Banco de Questões Filosofia Pitagoras

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BANCO DE QUESTÕES Disciplina: Filosofia Segmento: Ensino médio Observação para o professor: para localizar um tema ou uma palavra-chave, digite as teclas Ctrl + L, simultaneamente.

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BANCO DE QUESTÕES

Disciplina: Filosofia

Segmento: Ensino médio Observação para o professor: para localizar um tema ou uma palavra-chave, digite as teclas Ctrl + L, simultaneamente.

QUESTÕES OBJETIVAS

QUESTÃO - Descritor: reconhecer os marcos cronológicos que norteiam a periodização da História ocidental.)

Nível de dificuldade: médio Assunto: O milagre grego

A Grécia era constituída por um conjunto de várias cidades-estados, cada uma com o seu próprio governo e sua organização social e econômica.

A expressão Grécia Clássica REFERE-SE aos territórios onde se localizam atualmente

A) a Grécia, parte da Síria, Creta e regiões do norte da Itália.

B) a Grécia, parte da Turquia, Chipre e regiões do sul da Itália.

C) a Grécia e todo o território da Itália.

D) a Grécia, o norte da Itália e a Turquia.

E) a Grécia, a Alemanha e o sul da Itália

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Conhecer e analisar os diversos períodos da História da Filosofia.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: O milagre grego

Entre os séculos VIII e IV a.C., desenvolveu-se na Grécia, uma nova mentalidade e cultura, baseada na reflexão e idealização de uma sociedade justa e racional, princípios que resultam na construção da democracia e da filosofia.

Partindo dessas informações podemos afirmar que a expressão Grécia Antiga se REFERE aos seguintes períodos históricos:

A) homérico, clássico e helenismo.

B) clássico, helenismo e greco-romano.

C) homérico e clássico.

D) homérico, pré-socrático e socrático.

E) socrático, platônico e aristotélico.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Demonstrar que o conhecimento não se restringe ao conhecimento acadêmico, que todas as relações do homem com o mundo e com os outros homens, o espaço e o tempo são produções do conhecimento.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Mito e Razão

O mito representa uma explicação sobre as origens do homem e do mundo em que vive, traduzindo símbolos ricos de significado que nos mostram o modo como um povo ou civilização entende e interpreta a existência. 

Podemos DEFINIR o mito como

A) crenças individuais acumuladas pelas culturas e transmitidas pela oralidade.

B) ilusão ou mentiras inventadas pelas pessoas em forma de histórias e personagens sobrenaturais.

C) tradições coletivas, constituindo as referências fundamentais que confere a identidade de um povo.

D) forma de conhecimento que fala ao intelecto e dirige-se à razão, nos transportando para o interior do homem.

E) uma forma de conhecimento que fala à razão, dirigindo-se ao mundo objetivo e exterior ao homem.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Trazer para a análise do problema enfrentado os conhecimentos da tradição filosófica, fazendo relações, interpretações, apropriações e avaliações.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Mito e Razão

Leia o trecho da Música Mulher Nova, Bonita e Carinhosa, de Zé Ramalho e Otacílio Batista.

Numa luta de gregos e troianosPor Helena, a mulher de MenelauConta a história de um cavalo de pauTerminava uma guerra de dez anosMenelau, o maior dos espartanosVenceu Páris, o grande sedutorHumilhando a família de Heitor Em defesa da honra caprichosa

O trecho da música retrata um episódio mítico, descrito na obra do poeta Homero, CONHECIDO como

A) O Trabalho e os Dias.

B) Helena, de Troia.

C) Ilíada e Odisseia.

D) As aventuras de Odisseu.

E) O Cavalo de Troia.

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: O milagre grego

A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, pelo contrário, ela está sempre em busca do significado mais profundo dos fenômenos. Não basta saber como funcionam, mas o que significam na ordem geral do mundo humano.

Podemos citar como características do pensamento filosófico, EXCETO

A) uma visão mítica e religiosa do mundo.

B) uma interpretação racional e humana.

C) uma atividade reflexiva e teórica.

D) uma superação da mentalidade mítico-religiosa.

E) uma visão do mundo como resultado das ações humanas.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar informações e conhecimentos fragmentados, relacionando-os dentro de uma visão sistêmica para construir uma visão de mundo e uma argumentação consistente.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Pré-socráticos

Inaugura-se com os pensadores pré-socráticos, uma nova forma de pensar a realidade que, embora não possamos ainda chamar de científica, não é mais mítica. As respostas às indagações existenciais do homem passam a ter como referência o mundo exterior, em busca do princípio originário de todas as coisas. O problema que está no centro das reflexões desses pensadores, conhecidos como filósofos da natureza, É

A) a questão da racionalidade humana.

B) o problema da mudança e da multiplicidade.

C) as explicações mítico-religiosas.

D) um método de comprovação da verdade.

E) a busca de uma verdade universal e absoluta.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Possibilitar sólida assimilação dos temas abordados no livro.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Os filósofos da natureza

O grego se percebe parte integrante da physis, entendida aqui como uma espécie de energia totalizante, uma força vital que origina o real: a terra, a água, a luz, o homem, os deuses, a história e o universo. O homem é apenas uma partícula do cosmo e por isso não pode decidir a respeito da própria natureza humana, separada da totalidade que o constitui.

Segundo o texto, podemos CONCLUIR o significado do termo physis como

A) verdade.

B) opinião.

C) natureza.

D) virtude.

E) certeza.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Analisar o conjunto das ações/ relações humanas em diferentes épocas e espaços.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: O Teatro Grego e a Filosofia.

No teatro grego, a peça trágica girava em torno do destino infeliz do herói, apresentado inicialmente como um vencedor, no ápice da vida, da coragem e da força, que de repente torna-se vítima de um acontecimento fatal que desestrutura o seu destino de glórias colocando-lhe um conflito interior, que exige posicionamento e escolha.

A expressão trágico, atribuída ao herói grego, SIGNIFICA

A) o destino infeliz do herói, vítima de um acontecimento fatal.

B) uma tensão entre duas situações fundamentais e inconciliáveis.

C) o seu destino de lutas e glórias diante dos acontecimentos da vida.

D) as ações de desmedida do herói que culminam na sua morte.

E) a desestruturação do seu destino de glórias. RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Analisar o conjunto das ações/ relações humanas em diferentes épocas e espaços. Nível de dificuldade: médio Assunto: O Teatro Grego e a Filosofia.

O filósofo grego Aristóteles fez uma interpretação do efeito que a tragédia provocava no indivíduo. Para ele, a função da tragédia era produzir o que ele denomina “catarse”, DEFINIDA como

A) um sentimento irresistível que conduzia ao estado de identificação primária com a Natureza.

B) um esquecimento, nos distanciando do cotidiano e nos aproximando da nossa origem.

C) uma imitação de outros seres por meio de sons, sabores, ritmos, emoções, cores e formas.

D) a purgação das emoções dos espectadores, diante das paixões humanas ali representadas.

E) os estados de embriaguês nas celebrações das festas e cultos ao deus Dionísio.

RESPOSTA: D

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Mito e Razão

Os mitos são arquivos históricos de grande importância, pois traduzem a nossa primeira compreensão de mundo, nos ajudando a compreender e ordenar o cosmos, dando-lhe um sentido. Em relação ao aspecto cultural dos mitos podemos afirmar, EXCETO que

A) são crenças coletivas acumuladas pelas culturas e transmitidas pela oralidade. B) estão ligados às tradições dos povos, constituindo as referências que lhes conferem uma identidade. C) são histórias muito antigas, criadas e estruturadas pela memória coletiva. D) é uma forma de conhecimento que explica racionalmente a origem das coisas e a realidade. E) suas histórias traduzem o imaginário humano denunciando sentimentos e violências enraizados na consciência humana.

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor:. Reconhecer que as imagens são fontes históricas e não ilustrações que correspondem a uma cópia da realidade ou tornam os textos históricos mais atrativos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Mito e Razão

Observe as imagens.

As figuras representadas se REFEREM, respectivamente, aos personagens da mitologia grega

A) Narciso, Édipo e Odisseu.

B) Aquiles, Édipo e Narciso.

C) Ulisses, Aquiles e Narciso.

D) Narciso, Édipo e Ulisses.

E) Ulisses, Édipo e Narciso.

RESPOSTA: E

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QUESTÃO - Descritor: Inferir informações, temas, assuntos e contextos de diferentes fontes históricas.

Nível de dificuldade: médio Assunto: o milagre grego

Podemos dizer que a primeira característica da filosofia grega foi a superação da mentalidade mítico-religiosa. Também podemos considerar as seguintes condições históricas que favoreceram o desenvolvimento da filosofia na Grécia, EXCETO

A) a mentalidade mítico-religiosa.

B) a superação da mentalidade mítico-religiosa.

C) as condições históricas favoráveis.

D) o talento inegável dos gregos.

E) a razão no centro do conhecimento.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: mito e filosofia

Várias formas de perceber e conhecer o mundo foram criadas até chegarmos ao que chamamos de conhecimento científico ou filosófico. No início, não possuíamos métodos racionais de comprovação, sendo as explicações sobre a realidade apoiadas em forças sobrenaturais, que extrapolavam a vontade e a ação humana.

A forma de conhecimento que MARCA a ruptura entre o pensamento mítico e o pensamento filosófico é a

A) fé.

B) ciência.C) razão.

D) sofística.

E) religião.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: mito e filosofia

O mito expressa a realidade através de cosmogonias e teogonias. A filosofia é uma cosmologia. Isso SIGNIFICA que a filosofia é um pensamento

A) baseado e estruturado pelo uso da razão.

B) baseado e estruturado pelo uso da fé.

C) sobre a origem do cosmo a partir de explicações divinas.

D) acessível pela intuição e que não necessita de provas para ser aceito.

E) estruturado pelo uso da razão conciliada à fé.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Sócrates

Sócrates nada ensinava, apenas ajudava as pessoas a tirarem de si mesmas opiniões próprias e limpas de falsos valores, pois acreditava que o verdadeiro conhecimento tem de vir de dentro, de acordo com a consciência, o que não se pode obter “espremendo-se” os outros. O processo de aprender é um processo interno, e tanto mais eficaz quanto maior for o interesse de aprender.

Quando Sócrates afirma "Só sei que nada sei", ele ALERTA que

A) devemos reconhecer nossa ignorância, pois só assim desejaremos aprender.

B) devemos conhecer os outros, suas opiniões e interesses, pois nada sabemos.

C) na realidade, nunca sabemos de nada completamente.

D) tudo é relativo, portanto a verdade é apenas uma ilusão.

E) somente os humildes alcançam o conhecimento.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: - Possibilitar aos estudantes uma formação básica filosófica fundamentada no estudo dos clássicos.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Sócrates

Segundo o filósofo romano Cícero, ”com Sócrates a filosofia sai do céu para a terra, transformando cidades e casas em sua morada e levando as pessoas a refletir sobre a vida e os costumes, sobre o bem e o mal.”

A partir da afirmativa podemos CONCLUIR que as teorias socráticas

A) são materialistas e realistas, desprezando questões que extrapolem o presente.

B) provocam uma ruptura com a physis, fragmentando a visão de natureza.

C) negam as questões religiosas, descartando o aspecto místico da existência.

D) inauguram o pensamento racional, afirmando a razão como caminho do conhecimento.

E) são moralistas e religiosas, valorizando as questões metafísicas e místicas.

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: fácil. Assunto: Período Clássico

Ser cidadão da polis, pertencer aos poucos que tinham liberdade e igualdade entre si, pressupunha um espírito de luta: cada cidadão procurava demonstrar perante os outros que era o melhor exibindo, através da palavra e da persuasão, os seus feitos singulares, isto é, a polis era o espaço de afirmação e reconhecimento de uma individualidade discursiva.

Esse espírito de luta, virtude e condição para aceder à vida política, ERA

A) a fé

B) a coragem

C) a força

D) o trabalho

E) o esforço pessoal

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Compreender um modo especificamente filosófico de formular e propor soluções a problemas.

Nível de dificuldade: fácil. Assunto: Período Clássico

Um dos momentos marcantes no desenvolvimento da civilização ocidental foi o surgimento da polis grega, no século VIII a.C. A praça pública, a "ágora", funda-se como o espaço mais importante da cidade, onde se realizam as trocas e as discussões sobre a vida comum, dando origem a novas relações sociais. Era um espaço livre no centro dos edifícios públicos, onde os cidadãos gregos realizavam negócios e discutiam política e filosofia.

Nas novas relações sociais, o espaço da “ágora” REPRESENTA a

A) democracia

B) religião

C) educação

D) cultura

e) cidadania

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: médio.Assunto: Período Clássico

Para a filósofa Hannah Arendt “o ser político, o viver na polis significava que tudo era decidido mediante palavras e persuasão, e não através do uso da força e da violência. Todos são iguais (não há desigualdade de comandar e de ser comandado) e todos são livres em expressar as suas opiniões”.

A partir das informações, podemos CONCLUIR como habilidades fundamentais para se projetar na polis

A) os conhecimentos da tradição.

B) a conduta dos indivíduos.

C) a arte da retórica e da política.

D) a arte da política e da coerção.

E) a capacidade de comando.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Período Clássico

Para os gregos, o termo "público" remete para dois fenômenos distintos: a ideia de acessibilidade e a ideia de comum. Isso SIGNIFICA que

I. Tudo o que vem a público pode ser visto e ouvido por todos. II. A realidade do mundo tem um interesse comum, na medida em que é partilhado por indivíduos

que se relacionam entre si. III. Os bens materiais produzidos são acessíveis a todos que compõem aquela sociedade. IV. Os interesses do Estado são priorizados em detrimento dos interesses individuais. V. Os interesses individuais são priorizados em detrimento dos interesses do Estado.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I e II

B) I, II e III

C) II e III

D) III e IV

E) I, II, III e IV.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: capacitar para a compreensão crítico-reflexiva dos valores, visando o exercício do agir ético;

Nível de dificuldade: fácil. Assunto: Período Clássico

A consciência moral e a consciência política formam-se pelas relações entre as vivências do eu e os valores e as instituições de sua cultura. São as maneiras pelas quais nos relacionamos com os outros por meio de comportamentos e de práticas determinados pelos códigos morais e políticos estabelecidos na cultura.

