BAGGIO. Morfologia Cárstica do Maciço Quartzítico da Gruta do Salitre,.pdf

download BAGGIO. Morfologia Cárstica do Maciço Quartzítico da Gruta do Salitre,.pdf

of 20

description

BAGGIO. Morfologia Cárstica do Maciço Quartzítico da Gruta do Salitre,.pdf

Transcript of BAGGIO. Morfologia Cárstica do Maciço Quartzítico da Gruta do Salitre,.pdf

  • - 1 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Ministrio da Educao

    Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri UFVJM Minas Gerais Brasil

    Revista Vozes dos Vales: Publicaes Acadmicas Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM

    N 01 Ano I 05/2012 www.ufvjm.edu.br/vozes

    Morfologia Crstica do Macio Quartztico da Gruta do Salitre,

    Diamantina MG

    Prof. Dr. Hernando Baggio Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

    E-mail: [email protected]

    Fernanda Cristina Rodrigues de Souza

    Graduada em Geografia E-mail: [email protected]

    Prof. MSc. Wallace Magalhes Trindade

    Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES E-mail: [email protected]

    Resumo: Este artigo tem como objetivo caracterizar a morfologia crstica

    desenvolvida em rochas silicatadas quartzitos da Gruta do Salitre em Diamantina-MG, inserida nos domnio litolgicos do Supergrupo Espinhao Grupo Guinda (Formao Sopa Brumadinho). As bases metodolgicas seguiram trs etapas de

    trabalho: primeiramente a reviso bibliogrfica e cartogrfica, a interpretao de imagens satlite; pesquisas de dados secundrios no Cadastro Nacional de Cavernas - CNC e Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE e a tabulao de

    dados. A segunda etapa consistiu de trs campanhas de campo 2009, 2010 e 2011 prospeco; levantamento da morfologia crstica e feies espeleolgicas, observao e interpretao entre fatores litoestruturais, o carste e a deposio espeleolgica. A terceira etapa consistiu-se em interpretao dos resultados obtidos, uso do software ArcGis 9.3. Constatou-se que a gnese da gruta do Salitre est

    relacionada ao processo de dissoluo qumica. A deposio e o desenvolvimento das microfeies esto associados ao direcionamento das linhas estruturais (SW-

    NE), que contriburam para a percolao hdrica no macio e esta, juntamente com os demais agentes intempricos, ocasionaram a dissoluo qumica do quartzito. As

  • - 2 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    semelhanas entre as caractersticas crsticas desenvolvidas em rochas

    carbonticas e no carbonticas demonstram que a geomorfologia da rea de estudo deve ser considerada carste e no pseudocarste. Afinal, a diferena

    corresponde apenas ao tamanho dos espeleotemas, devido s propriedades e composio mineralgica da rocha, uma vez que, litologias carbonticas possuem maior friabilidade.

    Palavras-chave: Gruta do Salitre, Diamantina, geomorfologia crstica, dissoluo

    qumica.

    INTRODUO

    O estudo sobre os ambientes crsticos no carbonticos a um tema recente na

    carstologia mundial, cujo desenvolvimento induz a questionamentos sobre o

    conceito de carste e debates acerca da gnese destes ambientes. Portanto,

    importante ressaltar que o estudo do carste est em pleno desenvolvimento, e que

    diversas alteraes esto no centro das discusses espeleolgicas. Neste contexto,

    destacam-se debates acerca da reviso do conceito de pseudocarste e o abandono

    da designao da geomorfologia crstica conforme o tipo litolgico, mas mediante as

    caractersticas fisiogrficas e o processo de dissoluo.

    Diversos estudos na frica, Venezuela e outros pases mostram a existncia de

    morfologias crsticas em litologias no carbonticas e apontam que a gnese destas

    corresponde ao mesmo processo que ocorre em rochas carbonticas. Esses

    trabalhos mencionam registros de dissoluo da rocha e feies semelhantes s

    verificadas no carste carbontico. Isso corrobora com a tese de que as morfologias

    tipicamente crsticas, encontradas em rochas silicatadas originadas do processo de

    dissoluo, no devem ser consideradas pseudocarste.

    No Brasil, os estudos do carste no carbontico so ainda incipientes e as principais

    referncias so Hardt (2003, 2009); Auler (2004); Willems et al., (2004, 2008); Rodet

    et al., (2009); Morais (2009); Uagoda et al., (2006); Borghi (2007) e Travassos &

    Virela (2007). Estes estudos analisam o carste desenvolvido, principalmente em

    arenitos e quartzitos das regies de So Paulo, Tocantins, Mato Grosso, Minas

    Gerais, Rio Grande do Sul e Roraima. Com isso, percebe-se a importncia de se

    desenvolver pesquisas sobre o carste em ambientes no carbonticos, com a

    finalidade de contribuir para a ampliao do conhecimento sobre o patrimnio

  • - 3 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    espeleolgico nacional.

