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Tecnologia de Edificações BAMBU Alunos: Cassiano Donato Guilherme Prada Fernanda C. Silva

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Tecnologia de Edificações

BAMBU

Alunos:

Cassiano Donato

Guilherme Prada

Fernanda C. Silva

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Apresentação

Bambu é o nome que se dá às plantas da sub-

família Bambusoideae, da família das gramíneas

(Poaceae ou Gramineae). Essa sub-família se subdivide

em duas tribos, a Bambuseae (os bambus chamados

de lenhosos) e a Olyrae (os bambus chamados herbáceos).

As opiniões variam muito e novas espécies e variedades

são acrescentadas ano a ano, mas calculam-se que

existam cerca de 1250 espécies no mundo, espalhadas

entre 90 gêneros, presentes de forma nativa em todos os

continentes menos na Europa. Habitam uma alta gama

de condições climáticas (zonas tropicais e temperadas) e

topográficas (do nível do mar até acima de 4000m).

O bambu possui caules lenhificados utilizados na

fabricação de diversos objetos como instrumentos

musicais, móveis, cestos e até na construção civil, onde é

utilizado em construções de edifícios a prova

de terremotos. Também é possível produzir a partir desta

gramínea, a fibra de bambu.

Uma matéria vegetal assim como o algodão ou o linho,

o bambu tem em seu favor alguns trunfos suplementares.

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A sua fibra, extraída de uma pasta celulósica, se

caracteriza pela sua característica homogênea e pesada

(ela não amassa) e seu aspecto suave e reluzente,

parecidos com os da seda. Sobretudo, ela possui virtudes

respiratórias, antibacterianas.

Curiosidades

Depois do ataque a Nagasaki o bambu foi à primeira

planta a crescer novamente.

Uma semente de bambu pode formar uma floresta de

bambus em 30 ou quarenta anos

Espécies de bambu O bambu pertence à família das gramíneas e basicamente tem dois tipos de comportamento, o alastrante e o entouceirado. Cada qual tem sua

utilidade específica. O alastrante é ideal para controle de erosão porque faz uma verdadeira rede subterrânea. É uma planta que precisa de solo com razoável teor de

nutrientes e alguma umidade. Quando implantado em beira de rio ou lago, deve-se respeitar uma distancia de 1 metro para que se adapte ao excesso de umidade, muito perto pode apodrecer.

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Bambu nigris

• Altura: 3 metros • Diâmetro: 2,50 cm • Entouceirante: não alastra • Características: Bambu preto, pequeno porte, muito bom para jardins, muros e cerca viva.

Bambusa multiplex

• Altura: 5 metros • Diâmetro: 3 cm • Entouceirante: não alastra• Características: Bambu muito bom para jardins, cercas vivas e caminhos.

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Bambusa vulgaris

• Altura: 30 metros • Diâmetro: 20 cm • Entouceirante: não alastra • Características: bambu de grande porte para barreira de vento, barulho e fechar grandes espaços, colmos com 10 a 15 cm, entouceirante, folhas e hastes verdes.

Bambusa vulgaris vittata

• Altura: 30 metros • Diâmetro: 20 cm • Entouceirante: não alastra

• Características: bambu de grande porte amarelo com listras verdes é um primo do vulgaris com as mesmas características de tamanho e utilidades

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Dendrocalamus minor (taquarinha ou vara de pescar)

• Altura: 20 metros • Diâmetro: 15 cm • Alastrante moderado

• Características: bambu verde, de médio porte, hastes finas e alongadas, muito usado perto de lagos ou rios, contem erosão.

Dendrocalamus giganteus (bambu gigante)

• Altura: até 40 metros • Diâmetro: 40 cm • Entouceirante: não alastra • Características: maior dos bambus. Muito bom para

estradas, barreiras de vento e barulho. Usado para fechar grandes espaços, ideal para formação de cercas, quiosques e catedrais, haste verde, folhas largas e os colmos vão engrossando no broto à medida que amadurece.

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Guadua angustifolia Kunth (bambu colombiano)

• Altura: 30 metros • Diâmetro: 25 cm • Entouceirante: não alastra • Características: bambu de grande porte com os nós brancos, muito usados para fazer construções, possui aparência exótica, com colmos distantes entre si

aproximadamente 0,5m largamente utilizados em arquitetura e estruturas rurais, caracterizam-se pela cor verde intensa e faixa branca nos entrenós, colmos.

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Metake ou chinensis

• Altura: 5 metros • Diâmetro: 3 cm • Entouceirante: não alastra

• Características: Bambu ornamental muito usado para cercas vivas, fechar muros e espaços. Possui o caule bem reto e folhas verdes escuras. Bambu fino folhas verdes

escuras, suas hastes são bem retas. Atinge 3 metros de altura, é entouceirante

Pleiobastus variegatus

• Altura: 5 a 6 metros • Diâmetro: 2,50 cm • Entouceirante: não alastra

• Características: bambu ornamental fino com folhas variegatas brancas e verdes, muito útil para jardins, fechar muros e formar cercas vivas.