Consciência moral e consciência política SIGNIFICAM, respectivamente,

A) o cidadão e a pessoa

B) a pessoa e o cidadão

C) a pessoa e o governo

D) o cidadão e o governo

E) o governo e o cidadão

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Capacitar para análise, interpretação e comentário de textos teóricos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Sócrates

O que ele propõe é formular perguntas adequadas, isto é, um método de investigação que encaminhe o pensamento em direção à essência das coisas. Sócrates nunca vai diretamente à questão “o que é...? Antes, ele ouve e apresenta objeções aos argumentos dos outros. É como se o pensamento tivesse de experimentar outras possibilidades antes de entrar na rota certa. O seu método cumpre essa função de “experimentação“ o pensamento precisa de um interlocutor, com quem possa sempre discutir.

Tomando o texto como referência, podemos AFIRMAR que, para Sócrates, o verdadeiro conhecimento nasce

A) da experiência

B) do diálogo

C) do convívio

D) da argumentação

E) da investigação

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Analisar, interpretar e comentar textos teóricos, segundo os procedimentos e técnicas filosóficas.

Nível de dificuldade: fácil. Assunto: Sócrates

Leia os textos.

Texto 1 :

A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às das parteiras, com a diferença de eu não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos, em seu trabalho de parto. Porém a grande superioridade da minha arte consiste na faculdade de conhecer de pronto se o que a alma dos jovens está na iminência de conceber é alguma quimera e falsidade ou fruto legítimo e verdadeiro.

Texto 2: São as dores de parto, meu caro Teeteto. Não estás vazio; algo em tua alma deseja vir à luz.

PLATÃO. Teeteto. Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Ed. UFPA. 1988.

Nos textos, o trabalho de parto a que Sócrates se refere, tem como finalidade CONCEBER nos jovens

A) a fé

B) a ciência

C) a razão

D) a verdade

E) a emoção

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Analisar o conjunto das ações/ relações humanas em diferentes épocas e espaços.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Platão

Identifique o SIGNIFICADO dos símbolos descritos na Alegoria da Caverna de Platão.

I. As correntes que prendem os homens

A) a razãoB) a féC) os sentidosD) as ideiasE) os limites

II. A caverna onde estão os prisioneiros

A) a morada dos deusesB) o mundo em que vivemos.C) o mundo das ideiasD) o mundo sensívelE) os nossos limites

RESPOSTA: C e B

QUESTÃO - Descritor. Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Platão

Conhecimento inteligível SIGNIFICA

A) o que podemos perceber pelos sentidos.B) as ideias, só alcançadas pelo pensamento.C) a cópia da realidade.D) o que é impossível de comprovar.E) o mistério, só alcançado pela fé.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações;

Nível de dificuldade: médio Assunto: Razão e fé no pensamento medieval

No pensamento cristão, a fé não pode ser vista como um obstáculo à razão, ao contrário, ela surge como uma ampliação da dimensão do conhecimento humano, motivando o homem na sua busca incansável da verdade.

Dessa relação entre razão e fé que se complementam na busca da verdade, surge uma nova ciência cristã DENOMINADA

A) metafísica

B) religião

C) teologia

D) teogonia

E) cosmologia

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor. Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Helenismo

Estes pensadores se diziam seguidores de Sócrates, e pregavam um desligamento das convenções sociais e o desprendimento dos bens e do conforto material, vistos como desnecessários à verdadeira felicidade que dependia de estados da alma e não da matéria ou do corpo.

Essa concepção de realidade se refere à corrente filosófica do helenismo DENOMINADA

A) epicurismo

B) cinismo

C) estoicismo

D) ceticismo

E) hedonismo

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Reconhecer que as imagens são fontes históricas e não ilustrações que correspondem a uma cópia da realidade ou tornam os textos históricos mais atrativos.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Platão

Analise a imagem e leia o texto.

A morte de Sócrates. Jacques Louis David, 1787.

A imagem faz referência a esse diálogo de Platão citado no texto e que foi DENOMINADO A) Teeteto

B) Críton

C) Fedon

D) Alegoria da Caverna

E) O Banquete

RESPOSTA: C

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Nos diálogos, escritos por Platão, nota-se a presença de Sócrates andando descalço pela praça ou no mercado, rodeado pelos jovens atenienses, debatendo idéias. Num desses diálogos, Platão reflete a questão da morte, tomando como referência a execução de Sócrates que, vendo seus amigos abatidos com sua condenação, tenta mostrar-lhes que a morte não é o final.

QUESTÃO - Descritor: - Possibilitar aos estudantes uma formação básica filosófica fundamentada no estudo dos clássicos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Platão

Os temas principais dos diálogos Teeteto, e O Banquete, escritos por Platão SÃO, respectivamente:

A) O Bem e a Beleza

B) O Bem e o Amor

C) O Amor e a Beleza

D) O Conhecimento e o Amor

E) O Conhecimento e a Beleza

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Helenismo

As coisas não acontecem como o homem deseja, elas possuem um ritmo próprio determinado pela natureza. Nada acontece por acaso, o que tem de ser será. Felicidade ou infelicidade são fatos naturais da vida e vão ocorrer, independente da vontade humana. Por isso, não devem ser motivo de preocupações. O homem deve aceitar a vida como ela é. Ser feliz, é se libertar dessas inquietações existenciais, através da virtude, alcançando uma autonomia interior.

Essa concepção de realidade se refere à corrente filosófica do helenismo DENOMINADA

A) ceticismo

B) hedonismo

C) epicurismo

D) cinismo

E) estoicismo

RESPOSTA: E

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QUESTÃO - Descritor: Reconhecer que as imagens são fontes históricas e não ilustrações que correspondem a uma cópia da realidade ou tornam os textos históricos mais atrativos.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A Revolução Científica do século XVII

Observe a imagem.

Rembrandt. A Lição de Anatomia do Dr. Tulp, 1632

A pintura “Lições de Anatomia do Dr. Tulp”, do artista Rembrandt, ilustra o nascimento de uma nova concepção de mundo a partir do pensamento moderno.

De acordo com a tela, PODEMOS perceber nessa nova concepção

A) o espírito religioso como elemento propulsor da nova era.

B) a supremacia do mundo espiritual sobre o mundo material.

C) a conciliação entre matéria e espírito na produção do conhecimento.

D) a desvalorização da matéria por ser considerada como objeto da ciência.

E) a visão do corpo como objeto de investigação e dominação científica.

RESPOSTA: E

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QUESTÃO - Descritor: Identificar as principais teses de um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A Revolução Científica do século XVII

Leia o texto.

O homem perdeu seu lugar no mundo, ou, mais exatamente, perdeu o próprio mundo que formava o quadro de sua existência e o objeto do seu saber, e precisou transformar e substituir não somente suas concepções fundamentais, mas as próprias estruturas do seu pensamento.

KOYRÈ, Alexandre – Do Mundo Fechado ao Universo Infinito . Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1986

O fato histórico citado no texto, eixo central das novas concepções de homem e de mundo a partir do pensamento moderno, se REFERE

A) à Revolução Científica.

B) à Revolução Industrial.

C) ao Expansionismo Europeu.

D) ao Renascimento.

E) à Reforma Protestante.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Inferir informações, temas, assuntos e contextos em diferentes fontes históricas.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Concepção de mundo e de homem

O Renascimento foi uma nova forma de conceber o mundo e o homem, que se instituiu lentamente, provocando reflexões e mudanças substanciais na cultura e na filosofia. São características desse movimento cultural, EXCETO A) a tradução de uma nova forma de pensar o mundo, o homem e a vida inspirada na Antiguidade Clássica dos gregos e dos romanos.

B) as grandes transformações culturais nos séculos XIV a XVI, que ocorrem paralelas à expansão comercial e à política absolutista.

C) o centro das indagações do conhecimento que se voltam para a compreensão da totalidade do real, da vida coletiva e da conservação das tradições.

D) um movimento de glorificação do homem e da vida, colocando-os no centro das preocupações do conhecimento.

E) o teocentrismo e os valores medievais, que cedem espaço para o antropocentrismo, e a criação de uma cultura laica, racional.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Inferir informações, temas, assuntos e contextos a partir de uma informação.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Concepção de mundo e de homem

O pensamento moderno foi construído lentamente, em consequência da busca de respostas que satisfizessem às novas inquietações e indagações do homem.

Podemos destacar como característica desse momento filosófico, EXCETO

A) a convicção de que os fenômenos podem ser explicados pela razão humana e pela ciência.

B) a construção de valores que reforçam a valorização do homem, como o individualismo.

C) a substituição do antropocentrismo pelo geocentrismo, valorizando a obra humana na Terra.

D) o fim da concepção de natureza hierarquizada, segundo uma ordem divina.

E) o teocentrismo foi substituído pelo antropocentrismo e o racionalismo contrapôs-se à fé.

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Confrontar visões e opiniões diferentes acerca de um mesmo fato histórico.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A Revolução Científica do século XVII

A ciência moderna sofreu mudanças em relação à ciência na antiguidade. ASSINALE a alternativa que apresenta uma dessas mudanças.

A) submissão do saber ao conhecimento teórico, tornando irrelevante a sua aplicação prática.

B) subordinação da razão à fé religiosa, valorizando a concepção de verdade como revelação.

C) valorização do saber experimental, visando o controle e a transformação da natureza.

D) valorização da ideia de cosmo fechado grego e da transcendência medieval.

E) a ideia de o homem ser uma partícula do cosmo, isento de responsabilidade pelas suas escolhas.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar idéias filosóficas entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Concepção de mundo e de homem

Entre os momentos históricos que marcaram definitivamente o nascimento da nova visão de mundo e de conhecimento produzida pela ciência moderna, podemos DESTACAR

I. o humanismo renascentista que coloca o homem no centro do conhecimento. II. a valorização do individualismo e do espírito crítico pela Reforma Protestante.III. a revolução científica e sua nova proposta de conhecimento baseada na observação, na experimentação e na verificação de hipóteses, suplantando o argumento metafísico. IV. a valorização e o poder do Estado proporcionados pela política econômica mercantilista.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I, II, III e IV.

B I, II e III.

C) II, III e IV.

D) I e II.

E) I e III.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Identificar as principais teses de um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Racionalismo

Leia o texto.

“(...) Eu me persuadi de que nada existe no mundo, de que não há nenhum céu, nenhuma terra, espíritos alguns, nem corpos alguns: não me persuadi, portanto, de que eu não existia? É certo que não, eu existia sem dúvida, se é que me persuadi ou somente pensei alguma coisa. Mas há um não sei quem, enganador muito poderoso e astucioso, que emprega toda a sua indústria em enganar-me sempre. Por conseguinte, não há a menor dúvida de que sou, se ele me engana; e, por mais que ele queira enganar-me, nunca poderá fazer com que eu nada seja, enquanto eu pensar ser alguma coisa. "Eu sou, eu existo", é necessariamente verdadeira, todas as vezes que a enuncio ou em que a concebo em meu espírito”.

Descartes, René. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção Os Pensadores.

O texto se REFERE à concepção filosófica

A) Empirismo.

B) Racionalismo.

C) Idealismo.

D) Materialismo.

E) Realismo.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Empirismo

Podemos DEFINIR o empirismo como a concepção filosófica que

A) desvaloriza o conhecimento sensível, especialmente os sentidos externos, e atribui às ideias todo o valor do conhecimento.

B) afirma que todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiência sozinha não nos dá o conhecimento.

C) vê o conhecimento proveniente dos sentidos, o que significa que ele tem origem na experiência e nas sensações.

D) baseia-se nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori, ou seja, a razão.

E) afirma que o conhecimento inclui a existência de ideias inatas, ou seja, que existiriam no homem antes de qualquer experiência.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Racionalismo

Sobre a concepção filosófica racionalista, podemos afirmar, EXCETO que

A) desvaloriza o conhecimento sensível, especialmente os sentidos externos, e atribui às ideias todo o valor do conhecimento.

B) o conhecimento é visto principalmente como resultado da experiência sensível.

C) se baseia nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento a priori, ou seja, a razão.

D) afirma que o conhecimento inclui a existência de ideias inatas, ou seja, que existiriam no homem antes de qualquer experiência.

E) afirma que o verdadeiro conhecimento é aquele que for logicamente necessário e universalmente válido.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Racionalismo

Para Descartes, o método consiste em recusar tudo aquilo em que pudermos colocar a menor dúvida. Tal método o conduzirá a uma certeza, a de que se está duvidando, existe um sujeito que duvida. Portanto, ao chegar à famosa conclusão de que se o indivíduo duvida, ele existe, ou, “penso, logo existo”, Descartes CONCLUI

A) a subjetividade, ou seja, o conhecimento não se faz sem o sujeito que conhece.

B) a objetividade, ou seja, o conhecimento se faz a partir da experiência e análise do objeto.

C) que o conhecimento se dá pela experiência, independente do sujeito que conhece.

D) que o conhecimento se dá pela relação entre um sujeito que conhece e um objeto conhecido.

E) que o início do conhecimento se dá pela subjetividade, mas é a objetividade que confirma a veracidade dos fatos.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A política moderna

Para Maquiavel, a conquista e a manutenção do poder vão depender da habilidade do governante em aplicá-las a cada circunstância que se apresenta. Para isso, torna-se fundamental compreender a diferença entre os conceitos de ethos político e ethos moral.

Sobre esses conceitos, assinale a alternativa CORRETA.

A) significam, respectivamente, vida pública e vida privada.

B) significam, respectivamente, vida privada e vida pública.

C) significam, respectivamente, conquista e manutenção do poder.

D) ambos expressam o mesmo significado.

E) ambos são concepções éticas de construção do poder.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Destacar o papel dos indivíduos como criadores de realidades e agentes das transformações a partir das relações sociais que constroem entre si.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A política moderna

Maquiavel inaugura a ideia de valores políticos medidos pela eficácia prática e pela utilidade social. Em relação ao ethos do príncipe, Maquiavel ADVERTE que a lógica do poder e da política

A) possui uma forte dependência com a moral e a ética.

B) depende da ética, pois um príncipe não pode ser odiado.

C) é diferente das virtudes éticas dos indivíduos na vida privada.