    A justificativa deste estudo fundamenta-se na importncia de se desenvolver

    pesquisas sobre o sistema crstico em rochas silicatadas, uma vez que os estudos

    desenvolvidos sobre essa temtica, realizados por pesquisadores ingleses,

    franceses e alemes, so ainda escassos.

    Assim, este estudo tem como objetivo apresentar as principais feies morfolgicas

    do carste do Macio da Gruta do Salitre, localizado no municpio de Diamantina -

    MG, desenvolvido em rochas quartzticas do Supergrupo Espinhao.

    METODOLOGIA, ETAPAS, MATERIAIS E TCNICAS DA PESQUISA

    O planejamento da pesquisa envolveu procedimentos especficos aplicados em

    metodologias para pesquisas em reas crsticas. O mtodo utilizado se caracteriza

    como uma abordagem de carter quantitativo. Com o objetivo de nortear a pesquisa,

    algumas atividades so consideradas de suma importncia no planejamento do

    projeto metodolgico entre a quais: levantamento bibliogrfico e cartogrfico;

    planejamento das atividades para as campanhas de campo, utilizao de mtodos

    estatsticos e programas especficos para dar suporte interpretao e quantificao

    dos resultados obtidos. A seguir, descrevem-se as trs principais etapas e suas

    tcnicas utilizadas nesta pesquisa (Figura 1).

    Figura 1: Esquema geral apresentando as etapas metodolgicas. Org: Souza, F.C.R. (2010).

  • - 4 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Primeira Etapa: Pesquisa em gabinete os levantamentos bibliogrficos e

    cartogrficos constituram-se em uma ampla pesquisa e reviso sobre os

    levantamentos e estudos no que diz respeito aos ambientes crsticos e sobre os

    aspectos do meio fsico, econmico e socioambiental no contexto regional e local da

    rea pesquisada. Foi efetuado um levantamento no Cadastro Nacional de Cavernas

    - CNC e Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE. Alm desse material foram

    utilizadas fotografias areas, escala 1: 60.000, resultantes do acordo Brasil/Estados

    Unidos projeto USAF-AST-10 de 1964/66 e imagens orbitais de satlite

    disponibilizado pelo Google Earth, o que possibilitou uma anlise conjunto/espacial

    da rea de estudo. As informaes cartogrficas basearam-se nas seguintes cartas

    topogrficas: folhas (SE-23-Z-A-33-III) na escala de 1: 100.000, do Servio

    Geogrfico do Exrcito (SGE, primeira impresso de 1969); consultada com o

    objetivo de analisar as condies topomorfolgicas da rea investigada. Para a

    descrio geolgica utilizou-se como apoio os mapas elaborados pela Companhia

    Mineradora do Estado de Minas Gerais - COMIG e pelo Servio Geolgico do Brasil

    - CPRM Projeto Espinhao, na escala 1: 100.000 (impresso de 2003). A base

    cartogrfica dos mapas foi elaborada atravs da interpolao de curvas de imagens

    Geotiff obtidas pela The Shuttle Radar Topography Mission - SRTM na escala

    1/250000 Datun WGS 84 e distribudas pela National Aeronautics and Space

    Administration - NASA.

    Segunda Etapa: Campanhas de campo os levantamentos de campo seguiram os

    procedimentos definidos na primeira etapa. Realizou-se trs campanhas de campo

    com durao de trs dias cada, nos meses de outubro de 2009, abril de 2010 e

    maro 2011, a fim, de verificar a dinmica hidrolgica nos perodos climticos

    (estao seca e mida). A primeira campanha teve cunho prospectivo,

    conhecimento fisiogrfico da rea, georreferenciamento, levantamento das

    caractersticas e elaborao de registros icnogrficos. A segunda campanha teve

    como objetivo a caracterizao e registro das principais feies crsticas e

    espeleotemas existentes, uti lizou-se uma Ficha de Caracterizao de Cavidades

    proposta por Dias (2009). Na terceira campanha foi realizada a correlao entre os

    fatores estruturais e o desenvolvimento do carste. A partir da identificao da

  • - 5 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    existncia e direcionamento das linhas estruturais possvel analisar a possibilidade

    de uma correlao entre estruturas geolgicas e a direo e orientao dos

    depsitos espeleolgicos.

