

cinado

Seguradoras / bancos

Planos patrocinados por em-presas ou instituídos por asso-ciações e entidades de classe

Planos mantidos por pesso-as físicas, patrocinados por empresas ou instituídos por associações e entidades de classe

Não tem fins lucrativos Tem fins lucrativos

ENTIDADES FECHADAS E ABERTAS

ABERTASFECHADAS

com ampla atuação em previdên-cia. Principalmente, porque cada plano é totalmente individuali-zado e independente e, por isso, um não tem nenhuma relação contábil e atuarial com o outro. Apenas os investimentos são rea-lizados em conjunto para que se consigam melhores taxas e ganhos em escala”, explica dr. Capella. O CROSP manterá, em janeiro, contato com as demais entidades fechadas, buscando complementar seu estudo. Os conselheiros aguardam contato com a Previ (Banco do Brasil), o maior fundo de pensão da Amé-rica Latina e o 77ª do mundo em patrimônio. “Por essas razões, o CROSP acredita que a previdên-cia complementar vai se traduzir numa excelente alternativa para a categoria dos profissionais de Odontologia. Como já é fato notório, os planos de previdên-cia instituídos por entidades de classe são um importante instru-mento de complementação da aposentadoria e, muito em breve, nós também faremos parte dessa realidade”, complementa dr. Emil Razuk.

A Polícia Civil de Ca-tanduva está à disposição do CROSP para colaborar na fis-calização do exercício ilegal da profissão. O delegado da região, dr. Edson Antonio Ermenegildo, vê com muita importância o tra-balho de vigilância do Conselho para desestimular essa prática. Ele disse que a sua de-legacia está ao lado dos fiscais do Conselho para intensificar

Polícia do interior está de olho no exercício ilegal da profissão

o trabalho contra os falsos pro-fissionais que expõem a saúde população a danos irreversíveis. Para o delegado, quem age dessa maneira comete uma grave infra-ção penal, e “a polícia vai coibir esse crime”. Ele insistiu que conti-nuará a auxiliar o CROSP na identificação desses indivíduos, tomando as providências perti-nentes de polícia judiciária.

20

partir de janeiro de 2005, os milhões de pessoas que transitam pelas es-tradas de São Paulo serão

surpreendidos com uma ampla campanha visual, que o CROSP está preparando, para promover a imagem do cirurgião-dentista, valorizar a Odontologia e difun-dir a importância da saúde bucal. Painéis de 200 e 100 metros qua-drados serão colocados em pon-tos estratégicos das 11 principais rodovias do estado: Anchieta, Ayrton Senna, Anhangüera, Ban-deirantes, Carvalho Pinto, Dutra, Fernão Dias, Imigrantes, Raposo Tavares, Régis Bittencourt e Cas-telo Branco. Serão instalados 11 pai-néis. Os outdoors publicitários ficarão expostos por um perío-do de 12 meses e os dizeres serão trocados a cada seis meses. Os pontos de instalação terão ótima visualização. Para a primeira fase da campanha, três frases foram escolhidas: “A saúde começa pela boca. Consulte um cirurgião-den-tista.”, “Sorria para vida. Consulte um cirurgião-dentista.” e “Invista em você. Consulte um cirurgião-dentista.” Em todos os painéis, constará o nome do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Para viabilizar a campa-nha, o CROSP realizou no início de dezembro, licitação pública entre as empresas de comunica-ção visual. Participaram dezessete firmas. Destas, três ganharam. Dr. Emil Adib Razuk, presidente do CROSP, diz que os conselheiros decidiram pelos

GERAL

Painéis rodoviários: mais um programa para a valorização da Odontologia

Outdoors nas estradas vão divulgar a profissão e a saúde bucal, associando o cirurgião-dentista à qualidade de vida

