Apresentação para profissionais de saúde sobre uso da penicilina
BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE … · 2016-10-30 · Penicilina S. aureus...
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BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES E O USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS
COMO OFERECER SEGURANÇA AO PACIENTE
DIZE-ME QUE ANTIBIÓTICO USAS E TE DIREI QUE BACTÉRIA TERÁS
ANTIBIÓTICO EM
EXCESSO
BACTÉRIA
Penicilina S. aureus resistente à penicilina
Cefalosporinas de 1a geração MRSA
Vancomicina VRSA, VRE
Cefalosporinas de 1a geração Klebsiella
Cefalosporinas de 3ª geração Enterobacter
Cefalosporinas de 3ª e 4ª geração Germes ESBL
Carbapenêmicos Acinetobacter R
Polimixina B ???
DIZE-ME QUE BACTÉRIA TENS E EU TE DIREI QUE ANTIBIÓTICO USAS
BACTÉRIA PROBLEMA
ANTIBIÓTICO EM
EXCESSO
S. aureus resistente a penicilina Penicilinas
MRSA Cefalosporinas de 1a geração
VRSA Vancomicina
VER Vancomicina
Klebsiella Ampicilina
Cefalosporinas de 1ª geração
Enterobacter Cefalosporinas de 3ª geração
ESBL Cefalosporinas de 3ª geração
Cefalosporinas de 4ª geração
Acinetobacter R Carbapenêmicos
MULTI-RESISTENTES - MRSA
Já foram identificados casos de ERV (Enterococcus
faecium resistente a vancomicina)
No Brasil (novembro 1997) - HC/UFPR criança
com 42 dias de uso de vancomicina por aplasia
de medula e neutropenia febril
Hospital Santa Marcelina - São Paulo
e outros
MULTI-RESISTENTES - MRSA
Já foram identificados casos de VISA (Staphylococcus
aureus resistente a vancomicina)
No Japão (maio 1996)
EUA (julho 1997 - Michigan) e
(agosto 1997 - New Jersey)
Todos por uso prolongado de vancomicina
MULTI-RESISTENTES - MRSA
O QUE É?
MRSA significa Staphylococcus aureus resistentes a
meticilina/oxacilina
MARSA significa Staphylococcus aureus resistentes a
meticilina/oxacilina + aminoglicosídeos (gentamicina,
amicacina e outros)
MULTI-RESISTENTES - MRSA
O QUE SIGNIFICA?
Significa que ele é resistente a praticamente todos os
antibióticos, menos Vancomicina/Teicoplanina
TODO PACIENTE COM MRSA TEM QUE USAR
VANCOMICINA?
Não; só se tiver infecção
MULTI-RESISTENTES - MRSA
POR QUE OCORRE RESISTÊNCIA?
O principal fator é o uso/abuso de antibióticos,
dentro e fora dos hospitais
ONDE VIVE A BACTÉRIA?
O principal reservatório é o homem
Pacientes colonizados/infectados
Mucosa nasal especialmente
MULTI-RESISTENTES - MRSA
COMO ELE ENTRA NO HOSPITAL?
Através de pacientes colonizados ou infectados
por MRSA; raramente por profissionais
colonizados
QUAIS AS FORMAS DE TRANSMISSÃO?
Através das mãos da equipe (transitório)
Roupas e aventais
Ar, não
MULTI-RESISTENTES - MRSA
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
Uso prolongado de antibióticos de amplo espectro
Hospitalização prolongada
Pacientes dependentes e muito manipulados
Proximidade com pacientes colonizados/infectados
Pacientes de UTI, com procedimentos invasivos, com lesões de pele; secreções
BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES
Quando se encontra um germe multi-R é apenas a ponta do iceberg . . .
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Como identificar um hospital que tem saúde?
O hospital saudável utiliza todas as classes básicas de antibióticos:
Penicilinas
Aminoglicosídeos
Sulfametoxazol+trimetoprim
Até mesmo norfloxacino
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Quem cria os germes multi-resistentes? Quem faz aparecer a resistência bacteriana
somos NÓS ! ! !
Pelo mau e pelo bom uso dos antimicrobianos!
Curiosidade PREÇOS DOS ANTIBIÓTICOS PARA MRSA
DROGA NOME
COMERCIAL
DOSAGEM
DIÁRIA
PREÇO
AMPOLA/CP
LABORATÓRIO
TIGECICLINA TYGACIL® 500 mg EV 1.782,66 Wyeth
TEICOPLANINA TARGOCID® 400 mg EV 544,76 Sanofi-
Aventis
TEICOPLANINA KIROM® 400 mg EV 481,60
354,09
Eurofarma
ABL
DAPTOMICINA CUBICIN® 500 mg EV 302,94 Novartis
LINEZOLIDA ZYVOX® 600 mg CP
600 mg EV
197,53
267,20
Pfizer
VANCOMICINA VANCOCINA®
VANCOCINA®
CLORIDRATO de
VANCOMICINA®
500 mg X4
1g X 2
500 mg X4
(50 fr.)
