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    Seminrio realizado por Abram EkstermanAPERJ 29 de junho de 2012

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    Pai mdico-generalista. Interessa-se pela relao mdico-paciente.

    1914 Estudos mdicos.Universidade Semmelweiss, Budapest.

    Ainda namorada Alice estimula a leitura de

    Tres

    Ensaios e

    Totem e Tabu de Freud. Assiste palestras de S.Ferenczi.

    1916 Ferido, como combatente, na Grande Guerra.

    1920 Casamento com Alice Szkely Kvacs.

    Anlise com Hans Sachs Berlim).

    Doutorado em Bioqumica. Trabalha com Otto Warburg. Trabalha no

    Instituto de Psicanlise de Berlim.

    1924 - Retornam a Budapest. Anlise com Sandor Ferenczi.

    1938 - Migram para a Inglaterra Manchester). Alice morre.

    1945 Pais cometem suicdio, evitando priso pelos nazis.

    1949 Encontra Enid Flora Eicholz, assistente social no Instituto

    Tavistock de Relaes Humanas. Inicia com ela os Grupos de

    Discusso depois chamados Grupos Balint.

    1958 Michael e Enid casam.

    1961 Aposenta-se aos 65 anos na Tavisctock.

    Trabalha no Hospital da Escola Mdica do University

    College.

    1967 A convite de Abram Eksterman e Danilo Perestrello, vem ao

    Brasil como Presidente de Honra da I Reunio Nacional de Medicina

    Psicossomtica na Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro.

    1968 Presidente da Sociedade Britnica de Psicanlise

    1970 Morre em Londres, 31 de dezembro.

    Michael Balint

    dados biogrficos

    Mihly Maurice Bergmann

    (1896, Budapest-1970, Londres)

    Abram Ekstercman

    CMP-Santa Casa

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    1930 Biologismo (S.Ferenczi)

    1933 - Psicossomtica

    1935 - Desenvolvimento

    psicossexual

    1937 - Amor primrio e amor

    objetal. Unidade dual

    (Alice Balint)

    1952 Amor e dio

    1952 - Regresso: tipologia

    ocnoflicoe filobtico

    1968 Falha bsica

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    Abandono do princpio de abstinncia

    Princpio do relaxamento

    Paciente regredido: repercusses posteriores

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    Desenvolveu-se entre as duas Grandes Guerras, liderada porSandor Ferenczi, que em 1919 foi o primeiro psicanalista aensinar Psicanlise em uma Universidade (Univ. de Budapest).

    Distinguiam-se por no reconhecer o narcisismo primrio,

    como preconizado por Freud e acentuavam a importncia darelao me-filho.

    Contriburam para a teoria dos instintos (o instinto de apegomaternal Imre Hermann e o papel da deficincia psicolgica S. Ferenczi e M. Balint.)

    Nomes mundiais estiveram associados ao grupo: FranzAlexander (Alexander Ferenc Gabor), Alice Balint, Geza Roheim,Ren A. Spitz, Sandor Rad, Sandor Lorand, Margareth Mahler,Daniel Rapaport.

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    Sndor Ferenczi Sandor Frnkel) (1873-1933) Interpreta sintomas

    fsicos, hoje considerados psicossomticos, como os da colite ulcerativa,como fenmenos conversivos. Lder da Escola Hngara.

    Franz Alexander (1891-1964) relaes dinmicas entre o corpo e amente; estudo das sete doenas tpicas (lcera pptica, coliteulcerativa, hipertenso essencial, neurodermatite, asma brnquica,artrite reumatide, doena de Graves. Fundao da Revista

    PsychosomaticMedicine(1939). Ren Arpad Spitz (1887-1974) depresso anacltica; hospitalismo. Sndor Rad (1890-1972) Psicanlise do desenvolvimento. Analisou

    Wilhelm Reich, Heinz Hartmann, Otto Fenichel. Sndor Lorand (1893-1987) Analisado por Ferenczi. Foco

    antropolgico e clnico.

    Therese Benedek(1892-1977) Analisada por Ferenczi. Psicanlise edesenvolvimento. Interdependncia dos fatores hormonais e economiapsicossexual. Dada me-filho.

    Geza Roheim (1891-1964) Aplicao da Psicanlise culturasprimitivas. Professor de Antropologia na Universidade de Budapest.

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    uma relao na qual somente um dos parceiros

    pode ter exigncias e direitos; o outro parceiro (ou parceiros, isto , o mundo todo) no deve ter

    interesses, desejos ou demandas, nem sobre ooutro, nem sobre ele prprio. H, e precisahaver, completa harmonia, isto , completaidentidade de desejos e satisfaes. (Thrills and

    Regressions, pg.22)

    Todo narcisismo secundrio (B.F.72)

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    Crtica s trs teorias de Freud: amor objetalprimrio; auto-erotismo primrio; narcisismoprimrio.

    Estado de relao intensa com o ambiente aonascer.

    dio secundrio frustrao.