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Phylostachys viridis

• Altura: 30 metros • Diâmetro: 10 a 15 cm • Entouceirante: não alastra

• Características: bambu ornamental, amarelo com listas verdes, folha mais finas verdes claras.

Rasteiro variegatus

• Altura: 15 cm

• Entouceirante: não alastra • Características: mini bambu muito bom para forração e jardins, possui folhas variegatas brancas e verdes.

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Rasteiro verde

• Altura: 15 cm • Características: mini bambu muito bom para forração e jardins

Tuldoides

• Altura: 22 metros

• Diâmetro: 5 cm • Entouceirante: não alastra

• Características: bambu de médio porte com nos espaçados. Bom para fechar espaços, cercas vivas e sombra.

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Usos do Bambu

Uma fibra excepcional

Por Hans-Jürgen Kleine - BambuSC - publicado na Revista O Papel, 2005.

O bambu, também chamado de taquara, ou taboca pelos índios brasileiros, é uma das plantas mais conhecidas do planeta, por sua beleza e multiplicidade de usos, sendo encontrada em climas tropicais e subtropicais. É uma planta lenhosa, monocotiledônea e angiosperma, que forma maciços florestais, mas é uma gramínea e não uma árvore. As muitas variedades somam um total de 1.250 espécies de bambu, agrupadas em 50 gêneros da tribo Bambusae, que por sua vez pertence á família Graminae. As espécies tem tamanhos que variam desde as plantas ornamentais, que enfeitam jardins e cabem em vasos, até os gigantes de 30 cm de diâmetro e altura equivalente a um prédio de 10 andares. Quanto à origem das espécies, 62% são nativas da Ásia, 34% das Américas e 4% da África e Oceania. Nenhuma espécie é nativa da Europa. Embora 75% das espécies sejam aproveitáveis, apenas 50 delas têm uso comercial já desenvolvido, sendo que 19 são prioritárias para fins econômicos.

As principais características comuns às diversas espécies são:

• As plantas são formadas por colmos, na parte aérea e por rizomas e raízes na parte subterrânea.

• Os colmos são cilíndricos, em geral ocos, muito resistentes e flexíveis, formados por nós e entrenós de

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material lenhoso, com superfície externa lisa e sem casca.

• Os galhos e as folhas formam-se no terço superior dos colmos e representam uma fração pequena do peso total dos mesmos.

• O crescimento é muito rápido, atingindo a altura máxima em seis meses e a maturidade em três anos. O diâmetro não sofre incremento durante o crescimento. O rendimento florestal é excelente e chega a 40 ton/ha.ano, semelhante ao eucalipto.

• A propagação é espontânea, através de novos brotos e dispensa plantio por mais de 100 anos na mesma área. Novas mudas são fáceis de obter também a partir da brotação de colmos enterrados, pois formam-se gemas nos diversos nós de cada colmo.

• Os teores de celulose e de lignina dos colmos são semelhantes aos de outras madeiras, já os teores de sílica e de amido são mais elevados. O amido dos colmos atrai insetos como o caruncho e o cupim, além de muitos tipos de fungos. O ataque de insetos e fungos só ocorre depois do corte dos colmos e pode ser evitado pelo tratamento com tanino (produto natural), ou outros inseticidas/fungicidas usados para tratar madeiras em geral.

• As fibras de celulose representam 50% do peso seco dos colmos e suas dimensões variam bastante ao longo de um mesmo colmo, mas pouco entre as diversas espécies. Suas dimensões médias são: comprimento de 1,5 a 4,0 mm; diâmetro de 0,013 a 0,020 mm e espessura da parede de 0,004 a 0,006 mm.

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• Os colmos recém cortados tem muita seiva e a umidade é maior do que das outras madeiras. A secagem natural é lenta e a secagem forçada exige cuidados para evitar rachaduras.

• O bambu em geral é pouco exigente em relação aos tipos de solo e só não tolera terrenos, que têm alguma das seguintes características: alagado, compactado, argiloso, muito ácido e muito alcalino.

• Quanto ao clima, pode ser plantado em diversas altitudes até um limite de 3.000 metros, dependendo da espécie. Chuvas regulares, com totais anuais entre 1.200 e 1.800 mm são ideais para uma produtividade elevada.

Usos

Com estas características gerais foi possível desenvolver muitos usos diferentes para o bambu. Os mais conhecidos são:

• Usos sem tratamento

• Alimento da culinária oriental (brotos) • Fabricação de celulose e papel

• Fabricação de carvão vegetal combustível • Fabricação de carvão ativo (remédios,filtros,

anti-mofo)

• Usos com tratamento

• Construção (casas, pontes, cercas).

