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    BC NewsINFORMATIVO MENSAL DO BEIT CHABAD CENTRAL S. PAULO BRASIL

    dezembro 2012 /janeiro 2013 ano 2 n 14

    BH

    Na primeira noite de Chanuc, no ano de 1973, afixamos as mezu-

    zot numa casa alugada Rua Gicomo Garrini, hoje Rua Chabad,

    endereo inicial do Beit Chabad Central.

    Assim comeou uma marcha que ilumina a vida de muita gente por

    meio de incontveis projetos transformadores ao longo de quatro

    dcadas, beneficiando a comunidade e o pas em geral.

    Se Dus quiser, durante este ano to especial, promoveremos no-

    vas atividades e comemoraes.

    Agradecemos a todos nossos amigos, autoridades e entidades,

    pela cooperao e amizade.

    Que possamos continuar trazendo luz para todos dentro do esp-

    rito de Chanuc de sempre acrescentar mais uma vela que nosilumine e aquea. Feliz Chanuc!

    BEIT CHABAD ENTRA EM SEU 40ANO DE ATUAO NO BRASIL

    MEMRIASRabino Alpern nos conta a

    experincia de imprimir o Tanya na

    Antrtida. Pg. 18

    ROY CUGLOVICIEntrevista exclusiva com o

    engenheiro que construiu a base

    brasileira no Polo Sul. Pg. 20

    DUS E O HOLOCAUSTOPor Rabino Shamai Ende

    Qual a explicao judaica para estetema polmico? Pg. 25

    destaques

    da edio

    FIQUE POR DENTRO DAS NOVIDADES

    anos

    esquerda, primeira sede do Beit Cha-bad, em 1973. Abaixo, sede atual, rpli-ca da fachada da sede mundial 770 emNova York

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    MISSO

    UMA INSTITUIO DO REBE.

    UMA CASA DE TOR, ORAOE ATOS DE BONDADE.

    QUE SEU MRITO NOS PROTEJA.

    comunidade Chabad foi fundada

    com o princpio de que todo judeu

    igual e merecedor de umaexperincia singular, independentemente

    de seu nvel de observncia.

    O Beit Chabad Central dedicado a divulgar

    a beleza de nosso legado milenar.

    Mesclando valores tradicionais com

    tcnicas contemporneas, ajudamos

    pessoas a descobrirem mais jbilo e

    significado nas suas vidas.

    Valorizar cada indivduo por suasqualidades nicas a caracterstica de

    Chabad, destacando nossa filosofia de que

    cada judeu um judeu.

    Desta forma, mereceremos a vinda de

    Mashiach em breve em nossos dias.

    A

    expedienteINFORMATIVO BC NEWS

    Editores

    Rab. Shabsi AlpernBetina Hakim

    Projeto grfico e direo de arte

    Betina Hakim

    Jornalista Responsvel

    Daisy T. Maltz (MTb 4944-RS)

    EquipeSolange Carvalho PortoDorothea PiratiningaMarcelo Morise

    Silvia Zauder

    Circulao

    Rosana Dias da Silva

    Impresso

    Eskenazi Indstria Grfica Ltda.

    Este informativo contm termos sagrados;

    portanto, trate-o com respeito.

    Para receber este informativo gratuitobasta enviar seu nome e endereocompleto para [email protected]

    ASSOCIAO ISRAELITA DE BENEFICNCIABEIT CHABAD DO BRASIL

    Presidente

    Dr. Mauro Zaitz

    Vice-PresidenteDaniel Citron

    Tesoureiro

    Dr. Daniel Bialski

    Diretoria

    Rabino Shabsi Alpern

    Rabino Yossi Alpern

    Edifcio Adelia e Joseph NigriHechal MenachemR. Dr. Melo Alves, 580CEP: 01417-010 S. Paulo, SPTel.: (11) 3081-3081 / Fax: (11) [email protected]

    Declarada de Utilidade Pblica Federal pelo

    Decreto-lei n 86871 de 25/01/1982

    Baixe o pdf da revista em www.chabad.org.br/BC_Newse veja tambm em seu iPad

    HOMENAGEM A ESTHER ALPERNFUNDADORA E EDITORA DA REVISTACHABAD NEWS 1973-2002

    Sempre a seu lado

    2 BC NEWS

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    mensagem do Rabino

    Paz no Oriente Mdio

    Rabino Shabsi Alpern

    Diretor do Beit Chabad do Brasil

    3BC NEWS

    A Providncia Divina levou-me para a Terra de Israel por oito dias no ms passado

    que jamais esquecerei. A grande parte do que segue um pequeno resumo das

    palavras de Michael Freund no The Jerusalem Post, em 22 de novembro.

    H um ponto crtico ignorado pela grande imprensa. Por que Israel se retirou de

    Gaza anos atrs? Este o mago do dilema confrontado atualmente pelos toma-

    dores de deciso.

    Desde que o primeiro ministro Ariel Sharon ordenou a expulso dos judeus de

    Gaza ficou claro que a presena permanente do Exrcito o meio mais eficaz de

    combater o terror.

    Relembrando: antes da retirada de 2005, a opinio pblica de Israel ficou conven-

    cida de que o recuo seria apenas um meio para avanar. Rapidamente esses argu-

    mentos provaram ser vazios! Nos trs anos que antecederam a retirada de Israel,

    de 2002 a 2004, lanaram de Gaza 3.037 bombas e foguetes em Israel. Porm, trs

    anos aps a retirada, de 2006 a 2008, esses nmeros mais que dobraram, subin-

    do para 6.828. Sair de Gaza foi um grave erro estratgico. Operaes como as de

    novembro podem resultar em dois ou trs anos de reduo de fogo, mas a longo

    prazo isso s d aos terroristas a oportunidade de se rearmarem e refinarem suas

    tcnicas. A nica maneira comprovada de reduzir a violncia que emana de Gaza

    posicionar l o exrcito em terra e no ar. Isso no significa que no haver mais

    ataques, mas certamente assegura uma diminuio de ofensivas s nossas terras.

    Evidentemente h muitos israelenses proeminentes que se opuseram retirada

    de Gaza desde o incio e alertaram repetidas vezes contra isso.

    Como so profticas as palavras do Rebe dcadas atrs, que j avisava sobre essa

    situao, gritava e chorava, mas no lhe deram ouvidos.

    No podemos continuar enviando e retirando tropas e sujeitando os israelenses

    que vivem no sul a um horror infindvel. Ou dizemos basta e reassumimos o con-

    trole da rea. Tomar essa posio assustador e ter um alto custo, mas certa-

    mente o movimento mais seguro.

    Fiquemos ombro a ombro com nossos irmos na Terra Santa sempre, e em mo-

    mentos assim, mais ainda. Que os tenhamos em nossos coraes e em nossas

    preces. Que venha logo a poca em que todos os povos vivero em paz e harmonia.

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    Shacharit 9h30

    Kidush e Farbrenguen 12h

    Aula da Parash com explicaes do Rebe 1 h antes do horrio das velas *

    Minch seguida de Seud Shlishit com

    estudo de Pirk Avot 15 min antes dohorrio das velas *

    Aula da Parash para senhoras 15 minantes do horrio das velas *

    Arvit e Havdal no trmino do Shabat

    Vdeo do RebeSbados noite aps os servios noturnos

    Voc tambm pode assistir Srie Vdeo Tor Viva onlineem www.chabad.org/626747

    A NOSSA SINAGOGA

    *Veja o horrio das velas no verso deste informativo

    MINYAN DIRIOShacharit

    Segunda a sexta-feira1 minyan 6h302 minyan 7h45Domingos e feriados 8h05

    Minch e ArvitDomingo a sexta-feira 19h00

    CABALAT SHABATSextas-feiras s 19h00

    HORRIOS DO SHABATChassidut 8h45

    Queremos ver VOC no minyan durante a semana!

    4 BC NEWS

    BEIT CHABAD CENTRALUM LAR ONDE TODO JUDEU SE SENTE BEM RECEBIDO!

    w Homens, mulheres e crianas esto convidadosa participar.

    w Todos so bem-vindos, independentemente deafiliao, conhecimento ou nvel de observncia.

    w Anunciamos as pginas com frequncia.

    w Cantamos agradveis melodias de Shabat.

    w Buf de kidush oferecido aps os servios.

    w Visite-nos, voc ficar surpreso ao ver o quantovai gostar!

    CABALAT SHABATTODAS AS SEXTAS-FEIRAS S 19H

    MESSIBOT SHABAT PARA CRIANASUm empolgante programa para meninos e meninas

    da 1 5 srie. Venha e desfrute no Tsivot Hashem

    de um lanche fantstico, prmios, jogos e histrias.

    Todo Shabat tarde logo aps Minch de Shabat

    w Dr. Ernesto Kogan (Ofruf do filho)

    w Dra. Melany Torres (Yahrtzeitda me Tzsirl bat Sara)

    w Famlia Flavia Bochernitsan(Ofruf do filho)

    w Dr. Alfredo Torres (25 anos de casado)

    w Beit Chabad, Famlia Metzger e Famlia Ossowiecki(7 berachot casamento Dvora Lea e Mendi Levy)

    w Dino Pieczynski(Ofruf Dino Pieczynski)

    w

    Marceline Basch(Yahrtzeit do pai Michael Rolnik)

    AGRADECIMENTO pelo KIDUSH

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    5BC NEWS

    QUEM NO GOSTA DE FALARSOBRE SI?Foi pensando em animar seus visitados que os volun-

    trios do LEV tiveram a ideia de encoraj-los a contar a

    histria de suas vidas. Muitas dessas pessoas, idosas, nasua maioria, apreciam essa chance de reviver o passado,

    o que as deixa bastante entusiasmadas. Foi um tal de re-

    virar gavetas atrs de fotos e documentos que so verda-

    deiras relquias, testemunhas de momentos marcantes

    de suas vidas.

    O trabalho resultou em histrias comoventes, exemplos

    de coragem para todos ns.

    LEV uma organizao que promove visitas a pessoas que encontramdificuldade para sair de casa, seja por doena, solido ou por problemas

    particulares. Nessas visitas os voluntrios levam alegria, ateno e bom

    humor, ajudando a melhorar seu estado emocional e espiritual.

    projeto lev

    A visitada Fany Coifman (sentada) acompanhada da voluntria Thelma Sarueque aparece em p entre outras 2 amigas da D. Fany em visita pra l de animada!

    Acima, a nova visitada Bassia Sztejnhauer (que comple-

    tou 90 anos em novembro) acompanhada da voluntriaRuth Lancry

    Para tornar-se voluntrio ou indicar algum que gostaria de ser visitado,entre em contato com Silvia Zauder, 3081-3081 R. 326 ou 3087-0326 das8 s 13h00 ou [email protected]

    Aps um certo tempo, os prazeres

    habituais da vida comeam a perder

    seu apelo.

    Uma coisa, no entanto, que sempre

    uma grande fonte de prazer para a

    pessoa, a habilidade de dar para

    seus semelhantes.

