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Os projetos de Psicologia como ciência independente

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Os projetos de Psicologia como ciência independente

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Os projetos de Psicologia como ciência independente

O projeto de Wundt

O projeto de Titchener - Estruturalismo

A psicologia funcional - Funcionalismo

O comportamentalismo - Behaviorismo

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O projeto de WundtPara o alemão W. Wundt (1832-1920), a psicologia era uma ciência intermediária entre as ciências da natureza e as ciências da cultura.

Sua obra se estende da psicologia experimental fisiológica à psicologia social.

Objeto da psicologia : a experiência imediata.

Experiência imediata é a experiência tal como o sujeito a vive antes de se pôr a pensar sobre ela, antes de comunicá-la, antes de “conhecê-la”.

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O projeto de Wundt

Wundt não reduz a tarefa da psicologia à descrição dessa experiência subjetiva. Ele quer ir além e tenta fazê-lo de duas formas:

Método experimental - situações controladas de laboratório -processos elementares da vida mental – controlados pelo ambiente (físico) e pelo organismo (fisiológico).

Análise dos fenômenos culturais - a linguagem, os sistemas religiosos, os mitos, etc. - processos superiores da vida mental.

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O projeto de Wundt

O homem é uma unidade psicofísica.

Wundt reconhecia a existência de uma causalidade física ao lado de uma psíquica. Como as duas causalidades se ligam?

Para responder, cria duas psicologias, mas pensava que era uma só:

a) psicologia fisiológica experimental - a causalidade psíquica é reconhecida, mas o enfoque é nas ciências físicas e fisiológicas; e

b) psicologia social, cultural ou "dos povos“ - estuda os processos criativos em que a causalidade psíquica aparece com mais força.

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EstruturalismoO projeto de Titchener

Titchener (1867-1927) – foi um dos mais famosos alunos de Wundt e principal responsável pela divulgação da obra deste nos EUA.

Objeto da psicologia - experiência dependente de um sujeito.

Sujeito = puro organismo, um sistema nervoso. Abandona a experiência imediata.

Titchener não nega a existência da mente, mas também não considera sua autonomia: depende sempre e se explica completamente em termos do sistema nervoso.

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EstruturalismoO projeto de Titchener

Titchener descreve a experiência em termos psicológicos, mas a explica em termos emprestados de uma ciência natural.

Defende o paralelismo psicofísico, em que os atos mentais ocorrem lado a lado a processos psicofisiológicos.

Como a mente e o corpo andam lado a lado, é possível fazer psicologia usando exclusivamente, segundo Titchener, os métodos das ciências naturais: a observação e a experimentação

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EstruturalismoO projeto de Titchener

Auto-observação ou introspecção - os sujeitos experimentais seriam treinados para observar atentamente e descrever com total objetividade suas experiências subjetivas em situações controladas de laboratório.

Titchener abandona a obra de Wundt orientada para a psicologia social, cultural ou dos povos.

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FuncionalismoPsicologia funcional

Surge em oposição à psicologia estruturalista de Titchener.

Também situa os estudos psicológicos nas ciências naturais.

Essencialmente americana - EUA, representada por autores como J. Dewey (1859-1952), J. Angel (1869-1949), H. A. Carr(1873-1954),

William James (1842-1910) foi o principal percursor, mas seu erro foi misturar ciência com esoterismo.

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Funcionalismo Psicologia funcional

Definem a psicologia como uma ciência biológica que estuda os processos, operações e atos psíquicos como formas de interação adaptativa:

a. características orgânicas e comportamentais adequadas a sua adaptação ao ambiente.

b. capacidades de sentir, pensar, decidir, etc., o nível propriamente psíquico

Se os processos e operações mentais se expressam em comportamentos, facilmente observáveis, podemos estudar indiretamente a mente a partir dos comportamentos adaptativos.

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BehaviorismoComportamentalismo

O comportamentalismo surge no início do século XX

Surge em oposição ao Estruturalismo e ao Funcionalismo.

Watson (1878-1958) é considerado o seu fundador.

O objeto da "psicologia" científica já não é a mente (por isso o termo psicologia foi colocado entre aspas).

O objeto é o próprio comportamento e suas interações com o ambiente.