• Móveis, artesanato, decoração. • Laminados (pisos, revestimentos, caixas).

• Tubos (andaimes, postes, irrigação).

• Limitações de uso

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• União entre peças de bambu: não usar pregos, para evitar rachaduras. Usar: parafusos com porcas cola, barbante, tiras de borracha e/ou braçadeiras.

• Objetos de bambu não tratado devem ser abrigados do sol e da chuva e não devem permanecer em ambientes úmidos e pouco ventilados, para vitar a degradação por fungos.

• Mesmo os objetos tratados com inseticidas/fungicidas não devem ser expostos desnecessariamente ao sol e à chuva.

Como este artigo visa apenas motivar o setor papeleiro a dar atenção às grandes oportunidades latentes e ainda pouco exploradas desta matéria-prima fibrosa, os outros usos fora de nosso setor não serão mais mencionados na sequência.

Oportunidades para o setor papeleiro.

A fibra do bambu também é uma excelente matéria-prima para a indústria de celulose e papel, embora fuja do padrão sob vários aspectos. O seu rendimento florestal é competitivo, como o do eucalipto. Mas o seu crescimento é tão rápido, que permite colheitas a cada ano (corte seletivo), ou no máximo a cada dois anos (corte raso), contra um período de espera de seis a sete anos do eucalipto e 15 a 20 anos do pinus. O melhor mesmo é o fato de dispensar novos plantios. O impacto econômico destas características é grande. Um aspecto surpreendente é que as fibras de bambu têm comprimento médio de 2,2 a 3,0 mm e não se enquadram na categoria de fibra curta, nem também na de fibra longa, ficando bem no meio-termo. Ainda

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como vantagem pode-se considerar o fato de não ter casca, que pudesse reduzir o seu rendimento industrial.

Mas, há também desvantagens em seu uso, que, no entanto não comprometem no cômputo geral: a umidade dos colmos recém colhidos é maior do que qualquer espécie de madeira, o que afeta o custo de manuseio e transporte e o bambu tem elevados teores de sílica e de amido. A sílica dificulta a recuperação do licor preto e o amido acelera a degradação do bambu durante a estocagem. Estas desvantagens pouco afetam a indústria de celulose e papel, que já desenvolveu tecnologias adequadas para lidar com esta matéria-prima.

A grande variedade de espécies parece confundir as pessoas que começam a se interessar pelo bambu, mas a boa notícia é que é possível obter celulose de praticamente todas as espécies, de modo competitivo. A espécie mais cultivada no Brasil é a Bambusa vulgaris e o uso principal hoje é justamente a fabricação de celulose e papel. O bambu é pouco exigente em relação aos tipos de solo e de clima e pode ser cultivado em qualquer região do país, mesmo em altitudes acima de 1.000 metros, com ocorrência de geadas e neve. Basta escolher as espécies mais adequadas. Chuvas regulares e solos bem drenados são fatores muito favoráveis ao crescimento do bambu, portanto devem ser evitadas regiões alagadas, ou regiões muito secas.

O Brasil desenvolveu nos últimos 40 anos uma forte vantagem competitiva no mercado de fibras curtas, devido à excepcional qualidade e ao baixo custo da fibra de eucalipto. Já no mercado internacional de fibras longas o Brasil é um ilustre desconhecido e a substituição da fibra de araucária pela fibra do pinus não obteve o

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mesmo sucesso da fibra de eucalipto, conseguindo apenas garantir a sobrevivência do mercado interno de fibra longa. O Pinus taeda, que é a espécie de fibra longa mais cultivada no Brasil, tem exigências de solo e de clima, que restringem o seu cultivo aos três estados da Região Sul. E mesmo nestas regiões a produtividade florestal e industrial do pinus tem dificuldade para competir com a do eucalipto. Não é de admirar, portanto, que 80% da produção brasileira de celulose seja obtidas com fibras de eucalipto, que garantem amplas oportunidades de exportação destas fibras, na forma de celulose branqueada e de papéis de imprimir e escrever.

O mais preocupante são as crescentes importações de fibra longa no país, que já são da ordem de 1.100 ton por dia, ou 400.000 ton por ano. Pode-se perguntar: para quais tipos de papel necessitamos de fibras longas? A resposta é simples: a resistência ao rasgo à tração e ao estouro do papel aumenta com o aumento do comprimento das fibras. Portanto, as fibras longas devem ser entendidas principalmente como fibras de reforço, que são adicionadas às fibras curtas em uma variedade de tipos de papel, como por exemplo, papéis de imprensa, papéis sanitários, papéis de filtro, papéis para embalagens e outros tantos, que somados representam mais do que 50% do consumo mundial. Somente alguns poucos tipos de papel exigem 100% de fibras longas em sua composição, como é o caso de sacos e caixas de alta resistência.

