Balada da União - Setembro - Outubro 2011

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PROPRIEDADE: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - o. azeMéis • tel. 918 512 179 /910 253 116 PubliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 309 - seteMbro/outubro 2011 • assinatura anual: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o www.conviviosfraternos.com O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO Procurem as instituições humanas, privadas ou públicas, servir a dignidade e o destino do homem, combatendo ao mesmo tempo valorosamente contra qualquer forma de sujeição política ou social , e salvaguardando , sobre qualquer domínio político , os direitos humanos fundamentais. (GS 29) XXXVIII CONVÍVIO ANIMAÇÃO NACIONAL DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS Era o dia 10 de Setembro e adivinhava-se um grande e me- morável fim de semana. -Eis que começou a viagem. De todos os lados e cantos do país saiam centenas de jovens para a tão esperada Peregrina- ção Anual dos Convívios - Fraternos, rumo a Fátima, Altar do mundo, CANTINHO DE PAZ E DE AMOR nos braços da Mãe de Deus. Sempre que acolhemos a vida na sua plenitude, nas alegrias, tristezas, fracassos, sucessos, vitórias,derrotas, etc., aceitamos a graça da vida. (Continua na pág. 2 BU) HOMILIA DE D. ILÍDIO LEANDRO, BISPO DE VISEU, NA PEREGRINAÇÃO DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS Acreditai, caríssimos jovens, o vosso movimento - assente e firme na Fé em Jesus Cristo e nos valores que Ele proclama na Sua Boa Nova, é necessário ao mundo novo que precisa- mos e é possível construir. Para isso, não fiqueis na teoria; não fiqueis na espiritualidade; - não fiqueis na contempla- ção e na condenação do que é frio, feio e falso… Preparai- vos para assumir tarefas, responsabilidades e compromis- sos – desde já… (Continua na pág. 2 BU) JOVENS CONVIVAS DE BRAGANÇA NA JMJ 2011 EM MADRID É difícil resumir em poucas palavras a grandiosidade de uma JMJ. A vontade é a de contar cada pormenor porque cada mo- mento nos fala de Deus. Quando mais de um milhão e meio de jovens se reúne em torno de um mesmo ideal, em torno do mesmo altar, é impossível que em cada momento não se sinta a presença de Deus. (Continua na pág. 3 JA A GRANDE E DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR Uma verdadeira educação exige a proximidade e a confian- ça, que nascem do amor e a primeira experiência de amor que as crianças fazem é, devia ser, pelo menos, com os seus pais. Mas o verdadeiro educador sabe que, para educar deve dar algo de si mesmo e que somente assim pode ajudar os seus alunos a superarem os egoísmos e prepará-los para um amor autêntico. (Continua na pág. 4 JA) JOVENS ANUNCIAM DEUS PELAS RUAS DE ESTREMOZ Cerca de duas dezenas e meia de jovens, ligados ao movi- mento dos Convívios-Fraternos da diocese de Évora, promove- ram, a partir de 30 de julho, uma jornada de Evangelização na cidade de Estremoz, que se prolongou até ao dia 7 de Agosto. (Continua na pág. 4 JA) CAMINHADA VIVENCIAL DE UM CONVÍVIO – FRATERNO A realização de um convívio fraterno concretiza-se com a realização de 4 encontros ao longo do percurso de um ano que versam sobre os sacramentos da iniciação cristã: (Batis- mo, Confirmação, e Eucaristia) e Reconciliação. (Continua na pág. 2 JA VIAGEM A MADRID DE BENTO XVI POR OCASIÃO DA XXVI JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE Perto de um milhão e meio de jovens vindos de todas as partes do globo, juntaram-se em Madrid, de 28 a 31 de Agos- to, na XXVIJornada Mundial da Juventude. Como na manhã do Pentecostes de há doismil anos, todos os jovens presentes, na diversidade das suas línguas, escutaram as palavras que o sucessor de Pedro lhes dirigiu agradecendo-lhes a presença amiga,louvando e rezando com eles ao Senhor Nosso Deus e incentivado-os a jamais se afastarem do Grande Amigo-Jesus Cristo. Transcrevemos neste número do Balada as partes dos discursos do Papa em que ele interpelou diretamente os jo- vens. (Continua na pág. 3 e 4 BU) FIRMES NA FÉ E tudo começou quando o sol raiava e entrava pela janela. Era de manhã cedinho, mas algo nos despertava e dizia: upa upa…, toca a levantar! Era dia 10 de Setembro e avizinhava-se um grande e memo- rável fim-de-semana. Eis que começou a viagem, e, de todos os lados e cantos do país, saiam centenas de jovens para a tão esperada Peregrinação Anual dos Convívios Fraternos, rumo a Fátima, o Altar, o Can- tinho de Paz e Amor nos Braços da Mãe de Deus. (Continua na pág.2BU)

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Balada da União - Setembro - Outubro 2011

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ProPriedade: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - o. azeMéis • tel. 918 512 179 /910 253 116PubliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 309 - seteMbro/outubro 2011 • assinatura anual: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o

www.conviviosfraternos.com

O MEU AVIVAR DE COMPROMISSOProcurem as instituições humanas, privadas ou públicas, servir a dignidade e o destino do homem, combatendo ao

mesmo tempo valorosamente contra qualquer forma de sujeição política ou social , e salvaguardando , sobre qualquer domínio político , os direitos humanos fundamentais.

(GS 29)

XXXVIII CONVÍVIO ANIMAÇÃO NACIONAL DOS

CONVÍVIOS-FRATERNOSEra o dia 10 de Setembro e adivinhava-se um grande e me-

morável fim de semana.-Eis que começou a viagem. De todos os lados e cantos do

país saiam centenas de jovens para a tão esperada Peregrina-ção Anual dos Convívios - Fraternos, rumo a Fátima, Altar do mundo, CANTINHO DE PAZ E DE AMOR nos braços da Mãe de Deus. Sempre que acolhemos a vida na sua plenitude, nas alegrias, tristezas, fracassos, sucessos, vitórias,derrotas, etc., aceitamos a graça da vida.

(Continua na pág. 2 BU)

HOMILIA DE D. ILÍDIO LEANDRO, BISPO DE VISEU,

NA PEREGRINAÇÃO DOS CONVÍVIOS-FRATERNOS

Acreditai, caríssimos jovens, o vosso movimento - assente e firme na Fé em Jesus Cristo e nos valores que Ele proclama na Sua Boa Nova, é necessário ao mundo novo que precisa-mos e é possível construir. Para isso, não fiqueis na teoria; não fiqueis na espiritualidade; - não fiqueis na contempla-ção e na condenação do que é frio, feio e falso… Preparai-vos para assumir tarefas, responsabilidades e compromis-sos – desde já…

(Continua na pág. 2 BU)

JOVENS CONVIVAS DE BRAGANÇA NA JMJ 2011

EM MADRIDÉ difícil resumir em poucas palavras a grandiosidade de

uma JMJ.A vontade é a de contar cada pormenor porque cada mo-

mento nos fala de Deus. Quando mais de um milhão e meio de jovens se reúne em torno de um mesmo ideal, em torno do mesmo altar, é impossível que em cada momento não se sinta a presença de Deus.

(Continua na pág. 3 JA

A GRANDE E DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR

Uma verdadeira educação exige a proximidade e a confian-ça, que nascem do amor e a primeira experiência de amor que as crianças fazem é, devia ser, pelo menos, com os seus pais. Mas o verdadeiro educador sabe que, para educar deve dar algo de si mesmo e que somente assim pode ajudar os seus alunos a superarem os egoísmos e prepará-los para um amor autêntico.

(Continua na pág. 4 JA)

JOVENS ANUNCIAM DEUS PELAS RUAS DE ESTREMOZ

Cerca de duas dezenas e meia de jovens, ligados ao movi-mento dos Convívios-Fraternos da diocese de Évora, promove-ram, a partir de 30 de julho, uma jornada de Evangelização na cidade de Estremoz, que se prolongou até ao dia 7 de Agosto.

(Continua na pág. 4 JA)

CAMINHADA VIVENCIAL DE UM CONVÍVIO – FRATERNOA realização de um convívio fraterno concretiza-se com a

realização de 4 encontros ao longo do percurso de um ano que versam sobre os sacramentos da iniciação cristã: (Batis-mo, Confirmação, e Eucaristia) e Reconciliação.

(Continua na pág. 2 JA

VIAGEM A MADRID DE BENTO XVI POR OCASIÃO DA XXVI

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Perto de um milhão e meio de jovens vindos de todas as partes do globo, juntaram-se em Madrid, de 28 a 31 de Agos-to, na XXVIJornada Mundial da Juventude. Como na manhã do Pentecostes de há doismil anos, todos os jovens presentes, na diversidade das suas línguas, escutaram as palavras que o sucessor de Pedro lhes dirigiu agradecendo-lhes a presença amiga,louvando e rezando com eles ao Senhor Nosso Deus e incentivado-os a jamais se afastarem do Grande Amigo-Jesus Cristo. Transcrevemos neste número do Balada as partes dos discursos do Papa em que ele interpelou diretamente os jo-vens.

(Continua na pág. 3 e 4 BU)

FIRMES NA FéE tudo começou quando o sol raiava e entrava pela janela. Era

de manhã cedinho, mas algo nos despertava e dizia: upa upa…, toca a levantar!