    Terceira Etapa: tabulao dos dados, gerao e confeco dos mapas, os dados

    foram tratados, elaborou-se os perfis atravs do programa Corel Draw X3, utilizou-se

    o software ArcGis 9.2 para o cruzamento dos dados gerao dos mapas e do

    Modelo Digital de Elevao SRTM/ NASA.

    LOCALIZAO E CARACTERSTICAS FISIOGRFICAS

    O municpio de Diamantina est localizado na Mesorregio do Rio Jequitinhonha. O

    municpio ocupa uma rea total de 3981 km2 e dista 298 km da capital mineira. O

    acesso ao municpio feito pelas rodovias federais BR-259 e BR-367. A cidade est

    situada a uma altitude mdia de 1.280 m. O macio da Gruta do Salitre localiza-se a

    SE da sede municipal, distando-se 9 km do stio urbano, localizado no quadri ltero

    delimitado pelas coordenadas UTM: 0687393E e 7962317S. O acesso ao stio

    feito por estrada vicinal relativamente bem conservada (Figura 2).

    Figura 2: Mapas com a localizao da rea de estudo, mostrando a insero do stio geomorfolgico

    no contexto estadual, municipal e local. Fonte: Geominas (1996). Org: Souza, F.C.R (2010).

  • - 6 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Segundo a classificao de Kppen (1948), o tipo climtico para a regio o Cwb

    (Tropical de Altitude). O regime trmico caracterizado por temperaturas mdias

    mensais: janeiro gira em torno de 24C a 23C e nos meses de junho e julho oscilam

    entre 18C a 17C, a mdia pluviomtrica anual de 1.304 mm. O tipo vegetacional

    composto predominante por espcies vegetais dos Biomas Mata Atlntica e

    Cerrado, com suas vrias fitofisionomias: Cerrado Tpico, Cerrado Ralo, Campos

    Rupestres, Campos Limpos, Matas Ciliares/Galeria e Formaes Campestres

    (IEF/PERPRETO, 2004). Dentro do quadro litogeomrfico regional desenvolveu-se a

    cobertura pedolgica constituda pelas seguintes classes de solos: Neossolos,

    Latossolos, Cambissolo, Organossolo e afloramentos rochosos (IEF/PERPRETO,

    2004). Estes fatores fisiogrficos contribuem de forma significativa para a dinmica e

    desenvolvimento do ambiente crstico local.

    CONTEXTO GEOMORFOLGICO

    A Serra do Espinhao se comporta como o maior divisor hidrogrfico entre as bacias

    do centro-leste brasileiro e a do rio So Francisco. O planalto do Espinhao

    caracterizado como um conjunto de "terras altas" estando orientado no sentido N-S.

    Segundo Saadi (1995) a denominao "serra" esconde, no entanto, uma realidade

    fisiogrfica que seria mais bem definida pelo termo planalto. A Serra do Espinhao

    composta pelos compartimentos dos planaltos meridional e setentrional, com

    direes gerais SSE-NNW e SSW-NNE, respectivamente, separados por uma zona

    deprimida alongada na direo NW-SE (SAADI, 1995). Apesar dos compartimentos

    terem resultado do mesmo processo geotectnico, correspondem a dois planaltos

    litoestruturais e morfologicamente diferenciados. O compartimento meridional, no

    qual est localizada a rea de estudo, inicia-se nas nascentes do rio Cip, prximo a

    Belo Horizonte e se estende at o municpio de Couto de Magalhes - MG. A altitude

    mdia da superfcie situa-se em torno de 1.200m tendo como ponto culminante o

    Pico do Itamb - 2.062m/alt. Do ponto de vista geolgico, a caracterstica

    fundamental da Serra do Espinhao Meridiona l a predominncia absoluta dos

    quartzitos que em toda extenso do compartimento, compem uma cobertura rgida,

    no entanto, densamente fraturada e cisalhada. As formas de relevo resultantes de

    sua esculturao pela dissecao fluvial so representadas, ma joritariamente, por

  • - 7 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    cristas, escarpas e vales profundos, adaptados s direes tectnicas estruturais

    (SAADI, 1995). A evoluo geomorfolgica da Serra do Espinhao foi condicionada

    pelos fatores estruturais, morfoestruturais, morfotectnicos e paleoclimticos, as

    superfcies de aplainamento paleognicas encontram-se representadas pelos

    planaltos com alinhamentos de cristas e monadnocks quartzticos.

    RESULTADOS

    A Gruta do Salitre corresponde a uma cavidade natural subterrnea, desenvolvida

    em rochas quartzticas do Supergrupo Espinhao Grupo Guinda Formao Sopa

    Brumadinho, catalogada no Cadastro Nacional de Cavernas - CNC com o cdigo

    MG-360. A gruta dista 10 km do centro histrico de Diamantina, localizada no distrito

    de Extrao e, situa-se no portal de entrada do Circuito Estrada Real.