Neste contexto, convém abandonar o conceito de que existem apenas dois tipos de fibra, as curtas e as longas. Está na hora de reconhecer a importância e utilidade das fibras de comprimento médio, das quais apenas duas alcançaram uso comercial até agora: o bambu (na Ásia

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e na América Latina) e o plátano (na América do Norte), que os norte-americanos chamam de Sycamore. Temos então três grupos de fibras, em ordem crescente de comprimento e de resistência:

• Fibras curtas (0,7 - 1,5 mm) • Fibras médias (2,2 - 3,0 mm

• Fibras longas (3,5 - 5,0 mm)

Os limites das faixas de comprimento são pouco rigorosos, mas servem para fixar o conceito e correspondem à maioria dos tipos de fibra em uso comercial no setor papeleiro mundial. Em praticamente todos os papéis, que exigem uma maior resistência, as fibras de comprimento médio podem substituir as tradicionais fibras longas, em maior ou menor percentual na composição. Este potencial está sendo pouco explorado até agora e representa uma fantástica oportunidade para países, como o Brasil, que tem grandes áreas de terra aproveitáveis e um clima tropical, ou subtropical. A idéia central é esta: se no momento não temos como desenvolver melhor a competitividade de nossas fibras longas, porque não investir em fibras de comprimento médio?

A prova de que isto não é apenas um sonho e que esta oportunidade está ao alcance de qualquer empresa de celulose e papel no Brasil é dada pelo exemplo das fábricas Itapagé (Maranhão) e Portela (Pernambuco), que produzem embalagens e que pertencem ao Grupo João Santos. A história de sucesso destas fábricas já foi objeto de reportagens anteriores da revista O Papel e não precisa ser repetida aqui.

A produção mundial de celulose de bambu está ao redor de 10 milhões de toneladas, sendo a China o maior

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fabricante, seguido pela Índia e outros países do sudoeste asiático, como Tailândia, Indonésia, Filipinas e outros. Embora a produção do Brasil ainda seja pequena, as fábricas brasileiras de bambu tem tamanho grande, em comparação com as de outros países. Portanto, quem estiver interessado em adquirir esta tecnologia, tem no Brasil representantes de peso. Atualmente a China investe pesado na duplicação de sua produção de celulose nos próximos 10 anos, sendo que a principal matéria-prima será o bambu.

Diversificação de culturas.

Não se trata de abandonar o pinus, mas complementar o seu uso com uma fibra competitiva e versátil, de rápido crescimento, pouco exigente em relação a solo e clima e que oferece uma excelente oportunidade de diversificação de culturas, acabando com o conceito de monocultura florestal, que todos gostariam de evitar, mas ainda não sabem como. Uma outra vantagem importante é a fixação do homem no campo, o que não acontece com o pinus, que tem um ciclo de plantio e corte muito longo e exige intervenção maciça de mão-de-obra apenas a cada 15 a 20 anos. Outra vantagem fundamental consiste nas outras múltiplas utilidades do bambu, o que pode livrar as fábricas de celulose do ônus de ter plantios próprios, basta incentivar terceiros em seu cultivo. Muitas vezes os outros usos do bambu podem ser até mais rentáveis do que a fabricação de celulose, mas dificilmente alcançam escala comparável. Para pequenos produtores isto pode ser um incentivo. Mesmo para as empresas que só plantam eucalipto, seria oportuno complementar com bambu, para fugir da monocultura e até para reforçar a resistência de papéis, que hoje são feitos apenas com fibras curtas por falta deste tipo de fibra média no mercado.

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O bambu tem uma imagem muito difundida como produto ecológico, usado amplamente pelos povos indígenas e também pelos povos da Ásia. O seu cultivo dispensa o uso de adubos, agrotóxicos e de equipamentos pesados e está livre da rotina do constante replantio na mesma área. O forte emaranhado formado pelas raízes do bambu permite usar esta planta no combate à erosão e na formação de matas ciliares ao longo dos corpos de água. Também é empregado com sucesso no margeamento de rodovias, porque proporciona bastante sombra, sem o risco de queda sobre a estrada, que apresentam as árvores em épocas de fortes ventos. No caso de veículos que saem da estrada, o bambu pode até funcionar como amortecedor, sem causar o mesmo impacto de uma árvore. Nos reflorestamentos de pinus e de eucalipto ele também pode ser usado para reduzir o impacto visual das monoculturas, plantando-o nos lugares onde as estradas passam por áreas reflorestadas.