Era dia 10 de Setembro e avizinhava-se um grande e memo-rável fim-de-semana.

Eis que começou a viagem, e, de todos os lados e cantos do país, saiam centenas de jovens para a tão esperada Peregrinação Anual dos Convívios Fraternos, rumo a Fátima, o Altar, o Can-tinho de Paz e Amor nos Braços da Mãe de Deus.

(Continua na pág.2BU)

SETEMBRO/OUTUBRO 20112

Tudo começou quando o sol raia-va e entrava pela janela, era de ma-nha cedinho, mas algo nos desperta-va e dizia upa upa toca a levantar!

Era dia 10 de Setembro e avizi-nhava-se um grande e memorável fim-de-semana.

Eis que começou a viagem, de to-dos os lados e cantos do pais saiam centenas de jovem para a tão espe-rada Peregrinação Anual dos Conví-vios Fraternos, rumo a Fátima o nos-so Altar, o nosso Cantinho de Paz e Amor nos Braços da Santa Mãe.

Para muitos a viagem foi longa, para outros foi mais curta mas em todos ia um brilho nos olhos, uma sede de Fé, de Amor, de Partilha e de Convívio.

Acabamos por chegar a Fátima, momento de união e partilha de farnéis, cada um dava um pou-co do seu alimento ao outro, mas ainda muito estava por partilhar Começaram a despontar nos vários rostos milhares de sorrisos que nos mostravam que tudo naquele lugar era único e maravilhoso, foi então que começou o primeiro grande momento do nosso fim-de-semana: – a Reconciliação, esta realizou-se numa das criptas da nova basílica, pois não tínhamos o nosso Paulo VI, o que fez com que tudo se tornasse um pouco diferente dos anos ante-riores. Facto que fez com que cada momento fosse mais solene e calmo que em anos anteriores.

Após o momento de perdão está-vamos aptos para nos encontrarmos cada vez mais com aquele Filho e com a sua “Mamã”… Tudo parecia mágico: sentia-se o Amor que saia de dentro de cada um dos Jovens ali presentes.

De seguida todos oferecemos um pouquinho de nós àquela Mamã com um momento inteiramente dedicado a ela – a tão aguardada Celebração Mariana, onde tantos jo-vens se entregaram ao seu profundo Amor.

Neste momento estávamos todos em euforia, já carregados com o seu amor, foi então que a Diocese de Bra-gança – Miranda teve o seu momen-to de intimidade, de partilha, onde não faltaram os sorrisos nem algu-mas lágrimas, foi o momento de dar boas vindas aos novos membros, convidando-os mais uma vez a co-nhecerem este amor infinito, este so-nho que é tão real e no fim de tudo a seguir este Olhar Sedutor, eis que os novos membros desta tão grande fa-mília se sentiram acolhidos, mas não podemos esquecer os mais velhotes, aqueles que a todos nos ensinaram que a vida só assim vale a pena! DEUS É AMOR

Já as horas iam avançado quando todos fomos convidados a ofere-cer um belo ramo de rosas a nossa Mamã, rezando lhe um terço segui-da da tão desejada Procissão das Velas, momentos únicos que a todos

nos tocam no coração e nos fazem ter cada vez mais certezas de que este é o único caminho que temos a seguir. É caso para dizer: AQUI SOMOS FELIZES!!!

O cansaço já era muito mas, mes-mo assim, ainda houve forças para mais um momento de partilha e de devoção a esta Mamã, uma vigília na Basílica da Santíssima Trindade, toda esta preparada pela Diocese do Porto. Foi um momento ver-dadeiramente solene, onde todos encontramos aquela Mamã e nos aconchegamos no Seu colo doce e terno que nunca nos abandona, para com Ela louvarmos, glorificarmos e agradecermos a presença misteriosa e encantada de Seu filho: Jesus Eu-caristia.

Chegou a hora do descanso. Era tão desejado por todos mas já se sentia nos corações o momento do adeus, o que fazia com que todos pedissem para que aquele dia não mais chegasse ao fim

No dia seguinte o sol voltou a en-cher o santuário e com ele os jovens se levantaram, partilharam sorrisos e desejos. Maria tinha descido sobre cada um deles, fazendo com que cada um quisesse ser como a semen-te da melancia, evangeliza-se todos ao seu redor…

O dia começou com mais um ramo de flores à Mãe do céu, se-guida da tão desejada Celebração Dominical, onde a participação dos jovens dos Convívios Fraternos se iria fazer sentir no momento da Ac-ção de Graças, pois neste momento todas as dioceses subiriam ao Al-tar do Mundo e cantariam a Sua Prece afirmando ao mundo que: – FIRMES NA FÉ, DIREMOS SEM-PRE SIM AO AMOR!! –

Estávamos a celebrar a nossa união a este Deus vivo que nos ama, e também a começar a despedida, pois já o tempo começava a escas-sear e a nossa vida continuava, mas agora com muito mais força, co-ragem e vontade de lutar pelo que vale a pena: o amor a Deus, a Nós e ao Próximo.

Chegou a hora do adeus, fez-se uma festa com todas as dioceses, trocaram-se sorrisos e lembranças e prometemos que para o ano vamos voltar, para reafirmarmos o nosso Amor a este Deus que nunca nos abandona.

E foi mais uma peregrinação !… Mais um reacender das chamas que tantas e tantas vezes parecem querer apagar-se e deixar de exis-tir, mas, quando algo é nosso e nos faz felizes, não desaparece, mas sim permanece

Até para o ano Fátima Conviva

Ana Seca CF936

Bragança - Miranda

Passaram poucos dias desde Ma-drid, onde tantos de vós estivestes e onde ouvistes o Papa que vos falou e vos dirigiu mensagens tão belas, tão fortes, tão ricas e tão cheias de espe-rança… Tinha já dito antes Bento XVI e repetiu-o ali, que, no início do ser cristão, não há mais nada – ideologia ou ética – mas há Alguém muito es-pecial: Jesus Cristo. Nas mensagens do Papa sobressaem os apelos a um novo perfil de jovem cristão, que veja em Jesus o sentido da sua vida, tor-nando-se testemunho vivo e feliz do Seu Evangelho e agente alegre e acti-vo de um mundo melhor… Nas lei-turas de hoje, com o convite a olhar-mos o fim e o sentido que iluminam a existência; com a certeza de que não somos para a morte mas para a vida e para o Senhor da vida e com o convite de Jesus a vivermos o perdão e a misericórdia, como das mais belas faces do cris-tão, ficam os traços mais importantes deste perfil do jovem cristão e firme na Fé.

Pode acontecer que o tema do perdão vos leve a dizer: nós, os jo-vens, não temos inimi-gos. No nosso coração jovem não há histórias de rancor, ira ou desejos de vingança de ninguém – estamos em paz com a vida e com o mundo; queremos crescer e viver a nossa vida não criando problemas; somos tole-rantes e aceitamos a vida e os outros com coração grande e magnânimo... Sim, o coração dos jovens é o que está mais perto do futuro de que nos fala a 1ª leitura. Sim, o vosso coração está carregado de ideais nobres… Porém, logo e depressa, vos confrontais com a vontade de tirar um curso e de seguir uma vocação; com a necessi-dade de constituirdes família; com a procura de um emprego estável e digno que alimente a vossa esperan-ça… e deparais com toda uma série de obstáculos, com portas fechadas, constatando que a Sociedade está em crise e está minada e caótica. Fácil é notar que os ideais de justiça, de so-lidariedade, de paz, de amor – bases essenciais para uma globalização cultural e socialmente justa – estão hipotecados… E, talvez analisando um por um os fios que tecem o vosso presente e preparam o vosso futuro, dais conta que estão falseados e in-viabilizam a sã e positiva esperan-ça… Sem dúvida, abunda a incerteza e é grande a insegurança quanto ao futuro…

Fácil será, então, ver culpas e cul-pados… Fácil será desculpar-se com os erros dos outros, ou enveredar por um desânimo desmobilizador, bus-cando alternativas fáceis e alienantes, vazias e penalizadoras. Tendes mui-tas razões para assim pensardes… Porém, no início do ser cristão está Jesus Cristo que perante todo o erro e todo o mal aponta a conversão, que perante todas as ofensas ensina o perdão e a todos oferece o amor.

A acusação, a vingança, a ira, a lei de Talião, a lei do mais forte… tudo isto é Antigo Testamento e foi su-perado por Jesus Cristo. São gestos com a Sua matriz – a do perdão e do amor como os de João Paulo II que perdoou a quem o quis assassinar – que fazem progredir e avançar o mundo construindo o futuro e seme-ando a esperança. Não são os gestos que têm a matriz do 11 de Setembro de há 10 anos e que tem marcado as relações entre os povos e entre as na-ções. Estes gestos semeiam o medo, a vingança, o terrorismo, dividem o mundo em submundos e em blocos antagónicos e fazem do mundo uma selva onde cada um receia cada outro e, quer nas relações de proximidade e de vizinhança, quer nas profissio-

nais e laborais e antes e mais do que o companheiro e o amigo, vê-se o ad-versário, o concorrente e, tantas ve-zes, o inimigo a vencer e a eliminar.