    Brichta et al., (1980) associa a gnese da gruta, principalmente aos processos

    mecnicos. Genser et al., (1977 apud Willens et al., 2008), Willens et al., (2007,

    2008), Souza et al., (2010a) e Souza et al., (2010b), por sua vez, atribuem aos

    processos de dissoluo qumica gnese das feies crsticas e o

    desenvolvimento da Gruta do Salitre. Em campo, verificou-se que a gnese da

    cavidade foi influenciada inicialmente por arranjos estruturais, sistemas de juntas e

    fraturas e na morfologia, individualizao dos macios e blocos abatidos, porm, o

    desenvolvimento dos espeleotemas resultou do processo de dissoluo qumica. Ou

    seja, inicialmente houve a influncia das condicionantes estruturais que, fraturaram o

    macio, facilitando a percolao da gua e a dissoluo qumica, responsvel pelo

    desenvolvimento dos espeleotemas (Figura 3).

  • - 8 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 3: Planta baixa da Gruta do Salitre, mostrando os principais eixos estruturais.

    Fonte: Souza, F.C.R. (2011).

    Souza et al., (2010a), ao caracterizar o sistema crstico da Gruta do Salitre, afirma

    que, nesses ambientes h feies crsticas que confirmam o processo de

    dissoluo qumica da rocha e, so semelhantes s identificadas em litologias

    carbonticas, guardando-se as devidas propores, em funo das principais

    condicionantes geolgicas e fisiogrficas de cada rea (Figura 4).

  • - 9 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 4: morfologia crstica, a foto (A) mostra o relevo crstico desenvolvido em rochas carbonticas, foto

    (B) a morfologia do macio do Salitre, desenvolvida em rochas quartzticas. Quando comparados,

    percebem-se semelhanas entre ambas as feies. Em destaque, direita, no centro do c rculo, h uma

    pessoa escalando o macio. Fonte: Baggio, (2011).

    As principais feies crsticas mapeadas na Gruta do Salitre so feies superficiais

    (macios residuais, dolina de abatimento, torres, verrugas, banquetas, tafonis, kamenitzas

    entre outros) e feies subterrneas (sales, microespeleotemas, cpulas de teto,

    sumidouro, ressurgncia, sedimentos clsticos, espeleotemas, cpulas, verrugas,

    banquetas etc...). O sistema crstico da Gruta do Salitre foi compartimentado em dois

    ambientes principais: o superficial, composto pelo macio principal, o canyon e a dolina de

    colapso e o subterrneo, composto pelas cavidades e sales.

    O CARSTE QUARTZTICO DA GRUTA DO SALITRE

    A Gruta do Salitre uma cavidade natural subterrnea que compe a atual paisagem

    regional. Desenvolvida em rochas quartzticas da Formao Sopa - Brumadinho encontra-

    se orientada no sentido NW-SE. O macio da Gruta do Salitre controlado

    estruturalmente por linhas de falhas, juntas, fraturas e, encontra -se bastante cisalhado. O

    macio entrecortado por um canyon, posicionado como uma falha rpti l orientada no

    sentido (N-S), com aproximadamente 125 m de comprimento. As escarpas exibem

    estruturas superimpostas a rocha, com falhas, fraturas e veios.

  • - 10 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 5 - (A) vista do interior do macio, destacando-se a estrutura ruiniforme na poro superior da

    escarpa, (B) rocha quartztica, apresentando nichos de karrens alveolares e coalescncias alveolares -

    Gruta do Salitre. Fonte: Baggio, (2010).

    Os macios quartzticos no entorno do complexo do Salitre possuem feies crsticas

    com sistemas de Karrens horizontais e verticais, karrens alveolares, alvolos ou tafonis e

    kamenitzas, evidncias registradas do processo de dissoluo qumica. Nos afloramentos

    rochosos do Espinhao Meridional comum a presena de karrens alveolares cuja

    gnese esta relacionada ao qumica e biolgica. Na entrada do canyon, flanco direito

    do macio da Gruta do Salitre, encontram-se alvolos com dimetros mdios entre 10 cm

    a 15 cm. Os registros geolgicos e geomorfolgicos locais mostram uma correlao entre

    os alvolos, a formao de microespeleotemas e o direcionamento preferencial das linhas

    estruturais. A Figura 6 mostra a compartimentao do sistema crstico da Gruta do

    Salitre, dividida em trs unidades fisiogrficas diferenciadas: 1) o canyon que d acesso

    clarabia e gruta; 2) a dolina de colapso; 3) os sales.