Como se vê, sobram motivos para que as empresas papeleiras e o meio acadêmico se voltem ao aprofundamento dos conhecimentos sobre esta fantástica fibra e tornem o Brasil reconhecido também como grande produtor de fibras de celulose de comprimento médio.

Por onde começar

Em muitas regiões do país existem grandes florestas naturais de bambu, sobretudo na enorme região amazônica, onde predominam as espécies de grande diâmetro (bambu gigante), do tipo Guadua angustifolia e várias outras. O Estado do Acre é destacado na literatura, mas todos os outros estados da Região Norte tem as suas florestas, que, no entanto ainda não estão

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devidamente mapeadas. Na Região Nordeste merece destaque os 55.000 hectares das florestas plantadas e regularmente manejadas do já citado Grupo João Santos, no Maranhão e em Pernambuco, bem como as recentes experiências bem sucedidas de implantação de três bambuzerias em Alagoas, com apoio do Sebrae. O objetivo principal foi criar novas fontes de renda para os agricultores e diversificar a monocultura da cana-de-açúcar. Até agora os resultados são animadores e estão garantindo uma lucratividade três vezes maior do que a obtida com a cana. Também nas regiões Sudeste e Centro-Oeste existem abundantes exemplos de cultivo econômico de bambu, em alguns casos também com apoio do SEBRAE, que agora está voltando a sua atenção para a Região Sul, onde hoje praticamente inexiste uso comercial do bambu. Falta conhecimento e experiência com o cultivo de espécies resistentes ao frio no Sul do Brasil, o que pode representar uma ótima oportunidade para novos empreendedores, uma vez que a China dispõe desta experiência e não tem do que se queixar neste aspecto.

Também na área do conhecimento adquirido sobre a cultura de bambu, o Brasil já dispõe de um estoque apreciável, no Instituto Agronômico de Campinas, na UNESP de Bauru/SP, no SEBRAE de diversos estados e em outras entidades ligadas ao assunto. Mas certamente faltam dados econômicos mais consistentes e sistemáticos. Principalmente faltam estatísticas de produção e comercialização e uma visão mais ampla da cadeia produtiva.

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Bambu, madeira do futuro. Há milênios, esse material dá forma a casas tradicionais em países como o Japão e a China. Nos últimos anos, pesquisas na construção civi l avalizaram sua resistência e durabilidade. Arquitetos do mundo todo redescobriram o bambu e passaram a usá-lo em modernas obras públicas. Belo, leve e renovável, ele tem tudo para se firmar como alternativa à madeira e contribuir para uma arquitetura mais sustentável. A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção para torná-la mais sustentável do ponto de vista ambiental atrai olhares para a exploração de novas alternativas. É o caso do bambu, visto como a promessa para este século. Pesquisador desse recurso há cerca de 30 anos, o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, não tem dúvidas sobre seu potencial. "Estudei 14 espécies e três delas, em especial, têm mais de 10 cm de diâmetro e são excelentes para a construção", diz ele, referindo-se ao guadua (Guadua angustifolia), ao bambu-gigante (Dendrocalamus giganteus) e ao bambu-mossô (Phyllostachys pubescens). Todos são encontrados no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas de várias espécies. No Acre, por exemplo, os bambuzais cobrem 38% do estado. De crescimento rápido (em três anos, está pronta para o corte), essa gramínea gigante chama a atenção, a princípio, pela beleza. Mas sua resistência também surpreende: de frágil, ela não tem nada. "Sua compressão, sua flexão e sua tração já foram amplamente testadas e aprovadas em laboratório", afirma Marco Antonio Pereira, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UNESP, em Bauru, que mora há dez anos numa casa de bambu. O arquiteto Eduardo Aranha, pesquisador da Unicamp,

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faz coro: "Se tratado adequadamente, ele apresenta durabilidade superior a 25 anos, equivalente à do eucalipto, por exemplo,", afirma. Ele se refere aos tratamentos químicos para remover pragas como brocas e carunchos (cupins não se interessam pelo bambu). Além do autoclave, outro procedimento comum chama-se boucherie, em que a seiva é substituída por um composto formado de cloro, bromo e boro. Submergir as varas em água durante 20 dias também produz bons resultados, segundo o pesquisador.

Projetos pelo mundo Fora do Brasil, alguns arquitetos têm apostado no bambu em projetos públicos de traços marcantes, que conciliam natureza e tecnologia num contraste agradável ao olhar. Em Leipzig, na Alemanha, a fachada do novo estacionamento do zoológico municipal (acima e à dir.) foi construída com varas de bambu presas em cintas de aço. Perto de Madri, na Espanha, o Aeroporto Internacional de Barajas (página ao lado) surpreende os usuários com seu enorme forro, que torna leve o visual da estrutura de concreto e aço. Em locais como esse, de uso intenso, a opção pelo material é resultado da confiança na sua durabilidade e resistência, já que manutenções freqüentes não seriam bem-vindas. Graças a tratamentos químicos, o amido é retirado, inibindo pragas que poderiam comprometer as

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varas. Em áreas externas, os produtores recomendam aplicar verniz naval para proteger do calor, do frio e da chuva.

