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I&D Conheça a IntellWheels, a Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível. O projecto, criado por um grupo de investigadores da FEUP, poderá derivar em produto comercial, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras. EM FOCO Reforçar a ligação da FEUP com os seus alumni foi o ponto de partida para uma visita de uma comitiva da FEUP - acom- panhada por um grupo de jornalistas portugueses - à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Veja o retrato de uma viagem que levou a conhecer de perto o dia-a-dia dos cerca de 20 alumni que ali trabalham. À CONVERSA COM… Nesta edição do BiFEUP estivemos à conversa com o presidente da Comissão Executiva da GALP Energia. Formado na FEUP, é com orgulho que Manuel Ferrei- ra de Oliveira fala da universidade que o marcou para a vida. Mas hoje, garante, “os bons alunos recém-licenciados estão muito melhor preparados para iniciar a vida profissional”. TERCEIRO QUADRIMESTRE 2010 FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ALUMNI FEUP BRILHAM NO CERN

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A revista Engenharia é uma publicação semestral de divulgação externa das atividades da FEUP nas áreas de ensino, investigação e desenvolvimento, e de ligação ao meio socioeconómico envolvente.

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I&DConheça a IntellWheels, a Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível. O projecto, criado por um grupo de investigadores da FEUP, poderá derivar em produto comercial, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras.

EM FOCOReforçar a ligação da FEUP com os seus alumni foi o ponto de partida para uma visita de uma comitiva da FEUP - acom-panhada por um grupo de jornalistas portugueses - à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Veja o retrato de uma viagem que levou a conhecer de perto o dia-a-dia dos cerca de 20 alumni que ali trabalham.

À CONVERSA COM…Nesta edição do BiFEUP estivemos à conversa com o presidente da Comissão Executiva da GALP Energia. Formado na FEUP, é com orgulho que Manuel Ferrei-ra de Oliveira fala da universidade que o marcou para a vida. Mas hoje, garante, “os bons alunos recém-licenciados estão muito melhor preparados para iniciar a vida profissional”.

TERCEIRO QUADRIMESTRE 2010 FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ALUMNI FEUP BRILHAM NO CERN

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Procuramos engenhocas, sonhadores, futuros químicos, informáticos, metalúrgicos, inovadores. Procuramos o futuro.

WWW.FE.UP.PT/PROFISSAOENGENHEIROMAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES EM

1, 2 E 3 DE MARÇO 2011

SEMANAPROFISSÃO:ENGENHEIROSEMANA ABERTA AOS ALUNOS DO 10º, 11º E 12º ANOS

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Procuramos engenhocas, sonhadores, futuros químicos, informáticos, metalúrgicos, inovadores. Procuramos o futuro.

WWW.FE.UP.PT/PROFISSAOENGENHEIROMAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES EM

1, 2 E 3 DE MARÇO 2011

SEMANAPROFISSÃO:ENGENHEIROSEMANA ABERTA AOS ALUNOS DO 10º, 11º E 12º ANOS

SUMÁRIO

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SUMÁRIO

EDITORIAL

AGENDAFevereiro a Junho de 2011

EM FOCOReforçar a ligação da FEUP com os seus alumni foi o ponto de partida para uma visita de uma comitiva da FEUP, acompanhada por um grupo de jornalistas portugueses, à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Veja o retrato de uma viagem que levou a conhecer de perto o dia-a-dia dos cerca de 20 alumni que ali trabalham.

À CONVERSA COM… MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRANesta edição do BiFEUP estivemos à conversa com o pre-sidente da Comissão Executiva da GALP Energia. Formado na FEUP, é com orgulho que Manuel Ferreira de Oliveira fala da universidade que o marcou para a vida. Mas hoje, garante, “os bons alunos recém-licenciados estão muito melhor preparados para iniciar a vida profissional”.

INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTOConheça a IntellWheels, a Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível. Projecto poderá derivar em produto comercial, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras.

OPINIÃOMark Sanderson, Innovation Centres Manager da Universi-dade de Sheffield fala da relação entre a cidade do Porto e Sheffield, cujo mais recente exemplo de cooperação foi o Business & Innovation Network at FEUP.

FEUP POR DENTROConheça algumas actividades e momentos marcantes da FEUP realizados entre Julho de 2010 a Dezembro de 2010.

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1. O tema principal desta edição do BIFEUP é a FEUP enquanto Escola internacional. É uma excelente escolha do Conselho Editorial, na muita relevância que este tema tem para o nosso grande objectivo do desenvolvimento para os próximos anos: “Consolidar uma FEUP reconhecida como parceiro igual entre os melhores nos palcos pedagógicos e científicos internacionais e reforçar o seu estatuto de parceiro firme das empresas nacionais na mais-valia que o seu contributo representa”. São imensos os exemplos vivos da nossa vocação internacional, tanto na coope-ração com empresas e instituições académicas, como nos sinais e testemunhos de capacidade competitiva dos nossos diplomados no mercado de trabalho internacional.

No plano da cooperação institucional, nunca a FEUP teve, na sua riquíssima história, tan-tos laços de trabalho a nível internacional: (i) multiplicam-se as actividades de cooperação em investigação, resultantes das meritórias iniciativas de colegas, só possíveis pelo reconhecimento das suas competências e capacidades pelos seus pares internacionais; (ii) são inúmeras as oportunidades oferecidas aos nossos estudantes para realizarem estágios nas melhores Escolas Europeias e do Continente Americano; (iii) são inúmeras as ac-tividades formais de cooperação estratégica, con-substanciadas na participação em associações do maior nível de qualidade que existe na engenharia do Velho Continente, como são os casos da nossa participação no CESAER (Conference of Europe-an Schools for Advanced Engineering Education and Research) e no fórum DEAN (Deans and European Academics’ Network).

Complementarmente, o exemplo dos cerca de 20 alumni que desenvolvem a sua actividade em ligação com o CERN, objecto de uma reporta-gem alargada neste Boletim, ou o exemplo de capacidade e competência excepcional de carreira industrial com profundas ligações internacionais, do nosso Colega Eng. Manuel Ferreira de Oli-veira, entrevistado neste número, servem como testemunho dessa nossa vocação.

2. Não posso deixar de fazer um comentário muito forte à gravíssima situação social e econó-mica que vivemos hoje em Portugal, situação que se agravou vertiginosamente nos últimos meses e que irá perdurar por alguns anos. Não seria res-ponsável de minha parte tentar ‘adoçar ou dourar a pílula’ com palavras mais suaves. É necessário despertar consciências.

Portugal tem neste momento dois flagelos enormes - o flagelo social do desemprego e o da dívida. Temos obrigação de os atacar ao nível micro das nossas instituições. Não foi inocente a menção que fiz à qualidade do nosso trabalho, reconhecida por outrem, e à nossa capacidade de afirmação interna-cional, qualidade e capacidades que têm o rosto de todos os que aqui trabalham. Com esse reconheci-mento quis dar substância ao meu acreditar, con-victo, na nossa capacidade para vencermos todas as dificuldades com que nos deparamos e debatemos.

Na FEUP não falo de emprego ou desemprego. Falo de trabalho, isto é, das condições necessárias para o nosso desenvolvimento. Considero uma obrigação social tomar todas as medidas possíveis para man-termos os nossos principais activos desse desenvol-

Compromisso FEUP 2020:Internacionalização e Conjuntura

EDITORIAL

Edição Divisão de Comunicação e Imagem da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto [email protected]

Conselho editorial Ana Martins, Carlos Oliveira, Paulo Jesus e Raquel Pires

Redacção Ana Martins, Marina Feijó e Raquel [email protected]

Design e Produção César [email protected]

Colaboram nesta Edição:Filipe Paiva, Susana Neves, Ana Pereira, Anabela Trindade e Carlos Oliveira

PublicidadeSara Cristovã[email protected]

PropriedadeFaculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Sede FEUP, Rua Dr. Roberto Frias, 4200-465 - Porto Tel: 225 081 400Fax: 225 081 440e-mail: [email protected]: www.fe.up.pt

Impressão www.marca-ag.com Porto 01 - 2011

PeriocidadeQuadrimestral

Tiragem 4000 exemplares

Depósito legal

“ No plano da cooperação institucional, nunca a FEUP teve, na sua riquíssima história, tantos laços de trabalho a nível internacional”

vimento, que são todos os que contribuem com o seu trabalho para o progresso da FEUP. É claro que temos que reestruturar, organizar e racionalizar. É claro que não aceito ‘emprego sem trabalho’, mas há muito trabalho para fazer e vamos manter os activos necessários para esse trabalho. Relativamente à dí-vida, nós temos que fazer na FEUP o que o País tem que fazer - não gastar o que não há. Como há pouco, teremos que aumentar as receitas, diminuir as des-pesas e controlar as contas para evitar derrapagens.

Não tenho dúvida de que há alguns caminhos es-treitos para esse aumento de receitas e outros tantos por onde reduzir as despesas. É por aí que temos que ir, com todas as condicionantes de mudanças de atitude que tais opções nos possam exigir.Diz o ditado que “é quando o caminho se torna ‘duro’ que os ‘duros’ avançam mais no caminho”. Nós vamos ‘avançar mais’ no caminho. Nós vamos continuar o nosso caminho de progresso e de afirmação internacional e vamos continuar a constituir um importante activo para que Por-tugal vença esta fase histórica da sua existência como Nação livre e independente.

* Director da FEUP

Sebastião Feyo de Azevedo*

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relacionados com a economia e a política, mas também com a educação, o envelhecimento, a sustentabilidade económica, ambiental e social, a ciência, a cultura e muitos outros. A sessão é aberta a todos os estudantes, docentes e técnicos da U. Porto e público em geral.

24h BEST Engineering Competi-tion 2011

De 26 a 28 de Março, vai decorrer a 3ª edição das 24h BEST Engineering Competition, um concur-so que põe à prova não só as capacidades técnicas dos estudantes da FEUP, mas sobretudo a cria-tividade e o poder de improviso para conseguir desenvolver um protótipo “surpresa”. Tudo isto em 24 horas e recorrendo apenas a materiais de baixo custo, com capacidade de resistir a diversos tipos de testes. Além da criação de um protótipo, os estudantes podem também participar nesta competição de engenharia através do desenvol-vimento de um “case study”: o desafio passa por criar uma solução para um caso real proposto por uma empresa, tendo em conta as informações e limitações inerentes às 24 horas da competição.

12th International Conference on Durability of Building Mate-rial and Components

A FEUP foi escolhida para a organização da 12th International Conference on Durability of Building Material and Components (XII DBMC), conferên-cia de grande prestígio internacional que se realiza de 3 em 3 anos, tendo já percorrido importantes cidades do mundo. O evento terá lugar entre 12 e 15 de Abril, tendo como principal objectivo dar um novo impulso na divulgação e sistematização do conhecimento no domínio da durabilidade na construção e, simultaneamente, contribuir para um intercâmbio técnico-científico à escala mundial. As inscrições estão abertas e a decorrer online através do site do evento.

http://www.fe.up.pt/12dbmc

“MyLAND, your Land”

A FEUP e o IST, em parceria com a Universi-dade de Brasília (Brasil), vão realizar o evento - “MyLAND, your Land” 1st International Sympo-sium on Mobility, Land Use and Environmental Impacts, nos dias 20 e 21 de Junho, na FEUP. Composto por sessões paralelas, exposição de posters e workshops, este evento pretende abordar temas relacionados com as políticas de mobilidade e práticas de sustentabilidade nos transportes, o ordenamento do território, os im-pactos ambientais, o papel de entidades públicas e privadas, entre outros. O call for papers para submissão de artigos decorre até 28 de Fevereiro.

http://portomobility2011.webs.com

Semana Profissão Engenheiro

É já nos dias 1, 2 e 3 de Março, que volta a abrir as portas aos alunos e professores do ensino secun-dário para mais uma edição da “Semana Profissão: Engenheiro” (SPE 2011). Com o objectivo de po-tenciar os cursos e projectos da FEUP e mostrar o lado multidisciplinar da Engenharia, todos os anos são desenvolvidas cerca de 30 actividades para os estudantes, professores e psicólogos do ensino secundário. A SPE reúne professores, investiga-dores e estudantes da FEUP, em apresentações e demonstrações, oferecendo assim uma oportunida-de única para conhecer a Engenharia por dentro.

www.fe.up.pt/profissaoengenheiro

FEUP First Job

A Faculdade de Engenharia do Porto vai acolher, pelo 4º ano consecutivo, o “FEUP First Job”, a Feira de Emprego anual que terá lugar nos dias 29, 30 e 31 de Março. Tendo como principal ob-jectivo a promoção do contacto entre as empresas e os estudantes, este é o evento privilegiado para as empresas nacionais e internacionais se darem a conhecer à comunidade académica e estreitarem relações de cooperação. Cientes da necessidade de preparação dos estudantes para uma realidade profissional cada vez mais com-petitiva, este ano estão a ser organizadas novas actividades que possibilitem aos estudantes FEUP dar resposta aos desafios que o mundo do trabalho lhes irá colocar. Para além da presença das empresas nacionais e internacionais em stand e dos habituais workshops de empregabili-dade, apresentações das empresas (Chat Rooms) e entrevistas rápidas de recrutamento (Quick Job Hunting), a feira de emprego da FEUP conta, este ano, com a presença de um stand permanente de aconselhamento de carreira, representado por profissionais ligados a empresas de Recrutamen-to e Selecção. Também este ano, o FEUP First Job incidirá nas questões do emprego científico e da criação do próprio emprego. A Feira contará, assim, com conferências sobre empreendedoris-mo e carreira na investigação, com o objectivo de os estudantes equacionarem outras saídas profissionais. Empresas e estudantes poderão inscrever-se no site www.fe.up.pt/firstjob2011.

“Novos Paradigmas” em debate na FEUP

No próximo dia 25 de Março, a FEUP vai acolher o segundo Ciclo de debates “Novos Paradigmas”, cuja sessão será sobre “A ascensão dos BRIC e o futuro da Europa”. Os efeitos da ascensão dos BRIC na economia ocidental, em particular na economia portuguesa, o futuro para a Europa e a integração económica e política ou desmem-bramento da União Europeia serão alguns dos assuntos que vão ser debatidos por oradores convidados, estudantes e professores da FEUP. O Ciclo de Debates “Novos Paradigmas” decorre semestralmente, estando previstos temas não só

Concerto do grupo vocal “Jogo de Damas”Dia 5 de Fevereiro, no Auditório da FEUP

Concerto “Sons do Mundo”, com actuação de Encantus Coru, dirigido pelo maestro Sérgio Martins e participação especial de Mafalda Arnauth Evento organizado pelo Projecto “Porto, Bairro a Bairro” em colaboração com o Comissariado Cultural da FEUPDia 26 de Fevereiro, no Auditório da FEUP

“Open Mind” - Ciclo de cinema e debate sobre temáticas de desenvolvimento pessoal e integração socialIniciativa realizada pela Unidade de Orienta-ção e Integração da FEUP em colaboração com o Comissariado Cultural da FEUPDias 14 de Março e 4 de Abril, no Auditório da FEUP

Jazz na FEUP - Ciclo de concertosCiclo organizado em colaboração com a ES-MAE - Escola Superior de Música e das Artes do EspectáculoMarço, no Auditório da FEUP

Lançamento do Prémio Literário “Jorge de Sena” no âmbito das Comemorações do Dia Mundial do Livro e dos Direitos de AutorIniciativa organizada em colaboração com a Biblioteca da FEUPAbril

Comemoração do Dia de ÁfricaEvento realizado em colaboração com a Biblio-teca da FEUPMaio, na Biblioteca da FEUP

Concerto pela Oficina de Música da FEUPMaio, no Auditório da FEUP

AGENDA

A NÃO PERDEREVENTOS DO COMISSARIADO CULTURAL DA FEUP+ INFO:[email protected]://fe.up.pt/ccultur

Comissariado Cultural

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EM FOCO

ALUMNI FEUP BRILHAM NO CERN

Reforçar a ligação da FEUP com os seus alumni foi o ponto de partida para uma visita acompanhada por um grupo de jornalistas portugueses à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN). Veja o retrato desta viagem que levou a conhecer de perto os cerca de 20 alumni que ali trabalham.

