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www.bancariosacre.com.br [email protected] facebook.com/bancariosacre RIO BRANCO ACRE 02 | 2017 ed 496 - 8 pág Caixa Econômica Federal anuncia plano para cortar 10 mil funcionários PÁGINA 7 FOTO: MANOEL FAÇANHA PÁGINA 6 PÁGINA 2 Sindicato dos Bancários assina convênio com a Unicesumar PÁGINA 5 BB admite perda de dinheiro com reestruturação Bradesco paga PLR dia 10; Santander credita dia 20 PÁGINA 6 PÁGINA 5 Uma sociedade sem Corrupção ARTIGO Juiz manda suspender desconto da “200 CAPAF”para bancário com mais de 30 anos de contribuição PÁGINA 3 BB: plano de restruturação traz prejuízos a funcionários e clientes O processo de restruturação do Banco do Brasil traz não somente prejuí- zos para funcionários da instituição, mas também a população. O fechamento das unidades Estação e Parque, assim com a agência de Assis Brasil (transfor- mada em posto de atendimento) sobre- carregaram de trabalho outras unidades. Na capital Rio Branco, existem reclama- ções de clientes a respeito da demora no atendimento nas unidades Bosque e Aqui- ry. O Procon, por exemplo, já esteve na primeira unidade para fiscalizar o atendi- mento oferecido aos clientes e usuários. FOTO: ARQUIVO/SEEB/AC PÁGINA 7 Reforma da Previdência Social é golpe nos trabalhadores Na Capital Rio Branco, duas unidades tiveram suas atividades encerradas, entre elas a agência Parque Banco da Amazônia tira comissão de engenheiros no Acre PÁGINA 4 SINDICARO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO ESTADO DO ACRE

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[email protected]/bancariosacre

RIO BRANCO ACRE02 | 2017ed 496 - 8 pág

Caixa Econômica Federal anuncia

plano para cortar 10 mil funcionários

PÁGINA 7

FOTO: MANOEL FAÇANHA

PÁGINA 6

PÁGINA 2

Sindicato dos Bancários assina convênio com a

UnicesumarPÁGINA 5

BB admiteperda de

dinheiro com reestruturação

Bradesco paga PLR dia 10; Santander

credita dia 20PÁGINA 6 PÁGINA 5

Uma sociedade sem

Corrupção

ARTIGO

Juiz manda suspender desconto da “200 CAPAF”para bancário com mais

de 30 anos de contribuição

PÁGINA 3

BB: plano de restruturação traz prejuízos a funcionários e clientes

O processo de restruturação do Banco do Brasil traz não somente prejuí-zos para funcionários da instituição,

mas também a população. O fechamento das unidades Estação e Parque, assim com a agência de Assis Brasil (transfor-mada em posto de atendimento) sobre-carregaram de trabalho outras unidades. Na capital Rio Branco, existem reclama-ções de clientes a respeito da demora no atendimento nas unidades Bosque e Aqui-ry. O Procon, por exemplo, já esteve na primeira unidade para fi scalizar o atendi-mento oferecido aos clientes e usuários.

FOTO: ARQUIVO/SEEB/AC

PÁGINA 7

Reforma da Previdência Social é golpe nos trabalhadores Na Capital Rio Branco, duas unidades tiveram suas atividades encerradas, entre elas a agência Parque

Banco da Amazônia tira comissão de engenheiros no Acre PÁGINA 4

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SINDICARO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DO ESTADO DO ACRE

FEVEREIRO 20172

EXPEDIENTE Manifesto Bancário é uma publicação do Sindicato dos Bancários do Acre

Sindicatodos Bancáriodo Acre

Rua Rio Grande do Sul, 69 - CentroCEP 69.903-420

Tel: (68) 3224-4188 | Fax: (68) 3223-3879

Presidente: Edmar Batistela Tonelly | Vice-Presidente: Edvaldo Almeida de Oliveira | Secretária Geral: Clissiane de Oliveira Coelho | 2º Secretária: Janine Lira Fontinele da Silva Martins | Tesoureiro: Mário César Maia Diniz | 2º Tesoureiro: Irlan Ribeiro Sandra | Secretário de Imprensa e Comunicação: Manoel Façanha Tavares Neto | Secretária

de Assuntos Jurídicos: Maria Goretti Leão do Amaral Guimarães | Secretaria de Administração, Patrimônio e Informática: Francisco Leitão de Araújo | Secretaria de Assuntos da Saúde do Trabalhador: Hudson da Rocha Roque | Secretário de Formação Sindical: Eudo Ra� ael Lima da Silva | Secretário de Cultura, Esporte e Lazer:

Raimundo Nonato Cordeiro de Sá | Secretaria Representante Junto a Federação (FETEC-CUT/CN): Gilberto Guimarães da Silva | Secretaria de Assuntos da Mulher: Elane Domingos Machado | Secretário de Assuntos Econômicos: Marcos Antônio Bezerra Nogueira | Secretaria de Assuntos Municipais: Nilton Ademir do Nascimento | Con-selho Fiscal: Francisco Cavalcante Bandeira de Menezes, Jorge Luiz de Oliveira e Sergio Luiz Figueiredo Gallo | Suplentes do Conselho Fiscal: Cleudimar Barbosa, João Rodrigues da Silva Filho e Roberto Carlos Ru� no de Carvalh | SECRETÁRIAS MUNICIPAIS: Pâmela Natacha Bezerra de Souza - Cruzeiro do Sul | Marluce Leite Mancio

Moura - Tarauacá | Misael de Mesquita Leão - Feijó | Rogério de Jesus Canizo/ Sena Madureira - Manoel Urbano | Luiza Maria Almeida da Silva - Epitaciolândia/Brasiléia | Ronaldo Ribeiro Batista - Xapuri | Jornalista Responsável: Manoel Façanha | Diagramação: Danto Freitas | Tiragem: 1000 exemplares.