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BehaviorismoComportamentalismo

Watson abandona de vez a auto-observação.

Watson desconsidera:

i. a unidade psicofísica de Wundt - mente e corpo interagem,.

ii. paralelismo de Titchener – mente e corpo lado a lado

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BehaviorismoComportamentalismo

Tudo que faz parte da experiência subjetiva individualizada deixa de ter lugar na ciência, seja porque não tem importância, seja porque não é acessível aos métodos objetivos da ciência.

O "sujeito" do comportamento não é um sujeito que sente, pensa, decide, deseja e é responsável por seus atos:

é apenas um organismo. Semelhante a qualquer outro animal.

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Watson - o fundador do comportamentalismo,

Tal como Wilhelm Wundt, o primeiro promotor-fundador da psicologia, Watson se dedicou deliberadamente a fundar uma nova escola.

Embora sua carreira acadêmica tenha sido breve, John B. Watson foi fundamental na elaboração de uma psicologia objetiva, livre do mentalismo, e com o mesmo grau de cientificidade da física.

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Watson

Quando Watson tinha treze anos, seu pai fugiu com outra mulher.

Na infância e na juventude, Watson foi descrito como um delinquente.

Seus professores o consideravam indolente, insolente e, às vezes, incontrolável.

Se matriculou na Universidade Furman, dos batistas, em Greenville, aos dezesseis anos, decidido a ser ministro religioso.

Watson estudou filosofia, matemática, latim e grego.

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WatsonWatson recebeu o grau de mestre em 1900; nesse ano sua mãe faleceu, liberando-o do voto de tomar-se ministro.

Watson foi para a Universidade de Chicago.

Interessou-se pela psicologia, estudou neurologia, biologia e fisiologia.

Em 1903, Watson se doutorou, a pessoa mais jovem a obter um doutorado da Universidade de Chicago.

Nesse mesmo ano, Watson casou com uma de suas alunas, Mary Ickes, de 19 anos, cuja família se opôs ao casamento; seu irmão chamou Watson, que tivera vários casos com alunas, de “um patife egoísta e presunçoso”.

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WatsonWatson permaneceu como instrutor na Universidade de Chicago até 1908.

Demonstrou sua preferência por sujeitos animais.

Watson não era bom em introspecção.

Rumo na direção de uma psicologia comportamental objetiva.

Em 1908, se tomou elegível para professor-assistente em Chicago,

Recebeu a oferta de professor efetivo na Johns Hopkins, de Baltimore e aceitou.

Um ano depois da chegada de Watson, Baldwin foi obrigado a demitir-se por causa de um escândalo

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Watson

Watson levou a melhor: tomou-se chefe do departamento de psicologia e substituiu Baldwin como editor da prestigiosa Psychological Review.

Aos trinta e um anos, Watson era uma figura central da psicologia americana, no lugar certo na hora certa.

Watson era extremamente popular entre os alunos da Johns Hopkins.

Watson permaneceu obstinado, ambicioso e extremamente dedicado, chegando muitas vezes à beira da exaustão.

Expressou suas ideias publicamente, pela primeira vez, em 1908, durante uma palestra em Yale.

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Watson

Em 1913, publicou seu hoje famoso manifesto na Psychological Review(Watson, 1913), lançando oficialmente o comportamentalismo.

Behavior: Au Introduction to Comparative Psychology (O Comportamento: Introdução à Psicologia Comparada) apareceu no ano seguinte. Nesse livro, Watson defendia a aceitação da psicologia animal descrevendo as vantagens do uso de animais como sujeitos na pesquisa psicológica.

Muitos psicólogos mais jovens e alunos acharam seu atraente comportamentalismo, sem a “atmosfera de mistérios e incertezas herdada da filosofia”.

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Watson

Mary Cover Jones (1896-1987), foi aluna e mais tarde presidente da Divisão de Psicologia do Desenvolvimento da APA, lembrou o furor causado pela publicação de cada livro de Watson.

“Ele abalou os fundamentos da psicologia tradicional de linhagem europeia, e nós o recebemos de braços abertos... Ele apontou o caminho para passar de uma psicologia de gabinete à ação e à reforma, e por isso foi festejado como uma panaceia”.