Casas de fibra Moradias de bambu são mais comuns do que se imagina. A organização chinesa Internacional Network for Bamboo and Rattan (Inbar) estima que mais de 1 bilhão de pessoas habitam construções desse tipo em todo o mundo. "A maioria delas, no entanto, foi erguida em países em desenvolvimento, com técnicas tradicionais que estão se perdendo", comenta o professor Khosrow. Em contrapartida, a Colômbia e o Equador mantêm programas de habitações populares que privilegiam o bambu por causa do baixo custo e, com isso, estão formando mão-de-obra capacitada. Para os arquitetos especializados no assunto, o desafio é trafegar por duas frentes: resgatar conhecimentos e divulgar o bambu para combater o déficit habitacional, e apagar a idéia de que ele seria um material menos nobre aprimorando técnicas para a aplicação em projetos de alto padrão como os que você vê nestas páginas.

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Jóia nacional Das cerca de 1 300 espécies conhecidas, há pelo menos 400 no Brasil. Graças às pesquisas realizadas em universidades, alguns arquitetos têm experimentado o bambu em seus projetos. A carioca Celina Llerena, coordenadora da Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu (Ebiobambu), encabeça a lista dos entusiastas. "Visitei a Colômbia há cinco anos e voltei encantada com as possibilidades que o material oferece", conta a arquiteta. Na hora de construir, ela alerta para alguns cuidados (veja quadro). Tanto na estrutura como em fachadas, divisórias ou muros, as varas devem ser tratadas e ter mais de 10 cm de diâmetro. Proteger da umidade do solo e das intempéries também faz diferença (acima, repare no beiral e nas manilhas de concreto que apoiam a casa). Como diz a sabedoria popular, toda casa de bambu deve ter "uma boa bota e um bom chapéu".

Checklist do bambu Contrate um arquiteto. Ele irá calcular corretamente as medidas das varas para o uso estrutural e tomará cuidados como o dimensionamento do beiral e a proteção da fundação. Além dos profissionais citados nesta reportagem, você pode obter indicações na Ebiobambu e no Centro de Tecnologia Intuitiva e Bio-

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Arquitetura (Tibá). Pré-requisitos

As espécies indicadas para a construção são: guadua, gigante e mossô (as varas sempre devem ter mais de 10 cm de diâmetro). "Atenção também à idade" aponta Marco Antonio Pereira, da UNESP. É fundamental que o material tenha sido cortado após os 3 anos de vida, do contrário, poderá sofrer rachaduras. Em geral, os maduros apresentam manchas de fungos (que saem com pano úmido), enquanto os verdes exibem varas mais vistosas. Tratamento. Os bons fornecedores vendem o bambu já protegido. "A melhor opção é o tratamento conhecido como boucherie, em que se substitui a seiva por um composto químico formado de cloro, cromo e boro, igual ao usado no eucalipto", diz Marco. Há também a proteção feita em autoclave, por defumação e por imersão em água. Nas aplicações internas, a impermeabilização com verniz, seladora ou stain a cada dois anos preserva o bambu por longos períodos. Já o uso externo requer manutenção com verniz naval. Onde encontrar

Em geral, os fornecedores produzem a gramínea em matas cultivadas e manejadas para fins comerciais. Narcisa Bambu: vende bambu-mossô a partir de R$ 150 a dúzia (varas de 3 a 7 m) e bambu-gigante por R$ 240 a dúzia (com 3 ou 4 m). Tratamento em autoclave.

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Payacan Artes em Bambu: comercializa bambu-mossô a partir de R$ 120 a dúzia (varas de 3 a 6,50 m) e gigante (até 7 m) entre R$ 220 e R$ 390 a dúzia, tratados a vapor (melhora a estética das peças, mas o gigante pede ainda preservação química).

Formas de Tratamento de Bambu

Segundo a botânica Ximena Londoño da Colômbia e diversas culturas de bambu o fator principal para se obter culmos resistentes de bambu é a forma e hora da colheita. A época do ano que o bambu guarda uma maior parte de suas reservas nas raízes (rizomas) é o inverno, o momento antes do aparecimento dos novos brotos. Colhendo nesta hora obtemos um bambu com menos açúcar, que é o alimento dos insetos e fungos que se alimentam do bambu, e estes aparecem menos no inverno. No Brasil e no Hemisfério Sul esta época acontece no meio do ano. Por isso a cultura popular brasileira afirma que são os meses sem a letra "r": maio, junho, julho e agosto. Após este período começa a geração de novos brotos.