Caríssimos jovens, o mundo preci-sa de mudar o paradigma de vida, as referências de desenvolvimento e os sistemas de organização económica e social. O mundo dos excluídos, dos refugiados, das crianças-soldado, das desigualdades injustas… enver-gonha os cristãos. As ofertas para as mudanças necessárias precisam-se, vindas da razão e da inteligência, iluminadas e fortalecidas pela Boa Nova de Jesus Cristo e pela Fé… Dos actuais líderes e responsáveis pouco se tem visto de novo e de grande… Dos jovens de hoje deve esperar-se tudo para um amanhã melhor… ”Firme na Fé digo SIM ao Amor” é o lema desta nossa peregrinação. Sim, firmes na Fé, sem calculismos ou ideias preconcebidas, sem filosofias alienatórias. Sim, firmes na Fé em Je-sus, dizendo SIM ao Amor em todas as circunstâncias e a todas as pessoas – sempre. O mundo precisa de cris-tãos firmes na Fé, que ultrapassem o mesquinho das leis, das ambições egoístas e dos projectos económico-financeiros que geram permanentes desequilíbrios e injustiças, sempre a desfavorecer os mais fracos e peque-nos… O mundo precisa de enfrentar as verdadeiras causas de todas as cri-ses: falta de confiança, de justiça, de perdão, de fraternidade…

Acreditai, caríssimos jovens, o vos-so movimento – assente e firme na Fé em Jesus Cristo e nos valores que Ele proclama na Sua Boa Nova – é neces-sário ao mundo novo que precisa-mos e que é possível construir. Para

isso, não fiqueis na teoria; não fiqueis na espiritualidade; não fiqueis na contemplação e na condenação do que é frio, feio e falso… Preparai-vos para assumir tarefas, responsabili-dades e compromissos – desde já… Sobretudo procurai e amai a verda-de, a justiça e o amor!... Levai à prá-tica o Evangelho; concretizai o amor exigente, fiel, fecundo e feliz!... Como pede Ben-Sirá e transpondo-o para o Novo Testamento, olhai Jesus Cristo e amai o mundo; aprendei com Jesus Cristo e perdoai a todos; escutai Jesus Cristo e segui-o; amai Jesus Cristo e anunciai-o...

“Firme na Fé, digo SIM ao Amor” – é o lema que vos traz aqui, como membros do Movimento “Conví-vios Fraternos”, mas é, também, o

caminho e o segredo para a renovação do mundo. Amai o vosso Movimento! Procurai mantê-lo como precio-so meio e oportunidade de 1º anúncio de Cristo, de Iniciação Cristã, de formação séria, de Evan-gelização dos jovens de hoje e de integração na Igreja, na comunhão com as vossas Comu-nidades paroquiais e diocesanas! Acrescentai mais e mais jovens que

vivam o vosso lema com o coração, trazendo alegria, paz e esperança ao vosso futuro, num mundo que pre-cisa de vós para ser novo, belo e fe-liz… Mas, chamo a vossa atenção: o mundo e a Igreja não precisam tanto de jovens de laboratório, a viver a Fé no aconchego dos Movimentos ou com o seu grupo, de cores e de tra-jes iguais… O mundo e a Igreja pre-cisam de jovens inseridos nas mais diversas áreas da vida social, econó-mica, laboral, académica, jurídica, política, com linguagem, comporta-mento e testemunho sério e autêntico que sejam referências de um mundo e de uma Igreja que anseiam por mu-danças a partir do interior e no mais profundo dos valores, dos critérios e dos caminhos de renovação… É pre-ciso que vós, jovens, sejais alternativa válida ao mundo de hoje: alternativa ao pessimismo, ao egoísmo, à vida sem Deus… Para tudo isso, não bus-queis, em stress permanente e esva-ziante, as modas e as novidades nos media ou nos tops de cada montra, elegendo-os como criadores da ver-dade, do bem ou do justo! Jesus, que marca encontro na Eucaristia de cada Domingo na vossa Comunidade, es-cutado na Sua Palavra e no silêncio da oração, Ele sim, diz no coração de cada um de vós, o que é novo e verdadeiro, o que é justo e recto, o que é bom, belo e santo… Aqui, na Casa de Maria, invocai-a como Mãe e Protectora e contai sempre com a Sua ajuda!... Vivei a Fé com alegria!... Partilhai-a com os vossos amigos!... Apoiai-vos uns nos outros, vivendo em comunhão com a Igreja!... Sede firmes na Fé e testemunhas de Cristo no mundo!...

FIRMES NA Fé HOMILIA DE D. ÍLIDIO, BISPO DE VISEU

XXXVIII CONVÍVIO - ANIMAÇÃO NACIONAL

Suplemento Do BAlADA DA unIÃo nº 309 • SetemBro/outuBro/11 • proprIeDADe DA comunIDADe terApêutIcA • n.I.p.c. 503298689

Jovens em AlertaJovens em Alertawww.conviviosfraternos.com

CONVÍVIOS FRATERNOS RUMO

AO FUTURONOS DIAS 28, 29 E 30 DE JULHO DE 20111156 – Em Maputo, Moçambique, para jovens moçambicanos

NOS DIAS 29, 30 E 31 DE Julho 20111157 – Na Casa do Clero, em Bragança, para jovens desta dio-cese

NOS DIAS 4, 5 E 6 DE AGOSTO DE 20111158 – Em Eirol, Aveiro, para jovens da diocese do Porto

NOS DIAS 28 , 29 E 30 DE OUTUBRO 20111159 – Em Paris, para jovens emigrantes da cidade de Paris.

NOS DIAS 29, 30 E 31 DE OUTUBRO DE 20111160 – Em Vila Real, para jovens desta diocese1161 – Na Casa de Retiros de Viseu, para jovens desta diocese1162 – Casa de Retiros do Palmeiral, para jovens da diocese do Algarve

NOS DIAS 25, 26 E 27 DE NOVEMBRO DE 20111163 – Em Ressano Garcia, Maputo, Moçambique, para jo-vens moçambicanos

NOS DIAS 1, 2 E 3 DE DEZEMBRO DE 20111164 – Em Coimbra, para jovens desta diocese

NOS DIAS 15, 16 E 17 DE DEZEMBRO DE 20111165 – Em Maputo, para jovens moçambicanos

NOS DIAS 17, 18 E 19 DE DEZEMBRO DE 20111166 – No Seminário do Preciosíssimo Sangue, para a diocese de Portalegre - Castelo Branco1167 – No Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Beja, para jovens desta diocese

NOS DIAS 27, 28 E 29 DE DEZEMBRO 20111168 – No Seminário de Santarém para jovens desta diocese1169 – Em Eirol , Aveiro ,para jovens da diocese do Porto.1170 – Em Vila Viçosa, para jovens da Diocese de Évora

Por problemas da tipografia, a que fomos alheios, só foi pos-sível publicar em papel o número 308 do Balada da União re-ferente aos meses de Maio/Junho na última quinzena do mês de Agosto- Por essa razão este número que deveria ser apenas referente aos meses de Setembro - Outubro inclui... também os meses de Julho e Agosto, pelo que pedimos desculpa aos nossos leitores que se sentiram lesados com a sua falta-

Apesar das dificuldades económicas que continuamos a sentir neste tempo de crise, vamos continuar a esforçarmo - nos para que o nosso elo de união continue bimestralmente a bater à porta de todos os convivas interessados em o receber neste formato.

O meu início no mundo das drogas foi com haxixe e devia ter 15 a 16 anos de idade.

Comecei porque, praticamente, todo o meu grupo de amigos já o fazia e, para que fosse como eles,“os ditos maiores” (pura estupidez??). Mas, de facto, foi assim que me iniciei em festas onde álcool e as ditas pastilhas abun-davam, e que passei a usar também nessa altura. Tudo parecia perfeito. Não haviam preocupações ou respon-sabilidades. Apesar disso nessa altura trabalhava e conseguia bom desem-penho no trabalho, porque no uso das drogas que em cima referi, era só ex-cessivo ao fim de semana. Nessa altura não notava ainda destruição de vida até porque, como disse anteriormente, tudo pa-recia normal.

Depois vieram as ditas drogas puras, que expe-rimentei pela primeira vez aos 18 anos quando cumpria o serviço militar obrigatório. A primeira que experimentei foi he-roína e, em boa verdade, não achei piada nenhu-ma ao estado em que fi-quei até porque vomitei e fiquei mal disposto. Embora muitos dos meus amigos se tivessem agarrado nessa altura a esta droga devido a uma falha de haxixe que existiu durante um bom período de tempo, já se falou que essa falha foi propositada para que facilitasse a en-trada no mercado da heroína que seria muito mais rentável que o haxixe. Se assim foi, não sei, sei apenas que quase todos os meus amigos consumidores de haxixe passaram a usar e a depen-der da heroína.

Comigo não foi assim porque, como não gostei, tive curiosidade em experi-mentar cocaína, até porque tudo o que disse em relação a ela era que nada se lhe podia comparar.

Antes de experimentar fui alertado que, depois da primeira base que fu-masse, não ia parar enquanto tivesse dinheiro. Nesse dia tinha 40 contos comigo. Ganhava bem porque era en-carregado numa firma de um tio meu e daí dar-me ao luxo de vir de fim de semana da tropa e andar com esses va-lores comigo. Por acaso nesse dia não tinha multibanco e ainda bem!