Os psicólogos mais velhos não se sentiram tão cativados pelo seu programa; na verdade, a maioria rejeitou a sua abordagem.

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Watson

Watson foi eleito, aos trinta e sete anos, presidente da APA - American Psychological Association.

Em 1916, Watson se tomou consultor de pessoal de uma grande companhia de seguros e ofereceu aos alunos da área comercial da Johns Hopkins um curso sobre a psicologia da publicidade.

Na Primeira Guerra se incorporou, como major, ao Serviço de Aviação do Exército.

Passada a guerra, em 1918, começou suas pesquisas com crianças, fazendo uma das primeiras tentativas de trabalho experimental com bebês humanos.

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Watson

Psychology from the Standpoint of a Behaviorist (A Psicologia do Ponto de Vista de um Comportamentalista), foi publicado em 1919.

Um quadro completo da psicologia do comportamento os métodos e princípios para a psicologia animal - aplicáveis, ao estudo dos seres humanos.

Em 1920, Watson se apaixonou por Rosalie Rayner, sua assistente, com metade da sua idade, filha de uma família abastada e importante de Baltimore doadora da Universidade

Watson lhe escrevera algumas tórridas cartas de amor, quinze das quais foram descobertas pela sua esposa.

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WatsonAssim acabou a promissora carreira universitária de Watson. Ele foi forçado a se demitir da Johns Hopkins.

Desempregado e tendo de pagar dois terços do seu antigo salário como pensão alimentar, Watson começou uma segunda carreira profissional como psicólogo aplicado no campo da publicidade.

Fez pesquisa de porta em porta, vendeu café e fez estágio como vendedor de loja de departamentos Macy’s para aprender sobre o mundo dos negócios.

Empregando sua engenhosidade e disposição características, em três anos tornou-se vice-presidente. Em 1936, foi para outra agência, permanecendo como vice-presidente até 1945, quando se aposentou.

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WatsonEle propôs o estudo científico do comportamento do consumidor em condições de laboratório, com uma cuidadosa atenção para com as pesquisas.

Acentuou que as mensagens publicitárias tinham de ter como foco antes o estilo do que a substância, devendo dar a impressão de novas formas e imagens.

O propósito era tornar os consumidores insatisfeitos com os produtos que tinham e gerar o desejo de novos bens.

Pioneiro nos endossos de celebridades a produtos, na manipulação dos motivos, emoções e necessidades humanas, bem como no recurso a necessidades e temores básicos com o fito de vender tudo — de automóveis a sabonetes desodorantes.

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Watson

Depois de 1920, seu contato com a psicologia acadêmica foi, é claro, apenas indireto.

Ele passava grande parte do tempo defendendo o comportamentalismo diante da opinião pública.

Em 1928, publicou um livro de puericultura, Psychological Care of the Infant andChild (O Cuidado Psicológico do Bebê e da Criança).

Watson apresentou um sistema regulador, e não permissivo, de criação de filhos, coerente com sua forte posição ambientalista.

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Watson

Como educar crianças:

Os pais nunca deveriam abraçá-las e beijá-las, ou permitir que se sentem no colo.

Se não houver jeito, dê-lhes um único beijo na testa quando elas disserem boa-noite. Dê-lhes a mão pela manhã.

Passe a mão em sua cabeça quando elas se saírem extraordinariamente bem numa tarefa difícil.

O livro transformou as práticas americanas de criação de filhos e foi a obra de maior impacto publicada por Watson. Uma geração de crianças, incluindo as suas, foi educada de acordo com essas prescrições.

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Watson

O filho de Watson, James, homem de negócios da Califórnia, recordou em 1987 que o pai era incapaz de demonstrar afeição pelos filhos e que nunca os beijava ou carregava.

Ele tinha a profunda convicção de que qualquer expressão de ternura ou afeição teria um efeito prejudicial sobre nós.

James Watson fez psicanálise por seis anos depois de uma tentativa de suicídio. Seu irmão William formou-se psiquiatra e mais tarde se matou.

A mãe de James e William, Rosalie Rayner Watson, escreveu um artigo para a Parents Magazine, intitulado “Sou a Mãe dos Filhos de Um Comportamentalista”, no qual admitia um certo desacordo com as práticas de criação de filhos do marido.

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WatsonA vida de Watson sofreu urna dramática mudança em 1935, quando Rosalie morreu de uma febre tropical.

O filho James lembra: única época em que viu o pai chorar e, por um breve momento pôs os braços nos ombros dos filhos.

Em 1957, aos 79 anos, a APA lhe concedeu uma citação, louvando sua obra: “um dos determinantes vitais da forma e da substância da psicologia moderna..., o ponto de partida de linhas de pesquisa contínuas e fecundas”.

Watson foi levado onde a cerimônia seria realizada; “mas, no último minuto, recusou-se a entrar e insistiu que o filho mais velho fosse em seu lugar... Watson temia que, naquele momento, as emoções tomassem conta dele.

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Watson

No livro, A Psicologia do Ponto de Vista de um Comportamentalista, 1913, Watson discutiu:

(1) a definição e o objetivo de sua nova psicologia;

(2) suas críticas ao estruturalismo e ao funcionalismo, as psicologias da consciência;

(3) o papel dos “equipamentos hereditários e do hábito” na capacitação dos organismos para se adaptar e se ajustar ao seu ambiente;

(4) a concepção de que as ideias da psicologia aplicada são verdadeiramente científicas porque buscam leis gerais que possam ser usadas para controlar o comportamento; e

(5) a importância de manter procedimentos experimentais uniformes, tanto na pesquisa humana como na animal.

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Watson

A psicologia comportamental é um ramo puramente objetivo e experimental da ciência natural. Seu objetivo teórico é prever e controlar o comportamento.

O comportamentalismo não reconhece linha divisória entre o homem e os animais irracionais.

É chegada a hora de a psicologia desprezar toda referência à consciência.

“Fiz o melhor que pude para compreender a diferença entre psicologia funcional e psicologia estrutural. Em vez da clareza, consegui a confusão. Os termos sensação, percepção, afeição, emoção e volição são usados tanto pelos funcionalistas como pelos estruturalistas.” (Watson)

São conceitos enganosos no conteúdo e na função.

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Watson

Em primeiro lugar, os organismos, tanto humanos como animais, se ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e de hábito.

Em segundo lugar, que certos estímulos levam os organismos a dar respostas.

Dada a resposta, pode-se prever o estímulo e, dado o estímulo, pode-se prever a resposta.

“Precisamos fazer experiências semelhantes com o homem, mas com tão pouca preocupação acerca dos seus “processos conscientes”, durante a realização da experiência, quanto temos em relação aos ratos.” (Watson)

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A reação ao programa de Watson

O que havia de novo e provocador em seu programa era a sua proposta de eliminar da psicologia a mente e a consciência, os conceitos mentalistas, a especulação sobre o que poderia estar ocorrendo no cérebro e o uso da introspecção.

O comportamentalismo teve sucesso, mas foi lentamente.

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Os métodos do Comportamentalismo

Watson declarara que os métodos a serem usados seriam:

(1) a observação, com e sem o uso de instrumentos;

(2) os métodos de teste;

(3) o método do relato verbal; e

(4) o método do reflexo condicionado.

Os métodos de teste objetivo já eram usados, mas Watson propôs que os resultados tivessem o tratamento de amostras de comportamento, e não medidas de qualidades mentais.

O método do reflexo condicionado, só foi adotado em 1915, dois anos depois do início formal do comportamentalismo.

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Comportamentalismo

Percebe-se que Watson dava continuidade à tradição atomista e mecanicista estabelecida pelos racionalistas, empiristas britânicos e usada pelos estruturalistas.

Os psicólogos estudariam o comportamento humano tal como os físicos estudam o universo: decompondo-o em suas partes constituintes, os átomos ou elementos.

Todo comportamento, afirmava ele, podia ser reduzido a esses elementos vínculos estímulo-resposta (E-R).

No comportamentalismo, os sujeitos tinham um papel menos importante: tinham deixado de observar, passando a ser observados pelo experimentador.

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Comportamentalismo

No Comportamentalismo, os verdadeiros observadores eram os experimentadores,

Logo, os seres humanos sofreram uma perda de status; já não observavam, eles simplesmente se comportavam.

E quase todos podem se comportar — crianças, doentes mentais, animais.

Essa perspectiva reforçou a imagem psicológica do homem como máquina: “você põe um estímulo numa das ranhuras e sai um pacote de reações”.

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O objeto de estudo do Comportamentalismo

O objeto de estudo, ou dados primários, da psicologia têm de ser itens do comportamento: movimentos musculares ou secreções glandulares.

Atos passíveis de descrição objetiva em termos de estímulo e resposta, formação de hábito ou integração de hábito.

As respostas são classificadas de duas maneiras: (1) aprendidas ou não-aprendidas, e (2) explícitas ou implícitas.

Respostas explícitas são manifestas e, portanto, diretamente observáveis; respostas implícitas, como movimentos viscerais, secreções glandulares e impulsos nervosos, ocorrem no interior do organismo.

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A aprendizagem

Coisas que pareciam herdadas podiam ter identificada sua origem no treinamento da infância.

De acordo com Watson, o adulto é apenas um produto do condicionamento da infância.

O condicionamento se tomou um importante método de pesquisa dos comportamentalistas.

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A emoção

Watson sugeriu que as emoções eram tão-somente respostas corporais a estímulos específicos.

Um estimulo, como a presença do perigo, produz mudanças corporais internas e as respostas manifestas aprendidas apropriadas.

A emoção é uma forma de comportamento implícito em que as respostas internas se evidenciam, até um certo ponto, como manifestações físicas como o rubor ou aumentos na pulsação e na respiração.

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A emoção

Watson investigou os estímulos que produzem respostas emocionais em bebês. Ele propôs três emoções fundamentais nos bebês: medo, raiva e amor.

O medo é produzido por sons fortes e pela perda súbita de apoio;

A raiva é gerada pelo impedimento do movimento corporal; e

O amor vem de carícias na pele, embalos e afagos.

Ele acreditava que essas emoções são as únicas respostas emocionais não aprendidas. As outras respostas emocionais humanas se formam a partir dessas três por meio do processo de condicionamento.

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O pequeno Albert

Estudo experimental de Albert: um bebê de onze meses, que foi condicionado a ter medo de um rato branco que ele não temia antes das tentativas de condicionamento.

O medo foi estabelecido com a apresentação de um ruído forte (golpear uma barra de aço com um martelo) por trás de Albert sempre que o rato lhe era mostrado.

Esse medo condicionado podia ser generalizado para outros estímulos como um coelho, um casaco de pele branco e as barbas do Papai Noel.

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Condicionamento - remover os temores infantisMary Cover Jones

Peter tinha medo de coelhos, seu medo fora condicionado no laboratório.

Enquanto Peter comia, um coelho foi levado à sala, mas mantido a uma distância grande. Em várias ocasiões o coelho foi sendo progressivamente aproximado, sempre enquanto a criança comia. No final, Peter conseguia passar a mão no coelho sem demonstrar temores.

Respostas generalizadas de medo a objetos semelhantes também foram eliminadas com esse procedimento,

O estudo tem sido descrito como precursor da terapia comportamental.

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O atrativo popular do Comportamentalismo

A agitação do público decorreu da proposta de Watson de uma sociedade baseada no comportamento cientificamente modelado e controlado, livre de mitos, costumes e convenções.

“Deem-me uns dez bebês saudáveis e bem formados, e um mundo especificado por mim para criá-los, e garanto escolher um deles ao acaso e treiná-lo para ser qualquer tipo de especialista que eu selecione médico, advogado, artista, chefe de empresa e até mendigo e ladrão, pouco importando os seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, vocações e a raça dos seus ancestrais.” (Watson, 1930, p. 104).

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O surto de popularização da Psicologia

A psicologia já se tornara popular por volta dos anos 1920.

Sob a influência de Watson, diante do seu charme, carisma, capacidade de persuasão e mensagem de esperança, os americanos quase foram dominados por aquilo que alguém chamou ironicamente de “surto” de psicologia.

Boa parte do público americano estava convencida de que o caminho para a saúde, a felicidade e a prosperidade era a psicologia, e as colunas de conselhos psicológicos espocaram nos jornais diários.

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Críticas ao Comportamentalismo de Watson

McDougall e outros críticos do comportamentalismo diziam que, se a posição determinista fosse verdadeira — que os seres humanos não têm livre-arbítrio, não podendo, portanto, ser considerados responsáveis por suas ações —, não haveria esforço, empenho nem desejo de melhoria pessoal ou social.

Ninguém faria nada para evitar a guerra, combater a injustiça ou alcançar ideais pessoais ou sociais.

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Contribuições do Comportamentalismo de Watson

A contribuição primordial de Watson foi a defesa de uma ciência do comportamento totalmente objetiva.

Ele teve uma enorme influência no movimento que tomou a psicologia mais objetiva em termos de métodos e terminologia.

Embora o seu programa não tenha realizado suas ambiciosas metas, Watson tem amplamente reconhecido seu papel de fundador.

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O Surto de Popularização da Psicologia

Jovens homens e mulheres necessitam dela para avaliar suas características e capacidades mentais com vistas à escolha precoce e sábia de uma carreira...

Os homens de negócios precisam dela como ajuda na seleção de empregados; pais e educadores dela necessitam como um auxílio na criação e educação de crianças;

Todos precisam dela para garantir a mais elevada eficácia e felicidade. Não é possível conseguir essas coisas da maneira mais plena sem o novo conhecimento da mente e da personalidade que os psicólogos nos têm propiciado (Benjamin, 1986, p. 943).

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Behaviorismo pós-fundaçãoTrês fases de desenvolvimento

Primeira: Durou de 1913 até1930. O Behaviorismo iniciado por Watson não obteve destaque de imediato. Por volta de 1924 é que impregnou a psicologia americana. E, em cerca de1930, é que Watson pode se declarar vitorioso.

Segunda: Chamado de Neobehaviorismo. Vai de 1930 a 1960 e engloba, principalmente, o trabalho de Skinner dentre outros.

Terceiro: Sociobehaviorismo que vai de 1960 a 1990. Destaca-se pelo estudo dos processos cognitivos com ênfase no comportamento manifesto. Os nomes de destaque são Bandura e Rotter.

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Segundo James Mill, a mente é uma entidade passiva que sofre a ação de estímulos externos - Tabula rasa.

A pessoa responde a esses estímulos de modo automático e é incapaz de agir com espontaneidade.

James Mill não deu espaço algum para o livre-arbítrio.

Esse ponto de vista persistiu nas formas de psicologia derivadas da tradição mecanicista, principalmente o comportamentalismo de B. F. Skinner.

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A Influência do Operacionismo

O operacionismo é uma atitude ou princípio geral que tem como propósito tornar a linguagem e a terminologia da ciência mais objetivas e precisas.

Libertar a ciência de problemas que não sejam concretamente observáveis nem fisicamente demonstráveis (os chamados pseudoprobIemas).

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Neocomportamentalistas

Um ponto de consenso com a teoria de Watson foi o uso de uma base de dados comum, derivada exclusivamente de estudos sobre a aprendizagem animal.

Também concordavam com o seguinte:

(1) o núcleo da psicologia é o estudo da aprendizagem;

(2) a associação é o conceito-chave da aprendizagem;

(3) por mais complexo, todo comportamento pode ser explicado pelas leis do condicionamento; e

(4) a psicologia deve adotar o princípio do operacionismo.

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B. F. Skinner (1904-1990)Foi durante décadas o psicólogo mais influente do mundo.

Começando na década 1950, Skinner foi a grande personificação da psicologia behaviorista americana, atraia muitos seguidores.

Desenvolveu um programa para controle comportamental da sociedade, promoveu técnicas de modificação de comportamento dentre outros. Era uma celebridade nos Estados Unidos.

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A Vida de SkinnerNunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava.

Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça...

Reclamou que o colégio o obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos.

No meu último ano, eu era um rebelde declarado (Skinner, 1967, p. 392).

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A Vida de Skinner

Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico.

Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard. Nunca havia estudado psicologia.

Sobre a pós disse: “não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável” (Skinner, 1979, p. 37).

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A Vida de Skinner

Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936-1945) e na Universidade de Indiana (1945-1947).

Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, The Behavior of Organisms(O Comportamento dos Organismos), descreve os pontos essenciais do seu sistema.

Seu livro de 1953, Science and Human Behavior (Ciência e Comportamento Humano), é o manual básico da sua psicologia comportamentalista.