141,32
127,32
72,88
ABL
ABL
EUROFARMA
PREÇOS DOS MEDICAMENTOS
BRASINDICE NOME
COMERCIAL DOSE DIÁRIA INTERVALO CUSTO-DIA R$
MEROPENEM MERONEM ® 1,5 g 500 mg 8/8 h 604,21
IMIPENEM TIENAM ® 2 g 500 mg 6/6 h 433,08
TAZOBACTAM TAZOCIN ® 13,5 g 4,5 g 8/8 h 320,11
POLIMIXINA B SULFATO
POLIMIXINA B 1,5 Mi 500.000 U 8/8 h 239,01
CEFEPIME MAXCEF ® 3 1 g 8/8 h 206,16
CIPROFLOXACINA EV CIPRO ® 400 mg 200 mg 12/12 h 189,11
OXACILINA STAFICILLIN ® 12 g 3 g 6/6 h 187,25
GATIFLOXACINA TEQUIN ® 400 mg DOSE ÚNICA
DIÁRIA 146,32
LEVOFLOXACINA EV LEVAQUIN ® 500 mg DOSE ÚNICA
DIÁRIA 125,06
CEFTRIAXONA ROCEFIN ® 2 g DOSE ÚNICA
DIÁRIA* 78,76
VANCOMICINA VANCOCINA ® 2 g 1 g 12/12 h 64,92
PREÇOS DOS MEDICAMENTOS
BRASINDICE NOME COMERCIAL DOSE DIÁRIA INTERVALO CUSTO-DIA R$
METRONIDAZOL EV FLAGYL ® 1500 mg 500 mg 8/8 h 41,55
METRONIDAZOL ORAL FLAGYL ® 1200 mg 400 mg 8/8 h 38,28
CLINDAMICINA DALACIN ® 1800 mg 600 mg 8/8 h 35,07
AMPICILINA BINOTAL ® 8 g (4-12g) 2 g 6/6 h 30,45
PENICILINA CRISTALINA MEGAPEN ® 12 Mi 2 Mi 4/4 h 29,88
CEFAZOLINA KEFAZOL ® 3 g 1 g 8/8 h 29,31
CEFOXITINA MEFOXIN ® 3 g 1 g 8/8 h 21,15
CEFALOTINA KEFLIN ® 4 g 1 g 6/6 h 19,36
CEFADROXIL CEFAMOX ® 1,5 g 500 mg 8/8 h 19,31
GENTAMICINA GARAMICINA ® 240 mg DOSE ÚNICA DIÁRIA* 16,51
PREÇOS DOS MEDICAMENTOS
BRASINDICE NOME
COMERCIAL DOSE DIÁRIA INTERVALO CUSTO-DIA R$
AZITROMICINA AZITROMAX ® 500 mg DOSE ÚNICA
DIÁRIA 17,04
LEVOFLOXACINA ORAL LEVAQUIN ® 500 mg
DOSE ÚNICA DIÁRIA 13,46
CEFALEXINA ORAL KEFLEX ® 2 g 500 mg 6/6 h 13,23
SUM+TMP EV BACTRIN ® (400+80 mg X 2) x 2 2 amp 12/12 h 7,66
CIPROFLOXACINA ORAL CIPRO ® 1 g 500 mg 12/12 h 6,08
AMOXICILINA ORAL AMOXIL ® 1,5 g 500 mg 8/8 h 5,49
CLORANFENICOL ORAL QUEMICETINA ® 2 g 500 mg 6/6 h 5,38
SUM+TMP F ORAL BACTRIN F ® 800+160 mg X 2 1 comp 12/12 h 2,71
NORFLOXACIN FLOXSTAT ® 800 mg 400 mg 12/12 h 2,62
MULTI-RESISTENTES PRINCIPAIS FATORES: Uso abusivo de antimicrobianos Hospitalização prolongada Procedimentos invasivos Excessiva manipulação do paciente
É fundamental a diferenciação entre colonização e infecção; somente na infecção, com repercussão sistêmica, está indicado o uso de AM
MULTI-RESISTENTES A principal forma de transmissão de
germes entre os pacientes é através das mãos da equipe
na assistência direta
no exame físico.