Os artigos assinados não refl etem necessariamente a opinião do Sindicato Font

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EMPURRANDO CLIENTES DE BAIXA RENDA PARA OS CORRESPONDENTES

Algumas agências, entre elas a da Cai-xa Econômica Federal, em Rio Branco, es-tão difi cultando aos clientes e usuários o pagamento de boletos bancários de água, luz e telefones na boca do caixa. Con-forme apurado pela coluna, os gestores justifi cam o não pagamento da fatura na unidade ao fato desse tipo de serviço ser oferecido dentro das lotéricas e demais correspondentes bancários.

SANTANDER CORTA2.770 POSTOS DE TRABALHO

O Banco Santander fechou 2016 com um lucro líquido de R$ 7,3 bilhões, estabele-cendo crescimento de 10,8% em relação a 2015. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) fi cou em 13,3%, com crescimento de 0,5 p.p. em doze me-ses. O lucro obtido no Brasil representou 21% do lucro global que foi de € 6,204 bi-lhões (alta de 4% em relação a 2015).

Apesar disso, a holding encerrou o ano de 2016 com 47.254 empregados. Uma redução de 2.770 postos de trabalho em relação a 2015. Foram fechadas oito agên-cias nesse período, enquanto o número de clientes cresceu em 1,9 milhão.

ITAÚ: CONTRAF/CUT ASSINA PCR E PONTO ELETRÔNICO DOS FUNCIONÁRIOSNesta segunda-feira (06), a Contraf-CUT assi-nou os Acordos Coletivos de PCR 2017/2018 e Ponto Eletrônico com o Banco Itaú, fato que ocorreu no Centro Empresarial Itaú Conceição – CEIC, em São Paulo.

A proposta para renovação do acordo do Programa Complementar de Resultados (PCR) do Itaú segue os reajustes da Cam-panha Nacional fechados com a Fenaban.

NOTINHAS

PREVISÃO DO TEMPO

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QUA QUI SEX SÁB08/02 09/02 10/02 11/02

A sociedade ideal é a sociedade sem corrupção, mas para isso acontecer aqueles que almejam a vida pública para gerir o bem coletivo precisa levar consigo algum sentido de sociedade, algum interesse em relação ao destino de todos os seus demais concidadãos

ARTIGOMárcia Meireles de Assis

UMA SOCIEDADE SEM CORRUPÇÃO

Um pesquisador colhendo dados para sua pes-quisa no metrô de São Paulo, perguntava as pessoas que por ali passavam em que tipo de sociedade elas gostariam de viver. Todos responderam unânimes que gostariam de

viver em uma sociedade sem corrupção. Refl etir sobre essa resposta buscando verifi car se isso é possível na atual conjuntura em que vivemos representa algo ne-cessário e urgente. Hoje no Brasil as relações entre po-lítica e empresas demonstram que esse ideal de viver em uma sociedade sem corrupção pode se tornar cada vez mais um ideal sem ressonância para a vida prática do processo coletivo. Um livro clássico da década de 1970 chamado “O Declínio do Homem Público” escrito por Richard Sennett é surpreendentemente atual ao examinar o crescente descompaço entre a esfera pú-blica e a esfera privada demonstrando que nessas re-lações não podemos cair nas tiranias da intimidade. As empresas que de um lado representam o lucro privado e os interesses individuais se contrapõem a política que deve representar os interesses de uma sociedade.

O fato é que essa relação entre política e empre-sas pode se tornar em pesadelo quando não se tem o devido discernimento entre uma coisa e outra, e para que ambas possam caminhar juntas sem se hos-tilizarem é necessário que o homem público ressurja e queo interesse particular das empresas não domine a esfera pública. Nesse sentido, a pergunta do pes-quisador no metrô nos trás uma evidencia nas respos-tas dos entrevistados, viver em uma sociedade sem corrupção urge como clamor de uma sociedade que almeja experimentar relações mais justas e equita-tiva e isso passa pela vida política, por uma esfera pública de forma irremediável. Mas os caminhos para essa possibilidade quem nos ajuda a pensar é Tocque-ville um autor importante na construção e consolida-ção das ideias das sociedades democráticas modernas quando diz que “Cada pessoa mergulhada em si mes-ma, comporta-se como se fora estranha ao destino de todas as demais e isso faz com que não exista para essa pessoa nenhum sentido de sociedade”. É nesse particular aspecto que esbarra-se o problema de uma sociedade viver sem a chaga da corrupção, pois, as empresas guiadas pela lógica do capital é claro são guiadas para viverem mergulhadas em si mesmas, em seus lucros onde o destino de outros lhes é indiferen-te, nelas não há espaço para que predomine um sen-tido de sociedade em suas ações e decisões e sim um sentido de mercado. Mas a esfera pública diferente-mente disso existe por um sentido outro, um sentido maior e tem haver com a existência de um sentido de sociedade, de não se colocar como estranho ao desti-no do outro, há o predomínio dos interesses coletivos de uma política maior e mais ampla que deve levar em conta o destino dos demais.

Chegamos assim a um ponto fundamental nesse clamor implícito nas respostas dos passageiros do Me-trô de São Paulo por uma sociedade sem corrupção que envolve governantes,e administradores que pre-cisam gerir a vida pública sem as mazelas da corrup-ção, ou seja, bastava apenas que nossos representan-tes e administradores públicos governassem levando em conta um sentido de sociedade em suas ações, decisões e planejamentos. Bastava apenas que os pa-péis públicos legitimados a juízes, políticos, presiden-tes, governadores e prefeitos adquirissem um toque a mais de coisa pública de um sentido mais profundo de sociedade na condução de seus pleitos que lhes fo-ram confi ados pelo processo democrático. Uma socie-dade sem corrupção se consolida, portanto, a partir de uma compreensão, de um entendimento a cerca disso, e que para muitos representantes públicos isso parece não ter nenhum signifi cado. Na vida pública pessoas mergulhadas em si mesmas, ou seja, gover-nantes mergulhados em si mesmos impedem que a sociedade se consolide enquanto principio que possa se contrapor aos interesses particulares.