A painéis por se-rem veículos de c omun i c a ç ão impactantes, efi-cientes e mais eficazes, além de atingir a todos de uma maneira geral e democrá-tica. “Motoris-tas, passageiros dos automóveis e ônibus, indepen-dente da condi-ção social, recebe-rão a mensagem”, aposta ele. Só na rodovia Castelo Branco, circulam por mês cerca de 12 milhões de veículos. Como a campanha vi-sual é de no mínimo 12 meses, dr. Emil é da opinião de que os painéis rodoviários vão cumprir bem o seu papel de ressaltar a figura do cirurgião-dentista para a saúde da população. As frases têm o propósito de fazer com que as pessoas associem a imagem do profissional à qualidade de vida, ao bem-estar e, sobretudo, à saú-de. Dr. Emil diz que essa campa-nha visual é mais uma etapa das ações do CROSP para modificar a velha opinião que as pessoas têm do cirurgião-dentista. Encontra-se em estudos pelo CROSP, a instalação de out-doors em pontos estratégicos na cidade de São Paulo e em muni-cípios do interior. O Conselho já desencadeou outros programas como de “Diagnóstico e preven-ção do câncer bucal” e o concur-so “A saúde bucal”.

ção, melhoria do clima de tra-balho. Depois de dois anos, os resultados são visíveis com a boa qualidade no atendimento aos inscritos. O presidente do Conse-lho, dr. Emil Adib Razuk, agrade-ceu a colaboração de todos e disse “estar orgulhoso do atendimento e trabalho que vem sendo realiza-do”.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo rea-lizou, no dia 18 de dezembro, o terceiro treinamento de seus fun-cionários. A medida visa capaci-tar o grupo de funcionários do CROSP. Os treinamentos são fei-tos com palestras sobre trabalho em equipe, aumento de produ-

Conselho realiza treinamento para funcionários

Pelo terceiro ano, o CROSP dá treinamen-to a seus funcioários para melhorar o atendimento aos inscritos.

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 21

GERAL

ace às inúmeras con-sultas recebidas pelo departamento jurídico do CROSP, a autarquia

informa, mais uma vez, que a Contribuição Sindical (antigo Imposto Sindical) é devida. A Contribuição Confederativa, face à jurisprudência dos tribunais, só é devida pelos associados dos sin-dicatos. Dessa forma, não se jus-tifica o fato de alguns sindicatos enviarem cobrança de Contribui-ção Confederativa a todos os in-tegrantes da categoria, ainda que não associados. Desrespeitando o artigo 8˚, inciso IV da Constituição Fe-deral, e o artigo 545 da CLT (Con-solidação das Leis do Trabalho), dois Sindicatos de Odontologia continuam a enviar boletos de cobrança de contribuição confe-derativa a cirurgiões-dentistas não sindicalizados. O Departamento Jurídi-co do CROSP volta a alertar seus

Contribuição (imposto) Sindical é devida. Contribuição Confederativa, só para associados do sindicato

inscritos, que não são sindicaliza-dos, de que não são obrigados a recolher essa contribuição. A edi-ção número 99 do jornal “Novo Crosp” já havia orientado os ins-critos da autarquia com o parecer do prof. dr. Roque Antonio Car-razza. O jurista manifestara con-trário à obrigatoriedade dizendo que “as aludidas contribuições não têm natureza tributária. Fixa-das por meio de decisão assemble-ar, não passam de aportes de di-nheiro (...) que os sindicalizados - e apenas eles - deverão desem-bolsar, para concorrer às despesas comuns da entidade”. Ao contrário desses dois sindicatos, que respondem por mais da metade dos profissio-nais do Estado, outros sindicatos, como os de Araraquara, Ribeirão Preto, de São José do Rio Preto, Vale do Paraíba e do ABC, dão o exemplo de só cobrar a contribui-ção sindical que o cirurgião-den-tista é, por lei, obrigado a pagar.

Seccional de Santo André entrega credenciais

No dia último dia 02 de

dezembro, a seccional de Santo

André realizou a entrega de cre-

denciais para os membros das

comissões. Estiveram presentes o

presidente do Conselho Regional

de Odontologia, dr. Emil Adib

Razuk, o presidente do Sindica-

F

to dos Odontologistas do ABC e

Região de Santo André, dr. José

Carlos Louzada; o presidente

da APCD da seccional de Santo

André, dra. Heloisa Ferreira da

Costa; o delegado da Seccional,

dr. André José de Andrade, entre

outros.

Acima, observações do jurista Roque Carrazza sobre a obrigatoriedade do pa-gamento da contribuição confederativa por parte de profissionais não sindica-lizados.