    Assim, eles podem aproveitar a vida.

    Na realidade, o receber est no dar.

    Mensagem da Yael

    Mensagem para meus maravilhososvoluntrios e voc, futuro membro

    Yael Alpern - diretora

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    6 BC NEWS

    AULAS dirias de 2 a 5 feira

    corrente de salmosA cada ms, dezenas de mulheres juntam-se

    virtualmente para a Corrente de Salmos. A

    Corrente acontece uma vez ao ms, no Shabat

    que antecede Rosh Chdesh, o primeiro dia doms judaico. As prxima leituras acontecero no Shabat

    8 de dezembro e 5 de janeiro.

    Para participar envie um e-mail para: [email protected]

    AULAS SEMANAIS

    * Exclusivamente para homens

    ** Exclusivamente para mulheres*** Mediante inscrio (JLI)

    DOMINGO

    9:00 Shabsi AlpernCaf da manh com debate de histrias comoventes *

    9:30 Daniel Eskinazi Bblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

    10:00 Dovber Nurkin Trechos da poro semanal *

    17:45 Avraham Steinmetz Prdica entre as oraes da tarde

    18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimnides *

    18:15 Integrao pais e filhos - Avot Ubanim

    Os pais estudam com seus prprios filhos sob aorientao de um professor *

    19:00 Daniel Eskinazi A mstica do alfabeto hebraico

    20:45 Avraham Steinmetz Conceitos chassdicos *

    SEGUNDA-FEIRA

    10:30 Daniel Eskinazi A mstica do alfabeto hebraico **

    11:30 Sarah Steinmetz Obra milenar tica dos Pais **

    12:30 Avraham Steinmetz tica Talmdica ***(lunch & learn Jardins)

    17:30 David Lancry Preparando-se para o Bar Mitsv

    17:45 Eliahu StiefelmannPrdica entre as oraes da tarde

    19:15 Daniel Eskinazi A mstica do alfabeto hebraico (residncia de jovens)

    20:00 Eliahu Stiefelmann Investindo em nosso futuro (jovens)

    20:15 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsv

    20:30 Avraham Steinmetz Voc sob o prisma da Cabal *** (Banco Daycoval) (At 10 de dezembro)

    21:00 Shamai Ende Sabedoria do Rebe (residncia de casais)

    7:45 Daniel Eskinazi Bblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

    9:00 Dovber Nurkin

    Trechos da poro semanal *

    16:30 Dovber Nurkin Cdigo de leis *

    18:15 Yakov Nurkin Leis das obras de Maimnides

    TURMAS LUNCH & LEARN

    Quer relaxar em meio ao seu dia corrido de trabalho?

    Participe das aulas com Rabino Avraham Steinmetz, naregio da Faria Lima ou Vila Olmpia.

    QUAL O SIGNIFICADO DE ISRAEL PARA O JUDASMO?

    ALIMENTE SUA ALMA E SATISFAA O SEU APETITE!

    Informaes e inscries:Tel: 3087-0319 com Sarah / [email protected]

    ESCOLHA O TEMA DE SEU INTERESSE:

    Chassidut

    Crianas / Jovens

    Farbrenguen

    Histrias

    Leis Judaicas

    Mstica e Cabal

    Moral e tica

    Poro Semanal

    Talmud

    avot ubanimVenha estudar com seu filho aos domingos!

    Avot Ubanim agora em novo horrio:antes de minch, das 18h s 19hs

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    7BC NEWS

    TERA-FEIRA

    8:30 Yossi Alpern Obra milenar tica dos Pais **

    9:20 Daniel Eskinazi Provrbios de Salomo **

    10:10 Avraham Steinmetz Conceitos na parash **

    11:15 Dovber Nurkin Salmos **

    12:00 Sheila Barzilai Discursos esotricos em alto nvel **

    12:30 Avraham Steinmetz tica Talmdica ***(lunch & learn Vila Olmpia)

    17:45 Daniel Eskinazi Prdica entre as oraes da tarde

    20:30 Guershi A. Goldsztajn Entoando melodias chassdicas *

    20:30 Avraham Steinmetz Cabal (residncia em Pinheiros)

    QUARTA-FEIRA

    13:00 Avraham Steinmetz tica Talmdica ***(lunch & learn Faria Lima)

    15:00 Guershi A. Goldsztajn Preparando-se para o Bar Mitsv

    17:45 Dovber Nurkin Prdica entre as oraes da tarde

    20:00 Dov Pomeroy Anlise geral da poro semanal

    20:30 Avraham Steinmetz Voc sob o prisma da Cabal *** (Banco Daycoval)

    (At 12 de dezembro)

    21:00 Shamai Ende Curso de leis judaicas

    QUINTA-FEIRA17:30 David Lancry Consolidando adolescentes s suas eternas razes *

    (Chumash Bereshit)

    17:45 Yossi Alpern Prdica entre as oraes da tarde *

    19:00 Daniel Eskinazi Ensinamentos do Rebe (moas) **

    20:00 Eliahu Stiefelmann Bases da filosofia chassdica

    As aulas so gratuitas. Para participar, entre em contato

    previamente com o rabino responsvel pelo curso.

    Rab. Avraham Steinmetz:[email protected]

    Rab. Daniel Eskinazi: [email protected]

    Rab. David Lancry: [email protected]

    Rab. Dov Pomeroy: [email protected]

    Rab. Dovber Nurkin: [email protected]

    Rab. Eliahu Stiefelmann: [email protected]

    Rab. Guershi A. Goldsztajn: [email protected]

    Rab. Shamai Ende: [email protected]

    Rab. Shabsi Alpern: [email protected]

    Rab. Yacov Nurkin:[email protected]

    Rab. Yossi Alpern: [email protected]

    Sarah Steinmetz: [email protected]

    20:30 Avraham Steinmetz Em Busca da Alma (residncia nos Jardins)

    SEXTA-FEIRA

    7:45 Daniel Eskinazi Bblia, filosofia, leis diversas e conselhos do Rebe *

    9:00 Dovber Nurkin Trechos da poro semanal *

    17:45 Shabsi Alpern Prdica entre as oraes da tarde

    SHABAT

    8:45 Daniel Eskinazi

    Ensinamentos do Rebe (principiantes) *8:45 Shamai Ende Discursos esotricos em alto nvel (avanado) *

    11:00 Shabsi Alpern Prdica entre as oraes da manh

    12:30 Shabsi Alpern Reunio chassdica ps oraes da manh

    13:15 Shamai Ende Empolgao espiritual *

    18:35 Shabsi Alpern Ensinamentos do Rebe sobre a poro semanal

    19:35 Israel e Mendi Nurkin Atividade cultural com nossas crianas

    19:50 Shabsi Alpern tica dos Pais

    19:50 Avraham Steinmetz Ensinamentos da poro semanal **

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    SEMPRE AO SEU LADO

    DEFENDENDO A CAMISAA Copa Achdut surgiu em uma conversa com amigos sobre

    a importncia de promover a unio entre vrias sinagogas einstituies judaicas por intermdio do futebol: um campe-

    onato! Surgiu em 2009 com a Copa Chabad, e a iniciativa

    fez tanto sucesso que foi ampliada para algo mais profis-

    sional que pudesse reunir grande parte da comunidade ju-

    daica paulista por meio desse esporte.

    A Copa Achdut, para jovens acima de 18 anos, teve incio no

    1 semestre deste ano contando com a presena de vrias

    equipes, cada uma representando a sua sinagoga. No 2 se-

    mestre, estreou a Copa Achdut Junior, para garotos at 15

    anos, em que 14 instituies participaram vestindo a camisa

    de seus times. Os jogos foram realizados no Clube A He-braica, que tem dado amplo apoio iniciativa.

    Os objetivos, segundo o Rabino Sammy Lancry, organiza-

    dor desta edio, tm sido plenamente atingidos: a Copa

    proporciona aos participantes momentos de lazer e entre-

    tenimento, aproxima jovens e promove novas amizades

    num constante intercmbio.

    Nossos parabns aos jovens do Beit Chabad Central que

    defenderam as cores da nossa sinagoga, vestindo a cami-

    seta onde se lia Projeto Ps Bar Mitsv Onde sua jornada

    comea! Para mais informaes e fotos acesse: www.achdut.com.br

    Time do projeto Ps Bar Mitsv do Beit Chabad Central, com o coor-denador R. David Lancry. Da esquerda para a direita, em p: SimchaWeinberger, Andre Scemes, Maurcio Zaits, Mendi Savoia. Abaixados:Leo Scemes e Andre Rosenthal

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    9BC NEWS

    NOVA YORK:BANQUETE DO KINUS 5773/2012

    Um passado relevante, um presente ativo e um futuro promis-sor estavam todos combinados no Hotel Hilton de Nova York,

    em Manhattan quando 4.622 rabinos, shluchim, patrocinado-

    res e alguns membros das famlias lotaram as quatro salas de

    eventos no banquete de gala do Kinus Hashluchim Internacio-

    nal, Conferncia Anual de Emissrios de Chabad, domingo, dia

    11 de novembro. O congresso comeou no dia 7 de novembro,

    com dezenas de workshops e exposies. O ponto alto foi o

    banquete de encerramento.

    Havia grandes cartazes e uma apresentao especial de vdeo

    marcando o 200 aniversrio do yahrtzeit do Alter Rebe, fun-

    dador de Chabad, e o 70 ano desde a impresso da mensagemespiritual diria Hayom Yom, compilada pelo Rebe. E ali estava

    a corrente: os danos que o furaco Sandy causou ao nordeste

    apenas 2 semanas antes e a resistncia e empreendedorismo

    que os shluchim de Chabad naquelas reas demonstraram du-

    rante a tempestade e seu subsequente impacto.

    De fato, como declarou o mestre de cerimnias e responsvel

    por todo o evento, Rabino Mosh Kotlarsky, nas palavras ini-

    ciais, o banquete originalmente era para ocorrer no Brooklyn

    Cruise Terminal. A tempestade os forou a ir para o Hilton. Es-

    tamos distantes somente alguns metros, mas estamos todosjuntos, disse Rabino Kotlarsky quando o banquete foi levado

    para os outros trs sales onde os participantes se espalha-

    ram. Na verdade, o programa foi uma apresentao simult-

    nea acompanhada por todos os sales satlites e mostrado em

    todos os teles.

    Entre os depoimentos apresentados o sheliach Rabino Eli Ro-

    senfeld, de Lisboa, falou de uma melodia e proferiu palavras

    inspiradoras. Steven Solarsh, da frica do Sul, falou sobre As

    bnos do Rebe em minha vida. O convidado de honra do

    kinus foi o antigo Rabino Chefe de Israel, Yiroel Meir Lau, que

    compartilhou momentos especiais de sua vida e sua relaoespecial com o Rebe. Sua primeira yechidut, audincia particu-

    lar com o Rebe, ocorreu em 1974 e durou 2 horas e 20 minu-

    tos, no 770, durante a madrugada, .