    Objetos primrios e amor primrio: amaeru;amae; amai. (Jap.: amaeru - deseja ser amado; amaesubst.; amai doce (B.F.pg69)

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    1. Narcisismo primrio: Todo interesse emocionalest centrado em si prprio.

    2. Onipotncia absoluta: derivada do narcisismoprimrio, a criana cr que todas suas necessidades

    sero prontamente atendidas. 3. Amor primrio: fase em que uma criana

    saudvel, assim como uma me saudvel, esto tobem adaptadas entre si que a mesma ao trargratificao a ambas. (pg.65)

    4. O dio se instala quando se frustra ou se rompea relao primria

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    Filobata: o que se alegra no perigo

    Ocnoflico: o que se alegra na segurana

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    Filobata: Quanto mais o acrobata se afasta da

    segurana, maior o thrill). O filobatismoest simbolicamente relacionado com ereo

    e potncia.(pg.29

    Ocnoflico: o que se alegra na segurana. Ascoisas nas quais nos agarramos objetos

    ocnoflicos num primeiro momentosugerem ser smbolos de segurana, ou seja,a me segura e amorosa.

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    Enquanto o ocnoflico vive na iluso de que

    ele est em contato com o objeto que lhe dsegurana, ele mesmo est seguro;

    Enquanto a iluso do filobata de que forade seu prprio equipamento ele no precisa

    de nenhum objeto. (pg35)

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    Ocnofilia e filobatismo no sonecessariamente termos antnimos;representam duas atitudes diferentespossivelmente desenvolvidas ou derivadas da

    mesma raiz. (pg.46),

    Assim, tanto as ocnoflicas, quanto asfilobticas, so relaes ambivalentes com

    os objetos, sendo o amor e o dio, confianae desconfiana, experincia simultneas.(pg.47)

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    Diferenas caracterolgicas

    A reao ocnoflica diante dos objetos pularneles, introjet-los, uma vez que ficainseguro sem eles. Aparentemente super-catetiza suas relaes objetais

    O filobata, por outro lado, super-catetizasuas prprias funes do ego. (B.F.,68)

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    Freud a) mecanismo de defesa b) fator de patogenia

    c) forma especfica de resistncia d) aliado importante na terapia (B.F.pg.147)

    (psicologia unipessoal)Duas excesses (psicologia bipessoal):

    1. regresso como aliado teraputico 2. regresso a servio da resistncia

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    A criana no paciente A linguagem e a linguagem que se aprende

    O inconsciente no tem vocabulrio O psicanalista tambm professor A necessidade de organizar as queixas do

    paciente A forma benigna e maligna da regresso

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    Exclusividade da relao bi-pessoal, onde s contam as

    necessidades do paciente.

    Uma fora distinta do conflito (prpria da zona edpica)manifesta-se em ansiedades que impulsionam opaciente a perseverar em velhos modelos de relaesobjetais, tipo ocnoflico, caracterizado por adesodesesperada ao objeto, e filobtico, caracterizado pordemonstraes de auto-suficincia, afastando supostosobjetos perigosos, na tentativa de manter uma relaoharmoniosa com seu mundo objetal dentro daperspectiva de um amorprimrio.

    Prevalecem processos no-verbais de linguagem, o queno tpico no adulto.

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    Aspectos clnicos da regresso benigna

    a) pouca dificuldade em estabelecer confiana mtua, a qualremete s relaes com objetos primrios;

    b) regresso levando a um verdadeiro recomeo e terminandonuma real descoberta nova; c) a regresso visa o reconhecimento, em particular dos

    problemas internos do paciente; d) apenas moderada intensidade de demandas, expectativas

    ou necessidades; e) ausncia de sinais de histeria grave na sintomatologia e

    ausncia de elementos gnito-orgsticos na regressotransferencial.

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    Aspectos clnicos da regresso maligna

    a) como o relacionamento em termos de confiana mtua precariamente balanceado, a atmosfera inocente e confiantese rompe repetidamente.

    Uma forma de regresso maligna, vrias tentativasmalsucedidas de alcanar um recomeo, ameaa constantede uma espiral de necessidades e demandas, e odesenvolvimento de estados semelhantes aos dos viciados.

    A regresso dirigida gratificao externa. Demandas, expectativas e necessidades intensas e

    suspeitosas. Presena no quadro clnico de sinais de histeria grave, e

    presena de elementos gnito-orgsticos tanto natransferncia normal como na forma regredida.

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    Deficincia na estruturao da personalidadedevido a falhas do ambiente em atender asnecessidades psicobiolgicas das etapas iniciaisdo desenvolvimento. Essas relaes objetaisprimitivas depois se convertem em compulses .

    1957 Primeira referncia em O Mdico, oDoente e a Doena. 1958 Em Tres reas da mentemenciona a rea

    da Falha Bsica. 1968 A falha bsica: aspectos teraputicos da

    regresso, livro onde desenvolve crticas aoconceito de narcisismo primrio, conformeexposto por S.Freud.