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B. F. Skinner (1904-1990)

O behaviorismo de Skinner representa uma renovação do behaviorismo de Watson.

Dedicava-se ao estudo das respostas.

Procurava descrever e não explicar o comportamento - sua pesquisa explicava apenas o comportamento observável.

Acreditava que a tarefa da investigação científica era estabelecer relações funcionais entre as condições de estímulo controladas pelo pesquisador e as respostas do organismo.

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B. F. Skinner (1904-1990)

Skinner escreveu sobre as figuras mecânicas dos jardins reais da Europa do século XVII e sobre a imagem mecânica dos seres humanos por elas retratada.

Sob o titulo “O Homem, Uma Máquina”, ele descrevia como suas ideias são compatíveis com essa imagem mecânica precedente.

O organismo humano, dizia Skinner, é uma máquina, e o ser humano, como qualquer outra máquina, se comporta de maneiras previsíveis e regulares em resposta às forças externas, os estímulos, que o afetam.

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Burrhus Frederick Skinner(1904-1990)O sistema de psicologia de Skinner reflete as suas próprias experiências de infância, e para ele a vida é um produto da história de reforços.

Sua vida assim foi predeterminada e organizada exatamente do modo como seus sistemas ditavam como a vida de um ser humano deveria ser.

Suas experiências estavam relacionadas exclusivamente aos estímulos do próprio ambiente.

No porão de sua casa construiu a própria caixa de Skinner, um ambiente controlado para proporcionar reforço positivo.

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B. F. Skinner (1904-1990)

Ao contrário das técnicas tradicionais o behaviorista não se preocupa em saber o que se passa na mente do paciente.

Volta-se para descrever, e não para explicar, o comportamento.

Como o experimentador não se importa com as atividades mentais dos ratos na caixa de Skinner, o foco é no comportamento aberto e no reforço.

Punição não é utilizada, é mais eficiente reforçar o desejado do que punir o não desejado.

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O Condicionamento Operante

Todo aluno de psicologia conhece a ênfase de Skinner no comportamento operante, em oposição ao respondente.

Na situação de condicionamento pavloviana, um estímulo conhecido é associado com uma resposta em condições de reforço.

A resposta comportamental é suscitada por um estímulo observável específico; Skinner dava-lhe o nome de comportamento respondente.

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O Condicionamento OperanteO comportamento operante ocorre sem nenhum estímulo externo observável; a resposta do organismo é aparentemente espontânea — no sentido de não estar relacionada com nenhum estímulo observável.

Isso não significa que não haja de fato um estímulo suscitando a resposta, mas sim que não se detecta nenhum estímulo quando da ocorrência da resposta.

Do ponto de vista dos experimentadores, não há estímulo porque eles não aplicaram nenhum e não em ver nenhum.

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O Condicionamento OperanteOutra diferença entre o comportamento respondente e o operante é que o comportamento operante opera no ambiente do organismo, ao passo que o respondente não o faz.

O cão preso a arreios no laboratório de Pavlov não pode senão responder quando o pesquisador lhe apresenta o estímulo; ele não pode agir por sua própria conta para assegurar o estímulo.

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O Condicionamento OperanteO comportamento operante do rato na caixa de Skinner, no entanto, serve de instrumento para garantir o estímulo (o alimento).

Quando pressiona a barra, o rato recebe comida; ele não recebe nenhuma comida enquanto não pressionar a barra e, assim, opera no ambiente.

Skinner deplorou o termo caixa de Skinner, usado pela primeira vez por Hull em 1933, como rótulo para o seu aparato de condicionamento operante. O termo, porém, tomou-se tão popular que está na maioria dos dicionários e é de uso aceito em psicologia.

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variável dependenteObserve-se que o comportamento do rato (pressionar a barra ou alavanca) agia sobre o ambiente e era instrumental na garantia do alimento.

A variável dependente desse tipo de experiência é simples e direta: a taxa de resposta.

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razão fixaPerspectiva de Skinner o organismo produz o meio que o determina.

IMPORTANTE ENTENDER ESTA RELAÇÃO.

Em um esquema de razão fixa, o reforço é apresentado depois de um número predeterminado de resposta, ou seja, responder 20 vezes para receber,

Os animais com esquema de:

razão fixa respondem mais rapidamente

do que com intervalo fixo, mais devagar.

