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A Sigatoka Negra é considerada a doença mais destrutiva da cultura da bananeira, tendo como agente causal o fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis , cuja forma imperfeita é Paracercospora fijiensis. As condições necessárias para o pleno desenvolvimento da doença são índices elevados de temperatura e umidade, porém a doença tem ocorrido em regiões de clima atípico e provocado perdas significativas. Sintomas Os sintomas da Sigatoka Negra podem ser descritos em seis estádios de desenvolvimento das lesões: I. Formação de pequenos pontos descoloridos na fase inferior da folha II. Transformação dos pontos em pequenas estrias de cor café III. Estrias aumentam na largura e no comprimento

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A Sigatoka Negra é considerada a doença mais destrutiva da cultura da bananeira, tendo como agente causal o fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis , cuja forma imperfeita é Paracercospora fijiensis.As condições necessárias para o pleno desenvolvimento da doença são índices elevados de temperatura e umidade, porém a doença tem ocorrido em regiões de clima atípico e provocado perdas significativas.SintomasOs sintomas da Sigatoka Negra podem ser descritos em seis estádios de desenvolvimento das lesões:

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A Sigatoka Negra é considerada a doença mais destrutiva da cultura da bananeira, tendo como agente causal o fungo Mycosphaerella fijiensís Var. difformis , cuja

forma imperfeita é Paracercospora fijiensis.

As condições necessárias para o pleno desenvolvimento da doença são índices elevados de temperatura e umidade, porém a doença tem ocorrido em regiões de

clima atípico e provocado perdas significativas.

Sintomas

Os sintomas da Sigatoka Negra podem ser descritos em seis estádios de

desenvolvimento das lesões:

I. Formação de pequenos

pontos descoloridos na fase inferior da folha

II. Transformação dos

pontos em pequenas estrias de cor café

III. Estrias aumentam na largura e no comprimento

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IV. Mudança da cor das estrias de café/negro

V. Formação de halo clorótico ao redor das lesões

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VI. Após o coalescimento das lesões ocorre a paralização do crescimento e estas

tornam-se deprimidas e secas, verificando-se sobre elas pequenas pontuações escuras que são frutificação do patógeno

Veja as principais diferenças sintomatológicas existentes entre a SIGATOKA AMARELA e a SIGATOKA NEGRA

SIGATOKA AMARELA SIGATOKA NEGRA

1.Lesões delimitadas e necrosadas no centro

1. Lesões em forma de estrias

sem necrose no cento

2. Menor agressividade 2. Maior agressividade

Prejuízos causados

A doença afeta as principais variedades de bananeiras cultivadas atualmente como a prata, a nanica ou caturra e a maçã. Devido à destruição do limbo foliar pelo ataque

do patógeno, ocorre conseqüentemente a redução da área fotossintética

repercutindo na morte precoce das folhas e enfraquecimento da planta, diminuição do número de pencas e tamanho dos frutos, maturação precoce dos frutos,

enfraquecimento do rizoma e perfilhamento lento.

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As perdas podem chegar a 100% do bananal, com graves conseqüências para os

pequenos produtores que terão dificuldades em realizar os tratamentos recomendados.

Medidas de prevenção e controle

Controle cultural

Realizar periodicamente a poda sanitária das folhas atacadas ou parte delas;

Realizar a drenagem adequada do solo para evitar o microclima favorável à doença;

Combater as plantas daninhas; Realizar adubação balanceada.

Controle químico

O controle químico deve ser realizado com aplicações alternadas de fungicidas de grupos químicos distintos, para evitar a ocorrência de resistência do patógeno a

estes produtos. Atualmente encontram-se no mercado e registrados no Ministério da Agricultura, fungicidas do grupo dos triazóis e das estrobirulinas com eficácia

comprovada no controle da doença. A pulverização deverá atingir principalmente as folhas vela, 1 e 2 pois são nelas que ocorre a infecção, sendo assim a pulverização

aérea é a mais eficiente, pois ela atinge melhor o alvo.