22

CARTAS e HOMENAGENS

Falece dr. Antônio Haroldo Costella Faleceu, no dia 20 de novembro de 2004, dr. Antônio Haroldo Costella. Formado, em 1954, pela Faculdade de Odon-tologia da USP, participou ativa-mente da organização de entida-des de classe como o Conselho Regional de Odontologia, onde tinha inscrição de número 88. Na Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, teve decisiva atuação por anos, como secretário do Conselho Deliberativo, como

Homenagem

membro de diversas comissões organizadoras dos congressos e percussor do atual Congresso In-ternacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP). Estava parti-cipando da comissão organizado-ra das festividades dos 50 anos de sua turma da USP. Apaixonado pela Odon-tologia, exerceu a profissão em sua clínica particular. Transmitiu esse amor a dois de seus filhos, dr. Flávio Costella e dra. Cynthia

Costella, e se orgulhava de ver o neto, dr. Marcelo Costella, tam-bém tornar-se cirurgião-dentista no mesmo ano em que ele com-pletaria 50 anos de profissão. O CROSP agradece a atuação do dr. Antonio Haroldo Costella em defesa da classe ao longo desses 50 anos e transmite à viúva, sra. Carminha e aos seus sete filhos, os mais sinceros votos de condolências.

Em matéria publicada no Novo Crosp nª 101 - nov/dez 2004, à página 19, acerca das ati-vidades do “Programa de Promo-ção do Envelhecimento Saudável - PROPES”, do Serviço de Geria-tria do HC-FMUSP, gostaria de esclarecer que não há, até o mo-mento, programa de atendimento odontológico especificamente des-tinado aos idosos. Sempre existiu o atendimento odontológico dos idosos à semelhança dos demais pacientes matriculados no Hospi-tal das Clínicas da FMUSP.

Está sendo implementada uma série de ações voltadas à Pro-moção da Saúde do Idoso, agora exeqüíveis graças ao recém-inau-gurado espaço PROPES. Dentre elas, uma Clínica de Saúde Bucal, onde uma equipe constituída de dentistas voluntários fará uma avaliação sistemática da cavidade oral, detectando lesões e anorma-lidades ao exame clínico. As que requerem atuação específica se-rão encaminhadas à Divisão de Odontologia do ICHC. As que puderem ser bene-ficiadas de um programa de edu-cação e orientação serão incluídas no PROPES e, ao fim das ativida-des previstas, serão avaliadas quan-to ao impacto da intervenção. Sa-

liente-se que esta é uma proposta inicial do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP, que está selecionan-do e incluindo os profissionais cujo perfil melhor se ajustem aos propósitos do PROPES. Os pacientes incluídos são as pessoas com 60 anos ou mais, previamente matriculados no HC-FMUSP. O Serviço de Geriatria do HC-FMUSP desen-volve atividades de Promoção da Saúde do Idoso há muitos anos, contando com a participação de dentistas da Divisão de Odonto-logia do ICHC na maior parte deste período. Os pacientes só receberão tratamento odontológi-cos quando encaminhados à Di-visão de Odontologia do ICHC.

Na Clínica de Saúde Bucal, a ser realizada no Espaço-PROPES, se-rão orientados para melhor cui-dar deste importante segmento do seu corpo e da sua saúde. O Serviço de Geriatria e Gerontologia do HC-FMUSP não poderia se responsabilizar pelo tratamento odontológico de qualquer paciente. Temos clara a condição de competência de cada área profissional e a bandeira da interdisciplinaridade com respon-sabilidade ética e profissional tem sido o nosso lema inequívoco.

Prof. dr. Wilson Jacob FilhoDiretor do Serviço de Geriatria do HC-FMUSP

Dr. Wilson

Jacob esclarece

A turma de 1964 da USPAqui consternada reunidaUma homenagem quer prestarA este nobre colega exemplar

É reflexo do espíritoEmbora o tempo nos fez afastarValendo, sobretudo o sentimentoDo que o contato corporal

Caminhamos sempre juntosIncessante sem parar

Eis que num momento escutoUm surdo baquear

Minha vista atordoadaNão consegue divisarPorém verdade doídaSozinho passo a andar

Novos rumos antevejoNeste novo caminharSeguirei o seu desejoAté a vitória alcançar