    Rabino Lau falou que o Rebe era uma personalidade, um lder

    gigante, um pilar de fogo. Espalhou shluchim do Alasca a Mel-

    bourne, em cada canto, no mundo inteiro, para levar a mensa-

    gem de Avraham Avinu a cada judeu e nas palavras do Profeta

    Elyahu: Hashem, Hu Haelokim.

    Nas fotos, de cima para baixo: salo do banquete lotado, discurso do R.

    Meir Lau, R. Shabsi Alpern participa do jantar, presena ilustre de DuduFisher, palco principal do evento

    Fotos:collive.com

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    10 BC NEWS

    CH DA TARDENo ms de novembro atividades diversificadas animaram

    as tardes:

    A Sesso Pipoca sempre sucesso de bilheteria na salade projeo no 5 andar do Beit Chabad. Este ms o filme

    escolhido foi Os Intocveis, comdia francesa indicada ao

    Oscar de melhor filme estrangeiro de 2013. Uma tocante

    histria que deixou a plateia emocionada.

    Sonia Regina de S foi novamente escolhida para uma

    atividade de trabalhos manuais. Desta vez confeccionaram

    lindos colares montados com pedras selecionadas por So-

    nia. Ficaram to satisfeitas com o resultado que brincaram

    at de montar um bazar...

    Movimento e postura, maneiras corretas de abaixar e le-vantar-se e muitos exerccios fizeram parte de uma hora de

    atividades com a professora de ginstica, Thas Ravanelli,

    que d aulas no Clube A Hebraica e especializada em Ter-

    ceira Idade. Vinte e oito senhoras se entusiasmaram com a

    aula, ms que vem querem mais. No cardpio, para acom-

    panhar o astral saudvel, verduras e frutas; tudo bem light.

    Leitoras e amigas de algumas frequentadoras do Ch da

    Tarde tm acompanhado a pgina do grupo no BC News e

    sempre comentam ao ver a foto de uma amiga publicada

    e isso as incentiva a participar. Muitas se reencontram aps

    anos sem terem contato.

    ALEF BEIT: FEIRA DE LIVROSE OBJETOS JUDAICOS NO BEITCHABAD CENTRALO Projeto Alef Beit realizou mais uma mega exposio no

    Beit Chabad Central trazendo um vasto acervo de ttulos,

    incluindo lanamentos de livros judaicos, em hebraico e

    ingls. Diversas entidades aproveitaram para completar ou

    renovar suas bibliotecas. Crianas folheavam livros infantiscoloridos e tteis, enquanto educadores pesquisavam no-

    vas obras que poderiam ser teis e atraentes a seus alunos.

    Pais e filhos juntos buscavam livros de interesse para toda

    a famlia. Alm dos sidurim de vrios tamanhos e preos,

    uma tima opo para presentes, tambm foram procura-

    dos kipot e tsitsit bem cotados no bazar. Bug Checker, mesa

    porttil de luz para checagem de folhas, e a Kosher Lamp,

    que pode escurecer e iluminar um ambiente no Shabat, fo-

    ram alguns dos itens expostos. O evento promove preos

    atraentes, alm de reunir vrias correntes da comunidade

    em prol da educao judaica ao alcance de todos.

    Todas as senhoras da comunidade esto convidadas a participargratuitamente do grupo Ch da Tarde. Para inscrever-se s

    entrar em contato com Vanessa pelo telefone: 3087-0313 ou [email protected]

    SEMPRE AO SEU LADO

    Acima, exerccios de postura e alongamento em tarde concorrida.Abaixo, Didia Ludman, Vanessa Rosenbaum, a monitora Sonia Reginade S e Sara Kurc com os colares que confeccionaram durante oficina

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    11BC NEWS

    GASTRONOMIA

    Bolinhas debatata com queijo bom no abusar das frituras,

    mas... em honra ao milagre que

    ocorreu com o azeite em Cha-

    nuc, nesta poca do ano con-

    sumimos sem culpa (e sem exa-

    geros) alimentos fritos em leo.

    Estas bolinhas so deliciosas e

    bem adequadas para a ocasio.

    INGREDIENTES:w 1/2 kg de batatas do tipo apropriado

    para fazer nhoque

    w 4 colheres de sopa bem cheias de

    queijo parmeso ralado

    w 2 colheres de sopa de amido de

    milho

    w 2 ovos verificados

    w 200 gramas de queijo mussarela

    cortado em pequenos cubos

    w 3 ninhos de macarro cabelo de anjow Sal e pimenta do reino a gosto

    w leo para fritar

    Alternativa:Substitua o

    macarro cabelo

    de anjo por

    gergelim.

    MODO DE PREPARAR:Cozinhe as batatas em gua e sal, descasque-as e passe-as

    ainda quentes pelo espremedor.

    Acrescente o amido de milho, o queijo parmeso, um ovo, a

    pimenta do reino e o sal, misture bem, e deixe esfriar.

    Sobre uma tigela, esfarele os ninhos de macarro at que os

    fios se quebrem em pedaos bem midos. Reserve.

    Coloque o outro ovo numa pequena tigela e bata-o com um

    garfo. Enrole pequenas bolinhas com as mos, colocando umcubo de mussarela no centro de cada uma e passe-as na tigela

    com o ovo e em seguida, empane-as no macarro. Leve-as

    geladeira em uma travessa por no mnimo 2 horas.

    Frite-as aos poucos (no mais do que seis bolinhas por vez) em

    leo quente abundante.

    Retire-as, coloque-as sobre papel toalha e sirva

    imediatamente.

    Rendimento:

    De 40 a 50 unidades

    Por Dorothea Piratininga

    Fotos:NicolauPiratininga

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    12 BC NEWS

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    Gosto muito de vir, sempre tudo muito bem or-

    ganizado. Trago as crianas para respirar ar puro, uma

    opo bem bacana para vir no domingo, no me preocu-

    po com o almoo e o ambiente muito legal.

    Eida Apfelbaum

    UM DOMINGO TROPICAL EM S. LOURENO DA SERRA EM NOVEMBRO

    O Domingo no Stio acontece todo ms. Informaes sobre aprogramao de dezembro a janeiro: 3081-3081 com Mnica

    A gente sempre vem aqui no stio e no perde ne-

    nhum evento, tudo bem caprichado, a comida e as ati-

    vidades, o preo bem acessvel e quando d trazemos

    novos amigos para conhecer o stio.Sergio Sancovschy

    uma grande satisfao organizar estes maravilhosos

    eventos em que todos ficam contentes. Aproveito para

    agradecer eficiente equipe do BCC: administrao, re-

    cepo, marketing, cozinha, motoristas, funcionrios do

    sitio, s monitoras, aos doadores e aos rabinos diretores

    de Beit Chabad Central e Tsivot Hashem. Um sentimen-

    to: Felicidade, (o nome do stio) o que todos levamos

    ao voltar para casa. No percam os prximos eventos!

    Judith Kacowicz

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    14 BC NEWS

    Isto era bastante tpico de Yosef. Ele era uma pessoa que se preocupavacom os outros, mesmo que tivesse as prprias inquietaes. Quando ele

    nasceu, sua me disse: Yosef HaShem li ben acher. Acher significa um

    outro. Tambm significa um estranho. Yosef se preocupa com os outros,

    mesmo aqueles que so diferentes, e at com os que so estranhos. Ele faz

    contato com essas pessoas e as aproxima, transformando o acher em umben um filho.

    vvv

    Alguns pensam que uma pessoa sagrada vive distante da comunidade.Ali, na paz e no silncio, pode concentrar-se em fazer de si mesmo uma

    pessoa melhor. Talvez se vista de maneira diferente dos outros, ou jejue, ou

    faa uma dieta simples. Talvez no participe daquilo que ocorre fora de sua

    casa, e passe o tempo pensando e rezando.

    Mas no assim que a Tor nos ensina a sermos sagrados. Exatamente o

    oposto! A Tor nos diz para sermos sagrados, e conecta esse mandamento

    com mitsvot referentes comida, roupas, casamento, negcios, agricultu-ra e outras mais. Quando preparamos a comida da maneira que Hashem

    nos ensina, tornamo-nos sagrados. Quando compramos nossas roupas da

    maneira que Hashem nos ordena tornamo-nos sagrados. Quando con-

    duzimos nossos negcios e cultivos como Hashem deseja que faamos

    tornamo-nos sagrados.

    vvv

    Cada pessoa deveria saber o quanto especial, mas no se tornar orgu-lhosa ou descuidada. Mosh Rabeinu certamente sabia que era especial.

    Afinal, ele foi o nico a falar com Hashem face a face. Porm, Mosh eramais humilde que qualquer outra pessoa. Ele costumava dizer a si mesmo:

    Tudo que tenho presente de Hashem. Se Ele tivesse dado essas oportu-

    nidades a outro, ele certamente seria muito melhor que eu.

    Mosh Rabeinu se considerava menor e menos importante que os outros.

    por isso que h um pequeno alef na palavra Vayikra. Rashi nos diz que o cha-

    mado de Hashem a Mosh foi um sinal de carinho especial. Hashem ama as

    pessoas humildes. Como Mosh era to humilde, Hashem o chamou e deu

    a ele uma ateno especial.

    Somos todos filhos de Adam, e cada um de ns tem uma centelha de Mosh

    Rabeinu na sua alma. Para sermos to grandes como Adam deveria ter sido,

    temos de agir de maneira simples e humilde, como Mosh o fez.

    PROLASDO REBE

    Trechos extrados e adaptados do li-

    vro Please Tell Me What the Rebbe

    Said, por Malka Touger

    Rabi Menachem Mendel

    Schneerson, a personalida-

    de judaica mais fenomenalde nosso tempo , para os

    chassidim e admiradores do

    mundo todo, O Rebe.

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    15BC NEWS

    perguntas7

    RAB.ELIAHUSTIE

    FELMANN

    Seus pais so baalei teshuv. Voc acompanhou esseprocesso?

    Meus pais sempre procuraram nos oferecer uma educa-

    o diferenciada e nos colocaram em uma escola Waldorf.

    Morvamos em Santana, e apesar de meu pai no ser re-

    ligioso, construa uma suc e caminhava at o Bom Retiro

    no Shabat. Sempre nos transmitiram conceitos judaicos

    que conheciam, at perceberem que no era o suficien-

    te. Em 1991, fomos matriculados no Iavne, casherizamos a

    casa para Pssach e comeamos a frequentar o Beit Cha-

    bad Central. Nesse ano fomos para Israel e para o Rebe.

    O que mudou sua vida?

    O dlar do Rebe! Meu pai aproveitou a chance de estar na

    presena dele e falou sobre sua preocupao com nos-

    sa educao. O Rebe o aconselhou a procurar um mash-

    pia (conselheiro), a quem confiar seus questionamentos.