Certo é que o aviso que o meu amigo

me deu de que se a experiência se con-cretizasse iria derreter o dinheiro todo que tivesse, teve da minha parte a res-posta. O certo é que, depois de fumar a primeira base, não parei até que todo o dinheiro que tinha comigo fosse gasto e só no dia seguinte percebi que o aler-ta do meu amigo era realmente real, e, pior que isso, percebi de imediato que a cocaína passou a ser a minha droga de eleição e nela e para ela vivi durante dois anos.

Aos vinte anos, já com graves pro-blemas de dependência da mesma resolvi, então, usar novamente heroína para acalmar a ansiedade provocada pela cocaína. E a partir desse momen-to, foi uma questão de tempo para que

a transição da droga de eleição pas-sasse a ser o relaxe da heroína. Dessa experiência à fase da ressaca foram se-manas, se tanto, e aí, sim, começou a destruição e as consequências.

A primeira para mim e a mais grave foi, a perda da minha namorada, com a qual já mantinha um relacionamento de quatro anos e já com muitos planos de vida delineados.

Ainda bem, porque ela conseguiu construi-los sozinha e é completamente autónoma, dona de um salão de bele-za, com colaboradoras a trabalhar para ela, com viaturas e casa própria conse-guindo tudo isso com o seu trabalho, força e alguma ajuda. Planos que eram nossos, passaram a ser só dela, incluin-do um filho que optou por abortar a ter um filho da pessoa que ela amava mas que, na realidade, já não era a mesma, era um drogado.

Já eu ressacava, na altura em que ela me transmitiu, escorrendo-lhe lá-grimas pelo rosto que tinha matado o nosso filho.

No momento que ela diz que matou o nosso filho, a minha vida deixou de

ter sentido e, a partir daí, não me vi-nha ao pensamento procurar ajuda ou mesmo querer parar, muito pelo con-trário, enterrei-me até à cabeça, aban-donei um trabalho que mantinha há 11 anos e isso seguido de muitas outras coisas, como vender bens adquiridos com suor a altos valores e deixá-los em troca de drogas por bacatelas, até ao ponto que a única coisa de valor que tinha era o carro e que utilizei para alimentar o vício sem ter que o ven-der, mas usando-o como táxi ilegal de transporte de toxicodependentes e, por vezes, de traficantes que me pagavam com a sua preciosa droga. Foi assim, até o carro me ser apreendido por falta de seguro e inspeção. A partir daí era o

desenrasca-te como pu-deres, desde roubo de cobres, a armazéns de peles, a sucatas, a pedir às portas para institui-ções que nem sequer existiam, tudo era forma para matar a ressaca.

Em determinado mo-mento dei comigo liga-do às máquinas de rea-nimaçãoe manutenção de um hospital, pela 2ª vez numa semana, pelo facto de ter entrado em

overdose.Uma enfermeira disse-me: jovem, tu

hoje entraste cá morto e vais sair vivo. Aproveita a 2ª oportunidade que te foi dada. Não me lembro de outra frase que me tenha posto a refletir tanto na minha vida. Naquela altura injetava em média 25 doses de heroína todos os dias. À saída do hospital disse para mim mesmo: acabou, sozinho não con-sigo, vou abrir o jogo à família (que no fundo já suspeitavam, mas a quem eu fui sempre negando)

Esse foi o primeiro passo.Umas semanas depois estava a ser

atendido e ajudado no CAT com o apoio e a ajuda preciosa da minha fa-mília.

No CAT, a primeira ajuda e imediata foi passarem-me a substitutos, no caso subtex - que não era uma solução mas uma espécie de remediação - até que fosse feito o trabalho necessário para chegar à desintoxicação física seguida de tratamento terapêutico em comu-nidade, o que veio a concretizar-se 2 meses depois.

Marco

CAMINHADA DOLOROSA!... MAS LIBERTADORA

BALADA DA UNIÃO

Jovens em AlertaJovens em Alerta SETEMBRO/OUTUBRO 20112

Porto

O convívio fraterno 1158 aconteceu nos dias 4, 5 e 6 de Agosto em Eirol, para jovens da diocese do Porto. O convívio Fraterno con-tou com a presença de 26 novos convivas que aceitaram o convite para 3 dias de encontro consigo, com os outros e com Deus.

No calor de Agosto foi bom partilhar o dom do amor de Deus, em cada um dos par-ticipantes.

Na sociedade que vive em crise financeira, económica e em crise de valores, por vezes parece que está tudo perdido, que já não há Esperança. No convívio fraterno Jesus surge a seduzir cada um dos jovens participantes e a infundir no seu espírito a Esperança, e quem dá Esperança dá tudo!

Os problemas da escola, universidade, tra-balho, desemprego, família, relacionamentos pessoais e tantos outros problemas que afli-gem os jovens, não são resolvidos no conví-

vio de uma forma mágica nem miraculosa…. O grande milagre do convívio fraterno é a sedução de Jesus Cristo que olha no íntimo de cada um de nós, nos oferece o Amor e nos convida a sermos testemunhas junto dos ou-tros jovens e na sociedade. No convívio per-cebemos que o esforço e os sacrifícios fazem sentido se alicerçados no Amor…. E nesta Fé e nesta Esperança as dificuldades não serão sinónimo de desespero e de desesperança, mas sim, sinal de um caminho a ser percorri-do de forma a alcançar a Felicidade.

O encerramento aconteceu no salão paro-quial de Cortegaça com a presença de muitos amigos que testemunharam o que é ser con-viva fraterno do 1158.

O quarto dia já decorre na esperança que seja longo e inspirado por Deus Amor.

António Silva

Convívio Fraterno 1158 o enContro Com Deus no amor

Em pleno tempo de férias, nos dias 13 a 15 de Agosto, em Eirol, realizou-se o 38º. Conví-vio Fraterno com a participação de 12 casais. Não foi fácil, neste tempo propício ao laser e descanso, aceitar este convite, mas foi uma oportunidade para encontrarem respostas para os seus problemas e dificuldades que muitos casais enfrentam no seu dia a dia e que os atormentam.

Durante estes 3 dias, os casais foram con-frontados com os verdadeiros valores da vida e estes passam por uma vivência em família numa comunhão com Deus, com os filhos e com os outros através do diálogo e da oração que se transforma numa união de amor.

A alegria que sentiram no (re)encontro com o Pai, depois de alguns anos afastados d’Ele, e na união mais forte entre os esposos, é inexplicável.

Durante o Convívio ficou combinado em reencontrarmo-nos no dia 25 de Setembro de 2011 para partilharmos a vivência do 4º. dia.

A festa de encerramento, que decorreu no salão paroquial de Santiago de Riba-Ul, foi inesquecível, pois em tempo de férias, esteve muita animada tanto pelos participantes no Convívio como por todos os casais e jovens que enchiam o salão.

A equipa coordenadora.

HÁ FéRIAS INESQUECÍVEIS!

No dia 17 de Setembro, após o encontro na-cional Conviva em Fátima, realizou-se uma festa de pós convívio de 4 convívios frater-nos, em Loureiro, diocese do Porto. Estiveram presentes os jovens do Convívio Fraterno n.º 1131 no seu quarto encontro, os jovens dos Convívios Fraternos n.º 1138 e 1143 ambos no

terceiro encontro, bem como esteve presente Convívio fraterno nº1152 no seu segundo en-contro. No post convívio estiveram presentes, cerca de metade dos jovens, que realizaram os convívios fraternos atrás referidos.

Cada pós convívio realiza 4 encontros ao longo do ano que versam os sacramentos de iniciação cristã (Baptismo, Eucaristia e Con-firmação) e a Reconciliação.

O encontro começa logo de manhã com as boas-vindas e o acolhimento dos convivas a que se segue a oração da manhã. Após este momento cada Convívio, no seu local de tra-

balho, desenvolve ao longo do dia o tema que preparou para a jornada. Os jovens dos qua-tro Convívios partilham o almoço que trou-xeram nas mochilas, o que é um momento de informalidade e de encontro.

No final do dia os jovens voltam-se a en-contrar para celebrarem uma festa formal de

acção de graças e de encontro com Jesus, que se oferece a cada um de nós, por Amor no seu corpo e sangue na Eucaristia. A Eucaristia é o momento alto de oração e de encerramento.

A festa do post convívio é uma boa oportu-nidade de encontro dos jovens convivas, bem como, uma oportunidade de formação e de oração, tendo presente Jesus que nos seduz a cada instante e nos instiga a dizer SIM ao AMOR e a SER, em cada dia, FIRMES NA FÉ.

António Silva

FESTA DO POST CONVÍVIO, A VIVêNCIA DO 4º DIA DO CONVÍVIO FRATERNO

A tarde começou por se tornar muito agra-dável, com calor, quer humano, quer do tempo. Foi muito belo ver chegar o padre Armando, com a camisa molhada por fora, o coração mo-lhado por dentro, pela emoção, e as respectivas lágrimas a saltar dos olhos. Era a emoção de rever pessoas que há muito tempo por ali não passavam e que, um a um ele ia reconhecendo e que ago-ra traziam ali a sua prole que, entre gritos e brincadeiras o iam delician-do.