Outra atenção especial a ser tomada é a idade do bambu. Para fins de tecelagem ou cestaria usam-se os bambus jovens e imaturos, pela sua flexibilidade. Para fins de construção deve-se usar os bambus maduros, mas não podres, com cerca de 3 a 4 anos, quando atingiram sua resistência ideal.

Estando na época certa do ano deve-se escolher a fase adequada da lua, esta sendo a lua minguante. A razão

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científica para este fato ainda está sendo investigada, mas é corroborado pela cultura popular e pela experiência.

Dentro da fase adequada da lua, escolhem-se as horas antes do amanhecer como as ideais. Após o corte aconselha-se deixar o bambu em pé no local de colheita, ainda apoiado nos vizinhos, por cerca de 2 a 3 semanas. Neste tempo ele secará, mas ainda nos estados de temperatura, pressão e umidade em que sempre viveu. Os passos seguintes diferem muito entre si na quantidade de colmos, disponibilidade de recursos e transporte, fins, etc...

SECAGEM 1 O colmo cortado ainda estará úmido por dentro, e, desejando utilizar-se o bambu para fins de construção de objetos ou estruturas deve-se secá-lo para obter resistência e durabilidade. Pode-se apoiar o bambu, ainda com as folhas, em um aposento arejado com chão e parede livres de umidade, sob proteção da chuva e do sol, e, dependendo da espécie e das condições climáticas, deixar a seiva escorrer e evaporar de 2 a oito semanas.

Com fogo podem-se obter resultados mais rápidos, mesmo com climas mais frios e úmidos. Segundo Johan Van Lengen, do Instituto Tibá, no seu livro "Manual do Arquiteto Descalço": "faz-se um buraco pouco profundo e cobre-se o solo e as esquinas com tijolos, para que não perca calor. O bambu deve ser colocado a uns 50 cm acima do fogo. Para que seque de maneira uniforme, deve-se virar os troncos de vez em quando. Com este

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método, a parede do tronco fica mais resistente aos insetos, mas cuidado! Se o fogo é muito forte pode abrir ou deformar os troncos.”.

secagem com fogo pg. 354- Johan Van Lengen -

"Manual do Arquiteto Descalço" - Ed. Tibá

SECAGEM 2 Outra forma de secagem com fogo é a utilização de uma fonte pontual de calor como o maçarico. Neste processo é importante utilizar fogo baixo, e obtém-se alta resistência e brilho. Porém é um método mais demorado e trabalhoso, por ser feito um a um. Pode-se também defumar o bambu, introduzindo-o num compartimento com pouca saída de ar que tenha fogo e fumaça sob os colmos de bambu. Nesses métodos onde se utiliza fogo geralmente um tipo de óleo (ácido piro-lenhoso) aparece na superfície dos troncos. Este óleo pode ser removido com pano ou reutilizado como fonte de fumaça. Segundo Ximena Londoño este método utilizando o ácido piro-lenhoso é bem eficaz.

Estufas são um meio muito eficaz de secar o bambu. Na Colômbia existem estufas verticais de muitos metros de

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altura, onde o bambu é colocado em pé. Geralmente as estufas são horizontais. As estufas devem coletar o calor dos raios do sol durante o dia, sem incidir diretamente sobre os bambus e sem causar calor excessivo, e manter seu interior quente durante a noite. Este processo dura algumas semanas. Mais uma vez Van Lengen nos dá um pouco de seu conhecimento: "constrói-se um armazém com um aquecedor solar de ar. O aquecedor é construído com blocos, latas pintadas de negro e vidro ou plástico. O armazém deve ter paredes isolantes, para que o calor não escape durante a noite. De dia, controla-se o fluxo de ar com painéis, que ficam fechados à noite. Note que este aquecedor também pode ser utilizado para secar alimentos”.

Secagem com aquecedor solar-pg. 355 Johan Van Lengen -.

"Manual do Arquiteto Descalço" - Ed. Tibá

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FERVURA / COCÇÃO Um modo muito utilizado para tratamento de bambu é ferver o bambu em água. Aconselham-se períodos de 15 a 60 minutos para cada grupo. Os fornecedores de bambu da região serrana do Rio de Janeiro costumam passar um pano molhado de óleo diesel no bambu antes de ferver. A soda cáustica é outra forma recomendada de tratamento, e deve-se misturar à água na proporção de 10 (água) para 1 (soda cáustica), mantendo o tempo de cocção de aproximadamente 15 minutos.