    Meu pai elegeu o Rabino Alpern. Estudamos na Escola

    Lubavitch e formamos a primeira turma de alunos da Ye-

    shiv Tomchei Tmimim. Foi uma grande mudana. O fo co

    de nossa educao foi baseado no amor e carinho, na bn-

    o do Rebe e no fato de meus pais sempre terem procu-rado orientao de rabinos em todos os sentidos da vida.

    Quando resolveu tornar-se um rabino?

    Descobri essa inclinao aos 13 anos. Minha experincia

    ao lado do Rabino Yehoshua Forma, sheliach no Paraguai,

    durante as Grandes Festas como chazan durante trs anos

    seguidos foi decisiva, uma grande lio de vida. Apesar de

    muitas dificuldades, ele e sua esposa Carolina eram total-

    mente dedicados sua comunidade, com vibrao, amor e

    carinho. O trabalho em aproximar jovens e cumprir a von-

    tade do Rebe foi contagiante para tornar-me um sheliach.

    Que experincias se somaram nos anos seguintes?

    Aos 15 anos tornei-me responsvel na Yeshiv Lubavitch

    por organizar grupos de alunos que visitavam famlias e

    empresrios antes do Shabat. Levavam velas para Shabat,

    colocavam tefilin, conversavam e aproximavam as pesso-

    as do judasmo. Em Chanuc alugvamos vans com alto-

    falantes que circulavam pelos bairros anunciando costu-

    mes da festa e tocando msicas tpicas. A vontade de con-

    cretizar o desejo do Rebe fez com que me envolvesse em

    vrias frentes de suas campanhas.

    O que voc fez ao retornar ao Brasil aps casar?

    Trabalhei no Beit Chabad do Brooklin por cerca de trs

    anos ajudando o rabino Yaacov Gerenstadt. Meu foco

    principal eram os jovens e o projeto Bicurei Bait, visitan-

    do famlias em seus lares em bairros como Chcara Sto.

    Antonio, Chcara Flora, Granja Julieta, Interlagos Muitas

    famlias foram aproximadas. Hoje, como rabino do Beit

    Chabad Central, sigo com essa atividade, fazendo con-

    tatos com famlias nos arredores de nossa sinagoga. Co-

    mo consequncia desse trabalho, centenas de mezuzot

    foram afixadas, vrias crianas matricularam-se em esco-las judaicas e muitas famlias passaram a frequentar nos-

    sa sinagoga.

    Como sheliach, pode nos contar algum episdio que

    ilustra esse papel?

    Anos atrs viajei por vrias cidades brasileiras em uma

    campanha para que o maior nmero de judeus pudesse

    adquirir uma letra de um sefer Tor. Permaneci durante

    trs horas em Passo Fundo, RS. Nesse intervalo, o presi-

    dente da comunidade confessou que no havia feito bar

    mitsv. No deu outra: realizei seu bar mitsv logo apsele ter convocado todos os judeus da cidade. Ele colocou

    tefilin pela primeira vez na vida aos 80 anos de idade. Ca-

    da minuto em nossas vidas precioso.

    Qual a principal lio que o Rebe introduziu em sua vida?

    A de causar um impacto positivo na vida das pessoas

    um a um: Echad echad teluktu. Quando Mashiach che-

    gar ir buscar cada judeu, onde quer que se encontre, um

    por um, e lev-lo a Israel. O Rebe j preparou esse cami-

    nho espalhando quase 4 mil shluchim nos cantos mais re-

    motos do planeta.

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

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    No palco os shows das duplas Hugo e Tia-go, Lo e Jnior animaram a plateia quevibrou e ganhou autgrafos

    16 BC NEWS

    ProjetoFelicidadeAv. Arnolfo Azevedo, 201Fone/fax: [email protected]

    Reencontro e DiversonoParque Mundo da XuxaO Projeto Felicidaderealizou o XII Encontro Anual convidando todas as crianas

    e familiares para desfrutar de um dia no Parque Mundo da Xuxa. O reencontro

    entre as famlias e participantes de cada semana ao longo destes anos, desde a

    criao do Projeto em 2001, tem sido acompanhado de muita expectativa pelo

    passeio, pela diverso e por rever os amigos.

    Brinquedos, lanches, presentes e show de artistas no palco preencheram esse

    dia para as 2.331 pessoas que marcaram presena e compartilharam momentos

    to especiais. O Projeto continua mantendo contato e dando sua mensagem o

    ano inteiro: felicidade um presente para todos.

    O Projeto Felicidade agradece a todos os parceiros, amigos e voluntrios que

    contriburam para o sucesso do evento.

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

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    17BC NEWS

    Oferecemos cinco dias

    de diverso e alegria a

    crianas com cncer

    de classes sociais menos

    favorecidas. Buscamos

    restabelecer a autoestima e a vontadede viver, fortalecendo o nimo na luta

    contra a doena.

    Dois Irmos CuradosGabriela A. (21 anos) estava

    presente com o irmo Le-

    andro (26), ambos curadosde um linfoma, e partici-

    param do Projeto h dez

    anos. Em 2003 eles eram

    pequenos quando vieram

    ao Projeto Felicidade.

    Levo sempre muitas recor-

    daes do Projeto at hoje;

    s boas - conta Leandro. Ele j casou e esta-

    va com seu filhinho de cinco anos. Totalmente

    curado, ele trabalha como mecnico e tem pla-

    nos para o futuro: Gostaria de poder ter meuprprio negcio e estar bem para poder ajudar

    os outros da mesma forma que fui ajudado.

    Na poca, tinham que realizar exames muito

    caros e lembra que voluntrios do Projeto uni-

    ram-se para cobrir os custos. O legal de tudo,

    comenta ele, que a gente nunca foi esqueci-

    do. At hoje recebo cartes e cartas do Projeto,

    tanto no meu aniversrio como em datas come-

    morativas. Ah! Tive minha festa de aniversrio

    surpresa (Kit Festa) celebrada em minha casaaos 14 anos. A gente nunca esquece.

    Gabriela deixou sua beb de dois meses aos cui-

    dados da famlia para poder participar do encon-

    tro deste ano com sua filha de trs anos. Disse

    que nunca se sentiu triste ou em depresso por

    causa da doena. Lembra que ficou abalada so-

    mente quando no pode estar na sua formatura

    do pr, to aguardada, com a possibilidade de

    ter que ser internada. A gente agradece s pes-

    soas boas que nos ajudaram declara ela.

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    Memrias

    AVENTURA ENTRE PINGUINS

    Acompanhe o desfecho da histria contada na edio de

    novembro sobre a campanha para impresso do Tanya pelo

    mundo e o incrvel desafio de imprimi-lo na Antrtida

    Por Rabino Shabsi Alpern

    D

    eixei Berlim exultante. Imagine s, conseguir imprimir

    um livro sagrado nosso na grfica oficial do partido na

    Alemanha comunista!

    Mas como j dito anteriormente, sem querer, cometi um erroterrvel: como presente de despedida, entreguei ao casal um

    pacote com nossas publicaes. Entre elas, uma revista cuja

    matria de capa tratava sobre a difcil situao em que se en-

    contravam os judeus atrs da cortina de ferro (lembrando que a

    esposa do meu primo entendia bem o idioma portugus).

    Poucas semanas depois, recebi uma carta cheia de fria, do

    primo indignado, dizendo-se enganado por mim. Naquele mo-

    mento, surgiu-me a dvida: por que o Rebe teria me indicado

    essa viagem? No demorou muito para que eu compreendesse

    que se no fosse assim, jamais teramos tido a oportunidade deimprimir o Tanya no Polo Sul.

    No voo da Alemanha para S. Paulo, o avio teve dificuldades

    para pousar e acabou descendo em Campinas. Nunca antes em

    minha vida, e nem depois, eu havia desembarcado em Viraco-

    pos. Como um bom chabadnik, perambulei pelo aeroporto

    perguntando-me: por que estou aqui?. Foi quando avistei o

    engenheiro Gheorghe F., frequentador da nossa sinagoga, que

    ofereceu-me uma carona para S. Paulo. Mal entrei no seu car-

    ro, e ele disse: o senhor no vai adivinhar com quem encon-

    trei-me ontem. Contou-me que se tratava do engenheiro Roy

    Cuglovici, filho de israelense radicado no Brasil, que construraa base brasileira na Antrtida, Comandante Ferraz (a mesma

    que este ano infelizmente foi destruda pelo fogo). Mal pude

    acreditar! Ainda sob efeito dos cem Tanyas impressos no Brasil

    e a perspectiva de faz-lo em Berlim, vislumbrei a oportunida-

    de de imprimi-lo tambm na Antrtida.

    Rumo ao Polo SulContei toda a histria a Gheorghe e pedi-lhe que levasse Roy ao

    meu escritrio no dia seguinte. Na hora marcada o engenheiro

    l estava, e logo fiz-lhe o pedido. Ele considerou a ideia um tan-

    to extica, mas aceitou a misso. E realmente trata-se de uma

    Acima, base Comandante Ferraz na Antrtida, montada por RoyCuglovici em 1982, e acometida por um incndio em fevereirode 2012. Abaixo, a sala onde foi impresso o livro Tanya

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    misso, pois imprimir o Tanya l simbolizava san-

    tificar um continente inteiro e ajudar a aperfeioar

    o estado espiritual do mundo.Porm, havia um problema: no existia na base

    uma impressora. Disse-lhe que tnhamos duas

    mquinas que foram usadas na misso das 100

    cidades brasileiras. Dei a Roy as instrues e o

    material necessrio para comear o trabalho, in-

    cluindo uma kip, pois o Rebe havia solicitado

    que ao menos uma pessoa no local da impres-

    so deveria estudar um captulo do livro.

    Vrias semanas se passaram quando, numa

    madrugada, recebi o telefonema de um amigo,

    Oscar F., radioamador que conectava-me com

    Roy, na Antrtida. Rabino, estou pronto e de

    kip. Vamos l! disse. Estudamos juntos o quinto captulo, e ele deu incio

    ao trabalho. Alguns meses depois o navio Baro de Teff voltou ao Brasil, e

    um carro preto oficial chegou ao Beit Chabad trazendo os cem exemplares do

    Tanya para serem encadernados.

    Observao do RebeFaltavam poucos dias para Purim. Apressei a encadernao dos livros e apro-

    veitei um portador que ia para Nova York e enviei um exemplar ao Rebe. Na

    noite de Purim, acabvamos de fazer a tradicional leitura da Meguil quandorecebi a ligao do secretrio do Rebe, rabino Groner, agradecendo e infor-

    mando que o Rebe comentara que o texto publicado na contracapa (printed in

    Antarctica) estava incorreto, pois o livro fora impresso em uma das bases de l.

    Rapidamente entramos em ao, reimprimindo aquela pgina com os dizeres:

    impresso na Base Comandante Ferraz, na Antrtida.

    Semanas depois, fomos a Nova York para passar Pssach com as nossas crian-

    as, que naquela poca estavam estudando l. Na vspera, tarde, em meio

    quela movimentao difcil de descrever, o Rebe chamou-me e, entre outras

    coisas, disse-me: o lugar l muito frio, mas voc o esquentou bem.

    NotaSMIAMI: H alguns anos, estando de frias em Miami, entrou no Beit Chabad que

    eu l frequentava o rabino Tiechtel, de Berlim, j unificado e livre. A primeira in-

    dagao que lhe fiz foi se o Tanya j fora impresso l. Sua resposta positiva dei-

    xou-me aliviado, pois eu sempre guardava aquela dvida na minha ficha celes-

    tial. O rabino estranhou minha pergunta, mas depois entendeu-a muito bem.

    HAVANA: Eu tambm sentia que estava faltado ainda imprimir o Tanya numa

    grfica comunista. Isso ficou resolvido quando meu filho R. Yossi, juntamente

    com R. Shlomo Levy (sobre quem falei na edio de setembro), a partir de

    1985 fizeram uma srie de viagens a Cuba e, entre vrias conquistas, impri-

    miram o Tanya na grfica oficial do partido de Havana.

    Exemplar e pgina de rosto do livro Tanyaimpresso na Antrtida

    19BC NEWS

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    20 BC NEWS

    Como voc foi parar na Antrtida?

    Meu pai tinha uma empresa de engenharia espe-

    cializada em construes modulares (conteineriza-

    das). Ele entrou numa licitao da Marinha Brasileira

    para a montagem de uma estao de pesquisa no

    Continente Antrtico, em atendimento s exigncias

    do Tratado da Antrtida, que determinava aos pasesque reivindicavam o continente que instalassem l

    uma estao de pesquisa at 1982. Vencemos a lici-

    tao em junho daquele ano e tivemos de deixar tu-

    do pronto at novembro. Foi um grande desafio, de-

    vido ao pouco tempo e s limitaes tecnolgicas e

    tambm porque s podamos trabalhar nos veres.

    Como recebeu o pedido do Rabino Shabsi Alpern,

    de imprimir o Tanya no Polo Sul?

    A ampliao da estao foi realizada nos veres de

    1983 e 84, ano em que o Rabino Alpern me convo-cou para vir ao Beit Chabad Central. Ele perguntou

    se eu tinha noo do motivo de seu chamado. cla-

    ro que eu no fazia a menor ideia. Ele explicou-me

    sobre o Tanya e a campanha do Rebe para que se

    imprimisse o livro no maior nmero de cidades do

    mundo em que houvesse um judeu, e perguntou-

    -me se eu estaria disposto a imprimi-lo em um lugar

    to improvvel. Sem pestanejar, disse que sim.

    Por que voc logo deu uma resposta positiva?

    Em milsimos de segundos passaram-me pela ca-

    bea muitas coisas que meu pai me dissera. Entre

    elas, uma que me marcou muito, ao completar onze

    anos: voc sabe que eu sou judeu e que sua me

    tambm?. Sim, j ouvi falar. E ento ele me co-

    municou que eu passaria a estudar numa escola ju-

    daica. Ante a minha surpresa, explicou: no adianta

    tentarmos esquecer ou negar que somos judeus.Isso est grudado em ns como a carne aos ossos.

    Voc no vai escola judaica por questes religio-

    sas, mas porque, se um dia algum apont-lo na rua

    chamando-o de judeu, voc saber o motivo de estar

    apanhando ou batendo.

    Disse-me que no praticvamos a religio, pois as

    atrocidades cometidas contra os judeus que ele

    presenciara durante a Segunda Guerra Mundial fi-

    zeram-no perder a f. Por outro lado, atribua a um

    milagre o fato de ele ter sobrevivido. Se no univer-

    so h bilhes de galxias e, dentre elas, bilhes desistemas solares e s h vida no nosso mundinho,

    isso no pode ser uma obra do acaso, existe a uma

    engenharia muito superior. concluiu. Lembrando

    disso, tomei o pedido do rabino como uma misso.

    Quais foram os maiores desafios para cumpri-la?

    Pedir autorizao da Marinha no foi propriamente

    uma dificuldade, mas foi bem estranho. Ningum

    entendeu sobre o que eu estava falando, mas aca-

    baram concordando. Lembrando que ns estva-

    mos ainda sob o regime militar, o material teria de

    Por Dorothea Piratininga

    ENTREVISTA

    No ano de 1982 Roy foi enviado Antrtida para instalar a ba-

    se brasileira Comandante Ferraz. Conforme descrito em suas

    Memrias (leia na pg. 18), Rabino Shabsi Alpern incumbiu-o

    da sagrada misso de imprimir o Tanya nesse local to remoto.

    ROY CUGLOVICIENGENHEIRO NA ANTRTIDA

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    Ao lado, registro da emocionante visita

    de Roy ao Beit Chabad Central, em que

    foi presenteado com um exemplar do

    Tanya impresso por ele na Antrtida h

    30 anos. Abaixo, Roy na dcada de 80

    em meio a pinguins

    21BC NEWS

    ser submetido censura prvia, mas tambm a no hou-

    ve qualquer obstculo. Difcil mesmo foi carregar a im-

    pressora, que pesava mais de 300 quilos, num bote de

    borracha do navio at a terra firme. Havamos enfrentado

    um mar revolto durante a viagem, o que danificou mui-

    tos equipamentos, inclusive a impressora. Desmontei-

    -a, arrumei as peas que pude, mas mesmo assim ela strabalhava em velocidade muito baixa. Algumas placas

    ficaram amassadas, o que retardou o tempo previsto para

    concluir o trabalho. Como estvamos no vero, no havia

    noite, ento um dos funcionrios ficara encarregado de

    informar-me quando chegava a hora do Shabat para que

    eu parasse de trabalhar.

    Aps duas semanas, finalmente terminei e avisei o rabi-

    no pelo radioamador. Naquela poca no tnhamos co-

    municao via satlite com o Brasil, e a transmisso pelo

    radioamador era muito ruim. Mas naquele dia ela estava

    excelente.Eu tinha comigo as kipot que ele me entregara juntamen-

    te com o equipamento, e tive uma ideia original. Chamei

    o comandante da base, o primeiro oficial e mais outros

    militares subalternos. Coloquei uma kip na cabea de

    cada um deles e pedi para que dissessem amm toda

    vez que eu levantasse meu polegar. Assim, recitei uma

    bno de agradecimento, e a turma dava amm nos

    momentos determinados.

    Como se sentiu aps ter cumprido essa misso?

    Algumas pginas ficaram defeituosas devido m im-

    presso, e o rabino ha-

    via me instrudo a no

    rasg-las, por se trata-

    rem de texto sagrado.

    Conforme ele pedira,

    eu as embalava para

    posteriormente enter-r-las. No dia em que

    as enterrei, senti-me

    como se estivesse num

    funeral. Ao final de tu-

    do, a sensao foi mui-

    to boa. Apesar de no

    ser uma pessoa religio-

    sa, senti que fizera algo

    de grande importncia

    para o nosso povo.

    Como voc recebeu a notcia do incndio ocorrido este

    ano na Base Comandante Ferraz?

    Fiquei muito triste, pois senti que estava queimando

    uma parte da minha histria. Afinal, foi um projeto que

    marcou muito a minha vida. Trabalhei nele dos 23 aos 27

    anos; era como se fosse um filho. muito triste ver um

    trabalho desses, que funcionou durante 29 anos, sete

    dias por semana, 24 horas por dia, ser destrudo por uma

    srie de aes erradas.

    Roy Cuglovici tem 52 anos, casado, pai de trs filhos

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    22 BC NEWS

    H muitos anos vivia em Nova York uma pobre famlia de

    judeus. O pai faleceu um ano aps o nascimento de seu

    filho, deixando a mulher sozinha para cuidar do beb. Ela

    conseguia pagar as contas fazendo faxinas e juntava o su-

    ficiente para alimentar os dois. A ocorreu uma tragdia.

    O menino ficou doente e aps minuciosos exames o m-

    dico admitiu que no podia ajud-lo e encaminhou-o a umgrande professor. Sem perder tempo a me foi consult-

    lo. Ele examinou o menino e disse: Seu filho tem uma do-

    ena fatal. Sei qual a cura e onde conseguir o remdio.

    numa farmcia a cinco quilmetros daqui. Eles so os ni-

    cos que o preparam. Voc tem dinheiro para compr-lo?

    A mulher agradeceu e declarou estar certa de que Dus

    ajudaria. Tomou um taxi at l e entregou a receita ao far-

    macutico. Ele examinou-a, ergueu o cenho e disse: Isso

    custar caro. Ela respondeu que estava disposta a assinar

    um termo comprometendo-se a limpar a farmcia todasas noites at pagar a conta. Ele aceitou, pois estava sem

    faxineira e precisava de algum. Porm, seriam apenas

    duas horas ao dia, e assim demoraria ele comeou a cal-

    cular e quando terminou, levantou os olhos um ano e

    oito meses para saldar a dvida!

    Ela concordou de imediato, e saiu de l com vrios frascos

    do remdio. Quando olhou na bolsa viu que tinha gasto o

    ltimo centavo com o txi e no sobrara nada para tomar

    um nibus. Ento comeou a andar at sua casa.

    Era uma hora de caminhada e estava escurecendo. No

    havia ningum por perto, e ela passava por um bairro umtanto perigoso. Apressou o passo, caminhou o mais rpi-

    do que pode, mas aquilo no funcionou.

    De repente, sentiu algum agarr-la pelos ombros, em-

    purr-la contra um muro e perguntar: O que voc tem

    a? Ela viu um homem enorme, que abriu-lhe a bolsa.

    Por favor, implorou ela, no tenho dinheiro. Tudo que

    tenho o remdio para meu filho. Aquilo tambm no

    funcionou.

    Remdio!? ele sorriu. Talvez seja algo bom! Ele abriu

    um dos frascos e cheirou-o. horrvel! Parece vmito!

    gritou enquanto abria os outros frascos e despejava o

    contedo sobre a cabea dela. Ento empurrou-a nova-

    mente e se foi.

    Ela levantou-se, apanhou os frascos e correu de volta

    drogaria, esperando que ainda estivesse aberta. E estava!

    Aproximou-se do balco, e quando o farmacutico a viu,

    exclamou: Meu Dus, o que houve? Sente-se. O que es-

    te cheiro?!Fui roubada e no tenho mais o remdio. D-me o papel

    que assinei e assinarei por mais um ano e oito meses.

    O farmacutico comeou a tremer. Diga-me, esse cheiro

    e a mancha no seu casaco aquele remdio?

    Sim, respondeu ela, entregando-lhe os frascos vazios.

    O farmacutico leu os rtulos, colocou a mo sobre o ros-

    to enquanto repetia: No acredito! No pode ser! Aps

    alguns minutos ele se recomps e disse: Cometi um erro

    terrvel! Eu lhe dei o remdio errado! Se seu filho tivesse

    tomado aquilo, teria morrido! loucura, mas foi um mila-

    gre que voc tenha sido assaltada! E continuou: Oua,no conte a ningum sobre isso. Eu lhe darei o remdio

    certo. Ele desapareceu na sala dos fundos e retornou

    com diversos frascos iguais aos primeiros.

    Leve o remdio de graa. Ele pegou o contrato que ela

    assinara e rasgou-o. Tirou da carteira uma cdula: Pegue

    cem dlares. Desta vez, tome um txi!

    O remdio funcionou e o menino no apenas sobreviveu,

    como cresceu e tornou-se um rabino de grande estatura:

    Rabi Mosh Sherer, presidente de Agudat Yisrael nos Es-

    tados Unidos. Ele contava essa histria em todo anivers-

    rio de falecimento de sua me.

    ACONTECEU

    EM NOVA YORK

    HISTRIA

    Ilustrao:Leandro

    Spett

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    23/32

    como acender as velas

    4 feira, 12/12

    5 feira, 13/12

    6 feira, 14/12

    sbado, 15/12

    sbado, 8/12

    domingo, 9/12

    2 feira, 10/12

    3 feira, 11/12

    S Acenda a chanukiy ao pr-do-sol. Use velas ou azeite em

    quantidade suficiente para que ardam por pelo menos 50 minu-

    tos (segundo o costume Chabad).

    S hbito acender as velas na janela que d para a rua, para pro-

    clamar a todos o milagre de Chanuc, mas a chanukiy no deve

    estar acima de 9,5 m do piso trreo. O costume Chabad colo c-la sobre uma mesa baixa, no lado esquerdo da porta de entrada,

    em frente mezuz.

    SInicialmente acenda o shamash (vela auxiliar, de preferncia de

    cera) e depois recite as bnos. Em seguida, acenda as velas da

    chanukiy com o shamash.

    SAcenda a primeira vela do lado direito da chanukiy. Na segun-

    da noite, acrescente uma nova ao lado esquerdo da primeira, e as-

    sim sucessivamente. A primeira vela a ser acesa sempre a nova,

    procedendo da esquerda para a direita (veja na figura abaixo).

    S

    Antes de acender as luzes de Chanuc na primeira noite (8/12)ou pela primeira vez, pronuncie as trs bnos, e nas noites se-

    guintes, somente as duas primeiras:

    I. Baruch At A-do-nai E-lo-hnu Mlech haolam, asher

    kideshnu bemitsvotav, vetsivnu lehadlic ner Chanuc.

    (Bendito s Tu, A-do-nai, nosso Dus, Rei do Universo, que nos

    santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou acender a

    vela de Chanuc.)

    II. Baruch At A-do-nai E-lo-hnu Mlech haolam, sheas-

    s nissim laavotnu bayamim hahm bizman haz.

    (Bendito s Tu, A-do-nai, nosso Dus, Rei do Universo, que reali-

    zou milagres para nossos antepassados, naqueles dias, corres-

    pondentes a esta poca.)

    III. Baruch At A-do-nai E-lohnu Mlech haolam, shehe-

    cheynu vekiyemnu vehiguinu lizman* haz.

    (Bendito s Tu, A-do-nai, nosso Dus, Rei do Universo, que nos deu

    vida, nos manteve, e nos permitiu chegar at a presente poca.)

    SAps acender a chanukiy, recite Hanerot Hallu (o texto en-

    contra-se no sidur).

    SNa noite de sexta-feira (14/12), acenda as luzes de Chanuc an-

    tes das velas de Shabat (19h29). A chanukiy no pode ser tocada

    ou removida depois de seu acendimento na sexta-feira at sba-

    do aps o anoitecer.

    SSbado noite (15/12) a preparao e o acendimento das velas

    de Chanuc devem ocorrer aps o anoitecer (20h28) e depois de

    recitar a Havdal (na sinagoga, antes da Havdal).

    SA luz da chanukiy sagrada e no pode ser utilizada para outrafinalidade, como leitura ou trabalho.

    SSe uma vela se apagar durante o perodo em que deveria estar

    acesa, deve ser reacendida. permitido apagar as velas aps ar-

    derem o tempo determinado (exceto na sexta-feira noite devido

    ao Shabat). Na noite seguinte, o pavio e o azeite restante podem

    ser reaproveitados.

    SEm Chanuc recita-se Al Hanissim na Bno de Graas e na

    Amid, Halel e uma leitura especial da Tor, na Prece Matinal.

    SRefeies festivas devem ser feitas com a participao de toda

    a famlia, narrando os milagres ocorridos.

    6 7 854321

    5 6321 4

    5 6 74321

    3 4 521

    2 3 41

    1 2

    321

    1

    * lizman- pronncia conforme costume Chabad

    23BC NEWS

    8 A 16 DE DEZEMBRO DE 2012

    Check-list

    de Chanuc

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    24/32

    Histrias Chassdicas

    CAMINHAR SOZINHOHavia um chassid, Reb Shlomo o Melamed, que com fre-

    quncia ia at o seu Rebe caminhando, em vez de contra-

    tar uma carroa. Quando lhe pediram para explicar essa

    preferncia, ele assim respondeu: quando algum che-

    ga ao Mundo da Verdade, o anjo Michael, cujo trabalho apresentar todos os mritos da pessoa, menciona que

    viajava at seu Rebe. Durante essa narrativa, os cavalos

    e carroas que o transportavam ao Rebe se aproximavam

    e pediam que eles tambm fossem recompensados por

    acomodar a pessoa. Como declara o Talmud, Dus d re-

    compensas a todas as criaturas.

    Eu no permitirei que um cavalo e uma carroa aleguem

    que me levaram em minhas viagens, declarou o chassid.

    Eu sou o cavalo, eu sou a carroa! Portanto, quando eu

    for at o Rebe, ser com meus prprios ps!

    FALSA APARNCIAO Rebe Rashab certa vez viu um quadro pintado por um

    artista famoso. A cena um campo semeado, um sol bri-

    lhante, plantas brotando, e um pssaro pousado no talo

    de uma planta era considerada quase viva pelos conhe-

    cedores de arte, que classificaram a pintura como uma

    obra-prima.

    Logo, porm, um fazendeiro que passava o examinou.

    Que adorvel, exclamou ele. Mas que vergonha, noparece nem um pouco verdadeiro. Quando um pssaro

    pousa sobre um talo, este se curva ligeiramente devido ao

    peso da ave. Ora, o artista aqui retratou o talo ereto mes-

    mo com o pssaro sobre ele!

    Com isso, o Rebe Rashab disse que podemos aprender

    uma lio. Algum pode parecer estar vivo em seu servio

    a Dus. Mas se lhe faltar bitul aquela inclinao perante

    a vontade de Dus em ltima anlise o servio falho.

    FAA DA PALAVRA UMA JANELAO Baal Shem Tov certa vez foi indagado sobre um deter-

    minado assunto. Ele abriu um volume do Zohar que esta-

    va na mesa, olhou e ento disse aos ouvintes tudo sobre o

    incidente envolvido. Mais tarde veio tona que as coisas

    tinham sido exatamente como ele as descrevera. Ento elefoi indagado: abrindo o Zohar e olhando ali dentro por

    um momento que voc pode dizer o que est acontecendo

    a distncia?

    O Baal Shem Tov respondeu: nossos Sbios nos ensinam

    que a luz com a qual o Todo Poderoso criou o mundo ilu-

    minou de um lado a outro do universo. Mas quando o Todo

    Poderoso viu que o mundo no era digno de usar essa luz,

    Ele a ocultou para os justos no Mundo Vindouro. Ora, per-

    guntou o Baal Shem Tov, onde Ele a escondeu? Na Tor;

    e quando algum estuda a Tor da forma mais pura, um

    caminho iluminado para ele, permitindo-lhe entender eenxergar de um lado a outro do mundo, assim como eram

    as coisas antes de Dus esconder a luz.

    SOMENTE UMA CASA DE DUSReb Meir de Premishlan certa vez foi rezar numa determi-

    nada sinagoga na Galcia que estava num estado deplorvel

    de conservao. Ele abriu a porta quebrada, olhou l dentro

    e viu os sinais de negligncia e, nas palavras do Patriarca

    Yaakov em Beth E-l, clamou: como este local est horrvel!Esta nada mais que a casa de Dus!

    Os chassidim que o rodeavam no entenderam sua inten-

    o, e presumiram que seu Rebe sem dvida tinha em

    mente alguns mistrios que, desconhecidos para eles, es-

    tavam ocultos naquelas palavras.

    Vendo que eles no o tinham entendido, ele explicou as

    palavras: como este lugar est assustador! Na verdade,

    literalmente perigoso entrar a. Esta apenas uma casa

    de Dus pois vejo que no h outros para cuidar dela, ao

    contrrio das outras casas nesta cidade, que parecem todas

    mantidas em excelente estado.

    24 BC NEWS

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    25/32

    PERGUNTE AO RABINO

    Conforme o ponto de vista do Rebe, no h explica-

    o lgica sobre essa carnificina, tendo nosso povo j

    sofrido tanto, desde o exlio no Egito, passando pela

    destruio de ambos os Templos, inquisio, cruzadas,

    pogroms etc.Dus j tinha avisado nosso patriarca Avraham: Saiba

    que teus descendentes sero estrangeiros numa terra

    que no a deles e sero escravizados e oprimidos por

    400 anos, mas Eu julgarei e punirei a nao que os es-

    cravizou, e posteriormente sairo de l com grande ri-

    queza (Bereshit 15:13-14). Nossos sbios

    no Talmud explicam que essa previso foi

    concretizada no apenas no Egito, mas

    em todas as geraes em que h aqueles

    que desejam nosso extermnio, Dus noo permita, e sempre o Santssimo, Ben-

    dito Seja, nos salva de suas mos, con-

    forme recitamos na Hagad de Pessach.

    Mesmo no entendendo os caminhos

    Divinos, devemos acreditar que no exis-

    tem acasos na direo do universo. Tudo

    o que acontece, nos mnimos detalhes,

    por mais dolorido que seja, controlado

    pelo Todo-poderoso e faz parte dos planos Dele, e Ele

    o nico que sabe o motivo, como Ele disse a Moshe,

    que O indagou por que os justos sofreriam no futuro:Fique quieto, assim subiu no Meu pensamento (Me-

    nachot 29b).

    Tudo o que foi dito acima refere-se grande tragdia

    que nosso povo testemunhou de forma geral. Mas, no

    que tange a cada uma das vtimas que foi cruelmente

    torturada ou assassinada, o enfoque bem diferente.

    O Talmud nos relata (Berachot 61b) que o renomado

    sbio talmudista Rabi Akiva foi cruelmente assassinado

    pelos romanos, sendo sua carne arrancada com grandes

    pentes de metal incandescente. Naquele momento, ele

    estava recitando o Shem Yisrael e tinha um sorriso

    na face. Os alunos ento lhe perguntaram: mestre, at

    aqui voc mantm serenidade e alegria?

    Minha vida inteira almejei cumprir o versculo que cons-

    ta no Shem: E amars teu Dus com toda tua alma, e

    agora que eu tenho a possibilidade de cumpri-lo, nodeverei fazer com alegria? respondeu ele, e esten-

    deu-se na recitao do versculo at sua alma partir com

    pureza. Escutou-se ento uma voz celestial: feliz

    voc, Rabi Akiva, que teve o mrito de sua alma sair ao

    recitar o Echad (Dus um). Feliz voc, que est con-

    vocado para o mundo vindouro.

    No h mrito maior que poder morrer

    em um ato de f, ou simplesmente por

    ser um judeu. Nem mesmo o mrito de

    ser o mestre de todo povo judeu se igua-la a este!

    Somos compostos de corpo e alma. O pri-

    meiro tem a durao de algumas dezenas

    de anos, no mximo 120. Porm, a alma

    eterna e continua sua jornada e ascen-

    ses espirituais aps desprender-se do

    corpo. Durante a vida inteira batalhamos

    para colecionar o maior nmero possvel

    de boas aes para sermos merecedores de uma posi-

    o privilegiada no paraso. Todos aqueles santos que

    entregaram suas almas no holocausto e demais mas-sacres que nosso povo passou conseguiram em um se-

    gundo muito mais que batalhamos em uma vida inteira,

    alcanando nveis espirituais inimaginveis.

    Alm disso, todas as descidas visam a uma subida

    maior. Aps o holocausto nosso povo cresceu e flo-

    resceu em todos os sentidos, e temos a absoluta cer-

    teza de que esse e todos os outros sofrimentos pelos

    quais passamos durante o exlio prolongado apenas

    uma preparao para uma enorme e maravilhosa re-

    deno, conforme prometido. Que venha para ns

    muito em breve.

    Como podemos explicar o extermnio de seis milhes dejudeus no holocausto? Onde estava Dus nesse momento?

    Por Rabino Shamai Ende

    Envie suas perguntas para [email protected]

    Todos aqueles santos

    que entregaram suas

    almas no holocausto

    conseguiram em umsegundo muito mais

    que batalhamos em

    uma vida inteira, al-

    canando nveis espi-

    rituais inimaginveis

    dus e o holocausto

    25BC NEWS

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    26/32

    26 BC NEWS

    parshiyot do ms de DEZEMBRO

    1/DEZ

    Parash VayishlachO nome da leitura desta semana da Tor, Vayishla-

    ch, est relacionado com a palavra sheliach, que

    significa emissrio. A palavra hebraica sheliach

    tambm alude consumao da misso com a qual

    todo judeu, como indivduo e como um todo, foi en-

    carregado. O valor numrico da palavra, junto com

    o nmero 10, iguala o nmero equivalente palavra

    Mashiach. Isso implica que a vinda de Mashiach re-

    quer que toda pessoa dedique os dez poderes de

    sua alma misso de tornar o mundo uma morada

    para Dus. Nossos esforos para divulgar a percep-

    o sobre Dus atravs do mundo e fazer com que

    essa percepo esteja em todo indivduo apressar

    a vinda da era em que a terra estar repleta como conhecimento de Dus como as guas cobrem o

    oceano.

    8/DEZ

    Parash VayeshevNo versculo inicial da nossa leitura da Tor: e Yaa-

    kov estabeleceu-se na terra em que seu pai pas-

    sou, Rashi comenta: Yaakov desejava viver comtranquilidade, mas o desgosto do desaparecimento

    de Yosef o atingiu. O justo deseja viver em tranqui-

    lidade, mas o Eterno, bendito seja, diz: aquilo que

    est preparado para eles no Mundo Vindouro no

    basta para os justos? Eles precisam tambm dese-

    jar tranquilidade neste mundo?

    Na superfcie, Rashi parece estar dizendo que Dus

    desaprovou o pedido de Yaakov e em retribuio o

    fez sofrer a dificuldade da separao de Yosef. Nos-

    sos Rabinos explicam, porm, que na verdade Dusqueria que o desejo de tranquilidade de Yaakov fos-

    se atendido como na verdade foi cumprido nos 17

    anos de paz que ele desfrutou no Egito.

    Portanto, Dus o submeteu a mais uma provao,

    pela qual ele poderia aperfeioar a si mesmo. Os

    problemas e o sofrimento causados pela venda de

    Yosef iniciaram um processo de refinamento pelo

    qual Yaakov por fim mereceu atingir a paz mxima,

    espiritual e material que buscava.

    15/DEZ

    Parash MiketzVoc consegue imaginar como Yosef se sentia? Ele

    ficara encarcerado durante longos anos. Dois anos

    antes, quando o mordomo do fara tinha sido apri-

    sionado, ele tinha nutrido um laivo de esperana,

    mas nada tinha se materializado.

    E ento, subitamente, as coisas mudaram. O fara

    mandou cham-lo. Ele banhou-se, recebeu roupas

    finas, e foi introduzido na sala do trono. E momen-

    tos depois, era vice-rei do Egito.

    Sim, as situaes podem mudar.

    Esta uma lio importante para ns hoje, quando

    existem aqueles que questionam como a Redeno

    se tornar uma realidade. Com o mundo to en-

    volvido em preocupaes materiais, como poss-vel que se torne sintonizado com a mensagem de

    Mashiach, para procurar o espiritual e estabelec-lo

    como prioridade? A histria de Yosef fornece uma

    resposta: o presente no precisa prevalecer para

    sempre. Quando Dus quer, tudo pode ser total-

    mente revertido.

    22/DEZ

    VayigashEsta leitura da Tor nos conta como Yaakov e sua

    famlia fizeram a jornada da Terra de Israel ao Egito

    para encontrar Yosef. Yaakov estava hesitante sobre

    deixar a Terra Santa, e foi somente quando ele rece-

    beu uma garantia de Dus que resolveu empreender

    a viagem.

    Por que ele estava hesitante? bvio. Eretz Yisrael

    a Terra Santa, a terra na qual os olhos de Dus es-

    to [concentrados] do incio ao fim do ano. certa-mente onde nosso Patriarca Yaakov gostaria de ter

    passado seus ltimos dias.

    Ento por que ele foi para o Egito? Yaakov foi ao

    Egito porque Dus assim quis. Mas por que Dus

    quis que ele fosse? E por que Ele deseja que ns,

    descendentes de Yaakov, continuemos morando no

    Egito da nossa Dispora?

    Os judeus foram criados com uma misso: fazer

    deste mundo uma morada para Dus.

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    27/32

    27BC NEWS

    Na substncia material do mundo esto encerradas

    centelhas de Divindade. Cada pedao de alimento

    que comemos, pessoa que encontramos, ou si-

    tuao que enfrentamos, mantida pela energia

    Divina. Nossa misso canalizar aquela energia eus-la para um fim positivo. Para esse propsito, os

    judeus tm vagado de continente a continente e de

    pas para pas, procurando revelar a fora de vida Di-

    vina latente nesses lugares.

    29/DEZ

    VayechiA leitura da Tor relata que antes de Yaakov falecer,

    ele disse aos filhos: renam-se e eu direi a vocs o

    que lhes acontecer no Final dos Dias.

    Nossos Sbios nos dizem que Yaakov queria dizer

    aos filhos quando Mashiach vir. Porm, Dus no

    desejava que ele revelasse essa informao e remo-

    veu dele o esprito de profecia. Percebendo isto, Ya-

    akov falou com os filhos sobre outros assuntos.

    H vrias lies nesta narrativa; a mais bvia que

    Dus no deseja que a hora da vinda de Mashiach

    seja conhecida. Alguns comentaristas explicaram

    que o motivo que isso poderia levar ao desespero.

    Se as pessoas soubessem que tero de esperar porMashiach, poderiam perder a esperana.

    Outros explicam que isso poderia tornar as pessoas

    preguiosas. Se souberem que Mashiach no vir

    at este ou aquele tempo, poderiam ficar menos in-

    clinadas a aplicar-se ao servio Divino. Para simplifi-

    car: vamos festejar enquanto ele est para chegar e

    no dia anterior, colocaremos tudo em ordem.

    Maimnides disse: espero pela sua (Mashiach)

    vinda todo dia, i.e., que qualquer dia e todo dia

    Mashiach pode vir e na verdade, esperamos ansio-

    samente que ele o faa. Portanto, no h uma datamarcada para a vinda de Mashiach.

    19 de KislevYud Tet Kislev

    uma data histrica.

    Nesse dia, h exa-

    tamente 214 anos,o grande Rabino e

    lder de seu povo,

    Rabi Shneur Zal-

    man de Liadi, foi

    libertado de uma

    priso russa, para

    onde fora levado

    acorrentado como um perigoso rebelde contra

    o Czar. Condenado por alta traio, ele enfrentou

    a morte, mas felizmente as acusaes se prova-ram falsas, e com a ajuda de Dus foi libertado.

    Rabi Shneur Zalman, na poca de sua priso, era

    o lder dos chassidim na Rssia, um dos grandes

    talmudistas e pensadores da sua poca, e seus li-

    vros e sagrados ensinamentos so estudados por

    muitos judeus em todo o mundo. Tinha mais de

    cem mil seguidores (o nmero mais tarde aumen-

    tou). Ele foi o criador de uma inovadora filosofia

    judaica Chabad, que ensina uma nova maneira

    de preservar o antigo estilo de vida judaico. Jun-

    to com ele foram tambm acusados milhares dejudeus na Rssia, e seus detratores eram pessoas

    que, em sua cegueira, no viram a luz brilhante e

    notvel que Rabi Shneur Zalman estava espalhan-

    do entre seu povo.

    No de se admirar, ento, que esse 19 dia de

    Kislev seja uma data notvel e jubilosa para os ju-

    deus em todas as partes do mundo. Eles se re-

    nem para celebrar e seguir os passos desse gran-

    de Rabino, que dedicou a vida inteira ao bem de

    seu povo, e cujos livros Tanya, Shulchan Aruch

    e muitos outros esto entre nossas maiores cria-

    es e tesouros.

    A Parash (poro semanal) lida na sinagogaparcialmente no Shabat tarde, na 2 e na 5 fei-ra de manh e depois integralmente no Shabatseguinte pela manh. bom costume estudar a Parash durante a se-mana diariamente, para isso ela subdivididaem 7 pores menores.

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

    28/32

    28 BC NEWS

    parshiyot do ms de JANEIRO

    5/JAN

    Parash SHEMOTImagine como deve ter sido boa para Mosh a vida

    no palcio do rei. Ele estava no primor da juven-

    tude, vivendo como prncipe no imprio egpcio, a

    nao mais forte e mais avanada da poca. Ele ti-nha o mundo na palma das mos. E apesar disso,

    Mosh no passava seu tempo livre surfando no

    Nilo nem escalando as pirmides, mas sim indo at

    os escravos judeus numa tentativa de entender seu

    sofrimento e ajud-los. Mosh chegou a matar um

    egpcio que estava espancando um judeu, um even-

    to que terminou lhe custando o status de prncipe e

    o exilou do Egito.

    Vemos aqui um dos motivos pelos quais Mosh

    pde desenvolver-se no lder notvel que foi. Umlder judeu deve trabalhar totalmente e com altru-

    smo pela sua nao, e ser completamente desin-

    teressado na realizao dos prprios desejos ou na

    promoo da prpria glria.

    Um lder deve lutar pelas necessidades de seu povo

    e pelo bem-estar de todos por intermdio de atos

    de amor e bondade.

    12/JAN

    Parash Vaer

    Quando a Tor escreve que o fara pediu a Moshque rezasse por ele, o fara usa a forma causati-

    va do radical atar (Exodus 8:24). Quando Mosh

    realmente reza, a Tor emprega a forma ativa (ibid.

    8:26). Por que a diferena? Rashi explica que a for-

    ma causativa que o fara usa significa aumentar a

    prece e torn-la mais longa. Por outro lado, a forma

    ativa que Mosh usa significa aumentar e intensifi-

    car o ato de rezar em si mesmo.

    Isso nos revela um segredo fascinante sobre o con-

    ceito da prece. O fara via a prece meramente como

    o pronunciamento de determinadas magias sagra-das, e a nica maneira de torn-las mais eficazes

    seria aumentar a quantidade delas. A opinio da

    Tor sobre a prece, porm, totalmente diversa. O

    principal no o texto ou a durao da prece, mas o

    ato da prece. Isso porque a prece no um mtodo

    de informar Hashem sobre as nossas necessidades,

    pois Ele j as conhece. Em vez disso, a prece uma

    maneira de aperfeioar a ns mesmos, tornando-

    nos mais merecedores de Seus presentes.

    19/JAN

    Parash bO fara presumiu que se o povo judeu estava dei-

    xando o Egito para que pudesse servir a Hashem,

    seria necessrio apenas que os homens adultos par-

    ticipassem. Baseado no seu conhecimento sobre amaioria das outras religies do mundo, ele no po-

    dia entender que lugar mulheres e crianas tinham

    no servio a Dus. Sob a perspectiva do fara, era

    como se Mosh tivesse explicitamente requisita-

    do que apenas os homens deveriam ter permisso

    de partir. Mosh respondeu que o Judasmo no

    como as outras religies. Hashem exige o servio de

    todos. Hashem nos deu uma mitsv especial de en-

    sinar a Tor aos nossos filhos e assegurar sua edu-

    cao judaica. Essa mitsv to fundamental queest includa na prece Shema que recitamos todo

    dia: vshinantam lvanecha e ensinars [a Tor]

    aos teus filhos. Ao participar em qualquer mitsv,

    devemos estar certos de incluir nossos filhos a fim

    de ensinar e transmitir nosso amor pelos manda-

    mentos de Hashem gerao seguinte.

    26/JAN

    Parash beshalach

    Embora o grande milagre da abertura do Mar Ver-melho esteja bem documentado, muitas pessoas

    no esto cientes do fator crucial que foi necessrio

    para que esse evento ocorresse. Hashem no dese-

    java realizar esse impressionante milagre at que

    Ele visse a disposio do homem para demonstrar

    a f Nele. Portanto, foi somente quando Nachshon,

    filho de Aminadav, da tribo de Jud, saltou corajosa-

    mente na gua, mostrando uma incrvel f em Ha-

    shem, que o mar realmente se abriu.

    Podemos aprender vrias lies importantes com

    Nachshon. Antes de mais nada, devemos todos sermembros ativos no servio a Hashem. No podemos

    sentar e esperar que os milagres aconteam. Ha-

    shem est disposto a fazer muitas coisas maravilho-

    sas para ns, porm devemos primeiro mostrar que

    somos merecedores, dando os passos iniciais por

    ns mesmos. Em segundo lugar, devemos enten-

    der que cada um de ns pode fazer uma diferena.

    No temos ideia de como nosso potencial realmen-

    te grande, at entrarmos em ao. isso que Ele

    deseja de ns, e cabe a ns encarar o Seu desafio.

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

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    NOSSAS ALEGRIAS

    w Parabns pelo nascimento de Pietra, filha de

    Marcio e Monica Zaitz, neta de nosso presidente

    Mauro e bisneta de Isaac Zaitz

    w Mazal tov pelo bat mitsv de Batya, filha do R.

    Ezra e Chaia Khafif

    w Parabns pelo casamento de Esther, filha do

    R. David e Simcha Azulay com R. Shalom Dovber

    filho de Yaacov e Any Orbach

    w Mazal tov pelo casamento de R. Samy, filho

    de Ruth Lancry, com Sterna, filha do R. Yossef e

    Miriam Benzecry

    Abraham Pfeferman 23 Kislev 7 dez

    Claudio Hausman 23 Kislev 7 dez

    Samuel Loda 24 Kislev 8 dez

    Joseph Lancry 25 Kislev 9 dez

    Bernardo Lichewitz 26 Kislev 10 dez

    Daniel Eskinazi 28 Kislev 12 dez

    Anchel Brand 29 Kislev 13 dez

    Hugo Wizenberg 29 Kislev 13 dez

    Moishe Savoia 1 Tevet 14 dez

    Damian Lask 2 Tevet 15 dez

    Salo Grunkraut 3 Tevet 16 dez

    Eduardo Stock 4 Tevet 17 dez

    Julio Spritzer 4 Tevet 17 dez

    Eliahu Stiefelmann 5 Tevet 18 dez

    Silvio Hepner 6 Tevet 19 dez

    Alfredo Torres 7 Tevet 20 dez

    Marcelo Schvartz 8 Tevet 21 dezMarcelo Dangot 9 Tevet 22 dez

    David Moritz 11 Tevet 24 dez

    Jacob Moritz 11 Tevet 24 dez

    Mendi Nurkin 11 Tevet 24 dez

    Sruli Nurkin 11 Tevet 24 dez

    Jaime Singer 11 Tevet 24 dez

    Akivah Steinmetz 11 Tevet 24 dez

    Michel Apsan 12 Tevet 25 dez

    Michel Metzger 14 Tevet 27 dez

    Sacha Kalmus 15 Tevet 28 dez

    ANIVERSARIANTES DE DEZEMBRO*Moshe Frenkel 21 Tevet 3 jan

    Leandro Spett 23 Tevet 5 jan

    Michel Gotlieb 24 Tevet 6 jan

    Mendi Naparstek 24 Tevet 6 jan

    Shmuli Moritz 25 Tevet 7 jan

    Lauro Brand 25 Tevet 7 jan

    Yaacov Nurkin 3 Shevat 14 jan

    Daniel Breuer 3 Shevat 14 jan

    David Andrade 4 Shevat 15 janAbro Zimberg 4 Shevat 15 jan

    Mauro Deutsch 4 Shevat 15 jan

    David Gornstein 5 Shevat 16 jan

    Avi Eskinazi 7 Shevat 18 jan

    Yossi Kuszer 7 Shevat 18 jan

    Jos Mario Grynberg 8 Shevat 19 jan

    Tufic Savoia 8 Shevat 19 jan

    Natan Rosenbaum 8 Shevat 19 jan

    Alberto Haim Fux 8 Shevat 19 jan

    Martin Lask 9 Shevat 20 jan

    Luis Steinecke 10 Shevat 21 janMendy Calderon 10 Shevat 21 jan

    Yossi Naparstek 11 Shevat 22 jan

    Henry Michaan 13 Shevat 24 jan

    Nelson Wajsbrot 14 Shevat 25 jan

    Elias Israel 20 Shevat 31 jan

    ANIVERSARIANTES DE JANEIRO*

    * Lista parcial

    Envie a data de seu aniversrio para [email protected]

    w Nasceu o filho de Yuval e

    Ilana Kapah. Mazal tov!

    w Parabns a David Nagiel e

    Bia Behar pelo noivado

    w Mazal tov pelo nascimento

    do filho de Marcelo e Greicy Susyn

    29BC NEWS

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    ParashVayshev

    AbenoamosomsdeTevet

    ChdaTarde15h

    ChdaTarde15h

    VsperadeRoshChdesh

    RoshHashandaChassidut

    Vetentalumatarnoite

    RoshChdesh

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    Farbrenguen

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    Jejumde

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    FESTADECHANUC

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    ADO

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    2diadeChanuc

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    3diadeChanuc

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    4diadeChanuc

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    5diadeChanuc

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    6diadeChanuc

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    8velasapsShabat

  • 7/23/2019 BCNews_14_dezjan

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    QUER PARTICIPAR?Dez receitas para voc fazer parte

    ENCHA SEU COFRINHONo importa quanto e sim

    quando (sempre!).Busque o seu na recepo com Lgia

    BAZAR DO PROJETOFELICIDADEAjude doando ou comprando

    itens novos e usados.

    Fale com Flvia: 3803-9898 ou

    [email protected]

    BRINDES PARA CRIANASDoe brindes e brinquedos novospara nossas crianas.

    Fale com Flvia: 3803-9898 [email protected]

    VSPERA DE FESTAS JUDAICASAo invs de mandar presentes, faa uma

    doao a algum de nossos projetos.

    Enviaremos uma carta a quem voc dedicaessa doao.Fale com Rosana: 3087-0309 ou [email protected]

    PLACA EM HOMENAGEM AENTES QUERIDOSNs afixamos na sinagoga e

    cuidamos para que o Cadish sejarecitado e luzes sejam acesas na

    data do yahrtzeit e no Yom Kipur.Fale com Dov Pomeroy: 3087-0305

    PRESENTE DE ANIVERSRIOOferea aos seus convidados a opo defazer uma doao em sua homenagem para

    o Projeto Felicidade.Fale com Flvia: 3803-9898 ou [email protected]

    KIDUSHPatrocine um kidush de Shabat

    em suas datas especiais.Fale com Sissa: 3087-0318 ou

    [email protected]

    DOAO MENSALReceba um boleto bancrio em sua casa.Fale com Rosana: 3087-0309 ou [email protected]

    Doe seus cupons e no-

    tas fiscais tomando o

    cuidado para no incluir

    o CNPJ ou CPF do com-

    prador. Devem chegar

    em nossa sede dentro do tempo hbil de se-

    rem cadastrados, ou seja, a validade at o dia20 do ms seguinte emisso dos mesmos.

    Nunca foi to fcil ajudar: s enviar seus

    cupons, de seus familiares e amigos para o

    Projeto Felicidade:

    Av. Arnolfo Azevedo, 201 Cep: 01236-030

    Mais informaes: 3803-9898

    NOTA FISCAL PAULISTASAIBA COMO DOAR!

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    ShabatShir

    TuBishvat

    LideranadoRebe

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    ChdaTarde15h

    VsperadeRoshChdesh

    ParashVaer

    RoshChdesh

    ParashB

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    ParashShemot

    AbenoamosomsdeShevat

    Tehilim

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