Controle genético

As variedades " BRS Prata Caprichosa ", " BRS Prata Garantida ", "

Pakovan Ken ", " PV 42142 " constituem excelentes materiais com resistência à "Sigatoka Negra" (SN), "Sigatoca Amarela" (SA) e o "Mal do Panamá" (MP) e,

portanto, são ótimas indicações para substituição da tradicional variedade "Prata", suscetível àquelas três doenças.

Outras variedades também excelentes são:

1. Caipira - Tipo e sabor "Ouro" - é muito saborosa! Também é resistente à SN, SA e MP.

2. FHIA - 02 - Tipo e sabor Nanica - único material resistente dentro do grupo

Cavendish.

3. PV 42142 - Tipo Prata - Além de ser resistente à SN, SA e ao MP, também é

resistente à "Antracnose", prejudicial doença de pós-colheita.

4. FHIA - 20 e FHIA - 21 - para substituição dos plátanos, os quais são suscetíveis à Sigatoka Negra.

Resistência varietal da bananeira quanto à Sigatoka Negra, Sigatoka Amarela, Mal do Panamá e ao despencamento.

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Formas de transmissão: disseminação da doença

O agente causal da doença se dissemina principalmente por:

Vento Água (chuva, irrigação e orvalho)

Mudas contaminadas Folhas infectadas (usadas na proteção dos frutos na caixa)

Caminhão, caixas de madeira ou de plástico, roupas e sapatos infestados

Orientação ao Produtor Rural

Toda carga de banana deve ser acompanhada da guia de Permissão de

Trânsito Vegetal-PTV, baseada em um Certificado Fitossanitário de Origem-CFO. Restringir o trânsito de pessoas e veículos entre um bananal e outro.

Não reutilizar caixas de madeira para embalar banana ou outros produtos. O transporte de embalagem nova de madeira só pode ser feita na forma de kit, ou

seja, caixas desmontadas. Quando utilizar caixas plásticas realizar a desinfecção com produtos a base de

amônia quaternária antes do retorno. Durante o transporte é obrigatório o Laudo de Desinfecção.

Se suspeitar da ocorrência da Sigatoka Negra em sua propriedade avise

imediatamente o IMA ou Sindicato Rural. Erradicação: Os bananais abandonados serão erradicados e não haverá

indenização. Procure cultivar outras espécies/variedades. Tenha outras fontes de renda

oriundas de sua propriedade. Não fique na monocultura.

Onde conseguir as mudas: A SEAPA esta fazendo contatos com as Empresas de Pesquisa, Universidades e Empresas privadas visando intensificar a multiplicação de

mudas.

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Orientação ao Comerciante Atacadista

Não utilizar caixas de madeira tipo Torito para embalar outros produtos, tais como mamão formosa e abacaxi.

Investir na modernização das câmaras de climatização e conservação visando adequá-las a outros tipos de embalagens.

Orientação ao Consumidor

Como todas doenças de plantas, a Sigatoka Negra não apresenta nenhum risco à saúde humana .

Consuma banana. Ela é uma das frutas mais nutritivas sendo indicada para pessoas de todas as idades. Elas contribuem para evitar a hipertensão e para manter

o coração saudável.

Legislação que trata do assunto

1. Legislação Federal : Instrução Normativa n.º 41, de 21 de junho de 2002. do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária, que determina os procedimentos a serem adotados pelas unidades da

federação onde for detectada a presença da praga Sigatoka Negra - Mycosphaerella fijiensis (Morelet) Deigton.

2. Legislação Estadual: Portaria N.º 667, de 10 de agosto de 2004 e 678, de 20 de

setembro de 2004 que disciplinam a entrada, o trânsito e o comércio de mudas,

frutos, partes de planta da bananeira, caixarias e material de proteção utilizado no acondicionamento e embalagem . Instituto Mineiro de Agropecuária (Autarquia

Criada Pela Lei N.º 10.594, De 07.01.92)

Para mais informações procure os escritórios do IMA, EMATER-MG e EPAMIG em seu município.

Elaboração & Promoção: