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Seminário de Física IV Bandas de Energia e Materiais Condutores e Isolantes Grupo: Filipe, Julio Cesar, Renan e Willian Professor: Savio Corrêa Introdução Conforme visto a resolução da Equação de Schroedinger para o elétron no átomo de hidrogênio conduz a identificação de três variáveis independentes, os números quânticos principal (), azimutal ( ) e magnético ( ). Além destes números quânticos, ainda existe o spin ( ). Desta forma, os possíveis níveis de energia em um átomo multieletrônico dependem fundamentalmente da camada (número quântico principal ) e da subcamada (número quântico azimutal ) no qual o elétron se encontra. Tabela 1 - Subníveis de energia. Fonte: EISBERG. Número quântico n,l Subcamada Capacidade da subcamada - - - - - - 6,2 6d 10 5,3 5f 14 7 7s 2 6,1 6p 6 5,2 5d 10 4,3 4f 14 6,0 6s 2 5,1 5p 6 4,2 4d 10 5,0 5s 2 4,1 4p 6 3,2 3d 10 4,0 4s 2 3,1 3p 6 3,0 3s 2 2,1 2p 6 2,0 2s 2 1,0 1s 2 Energia Crescente ----------> Na Figura 1 são apresentados a configuração eletrônica e o poço de potencial para um único átomo Na em seu estado fundamental. Por meio da Figura 1 é possível verificar que

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Trabalho sobre bandas condutoras e materiais isolantes e condutores.

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  • Seminrio de Fsica IV

    Bandas de Energia e Materiais Condutores e Isolantes

    Grupo: Filipe, Julio Cesar, Renan e Willian

    Professor: Savio Corra

    Introduo

    Conforme visto a resoluo da Equao de Schroedinger para o eltron no tomo de

    hidrognio conduz a identificao de trs variveis independentes, os nmeros

    qunticos principal (), azimutal () e magntico (). Alm destes nmeros qunticos,

    ainda existe o spin ().

    Desta forma, os possveis nveis de energia em um tomo multieletrnico dependem

    fundamentalmente da camada (nmero quntico principal ) e da subcamada (nmero

    quntico azimutal ) no qual o eltron se encontra.

    Tabela 1 - Subnveis de energia. Fonte: EISBERG.

    Nmero quntico

    n,lSubcamada

    Capacidade da

    subcamada

    - - -

    - - -

    6,2 6d 10

    5,3 5f 14

    7 7s 2

    6,1 6p 6

    5,2 5d 10

    4,3 4f 14

    6,0 6s 2

    5,1 5p 6

    4,2 4d 10

    5,0 5s 2

    4,1 4p 6

    3,2 3d 10

    4,0 4s 2

    3,1 3p 6

    3,0 3s 2

    2,1 2p 6

    2,0 2s 2

    1,0 1s 2

    Ene

    rgia

    Cre

    scen

    te -

    ----

    ----

    ->

    Na Figura 1 so apresentados a configurao eletrnica e o poo de potencial para um

    nico tomo Na em seu estado fundamental. Por meio da Figura 1 possvel verificar que

  • existem valores discretos de energia permitidos. Alm disso, em cada subcamada, no

    existem nmeros qunticos repetidos, ou seja, o Princpio de Exluso de Pauli

    respeitado. Cada funo de onda (estado quntico do eltron) com o mesmo nvel de

    energia chamado de Estado Degenerado.

    Figura 1 Barreira potencial de Coulomb e nveis de energia permitidos.

    Um fenmeno diferente ocorre quando dois atmos so aproximados. Estando os

    tomos suficientemente prximos, as autofunes (funes de onda) se sobrepem,

    fazendo com que a energia do sistema dependa da simetria da autofuno espacial.

    Desta forma, um mesmo nvel de energia desdobrado em dois nveis de energia

    distintos, assim como apresentado na Figura 2.

    Figura 2 - Desdobramento de um nvel de energia de 6 tomos em funo da distncia entre os

    ncleos.

  • Figura 3 - Formao das bandas de energia. A primeira parte apresenta dois tomos muito afastados. A

    segunda parte apresenta dois tomos prximos, com a diviso dos nveis em 2 subnveis de energia. A

    terceira parte apresenta 4 tomos prximos e a diviso de cada nvel em 4 subnveis de energia.

    Quando N tomos so colocados juntos numa rede linear uniforme, cada nvel de

    energia dividido em N nveis distintos. Ressalta-se o nvel de energia mais prximo do

    ncleo do tomo no subdividido porque os eltrons deste nvel so pouco afetados

    pela presena de outros tomos.

    Se um grande nmero de tomos forem aproximados, uma banda quase contnua com

    um nmero elevado de subnveis prximos ser formada. Esta formao chamada de

    Bandas de Energia.

    Seja a energia potencial no constante, a propagao do eltron sofre alterao

    obedecendo equao de Bragg (Eq.1), no qual so refletidas pela rede surgindo uma

    onda estacionria.

    2 sin = = 2/ Eq. 1

    Para um inteiro m positivo ou negativo, a onda de quebra em duas de acordo com

    = /, onde se resulta nas bandas. Assim, a figura 4 representar a variao de

    energia dos estados eletrnicos, no qual chamada de esquema de zona estendida.

  • Figura 4 Modificao da relao de disperso pelo efeito do potencial peridico no modelo de eltron

    quase livre.

    possvel transladar as bandas para primeira zona, isto , 2/, de modo com que as

    banda ficam na zona de Brillouin (1 zona). O processo de translado chamado de

    reduzido primeira zona. Indicado pela seta na figura b, temos a chamada faixa

    proibida, onde no se encontra nveis eletrnicos.

    Figura 5 (a) Ilustrao do deslocamento das bandas da segunda zona de Brillouin de 2/.

    (b) Esquema de bandas reduzido primeira zona, resultante desse deslocamento.

    Materiais Condutores, Isolantes e Semicondutores

    Em um cristal, as bandas provenientes dos eltrons de valncia podem estar ou no

    completamente preenchidas. Se um campo eltrico for aplicado, os eltrons ganharo

  • energia somente se existir em nveis no ocupados dentro do intervalo de energia que o

    campo eltrico permita aos eltrons adquirir.

    Caso no existam nveis desocupados, os eltrons no podero ganhar energia e o

    material slido se comportar como um isolante. Pelo contrrio, se existerem nveis

    desocupados e a intensidade de campo eltrico for adequada, o material se comportar

    como um condutor.

    Portanto, os materiais isolantes so aqueles em que a ltima banda completamente

    cheia. A aplicao de um campo magntico no capaz de fornecer energia aos

    eltrons, no h estados qunticos de maior energia disponveis.

    A Figura 4 apresenta a configurao das bandas de energia para um material isolante. A

    linha tracejada o chamado Nvel de Fermi, que o nvel de energia onde no h

    estados ocupado para a temperatura de 0K.

    Figura 4 - Bandas de energia para um material isolante.

    A Figura 5 mostra os nveis de energia em um material condutor. Pelo grfico, verifica-

    se que a banda de energia mais elevada no se encontra completamente preenchida para

    o estado fundamental, o que possibilita que pela ao do campo eltrico os eltrons

    recebam energia e passem para estados qunticos de maior energia, dando origem a

    conduo.

    Figura 5 Bandas de energia em um material condutor.

  • De forma geral, como em cada banda h 2 (onde N o nmero de clulas unitrias)

    estados qunticos, em um cristal com n eltrons, o nmero total de bandas preenchidas

    2. Como a razo um nmero inteiro, o resultado ser um nmero inteiro ou

    semi-inteiro. Desta forma, a ltima camada estar sempre cheia ou apenas cheia pela

    metade.

    Um material isolante, de forma geral aquele em que a ltima banda completamente

    cheia, j os materiais condutores, so aqueles em que a banda semi-cheia, com

    excesso para os metais alcalinos terrosos, como pode ser visto na .

    Figura 6 - Bandas de energia para os metais alcalinos terrosos.

    Em um material condutor, quando a temperatura igual a 0K (estado fundamental) a

    banda de valncia est completamente cheia. Quando a temperatura se eleva, os eltrons

    ganham energia e passam para a banda externa, chamada de banda de conduo. Neste

    processo, os eltrons deixa espaos vagos, que so chamdos buracos e se comportam

    como portadores de carga positiva.

    Referncias

    EISBERG, R.; RESNICK, R. Fsica Quntica: tomos, Molculas e Partculas. Rio de

    Janeiro: Elsevier, 1979. p. 563-583.

    RESENDE, S. M. Materiais e Dispositivos Eletrnicos. 2 ed. So Paulo: Livraria da

    Fsica.