De modo geral estes agentes
não são
transmitidos através do ar
MULTI-RESISTENTES
MEDIDAS DE CONTROLE: Coleta de material para cultura de pacientes provenientes de outros
hospitais ou previamente hospitalizados Barreiras de contato direto: Avental exclusivo, retirando antes de sair do quarto Luvas no contato direto, retirando antes de sair Anti-sepsia das mãos com álcool a 70% após retirar as luvas e após
sair do quarto Higiene das mãos ANTES e APÓS o contato Separação física de colonizados/infectados Limpeza e desinfecção concorrente e terminal das superfícies,
conforme rotina
MULTI-RESISTENTES MEDIDAS IMPORTANTES:
Manter as precauções durante o transporte
Orientar os visitantes quanto à higiene das mãos
Usar materiais exclusivos para o paciente
Colaborar com a CCIH sobre as recomendações
MULTI-RESISTENTES BACTÉRIA RESISTÊNCIA S. aureus meticilina, oxacilina P. aeruginosa aminogl., ceftaz., aztreonam Enterococcus ampi, genta, amica K. pneumoniae aminogl., ceftaz, aztreonam Enterobacter aminogl., ceftaz., aztreonam Acinetobacter genta, amica, ceftazidima S. pneumoniae penicilina, oxa ENPC (Hemato) oxacilina KPC todos menos PMB/amica
RESISTÊNCIA BACTERIANA
Segundo os CDC mais da metade das 100 milhões de
prescrições anuais de antimicrobianos são desnecessárias ! ! !
www.nclnet.org
BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES
Como se controlam os germes multi-resistentes? Tempo adequado de AB Dose adequada Intervalo de dose adequado Associações adequadas Indicação adequada (vírus! ! !) Interação com alimentos Observação das medidas de precauções e
isolamentos
www.cdc.gov
BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES
As bactérias resistentes hoje são um problema endêmico nos hospitais
Como combater? Combater os lapsos na adesão às medidas de CIH Ser mais restritivo no uso de antibióticos Ser mais prudente no uso de antibióticos Dennesen PJ, Bonten MJ, Weinstein RA:
www.ncbi.nlm.nih.gov
BACTÉRIAS MULTI-RESISTENTES
A infecção cruzada é o maior
contribuidor ao aumento da resistência.
Aymes SGB: www.studentbmj.com
COMO EU CONTROLO MULTI-R
Corpo-a-corpo Visita diária a todos os pacientes sob uso de AB
Visita diária à UTI Medidas de precaução e isolamento
Presença do médico e da enfermeira
Responda e acerte “!!! O melhor antibiótico para tratar Bulkolderia
cepacia é: Carbapenêmicos
Ticarcilina
Piperacilina
Sulfametoxazol+trimetoprim
Amicacina
Responda e acerte Stenotrophomonas maltophilia trata-se com:
Ceftazidima
Meropenem é melhor que imipenem
Sulfametoxazol+trimetoprim
Ampi-sulbactam
Tetraciclinas
Responda ae acerte O melhor antibiótico para diarréia aguda é:
Nenhum
Ampicilina
Sulfametoxazol+trimetoprim
Cloranfenicol, apesar da toxicidade
Ceftriaxona
Responda e acerte O antibiótico ideal para tratar enterococo é:
Cefazolina
Ceftriaxona
Ampicilina
Teicoplanina
Ciprofloxacina
Responda e acerte
O que dizer deste antibiograma? Klebsiella pneumoniae isolada em urina: S ampicilina S ciprofloxacina R gentamicina S amicacina S meropenem Klebsiella é naturalmente resistente a ampicilina/amoxicilina
PARA PENDAR
AMINOGLICOSÍDEOS: Em pneumonias, embora usados com sucesso em
associações, pode ter sua eficácia comprometida pelo pH ácido do pulmão ou secreções brônquicas, assim como pela sua pobre penetração nos tecidos pulmonares (RELLER, 1988)
Da mesma forma, os aminoglicosídeos são inativados na presença de pus e pH ácido nos abscessos
Aminoglicosídeos têm atividade diminuída ou
ausente na presença de pH ácido, baixo potencial de redução e altas concentrações de cátions divalentes (Ca++ e Mg++) quando P. aeruginosa é o agente
TEMPO DE TRATAMENTO O tempo ideal para se tratar uma pneumonia em idoso
é: 21 dias. 17 dias. 14 dias 8 dias. (CERTO – estudos recentes têm definido um
tempo menor para tratamento de pneumonias, independente das co-morbidades do paciente; o antibiótico não vai ajudar a resolver a SIRS)