Reportagem de Raquel PiresFotografias cedidas pelo CERN

Comitiva da FEUP foi conhecer os antigos alunos que trabalham no maior centro de aceleração de partículas do mundo

Vista do “Globe of Science and Innovation”, o Centro de Exposições do CERN

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UM CENTRO DE INVESTIGAÇÃO ABERTO AO EXTERIORDepois da Sala de Controlo do LHC segue-se o SM18. O aspecto, por fora, assemelha-se a um enorme armazém mas, depois de atravessarmos as portas que dão acesso à parte interior, percebemos a importância desta instalação onde se testaram todos os ímans que constituem o LHC. É o campo magnético gerado pela corrente eléctrica que circula nesses ímans que mantém o feixe de partículas na trajectória pretendida. Os ímans são testados em bancos de teste especiais que permitem baixar a sua tempe-ratura para valores próximos do zero absoluto, de modo a que adquiram propriedades supraconductoras. Ímans provenientes de várias partes do mundo foram testados nesta instalação antes de serem transportados para o túnel do LHC. Na mesma zona há ainda os conversores de potên-cia que alimentam esses ímans, paíneis electrónicos com informação sobre os testes em curso e até uma maquete à escala real do túnel LHC, representando 30m dos 27km de perímetro do acelerador. Pudemos tam-bém ver as chamadas cavidades RF que são os dispositivos que aceleram as partículas utilizando para tal um campo eléctrico de alta frequência. Miguel Cerqueira Bastos, 35 anos de idade, é licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela FEUP. No CERN desde 2002, lidera a secção responsável pela precisão dos conversores de potência de todo o complexo de aceleradores. Movimenta-se com bastante à-vontade pelo SM18 e responde a todas as questões que lhe vão sendo colocadas. Considera que o mais desafiante na sua actividade é poder desenvolver soluções inovadoras à medida que os projectos assim o exigem: “recente-mente temos vindo a trabalhar na medida de precisão de alta tensão para aceleradores lineares. Outro aspecto interessante é o nosso trabalho com conversores analógico-digitais, em particular Delta Sigmas, e no projecto de filtros digitais. Nos últimos tempos estamos a tentar envolvermo-nos também no desenvolvimento de algoritmos para o controlo digital dos conversores de potência”. Membro efectivo do CERN, Miguel Cerqueira Bastos lidera uma equipa de trabalho que tem noção exacta de que nada pode falhar a partir do momento em que se inicia mais um ciclo de coli-sões pelo anel do LHC: a energia eléctrica armazenada nos ímans ronda os 10GJ, e essa é uma das razões que impossibilita a presença de pes-soas no túnel de 27km e galerias anexas que compõem o LHC, quando a máquina está em funcionamento. Por todo o SM18 há posters informativos, com predominância para as línguas inglesa e francesa. Esta é uma das apostas do CERN no que toca à divulgação da ciência: em qualquer visita, seja ela de uma escola ou

O PRIMEIRO AVISO CHEGA-NOS SEM SURPRESAS, ATÉ PORQUE O LHC (Large Hadron Collider) tinha acabado de completar um ano de operações no dia anterior: “Estivemos a verificar todas as condições de segurança, incluíndo os níveis de radiação, de modo a fazermos a visita sem correr qualquer tipo de risco”, avisou-nos à chegada ao CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) o responsável de segurança da experiência ALICE, Fernando Pedro-sa, de 29 anos, antigo aluno do curso de Engenharia Mecânica da FEUP. No CERN desde 2005, Fernando Pedrosa começou por trabalhar inicialmente na parte de configuração e controlo, integração e instalação do projecto ATLAS. Passados poucos meses, começou a trabalhar em paralelo na área de segu-rança. Foi convidado para responsável de segurança da experiência ALICE e das cerca de mil pessoas envolvidas neste projecto. Na prática, o jovem alumni da FEUP está encarregue de definir a localização e os sensores dos sistemas de detecção de incêndio e gás, dar formação aos trabalhadores para intervir em condições especiais (ambientes radioactivos, trabalho em altura, etc) e definir regras de segurança que têm de ser respeitadas por toda a estru-tura que lida de perto com a experiência ALICE. “A construção de um detector como este representa desafios muito grandes ao nível tecnológico e científico, por isso tudo o que foi e é desenvolvido para operar estes fantásticos detecto-res pode ter muitas outras aplicações”, esclarece Fernando Pedrosa. Descemos cerca de 50m abaixo do solo, munidos de capacetes, uma chave de segurança ao peito, depois de termos atravessado uma câmara que per-mitia o acesso ao elevador, assim que foram cumpridos todos os requisitos de segurança. O elevador parou. Diante de nós um cenário que em tudo fazia lembrar os filmes de ficção científica. A emoção era grande, até porque sabíamos que o nosso grupo era o primeiro a descer até lá abaixo, depois de meses de experiências. O íman principal da ALICE (ver foto) ainda não esta-va aberto, mas percebia-se que estávamos perante uma estrutura enorme, considerada uma verdadeira obra-prima de engenharia. Nos rostos dos co-laboradores que se cruzavam connosco lá em baixo, notava-se uma grande satisfação: não só porque a experiência tinha corrido bem, mas porque as expectativas e os resultados analisados até ao momento indiciam que muito há ainda para fazer e descobrir. Fernando Pedrosa ressalva a importância e os objectivos destes detectores, que passam por “descobrir novos horizon-tes relacionados com a criação do Universo e verificar se os modelos actuais utilizados pela física de partículas estão correctos ou devem ser revistos e alterados”. Para a comitiva da FEUP, esta possibilidade de descer 50 metros abaixo do solo foi um dos momentos altos da viagem à Suíça: para além dos jornalistas da RTP, TSF e JN que viajaram a convite da FEUP, também Raul Vidal (director do Departamento de Engenharia Informática da FEUP), Carlos Oliveira (director dos Serviços de Imagem, Comunicação e Cooperação da FEUP) e Fernanda Correia (responsável pelos programas de Estágio e Recru-tamento) tiveram oportunidade de conhecer de perto a ALICE.

MONITORIZAR EM TEMPO REAL A ACTIVIDADE DO LHC Outro ponto de interesse para quem visita o CERN é a Sala de Controlo do LHC. O espaço é composto por ilhas, dispostas num “open space” de dimensões consideráveis. O acesso é apenas possível mediante apresen-tação de um cartão de identificação RF. Distribuídas pelas paredes de toda a sala existem écrãs de grandes dimensões que monitorizam, em tempo real, todo o complexo de aceleradores do CERN. Mário Pereira, 26 anos, licenciado em Engenharia Informática e Computação pela FEUP, está no CERN desde Março de 2007. É um dos “Software Deve-loper” do grupo “Operations”, responsável pela operação do complexo de aceleradores do CERN. “Desenvolvo aplicações de software para o controlo e configuração do LHC e aplicações de análise de dados produzidos durante as operações no acelerador”, esclarece o jovem. Insistimos um pouco para tentar perceber a que correspondiam exactamente estas funções na prática. “Em termos concretos, na vertente de controlo, a nossa função é servir o melhor possível os nossos clientes que são as quatro experiências (ALICE, ATLAS, CMS e LHCb - ver esquema). Quanto melhor for a qualidade do ‘feixe’ [de partículas] que lhes fornecermos, melhores resultados vão ser obtidos. Por outro lado, são precisas aplicações para apoiar os investigadores na análi-se dos dados produzidos pelo acelerador. Dada a quantidade de informação, é impossível realizar esta tarefa manualmente e o nosso trabalho passa por criar aplicações de software que permitem tirar conclusões e estabelecer cor-relações a partir dos dados”, explica. Com apenas 26 anos, Mário Pereira en-cara esta oportunidade de trabalhar no CERN como “única” e considera que enquanto engenheiro informático o seu trabalho não seria muito diferente se estivesse a trabalhar num banco ou numa outra empresa: “a diferença está no domínio. Quando decidi vir para cá a dúvida estava em aceitar o convite do CERN ou trabalhar numa empresa portuguesa. Na altura achei que não se recusa uma oportunidade de trabalhar no CERN”. Hoje, garante, “a FEUP é a instituição de ensino superior portuguesa com mais engenheiros no CERN”.

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Aspecto do íman pricipal da experiência ALICE

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Daniel Cunha Rodrigues mostra maquete à escala real de uma parte do túnel do LHC

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de uma comitiva governamental, a estratégia passa sempre por dar a conhecer o que ali se faz, desmistificando a ciência e o papel importante que os cientistas, investigadores e engenheiros desempenham no mundo, em particular na nossa vida de todos os dias. E como é o ambiente no CERN? Todos os alumni da FEUP são unânimes em afirmar que se trata de um local de trabalho descontraído e onde prevalece o registo informal no tratamento interpessoal. O diálogo entre os físicos e os engenheiros é uma constante e Miguel Cerqueira Bastos não tem reservas em afirmar que grande parte do trabalho desenvolvido no CERN advém dos desafios propostos pelos físicos: “na realidade podemos dizer que trabalhamos em projectos em que os clientes são os físicos, sendo que os engenheiros assumem como principal objectivo o desenvolvimento de ferramentas necessárias para as suas investigações”.

UM DOS MAIORES DESAFIOS DO CERN: ARMAZENAR E ORGANIZAR INFORMAÇÃOA visita prossegue até ao Centro de Computação. A imagem que salta aos olhos, desde logo, tem a ver com o elevado número de servidores alinhados por uma sala que reúne todas as condições para que o CERN funcione 24 horas por dia, 365 dias no ano. À quantidade de informação que diariamen-te é produzida, acresce a necessidade de armazenar todos os dados: “os serviços de vídeo do CERN são responsáveis pela estrutura de colaboração remota que suporta a actividade do LHC. Isto representa mais de 10 mil utilizadores (entre físicos e engenheiros), distribuídos por mais de 2 mil instituições, em mais de 37 países”, esclarece João Correia Fernandes, 34 anos de idade, licenciado em Eng. Electrotécnica e de Computadores pela FEUP. Está no CERN há mais de 8 anos e é responsável pelos serviços vídeo de todo o complexo, numa altura “em que o volume actual de actividade ligada ao sistema de videoconferência ultrapassa as 2500 sessões por mês, totalizando mais de 6 mil ligações” de todas as partes do mundo. João Correia Fernandes aceitou ficar no CERN depois de concluir um programa de estágio. O ambiente “é um pouco híbrido entre o universo empresarial e o meio científico”, mas o CERN é “um lugar especial”, garante. Dada a dimensão e a natureza de um centro de investigação como o CERN,

o Centro de Computação é um dos ex-libris do complexo. Com 30 anos de idade, Ricardo Brito da Rocha trabalha no desenvolvimento e manutenção de um sistema de armazenamento e gestão dos dados produzidos pelas experiências. Dado o elevado volume - na ordem das dezenas de Petabytes por ano - estes sistemas acabam por ser bastante complexos, tendo capa-cidade para gerir centenas ou milhares de servidores e discos, e de servir várias centenas de utilizadores em simultâneo. Licenciado em Engenharia Informática e de Computação, o antigo estudante da FEUP iniciou a sua experiência no CERN em Junho de 2003. Neste momento, Ricardo Brito da Rocha dedica-se ao desenvolvimento de um sistema capaz de permitir uma gestão simples de enormes quantidades de dados: “a origem partiu do facto das comunidades científicas precisarem de tratar e trocar elevadas quan-

Com idades entre os 26 e os 43 anos, os alumni da FEUP que trabalham no CERN desempenham sobretudo funções ao nível das tecnologias da informação, energia, controlo e segurança dos ace-leradores, gestão e compilação de dados produzidos diariamente no centro e ainda análise dos níveis de radiação produzidos pelos equipamentos. Uma das portas de entrada no CERN para alguns deles passou pelos programas de estágio disponibilizados pela Agência da Inovação (AdI), que mantém um contacto permanente com a Divisão de Coopera-ção da FEUP na selecção dos candidatos para o

Programas de Estágio FEUP: uma rampa de lançamento para o CERNprograma. Entre 2005/06 e 2009/10 a Faculdade de Engenharia registou um total de 281 estagiários em diferentes países do mundo. O país que acolheu mais estagiários foi a Suíça (42) sobretudo no âmbito dos estágios da AdI - CERN, ESO e ESA - seguida da Alemanha (22), Espanha (21), EUA (16), Polónia e Brasil (ambos com 15), Reino Unido e Dinamarca (ambos com 12 estágios registados). Além dos programas de estágio da AdI, a FEUP tem ainda mais 5 programas de estágio disponíveis para os estudantes: Programa IASTE, Erasmus-Estágios, Vulcanus, Leonardo da Vinci e Inov Contacto.

Fernanda Correia, responsável na FEUP pelos Pro-gramas de Estágio e Recrutamento, considera que a visita representa “um marco nas nossas actividades: não só porque permitiu estreitar os laços com o CERN, mas também porque reforçou os contactos com os antigos alunos”. Depois de algumas reuni-ões com responsáveis pelos Recursos Humanos, foi possível delinear projectos futuros com maior intervenção e participação do CERN, nomeada-mente em eventos de empregabilidade e acções promovidas pela Divisão de Cooperação da FEUP. “O aumento da presença de estudantes FEUP no maior centro de aceleração de partículas do mundo, funcionando como uma espécie de embaixadores da nossa instituição e a criação de uma rede Alumni FEUP@CERN”, foram também motivos para esta deslocação até à Suíça, refere. Já para Raul Vidal, director do Departamento de Engenharia Informática da FEUP, um dos cursos que mais alumni “exporta” para o CERN, “a conso-lidação da imagem de marca da FEUP consegue-se fazer, de uma forma sustentada e mais eficaz, com o envolvimento dos nossos alumni e por isso apoiei e me associei, desde os primeiros momentos, a esta iniciativa”. Na opinião do professor da FEUP, o facto de a maior parte dos alumni que ali trabalham desempenharem cargos relevantes dentro do CERN, “é um comprovativo da excelente qualidade do seu trabalho e da sua formação, uma mensagem que nos foi transmitida pelos Recursos Humanos do CERN, que se mostraram muito interessados em acolher um maior números de candidaturas de estudantes da FEUP”.

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“A FEUP é a instituição de ensino superior portuguesa com mais engenheiros no CERN”.

Situado entre a Suíça e a França, na proximidade de Genebra, o CERN desen-volve investigação científica sobre a origem do universo e a composição da ma-téria, no seu estado mais puro. Trata-se de um complexo de aceleradores onde partículas muito pequenas são aceleradas até uma velocidade muito próxima da luz, e detectores (ATLAS, CMS, ALICE e LHCb) que tornam as partículas “visíveis”. Fundado em 1954, o CERN engloba actualmente cerca de 6500 cientistas, representantes de 500 Universidades e mais de 80 nacionalidades.

tidades de informação todos os dias. Com o aumento da dependência do público em geral, de dados armazenados em formato digital, estes sistemas estão a tornar-se cada vez mais comuns e a sua utilização mais alargada”. O antigo estudante da FEUP admite ter tido algumas oportunidades durante a faculdade de trabalhar na área da investigação e o ambiente sempre lhe agradou - pela dinâmica e abertura de espírito. No caso do CERN, “os objec-tivos e a dimensão do centro aumentaram ainda mais a motivação, já que a oportunidade de contribuir, mesmo que apenas com uma pequena parte, para a investigação fundamental que é realizada pelos físicos das diversas experiências, era uma oportunidade a não perder”.