TRATAMENTO QUÍMICO O ácido bórico é o elemento mais utilizado no tratamento químico de bambu. Pode-se utilizar um produto pronto (como o BORAX) ou preparar uma solução, como a sugerida por Johan Van Lengen:

Substância Quantidade (Kg)

Sulfato de cobre

1

Acido bórico 3

Cloreto de zinco

5

Dicromato de sódio

6

"Manual do arquiteto descalço" pg.356

Johan Van Lengen - Tibá

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Para banhar os troncos na solução pode-se construir uma banheira com barris de ferro cortados ao meio e soldados, como na sugestão mais uma vez de Johan Van Lengen:

Banheira de barril de ferro pg. 356- Johan Van Lengen -

"Manual do Arquiteto Descalço" - Ed. Tibá

Esta banheira pode ser adaptada para cozinhar os bambus, se afastada do chão para queimar lenha.

BOUCHERIE Um modo de tratar quimicamente o bambu é fazer passar, sob pressão, a solução química através dos colmos e fibras do bambu. Usa-se uma bomba de ar comprimido para dar pressão, e mangueiras adaptadas nas extremidades do bambu.

Bomba de ar comprimido e sistema de mangueiras para boucherie

Bamboo Brasil Design / Edson Sartori e Rubens Cardoso

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É importante salientar que o uso indevido dessas substâncias químicas muito tóxicas pode ocasionar a intoxicação grave e até a morte do operador, além de contaminar o solo ou a água no local de despejo. Correntes ecológicas afirmam que os tratamentos naturais agridem menos o meio ambiente, portanto sendo mais ecologicamente responsáveis.

ÁGUA

O bambu pode ser tratado apenas pela permanência em água parada (piscina ou tanque) por algumas semanas, porém precisará passar por um processo de secagem demorado após o banho. Pode-se banhar também em água corrente (riachos).

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Exemplos do uso de bambu na arquitetura

Simón Velez

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Cobertura sinuosa de bambu abriga espaço comunitário A tônica do projeto realizado por Leiko Motomura, titular do escritório Amima Arquitetura, é a cobertura de bambu apoiada em estrutura independente de eucalipto. Sob essa cobertura, uma segunda construção, feita de concreto e alvenaria, abriga os setores fechados do programa.

Acesso principal ao centro de cultura. No inverno, o calor retido pelo muro de pedras é liberado nos ambientes do piso inferior.

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Telhas vegetais acompanham as ondulações da cobertura, que tem as laterais parcialmente vazadas.

Biblioteca, sala de inclusão digital e sala de reuniões da comunidade são alguns dos ambientes do piso inferior.

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O vazio sobre a sala de leitura separa a área da loja do espaço reservado ao Museu do Bambu. Os guarda-corpos reutilizam barras de alumínio de ônibus

O paisagismo foi redesenhado e a área ganhou mudas de árvores de grande porte

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A estrutura da cobertura emprega peças metálicas complementares

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O arquiteto Shigeru Ban é o mais claro exemplo de arquitetura sustentável e eco brilhantemente utiliza materiais recicláveis e tradicionalmente esquecidos como papel, papelão e bambu para criar estruturas que são mantidos em local graças à surpreendente força de tubos de papel reciclado. Podemos ver em sua magnífica obra da bandeira do Japão. Sua última obra é uma ponte de papel sobre o rio Gardón localizado no sudeste da França, feita com uma estrutura de base de 281 tubos de papel que pode suportar o peso de até 20 pessoas ao mesmo tempo.

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Fontes textos e fotos

AZZINI, A. e SALGADO, L. A. Possibilidades agrícolas e industriais do bambu. O Agronômico, Instituto Agronômico de Campinas, nº 33, pg. 61-80, 1981.

AZZINI, A. e BERALDO, A. L. Métodos práticos para utilização do bambu. Gráfica da UNICAMP, Campinas/SP, 14 pg., 2001.

GRAÇA, V. L. Bambu: técnicas para o cultivo e suas aplicações. Ícone, São Paulo/SP, 1988.

PEREIRA, M. A. dos R. Bambu: espécies, características e aplicações. Apostila de curso, UNESP, Bauru/SP, 2001.

http://www.bambusc.org.br/?page_id=106&lang=pt-br

Aplicações na arquitetura

www.bambubrasileiro.com.br http://pt.wikipedia.org/wiki/Página_principal

http://joinville.olx.com.br/arquitetura-em-bambu-iid-85947622

http://19bis.com/objectbis/pt/2007/12/

http://www.vilaboadegoias.com.br/meio%20ambiente/bambu-utilidades-uso-na-construcao-artesanato-moveis-jardins-decoracao-resistencia-arquitetura-plantiu-tratamento-corte-com-usando-bambu.htm

http://api.ning.com/files/7o-RVp*KknykbxDJCOLQS5bTKvfSMm3ep9xXG*AzPYcfpOMhsoaezFnEVC-*-JgpNMec4sygTKEEtRHZ*ogTkLU3*TZdhUS8/BambooCafe02.JPG