  • - 11 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 6: Imagem orbital do Macio do Salitre, mostrando os compartimentos crsticos: (1) o canyon; (2) a

    dolina de colapso; (3) os sales. Fonte: www.googleearth.com.br. Org: Baggio, (2010).

    O canyon do Salitre (1) representa uma importante feio estrutural que, alm da

    representatividade geolgica, geomorfolgica, biolgica e paisagstica possui relevncia

    histrica, uma vez que os escravos rebelados se refugiavam entre os labirintos rochosos

    do macio. O canyon do Salitre posiciona-se como uma falha rptil de direo N-S, com

    aproximadamente 125 m de comprimento e largura de 10 a 15 m. As escarpas do canyon

    exibem estruturas superimpostas a rochas, com dobras e falhas com pequenos rejeitos,

    atingindo em alguns locais 50 m de altura. O canyon do Salitre no possui uma drenagem

    superficial especfica, entretanto h a presena de vegetao arbrea exuberante, o que

    demonstra a existncia de um sistema hidrolgico subsuperficial ativo nessa rea.

    Geologicamente, a evoluo tectnica do canyon do Salitre est ligada diretamente ao

    rifte Espinhao cuja sedimentao iniciou-se no Paleoproterozico (~1,75 Ga), perdurando

    at meados do Mesoproterozico (~1,4 Ga).

  • - 12 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 7: Foto (A), visada frontal da entrada principal do canyon, posicionada como uma falha rptil

    orientada do sentido N-S. Foto (B), entrada lateral para o canyon, notar a presena de blocos abatidos

    preenchendo o corredor secundrio. Fonte: Baggio, (2010).

    A DOLINA DE COLAPSO DA GRUTA DO SALITRE

    A dolina de colapso da Gruta do Salitre encontra-se conectada ao canyon. Caracteriza-se

    por apresentar uma forma semicircular e morfologicamente apresenta -se como uma

    depresso fechada. O piso da dolina em alguns locais constitudo por areia de

    colorao branca (N 8 - Carta de Munsell, 1981) de granulometria mdia/fina. Nas reas

    prximas aos afloramentos rochosos, o piso encontra-se recoberto por uma camada de

    argila de descalcificao de colorao acinzentada. No interior da dolina, est instalada

    uma vegetao de porte arbreo/alto, o extrato superior atinge aproximadamente 12 m de

    altura. As bordas da dolina so compostas por paredes escalonados que a delimitam,

    possuem aproximadamente 80 m de altura e so constitudos por vrios planos de

    fraturas, com dimenses significativas em alguns pontos. Do lado direito da dolina,

    sentido do canyon para os sales, h uma falha expressiva, com 45 cm de largura e 18 m

    de comprimento.

  • - 13 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 8: Foto (1) vista do interior da dolina de colapso, notar a imponente clarabia permitindo entrada

    de luz solar, no interior notar a vegetao de porte arbreo alto. Foto (2a) fratura vertical no quartzito, (2b)

    falha orientada no sentido NW-SE. Fonte: Baggio, (2010).

    SALES DA GRUTA DO SALITRE

    A Gruta do Salitre possui dois sales principais que se posicionam em dois paleonveis

    diferenciados (I e II). A gnese dos paleonveis est associada mudana no nvel de

    base local, ocasionando uma nova dinmica no eixo de dissoluo da rocha. Denomina-

    se como paleonvel 1 o salo principal, de fcil acesso; e o paleonvel 2 corresponde ao

    salo secundrio, de acesso mais complexo. O salo I da Gruta do Salitre possui

    topograficamente formato afunilado e forma semicircular. A entrada principal da cavidade

    possui orientao preferencial E-W; o perfi l transversal possui forma ogival, semicircular,

    ou seja, equivalente a um ngulo de 180, possuindo dimenses de mais 120 m de

    comprimento, 30 m de altura na parte central e 70 m de profundidade. Diversas

    microfeies espeleolgicas ao longo do piso e do teto demonstram que a gnese da

    Gruta do Salitre resultado do processo de dissoluo da rocha quartztica. O piso

    composto por blocos abatidos de dimenses variadas, sedimentos clsticos, biolgicos e

    microfeies espeleolgicas que esto concentradas em reas restritas e de acesso

    complexo, preservando-os, uma vez que isso inibe a ao antrpica predatria. No teto,

    existe uma pelcula mineral delgada, descrita por Willems (2008) como pirolusita - xido

    de Mangans (MnO2). Essa pelcula concentra-se principalmente no lado esquerdo do

    salo sentido (entrada fundo), notou-se tambm a presena de xido de ferro (FeO3).