A faixa que o aguardava reflectia isso mesmo: o agradecimento por tudo o que ele tem feito por nós e si-multaneamente a alegria dos seus dois recentes aniversários; o natalício e os 37 anos de sacer-dócio no dia 7 de Julho.

Mas foi de volta de um porco no churrasco que começamos por nos congregar. Vieram de-pois os jogos e o reviver os bons momentos já vividos pelo padre Armando e que ainda que-remos voltar a viver e alguns testemunhos de antigos convivas, que muito o marcaram. Entre risos e lágrimas fomos percorrendo o “rosário” desta vida de comunhão.

Terminámos com a eucaristia, onde pudemos tornar bem presentes as nossas orações no sen-tido da saúde deste grande Homem e depois

de Padre e depois da comunhão desta grande família de cristãos. Foi com o cântico “Senhor da Cruz” que terminámos esta celebração, o qual embalou o padre Armando até este mes-mo Senhor que, na cruz Se entregou por todos os nossos sofrimentos e, de forma muito par-

ticular neste momento, pelo sofri-mento do padre Armando.

Ultrapassamos a barreira dos 150, entre convivas, famílias e ou-tros amigos. Todos queriam, neste momento menos bom da saúde do padre Armando dar-lhe um abra-ço, um beijo, um olá, etc. Também o nosso fundador, o Padre Valente,

o Simão e família fizeram questão de estar nes-ta tão merecida homenagem, e que tão impor-tante foi, para o sentido da universalidade e da comunhão do movimento e para a força que o padre Armando bem precisa.

Damos graças a Deus pelo dom da vida e re-zamos para que esse mesmo Deus Se possa fa-zer muito presente, neste momento da vida do padre Armando e que nos permita ter outros momentos destes, na companhia deste grande Homem e que a saúde possa ainda brindá-lo.

Obrigado a todos os que quiseram e pude-ram estar presentes.

A equipa

OBRIGADO PADRE ARMANDO

Jovens em AlertaJovens em Alerta 3SETEMBRO/OUTUBRO 2011

Bragança

Chegava, enfim, o grande dia. Após um ano de preparação para a Jornada Mundial da Juventude, um grupo de jovens do Movimento Convívios Fra-ternos, acordou no dia 18 de Agosto de 2011, ainda de madrugada, com o coração cheio de alegre an-siedade e de desejo de descoberta. Antes de iniciar a viagem e com o sol ainda a nascer no horizonte, o nosso Pastor, D. António Montes Moreira, deu-nos a bênção e com ela, uma pequena cruz. “Chegou a minha hora e a tua de arriscar”, cantávamos após a oração de envio. E nós quisemos arriscar porque sa-bíamos que seria um risco que valeria muito a pena

A viagem começou alegre, com o sol a despontar no horizonte que, nesse dia, brilhava também no entusiasmo das canções e dos sorrisos. Parámos em Ávila onde já começavam a avistar-se bandeiras do mundo inteiro e onde se ouvia pelas ruas, o alegre canto de jovens vindos dos quatro cantos da terra. Ávila, contou-nos uma história real da santidade de Teresa que a todos impressionou.

Eram as cinco da tarde quando chegámos a Villa-viciosa de Odón, a paróquia que nos iria acolher nos dias de Jornada. Pouco tempo depois, chegava Ismael, um seminarista daquela cidade e um dos vo-

luntários da JMJ, que desde o primeiro instante se mostrou disponível e atento para acolher. Celebrá-mos a primeira Eucaristia, na Igreja da Paróquia. Um momento que ficará para sempre no nosso coração. Soubemos depois que o grupo iria ser acolhido por diferentes famílias da paróquia; uma experiência que, apesar de ser nova para todos nós, sabíamos de antemão que iria ser certamente enriquecedora e maravilhosa. E foi. Cada uma das famílias que nos acolheu foi de facto, a imagem de Cristo que acolhe.

Na sexta feira, Após a Eucaristia, os cerca de 1500 peregrinos acolhidos em Villaviciosa de Odón, fo-ram recebidos pelo Presidente da Câmara e convida-dos a visitarem algumas partes da cidade. No final do passeio, mais uma surpresa muito especial uma cruz de madeira entregue a cada um dos peregrinos, feita pelas mãos de um dos habitantes da cidade especialmente para as Jornadas. Que maravilhoso momento! Tornou-se impossível deter a emoção e as lágrimas provocadas por um gesto tão simples mas tão especial.

Depois do almoço, seguimos para o centro de Ma-drid para participar na Via-sacra, com o Papa Ben-to XVI e que seria um dos pontos altos da JMJ. Em profundo recolhimento, os milhares de jovens que ali se encontravam, fizeram oração e meditaram na Paixão de Jesus, tendo como cenário obras-primas da arte espanhola que chegaram de toda a Espa-nha especialmente para a JMJ. Terminávamos o dia

cheios de cansaço mas com o coração a transbordar de alegria.

Sábado de manhã, após a Eucaristia, despedimo-nos entre lágrimas das famílias que nos acolheram e fomos em direcção ao aeródromo de 4 ventos onde decorreria a vigília de oração com o Santo Padre. Após uma caminhada de 4 quilómetros sob o sol tórrido do Verão de Madrid, chegámos finalmente. Ali estava um milhão e meio de jovens vindos do mundo inteiro e unidos no mesmo ideal. Um milhão e meio de jovens que rezaram e cantaram juntos, de-sejosos de Infinito e de uma vida com mais sentido. À noite, a chegada do Santo Padre, provocou entre os jovens a euforia “esta és la juventud del Papa”, ouvia-se por toda a parte! A Igreja jovem, viva e Uni-versal, manifestava todo o poder de Jesus Cristo. E eis que chega a tempestade. Chuva torrencial, ven-to forte e relâmpagos marcaram presença na vigília de oração. “Permanecei no meu amor” dizia-nos o Evangelho desse dia, em sintonia com o som do trovão. Que momento maravilhoso! Firmes na fé, ali permaneceram um milhão e meio de jovens. E o Santo Padre, carinhosamente, nos fez sentir (uma vez mais) amados.

A chuva cessou e fez-se uma madrugada de silên-cio. Enquanto alguns dormiam, outros, encontra-vam-se com Jesus em profunda adoração. Domingo despertou claro e quente. Ansiosos pela chegada de Bento XVI, fizemos a oração da manhã a agradecer as inúmeras graças que o Senhor nos concede em cada dia. A JMJ terminou com a grande festa da Eu-caristia e com a bênção do Santo Padre sobre jovens e famílias. Chegámos a Bragança cheios de Jesus e uma vez mais fomos até ao Paço Episcopal, partilhar com o nosso Bispo a alegria que sentimos em sermos jovens cristãos e de pertencer a esta Igreja maravi-lhosa!

É difícil resumir em poucas palavras a grandio-sidade de uma JMJ. A vontade é a de contar cada pormenor porque cada momento nos fala de Deus. Quando mais de um milhão e meio de jovens se re-úne em torno do mesmo ideal, em torno do mesmo altar, é impossível que, em cada momento não se sin-ta o poder de Deus.

Obrigada Pai, pela universalidade da Igreja, pelo Santo Padre, pelo Povo que caminha rumo a algo melhor. Enraizados e edificados em Cristo, hoje sa-bemos com mais certeza que nunca, que queremos permanecer firmes na fé.

Pelo secretariado dos Convívios Fraternos de Bragança Miranda

Fabíola Mourinho CF 833

Jovens Convivas De Bragança na JmJ 2011 em maDriD

O amor de Deus por nós fala mais alto. Desta maneira, quarenta e seis jovens de vários pontos da diocese de Bragança-Miranda juntaram-se para mais um convívio fraterno, o número 1157, a decorrer nos dias 29 a 31 de Julho, na Casa do Clero em Bragança. Às portas de uma noite de Verão, estes jovens foram acolhidos com espírito alegre e extasiado próprios da idade que possuíam. Em tempos iniciais, a timidez esteve presente, dando lugar à espontaneidade e à felicidade nos corações, pois, para além, de uma des-coberta de si próprios, houve um (re)encontro muito especial com Jesus.

De facto, foram três dias de caminha-da, onde a reflexão evidenciava as pa-lavras de São Paulo, “( ) Firmes na fé”, uma continuação do tema do convívio anterior. Na verdade, a necessidade de sentir o Seu poder foi ganhando relevo, de tal maneira que os corações ansiosos fomentavam-se com o cres-cimento da Palavra. Assim, o coração de cada jovem foi inundado de Infinito

Amor e através Dele firmaram-se no solo. Previsível é que a seca e o ven-to enfraqueçam a plantação no solo, tornando-se, assim, numa fé instável, sem raízes. Para isso, a melhor raiz é a oração - é nela que se estabelece um contacto íntimo, onde Cristo revela a nossa entidade e, na sua amizade, a vida cresce. “Deus é amor” está escri-to sobre cada rebento que desabrocha, sobre cada haste de erva que cresça.

Este encontro de jovens terminou na Igreja do Santo Condestável na verda-deira festa, que é a Eucaristia, no qual cada um pôde cimentar a sua fé e res-tabelecer força e defesas contra todo o mal que os derrubar futuramente. Sabemos que não há limites, que não possam ser ultrapassados, quando o objectivo é guiado pelas mãos de Jesus Cristo e, por isso mesmo, acreditamos que a seca de um ano não inquieta a produção de frutos.