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    Trs zonas mentais

    1 . rea da falha bsica

    2. rea do conflito edpico

    3. rea de criao

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    Conceito:

    a) voltar a algo primitivo, a um ponto antesque o desenvolvimento falho comeasse, oque pode ser descrito como regressa.

    b) simultaneamente ocorre a descoberta de

    um novo e ajustado caminho que leva a umaprogresso.

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    1. Durante o aumento de tenso, i.., antes da gratificao deuma urgncia, aparecem sintomas muito ruidosos eimpressionantes. Ento, uma sbita mudana. Sobrevm umestado de bem-estar, tranquilidade e quietude, o qual, se no seestiver atento, escapa observao.

    2. A intensidade da gratificao de atividades nascentes nuncaalcana nveis de prazer final.

    3. Todos os recomeos ocorrem na transferncia, i.., na relaoobjetal, levando a uma mjudana na relao com os objetos deamor, ou de dio, do paciente e, em consequncia, uma

    considervel diminuio de ansiedade.

    4. Recomeos levam tambm a mudanas do carter, ou, comopoderia atualmente ser dito, mudanas no ego.

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    Cf. Freud

    a) vicissitudes dos instintos

    b) estrutura da mente c) efeito patognico do conflito

    tornar o inconsciente, conscienteatravs,principalmenteda interpretao

    d) toda atividade teraputica mediada porintervenes verbais (interpretaes). Posiofilobtica.

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    Cf. Balint

    A relao tambm mantida por cdigos noverbais, particularmente em condiesregressivas (ocnofilia).

    Nos estados regressivos h que investigarno s os vnculos dependentes, mas os

    vnculos interdependentes.

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    Crtica ao espelho bem polido. O problema da Tcnica correta. Todos os acontecimentos que levam a mudanas

    teraputicas na mente do paciente comeam emeventos na relao de duas pessoas.

    Crtica aos dois planos do trabalho psicanaltico: 1)plano edpico; 2) plano pr-edpico.

    Plano da falha bsica. A rea de criao.

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    O papel do analista em certos perodos do

    recomeolembra muito o papel dassubstncias ou objetos primrios: precisaestar ali; precisa ser muito dcil; no deveoferecer muito resistncia; precisa serindestrutvel; precisa permitir ao paciente queviva com ele de forma harmoniosa formandouma interpenetrante mistura.(B.F.,136)

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    Como atender ao paciente regredido?

    Tentando entender o que ele precisa doanalista... e... No s com interpretaes,mas...

    Criando uma atmosfera prpria Tolerando acting-outs Tolerando suas expresses no-verbais Cuidar de no penetrar abusivamente nas defesas Tolerar as queixas e aguardar sua elaborao No produzir respostas onipotentes (so

    instigadas pela rea de falha-bsica

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    Michael Balinte

    a Psicanlise

    Individual Differences of Behaviour inEarly Infancy.Dissertation for Master ofScience in Psychology. London, 1945. Primary Love and Psycho-AnalyticTechnique.1956. Thrills and Regressions.1959. German translation: Angstlust undRegression. Stuttgart: Klett-Cotta, 1991.

    Basic Fault.1967.

    The Clinical Diary of Sndor Ferenczi.Edited by Judith Dupont. Translated byMichael Balint and Nicola Zarday

    Jackson. First cloth edition, 1988

    Livros de Interesse em Psicanlise

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    Michael Balint

    Balint, M. ( 1957) The doctor, his patient and theillness. London. Pitman Medical. 2nd edition(1964, reprinted 1986) Edinburgh. ChurchillLivingstone.

    (1959). Thrills and regressions.London: Hogarth

    Balint, M., and Balint, E. (1961)Psychotherapeutic techniques in medicine.

    London. Tavistock publications. Balint, M., Balint, E., Gosling, R. And Hildebrand,

    P. (1966) A study of doctors. London. Tavistockpublications.

    Balint, M., Joyce, D., Marinker, M. And Woodcock,J. ( 1970) Treatment or diagnosis: a study of

    repeat prescriptions in general practice. London.Tavistock publications

    Publicaes de interesse em Psicossomtica

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    Conceito

    Reunio uni ou multiprofissional destinada adiagnosticar e elaborar tenses irracionais queperturbam a tarefa assistencial de seu(s)

    executor(es), pervertendo ou impedindo a suarealizao de forma eficaz e adequada.

    Objetivo

    Educacional Assistencial

    Abram Ekstercman

    CMP-Santa Casa

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    Organizao Ed.: Profissionais de sade

    Ass.: Equipe de sade

    Tcnicas

    Ed.: Discusso de situaes clnicas

    Ass.: Discusso de caso clnico

    Tempo

    Ed.: Cerca de dois anosAss.: Uma ou mais reunies

    Primeira experincia brasileira: 1963, 7a. Enf. Hosp. Geral da Santa Casa da Misericrdia

    do RJ, 2a. Cadeira de Clnica Mdica da UFRJ, Servio doProf. Carlos Cruz Lima, com Abram Eksterman

    Abram Ekstercman

    CMP-Santa Casa

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    [email protected]

    www.medicinapsicossomatica.com.br

    Obrigado