D) é regida pela ordem natural do poder e da força. E) exclui a ética, pois os fins é que justificam os meios.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A política moderna

A concepção racional da política moderna, separada da ética e da ordem natural, incomodou o poder estabelecido pela tradição. As palavras maquiavélico e maquiavelismo criadas no século XVI, e utilizadas até hoje, EXPRIMEM

A) uma rejeição popular à frieza e indiferença na forma de Maquiavel tratar a política.

B) o medo que se tem da política quando esta é simplesmente política.

C) uma rejeição à racionalidade política e aos perigos que ela pode acarretar. D) o nível de popularidade de Maquiavel perante a política da época.

E) os perigos da política quando ela justifica e valoriza a ausência da ética.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Destacar o papel dos indivíduos como criadores de realidades e agentes das transformações a partir das relações sociais que constroem entre si.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Política Moderna

Maquiavel contradiz a visão de política dos pensadores mais antigos, afirmando como finalidade da política

A) a tomada e a manutenção do poder.

B) a justiça e a busca do bem comum.

C) a justiça como forma de manutenção do poder.

D) a lógica racional da justiça.

E) a lógica racional da ética.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Analisar o conjunto das ações/relações humanas em diferentes épocas e espaços.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A Revolução Científica do século XVII

Chamamos de Renascimento as grandes transformações culturais dos séculos XIV a XVI, que ocorrem paralelas à expansão comercial, à reforma religiosa e à política absolutista. Essas transformações são acompanhadas por uma nova forma de pensar o mundo, o homem e a vida inspirada na Antiguidade Clássica. O homem torna-se o centro das preocupações do conhecimento.

A principal mudança no projeto filosófico e na produção do conhecimento, a partir desse período, FOI

A) o advento da lógica.

B) o método científico.

C) o teocentrismo.

D) a noção de physis.

E) a revolução comercial.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Crítica do pensamento metafísico.

Leia o trecho.

O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora, só entram em consideração como metal, não mais como moedas.

NIETZSCHE, Frederico: "Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral". Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, pp.43-52.

A partir das informações do texto, podemos AFIRMAR que para Nietzsche

I. o conhecimento é uma ilusão útil à preservação da vida. II. o conhecimento, a moral e a metafísica são algo transcendente, III. o conhecimento, a moral e a metafísica são criados pelo próprio homem IV. a verdade e a mentira são relativas, válidas para o ponto de vista humano. V. o homem interpreta e dá sentido às coisas,a partir das suas experiências objetivas.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I, II e III

B) I, III e IV

C) I, III, IV e V

D) III, IV e V

E) II, III, IV e V

RESPOSTA: E

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: médio Assunto: Crítica do pensamento metafísico.

O realismo foi um movimento artístico que se manifestou na segunda metade do século XIX, em meio ao fracasso da Revolução Francesa e de seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

O realismo como teoria filosófica AFIRMA que

A) a dimensão da verdade é, ao mesmo tempo, subjetiva e objetiva.

B) os aspectos culturais são relevantes na constituição da verdade.

C) o contexto social onde a verdade se constitui deve ser observado.

D) as coisas possuem autonomia, existindo por elas mesmas.

E) a realidade é imprevisível, impossível de ser conhecida.

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Crítica do pensamento metafísico.

O relativismo sempre esteve presente na história da filosofia. O que motivou o seu movimento pós-modernista foi o questionamento sobre a possibilidade ou impossibilidade de uma verdade objetiva e independente de pontos de vista.

O relativismo como teoria filosófica AFIRMA que

A) existe uma realidade única, essência de todas as coisas existentes. B) o sentido da realidade independe das relações históricas e das culturas. C) as coisas se constituem, existem, através da linguagem, das palavras. D) a linguagem e as palavras representam as coisas. E) a realidade é previsível, podendo ser conhecida.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Crítica do pensamento metafísico.

Leia o texto.

Não mais a submissão a uma proibição absoluta ou transcendente, mas a consideração dos interesses da humanidade, antes de mais nada do outro homem ou da outra mulher. Não mais um apêndice da religião, mas o essencial, cá estamos nós outra vez, do humanismo prático. Por que “prático”? Porque ele diz respeito mais à ação (praxis) que ao pensamento ou à contemplação (theoría). O que está em jogo não é o que sabemos ou cremos da humanidade, mas o que queremos para ela. Se o.homem é sagrado para o homem, como já dizia Sêneca, não é porque seria Deus, nem porque um Deus assim ordena. É porque ele é homem, e isso basta.

Comte-Sponville, André. Apresentação da filosofia. São Paulo. Martins Fontes,2002. Fragmento.

Em relação ao conhecimento o texto de Sponville ALERTA que

A) a realidade é previsível, podendo ser conhecida e explicada.

B) os juízos de valor são insuficientes como critérios de validação da verdade

C) os novos desafios que se apresentam ao conhecimento questionam o filosófico.

D) a história da filosofia é ineficiente na compreensão dos problemas filosóficos .

E) crer e conhecer são relevantes no processo do conhecimento.

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Relacionar idéias filosóficas entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico

Nível de dificuldade: médio Assunto: O pensamento Iluminista.

Leia o texto.

Sapere aude! "Tenha coragem de usar seu próprio entendimento!" - esse é o lema da Ilustração. Preguiça e covardia são as razões pelas quais uma tão grande parcela da humanidade permanece na menoridade mesmo depois que a natureza a liberou da condução externa, e essas são também as razões pelas quais é tão fácil para outros manterem-se como seus guardiões.

A menoridade a que Kant se refere no texto SIGNIFICA

A) que o homem deve buscar o conhecimento para construir sua autonomia.

B) que a passagem à maioridade é difícil e perigosa e deve ser tutelada por guardiães.

C) a incapacidade de fazer uso do seu conhecimento sem a condução de um outro.

D) que o medo é nosso limite, sendo necessário para evitar os excessos do homem.

E) que a dependência faz parte da própria natureza humana, sendo portanto necessidade.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar ideias filosóficas entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: O pensamento Iluminista.

As transformações culturais que se iniciam a partir do Renascimento encontram seu apogeu no século XVIII, com o movimento iluminista. Entre os valores propagados pelos renascentistas que contribuíram para essa mudança podemos citar, EXCETO

A) o antropocentrismo

B) o individualismo

C) o espírito de investigação científica

D) a rejeição à submissão,

e) a negação da fé

RESPOSTA: E

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: O pensamento Iluminista.

No Iluminismo os valores da burguesia são destacados, provocando rupturas nas formas de pensar consagradas pela tradição, favorecendo sua ascensão social e a afirmação de suas ideologias, colocadas como guias da sabedoria para orientação dos problemas existenciais e a compreensão dos fenômenos naturais e sociais.A principal marca desse período foi um certo otimismo quanto ao poder e ao uso da razão na reorganização da sociedade e no conhecimento da natureza.

Caracterizam o pensamento iluminista, EXCETO

A) o ideal da liberdade individual, da convivência e da felicidade

B) o culto da razão e da ciência são colocados como guias da sabedoria

C) os ideais burgueses são destacados, provocando rupturas na tradição,

D) o espírito crítico e a autonomia como caminho para a emancipação do homem.

E) a preocupação com as questões ambientais e de interesse coletivo.

RESPOSTA: E

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Jusnaturalismo e Contrato Social

Leia o texto.

“Eu imagino os homens chegados ao ponto em que os obstáculos, prejudiciais à sua conservação no estado natural, os arrastam, por sua resistência, sobre as forças que podem ser empregadas por cada indivíduo a fim de se manter em tal estado. Então esse estado primitivo não mais tem condições de subsistir, e o gênero humano pereceria se não mudasse sua maneira de ser (...)

(...) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja de toda a força com uma pessoa e os bens de cada associado, e pela qual, cada um, unindo-se a todos, não obedeça portanto senão a si mesmo, e permaneça tão livre como anteriormente.”

Rousseau, Jean-Jacques. O Contrato social. Livro I. São Paulo: Editora Cultrix.

Essa associação proposta por Rousseau se refere, EXCETO

A) às bases da democracia moderna e das teorias dos direitos políticos iluministas.

B) à transição do estado de natureza para a gestação da sociedade civil.

C) à destituição do poder fundado no uso da força para a instituição de poderes legítimos.

D) à afirmação da vontade geral como vontade suprema da maioria.

E) à afirmação da vontade geral como igualdade moral e legítima.

RESPOSTA: D

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: médio Assunto: Jusnaturalismo e Contrato Social

“É somente à lei que os homens devem a justiça e a liberdade; é esse órgão salutar da vontade de todos que restabelece no direito a igualdade natural entre os homens; é essa voz celeste que dita a cada cidadão os preceitos da razão pública e o ensina a agir de acordo com as máximas de seu próprio julgamento a não ficar em contradição consigo mesmo.”

Rousseau. Da Economia Política. Vol. 1. Editora Globo- RJ - P. Alegre - S.P, 1962.

De acordo com o texto, a lei REPRESENTA

A) os preceitos da razão na conduta humana.

B) a igualdade natural entre os homens.

C) a vontade geral, expressa pela razão pública D) à constituição federal que deve ser seguida por todos.

E) a liberdade individual para regular e dispor de suas posses.

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Relacionar conceitos entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: O pensamento Iluminista.

A consciência humana não é, portanto, uma “placa” que só registra passivamente as impressões sensoriais vindas de fora. Ela também é criativa; é uma instância formadora. A própria consciência coloca sua marca no modo como percebemos o mundo. Talvez possamos comparar isto com o que acontece quando colocamos água num jarro de vidro. A água toma a forma do jarro. Do mesmo modo, as impressões dos sentidos se adaptam às nossas “formas da sensibilidade”.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia.

A partir do texto, podemos concluir que Kant realizou uma síntese entre o empirismo e o racionalismo. Assinale a afirmativa que DESCREVE essa síntese.

A) A base do conhecimento é determinada pelas impressões trazidas à razão pelos nossos sentidos.

B) Sem a sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado.

C) Sem entendimento nenhum objeto nos seria dado, e sem sensibilidade nenhum seria pensado.

D) Sem o conteúdo da experiência, dados na intuição, os pensamentos são vazios de mundo

E) Sem os conceitos, os objetos não possuem nenhum sentido para nós.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: médio Assunto: O pensamento Iluminista.

O apriorismo é uma teoria explicativa da origem do conhecimento, inserida nas concepções clássicas (fundadas num modelo elaborada por immanuel Kant.

Na concepção do pensamento Kantiano, estrutura de conhecimento a priori, SIGNIFICA

A) as impressões trazidas à razão pelos sentidos.

B) que existe em nossa razão antes de qualquer experiência.

C) o modo receptivo pelo qual somos afetados pelos objetos.

D) os objetos do mundo, que só podemos conhecer como fenômenos.

E) os conceitos que produzimos a partir das experiências que vivenciamos. RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Jusnaturalismo e Contrato Social

A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a soberania.

Para Locke a principal função do Estado no Contrato Social SERIA

A) induzir os homens pelo medo e repressão, a honrar seus pactos, mantendo a paz.

B) instituir o poder fundado pelo uso da força.

C) destituir poderes legítimos sob a direção da vontade geral.

D) garantir a propriedade privada, fruto do trabalho humano, como direito natural.

E) instituir a política como arte modeladora dos interesses comuns.

RESPOSTA: D

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QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Liberalismo

O liberalismo é uma doutrina político-econômica que nasce paralela à dissolução da ordem feudal e às novas necessidades sociais que surgem dessa transformação. Sobre essa doutrina podemos AFIRMAR

A) fundamentava-se nas teorias racionalistas e empiristas do Iluminismo

B) representava a ideologia da sociedade capitalista burguesa em ascensão,

C) refletia a necessidade de expansão da política absolutista.

D) servia como princípio político e econômico da economia e da política medieval.

E) afirmava a liberdade humana dentro das limitações impostas pelos estados absolutistas.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Destacar o papel dos indivíduos como criadores de realidades e agentes das transformações a partir das relações sociais que constroem entre si.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Liberalismo

A partir do século XIX as contradições do liberalismo vão se configurando, exigindo novos posicionamentos e fragmentando a sua influência no mundo ocidental. Entre os fatores que contribuíram para essa crise, podemos citar EXCETO

A) a concentração da riqueza e prosperidade para uma parcela da sociedade.

B) as ideias propagadas pelas teorias socialistas e anarquistas.

C) a democracia edificada numa sociedade pautada pelos interesses comuns

D) as reivindicações e movimentos dos trabalhadores por uma ordem social mais justa.

E) o utilitarismo, concebido como um critério geral de moralidade.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Analisar o conjunto das ações/ relações humanas em diferentes épocas e espaços a partir do viés da arte.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Liberalismo

O romantismo foi um movimento cultural, artístico e literário ocorrido na Europa do século XVIII e XIX. Seu objetivo era a criação de uma nova concepção de arte que refletisse os problemas políticos e existenciais do seu tempo e os padrões de vida da classe burguesa.

Podemos AFIRMAR o Romantismo, como veículo de propagação dos ideais da burguesia, através da seguinte característica expressa neste movimento,

A) valorizava o individualismo, destacando os ideais da Revolução Francesa.

B) opunha-se ao racionalismo, propondo a elevação do pensamento sobre o sentimento.

C) defendia o empirismo valorizando os gestos.acima dos sentimentos .

D) resistiu e lutou a favor da mentalidade conservadora e normativa da aristocracia.

E) valorizava a vida coletiva, destacando os ideais da Revolução Industrial

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Compreender a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais.

Nível de dificuldade: médio Assunto: História e Progresso

O “Manifesto” Surrealista de 1924, escrito pelo poeta e psiquiatra francês André Breton, citado na abertura deste capítulo, marca o início de um movimento artístico na Europa entre-guerras, mais especificamente, na França, conhecido como Surrealismo.

Leia as afirmativas sobre o Surrealismo e sua influência no pensamento filosófico.

I. São manifestações artísticas que nasceram influenciadas pela descoberta do inconsciente de Sigmund Freud.

II. É um convite à construção de uma filosofia de pensamento e ação em que a liberdade era extremamente valorizada.

III. Sua proposta e atuação torna-se uma reflexão, uma espécie de provocação à racionalidade iluminista.

IV. São formas de expressão de denúncia aos horrores provocados pelas guerras mundiais.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I, II e III.