Pela equipa coordenadora

Nádia Mofreita, CF 1119.

Firmes na Fé

Nos dias 29, 30 e 31 de Julho, 34 rapa-zes e raparigas encontraram-se na Ma-nhiça, concretamente em Chibututuine para participarem do Convívio Frater-no 1156. Alguns deles questionavam: ¨Por que razão estamos aqui?¨.

Havia razão de questionar, pois os jovens eram tão híbridos, vindos de diferentes lugares, cada um com suas

inspirações e seus anseios. Jovens que embora desconhecessem a razão de ser do convívio, notava-se nos seus sem-blantes a enorme vontade de encontrar a felicidade, que como se sabe só se en-contra em Cristo Jesus.

Decorrendo o convívio, os rapazes e raparigas iam partilhando as suas frus-trações, mágoas, seus fracassos, etc, o que é típico de tanto outros jovens na sociedades actuais, mas por desconhe-cimento do verdadeiro caminho condu-cente à felicidade.

Foi no convívio, diziam alguns jo-vens participantes durante o encer-ramento, que encontrámos soluções para todos os nossos desesperos, pois Cristo seduziu-nos, e nós deixamo-nos seduzir pelo seu caloroso amor. Outros acrescentavam que foi no decurso do convívio que Cristo, por intermédio da sua palavra, os teria deixado inquietos

e que doravante conseguiriam olhar o Mundo sem sentir o que Cristo sentiu.

Assim, decorria mais um Convívio Fraterno em território moçambicano. Oxalá os rapazes participantes do mes-mo recebam a graça de se colocarem no meio do povo de deus e da sociedade em geral como aqueles que servem, participando, deste modo, na constru-ção de um Mundo mais humano.

Maputo, 1 de Agosto de 2011Conviva Isaías

MoçambiquePOR QUE RAZÃO ESTAMOS AQUI?

Jovens em AlertaJovens em Alerta4 SETEMBRO/OUTUBRO 2011

Braga

Évora

Todos nos preocupamos pelo bem das pessoas que amamos, em particular pelas nossas crianças, adolescentes e jovens, porque sabemos que deles depende o futuro da sociedade. Por isso, não po-demos deixar de nos interessar pela formação das novas gerações, pela sua capacidade de saber orien-tar-se na vida e distinguir o bem do mal, pela sua saúde, física e moral.

Quando os fundamentos vacilam, e falham as certezas essenciais, a necessidade desses valores volta a sentir-se de modo urgente. Por isso, hoje em dia, sente-se a necessidade de uma educação que seja autêntica. Pedem-na os pais, preocupados e por vezes angustiados pelo futuro dos seus fi-lhos; solicitam-na tantos professores, que vivem a triste experiência da degradação das suas escolas; exige-o a sociedade no seu conjunto, que vê como se põem em dúvida as mesmas bases da convi-vência; procuram-na os jovens, que não querem ver-se abandonados diante dos desafios da vida.

Em que consiste a verdadeira educação?

A educação não é só e principalmente instrução, transmissão de conhecimentos… mas o cuidar de uma pessoa com a qual estamos todos os dias e à qual desejaríamos oferecer algo mais que um con-junto de saberes orientados somente para a sua ra-zão. Seria realmente muito pobre a educação que se limitasse a dar noções e informações, deixando de lado a verdade, sobretudo a verdade que pode guiar a vida do aluno.

Uma verdadeira educação exige a proximidade e a confiança que nascem do amor, e a primeira expe-riência de amor que as crianças fazem é, devia ser, pelo menos, com os seus pais. Mas o verdadeiro educador sabe que, para educar, deve dar algo de si mesmo e que somente assim pode ajudar os seus alunos a superarem os egoísmos e prepará-los para um amor autêntico.

Diferente do que acontece no campo técnico ou económico, nos quais os progressos actuais se po-dem somar aos do passado, no âmbito da forma-ção e do crescimento moral das pessoas não existe essa possibilidade de acumulação, porque a liber-dade do homem apresenta-se sempre de maneira nova e, portanto, cada pessoa e cada geração deve tomar de novo, pessoalmente, as suas decisões.

O papel do professor

A educação não pode prescindir do prestígio que torna possível o exercício da autoridade. Esta autoridade é fruto da experiência e competência, mas adquire-se sobretudo por meio da coerência da

própria vida e com a implicação pessoal, expressão do amor verdadeiro. Por conseguinte, o educador é uma testemunha da verdade e do bem. Certamente também ele é frágil e pode ter falhas, mas deve preocupar-se sempre para se colocar de novo em sintonia com a sua missão.

O docente deve assumir a missão tão preciosa como difícil de ajudar a crescer cidadãos respon-sáveis e conscientes para o papel que hão-de de-sempenhar na sociedade. O desafio lançado aos professores é múltiplo: ensinar a aprender, ensinar a pensar, ensinar a buscar, a discernir, a integrar, a amadurecer a própria consciência até conseguir ensinar a amar a verdade. Para conseguir isto, deve ser capaz de fazer surgir o desejo de saber a res-peito das coisas e da vida e fomentar a abertura ao mistério do mundo e do outro.

O professor deve educar homens e mulheres apaixonados pela verdade, a verdade oferecida pelo Evangelho, que é inseparável do amor e que se

manifesta na íntima coerência entre o dizer e o fazer, entre o saber e o agir, no testemunho de uma vida que só merece este nome quando é vivida para os outros.

Perante uma tarefa tão exigente, entre os edu-cadores, pode ser muito forte a tentação de se demitir. Mais ainda, existe o risco de não compre-ender qual é o seu papel, ou melhor, a missão que lhes foi confiada. De facto, não estão só em jogo as responsabilidades pessoais dos adultos ou dos jovens, mas também um clima generalizado, uma mentalidade e uma forma de cultura que levam a duvidar do valor da pessoa humana e do pró-prio significado da verdade do bem. Quando isso acontece, torna-se difícil transmitir de uma gera-ção a outra regras de comportamento e objectivos credíveis sobre os quais construir a própria vida.

Concluindo

Existem certamente, hoje em dia, novos motivos para pedir pelos docentes. Compete-lhes, como já dissemos, a difícil tarefa de encaminhar para a ver-dade, mostrando-a como digna de ser amada, quer dizer, suscitando o fascínio por ela até ao ponto de ela configurar a quem a busca, de tal maneira que se sinta impelido a vivê-la com alegria. Esta ver-dade foi-nos revelada na pessoa de Jesus Cristo. Só esta é digna de ser amada, é digna de fé e só o Espírito poderá guiar-nos até ela.

Seguindo a intenção do Santo Padre, rezemos por todos.

António Coelho, s.j.

No último fim-de-sema-na, no Seminário do Verbo Divino em Guimarães, 12 jovens do Movimento dos Convívios Fraternos da Arquidiocese de Braga fize-ram uma paragem nas suas vidas com o objectivo de se reencontrarem com Deus, a única Água Viva capaz de saciar as nossas sedes…

Este encontro, organiza-do para Convivas que vi-veram a experiencia de um Convívio Fraterno há pelo menos 5 anos e que tenham idade igual ou superior a 30 anos, visa (RE)ACENDER, isto é, reavivar a chama que se acendeu nos nossos cora-çõesdurante o nosso Convívio mas que o tempo, o desânimo, o comodismo e a falta da busca de Deus fizeram enfraquecer, e quase extinguir-se!

Foi um fim-de-semana de busca. Uma busca que deve ser contínua no nosso dia-a-dia. Um fim-de-semana de Encontro. Encontrar-me com o meu “eu” interior e encontrar Deus. Um fim-de-semana em

que Lhe pudemos pedir, tal como a Sama-ritana, que nos desse de beber e descobrir quais as nossas fontes...Subir ao sicómoro da nossa vida e querer, tal como Zaqueu, ver Jesus e poder acolhê-Lo nos nossos co-rações… Sentir a Sua presença e reconhecê-Lo, como os discípulos de Émaus, no partir do Pão…

Um fim-de-semana em que pudemos trazer novamente à nossa existência, Deus que é Amor e que nos capacita a reescre-ver a nossa história em cada momento de reencontro!

Iniciativa intitulada «Atreve-te» faz par-te das férias missionárias que aquele movi-mento católico realiza todos os anos

Lisboa, 30 jul 2011 (Ecclesia) – Cerca de duas dezenas de jovens, ligados ao Movi-mento dos Convívios Fraternos (MCF) da diocese de Évora, promovem a partir de hoje uma jornada de evangelização na ci-dade de Estremoz, que se prolonga até 7 de agosto.

De acordo com Sofia Silva, uma das or-ganizadoras do evento, em declarações à Agência ECCLESIA, “vão ser sete dias de contacto direto com as pessoas, porta a porta, para levar um pouco de Deus aos outros”.

Haverá ainda tempo para, em cada noi-te, promover a leitura e reflexão do Evan-gelho, “mostrando como é que a Palavra de Deus se pode encaixar na vida de cada um”, explica.

Esta iniciativa tem o nome de “Atreve-te” e realiza-se normalmente durante as fé-rias missionárias que o MCF realiza todos os anos.

“O atrevimento pode ser de parte a par-te, é nosso porque chegamos ali para falar de Deus, e é das pessoas, porque têm de estar abertas para receber essa palavra e se-guirem esse objetivo”, explica a jovem, que integra o movimento há mais de três anos.