  • - 14 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    As diversas microfeies crsticas existentes resultam do processo de dissoluo como

    mostra a Figura 9.

    Figura 9: as fotos do quadrante esquerdo (A e B) mostram uma visada parcial da galeria e do salo I, a foto

    (A) mostra o acesso lateral ao salo principal, os blocos escalonados na base servem de degraus. Na foto

    (B) tem-se uma viso geral do salo principal (paleonvel 1) notar a presena de blocos abatidos na entrada

    do salo. As fotos do quadrante direito (A, B, C e D) mostram as microfeies localizadas no teto do salo I.

    Fonte: Souza, F.C.R. (2010).

    A entrada do salo II (paleonvel 2) localiza-se direita da entrada do salo principal. O

    acesso complexo, em funo dos declives topogrficos abruptos e do elevado nmero

    de blocos abatidos. A forma transversal da entrada do salo secundrio irregular, com

    dimenses de 2 m de largura, 1,5 m de altura. Entretanto o interior do salo possui forma

    elptica horizontal e suas dimenses ampliam-se para 25 m de largura e 15 m de

    extenso na parte central. Essa rea caracterizada pela zona de penumbra e pela

    presena de diversas microfeies espeleolgicas no piso, teto e paredes da galeria.

    Entre as principais feies enumeram-se: cpulas, microestalagtites, blocos abatidos e

    drenagem perene no interior do salo. Essas microfeies possuem colorao amarela

    (2,5YR 8/8), branca (N 8) tons de cinza (N6 A 5GY 6/0) ou tons de marrom e seu

    desenvolvimento est relacionado ao direcionamento das linhas de fratura NE -SW. As

    cpulas de dissoluo localizadas na parte E do salo II so semelhantes s

    desenvolvidas em litologias carbonticas, estando associadas aos alinhamentos

    C C

    A

  • - 15 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    estruturais, sinalizando processos de dissoluo qumica que podem ter ocorrido em

    funo do movimento hdrico da zona fretica no teto da cavidade. Os blocos abatidos

    preenchem o piso das galerias e esto ornamentados de espeleotemas

    subhorizontalizados. A parede do teto da caverna ornamentada por conjuntos de

    microespeleotemas, existe um fluxo de gua que percola a parede rochosa do teto da

    caverna, demonstrando que a mesma encontra-se ativa Figura 10.

    Figura 10: microestalagmites localizados no teto do Salo II. A foto (A) mostra as dimenses e as

    microfeies dos espeleotemas. Na foto (B) nota-se o processo de desenvolvimento dos espeleotemas

    condicionados ao direcionamento das linhas estruturais (SW-NE) e percolao de gua nas fraturas da

    rocha. Fonte: Trindade, W. M. (2011).

    Existe uma drenagem subterrnea que drena o interior do salo secundrio, encontra-se

    prxima a base lateral de fundo. Na estao seca a drenagem possui dimenses de 0,7 m

    de largura e 0,5 m de profundidade, na estao chuvosa, a drenagem apresenta 1,0 m de

    largura e 0.5 m de profundidade, dependendo da intensidade da pluviosidade, pode

    ocorrer runoff. A turbidez da gua subterrnea na estao seca baixa, a vazo

    permanece lenta durante toda essa estao climtica, na estao chuvosa, nota-se

    situaes contrria as descritas. O piso ornamentado por diversas microfeies

    crsticas, pela areia fina branca (N 8) e, nas reas de influncia da drenagem subterrnea

    h sedimentos argilosos de colorao vermelha (2,5YR 5/8). As paredes e o teto so

    revestidos por microfeies de diversas coloraes, distinguindo-se matiz de cinza (N6 a

    A

  • - 16 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    5GY 6/0), branco (N 8), amarelo (2,5Y 8/8) e avermelhado (2,5YR 5/8). O teto do salo

    ornamentado por um conjunto de coralide o que, evidencia a existncia de uma zona

    fretica ativa. Portanto, as feies da Gruta do Sali tre esto correlacionadas ao processo

    de dissoluo no sistema crstico. A dinmica atual do macio crstico da Gruta do Salitre

    encontra-se ativo.