B) II, III e IV.

C) I e IV.

D) III e IV.

E) I, II, III e IV.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Dominar a terminologia, os métodos de análise dos problemas filosóficos, as técnicas de leitura e interpretação de textos filosóficos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

No pensamento contemporâneo, percebe-se que, aos poucos, a visão humanista vai sendo superada pela ciência moderna. Gradativamente, o poder humano se amplia sobre as forças da natureza. A máquina torna-se a grande novidade, uma espécie de símbolo, de modelo e esperança de uma vida melhor, dando espaço ao surgimento de uma nova forma de pensar, conhecida como Mecanicismo, expresso em vários autores como a “metáfora do relógio”.

As afirmativas, a seguir, são referentes à “metáfora do relógio”. Leia-as e responda ao que se pede.

I. O todo pode ser conhecido através da análise das partes que o compõem, teoria que ainda hoje exerce grande influência na ciência e no conhecimento.

II. O conhecimento científico é aquele que pode ser medido, quantificado e decomposto em partes mais simples, como se fossem pequenas peças de um relógio.

III. O universo se comporta como uma grande máquina cujas causas podem ser conhecidas, compreendidas, sendo inteiramente previsíveis.

IV. A natureza obedecia a regras fixas como um relógio, e estas regras podiam ser percebidas pelo uso da razão.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I e II.

B) I, II e III.

C) I, II e IV.

D) II e III.

E) I, II, III e IV.

RESPOSTA: E

37

QUESTÃO - Descritor: Identificar teorias filosóficas e científicas como interpretações do mundo.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

O questionamento da razão mecanicista nas ciências e sua influência na concepção mecanicista do mundo e da vida culminam numa crise do racionalismo que até então dominava o pensamento europeu. CONTRIBUÍRAM para a crítica ao mecanicismo o

A) positivismo.

B) romantismo.

C) materialismo.

D) idealismo.

E) cartesianismo.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Dominar a terminologia, os métodos de análise dos problemas filosóficos, as técnicas de leitura e interpretação de textos filosóficos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

Leia o pensamento.

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

(Blaise Pascal)

Pascal nos alerta que as “razões” do coração e a razão filosófica e científica são diferentes. Muitas vezes, ações humanas inexplicáveis para a razão científica podem ser explicadas ou justificadas pelas “razões” do coração. Isso SIGNIFICA que

A) a razão filosófica e a razão científica possuem pleno domínio das emoções.

B) as emoções podem dominar a razão filosófica e a razão científica.

C) a razão científica trabalha paralela à razão do coração.

D) a razão do coração é louca e deve ser reprimida.

E) a razão científica é superior às emoções humanas..

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Dominar a terminologia, os métodos de análise dos problemas filosóficos, as técnicas de leitura e interpretação de textos filosóficos.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: História e progresso

O saber é concebido como produto da história, sendo modificado a cada geração. As ideias humanas são construídas pelas gerações anteriores e determinam a maneira de pensar e as condições de vida do seu próprio tempo, não podendo, portanto, serem analisadas ou julgadas como certas ou erradas, separadas do seu contexto social e histórico.

Esta frase se REFERE ao pensamento de

A) Sigmund Freud.

B) Friedrich Hegel.

C) Karl Marx.

D) Friedrich Engels.

E) Immanuel Kant.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Identificar teorias filosóficas e científicas como interpretações do mundo.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: História e progresso

A filosofia fica reduzida à metodologia e à sistematização das ciências. História, documentos, mentes neutras e a própria estrutura objetiva da realidade formam os alicerces dessa forma de pensar e de conhecer a realidade.

Essa afirmativa se REFERE ao

A) Idealismo.

B) Positivismo.

C) Marxismo.

D) Materialismo.

E) Kantismo.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Identificar o rigor conceitual e as principais teses do texto perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

Leia o texto.

O cientista virou um mito. E todo mito é perigoso, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento. Esse é um dos resultados engraçados (e trágicos) da ciência. Se existe uma classe especializada em pensar de maneira correta (os cientistas), os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientistas mandam.

ALVES, Rubem, Filosofia da Ciência

O texto de Rubem Alves nos APONTA

A) a imparcialidade da ciência frente ao crescimento dos fanatismos.

B) que a maneira correta de pensar dos cientistas os torna imunes aos fanatismos.

C) uma visão mítica da ciência que tende a fanatismos como qualquer atividade humana.

D) que a explicação científica deve basear-se apenas em argumentos dos especialistas.

E) que a função da ciência é liberar o homem da obrigação de pensar.

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Dominar a terminologia, os métodos de análise dos problemas filosóficos, as técnicas de leitura e interpretação de textos filosóficos.

Nível de dificuldade: médio Assunto: História e progresso

O fim do século XIX marca um período de grandes descobertas nas ciências que culminam numa crise do conhecimento mecanicista materialista e subjetivista. Até então, a física newtoniana e seus princípios era considerada pela maioria dos filósofos como a mais absoluta verdade sobre as explicações da realidade. Podemos afirmar que contribuíram para essa crítica à ciência, EXCETO

A) a teoria da falseabilidade de Karl Popper.

B) a teoria dos paradigmas de Thomas Kuhn.

C) as experiências totalitárias e colonialistas.

D) as investigações históricas mostrando o caráter subjetivo das ideias e teorias.

E) a teoria da relatividade e a teoria quântica na física.

RESPOSTA: C

40

QUESTÃO - Descritor: Desenvolver uma consciência crítica sobre conhecimento, razão e realidade sócio-histórico-política.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A questão da cultura

A ideia da cultura como formação humana, ou Paideia, foi desenvolvida pelos gregos antigos. No contexto da Paideia, o SIGNIFICADO de cultura para os gregos era

A) um processo de formação da pessoa e do cidadão.

B) uma valorização das teorias que orientavam o bem viver.

C) a aquisição de informações e saberes adquiridos pelo hábito.

D) a priorização das questões da cidadania.

E) uma orientação sobre o universo espiritual da condição humana.

RESPOSTA: A

QUESTÃO - Descritor: Desenvolver uma consciência crítica sobre conhecimento, razão e realidade sócio-histórico-política.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A questão da cultura

Toda civilização é filha da inteligência que conhece o mundo da matéria e procura utilizá-lo; que conhece o mundo de outras inteligências e esforça-se por entrar com ele em relações de sociabilidade. Nas suas diferentes formas é sempre uma afirmação do espírito sobre a natureza, da razão sobre o instinto, do humano sobre o animal. Civilizar é humanizar.

FRANCA, Leonel. A Crise do Mundo Moderno. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1942.

O texto de Leonel Franca contribui para AFIRMAR a ideia de

A) identidade cultural.

B) pluralidade cultural.

C) socialização da cultura.

D) produção dos bens culturais.

E) massificação da cultura.

RESPOSTA: B

41

QUESTÃO - Descritor: Compreender a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A questão da cultura

Entre os gregos, o destino do espetáculo era a catarse e o entretenimento das massas. Levava à reflexão, após liberar emoções e sentimentos através da imaginação. O evento era revelador da realidade humana, levando o homem à compreensão de si e da rede de relações nas quais se insere. O espectador era estimulado, participava. Atualmente, nas diversas formas de espetáculo, toda imagem, mesmo a imagem jornalística, mesmo a informação mais essencial para a sociedade, tem o caráter de mercadoria, e todo acontecimento se reduz à dimensão do aparecimento.

Assinale a afirmativa que vai ao encontro do exposto acima.

A) A realidade apresentada nos espetáculos é a mesma, o que mudou foi a técnica, cada vez mais sofisticada oferecendo produções onde o homem vivencia emoções e sentimentos que no plano real ele seria incapaz de atingir.

B) A realidade apresentada é a do mercado, é aceitação, submissão, irreflexão. A realidade humana é ocultada, o espectador não participa, não pensa, só contempla, aceita viver por procuração.

C) Nos espetáculos atuais, a realidade humana é sempre apresentada nos diversos eventos oferecidos pela indústria do entretenimento visando a integração das pessoas nas grandes cidades e a consolidação dos laços sociais.

D) O espetáculo se transformou em mercadoria se desligando do seu sentido original, retirando do homem possibilidades de lazer e de liberação das emoções necessárias ao extravasamento das tensões cotidianas.

E) A realidade apresentada nos espetáculos e as relações que o homem experimenta são as mesmas da época dos gregos, e continua sendo fonte de vivência das emoções e sentimentos humanos através da catarse.

RESPOSTA: B

42

QUESTÃO - Descritor: Capacitar para a compreensão crítico-reflexiva dos valores, visando o exercício do agir ético.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A questão da cultura

Leia o texto.

Sei bem que deveria concluir respondendo à pergunta: Mas se o preconceito traz tantos danos à humanidade, teremos como eliminá-lo? Reconheço que não sei dar qualquer resposta a uma pergunta deste gênero. Infelizmente. Quem quer que conheça um pouco de história, sabe que sempre existiram preconceitos nefastos e que mesmo quando alguns deles chegam a ser superados, outros tantos surgem quase que imediatamente.

Apenas posso dizer que os preconceitos nascem na cabeça dos homens. Por isso, é preciso combatê-los na cabeça dos homens, isto é, com o desenvolvimento das consciências e, portanto, com a educação, mediante a luta incessante contra toda forma de sectarismo.

BOBBIO, Norberto. Elogio da Serenidade e outros escritos morais. Ed. UNESP, 2000.

Podemos AFIRMAR que, para Bobbio, o preconceito pode ser combatido porque ele É

A) uma forte intuição.

B) uma crença.

C) uma experiência.

D) um sentimento.

E) uma ilusão.

RESPOSTA: B

QUESTÃO - Descritor: Promover o diálogo da Filosofia com outras áreas do saber, levando em conta âmbitos diversos de conhecimento, visando uma melhor compreensão da realidade.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A questão da cultura

No século XX, as experiências totalitárias do nazismo, do fascismo e do stalinismo, consequentes da crise do liberalismo, reacenderam a discussão sobre as possibilidades dos desvios da racionalidade humana, na tentativa de compreender estes acontecimentos. Para isso, é necessário compreender que os totalitarismos não podem ser confundidos com os regimes autoritários ou ditatoriais.

Apesar das semelhanças entre eles, o que DISTINGUE o totalitarismo dos regimes autoritários é

A) o uso da força e instrumentos de coerção.

B) o cerceamento das liberdades individuais.

C) a doutrina e a mobilização que ela provoca.

D) o poder concentrado nas mãos do Estado.

E) a repressão dos órgãos de comunicação.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Capacitar para a compreensão crítico-reflexiva dos valores, visando o exercício do agir ético.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A questão da cultura

O maior problema do preconceito discriminatório não é a ação que ele desencadeia, mas a ideia que o justifica. Toda ação discriminatória, da mais simples até o genocídio, só acontece porque as pessoas a legitimaram como valor.

Essa ideia que justifica e promove a discriminação pode ser DEFINIDA como

A) crença.

B) racismo.

C) genocídio.

D) doutrina.

E) etnocídio.

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor: Identificar teorias filosóficas e científicas como interpretações do mundo.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: História e progresso

O niilismo é uma corrente filosófica que exerceu grande influência na arte, na moral, na literatura e em outras esferas da vida humana e da sociedade contemporânea, em especial, no século XX.

Seu pensamento REFLETE

I. o desencanto e um questionamento diante dos valores tradicionais e das verdades estabelecidas frente à crise da modernidade provocada pela refutabilidade da ciência, o ceticismo, as guerras mundiais, etc.

II. a perda das referências, dos modelos, das formas de transmissão do saber que tornaram insustentáveis as respostas que os homens pronunciavam sobre a vida e o futuro.

III. a produção de uma nova concepção de valores, que passam a ser vistos como inatos, ou seja, nasceram com o homem, impossibilitando as modificações.

IV. sentimentos de medo e insegurança, gerando no ser humano um pessimismo em relação ao existir e ao esvaziamento de sentido.

Estão CORRETAS as afirmativas

A) I e II.

B) I, II e III.

C) I, II e IV.

D) II e III.

E) I, II, III e IV.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Saber identificar teorias filosóficas como interpretações do mundo e avaliá-las quanto ao grau de argumentação por meio do qual são expostas.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Reinventando a democracia

Leia o trecho seguinte.

“Na democracia, o governo deve ser de muitos para resistir à imposição de poucos, e o poder deve ser limitado pelas normas para evitar o arbítrio discricionário de quem o exerce.

O reconhecimento destas regras tem como objetivo conseguir na vida coletiva o salto qualitativo da passagem do reino da violência para o reino da não-violência, através da domesticação do poder pelo direito.”

Celso Lafer (Trecho do discurso proferido na abertura da 47.ª Assembléia Geral da ONU)

A partir das informações contidas no texto, podemos CONCLUIR que na democracia

A) o governo deve ser imposto pela maioria.

B) a vontade da maioria deve prevalecer.

C) o direito deve valer mais que o poder.

D) o poder deve valer mais que o direito.

E) o poder e o direito têm a mesma importância.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Saber identificar teorias filosóficas como interpretações do mundo e avaliá-las quanto ao grau de argumentação por meio do qual são expostas.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A crítica da consciência

Leia o texto.

A moral medieval valorizava a coragem e a ociosidade da nobreza ocupada com a guerra, bem como a fidelidade, que é a base do sistema de suserania e vassalagem. Do ponto de vista do direito, num mundo cuja riqueza é a posse de terras, considera-se ilegal (e imoral) o empréstimo a juros.

Já na Idade Moderna, com o advento da ordem burguesia, o trabalho é valorizado sendo a ociosidade criticada; também ocorre a legalização do sistema bancário, o que exige a revisão das restrições morais aos empréstimos. Inclusive, a religião protestante «abençoará» os novos valores com a doutrina da predestinação, considerando o enriquecimento um sinal de escolha divina.

Citado no livro: Filosofando, de Maria Lúcia de Arruda Aranha e M. Helena Pires Martins, Ed. Moderna, 1993, São Paulo)

Tomando o texto como referência, podemos afirmar que na teoria marxista, a infra-estrutura determina a superestrutura. Isso SIGNIFICA que

A) o modo de pensar dos indivíduos é que determina suas condições materiais de vida.