A sociedade ideal é a sociedade sem corrupção, mas para isso acontecer aqueles que almejam a vida pública para gerir o bem coletivo precisa levar con-sigo algum sentido de sociedade, algum interesse em relação ao destino de todos os seus demais concida-dãos. É, portanto resgatando esse sentido nas novas gerações que poderemos caminhar rumo a uma socie-dade menos corrupta e menos particularista. Neste sentido justiça e direitos por ser a base que buscou le-gitimar as sociedades democráticas modernas devem continuar a prevalecer como principio e bem maior para seus governantes. Exercer e poder praticar esses valores democráticos ajuda em muito na hora de bus-car realizar o ideal tão sonhado e desejado por todos de viver em uma sociedade sem corrupção.

Mas para que isso possa prevalecer de fato na prática, a credibilidade nas instituições precisa vol-tar a existir no pensamento da coletividade, credi-bilidade esta, aliás, que deve servir para uma fi na-lidade semelhante capaz de oferecer ao homem e a sociedade os meios para que justiça e direito possam se tornar os principais meios de sociabilidade em ba-ses impessoais. Nesses termos, cabe uma pergunta: Como criar uma sociedade de sociabilidade tão in-tensa? A resposta para isso passa, portanto, na ne-cessidade de se resgatar um sentido de sociedade que foi fi cando para trás na medida em que as re-lações entre público e privado foram perdendo seus pontos de diferenciação.

Márcia Meireles de Assis, Dra em Ciências Sociais – Professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre – UFAC.

FOTO: CEDIDA

FOTO: CEDIDA/SEEB/AC

FEVEREIRO 2017 3

Empregados da Caixa terão um ano de muitas lutas para garantir a permanência dos seus direitos

Caixa anuncia novo PDVE e trabalhadores intensifi cam luta em defesa dos bancos públicos

Movimento sindical barra aumento no Saúde Caixa

Decisão da Justiça do Trabalho do DF atende ação impetrada pelos representantes dos empregados e freia reajuste imposto pela direção do banco que contraria acordo aditivo à CCT

POR SEEB-AC, COM INFORMAÇÕES DA CONTRAF/CUT

Brasília - A Justiça do Trabalho do Distrito Federal concedeu liminar válida para todo o país, na noite da última ter-ça-feira, 31, anulando os novos valores que seriam cobrados dos assistidos pelo Saúde Caixa, a partir do dia 1º. A ação foi impetrada pela Contraf-CUT, pela Fenae e por sindicatos de todo o Brasil, após a direção da Caixa anunciar o reajuste nas contribuições.

De acordo com documento enviado aos empregados, a partir de 1º de feve-reiro, a mensalidade dos trabalhadores da ativa e aposentados passaria de 2% para 3,46% da remuneração base; a copartici-pação das despesas assistenciais subiria de

Contraf-CUT volta a cobrar Vale-Cultura da Caixa e reafi rma

direito à licença-paternidade

A Contraf-CUT enviou na sexta-feira (3) carta ao presiden-te da Caixa, Gilberto Occhi, em nome da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE/Caixa) solicitando esclarecimentos e requerendo a prorrogação do Programa de Cul-tura e Trabalho, para a concessão do Vale-Cultura aos empregados. A correspondência tem a intenção de reafi rmar a cobrança feita pelo Co-mando Nacional em todos os ban-cos no dia 18 de janeiro de 2017.

Na carta, a entidade cita o Acordo Coletivo 2016/2018, espe-cifi camente na cláusula 31, prevê a extensão da distribuição do vale--cultura e informa que a Lei Orça-mentária Anual (13.414/2017) es-tabeleceu reserva de recursos (nos termos do Projeto de Lei 18/2016), para fi m de restabelecer o incentivo fi scal previsto na Lei 12.761/2012 (vale-cultura).

No dia 25 de janeiro último a Caixa suspendeu o pagamento des-te direito, e esta medida está con-testada pelos empregados. Existe agora pendência do governo federal para a prorrogação deste benefício.

Na Caixa, tem direito ao Vale--Cultura trabalhadores que ganham até oito salários mínimos mensais. O cartão com crédito de R$ 50 men-sais é utilizado para aquisição de bens culturais, livros, instrumentos musicais, ingressos para teatro e cinema, por exemplo. O vale é acu-mulativo e seus créditos não tem data limite para a utilização.

20% para 30% e o valor limite da copartici-pação passaria de R$ 2.400 para R$ 4.200. Nesse último caso, toda vez que o assisti-do ultrapassa esse gasto, o complemento é feito pela Caixa.

O coordenador da Comissão Executi-va dos Empregados (CEE) e diretor do Sin-dicato, Dionísio Reis, explica que a deci-são da Caixa fere a cláusula 32ª do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que estabelece a manutenção dos percentuais de mensalidade, da coparti-cipação e do valor para o teto. Dionísio acrescenta que a direção do banco não poderia ter tomado uma decisão como essa sem negociar com o movimento sin-

dical e falar com o Conselho de Usuários. “A direção da Caixa não pode desrespei-tar os empregados assim”, completa o representante dos empregados.

CONSELHO DOS USUÁRIOS

Conselho dos Usuários - Dionísio lembra que ainda na terça-feira, 31, os emprega-dos da Caixa decidiram que a chapa Movi-mento Pela Saúde é a mais apropriada para defender o Saúde Caixa. “O Conselho dos usuários deve ser deliberativo. Os maiores interessados na sustentabilidade do plano são os empregados. A direção do banco só se interessa em aumentar a rentabilidade.”