Aos 21 jovens que se preparam para par-tir neste projeto, pede “acima de tudo, que não tenham medo e se entreguem nas mãos

de Deus, porque de certa forma foram cha-mados a levar aos outros a alegria”.

Por vezes, as pessoas não respondem ao chamamento e há portas que permanecem fechadas.

Nesses momentos, em que até podem surgir “más respostas”, o segredo passa por “ir buscar forças à oração e manter a confiança em Deus”, aponta Sofia Silva.

No entanto, de acordo com aquela res-ponsável, quando a vontade em transmitir a fé encontra acolhimento junto do outro, do desconhecido, que não tem à partida nenhuma razão para escutar, há algo de muito especial que acontece.

“Recordo-me do ano passado, quando fizemos o porta a porta, houve uma senho-ra mais idosa que me deu um abraço e dis-se: ‘ainda bem que veio’”, revela a jovem, considerando que “são estes os momentos que marcam”.

Este novo grupo será acolhido pelas pa-róquias de Santa Maria e Santo André, que se comprometeram nessa semana a asse-gurar casa e comida para todos.

O Movimento dos Convívios Fraternos pretende desenvolver a vocação apostólica e missionária no meio da comunidade, de modo a que jovens e adultos se comprome-tam a evangelizar o meio em que vivem e aceitem o chamamento de Deus, na vida sacerdotal ou consagrada.

JCP

A GRANDE E DIFÍCIL TAREFA DE EDUCAR

Por todos os professores, para que saibam transmitir o amor à verdade e educar segundo valores morais e espirituais autênticos.

Convívios Fraternos: Jovens anunCiam Deus pelas

ruas De estremoz

enContro (re)aCenDer

3SETEMBRO/OUTUBRO 2011

PALAVRAS DO SANTO PADRE NO INÍCIO DA CELEBRAÇÃO

EUCARÍSTICABase Aérea de Quatro Ventos, Madrid

Domingo, 21 de Agosto de 2011

Queridos Jovens,Pensei muito em vós, nestas horas em

que não foi possível ver-nos. Espero que tenhais podido dormir um pouco, apesar dos rigores do clima. Tenho certeza que, nesta madrugada, tereis levantando, mais de uma vez, os olhos para céu, e não só os olhos, também o coração, e isso vos terá permitido rezar. Deus tira o bem em tudo. Com esta confiança, e sabendo que o Se-nhor nunca nos abandona, comecemos a nossa celebração eucarística cheios de en-tusiasmo e firmes na fé.

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI

Queridos jovens,Com a celebração da Eucaristia, chega-

mos ao momento culminante desta Jor-nada Mundial da Juventude. Ao ver-vos aqui, vindos em grande número de todas as partes, o meu coração enche-se de ale-gria, pensando no afecto especial com que Jesus vos olha. Sim, o Senhor vos quer bem e vos chama seus amigos (cf. Jo 15, 15). Ele

vem ter convosco e deseja acompanhar-vos no vosso caminho, para vos abrir as portas duma vida plena e tornar-vos participan-tes da sua relação íntima com o Pai. Pela nossa parte, conscientes da grandeza do seu amor, desejamos corresponder, com toda a generosidade, a esta manifestação de predilecção com o propósito de parti-lhar também com os demais a alegria que recebemos. Na actualidade, são certamente muitos os que se sentem atraídos pela figu-ra de Cristo e desejam conhecê-Lo melhor. Pressentem que Ele é a resposta a muitas das suas inquietações pessoais. Mas quem é Ele realmente? Como é possível que al-guém que viveu na terra há tantos anos te-nha algo a ver comigo hoje?

Queridos jovens, Cristo hoje também se dirige a vós com a mesma pergunta que fez aos apóstolos: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» Respondei-Lhe com generosidade e

coragem, como corresponde a um coração jovem como o vosso. Dizei-Lhe: Jesus, eu sei que Tu és o Filho de Deus que deste a tua vida por mim. Quero seguir-Te fielmen-te e deixar-me guiar pela tua palavra. Tu conheces-me e amas-me. Eu confio em Ti e coloco nas tuas mãos a minha vida inteira. Quero que sejas a força que me sustente, a alegria que nunca me abandone.

Queridos jovens, permiti que, como Su-cessor de Pedro, vos convide a fortalecer esta fé que nos tem sido transmitida des-de os apóstolos, a colocar Cristo, Filho de Deus, no centro da vossa vida. Mas permiti também que vos recorde que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja. Não se pode, sozinho, seguir Jesus. Quem cede à tentação de seguir «por conta sua» ou de viver a fé segundo a mentali-dade individualista, que predomina na so-ciedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d’Ele.

Ter fé é apoiar-se na fé dos teus irmãos, e fazer com que a tua fé sirva também de apoio para a fé de outros. Peço-vos, que-ridos amigos, que ameis a Igreja, que vos gerou na fé, que vos ajudou a conhecer me-lhor Cristo, que vos fez descobrir a beleza do Seu amor. Para o crescimento da vossa amizade com Cristo é fundamental reco-nhecer a importância da vossa feliz inserção

nas paróquias, comunidades e movimen-tos, bem como a participação na Eucaristia de cada domingo, a recepção frequente do sacramento do perdão e o cultivo da oração e a meditação da Palavra de Deus.

Queridos jovens, rezo por vós com todo o afecto do meu coração. Encomendo-vos à Virgem Maria, para que Ela sempre vos acompanhe com a sua intercessão mater-na e vos ensine e fidelidade à Palavra de Deus. Peço-vos também que rezeis pelo Papa, para que, como Sucessor de Pedro, possa continuar confirmando na fé os seus irmãos. Que todos na Igreja, pastores e fi-éis, nos aproximemos de dia para dia sem-pre mais do Senhor, para crescermos em santidade de vida e darmos assim um tes-temunho eficaz de que Jesus Cristo é ver-dadeiramente o Filho de Deus, o Salvador de todos os homens e a fonte viva da sua esperança. Amen.

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA CONCLUSIVA

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Aeroporto Internacional de Barajas de Madrid Domingo, 21 de Agosto de 2011

E não posso deixar de agradecer com todo o coração aos jovens por terem vindo a esta Jornada, pela sua participação alegre, entu-siasta e vigorosa. Digo-lhes: obrigado e pa-rabéns pelo testemunho que destes em Ma-drid e no resto das cidades espanholas onde estivestes. Convido-vos agora a difundir por todos os cantos do mundo a feliz e profunda experiência de fé que vivestes neste nobre

País. Transmiti a vossa alegria especialmente a quantos quiseram vir e pelas mais diversas circunstâncias não o puderam fazer, a tantos que rezaram por vós e a quantos a própria celebração da Jornada tocou o coração. Com a vossa solidariedade e testemunho, ajudai os vossos amigos e companheiros a descobri-rem que amar Cristo é viver em plenitude.

Os jovens respondem com prontidão quando se lhes propõe, com sinceridade e verdade, o encontro com Jesus Cristo, único Redentor da humanidade. Agora regressam

às suas casas como missionários do Evan-gelho, «enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé» e terão necessidade de ajuda no seu caminho. Por isso confio, de modo particular aos Bispos, sacerdotes, religiosos e educadores cristãos, o cuidado da juventu-de que deseja responder com entusiasmo ao chamado do Senhor. Não há que desanimar com as contrariedades que, de diversos mo-dos, se apresentam nalguns países. Mais for-te do que todas elas é o anseio de Deus, que o Criador colocou no coração dos jovens, e o poder do Alto, que concede fortaleza divina aos que seguem o Mestre e a quantos bus-

cam n’Ele alimento para a vida. Não tenhais medo de apresentar aos jovens a mensagem de Jesus Cristo em toda a sua integridade e convidá-los para os sacramentos, pelos quais nos torna participantes da sua própria vida.

Meus Amigos:Chegou o momento de nos despedirmos.

Estes dias, que passei em Madrid com uma representação tão numerosa de jovens da Espanha e do mundo inteiro, ficarão profun-damente gravados na minha memória e no meu coração.

CERIMÓNIA DE DESPEDIDA

DIA MUNDIAL DAS MISSõESNuma sociedade multiétnica, que expe-

rimenta cada vez mais formas de solidão e de indiferença preocupantes, os cristãos devem oferecer sinais de esperança e ser irmãos universais, cultivando os grandes ideais que transformam a história e com-prometendo-se a fazer da Terra a casa de todos os povos.

O mandato de Cristo: «Ide por todo o mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criatura» (Mc 16,15) continua a ser dirigi-do a toda a Igreja, a todo o cristão. A Igreja, como foi afirmado pelo Concílio Vaticano II, «é missionária por natureza» (Ad gentes, 2). Com efeito, todos os baptizados recebe-ram o mandato missionário de Cristo, mas este mandato só se pode realizar de ma-neira credível por meio de uma profunda conversão pessoal, comunitária e pastoral,

abrindo-se à cooperação missionária entre as Igrejas, para promover o anúncio do Evangelho no coração de todas as pessoas, de todos os povos, culturas, raças e naciona-lidades. Com afirma a constituição Lumen gentium do Concílio Vaticano II, a Igreja «é em Cristo como uma sacramento e instru-mento da união íntima com Deus e da uni-dade de todo o género humano» (n.1).