B) o conjunto de ideias é que determinam e são constitutivas do nosso jeito de ser e de viver.

C) as condições materiais de vida é que determinam o modo de pensar dos indivíduos.

D) os desejos são fundamentais na construção das nossas condições materiais.

E) a consciência dos homens determina os valores que constituem o seu ser.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: Saber identificar teorias filosóficas como interpretações do mundo e avaliá-las quanto ao grau de argumentação por meio do qual são expostas.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A questão da existência

Leia o texto.

Estamos sós, sem desculpas. É o que eu posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não criou a si mesmo, e como no entanto é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo que faz. O existencialismo não acredita no poder da paixão. Ele jamais admitirá que uma bela paixão seja uma corrente que conduz o homem fatalmente a determinados atos, e que, consequentemente é uma desculpa. Ele considera que o homem é responsável por sua paixão.

Jean Paul Sartre - O Existencialismo é um Humanismo

O pensamento de Sartre pode ser EVIDENCIADO na frase

A) A existência precede a essência.

B) A essência precede a existência.

C) O destino do homem é visto de maneira dramática.

D) É a liberdade que determina a escolha do homem.

E) O homem é o seu projeto.

RESPOSTA: E

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A crítica da consciência

As idéias e representações sociais predominantes numa sociedade capitalista são produtos da dominação de uma classe social (a burguesia) sobre a classe social dominada (o proletariado). A existência da propriedade privada e as diferenças entre proprietários e não-proprietários aparecem, por exemplo, nas representações sociais dos indivíduos como algo que sempre existiu e que faz parte da "ordem natural" das coisas. Essas representações sociais, criam uma “falsa consciência": uma crença mistificante, que é socialmente determinada, e que se presta a estabilizar a ordem social vigente em benefício das classes dominantes.

Citado por Renato Cancian* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação, http://educacao.uol.com.br/sociologia/ult4264u26.jhtm

As representações sociais citadas no texto se REFEREM ao seguinte conceito da teoria marxista:

A) ideologia

B) materialismo histórico

C) materialismo dialético

D) alienação

E) práxis

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Compreender a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais;

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A crítica da consciência

Segundo Marx, ao lutar contra o poder da burguesia, o proletariado deve destruir o poder estatal, o que não será feito por meios pacíficos, mas pela revolução do proletariado.

O texto se REFERE ao movimento denominado

A) anarquismo

B) nazismo

C) socialismo

D) neoliberalismo

E) fascismo

RESPOSTA: C

QUESTÃO - Descritor: Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: fácil Assunto: O ócio criativo como desafio humanizador

Leia o texto.

O ócio criativo é uma arte que se aprende e se aperfeiçoa com o tempo e com o exercício. Existe uma alienação por excesso de trabalho pós-industrial e de ócio criativo, assim como existia uma alienação por excesso de exploração pelo trabalho industrial.

Domênico De Masi. Entrevista coordenada por Luiz Carlos Pires, jornalista e antropólogo

A partir das informações do trecho da entrevista, o ócio criativo PODE ser entendido como

A) algo que se assemelhe à dimensão tradicional do trabalho.

B) o trabalho que se confunde com o tempo livre, o estudo e o lazer.

C) diversão, preenchimento do tempo livre, de preferência através do consumo.

D) uma ocupação descompromissada e sem objetivo, sem utilidade.

E) uma forma de utilizar mais o trabalho manual que o trabalho intelectual.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Quando a vida imita a arte

Leia os textos.

Texto 1

“a voz do povo é a voz de Deus... que povo? que Deus?

o que beijou Stalin? o que delirou com Hitler? ou o que soltou Barrabás?! ( será que Deus já não teria se enforcado em suas próprias cordas vocais?)” ( Trilussa )

Texto 2

O povo. Quem é mesmo o povo? Canta em seus versos o Affonso Romano de Sant´Anna, "uma coisa é um país,/ outra, um ajuntamento;/ Uma coisa é um país,/ Outra, um regimento". O Brasil tem 170 milhões de habitantes e mais de 100 milhões de leitores. Pesquisam a opinião de duas mil pessoas! É verdade que para saber se uma sopa está boa de sal, a cozinheira não toma a panela toda, mas será que as pesquisas não estão exagerando para menos na amostragem da voz do povo? A voz do povo é a voz das urnas. Será ela a voz de Deus? Só se no sentido do que dizia um célebre alemão: com efeito, a História vai para a frente, e só se repete como farsa.”

Qual é o SENTIDO da expressão “povo” na forma citada nos textos?

A) as autoridades

B) os autoritários

C) os conscientes

D) os alienados

E) os desinformados

RESPOSTA: D

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Quando a vida imita a arte

Leia o trecho do poema.

Eu, Etiqueta

(Carlos Drumond de Andrade)

Em minha calça está grudado um nomeque não é meu de batismo ou de cartório,um nome... estranho.Meu blusão traz lembrete de bebidaque jamais pus na boca, nesta vida.Em minha camiseta, a marca de cigarroque não fumo, até hoje não fumei(...)

Estou, estou na moda É doce estar na moda, ainda que a moda Seja negar minha identidade, trocá-la por mil, açambarcando todas as marcas registradas, todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser eu que antes era e me sabia de minha anulação.” tão diverso de outros, tão mim mesmo ser pensante, sentinte e solidário com outros seres diversos e conscientes de sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio, Em língua nacional ou em qualquer língua ( qualquer, principalmente ) E nisto, me comprazo, tiro glória...

Segundo Drummond, a sociedade de consumo tornou o homem anuncio itinerante, movido pelos apelos emocionais da propaganda, que modela os comportamentos das pessoas, tirando-lhes a identidade.

Essa perda de identidade OCORRE através da exclusão

A) do conhecimento.

B) dos bens materiais.

C) dos bens culturais.

D) da tecnologia.

E) a digital.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: - Saber construir e reconstruir o conhecimento mediante problemas que exigem um raciocínio e um conhecimento mais elaborado;

Nível de dificuldade: médio Assunto: A crítica da consciência

"[...] Há uma moral dos senhores e uma moral de escravos [...]" Para Nietzsche, o homem só consegue pensar em relação ao pensamento de outros. O bom é aquilo que o homem achou útil para si, vindo do outro. A utilidade mesquinha, a referência a outros para pensar e agir tornam-se, uma origem marcada de uma inércia duvidosa e de um hábito sem graça. Isso somente distancia o homem daquilo que é realmente autêntico.

A partir do texto, podemos CONCLUIR a crítica de Nietzsche à consciência humana e a consequente produção dos valores e costumes que norteiam a sua conduta na sociedade através da expressão

A) apolíneo

B) dionisíaco

C) pensamento trágico

D) moral de rebanho

E) a banalidade do mal.

RESPOSTA: D

QUESTÃO - Descritor: - Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: A crítica da consciência

Para Nietzsche, nossa cultura seria fraca e decadente devido ao predomínio das 'forças reativas' que a construíram. A verdade e a moral são os instrumentos que os fracos inventaram para submeter e controlar os fortes, os guerreiros. A tradição ocidental é o resultado desse processo. As “forças reativas” a que Nietzsche se refere em sua crítica à consciência SÃO

A) O apolíneo e o dionisíaco.

B) O pensamento socrático e o cristianismo.

C) O pensamento socrático e platônico.

D ) A racionalidade e a irracionalidade humana.

E) O cristianismo e o neoplatonismo.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Compreender a importância das questões acerca do sentido e da significação da própria existência e das produções culturais;

Nível de dificuldade: médio Assunto: Reinventando a democracia

O totalitarismo não é uma doutrina. Mas uma forma de interpretar e viver a doutrina. É a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista. Sendo assim, imediatamente surge um problema de graves consequências: quem se sente portador de uma verdade absoluta não pode aceitar outra verdade e seu destino SERÁ

A ) a fé

B) a apatia

C) a pluralidade

D) a racionalidade

E) a intolerância

RESPOSTA: E

QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: médio Assunto: A crítica da consciência

Leia os textos I, II e II.

I. 'Minha pesquisa me levou à conclusão de que as relações legais e as formas políticas não poderiam ser explicadas, seja por si mesmas, seja como provenientes do assim chamado desenvolvimento geral da mente humana, mas que, ao contrário, elas se originam das condições materiais da vida.'

II. O importante é revelar, e criticar, esse processo e restaurar os valores primitivos perdidos. Zombar do racionalismo crítico moderno, de sua pretensão de fundamentar nosso conhecimento e nossas práticas.

III. O homem não se define pela racionalidade, e sua mente não se caracteriza apenas pela consciência, mas, ao contrário, nosso comportamento é fortemente determinado por desejos e impulsos de que não temos consciência e que, reprimidos, não-realizados, permanecem na mente e manifestam-se em nossos sonhos, e em nosso modo de agir.

Podemos afirmar que os trechos I, II e III refletem argumentos que criticam a consciência, a partir do pensamento dos RESPECTIVOS filósofos:

A) Marx, Nietzsche e Freud.

B) Nietzsche, Freud e Marx.

C) Freud, Marx e Nietzsche.

D) Marx, Freud e Nietzsche.

E) Nietzsche, Marx e Freud.

RESPOSTA: A

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QUESTÃO - Descritor: Promover o diálogo da Filosofia com outras áreas do saber, levando em conta âmbitos diversos de conhecimento, visando uma melhor compreensão da realidade;

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Quando a vida imita a arte

“Todo artista tem de ir aonde o povo está .“

Esta frase da música de Milton Nascimento denuncia que a arte

A) deve ser massificada.

B) é patrimônio do artista.

C) é patrimônio público.

D) pertence aos patrocinadores.

E) deve ser acessível aos pobres.

RESPOSTA: C

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QUESTÃO - Descritor: capacitar para a compreensão crítico-reflexiva dos valores, visando o exercício do agir ético.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Quando a vida imita a arte

O fetichismo é o processo pelo qual a mercadoria, ser inanimado, é considerada como se tivesse vida, fazendo com que os valores de troca se tornem superiores aos valores de uso e determinem as relações entre os homens e não vice-versa. Ou seja, as relações entre os produtores, não aparece como uma relação entre eles próprios ( relação humana ) mas entre os produtos do seu trabalho. Por exemplo, as relações não são entre alfaiate e carpinteiro, mas entre casaco e mesa.

A mercadoria adquire valor superior ao homem, pois como uma relação entre eles próprios (relação humana), mas entre os produtos do seu trabalho. Por exemplo, as relações não são entre alfaiate e carpinteiro, mas entre casaco e mesa.

A mercadoria adquire valor superior ao homem, pois privilegiam-se as relações entre coisas, que vão definir relações materiais entre pessoas. Com isso, a mercadoria assume formas abstratas (dinheiro, capital) que, em vez de serem intermediárias entre indivíduos, convertem-se em realidades soberânicas e tirânicas.

Assinale a afirmativa que EVIDENCIA o alerta do texto em relação à industrialização da cultura.

A) A fetichização é um fenômeno natural, que ocorreu conseqüente à evolução do mercado na modernidade.

B) A “humanização” da mercadoria leva a uma desumanização do homem, à sua coisificação, sendo o próprio homem transformado em mercadoria.

C) O consumo não é sempre alienado, pois o homem é sujeito pensante e livre, independente de influência exterior.

D) As pessoas contaminadas com o consumo alienado tornam-se soberanas e tirânicas, pois se apoiam em valores essencialmente materialistas.

E) As pessoas consumistas são desumanas, pois tornam-se egocêntricas, desejando sempre mais para si mesmas.

RESPOSTA: B

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QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Quando a vida imita a arte

Leia os textos.

Texto 1 “Falar com simplicidade para que o povo compreenda.’ Na minha opinião isso é uma falta de respeito pelo público por mais subdesenvolvido que ele seja: ‘criar coisas simples para um povo simples.’ Ora, o povo não é simples. Mesmo se ele está doente, com fome, analfabeto, o povo é complexo". Glauber Rocha (sobre a televisão)Texto 2“Criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas "originais"; significa também, e sobretudo, difundir criticamente verdades já descobertas, "socializá-las" por assim dizer; transformá-las, portanto, em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral.” ( Gramsci)

Percebe-se nos textos, a preocupação dos autores com o processo de formação e transmissão da cultura e sua importância para o desenvolvimento global - social e econômico - de um país. Pelas informações lidas, podemos CONCLUIR que está implícito, em ambos os textos, um ALERTA para a questão da necessidade

A) da identidade cultural.

B) do respeito à cultura.

C) da eruditização da cultura.

D) da massificação cultural.

E) da socialização da cultura.

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QUESTÕES DISCURSIVAS

QUESTÃO - Descritor: Reconhecer nas ações e relações humanas: uniformidades e rupturas, diferenças e semelhanças, conflitos, contradições e solidariedades, igualdades e desigualdades.

Nível de dificuldade: difícil

Assunto: Sócrates

Leia o texto.

A polis não é vista como obra dos deuses, ela é criada pelos homens, pelos cidadãos. Essa constatação marca um novo momento cultural e cria novas necessidades que demandam novos comportamentos e valores, estabelecendo, aos poucos, uma nova mentalidade, onde o homem assume um papel participativo e de responsabilidade na construção da cidade e de si mesmo.

Tomando como referência as informações do texto, RESPONDA:

Que fato marca a passagem do período trágico para o período clássico e que circunstância social esse fato promove, exigindo um novo posicionamento do homem frente a si mesmo e aos outros homens, no que diz respeito à vida pública?

RESPOSTA:

A polis não é vista como obra dos deuses, ela é criada pelos homens, pelos cidadãos.

QUESTÃO - Descritor: Reconhecer nas ações e relações humanas: uniformidades e rupturas, diferenças e semelhanças, conflitos, contradições e solidariedades, igualdades e desigualdades.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Sócrates

Leia o fragmento a seguir.

Os filósofos da natureza são frequentemente chamados de pré-socráticos, pois viveram antes de Sócrates. Os filósofos naturais eram sobretudo pesquisadores naturais. Eles ocupam, portanto, um lugar muito importante na história da ciência. Depois deles, o centro de interesse em Atenas se deslocou para o homem e para sua posição na sociedade.