A Caixa anunciou nesta segunda-feira (6) as regras de um novo programa de de-missão voluntária. As adesões já começam nesta terça, 7, e prosseguem até 20 de fe-vereiro. Os empregados que aderirem ao programa deverão efetivar o desligamento da empresa no período de 14 de fevereiro a 8 de março de 2017.

“Esse plano de demissão voluntária reforça a intenção da Caixa de enxugar a empresa e assim prepará-la para a privati-zação. É um absurdo a redução do número de empregados nas unidades nesse momen-to em que o governo libera contas inativas e consequentemente leva a população a pro-

curar as agências da Caixa, que já estão com a qualidade do atendimento comprometida por conta do número reduzido de trabalha-dores”, destaca Dionísio Reis (CEE/Caixa).

Para ele, os empregados não devem aceitar pressão. Na Circular Interna com as regras do PDVE, a empresa alega que o programa é de caráter extraordinário e se dará apenas em 2017.

Conforme a CI, estão aptos a participar do PDV empregados aposentados pelo INSS ou que podem se aposentar até 30 de junho deste ano; trabalhadores com no mínimo 15 anos de efetivo exercício de trabalho na empresa; ou com adicional de incorporação de função de confi ança, cargo em comissão ou função gratifi cada até a data de desliga-

mento (sem exigência de tempo mínimo de efetivo exercício na Caixa).

A Caixa está propondo como incentivo fi nanceiro para os desligamentos 10 remu-nerações base do empregado, considerando data de referência 31 de janeiro deste ano.

O banco propõe a manutenção por tempo indeterminado do Saúde Caixa so-mente para os trabalhadores já aposenta-dos pela Previdência Social ou que vão se aposentar até 30 de junho, e empregados admitidos já na condição de aposentados pelo INSS com o mínimo de 120 meses de contribuição para o Saúde Caixa. No entan-to, para os empregados que atendem as demais exigências o plano será assegurado por apenas 24 meses.

DEFESA

O presidente da Fenae, Jair Ferreira, disse que é preciso intensifi car a defesa da Caixa 100% pública e sua importância para execução das políticas sociais que o país precisa. “A situação já é de sobrecar-ga e adoecimento nas unidades de todo o país, o que vai se agravar ainda mais com a diminuição do número de trabalha-dores. É inadmissível que a Caixa insista no argumento de que não precisa de mais empregados, como tem feito nos últimos anos, quando cerca de 5 mil colegas dei-xaram o banco nos PAAs. Vamos lutar para que essas e futuras vagas deixadas sejam repostas”, afi rma.

CONTRAF-CUT/AGÊNCIA FENAE

FOTO: ARQUIVO/SEEB/AC

FEVEREIRO 20174

Uma sentença proferida no mês passado pela Comarca de Cruzeiro do Sul julgou procedente uma ação movida pelo Sindicato contra o Banco da Amazônia

Juiz manda suspender desconto da “200 CAPAF”para bancário com mais de 30 anos de contribuição

Lucro do Itaú cai 7% em 2016, para R$ 22,15 bi; no 4º tri, lucro subiu

Acessewww.bancariosacre.com.br

POR SEEB-AC

Uma sentença proferida no mês pas-sado pela Comarca de Cruzeiro do Sul julgou procedente uma ação

movida pelo Sindicato dos Bancários do

Acre contra o Banco da Amazônia. A ação solicitava o não desconto “200 CAPAF” na conta de um empregado com mais de trinta anos de contribuição.

PROCESSO

Com os empregados realizando vá-rias tentativas administrativas infru-tíferas para interromper o desconto, a saída foi os bancários prejudicados ingressarem com processo judicial in-dividualmente.

O desconto “200 CAPAF” realizado nas contas dos funcionários do Banco da Amazônia não é nada mais que o Plano de Previdência Complementar instituído pela instituição e por sua Caixa de Assis-tência - CAPAF, por meio da Portaria nº 375/69, estando os funcionários ligados a este plano de previdência desde a sua admissão no Banco.

Na decisão favorável ao bancário, o ma-

gistrado da Comarca de Cruzeiro do Sul fez o seguinte comentário na sentença:

“Ocorre que, a mencionada portaria, prevê, em seus arts. 6º e 7º, que “o associa-do que completar 30 (trinta) anos de con-tribuições exime-se do pagamento desta”.

SENTENÇA

A sentença, não somente determina a interrupção dos descontos “200 CAPAF” na conta do bancário, como também obriga a restituição dos descontos realizados após os trinta anos de contribuição. Além disso, o Juízo antecipou os efeitos da tutela, pe-dido liminar que foi indeferido inicialmen-te, de modo que a CAPAF e o BASA deixem de realizar os descontos imediatamente, ou seja, independente do trânsito em jul-gado do processo devem as instituições interromper os descontos realizados dire-tamente nos vencimentos do bancário, da decisão cabe recurso.

Banco da Amazônia tira comissão de engenheiros no AcreSe não bastasse as politicas res-

truturação no Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, o Banco da Ama-zônia também começou a abrir o seu leque de maldade. No apagar das luzes do ano passado, o banco criou em Rio Branco a chamada Central de Crédito, um plano piloto implantado pela instituição a qual culminou com a extinção da função de engenheiro analista, passando todos a atender agora pela nomenclatura de operati-vo. A nova central concentra a gran-de maioria dos engenheiros e funcio-na no prédio da Avenida Ceará.

O presidente Edmar Batistela (SEEB-AC) explicou que a mudança prejudicou dezenas de engenhei-ros/analistas do banco, muitos deles com mais de dez anos de casa que agora terão que buscar a Justiça para conseguir de volta sua comissão. O próprio TST já tem súmula garatindo ao empregado o direito a incorporação salarial. Batistela explica ainda que o pro-jeto foi instalado de forma unila-

Em março do ano passado, engenheiros do Basa realizaram protesto na porta da agência Metro

FOTO: CEDIDA

teral (sem uma discursão prévia com os trabalhadores). “No fi nal do ano formos surpreendidos com a mudança através de um informativo interno enviando pelo banco, onde o mesmo comunicava da criação da carteira, assim como da nova nomenclatura dada ao cargo de

engenheiros/analista”, afi rma Batistela.A nova medida do banco acarreta perda

de aproximadamente 20% do salário de cada engenheiro/analista, exceto aqueles que exercem cargo de dirigente sindical, pois o acordo coletivo assinado com as entidades sindicais assegura a estabilidade do cargo.

O lucro líquido do Itaú Unibanco, maior banco privado do país, caiu 7% em 2016, para R$ 22,15 bilhões, anun-ciou o banco nesta terça-feira (7). Em 2015, o lucro havia sido de R$ 23,816 bilhões. Considerando apenas o quar-to trimestre do ano, o lucro foi de R$ 5,817 bilhões, alta de 3,97% em relação aos R$ 5,595 bilhões registrados no tri-mestre anterior e de 1,78% na compa-ração com o mesmo trimestre do ano passado (R$ 5,715 bilhões).

FEVEREIRO 2017 5

Entre os cursos oferecidos está Ciências Contábeis, com desconto de 40% para os bancários fi liados e seus dependentes

POR MANOEL FAÇANHA

Os bancários ganharam mais uma opção para buscar sua gradua-ção e pós-graduação. Na semana

passada, o Sindicato dos Bancários do Acre assinou convênio com o polo Rio Branco da Unicesumar, instituição de ensino que está entre os 4% das melho-res faculdades do Brasil, destacando--se como o melhor centro universitário do sul do país. Na última avaliação do MEC, a Unicesumar manteve IGC 4 (Ín-dice Geral de Cursos), resultado obtido por cinco anos consecutivos.

O convênio assinado não traz risco fi -nanceiro para a entidade sindical. A res-ponsabilidade do pagamento das mensali-dades será do contratante. Entre os cursos oferecidos aparecem Ciências Contábeis, com a mensalidade de R$ 247,00 (descon-to de 40% aos bancários fi liados e seus de-pendentes). Outros 36 cursos oferecidos pela instituição apresentam um desconto de 20%. O convênio garante ainda descon-to de 40% no curso de pós-graduação na área de administração pública e 20% nos demais. Os valores e a lista completa das demais graduações e pós-graduações ofe-recidas podem ser vistos no site do Sindi-cato dos Bancários do Acre (www.banca-riosacre.com.br).

PARCERIA

Feliz com a parceria fi rmada com o Sindicato dos Bancários do Acre, o em-presário Lucélio Neres Passarinho, dona da franquia da Cesumar na capital Rio Branco, explicou que, além de toda a infraestrutura oferecida aos estudantes, ele também fez questão de investir no corpo docente, onde 80%dos profi ssionais têm mestrado ou doutorado.

Lucélio explicou ainda que a aula inau-gural ocorre no próximo dia 16 de fevereiro.

Na semana passada a direção do sindicato assinou convênio com a Unicesumar, polo Acre

ONDE FUNCIONA

Na capital acreana, o polo funciona num moderno prédio, localizado na Estra-da do São Francisco, nº 255, Bairro Baixa da Colina. O presidente Edmar Batistela e os diretores Manoel Façanha e Janine Lira estiveram na semana passada visitando as instalações do prédio e fi caram impressio-nados com a boa infraestrutura física do local. “O espaço físico das salas de aulas impressiona. Além de amplo e bom sistema de iluminação, apresenta climatização mo-

derna, data show e quadro branco. Os la-boratórios de informática, física e química são modernos e bem equipados”, explica Batistela.

Os diretores também elogiaram as ins-talações dos banheiros, praça de alimen-tação e estacionamento (hoje com 55 va-gas, mas com previsão da criação de outras 75). Destaque-se que o prédio atende as exigências de sensibilidade, inclusive com placa com idioma braile (método de escrita e leitura para defi cientes visuais).

São Paulo – O Bradesco foi a pri-meira instituição fi nanceira a atender à solicitação feita pelo Sindicato para que antecipasse o pagamento da se-gunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Dessa for-ma, o crédito aos trabalhadores ocor-rerá em 10 de fevereiro, juntamente com o valor adicional. O Sindicato en-viou carta aos bancos na quarta-feira, 1º de fevereiro, cobrando o pagamen-to antecipado. O banco Santander vai creditar a PLR na conta dos emprega-dos no dia 20 de fevereiro.

De acordo com a Convenção Cole-tiva de Trabalho, as instituições fi nan-ceiras têm até 2 de março para fazer esse crédito. Mas, com o início da tem-porada de publicação dos balanços dos resultados de 2016, já é possível cal-cular os valores fi nais da Participação nos Lucros e Resultados. O Santander divulgou em 26 de janeiro o lucro de R$ 7,3 bilhões, o do Bradesco (R$ 17 bilhões) saiu nessa quinta 2. O do Itaú sai dia 7 e o do Banco do Brasil, dia 16. A Caixa não divulgou a data.

ENTENDA A PLR

A Participação nos Lucros e Resul-tados corresponde a 90% do salário--base mais R$ 2.183,53, limitado a R$ 11.713,59. Se o total distribuído a todos os funcionários não atingir 5% do total do lucro líquido de 2016, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários, limitado a R$ 25.769,88, ou até que se atinja os 5%. O pagamento tem de ser feito até 2 de março de 2017.

No ano passado, os bancários rece-beram 54% sobre o salário, acrescidos de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 ou ao teto de 12,8% do lucro líquido do ban-co no primeiro semestre de 2 bilhões.

O valor adicional à PLR corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido do exercício de 2016, dividido em partes iguais pelo número total de empregados, até o limite individual de R$ 4.367,07. No ano passado, foram pagos os 2,2% correspondentes à apuração do primei-ro semestre, limitados a R$ 2.183,53 por funcionário. O valor adicional à PLR corresponde à divisão linear de 2,2% do lucro líquido do exercício de 2016 divi-dido em partes iguais pelo número total de empregados, até o limite individual de R$ 4.367,07. No ano passado, foram pagos os 2,2% correspondentes à apura-ção do primeiro semestre, limitados a R$ 2.183,53 por funcionário.

METODOLOGIA DE ENSINO EAD UNICESUMAR

É por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) que o acadêmico da educação a distância da Unicesumar tem acesso às aulas ao vivo e gravadas, atividades de estudo, palestras, além de ser acompanhado durante toda a vida acadêmica por profes-sores e tutores. Um dos grandes diferenciais desta modalidade é a fl exibilidade com que o aluno pode estudar, onde é possível assistir às aulas de sua casa, através da internet, no horário que lhe for mais conveniente. Com os avanços tecnológicos, a educa-ção à distância vem cada vez mais ganhando espaço no cenário

educacional, permitindo um ensino de qualidade.Com 26 anos de história, a Unicesumar é uma instituição con-

solidada. Seu campus sede está localizado em Maringá, Paraná. Atualmente, os seus cursos abrigam 80 mil alunos, sendo 15 mil estudantes do ensino presencial e 65 mil da educação à distân-cia. Com seu projeto de expansão, em breve estará presente em todos os estados brasileiros, totalizando 263 unidades. Segundo dados da consultoria educacional Hoper, a Unicesumar posiciona--se como o 9° maior grupo educacional do Brasil.

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Bradesco paga PLR dia 10; Santander credita dia 20

FOTO: MANOEL FAÇANHA

Sindicato assina convêniocom a Unicesumar

FEVEREIRO 20176

BB: plano de restruturação traz prejuízos a funcionários e clientes

O processo de restruturação do Banco Brasil traz não somente prejuízos para funcionários da instituição, mas

também a população. O fechamento das unidades Estação e Parque, assim com a agência de Assis Brasil (transformada em posto de atendimento) sobrecarregaram de trabalho outras unidades. Na capital Rio Branco, existem reclamações de clientes a respeito da demora no atendimento nas unidades Bosque e Aquiry. O Procon, por exemplo, já esteve na primeira unidade para fi scalizar o atendimento oferecido aos clientes e usuários.

Se não bastasse essa sobrecarga de tra-balho imposta aos funcionários dentro das unidades, o banco já informou que não vai complementar os salários dos funcionários que exerciam a função de caixas executi-vos e que foram descomissionados devido a reestruturação anunciada em novembro de 2016.

Na última quarta-feira (1º) os fun-cionários do BB viram se concretizarem as seríssimas consequências do processo

POR SEEB-AC/CONTRAFCUT

A principal mudança proposta pelo governo é o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para que o benefi ciário passe a receber aposentadoria

de reestruturação feito pelo banco no fi -nal do ano passado. Foi o último dia de posses no TAO Especial, sistema que foi criado para inscrições e seleção aos car-gos que fi carem vagos em função de apo-sentadoria incentivada e para realocação dos funcionários que tiveram seus cargos extintos ou reduzidos, devido ao fecha-mento de centros de serviço e agências. O resultado foi desastroso, com centenas de casos de descomissionamentos, de re-enquadramento como escriturários e, em algumas situações, redução de até 70% do salário, além de forte comoção entre o funcionalismo.

INDIGNAÇÃO NAS REDES SOCIAIS

Muitos bancários se manifestaram nas re-des sociais, indignados com os cortes abrup-tos nos salários e também pelo sofrimento imposto a eles próprios e aos colegas: “São pais e mães de família que não terão como arcarcom seus aluguéis, estudantes que não terão como pagar a faculdade... Um impac-to terrível, o maior ataque em décadas ao funcionalismo do BB” afi rma Carlos de Sou-za, secretário geral da Contraf-CUT.

Segundo o dirigente, os funcionários não aceitam a desumanidade do Banco do Brasil,que trata seus funcionários como nú-meros e a Contraf-CUT vai fazer a denúncia na segunda reunião com Ministério Públi-co do Trabalho, marcada para a próxima terça-feira (7) em Brasília: “O banco fi cou de apresentar nesta reunião a conclusão sobre os números e os impactos da rees-truturação. Vamos denunciar o descomis-sionamento em massa e propor uma Ação Civil Pública para garantir os direitos de todos os que foram prejudicados” afi rma.

MEDIDAS JUDICIAIS

Entre outras medidas de mobilização, a Contraf-CUT também vai orientar os departamentos jurídicos de sindicatos e federações sobre possíveis medidas para defender os trabalhadores afetados pelas realocações e pelos descomissionamen-tos: “Os bancários do BB vão continuar mobilizados, não vão descansar um só segundo na defesa destes trabalhadores,

que ajudaram a construir a grandeza do banco e recebem como paga um trata-mento arbitrário e desrespeitoso”, desta-ca Carlos Souza.

NÚMEROS

Além das 402 agências que foram fe-chadas, 379 foram transformadas em PAA e centenas tiveram o quadro reduzido, provo-cando perda de cargos em várias funções.

São Paulo – O Banco do Brasil admi-tiu que os processos de reestruturação do banco público e de ampliação do BB Digital, que acontecem concomitante-mente, geram perda de dinheiro para a instituição. A afi rmação foi feita por representantes do banco durante mesa temática com dirigentes sindicais, reali-zada na sexta-feira 3.

“É simbólico que o BB admita que as mudanças pelas quais passa o banco acar-retem em redução de recursos. Isso que-bra o discurso da efi ciência, justifi cativa

da gestão Cafarelli para promover um verdadeiro desmonte da instituição. Que efi ciência é essa que coloca o banco em risco? Qual a razão de avançar com tama-nha agressividade em processos que geram prejuízos e insegurança aos trabalhadores? Parece óbvia a conclusão de que querem enfraquecer o BB para uma futura priva-tização”, critica o diretor do Sindicato e bancário do BB João Fukunaga.

“Além do prejuízo fi nanceiro para a instituição, a atual gestão do BB promo-ve aumento da sobrecarga de trabalho e

precarização do atendimento com a redu-ção do número de funcionários. Cobramos mais respeito e transparência com clien-tes e bancários”, acrescenta.

REESTRUTURAÇÃO

Um representante da Dipes (Diretoria de Pessoas) apresentou aos dirigentes um panorama do quadro de nomeações na ins-tituição. Segundo ele, até o 1º de fevereiro, 4.200 funcionários foram incluídos na VCP (Verba de Caráter Pessoal) – que mantém por

quatro meses os salários de bancários desco-missionados – e cerca de 1.500 funções esta-rão abertas de forma exclusiva para serem preenchidas por esses trabalhadores.

“Acontece que, nessas 1.500 funções, os bancários não terão o mesmo salário. Em alguns casos, como gerentes de negó-cios e gerentes gerais, a redução chega a 50% do salário. Vamos continuar cobran-do que os trabalhadores não sejam ainda mais prejudicados pelo processo de rees-truturação”, critica a também dirigente e funcionária do BB Adriana Ferreira.

Com o plano de reestruturação do BB, 18 pessoas perderam funções na base do território acreano

BB admite perda de dinheiro com reestruturação

FOTO: ARQUIVO/SEEB-AC

FEVEREIRO 2017 7

O projeto reformista é avaliado com muita preocupação pelo movimento sindi-cal brasileiro, pois traz grande retrocesso a milhões de contribuintes.

Em meio de tudo isso, o governo de Michel Temer apresenta argumentos falsos tentando vender a ideia de que a Previ-dência Social no Brasil é defi citária, e para alertar a população contra os riscos que ameaçam a aposentadoria de milhares de trabalhadores.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, o projeto é um retrocesso aos direito dos tra-balhadores e visa reduzir cada vez mais as conquistas trabalhistas e sociais previstas na Constituição de 1988.

IDADE MÍNIMA DE 65 ANOS

A principal mudança proposta pelo go-verno é o estabelecimento da idade míni-ma de 65 anos para que o benefi ciário pas-se a receber aposentadoria. A regra valeria tanto para homens quanto para mulheres que tiverem menos de 50 anos quando a lei for aprovada.

Hoje, esse critério é estabelecido pela soma dos anos de contribuição com a idade do contribuinte, que deve ser de 85 anos para mulheres e de 95 anos para homens. Esta regra ainda vale até que o RGPS seja aprovado no Congresso e san-cionado pelo Executivo.

TEMPO MÍNIMO DE CONTRIBUIÇÃO

O governo propõe estabelecer 25 anos como tempo mínimo de contribuição para que o benefi ciário tenha direito à aposen-tadoria – isso tanto para homens quanto para mulheres. Hoje, pela regra 85/95, é preciso ter ao menos 30 anos de contri-buição para as mulheres, e 35 anos para os homens.

BENEFÍCIO INTEGRAL

Para conseguir o benefício integral, será necessário trabalhar e contribuir por 49 anos. A aposentadoria com o míni-mo de 25 anos contribuição dará direito a apenas 76% do valor total, e essa taxa aumentaria um ponto percentual a cada ano adicional de contribuição.

Reforma da Previdência Social é golpe nos trabalhadores

O s trabalhadores brasileiros correm risco de retrocesso em uma dos direi-tos sociais mais importantes de suas

vidas. Refi ro-me ao projeto de reforma da Previdência Social que entrará em pauta na Câmara Federal e com previsão de aprova-ção para o mês de março.

POR SEEB-AC

Itaubanco CD: saldo está no arDepois de longo processo de

negociação entre Sindicato e di-reção do Itaú, os participantes do Plano Itaubanco CD tiveram credi-tado, em 30 de dezembro, o apor-te de cerca de R$ 765 milhões.

Dessa forma, houve alteração nas suas contas, que pode ser con-ferida no campo relativo ao saldo efetivado pela patrocinadora aces-sando o portal da fundação (www.funda caoitauunibanco.com.br).

O processo negocial entre Sin-dicato e banco durou cerca de dois anos. Foi concluído em junho de 2016, mas apenas em 2 de de-zembro o Diário Ofi cial da União publicou a aprovação pela Supe-rintendência Nacional de Previ-dência Complementar (Previc) das alterações do regulamento interno do Itaubanco CD, permi-tindo a distribuição.

De janeiro a dezembro de 2016 foram fechados 20.553 postos de trabalho nos bancos brasileiros, sendo a maioria em São Paulo e no Rio de Janeiro, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada pela Contraf--CUT, nesta quinta-feira (26). O número superou amplamente o corte em 2015, que foi de 9.886 empregos. Representando um au-mento de 107,9%. Ou seja, o corte de empregos nos bancos mais que dobrou no período.

A principal mudança proposta pelo governo é o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para que o benefi ciário passe a receber aposentadoria

FOTO: VOZDOAPOSENTADO.ORG.BR

FEVEREIRO 20178

Os bancários que ganham até cinco sa-lários mínimos vão continuar a usufruir do programa Vale-Cultura em 2017. Essa garan-tia está prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada no dia 14 de dezembro de 2017 pelo Congresso Nacional. A conquista dos bancários estava sob a ameaça de so-frer descontinuidade, mas foi reconside-rada após reivindicação do presidente da Contraf-CUT, Roberto Antônio von der Osten e da vice-presidente, Juvandia Moreira, ao ministro da Cultura, Roberto Freire.

Com a medida, o programa terá recur-sos sufi cientes para sua execução em 2017. A LOA prevê os recursos necessários à re-núncia de receita decorrente da prorroga-ção do benefício, que destina R$ 50 mensais a trabalhadores para a aquisição de bens e produtos culturais. Os recursos para custear a desoneração promovida pelo Vale-Cultura vieram do remanejamento de valores do in-centivo fi scal via Lei Rouanet.

Na reunião dos membros da Contraf com o ministro ocorreu no dia 24 de novembro do ano passado.

Os bancários foram a primeira categoria a conquistar o Vale-Cultura na Convenção Coletiva de Trabalho, em 2014. Atualmen-te, 162 mil bancários foram contemplados, o que representa 32% da categoria em todo o Brasil. Os interessados devem procurar o RH dos bancos para requerê-lo.

CONQUISTA

O direito está previsto na cláusula 69 da CCT de 2014 e o mesmo texto deve ser re-editado na CCT 2016/2018, uma vez que a prorrogação foi aprovada.

Abrange trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos mensais. O cartão com crédito de R$ 50 mensais é utilizado para aquisição de bens culturais, livros, instrumen-tos musicais, ingressos para teatro e cinema, por exemplo. O vale é acumulativo e seus cré-ditos não tem data limite para a utilização.

Além de buscar maior democratização de acesso a bens e serviços culturais e be-nefi ciar os trabalhadores, o Vale-Cultura permite que empresas que aderirem ao pro-grama descontem do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) os valores inves-tidos na aquisição do benefício. A dedução fi ca limitada a 1% do IRPJ devido, com base no lucro real trimestral ou no lucro real apu-rado no ajuste anual.

Fonte: Fenae com Contraf-CUT

O pleito ainda elegeu os membros dos conselhos deliberativo e fi scal da entidade

Vanda Cruz é eleita nova presidente da Apcef/AC

POR SEEB-AC

Duas chapas disputaram na quarta--feira, dia 3 de janeiro, as elei-ções a nova direção executiva da

Apcef/AC (gestão 2017/2019). O pleito ainda elegeu os membros dos conselhos deliberativo e fi scal da entidade.

Compareceram às urnas 171 fi lia-dos, de um total de pouco mais de 200 associados. Apurado os votos, a chapa “Apcef em Movimento” – chapa 1, enca-beçada por Vanda da Cruz Cavalcante e Hernilson Coelho de Farias Junior, ven-ceu o pleito com 96 votos (56%) contra 72 (44%) da chapa “Novo Rumos”, en-cabeçada por Iurih Cadaxo e Thayline Melo, chapa 2. O pleito ainda contou com três votos nulos.

A eleição transcorreu de forma tranquila em todo o Estado onde exis-tem pessoas fi liadas à entidade. O pleito foi conduzido pelo presidente da Apcef/AC, Aderlande Rodrigues, acompanhado pelo Sindicato dos Ban-cários do Acre, na pessoa do presiden-te Edmar Batistela.

AVALIAÇÃO

Após a apuração, a candidata vito-riosa Vanda da Cruz Cavalcante explicou que o objetivo do seu trabalho será co-locar em prática tudo o que foi proposto durante a campanha. Vanda comentou ainda que a entidade está aberta ao di-álogo com os fi liados para construírem junto a administração. “Estamos aber-tos às novas ideias que venham a ser apresentadas pelos nossos associados”, disse a candidata eleita.

A pose da nova direção da Apecef/AC ocorreu no dia 1º de fevereiro.

Vale-Cultura terá prorrogação em 2017 para os bancários

Composição ‘Apcef em Movimento’Vanda da Cruz Cavalcante – Presidente Hernilson Coelho de Farias Junior – Vice-Presidente Jauricia dos Anjos Ferreira – Secretária Cleyner de Sousa Lopes – Diretor Financeiro Haroldo Onofre de Andrade e Silva – Diretor de Rel. Trabalho e Assuntos Sindicais Layane Alburquerque dos Santos – Diretora Social e Cultural Rosane Kelly Marcelino Brasil da Cruz – Diretora de Esporte Adriano Nícola de Souza Silva – Diretor de Meio Ambiente Augusto Cruz Souza – Diretor Jurídico Raimunda Nascimento de Oliveira – Diretor de Assunto dos Aposentados

Conselho Deliberativo: Francisco Sales Junior, Aderlande Rodrigues de Souza, Daniel Tapeocy Nogueira Kimpara, Dhonata Santos da Silva, Kátia Simone Monteiro da Silva, Letícia Nazareth Savino de Oliveira, Magna Vanessa Martins de Sousa, Mario Jose Rodrigues Barroso Junior.

Conselho Fiscal: Antônio Marcos Diniz de Araújo, Dayane Soares Farias Arantes, Edson da Silva Marques, Mar-celo Nunes de Araújo, Maria do Socorro de Araújo Gama, Neire Lucia Lavareda Figueiredo.

Conheça as propostas da chapa vencedoraOferta de aula funcional;Revitalização do campo de futebol (arquibancada, rede e grama);Criação de eventos esportivos (torneios interagências);Ampliação da área de lazer nas proximidades do açude;Aquisição de pacote de internet/banda larga rede wi-fi para maior comodidade e satisfação dos associados;Divulgação de calendário anual de eventos culturais;Implantação de coleta seletiva de lixo;Criação de convênios para fortalecer as vantagens de ser associado APCEF (lojas, restauran-tes, academias, farmácias e locais de lazer, especialmente no interior do Estado);Criação de horta caseira;Fortalecimento da atuação da APCEF na luta pelos direitos dos associados;Reimplantação do sistema de plantões aos fi ns de semana;Prestação de contas trimestral.

Chapa 1, encabeçada por Vanda da Cruz Cavalcante e Hernilson Coelho de Farias Junior, venceu o pleito da Apecef/AC

FOTO: FOTO/CEDIDA