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Razão fixa

A taxa mais elevada de respostas no programa de razão fixa foi considerada válida para ratos, pombos e seres humanos.

Um programa de razão fixa de pagamento é usado no comércio e na indústria quando o salário do empregado depende do número de unidades produzidas ou quando uma comissão de vendas depende do número de itens vendidos.

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WALDEN TWOWALDEN TWO - uma sociedade do futuro.

Planejou minuciosamente uma tecnologia do comportamento e queria aplicar suas descobertas feitas no laboratório à sociedade, descrevia em detalhes o funcionamento desta.

Em Walden Two descreve a vida de uma comunidade rural de mil habitantes cujo comportamento é reforçado por reforços positivos.

Retrata uma sociedade com base na suposição da semelhança entre o comportamento humano e a máquina (linha de pensamento de Galileu, Newton, chegando aos empiristas britânicos).

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Walden TwoModificação de comportamento

Sociedade de Skinner baseado no reforço positivo existe só na ficção.

Mas a modificação do comportamento humano mediante o reforço positivo é altamente aceitável, aplicada na clínica, hospitais, prisões e etc. para alterar comportamentos indesejáveis.

Funciona do mesmo modo que o condicionamento operante faz alterar o comportamento de ratos e pombas, reforçando o comportamento desejado e não reforçando o indesejado.

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A Modificação do Comportamento

Não se usa a punição; ninguém é punido por não exibir o comportamento desejado.

Em vez disso, as pessoas são reforçadas ou recompensadas quando seu comportamento sofre mudanças positivas.

Assim como Thorndike, Skinner acreditava que o reforço positivo é muito mais eficaz do que a punição na alteração do comportamento, posição sustentada por consideráveis pesquisas humanas e animais.

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B. F. Skinner - ContribuiçõesAlvo de muitas críticas, mas contribuiu muito com a psicologia.

Tinha como objetivo melhoria da vida humana.

Apesar da natureza mecanicista do seu sistema, ele era humanista, não poupava esforços para modificar ambientes do mundo real.

Esperava que a tecnologia do comportamento ajudasse a aliviar o sofrimento humano.

Sentia-se frustrado ao ver que suas ideias era populares mas não eram aplicadas de forma mais sábia e ampla.

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B. F. Skinner (1904-1990)Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com o mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes.

Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria “caixa de Skinner” — um ambiente controlado que propiciava reforço positivo.

Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor.

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Skinner

A APA concedeu-lhe o Distinguished Scientific Contribution Award em 1958, notando que “poucos psicólogos americanos tiveram um impacto tão profundo sobre o desenvolvimento da psicologia e sobre promissores psicólogos mais jovens”.

Em 1968, Skinner recebeu a Medalha Nacional de Ciência, a maior honraria conferida pelo governo dos Estados Unidos por contribuições notáveis à ciência.

Em 1971, a Fundação Psicológica Americana deu-lhe seu GoId Medal Award e ele foi capa da revista Time.

E, em 1990, Skinner foi agraciado com a Citação Presidencial por uma Vida de Contribuição à Psicologia da APA.

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Skinner

Apesar de toda a sua popularidade e influência, o comportamentalismo foi atacado por muitos psicólogos, inclusive por alguns que se identificavam como comportamentalistas.

Eles questionaram a negação total dos processos mentais ou cognitivos e formaram um novo movimento, a abordagem da aprendizagem social ou sócio-comportamentalista, que reflete a revolução cognitiva mais ampla na psicologia.

Esse movimento marca o terceiro estágio — o neo-neocomportamentalismo — do desenvolvimento do comportamentalismo.

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Skinner

Desde mais ou menos 1960, tem havido em psicologia um afastamento das “algemas restritivas do comportamentalismo na direção de uma ênfase mais flexível nos processos cognitivos” (Bruner, 1982, p. 42).

Hoje, a consciência retornou à psicologia de forma total.

Como seria de esperar, Skinner lamentou essa tendência, observando que “o Mentalismo voltou como um dilúvio... Tornou-se elegante inserir a palavra ‘cognitivo’ onde for possível” (Skinner, 1983b, p. 194).