Sócrates representa um divisor de águas. A partir da época de Sócrates, Atenas passou a constituir o centro da cultura grega. Mais importante ainda do que isto é observar que, quando passamos dos filósofos da natureza para Sócrates, verificamos também uma mudança essencial em todo o projeto filosófico.

GAARDER Jostein, O mundo de Sofia. Cia. das Letras, São Paulo, 1998.

REDIJA um comentário explicando as bases do conhecimento no período pré-socrático e em que consiste a mudança essencial no projeto filosófico a partir de Sócrates.

OS/TB XXXX

RESPOSTA:

Os primeiros filósofos estavam preocupados em descobrir a origem das coisas, mas, ao invés de uma explicação religiosa, se dispuseram a interrogar racionalmente sobre tal origem. As respostas às indagações existenciais do homem passam a ter como referência o mundo exterior, ou seja, a observação do mundo natural e seus processos, em busca do princípio originário de todas as coisas. Com Sócrates a filosofia ganhará um novo objeto: o que funda a realidade é o movimento e o processo autônomo que independe da natureza, isto é, a alma, esta espécie de automotor que habita em cada homem. Como se vê, a filosofia passará do objeto “natureza” para o objeto “homem”, provocando uma mudança radical na filosofia grega.

QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar o rigor conceitual e as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: médio

Assunto: Sócrates e os sofistas

Na peça As Nuvens, Aristófanes narra a história de um pai que se endividou comprando cavalos de corrida para o seu filho. A determinada altura o pai diz para o filho:de um pai que se endividou comprando cavalos de corrida para o seu filho. A o pai diz p

 "Acorda, meu filho. Estás a ver aquela casa ali no fim da rua? Aquela casa é um pensatório de sofistas. Lá moram homens que falam do céu, querendo convencer-nos que o céu é uma tampa de um forno e que nós somos os carvões. Se lhe der-mos algum dinheiro, são capazes de nos ensinar a vencer nos discursos, nas causas justas e injustas. São pensadores meditabundos, gente de bem! Ó se são! Por favor, meu filho, esquece um pouco as corridas de cavalos e junta-te a eles. Torna-te um deles. Dizem que os raciocínios são dois, o forte, seja ele qual for, e o fraco. Afirmam que o segundo raciocínio, isto é, o fraco, através do discurso, pode vencer nas causas mais injustas. Ora, querido filho, se aprenderes este raciocínio injusto, não pagarei um óbolo a ninguém do dinheiro que estou a dever por tua culpa!" 

As Nuvens, Aristófanes

A partir das informações descritas, REDIJA um pequeno texto explicando quem eram os sofistas e em que consiste a crítica de Sócrates aos mesmos.

RESPOSTA: Os sofistas eram mestres na arte de falar bem. Com os sofistas, a natureza, que era o principal objeto de reflexão, foi substituída pela arte da persuasão. Ensinavam às pessoas a construção de técnicas da argumentação, mostrando-lhes a importância e a força destes argumentos na defesa do próprio pensamento sobre as opiniões contrárias, na afirmação e conquista de status no espaço público. O que incomodou a filosofia foi a forma sofística de comercializar o conhecimento e a utilização do argumento como instrumento de persuasão. Enquanto para o filósofo, a linguagem é a fonte primordial de tradução da verdade, o sofista promove a relativização dessa verdade. O certo pode ser errado, o errado pode ser certo; tudo depende do argumento. Sócrates e Platão tentam romper o relativismo sofístico, denunciando as contradições dos seus argumentos a partir da valorização dos conceitos universais estruturados pela razão.

OS/TB XXXX

QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Sócrates

A polis era o espaço de afirmação e do reconhecimento de uma individualidade discursiva, onde se realizam as trocas e as discussões sobre a vida comum, dando origem a novas relações sociais. Para os gregos antigos, o termo "público" nos remete a dois fenômenos distintos: a ideia de “acessibilidade” e a ideia de “comum”.

EXPLIQUE em que consistem esses fenômenos.

RESPOSTA:

Em primeiro lugar, “público" centra-se na ideia de acessibilidade: tudo o que vem a público está acessível a todos: pode ser visto e ouvido por todos. Em segundo lugar, o termo "público" centra-se na ideia de comum. A realidade do mundo tem um bem comum ou interesse comum do artefato e dos negócios humanos, na medida em que é partilhado por indivíduos que se relacionam entre si.

QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Platão

Leia o texto.

A luta trava-se em nome da verdade contra a aparência. A Poesia estraga o espírito dos que a ouvem, se eles não possuírem o remédio do conhecimento da verdade. Isto quer dizer que se deve fazer descer a Poesia para degrau mais baixo. Continuará a ser sempre matéria de gozo artístico, mas não lhe será acessível a dignidade suprema: a de se converter em educadora do Homem.

Werner Jaeger (Paidéia: a formação do Homem Grego. Livraria Martins Fontes. Editora Ltda. – São Paulo, 1979.)

EXPLIQUE em que consiste a crítica de Platão aos poetas.

RESPOSTA:

A polis é uma construção humana, portanto o homem precisa ser educado e preparado para a sabedoria. Platão preocupa-se em livrar o homem de tudo que possa ofuscar o desenvolvimento das suas habilidades racionais, necessárias á formação da cidade ideal. O ataque de Platão é dirigido principalmente contra a Poesia imitativa. Mas o que é a imitação? As coisas que os sentidos nos transmitem são reflexos das idéias do mundo inteligível, onde ficam as essências de todas as coisas sensíveis. O homem moralmente superior domina os seus sentimentos e, quando se vê submetido a fortes emoções, esforça-se por refreá-las. A lei e a razão mandam pôr um freio às suas paixões, mas a paixão impele-o a ceder à dor. O poeta tem sobre a alma do Homem uma influência ruim, pois desperta, alimenta e robustece nela as forças piores, matando, em contrapartida, o espírito pensante. A Poesia corrompe os nossos juízos de valor.

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QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Aristóteles

Aristóteles aponta a importância da política como uma medida ou justo-meio, para orientar as escolhas e ações humanas a partir do conhecimento da realidade em toda a sua totalidade., sem se deixar levar por interesses particulares, evitando assim, os privilégios e as desigualdades extremas que podem minar a sociedade.

EXPLIQUE a expressão de Aristóteles: “O homem é um animal político”.

RESPOSTA:

Para Aristóteles "o homem é por natureza um animal político", isto é, todo homem é essencialmente destinado à vida em comum na polis e somente aí se realiza como ser racional. Todo homem é animal, vegetal e racional, isso não constitui nenhum mérito, são características naturais, inatas. A razão liberta o homem do estado natural, superando o reino da necessidade pela experiência da liberdade. É um animal político por ser exatamente um animal de linguagem, sendo a vida ética e a vida política artes de viver segundo a razão. Dizendo de outra forma, o que chamamos de humanidade é o resultado de um domínio da parte racional sobre a parte natural do homem, o que pode qualificar como ética as relações que ele tem com os outros indivíduos que habitam o convívio social.

QUESTÃO - Descritor: desenvolver a habilidade reflexivo-argumentativa.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Aristóteles

A justiça é considerada por Aristóteles como a virtude ética mais importante. Segundo ele, “o impulso que leva todos os homens a viver em comunidade tem sua origem na natureza. Pois se o homem, ao atingir sua máxima realização, é o melhor dos animais, também é, quando afastado da lei e da justiça, o pior de todos eles. A injustiça que tem armas nas mãos é a mais perigosa e o homem está provido, por natureza, de armas que devem servir à prudência e à virtude mas que ele pode empregar para fins exatamente opostos.

Por que a justiça?

EXPLIQUE de que maneira, no pensamento de Aristóteles, a justiça atuaria como essa medida, que ele denomina o “justo-meio”, capaz de orientar as escolhas e as ações humanas rumo ao bem e à felicidade.

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RESPOSTA

Aristóteles aponta a importância da justiça que, agregada à razão, funciona como uma espécie de medida ou justo-meio, para orientar as escolhas e ações humanas a partir do conhecimento da realidade em toda a sua totalidade. A justiça é um conhecimento, uma sabedoria; só o homem racional e justo é capaz de contemplar essa totalidade, sem se deixar levar por interesses particulares, evitando assim, os privilégios e as desigualdades extremas que podem minar a sociedade. Assim, a razão equilibra a alma animal e vegetal, ou seja, a liberdade vence a necessidade. Mas, é a justiça que equilibra os excessos ou a falta de liberdade que a razão proporciona, tornando o homem “um animal político”.

QUESTÃO - Descritor: desenvolver a habilidade reflexivo-argumentativa. Nível de dificuldade: difícil Assunto: Razão e fé no pensamento medieval.

No pensamento medieval, filosofia e religião não são contraditórias. Razão e fé, embora participem da mesma verdade, são formas de conhecimento distintas e possuem autonomia em seus objetivos e áreas do saber. Dessa relação entre razão e fé que se complementam na busca da verdade, surge uma nova ciência cristã, a teologia.

EXPLIQUE de que forma ocorre essa fusão entre razão e fé no pensamento cristão, relacionando o tema ao conceito de verdade como revelação.

RESPOSTA:

Os dois tipos de conhecimento, razão e fé se originam da mesma fonte, que é Deus. Isso significa que, para os cristãos, a verdade não é uma construção humana, mas uma revelação divina àqueles que crêem. A fé torna-se a condição para o conhecimento da verdade que está em Deus, e o conhecimento racional deve se subordinar ao conhecimento alcançado através da revelação. Ocorre assim, uma tentativa de conciliação entre conhecimento natural que surge da razão humana, a filosofia, com suas leis e métodos próprios; e o conhecimento sobrenatural, que não se origina da razão humana, mas da revelação divina.

QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Razão e fé no pensamento medieval.

Na Idade Média, o advento do Cristianismo originou novas concepções de vida, do homem e de Deus, que desafiaram o pensamento filosófico. Essas novas concepções podem ser traduzidas através da expressão “Crer para compreender”.

A partir dessa expressão, EXPLIQUE a relação entre fé e razão no pensamento medieval.

RESPOSTA:

Para os cristãos o homem e o universo foram criados por Deus.A razão é vista como uma qualidade inata, criada por Deus e a fé é um dom adquirido na relação do homem com Deus. O cristianismo busca na razão, uma compreensão mais ampla e elaborada dos mistérios da fé. Não basta apenas crer. Através da razão, as verdades professadas pela fé precisam ser demonstradas através de uma lógica, de uma coerência baseada nos princípios da razão. Enquanto esta desvenda os conhecimentos sobre a verdade das questões que se referem ao desenvolvimento da natureza e da humanidade, a fé é para os que crêem, fazendo-os aceitar e conviver com as questões dos mistérios da existência, que o homem e a razão não são capazes de solucionar. Através da razão e da fé, o homem alimenta seu intelecto e seu espírito, condições para o desenvolvimento de todas as potencialidades que o humanizam.

QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Razão e fé no pensamento medieval.

Para Santo Agostinho, a Cidade de Deus era composta pelos seguidores dos ensinamentos de Jesus Cristo, enquanto a Cidade dos Homens se compunha pelos seguidores dos valores materiais e temporais. Estes dois reinos não são dois reinos políticos separados um do outro, eles existem no homem como “estados da alma”.

GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. Cia das Letras. 1991. Fragmento.

Para Santo Agostinho, as duas cidades estariam presentes no homem como “estados da alma”. EXPLIQUE o significado dessa expressão (estados da alma).

RESPOSTA:

Agostinho acreditava que a história do homem era a história da luta entre o “Reino de Deus” e o “Reino do Mundo”. Estes dois reinos não são dois reinos políticos nitidamente separados um do outro, mas reinos que, dentro de cada homem, aspiram ao poder. O Reino de Deus é mais ou menos evidente na Igreja, ao passo que o Reino do Mundo está mais ou menos presente nos fundamentos dos Estados políticos. Esta noção se tornou cada vez mais clara à medida que Igreja e Estado travaram uma verdadeira batalha pelo poder durante toda a Idade Média. “Não há salvação fora da Igreja”: esta era a palavra de ordem. Aos poucos, a “ Cidade de Deus” de Santo Agostinho acabou se identificando com a Igreja enquanto organização.

QUESTÃO - Descritor: Reconhecer nas ações e relações humanas: uniformidades e rupturas, diferenças e semelhanças, conflitos, contradições e solidariedades, igualdades e desigualdades.

Nível de dificuldade: difícil

Assunto: Concepção de mundo e de homem

Na visão antropocêntrica, o sentido das coisas reside na forma como elas se adequam aos interesses e desejos do homem. Ele se esquece de que as coisas e a natureza possuem leis próprias, e que ele próprio, independente da sua vontade, possui uma ligação com a natureza e com todas as coisas.

A partir das informações do texto, REDIJA um comentário crítico sobre o modelo antropocêntrico de conhecimento.

RESPOSTA:

O antropocentrismo exalta o homem, tornando-o sujeito do conhecimento. É dele que partem os significados sobre o mundo e sobre as leis que o regem. A convicção de que a realidade pode ser conhecida, de que os fenômenos podem ser explicados pela razão humana e pela ciência, determinam valores que reforçam a valorização do homem, como o individualismo, a ideia de que o homem é o responsável pelas suas escolhas e pela condução da sua vida. O homem se separa do cosmos, que passa a ser visto como objeto de investigação e dominação científica, promovendo gradativamente, uma fragmentação no conhecimento, a perda da consciência da totalidade à qual estamos ligados. O maior problema dessa visão fragmentada do universo é que ela deslocou o homem da natureza, desconectando-o da rede de relações que o mantém ligado e dependente da totalidade. Atualmente, podemos ilustrar as conseqüências dessa visão de mundo e de homem separados de uma totalidade, em justificativas que legitimam ações de destruição, como: os totalitarismos, a depredação da natureza em função de interesses econômicos e políticos, os processos de massificação sobre a influência dos meios de comunicação, os fundamentalismos, etc.

1

QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar o rigor conceitual e as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Concepção de mundo e de homem

A partir do pensamento moderno, a visão sacralizada de mundo dos antigos, protegidos pelos mitos e pelos deuses, cede lugar a uma visão dessacralizada da vida. O mundo revelado pela ciência nos mostra a grandeza do universo e ao mesmo tempo a consciência da nossa insignificância diante do infinito, provocando pensamentos angustiados na filosofia, como os de Pascal.