    CORRELAO ENTRE OS PROCESSOS GEOLGICOS EXTERNOS E OS

    REGISTROS DE DISSOLUO QUMICA DO CARSTE

    A interpretao dos registros de dissoluo qumica demonstra que existe correlaes

    entre a geologia estrutural e o desenvolvimento da geomorfologia crstica, uma vez que,

    o carste corresponde a um sistema complexo e interligado. As linhas estruturais (falhas,

    fraturas, juntas, atitude estrutural, direo e mergulho das camadas) entre outros, so

    fatores estruturais que determinam a direo e a forma da deposio crstica. A Figura 11

    mostra as unidades geolgicas, linhas estruturais, bem como, a relao entre a hidrologia

    e o controle estrutural na rea. Observou-se que, a direo da maioria das drenagens

    encontra-se relacionada ao controle estrutural dos falhamentos. As condicionantes

    geolgicas estruturais so fatores que contribuem para a dinmica hidrolgica no sistema

    crstico, condicionando o processo de dissoluo qumica. Corpos subvulcnicos soleiras

    e diques relacionados Fm. Sopa Brumadinho so freqentes no Supergrupo Espinhao,

    essas estruturas mficas, possuem composio mineralgica diferenciada que

    influenciam no processo de dissoluo qumica. Tornam-se necessrias anlises mais

    refinadas sobre a relao entre a composio mineralgica dos diques, soleiras e a

    dinmica crstica do stio de estudo (Figura11).

  • - 17 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Figura 11: o mapa (A) mostra os elementos geolgicos, estruturais e hidrolgicos da rea onde se encontra

    inserida a Gruta do Salitre; em (B) o MDE, mostra a posio altimtrica em que se encontra a Gruta do

    Salitre - 1.140 a 1220 m/alt, notar no modelado, a atuao do processo de dissecao fluvial. Fonte:

    Projeto Espinhao COMIG, IGC/UFMG (1997). Org: Baggio (2011).

    Portanto, existe uma correlao entre processos geolgicos, os registros crsticos e

    espeleolgicos. O desenvolvimento de microespeleotemas mostrado na (Figura 10) um

    exemplo da cristalizao mineral ocasionada a partir da dissoluo qumica, que, por sua

    vez, relaciona-se aos condicionamentos geolgicos estruturais locais. A ausncia de

    grandes espeleotemas encontra-se correlacionado litologia dissoluo qumica do

    quartzito que ocorre de forma mais lenta s verificadas em litologias carbonticas. As

    fraturas encontradas na rea de estudo correspondem aos diques e soleiras de diabsio

    que, podem ter alterados localmente o quartzito, tornando-o mais susceptvel dissoluo

    qumica.

    CONSIDERAES FINAIS

    As caractersticas geomorfolgicas da Gruta do Salitre demonstram que h uma

    semelhana entre as feies crsticas desenvolvidas em rochas carbonticas e no

    carbonticas. A anlise dessas caractersticas juntamente com a presena de indicadores

    fisiogrficos, demonstra que, na caverna, os processos de dissoluo qumica

    prevalecem. Esses fatores indicam que, a dissoluo qumica ocorre em todos os tipos de

    rochas, carbonticas ou no carbonticas, portanto, a rea de estudo deve ser

  • - 18 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    considerada carste e no pseudocarste. Nota-se a existncia de um conjunto de feies

    espeleolgicas tpicas de ambientes crsticos originados a partir da dissoluo qumica

    tais como: karrens horizontais e verticais, banquetas, verrugas, torres, paredes, canyon,

    dolina de colapso, alvolos de dissoluo, corraloides, cpulas, sales entre outras. Alm

    disso, h diversos microespeloetemas distribudos no teto, piso e paredes dos sales e,

    uma drenagem no interior do salo secundrio. Isso demonstra que, a dinmica do

    sistema crstico da Gruta do Salitre encontra-se ativa. A interpretao geomorfolgica do

    macio da Gruta do Salitre, assim como, dos sales I e II demonstra a importncia do

    sistema crstico desse ambiente. Em razo disso, os estudos devem ser sistemticos e

    multidisciplinares geoqumica de superfcie, hidrologia, pedologia, paleoclimticos etc.,

    alm, da efetivao da proposta de criao da Unidade de Conservao - UC com o

    objetivo de garantir a preservao do patrimnio espeleolgico municipal.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos o apoio logstico das seguintes instituies: UFVJM/Laboratrio de

    Geoqumica Ambiental, UFMG/IGC/CPMTC e a todos que de certa forma contriburam

    para a execuo deste trabalho.