Era seu anseio ardenteOs 50 anos comemorarParticipando de seu preparoDe forma muito modelar

Cabe a nós neste momentoLevar avante este eventoTendo sempre em nossa menteA sua presença familiar

Transmitindo a todos os colegasA lembrança infinda escolar

Marcada sempre pela amizadeDeste amigo que sempre se despedePara Junto a Deus abrigar

Ariri (20/11/04)

Novo Crosp - Órgão Oficial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo 23

A Dabi Atlante participou em setembro de um dos principais eventos mun-diais do setor: a Feira da Federação Internacional da Odontologia, em Nova Déli. No pavilhão indiano, a Dabi e seu distribuidor local, a Crown Dental, mantiveram um estande bem concorri-do. A empresa comercia-lizou mais de 130 consul-tórios e manteve contatos com universidades da Índia, potenciais clientes dos produtos da Dabi.

CURTAS

Em visita ao Brasil, no úl-timo dia 19 de novembro, o cirur-gião-dentista suíço, dr. Urs Wyrs-ch, reuniu-se com o presidente do Conselho Regional de Odontolo-gia de São Paulo, dr. Emil Adib Razuk, e com o secretário dr. Luiz Roberto Cunha Capella. Ele demonstrou grande entusiasmo pelas campanhas re-alizadas pelo CROSP. Dr. Urs Wyrsch ficou impressionado com

Conselheiro da Société Suisse visita o CROSP

O cirur-gião-dentista dr. Heraldo Riehl foi de-signado para dirigir a Sec-cional do CROSP, em

Bauru. Formado pela UNESP em 1992, é especialista em dentística, fez pós-graduação na USP, em

Dr. Heraldo Riehl vai dirigir a seccional de Bauru

Bauru e é professor da Unip-Bau-ru. Atualmente, ocupa cargo de diretoria na APD de Bauru, cola-borando na área de informática. Para ele, dirigir a seccio-nal do CROSP em Bauru é uma satisfação por ser uma região, onde a Odontologia é bastante desenvolvida. Sua meta é divulgar e valorizar a imagem do cirurgião-dentista perante a sociedade.

o programa de “Prevenção e diag-nóstico precoce do câncer bucal” e com o concurso “A saúde bu-cal”. Para o presidente do Con-selho, dr. Emil Adib Razuk, “ter autoridades, como o dr. Urs Wyrs-ch, que valorizam campanhas em prol da população, lastreiam e dão ânimo para continuar o tra-balho”.

CLASSIFICADOS

Os colegas, que preten-dem comprar ou trocar equipa-mentos odontológicos e consul-tórios dentários, podem utilizar os classificados do jornal “Novo Crosp”.

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24

MERCADO

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo encaminhou, no dia 16 de dezembro, ao

Sindicato Nacional da Odonto-logia de Grupo (Sinog), e no dia 22, às operadoras de saúde, novo ofício solicitando reajuste dos va-lores dos procedimentos odonto-lógicos. O CROSP tem recebido constantemente reivindicações dos cirurgiões-dentistas sobre a re-muneração paga aos prestadores de serviços através de convênio. O Conselho lembra que já realizou dois seminários, no Ho-tel Meliá, em 14 de setembro, e outro, em 13 de outubro, na sede da autarquia, na avenida Paulista sobre a relação entre os cirurgiões-dentistas e as operadoras de saú-de. “Embora as prestadoras de serviços odontológicos te-nham comparecido às reuniões do CROSP e tido conhecimento de tais reivindicações, nenhuma pro-posta foi apresentada pelo menos até o momento, o que aumenta as tensões entre os cirurgiões-dentis-tas conveniados e operadoras de saúde”, diz o ofício. O CROSP acredita que “as empresas de convênios odon-tológicos terão sensibilidade para examinar a gravidade da situação, proponho um reajuste dos valo-res pagos pelos procedimentos e também examinem a participação nos lucros das operadoras pelos cirurgiões-dentistas conveniados, garantindo a continuidade da prestação dos serviços”.

CROSP reivindica novamente às operadoras de saúde reajuste nos valores dos procedimentos odontológicos

Ao lado, ofício encaminhado às operadoras de serviço e ao Sinog.

O