O Dia Mundial das Missões faz-nos lem-brar o nosso compromisso de nos entregar-mos, o que somos e o que temos, partilhan-do com generosidade, oferecendo os nossos talentos e recursos, sentindo-nos assim pro-tagonistas do compromisso do anúncio do Evangelho.

António Coelho, s.j.

SAUDAÇÃO INICIAL DO PAPA BENTO XVI Praça de Cibeles, Madrid

Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011

Queridos jovens amigos!É uma alegria imensa encontrar-

me aqui convosco, no centro da bela cidade de Madrid, cujas chaves o Se-nhor Alcaide teve a amabilidade de me entregar. Hoje é também a capi-tal dos jovens do mundo, para qual se voltam os olhos da Igreja inteira. O Senhor congregou-nos aqui para vivermos nestes dias a bela experi-ência da Jornada Mundial da Juven-tude. Com a vossa presença e parti-cipação nas celebrações, o nome de Cristo ressoará por todos os cantos desta ilustre cidade. E rezamos para que a sua mensagem de esperança e de amor tenha eco também no co-ração daqueles que não crêem ou se afastaram da Igreja. Muito obrigado pelo estupendo acolhimento que me dispensastes ao entrar na cidade, si-nal da vossa estima e proximidade ao Sucessor de Pedro.

Queridos jovens dos diversos países de língua oficial portuguesa e quantos vos acompanham, bem-vindos a Madrid! A todos saúdo com grande amizade e convido a subir até à fonte eterna da vossa ju-ventude e conhecer o protagonista absoluto desta Jornada Mundial e – espero – da vossa vida: Cristo Se-nhor. Nestes dias, ouvireis pessoal-mente ressoar a sua Palavra. Deixai que esta Palavra penetre e crie raízes nos vossos corações, e sobre ela edi-

ficai a vossa vida. Firmes na fé, sereis um elo na grande cadeia dos fiéis. Não se pode crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé. A Igreja precisa de vós, e vós precisais da Igreja.

DISCURSO DO PAPA BENTO XVI

Praça de Cibeles, Madrid Quinta-feira, 18 de Agosto de 2011

Queridos jovens amigos!Agradeço as carinhosas palavras

que me dirigiram os jovens repre-sentantes dos cinco continentes. Com afecto, saúdo a todos vós que estais aqui congregados - jovens da Oceania, África, América, Ásia e Europa – e também a quantos não puderam vir. Sempre vos tenho muito presente e rezo por vós. Deus concedeu-me a graça de vos poder ver e vos ouvir mais de perto, e de nos colocarmos juntos à escuta da sua Palavra.

Queridos jovens, escutai verda-deiramente as palavras do Senhor, para que sejam em vós «espírito e vida» (Jo 6, 63), raízes que alimen-tam o vosso ser, linhas de conduta que nos assemelham à pessoa de Cristo, sendo pobres de espírito, fa-mintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, amantes da paz. Escutai-as frequentemente cada dia, como se faz com o único Ami-go que não engana e com o qual queremos partilhar o caminho da vida. Bem sabeis que, quando não se caminha ao lado de Cristo, que nos guia, extraviamo-nos por outra sendas como a dos nossos próprios impulsos cegos e egoístas, a de pro-postas lisonjeiras mas interesseiras, enganadoras e volúveis, que atrás

de si deixam o vazio e a frustração.Aproveitai estes dias para conhe-

cer melhor a Cristo e inteirar-vos de que, enraizados n’Ele, o vosso entu-siasmo e alegria, os vossos anseios de crescer, de chegar ao mais alto, ou seja, a Deus, têm futuro sempre assegurado, porque a vida em ple-nitude já habita dentro do vosso ser. Fazei-a crescer com a graça divina, generosamente e sem mediocri-dade, propondo-vos seriamente a meta da santidade. E, perante as nossas fraquezas, que às vezes nos oprimem, contamos também com a misericórdia do Senhor, sempre disposto a dar-nos de novo a mão e que nos oferece o perdão no sacra-mento da Penitência.

Queridos amigos, sede pruden-tes e sábios, edificai as vossas vidas sobre o alicerce firme que é Cristo. Esta sabedoria e prudência guiará os vossos passos, nada vos fará tre-mer e, em vosso coração, reinará a paz. Então sereis bem-aventurados, ditosos, e a vossa alegria contagiará os outros. Perguntar-se-ão qual seja o segredo da vossa vida e descobri-rão que a rocha que sustenta todo o edifício e sobre a qual assenta toda a vossa existência é a própria pes-soa de Cristo, vosso amigo, irmão e Senhor, o Filho de Deus feito ho-mem, que dá consistência a todo o universo. Ele morreu por nós e res-suscitou para que tivéssemos vida, e agora, junto do trono do Pai, con-tinua vivo e próximo a todos os ho-mens, velando continuamente com amor por cada um de nós.

Confio os frutos desta Jornada Mundial da Juventude à Santíssi-ma Virgem, que soube dizer «sim» à vontade de Deus e nos ensina, como ninguém, a fidelidade ao seu divino Filho, que acompanhou até à sua morte na cruz. Meditaremos

tudo isto mais pausadamente ao longo das diversas estações da Via-Sacra. Peçamos para que o nosso «sim» de hoje a Cristo seja também, como o d’Ela, um «sim» incondi-cional à sua amizade, no fim desta Jornada Mundial e durante toda a nossa vida. Muito obrigado!

VIA-SACRA COM OS JOVENS ALOCUÇÃO DO

PAPA BENTO XVI Praça de Cibeles, Madrid

Sexta-feira, 19 de Agosto de 2011 Queridos jovens!Com piedade e fervor, celebrá-

mos esta Via-Sacra, acompanhando Cristo na sua Paixão e Morte. As reflexões das Irmãzinhas da Cruz, que servem aos mais pobres e des-validos, facilitaram-nos a entrada nos mistérios da gloriosa Cruz de Cristo, que encerra a verdadeira sa-bedoria de Deus, aquela que julga o mundo e quantos se crêem sábios (cf. 1 Cor 1, 17-19).

Queridos jovens, que o amor de Cristo por nós aumente a vossa ale-gria e vos anime a permanecer junto dos menos favorecidos. Vós que sois tão sensíveis à ideia de partilhar a vida com os outros, não passeis ao largo quando virdes o sofrimento humano, pois é aí que Deus vos es-pera para dardes o melhor de vós mesmos: a vossa capacidade de amar e de vos compadecerdes. As diver-sas formas de sofrimento, que foram desfilando diante dos nossos olhos ao longo da Via-Sacra, são apelos do

Senhor para edificarmos as nossas vidas seguindo os seus passos e para nos tornarmos sinais do seu conforto e salvação. «Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça; sofrer por causa do amor e para se tornar uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elemen-tos fundamentais de humanidade, o seu abandono destruiria o mesmo homem» (Ibid., 39).

Oxalá saibamos acolher estas li-ções e pô-las em prática. Com tal finalidade, olhemos para Cristo, suspenso no duro madeiro, e peça-mos-Lhe que nos ensine esta mis-teriosa sabedoria da cruz, graças à qual vive o homem. A cruz não foi o desfecho de um fracasso, mas o modo de exprimir, a entrega amo-rosa que vai até à doação máxima da própria vida. O Pai quis amar os homens no abraço do seu Filho crucificado por amor. Na sua forma e significado, a cruz representa esse amor do Pai e de Cristo pelos ho-mens. Nela reconhecemos o ícone do amor supremo, onde aprende-mos a amar o que Deus ama e como Ele o faz: esta é a Boa Nova que de-volve a esperança ao mundo.

Voltemos agora os nossos olhos para a Virgem Maria, que nos foi entregue por Mãe no Calvário, e supliquemos-Lhe que nos apoie com a sua amorosa protecção no caminho da vida, particularmente quando passarmos pela noite da dor, para conseguirmos permane-cer como Ela firmes ao pé da cruz. Muito obrigado.

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SETEMBRO/OUTUBRO 2011

Mais de um milhão de jovens de todas as partes do globo se juntaram em Madrid de 28 a 31 de Agosto na XXXVI Jornada Mundial da Juventude.

A Igreja Espanhola acolheu carinhosamente essa multidão de jovens que irmanados na mesma Fé e no mesmo amor a Jesus Cristo, quiseram unir-se ao Papa para afirmar e teste-munhar que Jesus Cristo e a sua mensagem não estão ultrapassadas mas são de ontem, hoje e amanhã.

Como na manhã do Pentecostes de há dois mil anos, todos os jovens presentes, na diver-

sidade das suas línguas, escutaram as palavras que o sucessor de Pedro lhes dirigiu agrade-cendo-lhes a presença. Louvando e rezando com eles ao Senhor Nosso Deus e incentivando-os a jamais se afastarem do grande amigo – Jesus Cristo – vivendo-O, testemunhando-O e anunciando-O na Sua Igreja aos jovens os seus países.

Procuramos transcrever neste número do nosso jornal as partes dos discursos do Papa em que ele interpelou diretamente os jovens exortando-os a testemunhar e anunciar Jesus Cristo sobretudo aos jovens em nossos dias.

viagem apostÓliCa a maDriD De Bento Xvi

POR OCASIÃO DA XXXVII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

FESTA DE ACOLHIMENTO DOS JOVENS