    KARST MORPHOLOGY OF GRUTA DO SALITRE QUARTZITE MASSIVE,

    DIAMANTINA - MG

    Abstract: The aim of this paper is to characterize the karst morphology developed in

    silicate rocks of Gruta do Salitre, in Diamantina-MG, inserted in the lithology domain of

    Espinhao Supergroup, Guinda Group Sopa Brumadinho Formation. The methodological base was developed in three stages: literature and mapping review,

    satellite images interpretation; secondary data research in the Caves National Register - CNC) and the Speleology Brazilian Society - SBE and data tabulation. The second stage consisted of three field campaigns - 2009, 2010 and 2011 prospection; karst morphology and speleological features research, litho-structural factors observation and interpretation, karst and speleological deposition. The third phase was the interpretation of results, use of

    the software ArcGIS 9.3. It was found out that the genesis of the Gruta do Salitre is related to processes of chemical dissolution. The deposition and development of micro-features are associated with the direction of structural lines (SW-NE), which contributed to the

    massive water percolation and this, together with the other weathering agents, caused the chemical dissolution of the quartzite. The similarities between the karst characteristics

    developed in carbonate and not carbonate rocks show that the geomorphology of the study area should be considered as karst and not as pseudocarste karst. After all, the

  • - 19 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    difference corresponds only to the size of speleothems, due to the properties and

    mineralogical composition of the rock, since carbonate lithologies have higher friability. Keywords: Gruta do Salitre, Diamantina, karst geomorphology, Chemistry dissolution

    REFERNCIAS

    BRICHTA, A; PATERNOSTER, K. SCHLL, W, U; TURISNSKY, F. Die Gruta do Salitre

    bei Diamantina, Minas Gerais, Brasilien, Kein, Einsturzloch. Zeitschrift fr

    Geomorphologie. n.24. v. 2. Berlin: Stuttgart. P.236-242, Juni, 1980.

    COMPANHIA MINERADORA DE MINAS GERAIS COMIG. Projeto Espinhao. Belo

    Horizonte: COMIG. 1997. 269p. CD. ROM.

    DIAS, F. S. Estudo do Aqfero Carbontico da Cidade de Barroso (MG): uma

    contribuio a gesto do manancial subterrneo. 2009. 150p. Tese (Doutorado em

    Geologia) Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Belo Horizonte, 2009.

    HARDT, R. Formas Crsticas em Arenito: estudo de caso. 2003. 53p. Monografia de

    Especializao. Universidade Estadual Paulista. Rio Claro. 2003.

    HARDT, R. Carste em Arenito: consideraes gerais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE

    ESPELEOLOGIA, 27, 2003. Januria. Anais eletrnicos. Januria. 2003, p.163 167.

    Disponvel em: .Acesso em: 20 out. 2009.

    INTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS; PERPRETO PARQUE ESTADUAL DO RIO

    PRETO. Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Preto. Encarte 4: Planejamento da

    Unidade de Conservao. Curitiba. 2004.

    KPPEN, W. Climatologia. Mxico. Fundo de Cultura Econmica. 1948.

    MUNSELL, A. H. Soil Color Charts. Baltimore. Maryland: Macbeth. 1981.

    SAADI, A. A. Geomorfologia da Serra do Espinhao de Minas Gerais e de suas margens.

  • - 20 -

    Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM www.ufvjm.edu.br/vozes

    Geonomos, Belo Horizonte, v.3. n. 1. p.41-63. 1995. Disponvel em:

    Acesso em: 20 set. 2010.

    SOUZA, F.C.R; BAGGIO, H; TRINDADE, W.M. Carste em rochas quartzticas da Gruta

    do Salitre. In: Congresso Brasileiro de Organizao do Espao, 1. Seminrio de Ps-

    Graduao em Geografia da UNESP/Rio Claro, 10. 2010. Rio Claro. Anais. Rio Claro;

    UNESP. P. 4982-4992. 2010.

    SOUZA, F.C.R; TRINDADE, W.M. Sistema Crstico em Rochas Quartzticas: estudo das

    caracterstica morfolgicas da Gruta do Salitre em Diamantina-MG. Encontro Regional de

    Geografia, 8. 2010. Montes Claros. Anais. Montes Claros: UNIMONTES. 2010b.

    WILLEMS, L; RODET, J; POUCLET, A; MELO, S; RODET, M. J; COMPRE, P.H;

    HATERT, F; AULER, A. A. Karst in sandstones and quartzites of Minas Gerais, Brazil.

    Cadernos Lab. Geologico de Laxe. Belgium: Corun. 33. p.127-138. 2008.

    WILLEMS, L; RODET, J; FOURNIEL, M; LAIGNEL, B; DUSAR, M. POUCLET, A;

    MASSEIL, N; DUSSARTE-BATISTA, L; COMPRE, P.H; EK, C. Polyphase karst sytem is

    Cretaceous chalk and calcarenite of the Belgian-Dutch border. Berlin Stuttgart: Z.

    Geomorph N.F. V.51. n 3, p. 361-376. Sep./2007.

    Texto acadmico publicado em 10 de maio de 2012, na Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicaes Acadmicas MG Brasil

    N 01 Ano I 05/2012 Reg.: 120.2.0952011 PROEXC/UFVJM

    www.ufvjm.edu.br/vozes