O silêncio desses espaços infinitos me apavora. Quantos reinos nos ignoram! Por que são limitados meu conhecimento, minha estatura, a duração de minha vida a cem anos e não a mil? Que motivos levaram a natureza a fazer-me assim, a escolher esse número em lugar de outro qualquer, desde que na infinidade dos números não há razões para tal preferência, nem nada que seja preferível a nada?"

PASCAL, Blaise. "Pensadores Franceses" da coleção Clássicos Jackson, volume XII. Trecho da parte II do livro póstumo "Pensamentos”.

2

A inquietação e a angústia de Pascal diante da pequenez humana no universo infinito nos fragiliza e nos faz repensar o sentido da vida.

ELABORE um comentário explicando de que forma a ideia de universo infinito traduz a grandiosidade e, ao mesmo tempo, a pequenez humana.

RESPOSTA:

A partir do século XVI, uma nova cosmologia substitui o geocentrismo grego, revolucionando a visão do universo, da cultura e do próprio ser humano. A expressão de Shakespeare nos fala do Humanismo, um movimento de glorificação do homem, surgido na Europa Renascentista. A razão, gradativamente, substitui as crenças e os mitos na interpretação de mundo. Valoriza-se o indivíduo, o homem passa a ser visto como senhor do seu próprio destino, responsável pelas suas escolhas. É uma nova forma de conceber o mundo e o homem, que se institui lentamente, provocando reflexões e mudanças substanciais na cultura. Ao mesmo tempo que a ciência nos mostra a grandeza do universo infinito, nasce a consciência da nossa insignificância diante do infinito nos deixando inseguros e angustiados. Poder e medo se conjugam diante das novas descobertas. Um sentimento confuso de angústia e de insegurança diante dos acontecimentos se apodera do homem diante das contradições e da perda da ordenação do mundo.

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar o rigor conceitual e as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Empirismo

Os jovens são mais aptos para inventar do que para julgar, mais aptos para a execução do que para o assessoramento, e mais aptos para novos projetos do que para atividades já estabelecidas; porque a experiência da idade em coisas que estejam ao alcance dessa idade os dirige; mas em coisas novas, os maltrata. (...) Os jovens, na conduta e na administração dos atos, abraçam mais do que podem segurar, agitam mais do que podem acalmar; voam para o fim sem consideração para com os meios e os graus; perseguem absurdamente alguns princípios com que toparam por acaso; não se importam em (isto é,em como) inovar, o que provoca transtornos desconhecidos.

(...) Os homens maduros fazem objeções demais, demoram-se demais em consultas; arriscam-se muito pouco, arrependem-se cedo demais e raramente levam o empreendimento até o fim, mas se contentam com uma mediocridade de sucesso. Não há dúvida de que é bom forçar o emprego de ambos (...), porque as virtudes de qualquer um deles poderão corrigir os defeitos dos dois."

Francis Bacon. Fragmento. www.mundodosfilosofos.com.br/bacon.htm -28K.

Escreva um argumento, posicionando-se CONTRA OU A FAVOR das ideias de Francis Bacon descritas no texto.

RESPOSTA:

O argumento deve levar em consideração a construção do aluno, desde que ele construa o argumento e paute suas conclusões, a partir do conteúdo apresentado.

4

QUESTÃO - Descritor: Reconhecer nas ações e relações humanas: uniformidades e rupturas, diferenças e semelhanças, conflitos, contradições e solidariedades, igualdades e desigualdades.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Empirismo

David Hume questiona, da seguinte maneira, a origem do princípio de causalidade: “ todo raciocínio experimental, pelo qual do presente se conclui o futuro (a água vai ferver, amanhã fará dia, etc.), repousa nesse princípio de causalidade. De onde me vem esse princípio? A qual impressão corresponde essa ideia?

Segundo ele, em nenhum setor da experiência existe uma impressão concreta de causalidade que torne legítima essa ideia de causa que pretendemos ter: a experiência externa me fornece apenas o depois, não me dá a origem do porquê.

IDENTIFIQUE a denúncia ao processo do conhecimento implícita no questionamento humeniano.

RESPOSTA:

Para Hume, a causalidade não existe nas coisas, mas numa crença, a partir do hábito e da associação das ideias.

“ Por que será que espero ver a água ferver quando a aqueço? É porque, aquecimento e ebulição sempre estiveram associados em minha experiência e essa associação determinou um hábito em mim. Se estabeleço "uma conclusão que projeta no futuro os casos passados de que tive experiência", é porque a imaginação, irresistivelmente arrastada pelo peso do costume, resvala de um evento dado àquele que comumente o acompanha. A necessidade é algo que existe no espírito, não nos objetos." (HUME, David. Investigações sobre o Entendimento Humano. Fragmento. )

Segundo Hume, as nossas ideias não são apenas cópias das impressões que temos das sensações (dados trazidos pelas nossas experiências externas), mas também das impressões das emoções que experimentamos diante dessas sensações (experiências internas).

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar o rigor conceitual e as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A política moderna

Maquiavel inaugura a ideia de valores políticos medidos pela eficácia prática e pela utilidade social, afastados dos padrões que regulam a moralidade privada dos indivíduos. O ethos político e o ethos moral são diferentes e não há fraqueza política maior do que o moralismo que mascara a lógica real do poder.

Convite à Filosofia, Marilena Chauí. Ed. Ática, 2000, SP. Fragmento.

ESTABELEÇA semelhanças e diferenças entre a política no período clássico e no período moderno.

RESPOSTA:

Na Antiguidade Clássica, a política está vinculada à ética, cuja finalidade é a solidariedade que torna possível a convivência e o bem comum. A política se origina da natureza humana, que se distingue pela razão, a capacidade humana de fazer escolhas, e que, bem orientada, leva à virtude, ou seja, a capacidade de lidar com os desejos e paixões, tornando possível o bem coletivo e individual.

No pensamento moderno, os homens não se juntam para compartilhar a justiça e a felicidade, mas pela competitividade e pelo poder de domínio de uns sobre os outros. A política surge como um artifício, uma forma de coerção criada para evitar a intolerância e o abuso de poder conseqüente da forma como se estabelecem as relações sociais. Nesta época, a política não é mais vista como parte constituinte da natureza humana, mas como uma arte de governar típica dos homens fortes.

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QUESTÃO - Descritor: Reconhecer que as imagens são fontes históricas e não ilustrações que correspondem a uma cópia da realidade ou tornam os textos históricos mais atrativos.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: O pensamento moderno

Os gregos receberem a denominação de naturalistas. Apesar da idealização de uma beleza física, conhecida como padrão de beleza clássico, suas obras são baseadas no estudo e na observação das estruturas do corpo humano, símbolo da natureza. Os renascentistas italianos também são conhecidos pelo naturalismo em suas obras, uma vez que esse era um dos padrões estéticos da arte grega que pretendiam resgatar.

Relacionando as imagens e os conhecimentos adquiridos nas aulas, DIFERENCIE a concepção de natureza no naturalismo grego e no naturalismo renascentista.

RESPOSTA:

As duas imagens foram pintadas no Renascimento, mas expressam leituras diferentes da natureza. O corpo representado nas imagens simboliza a natureza. Na primeira imagem, ele aparece integrado aos outros elementos (o ar, a terra, a concha) numa alusão à physis grega, a natureza como uma totalidade integrada. Na segunda imagem, o corpo aparece separado, observado e analisado como objeto de investigação científica, numa alusão à ciência moderna.

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QUESTÃO - Descritor: Relacionar ideias filosóficas entre si, a fim de compreender os fenômenos e suas relações no nível teórico.

Nível de dificuldade: médio Assunto: O pensamento moderno

Leia os textos.

Texto 1A partir do Renascimento, o homem perdeu o seu lugar como centro do mundo, ou melhor, perdeu o mundo que formava o quadro da sua existência e o objeto do seu saber, tendo sido obrigado a modificar e adaptar as suas concepções fundamentais e as próprias estruturas do pensamento. ( KOIRÈ Alexandre. Do mundo fechado ao universo infinito.)

Texto 2O silêncio eterno desses espaços infinitos me apavora. Quantos reinos nos ignoram! ( PASCAL Blaise. Pensamentos.)

A) CARACTERIZE o fato na história do conhecimento a que se referem os textos.

B) EXPLIQUE as consequências na concepção de homem e de mundo no período moderno.

RESPOSTA:

O fato na história do conhecimento a que se refere Koirè é a Revolução Científica e a mudança do modelo geocêntrico para o heliocêntrico. Ao substituir o geocentrismo pela idéia de um universo aberto e plural, regido pelas leis da mecânica e presidido pela ordem matemática, esse fato abriu a passagem "do mundo fechado para o universo infinito" alargando vastas possibilidades para o conhecimento e provocando alterações na concepção de homem e de mundo.

QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Jusnaturalismo e Contrato Social

Leia o texto.

[...] perfeita liberdade para regular suas ações e dispor de suas posses e pessoas do modo como julgarem acertado dentro dos limites da lei da natureza, sem pedir licença ou depender da vontade de qualquer outro homem. E também um estado de igualdade, em que é recíproco todo o poder e jurisdição, não tendo ninguém mais que outro qualquer. (LOCKE, 1998, p. 382).

Tomando como referência as ideias do texto, RELACIONE os conceitos de jusnaturalismo e contrato social.

RESPOSTA:

O jusnaturalismo é uma ideia racional que afirma os direitos inatos, universais e inalienáveis que existia no homem antes da existência das sociedades, ou seja, no estado de natureza, anterior ao pacto social. Ao se constituir como sociedade, cada indivíduo abre mão dos direitos do estado de natureza através de um pacto social que representa a vontade do conjunto dos indivíduos, através de uma legislação que estabelece os limites necessários para que todos sejam beneficiados, harmonizando a vida coletiva. Esse pacto é o que Rousseau denomina Contrato Social.

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QUESTÃO - Descritor: Perante um texto discursivo e conceitual, de natureza filosófica ou científica, identificar as principais teses do texto.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Jusnaturalismo e Contrato Social

O homem natural é tudo para si mesmo: ele é a unidade numérica, o inteiro absoluto que só tem relação com ele próprio ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que depende do denominador cujo valor está em sua relação com o inteiro, que é o corpo social. As boas instituições são aquelas que melhor sabem desnaturar o homem, tirar-lhe sua existência absoluta para lhe dar uma relativa, e transportar o eu para a unidade comum: de tal modo que cada particular não se creia mais um, mas parte da unidade, e apenas seja sensível no todo.

J. Rousseau, Oeuvres Complètes. Pleiade, 1964. Fragmento.

Tomando como referência as ideias do texto, EXPLIQUE a diferença entre estado de natureza e estado civil.

RESPOSTA:

Estado Natural é o estado anterior à constituição da sociedade civil. É a ausência de sociedade e de governo. Cada indivíduo ao se associar, abdica do direito natural que é transformado em direito civil ou positivo, um direito artificial, que vai tentar suprir a fragilidade do direito natural e do uso da força, garantindo a vida, a liberdade e a propriedade privada dos governados. A sociedade civil vive sob leis instituídas para que haja organização dos diversos interesses. Essas leis representam a “vontade geral”, sendo a expressão dos interesses do povo.

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QUESTÃO - Descritor: Reconhecer que as imagens são fontes históricas e não ilustrações que correspondem a uma cópia da realidade ou tornam os textos históricos mais atrativos.

Nível de dificuldade: difícil

Assunto: Crítica do pensamento metafísico.

Observe a imagem.

René Magritte. A Traição das Imagens. Isto não é um Cachimbo, 1929.

Relacionando a imagem e o seu título, EXPLIQUE por que podemos afirmar que a pintura de René Magritte sugere significados subjetivos.

RESPOSTA:

A pintura de Magritte sugere significações subjetivas, ou seja, uma multiplicidade de interpretações e indagações, a partir da imagem do cachimbo e da sua negação pela frase pintada abaixo ("Ceci n'est pas une pipe"), provocando reflexões. O título também nos convida a olhar além da aparência, em busca de significados implícitos, invisíveis: “isto não é um cachimbo, é o desenho de um cachimbo, uma representação”. A mesma imagem sugere uma diversidade de idéias e leituras dependendo do olhar que a observa. Essa diversidade de significados que se apresentam, nos faz refletir sobre a validade dos conhecimentos que determinamos como verdadeiros ou falsos.

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QUESTÃO - Descritor: Perceber a integração necessária entre a filosofia e a produção científica, artística, bem como com o agir pessoal e político.

Nível de dificuldade: fácil Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

Os estudos científicos surgem como respostas aos questionamentos dos seres humanos acerca da existência e de suas experiências. O vocábulo ciência é muito abrangente, e até hoje gera contradições sobre o que pode ou não ser considerado científico, sendo difícil estabelecer uma definição rigorosa do termo.

ESTABELEÇA 3 (três) diferenças entre a concepção de ciência na antiguidade e a ciência moderna.

RESPOSTA:

Platão concebia a realidade a partir da distinção entre ciência e opinião. A verdade estaria nas ideias e não nas coisas, nos objetos. Procurar a verdade significava ir além das coisas, buscar uma realidade superior. Para Platão, a ciência não podia ser considerada um conhecimento acerca dos objetos que podemos observar ou comprovar com os nossos sentidos. É nas ideias que reside a verdade, sendo modelos e causas que explicam tudo que faz parte do mundo sensível.

Aristóteles discordava de Platão. Para ele, fazer ciência era induzir, do particular (os objetos da natureza que nos rodeia), o universal (as ideias gerais). Enquanto para Platão a verdadeira ciência se fazia na contemplação do mundo das ideias, desprezando a observação da natureza, Aristóteles dava importância fundamental à observação dos fenômenos naturais na busca do conhecimento.

Já a ciência moderna nasce vinculada à ideia de intervir na Natureza, de conhecê-la para apropriar-se dela, para controlá-la e dominá-la. A ciência não é apenas contemplação da verdade, mas é sobretudo o exercício do poderio humano sobre a Natureza. Numa sociedade em que o capitalismo está surgindo e, para acumular o capital, deve-se ampliar a capacidade do trabalho humano para modificar e explorar a Natureza, a nova ciência será inseparável da técnica.