A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA NO CERN: UMA REALIDADE PORTUGUESAUma particularidade que muito provavelmente desconhece sobre o CERN é que a rede eléctrica do complexo científico é gerida por um produto comer-cializado pela empresa portuguesa EFACEC - o SCATEX. A rede eléctrica do CERN comporta mais de 13 mil equipamentos eléctricos (entre disjuntores, transformadores, geradores a diesel, etc) que devem ser supervisionados 24 sobre 24 horas. Uma equipa de piquete, da qual faz parte João Carlos Simões, 33 anos, licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computa-dores na FEUP, garante a disponibilidade destes sistemas durante todo o ano. O sistema da EFACEC faz a gestão dos alarmes da Sala de Controlo do LHC - consoante a avaliação permanente dos sinais e dos dispositivos, a equipa de piquete poderá ter de intervir. No CERN desde Outubro de 2002, João Carlos Simões é responsável pelos sistemas de controlo que garantem a energia nos sistemas mais críticos do CERN, quer em termos de equipa-mento, quer ao nível da segurança das pessoas. Faz parte de um grupo de trabalho que tem um contrato com a EFACEC para o fornecimento de mate-rial e suporte informático. Este sistema é constituído por sensores de terreno que recuperam estados e medidas dos diferentes equipamentos eléctricos (DAUs); computadores que concentram esta informação (RTUs) e a enviam ao servidor central de supervisão (SCATEX); e servidores redundantes que geram alarmes na sala de controlo baseados na informação recebida do terreno. “Nas áreas onde tenho trabalhado, a investigação prende-se mais com os aspectos inovadores que temos de criar para fazer face à dimensão das instalações do CERN. Especificamente na área da automação industrial, mesmo os fabricantes se deparam com problemas que apenas são desco-bertos no CERN, pois aqui os equipamentos desempenham funções que os levam até ao limite”, explica João Carlos Simões. Trabalhar desta forma traz vantagens para todos, até porque “todo este contacto e troca de experiência com os fabricantes traduz-se de certa forma numa evolução deste tipo de

sistemas que, por sua vez, vai depois ser usado ao nível da indústria”.Daniel Cunha Rodrigues é outro bom exemplo no que diz respeito à transfe-rência de tecnologia dentro do CERN. Com apenas 29 anos de idade, tem já um percurso peculiar: entrou no CERN em 2004, saiu em 2006 para trabalhar no sector privado e regressou em 2007. Antes disso, tempo ainda para uma paragem na Agência Espacial Europeia (ESA), local onde teve oportunidade de realizar o estágio académico, dando por concluída a licen-ciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores na FEUP. Depois voltou ao CERN. Está ligado à Siemens através da colaboração OpenLab, um programa que pretende avaliar e integrar tecnologia ou serviços de ponta em parceria com a indústria, tendo em atenção o trabalho realizado no CERN. “Desta forma o CERN tem acesso a tecnologia ainda não disponível no mercado, ou desenvolve mesmo certos aspectos de futuros produtos de que necessita. As empresas beneficiam da experiência e do teste de produ-tos num contexto exigente”, admite Daniel Cunha Rodrigues. A trabalhar no PVSS - acrónimo alemão para Prozessvisualisierungs- und Steuerungssys-tem - o antigo estudante da FEUP explica-nos que se trata de um sistema SCADA, que permite desenvolver aplicações de supervisão, controlo e aqui-sição de dados para processos industriais. Permanentemente em contacto com a esfera empresarial devido a este projecto, Daniel Cunha Rodrigues considera que o CERN é um local privilegiado para trabalhar: “a sua missão expressa bem o carácter único enquanto instituição: pesquisa fundamental, desenvolvimento tecnológico, colaboração internacional, formação. Porven-tura nenhuma outra instituição no mundo tem a oportunidade (e obrigação) de dar um ênfase equilibrado nestes quatro vectores, como faz o CERN”, conclui. Feliz por ter tido oportunidade de encontrar o seu caminho, não trocava esta oportunidade de estar no CERN por nenhum outro projecto, até porque o carácter único da instituição fala mais alto.

EM FOCO

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O CERN acaba de completar um ano de ope-rações com grande sucesso, destacando-se o resultado alcançado no domínio dos iões. Um dos objectivos principais passa por criar matéria no estado em que ela estava quando o universo se formou. No CERN foram recriadas as condições de temperatura e turbulência presentes nessa al-tura, à semelhança do que já tinha sido feito num acelerador norte-americano. A grande diferença é que a experiência do CERN atingiu temperaturas mais elevadas, o que permitiu confirmar que o plasma se comporta como um fluido ideal. Estas experiências, que libertam enormes quantidades de energia, permitem já reforçar uma teoria que os físicos têm tentado provar ex-perimentalmente na última década: que, nos seus primeiros milionésimos de segundo, o Universo era líquido. Mas o CERN não existe só por causa do LHC. Uma das experiências inovadoras que está a acontecer no centro chama-se CNGS - o

Um ano de actividade no CERN e a experiência dos Neutrinosacrónimo de Neutrinos do CERN para Gran Sasso (ver foto). Trata-se de uma colaboração entre o CERN e o Laboratori Nazionali del Gran Sasso (Itália) e que pretende investigar alguns dos mistérios que envolvem os neutrinos, partículas com cargas neutras e muito leves, que interagem muito pouco com a matéria. Existem 3 tipo de neutrinos: electrão, muão e tau. No entanto, os neutrinos são o camaleão do mundo das partícu-las: podem mudar de um momento para o outro. Este fenómeno ocorre quando o neutrino faz longas viagens através da matéria. Daí que seja importante investigar este fenómeno já que está directamente relacionado com a pequena massa do neutrino. O projecto CNGS envia neutrinos do muão ao Laboratori Nazionali del Gran Sasso, que fica a 739 km. Aí, duas experiências, OPERA e ICARUS esperam descobrir se alguns dos

neutrinos enviados do CERN se transformaram em neutrinos do tau. Para criar um feixe de neutrinos, protões do SPS do CERN são enviados contra um muro de grafite, o que cria partículas chamadas piãos e kaons. Estas partículas são inseridas num sistema de duas lentes magnética que focalizam as partículas num feixe paralelo em direcção a Gran Sasso. Próximo, num túnel de 1 km de comprimento, os piãos e kaons decaem em muões e neutrino do muão. No fim deste túnel um bloco de grafite e metal absorve os restantes protões, piãos e kaons que não se transforma-ram. Os muões são parados pela grafite. Assim, só os neutrinos do muão restantes continuam a sua viagem por baixo da terra até Gran Sasso. Estas experiências assumem uma importância grande no domínio da descoberta de átomos de antimatéria.

Sabia que...Tim Berners-Lee, um cientista do CERN, inventou a World Wide Web (WWW) em 1989? A Web foi originalmente concebida e desenvolvida para res-ponder à necessidade de vários cientistas, em di-ferentes partes do mundo, em partilhar pacotes de informação que diariamente eram produzidas. A ideia base que sustentou a criação da Web passava por criar uma plataforma que permitisse reunir as funcionalidades de computadores pessoais, as re-des de computadores e o hipertexto num sistema poderoso e ao mesmo tempo bastante simples de informação global. Esta primeira versão apresen-tada por Tim Berners-Lee foi aperfeiçoada em 1990 juntamente com Robert Cailliau, pioneiros no que toca à navegação na Web e à criação das primeiras ferramentas associadas à grande revolu-ção tecnológica e científica que o aparecimento da Web veio provocar em todo o mundo.

Centro de Computação do CERN

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Formado na FEUP, é com orgulho que o Presidente da Comissão Executiva da GALP Manuel Ferreira de Oliveira fala da universidade que o marcou para a vida. Mas hoje, garante, “os bons alunos recém-licenciados estão muito melhor preparados para iniciar a vida profissional”.

ENTREVISTA DE ANA MARTINSFOTOGRAFIAS CEDIDAS PELA GALP

Numa entrevista recente ao Diário Económico dizia que tem “uma dívida impagável à universida-de”. Em que medida se sente em dívida?Foi na e com a Universidade (como aluno, investigador e professor) que aprendi muito do que sei e, acima de tudo, que aprendi a estudar, a reflectir e a comunicar. Desde que me licenciei, há quase 40 anos, sempre mantive relações fru-tíferas com a Universidade; sem dúvida alguma, devo muito do que sou a esta Instituição.

Na altura afirmava também que “os jovens que hoje admitem na Galp Energia são melhores” do que os do seu tempo. O que o leva a ter essa percepção?Trata-se de uma afirmação objectiva. Hoje os bons alunos recém-licenciados estão muito me-lhor preparados para iniciar a vida profissional do que eu estava quando me licenciei.

Formou-se em 1971, em Engenharia Electrotéc-nica, na FEUP, com opção Energia. Na altura a GALP já era uma empresa onde gostaria de vir a trabalhar um dia?O focus na Energia sempre acompanhou a minha vida académica e profissional. Ao longo de uma carreira longa os desafios que escolhemos vão evoluindo de acordo com as oportunidades que criamos. Liderar a maior empresa de energia do país nunca foi para mim uma ambição.

Quase 40 anos depois, volta também à faculdade, para assinar o protocolo através do qual a FEUP passará a integrar o programa de bolseiros Galp 20-20-20. Quais são, na sua opinião, as mais--valias que um jovem engenheiro FEUP pode dar à GALP?A injecção de sangue novo é essencial em qual-quer organização e sobretudo numa empresa sujeita a uma concorrência crescente em todas as fases da cadeia de valor, o que a obriga a ser cada vez mais eficiente e inovadora naquilo que faz. E não há melhor forma de inovar do que abrir as fileiras a gente nova altamente qualificada como o são os jovens formados actualmente pelas melhores universidades portuguesas, como é o caso da FEUP.

Para além de participar no programa 20-20-20, a FEUP e a GALP também integram o Programa Doutoral em Engenharia da Refinação, Petroquí-mica e Química (EngIQ). Quais são os principais factores de inovação deste curso?Este curso é exemplar no relacionamento da Galp Energia com a academia, que tem sido uma preocu-pação fundamental da empresa. No essencial, o pro-grama EngIQ permite que quem trabalha nas áreas da investigação e desenvolvimento na Galp Energia possa obter reconhecimento académico pela sua pesquisa. Por outro lado, possibilita que a empresa consiga colocar os melhores recursos intelectuais ao serviço das necessidades específicas da empresa, com vantagens evidentes, tanto para a Galp Energia como para os seus parceiros académicos.

À CONVERSA COM MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

“ DEVO MUITO DO QUE SOU A ESTA INSTITUIÇÃO”

Manuel Ferreira de Oliveira, Presidente da Comissão Executiva da GALP

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À CONVERSA COM MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

Esta edição do Boletim Informativo tem como tema principal a FEUP enquanto escola interna-cional, cujos estudantes e docentes estão prepa-rados para trabalhar e investigar além fronteiras. Revê-se nesta imagem? De que forma?Ao longo da minha carreira, assumi responsa-bilidades em empresas de países como o Reino Unido, Suécia, Alemanha, Holanda ou Venezuela. Em todos os cargos que ocupei, foi essencial a preparação académica que recebi na FEUP. Essa experiência internacional de convivência - e concorrência - com os melhores do mundo foi extremamente enriquecedora para mim e é ainda mais importante no mundo actual. Hoje, qualquer empresa com ambição tem de olhar para as opor-tunidades onde quer que elas existam. Um gestor que pense poder refugiar-se destas forças globais entrincheirando-se no seu mercado doméstico está condenado ao insucesso.

Para além do seu carácter internacional, que a leva a estar presente em 13 países, a GALP prima pelas preocupações com a sustentabilidade energética. Quais as principais linhas de acção da empresa nesta área?As preocupações ambientais fazem parte do ADN da Galp Energia e manifestam-se em todos os as-pectos da vida da empresa. Esta é uma tendência a que se assiste em quase todos os sectores, mas numa empresa como a Galp Energia, até pela natureza da sua actividade, é levada ao extremo. As questões ambientais manifestam-se desde logo ao nível da melhoria permanente dos processos internos. No próximo ano, por exemplo, entrará em funcionamento a central de cogeração de Matosinhos, que replica uma central irmã que já funciona em Sines e que, no seu conjunto representam um investimento na ordem dos 170 milhões de euros. Ambas produzem electricidade e vapor a partir da combustão de gás natural, com uma redução das emissões de CO2 a nível nacional em um milhão de toneladas. As duas centrais integram-se num projecto de melhoria da eficiência energética das duas refinarias que permitirá poupar, a partir de 2011, o equivalente a 153 mil toneladas de petróleo por ano, ou seja, a carga de um petroleiro de dimensão média.Para além disso, a Galp Energia assume as suas responsabilidades na mobilização da sociedade

para a adopção de comportamentos mais racio-nais na utilização da energia com a promoção de programas que vão desde a partilha de viaturas à reabilitação de ciclovias, programas pedagógicos nas escola, o lançamento de uma unidade de negócio dedicada a promover a optimização dos custos energéticos dos nossos clientes – a Galp Soluções de Energia – e muitos outros.A Galp Energia está igualmente envolvida na área das energias renováveis, liderando o consórcio Ventinveste (que se encontra a desenvolver um projecto para a instalação de parques eólicos com capacidade de até 480 MW) e promovendo dois ambiciosos projectos na área dos biocombustíveis que incluem extensas plantações – de jatropha em Moçambique e de palma no Brasil, este em parceria com a Petrobras.

Formou-se com 17 valores e construiu uma sólida carreira exactamente na sua área de especializa-ção. Sendo um exemplo a seguir, que conselhos deixa aos nossos estudantes na construção do seu futuro?Estudar muito e bem, trabalhar com entusiasmo, ser exigente consigo próprio, partilhar o seu conhecimento e experiência com os colegas, criar oportunidades de crescimento profissional e aproveitar todos os desafios ao seu alcance.

Manuel Ferreira de Oliveira é o Presidente Executivo da Galp Energia, Vice-Presidente do Conselho de Administração e responsá-vel pelos seguintes serviços corporativos: Estratégia de Recursos Humanos, Relações com Investidores e Comunicação Externa, Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilida-de, Planeamento Estratégico, Gabinete de Engenharia e Projectos (incluindo o Projecto de Conversão) e Gabinete Espanha, projecto de integração. Manuel Ferreira de Oliveira é membro do Conselho de Administração e administrador executivo da Galp Energia desde Abril 2006.

Antes de ingressar na Galp Energia, foi Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. entre 2000 e 2006, Presidente do Conselho de Administração e Presidente Executivo da Petrogal de 1995 a 2000, de 1980 a 1995 teve responsabilida-des executivas na Lagoven, S.A. (participada da Petróleos de Venezuela, S.A. – PDVSA, ex-Creole Petroleum Corporation, subsidiária da Exxon), nas áreas de Produção, Refina-ção, Comércio Internacional e Planeamento Corporativo, incluindo responsabilidades como CEO e/ou membro do Conselho de Administração da BP Bitor Energy (Londres), Nynäs Petroleum (Estocolmo), Ruhr Oil (Dusseldorf) e PDV Serviços (Haia). Entre outras funções não executivas que exerce é, actualmente, vice-presidente do conselho geral da Universidade do Porto.

Ferreira de Oliveira é licenciado em Enge-nharia Electrotécnica pela Faculdade de En-genharia da Universidade do Porto, possui o grau de Master of Science (MSc) em Energia pela Universidade de Manchester, é Dou-torado (PhD) também na área de Energia pela mesma Universidade e obteve o grau de Professor Agregado pela Universidade do Porto, onde, em 1979, se tornou Professor Catedrático; a sua formação em Gestão teve lugar, essencialmente, em programas do IMD - Suíça, da Harvard e da Wharton Business School - USA.

Quem é Manuel Ferreira de Oliveira

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À CONVERSA COM MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

“ O Programa Doutoral em Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química (EngIQ) é exemplar no relacionamento da Galp Energia com a academia.”

A Galp Energia no mundo As actividades da GALP estão em forte expansão à escala global e desenvolvem-se, essencialmente, em Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Venezuela, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Suazilândia, Gâmbia, Timor-Leste, Uruguai e Guiné-Equatorial.

A GALP e a FEUP assinaram no passado dia 26 de Novembro de 2010 um protocolo através do qual a FEUP passará a integrar o programa de bolseiros Galp 20-20-20, que irá atribuir anualmente bolsas de estudo de 3.000 euros a 10 alunos para o desenvolvi-mento de projectos específicos de melhoria da eficiência energética em 10 empresas seleccionadas pela Galp Energia.

Os estudos e trabalhos a desenvolver basear--se-ão em auditorias energéticas às empresas com o objectivo de racionalizar o seu siste-ma energético, e identificar e recomendar oportunidades de melhoria. Os trabalhos serão coordenados por um professor da FEUP e os

MOÇAMBIQUE

EUA

PENÍNSULA IBÉRICA

Exportações de 0,4 Mton de produtos petrolíferos, essencialmente gasolinas.

Desenvolvimento de projectos de exploração e produção.

Um projecto de exploração e produção de petróleo. Distribuição de produtos petrolíferos com uma rede de 30 estações de serviço.

Produção de 13,9 mbopd. Presença no primeiro projecto integrado de gás natural em Angola.

TIMOR-LESTECinco projectos de exploração e produção.

Vendas de 14,3 Mton de produtos petrolíferos e 4,7 bcm de gás natural.

VENEZUELA E URUGUAI

Cabo Verde, Guiné-Bissau, Gâmbia e Suazilândia, são países onde a Galp Energia tem redes de distribuição de produtos petrolíferos.

PAÍSESAFRICANOS

Contratos de fornecimento de 6 bcm de gás natural.

NIGÉRIAE ARGÉLIA

ANGOLA

Presença num projecto de liquefacção de gás natural.

GUINÉ EQUATORIAL

Presença em 22 projectos de exploração e produção. Representa mais de 90% do total das reservas e recursos contingentes da Galp Energia.

BRASIL

Portfolio de Exploração & Produção da Galp Energia

Nº de projectos

Áreas coreÁreas potenciais

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22

2

Venezuela

Portugal

Brasil

UruguaiMoçambique

Angola

Guiné Equatorial

Timor-Leste

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1

1

5

5

Para além da GALP CEO da GALP, porquê?Porque fui convidado e eleito em Assembleia Geral; também porque me sentia preparado para aceitar o desafio com que fui confrontado.

Se não fosse CEO da Galp Energia, o que seria?Seria, com muito gosto, Professor e Investigador… ou líder de uma outra empresa.

O seu livro de eleição:Qualquer livro de Peter Drucker, o pai da gestão profissional.

O melhor filme que já viu:Música no Coração, recordação inesquecível da minha juventude.

Um projecto pessoal de que se orgulha:A educação dos meus filhos e o acompanhamento que faço da sua vida familiar e profissional.

três melhores trabalhos finais, além da bolsa, receberão prémios monetários de 6.000 euros, 3.000 euros e de 1.000 euros, respectivamente.

Com este protocolo, a Galp Energia e a Universidade do Porto intensificam o seu historial de cooperação que conta já com projectos de relevo para ambas as institui-ções. Para além de integrar o programa EngIQ - que engloba diversos programas de investigação e de doutoramento aplicados às necessidades da Galp Energia, além de um programa de formação avançada - a FEUP faz igualmente parte, desde a primeira hora, da Rede Galp Inovação, que reúne mais de 480 investigadores e cientistas

registados e que se destina ao intercâmbio de conhecimentos dentro dos desafios tec-nológicos lançados pela Galp Energia.

O programa Galp 20-20-20 foi lançado em 2007 e desde então colocou já 53 bolseiros em outras tantas empresas clientes da Galp Energia, que assim beneficiaram das soluções desenvolvidas pelos estudantes na área da efici-ência energética. Este programa constitui uma iniciativa exemplar, a nível nacional, na trans-ferência de conhecimento e de inovação entre o mundo empresarial e o mundo académico, envolvendo duas instituições universitárias de topo: a Universidade de Aveiro, o Instituto Supe-rior Técnico e, agora, também a FEUP.

FEUP integra Programa Galp 20-20-20

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Equipa de investigação inicial: Marcelo Petry, Rodrigo Braga, Luís Paulo Reis e A. Paulo Moreira

do projecto, inclui capacidades típicas deste tipo de sistema tais como: comando por voz, comando por sensores, capacidades sensoriais avançadas, utilização de visão por computador para ajuda à navegação, desvio de obstáculos, capacidade de planeamento inteligente de ta-refas e ainda capacidade de comunicação com outros dispositivos. Para além de todas estas características, o projecto apresenta três ideias inovadoras que complementam ou resolvem os problemas identificados nas CRIs desenvolvidas em outros laboratórios.O Projecto teve como primeira ideia inovadora, e como objectivo principal inicial, desenvolver uma arquitectura genérica para Cadeiras de Rodas Inteligentes e o conceito de uma Plataforma de Desenvolvimento de CRI. Baseado neste con-ceito foi desenvolvida a plataforma Intellwheels, integrando um simulador de CRI e um protótipo real de CRI. A plataforma permite desenvolver e testar novas CRI e metodologias desenvolvidas para este tipo de sistema: algoritmos de pla-

diversos laboratórios de investigação, possuem arquitecturas de hardware e de software excessi-vamente específicas para os modelos de cadeira utilizados, utilizam equipamentos de elevado custo e são tipicamente difíceis de configurar e pouco flexíveis. Nestas circunstâncias é muito difícil transformar as CRI actuais em produtos comerciais, acessíveis ao utilizador comum, e quase impossível que o utilizador final comece rapidamente a utilizar, de modo satisfatório, uma dada CRI.Neste contexto surgiu, na FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o Projec-to IntellWheels - Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível. Este projecto iniciou-se em 2006, tendo como parceiros o LIACC - Laboratório de Inteligência Artificial e Ciência de Computadores e o INESC Porto e como investiga-dores principais Luís Paulo Reis (FEUP/LIACC), An-tónio Paulo Moreira (FEUP/INESC Porto) e Rodrigo Braga (aluno de doutoramento FEUP/LIACC).A CRI IntellWheels, desenvolvida no âmbito

INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

IntellWheels:Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível

Os acidentes que causam deficiências físicas permanentes ocorrem frequen-temente afectando as capacidades motoras e de comunicação dos indiví-duos. Consciente de que as Cadeiras de Rodas são um importante meio de deslocação para pessoas com defici-ências físicas nos membros inferiores e para os cidadãos seniores, uma equipa de investigadores da FEUP dá agora a conhecer a IntellWheels, a Cadeira de Rodas Inteligente com Interface Multimodal Flexível.

Projecto poderá derivar em produto comercial, com elevadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras.

Os acidentes que causam deficiências físicas permanentes ocorrem frequentemente afectando as capacidades motoras e de comunicação dos indivíduos. As deficiências podem também ser causadas por condições médicas tal como parali-sia cerebral, esclerose múltipla, doenças do foro respiratório ou circulatório, condições genéticas ou ainda devido a exposição a agentes químicos. As deficiências físicas resultam normalmente em limitações na utilização dos diversos músculos do corpo humano: pernas, braços ou mesmo da face. É muito difícil generalizar condições de de-ficiência uma vez que, por exemplo, para o caso da paralisia cerebral dois doentes com a mesma doença, em zonas cerebrais distintas, terão um grau de controlo muito diferente para diferentes partes do corpo humano. A paralisia cerebral, assim como outras doenças, não tem cura mas os seus efeitos podem evoluir consideravelmente ao longo do tempo.

A sociedade actual está cada vez mais pre-ocupada em permitir que os cidadãos com deficiências e os idosos tenham a possibili-dade de ser tão autónomos e independentes quanto possível. As Cadeiras de Rodas são um importante meio de deslocação para pessoas com deficiências físicas nos membros inferiores e para os cidadãos seniores. Com o aumento da esperança de vida e com o envelhecimento de grande parte da população, criou-se o ambiente propício para a introdução de um novo conceito de Cadeira de Rodas: A Cadeira de Rodas Inte-ligente (CRI). Pretende-se que este novo tipo de equipamento tenha capacidades de: navegação segura evitando obstáculos, interface inteligente e fácil com o(s) utilizador(es) e comunicação com outros dispositivos inteligentes (tais como por exemplo portas e outras CRI). As CRI anteriormente desenvolvidas, em

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“ O projecto IntellWheels prevê a realização de um processo de recolha alargada de dados e a realização de um vasto conjunto de experiências com pacientes reais em parceria com a UA, APPC e ESTSP.”

neamento, navegação, localização e desvio de obstáculos; interfaces inteligentes multimodais utilizador-CRI e; metodologias de comunicação e cooperação entre CRI e outros equipamentos. A plataforma desenvolvida permite ainda transfor-mar cadeiras de rodas comerciais em CRI, com alterações mínimas de hardware, com reduzido custo e com muito reduzido impacto visual e ergonómico. O simulador desenvolvido permite o estudo e teste de novos módulos e algoritmos em ambientes reais, virtuais ou de realidade aumentada e o treino de utilizadores antes da utilização da CRI real.

A segunda ideia inovadora tem como base o comando da CRI baseado numa interface mul-timodal que permite a conexão, em tempo-real, de múltiplos sistemas de input: comandos de voz, expressões faciais simples, movimentos de cabeça, joystick, entre outros. Permite também o comando da CRI através de comandos de alto--nível baseados em conceitos simples tais como: “ir para o quarto”, “vaguear” ou “seguir parede”. Estes comandos são despoletados através de sequências de inputs configuráveis na interface multimodal. Por exemplo “piscar olho esquerdo” seguido de dizer “vai” poderia despoletar a acção “ir para o quarto”. Pretende-se aliás, que na próxima evolução do sistema, os mesmos tipos de sequências de inputs possam, inclusivamen-te, ser utilizados para seleccionar as associa-ções, sequências de inputs/acção, preferidas do utilizador. De modo a permitir uma fácil utilização inicial da CRI, um sistema simples de classifi-cação de pacientes, baseado em técnicas de aprendizagem supervisionada, encontra-se tam-bém em construção. Este sistema será capaz de identificar rapidamente as capacidades básicas de um dado utilizador permitindo-lhe utilizar es-sas mesmas capacidades, imediatamente, para comandar a CRI e para configurar a interface multimodal do sistema de um modo directo.

A terceira inovação está relacionada com a utili-zação do paradigma dos Sistemas Multi-Agente e com a utilização dos conceitos de macro--agente e micro-agente. A CRI pode ser vista como um macro-agente composto internamente por múltiplos micro-agentes: agentes de inter-face, agente de percepção, agente de controlo e agente de inteligência. A informação pode ser trocada directamente entre macro-agentes ou micro-agentes presentes no sistema, utilizando uma plataforma de comunicação, desenvol-vida para o efeito seguindo uma arquitectura

multi-camada, as recomendações da FIPA. A plataforma inclui ainda as preocupações típicas de sistemas críticos, tais como: encriptação de mensagens, selos temporais e auto-organização em “containers” com recuperação automática de falhas. Destaca-se que algumas metodologias, (nas áreas da cooperação, comunicação, simulação, navegação e localização) foram inicialmente desenvolvidas no âmbito das equipas de futebol robótico - RoboCup, da FEUP (FCPortugal e 5DPO) e depois adaptadas, estendidas e utiliza-das com sucesso no projecto Intellwheels. Deste modo, a investigação realizada pela FEUP (LIACC e INESC-P), no âmbito do RoboCup, está a ser utilizada num domínio socialmente muito mais útil como é o caso da robótica no apoio à defici-ência e aos idosos. Destaca-se que as equipas da FEUP conquistaram já mais de 25 troféus internacionais no RoboCup, incluindo a vitória em 3 campeonatos do Mundo (FCPortugal) e 8 campeonatos da Europa de Futebol Robótico (FCPortugal e 5DPO), em distintas ligas (Simula-ção 2D, Simulação 3D, Small-Size, Middle-Size, Coach, Rescue e Mixed-Reality).

Ao longo da investigação desenvolvida no pro-jecto foram já defendidas com sucesso 1 tese de doutoramento (Rodrigo Braga), 5 teses de Mestrado (Marcelo Petry, Márcio Sousa, Pedro Malheiro, Frederico Cunha e Carlos Miranda) e 5 estágios/projectos de fim de curso. Estão actual-mente em desenvolvimento 2 teses de doutora-mento (Marcelo Petry e Brígida Mónica Faria) e 3 teses de mestrado (Sérgio Vasconcelos, Maria João Barbosa e Fábio Pereira) relacionadas com o projecto. Do projecto resultou também a publicação/aceitação de 18 artigos científicos: 2 em revistas (SCI), 1 capítulo de livro (Springer/SCI), 7 em actas de conferências com publica-ção IEEE/Springer (SCI), 3 em outras actas de conferências (SCI) e 5 em outras conferências.O projecto IntellWheels foi recentemente financiado pela FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no concurso específico para Projec-tos de Investigação no âmbito da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência, através do contracto FCT/RIPD/ADA/109636/2009, com um financiamento total de 94360 Euros, para dois anos. Este valor de financiamento foi, aliás, o mais elevado de entre os projectos aprovados neste concurso. O novo projecto financiado pretende estender o conceito de CRI criado anteriormente e engloba, para além da

FEUP, LIACC e INESC Porto, três novos parceiros: Universidade de Aveiro - IEETA (essencialmente na área da simulação realista de CRIs), ESTSP/IPP - Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Porto e APPC - Associação do Porto de Paralisia Cerebral (ambos na área da configuração auto-mática da CRI a pacientes reais e realização de testes com pacientes reais).

O novo projecto IntellWheels prevê a realização de um processo de recolha alargada de dados e a realização de um vasto conjunto de experiên-cias, no final do projecto, utilizando pacientes reais, de modo a validar completamente todas as metodologias desenvolvidas ao longo do projecto. Estas tarefas serão realizadas na APPC e ESTSP em conjunto com investigadores e funcionários destas instituições e com pacientes com paralisia cerebral, tetraplégicos e com outros tipos de deficiências intelectuais ou mo-toras. A conclusão da investigação realizada e a validação e avaliação da plataforma, protótipos, simulador e outras metodologias desenvolvidas, permitirá, a médio prazo, transformar as CRI Intellwheels, em produtos comerciais, com ele-vadas capacidades no auxílio a idosos e outros indivíduos com graves deficiências motoras.

Texto da responsabilidade de Luís Paulo Reis, Investi-gador responsável do projecto Intellwheels, membro da direcção do LIACC e professor auxiliar da FEUP.

Intellwheels em acção num ambiente real e de realidade mista Arquitectura de hardware do projecto

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INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO

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OPINIÃO

Quando fui convidado a escrever este artigo de opinião, ocorreram-me duas questões: sobre que assunto escrever e que título lhe dar? A maneira mais fácil e preguiçosa foi “usurpar” o famoso romance de Charles Dickens, mas tinha receio que as pessoas erroneamente o interpretassem como um paralelismo com povos oprimidos, agitação político-civil e revolução…

Obviamente, devemos reconhecer a Revolução dos Cravos, de 1974, como ponto de viragem na his-tória do Portugal moderno mas, para este artigo, sugiro como analogia mais adequada a Revolução Industrial, enquanto catalisador para a mudança. Desde então, ambas as cidades desenvolveram uma apreciável herança de inovação e desenvolve-ram uma excelência e capacidade de nível mundial em termos de design, engenharia e manufactura. Dickens também usou o tema subjacente da ressurreição na sua obra e vejo aqui um paralelo com o recente ressurgimento das duas cidades e com o seu contínuo renascimento económico e cultural. Ambas as cidades estão a regenerar-se através do desenvolvimento das economias base-adas no conhecimento, sustentado no crescimen-to de clusters essenciais como as Indústrias Cria-tivas e Digitais, Tecnologias da Saúde, Materiais Avançados, Ambiente e Energias Renováveis.

Então, onde começa o meu conto? Começa com um spin-off tecnológico de sucesso da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e a visão de um empreendedor português em fazer da sua nova empresa líder mundial no sector dos dispositivos médicos. Sei que muito se tem escrito sobre Paulo Santos da Tomorrow Options (www.tomorrow-options.com/pt) e sobre como o seu es-pírito empreendedor, paixão e motivação criaram uma empresa dinâmica e inovadora.

Paulo Santos rapidamente reconheceu as vanta-gens de as empresas portuguesas se expandirem

Porto & Sheffield: parceria de sucessoMark Sanderson*

para mercados estrangeiros e de que forma a abertura de um escritório no Reino Unido po-deria proporcionar à sua empresa uma entrada imediata num mercado maior e mais maduro. Havia ainda o potencial de a infra-estrutura de apoio no Reino Unido funcionar como um “trampolim” para clientes internacionais nos mercados da UE, dos EUA e do Extremo Oriente.

No entanto, várias oportunidades se desenvol-veram desde que Paulo Santos decidiu localizar a sua empresa na Sheffield Bioincubator. Como resultado desta aposta em Sheffield, tem havido uma série de visitas entre as duas cidades por parte de académicos, representantes municipais e empresas. A localização da Tomorrow Options em Sheffield também levou ao estabelecimento de contactos importantes na Universidade do Porto, sendo, para mim, os mais significativos os de Pedro Coelho (Responsável pela área de I&D e Inovação na Divisão de Cooperação da FEUP) e Carlos Oliveira (Director do Serviço de Imagem, Comunicação e Cooperação da FEUP).

Tanto Pedro Coelho como Carlos Oliveira têm apoiado o relacionamento entre as nossas universi-dades e, mais que isso, entre as nossas cidades. Co-meça agora a discutir-se o desenvolvimento de vá-rias iniciativas, incluindo programas de mobilidade e de intercâmbio de estudantes, programas de “soft landing” (aterragem suave) e de apoio à relocaliza-ção de empresas, colaboração em projectos da UE e promoção de programas de apoio promovidos em parcerias da UPorto, University of Sheffield (UoS) e Sheffield Hallam University (SHU).

O mais recente exemplo de cooperação entre as nossas duas cidades foi o “Business & Inno-vation Network @ FEUP”. O BIN@FEUP foi idealizado por Pedro Coelho e trabalhámos em conjunto para apoiar este primeiro evento no Porto, realizado em Novembro de 2010. A cida-

de de Sheffield esteve muito bem representada no BIN@FEUP, com participantes (delegados e moderadores) oriundos das nossas duas universidades, UoS e SHU, e de empresas. Pre-tendemos agora reforçar esta ligação e Sheffield prepara-se para receber a segunda edição deste evento em 2011, contando já com a confirma-ção da participação de parceiros do Porto e da University of Texas at Austin (UTA).

Então, qual será o próximo capítulo deste nosso conto? Antevejo um futuro brilhante com um final feliz (quero dizer, um princípio feliz...). Em 2011, Sheffield também organizará o primeiro en-contro entre Business Angels do Reino Unido e do Porto. Isto poderá levar ao desenvolvimento de um “acelerador de tecnologia”, proporcionando acesso a programas de apoio, aconselhamento e mento-ring para ajudar a desenvolver as capacidades dos gestores das empresas, assim como apoio técnico para o desenvolvimento de produtos comercia-lizáveis. Tudo isto estará integrado nas redes de Business Angels, fornecendo um canal de elevada qualidade para os investidores, assim como uma fonte de financiamento inicial para start-ups.

Também tem sido discutida a necessidade de um relacionamento mais estratégico entre as duas cidades que poderá incluir acordos de cooperação formal que levem a uma potencial geminação das duas cidades. A recente relação entre Porto e Sheffield teve grandes progressos num relativo curto espaço de tempo e tudo isto se deve às pessoas envolvidas. A vontade de partilhar oportunidades, experiências, contactos e conhecimento tem sido fundamental e penso que a FEUP está de parabéns pela qualidade das pessoas que aí trabalham. Quando se fala dos colegas da FEUP, a atitude “podemos fazer” deveria ser substituída por “vamos fazer”!

* Innovation Centres Manager - University of Sheffield

“ Ambas as cidades estão a regenerar-se através das economias baseadas no conhecimento, como as Indústrias Criativas e Digitais, Tecnologias da Saúde, Materiais Avançados, Ambiente e Energias Renováveis.”

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O nosso “Conto das duas cidades” tem um final feliz e um futuro cheio de oportunidades

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No passado dia 18 de Outubro foi oficialmente inaugurado o novo Laboratório Tecnológi-co Sapo (Labs Sapo/U.Porto), fruto de uma parceria com a Portugal Telecom. Situado no Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia, este novo espaço está já a funcionar desde Abril de 2010 com o objecti-vo de promover a criação de novos produtos e serviços que potenciem a utilização da tecno-logia em português. A sessão de inauguração contou com a presença do Presidente Executivo da PT, Zeinal Bava (na foto), do Reitor da U. Porto, José Marques dos Santos e do Director da FEUP, Sebastião Feyo de Azevedo.

Neste laboratório estão a ser realizados trabalhos de investigação e desenvolvimento relacionados com o futuro das aplicações Web. Contando actualmente com a colaboração de cerca de 20 alunos do Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (MIEIC) e do Programa Doutoral em Engenha-ria Informática (ProDEI) e com a perspectiva de colaboração de alunos de outras faculdades da U.Porto, este Laboratório está a desenvolver activamente novas soluções tecnológicas, como, por exemplo: Sapo Voxx (aplicação de recolha automática de citações de fontes de comunica-ção social disponibilizadas na Internet), Sapo Ciclope (conjunto de ferramentas de monitoriza-ção para os blogues do Sapo, disponibilizado no painel de controlo de cada blogue), Marsupilami (sistema de ilustração de texto baseado em co-lecções multimédia de larga-escala) e BeepBeep/Sylvester (criação de filtros automáticos para separação por tópico de mensagens de Twitter em português).

Mais informações em http://labs.sapo.pt/up

Laboratório Tecnológico Sapo/U.Porto inaugura na FEUP

FEUP POR DENTROConheça alguns dos muitos eventos, prémios e projectos que mereceram maior destaque, de Julho a Dezembro de 2010, na FEUP

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FEUP reforça colaboração com Andaluzia

Novos Directores de Departamento da FEUP

A Divisão de Cooperação da FEUP, através da sua área de I&D e Inovação, promoveu uma reunião exploratória na Andaluzia, fruto de recentes contactos com a unidade de transferência de tec-nologia da Fundação Progresso e Saúde da Junta da Andaluzia, com vista ao estreitamento da cooperação em I&D e transferência de tecnologia na área da saúde.

No passado mês de Novembro tomaram posse os novos directores de Departamento da FEUP: Profª Doutora Arminda Costa Alves (DEQ), Prof. Dou-tor Pedro Henrique Henriques Guedes de Oliveira

Para além dos representantes da FEUP, a delega-ção portuguesa incluiu ainda um representante do Parque de Ciência e Tecnologia da Universi-dade do Porto (UPTEC) e os CEOs da Tomorrow Options e da Biognosis, empresas incubadas no UPTEC e que operam na área da saúde. Esta iniciativa superou largamente as expecta-tivas, uma vez que permitiu identificar oportu-

nidades concretas de colaboração, que estão já em marcha. Exemplo disso, é a intenção de se avançar de imediato com uma colaboração com o grupo de investigação de Física Interdisciplinar da Escola de Engenharia da Universidade de Sevilha e o Departamento de Neurocirurgia do Hospital Universitário Virgen del Rocio.

(DEEC), Prof. Doutor Luís Filipe Malheiros de Freitas Ferreira (DEMM), Prof. Doutor José Antó-nio Sarsfield Pereira Cabral (DEIG), Prof. Doutor Paulo Manuel de Araújo Sá (DEF), Prof. Doutor

Raul Fernando de Almeida Moreira Vidal (DEI), Prof. Doutor António Torres Marques (DEMec), Prof. Doutor Manuel António de Matos Fernandes (DEC), Prof. Doutor António Fiúza (DEM).

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FEUP acolhe 2ª Conferência Anual do MIT- Portugal

Empresas e investigadores de todo o mundo debatem inovação e tecnologia

O Auditório da FEUP acolheu no passado dia 28 de Setembro a 2ª Conferência Anual do Programa MIT- Portugal. Sob o tema “Creating value through Systems Thinking”, a conferência funcionou como espaço de apresentação e debate dos resultados atingidos nas actividades de inves-tigação e educação, enquadradas no âmbito do

Mais de 260 participantes vindos de 4 conti-nentes e de 20 países estiveram de 10 a 12 de Novembro na FEUP. O mote foi o “Business & Innovation Network @ FEUP” um evento aberto a promotores de start-ups, investigadores e todos os interessados em inovação, transferência de tec-nologia e internacionalização. Composto por um programa recheado de sessões temáticas, exposi-ções de tecnologias e iniciativas de Networking, o BIN@FEUP foi já o maior evento do género organi-zado na Faculdade de Engenharia. O próximo será já em 2011 e terá lugar em Shefffield.

Ao longo de três dias, a FEUP foi o palco da cria-ção de parcerias internacionais com vista à criação de consórcios de I&DT, a transferência de tecnolo-gias e a criação de empresas de base tecnológica. Promotores de start-ups, investigadores e outros interessados em inovação, transferência de tec-nologia e internacionalização fizeram parte desta iniciativa que pretende criar uma plataforma estru-turada e sustentável de networking no domínio da inovação tecnológica. Empresas como a EFACEC, Mota-Engil, Tomorrow Optios, REN e Critical Software foram algumas das empresas presentes.Os participantes tiveram à sua disposição um vasto programa ao longo dos três dias, dividido em 12 sessões “Think Tank” temáticas, debates e apresentações ligadas à Inovação e Internacio-nalização, exibição em stand de start-ups de base

Programa MIT- Portugal. A sessão contou com a participação de Mariano Gago, Ministro da Ciên-cia, Tecnologia e Ensino Superior (na foto), José Marques dos Santos, Reitor da Universidade do Porto e uma série de individualidades ligadas às principais linhas de orientação da 2ª Conferência Anual do Programa MIT-Portugal: Mobilidade

tecnológica, apresentações rápidas de empresas e/ou projectos, reuniões informais e várias actividades de networking. Houve ainda lugar para quatro eventos complementares ao BIN@FEUP, nas áreas da Saúde, Robótica e Design de Desenvolvimento e Produto.Patrocinado pela RAR IMOBILIÁRIA, pela RAR Açúcar e pela ColepCCL, o BIN@FEUP contou

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Eléctrica; Células Estaminais e Novos Dispositi-vos Médicos; Sistemas Inteligentes de Energia e Transportes: aplicação às cidades.

Em declarações aos jornalistas, Mariano Gago admitiu que o Governo português “quer con-tinuar” a colaborar com o programa que “veio marcar uma viragem na história da investigação científica em Portugal”. O ministro aproveitou a oportunidade para realçar a importância deste acordo internacional na articulação dos diversos grupos científicos envolvidos no MIT - Portugal já que permitiu “aos departamentos de todas as universidades envolvidas no programa trabalhar conjuntamente, como nunca tinha acontecido. Foi preciso um operador externo de enorme prestígio para que acontecesse”.

Paralelamente à conferência, Dan Roos – porta--voz da instituição norte-americana - mostrou in-teresse em prolongar a estadia em Portugal para além de 2011. A um ano do final do Programa em Portugal, Mariano Gago reafirmou a importância desta parceria, que desde o primeiro momento foi “considerada uma prioridade”, e que deverá con-tinuar por mais cinco anos, uma vez que se trata de uma área prioritária “na política científica portuguesa para o desenvolvimento da tecnologia e das universidades na área de engenharia”.

com a colaboração de parceiros como a UK Trade & Investment, o MIT, a Universidade de Sheffield, o UPTEC, a PORTIC, entre outros. Depois do sucesso registado por este iniciativa, a cidade de Sheffield prepara-se agora para receber este evento em 2011.

www.fe.up.pt/binfeup2010

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Vencedor do 1º prémio no Festival Jovens Pianis-tas 2010 - Prémio Chopin, Paulo Oliveira é um dos mais destacados pianistas portugueses da actualidade. De forma a assinalar a comemora-ção do bicentenário do nascimento do compositor Frédéric Chopin, o Comissariado Cultural da FEUP organizou, no dia 25 de Novembro, um Recital de Piano com Paulo Oliveira e de entrada livre. Paulo Oliveira é um dos mais destacados pianistas portugueses da sua geração, vence-dor do 1º prémio no Festival Jovens Pianistas 2010 - Premio Chopin. Distinguido com diversos prémios em concursos nacionais e internacionais, destacando-se o prémio que obteve no Concur-so Internacional de Piano Vianna da Motta, o 1º prémio no Concurso Internacional Bartok-

Paulo Oliveira celebra nascimento de Chopin com concerto na FEUP

-Kabalevsky-Prokofiev, o 2º prémio no Concurso de Interpretação do Estoril І Prémio El Corte Inglês e o 1º premio no Festival Jovens Pianistas 2010 - Prémio Chopin - organizado pela Orques-tra Metropolitana de Lisboa, Paulo Oliveira foi ainda vencedor da “Kansas University Symphony Orchestra Concerto Competition”.

O duo que mantém com a violoncelista Tere-sa Valente Pereira foi também recentemente premiado num recital realizado no “Palau de la Musica Catalana” em Barcelona. Paulo Oliveira tem-se apresentado a solo, com orquestra e em musica de câmara em Portugal, Espanha, Andor-ra, Itália, França, Reino Unido, Polónia, Brasil, Estados Unidos da América, e gravou para a RDP - Antena 2, Radio France e Catalunya Radio.

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FEUP apoia a classificação da Ponte da Arrábida a monumento nacionalApoiar a classificação da Ponte da Arrábida como monumento nacional, lançando um apelo público e um abaixo-assinado, foi o mote lançado pelo Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), no dia 17 de Dezembro. A sessão, apresentada pelo Director do Departamento de Engenharia Civil, Manuel Matos Fernandes, contou com a partici-pação do Bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, do Director da Faculdade de Engenharia, Sebastião Feyo de Azevedo, e de Luís Braga da Cruz, Raimundo Delgado e Augusto Sousa, docentes da FEUP, entre outros.

O pedido de classificação da Ponte como Mo-numento Nacional deu entrada na Delegação Regional de Cultura do Norte (DRCN) a 2 de Agosto de 2010, subscrito por Manuel Matos Fer-nandes, director do Departamento de Engenharia Civil da FEUP, que contou com a colaboração de Esmeralda Paupério, Engenheira do Instituto da Construção da FEUP, e Álvaro Azevedo, docente da Faculdade de Engenharia. Em face da informação favorável, foi elaborada pela DRCN uma Proposta de Abertura do Procedimento de Classificação, enviada a 9 de Novembro ao Ins-tituto para a Gestão do Património (IGESPAR), entidade competente para o efeito. Entretanto, a 13 de Dezembro o IGESPAR abriu o processo de Classificação da Ponte da Arrábida.Na petição, que está disponível online em http://www.ipetitions.com/petition/ponte_da_arrabida_a_monumento_nacional, foram invocadas diversas razões para a classificação.Foi enfatizado o valor da Ponte da Arrábida, quer como obra-prima da Engenharia de Pontes, quer como um dos mais poderosos símbolos da Cidade do Porto e lembrado que a Ponte completa 50 anos em 2013, ano do centenário do nascimento no Porto do seu autor, o Engenheiro Edgar Cardoso, formado na FEUP. Os participantes na sessão no-taram que a classificação da Ponte responsabilizará

o Estado Português na garantia da perenidade da estrutura. Na opinião de Manuel Matos Fernandes, Director do Departamento de Engenharia Civil “tal como no nosso século XXI podemos usufruir das pontes do século XIX e consideramos impensável delas prescindir, impõe-se que deixemos aos vin-douros as pontes que construímos no século XX”. Uma das mais fortes razões invocadas para a

urgente classificação da Ponte foi a preocupação com novas construções, em ambas as margens, quer à cota alta, quer à cota das duas estradas marginais. A classificação da Ponte assegurará que quaisquer novas construções e estruturas na zona envolvente sejam apreciadas tomando em devida consideração o extraordinário valor patrimonial da Ponte da Arrábida.

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“Novos Paradigmas” em debateO funcionamento do sistema financeiro interna-cional e os novos paradigmas da economia mun-dial foram os temas debatidos por João Ferreira do Amaral e Alberto de Castro nesta primeira Sessão do Ciclo de Debates “Novos Paradigmas”, organizado pela Faculdade de Engenharia do Porto. A primeira sessão foi sobre o “Funcio-namento do sistema financeiro internacional e novos paradigmas da economia mundial”.

Organizada pela Direcção da Faculdade de En-genharia da Universidade do Porto (FEUP), esta iniciativa contou com a participação de João Fer-reira do Amaral, Professor Catedrático do ISEG e ex-Assessor do Presidente da República, Alberto de Castro, Professor Catedrático da Universidade Católica, Porto, ex-Director da Faculdade de Eco-nomia e Gestão, José Manuel Rocha, Editor de Economia do “Público”, Rui Costa, estudante do 5º ano de Engª Civil e Sebastião Feyo de Azevedo, Director da FEUP. A moderação coube a António Barbedo de Magalhães, docente da FEUP.

O Ciclo de Debates “Novos Paradigmas”, resul-tante de uma proposta dos professores António Barbedo de Magalhães, Rui Azevedo e Alcibíades Guedes, decorrerá semestralmente, estando pre-

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vistos temas não só relacionados com a economia e a política, mas também com a educação, o envelhe-cimento, a sustentabilidade económica, ambiental e social, a ciência, a cultura e muitos outros.

De entrada livre, a próxima sessão será no dia 25 de Março de 2011, entre as 17h00 e as 19h00, sobre o tema: “A ascensão dos BRIC e o futuro da Europa”.

A Faculdade de Engenharia e a Faculdade de Le-tras da Universidade do Porto produziram a curta--metragem “Vintage”, uma história que teve como pano de fundo o Douro Vinhateiro, onde dois ho-

Anabela, conhecida cantora e actriz portuguesa de music hall, apresentou o novo álbum “Nós” no passado dia 13 de Novembro, no auditório da Fa-culdade de Engenharia da Universidade do Porto. O concerto decorreu no âmbito da parceria entre o projecto de cidadania “Porto, Bairro a Bairro” - do Pelouro de Habitação da Câmara Municipal do Porto - e o Comissariado Cultural da FEUP.

Parceria FEUP/FLUP produz curta-metragem “Vintage”

Anabela apresenta álbum “Nós”

mens lutam pelo amor de uma mulher durante as vindimas. O projecto foi desenvolvido no âmbito do “ZON Intensive Script Development Lab”, uma iniciativa da ZON Multimédia em conjunto com a Universidade de Austin (Texas), tendo em conta o acordo UT Austin - Portugal. O ZON Lab consiste num estágio de formação avançada em guionismo, realização e produção de cinema.

A ZON e a UT Austin seleccionaram 11 participan-tes, de diferentes instituições de ensino, que se candidataram ao programa com base na sinopse de uma curta-metragem de ficção de dez minutos. O representante da U.Porto foi José Azevedo (professor da Faculdade de Letras da U.Porto). Na equipa da curta-metragem “Vintage” participam Artur Pimenta Alves (professor da FEUP) como produtor executivo; José Azevedo

“Nós” é um tributo à melhor música nacional feita entre os anos 50 a 70, às suas canções, in-térpretes e compositores. A acompanhar Anabela ao vivo estiveram Ernesto Leite (Piano e Direcção Musical), Henry Sousa (Bateria), Diogo Dias (Contrabaixo), Rodrigo Santo Anastácio (Guitar-ra) e Jean-Marc (Trompete e Acordeão).

(professor da FLUP) como realizador e argu-mentista; Soraia Ferreira (professora da FEUP) como produtora; Steve Mims (professor da UT Austin) como director de fotografia; David Silva (estudante da FLUP) como assistente de câmara; Juliana Miura (estudante da FEUP) como assistente de produção, guarda-roupa e maqui-lhagem e Diogo Cocharro (estudante da FEUP) responsável pelo som e sound design. Nos papéis principais, estão Hugo Rendas (“Um Violino no Telhado”), Edmundo Vieira (“Morangos com Açúcar, Série II”) e Ana Lopes (“Contraluz”). As filmagens e a pós-produção decorreram em Portugal entre Setembro e Outubro, com o apoio da UP Media TVU, INESC Porto, Quinta Vale do Meão, UNICER, CVisual, CP e REFER. Em Novembro o projecto realizado concorreu ao “Prémio ZON Criatividade em Multimédia 2010”.

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Prémio Jovem Investigador IEEE ComSoc para docente da FEUP Com apenas 34 anos, João Barros foi distinguido com o Prémio Jovem Investigador IEEE ComSoc para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA). O galardão premeia um investigador com idade até 35 anos com grande actividade em publicações e conferências realizadas por esta sociedade nos últimos três anos.

A Sociedade das Telecomunicações (ComSoc) da organização mundial IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc.) distinguiu no final de 2010 João Barros, professor associado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), com o Prémio Jovem Investigador IEEE ComSoc para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA). O IEEE é uma organização sem fins lucrativos, líder a nível mundial para o avan-ço da tecnologia, que conta com mais de 375.000 membros em mais de 150 países espalhados pelo mundo. Este prémio, que será entregue em Junho de 2011 na Conferência Internacional de Comunicações (ICC) do IEEE em Quioto, no Japão, distingue um investigador com idade até 35 anos e com grande actividade em publicações e conferências realizadas por esta sociedade nos últimos três anos. Para João Barros este galardão representa “uma grande honra, pois reflecte o reconhecimento internacional dos resultados obtidos pela nossa equipa em Portugal, na voz da principal organização científica que opera na área das telecomunicações”.

Com apenas 34 anos, João Barros é docente da FEUP e do MIT, Director Nacional do Programa Carnegie Mellon Portugal e responsável pela delegação do Instituto de Telecomunicações (IT) no Porto. Como investigador, o seu trabalho é reconhecido internacionalmente pela investiga-ção em áreas relevantes para a Internet do futuro, em particular a segurança de redes sem fios, as redes distribuídas de sensores e os protocolos de comunicação com base em codificação em rede. Através da aplicação de princípios fundamentais da teoria da informação, o grupo de investigação que João Barros lidera na FEUP e no Instituto de Telecomunicações (IT) no Porto, tem encontrado novas formas de comunicação segura e eficiente em ambientes altamente dinâmicos, caracteriza-do pela mobilidade dos utilizadores e a instabili-dade dos canais de comunicação.

A melhoria da qualidade dos processos, produtos e serviços baseados em TIC e a sua importância crucial para o aumento da competitividade das empresas estiveram em cima da mesa na FEUP. Dirigida a directores e engenheiros de quali-dade, engenheiros de testes, responsáveis de departamentos de TI, engenheiros de software e profissionais das TIC a QUATIC 2010 envolveu

Qualidade das novas tecnologias na competitividade

a participação de especialistas de mais de 20 países combinando uma vertente científica e uma vertente profissional em paralelo.Promovido pela Comissão Sectorial para a Qua-lidade nas Tecnologias de Informação e Comu-nicações do Instituto Português da Qualidade, a organização coube à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, à Faculdade de Ciências

e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, à Universidade do Minho e a outras entidades representadas nessa Comissão. O objectivo passou por reforçar as competências dos profissionais com vista à obtenção de benefícios da qualidade nas TIC associados à redução de custos, à melhoria dos serviços TIC, da satisfação do cliente interno e externo, da produtividade e da competitividade.

Actualmente, a investigação de João Barros debruça-se sobre as redes veiculares como ele-mentos fundamentais nos sistemas de transporte inteligente. Em conjunto com investigadores do Departamento de Ciências de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, da Universidade de Aveiro, do MIT e da Carnegie Mellon University, João Barros está a investigar como é que carros, autocarros e outros veículos podem ser usados como instrumentos de recep-ção, processamento e transmissão de informação. Licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pela FEUP (1994-1999) e

pela Universidade de Karlsruhe, na Alemanha, João Barros terminou o seu doutoramento em Engenharia Electrotécnica e Tecnologias da Informação na Universidade Técnica de Munique (TUM), Alemanha, em 2004. Professor Associado no Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP e professor convidado do MIT desde 2008, João Barros dirige ainda a delegação do Instituto de Telecomunicações (IT) no Porto. Em Fevereiro de 2009, João Barros foi nomeado Director Nacional do Programa Carne-gie Mellon Portugal, uma parceria internacional entre 12 universidades e institutos de investigação portugueses com a Carnegie Mellon University.

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Multidisciplinar e fruto da cooperação entre 11 das 14 faculdades da Universidade do Porto, o primeiro e único Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais do país foi lançado no dia 23 de Setembro, na FEUP. Reunindo em colaboração as faculdades de Arquitectura, Belas Artes, Ciências, Ciências da Nutrição e da Alimentação, Desporto, Engenharia, Farmácia, Letras, Medicina, Psicologia e Ciências da Educação e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o novo programa vem dar resposta a um problema premente em Portugal,

Também em colaboração com a NET-BIC, a FEUP lançou um Consultório de Ideias destinado exclusivamente aos antigos estudantes. De carácter bimestral, o Consultório de Ideias Alumni teve a sua primeira sessão realizada no passado dia 17 de

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U. Porto lança primeiro Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais do país

FEUP lança Consultório de Ideias Alumni

que é o da falta de condições de segurança e saúde ocupacionais que possibilitem qualidade de vida aos cidadãos. Entre os principais “alvos” dos projectos criados a partir do curso estão os idosos, pessoas com mobilidade reduzida, crianças e outras pessoas com dependências. Para a primeira edição do curso foram admitidos 14 estudantes de douto-ramento, alguns dos quais provenientes da América do Sul. A estes juntam-se 67 professores oriundos das diversas faculdades da U.Porto envolvidas.A FEUP é a sede administrativa deste doutoramento

Novembro. A pensar na disponibilidade dos antigos estudantes da FEUP, estas sessões têm a vantagem de decorrer em horário pós-laboral - das 18h30 às 20h45, período no qual estão previstas três consul-tas, realizadas por uma equipa de especialistas em

Investigadores das Faculdades de Engenharia e de Medicina Dentária da Universidade do Porto apresentaram um estudo que, primeira vez, através da captação de imagem biomédica, com recurso a uma câmara termográfica, avalia alterações ao nível dos músculos posturais e dos músculos da mastigação do complexo crânio--cérvico-mandibular em músicos de orquestra. O estudo foi dado a conhecer nas IV Jornadas de Medicina e Artes do Espectáculo que decorreram em Outubro em Lisboa.

Indolor, não invasivo, de baixo custo e sem radiação ionizante. Estas são as características principais da câmara termográfica, um meio de diagnóstico auxiliar utilizado pela primeira vez por investigadores das Faculdades de Engenharia (FEUP) e de Medicina Dentária (FMDUP) da Universidade do Porto no diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra.No âmbito das IV Jornadas de Medicina e Artes do Espectáculo foi apresentado o “Estudo termo-gráfico do complexo crânio-cervico-mandibular em instrumentistas de orquestra”. Trata-se de uma investigação que vem contribuir para um correcto diagnóstico de alterações que possam estar presentes nesta população alvo, que está su-jeita a posturas por vezes incorrectas e à execução de movimentos repetitivos. Esta técnica, desen-volvida com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) visa sobretudo detectar sinais antes de surgirem os sintomas dolorosos, com implicações directas na performance musical do instrumentista.

FEUP e FMDUP apresentam nova técnica de diagnóstico de lesões músculo-esqueléticas em músicos de orquestra

Coordenado por João Carlos Pinho (FMDUP), Joaquim Gabriel Mendes (FEUP) e Miguel Pais Clemente (FMDUP), este meio de diagnóstico foi utilizado recentemente, num primeiro estudo ex-ploratório desta equipa, denominado “Avaliação Termográfica do Efeito da Acupunctura numa Instrumentista de Cordas com Dor Miofascial”, que ganhou o Prémio de Melhor Comunicação Livre atribuído pela Sociedade Portuguesa Mé-dica de Acupunctura no âmbito do VI Encontro Nacional de Acupunctura e que contou com a participação de Asdrubal Pinto (ICBAS). Na prática, a câmara termográfica é semelhante a uma câmara de vídeo normal, mas produz uma

imagem da temperatura do corpo, obtida por medição da radição. Desta forma torna-se visível o invisível, de uma forma indolor, não invasiva, de baixo custo e sem radiação ionizante.Responsável pelas unidades curriculares de Oclu-são, Articulação Temporo Mandibular (ATM) e Dor Orofacial da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, João Carlos Pinho tem liderado projectos de investigação com questões relacionadas com a região orofacial dos músicos, estando em curso a realização de uma consulta especializada para instrumentistas de sopro e de cordas da Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo (ESMAE).

da Universidade do Porto, que tem como Director António Barbedo de Magalhães e como Vice-Presi-dente João dos Santos Baptista, ambos docentes da Faculdade de Engenharia. A sessão de lançamento contou com a presença do Director Geral da Saúde, Francisco George, e do Inspector Geral do Trabalho, José Luís Pereira Forte, entre outros. Em cima da mesa estiveram temas como “A Saúde Ocupacional no contexto do desenvolvimento da nova Saúde Pú-blica”, “Incêndios Florestais - Passado e perspectivas para o futuro” e “Evolução do Direito do Trabalho”.

diversas áreas empresariais e com longos anos de experiência no âmbito da criação de empresas ino-vadoras e/ou de base tecnológica. As consultas são individuais e personalizadas a cada ideia ou projecto, tendo uma duração aproximada de 45 minutos.

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Inédita em Portugal, a Conferência “TOFA 2010” reflectiu sobre o universo da Modelização Termodinâmica, área crucial para a concepção e desenvolvimento de novos materiais. Em cima da mesa estiveram temáticas relacionadas com grandezas termodinâmicas e a sua aplicação industrial, entre outras.

Reflectir sobre o universo da Modelização Termo-dinâmica, uma área de extrema importância para a concepção e desenvolvimento de novos materiais, foi o desafio que vários especialistas internacionais encontraram na 13ª edição do TOFA 2010, um evento bienal que a FEUP aco-lheu de 12 a 16 de Setembro.

Especialistas mundiais debatem Modelização Termodinâmica

Challenge Desafio Único: uma temporada de emoçõesDe Maio a Novembro de 2010 o Challenge Desafio Único da FEUP levou ao rubro as pistas nacionais. Arrancando em Maio, na Rampa da Falperra, esta edição do Challenge Desafio Único 2010 trouxe algumas novidades relativamente às edições anteriores. A nível desportivo, a inovação prendeu-se com um novo modelo de prova que permite aumentar, para o dobro, o tempo de competi-ção para cada um dos pilotos. Seguiram-se as provas no Circuito Vasco Sameiro (Braga), Estoril, Rampa da Penha, Circuito Vasco Sameiro e o Circuito de Portimão. Em Dezembro o Circuito Vasco Sameiro voltou a contar com a Taça Challenge Desafio Único, que se associou às 6 Horas de Resistência de Clássicos.Organizado desde 2007 pelo Dep. de Engenharia Mecânica da FEUP, com o apoio da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), o Challenge Desafio Único divide-se nas catego-rias FEUP 1 (com viaturas Fiat Uno 45 S) e FEUP 2 (com viatura Fiat Punto) e conta, esta temporada, com a atribuição do Troféu Feminino, reservado a equipas femininas.www.desafiounico.com

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Katsuaki Suganuma (Institute of Scientific and Industrial Research, Osaka University - Japão), Alan Hurd (Director of LANSCE - Los Alamos Neutron Science Center; Los Alamos National La-boratory - USA), Walter Wolf (Materials Design, Le Mans - França; Angel Fire USA) e Luke Da-emen (Los Alamos National Laboratory - EUA) foram os keynote speakers desta iniciativa que se realizou pela primeira vez em Portugal.

Segundo Luís Filipe Malheiros, director do De-partamento de Engenharia Metalúrgica e de Ma-teriais da FEUP e um dos membros da comissão organizadora do evento, o congresso pretendeu ser um fórum internacional para apresentação e

discussão de dados relativos a grandezas termodi-nâmicas, obtidas experimentalmente ou a partir da modelização, “que se afiguram cruciais na con-cepção e desenvolvimento de novos materiais”.Trata-se de uma iniciativa de âmbito interna-cional que reuniu os maiores especialistas nesta área, divididos em quatro sessões plenárias compostas por investigadores de universidades japonesas e norte-americanas. Em cima da mesa estiveram temáticas relacionadas com grandezas termodinâmicas e a sua aplicação industrial, nanomaterias, difusão no estado sólido, ligas de brazagem isentas de chumbo, entre outras temá-ticas relevantes nesta área.

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A FEUP e a Universidade do Minho, em parceria com a empresa Irmãos Monteiro, apresentaram resultados do Projecto de Investigação “FatVa-lue”. Baseando-se na importância crescente da valorização de subprodutos da Indústria de transformação de carnes, como estratégia económica das empresas, o FatValue considera como vias de valorização o desenvolvimento de fontes energéticas alternativas e a produção de substitutos ósseos.

Lançado em Março de 2009, o Projecto “FatVa-lue”, liderado pela FEUP contou também com a Universidade do Minho e a entidade promotora Irmãos Monteiro S.A. (Ílhavo). Este projecto foi financiado pela Agência de Inovação, no âmbito do Programa “SI IDT - Sistema de Incentivos de I&DT” e os resultados da investigação foram hoje apresentados mostrando soluções alternativas no que diz respeito à valorização dos resíduos das carnes que diariamente são produzidos na indústria.

Baseando-se na importância crescente da valorização de subprodutos como estratégia económica das empresas, o FatValue considera como vias de valorização o desenvolvimento de fontes energéticas alternativas - Biodiesel e Biogás, e a produção de substitutos ósseos. Ao nível do Desenvolvimento de Fontes Energéti-cas Alternativas, o projecto FatValue permitiu o desenvolvimento de uma unidade laboratorial de produção de biodiesel, assim como uma ins-talação piloto com capacidade até 500 L, usando como matéria-prima de produção resíduos resultantes da actividade da empresa Irmãos Monteiro. Banha de porco e sebo bovino foram utilizados para produção de biodiesel com quali-dade adequada para ser utilizado em caldeiras

A Reter... Filipe Magalhães, Álvaro Cunha e Elsa Caetano, docen-tes da FEUP e investigadores do Laboratório de Vibrações e Monitorização de Estruturas - ViBest, são os autores do

artigo distinguido com uma Menção Honrosa - na modalidade de melhor artigo publicado no biénio 2008-2009 – do Prémio Ferry Borges 2010, atri-buído pela Associação Portuguesa de Engenharia de Estruturas (APEE). O artigo científico descreve o sistema de monitorização dinâmica permanen-te, com controlo remoto via Internet, instalado pelo ViBest na Ponte Infante D. Henrique, e em funcionamento contínuo desde Setembro de 2007. Para este efeito, foi utilizado um software de análise e processamento de sinal desenvolvido especificamente para aplicações de Monitoriza-ção Dinâmica Contínua em Pontes e Estruturas Especiais (software DYNAMO).

Manuel Aroso, docente do Mestrado em Inovação e Em-preendedorismo Tecnológico (MIETE) da FEUP, foi nomeado coordenador da Delegação da Zona Norte da APEE - Associação

Portuguesa de Ética Empresarial. A APEE apresenta como missão promover a Ética e a Responsabilidade Social nas empresas e outras organizações, de modo a estimular a correspon-dente definição e implementação de políticas e modelos de governo organizacional, visando o acréscimo de competitividade e rentabilidade através de boas práticas de gestão no quadro da sustentabilidade humana, ambiental e económica do modelo de desenvolvimento adoptado. Como coordenador na Zona Norte, as principais funções de Manuel Aroso passam pela dinamização das actividades da Associação nesta região e a apro-ximação da APEE do tecido empresarial no Norte, através de diversas actividades de sensibilização e de formação nas áreas da Ética e da Responsa-bilidade Social.

Daniel Sousa (FEUP), Luís Filipe Teófilo (FEUP), João Azevedo (FEUP) e Miguel Duarte (ISCTE) conquistaram o 6º lugar no concurso de pro-gramação Sapo Codebits, com

a criação de uma interface que permite aos utilizadores tocar música em tempo real, com um controlo semelhante a uma guitarra. O Pavilhão Atlântico foi o palco escolhido para a 4ª edição do evento que decorreu entre os dias 11 e 13 de Novembro, e que juntou – uma vez mais – os jovens talentos da informática. Durante três dias, cerca de 700 jovens tiveram oportunidade de poder participar e realizar palestras, workshops, concursos de programação e jogos. À semelhança de edições anteriores, a FEUP voltou a marcar presença no evento: 40 estudantes dos cursos de Engenharia Informática, Engenharia Electrotéc-nica e de Computadores e do Programa Doutoral em Engenharia Informática viveram uma experi-ência única em torno das novas tecnologias.

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Projecto “FatValue” apresenta resultados

para aquecimento ou em motores de veículos em mistura com o diesel convencional. Foram também testados, na Faculdade de En-genharia, os efeitos do biodiesel na performance de veículos automóveis. Os resultados obtidos permitem concluir que nos motores diesel ensaia-dos a utilização de biodiesel se traduziu numa redução da potência disponível. No entanto, a optimização da gestão electrónica dos motores permite obter potências semelhantes com diesel fóssil ou biodiesel. Ao nível das emissões gasosas, o biodiesel parece ser menos poluente para os motores ensaiados, no entanto, serão necessários mais estudos de maneira a definir de forma mais concreta a diferença entre os vários combustíveis quando os motores estiverem sujeitos a carga.No que diz respeito à produção de biogás, os estudos desenvolvidos permitiram concluir que a sua produção apenas a partir de couratos e torresmos não se afigura economicamente viável. No entanto, a co-digestão dos couratos e torres-mos com o glicerol procedente da produção de biodiesel e efluentes da indústria, poderá ser uma alternativa interessante.

Ao nível da Produção de Substitutos Ósseos, a incapacidade associada aos problemas clínicos de índole óssea é um grave problema social das populações envelhecidas na sociedade moder-na. Defeitos ósseos resultantes de trauma, de recessão de tumores, de não-união de fracturas e de malformações congénitas são problemas clínicos recorrentes. Os estudos desenvolvidos pelo FatValue permitiram concluir que o substi-tuto ósseo de origem bovina ou suína produzido por extracção química e inactivação térmica é semelhante ao osso humano, pelo que pode ser osteointegrado e consequentemente usado como substituto ósseo em humanos.

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Uma equipa constituída por elementos do Ministério da Saúde e da FEUP vai ser responsá-vel por desenhar o serviço de Registo de Saúde Electrónico, o repositório nacional de informação clínica anunciado recentemente pela tutela. O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, esteve na FEUP para assinar o protocolo desta parceria.

No passado dia 29 de Julho a FEUP assinou um protocolo de colaboração com o Ministério da Saúde (MS) que formaliza a colaboração entre ambas as entidades para o desenvolvimento do projecto “Desenho do Serviço Registo de Saúde Electrónico - RSE”. A assinatura do Protocolo foi realizada pelo Secretário de Estado Adjunto e da

Ministério da Saúde e FEUP estabelecem parceria para desenhar o serviço de Registo de Saúde Electrónico

Saúde, Manuel Pizarro, pelo Director da FEUP, Sebastião Feyo de Azevedo e pelo Vice-Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Fernando Mota.

Recorde-se que, com esta iniciativa, o Ministério da Saúde pretende que até ao final de 2012, todos os Portugueses sejam detentores de um Registo de Saúde Electrónico. A criação deste registo nacional permitirá aos profissionais de saúde o acesso, em qualquer ponto do país, à informação clínica relevante para a prestação de serviços, independentemente do momento e local, público ou privado, da sua prestação, contribuindo de modo significativo para a qualidade e celeridade da prestação de serviços de saúde ao utente.

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O Projecto Desenho do Serviço RSE enquadra-se na área de desenho de sistemas de serviços complexos de base tecnológica, área onde a FEUP tem vindo a desenvolver projectos de investigação. A FEUP irá colaborar no desenho do Registo de Saúde Electró-nico enquanto serviço, analisar o impacto deste nos processos operacionais dos hospitais, clínicas, cen-tros de saúde, etc., apoiando a gestão da mudança e o desenho da arquitectura de Informação do RSE. Este projecto vai ser desenvolvido através da colaboração entre o Ministério da Saúde e a FEUP, que irá utilizar neste projecto as competências associadas aos diversos recursos resultantes das suas parcerias, entre as quais o Center of Advanced Studies (CAS) situado na FEUP.

Na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Cultura Científica, a FEUP foi palco da 2ª edi-ção das Jornadas de BioEngenharia. Estudantes e especialistas debateram o mundo da Bioengenha-ria, ficando a conhecer alguns projectos inova-dores desta área. Alexandre Quintanilha e Mário Barbosa foram alguns dos especialistas que mar-caram presença neste evento. Para além disto,

Debater a empregabilidade na área da Engenha-ria Química foi o mote para a 10ª edição das Jor-nadas do Departamento de Engenharia Química. A iniciativa, organizada pelos estudantes do 4º e 5º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Química da FEUP, pretendeu avaliar as diferen-

Especialistas apresentam projectos inovadores na área da Bioengenharia

Empresas e estudantes da FEUP debatem Empregabilidade na Engenharia Química

estas jornadas pretenderam ainda dar a conhecer o carácter multidisciplinar da BioEngenharia. Aplicando princípios de engenharia e tecnologia a sistemas biológicos e integrando conhecimentos de física, química, bioquímica e matemática, este curso actua em diversas áreas do conhecimento científico, como a biologia, medicina, saúde e indústria alimentar. Criado em 2006, o Mestrado

tes saídas profissionais para os jovens engenhei-ros que se preparam para integrar o mercado de trabalho. O tema da empregabilidade foi abordado tendo em conta os desafios e dificulda-des dos engenheiros químicos no que diz respeito à entrada e integração no mercado de trabalho.

Integrado em BioEngenharia (MIB) é leccionado em parceria entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Para além do elevado número de estudantes que anualmente o curso regista, a nota de ingresso tem-se mantido sempre acima dos 18,0 valores.

Com um leque notável de oradores, maioritaria-mente formados na FEUP e actualmente a traba-lhar em empresas como a SONAE, a EFACEC, a GALP e a CONTINENTAL, esta foi uma excelente oportunidade para conhecer de perto o percurso e as escolhas destes profissionais.

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Professor da FEUP distinguido pela Sociedade Americana de Designers Industriais

Sociedade Portuguesa de Engenharia promove Workshop

Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo

Paulo de Carvalho em concerto

A Faculdade de Engenharia, com o apoio da Universidade do Porto, acolheu no passado dia 29 de Outubro o Workshop “Novas Tecnologias Baseadas em Realidade Virtual e Jogos para Educação em Engenharia: Usos e Oportunidades”. Organizado pela Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia, SPEE, o workshop foi

A Divisão de Cooperação da Faculdade de En-genharia da Universidade do Porto, em parceria com a JuniFEUP e a PSZ Consulting, lançou o Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo (GAE). Destinado a toda a comunidade FEUP, esta sessão de consultoria na área do Empreen-dedorismo, oferece a oportunidade a docentes,

Paulo de Carvalho actuou no auditório da Faculda-de de Engenharia da U.Porto no dia 16 de Outubro. O concerto intitulado “O Meu Mundo Inteiro”, foi promovido pelo Comissariado Cultural da FEUP e pelo Projecto “Porto, Bairro a Bairro”. Acompanha-do ao piano pelo músico cubano Victor Zamora, Paulo de Carvalho interpretou alguns dos temas que marcaram a sua carreira, como “E Depois do Adeus”, “Cacilheiro”, “O Fado”, “Mãe Negra”, “Me-ninos do Huambo” e “Meu Mundo Inteiro”.

Carlos Aguiar, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), investigador do INEGI e autor do desenho da garrafa CoMet produzida pela Amtrol-Alfa SA. de Guimarães, foi distinguido em Dulles (EUA), com a medalha de prata no “Design od the Decade - DoD”, na categoria de produto de design mais apelativo. O projecto da garrafa CoMet - o único projecto português a ser premiado - foi consi-derado pela Sociedade Americana de Designers Industriais (IDSA) como um dos projectos de maior impacto para a sociedade e o ramo dos negócios, em termos de design do período entre 2000 e 2009. Este produto distribuído nos mercados de Portu-gal e Espanha pela Repsol, pertence à família de garrafas produzidas pela AMTROL-ALFA de Gui-marães, em tecnologia compósita (reservatório em aço e enrolamento filamentar em fibra de vidro), desenvolvidas em parceria com o INEGI e cujo primeiro modelo distribuído no mercado nacional foi a Pluma da GALP (design Brandia SA- Lx).D

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realizado pelos Professores Liliane Machado e Ronei Marcos de Moraes, da Universidade Federal da Paraíba (Brasil). O enfoque foi dado ao tema da realidade virtual, área que reúne conceitos multidisciplinares para criação de ambientes tridi-mensionais que ofereçam motivação e interactivi-dade aos seus utilizadores. Largamente estudada

no ensino superior, seja por meio de aplicações específicas ou de jogos tridimensionais, também conhecidos como “serious games”, o campo da realidade virtual utiliza a exploração dos sentidos humanos e permite perceber os ambientes com visão e audição tridimensional, ampliando o envolvimento do utilizador com o sistema.

estudantes e técnicos de clarificarem algumas questões relacionadas com ideias de negócio, nomeadamente: como transformar uma boa ideia num negócio de sucesso (Plano de Negócios); como criar uma empresa, acesso a Apoios e Incentivos, avaliação da ideia de negócio e diag-nóstico da capacidade empreendedora.

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Esta actividade inédita na faculdade tem uma periodicidade mensal, agendada para a 1ª quarta--feira de cada mês, requerendo inscrição prévia. Com atendimento gratuito e individual, os parti-cipantes podem esclarecer dúvidas e conhecer os fundamentos essenciais para a concretização de um negócio de sucesso.

O júri, constituído por especialistas em design de grandes empresas como a BMW e a Coca-Cola, entre outros, premiou um número reduzido de projectos, tendo em conta os seguintes critérios: os benefícios dos produtos de design para a sociedade e para os negócios, o grau de inovação apresentado e a responsabilidade social inerente a estas propostas. A garrafa CoMet foi o único projecto português distinguido pela Sociedade Americana de Designers Industriais (IDSA). Este prémio veio juntar-se a outras distinções internacionais importantes de Carlos Aguiar, todas elas obtidas pela primeira vez para Portugal na área de Design de Produto: Design Plus (Frank-furt); Good Design (Chicago); Red Dot (Essen), IF-Gold (Hannover); G-Mark (Tóquio); Interna-tional Design Award (Austrália), Design Mana-gement Europe (Cardif), Delta Plata ADI-FAD (Barcelona) e um apreciável número de galardões nacionais: três prémios Design Para a Indústria, um prémio Designer e dois Troféus Sena da Silva, conferidos pelo Centro Português de Design.

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No passado dia 25 de Novembro a FEUP assinou um Protocolo de Cooperação Universitária com a GALP Energia. A sessão contou com as presenças do Presidente Executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, do Presidente da Comissão Executiva do Fundo de Apoio à Inovação, Victor Martins, do Reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos, e do Director da FEUP, Sebas-tião Feyo de Azevedo.

Com este protocolo a FEUP passou a integrar o programa de bolseiros Galp 20-20-20, que irá atri-buir anualmente bolsas de estudo de 3.000 euros a 10 alunos para o desenvolvimento de projectos específicos de melhoria da eficiência energética em 10 empresas seleccionadas pela Galp Energia. Os estudos e trabalhos a desenvolver basear-se--ão em auditorias energéticas às empresas com o objectivo de racionalizar o seu sistema energético, e identificar e recomendar oportunidades de melhoria. Os trabalhos serão coordenados por um professor da FEUP e os três melhores trabalhos fi-nais, além da bolsa, receberão prémios monetários de 6.000 euros, 3.000 euros e de 1.000 euros, res-pectivamente. Com este protocolo, a Galp Energia e a FEUP intensificam o seu historial de cooperação

Galp Energia e FEUP assinam protocolo

“Cordas Mágicas” encantam a FEUP No passado dia 4 de Dezembro, a FEUP foi encantada por “Cordas Mágicas”. Realizado pelos conceituados músicos italianos - Maurizio Colon-na e Luciana Bigazzi – o espectáculo musical teve lugar no auditório da FEUP. O concerto decorreu no âmbito da parceria entre o Comissariado Cul-tural da FEUP e o projecto de cidadania “Porto, Bairro a Bairro”, do Pelouro de Habitação da Câmara Municipal do Porto e integrado no ciclo “A Guitarra e Outras Cordas”. Considerado o melhor guitarrista de Itália da actualidade, Maurizio Colonna toca guitarra clássica e eléctrica. Entre os prémios recebidos, destacam-se o “Prémio Speciale”, do Organismo D

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que conta já com projectos de relevo para ambas as instituições. A título de exemplo, a FEUP tem um papel activo no programa de formação de quadros da Galp Energia, sendo uma das escolas que fazem parte da Academia Galp Energia, um programa de formação para quadros superiores da Galp Energia. A FEUP integra igualmente o programa EngIQ, que engloba diversos programas de investigação

À semelhança de anos anteriores, a Microsoft veio à FEUP apresentar a 9ª edição do Imagine Cup, um concurso que desafia todos os estu-dantes do planeta a empenharem o seu esforço e criatividade na criação de soluções para os grandes problemas da actualidade. A competição centrou-se em 6 grandes áreas: Software Design, Embedded Development, Game Design, Digital Media, IT Challenge e Leader Board. Este ano, em particular, as competições na área de Game Design foram reforçadas para um total de três desafios: Windows/Xbox/XNA, Web/Silverlight e Mobile/Zune/Phone. A sessão contou também com uma demonstração ao vivo do Kinect, um dispositivo que detecta os movimentos do corpo e que é usado para contro-lar jogos na consola Xbox 360. O novo produto da Microsoft esteve à disposição da audiência,

Microsoft Imagine Day @ FEUPque pôde experimentar e explorar as potenciali-dades do Kinect. Ainda no âmbito da investigação em novas formas de interacção, esteve presente na sessão Shahram Izadi, investigador da Microsoft Rese-arch, envolvido na criação do Microsoft Surface e de outros dispositivos de interacção inovado-res. Esta foi uma excelente oportunidade para ficar a par das últimas tendências no campo da investigação em interacção e jogos, uma área em que a Faculdade de Engenharia está a apostar, nomeadamente com o arranque de projectos relacionados com esta temática no Departamento de Engenharia Informática (DEI).

Mais informações em: http://bit.ly/imaginedayfeup

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e de doutoramento aplicados às necessidades da Galp Energia, além de um programa de formação avançada. Por outro lado, a FEUP faz parte, desde a primeira hora, da Rede Galp Inovação, que reúne mais de 480 investigadores e cientistas registados e que se destina ao intercâmbio de conhecimentos dentro dos desafios tecnológicos lançados pela Galp Energia.

Nacional do Espectáculo, por ocasião do IXº Fes-tival Colonna Sonora (Roma, 1991) e o “Prérmio Internazionale dello Spettacolo” - Fiuggi 1991, entregue na manifestação Fiuggi Platea Europa. Luciana Bigazzi é pianista e compositora de refe-rência e representa um dos mundos emocionais da nova música instrumental italiana, através de uma linguagem original. Estudou Piano, no Con-servatório de Turim e Cravo, no Conservatório de Milão. Obteve também a especialização científica bienal sobre o tema “As culturas musicais”, na Universidade Tor Vergata de Roma.

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O dia 17 de Novembro de 2010 marcou o 84º aniversário da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. A cerimónia, cuja abertura foi realizada pelo Director da FEUP, Professor Sebastião Feyo de Azevedo, tem anualmente como principal objectivo reforçar o espírito de comunidade aca-démica, da qual fazem parte não só os estudantes, docentes e técnicos, como também os alumni, os aposentados e as empresas com relações mais estreitas com a Faculdade de Engenharia. No dia da FEUP, são atribuídos os Prémios de Desempenho, Prémios de Incentivo Científico, Prémios de Incentivo Pedagógico, Prémio de Excelência Científica e Prémio de Excelência Pedagó-gica, reconhecendo assim o trabalho desenvolvido ao longo do ano na FEUP por docentes, investigadores e técnicos. Neste evento comemorativo são também entregues as Bolsas de Mérito aos melhores alunos e os Diplomas de Doutoramento, para além de se prestar uma homenagem aos aposentados e jubilados e um reconhecimento às principais parcerias empresariais. Após o encerramento da sessão pelo Reitor da Universidade do Porto, Professor José Marques dos Santos, os participantes foram convidados para o Porto D’Honra, no Átrio de Exposições, com a participação da Tuna Feminina de Engenharia. O evento contou ainda com dois grandes momentos: a actuação da Oficina de Música e a inauguração da exposição da Oficina de Pintura, dois projectos promovidos pelo Comissariado Cultural da FEUP.

FOTOGRAFIAS: FILIPE PAIVA

FOTOREPORTAGEM

Dia da FEUP reúne comunidade e empresas

84 anos de Engenharia

Actuação Musical da Oficina de Música da FEUP

Representantes das empresas parceiras assistem à cerimóniaProf. Sebastião Feyo de Azevedo, Director da FEUP, dá as boas-vindas no Dia da FEUP

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O Dia da FEUP assinalou o 84º aniversário da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Entrega de Diplomas de Doutoramento

Entrega do Prémio de Excelência Pedagógica e do Prémio de Excelência Científica a José Fernando Oliveira (representado por Maria Antónia Carravilha) e a Marcelo Francisco Moura, respectivamente

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Concurso de Fotografia: “MESHO.2010 - Segurança e Higiene Ocupacionais”“Uma fotografia que transmita a importância da segurança e higiene ocupacionais” - foi este o desafio proposto no Concurso de Fotografia - “MESHO.2010 - Segurança e Higiene Ocupacio-nais”. Lançado pelos estudantes do Mestrado em Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais (MESHO) da FEUP para assinalar a 5ª edição do curso, esta competição a nível nacional teve como objectivo estimular a consciência e o interesse da comunidade académica e da população em geral para a importância da segurança e higiene ocupacionais. Os participantes puderem apresentar fotografias que retratassem situações em diversos sectores, como a agricultura, a construção, os cuida-dos de saúde, a indústria, o comércio, os transpor-tes, etc, focando problemas dessas actividades ou de um determinado grupo, ou dando relevo a aspectos positivos dos locais de trabalho seguros e saudáveis.Hugo Fernandes Couto foi o grande vencedor do concurso, com a fotografia intitulada “Trabalho de Construção Civil” (na foto) e recebeu como prémio uma Câmara DSLR, objectivas 18-55 mm e 55-200 mm. Luís Alves conquistou o 2º Prémio, com a fotografia “Sinalização de Segu-rança/ Incêndio”. A fotografia de Maria João Silva - “Construindo Caminhos de Fios e Cabos nas Nuvens” arrecadou o 3º lugar.

A Reter... André Santos, Miguel Araújo, Ivo Timóteo estudantes do Mes-trado Integrado em Engenharia Informática e Computação (MIEIC) da FEUP, formam a equi-pa “2eyes”, que conquistou

a medalha de bronze na Southwestern European Regional Programming Contest (SWERC). Orienta-dos por André Restivo, docente do Departamento de Engenharia Informática da FEUP, os estudantes alcançaram a 9ª posição desta competição euro-peia, sendo a melhor equipa portuguesa, pela oita-va vez. O SWERC recebe todos os anos estudantes universitários de Portugal, França, Itália, Espanha, Suíça e Áustria. A FEUP participa na SWERC desde 1995 e há quatros edições que volta para casa com uma medalha (bronze, bronze, ouro, bronze, respectivamente).

Pedro José Justo Pereira (no centro da foto), estudante da FEUP, venceu a medalha de bronze numa das mais prestigia-das competições internacionais de Ciência - as Olimpíadas

Ibero-americanas de Física, que se realizou no Panamá, entre 26 de Setembro e 2 de Outubro. O estudante do 1º ano do Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão da FEUP tem apre-sentado um percurso académico notável: conquis-tou a medalha de prata nas Olimpíadas Nacionais de Física e terminou o Ensino Secundário com média de 20 valores. Na XV edição das Olimpíadas Ibero-americanas de Física participaram 71 estudantes finalistas do ensino secundário de 18 países do espaço ibero-americano. Para além de Pedro Pereira, estiveram a representar a equipa portuguesa, João Moreira (Leiria) que obteve a medalha de ouro, Joaquim Salgueiro (Viseu) com a medalha de bronze e Francisco Huhn (Santarém) também com medalha de bronze.

Rodrigo Martins, Nuno Antunes, Dânia Gomes e Ma-riana Queirós têm em mãos o mesmo prémio - um estágio remunerado de seis meses no Grupo Soares da Costa. A

distinção - “Talento Soares da Costa” foi entregue no passado dia 17 de Setembro, durante o Encontro de Quadros do Grupo SDC, na Fundação Cupertino Miranda, no Porto. O concurso foi promovido pela Soares da Costa, um dos maiores grupos do sector da construção e obras públicas em Portugal, com o objectivo de reforçar a aproximação da empresa ao meio académico. Para os estudantes da FEUP, o prémio foi determinante tanto para a formação profissional como pessoal e representa um reconhecimento do trabalho desenvolvido no último semestre de 2010, para além de ser uma óptima oportunidade de singrar no mercado de trabalho e de aplicar conhecimentos e compe-tências adquiridos ao longo do curso.

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Especialistas debatem Acidentes rodoviários e pedonais

PortusCalle 2010 no Coliseu do Porto

As vítimas dos acidentes e as consequências físi-cas e emocionais dos mesmos, e a evolução dos acidentes rodoviários e pedonais em Portugal e as medidas para os reduzir, foram alguns dos temas dos Seminários de Segurança Viária que se realizaram em Setembro, na FEUP. Paulo Marques, Presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, foi um dos convidados desta sessão pública, integrada no Mestrado em Engenharia da Segurança e Higiene Ocupa-cionais (MESHO), desde 2004, e agora, pela primeira vez, também no Programa Doutoral em Segurança e Saúde Ocupacionais.

A Tuna de Engenharia da Universidade do Por-to (TEUP) prestou uma homenagem à cidade do Porto, com a organização da XII edição do festi-val PortusCalle, que decorreu a 30 de Outubro, no emblemático Coliseu do Porto. A TEUP foi a tuna anfitriã deste festival, que teve como prin-cipal objectivo “aliar à excelência do espectáculo musical, o fomento do espírito académico e do convívio entre todos os participantes, propor-cionando uma atmosfera de alegria e de boa disposição durante todo o festival”, destacou a organização do PortusCalle. Para mostrar a riqueza histórico-cultural da cidade do Porto, a TEUP escolheu a Sé do Porto como tema do festival. O monumento histórico é um dos mais antigos da cidade Invicta e foi assim “recriado” no palco do Coliseu, onde

estiveram a concurso as seguintes tunas: TUCP - Tuna da Universidade Católica Portuguesa do Porto, TAFEP - Tuna Académica da Faculdade de Economia do Porto, Azeituna - Tuna de Ciências da Universidade do Minho, EUC - Estudantina Universitária de Coimbra e EUL - Estudantina Universitária de Lisboa. A TUCP foi a gran-de vencedora do Portuscalle 2010. A TAFEP arrecadou três prémios: “Melhor Pandeireta”, “Melhor Porta-estandarte” e “Tuna Mais Tuna”. Já as distinções de “Melhor Solista” e de “Melhor Instrumental” foram para a Estudantina Univer-sitária de Coimbra.A TUP - Tuna Universitária do Porto e a TUNAFE - Tuna Feminina de Engenharia da Universidade do Porto também marcaram presença no Portus-Calle 2010, com actuações extra-concurso.

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ADN FEUPADN FEUP PORQUÊ? PORQUE SOMOS ÚNICOS.PORQUE É ISSO QUE NOS DISTINGUE.PORQUE NOS TORNA AUTÊNTICOS.PORQUE NOS FAZ SENTIR PARTE DE UM TODO.PORQUE A ENGENHARIA ESTÁ NO NOSSO ADN!

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Ciclo de Formação Contínua em Engenharia Acústica Data de realização: 11 de Fevereiro a 15 de Outubro de 2011 (curso completo)11 de Fevereiro a 26 de Março de 2011 (Unidade de Formação 1)1 de Abril a 7 de Maio de 2011 (Unidade de Formação 2)20 de Maio a 25 de Junho de 2011 (Unidade de Formação 3)1 a 30 de Julho de 2011 (Unidade de Formação 5)16 de Setembro a 15 de Outubro de 2011 (Unidade de Formação 4)Candidaturas: Curso completo - até 2011-01-31UF2: até 2011-03-13 UF3: até 2011-05-01UF5: até 2011-06-07 UF4: até 2011-09-04

Gestão da Emergência: Abordagem ao Problema por Protocolos (Aguarda reconhecimento ACT)Data de realização: 16, 17, 18, 19, 24, 25, 26 de Março e 1 de Abril de 2011Candidaturas: até 2011-02-20

Formação para Peritos Qualificados no âmbito do SCE-Novo RCCTE Data de realização: 24 a 27 de Maio, 14 de Junho (discussão exercício) e 20 de Junho (exame) de 2011Candidaturas: até 2011-05-02

Formação para Projectistas - Aplicação do RCCTEData de realização: 24 a 26 de Maio de 2011Candidaturas: até 2011-05-02

Novas Metodologias para o Dimensionamento Sísmico de EstruturasData de realização: 6 a 18 de Junho de 2011Candidaturas: até 2011-05-16

Consulte toda a oferta de Educação Contínua em www.fe.up.pt/candidato/actualizacoes

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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Quick Job HuntingChat-Rooms Espaço-Empresas Workshops de EmpregabilidadeStand de Aconselhamento de CarreiraEmprego Científico Empreendedorismo: Casos de sucesso

29, 30 e 31 de Março

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OrganizaçãoSICC/DCoop - Divisão de Cooperação

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