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QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações criticamente, ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

A arte está presente nas culturas, dando formas à diversidade de expressões do sentir e do pensar humano. Através dos estilos artísticos, das formas e do simbólico que a representam, podemos aprender sobre o pensamento dos homens e sua visão de mundo no contexto da época histórica ali retratada.

Analise a imagem de Salvador Dali e ELABORE um parágrafo que expresse uma leitura do homem contemporâneo, a partir das informações analisadas.

Criança geopolítica observa o homem novo. Salvador Dali, 1943

RESPOSTA:

Na abertura do capítulo 2 da unidade 1 deste livro, existe um texto explicativo sobre os significados da imagem de Dali. Oriente o aluno a procurar as informações no livro e, a seguir, produzir o seu argumento, a partir das informações encontradas.

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QUESTÃO - Descritor: Promover o diálogo da Filosofia com outras áreas do saber, levando em conta âmbitos diversos de conhecimento, visando uma melhor compreensão da realidade.

Nível de dificuldade: médio Assunto: Razão Científica e Razão instrumental

Entre muitos estudiosos, existia a crença de que só o domínio da matemática era verdadeiramente “científico”.

a) EXPLIQUE a distinção entre ciências da natureza e outras formas de conhecimento.

b) IDENTIFIQUE os valores fundamentais ao desenvolvimento da filosofia da ciência que foram agregados pela matemática.

RESPOSTA:

Os estudos científicos surgem como respostas aos questionamentos dos seres humanos acerca da existência e de suas experiências. Na diversidade de respostas dadas a essas indagações, encontramos algumas de caráter científico, baseadas em estudos sistemáticos e comprovados, e outras, de caráter religioso, artístico ou do senso comum, baseadas em opiniões, crenças ou observações cotidianas, independente de estudos racionais.

A ciência da natureza se difere das outras formas de conhecimento por basear-se em observações sistemáticas e no uso de métodos adequados de prova. As respostas matemáticas eram exatas, consensuais, e sua demonstração tornou-se um modelo de certeza, irrefutável, agregando valores fundamentais ao desenvolvimento da filosofia da ciência.

Ao mesmo tempo, não podemos deixar de considerar que este modelo de certeza não conseguiria apreender a natureza em toda a sua totalidade e complexidade sendo exigidos, para isso, outros métodos mais adequados ao seu estudo e análise.

QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações criticamente, ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante elas.

Nível de dificuldade: médio Assunto: História e progresso

Uma teoria filosófica reflete um momento da história, mostrando suas verdades parciais passíveis de serem integradas numa síntese mais ampla que se elabora com o tempo.

EXPLIQUE de que forma o positivismo pode ser JUSTIFICADO a partir do seu contexto histórico.

RESPOSTA:

O surgimento dessa filosofia deve ser analisado também, como consequência do grande desenvolvimento da economia capitalista voltada para a produção de bens materiais e da necessidade de uma filosofia positiva, naturalista, materialista, dando suporte às novas ideologias econômico-sociais.

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QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: História e progresso

A ideia de razão que constitui o ideal de racionalidade criado pela sociedade européia ocidental sofreu abalos profundos desde o início do século XX, a partir das novas descobertas na física, na lógica, na antropologia, na história e na psicanálise e, em especial, a partir das experiências dos totalitarismos.

Relacionando a imagem e o texto ELABORE um argumento explicando em que consiste a crítica à razão feita pela filosofia, a partir do século XX.

RESPOSTA:

A visão antropocêntrica apoiada na crença da racionalidade como critério de humanização e superioridade do homem, justificando inclusive, suas ações de dominação sobre a natureza, outros homens e culturas, foi seriamente abalada e questionada. No processo histórico podemos ilustrar, através de exemplos, como os totalitarismos e o massacre dos povos ameríndios pelos espanhóis, entre outros, que este mesmo homem que se julga racional, é capaz de cometer as mais terríveis atrocidades, inclusive justificá-las, em nome da razão. Assim, uma revisão da cultura e da ciência e seus métodos enquanto obra humana significadora da organização social, dos valores, do conhecimento e das formas de conhecer, tornou-se necessária na filosofia, como forma de conter os excessos ou os descaminhos da razão.

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QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: A crítica da consciência

“O moinho movido a água vos dará a sociedade com o senhor feudal, e o moinho movido a vapor a sociedade com o capitalista industrial.

Marx. Prefácio para a crítica da economia política

Relacionando as ideias do texto, EXPLIQUE de que forma, na teoria marxista, a infraestrutura determina a superestrutura.

RESPOSTA:

Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época.

Para Marx, a sociedade se estrutura em níveis:

1. a infraestrutura( o moinho movido a água e o moinho movido a vapor ) - a base econômica, engloba as relações do homem com a natureza no esforço de produzir as condições materiais da própria existência, e as relações dos homens entre si .

2. a superestrutura ( a sociedade com o senhor feudal, a sociedade com o capitalista industrial) – formada pela estrutura jurídico-política ( o direito e o Estado) e pela estrutura ideológica (a religião, as leis, a educação, a literatura, a filosofia, a ciência, a arte).

Para Marx, as manifestações da superestrutura são determinadas pelas alterações da infra-estrutura decorrentes da passagem econômica de um sistema de produção para outro. Portanto, para estudar a sociedade não se deve partir do que os homens dizem, imaginam ou pensam, e sim da forma como produzem os bens materiais necessários à sua vida. Em outras palavras, “não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas é, ao contrário, o seu ser social que determina sua consciência”. “ as ideias dominantes de uma época , sempre foram apenas as idéias das classes dominantes.”

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QUESTÃO - Descritor: Perceber a integração necessária entre a filosofia e a produção científica, artística, bem como com o agir pessoal e político;

Nível de dificuldade: médio Assunto: Quando a vida imita a arte

REPORTAGEMPão e Circo vigoram na mídia

Por Germana barata

Respeitável público!, não é preciso pagar ingressos para ver os irmãos lobisomem, a dona dos pares de silicones mais volumosos, a boca capaz de abrigar 12 limões e o menor homem do mundo. A televisão e a internet exibem tipos humanos considerados bizarros e estranhos para aqueles que desejam entretenimento em pleno domingo de sol. O limite entre a curiosidade e o desrespeito é freqüentemente ultrapassado, mas quem se importa?

“O sono da opinião pública gera monstros”, adverte Roberto Romano, filósofo da Unicamp e autor do livro Moral e ciência: a monstruosidade no século XVIII (Ed. Senac/São Paulo), adaptando título da obra “O sono da razão produz monstros” do pintor espanhol Francisco Goya.

http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=29&id=341

ELABORE um comentário crítico sobre os fatos citados a partir de argumentos da ética universalista.

RESPOSTA:

Do ponto de vista da ética universalista, não é concedido a nenhum homem e direito de valer-se de si mesmo ou de outro seu semelhante como meio para as finalidades de suas ações, pois não são coisas mas pessoas, fins em si mesmas. A liberdade de ação de cada homem deve ser limitada, não por mecanismos externos, mas pela própria consciência interna ao determinar racionalmente o valor absoluto de todos os homens, da humanidade, como fim em si mesma e que como tal deve ser respeitada. A exploração do homem pelo próprio homem não é racionalmente aceitável e nem permitida, pois é imoral, já que assim procedendo configuraria a utilização e a caracterização do homem como meio, o que não condiz com a sua dignidade e toda ação que caracterize uma violação deste pressuposto indispõe-se e atenta contra a dignidade do ser humano, da humanidade, ferindo a lei moral.

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QUESTÃO - Descritor: promover o diálogo da Filosofia com outras áreas do saber, levando em conta âmbitos diversos de conhecimento, visando uma melhor compreensão da realidade.

Nível de dificuldade: difícil Assunto: Reinventando a democracia

Analise a imagem e leia o texto.

The County Election, de George Caleb Binghann-1846

Para Hannah Arendt, o poder é uma “ação em concerto” que funda uma dada comunidade (um grupo, uma cidade, uma nação). Essa ação constitui-se na esfera pública, compreendida como um espaço em que a interação entre indivíduos iguais se dá por meio da livre troca de opiniões plurais e da ação. É neste ato fundacional, do qual participam todos em condição de igualdade, que reside a legitimidade do poder.

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Relacionando a imagem e o pensamento político de Hannah Arendt, citado no texto, EXPLIQUE de que forma, a legitimidade do poder ajuda na formação de uma sociedade democrática.

RESPOSTA:

A pintura de George Caleb Bingham’s The County Election (1852) retrata um dia de eleição no Missouri, em que só brancos do sexo masculino, proprietários de imóveis podiam votar, e os candidatos e seus representantes poderiam angariar votos imediatamente antes da votação. O consumo de álcool fluiu livremente, e a votação foi feita oralmente e gravada em público. Apesar dos fatos e condutas expressos na imagem se referirem a um momento e lugar específico na historia, sabemos que este fato de apropriação do poder por uma minoria, continua existindo na política atual, revestido de outras roupagens. Segundo Arendt, o poder nunca é propriedade de um indivíduo; pertence a um grupo e permanece em existência apenas na medida em que o grupo conserva-se unido. Quando dizemos que alguém está ‘no poder”, na realidade nos referimos ao fato de que ele foi empossado por um certo número de pessoas para agir em seu nome.

O processo de construção da democracia é muito complexo e não pode se limitar às decisões de um governo ou de um grupo. É um processo lento e que necessita que as pessoas que o compõem sejam críticas, formadoras de opinião e organizadas politicamente. Refletir a legitimidade do poder está ligado à vontade geral (consenso), com a ressalva de que esta deve ser livre, não condicionada ao poder e ao seu discurso. Assim, o consenso social será legítimo quando alcançado por um convencimento ético, e, ilegítimo quando atingido por manobras políticas de baixo nível, de abuso de poder por uma minoria, como o fato citado na imagem de Caleb.

QUESTÃO - Descritor: Julgar as informações criticamente, ordenando-as e identificando os pressupostos a fim de construir uma posição perante tais informações;

Nível de dificuldade: médio Assunto: A questão da existência

“Você deveria casar e ter filhos mestiços, manuscritos, cobertores feitos em casa e leite materno sobre o seu tatame alegre e esfarrapado como este aqui. Arrume uma cabana para morar no mato não muito longe da cidade, gaste pouco para viver, enlouqueça em um bar de vez em quando, escreva e caminhe pelas montanhas e aprenda a serrar tábuas e converse com velhinhas, seu grande tolo, carregue muita madeira para elas, bata palmas em altares, consiga favores sobrenaturais, faça aulas de arranjos florais e plante crisântemos ao lado da porta.”

Nos anos 50 e 60, o momento era de renovação, de intenso questionamento de antigos valores postos em prática, de uma utopia compartilhada por muitos de que se podia melhorar o mundo.

A) IDENTIFIQUE a que momento histórico da cultura o texto se refere.

B) EXPLIQUE em que consistiam esses questionamentos.

C) EXPONHA os argumentos utilizados.

RESPOSTA:

a) O texto se refere aos movimentos culturais do final dos anos 50 e início dos anos 60, conhecidos como contracultura, – e sobretudo, de um pensamento de caráter utópico, isto é, do pensamento que pretendia conceber uma nova forma de vida social, uma nova forma de sociedade e que, no ano de 68, chegou a uma espécie de maturação, não só entre os estudantes, mas em todos os que militaram naquela época,( negros, oerários, jovens, mulheres) acreditando na possibilidade de materializar essa utopia.

b) Os ideais desses movimentos refletem as teorias filosóficas defendidas pelo existencialismo. Rejeitando o elogio cego à nação, o trabalho e a rápida ascensão social, esses jovens buscaram um refúgio contra as instituições e valores que defendiam o consumismo e o cumprimento das obrigações. Depois dela passamos a lutar por um novo modo de viver já. Aqui e agora.

c) A contracultura plantou uma nova idéia de família, de casamento, das relações sexuais; de uma outra atitude para com a natureza, para com o próprio corpo e para com Deus. Ela cobrou uma adequação da superestrutura às mudanças na infra-estrutura do mundo ocidental.

QUESTÃO - Descritor: Submeter as informações e os conhecimentos a uma análise argumentativa, vislumbrando a estrutura dos argumentos que poderiam corroborar para uma ordenação sistemática de tais informações.

Nível de dificuldade: difícil

Assunto: A crítica da consciência

“A psicanálise mostra que somos resultado e expressão de nossa história de vida, marcada pelos desejos insatisfeitos, que buscam satisfações imaginárias sem jamais poder satisfazer-se plenamente. Nossa psique é um campo de batalha inconsciente entre desejos e censuras.

Do ponto de vista do inconsciente, mentir, matar, roubar, seduzir, destruir, temer, ambicionar são simplesmente amorais, pois o inconsciente desconhece valores morais. Inúmeras vezes, comportamentos que a moralidade julga imorais são realizados como autodefesa do sujeito, que os emprega para defender sua integridade psíquica ameaçada ( real ou fantasmagoricamente ). Se são atos moralmente condenáveis, podem, porém, ser psicologicamente necessários. Nesse caso, como julgá-los e condená-los moralmente?”

No caso da ética, a descoberta do inconsciente traz consequências graves tanto para as ideias de consciência responsável e vontade livre, como

IDENTIFIQUE e EXPLIQUE quais são essas conseqüências para os valores morais.

RESPOSTA:

A principal novidade proposta por Freud foi a ideia do inconsciente, que permitiu compreender uma série de acontecimentos da vida psíquica, relativa ao mundo oculto dos desejos que orientam o comportamento humano. Diante dessa descoberta, as crenças racionalistas que defendiam que o homem era capaz de controlar seus desejos e tomar decisões de forma consciente foram abaladas. Freud questiona sobre a questão dos limites da racionalidade humana e suas conseqüências no exercício do direito e da justiça, por exemplo: como condenar ou julgar comportamentos que a moralidade julga imorais se o inconsciente desconhece valores morais? Como falar de consciência, quando somos determinados por desejos e impulsos inconscientes, aos quais não temos acesso e que, portanto não são controláveis? Como julgá-los e condená-los moralmente?